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préximo da sublimacao. Pois, se a “verdade" esta presente, no sentido de ‘um modo de relacdo ao simbdtico que € pouco perpassado pelo recal- que —a chaga da castragio esta sempre cruamente exposta na melanco- lia, € 0 imagindrio nao esté agindo no incremento do recalque~, seré que potencialmente isso abre caminho a um destino pulsional outro, a saber, 1 sublimacao? Na melhor das hipéteses, ento, 0 melancélico pode va- ler-se de sua lucidez para construir, sim, algo reparatério a sua imagem ppouco inscrita e que nao redunde em necesséria idealizagio e em ainda maior afastamento do outro. Como potencial artista das palavras, o me- lancélico pode vir a produzir, a partir do vazio, algo que se dirija a um outro, a um piiblico, a leitores, etc., que eventualmente podem Ihe dirigit ‘um olhar de reconhecimento interessante... Tratar-seia de inventar um objeto que a cultura valorizasse, partir de um real que produzisse uma insergdo simbélica e de um gozo que desse acesso ao desejo. ‘Apontar para essa diregio sublimatéria é idealizar a andlise do melancélico? E indicar sua dificuldade? E tragar uma esperanga? Pois sa0 05 ideais e as desisténcias que o melancolico poe em pauta para © analista e que questiona 0 quanto a psicandlise constréi um ideal (Ge for um discurso somado ao discurso das verdades universais) e 0 quanto nio serve para nada (se reduzida ao que parece ser). Portanto, o melancélico requer do analista um lugar que nao seja nem de quem. esmorece diante da dificil dirego da cura do melancélico, nem de quem a idealiza a ponto de desmerecer seus varios limites. Referéncias ANDRE, Serge. A impostura perversa. Rio de Janeiro: J. Zahar, 1995. FREUD, Sigmund. Luto ¢ melancolia. In: ___. Edigdo standard brasileira da obras pscolégicas completas de Sigmundo Freud. Rio de Ja- neiro: Imago, 1974a ___. Sobre o narcisismo: uma introdugao. In: Rio de Janeiro: Imago, 1974b. v.14 LACAN, Jacques. O semindrio. Rio de Janeiro: J. Zahar, 1988. Livro VIL: A ética da psicandlise. 0 semindrio — Livro VI: O desejo € sua interpretagio. Nao publicado. Seminério de 1958-1959. O fébico e seu acompanhante A fobia € ums dacnca do imagindsio, afirma Lerude-Flechet (1957), © estado do espelho tem a sua marca na instancia do imagi- nario, na rela¢o com a imagem e com a identidade imagindria, Tanto no estidio do espellio, quautu ua fubia, destacaun-se alguns elementos “Comuns: imagem, identidadeidensificacties, voz e olhar. Qual é a arti- Gulaco que se pode propor entre fobia e estddio do espelho? Proponho incluir nesta articulagao também a adolescéncia, enquanto momento privilegiado de surgimento de “saidas” fobicas ¢ enquanto é nela, tam- ‘bém, que se pode pensar a reconstituico do espelho. Lacan (1984) desenvolve a conceitualizagao do estédio do espe- artiF da experiencia concreta que se produz na crianga diante do Vive do objeto, depois de sed “desaparecimenio” = Fua imagem, que S ~eteriiza ho campo do imagindrio, Ao objeto nao se exige a permianen- Gia eterna: a imagem subsiste 4 auséncia do objeto e, assim, enquanto ‘oral, ideal, permanece fixada no imagindrio, Essa imagem garante 0 estabelecimento da identidade. Essa é, da mesma forma, a fungo pre- enchida, aproximadamente, pela imagem do eu na experiéncia do es- pelho. Quando o pequeno ser percebe sua imagem no espelho, nela se reconhece, mas ali também algo s2 apresenta como uma imagem ideal, ‘como alguma coisa ao mesmo tempo além e aquém dele, como algo frente ao qual sao ressaltadas suas préprias fendas de ser prematuro, de ser que se experimenta a si mesmo como ainda insuficientemente co- ordenado para responder a essa imagem em sua totalidade. Seria como a defasagem entre o que cle vé ¢ o que ele é, sendo que o que vé ndo 95 deixa de ser ele mesmo. A imagem oferece uma