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​ECONOMIA

SUMÁRIO
Título,página
Introdução, 04

Economia​, 05
*O que é demanda?, 05
*Inflação, 06
*Mas o que pode gerar inflação, 07
*Quais os efeitos da inflação?, 08

Economia na prática​, 10

Políticas econômicas​, 11
*Política de renda, 11
*Política fiscal, 11
*Política cambial, 11
*Política monetária, 13

Taxa básica de juros (Selic)​, 15

Depósito compulsório​, 17

Redesconto bancário​, 18

Open Market (operações de mercado aberto),​ 19

Índices e Indicadores Econômicos​, 20


*Índices de preços, 20
*IGP-DI (​índice geral de preços – disponibilidade interna), 21
*IGP-M (índice geral de preços do mercado), 21
*INPC (​índice geral de preços ao consumidor), 21
*IPCA (índice de preços ao consumidor amplo), 22
*IPCA – 15 (índice de preço ao consumidor – real), 22
Indicadores de atividade​, 22
*PIB (produto interno bruto), 23
*PNB (produto nacional bruto), 23
*IBGE (desemprego), 23
*Produção industrial, 23

Indicadores Fiscais​, 25
*Arrecadações de impostos e contribuições federais, 25
*Resultado primário, 25
*Resultado nominal, 26

Indicadores do setor externo​, 26


*Balanço comercial, 26
*Balanço de serviços, 26
*Transações correntes, 27
*Divida externa, 27
*Reservas internacionais, 27
*Conta capital financeira, 27
*Resultado do balanço de pagamentos, 27

Conclusão – o impacto da economia em seus


investimentos​, 28
INTRODUÇÃO 

Neste módulo iremos abordar um estudo não aprofundado,


mas de extrema importância para todos que compõem o mercado
financeiro e mercado de capitais, desde agentes intermediários até
investidores e consumidores de produtos e serviços financeiros.

Neste EAD temos alunos com interesses em operações de curto


prazo (Day trade) até alunos que procuram conhecimentos para
aprender sobre aplicações de longo prazo, seja em mercado a vista
(ações, por exemplo) ou mercado futuro (contratos futuro, por
exemplo), e é inevitável que a economia nacional e global vá afetar
suas operações seja de forma positiva ou de forma negativa. Então
partindo deste preposto conduziremos este estudo para que todos
possam possuir habilidades e competência para tomadas de decisões
em suas aplicações financeiras.

Não podemos de forma alguma negligenciar nossos


conhecimentos sobre mercado financeiro pondo de lado um assunto
muito importante que afeta a todos nós sendo investidores ou não,
pois todos somos dependentes da economia nacional e global como
consumidores. Tudo que compramos seja para consumo próprio, seja
para investimentos, seja para sobrevivência básica, possui uma
influência da economia, e isto nos torna responsável por nossas
decisões tanto no consumo quanto no investir.

Desejamos que todos possam ter acesso á informações que


tem um peso em suas decisões, então por isso redigimos este estudo
para que o caminho para uma vida financeira saudável possa ser uma
realidade na vida de todos.
ECONOMIA
Economia é uma ciência que consiste na análise da produção,
distribuição e consumo de bens e serviços. É também a ciência
social que estuda a atividade econômica, através da aplicação da
teoria econômica, tendo, na gestão, a sua aplicabilidade prática.

O PAPEL DA MOEDA NA ECONOMIA


Temos a moeda como principal mecanismo na economia, sendo
ela de três funções:
Moeda como meio de troca: intermediário entre as
mercadorias. É aceito em todas as compras de bens ou
serviços, ou mesmo mercadorias.
Moeda com unidade de conta: ser o referencial das trocas,
o instrumento pelo qual as mercadorias são cotadas.
Padrão de medida usado para definir o preço de todos os
bens e serviços, expressando numericamente o valor da
transação.
Moeda como reserva de valor: poder de compra que se
mantém no tempo, ou seja, forma de se medir a riqueza.
Pois podemos não usá-la hoje para comprar algo no futuro,
transferindo o poder de compra.

