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Relativamente inespecífica;
vascular.
Recapitulando a metáfora:
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Biopatologia _ Inflamação Crónica e Granulomatosa _2/10/2006
Mediadores
Pré-formados Coagulação
Sintetizados de novo Fibrinolítico
Complemento
Cininas
(sistémicos).
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macrófagos,…). Por sua vez, os derivados do ácido araquidónico inserem-se no grupo dos
Este factor central é, portanto, capaz de activar não só o sistema da coagulação como
qualquer um dos outros sistemas plasmáticos. Além disso, os produtos da activação destes
Factor de Hageman
- também designado factor XII da cascata de coagulação intrínseca;
- proteína sintetizada no fígado;
- circula na forma inactiva até encontrar colagénio, membrana basal ou plaquetas activadas
(como no local de uma lesão endotelial);
- com a assistência do cofactor cininogénio de alto peso molecular (HMWK), o factor XII
sofre uma alteração conformacional (tornando-se factor XIIa), expondo um centro activo
serina que cliva vários substratos proteicos.
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inflamatório.
O factor XIIa desencadeia a cascata que promove a activação da trombina, que por
sua vez cliva o fibrinogénio solúvel para gerar uma placa de fibrina insolúvel.
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Bradicinina
- tal como a histamina, aumenta a permeabilidade vascular, a dilatação arteriolar e a
contracção do músculo liso brônquico;
- causa dor quando injectada na pele;
- as suas acção são a curto prazo, pois é rapidamente inactivada por cinínases degradativas
presentes no plasma a e tecidos.
Calicreína
- actividade quimiotática;
- potente activador do factor de Hageman e, assim, permite amplificação da via completa.
pela plasmina ou por outros mecanismos (“que já vamos ver”), seja pelo factor II. O
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Sistema do complemento
- cascata de proteínas plasmáticas com um papel importante na imunidade e na inflamação.
- Imunidade: gerar complexo de ataque de membranas (MAC), formador de poros nas
membranas dos agentes invasores.
- Inflamação: No processo de geração do MAC, são produzidos fragmentos do
complemento, incluindo opsoninas C3b bem como fragmentos que aumentam a
permeabiliddae vascular e a quimiotaxia de leucócitos.
Sistema do complemento
C1 C1 a
Via da lectina
C5.
Este é activado, na maior parte dos casos, pela via clássica, que resulta da constituição de
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activa uma fracção do complemento 1 (C1), que, uma vez activo, activa C4 e C2. Em
3. O complemento 3 pode, ainda, ser activado pela via da lectina. As lectinas são
porção terminal dos polissacáridos na sua parede, têm muitas vezes manose. Assim,
idêntico.
microorganismos activam C3; funciona como uma opsonina, logo participa no processo da
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constituição da convertase de C5, seja pela via alternativa seja pela via clássica. A
convertase de C5 vai, então, actuar sobre C5, activando-o e decompondo-o em C5a e C5b.
C5a tem acções parecidas com C3a, ou seja, aumenta a permeabilidade e promove a
vai fazer com que outros elementos do complemento se juntem a ele: C6, C7, C8, C9,
actuar sobre a membrana celular dos microorganismos, levando à lise dos mesmos.
que se activam em cadeia, sendo C3a, C5a, C3b e o complexo de ataque das membranas
- fagocitose: quando fixo à superfície microbiana, C3b e C3bi actuam como opsoninas,
aumentando a fagocitose por células que apresentam receptores C3b (neutrófilos e
macrófagos).
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células.
e PGH2; as finais: PGD2, PGE2 e PGF2 – “ninguém vai perguntar isto!”), bem como
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Via da cicloxigénase
Existem duas cicloxigenases: a COX-1 e a COX-2. A COX-1 é uma enzima
constitucional que existe dispersa em vários tecidos do nosso organismo, na forma activa. A
Para além das prostaglandinas D2, E2 e F2α, são formadas nesta via tromboxano A2
no fundo, quando há uma lesão no endotélio, criar um pequenino trombo que sele o defeito”).
Mas, se isto não for contrabalançado, pode-se tornar excessivo e daí surgirem
com a produção de mediadores que têm determinado efeito e que são contrabalançados
pela produção de outros mediadores com efeitos opostos, no sentido de evitar que o
Existem mediadores com efeito oposto quer dentro do mesmo sistema (caso
referido) quer pertencentes a sistemas diferentes (ex: via da coagulação leva à produção
com outras citocinas para causar febre). Além disso, as prostaglandinas são reguladores
gástrica não é digerida, porque é revestida por muco, porque as células epiteliais têm um
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No insecto que nos pica e ficamos com a mão inchada, e um cremezinho com corticóides que
alivia; no esteróide que tem que se dar, por vezes, no decurso de rinites, em situações de
asma. Quando administramos corticóides estamos a usar a capacidade anti-inflamatória
esteróide desses compostos.”). Os esteróides inibem o processo inflamatório através da
inibição da acção das enzimas fosfolipases, logo trata-se de um efeito inibitório muito
Uma particularidade…
Dentro dos anti-inflamatórios não-esteróides, a aspirina inibe ambas as COX, por
exemplo, assim como outros não-esteróides. Ao inibir ambas as COX, inibe obviamente a
COX-1, com efeito citoprotector da mucosa gástrica, como já referido. O uso abusivo da
Deste modo, a aspirina, como a maior parte dos fármacos, não deve ser tomada sem
gástrica, o que não acontece com a COX-2 - (Isto tem saído nos jornais!! Há que estar
atento! Pois.. Pois…. ☺) para não perturbar funções citoprotectoras nem o equilíbrio ácido-
base do rim.
