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ARTIGO ORIGINAL (ORIGINAL INVESTIGATION)

ANTROPOMETRIA, DESEMPENHO
FÍSICO E TÉCNICO DA SELEÇÃO DE
BASQUETEBOL FEMININO DO BRASIL
PARTICIPANTE DOS JOGOS
OLÍMPICOS DE ATENAS 2004
ANTHROPOMETRY, PHYSICAL AND TECHNICAL PERFORMANCE OF
FEMALE BASKETBALL BRAZILIAN TEAM PARTICIPANT OF OLYMPICS
GAMES ATHENS 2004

João Antônio Nunes1; Paulo César Montagner2; Dante De Rose Junior3;


Raphael Mendes Ritti Dias4,5; Ademar Avelar4; Leandro Ricardo Altimari4
1
Preparador Físico da Seleção Brasileira de Basquetebol Feminino em Atenas
2004
2
Faculdade de Educação Física. Universidade Estadual de Campinas,
Campinas, SP, Brasil
3
Escola de Educação Física e Esporte. Universidade de São Paulo, São Paulo,
SP, Brasil
4
Grupo de Estudo e Pesquisa em Metabolismo, Nutrição e Exercício. Centro de
Educação Física e Desportos. Universidade Estadual de Londrina, Londrina,
PR, Brasil
5
Faculdade de Saúde Pública. Universidade de São Paulo, São Paulo, SP,
Brasil.

Address for correspondence:


Prof. Dr. Leandro Ricardo Altimari
Departamento de Educação Física – Universidade Estadual de Londrina
Rodovia Celso Garcia Cid, Pr 445 Km 380 - Campus Universitário, Cx. Postal
6001
CEP 86051-990, Londrina, PR, Brasil.
E-mail: altimari@uel.br

Submitted for publication: April 2008


Accepted for publication: May 2008

Resumo
NUNES, J. A.; MONTAGNER, P. C.; DE ROSE JUNIOR, D.; DIAS, R. M. R.; AVELAR,
A.; ALTIMARI, L. R. Antropometria, desempenho físico e técnico da seleção de
basquetebol feminino do Brasil participante dos jogos olímpicos de Atenas 2004.
Brazilian Journal of Biomotricity, v. 2, n. 2, p. 109-121, 2008. O presente estudo teve
como objetivo fazer uma análise descritiva das características antropométricas, de

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desempenho físico e técnico da seleção de basquetebol feminino do Brasil participante
dos Jogos Olímpicos de Atenas 2004, que foi composta de 12 atletas com idade média
de 26,9 ± 4,1 anos. Para tratamento dos dados recorreu-se aos procedimentos da
estatística descritiva. As variáveis estudadas bem como os valores encontrados foram:
antropométricas – estatura = 182,6 ± 9,6 cm, massa corporal (MC = 77,6 ± 12,7 kg),
índice de massa corpórea (IMC = 23,7 ± 2,5 kg/m2), gordura corporal relativa (%G =
22,0 ± 5,0 %), massa corporal magra (MCM = 60,0 ± 7,1 kg) e massa de gordura (MG
= 17,5 ± 6,5 kg); desempenho físico - consumo máximo de oxigênio (VO2max = 46,9 ±
3,3 ml.kg.min-1), resistência anaeróbia (RA = 10,3 ± 1,6 w.kg-1), potência anaeróbia
(PA = 48,4 ± 7,0 cm) de membros inferiores, força muscular de membros superiores
(FMS = 57,2 ± 7,2 kg) e inferiores (FMI = 68,8 ± 5,9 kg); desempenho técnico - tempo
de jogo = 133,7 ± 24,3 min., pontos = 52,8 ± 13,7, rebotes = 23,8 ± 5,3, erros = 9,3 ±
1,5 e bolas recuperadas = 5,9 ± 1,5. Os resultados encontrados no presente estudo
corroboram com que tem sido relatado na literatura. Espera-se que esses referenciais
possam contribuir no planejamento e periodização do treinamento, bem como na
detecção de jovens talentos para a modalidade.