O QUE É OFERTA E DEMANDA?


Oferta e demanda são as duas forças que garantem o
funcionamento de um mercado, determinando preços e a
quantidade de produtos oferecidos. O termo oferta se refere à
quantidade disponível de um produto, ou seja, aquela que as
empresas querem ou podem vender. Já a demanda é a
quantidade que os consumidores querem ou podem adquirir
desse produto, ou seja, sua procura.

Demanda pode ser compreendida como a quantidade de


um bem ou serviço que é desejada pelos consumidores por um
determinado nível de preço, em qualquer momento. Também
podemos conhecer como Lei da oferta e da procura.

Já a oferta diz sobre a quantidade de um bem ou serviço


que as empresas estão dispostas a produzir por um determinado
preço a um dado momento.

Mas o que pode acontecer se os consumidores procurarem por


um bem ou serviço em excesso, e as empresas não poderem
atender a esta demanda?

Neste caso teremos uma pressão nos níveis de preço, o


poderá ocasionar a INFLAÇÃO.

INFLAÇÃO
A inflação é o termo utilizado em economia para falar da
alta dos preços de um conjunto de produtos e serviços em um
determinado período. Quando ocorre o contrário, ou seja,
quando os preços caem, o termo utilizado é deflação​.

Podemos lembrar que o valor pago em um automóvel novo


nos anos 90’s não é o suficiente para comprar outro novo nos
dias de hoje. Isso pode ser explicado pelo efeito da inflação.

Em um cenário onde temos a “deflação”, pode ser bom


para os consumidores, aumentando o poder de compra já que os
preços estão mais baixos que o normal, mas não seria nada bom
para o produtor, pois isto ocasionaria um lucro menor, e
conseqüentemente não poderia cobrir seus custos de produção,
podendo chegar a falência, gerando desemprego para sociedade
onde está estabelecido.

O equilíbrio dos níveis de preços é primordial para o bom


funcionamento de uma economia​.

Temos então o governo como responsável em buscar este


equilíbrio, usando as Políticas Econômicas como ferramentas
para controlar a disponibilidade da moeda em poder dos
consumidores e poder equilibrar o nível de atividade da
economia.

MAS O QUE PODE GERAR A INFLAÇÃO?


Uma das causas da inflação é a própria lei da demanda e
oferta, quando temos uma grande quantidade de consumidores
com poder de compra, e estão todos dispostos a consumir, é
normal que os preços subam.
Já em um quadro onde a oferta é menor que a demanda,
temos também um aumento nos preços de um determinado
produto ou serviço, por exemplo, onde produtores de laranja
sofrem por um clima que faz com que sua produção seja
comprometida, teremos falta de laranjas no mercado, e por
conseqüência um aumento no seu preço, isso também pode
acontecer com produtos que derivam da laranja, como sucos
naturais. Podemos entender a partir disto o que ocorre com o
preço do gás, da gasolina e do diesel quando temos um aumento
no preço do barril do petróleo.
Outro fator que tem influência na inflação é o mercado de
câmbio, onde produtos fabricados fora do país, ou mesmo
componentes fabricados fora, mas de um produto final
brasileiro, sofrem mudanças em seu preço por um aumento no
valor do dólar frente ao real.

Podemos pegar uma montadora de automóveis como


exemplo, onde os carros são fabricados no Brasil, mas algumas
de suas peças são importadas de outros países, e quando temos
um aumento do valor do dólar frente ao real, o custo de
fabricação sofrerá um aumento, e por conseqüência o
consumidor final sentirá no bolso esse aumento de custo.

O Governo usa de política econômica ferramentas como


redução de impostos, redução nas taxas de importações, para
assim o consumidor final não ser atingido por essa inflação.

Mas o mesmo governo pode influenciar a inflação de forma


negativa, onde temos um quadro de gastos públicos mais altos
que arrecadações, onde (de maneira genérica) ele emite mais
moeda na economia fazendo com que o preço dos produtos e
serviços aumente.

Quais os efeitos da inflação?


