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VIRTUDE OU VÍCIO
Justiça é uma constante e perpétua vontade de viver honestamente, não prejudicar a outrem e
dar a cada um o que lhe pertence (Justiniano, Imperador Bizantino – 483/565 d.C.).
Temos realmente uma responsabilidade muito grande ao sermos Maçons. Levantar templos à
Virtude significa preservar os bons costumes, manter a liberdade a todo custo, sermos sempre
iguais em todos os momentos e viver a fraternidade no dia-a-dia.
A virtude e o vício estão ao alcance de qualquer ser humano. Aqui, dentro da Maçonaria,
somos colocados de frente com os vícios e com as virtudes.
No mundo profano, dificilmente temos essa oportunidade. E já que essa chance nos apareceu
hoje, procuremos então estudá-la.
Devemos estar sempre unidos e compartilharmos todos os momentos de nossas vidas com
nossos Irmãos. Temos vários vícios, essa é uma verdade!
Analisando, assim, reconheçamos que temos de conviver com os vícios dos Irmãos! É um
tolerando o outro, pelo menos até que haja uma disposição interior de cada Irmão para se
dominar e superar esse ou aquele vício.
O que dizer de um Irmão que tenha o vício da vaidade? Digo que a vaidade nos move a fazer
as coisas somente para aparecermos.
A vaidade é o alicerce de todo egoísta. Ele quer ser sempre o centro das atenções, quer todas
as honras para si próprio.
E do Irmão que tenha falsidade? Que a falsidade é a ponta de um iceberg, que é a mentira. No
fundo, toda pessoa falsa é uma mentirosa. Mente para si e para os outros. Nunca podemos
confiar em uma pessoa falsa.
O que podemos falar de um Irmão que tenha inveja? É uma pessoa desestruturada, fracassada
ou até mesmo desestimulada. Essa pessoa deseja obter tudo que os outros conseguem, mas
quer realizar tal desejo sem esforço algum. Tudo que os outros fazem dá por mal-empregado.
Quando vê alguém se saindo bem, deseja o mal e que o outro também sinta o que ele já
sentiu, ou seja, o gosto do fracasso.
O que dizer de um rancoroso? É uma pessoa má. Não se perdoa e não perdoa a ninguém. Por
ser muito exigente, não aceita que os outros possam errar, principalmente se errar contra ele. É
muito difícil conviver com uma pessoa assim, pois temos a preocupação de estarmos sempre
como que “pisando em ovos”. Com certeza, seremos seu próximo inimigo se tivermos qualquer
deslize de atitude com essa pessoa, engordando assim sua longa lista de inimizades.
Podemos analisar também o tagarela. Esse não é confiável. Temos sempre a preocupação
com o que passa em sua cabeça, pois tudo o que ele venha a saber será logo levado como
notícia a todos que encontrar. Sua língua não cabe em sua boca. Por ser assim, sempre
evitamos discutir assunto sigiloso em sua presença.
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Passemos a analisar as virtudes. Sabemos também que temos várias virtudes e, portanto,
devemos preservá-las, custe o que custar.
O que dizer de um Irmão que seja humilde? Esse é um obreiro sereno e pacato. Reconhece o
seu lugar e não complica o bom andamento da vida dos companheiros.
O humilde sempre cabe em qualquer lugar, aceita a todos como são e busca em qualquer
ocasião estar em sintonia com todos os que o rodeiam.
Quem dera se cada um de nós fosse humilde. Certamente teríamos poucos problemas e atritos
em nossas vidas e também dentro de nossas Lojas.
Tem sempre uma amizade sincera e notadamente será destacado como um ótimo
companheiro por ser leal.
O que dizer de um Irmão que tenha a mansidão? A mansidão é um dom da serenidade com a
qual temos a tranqüilidade para resolver os problemas existentes. Esse irmão não se deixa
abalar pelas adversidades. Ele será sempre um conciliador e um amigo fácil de se conviver.
E o Irmão que possui a sabedoria? A sabedoria, juntamente com uma boa dose de mansidão,
falará o que vê de errado e não causará constrangimentos. A sabedoria vem com o passar dos
anos. Ela consiste em saber sair das adversidades que a vida nos traz.
Sabedoria não é ser inteligente e passar os outros para trás, mas é contornar todas as
situações fazendo com que a vida tenha mais alegrias e menos contrariedades.
É o dom mais sublime, pois todos querem ouvir sábios conselhos nos momentos de
contrariedades. O sábio sempre facilita a compreensão das dificuldades e mantém a harmonia.
Parece que nada o abala, pois consegue tirar o melhor das piores situações que possam surgir.
Esse Irmão não critica ninguém, colocando-se sempre na posição de defesa da fraqueza
humana.
Devemos, pois, meus Irmãos, continuar a levantarmos templos às virtudes e procurar acabar
com os vícios. Somente assim seremos verdadeiros Irmãos e poderemos, neste momento,
expandir o verdadeiro amor que existe na nossa Maçonaria.
GLMEMG
SEM OSTENTAÇÃO
SEM OSTENTAÇÃO
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O verdadeiro Maçom deve ser devotado à leitura de livros Maçônicos e não um simples
repetidor de coisas, nas Sessões Maçônicas, nem sempre proferidas com acerto. Por vezes,
elas são ditas também por quem ouviu de outrem, de fonte pouco merecedora de crédito.
A Maçonaria não se limita a despertar o pensamento e a incentivar o sentimento. Seu fim é agir
sobre a conduta real do homem, impondo-lhe a fiscalização de si próprio.
O homem está exposto a agir mal, pensando estar fazendo o bem. O sentimentalismo
confessional protege a ignorância e engendra o vício. O rigorismo protestante exalta a fé, mas,
muitas vezes, é falho de sinceridade e de generosidade. Há homens políticos que, sonhando
com a perfeição, se enxovalham na lama da vaidade e da concupiscência.
O Maçom saberá fazer o bem sem ostentação, mas não sem utilidade para todos. É proibido a
ele fechar os olhos, assim como ao soldado ocultar sua bandeira diante do inimigo que passa.
A vida do simples cidadão tem, às vezes, necessidade de tanta bravura como a do soldado nos
campos de batalha.
A Maçonaria honra os heróis, embora desconfiando um pouco, por que sabe que os
verdadeiros heróis são raros. Ela conhece a história da vida real; sabe que os bons Obreiros
são os que trabalham sem esmorecer: na calma, no silêncio e sem glória.
São inúmeros os que passam os dias a produzir pequenos, mas sólidos resultados; os que
foram verdadeiramente agentes do progresso, os operários manuais, os arquitetos, os
engenheiros, os subalternos, os Obreiros modestos da ciência diante dos quais os ilustres
reconheceriam haver usurpado o renome e roubada a glória de suas obras.
A vida é curta, ainda que dure um século; mas a vida do homem laborioso é sempre longa. O
trabalho prova a verdadeira coragem e encerra os verdadeiros prazeres.
Aquele que não cultivar a inteligência fará de si mesmo um animal incapaz de se ocupar de
outra coisa a não ser daquela em que consiste o destino dos animais.
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Tende, pois, o bom senso de procurar a felicidade onde ela está. Nisso consiste a sabedoria
que Deus, o Grande Arquiteto do Universo, levou aos homens e cujas verdades ninguém
poderá ouvir sem profunda admiração.
POSIÇÃO DO COMPASSO
POSIÇÃO DO COMPASSO
Questão que faz o Respeitável Irmão Celso Mendes de Oliveira, Loja Pioneiros de Mauá,
2.000, REAA, GOB-RJ, Bairro Mauá, Oriente de Magé, Estado do Rio de Janeiro.
celso.mendes.oliveira@outlook.com
Com mais de 35 anos de Ordem me deparei com uma duvida, isso após a pergunta de um
Mestre recente sobre a posição do esquadro e compasso na Loja de Companheiro. E que a
descrição no ritual dá a entender diferente do que eu aprendi então eu tive duvidas se mudou
algo e eu não havia me atentado. Bom eu aprendi assim: A posição do aprendiz - Compasso
em baixo do esquadro. A posição de Mestre - Compasso em cima do esquadro. A minha
duvida é a seguinte: A posição do Companheiro: Compasso com a sua haste esquerda em
cima do esquadro, ou seja, é o lado que os companheiros se assentam em Loja o lado sul do
Templo. Estando o Orador de frete ao livro da lei como em um espelho e o lado da mão direita
do Orador, assim como mostra no Painel de Loja de Companheiro publicado no ritual? O posto
está errado e em algumas literaturas antigas diz ser loja fechada. Sabendo que serei atendido
desde já agradeço.
CONSIDERAÇÕES
O que exara corretamente o Ritual conforme o Painel da Loja de Companheiro que a ponta
direita do Compasso agora libertada é colocada sobre o ramo direito do Esquadro. A questão
contraditória me parece que está no ponto de vista. Obviamente esse ponto é do Orador ao
abrir o Livro da Lei e posicionar as demais Grandes Luzes Emblemáticas. Nesse caso a “ponta
direita” da haste do Compasso é a de quem do Ocidente olha para o Oriente, já que no Rito
Escocês o Compasso tem suas hastes voltadas para o Ocidente e o Esquadro seus ramos
voltados para o Oriente, ambos sobre o Livro da Lei aberto em posição de quem faz a leitura do
trecho apropriado. Nesse pormenor o lado direito é tomado da posição de quem lê o Livro da
Lei, fato que em linhas gerais, dá a conotação da ponta liberta do instrumento apontada para o
quadrante sul da Loja.
Não entendi bem o último parágrafo da vossa questão no tocante ao que está errado e as
literaturas que apontam Loja fechada. Se a questão estiver sugerindo alguma posição dos
instrumentos em Loja fechada ela simplesmente não existe, pois o próprio termo “Loja fechada”
não implica em qualquer posição para as Grandes Luzes Emblemáticas. Finalizando: Nesse
aspecto, não existe nada de errado no Ritual, pois a relação direita ou esquerda será sempre
tomada a partir do pondo de vista daquele que abre o Livro da Lei
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T.F.A. PEDRO JUK – jukirm@hotmail.com – SET/2013
Fonte: JB News – Informativo nr. 1.195 – terça-feira, 10 de dezembro de 2013
Mas o que é “Ser Maçom”? O Ser não pode ser considerado sinônimo do verbo Estar. A
caracterização mais expressiva de estar é de um verbo que indica um certo estado. Portanto,
há como que embutido em seu conteúdo uma certa passividade, enquanto o verbo ser é ativo,
ou seja, representa ação, dinamismo.
“Ser Maçom” é ter consciência de que sua presença discreta pode apoiar novos projetos úteis à
comunidade e constituir-se num poderoso pilar de sustentação dos valores mais nobres do
indivíduo.
“Ser Maçom” é ser o eterno estudante em busca do ensinamento diário, tirando de cada
situação uma lição e aplicando com êxito os princípios adquiridos. Desenvolve, em toda
oportunidade de sua intuição, sua força de vontade, sua capacidade de ouvir e entender os
outros.
Temos que considerar que o “Ser Maçom” deve, como livre pensador, questionar o porquê de
determinados acontecimentos entendendo e vivenciando, nos nossos ensinamentos, que
palmilhamos lentamente com passos firmes para não tropeçarmos nos erros e nos vícios do
passado, mesmo que em alguns momentos saiamos da trajetória para poder compreender o
mundo com uma visão holística de suas nuances.
O Maçom que se limita a ler ou a estudar as instruções dos graus ou a literatura disponível e
não procura aplicar no dia-a-dia conceitos que lhe são transmitidos, para o desbastar da Pedra
Bruta e erigir o Templo Interno, perde excelentes oportunidades de ampliar seus
conhecimentos e de verificar como o saber do aprendizado da Arte Real pode ser útil para o
seu bem-estar na busca de seu retorno ao Cósmico.
O “Ser Maçom” é aquele estado em que, sem abandonar os hábitos de uma disciplina racional,
a mente busca uma abrangência do universo, o conhecimento intrínseco dos fenômenos que
estão ocorrendo, procurando desenvolver a sensibilidade e a compreensão das razões dos
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estudos. O Maçom que desenvolveu sua mente para estar atento e acompanhar a evolução
dos fatos sabe como conhecer as sutilezas que envolvem suas origens. É como um oleiro que
dá formas sutis ao barro bruto, enquanto o Maçom modela sua própria consciência num
confronto com sua própria personalidade.
Vivemos juntos e cruzamos com diferentes seres humanos que pensam e agem de maneira
diversa da nossa. Isso nos propicia excelentes oportunidades para nos adaptarmos
mutuamente e, sobretudo, para aprimorarmos as formas de inter-relacionamento. A sabedoria
do bem viver é despertada quando nos conscientizamos dessas diferenças e procuramos
compreender o indivíduo através de suas particularidades. “Ser Maçom” é despertar o sentido
de compreensão do indivíduo e estar preparado para assisti-lo nos momentos de necessidade.
O exemplo de uma atitude mental moderada, sincera e cooperativa caracteriza muito o “Ser
Maçom”. E todos notam que, sob muitos aspectos, o “Ser Maçom” diferencia-se entre todos os
outros indivíduos. No grau de aprendiz nos é ensinado que além dos sinais, toques e palavra o
Maçom deve ser reconhecido pelos atos e posturas dentro da sociedade e no meio onde vive,
traduzindo de maneira diuturna os nossos conhecimentos e a filosofia da Arte Real. Sentimos
que temos a desempenhar um papel mais relevante na sociedade e contribuir positivamente
para o seu engrandecimento.
“Ser Maçom” implica algumas renúncias, mas a compensação que advém desse estado de
espírito é muito agradável. Sentimo-nos como se fôssemos os autores da novela e não apenas
os personagens passivos, criadas pelos mesmos. Temos uma participação presente e atuante,
embora aparentemente o Maçom apresente-se um tanto reservado.
Já se disse que nos colocamos muito mais em evidência quanto nos mantemos como
observadores e damos a colaboração somente quando é solicitada pelos outros do que
aqueles no momento em que procuram apresentar-se como os donos da festa.
Considerem, sobretudo, que encontramos muitas pessoas evoluídas e que podem ser
consideradas possuidoras de elevado espírito maçônico. Têm expressiva vivência das coisas
do mundo e utilizam grande sabedoria em suas decisões, mesmo nunca tendo sido Maçons.
Nós Estamos Maçons ao entrarmos na Ordem, e Somos Maçons quando o espírito dela entra
em nós. A diferença é muito grande, mas facilmente perceptível.
Irmãos, unamo-nos na trilha que leva ao Templo ideal e tomemos o cuidado para não
“Estarmos Maçons”, para não trilharmos a Maçonaria simplesmente cumprindo rituais e
envergando-nos à mera condição de um “Profano de Avental”. Desejo que todos avaliem como
é bom “Ser Maçom”.
É SIGILO OU É SEGREDO?
É Sigilo ou é Segredo?
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Na atualidade, a Maçonaria Especulativa ou Simbólica herdou este costume, mas hoje, com
tantos livros e Internet ao alcance de qualquer pessoa, praticamente não existe mais nenhum
“segredo” na Maçonaria.
Mesmo assim, para o mundo profano continuamos a ter nosso segredo. Qual seria então este
segredo? Concebido por alguns como um estado de iluminação interior, o segredo da
Maçonaria só seria alcançado depois de muito estudo e reflexão, podendo ser adivinhado por
aqueles que se tornam verdadeiros maçons. Os que ficarem esperando que alguém lhes
revele este segredo passarão pela Maçonaria sem terem aprendido a reconhecê-lo.
Mas, se não existe um segredo coletivo, então porque a exigência do mais absoluto sigilo
(silêncio)?
É que para podermos entender a linguagem simbólica no seu conteúdo interior, é essencial
aprender a ouvir. Ouvir é uma ciência a ser desenvolvida. No silêncio, o Aprendiz e
Companheiro aprenderão a meditar, a estudar o que lhe desagrada nos irmãos, podendo desta
forma eliminar seus próprios defeitos que muitas vezes são semelhantes. Aprenderão, assim, a
serem tolerantes diante das opiniões e atos dos outros.
Sendo atento e assíduo, o Maçom mede muito depressa, quantos esforços, de tempo e
explicações, são necessários para compreender tantos conceitos simbólicos que habitam um
templo. E isso certamente não seria fácil de ser explicado aos nossos familiares e amigos em
breves palavras.
Esta mesma lei do sigilo nos ensina a refrear o desejo de falar, praticando o Maçom desta
forma, a conservação de forças que seriam desperdiçadas, controlando, pouco a pouco seus
impulsos. E todo este esforço tem por objetivo desenvolver a VONTADE e o DOMÍNIO DE SI
MESMO.
São estas reflexões, profundas e verdadeiras, que nos fazem concluir, que na arte do sigilo
(silêncio), aprende-se a arte de ouvir, do refletir, do concluir.
Desta forma, o Maçom aperfeiçoa-se na arte de entender o ensinamento maçônico que nos é
transmitido em loja e pela atuação diária dos irmãos também no mundo profano.
(Desconheço o autor)
A IMPORTÂNCIA DA RITUALÍSTICA
A IMPORTÂNCIA DA RITUALÍSTICA
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deverá ser do maior respeito. Não é permitido comportamento antimaçônico. Assuntos de baixo
conteúdo, anedotas, zombarias e gracejos não são permitidos.
A formação dos cortejos será de acordo com o ritual. Ao adentrar ao Templo, devemos estar
concentrados na liturgia que se vai realizar. A mente deve estar limpa, sem vestígios de álcool.
É expressamente proibido portar armas de uso profano. Enquanto os irmãos se dirigem aos
seus lugares, deverá ser ouvida música adequada e em volume suave, iniciando a harmonia
dos trabalhos.
Manter a coluna vertebral ereta, sola dos pés afastados e em contato com o chão. Respiração
suave, fisionomia tranquila e serena, mantendo comunhão com a Filosofia Maçônica. Estando
assim posicionados estaremos muito bem assistidos e recebendo os fluídos magnéticos e
benéficos, liberados pela Egregora Mística, no Plano Sideral. Ao terminarmos o trabalho
Litúrgico-Ritualístico, sairemos revitalizados física e mentalmente.
