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RAMEY – Black legacies

Introdução
Livro dedicado ao legado medieval para o desenvolvimento do preconceito racial e ao
problema branco/negro no Ocidente
Objeto – racismo em sua encarnação como forma de xenofobia
p. 2 – elementos para o discurso racial do século XIV já eram anteriores –
demonstrações legais e literárias de medo da miscigenação

Concepções medievais e modernas de raça não são equivalentes – religião como


elemento importante
P. 3 – imaginar a Idade Média como um período áureo de coabitação apaga a história do
preconceito quando muitos consideram a fundação da civilização europeia
Não há uma origem medieval da consciência racial – porém, os elementos-chaves para a
expansão colonial e o racismo científico do século XIX podem ser localizados no
discurso medieval
Reconhece como pontos de virada a descoberta europeia das América e o advento do
racismo científico oitocentista

p. 4 – revival do gótico no século XIX estava atrelado ao “primitivo”, que formaria a


base da cultura moderna e às noções do nacionalismo -concomitantemente, se formou as
visões científicas sistemáticas a respeito das raças, tal como o racismo, base do
nacionalismo europeu
Elementos de complexidade, hibridismo e exotismo no mundo medieval conflitavam
com essa imagem do passado

P, 10 – método genealógico de se pensar – chegou a outras áreas do saber –


preocupação de se provar “cientificamente” o quão extraordinário eram os
antepassados, tornando a busca pelas origens uma obsessão.
p. 11 – preocupação de Irving – a origem de uma américa feita a partir da escravidão e
da conquista dos nativos, ante os reclames de liberdade para todos – Espanha medieval
como um modelo para os Estados Unidos: duas civilizações soriginárias, os góticos e os
invasores muçulmanos
p. 14 – miscigenação como parte central da história da Espanha – contribui para
qualidades positivas, mas também negativas, da cultura espanhola
Miscigenação como causa da queda do reino mouro
p. 16 – elite árabe era branca, os escravos que eram negros – elite que fazia os
casamentos inter-raciais – as misturas da elite diferem das classes baixas
O autor foi um dos formadores dos estudos medievais nos EUA e sua obra até hoje
pautam o turismo em Alhambra

p. 16-17: enquanto as culturas se mantiverem separadas, sem mistura, e aprenderem um


com o outro é ok!
Contudo, a assimilação na forma de casamentos inter-raciais é o começo da queda de
grandes civilizações

p. 18 – Viollet le Duc – não apenas restaurou os prédios tal como eles eram no passado,
mas os retrabalhou para modelá-los ao ideal que pretendiam ser mas nunca foram
p. 19 – teoria racial para explicar o desenvolvimento das artes

(p. 24) século XIX moldou nossa percepção das sociedades medievais profundamente

Cap. 2 - Medieval race?


Raça – traços fisionômicos x etnia – traços culturais e sociais (p. 25)

p. 26 – não precisa necessariamente haver a palavra raça para haver uma concepção
racial
Não havia significado biológico relevante
p. 27 - Negar a ideia de raça ou inventar palavras alternativas implicaria em negar à
Idade Média preocupações sobre a diferença, fazendo-a emergir como uma época
dourada de coabitação, sem capacidade de articular preconceitos.
Christian Delacampagne, Colbert Nepaulsingh – leituras alternativas para o período pré-
moderno
p. 29 – negritude apenas fazia sentido em relação à norma, que era a branquitude
tópico importante para a retórica burguesa de colonização e repressão: o que era um ser
humano?
p. 30 – adesão ao cristianismo, organização política de reino e se vestir eram
demonstrativos de pensamento racional, logo de humanidade – quem não o fazia, não
seriam humanos
Teriam ou não almas?
p. 31 – questão da humanidade do outro já era levantada antes dos Descobrimentos –
antissemitismo e misoginia eram particularmente importantes nisso
p. 31-33 – sobre a importância do estudo do medievo para as teorias pós-coloniais e as
teorias sobre raça
p. 35 – questão dos casamentos inter-raciais
p 36 – mudança de cor na conversão
A monstruosidade do Outro não era sempre mutável, tal como a transformação não
indicaria uma completa limpeza de valores morais

p. 37 – porque estudar raça na pré-modernidade?


Primeiro: para não haver uma ideia de uma pré-modernidade das trevas, a parte do
progresso da humanidade
Segundo: demonstrar que o racismo científico não era um desenvolvimento
circunstancial na trajetória do Ocidente, mas algo que acompanha o próprio nascimento
da civilização europeia

The biblical race

p. 47 – o autor começa a analisar as interpretações alegóricas do Cantar dos Cantares


p. 49 – texto bíblico em grego e hebraico: Sou negra E bela / tradução latina: nigra sum
sed formosa (Sou negra, mas bela)

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