Palavras-chave: basquetebol; esportes; desempenho físico.

Abstract
NUNES, J. A.; MONTAGNER, P. C.; DE ROSE JUNIOR, D.; DIAS, R. M. R.; AVELAR,
A.; ALTIMARI, L. R. Anthropometry, physical and technical performance of female
basketball brazilian team participant of olympics games Athens 2004. Brazilian Journal
of Biomotricity, v. 2, n. 2, p. 109-121, 2008.The present study it had as objective to
make a descriptive analysis of the anthropometric, physical and technical performance
characteristics of female basketball Brazilian team participant of Olympics Games
Athens 2004, which was composed of 12 athletes with mean age of 26.9 ± 4.1 years.
For treatment of the data appealed the procedures of the descriptive statistics. The
variable studied and the values found had been: anthropometric - height = 182.6 ± 9.6
cm, body mass (BM = 77.6 ± 12.7 kg), index of body mass (IBM = 23.7 ± 2.5 kg/m2),
relative body fat (%G = 22.0 ± 5.0 %), lean body mass (LBM = 60.0 ± 7.1 kg) and lean
fat mass (LFM = 17.5 ± 6.5 kg); performance - maximum oxygen uptake (VO2max =
46.9 ± 3.3 ml.kg.min-1), anaerobic resistance (AR = 10.3 ± 1.6 w.kg-1), anaerobic power
(AP = 48.4 ± 7.0 cm) of lower-body, muscular force of upper- body (FUB = 57.2 ± 7.2
kg) and lower-body (FLB = 68.8 ± 5.9 kg); performance technical - game time = 133.7 ±
24.3 min., points = 52.8 ± 13.7, reboots = 23.8 ± 5.3, errors = 9.3 ± 1.5 e recouped
balls = 5.9 ± 1.5. The results found in the present study corroborate with that has been
told it to in the literature. One expects that these results can contribute in the planning
and periodization of the training, as well in the detention of young talents for the
modality.

Keywords: basketball; sports; performance.

Introdução
O basquetebol é caracterizado como um esporte de oposição e cooperação,
que envolve ações simultâneas de ataque e defesa entre duas equipes que
ocupam um espaço comum, proporcionando contato direto entre os
participantes (BEN ABDELKRIM et al., 2007). Além disso, o basquetebol é um
desporto perceptivo, aberto e imprevisível no tocante a seqüência de
habilidades motoras a serem executadas, bem como é constituído de uma
soma de habilidades individuais que, unidas, compõe o jogo (PAES e

110
OLIVEIRA, 2004).
O jogo de basquetebol tem uma duração útil de 40 minutos, divididos em
quatro tempos de 10 minutos com intervalos entre os tempos (FIBA, 2007).
Contudo, durante o jogo ocorrem interrupções de contagem de tempo, fazendo
com que a duração de um jogo possa variar entre 75 a 90 minutos (MCINNES
et al., 1995).
Por ser um esporte de contato, exige-se que o atleta tenha força, velocidade,
resistência, agilidade e impulsão vertical, além é claro de suas capacidades
técnicas e táticas (MCINNES et al., 1995; HOFFMAN et al., 1996;
APOSTOLIDIS et al., 2004; OSTOJIC et al., 2006). Adicionalmente, pelas
próprias regras e características do jogo, observa-se, durante uma partida,
rápidas transições entre ataque e defesa, fluência de movimentos e múltiplas
responsabilidades para todos jogadores (ex. arremessos, rebotes, ataque,
defesa e contra-ataque) (MCINNES et al., 1995; BEN ABDELKRIM et al.,
2007). Vale ressaltar que essas ações podem ser influenciadas pelas
estratégias de jogo e pelos planos táticos adotados pela equipe técnica
(RIERA, 1986).
O nível de competitividade no desporto tem aumentado substancialmente,
principalmente quando se refere ao alto nível (Campeonatos Mundiais, Jogos
Pan-Americanos e Olímpicos). Dentro deste contexto, conhecer profundamente
as características morfológicas (JELICIĆ et al., 2002; OSTOJIC et al., 2006),
fisiológicas (SALLET et al., 2005; OSTOJIC et al., 2006) e técnicas
(APOSTOLIDIS et al., 2004) do basquetebol, tornou-se condição essencial uma
vez que a partir dessas informações é possível elevar o nível de treinabilidade
e desempenho dos atletas, além de servirem de referencial para a detecção de
jovens talentos para a modalidade (RAMOS e TAVARES, 2000). Entretanto,
constata-se certa escassez de informações referentes às características de
atletas de basquetebol feminino de elite (SMITH e THOMAS, 1991; ACKLAND
et al., 1997; RODRÍGUEZ-ALONSO et al., 2003; CARTER et al., 2005; BAYIOS
et al., 2006), principalmente de nível Olímpico.
Portanto, o objetivo do presente estudo foi descrever as características
antropométricas, de desempenho físico e técnico da seleção de basquetebol
feminino do Brasil participante dos Jogos Olímpicos de Atenas 2004.

