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XVII SISTEMA ÓSTEO-ARTICULAR E MUSCULAR

Os sistemas ósteo-articular e dos músculos esqueléticos constituem, no seu conjunto anatômico e funcional, os principais
elementos de sustentação estática e dinâmica do corpo. A textura e a estrutura normais dos seus elementos e o sinergismo
de suas funções mantêm essa sustentação sem qualquer sintoma. O sistema ósteo-articular compreende as juntas ou
articulações, os ossos, todo o sistema articular com as sinovias, as cápsulas, as cartilagens articulares, os ligamentos, e o
sistema muscular estriado com os músculos propriamente ditos e as aponevroses, tendões e as respectivas inserções ósseas.

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Todo o sinergismo funcional é regularmente e harmoniosamente executado pelos reflexos propriocep-tivos partidos de
todas essas texturas através de nervos que têm como centros o aparelho do equilíbrio (ver Equilíbrio em IDA de cabeça), os
centros do tono muscular do hipotálamo e no tronco cerebral pelo sistema reticular, no cere-belo, e todos, finalmente,
regulados e regidos pela corticalidade e sub-corticalidade cerebrais com as quais existem ligações neuronais.
Os processos patológicos fundamentais são: as inflamações, as degenerações, as neoplasias e os transtornos mecânicos,
todos correspondentes às lesões localizadas e/ou sistêmicas, e aos vícios de postura.
Os caracteres propedêuticos que deverão ser inquiridos serão agora enunciados:
1) Localização: mono ou poliarticular, ou em determinado grupo muscular ou músculos ou tecidos peri-articulares.
2) Evolução: a) itinerante em horas ou dias, com remissões nas articulações previamente tomadas, própria da enfermidade
reumática e sem deixar deformação; b) simétrica, é a regra na artrite reumatóide, com progressão dos processos
inflamatórios articulares e periarticulares, muscular e a progressiva deformação das articulações com atrofias e hipertonias
dos grupos musculares regionais próximos das articulações; c) mono-articular e de progressivo comprometimento na artrite
purulenta gonocócica ou de outra etiologia infecciosa, e quando não purulenta, na artrite tuberculosa; d ) de curso
progressivo e lento, sem febre na ósteo-artrite ou artrose, na artrite úrica e nas artoses decorrentes de defeito de postura,
mais frequentes no membro inferior, no tronco e na nuca.
3 — Dor: é espontânea e sempre piorada pelos movimentos e compressão da articulação considerada, e/ou do músculo, e/ou
do tegumento, lesados. A articulação adquire uma posição antálgica, assim como um membro ou o pescoço ou tronco
adquirirão posição tal que diminua a intensidade da dor como acontece no torcicolo, na extensão ou na flexão de um
membro nas contusões, nos hematomas musculares, nas fibrosites do subcutâneo, etc.
Muito importantes e frequentes são as dores por vício de postura: dor nucal e nos músculos trapézios pelas modificações da
estática e dinâmica da coluna cervical, dor dorsal na postura defeituosa com flexão do tronco na posição sentada do
datilografo, do homem que escreve, do trabalhador de enxada, dores nas panturrilhas nos joelhos valgos ou varos e nos pés
planos ou chatos ou equinos. Não confundir estas últimas com a claudicação intermitente; a semiotécnica no exame dos
músculos e das artérias dos membros inferiores, da atitude dos joelhos e dos pés na posição ortostática e na marcha, a falta
de curvatura plantar dos pés, indicarão com facilidade os diagnósticos.
Este interrogatório deve ser particularmente bem orientado porque os vícios da estática e da dinâmica de todos os
segmentos da coluna vertebral, e também, de todos os segmentos dos membros inferiores poderão ser facilmente diag-
nosticados e comprovados no Exame Físico Geral, na posição ereta e na marcha.

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4 — Deformação, pelo aumento de volume por inflamação e/ou por derrame sinovial, com ou sem comprometimento por
celulite do tegumento peri-articular. É comum a todas as situações patológicas ósteo-articulares. Há, todavia, certas
deformações que são características e valem por um diagnóstico definitivo:
a) O aspecto fusiforme da articulação inter-falangeana proximal dos dedos, na artrite reumatóide.
b) "Caput ulnae syndrome" representado pelo intumescimento da região ulnar do carpo e da extremidade da ulna com
fibrosite secundária dessa região e atrofia dos músculos do carpo circunvizinho, existente caracteristicamente também na
artrite reumatóide.