totalidade; totalidade ‘essa, contudo, que ni corresponde a ele enquanto aco, pois seus ges- 10s sao ainda insuficientemente estabilizados (Lacan, 1992). ‘A crianga pequena, as vezes ainda encerrada nesses aparelhinhos com os ‘quais comesa a fazer suas primeiras tentativas de marcha, ¢ na qual até 0 sto de pegada do bago ou dz mio ainda slo mareads pelo estilo da dissimetriae da inapropriago, ¢ muito surpreendente vé-lo, este ser insuficientemente estabilizado, mesmo no nivel cerebelar, ainda assim agi- tare, inclinarse, curvar-se, entortarse com todo um balbuciar expressivo iante da sua propria imagem, desde que se lhe tenha posto ao aleance, ‘suficientemente baixo, um espelho. Ela mostra assim, de forma viva, 0 ccontraste entre a coisa desenhavel que esti ali projetada diante dela, que a atrai, com a qual obstina-se em brincar, e aquele algo de incompleto que se ‘manifesta em seus proprios gestos. (Lacan, 1992, p. 340-341) Nessa experiéncia do espelho coloca-se, de forma inelutvel, a “possibilidade sempre aberta ao sujeito, de um autoquebramento, de um autodilaceramento, de uma automordida, diante daquilo que é a0 mesmo tempo ele e um outro” (Lacan, 1992, p. 341). E necessrio 40 sujeito ou tolerar 0 outro como uma imagem insuportvel, por- que passivel de ser desenhada, contornada, articulada, ou quebrélo (maté-lo) imediatamente, diante da insuportabilidade de sua prépria cexisténcia inadequada, revelada pela comparacio com a imagem do outro do espelho. Mas essa imagem a ser destruida ¢ ele préprio tam- bbém; por isso a morte, nesse contexto narcisico, é sempre presente, embora enquanto morte imagindria. * cstadio do espelho nos lembra, portant, o eftito estruturan- te da imagem do corpo. U adolescente, por sua vez, se vé as vullas com um corpo evidente demais: um corpo que transborda, como nos diz Rassial (1997). Serd que esse corpo que excede sua imagem eg6i- cca, para além de qualquer controle possivel, faz vacilar a imagem, a identidade? Rassial nos prope pensar a adolescéncia também como ‘a passagem de uma imagem do corpo a outra. Que fungao cumpre aio semelhante, 0 duplo, o espelho? O outro primordial, que fazia fungao especular na infincia, cede seu lugar ao par (amigo, colega) lescéncia? | conhecidos: 0 corpo adolescente ¢tido, na modernidade, como aque- le que responde ao ideal. As academias de gindstica ¢ as clinicas de cirurgia plastica esto repletas de pessoas em busca da imagem ado- lescente perdida. A imagem corporal adolescente se vé, entdo, reves- tida das insignias falicas. ‘Novamente gostaria de propor pensar a relago entre, de um Jado, imagem, identidade e semethante (par) e, de outro, a relacio com traco, identificagées, desejo, conforme esquematizado a seguir: ~ imagem: identidade: semelhanga ~ significante (tra¢0): identificagdes: desejo Esse seria, talvez, todo o trabalho da passagem adolescente se esta pudesse ser exercida assim, teoricamente, ou seja, alcangar uma certa relativizagao da relacdo com a identidade ¢ abrir-se para as identificagdes possiveis. Da mesma forma, a fobia pareceria lidar com uma passagem, ou seja, passar da relacéo imagindria com a mie em torno do falo (imagem félica) ao jogo da castrago na relagao com o pai, Lacan (Livro XVI) vai referir-se 4 expresso “plataforma giratéria”, que orienta para uma direcio diferente da original. Sabemos também que a fobia tem um papel fundamental na organizacao do complexo de Edipo, da castra¢ao. Isso fica muito bem exemplificado em Freud, com 0 relato do caso do Pequeno Hans. A fobia se coloca, entao, como a neurose edipiana por exceléncia. Gostaria aqui de fazer referéncia ao que se convencionow cha- mar de “significante fobico” ¢ que, no caso do Pequeno Hans, é 0 ‘cavalo, mas que também me faz lembrar de um outro caso de um pe- ‘queno menino de quatro anos: ele contava sobre o quanto