Materiais e Métodos
- Amostra: A amostra do presente estudo foi constituída de 12 jogadoras
integrantes da seleção brasileira de basquetebol feminino, com idade média de
26,9 ± 4,1 anos, e que participaram das Olimpíadas de Atenas-2004. As
voluntárias, após serem esclarecidas sobre as finalidades do estudo e os
procedimentos as quais seriam submetidas, iniciaram as avaliações que foram
realizadas sempre no mesmo período do dia (manhã), na etapa pré-competitiva
da fase de preparação, com 25 dias de antecedência ao início dos jogos
Olímpicos de Atenas 2004. Este estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em
Pesquisa da Faculdade de Medicina da UNICAMP.
- Variáveis antropométricas: A massa corporal (MC) das atletas foi obtida em

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balança digital, da marca Filizolla®, com precisão de 0,1 kg, e a estatura foi
determinada em estadiômetro de madeira, com precisão de 0,1 cm, de acordo
com os procedimentos descritos por Gordon et al. (1988). A partir dessas
medidas calculou-se o índice de massa corpórea (IMC) por meio do quociente
massa corporal/(estatura x estatura), sendo a massa corporal expressa em
quilogramas (kg) e a estatura em metros (m) (WHO, 1995).
A composição corporal foi determinada pela mensuração da espessura das
dobras cutâneas tricipital (DCTR), supra-ilíaca (DCSI) e coxa medial (DCCM),
seguindo os procedimentos descritos por Harrison et al. (1988). Para tanto, três
medidas foram obtidas, em cada ponto anatômico, por um único avaliador, de
forma rotacional, por meio de um adipômetro da marca Lange®, com precisão
de 1,0 mm. Todas as medidas foram coletadas no hemicorpo direito, sendo o
valor mediano das três medidas utilizado para a análise. Para estimativa da
densidade corporal utilizou-se a equação de Jackson et al. (1980) e para a
estimativa da gordura corporal relativa (%G) foi empregada a equação proposta
por Siri (1961). A massa de gordura (MG) foi obtida pela equação: MG = MC *
%G, ao passo que a massa corporal magra (MCM) foi estimada por meio da
equação: MCM = MC - MG.
- Variáveis de desempenho físico: O consumo máximo de oxigênio (VO2max)
foi determinado em uma esteira rolante elétrica (modelo Lifestride 7500®,
Lifefitness™, USA). Inicialmente, as atletas realizaram aquecimento de 2 min
na velocidade de 5 km/h. Em seguida iniciou-se teste incremental a velocidade
de 8 km/h com aumento na velocidade de 1 km/h cada 1 min, até a exaustão
voluntária (DENADAI, 2000). Os parâmetros respiratórios foram medidos a
cada ciclo respiratório em um sistema ergoespirométrico de circuito aberto
(modelo Vista Mini-CPX®, VacuMed™, USA) utilizando a técnica Breath-by-
Breath (SEVERI et al., 2001). As variáveis de temperatura ambiente e umidade
relativa do ar foram mantidas entre 21 e 24°C e 40 e 60% respectivamente.
A resistência anaeróbia (RA) foi determinada por meio do teste de forward-
backward proposto por Balciunas et al. (2006). O teste consistiu em 6 corridas
de ida e volta na máxima velocidade, nas distâncias de 9, 3, 6, 3, 9 e 5 m,
totalizando 35 m, com intervalo de 10 s entre as séries. O tempo gasto para
percorrer o percurso de 35 m foi mesurado utilizou-se um cronômetro digital
(modelo TI5B841N®, Timex™, USA) com escala de centésimos de segundos. A
RA foi expressa na forma de potência por quilograma de MC das atletas (w.kg-
1
) utilizando-se a fórmula de Lewis (LATIN et al., 1994) (equação 1),
considerando a média da potência das 6 séries.