Dirija com cuidado. Respeito às regras e os direitos dos cidadãos. Procure desenvolver
trabalho ativo e honesto. Não prejudique ninguém. No almoço, ingira o mais natural possível e
coma com frugalidade. Se possível, relaxe um pouco após a refeição. Mantenha a postura no
segundo expediente, jante com mais frugalidade ainda. Segundo os orientais devemos quebrar
o jejum como um rei, almoçar como um príncipe e jantar como um mendigo.
Para o repouso noturno, evite filmes e leituras de baixa qualidade e de violências. Prepare seu
ritual de dormir. Poucas roupas, mantenha o corpo livre de pressões. Luz reduzida, música
suave. Afaste a mente de preocupações e problemas. Corte a ligação com o mundo exterior,
deixando lá fora as tensões e a irritabilidade. Pense nos bons momentos já vividos e medite
sobre um tema que lhe agrade.
Com essas observações, terá um sono profundo, reparador e um despertar harmonioso e feliz.
A nossa intenção não é ensinar legislação, mesmo porque, isso implicaria em horas de debates
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e para que se possa alcançar um resultado positivo, há que se programar uma escala de
estudos começando pelo preâmbulo da Constituição, depois seus capítulos, artigos,
parágrafos, etc., o mesmo acontecendo com os demais documentos.
Na realidade, dentro dos princípios de nossa Sublime Instituição não haveria nem a
necessidade de leis escritas.
A maçonaria a nosso ver é uma escola como qualquer outra do mundo profano, por exemplo:
medicina, engenharia, direito, etc.. No decorrer do curso cada aluno vai definindo sua tendência
para esta ou aquela especialidade e na maçonaria não poderia ser diferente, uns tendem para
a Ritualística, outros para a Simbologia, outros partem para a Filosofia, outros ainda para a
História e raramente ouvimos dizer que alguém se preocupou com a Legislação Maçônica.
Vocês podem notar e já deve ter ocorrido em suas Lojas, que um dos cargos de maior
importância em uma administração é o Orador, que é o guarda da lei, o advogado do diabo, o
responsável por tudo que é legal dentro de uma Loja. E como é feita a escolha do Ir.'. Orador?
Via de regra o escolhido é aquele que tem uma oratória fluente, facilidade de falar, que
empolga a platéia, mas que de leis maçônicas não entende quase nada ou absolutamente
nada.
Temos afirmado que a instrução na Sublime Ordem é mínima, salvo engano, pouco mais de 6
horas para o grau de aprendiz, que corresponde se for o caso a 44 sessões no grau se todas
durante o ano forem realizadas no primeiro grau; para o companheiro menos de 3 horas que
corresponde mais ou menos a 11 sessões no grau se realizadas e para o Mestre, com raras e
honrosas exceções nada, considerando-se quinze minutos por sessão, tempo que as vezes é
contestado por irmãos, preocupados com o bate papo após as reuniões.
Esse pequeno espaço de tempo é sempre ocupado com ritualística, simbologia, história e
assuntos profanos na maior parte das vezes, jamais se cogitando em discutir legislação. Em
visita a uma Loja, vimos um aprendiz que no mundo profano ocupava o cargo de diretor do
Departamento de Água e Esgotos da Prefeitura Municipal, apresentar um trabalho sobre os
problemas dessa área e sua atuação para a solução. Interrogado pelo Venerável Mestre sobre
o trabalho, o Ir.´. Orador concluiu que considerava o trabalho válido para aumento de salário,
pois o mesmo tinha relação com a prova da água na iniciação. O Orador era advogado
militante. Absurdo, mas é verdade. Onde está o conhecimento sobre Legislação do Orador e do
próprio Venerável?
Constantemente ouvimos aquela pergunta: Para que estudar legislação se a matéria é mais de
consulta?
A verdade que mesmo sendo matéria de consulta, é mister que se saiba interpretá-la e que se
a conheça em todos os seus detalhes.
Os Landmarks, considerados como as mais antigas leis que regem a maçonaria universal, pelo
que se caracteriza pela sua antiguidade. Os regulamentos, estatutos e outras leis podem ser
revogados, modificados ou anulados, porém os Landmarks jamais poderão sofrer qualquer
modificação ou alteração.
A Constituição que é a Lei Magna da Obediência; no sentido restrito, é a lei básica de uma
Potência.
O Regulamento Geral da Federação do GOB, sabendo-se que cada Potência dá o nome que
convém, que são as normas estabelecidas para o governo de uma Potência Maçônica. É
elaborado com base na Constituição, dando uma elasticidade maior, procurando prever todas
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as situações possíveis dentro da Ordem. O Regulamento interpreta e disciplina a aplicação da
Constituição.
Lei Penal Maçônica que são as disposições de direito penal corporativo ou associativo, que
pretende apenas resguardar e regular as relações internas da Instituição. Indica as sanções em
que incidem os obreiros vinculados, por deslize de conduta, por ações e por omissões que
atinjam aos princípios da moral e da ética defendidas pela Ordem.
Código Penal Maçônico que reúne as normas que regem o procedimento na aplicação da Lei
Penal e trata da sistemática processual a que se sujeitarão os que forem enquadrados nas
penas capituladas na parte subjetiva do Código Penal.
Regimento Interno, que são as normas estabelecidas para o funcionamento interno de cada
Loja, devendo ser baseado na Constituição e no Regulamento Geral, não perdendo jamais o
seu caráter essencialmente maçônico.
Estatuto Social da Loja, com redação profana, que possibilita através de seu registro em
cartório, dar-lhe personalidade jurídica.
Regimento de Recompensas que prevê as condecorações por mérito de Irmãos, das Lojas e
mesmo de profanos.
A tradição, usos e costumes, na falta de lei expressa já consagrados pela Ordem. Para a
solução de problemas e possíveis casos que surjam em virtude da ausência de uma legislação
especifica, de um código disciplinar e outras leis complementares.
Atos e Decretos emanados do Poder Executivo, leis do Poder Legislativo e finalmente os rituais
que disciplinam a ritualística e liturgia aplicados aos diversos tipos de cerimônias, tais como:
sessões ordinárias ou econômicas, eleições, finanças, magnas de iniciação, elevação,
exaltação, posse, sagração de Templo, regularização de Lojas, banquetes, Magnas Públicas,
Adoção de Lowtons, Pompas Fúnebres e Confirmação Matrimonial.
É da mais alta importância que o maçom desde a sua iniciação procure conhecer
detalhadamente as leis que nos regem, pois um dia poderá ser um possível candidato a cargos
de expressão na oficina e evitará cometer certas barbaridades que poderão levar uma Loja ao
caos. Para exemplificar trago ao conhecimento dos irmãos, uma consulta que recebemos de
uma Loja de um Grande Oriente, a respeito da Adoção de Lowtons. Omitiremos o nome da
Loja por uma questão de ética. Diz na PR.´. do Venerável daquela Loja, que fizeram a adoção
de diversos sobrinhos e já tinham elevado quase todos ao grau de companheiro, porém não
sabiam como exaltá-los ao 3º grau e como ministrar o sinais, toques e palavras, na evolução
maçônica deles até atingirem os 18 anos. Vejam o absurdo. Isso nada mais é do que
desconhecimento de nossas leis. Observa-se que o Venerável está imbuído da melhor das
intenções, mas por ignorância está cometendo perjúrio, revelando aos meninos, segredos da
ordem, sem se dar conta que a maior parte deles não chegarão a serem iniciados na Ordem.
Imaginem ainda se também fizessem a adoção de meninas, absurdo, mas que já tem
acontecido.
A seguir temos a Constituição, onde o maçom terá conhecimentos dos Princípios Gerais da
Maçonaria; dos requisitos essenciais para a iniciação de um profano; dos direitos e deveres
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individuais; das várias classes de maçons; da perda e suspensão dos direitos; da
administração de uma Loja; do Patrimônio; dos direitos e deveres de uma Loja; dos Órgãos
administrativos; da Assembléia Legislativa, sua organização, atribuições e leis; do Grão
Mestrado e suas atribuições, competência e limitações; do Conselho Federal; das Delegacias;
do Tribunal do Júri e Conselho de Família; das incompatibilidades e das inelegibilidades.
Gostaria de frisar que conhecer a legislação maçônica não significa sabê-la de cor: significa
conhecer quais são os corpos de leis e seu conteúdo genericamente considerado. Assim
conhecer a Constituição da Obediência é saber quais as relações que disciplina e,
genericamente, de que maneira. Deve o maçom saber que ela institui e disciplina a
competência de cada um dos Poderes (Executivo,Legislativo e Judiciário), saber encontrar no
seu texto as disposições sobre os direitos,os deveres e as obrigações que assistem e incidem
sobre o maçom em suas relações com os irmãos e com as Lojas, bem como as relações das
Lojas entre si. Este é o conhecimento que deve ter todo o maçom para identificar basicamente
sua posição na Ordem e na sociedade profana.
Meus irmãos, o Regulamento Geral é outro documento importante. Como já dissemos ele é
elaborado com base na Constituição, dando uma elasticidade maior e prevê as mais diversas
situações na Ordem. Ali encontramos de forma ampla o procedimento para a admissão do
candidato, desde a sua apresentação até o seu julgamento. Da iniciação à colação dos graus
simbólicos. O direito de licença, eliminação, como se processa a filiação e a regularização, a
fundação de Lojas e Triângulos, fusão de Lojas, enfim ainda orienta a parte burocrática desses
atos.
E o que é mais importante, a função de cada cargo em Loja, desde o Venerável até o Cobridor
Externo. Falando mais especificamente de alguns cargos, veremos quanto é importante o
conhecimento da legislação.
O Venerável, por exemplo, ao se dispor a candidatar-se deverá conhecer detalhadamente suas
futuras atribuições para não ser um mero batedor de malhete. É necessário que tenha
estudado a ciência maçônica e desempenhado os postos e dignidades inferiores. Que possua
um conhecimento profundo do homem e da sociedade, além de um caráter firme, mas
razoável. As atribuições e deveres dos Veneráveis são muitos e de várias índoles e acham-se
definidos e detalhados com precisão, de acordo com o Rito, a Constituição da Potência de sua
jurisdição e do Regulamento Geral principalmente.
Não deve ser escolhido apenas por simpatia, é necessário que seja analisada uma série de
fatores, entre outras: se tem equilíbrio, bom senso, imparcialidade, liderança entre os irmãos e
também no mundo profano. É comum nas sessões, vermos veneráveis que têm dificuldade até
na destinação das propostas e informações encaminhadas através da Bolsa. Outros
apresentam conclusões antes do Orador, dando às vezes interpretações erradas quando algum
assunto levantado implica em legalidade ou não da matéria apresentada. O que é isso. Falta de
conhecimento de legislação. Acrescentamos ainda como informação, que o verdadeiro
candidato para o posto de guia de seus irmãos é o maçom que não pede o cargo; não o cobiça
e que, aspirando essa exaltação como um ideal não se julga merecedor dela. Sentir-se sem
mérito para o posto de preeminência é apreciar a dignidade do cargo e começar a ser
merecedor do mesmo.
Outro cargo que o Regulamento define bem é o Orador, e como dissemos no inicio requer
muito cuidado na sua escolha. Deve conhecer muito bem nossas leis e regulamentos, não
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importando que não saiba fazer discursos, o importante é conhecer, para que quando chamado
a intervir fale com segurança sobre a legalidade da matéria em pauta.
Depois temos a Lei Penal e o Código de Processo Penal, onde encontramos a classificação
das infrações segundo suas conseqüências e as penas cabíveis, catalogando os deslizes
disciplinares e as penas a serem aplicadas.
Interessante meus irmãos, que a quebra do sigilo maçônico está enquadrada em todos os
delitos, ou seja, simples, grave e gravíssimo, dependendo da menor ou maior gravidade do que
foi revelado. É em todas as Lojas, acreditamos, sem exceção a quebra do sigilo uma constante,
porque é comum ou já se tornou praxe, o irmão após a reunião revelar aos ausentes o que se
passou na sessão.
Temos ainda o Código Eleitoral Maçônico que trata das eleições e que segundo nossa ótica
carece de uma revisão, pois a eleição é uma sessão ritualística, com abertura normal e na
Ordem do Dia proceder-se ao ato eleitoral, proclamar os eleitos e depois circular o Tronco de
Beneficência e o encerramento ritualístico. Nada de abrir e fechar com um só golpe de malhete.
Para não alongarmos mais daremos uma ideia de Conselho de Família e do Tribunal do Júri.
O Conselho de Família, embora disciplinado na Lei Penal, não tem função judiciária mas
administrativa. Reúne-se para dirimir pendências entre irmãos e para apreciar o
comportamento de algum irmão dissoluto. É composto pelo Venerável da Loja a que pertencem
os irmãos discordantes e dois árbitros indicados pelos mesmos. A presença dos irmãos
discordantes é indispensável, mas a presença de outros irmãos dependerá do consenso dos
irmãos discordantes. Quando aprecia comportamento dissoluto de um irmão, tem a função de
comissão de sindicância. Compete-lhe promover a reconciliação ou a correção do
comportamento dissoluto, ou ainda encaminhar a questão ao Tribunal do Júri Maçônico.
O Tribunal do Júri se instala para julgamento do irmão que infringiu disposição da Lei Penal.
Para que isso ocorra deve a Loja reunir-se no Grau de Mestre e decidir que assim seja feito. O
Tribunal é presidido pelo Venerável da Loja, servindo o Secretário de Escrivão, cabendo ao
Orador, como representante do Ministério Público Maçônico em primeira instância, proceder à
acusação, o M.´. de CCer.´. e o Experto são os oficiais de justiça; o réu poderá produzir sua
defesa ou indicar um irmão Mestre Maçom para produzi-la; o corpo de jurados compõe-se de
sete Mestres pertencentes ao quadro da Loja. O funcionamento desse Tribunal é semelhante
ao do Júri profano e da decisão caberá recurso voluntário pelo Ministério Público ou pelo Réu,
ou ainda, recurso de oficio pelo Presidente do Tribunal do Júri.
Meus Irmãos, como puderam perceber nosso objetivo foi tentar demonstrar a importância de se
conhecer as leis que nos regem, pois a matéria é grande e complexa, mas temos absoluta
certeza de que se os Irmãos se empenharem nesse estudo, acabarão gostando e estejam
convictos que aliando o estudo da simbologia e filosofia da Ordem com a Legislação, grande
parte dos desentendimentos, das picuinhas, dos mal entendidos desaparecerão e a maçonaria
hoje em regime de concordata, voltará a ser pujante e altaneira como sempre o foi.
SINAL E O INSTRUMENTO
SINAL E O INSTRUMENTO
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Dúvida apresentada pelo Respeitável Irmão Osni Adres Lopes, Loja Fraternidade
Londrinense, sem declinar o nome do Rito e Obediência, Oriente de Londrina,
Estado do Paraná. -osnilopes7@hotmail.com
CONSIDERAÇÕES:
Essa regra se aplica então a todos os presentes em Loja aberta. Por exemplo, o
Venerável e os Vigilantes à Ordem pousam os respectivos malhetes e compõem o
Sinal na forma de costume.
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MUDANÇA DE RITUAL
MUDANÇA DE RITUAL
Questão apresentada pelo Respeitável Irmão Dalmo Luiz, Primeiro Vigilante da Loja
Concórdia 0368, GOB, sem declinar o nome do Rito, Oriente (cidade) e Estado da
Federação, apresenta a questão que segue:
dalmo.luiz@imcopa.com.br
Em conversa com Irmão Renê da nossa Loja, informou que estão sendo elaboradas
várias mudanças na ritualística. Hoje em nossa Loja o Primeiro Vigilante é que dá as
instruções para os Aprendizes e o Segundo Vigilante dá as instruções para o
Companheiro. Tal procedimento está correto?
CONSIDERAÇÕES:
O Rito Escocês Antigo e Aceito é um dos Ritos que conserva na sua tradição essa
regra haurida da Maçonaria Operativa, quando nos tempos dantes o Iniciado era
recepcionado pelo Segundo Vigilante que o instruía nos procedimentos.
Finalizando vossa questão, se vossa Loja estiver praticando o Rito Escocês Antigo e
Aceito, o procedimento citado está incorreto e desrespeitando o que exara o Ritual
legalmente aprovado.
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MUDANÇA DE ESTANDARTE
MUDANÇA DE ESTANDARTE
Questão apresentada pelo Respeitável Irmão Álvaro Gabriel D. Fonseca, Orador da Loja
Apóstolos da Galileia, 2.412, GOB, sem declinar o nome do Rito, Oriente de Montes Claros,
Estado de Minas Gerais.
freitasteodoro@bol.com.br
teodorofreitas19@gmail.com
gabyjuny@hotmail.com
Inicialmente, intercedemos desculpas por importuná-lo sobre o assunto abaixo e que não diz
respeito à questão de ordem ritualística. Entretanto, cientes do seu conhecimento e da sua
pronta disposição, encaminhamos nossa dúvida a seguir: O Estandarte da nossa Loja foi
confeccionado há 25 anos e, em razão do tempo de uso e dos recursos (serigrafia, bordados e
informática) da época, encontra-se totalmente desbotado e suas alegorias insuficientes e
inadequadas para com o nosso Rito e os ensinamentos da Ordem. Com a participação de toda
a Oficina, criamos um novo Estandarte, porém indagamos se existe alguma norma ou
regulamento referente ao assunto, pois não consta das nossas orientações sobre a
substituição do antigo, tendo em vista que o mesmo foi "sagrado/sacralizado" em tempos
passados.