Podemos destacar como efeitos da inflação na economia:

Perda do poder de compra das famílias;

Menores investimentos de empresários, por medo do


elevado custo para produzir algo que talvez seja difícil
vender pelo alto preço influenciado pela inflação;
Incertezas em viabilidade de projetos que atinjam a
economia de forma positiva;

Mas não podemos considerar um aumento na inflação


como somente algo negativo, pois um aumento na inflação pode
indicar um aquecimento na economia de um país.

Como comentado, o governo pode agir de ferramentas


para equilibrar a inflação, por isso vamos citar algumas delas:

Aumento da produção: incentivar a produção de um país


aquece a economia, pois com aumento da oferta se reduz o
preço dos produtos e serviços oferecidos aos
consumidores;

Redução de gastos do governo: se o governa gasta menos


do que arrecada o consumidor não sente no bolso o peso
dos impostos.

Aumento dos juros: O banco Central usa a política


monetária com o aumento dos juros, como a taxa básica de
juros (SELIC), para tentar diminuir a alta dos preços, pois
juros maiores fazem com que consumidores comprem
menos, e por conseqüência a demanda caia e os preços
também.

Temos a economia como a ciência social que estuda a


produção, a distribuição e o consumo de bens e serviços. Mas
dentro disto temos duas grandes áreas:

Macroecomia: que foca o resultado o resultado conjuntos


dos comportamentos individuais, onde avalia o resultado de um
todo, como a economia de um estado ou país. É uma forma de
análise em larga escala.

Microeconomia: onde o foco é o resultado econômico


individual, como empresas e famílias.

ECONOMIA NA PRÁTICA
Podemos mensurar o nível de atividade por agregados
econômicos, como por exemplo, inflação, desemprego, reservas
cambiais, contas governamentais e etc.

Cabe ao analista e aos investidores acompanhar diversas


influências na economia, tais como taxas de juros, indicadores
econômicos, indicadores de produção, pois tudo isso refletem no
mercado financeiro e os produtos e serviços nele negociados.
Tendo como objetivo não somente avaliar a viabilidade de uma
aplicação, mas também os riscos que ela oferece pelo quadro
econômico analisado em dado momento.

Para isto desenvolvemos este estudo a fim de trazer para


conhecimento alguns indicadores mais utilizados do mercado
financeiro, onde podemos decidir projeções e avaliações dos
riscos e níveis de juros.

Ao analisarmos a economia como um todo, veremos que há


vários fatores que interagem entre si, onde podemos definir cada
fator por seu modo de atuação, como nas rendas das famílias,
nas contas públicas, nos caixas de empresas e etc. Todos esses
fatores geram uma política de atuação, e é isso que o governo de
um país classifica, diferenciando cada um para que possa haver
um planejamento governamental.
POLÍTICAS ECONÔMICAS 
O governo entende políticas econômicas em quatro
seguimentos:

Política de renda

Política fiscal

Política cambial

Política monetária

POLÍTICA DE RENDA
Esta política cuida da redistribuição de renda entre a
população, visando a melhor forma de redistribuição para que o
poder de consumo seja elevado e os preços sejam justos, de
forma a equilibrar todo o mercado.

POLÍTICA FISCAL
Seu principal objetivo é o equilíbrio dos gastos e receitas do
governo. Podemos comparar como uma empresa, onde se
houver mais gastos do que arrecadação,haverá uma necessidade
de empréstimos de terceiros para equilibrar as contas. Temos
então dois fatores que são utilizados no controle da política
fiscal: níveis de gastos públicos e dos impostos.

POLÍTICA CAMBIAL
Quando tratamos de Política cambial (ou Política externa)
refere-se em como o governo equilibra suas contas externas e
principalmente a taxa de cambio do país. Podemos definir a taxa
de cambio como a relação de troca de moeda nacional com
moedas de outros países, ou seja, a taxa de cambio é a
quantidade de moda nacional que precisa para adquirir moeda
de outro país. Esta relação influencia com peso nas relações de
importação e exportação.
Quando temos um quadro onde o real é desvalorizado
frente à outras moedas, e é necessário uma quantidade maior de
moeda brasileira para se adquirir uma moeda estrangeira,
empresas que compram insumos de outros países acabam que
tendo seus custo de fabricação mais elevados, porém empresas
que vendem para fora do país tem um quadro mais favorável,
onde recebem mais em moeda nacional.