Potência = peso x distância2 / tempo3

peso = kg; distância = m; tempo = s

Equação 1

Para determinação da potência anaeróbia (PA) de membros inferiores foi

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empregado o protocolo de salto vertical em plataforma de contato (Jump Test
Pro®, Cardiomed™, Brasil) utilizando-se da técnica de “contra movimento”, com
auxilio dos braços e da rápida extensão dos músculos extensores do joelho. As
atletas foram orientadas a iniciar e finalizar o exercício com os pés apoiados no
interior da área da plataforma, bem como a manter os joelhos estendidos
durante a fase aérea do salto, a fim de se evitar erros na medição. Cada atleta
realizou três tentativas, sendo anotada a tentativa correspondente ao melhor
desempenho.
Foram avaliadas ainda a força muscular dinâmica máxima de membros
superiores (FMS) e a força muscular dinâmica submáxima de membros
inferiores (FMI). A opção pela utilização do teste submáximo para avaliação da
FMI foi feita devido ao receio dos avaliados de realizarem teste com
sobrecarga elevada próximo ao período competitivo. A FMS foi determinada por
meio do teste de uma repetição máxima (1-RM) em exercício de supino em
banco horizontal (bench press), seguindo os procedimentos descritos por Brown
e Weir (2001). A FMI foi determinada por meio do teste de oito repetições
máximas (8-RM) em exercício de agachamento (squat). Para tanto, a barra foi
colocada na região cervical (logo abaixo da sétima vértebra cervical, de forma
que o peso da barra estivesse apoiado predominantemente na escápula,
flexionando os joelhos até 90/100 graus (BRAITH et al., 1993; PEREIRA e
GOMES et al., 2001).
Ambos os exercícios foram realizados utilizando pesos livres (barras e anilhas).
O intervalo adotado entre os exercícios foi de três a cinco minutos. O teste de
repetição máxima (RM) em cada exercício foi precedido por uma série de
aquecimento (10 repetições), com aproximadamente 50% da carga estimada
para a primeira tentativa no teste de RM. O teste foi iniciado dois minutos após
o aquecimento.
- Variáveis técnicas: As variáveis técnicas, tempo de jogo, pontos, rebotes,
erros e bolas recuperadas, correspondentes aos oito jogos realizados pela
seleção de basquetebol feminino do Brasil para cada atleta durante os Jogos
Olímpicos de Atenas 2004, foram obtidas através do site oficial e de domínio
público da Federação Internacional de Basquetebol - FIBA (FIBA, 2007).
- Tratamento estatístico: O tratamento estatístico das informações foi realizado
mediante o pacote computadorizado StatisticaTM 6.0® (STATSOFT INC., USA)
utilizando-se dos procedimentos da estatística descritiva.