CONSIDERAÇÕES:
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Ata de Fundação, informando a data, motivo da alteração e um documento descritivo do
mesmo para fundamentar a alteração como composição da própria história da Loja.
jukirm@hotmail.com
Fonte: JB News – Informativo nr. 1.101- Florianópolis (SC) – sábado, 07 de setembro de 2013
SESSÃO PÚBLICA
SESSÃO PÚBLICA
Questão que faz o Respeitável Irmão Gilmar Dietrich, Venerável Mestre da Loja Perseverança e
Vigor, 2.638, REAA, GOB, sem declinar o nome do Oriente (Cidade) e Estado da Federação
apresenta o seguinte pedido de orientação:
gil@cr.cnt.br
Nossa próxima sessão 02/07/2013, será Magna Pública. Pesquisamos e não encontramos
nenhum Ritual ou roteiro para este tipo de Sessão. Gostaríamos de saber qual a forma correta
de proceder este tipo de reunião, para que não incorramos em erros, e por isso contamos com
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o vossa orientação. “Devemos abrir a Loja ritualisticamente em Grau de Aprendiz, e em
seguida suspender os sinais e palavras, dar entradas aos visitantes “profanos”, dar entrada ao
pavilhão nacional, proceder à palestra e atos objetos da sessão, saudação ao pavilhão
nacional, saída dos visitantes, finalizando com o Tronco e encerramento ritualístico”. Fico no
aguardo de um retorno.
ORIENTAÇÃO:
Como essas Sessões Magnas Públicas estão previstas, em linhas gerais orienta-se da seguinte
maneira:
2. Abrem-se os trabalhos no Grau de Aprendiz, ficando suspensa a leitura da Ata assim como a
circulação do Saco de Propostas e Informações.
4. Dá-se então a entrada aos convidados. O Mestre de Cerimônias conduz primeiro as do sexo
feminino que se posicionam na Coluna do Sul (Beleza). Ato seguido entram os de sexo
masculino e tomam lugar na Coluna do Norte (Força).
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8. Ato seguido o Orador faz a saudação aos convidados e procede-se a retirada do Pavilhão
Nacional na forma de costume.
10. Findados esses procedimentos, o Venerável encerra a Ordem do Dia, retornando a prática
dos Sinais e, no modo costumeiro, faz circular o Tronco de Beneficência.
11. O Tronco é lacrado em respeito à presença dos convidados que ainda aguardam o
encerramento dos trabalhos.
Outras recomendações:
2. O Oriente é privativo dos maçons que atingiram a plenitude maçônica (Mestres Maçons).
3. Caso haja palestra proferida por um não iniciado este a proferirá no Ocidente.
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5. É bastante salutar que os pronunciamentos dos Irmãos em geral por ocasião do uso da
palavra, se restrinjam ao ato com brevidade e quando realmente for necessário.
6. Durante o uso da palavra sobre o ato, os Vigilantes devem orientar os visitantes que
queiram falar. Estes geralmente não conhecem as nossas formalidades e necessitam às vezes
de incentivo e orientação.
7. Nas Colunas, os Irmãos devem dar preferência dos lugares frontais aos convidados.
Cabe aqui oportunamente uma explicação sobre o “Tronco Lacrado”. À bem da verdade esse
procedimento somente tem lugar nessa ocasião e nunca nas sessões maçônicas que não sejam
públicas. Essa maneira “lacrar o tronco” dá-se para não deixar os convidados que ainda
esperam o encerramento da Sessão aguardando excessivamente, o que resulta em abreviar o
tempo com a virtude de educação. Infelizmente, esse formato acabou por ingressar
equivocadamente e indistintamente nas sessões maçônicas normais com a tal “em
homenagem aos Irmãos visitantes vamos lacrar o Tronco”. Confundiram uma ocasião em que
visitantes não iniciados aguardam com Irmãos visitantes. Para meter caroço no angu, ainda
inseriram o termo “homenagem”. Ora, que homenagem seria essa para os Irmãos que nos
visitam? Não revelar o produto auferido? Qual seria a razão? Mera invencionice e
despropósito.
jukirm@hotmail.com JUNHO/2013
Questão que faz o Respeitável Irmão Sidney Salomão Meneguetti, Loja Obreiros
Adonhiramitas, 104, Rito Adonhiramita, Grande Oriente do Paraná (COMAB), Oriente de
Maringá, Estado do Paraná:
19
salomao@usacucar.com.br
Gostaria de valer-me do vosso conhecimento para sanar-me uma dúvida: Na Sessão Magna de
Iniciação, quando do momento do recebimento da luz, no momento em que os irmãos
formam uma “meia-lua” ao redor do neófito para apontarem as espadas em sua direção;
tenho duvida acerca de com qual das mãos deve-se apontar a espada ao neófito, se com a
direita, esquerda, ou qualquer uma das mãos ou não existe determinação alguma a este
respeito, eu sempre seguro com a mão esquerda nestas ocasiões, mas observo que não há
esta prática entre os irmãos, por isso solicito a sua ajuda para esclarecer-me esta dúvida.
Considerações:
A questão deve ser sempre observada no que exara o ritual legalmente aprovado e em
vigência. Não quero me intrometer onde não devo. Na minha vivência maçônica parto sempre
daquilo que é racional.
No caso do Rito Adonhiramita onde tradicionalmente todos os Mestres Maçons devem portar
espadas e essas ficam presas à faixa do Mestre (originária dos talabartes franceses) vestida do
ombro direito para o quadril esquerdo, implica que aquele que precisar empunhar a espada, o
faz com a mão direita.
Dadas essas assertivas, existem alguns pensamentos e opiniões místicas e até ocultas,
conforme a doutrina do Rito em que a espada é empunhada com a mão esquerda. Não vou
entrar nesse mérito, porque essa não é área de meu conhecimento. Parto sempre da
praticidade e pela posição na qual a espada está embainhada, ou presa no talabarte (lado
esquerdo que dá mobilidade à mão direita).
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No Rito Escocês, por exemplo, a espada é sempre empunhada com a mão direita, salvo aquela
dita Flamejante usada na consagração do Candidato que pelo óbvio motivo do ato iniciático
demanda de empunhadura pelo Venerável com a mão esquerda.
Nesse particular a Maçonaria é composta por ritos que não raramente se diferenciam pelas
suas próprias origens culturais.
T.F.A.
DIÁCONO E O SECRETÁRIO
DIÁCONO E O SECRETÁRIO
Dúvida apresentada pelo Respeitável Irmão Celso Mendes de Oliveira Júnior, Loja Pioneiros de
Mauá, 2.000, REAA, GOB-RJ, Oriente de Magé, Estado do Rio de Janeiro.
celso.mendes.junior@hotmail.com
Venho por meio desta pedir-lhe que tire-me umas duvida. Sou um grande admirador do seu
trabalho de remir as duvidas dos irmãos, ou seja, trazendo a luz aonde há trevas, as trevas da
duvida e lendo o seus atritos na revista A Trolha e no Jornal JB News o Irmão menciona que no
nosso rito o Secretario substitui o 1º Diácono na transmissão da palavra sagrada gostaria de
obter maiores explicação, pois eu assumi no dia 21/06/13 meu primeiro cargo eleito e
justamente é o de Secretario, sei das minhas obrigações burocráticas porque estão explicitas
no RGF e o meu antecessor que é o atual venerável já ocupou esse cargo dezenas de vezes e é
um excelente tutor, mas após ler esses artigos fiquei com varias duvidas de ritualística
referente ao meu cargo poderia me dar maiores orientações litúrgicas sobre com mais
21
detalhe? E se além do 1º Diácono Há outros cargos que devo substituir tal como, Porta Espada,
Porta Estandarte e Porta Bandeira? Sabendo que serei atendido desde já agradeço.
Considerações:
A orientação é dada por uma questão de necessidade. Senão vejamos: As Luzes da Loja têm
função direta na abertura e encerramento dos trabalhos, não podendo pela dialética se
ausentar dos seus lugares.
Assim para a função da transmissão sobraria apenas o Mestre de Cerimônias. Como o ato
requer ofício dos dois Diáconos, um será preenchido momentaneamente pelo Mestre de
Cerimônias e o seguinte pelo Secretário, já que os ocupantes dos outros cargos, por dever de
ofício, não podem se ausentar dos seus lugares.
Isso não diminui a Dignidade do Secretário, senão uma forma adotada para se abrir e fechar os
trabalhos de uma Loja com apenas sete Mestres.
Quanto aos outros cargos eles não estão nesse caso previstos, pois a questão é de
precariedade em uma Sessão Ordinária, nunca uma Magna.
T.F.A.
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DIÁLOGO DO COBRIDOR
DIÁLOGO DO COBRIDOR
O Respeitável Irmão José Augusto Diefenthaeler, Mestre Instalado da Loja
Cidade de Viamão, 99, sem declinar o nome do Rito, Grande Loja
Maçônica do Rio Grande do Sul, Oriente de Viamão, Estado do Rio Grande
do Sul, apresenta a questão seguinte:
diefenthaeler@via-rs.net
Caro Irmão Pedro, eu preciso de uma resposta para as seguintes perguntas: Por
qual a razão que o Irmão Guarda do Templo fala direto com o Irmão Primeiro
Vigilante, uma vez que ele está sentando na Coluna do Sul? E, por qual a razão que
ele pede a palavra ao Irmão Segundo Vigilante? O assunto surgiu em discussão
entre Irmãos sobre a ritualística do Grau de Aprendiz Maçom. Ficarei grato com as
respostas
Considerações:
Na questão da cobertura do Templo ele revive uma antiga tradição de estar no extremo do
Ocidente, portanto mais próximo do Primeiro Vigilante (entrada da Oficina), relevando-se
de que a Loja representa simbolicamente um canteiro de obra dos tempos operativos.
Na Moderna Maçonaria, quando ele deseja fazer uso da Palavra, isto é, não está
cumprindo a obrigação de ofício ele pede a palavra ao Vigilante da sua Coluna.
Esse modo também revela uma antiga tradição do canteiro quando o iniciando era
entregue primeiramente ao Segundo Vigilante para lhe ensinar os procedimentos.
Essa também é uma das razões pela qual o Segundo Vigilante é quem instrui os
Aprendizes, embora esses tomem assento sempre na banda Norte da Loja.
T.F.A.
PEDRO JUK - jukirm@hotmail.com
Fonte: JB News – Informativo nr. 1.097 - Florianópolis (SC) – terça-feira, 03 de
setembro de 2013
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O Respeitável Irmão Paulo A. Valduga, Loja Luz Invisível, REAA, COMAB, GORGS, Oriente de
São Borja, Estado do Rio Grande do Sul, apresenta a seguinte questão:
paulovalduga@gmail.com
Li tempos atrás um traçado, creio que no JB NEWS, de autoria do querido Irmão José Ronaldo
Viegas Alves, gaúcho de Santana do Livramento, no qual fazia distinção sobre a Régua de 24
Polegadas para o Aprendiz e para o Companheiro, mas por obra de minha imensa capacidade
de guardar os trabalhos em local incerto e não sabido, não consigo o encontrar. Nesse
trabalho, recordo-me, ele afirmava que a Régua do Aprendiz não tem graduação como tem a
do Companheiro; como não encontrei na literatura maçônica algo que tomasse robusta esta
teoria estou recorrendo ao querido Irmão para solucionar este problema: realmente as réguas
são distintas pra o Aprendiz e o Companheiro Maçom? Se forem diferentes, qual a Régua que
o Aprendiz deverá portar na sua Elevação? A graduada ou a não graduada?
Considerações:
Corretamente o Aprendiz no Rito Escocês não usa Régua graduada. O que acontece é que na
cerimônia de Elevação, é costume o aspirante ao Segundo Grau trazer apoiada no obro
esquerdo uma régua sem graduação, ou lisa no momento em que, ainda Aprendiz e conduzido
pelo Experto ingressando na Loja.
Explica-se assim: esse é um costume muito antigo nas tradições operativas quando não existia
grau maçônico, senão classe de trabalhadores. Havia assim o Aprendiz Júnior e o Sênior(1)
além do Companheiro do Craft.
24
Nas classes operativas dos Aprendizes, o Júnior usava uma régua não graduada para conferir o
desbaste de modo que quando as pedras ficassem justapostas não existissem arestas. Assim,
essa régua lisa não possuía a conotação de medidas, senão a da verificação da superfície.
Já o Aprendiz Sênior, cujo conhecimento era bem mais acurado, detinha como também
instrumento, uma régua graduada que servia para, além de conferir medidas, também à de
marcar o cordel com nós na razão três, quatro e cinco para o esquadrejamento da obra a partir
da pedra angular. Esse propósito era aplicado na aferição dos passos dados e baseados na
pedra angular colocada no canto nordeste da construção – três passos para o Sul, quatro
passos para o Ocidente e o fechamento dos extremos com cinco passos.
Assim, essa régua graduada servia para aferição dessas medidas oriundas dos passos aqui
mencionados.
Cabe também aqui a seguinte consideração: a régua que era graduada obedecia aos padrões
de medidas dos rincões terrenos onde se localizava o canteiro e estas poderiam ser em
polegadas, pés, sistema métrico decimal, etc.
O que verdadeiramente não existia era o número exato da medida “24”, pois este se limitava
ao tamanho da régua para o conforto do seu manuseio. O número “24” ingressou na
Maçonaria mais tarde como símbolo especulativo e relacionado aos catecismos e instruções
no arcabouço doutrinário dos diversos ritos maçônicos da Moderna Maçonaria.
É também oportuno salientar que essas três classes de trabalhadores operativos – Aprendiz
Júnior, Sênior e Companheiro - passariam paulatinamente na Maçonaria Especulativa a
adequar-se a um sistema de grau simbólico tão bem conhecido atualmente como Aprendiz
(antigo júnior), Companheiro (antigo sênior) e Mestre (antigo companheiro).
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Por essa conjuntura, o Rito Escocês Antigo e Aceito (vertente francesa) revive no seu
simbolismo essa prática no momento da cerimônia de Elevação quando o Aprendiz adentra
com a Régua lisa e posteriormente é substituída pela Régua graduada.
Poder-se-ia então perguntar se o sistema inglês (Craft), por extensão o norte americano, não
revive essa tradição com a régua lisa? Em alguns casos a tradição é revivida nas instruções
(geralmente as Lições Prestonianas), todavia existe uma particularidade nesse sistema.
É comum um Aprendiz recém-iniciado ter a abeta do avental levantada. Assim que um novo
Aprendiz ingresse, a abeta do mais antigo é abaixada, fato que revive a tradição do Júnior e do
Sênior, já que no Craft inglês geralmente o Companheiro possui um avental branco, sem
rosetas e debruado em seu contorno por uma fita de cor azul.
Existe ainda nesse sistema um costume de dobras de avental que diferencia o Aprendiz do
Companheiro. Nesse particular (no Craft), o Aprendiz indistintamente tem como instrumento
de trabalho a Régua Graduada, ou em Maçonaria, a de 24 Polegadas.
Ainda em se tratando do diferencial dos aventais, na regra latina o Aprendiz traz sempre a
abeta do avental levantada e a do Companheiro abaixada. Como se pode notar, para tudo
existe uma explicação, a despeito de que objetos simbólicos não raras vezes possuem elos
entre si, fato que se bem compreendida a arte, lhes dá uma definição satisfatória e racional.
Infelizmente, muitos ritualistas apenas “acham bonito” e acabam inserindo práticas em ritos
de costumes diferentes.
Não me canso de comentar que a aglomeração de práticas maçônicas está em desacordo com
a razão e explicação das nossas tradições históricas. Continuo insistindo que a Moderna
Maçonaria não é um Rito, todavia um sistema composto por vários ritos e, que estes, possuem
as suas particularidades doutrinárias e culturais de acordo com as vertentes principais (inglesa
e francesa).
Não raramente nos deparamos no Brasil por falta de uma depuração - do que é e do que não é
- com costumes enxertados não só de sistemas, mas também de práticas ritualísticas.
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Assim vemos um Rito Escocês muito parecido com uma colcha de retalhos onde rituais ainda
apregoam Régua de 24 Polegadas para o Aprendiz, formação de Pálio, o tal de Painel Alegórico
(Tábua de Delinear inglesa), leitura do Salmo 133, Altar de Juramentos no centro do Ocidente,
colunetas sobre o Altar ocupado pelo Venerável e mesas dos Vigilantes, acendimento de luzes,
etc., etc.
Depois de tanto “bla, bla, bla” ratifico: no Rito Escocês Antigo e Aceito os instrumentos de
trabalho são o Maço e o Cinzel, embora este reviva pelo caráter “antigo” a régua lisa durante o
ingresso no Canteiro por ocasião do seu aumento de salário.
T.F.A.
MARCHA DO APRENDIZ
MARCHA DO APRENDIZ
Um Respeitável Irmão que solicita a não divulgação do seu nome e Loja a que pertence, REAA,
Oriente de Curitiba, Estado do Paraná apresenta a questão seguinte:
Aprendemos, há muitos anos, que no REAA o Aprendiz não deve levantar o pé do chão durante
a marcha, e sim arrastá-lo, porque ainda está ligado à matéria, ao material, a Terra. Não sabe
andar, não sabe falar (apenas soletrar...), também ainda não se acostumou à luz que acabou
de receber, por isso vai “tateando”. Arrasta o pé esquerdo para frente e depois une o
calcanhar direito, sem tirá-lo do chão, ao calcanhar esquerdo, formando um esquadro. No
27
último ERAC, um dos trabalhos apresentados criticou o arrastar de pés na Marcha do Aprendiz.
Fomos consultar o Manual do Grau 1 e o Manual de Procedimentos Ritualísticos, e
efetivamente nenhum deles aborda o arrastar de pés. Com isso ficamos em dúvida e já não
temos a mesma segurança para transmitir aos Aprendizes as considerações esotéricas que nos
foram passadas. Estamos a tanto tempo repetindo um erro?
Considerações:
Essa prática do arrastar dos pés fez parte por muito tempo na concepção da Marcha do
Aprendiz e a sua idade. Puríssima invenção. O Aprendiz tradicionalmente dá os passos normais
unindo-os pelos calcanhares em esquadria iniciando com o pé esquerdo ou direito conforme o
Rito.
O titubear dos passos com a dificuldade de locomoção figurada está diretamente ligada à
Primeira Viagem e nunca à Marcha.
O ato de juntar os pés em esquadria está ligado diretamente à tradição operativa e a pedra
angular da obra, onde era ensinada ao Aprendiz iniciado a colocação dos pés junto à pedra
esquadrejada no canto nordeste da construção, fato que viria formar a esquadria com os pés
unidos pelos calcanhares.