Agora em caso de câmbio valorizado, será necessária uma


quantidade menor de moeda nacional para se adquirir moeda
estrangeira, tendo um quadro inverso ao citado acima.

O principal objetivo do mercado cambial é determinar o


preço da moeda estrangeira em relação a moeda nacional (taxa
de câmbio).

As movimentações entre agentes econômicos nacionais e


estrangeiros são registradas no Balanço de Pagamento nacional.

POLÍTICA MONETÁRIA
Esta política tem influência total no mercado financeiro,
pois através dela o governo e as autoridades monetárias
controlam a liquidez da economia, através da quantidade de
dinheiro em circulação, taxa de juros praticada no mercado e a
disponibilidade de crédito.
Ela tem um vinculo direto com a inflação, pois ela controla
a quantidade de moeda em circulação e equilibra o nível dos
preços, buscando incentivar a produção e garantir a estabilidade
cambial.

Em 1999 foi determinado que a inflação devesse ser


controlada através de uma meta estabelecida, dentro de um
limite superior e inferior. Essas metas são definidas pelo
Conselho Monetário Nacional (CMN). Já por lei a instituição
responsável por conduzir a política monetária de forma a atingir
essas metas do CMN é o Banco Central do Brasil (BACEN).

Uma das perguntas que sempre nos fazem quando falamos sobre
equilíbrio da inflação e do desemprego é “​por que o governo
não imprime dinheiro para distribuir às famílias mais pobres?”

Seria uma idéia boa se não fossem as conseqüências dessa


ação, por isso teremos que explicar esses pontos:

Na economia temos uma garantia implícita em cima do


dinheiro, onde antigamente esta garantia era através de reservas
de ouro, ou seja, o dinheiro em papel ou moeda é apenas um
símbolo do que um país possui de bens guardados.

Temos que entender que o valor injetado na economia


deve ser proporcional a oferta de bens e serviços que um país
possui isto é chamado de “Lastro”, onde o lastro era apenas feito
sobre reservas de ouro, hoje é feita sobre a quantidade de bens
ou reservas de Dólar. Por isto temos um aumento de valor
econômico quando descobrimos petróleo ou outras matérias de
valor.
Agora o que aconteceria se a população tivesse mais
dinheiro em suas mãos do que bens e serviços ofertados?

Com mais dinheiro nas mãos da população, a quantidade


de demanda não seria atendida, isso causaria falta de produtos
nas prateleiras dos mercados e um aumento no valor desses
produtos. Podemos usar a Venezuela como exemplo, onde a
população possui o dinheiro, mas não tem produtos para
comprar, causando problemas na economia do país.

Por isto o governo usa de ferramentas para que a


quantidade de dinheiro nas mãos dos consumidores seja
equilibrada com a oferta de bens e serviços.

Chamamos de Política Monetária o conjunto de


ferramentas que o governo (através das autoridades monetárias)
utiliza para equilibrar a economia.

Podemos destacar algumas dessas ferramentas:

Alteração na taxa básica de juros (SELIC)

Recolhimento compulsório

Redesconto bancário

Open market

Vamos explicar cada uma dessas ferramentas para entender o


que isto impacta na economia e também no mercado financeiro,
sendo cada uma delas de tal importância que não podemos
deixar este assunto ser passado despercebido em nosso dia-a-dia
como investidores e também como consumidores, mas antes
precisamos explicar o que é taxa Selic.