Resultados
Na tabela 1, são apresentados os valores individuais e médios das
características antropométricas da seleção de basquetebol feminino do Brasil
participantes dos Jogos Olímpicos de Atenas 2004.
A descrição individual e média das variáveis de desempenho físico da seleção
de basquetebol feminino do Brasil participante dos Jogos Olímpicos de Atenas
2004 é apresentada na tabela 2.

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Tabela 1 - Características antropométricas da seleção de basquetebol feminino do
Brasil participante dos Jogos Olímpicos de Atenas 2004.
Idade Estatura MC IMC %G MCM MG
Atleta Posição
(anos) (cm) (kg) (kg/m2) (%) (kg) (kg)
1 armadora 31 175,0 60,4 19,7 20,3 48,1 12,3
2 armadora 25 168,0 65,0 23,0 18 53,3 11,7
3 pivô 24 190,0 99,0 27,4 30 69,3 29,7
4 pivô 29 186,0 84,5 24,4 23,5 64,6 19,9
5 pivô 30 198,0 92,7 23,6 23,5 70,9 21,8
6 pivô 29 190,0 73,3 20,3 23,8 55,9 17,4
7 pivô 22 195,0 93,3 24,5 29,5 65,8 27,5
8 ala 26 171,0 72,3 24,7 24,4 54,7 17,6
9 ala 35 180,0 67,2 20,7 13,1 58,4 8,8
10 ala 22 183,0 83,5 24,9 21,5 65,5 18,0
11 ala 22 182,0 65,3 19,7 15,4 55,2 10,1
12 ala 28 173,5 74,7 24,8 21,3 58,8 15,9
Média 26,9 182,6 77,6 23,7 22,0 60,0 17,5
DP ± 4,1 ± 9,6 ± 12,7 ± 2,5 ± 5,0 ± 7,1 ± 6,5
DP - desvios-padrão; MC - massa corporal; IMC - índice de massa corporal; %G - gordura relativa; MCM -
massa corporal magra, MG – Massa de gordura.

Tabela 2 - Variáveis de desempenho físico da seleção de basquetebol feminino do


Brasil participante dos Jogos Olímpicos de Atenas 2004.
VO2max RA PA FMS FMI
Atleta Posição
(ml.kg.min-1) (w.kg-1) (cm) (Kg) (Kg)
1 armadora 54,1 9,8 38,0 52,0 65,0
2 armadora 52,0 9,5 48,0 55,0 68,0
3 pivô 46,5 8,7 53,0 66,0 75,0
4 pivô 45,8 9,7 41,0 50,0 62,0
5 pivô 42,5 9,9 40,0 50,0 64,0
6 pivô 43,9 10,5 42,0 65,0 71,0
7 pivô 46,0 10,2 57,0 70,0 82,0
8 ala 47,4 11,8 45,0 57,0 66,0
9 ala 46,5 12,6 58,0 52,0 64,0
10 ala 43,6 8,4 52,0 64,0 73,0
11 ala 47,5 13,8 55,0 56,0 72,0
12 ala 47,3 9,2 52,0 49,0 64,0
Média 46,9 10,3 48,4 57,2 68,8
DP ± 3,3 ± 1,6 ± 7,0 ± 7,2 ± 5,9
DP - desvios-padrão; VO2max - consumo máximo de oxigênio; RA - resistência anaeróbia; PA - potência
anaeróbia de membros inferiores; FMS - força de membros superiores; FMI - força de membros inferiores.

Na tabela 3 são apresentados os valores individuais e médios correspondentes


aos índices técnicos da seleção de basquetebol feminino do Brasil participante
dos Jogos Olímpicos de Atenas 2004.