É dessa antiga prática que está à associação com a 47ª Proposição de Euclides ou o Teorema
de Pitágoras. Davam-se a partir da pedra angular três passos em direção ao Sul; dela davam-se
outros quatro em direção do Ocidente. A união desses dois extremos deveria ser fechada com
cinco passos. O resultado preciso desse triângulo retângulo dava, e ainda dá o canto em
esquadria (square). Daí se esquadrejava o canto, nivelava-se e aprumava-se. Aliás, essa é
prática atual nas atuais marcações das construções.
28
A Loja é um canteiro e nele se constrói um novo Homem. Nesse particular não cabem
definições ocultistas e místicas, a despeito que esse pensamento não pode ser unânime em
um espaço que a grande arte está na convivência e não opiniões pessoais e dogmáticas.
Se ainda existem ritos que preconizem o arrastar dos pés, o que não é o caso do Rito Escocês
Antigo e Aceito seria necessária à compreensão da sua proposta doutrinária para elucidar o
ato.
T.F.A.
Fonte: JB News – Informativo nr. 1.095 - Florianópolis (SC) – domingo, 01 de setembro de 2013
COBRIDOR E A ESPADA
COBRIDOR E A ESPADA
Questão apresentada pelo Respeitável Irmão Matheus Casado Martins por solicitação do
Respeitável Irmão Roberto Ribeiro membro da Loja Conceição de Macabi, GOB, REAA, Estado
do Rio de Janeiro.
mcmartins07@yahoo.com.br - drribeiroroberto@hotmail.com
Durante a sessão quando o Cobridor Interno está sentado, como ele deve segurar a espada?
Existem três orientações completamente divergentes dadas em Loja e em momentos
diferentes. Uma pelo Coordenador do GOB/RJ; outra pelo Delegado de Ritualística do Supremo
Conselho (São Cristóvão) e outra por mim. Para evitar que o pobre do Cobridor fique de seca à
Meca, entendi que o melhor seria consultar-te, pois desde cedo aprendi que, para aprender
devemos falar com quem sabe.
Considerações:
29
Também é possível a confecção de uma bainha presa a um talabarte vestido a tiracolo da
direita para a esquerda cuja finalidade é a de carregar a espada embainhada. Aliás, a origem da
faixa do Mestre nos ritos filhos espirituais da França era o talabarte que prendia, ou
acondicionava a espada.
Existe também a maneira comum de existir um dispositivo preso atrás do encosto da cadeira
onde a espada permanece quando não está sendo empunhada.
O que deve se evitar é que o Cobridor sentado apoie a espada no piso (chão) ou mesmo sobre
as coxas.
T.F.A.
Fonte: JB News – Informativo nr. 1.093 - Florianópolis (SC) – sexta-feira, 30 de agosto de 2013
MARCHA DO APRENDIZ
MARCHA DO APRENDIZ
O Respeitável Irmão João Soares Miranda, Loja Saldanha Marinho, REAA,
GOB-PR, Oriente de Curitiba, Estado do Paraná apresenta a questão
seguinte:
joaomiranda@trt9.jus.br
30
soletrar...), também ainda não se acostumou à luz que acabou de receber,
por isso vai “tateando”. Arrasta o pé esquerdo para frente e depois une o
calcanhar direito, sem tirá-lo do chão, ao calcanhar esquerdo, formando um
esquadro. No último ERAC, um dos trabalhos apresentados criticou o
arrastar de pés na Marcha do Aprendiz. Fomos consultar o Manual do Grau
1 e o Manual de Procedimentos Ritualísticos, e efetivamente nenhum deles
aborda o arrastar de pés. Com isso ficamos em dúvida e já não temos a
mesma segurança para transmitir aos Aprendizes as considerações
esotéricas que nos foram passadas. Estamos a tanto tempo repetindo um
erro?
Considerações:
Essa prática do arrastar dos pés fez parte por muito tempo na concepção da
Marcha do Aprendiz e a sua idade. Puríssima invenção. O Aprendiz
tradicionalmente dá os passos normais unindo-os pelos calcanhares em
esquadria iniciando com o pé esquerdo ou direito conforme o Rito.
Se ainda existem ritos que preconizem o arrastar dos pés, o que não é o
caso do Rito Escocês Antigo e Aceito seria necessária à compreensão da sua
proposta doutrinária para elucidar o ato.
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T.F.A. PEDRO JUK - jukirm@hotmail.com
Fonte: JB News – Informativo nr. 1.090 - Florianópolis (SC) – terça-feira, 27 de agosto
de 2013
O Respeitável Irmão Bartholomeo Freitas, sem declinar o nome da Loja e Obediência, Oriente
de Mossoró, Estado do Rio Grande do Norte, apresenta as questões seguintes:
bartholomeofreitas@gmail.com
Inicialmente parabenizo pelo essencial trabalho de orientação que vem exercendo, pois se não
fosse ele, as divergências e a ciência do "achismo" já tinham criado um rito sobrenatural. Para
discernir algumas dúvidas pergunto o seguinte: a) Qual a forma correta de segurar a espada,
tanto a ordem como ao andar em loja e quando fazer? b) É possível durante a fala de um
Irmão que está de pé e a ordem que esse sinal tenha seu desfazimento autorizado pelos
Vigilantes, quando nas Colunas, e o Venerável, quando o Irmão estiver no Oriente? c) Ao sair
do Oriente e depois de saudar o Venerável para descer os degraus deve o Irmão que está a
descer e depois de desfazer o sinal, virar sua frente para o Ocidente girando sua fronte que
está voltada para o Venerável sempre no sentido para sua direita? d) O Irmão que está no
Oriente pode falar sentado? e) Como deve ser usado o Saco de Proposta e Informações?
Pergunto por que na Palavra ao Bem da Ordem é frequente se ver em Lojas o uso para diversos
pedidos de pranchas de pesar, congratulações de entrega de documentos e outros pleitos para
a Secretaria. f) O Irmão que chegar atrasado e após o início da sessão pode entrar em qual
momento? E quando e como o Irmão Primeiro Vigilante deve proceder para avisar o Venerável
sobre a presença do Irmão fora do templo? Nessa ocasião o Cobridor Interno avisa com Loja
aberta diretamente ao 1º Vigilante? Se existir Cobridor Externo o Irmão atrasado por ele visto
espera o Cobridor Externo avisar o 1º Vigilante quando entrar? g) Se a sessão existir
vícios/defeitos de ritualística e/ou legais como o Orador deve proceder? Ele ao final pode
deixar de concluir que a sessão foi "justa e perfeita"? h) O 1º Vigilante, como responsável pela
instrução dos Companheiros e o 2º Vigilante, como responsável pela instrução dos Aprendizes,
podem, durante determinados atos da sessão e sem atrapalhar a palavra de outros Irmãos,
falar livremente com Aprendizes ou Companheiros explicando o ato ou dar outras
orientações? i) Na ausência de Metre de Harmonia, o Cobridor Interno pode auxiliar na
sonorização da sessão?
Considerações:
32
a) A espada é empunhada pela mão direita com o punho junto ao quadril direito com o braço e
antebraço afastados do corpo e a lâmina em riste (verticalmente apontada para cima). Tanto
estando em pé e parado (pés em esquadria) ou em deslocamento. Formas diferenciadas
somente aquelas que estiverem previstas no Ritual (apresentando armas ao Pavilhão Nacional,
bateria na porta, etc.). Situação que não esteja prevista para o ato de empunhar a espada, esta
deve estar embainhada, ou mesmo presa a um dispositivo geralmente colocado atrás do
encosto da cadeira. No Ritual de Mestre está previsto junto à fita com a joia um dispositivo
para prender a espada. Não está previsto o ato de o Cobridor sentado manter a espada sobre
as coxas e nem mesmo apoiá-la pelo punho com a ponta no piso.
d) Esse costume aleatório de se falar sentado no Oriente caiu em desuso. Quem fala sentado
no Oriente, salvo quando o ritual determinar o contrário é o Venerável, o Orador e o
Secretário, todavia se os mesmos resolverem falar em pé, estes se posicionam à Ordem,
inclusive o Venerável que deixa pousado o respectivo malhete sobre o Altar. Aproveitando: no
Ocidente somente falam sentados os Vigilantes quando o ritual não determinar o contrário,
porém se resolverem falar em pé, se posicionam à Ordem (também deixam os malhetes sobre
suas respetivas mesas).
f) O bom mesmo é que ninguém chegue atrasado. Um atrasado não ingressa no Templo
durante a abertura dos trabalhos ou em andamento de um procedimento. O Cobridor Interno
33
ao ouvir a bateria maçônica (de Aprendiz), em qualquer grau que a Loja esteja trabalhando, se
o momento for propício, ele anuncia ao Primeiro Vigilante que por sua vez anuncia ao
Venerável dando-se o andamento dos métodos necessários. Se no momento estiver ainda
presente no átrio o Cobridor Externo, ele bate na porta. Em qualquer situação quem bate na
porta pelo lado externo aguarda. Se o momento não for propício para entrada o Cobridor
Interno responde pela bateria de Aprendiz o que significa que se deve aguardar e nunca elevar
a bateria para outro Grau. Dada essa prática, ninguém mais bate na porta. Havendo Cobridor
externo ele verifica se o “atrasado” tem qualidade de Grau para adentar na Loja. Não havendo
Cobridor Externo, no momento apropriado o Interno devidamente autorizado faz a verificação
entreabrindo a porta. Outras observações. Após a circulação do Tronco ninguém mais ingressa
no Templo. Da mesma forma em Sessões que demandem do ingresso formal do Pavilhão
Nacional, após a sua entrada ninguém mais adentra na Loja.
g) Isso seria um verdadeiro contrassenso. Se o Orador está presente como fiscal da Lei e, em
havendo descumprimento da mesma, o Guarda da Lei interfere imediatamente e não espera o
final para declarar uma sessão injusta e imperfeita. Se ele assim proceder estará incorrendo no
mesmo erro. Afinal o mal deve ser cortado pela raiz.
h) Obviamente que sim. Existe a regra formal que se embasa nas tradições, usos e costumes da
Maçonaria, todavia isso não impede que outros Mestres ocupem o período de instrução
contribuído para a formação de Aprendizes, Companheiros e de outros Mestres, todavia com
bem disse o Irmão, esse processo deve ser preparado e organizado para que realmente atinja
o objetivo.
34
SAUDAÇÃO
SAUDAÇÃO
O Respeitável Irmão Luiz Antonio Cunha Barreto, Secretário, sem declinar o
nome da Loja, GOIPE (COMAB), Oriente de Recife, Estado de Pernambuco,
apresenta a questão que segue:
luizantonio2005@hotmail.com
Gostaria da ajuda do Irmão para uma dúvida que surgiu em Loja no dia de
ontem. Ontem houve a apresentação, por parte de um Aprendiz, de uma
Peça de Arquitetura. Ocorre que, ao ser colocado entre Colunas, o Irmão foi
instruído por mim, previamente, a fazer a saudação (em silêncio)
encarando o Oriente, repetir a saudação voltando à cabeça (só a cabeça e
não o corpo - em silêncio) energicamente para a direita; repetir a
saudação, voltando à cabeça energicamente para a esquerda - em silêncio,
olhando em cada uma delas ao Venerável Mestre, 1º Vigilante e 2º
Vigilante, respectivamente. Considerando que o Ritual é omisso com
relação à apresentação de Peça de Arquitetura, ao instruí-lo tomei por base
o princípio da analogia, pois levei em consideração que o mesmo já se
encontrava entre Colunas, e usei por base a instrução da marcha do Grau.
Fui questionado com relação ao silêncio na saudação, pois alguns Irmãos
foram incisivos dizendo que devia se falar os cargos (Venerável Mestre, 1º
Vigilante, 2º Vigilante) no instante da saudação. Gostaria de um momento
de luz para a dissolução deste impasse.
Considerações:
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pescoço na direção daquele que está sendo saudado, enquanto que o outro
se refere não a saudação, porém a prática de mencionar os cargos estando
à Ordem o que não pode ser confundido com saudação.
APLAUSOS
APLAUSOS
Questão apresentada pelo Respeitável Irmão Marco Henry Cacciacarro, Mestre
Instalado da Loja Concórdia e Caridade, 3.790, REAA, GOB, Oriente de Capão
Bonito, Estado de São Paulo.
mhcvideo@ig.com.br
Em relação ao ritual esse costume não está previsto, todavia no meu ponto
de vista, desde que isso não seja uma obrigação e não comporte as raias do
exagero, penso ser perfeitamente exequível.
Às vezes penso que o aplauso seria muito mais próprio do que ouvir certos
Irmãos pedindo a palavra em pronunciamentos repetitivos no afã de saudar
o autor da Peça de Arquitetura. Esses pronunciamentos não raras vezes são
desprovidos de conteúdo, não acrescentam nada, dão trabalho ao
Secretário e são providos de longo lirismo que se bem observado, em
muitas oportunidades, nada tem a ver com o tema exposto.
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HIERARQUIA NA CIRCULAÇÃO
HIERARQUIA NA CIRCULAÇÃO
O Respeitável Irmão Washington Luiz Tarnowski, Mestre de Cerimônias da
Loja Estrela Mística,3.929, REAA, GOB-SC, Oriente de Itajaí, Estado de Santa
Catarina, apresenta a questão seguinte.
wlt@univali.br
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Durante o encerramento dos trabalhos a Loja está aberta, assim o
procedimento de circulação é análogo ao da entrada, todavia quando
necessário compõe-se o Sinal.
HIERARQUIA NA CIRCULAÇÃO
HIERARQUIA NA CIRCULAÇÃO
Questão que faz o Respeitável Irmão Marcos Vinicius Garcia Joaquim,
Loja Fraternidade Josefense, 30, Grande Loja de Santa Catarina, REAA,
Oriente de São José, Estado de Santa Catarina.
marcosgarcia@cardiol.br
Alguns rituais, como é o caso do GOB, preconizam que logo após o Cobridor
Interno, seja feita a colheita do Cobridor Externo que após o ingresso no
Templo toma assento junto à porta na Coluna do Norte. Essa não é uma
atitude dentro da tradição do Rito, posto que o Cobridor Externo devesse
depositar no momento em que os Mestres do Norte estivessem sendo
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abordados. Após os seis primeiros cargos já mencionados, não por uma
questão de hierarquia, porém por ordem dos trabalhos, em qualquer
circunstância, o último a depositar na bolsa será sempre o oficial circulante.
Cabe aqui uma explicação oportuna. A regra dos seis primeiros cargos não
se prende a justificativa capenga do formato de uma estrela, até porque no
Rito Escocês não existe qualquer referência à estrela de seis pontas.
JUSTIFICATIVA E O ÓBOLO
JUSTIFICATIVA E O ÓBOLO
Questão apresentado pelo Respeitável Irmão Afonso Barros Machado, Loja União
Fraternal nº 12, REAA, Grande Loja Maçônica de Minas Gerais, Oriente de Belo
Horizonte, Estado de Minas Gerais.
abmachado1950@gmail.com
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primeira sessão a que comparecer após as ausências, sob pena de
prescrição do direito”. Os irmãos têm, portanto, feito às justificativas,
juntado o óbolo, colocando-os na Bolsa de Proposta e Informações, quando
da circulação da mesma. Aí vêm os questionamentos: quanto à colocação
da prancha com a justificativa nessa Bolsa, não há dúvida. O que suscita a
nossa consulta é, se o óbolo é colocado junto com a prancha, além de estar
na Bolsa errada o mesmo ocorre com a mão que o colocou. Ao conferir o
seu conteúdo todos os Irmão próximos ao Venerável Mestre tomam
conhecimento de quem colocou e quanto, quebrando o sigilo e o simbolismo
do ato, além de ferir o princípio da espontaneidade, intrínseco no espírito
da doação. Há, portanto, em meu entendimento, uma quebra das normas
ritualísticas em detrimento de uma regulamentação administrativa
interferente, quiçá mal redigida. Entendo, ainda, que dentro de um Templo
com uma Loja aberta, naquele instante, prevalecem às normas ritualísticas
do Rito em comento. Conto com a análise do Irmão sobre o conflito em tela
para subsidiar o meu entendimento.
Considerações:
Quero primeiro salientar que as minhas ponderações que seguem não tem o
intuito de incentivar o desrespeito a um Regulamento legalmente
constituído. Se estiver escrito, cumpra-se a lei. Agora sobre o ponto de
vista da tradição maçônica, sinceramente esse é mais um dos absurdos até
aqui apresentados.
Nesse caso não seria melhor o faltoso quando da sua presença reforçar a
sua doação? O que posso comentar? Somente se for o caso de apontar uma
sequência de afronta às verdadeiras tradições maçônicas.
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LEITURA DO LIVRO DA LEI
LEITURA DO LIVRO DA LEI
Questão que faz o Respeitável Irmão Paulo Afonso Fernandes de Carvalho,
Loja Abolição, nº 6, GLUPI, REAA, Oriente de Teresina, Estado do Piauí.
paafc2010@hotmail.com
Venho a solicitar que me ajudem a conhecer algo que julgo inusitado, pois, nunca
me fora perguntado sobre o presente fato que passarei a relatar.
1 Numa Loja de Companheiro Maçom, sendo aberto o Livro da Lei deverá estar
numa determinada passagem específica do mesmo. Isso ocorre no mundo
ocidental. Imaginemos no mundo oriental, primeiramente, num país muçulmano.
No caso citado, o Livro da Lei será o Al Corão ou simplesmente o Corão. Pergunto:
qual a passagem que o Livro da Lei (Corão) será aberto? A que se refere à dita
passagem?
Em seguida, vamos para outra colocação.
2 Nas mesmas condições do item 1; Imaginemos, também, no mundo oriental, no
país Judaico, onde o Livro da Lei será o Torá. Pergunto: qual a passagem que o Livro
da Lei (Torá) será aberto? A que se refere à dita passagem?
Considerações:
É rara, mais rara mesmo a prática do Rito Escocês em países que não sejam
latinos. Dai a assertiva de que o Trabalho Maçônico mais praticado no
mundo é o do Craft inglês e deste os Trabalhos de Emulação. É então
oportuno salientar nesses costumes não existe leitura na abertura dos
trabalhos.