TAXA BÁSICA DE JUROS (SELIC) 


Para​ entender o que é taxa Selic, precisamos explicar de
onde vem essa sigla:
SELIC​ é a abreviação de Sistema ​Especial de Liquidação e
Custódia​ — uma espécie de mercado em que os títulos do
Tesouro Nacional são comprados e vendidos diariamente​.
Funcionando de forma totalmente eletrônica, esse sistema é um
ambiente restrito apenas para instituições financeiras. Ou seja,
além do próprio Banco Central, apenas os bancos e demais
instituições do tipo podem negociar títulos nesse sistema

A partir disto o governo por meio de uma reunião do


COPOM​ (Comitê de política Monetária) e por meio do ​Banco
Central​, decide fixar uma taxa sobre esses títulos.

Esta taxa é conhecida como taxa básica de juros, pois é a


taxa tida como o “valor do custo do dinheiro”, onde bancos
negociam entre si títulos públicos para empréstimos
interbancários, e o prazo geralmente é de apenas um dia.

Vamos explicar na prática:

Um banco que ao final do dia, precisa de um valor para


fechar suas contas, já que o valor arrecadado durante o dia todo
(seja por depósitos ou não) não são o suficiente, recorrerá a
empréstimo de outro banco, com vencimento de apenas um dia.

Mas como garantir que este empréstimo será pago?


Pois aí é que entram os títulos públicos, que serão usados
como garantia daquele empréstimo, pois títulos públicos são
muito seguros, são a forma mais segura de que aquele valor será
recebido. Este mercado é conhecido como “​empréstimo
interbancário​”.
Então o mercado começou a entender que a taxa Selic é a
mais baixa para se obter dinheiro, e os bancos começaram a usar
ela como referência para seus juros bancários, já que não tem
sentindo captar recursos a uma taxa e disponibilizar este recurso
no mercado pela mesma taxa.

TAXA SELIC COMO FERRAMENTA DA POLÍTICA MONETÁRIA


Agora podemos entender que o governo utiliza mudanças
da taxa Selic para afetar o mercado financeiro, a fim de equilibrar
a quantidade de moeda disponível e a inflação.

Pois dinheiro mais caro para os bancos resulta em menos


oferta de empréstimos para consumidores e empresas, causando
um menor consumo de bens e serviços, e por fim uma redução
nos preços.

Em um quadro invertido, temos uma taxa mais baixa,


empréstimos mais acessíveis e um aquecimento da economia,
mas com uma inflação mais alta, e por isto será necessárias
outras ferramentas para este equilíbrio.
DEPÓSITO COMPULSÓRIO 
Para entendermos este estudo, temos que começar por
uma explicação simples sobre criação de moeda.

Vamos criar um cenário sem nexo algum, mas para


simplificar muito esta explicação, onde nesse cenário existam
apenas três homens e uma instituição financeira.

O primeiro homem fez um empréstimo de R$1.000,00 e


pagará juros de 10% com vencimento em 30 dias, e no final
daquele prazo ele terá que pagar o valor de R$1.100,00 para
pagar o conserto de um trator que precisa para trabalhar.

No caixa do banco temos então um valor de R$100,00 em


caixa adquiridos através do empréstimo.

E então temos o segundo homem que faz um empréstimo


de R$1.000,00 para pagamento em 30 dias a uma taxa de 10%,
para pagar por insumos que irá ser revendido para o homem que
faz conserto de tratores.

Vemos que R$200,00 foram adquiridos para o caixa do


banco.

Um terceiro homem recorre ao banco para um empréstimo


de R$1.000,00 a uma taxa de 10%, para pagar ao primeiro
homem o serviço que foi utilizado um trator.

Vemos que neste ciclo de empréstimos, o banco gerou em


caixa um valor total de R$300,00 total. Este valor foi criação de
moeda através de empréstimos oferecidos aos homens, já que os
únicos valores transitados foram os R$1.000,00.

Partindo disto, o Banco Central através da política


monetária, obriga os bancos a depositarem um percentual dos
depósitos a vista nas contas do próprio BC, fazendo assim com
que a disponibilidade de crédito seja menor e os juros sejam
mais altos (dinheiro mais caro).

Agora podemos entender que através desta política o


governo equilibra a quantidade de moeda em circulação,
obtendo assim um equilíbrio da economia.