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Tabela 3 - Índices técnicos da seleção de basquetebol feminino do Brasil
participante dos Jogos Olímpicos de Atenas 2004.
Tempo de Bolas
Atleta Posição Nº Jogos Jogo Pontos Rebotes Erros Recupe-
(min) radas
1 armadora 8 213,0 88,0 18,0 17,0 14,0
2 armadora 8 156,0 27,0 22,0 13,0 7,0
3 pivô 8 67,0 21,0 21,0 7,0 2,0
4 pivô 7 151,0 26,0 21,0 7,0 12,0
5 pivô 8 197,0 101,0 71,0 12,0 2,0
6 pivô 8 144,0 30,0 29,0 12,0 3,0
7 pivô 7 68,0 49,0 26,0 5,0 2,0
8 ala 3 18,0 17,0 1,0 3,0 1,0
9 ala 8 275,0 144,0 43,0 17,0 15,0
10 ala 7 45,0 5,0 6,0 1,0 1,0
11 ala 8 228,0 120,0 21,0 13,0 9,0
12 ala 6 42,0 6,0 7,0 5,0 3,0
Média 7,1 133,7 52,8 23,8 9,3 5,9
EPM ± 0,4 ± 24,3 ± 13,7 ± 5,3 ± 1,5 ± 1,5
EPM = erro padrão da média.

Discussão
O conhecimento da especificidade das características fisiológicas, morfológicas
e neuromusculares nas diferentes modalidades desportivas de alto nível é uma
necessidade crescente. Da mesma forma, o entendimento da contribuição
dessas variáveis para desempenho, tem se tornado essencial para os
profissionais que estudam e trabalham com o treinamento desportivo, uma vez
que parte dessas variáveis podem ser moduladas pelas estratégias de
preparação física (SMITH e THOMAS, 1991), além de servirem de referencial
para a detecção de jovens talentos para a modalidade (RAMOS e TAVARES,
2000). Desse modo, tentando contribuir com a modalidade em questão, este
estudo procurou descrever as características antropométricas, de desempenho
físico e técnico da seleção de basquetebol feminino do Brasil participante dos
Jogos Olímpicos de Atenas 2004.
Ressalta-se inicialmente que os achados do presente estudo, em grande parte,
vão ao encontro da literatura pesquisada. Com relação à estatura das atletas
estudadas (182,6 ± 9,6 cm), constataram-se valores semelhantes aos
encontrados por Carter et al. (2005) que avaliou 168 atletas de quatorze países
que disputaram o campeonato mundial de basquetebol feminino realizado na
Austrália no ano de 1994. Nesse mesmo estudo os autores encontraram para
as diferentes posições (armadoras = 172,0 ± 6,0 cm; alas = 181,0 ± 6,0 cm;
pivô = 190,0 ± 6,0 cm) valores bem próximos aos observados pelo presente
estudo, o que foi confirmado também em estudos que analisaram atletas de
basquetebol feminino de elite da Grécia (BAYIOS et al., 2006) e atletas de nível
universitário (SMITH e THOMAS, 1991; GILLAM, 1985).
Quanto a MC das atletas investigadas, esta apresentou valores (77,6 ± 12,7 kg)