Nos países latinos geralmente o Livro da Lei tem sido a Bíblia e se por
ocasião um Iniciando não seja cristão, ele prestará obrigação sobre o seu
próprio Livro. Ademais, no juramento não existe leitura do Livro da Lei.
Não sendo permitida essa nessa cultura, existe adaptação para não ferir
costumes religiosos. Para cada situação o bom senso reflete no andamento
das coisas.
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VIGILANTES E AS INSTRUÇÕES
VIGILANTES E AS INSTRUÇÕES
Questão que faz o Irmão Tarciso Rodrigues de Alcântara, Companheiro Maçom da Loja Estrela
de Araçuaí, 1.962, REAA, GOB-MG, Oriente de Araçuaí, Estado de Minas Gerais.
alcantar@uai.com.br
Estimado Irmão, inicialmente gostaria de lhe parabenizar pela sua disponibilidade e boa
vontade de nos instruir, socorrendo-nos nas nossas dúvidas. Dúvida: Responsável pela
instrução do Aprendiz e do Companheiro. Este assunto já foi tratado pelo Irmão no ano
passado, mas o Irmão Primeiro Vigilante da minha Loja continua na dúvida e ele argumenta na
defesa de sua posição, os seguintes diálogos do ritual de Companheiro, contidos nas paginas
74 e 88. Página 74 - “Venerável – Irmão Primeiro Vigilante, o Irmão Aprendiz que deseja passar
ao Segundo Grau preencheu seu tempo e tem condições de ser elevado?”. Página 88 – “Irmão
Mestre de Cerimônias, conduzi o novo Irmão Companheiro ao Segundo Vigilante para que o
ensine a trabalhar na Pedra Cúbica e dar os passos do seu Grau”. O questionamento do Irmão
Primeiro Vigilante é o seguinte: 1 - Se é o Segundo Vigilante responsável pela instrução do
Aprendiz, por que o Venerável pergunta ao Primeiro Vigilante se o Aprendiz “preencheu seu
tempo e tem condições de ser elevado?”. 2 – Sendo o Primeiro Vigilante responsável pela
instrução do Companheiro por que o Venerável instrui o Mestre de Cerimônias para: “conduzir
o novo Irmão Companheiro ao Segundo Vigilante para que o ensine a trabalhar na Pedra
Cúbica e dar os passos do seu Grau.”?
Considerações:
Como bem disse o Irmão já expliquei inúmeras vezes que a questão é de hierarquia e o
tradicional recebimento do Aprendiz pelo Segundo Vigilante nos canteiros medievais da
Franco-Maçonaria.
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é natural à pergunta ao Primeiro Vigilante, até porque mesmo instruído pelo Segundo
Vigilante, simbolicamente o Aprendiz trabalha na Pedra Bruta.
Ensinar a Marcha não significa todo o aperfeiçoamento do Companheiro. Note que a Marcha
do Aprendiz é ensinada pelo Mestre de Cerimônias e não pelo Vigilante. Assim também o
Aprendiz executa o seu primeiro trabalho na Pedra Cúbica na presença do Primeiro Vigilante.
As respectivas marchas são idealizadas como segredos do Grau, assim também são percutidas
as baterias sobre as pedras. Esses segredos são comunicados, enquanto que de acordo com o
Grau cada Vigilante deve ao longo do tempo de aperfeiçoamento explicar o seu verdadeiro
significado (instruções).
Fonte: JB News – Informativo nr. 1.075 - Florianópolis (SC) – terça-feira, 13 de agosto de 2013
QUESTÕES DE INSTALAÇÃO
QUESTÕES DE INSTALAÇÃO
O Respeitável Irmão Marcilio Marchi Testa, Loja Crivo da Razão, GOSP - GOB, REAA,
Oriente de São Paulo, Estado de São Paulo apresente a seguinte questão:
mmtesta@uol.com.br
Considerações:
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Essas são as contradições que aparecem pelo ato de Instalação em um Rito que não
possui genuinamente esse costume. Como o GOB adota esse costume desde 1.968,
as controvérsias permanecem, mesmo tendo um ritual atualizado.
Acho oportuno salientar que esses rituais são privativos da Obediência e dele não
tomei na oportunidade parte como consultor, bem como na sua confecção. Penso
que como arrumaram Instalação para o Rito Escocês no Brasil e essa virou um regra
consuetudinária o ritual mereceria uma séria adaptação. Senão vejamos:
Nesse sentido pelo menos haveria coerência com as cinco viagens na Elevação e a
utilização dos instrumentos de trabalho.
Ainda por questão de tradição por ser o grau mais genuíno da Maçonaria (de onde
resultou o Grau de Mestre a partir de 1.725) estariam incluídos o Nível e o Prumo
como instrumentos imprescindíveis para a “Elevação da Obra”.
Como se pode notar as minhas considerações são apenas levadas a coerência com
a doutrina. Assim não leve essa assertiva como laudatória, pois a elaboração de um
ritual coerente merece muito estudo sobre a doutrina do Rito.
À bem da verdade essa coerência merece inclusive em acertos nos três rituais
simbólicos que em não raras vezes também se contradizem, principalmente o do
Segundo Grau, como por exemplo, a Régua apoiada no ombro esquerdo que o
Aprendiz ingressa no Templo durante a cerimônia de Elevação – essa régua não
possuir graduação.
A Terra fica viúva do Sol durante os três meses de inverno. Isso significa que para a
criação de um Ritual de Instalação para o Rito Escocês esses pormenores devem
ser criteriosamente observados e levados em consideração.
Por fim, embora de contra gosto, sou obrigado a me curvar a qualquer ritual
legalmente aprovado e em vigência, como é o caso do aqui mencionado.
Quem sabe futuramente as coisas estejam nos seus devidos lugares. Por fim acho
oportuno salientar que o ritual anterior também era repleto de falhas não o
tornando melhor do que o atual.
É sempre bom lembrar que a Maçonaria constitui-se por ritos e cada qual desses
obedece a uma doutrina que possui elo particular com a sua vertente.
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ESTRELAS E CIRCULAÇÃO
ESTRELAS E CIRCULAÇÃO
O Respeitável Irmão Marcelo Tietböhl Guazzelli, sem declinar o nome da Loja, Rito e
Obediência, apresenta a questão seguinte:
mguazzelli@agrale.com.br
Lendo há pouco o JB News 992, deparei-me com um texto sobre o Tronco de Solidariedade.
Resumindo a parte que interessa nessa mensagem reproduzo abaixo: “A circulação ritualística
da bolsa de solidariedade obedece ao formato de duas estrelas de seis pontas, que por sua vez
são compostas cada uma por dois triângulos um dentro do outro, em posição invertida”. “A
marcha inicia no ocidente, entre colunas, em direção ao oriente. O irmão hospitaleiro coloca a
bolsa colada a sua cintura, ao lado esquerdo do corpo e inicia a marcha. Sem olhar para o que
é depositado na bolsa vai passando por todos os obreiros em loja. O venerável mestre,
primeiro vigilante e segundo vigilante definem o primeiro triângulo; orador, secretário e
guarda do templo definem o segundo triângulo, o que resulta na primeira estrela; depois passa
pelos oficiais e obreiros do oriente, pelos mestres e oficiais da coluna do sul e pelos mestres e
oficiais da coluna do norte, definindo o terceiro triângulo; companheiros, aprendizes e o
cobridor externo formam o quarto triângulo e completam a segunda estrela. E por fim, o
cobridor externo segura a bolsa, e o próprio hospitaleiro deposita seu óbolo na bolsa, retoma a
bolsa, lacra-a e conclui o giro da bolsa postando-se entre colunas. Comunica ao venerável
mestre que a tarefa está cumprida e recebe instruções do que deve fazer em seguida”. Pois
bem. Como fica a primeira estrela se o Primeiro Vigilante estiver na Coluna do Norte? (estou
falando de uma loja do REAA do GORGS). Saindo do Venerável, o Mestre de Cerimônias vai até
ele e, seguindo o sentido horário, cruza pela frente do Oriente para chegar ao Segundo
Vigilante na Coluna do Sul. A linha imaginária vira um “nó” e o triângulo não existe. Ou essa
estrela é apenas simbólica ou me parece que não há muita lógica. A lógica no meu ponto de
vista é seguir a hierarquia dentro da lógica. O que lhe parece?
Considerações:
Primeiro porque nos ritos de vertente latina (francesa) e, nesse particular o Rito Escocês Antigo
e Aceito, a única estrela abordada na sua doutrina é a Hominal, ou Pitagórica representada
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pela Estrela Flamejante (cinco pontas) que é objeto de estudo do Grau de Companheiro como
Luz intermediária.
Segundo, porque estrela de seis pontas é alegoria simbólica do Craft inglês e nos Trabalhos
ingleses não existe circulação de bolsas.
Quarto é que dos diversos ritos existentes, nem sempre a localização topográfica dos cargos,
coincidem uns com os outros.
Essa regra é apenas e tão somente aplicada aos cargos principais e nela inclui-se o do Cobridor
pela sua importância na constituição de uma Loja (uso, costume e tradição).
Assim, nesses primeiros cargos fica difícil se ordenar o símbolo de uma estrela. Mesmo
levando-se em conta na disposição das Luzes da Loja conforme os rituais do da COMAB do
estado do Rio Grande do Sul que ainda mantém esses cargos posicionados conforme as
extintas Lojas Capitulares.
Essa constituição vem apenas reforçar a desigualdade de posição em Loja que se contrapõe à
tese estelar generalizada não se levando em conta outros rituais e ritos.
Muito mais contraditória é a referência a outras estrelas formadas além dos primeiros cargos.
Sem qualquer conotação mística ou oculta, a primeira fase da circulação simplesmente
obedece à importância dos seis primeiros cargos (às vezes sete dependendo da presença do
Guarda Externo).
Composta essa primeira etapa, são abordados os do Oriente, os Mestres do Sul, os Mestres do
Norte, Companheiros e Aprendizes.
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O próprio oficial circulante longe de qualquer hierarquia é o último a depositar a proposta ou o
óbolo.
É bem verdade que esse conceito de formação de estrela povoa o imaginário maçônico de há
muito tempo já inserido na própria França por escritores de feição mística e oculta.
Deixo aqui os meus respeitos a esses pensadores, todavia não me atenho às convicções
contrárias à autenticidade.
Fonte: JB News – Informativo nr. 1.072 - Florianópolis (SC) – sábado, 10 de agosto de 2013
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b) Devo recolher a proposta desse Irmão logo depois que tenha feito o recolhimento
da proposta ou informação do Cobridor como esta descrita nos manuais. Meu temor
é ofender de alguma maneira o Venerável Mestre da Loja. Acreditando em seu
imenso conhecimento, peço que me ajude a fazer a "coisa" certa!
Considerações:
No Rito Escocês Antigo e Aceito a circulação da bolsa (que não tem nada a ver com
uma esdrúxula e pretensa estrela) por primeiro os detentores dos malhetes por
ordem hierárquica – Venerável Mestre, Primeiro e Segundo Vigilantes.
Posterior a esse circuito colhe-se os que estiverem no Oriente começando pelos que
porventura ocupem lugar ao lado esquerdo e direito do Venerável, Mestres do Sul,
do Norte, Companheiros e Aprendizes. Por fim o próprio oficial circulante ajudado
pelo Cobridor.
É sempre salutar a compreensão de que o ato começa por quem está literalmente
dirigindo a Loja e seguido dos seus auxiliares imediatos (Vigilantes).
Estou com dificuldade em achar o porquê do triangulo ser substituído pela régua na
joia do Mestre de cerimônias?
Considerações:
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O que acontece principalmente na Maçonaria brasileira são as colchas de retalhos
que os ritos se submetem pela inserção de práticas, costumes e símbolos de uns
em outros ritos. Assim, se vossa questão estiver relacionada à prática do Rito
Escocês Antigo e Aceito, rito de origem latina, não se trata se substituição, porém
da joia correta, que sempre foi a régua graduada como objeto distintivo do Mestre
de Cerimônias.
Perdurou por muito tempo a joia composta por um triângulo, todavia essa não é
aquela tradicional no Rito Escocês. O que foi feito então fora a colocação do trem
nos trilhos. O símbolo da Régua graduada (não confundir com a de 24 Polegadas)
para o Mestre de Cerimônias no Rito Escocês exprime o sentido de organização no
trabalho e na condução do seu ofício com garbo, perfeição e conhecimento (medida
de ações).
SUBSTITUIÇÃO DE CARGO
SUBSTITUIÇÃO DE CARGO
Questão que faz o Respeitável Irmão Juliano Francisco Martinho, Secretário da Loja
Igualdade, 1.647, GOSP – GOB, sem declinar o Oriente (Cidade), Estado de São
Paulo.
juliano.martinho@ig.com.br
Quando há a necessidade de um Irmão que ocupa cargo ter que se retirar durante
os trabalhos (exemplo: Irmão Chanceler). Para que outro Irmão ocupe seu lugar, é
necessário que ele saída da Loja, junto ao Chanceler Oficial, e retorne novamente,
agora com a joia do cargo?
Considerações:
Com uma total perda de tempo ainda alguns insistem em meros atos que não
possuem qualquer sustentação. À bem da verdade esse costume surgiu daqueles
que querem justificar o ato com a proibição de se paramentar dentro da sala da
Loja. Ora, isso não é regra mundial, pois muitos em muitos costumes
maçônicos, como é o caso do Craft inglês e americano, os Irmãos se paramentam
dentro do Templo sem qualquer cerimônia antes do início dos trabalhos.
Aliás, no modo latino, isso evita reuniões desnecessárias e bate papos no interior do
recinto, cuja pretensão é apenas a de asseverar respeito pela prática maçônica.
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Obviamente no Craft não há desrespeito algum, todavia a questão é cultural.
Infelizmente alguns Irmãos tomam a sala da Loja como um templo religioso
achando que a consagração do espaço como costume maçônico torna a Loja um
solo sagrado (religioso), fato que tem levado esses ao ponto de apregoar que é um
verdadeiro sacrilégio se paramentar dentro do Canteiro.
Com base nessas ilações, é que viria aparecer essa orientação temerária de que
ninguém pode se paramentar dentro da Loja. Ora se vestir avental, colar com joia
distintiva ou faixa de Mestre fosse dessa maneira proibida, então ter-se-ia que
suspender os trabalhos para vestir o avental do Aprendiz na Iniciação e dos
Companheiros na Exaltação. O que se diria então na Instalação do Venerável e na
posse das Dignidades e Oficiais de uma Loja?
Gostaria de saber como deve ser a postura do Irmão Cobridor Interno no inicio,
durante e no fim das sessões com relação ao seu instrumento de trabalho (espada).
Considerações:
50
Cobridor com a espada embainhada faz sinal com a mão, ou mãos se for o caso. A
regra de não se fazer sinal com o instrumento de trabalho se prende ao fato de não
usar o instrumento para com ele compor o Sinal. Com as mãos livres o Sinal é
composto na forma de costume.
Finalizando fica a recomendação de que o Cobridor sentado faça uso dos artifícios
aqui anteriormente apresentados.
DÚVIDAS
DÚVIDAS
O Respeitável Irmão João dos Reis Neto, sem declinar o nome da Loja, GOB, Oriente
de Brasília, Distrito Federal.
jreisneto@ig.com.br
Considerações:
Melhor evoluído ele pode também melhor medir o tempo para o aproveitamento e
aperfeiçoamento do trabalho (Régua de 24 Polegadas).
Ainda outros instrumentos de trabalho estão previstos e podem ser mais bem
perscrutados nas cinco viagens na cerimônia de Elevação assim como no Painel do
51
Segundo Grau (esse corolário está ligado diretamente aos cinco anos de
aperfeiçoamento).
Nesse sentido há então que se considerar que esse Grau é o mais genuíno da
Maçonaria historicamente se comentando.
PROCEDIMENTOS DE ENTRADA
PROCEDIMENTOS DE ENTRADA
Questão apresentada pelo Respeitável Irmão Edison Carlos Ortiga, Rito
Adonhiramita, COMAB, sem declinara o Oriente (Cidade) e Estado da Federação:
capituloadonhiramita@gmail.com
Considerações:
Não sou muito a favor dessas incorporações de Loja. Se elas existem como
previstas nos respectivos regulamentos, o jeito é cumprir. Entendo sempre que na
tradição maçônica existe mesmo a visita.
52
Seguindo a regra de que a maior autoridade geralmente entra por último
considerando a Loja visitante, o primeiro que entra é o que se submete ao
telhamento e a entrada formal. Nesse caso o Venerável é o último a entrar.
NE VARIETUR
NE VARIETUR
Questão que faz o Respeitável Irmão Antonio Raia, GOB, Oriente de Recife, Estado
de Pernambuco.
antonio_raia@hotmail.com
Havendo sido iniciado na Ordem no ano de 1.982, na Loja Jesus de Nazaré 33,
2.422 onde recebi as instruções necessárias para aumentos de salários, etc.,
lembro que primeira sessão após a iniciação, ao chegar à Sala dos Passos Perdidos
encontrei o Livro de presenças. Por falta de experiência fui logo querendo assinar o
dito cujo, onde o Irmão Chanceler me disse que eu só poderia assinar o livro
quando já estivessem assinados sete Mestres, pois a Loja estaria completa.
Explicou-me que o Senhor edificou Sete Colunas, etc. Neófito então aceitei as
explicações do Irmão Chanceler e do Irmão Segundo Vigilante e guardei para o
futuro. Daí então, já Mestre em 1.984 comecei a instruir os novos Irmãos
Aprendizes até a data de hoje. Confiante no ensinamento do aprendizado, então,
instruindo os neófitos na Sala dos Passos Perdidos que o Irmão Aprendiz só pode
assinar o referido Livro após a assinatura de sete Irmãos, quando de repente o
Irmão Chanceler, hoje e Segundo Vigilante em 1.982 havia me complementado as
explicações disse-me que o Irmão Aprendiz pode e deve assinar independente de
assinaturas. Indaguei do Irmão Chanceler que lembro do fato por ter sido uma das
primeiras lições que havia recebido dos amados Irmãos e o mesmo me disse que
não lembrava. Procurei livros, rituais e fiz várias pesquisas onde nada encontrei.