REDESCONTO BANCÁRIO 
Quando um banco tem um problema de liquidez, ele pode
recorrer ao Banco Central para emprestar dinheiro e equilibrar
as contas. A taxa cobrada sobre estes empréstimos é chamada
“Taxa de redesconto”, onde um quadro econômico que necessite
de menos dinheiro em poder dos consumidores resulta a um
aumento dessas taxas.

O governo analisando que será preciso retirar dinheiro em


circulação usa um aumento dessa taxa para que os bancos
tenham menos valores disponíveis para empréstimos, e por
conseqüência teremos um equilíbrio da inflação.

Os bancos por sua vez, precisam de valores em reservas


para não ter problemas de liquidez, e com taxas mais altas, o
custo do dinheiro ficará mais caro, e para que não se corra o
risco de liquidez de um banco os empréstimos aos consumidores
será menor, congelando assim seu valor em reserva.

OPEN MARKET - OPERAÇÕES DE 


MERCADO ABERTO 
Esta operação consiste em compra e venda de títulos
públicos feito pelo Banco Central com o mercado.

Quando o governo necessita de dinheiro para financiar suas


obras, por meio do Tesouro Nacional ele emite títulos públicos
para captar estes recursos. Estes títulos em circulação no
mercado representam valores que não estão disponíveis em
forma de moeda, mas em forma de títulos.

Em um quadro onde há necessidade de um aumento de


moeda em circulação, o Banco Central compra estes títulos para
que a moeda seja recolocada em circulação na economia e
interferindo diretamente nos juros praticados no mercado.

Esta ferramenta geralmente é usada para impactar o


mercado de forma mais rápida, ou seja, em curto prazo.

 
INDICES E INDICADORES ECÔNOMICOS 
Para entendermos algumas oscilações do mercado
financeiro (por que uma ação ganha valor, por que ela perde
valor, porque o dólar se valoriza ou desvaloriza, tudo isto que
vemos em noticiários) é necessário aprender sobre índices e
indicadores e ter acesso as informações do dia-a-dia no mercado.

Se tivermos aplicações em ativos que sofrem influência de


um mercado específico ou de uma moeda específica (Petrobras,
por exemplo, que sofre influência do dólar) devemos estar
munidos de informações que nos traga uma segurança nas
nossas tomadas de decisões, e os índices e indicadores nos dão
informações para que isto aconteça.

INDICES DE PREÇOS 
Estes índices são utilizados para avaliar a inflação, de forma
a acompanhar a evolução dos preços de um grupo de produtos e
serviços de uso e consumo por um extrato padrão da população.

Também são usados para calcular o valor atual de um


montante financeiro no passado, ou seja, para saber qual o
poder de compra da moeda hoje do mesmo montante do
passado. É como se fossemos usar mil reais hoje para comprar
algo que sabemos que no passado poderíamos comprar por
menor valor, ou mesmo, usar um valor que antigamente
compraríamos um carro novo mas que hoje só compraria um
carro usado.

Vamos conhecê-los?

IGP-DI (índice geral de preços – disponibilidade interna)


Quem divulga este índice é a FGV (Fundação Getúlio Vargas), é
formado por três índices:

IPA (índice de preços por atacado)

IPC (índice de preço ao consumidor)

INCC (índice nacional da construção civil)

IGP – M (índice geral de preços do mercado)


O índice IGP-M foi criado para medir o movimento dos preços de
forma geral. Por isso, ele tem o objetivo de ser mais abrangente
que outros índices do mercado.

Por ser calculado em diversos indicadores, este índice acaba


sendo um indicador macroeconômico, sendo possível ter uma
noção da inflação e do estado atual da economia brasileira.

Este índice tem influência direta nas finanças pessoais da


população, pois é usado como indexador de contratos como, por
exemplo: contratos de aluguéis, tarifas públicas, seguros e etc.

INPC (índice geral de preços ao consumidor)


Quem apura este índice é o IBGE e mede as despesas das
famílias nas regiões metropolitanas. Estas despesas são:
alimentação, bebida, vestuário, artigos de residência, transporte,
saúde, educação e comunicação.