115
acima do descrito por Smith e Thomas (1991) e Gillam (1985), que estudaram
atletas de nível universitário. Vale ressaltar que as armadoras foram às
jogadoras mais leves, em relação às alas e pivôs, o que corrobora com os
achados de Smith e Thomas (1991) que relataram a mesma relação para as
posições de jogo (armadoras = 67,3 kg; alas = 77,1 kg cm; pivô = 81,1 kg).
Resultados semelhantes ao estudo anterior para as diferentes posições
(armadoras = 66,1 ± 6,2 kg; alas = 73,3 ± 5,9 kg; pivô = 82,6 ± 8,2 kg) foram
encontrados por Carter et al. (2005) que avaliou 168 atletas de quatorze paises
que disputaram o campeonato mundial de basquetebol feminino realizado na
Austrália em 1994, bem como no estudo de Bayios et al. (2006) que analisou
atletas de basquetebol feminino de elite da Grécia.
O %G encontrado nas atletas estudadas (22,0 ± 5,0 %) está de acordo com os
achados de Powers e Howley (2000), que estabelecem valores entre 20 a 26 %
como sendo um bom escore para atletas de basquetebol, o que tem sido
confirmado por outros autores (GILLAM, 1985; SMITH e THOMAS, 1991;
ACKLAND et al., 1997; HOARE, 2000; CARTER et al., 2005; BAYIOS et al.,
2006).
No tocante a variável MCM, constataram-se dificuldades em encontrar na
literatura a descrição de dados correspondentes a esta variável, que
apresentou valores de 60,0 ± 7,1 kg para as atletas investigadas neste estudo.
Esses achados indicam valores mais baixos que os encontrado por Hoare
(2000) em um grupo de atletas australianas de basquetebol feminino da
categoria júnior (64,7 ± 6,7 kg), e em relação as diferentes posições de jogo
(armadoras = 59,0 kg; alas = 62,5 kg; pivô = 70,5 kg).
É importante ressaltar que, os maiores valores para as variáveis estatura, MC,
%G, MCM e MG das jogadoras que atuam como pivô, estão diretamente
relacionados às características da posição, que exige um maior contato físico,
principalmente a disputa pelo rebote dentro do garrafão (ACKLAND et al.,
1997). Além disso, a realização dos bloqueios (utilização do corpo para impedir
a passagem do adversário) e a necessidade de ocupação do espaço próximo
da tabela, fazem com que jogadores pivôs apresentem maiores valores para
esses parâmetros (PAIVA NETO e CÉSAR, 2005).
Além disso, estudo de Paiva Neto e César (2005) que objetivou analisar a
composição corporal de atletas de basquetebol do sexo masculino
participantes da liga nacional 2003 constatou elevados índices de correlação
entre o %G e o rendimento desportivo, evidenciando a incompatibilidade entre
a melhoria do desempenho competitivo e os altos índices de adiposidade
subcutânea. Assim, para atletas que realizam esportes que requeiram saltar e
correr, como o basquetebol, um baixo %G é necessário para se otimizar a
performance, além de uma grande massa muscular que contribua no aumento
dos parâmetros de força e potência (SMITH e THOMAS, 1991).
A potência aeróbia (consumo máximo de oxigênio - VO2máx) para jogadoras
de basquete é uma variável imprescindível ao bom desempenho em jogos de
alto nível, sendo muito importante na recuperação dentro da própria partida de
basquetebol (MCINNES et al., 1995; BEN ABDELKRIM et al., 2007). Segundo
McInnes et al. (1995) e Rodríguez-Alonso et al. (2003) a importância da