as aranhas (as pretas particula:mente), com suas imensas teias, 0 assombravam/ fascinavam. Ao avistar 0 minimo sinal de uma delas, corria para 0 colo de alguém, geralmente da mae, que é quem estava sempre por perto. Enlagava-se em seu pescoro € passava os bracos por debaixo de seus longos cabelos pretes, que formavam uma tela protetora(tela/teia que protege/enreda). Seu pai era motorista de caminhao e seu brin- quedo favorito eram os “patrulheiros do asfalto”, com suas “roupas de couro preto” e suas “potentes motocicletas”. Pode-se tomar o significante fobico como o significante repre- ‘da fobia ¢, igualmente, como indicativo do traso da identifi- cagdo. Em que um diz respeito a0 outro? Qual o estatuto de cada um? Em que se diferenciam? sent: 7 Sobre o significante fobico, para localizé-lo, podemos pergun- tar: qual é 0 pau para toda obra? O que é que regula as relacdes do sujeito com o mundo, com 0 entorno? (era o cavalo para Hans, aquele que surge onde o pai era esperado), Sobre a fobia, Lacan diz que ela € como um artificio que intro- uz um significante-chave, 0 qual permite a0 sujeito preservar um minimo de seu ser que lhe possibilita ndo se sentir completamente 4 deriva do “capricho” mateo, Senao vejamos: {..J a funedo como tal neste momento crtico ~ aquele determinado por sua suspensdo radical ao desejo de sua mie, de um modo, se se pode dizer as- sim, que é sem compensaedo, sem setorno, sem saida~ € fun de artif- cio que eu thes mosiei ser a da fobia quando ela introduz um mecanismo significante, chave que permite a0 sujito preservar aquilo de que se trata para cle, ou seja, este minimo de enraizamento, de centragem de seu ser, due Ihe permite ndo se sentir um ser completamente & deriva do capricho ‘materno. (Lacan, 1992, p. 36) Anteriormente, Lacan (1992) ja havia se referido ao significante fobico como aquele que € o substituto simbélico a caréncia do pai. Ele afirma isso justamente ao tratar do caso do Pequeno Hans. Aqui podcriamos pensar na fobia como o equivalente da construgo do mito, Seria aquilo que 0 sujeito constrdi ao se ver as voltas com a nogao de pai Ideal. Por outro lado, “a fobia & sempre fobia de espaco”, é 0 resulta- do direto da impossibilidade de marcar limite, fronteira entre 0 eu e 4 demanda do Outro. O que é isso que opera a distancia, que deixa advir um “espaco” entre 0 sujeito ¢ 0 outro? E 0 saber paterno (S,), diriamos nos, rapidamente. £ a metafora do pai, ao menos um que pode tomar conta da mae. Esse saber, porém, é limitado. 0 febico ¢ justamente o sujeito que "sabe" que a metiforapaterna é sem ‘re insuicente,enquanto opezagio de defesa ..] Na fobia do expago, 0 «que of6bico teme? E que se 0 pai ni faz bastante medo, vou me encontrar no lugar de objeto (objeto da Demands indeterminada do Outro), 04 sea, se 0 pai nio me defende eu vou ser levado pela Demanda indeterminada do Outro. (Calligaris, 1986, p. 3:) Essas questOes anteriormente desenvolvidas trouxeram-me lembranga fragmentos do relato de um jovem adolescente acometido de episédios de “panico”, como ele mesmo referia, ao circular pela cidade, em diferentes lugares. De qualquer lugar (de cima de uma 98 frvore, por detrés de um muro, dentro de um énibus) pode surgir essa figura angustiante, que ataca, que assalta. Isso faz com que seja necessério a ele fazer um novo desenho da cidade, do seu baitto, dos lugares que freqiienta e, até mesmo, de sua casa, desenho este que permita a sua circulacio. Um novo contorno do espaco que o signifi cante fobico limita, marca uma referéncia. Na cidade nao podia cir cular por ruas arborizadas, pois, de cima de qualquer drvore, poderia novamente saltar essa figura que o assaltava. Por isso, tinha de, cons- tantemente, configurar novos trajetos que possibilitassem chegar aos lugares desejados. E curioso notar que os lugares que mais dificulta. vam sua circulagdo eram justamente o seu bairro ¢ as proximidades de sua casa: quanto mais proximo de casa, mais dificil ficava. Interessante {que aqui se coloca todo 0 equivoco do espaco fobico: quanto menor © espaco, maior é a reagao fObica, e vice-versa. Também se coloca a questio que abordaremos a seguir sobre o sinistro, ou melhor, tudo 0 que o familiar, o préximo, 0 conhecido, tem de sinistro.