IPCA (índice de preços ao consumidor amplo)


Este índice é calculado na mesma estrutura co INPC, porém é
destinada a população das capitais estaduais brasileiras.

Atualmente é o índice oficial do governo, sendo utilizado como


parâmetro para o sistema de metas inflacionárias​.

IPCA – 15 (índice de preço ao consumidor – real)


Possui a mesma estrutura de calculo que o IPCA, mas seu
período de coleta é adiantado em 15 dias.

INDICADORES DE ATIVIDADE 
São usados para avaliar o desempenho econômico do país,
de extrema importância no mercado financeiro, pois afeta
investimentos através da expectativa de oferta e demanda e
produtos ofertados na economia brasileira.

Devemos dar uma atenção especial à esses indicadores,


pois através deles temos uma noção da interação entre
consumidores e empresas de produção, temos taxas de
desemprego, as contas do governo, e por aí vai.

A economia brasileira é uma das principais ferramentas


para ditar a expectativa de investidores, onde um quadro de
economia baixa e gasto alto do governo gera uma inviabilidade
de se investir em um país que possui maior risco.

Vamos aos indicadores:

PIB (produto interno bruto)


Mede o total da produção de um país ao longo de um
determinado tempo. Onde representa a soma do consumo
agregado, investimentos, gastos do governo e saldo do comércio
exterior tanto de bens como de serviços. Ele é calculado e
divulgado pelo IBGE trimestralmente​.

PNB (produto nacional bruto)


Mede o total da produção do país, independente de onde os
insumos de produção vieram, mas o que importa é onde foi
produzido o produto final.

Desemprego – IBGE
Mede o total de pessoas desempregadas no país, e leva em
consideração baseada na PEA (população economicamente
ativa) sendo ele o índice de desemprego oficial do Brasil.

Produção Industrial – IBGE


Ele mede o total produzido fisicamente, seja bens de consumo
duráveis ou não.

Temos estes como principais índices e indicadores para


estudo do mercado financeiro, seja numa visão macro ou não.
Seja em fundamentalista ou técnica, as análises sempre
dependerão desses índices e dos indicadores como base de
estudo, e também como análise da dinâmica da economia e do
mercado.
Como bem sabemos, o governo tem uma responsabilidade
pela economia do país, mas também por captar investidores para
crescimento desta economia, por isto temos indicadores fiscais,
que demonstram as contas do governo, contas nas quais custam
aos bolsos dos consumidores e influenciam a inflação e as taxas
de juros praticadas no mercado (política fiscal).

Devemos dar atenção às estas contas, pois partindo delas


temos um modelo de governo que possa demonstrar ser
expansionista ou contracionista.

No governo expansionista temos um quadro onde há um


aumento do gasto público (investimentos em educação,
segurança) e uma diminuição dos impostos cobrados, gerando
um avanço da economia do país.

Já no governo contracionista temos um quadro totalmente


o inverso, onde são elevados os impostos e uma redução das
contas públicas.

 
 
 
 
 
INDICADORES FISCAIS 
Estes indicadores são usados para avaliar as contas internas do
governo.

ARRECADAÇÃO DE IMPOSTOS E CONTRIBUIÇÕES


FEDERAIS
É um mix de todos os tributos e contribuições federais
arrecadados em um mês. Entre os mais importantes estão: IPI
(imposto sobre produtos da indústria), IR (imposto de renda),
CSLL (contribuição social sobre o lucro liquido), IOF (imposto
sobre operações financeiras), entre ouras mais.

Ela é medida pela Secretaria do Tesouro Nacional e pela


receita federal.

RESULTADO PRIMÁRIO
Este resultado serve para avaliar o equilíbrio fiscal de um
país, ou seja, se o governo gastou mais do que arrecadou,
calculando o total das arrecadações de impostos e contribuições
menos os gastos dos órgãos públicos (Tesouro Nacional, Banco
Central e Previdência) estados, municípios, e empresas estatais,
sem levar em consideração as despesas e receitas financeiras.
Quando a arrecadação é maior que as despesas chamamos de
“superávit primário”, e o contrário chamamos de “déficit
primário”.