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c) Os nódulos de Heberden são engrossamentos que se iniciam lateralmente e depois tomam a circunferência das
articulações interfalangeanas distais; são indolores ou muito pouco dolorosos no início, e característicos da ósteo--artrite ou
artrose com osteofitose, não confundíveis com o aspecto fusiforme da artrite reumatóide. Os nódulos de Bouchard, são
do mesmo aspecto, porém, localizados nas articulações inter-falangianas proximais e decorrentes também de osteoartrose
dessa localização.
d) Os nódulos irregulares juntos das articulações de diferentes tamanhos, bastante dolorosos, são os tofos de artrite úrica.
e) Derrames inflamatórios nas artrites em geral, e hemorrágico nas hemofilias A e B, ou traumáticos.
5 — Alteração funcional da articulação: é importante destacar a limitação dos movimentos da articulação considerada pela
dor, da rigidez por fixação da articulação em posição anômala consequente à fibrose, à aderência de cápsulas articulares
com os ligamentos, e com outras estruturas articulares, que podem levar até a anquilose. Esta última condição a rigidez
articular é própria da artrite reumatóide e se mostra de maneira progressiva, faltando, em geral, nas outras artropatias,
com exceção da osteoartrose na qual a evolução é muito lenta e de aparecimento bastante tardio, diferente da artrite
reumatóide na qual este acontecimento é bem mais rápido.
6 — Crepitação os movimentos articulares, principalmente nos joelhos e tornozelos e na coluna cervical, com os
fragmentos e as irregularidades cartilaginosas, muitas vezes calcificadas, provocam ruídos característicos. É muito
frequente na osteoartrose e na espondilose cervical, com ou sem discopatia.
7 — Rigidez matinal é o sintoma característico e importantíssimo das mesenquimopatias (colagenosas), sendo mais
frequente na artrite reumatóide, correspondendo à dificuldade das contrações musculares, com sensação desagradável de
mal estar, do emperramento de todo o corpo, ao despertar pela manhã com a intenção de se levantar. Exprime a condição
generalizada articular, muscular, tendões, ligamentos, tegumento do processo inflamatório próprio da
mesenquimopatias. É UM DOS SINTOMAS MAIS IMPORTANTES DE MESENQUIMOPATIA EM ATIVIDADE,
principalmente na artrite reumatóide.
8 — Febre, inapetência, prisão de ventre, alterações do humor são outros sintomas que deverão ser interrogados nas
afecções ósteo-articulares e musculares, pois dizem respeito ao comprometimento geral da nutrição, do aparelho digestivo
e das reações psíquicas dos pacientes portadores das diferentes afecções ósteo-articulares.

SINOPSE
1 - Localização
articular mono ou poliarticular.
muscular grupo muscular ou músculo.

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tecidos peri-articulares

2 - Evolução
a) itinerante, em horas ou dias Enfermidade reumática.
b) simétrica e progressiva, com processos inflamatórios peri-articulares, deformações e atrofias
musculares = Artrite Reumatóide, ou outras mesenquimopatias.

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c) monoarticular e comprometimento progressivo
artrite não purulenta e progressiva sugere artrite tuberculosa.
artrite purulenta gonocócica ou por outros germes
d) decurso progressivo e lento, sem febre
oste-artrose
artrite úrica.

3 - Dor
espontânea e piorada ao movimento e à compressão da estrutura lesada.
por vício de postura nucal, nos trapézios, dorsal, lombar e na panturrilha.

4 - Deformação (por edema inflamatório e/ou por derrame sinovial).


a) fusiforme na articulação inter-falangeana proximal artrite reumatóide
b) "Caput ulnae syndrome" artrite reumatóide.
c) Nódulos de Heberden articulação interfalangiana distal, de evolução progressiva e indolor, ou
pouco doloroso no início ósteo-artrose com osteófitos, Nódulos de Bouchard o mesmo, nas
articulações interfalangianas proximais.
d) Nódulos justa-articulares, irregulares, dolorosos tofos da artrite úrica.
e) Derrames articulares inflamatórios, ou hemorrágicos nas hemofilias A e B, ou traumáticos.

5 - Alteração funcional da articulação (pela dor ou por aderências peri--articulares, que levam à
anquilo-se, ou por fibrose que leva à rigidez de fixação em posição anômala).
Por fibrosite e aderências peri-articulares, progressiva na artrite reumatóide e ausente nas outras
artropatias, à exceção da ósteo-artrose cuja evolução é muito lenta.

6 - Crepitação ! (por fragmentos e irregularidade cartilaginosas, muitas vezes calcificadas)

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ósteo-artrose
espondilose cervical, com ou sem discopatia.

7 - Rigidez Matinal
própria das mesenquimopatias, em especial da artrite reumatóide.

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8 - Sintomas que acompanham
febre.
inapetência
prisão de ventre
alteração do humor.

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