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(DA COSTA, 1977, pg. 7). A primeira, desenvolveu-se a partir de necessidades puramente
empíricas das antigas civilizações – da necessidade de contar, de efetuar cálculos, de
medir (FONTES, s/d) – enquanto que a Lógica surge como produto do puro intelecto
grego, refinado produto, que foi, de seu genial inventor, Aristóteles (FRANCA, 1952, pg.
55).
Com tempo, a Matemática foi se desenvolvendo cada mais, até atingir os pícaros
da glória nos séc. XVIII e XIX – Gauss, Legendre, Fermat, Euler (BOYER, 1974) –
enquanto que a Lógica permaneceu praticante a mesma, levando à declaração de Kant ,
que assegurava que nada significativo foi acrescentado à lógica aristotélica, em dois
milênios de pensamento humano, uma vez que tudo o que se tinha afirmar sobre tal, já se
encontrava na obra do Estagirita (FRANCA, 1952, pg. 55).
Com efeito, depois do séc. XVIII, matemáticos como Cauchy, Weierstrass, Abel,
Cantor, etc., iniciaram um movimento de “descida aos fundamentos” (BOYER, 1974;
FONTES, s/d) que procurava fornecer um fundamento mais exato para a Matemático. O
modelo usado foi o da axiomatização (DA COSTA, 1977, pgs. 3 - 6), que procurava
reduzir toda a matemática num sistema, que a maneira como Euclides havia feito com a
Geometria, partiria de um pequeno número de axiomas para deduzir todo o edifício da
Matemática.
A Lógica, por sua vez, desde Leibniz, havia passado, sucessivamente, por um
movimento de “algebrização”, e, posteriormente, de “simbolização” (BOYER, op.cit.; DA
COSTA, op. cit.). Tais movimentos, tanto num, como noutro caso, invariavelmente, se
propunha em substituir as frases da linguagem natural – as proposições – por símbolos
ou letras. Assim, locuções simples, tal como, por exemplo, “o céu é azul”, foram reduzidas
em fórmulas tais como “A é B”, atribuindo um esquema matemático a algo que até então
era tido como verbal ou literário. Teóricos como Boole, Peano e Morgam, foram
responsáveis por essas mudanças com o intuito de “clarificar” a linguagem natural,
eliminado as imprecisões e vacuidade dessa linguagem do cotidiano (DA COSTA, op. cit.).
Hume, 2001, pg. 25, por sua vez, prega que a experiência produz o que ele chama
de impressões e ideias, sendo que essas se distinguem unicamente pela intensidade com
que se imprimem à razão. Ainda no paradigma associacionista, Hume defende a
existência, também, das ideias simples, que equivalem às impressões, pura sensação. Já
as ideias complexas, da mesma forma como ocorre em Locke, é o resultado da
aglutinação, pela Razão, de ideias simples (HUME, op. cit., pg. 26).
Com isso, o processo de formação do conhecimento passou a ser vazado não mais
na forma de aglutinação ou associação de elementos mais simples, mas, sim, em termos
de uma diferenciação e especialização de uma estrutura originária cognitiva.
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