Poderia o amado Irmão dar-me uma luz? Então aprendi errado? Por favor, me tire
essa dúvida.
Considerações:
53
O que deve mesmo ser observado é que o Venerável, em qualquer circunstância,
seja o último a assinar, fato que se recomenda que ele assine o Livro após estarem
encerrados os trabalhos. Pode ocorrer que existam visitantes que não entrarão em
família ou mesmo retardatários – estes firmam o seu “ne varietur” somente após
ingressarem nos trabalhos.
ENTRADA FORMAL
ENTRADA FORMAL
O Respeitável Irmão Edison Carlos Ortiga, sem declinar o nome da Loja, Obediência, Oriente
(Cidade) e Estado da Federação, apresenta a questão abaixo:
capituloadonhiramita@gmail.com
Sempre aprendi e sempre ensinei - independente de rito - que em loja aberta se entra
ritualisticamente. Eu, como autoridade, com frequência sou recebido com as honras
protocolares e faço a minha entrada ritualisticamente. Mas tenho notado que autoridades do
simbolismo, Grão-Mestre e Grão-Mestre Adjunto, quando são recebidos protocolarmente,
entram no templo com os passos normais, não saúdam a ninguém e aguardam, em seus
devidos lugares - entre colunas ou à entrada do Oriente, a chegada do Venerável que lhes
passa o malhete. E quando está em comitiva, toda a comitiva adentra "profanamente". Fui
questionar tais autoridades e eles disseram serem prerrogativas deles. Eles são realmente
dispensados da entrada ritualística? Os protocolos de recepção são omissos quanto ao
procedimento da entrada da autoridade. E como ficamos?
Considerações:
Esses procedimentos têm estado geralmente presos aos Regulamentos das Obediências. No
Grande Oriente do Brasil, por exemplo, existe a possibilidade de o Grão-Mestre entrar em
família, se esse for o seu desejo, acompanhado pelas demais autoridades.
54
Uma autoridade reconhecida não entra executando marcha, até porque em sendo ele
autoridade é reconhecidamente portador do Grau de Mestre Maçom.
Geralmente entradas formais são para visitantes de outras Lojas, assim, o bom senso proclama
não exigir de um Grão-Mestre entrada pela marcha e saudação.
jukirm@hotmail.com MAIO/2013
Fonte: JB News – Informativo nr. 1.061 - Florianópolis (SC) – terça-feira, 30 de julho de 2013
RITUALÍSTICA
RITUALÍSTICA
O Respeitável Irmão Hiroshi Murakami, Loja Antonio Vieira de Macedo, REAA, GOB,
Oriente de Niterói, Estado do Rio de Janeiro, questiona resposta apresentada sobre
a verificação dos presentes em Loja de Companheiro quando da abertura dos
trabalhos.
hiroshi.himura@gmail.com
Acho que o assunto abordado tem equivoco de ambas as partes. Senão Vejamos:
Fala do Venerável Mestre - Em pé e à Ordem, meus Irmãos (isso quer dizer todos)
Aí vem a observação - Todos nas colunas e no Oriente levantam-se, ficam à Ordem
e voltam-se para o Oriente (isso é para que ninguém a não ser os Vigilantes vejam
o que ocorre no momento do telhamento - caso contrário quem estiver a ser
telhado poderá copiar de quem está sendo telhado) essa é a única razão para que
se virem de costas ou seja todos voltados para o Oriente. Os Vigilantes percorrem
as Colunas (colunas só existem no Oriente) O Ritual é claro. Não dá todas as
explicações mas é claro.
Considerações:
Meu Irmão. Vou tentar mais uma vez esclarecer. O verdadeiro equívoco está no
Ritual onde na página 29 está escrito que “Todos nas Colunas e no Oriente
levantam-se (...)”. No Oriente não existe telhamento em nenhum dos graus
simbólicos do Rito Escocês Antigo e Aceito.
55
Oficiais da Loja não serão examinados assim como os que se encontram no
Oriente”.
O equívoco mesmo é o do ritual em questão e não vejo nele tanta clareza, pois
manda todo mundo ficar em pé e posteriormente exara que uma parte tome
assento novamente. E a outra?
Ao longo dos tempos esse erro crasso acabou por ser consuetudinário no Rito,
porém aos olhos da razão ele jamais deveria ser considerado como “evolução de
rituais” – tese que alguns ainda teimam em defender.
Ora, o ato de evoluir merece uma justificativa clara e acadêmica, nunca embasada
em certos rituais ultrapassados e sem qualquer merecimento de crédito.
Ritos e Trabalhos (Craft) que não possuem o Oriente elevado e dividido por
balaustrada, têm como Oriente apenas a parede de fundo e onde toma na cátedra
por três degraus assento o Venerável, ou Mestre da Loja, bem como aqueles que
simetricamente ao seu lado direito e esquerdo, porém abaixo do sólio, ali tem
direito de permanecer.
56
diferença de procedimentos, pois nesse limite existem apenas e tão somente
Mestres Maçons.
Questão apresentada pelo Respeitável Irmão Ruy Mar Nunes, Mestre de Cerimônias da Loja
Amor e Luz 1.159, REAA, GOB, Oriente de Pires do Rio, Estado de Goiás.
ruymarnunes@yahoo.com.br
Gostaria da ajuda do Irmão para esclarecer duas dúvidas: 1 - A circulação no Ocidente é feita
no sentido horário, logo após a entrada do cortejo ou somente depois da abertura ritualista? O
ritual na pag. 42 não especifica quando deve iniciar a circulação ritualista. 2-O Ritual na pag. 14
diz "Na parede do fundo, no Oriente, em um painel, são representados os astros do dia e da
noite (Sol e Lua), ficando o Sol à direita do V.M. e a Lua, em quarto crescente, à esquerda do
V.M.” Pesquisei a respeito e encontrei em Rituais antigos ora o Sol à esquerda e a Lua à direita
do V.M. ora o contrario. Acho estranho o Sol está no Lado Norte o lado escuro do Templo,
onde tem assento os Irmãos Aprendizes e onde fica a Pedra Bruta. Qual seria a posição
correta?
Considerações:
57
1 – Assim que o Venerável Mestre tomar assento e pronunciar – Irmãos; ajudai-me a abrir a
Loja – os procedimentos para a abertura obedecem à ritualística. O que é na oportunidade
abolido é apenas o Sinal, salvo aquele previsto no reconhecimento pelo Primeiro Vigilante, ou
pelos Vigilantes conforme o Grau. Assim, procede-se normalmente com a circulação horária no
Ocidente, bem como se faz o ingresso no Oriente pelo seu lado nordeste e a sua saída pala
banda sudeste.
2 – O Painel que o Irmão se refere trata-se do Retábulo do Oriente. O Sol do Retábulo se refere
ao cargo do Orador donde emanam as Leis, enquanto que a Lua ao Secretário como luz reflexa
que absorve as anotações.
Essas duas luminárias são correspondentes às duas outras verdadeiras Dignidades no Rito
Escocês Antigo e Aceito que em conjunto com as Três Luzes compõem as “cinco Dignidades”.
Cabe aqui então uma pequena consideração. Infelizmente no GOB, as Dignidades de uma Loja
são confundidas com cargos eletivos, no que é dado o equivoco de considerar os cargos como
Dignidades alterando a tradição de cinco para sete. Se assim está escrito e aprovado temos
que cumprir, porém não nos impede de apontar o engano.
Quanto ao “estranho” pela sua referência do lado Norte e o Sol, este nada tem a ver com a
Coluna do Norte e os Aprendizes, pois nesse particular a referida Coluna está posicionada no
Ocidente (da balaustrada até a parede ocidental), enquanto que a banda do Oriente é um
quadrante de onde vem a Luz.
No tocante aos rituais antigos, devo salientar que em não raras vezes antiguidade não é
sinônimo de qualidade verdadeira, pois esses rituais às vezes estão equivocados e por outras
vezes pertencem a outro Rito.
Ainda em relação ao Sol e a Lua, a posição disposta no Retábulo, também se apresenta análoga
a do Painel da Loja.
58
Finalizando e registrando um esclarecimento o Sol e a Lua do Retábulo não possuem a mesma
representação alegórica do Astro e do Satélite dispostos na abóbada celeste.
jukirm@hotmail.com MAIO/2013
Fonte: JB News – Informativo nr. 1.059 - Florianópolis (SC) – domingo, 28 de julho de 2013
Questão apresentada pelo Respeitável Irmão Carlos Alberto de Souza Santos, GOB, Oriente do
Rio de Janeiro.
carlossantos1309@yahoo.com.br
Aqui no Rio de Janeiro existe uma prática utilizada que gostaria de sua resposta: A Loja está
aberta em sessão de Mestre, porém um irmão (da Loja ou visitante, não importa) chega com
os trabalhos já iniciados. E este irmão (Mestre) bate a porta do templo como Aprendiz, porém
o irmão Cobridor Interno repete a batida, aí ele bate como Companheiro o irmão Cobridor
Interno repete à batida, daí ele bate como Mestre e o Irmão Cobridor aí então anuncia ao 1º
Vigilante, maçonicamente batem à porta do templo e este ao Ven. Mestre e depois
procedimentos normais etc. A pergunta em questão é se estes repiques e subidas de graus
estão corretos ou não passam de mais um achismo ou vício de costumes?
Considerações:
Essa tem sido uma prática extremamente contraditória na ritualística maçônica brasileira. O
fato é que nenhum ritual será escrito prevendo o “atraso”, todavia sabemos que ele
verdadeiramente acontece.
59
Nesse sentido, se um obreiro chegar atrasado, ele dará na porta a bateria universal maçônica
que é a de Aprendiz. Se o momento for oportuno para o ingresso o Cobridor fará a
comunicação de costume, dando-se em seguida os procedimentos de ingresso. Se o momento
não for oportuno, o Cobridor dará pelo lado de dentro da porta à mesma bateria. Isso significa
que o que estiver pedindo ingresso deverá aguardar o momento propício para entrada.
Compete ao Cobridor Interno verificar (pelo avental) e comunicar se o atrasado do quadro tem
qualidade para ingressar. Se for Irmão desconhecido, ainda existem outros procedimentos de
verificação obviamente.
Não existe esse festival de bateria, como também não existe a institucionalização do “atraso”.
Penso que a preocupação deveria ser com a entrada formal do atrasado – Macha do Grau de
trabalho da Loja.
jukirm@hotmail.com MAIO/2013
Fonte: JB News – Informativo nr. 1.058 - Florianópolis (SC) – sábado, 27 de julho de 2013
JÓIAS DISTINTAS
JÓIAS DISTINTAS
Questão apresentada em 02 de novembro de 2.010 e recuperada em 07 de abril de
2.013. O Respeitável Irmão Marcos A. P. Noronha, Venerável Mestre da Loja
Universitária, Ordem, Luz e Amor, 3.848, GOB-PR, Oriente de Foz do Iguaçu, Estado
do Paraná, apresenta a questão seguinte:
mn.luola@gmail.com
60
Às vezes, por questão de treinamento ou ainda por falta de Mestre Maçom na
Sessão, salientando que a Loja para estar Justa e Perfeita necessita para ser aberta
de tão-somente sete Mestres, é designado algum Companheiro para exercer cargos
de oficiais em uma das Colunas, como por exemplo, 2º Diácono, Mestre de
Harmonia. Nestas ocasiões o Irmão (Companheiro), que estará portando o avental
de seu grau, deve usar a faixa (o certo seria colar) com a joia do cargo? Adianto
minha opinião, sem querer com isso interferir em sua resposta: consoante com o
trabalho que escrevi com o título "O Mestre Instalado" e publicado pela Editora
Maçônica "A Trolha Ltda" na Coletânea de Trabalhos nº 8, de setembro de 2009,
quando o 1º Vigilante substitui o Venerável na presidência de uma Sessão, aquele
não pode utilizar o avental de Mestre Instalado (se não o for), mas ele utiliza o colar
de Venerável, entendo que o Companheiro não pode, por óbvio, utilizar o avental
de Mestre, mas deve utilizar a faixa (colar) do cargo que estiver exercendo "ad
hoc", ou seja, ele não estará usando a faixa de Mestre e sim a faixa (colar) com a
joia do cargo. Meu entendimento, data vênia, é robustecido pelo que prescreve o
Ritual do 3º Grau (Mestre Maçom) do GOB, Ed. 2009, pg. 22, se não vejamos: "Além
do respectivo Avental, o Mestre quando não estiver exercendo o cargo de Vigilante,
de Dignidade ou de Oficial usa uma faixa em material acetinado (...) e, em sua
extremidade a joia de Mestre em metal dourado." (destaque da transcrição). Ou
seja, o Companheiro não deve portar a faixa de Mestre, pois ele não é Mestre, mas
deve portar o colar com a joia do cargo, quando estiver "ad hoc" exercendo cargo
de oficial ou até mesmo de dignidade, por exemplo, de tesoureiro ou chanceler,
haja vista que um Companheiro não deve exercer cargo no Oriente e muito menos
de Vigilante. Entendo que nosso parecer está consoante, também, com o que
prescreve o citado Ritual à pg. 30 quando trata dos paramentos de Dignidades e
Oficiais. Desde já sou mui grato pela atenção dispensada.
Considerações:
Isso seria o mesmo que tapar o sol com a peneira, pois cargos em Loja somente
serão exercidos por Mestres Maçons. Entretanto entendo perfeitamente que na
realidade das Lojas isso não acontece, geralmente pela falta de Mestres em número
suficiente para pelo menos ocupar alguns cargos.
Assim, como a boca se entorta de acordo com o hábito do cachimbo, pelo menos
que um Companheiro não ocupe, além dos Vigilantes, do Mestre de Cerimônias e
outros que exercem ofício no Oriente, o cargo de Cobridor também, ele deve usar a
joia distintiva correspondente ao cargo que ele precariamente estiver assumindo.
Como bem disse o Irmão, a faixa é alfaia do Mestre e esta em hipótese alguma
deve ser vestida pelo Companheiro. O avental então não merece nem mesmo
comentário. Assim, tolera-se no caso precário, o uso do colar com a joia distintiva e
nada mais.
61
Recentemente surgiu uma dúvida de como se pede a palavra em Loja. Observando
o Ritual e Apostilas de normas ritualísticas, eu não encontrei nenhuma informação.
Alguns falam para bater palmas e sinalizar com o braço estendido, outros falam que
é apenas para estender o braço, e outros falam que é para ficar em pé e a ordem.
Qual é a forma correta de se pedir a palavra em Loja? Outra dúvida, a palavra pode
voltar para as Colunas caso algum irmão assim o solicitar?
Considerações:
A forma mais comum de se pedir a palavra no Rito Escocês Antigo e Aceito é aquela
em que o obreiro bate com a mão direita no dorso da mão esquerda e estende o
braço direito para frente com a palma da mão virada para baixo chamando atenção
daquele que concede a palavra.
Ficar à Ordem nunca. Esse procedimento somente é adotado após ser concedida a
palavra àquele que dela solicitou.
CIRCULAÇÃO
CIRCULAÇÃO
Questão apresentada em 08 de novembro de 2.010 e recuperada em 07 de abril de
2.013. O Respeitável Irmão Paulo R. Carvalho, Mestre de Cerimônias da Loja
Caratinga Livre, 922, GOB, REAA, sem declinar o nome do Oriente (Cidade) e Estado
da Federação.
pcarvalho49@uol.com.br
62
Essa circulação nada tem a ver com a invenção de uma suposta “estrela de seis
pontas” que além de inexistente no Rito Escocês, ainda ficaria toda deformada
conforme a posição dos cargos citados.
A partir daí completa-se o giro até o Orador, ato seguido ao Secretário e por fim o
Cobridor. Completado esse percurso, seguem-se pelos demais que estiverem no
Oriente, se iniciando por aqueles que estiverem ocupando as cadeiras ao lado do
Venerável.
No embalo dessas “estórias” de que “antes era assim” é que chegamos aos
absurdos ritualísticos ainda comuns na nossa Maçonaria. Derrubar o edifício até não
parece muito difícil, o grande problema é dar fim aos entulhos.
63
para o Iniciando, também existem as comissões de recepção para executar a
abóbada de aço e a guarda de honra do Pavilhão Nacional, cujos protagonistas,
pelo uso da espada, devem ser Mestres Maçons. Assim, pelo considerado,
Aprendizes e Companheiros não podem participar desses procedimentos. Na
questão do bom senso e para não se ferir a concepção iniciática, nas oportunidades
em que possa existir número de Mestres reduzidos, seria de melhor geometria
reduzir o número de componentes nos procedimentos, nunca completa-las com
Aprendizes e Companheiros.
feradoradio@gmail.com
Enviei há algum tempo uma consulta para o e-mail do Irmão sobre se no Rito Escocês Antigo e
Aceito, Aprendizes podem portar espadas. Eu aprendi que não, mas numa Iniciação, o
Delegado Distrital, que presidia a Sessão, autorizou os Aprendizes a comporem a abóbada de
aço. Isto está correto?
CONSIDERAÇÕES:
No Rito Escocês Antigo e Aceito na sua tradição apenas aos Mestres e dado o direito de
empunhar espada ou no caso de alguns Oficiais (Cobridores e Expertos) portarem espadas.
Como existe a passagem ritualística na Iniciação, os Mestres em dado momento apontam
espadas para o Iniciando. Também existem as comissões de recepção para a abóbada de aço e
a guarda de honra do Pavilhão Nacional, cujos componentes destas são Mestres Maçons.
A questão às vezes é de bom senso – nem tanto ao santo e nem tanto ao diabo. A situação
sempre merece uma avaliação, daí de modo precário, para completar um procedimento, é
64
possível pedir auxílio de Aprendizes e Companheiros na inexistência de número suficiente de
Mestres para compor a abóbada – questão de bom senso.
T.F.A.
Fonte: JB News – Informativo nr. 1.052 - Florianópolis (SC) – domingo, 21 de julho de 2013
Enviei há algum tempo uma consulta para o e-mail do Irmão sobre se no Rito
Escocês Antigo e Aceito, Aprendizes podem portar espadas. Eu aprendi que não,
mas numa Iniciação, o Delegado Distrital, que presidia a Sessão, autorizou os
Aprendizes a comporem a abóbada de aço. Isto está correto?