* [..] subitamente alguma coisa acontece que é esta angistia profunda que faz tudo vacilar, a ponto que tudo é preferivel, mesmo a invencao de uma jmagem angustiante nela mesma completamente fechada, como a do cava- Jo, que pelo menos no centro desta angistia marca um limite, marca una dbico? E o familiar, o estranho, 0 ‘Quem €0 acompanhante contrafél duplo,o rival, o outro do espelho? Se, na psfcose, © acompanhante tera z nico, “num esforgo de efiar marcas, 10s que _ it io social” (Kasper, 2 20), 5 acompanhante contrafébico também acompanha o fobico na "Por questdes éicas nio citaremos nomes. 2 Esse era também o irmo que acompanhava Fem sua circulagio pela cidade € ras saidas & noite 9 Circulagao pelo espaco urbano, mas talvez. a questao nao se centre no sentido de estabelecer um lago com o social, na medida em que este, na fobia, ndo parece estar radicalmente rompido, mas particularmen- te esquadrinhado, recortado. O que faz o acompanhante, entdo, nesse caso, €incluir estes espacos recortados também como possibilidades de circulagao: é incluir “lugares proibidos”, desinterditiclos. Ao trabalhar em toro do tema do Sinistro, Freud (1981a) pri- meiramente nos faz ver 0 quanto o heimlich, nos seus giros de lin- guagem, é uma palavra cuja acepcdo evolui até a ambivaléncia, até que termina por coincidir com a de sua antitese, unheimlich. Entio, unkeimlich é, de alguma forma, uma espécie de heimlich. Ou seja, 0 unheimlich, 0 sinisteo, nao seria nada novo, sendo algo que sempre foi familiar a vida psiquica e que somente se tornou estranho mediante o processo de sua repressao, Ao mesmo tempo, Freud associa a expe- rigncia do estranhamento a angiistia de castra¢ao e que é preciso, no angustiante, reconhecer algo reprimido que retorna; ou seja, para que © primitivo possa retornar como algo sinistro, é necessénio que tenha passado pela repressio. O unkeimalich, o sinistro, procede do heimlich, © familiar, que foi reprimido, Interessante notar que é, também, nesse artigo que Freud vai tra- balhar a nogao do duplo. Poderiamos perguntar: qual € a relacao do duplo com o heimlich e com o unheimlich? Freud ali fala do duplo como ‘uma medida de seguranca contra a destruigao do eu, Porém, imedia- tamente trata de nos trazer lembranca que era um antigo costume egipcio modelar a imagem do morto com uma substancia duradoura, ‘ou scja, mantéo vivo através da imagem. Esse duplo presente, tanto na “alma” infantil como no homem primitivo, toma, entdo, o cardter que vai desde um assegurador da sobrevivencia até converter-se em um sinistro mensageiro da morte. Nesse sentido, o duplo contém também essa ambivaléncia que € encontrada no heinlich e no unheimlich. Para falar disso, Freud vai se utilizar de sua propria experiéncia em uma cabine do trem: ficou aténito ao reconhecer que aquele personagem invasor, profundamente antipitico, que se equivoca de porta e que tan- 10 0 desagrada nao era mais do que sua imagem refletida no espelho da porta. Freud pergunta: 0 desagrado que a aparigio daquela figura me causou nao serd um resto daquela reacdo arcaica, de acordo com a ual se percebe 0 duplo como algo sinistro? 