116
potência aeróbia estaria mais relacionada aos processos de recuperação (tanto
da freqüência cardíaca, quanto à remoção de lactato sangüíneo).
Adicionalmente, Hoffman et al. (1996), Sallet et al. (2005) e Smith e Thomas
(1991) sugerem que a potência aeróbia, esta associada ao sucesso em
competições mais importantes.
No presente estudo o VO2máx médio encontrado foi 46,9 ± 3,3 ml.kg.min-1,
sendo os valores observados nas armadoras e alas maiores que a das pivôs.
Esse resultado é semelhante ao valor de 47,6 ± 7,6 ml.kg.min-1 constatado por
Bérgamo (2003) para grupo de atletas de basquetebol feminino da seleção
brasileira, e os valores descritos na literatura que variam entre 41 e 54
ml.kg.min-1 (SMITH e THOMAS, 1991; HAKKINEN, 1993; PETKO e HUNTER,
1997; BÉRGAMO, 2003).
Alguns estudos têm demonstrado que a resistência e a potência anaeróbia
contribuem de forma decisiva na melhoria do desempenho no jogo (GILLAM,
1985; SMITH e THOMAS, 1991). Desse modo, alguns estudos relacionados ao
basquetebol têm dado importância muito maior ao metabolismo anaeróbio
(resistência e potência anaeróbia) que as outras características fisiológicas
(HOFFMAN et al., 1996; OSTOJIC et al., 2006). Atualmente não existe uma
uniformização para as avaliações da resistência e potência anaeróbia, de forma
que essas variáveis têm sido determinadas de diversas maneiras, algumas
poucas considerando a especificidade, entre elas, o teste de resistência
anaeróbica determinado por meio do teste de forward-backward (BALCIUNAS
et al., 2006) e o teste de potência anaeróbia determinado a partir de impulsão
vertical (GILLAM, 1985), ambos utilizando a Fórmula de Lewis (LATIN et al,
1994), bem como o teste de potência anaeróbia determinada a partir de
impulsão vertical sobre a plataforma de força (PETKO e HUNTER, 1997).
Em nosso estudo, optamos pelos testes de forward-backward e impulsão
vertical sobre a plataforma de força para mensuração da resistência (RA) e
potência anaeróbia (PA) de membros inferiores, respectivamente, por
considerarmos os movimentos mais específicos durante a prática do
basquetebol. Foram encontrados valores médios para RA de 10,3 ± 1,6 w.kg-1
e para a PA de membros inferiores de 48,4 ± 7,0 cm, sendo a RA e a PA
maiores nas alas em relação às pivôs e armadoras.
Como já relatado anteriormente, o basquetebol por ser um esporte de contato,
exige que o atleta tenha força (MCINNES et al., 1995) particularmente por
proporcionar contato direto entre os participantes (BEN ABDELKRIM et al.,
2007). Da mesma forma que os testes de resistência e potência anaeróbia, não
existe uma uniformização para as avaliações dos parâmetros de força
muscular, desse modo, foram utilizados neste estudo os testes de 1-RM
(BROWN e WEIR, 2001) e 8-RM (BRAITH et al., 1993; PEREIRA e GOMES,
2001) para avaliação da FMS e FMI, respectivamente. Foram observados
valores médios para a FMS de 57,2 ± 7,2 kg e para a FMI de 68,8 ± 5,9 cm,
sendo a FMS e a FMI maiores nas pivôs em relação às alas e armadoras.
Quantos aos indicadores de desempenho técnico não encontramos na
literatura estudos que permitissem estabelecer comparações com os
parâmetros apresentados pela seleção de basquetebol feminino do Brasil

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participante dos Jogos Olímpicos de Atenas 2004 durante as oito partidas
disputadas (tempo de jogo = 133,7 ± 24,3 min.; pontos = 52,8 ± 13,7; rebotes =
23,8 ± 5,3; erros = 9,3 ± 1,5 e bolas recuperadas = 5,9 ± 1,5). Segundo
Sampaio (1998), essas variáveis são consideradas determinantes nos
resultados finais das partidas, o que é evidenciado em estudo de Hoffman et al.
(1996) que demonstra associação entre variáveis de desempenho físico (força,
impulsão vertical, velocidade e agilidade) e o tempo de jogo, o que poderia
prejudicar concomitantemente o desempenho de outros parâmetros técnicos
como pontuação, rebotes, erros e recuperação.

Conclusão
Os resultados encontrados no presente estudo demonstram que as variáreis
descritas correspondentes as características antropométricas, de desempenho
físico e técnico da seleção de basquetebol feminino do Brasil participante dos
Jogos Olímpicos de Atenas 2004, corroboram na sua maioria com que tem sido
relatado em outros trabalhos que abordaram o mesmo tema. Espera-se que
esses achados possam contribuir na evolução do basquetebol brasileiro,
particularmente, por fornecer um referencial de parâmetros essenciais ao
planejamento e periodização do treinamento, bem como para a detecção de
jovens talentos para a modalidade.

Agradecimentos
Os autores agradecem ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e
Tecnológico (CNPq), a Fundação de Amparo a Pesquisa do Estado de São
Paulo (FAPESP), e a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível
Superior (CAPES), pelas bolsas outorgadas.

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