CONSIDERAÇÕES:
No Rito Escocês Antigo e Aceito na sua tradição apenas aos Mestres e dado o direito
de empunhar espada ou no caso de alguns Oficiais (Cobridores e Expertos)
portarem espadas. Como existe a passagem ritualística na Iniciação, os Mestres em
dado momento apontam espadas para o Iniciando. Também existem as comissões
de recepção para a abóbada de aço e a guarda de honra do Pavilhão Nacional, cujos
componentes destas são Mestres Maçons.
A questão às vezes é de bom senso – nem tanto ao santo e nem tanto ao diabo. A
situação sempre merece uma avaliação, daí de modo precário, para completar um
procedimento, é possível pedir auxílio de Aprendizes e Companheiros na
inexistência de número suficiente de Mestres para compor a abóbada – questão de
bom senso.
T.F.A.
PEDRO JUK
Fonte: JB News – Informativo nr. 1.053 - Florianópolis (SC) – segunda-feira, 22 de
julho de 2013
65
DÚVIDAS RITUALÍSTICAS
DÚVIDAS RITUALÍSTICAS
wagner.j.costa@pfizer.com
CONSIDERAÇÕES:
Vou tentar dar uma resposta genérica, já que não me foi informado a Obediência. Nesse
sentido, às vezes os procedimentos se diferenciam de Obediência para Obediência, todavia
geralmente ocorre o seguinte:
1 – Não existe razão alguma para o Venerável se descobrir quando da apresentação de Peças
de Arquitetura. A atitude de se descobrir está no ato da leitura do Livro da Lei e durante os
juramentos. Fora isso, é mera invenção. É oportuno aqui salientar que em muitos rituais em
vigência no Brasil não está prevista a cobertura do Venerável. Todavia, no caso do Rito Escocês
Antigo e Aceito, tradicionalmente apenas o Venerável usa chapéu negro desabado nos graus
de Aprendiz e Companheiro enquanto que no de Mestre todos devem usá-lo. Existem ritos
que usam a cartola, enquanto que em outro, todos usam chapéu desabado, inclusive
Aprendizes e Companheiros.
2 – Como dito, algumas Obediências assim procedem. No Grande Oriente do Brasil, por
exemplo, esse costume não é observado mais.
T.F.A.
66
PEDRO JUK - jukirm@hotmail.com abril/2013.
Fonte: JB News – Informativo nr. 1.051 - Florianópolis (SC) – sábado, 20 de julho de 2013
QUESTÕES DE RITUALÍSTICA
QUESTÕES DE RITUALÍSTICA
Questão apresentada em 31 de agosto de 2.010 e recuperada em 06
de abril de 2.013. O Respeitável Irmão Joaquim (sem declinar o nome
completo) Mestre Instalado, sem declinar o nome da Loja, Obediência,
Rito e Oriente (cidade) apresenta a seguinte questão:
jsouz@santiagonet.com.br
CONSIDERAÇÕES:
67
aparelho fixo atrás do encosto da cadeira. Cobridor não fica com a
espada sobre as coxas e muito menos com a ponta cravada no piso
apoiada pelas mãos em sua guarnição. É sempre bom lembrar que
cargos em Loja são privativos de Mestres Maçons e, dentre as
indumentárias dos Mestres está a faixa com a joia.
QUESTÕES MAÇÔNICAS
QUESTÕES MAÇÔNICAS
Questão apresentada em 21 de outubro de 2.010 e recuperada em 06
de abril de 2.013. O Respeitável Irmão Anselmo Scacchetti Neto, GOB,
sem declinar o nome da Loja, Oriente (Cidade) e Estado da Federação
apresenta a seguinte questão:
asneto@cednet.com.br
CONSIDERAÇÕES:
68
QUESTÕES MAÇÔNICAS
QUESTÕES MAÇÔNICAS
jsouza@santiagonet.com.br
Volto novamente à presença do Irmão para, novamente, receber a "luz" sobre assuntos
delicados nos Grandes Orientes... 1 - O Grão-Mestre Estadual pode "passar por cima" da
Constituição do GOB ou do Regulamento Geral da Ordem? 2 - No oriente (cidade) onde já
funcionar Loja do GOB, consta no regulamento geral que só poderá ser aberta outra Loja com
o mínimo de 21 mestres assíduos, o Grão-Mestre Estadual pode suprir esse número? 3 -
Membros de uma Loja da mesma cidade (oriente) fundam uma Loja... Funcionando a Loja mais
antiga as 5ª e a nova Loja em outro dia... Os Irmãos dissidentes estão há mais de nove meses
sem frequentar a Loja mãe... Pergunto: a frequência na nova Loja justifica as faltas?
CONSIDERAÇÕES:
Sobre as duas primeiras questões o que tenho a dizer é que a ninguém é dado o direito de
descumprir Leis em vigência legalmente constituídas.
T.F.A.
Fonte: JB News – Informativo nr. 1.048- Florianópolis (SC) – quarta-feira, 17 de julho de 2013
69
VENERÁVEL E AS CONCLUSÕES DO ORADOR
luiscebrian@uol.com.br
Gostaria se possível, que o Eminente Irmão, me esclarecesse uma dúvida, a fim de podermos
discuti-la em Loja com o Venerável e demais Irmãos. Na Palavra a Bem da Ordem em Geral e
do Quadro em Particular, após o Venerável Mestre conceder a palavra ao Irmão Orador para
as suas conclusões como Guarda da Lei. Se o Orador faz a análise dos trabalhos realizados,
saúda os visitantes, faz algumas considerações que julga necessárias para promover o
cumprimento da Lei, e dá a sessão como Justa e Perfeita, e volta assim à palavra ao Venerável
Mestre para o encerramento ritualístico. Pode o Venerável Mestre ao invés de proceder ao
encerramento ritualístico, como esta previsto em nosso Ritual, supondo não estar presente o
Grão-Mestre ou Grão-Mestre Geral, se manifestar sobre as considerações feitas pelo Irmão
Orador, mesmo não estando previsto em nosso Ritual, ou deveria deixar para se manifestar na
próxima sessão prosseguindo com o encerramento ritualístico, como determinar no Ritual. Eu
considero estar claro em nosso Ritual, embora alguns irmãos discordem por não estar escrito,
que o Venerável Mestre não pode se manifestar, pois não esta prevista no Ritual, e conforme
esta escrito no item 1.2 – Interpretação Deste Ritual, “Nos trabalhos litúrgicos, em qualquer
Sessão, é proibida a inclusão de cerimônias, palavras, expressões atos, procedimentos ou
permissões que aqui não constem ou não estejam previstos, assim como é vedada a exclusão
de cerimônias, palavras, expressões, atos, procedimentos ou permissões que aqui constem ou
estejam previstos, sendo que a transgressão destas advertências configura ilícito maçônico
severo e como tal será tratado.”
CONSIDERAÇÕES:
70
ele – a observação é minha), será concedida ao Irmão Orador para as suas conclusões, como
Guarda da Lei”. Ainda no próprio explicativo logo abaixo está descrito: “(...) voltando assim à
palavra ao Venerável Mestre, para o encerramento ritualístico (o grifo é meu)”.
Como está claro, limpo e cristalino, o Venerável já teve oportunidade para usar da palavra –
avisos e comentários necessários. Dado a isso ele passa a palavra ao Orador que faz as suas
conclusões e imediatamente após, o Venerável faz o encerramento ritualístico.
Ora, além do Venerável não mais usar a palavra, pior ainda é querer comentar as conclusões
do Orador. Se o Orador já informou que a Sessão ocorreu dentro dos princípios e Leis estando
tudo Justo e Perfeito, que comentário teria ainda o Venerável para fazer?
Como está previsto no Ritual, o único que tem o direito de usar a palavra após as conclusões
do Guarda da Lei é o Grão-Mestre, em estando obviamente ele presente.
jukirm@hotmail.com abril/2013.
Fonte: JB News – Informativo nr. 1.047- Florianópolis (SC) – terça-feira, 16 de julho de 2013
CONSIDERAÇÕES:
72
TEMPO DE ESTUDOS E LOJA EM FAMÍLIA
TEMPO DE ESTUDOS E LOJA EM FAMÍLIA
O Respeitável Irmão Claudio Rodrigues, Grande Loja Maçônica de
Minas Gerais, Oriente de Belo Horizonte, Estado de Minas Gerais
solicita comentário sobre texto publicado denominado “Pílula
Maçônica” abordando o Tempo de Estudos e Loja em Família.
voclarodrix@yahoo.com.br
CONSIDERAÇÕES:
73
Regra e costume de um Rito devem ser implacavelmente cumpridos.
Mesmo no debate, se ele exige o giro da palavra, esta tem o objetivo
de disciplinar as ações em Loja. Ninguém ao solicitar a palavra
precisa necessariamente “cumprimentar” as Luzes e autoridades
presentes, até porque esse procedimento costumeiro não é
cumprimento, senão a menção clássica de alguns cargos ocupados.
74
Craft inglês (na Inglaterra não se reconhecem “ritos”, senão
“trabalhos”), pois o costume é completamente diferente sendo que lá
não existe o giro da palavra e as sessões somente são abertas por
finalidade.
75
JULHO/2013.
Fonte: B News – Informativo nr. 1.045- Florianópolis (SC) – domingo,
14 de julho de 2013
Venho por meio desta pedir-lhe que tire-me algumas duvida. Duvida
essa que no meu ponto de vista são extremamente complicadas isso
talvez porque nosso rito é deísta, está duvida e como relação a
Espada, quais são as posições e movimentos delas em relação aos
expertos, cobridor interno e cobridor externo. Quando eu tenho
duvida eu copio os teístas, por exemplo, não tinha uma bainha ou
lugar para colocar a espada então eu a aterrei não sei se fiz certo.
Peço a compreensão do Irmão, sei que esse tema e grande porem é
pouco abordado infelizmente essa liturgia com as espadas até
mesmo o ritual peca em não trazer os procedimentos com as
mesmas, assim gerando duvidas e procedimento de outros ritos.
CONSIDERAÇÕES:
77
formação de pálio com espadas para a abertura dos trabalhos,
também é verdadeiro nesse Rito que todos os Mestres portem
espadas – essa minha observação é de caráter elucidativo e
comparativo, todavia jamais crítica ao belo Rito Adonhiramita.
CONSIDERAÇÕES:
78
linhas gerais sugere a marcação, esquadrejamento e aprumada no
início da construção e ao final, a sua verificação. Assim os Diáconos
representam os mensageiros que levavam as ordens do Mestre da
Obra.
79
nosso Manual consta que na abertura do Livro da Lei deve ser lido
João 1, 1-5 (No princípio era o verbo...). Assim também afirma José
Castellani (infelizmente não anotei em qual obra eu li isso, porém
tenho certeza que ele afirma categoricamente, dizendo que qualquer
outra invenção é bobagem e que o Rito Escocês assim determina).
Porém, ao ler “Os Painéis da Loja de Aprendiz” de Rizzardo Da
Camino, o mesmo afirma na página 128 que é prematuro iniciar os
trabalhos para Aprendizes com palavras tão místicas e entende ser
mais coerente o Salmo 133, um louvor ao amor fraterno, mais
condizente com a Maçonaria. Devo confessar que meus esforços para
polir a pedra bruta nesse momento independem e não percebo como
podem ser afetados pelo texto A ou B ou C. Parece-me, fazendo uma
análise dentro das minhas capacidades que Castellani é conservador
e Camino um pouco mais liberal (mas não sempre, vide sua crítica na
mesma obra a postura desleixada de alguns ao fazer o sinal). Apenas
isso. Dentro das suas possibilidades de tempo e não atrapalhando
seu dia-a-dia, apreciaria muitíssimo sua opinião a respeito deste
assunto
CONSIDERAÇÕES:
80
achava mística e prematura o uso do procedimento correto. A
questão não é do místico nem do prematuro, porém a expressão da
Verdade.
81
Nesse sentido, devo salientar que a questão é complexa e merece
uma atenção acadêmica minuciosa, ponderada e qualificada.
T.F.A.
Pedro Juk - jukirm@hotmail.com - abril/2013
Fonte: JB News – Informativo nr. 1.042- Florianópolis (SC) – quinta-
feira, 11 de julho de 2013
82
sobre o esquerdo, dando as mãos normalmente àqueles que
estiverem imediatamente à sua direita e à sua esquerda. As mãos são
dadas como um aperto de mão, só desfazendo o círculo após o
encerramento da Cadeia.
83
direita fechada e retira-a aberta do recipiente. Todos os Irmãos
abordados pelo Oficial circulante permanecem sentados para
depositar a proposta, ou o óbolo, conforme o caso.
CONSIDERAÇÕES:
Irmão passar de uma para outra Coluna para fazer uso da Palavra é
procedimento totalmente equivocado, portanto, impossível. Reinando
silêncio no Sul, a palavra é passada para o Norte. Reinando silêncio
em ambas as Colunas a palavra vai ao Oriente.
84
palavra (nem de Coluna para coluna e nem de Coluna para o Oriente).
Cada qual a usa a partir do lugar que estiver ocupando em Loja.
LOCALIZAÇÃO DO PAINEL
LOCALIZAÇÃO DO PAINEL
O respeitável Irmão José Augusto Diefenthaeler, Mestre Instalado da
Loja Cidade de Viamão, 99, REAA.'., Grande Loja Maçônica do Rio
Grande do Sul, Oriente de Viamão, Estado do Rio Grande do Sul,
apresenta a questão que segue:
diefenthaeler@via-rs.net
CONSIDERAÇÕES:
85
americano – isso não existe no Rito Escocês.
PALAVRA SEMESTRAL
PALAVRA SEMESTRAL
O Respeitável Irmão Valquir Longarai, Membro da Loja Duque de
Caxias, 29, Grande Oriente de Santa Catarina (COMAB), sem declinar
nome do Oriente (Cidade), Estado de Santa Catarina, apresenta a
seguinte questão:
vlongarai@yahoo.com.br
86
palavra.
Não sei até que ponto isso seria possível, todavia se assim fosse,
certamente o objetivo da Palavra seria verdadeiramente atingido.
Sabemos perfeitamente que há entre nós Maçons a intervisitação -
GOB, CMSB e COMAB, porém cada uma das Obediências possuindo
veladamente a sua própria Palavra. Nesse caso, se a questão for à
regularidade do Irmão visitante e a palavra for distinta, o objetivo fica
totalmente prejudicado.
87
ENTRADA NO FINAL DA SESSAO
ENTRADA NO FINAL DA SESSÃO
Solicitação que faz o Respeitável Irmão Matheus Casado Martins
pedindo minha opinião sobre o assunto que segue:
mcmartins07@yahoo.com.br
CONSIDERAÇÕES:
Entendo que atrasado é aquele que chega logo após a abertura dos
trabalhos. Agora, no final dos trabalhos, no meu modesto
entendimento já não é atraso.
88
Ações que demandem entradas após o Início dos trabalhos são
previstas para os visitantes que não entrem em família, ou os
protocolares de autoridades que desse costume tenham direito.
Porém isso não pode ser considerado como atraso, se não daqueles
que aguardam o momento propício para ingressar na Loja.
89
Fonte: JB News – Informativo nr. 1.036- Florianópolis (SC) – sexta-
feira, 05 de julho de 2013
carlosrcalves@outlook.com
90
cleberbcunha@uol.com.br
CONSIDERAÇÕES:
Mano Cleber vou lhe repassar uma resposta que dei em junho do ano
de 2.010. Acredito que essa resposta suprirá um pouco os vossos
anseios. A consulta:
Espero que tudo esteja muito bem contigo e que a paz de nosso
Divino Mestre reine sempre em vosso coração. Sou assinante da
Revista Maçônica "A TROLHA", e estou necessitando do seu auxílio
quanto há uma divergência séria que encontrei na 2ª Instrução do
Grau de Companheiro Maçom, pág. 108, Ritual do GOB, que é a
seguinte: “Ven.'. - Que altura tinham as CCol.'. J.'. e B.'. colocadas à
entrada do Templo de Salomão? 1º Vig.'. - Trinta e cinco côvados,
com um capitel de cinco côvados, que faziam quarenta côvados de
altura”. Gostaria de saber em que se baseou o ritual para encontrar
essas medidas, haja vista os seguintes motivos: Existe divergência
tanto com o relato Bíblico quanto ao relato feito por Flavius Josephus,
que confirma o relato Bíblico: Em I Reis 7:15, as medidas dessas
colunas são as seguintes: “18 côvados de altura; a sua periferia
media-se com um fio de 12 côvados. Tinham quatro dedos de
espessura e eram ocas; os dois capitéis tinham cinco côvados de
altura”; Veja que até com relação aos capitéis a Bíblia relata que são
dois com cinco côvados de altura e o ritual diz que um capitel media
5 côvados. Flavius Josephus, em sua obra "A História dos Hebreus",
Ed. Madras. 2005 se omitem sobre os capitéis ou se refere a eles
como "cornijas em forma de lírios", mas deixa claro que tais colunas
tinham as mesmas medidas relatadas na Bíblia, senão vejamos:
“Esse homem (referindo-se a Hiran Abif) construiu duas colunas de
bronze, de quatro dedos de espessura, dezoito côvados de altura e
doze côvados de circunferência, sobre as quais se elevavam cornijas
em forma de lírios, de cinco côvados de altura. Havia, ao redor dessas
colunas, folhagens de ouro que cobriam os lírios, e pendiam, em duas
fileiras, duzentas romãs também fundidas. As colunas colocadas na
entrada do pórtico do templo foram chamadas de Jaquin, à direita, e
Boaz, à esquerda". Apenas para ilustrar, devo esclarecer que o
historiador Flavius Josephus é citado por vários especialistas em
matéria de Antigo e Novo Testamento, tais como Geza Vermes, John
Alegro (especialistas nos Manuscritos do Mar Morto), Bhart Herman e
tantos outros, que utilizam essa fonte como fiel à História do Povo
Hebreu. Seria possível explicar essa divergência? Qual o correto?