RESULTADO NOMINAL
É a soma do resultado primário com o resultado do
pagamento e recebimento de juros. Como o Brasil é um pagador
liquido de juros, falamos que o resultado nominal é o resultado
primário mais os gastos com juros. Se a soma dos dois for
positiva, dizemos que há um superávit nominal e se for negativa,
déficit nominal.

INDICADORES DO SETOR EXTERNO 


Estes indicadores são utilizados para avaliar o desempenho do
país no que diz respeito as suas trocas internacionais.

BALANÇA COMERCIAL
Mede o resultado das transações de bens entre o país e o
resto do mundo, onde as exportações são os bens que vendemos
à outros países e as importações são bens que compramos deles.

O resultado das importações menos as exportações nos fornece


o saldo da balança comercial.

BALANÇA DE SERVIÇOS
É o resultado da diferença entre as receitas recebidas e as
despesas pagas pelo país a títulos de serviços, como por
exemplo: seguros, royalties, viagens internacionais e etc.

TRANSAÇÕES CORRENTES
São as operações do Brasil com o exterior, incluindo
receitas obtidas com exportações de mercadorias; gastos com
importação; pagamentos de juros da dívida externa; seguros e
fretes; e transferências unilaterais.

DÍVIDA EXTERNA
Total das dívidas externas, tanto privados quanto públicos.

RESERVAS INTERNACIONAIS
É o resultado total de reservas de moeda estrangeira que o
Banco Central detém, onde essas reservas aumentam quando o
Bacen compra moeda estrangeira e diminuem quando ele as
vende, sendo possível uma variação nessas reservas por motivo
de pagamento de empréstimos a organismos internacionais.

CONTA CAPITAL E FINANCEIRA


Esta conta registra todo o fluxo de capitais que entram e
saem do país. Passam também por essa conta os investimentos
diretos estrangeiros.

RESULTAO DO BALANÇO DE PAGAMENTOS


Esta conta representa a soma das transações correntes com
a conta capital e financeira. Caso haja um déficit no Balanço de
pagamentos esse será automaticamente financiado com perdas
de reservas num regime de câmbio fixo ou com ajustes na
cotação da moeda num câmbio flutuante.
CONCLUSÃO 
 
O IMPACTO DA ECONOMIA EM SEUS INVESTIMENTOS

Quando abordamos um tema sobre o quanto uma ação ou


um título pode render, é necessário que seja feita uma análise
fundamentalista (analise mais aprofundada) sobre cada ativo,
pois o que envolve não é somente as projeções feitas por
economistas, ou projeções prometidas por gerentes de bancos
ou analistas de corretoras, mas é preciso que toda a estrutura
contábil/financeira da empresa dona do ativo seja analisada.
Somente assim poderemos ter as percepções sobre a governança
corporativa exercida, pois é sob responsabilidade dela os lucros
obtidos ao certo prazo.

Somente saberemos se uma empresa possui mais dívidas


do que receitas a partir destas analises, que na Administração de
Empresas chamamos de Análise Vertical Financeira, e é la que
saberemos se projeções oferecidas por bancos e corretoras estão
falando a verdade.

Ao analisarmos uma ação de uma empresa X, devemos


também analisar os demonstrativos financeiros dela, sendo nele
descritos dados como receita liquida, lucro liquido, despesas,
patrimônio liquido, e etc.
Quando analisamos esses demonstrativos, podemos
perceber o quanto a economia impacta o resultado final dos
lucros obtidos por esta empresa, que por conseqüência atingirá o
pagamento dos dividendos dos sócios (donos das ações).

Um governo que possui uma política econômica que taxa


impostos altos afetará os rendimentos de uma ação pelo fato de
que a empresa teve seus custos mais altos. E um título sofrerá
um impacto pelos aumentos desses impostos pelo aumento dos
juros praticados no mercado para cobrir custos dos impostos
fixados pelo governo.

Seus investimentos são muito sensíveis á economia tanto


global quanto nacional, pois tudo envolve moedas, juros,
impostos de importação e exportação, produtividade e lucro.

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