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5 “Ante todo es preciso hacer notar que en la época inicial, tanto Engels como
Kautsky y toda una serie de marxistas no se solían ocupar de la problemática
histórico-económica. Sus principales afanes investigadores y propagandísticos iban
por otro camino, es decir, tendían a demostrar el condicionamiento clasista de los
fenómenos ideológicos y políticos. Es verdad que al investigar el condicionamiento
clasista de cualquier fenómeno tuvieron que reflexionar respecto a la estructura de
clases de una época determinada y al mismo tiempo sobre el carácter de la
economía de una sociedad concreta. Sin embargo, esto no altera el hecho de que
éstos no fueron los fenómenos que constituyeron el objeto preciso de sus
exploraciones” (KULA, Witold. op.cit. p.18). Já seria praticamente na virada do
século que surgiriam as primeiras duas obras marxistas que tematizariam
diretamente dois processos históricos específicos: O desenvolvimento do
capitalismo na Rússia, de Lênin (1899), e O Desenvolvimento Industrial da Polônia,
de Rosa Luxemburgo (1899) [id.ibid., p.19].
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e estas críticas incluem nomes que vão desde Pierre Vilar10 até
Jean Meuvret11 ou o próprio Labrousse12. Este último, por
exemplo, em célebre estudo sobre as crises do Antigo Regime
Econômico13, apresentou como pedra de toque para uma
aproximação verdadeiramente consciente do problema o
fato de que, se as crises cíclicas do capitalismo industrial são
crises de superprodução industrial, já as crises do Antigo
Regime são sempre crises de subprodução agrícola (seu
universo de análise, no caso, é a França da época).
Haveria também estádios intermédios entre as posições
da ‘teoria econômica de validade absoluta’ e a ‘teoria do
relativismo econômico’ de acordo com cada sociedade
histórica. Pode-se, por exemplo, advogar que embora não
haja um sistema econômico ou uma teoria a ser exportada na
sua integralidade para todos os períodos anteriores
existiriam certos mecanismos fundamentais que a princípio
apareceriam para o caso de todas as sociedades, ou pelo
menos para um grande número delas. Esta tendência
também apareceu com os economistas de Chicago, mas a
partir da década de 1950, tendo entre alguns de seus nomes
mais remarcáveis os de Milton Friedman e Oskar Lange (o
primeiro expôs suas idéias nos seus Ensaios de Economia
Para considerar os estudos mais específicos de Labrousse, ver (1) LABROUSSE, Ernst,
La crise de l’économie française à la fin de l’ancien régime e au début de la
Revolution. Paris: 1944, e (2) LABROUSSE, Ernest. Esquisse du mouvement des prix et
des revenus en France du XVIII siècle. 2 vol. Paris: 1932.
13 LABROUSSE, Ernest. Esquisse du mouvement des prix et des revenus en France du
Frédéric MAURO, Nova História e Novo Mundo, São Paulo: Perspectiva, 1969. p.44-51
[original: 1968].
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respectivamente The Solar Period and the Prince of Corn (1875); The Periodicity of
Commercial Crises and Its Physical Explanation (1878), e, finalmente, “Commercial
Crises and Sun-Spots” (Crises Comerciais e marcas solares), publicado na prestigiosa
revista Nature em novembro de 1878. Este ultimo ensaio foi republicado pelo autor
em seu livro Investigations in Currency and Finance (London: Macmillan, 1884). Mais
tarde, o filho de W.S. Jevons – H. S. Jevons – ainda insistiria nas mesmas proposições
em um artigo intitulado “Trade fluctuations and solar activities” (Contemporary
review, August, 1909), terminando por escrever, no ano seguinte, um livro mais
completo sobre a questão (JEVONS, H. S. The Sun's heath and trade activity.
London: 1910).
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3. Fontes e Métodos
o que permitia confrontar o modelo dicotômico que aos escravos opunha apenas
o grande latifundiário proprietário de inúmeros escravos, ignorando todo um
contingente de pequenos senhores (KARASCH, Mary. A Vida dos Escravos no Rio de
Janeiro. São Paulo: Companhia das Letras, 2000). Pesquisas como esta, e também
a de Stuart Schwartz para o Recôncavo Baiano, confrontavam a idéia de que a
propriedade escrava apresentava-se radicalmente concentrada no nas mãos de
grandes proprietários de terras (SCHWARTZ, Stuart. “Padrões de propriedades de
escravos nas Américas: nova evidência para o Brasil”, Estudos Econômicos, XIII, n°1,
1983, p.259-287).
31 Uma referência já clássica para este aspecto é a obra de 1969 produzida por
Editora, 1992.
47 FLORENTINO, Manolo e FRAGOSO, João. Arcaísmo como Projeto. Rio de Janeiro:
Diadorin, 1993.
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Referências Bibliográficas
JEVONS, Williams Stanley. The Solar Period and the Prince of Corn.
London: 1875.
VILAR, Pierre. Ouro e Moeda na História. São Paulo: Paz e Terra, 1980.