100 uss O estadio do espelho, como jé salientamos no inicio deste traba- Iho, é exemplar disso: 0 duplo do espelho é sempre aquela figura que estd aquém e além, e por isto temos com ela, também, uma relagao, de ambivaléncia, pois aponta, ao mesmo tempo, para 0 ideal, aquilo tudo que se quer ser, como também para este ser “atrofiado” que nao se quer nem ver. Se, nas experitncias ¢ vivéncias, o sinistro se da quando comple- ‘x0s infantis reprimios so reanimados por uma impressao exterior - ou ‘quando conviegdes primitivas superadas parecem encontrar uma nova confirmaga0 ~; se, dessa forma, Freud vai associar imediatamente a an- agistia ante o sinisto & angiistia de castragao; se a experiéncia do duplo referida anteriormente esta também diretamente relacionada ao senti- ‘mento sinistro, poderiamos afirmar também que o duplo representa algo da angiistia da castrago? Sim, se pensdssemos que este duplo refere-se 20 rival, ao rival do Edipo que, por via da angistia de castracdo, faz com {que este iltimo dectine. Mas qual é a relago que existe entre 0 duplo € 0 rival! O rival do Eaipo € uma reedicao do duplo do espelho? Aqui nos propusemos a pensar sobre 0 acompanhante contrafé- bico ¢ em qual seria seu estatuto, No caso que relatamos, 0 acompa- nhante contrafbbico aparece como figura indispensével na circulagao urbana, mas também é aquele sobre © qual 0 fSbico exerce imenso controle. Aqui pareceria se colocar o sentimento de ambivaléncia que falavamos anteriormente acerca da experiencia do sinistro, bem como na experiéncia do duplo. Freud (1981¢) vai trabalhar sobre o tema do rival a partir de uma re- cordagio infantil de Gocthe. Na lembranga que ele traz, 0 irmio — com quem tem, a partir de agora, de dividir 0 amor materno ~é aquele a ser jogado pela janela, junto com os pratos e utensilios de cozinha — parti cularmente aqueles que a mae mais gostava — arrojados para “fora de casa” por Goethe, atormentado por um ciiime devastador, no desejo de suprimir o intruso perturbador. Lacan também vai dar destaque ao cardter ambivalente da relago do sujeito ao rival 20 se referr s Confisées, de Santo Agostinho,’ porque STTacan, a partir das Confisdes de Santo Agostinho, assim relata a cena da mae amamentando 0 flho mais moco: "Eu vi com meus olhos e observei uma crianya cheia de inveja. Ela ainda nio falava e j contemplava com um olhar amargo (eavenenado) seu irmao de lete” (Lacan, 1999, p. 256). 101 . nts 1 wn a ae pELAINEA HALE easel sais oh leaner sidan uate we Gatti, utzon C00 aa me es WE aro tans tas ela preg eunat inact a subsites » Halli jstquiet taperice do dexlaramenstea sini coe diy snvadgamenio suemssive, tnvando a superdeterminasia. do sistema, E pne rundirios da fobia; pormanecer wi € mits, Note nite breve vane Que eu Hise nar escent Os bemetionas s exe en, padder manter a yelagio com @ pale mesiNO su aleamento w depois desloc: tuo, containvestimento « possibilidade de beneticio secundario, atestam, Por tiny Lado, a instalagio das_prineipais instincias psiquicas (Ego v’Superega em artwatar), por outro lado, sua relative effcdcia em ligar a angistia @ representagdes finalmente, a possibilidade de manter um contexto maturativo @ evolu tie. Ve st gue otos elementos dlatinguem ritdtmente as fobias cites edipanas thas tobias areal nv seu ntovesse, sundae 6 ~ Evolugéo des fobias Na maioria dos casos, as fobias se atenuam, até desaparecerem, pelo menos parentemente, por volta dos 7-8 anos. Algumas criancas. independente dos casos UUs psivose, conservam condutas fébicas relativamente fixadas até a adolesoéncia e para ahfen desta, Parece indiscutfvel que a atitude das pessoas que rodelam a crianga seinpenha um papel preponderante na fixa¢o ou néo destas condutas, Um dos ais thegiientemente € fébico e, por sua excessiva compreensfo ou sua atitude pro- wloia, parece organizar a conduta patoldgica do filho. Isto aparece de mado Hhastante caricatural na Felacfo mie-filha fobica. Assinalemos igualmente o cato das loies escolares, das quais algumas parecem ser quase imutéveis (v.p. 378) C ~ CONDUTAS INFANTIS OBSESSIVAS 1 = Detinicgo A obtessfo é uma idéia