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Nota 1: a lipoxigénase não é afectada por nenhum inibidor da COX, e, de facto, o bloqueio
da COX pode mesmo aumentar o acesso do substrato à via das lipoxigénases.
leucócito. Por sua vez, as lipoxinas promovem vasodilatação e inibem a quimiotaxia dos
leucócitos.
Algumas notas…
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A inflamação crónica:
_ é de longa duração, podendo ser meses, anos, dependendo das circunstâncias;
_ instala-se mais lentamente.
Imagem de intestino:
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Qual foi a situação, que viram nas aulas práticas, de cólon com
inflamação transmural? Doença de Chron – exemplo específico de doença
inflamatória intestinal com amputação fibrosa da parede (vem até no site,
se quiserem voltar a visitá-lo) com algumas situações de inseração.
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o processo de exsudação. A
endoteliais e a vasodilatação
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Certos agentes etiológicos como os vírus causam mais frequentemente inflamação crónica, como
vemos nesta imagem que representa o pulmão de um doente com inflamação crónica causada por
influenza A. É de notar que os infiltrados inflamatórios da inflamação crónica ocorrem com mais
frequência no interstício dos tecidos, ao contrário dos exsudados característicos da inflamação
aguda que ocorrem mais frequentemente sobre superfícies ou em espaços. (Figura e legenda
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_ Infecções víricas;
_ Doenças auto-imunes;
mais pormenorizado).
cicatrização. A professora referiu este aspecto na aula dizendo que esta última aula iria
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imagem que a professora mostrou) que um processo inflamatório pode ser muito
rico em células do tipo macrofágico, coexistentes com linfócitos e,
eventualmente, plasmócitos, e o que acontece com estas células
inflamatórias é semelhante ao que já vimos detalhadamente com os
polimorfonucleares (PMN). Então o que é que acontece
? No sangue nós temos monócitos e estes têm capacidade de rolar e aderir
(há moléculas de adesão para os monócitos) e têm a capacidade de emigrar
do lúmen do vaso para o interstício e neste processo de emigração ou de
diapedese há determinados mediadores que são muito importantes: as
quimoquinas (e é o que está aqui representado, uma quimoquina especial para
monócitos). As quimoquinas têm um papel importante na atracção de
monócitos que se vão transformar em macrófagos. Há outras quimoquinas
que são particularmente quimioatractoras para eosinófilos, outras para
linfócitos (o livro discute isto muito bem e de maneira muito simples – pág.
50). (A professora referiu que o que ela disse era ao essencial e que não nos perdêssemos
nos diversos subtipos de quimoquinas; mesmo assim, é aconselhável irem ver ao livro)
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[Figura pág. 337 “Basic Pathology” (Robbins, 7.ª edição)]. Representa um diagrama esquemático da sequência
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dos macrófagos.
[Figura pág. 55 “Basic Pathology” (Robbins, 7.ª edição)]. Maturação dos monócitos circulantes em macrófagos
tecidulares activados. Os macrófagos podem ser activados por citocinas (em particular IFN-γ, produzido pelos
produzidas pelos macrófagos activados que medeiam a lesão tecidular e a fibrose estão indicadas.
AA, ácido araquidónico; FGF, factor de crescimento dos fibroblastos; PDGF, factor de crescimento
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pela activação dos macrófagos. Granulomas mais antigos são rodeados por
macrófagos.
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Conclusão…
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[Figura pág. 53 “Basic Pathology” (Robbins, 7.ª edição)]. Causas e possíveis evoluções da inflamação
aguda e da inflamação crónica.
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Notas finais!!
“Tão” a ver aqueles rectângulos com linhas a tracejado? Pois bem… Aquilo não são
palavras proferidas ☺ na aula. “Então que raio é isso?”, podeis perguntar. Bem, aquilo são
adicional, outras são simplesmente uma exposição mais organizada daquilo que também foi
falado na aula. Ou seja, quem leu aquilo no Robbins, pode ignorar os rectângulos (Se bem
que até ficaram giros, não ficaram? Dá outro nível à aula desgravada
☺)…………………………………………..
Nota: na 2.º parte, em itálico está exactamente aquilo que a prof. disse na aula, sem
Pedimos desculpa pela demora (Bom Natal!) e, já agora, pela diferente formatação
das duas partes da aula desgravada. Nós íamos pôr tudo igual, mas as imagens e esquemas
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