que assedia (obsidere = assediar) o paciente com um ‘untimento de mal-estar ansioso do qual nfo consegue se desfazer. Descrevern-se tam- hen Fituais ou compulsGes a atuar (rito de lavagem, de verificacdo, de tocar, etc.), tontta 08 quais 0 paciente luta com meior ou menor angistia, Esta defini¢#, que tlie vespeito tanto @ crianga quanto 20 adulto, coloca em evidéncia as duas tendén vias das condutas obsessivas, mentalizadas (obsessdes) ¢ atuadas (rituals, compul- vies). Entretanto, 6 dificil distinguir claramente na crianga q ritual, marcedo pela Iinjwticsin de um’ mesmo comportamento ou conjunto de comportamentot {cujo tstio tipico € 0 ritual de verificagfo: do contaddo da pasta, dos objetos necessérios tras dormir, etc.), @ a comauiséo, dominada por um sentimento de opresslo por wees precedida de uma luta ansiosa. Numerosos rituais aparece na 206 = po Agree et gorge Inet Ht pany e-PRO HRMS RNR NUK RACDLINAS See Ee RAR EAS Tei Ie cela w-osstericea abe italy so} feat, se eT a8 tes Teavia, a anannese ce pracientos ob ‘les commear an a tor ldiss obsedantes por volt ‘dos 20 anos (Freediman), Em conv apartida, & raro vicar venison sntornas absessivas antes do 10 ou 12 anos, isto, no decurto Hoy potsodt de lawncsa Ox pais aprosentam freqUentemente tracos obsessivos ou um 1 ovtaaita catater bsessivo (rigor, ordam, meticulosidade, asseio, etc). Alguns so ivotires (Fectian ill tees mus 20 2 Ritwvisobsessivos Hepresentam 0 primeiro estégio genético do aparecimento das condutas pbsessivas, Existe um vingulo direto entre as primeiras interagBes do bebé com as pessoas 8 sua volta, a repetig&0 e a aprendizagem que dal resultam, até cheger ao ri- tual om si, A “"reagfo circular” de Piaget pode ser compreendida como o exboco de uma ritualizag8o, O jogo do carretel descrito por Freud necessita de repetitividade la sejeiedo (fort) e da recuperagso (de). ‘A. Freud bem demonstrou que 0 estégio anal, com o investimento do domi- rio, do controle, do asseio ¢ da retencdo, todas condutas que traduzem freqiiente- mente 0 contrainvestimento do desejo de sujar (o brinquedo na lama), de se macu- lor (as freqentes escapadas encopréticas transitérias), de destruir, representa em realidade ume fase obsessiva transitoria e banal. As exigdncias familiares nfo deixern de influenciar as exigéncias pulsionais internas: lavar as mos, comportarse bem, ‘nfo pronunciar “palavrdes" ou, opostaments, deixar expressar-se a crueza da lin- ‘guagem ¢ do comportamento. Esta atitude educativa modula o periodo anal, fon: te de possivel fixagfo ulterior. No decorrer da fase anal e por ocasido do periodo edipiano, se @ conduta fobica for » mais freqUente, a tentativa de dominio da an- Qlstia pele ritualizacso é, em frequtncia, a segunda saida escolhida pela crianca. Os rituais a0 deitar so um exemplo disto: rity de arrumacfo dos chinelos, de areumagia do travesseiro, histérias para contar... Ainda af, como no caso das fobias, a resposta do meio pode orientar esta conduta em um registro patoldgico quando nfo se permitir que a crianga acalme a sua angistie. Opostamente, contar 8 histéria e colocar 0s chinelos em seu lugar dé seguranca & crianca que desinvestir& ‘pouco @ pouco este comportamento 8 medida que a maturidade do Ego Ihe forne- ‘cer outros sistemas defensivos. (Os rituals representam, pois, condutas banais, muitas vezes associedas as fo. bias ou sucedendo-2s. Como elas, desaparecem, habitualmente, por volta dos 7-8 ‘anos. Em algumas eriangas persistem rituais particulares que se organizam mais co- mumente em torno do asseio: lavagem das mfos, dos copos, necessidades repetiti- vas e conjuratérias de tocar, &s quais associam-se entio pensamentos obsedantes ¢ ‘conjuratérios, ritor de verificacso diversos (gfe, porta, elatricidare. ..). Observarnse an

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