91
CONSIDERAÇÕES: Essa é uma questão que se arrasta por um longo
tempo, não só no que tange o emblemático sistema da Maçonaria,
assim como aos exegetas bíblicos.
92
Já a velha Loja de corpo puramente operativo – a Loja Swalwell – onde
se lê o seguinte: “o Rei Davi e seu filho, o Rei Salomão, na construção
do Templo de Jerusalém... não somente promoveram a fama das 7
Ciências Liberais, mas também formaram Lojas e deram e
outorgaram suas Comissões e Diplomas aos da ciência da Maçonaria
ou a ela pertencentes... a fim de fazerem Maçons dentro dos seus
domínios, quando e onde lhes aprouvesse”.
Esses colocavam formas lendárias de que foi o Rei Ninrod e não o Rei
Salomão que em seu tempo deu as “primeiras” instruções para que
pudessem os pedreiros se distinguir do resto da humanidade. As
Colunas B e J e as suas respectivas alturas conforme as narrativas
bíblicas.
93
das colunas: Um capitel tinha cinco côvados de altura, e o outro
capitel tinha também a altura de cinco côvados”.; Segundo Livro dos
Paralipômenos (ou das Crônicas), 3, 15 “E fez diante da porta do
Templo duas colunas que tinham trinta e cinco côvados de altura: e
os seus capitéis eram de cinco côvados”; Quarto Livro dos Reis
(Segundo dos Reis), 25, 17 “Cada coluna tinha dezoito côvados de
altura: e sobre si um capitel de bronze, de três (o grifo é meu)
côvados de alto”; Jeremias, 52,21-22 “E quanto às colunas, cada uma
delas tinha dezoito côvados de alto, e a cercava um cordão de doze
côvados. Ora a sua grossura era de quatro dedos, e era oca
pordentro. E os capitéis sobre uma e outra eram de bronze: a altura
de cada capitel de cinco côvados.
94
As Colunas, os Rituais e as Lojas - dentro desse desenvolvimento
histórico da Maçonaria, os primeiros catecismos e posteriormente os
rituais com seus esboços doutrinários adotaram conforme a Bíblia,
esta ou aquela medida (35 ou 18 côvados).
É fato de que essas Colunas são agora, como o foram durante muito
tempo, particularidades familiares nas Salas de muitas Lojas,
inclusive não possuindo o uso unânime, salvo aquelas Obediências
que adotam rituais específicos e que normatizam a sua metodologia.
95
origem francesa. Nos Trabalhos de Emulação, por exemplo, a porta
de entrada é lateral e pelo lado noroeste com as respectivas Colunas
Gêmeas (B e J).
96
reflexos inclusive bíblicos nos seus escritos. A Lenda de Hiran no Rito
Escocês, sob esse aspecto revive todo esse teatro da evolução da
Natureza com a sua morte e renovação, exemplo esse aplicado na
morte simbólica do iniciado para o seu renascimento e
aprimoramento.
97
Fonte: JB News – Informativo nr. 1.035- Florianópolis (SC) – quarta-
feira, 03 de julho de 2013
Todo Sinal Penal será feito pelo obreiro que estiver em pé e parado,
corpo ereto e os pés em esquadria (à Ordem). Não se anda com o
Sinal composto, exceto durante a Marcha do Grau.
98
se estando à Ordem.
cleberbcunha@uol.com.br
99
CONSIDERAÇÕES:
Embora eu tenha recuperado essa questão perdida em 2.010, recentemente respondi uma
questão parecida com essa e acabei recebendo alguns questionamentos pelo que acabei
revendo a minha posição.
Por tudo que foi dito e debatido, penso que de acordo com as tradições da Maçonaria, o que
primeiramente identificava o cargo era a joia distintiva. Nesse embrolho todo adquirido com
paramentos distintos, Mestres Instalados em ritos que não possuem o costume, mas que
foram impostos por Lei, aventais diferenciados para Vigilantes, etc., seria mais prudente
idealizar o seguinte: nas eventuais substituições precárias, a joia deve permanecer como
identificadora do cargo, já que para aquele lugar em Loja ela é a conhecida correspondente.
Bem sei que isso até é contraditório, porém em uma escala de valores, o fato é pelo menos de
menor contradição. O que eu não posso concordar é que o Primeiro Vigilante não seja o
substituto imediato do Venerável como alguns Irmãos assim defendem, achando que somente
um Mestre Instalado pode fazer isso.
Ora, Mestres Instalados originalmente não existem no Rito Escocês Antigo e Aceito. Essa
norma foi copiada do Craft inglês e americano e enxertada no GOB a partir de 1.968. Na França
(origem do rito em questão) instalação significa simplesmente posse, enquanto que um
Venerável que deixa o veneralato é simplesmente o ex-Venerável.
Aqui no Brasil alguns ainda defendem que o Mestre Instalado é uma espécie de Grau. Ledo
engando, ele é apenas um título distintivo.
Se eu estou correto, não sei, todavia penso ser a intenção mais adequada. Se a joia for
efetivamente privativa do eleito, ou do nomeado, na eventual falta do titular, dependendo do
caso, não existirá sessão.
100
T.F.A. Pedro Juk - jukirm@hotmail.com - abril/2013
Fonte: JB News – Informativo nr. 1.032 - Florianópolis (SC) – segunda-feira, 01 de julho de 2013
IDENTIFICAÇÃO DA ESTRELA
IDENTIFICAÇÃO DA ESTRELA
Questão apresentada em 06 de outubro de 2.010 e recuperada em
06 de abril de 2.013. O Respeitável Irmão Lourival Neves Figueiredo,
Loja Cidade Azul, 2.779, GOB, REAA, Oriente de Tubarão, Estado de
Santa Catarina, apresenta a questão que segue:
lourivalfigueiredo@hotmail.com
Das estrelas que aparecem no firmamento da Loja, dela não faz parte
a Estrela Flamejante. A que está colocada conforme o ritual e citada
pelo Irmão ali está posicionada por engano. À bem da verdade essa
tal estrela não existe. A Estrela Flamejante é um símbolo pitagórico
como Estrela Hominal e fica pendente do teto (abóbada) sobre o
Segundo Vigilante. Assim, a Estrela relacionada ao Segundo Grau não
faz parte do conjunto astronômico representado na abóbada. A
Estrela Flamejante, ou Famígera com a letra G no centro é tida como
uma luz intermediária e fica entre o Sol e a Lua representados no
firmamento (meridiano do Meio-Dia).
Houve tempos em que a Estrela Flamejante também viria aparecer no
alto e frente do dossel sobre o Altar ocupado pelo Venerável Mestre.
Esse costume acabou em desuso pelo fato de que alguns “achistas”
acabaram por coloca-la dentro do Delta Radiante, ou Luminoso, tudo
ao gosto do que “ficava mais bonito” e por estar entre o Sol e a Lua
no retábulo do Oriente, esquecendo-se estes de que o Sol e a Lua do
Retábulo (parede oriental) representam respectivamente apenas o
Orador e o Secretário no Rito Escocês Antigo e Aceito.
101
´.E.´.F.´..
AUMENTO DE SALÁRIO
AUMENTO DE SALÁRIO
Questão apresentada em 05 de outubro de 2.010 e recuperada em 06
de abril de 2.013. O Respeitável Irmão Thiers A. P. Ribeiro, Loja Deus
e Liberdade, 062, REAA, COMAB, Oriente de Montes Claros, Estado de
Minas Gerais, apresenta a questão que segue:
t.penalva@uol.com.br
No nosso "novo" regulamento geral diz que os aprendizes e
companheiros para solicitarem aumento de salário, têm que fazer um
requerimento dirigido à Loja, acompanhado de um trabalho escrito,
que deverá ser colocado na Bolsa de Propostas e Informações. O
conhecimento que tenho é que o Aprendiz solicita seu aumento de
salário ao Irmão 2º Vigilante e o Companheiro solicita ao Irmão 1º
Vigilante. Qual é o procedimento correto?
CONSIDERAÇÕES: (para a COMAB)
102
sempre têm lugar no topo do Norte e os Companheiros no topo do
Sul. T.F.A.
CONSIDERAÇÕES:
104
POSICIONAMENTO IRMÃOS E LUVAS PARA AS
CUNHADAS
POSICIONAMENTO IRMÃOS E LUVAS PARA AS CUNHADAS
Questão apresentada em 04 de outubro de 2.010 e recuperada em 06
de abril de 2.013. O Respeitável Irmão Antônio Raia, GOB, sem
declinar o nome da Loja, Oriente (cidade), Estado de Pernambuco,
apresenta a questão que segue:
antonio_raia@hotmail.com
105
Quanto à questão das Luvas. Sinceramente eu não sei onde está
escrita essa “aberração”. O texto do Ritual é claro (...) àquela que
mais direito tiver a vossa estima e o vosso afeto. Nada mais. A lição é
a de liberdade e não de libertinagem. Ao Aprendiz é dado o direito de
escolher para quem entregar o par. Isso não implica que o
recipiendário possa entrega-lo a uma amante, ou concubina, já que o
mesmo passou por um processo de avaliação e sindicância e seria de
uma inconsequência monstruosa a Loja que iniciasse alguém dado a
pratica da imoralidade.
106
privativa do Mestre Instalado então o Primeiro Vigilante, não o sendo,
NÃO poderá usá-la. Dessa forma, creio que deveria ser: “Assim, se ele
não for um Mestre Instalado, ele assume normalmente para dirigir os
trabalhos naquela Sessão, mas sem poder usar a joia distintiva, pois ela
é privativa daquele que foi instalado”. Estou correto? E depois tem: “Sendo
o caráter precário, não faz diferença alguma”. O que o Irmão quis dizer
com não faz diferença alguma? Seria que já que o caráter é precário,
então o Primeiro Vigilante (mesmo não sendo instalado) poderá usar
ou não a joia? Aproveito para fazer uma pergunta: Aqui em nossa
Loja, o Primeiro Vigilante não é Mestre Instalado e quando
eventualmente ele substitui o Venerável ele senta-se na cadeira ao
lado da cadeira do Venerável, que fica vazia. Se o Primeiro Vigilante
for Mestre Instalado, ele poderá sentar-se na cadeira do Venerável
durante a substituição? Por fim, agradeço muito a atenção e o
parabenizo pela sua competência e sabedoria.
CONSIDERAÇÕES:
107
fica vazia e a da direita a critério do Venerável esse pode convidar o
ex-Venerável mais recente a ocupar o lugar.
Assim o dirigente dos trabalhos ocupa a cadeira central (a Lei 114 foi
declarada inconstitucional conforme acordão publicado no Boletim de
20 de novembro de 2012).
POSIÇÃO DA BOLSA
POSIÇÃO DA BOLSA
Questão apresentada em 04 de outubro de 2.010 e recuperada em 06
de abril de 2.010. Questão apresentada pelo Respeitável Irmão Luis
Augusto Barbieri, GOB, sem declinar o nome da Loja, Rito, Oriente
(cidade) e Estado da Federação:
guto1961@gmail.com
CONSIDERAÇÕES:
108
que seriam destinados aos carentes da paróquia.
Finalizando o giro ele se desloca até o Cobridor Interno para que esse
o auxilie a depositar a sua própria proposta, ou o óbolo se for o caso e
em seguida posiciona-se entre as Colunas do Norte e do Sul no
extremo do Ocidente (próximo à porta) e aguarda.
REGULARIZAÇÃO OU FILIAÇÃO
REGULARIZAÇÃO OU FILIAÇÃO
Questão apresentada em 12/03/2011 e recuperada em 06.04.2013. O
respeitável Irmão Juvenal Alves de Moura, Loja João Braz, GOB,
Oriente de Trindade, Estado de Goiás, apresenta a seguinte questão:
jmoura57@gmail.com
109
Estamos com uma duvida em nossa Oficina. Já foi motivo de
discussão em mais de uma sessão e não sabemos como proceder,
pois o material disponível (Constituição, Regulamento, Rituais) não e
claro. É o seguinte: um Irmão do quadro solicitou seu Quite-Placet em
caráter irrevogável, o que foi atendido pela Loja, esse placet foi
expedido pelo GOB, publicado no Boletim Oficial, isso já faz quatro
meses, portanto é um ir regular, pois não completou ainda seis
meses. Fizemos uma comissão recentemente, fomos à casa do Irmão
solicitando seu retorno a Loja, que felizmente aceitou. A nossa duvida
e é como realizar o seu retorno. É filiação? Ou? Regularização. Seu
placet não esta vencido. Diante do exposto gostaria que o Irmão nos
desse uma luz o mais rápido possível.
CONSIDERAÇÕES:
CONSIDERAÇÕES:
111
oportuno, o Cobridor dará pelo lado de dentro da porta à mesma
bateria. Isso significa que o que estiver pedindo ingresso deverá
aguardar o momento propício para entrada.
BOAZ OU BOOZ
BOAZ OU BOOZ
Questão apresentada em 04 de novembro de 2.010 e recuperada em
07 de abril de 2.013. Duvida apresentada pelo Respeitável Irmão
Sangelo Rossano, Secretário Estadual de Orientação Ritualística do
GOB/AC, Oriente de Rio Branco, Estado do Acre.
sangeloros@hotmail.com
Mais uma vez trago indagações de nossos Amados Irmãos, essa
semana foi feita a leitura de um artigo com a palavra sagrada B.´. e
as contradições surgiram acerca da pronuncia BOAZ ou BOOZ, e
vários pontos de vista foram citados. De plano visualizamos que o
Rito Brasileiro adota BOOZ e como o chancelador de ambos foi o
Soberano chegamos ao entendimento de BOOZ, mas foram sugeridas
por Irmãos erros nas traduções do séculos, inclusive um chegou a
citar que não se fala BOOZ, mais não se repetem as vogais juntas
naquele idioma. Outro ponto seria que seguindo o entendimento
112
católico na tradução de São Jerônimo que adotou BOOZ. Pergunto ao
Amado Irmão. Qual maneira é adotada no GOB: BOOZ ou BOAZ?
CONSIDERAÇÕES:
T.F.A. PEDRO JUK
jukirm@hotmail.com ABRIL/2013
Fonte: JB News – Informativo nr.1023, Florianópolis (SC) – sábado, 22
de junho de 2013
CONSIDERAÇÕES: Para o Rito Escocês Antigo e Aceito.
É certo também que nem todo aquele que compõe o Sinal esteja
necessariamente fazendo uso da saudação – exemplo: um obreiro ao
fazer o uso da palavra, devidamente autorizado fica em pé e compõe
o Sinal (à Ordem) e se pronuncia. Ao término da fala, desfaz o Sinal
pela pena simbólica e toma assento novamente.
115
1 - Com relação à Constituição do Grande Oriente do Brasil e o
Regulamento Geral da Federação não existe dúvidas na interpretação
dos Artigos 123º e 76º. Porém, no Código Eleitoral Maçônico (Art. 7º),
faculta ao Irmão a possibilidade de justificar suas ausências através
de comprovantes de visitas a Lojas de outros Oriente (da mesma
Potência?) e computar uma sessão por semana (entende-se que o
Irmão poderá faltar a todas as sessões da sua Loja, pois todas as
Lojas realizam uma sessão por semana e proceder à comprovação da
sua regularidade através de visitas em outras Lojas?);
CONSIDERAÇÕES:
116
Fonte: JB News – Informativo nr.1021, Florianópolis (SC) – quinta-feira,
20 de junho de 2013.
118
não fazem sentido algum, já que Ordem do Dia é prevista para
assuntos que deles mereçam votação.
BOOZ OU BOAZ?
BOOZ OU BOAZ?
Questão que faz o Respeitável Irmão José Ferreira Rocha, Mestre Instalado da Loja Seg.´.
(Segredo?) e Paz, 3.587, REAA, GOB-PB, João Pessoa, Estado da Paraíba.
jofero1@ig.com.br
Estou precisando de uma ajuda sobre a Palavra Sagrada REAA - Aprendiz. Desde que iniciei
na Loja Segredo e Harmonia Petrolinense, 1.958 – GOB/PE - Oriente de Petrolina/PE, aprendi
que a Palavra Sagrada é BOOZ (REAA – APRENDIZ). Depois que me filiei a Loja Seg.´. e Paz
- Oriente de João Pessoa/PB – os Mestres dizem BOAZ. Já li que BOOZ deriva de BOAZ, só
que o GOB adotou BOOZ. Preciso tirar esta dúvida. Qual é a Palavra certa? Existe algum
documento do GOB orientando a respeito?
CONSIDERAÇÕES
119
provavelmente a principal versão grega por sua antiguidade e autoridade. Sua redação deu-se
a partir da Bíblia hebraica no período de 275 - 100 a. C., sendo usada pelos judeus de língua
grega ao invés do texto hebreu.
O nome "Setenta" se deve ao fato de que a tradição judaica atribui sua tradução a 70 sábios
judeus helenistas, enquanto que "Alexandrina" por ter sido feita em Alexandria. Em relação à
questão, particularmente nessa versão bíblica a palavra tem a grafia de BOAZ.
120
corruptela BOOZ no Grande Oriente do Brasil, senão o costume
consuetudinário do modo errado de escrever ou pronunciar a dita
palavra sagrada.
LIVRO DA LEI
LIVRO DA LEI
O Respeitável Irmão Pasolini, Secretário Estadual de Orientação Ritualística do GOB-ES,
Oriente de Vitória, Estado do Espírito Santo, apresenta a seguinte questão:
Irmão Pedro, boa noite. Hoje, dia 04/04/2013, recebi uma ligação de um Irmão me
questionando o seguinte: O Livro da Lei depois de aberto pelo Irmão Orador pode ser
manuseado? Um Aprendiz da sua Loja apresentou um trabalho, e continha uma referência a
uma passagem da Bíblia Sagrada. Dentro da Loja não existia uma reserva. O que fazer? Qual
o seu posicionamento? O Livro da Lei que abriu os trabalhos poderia ser consultado?
CONSIDERAÇÕES
121
c) para o retorno dos Trabalhos para o Grau de abertura; d) para o
encerramento dos Trabalhos. Outras situações não existem.
Para a boa geometria dos Trabalhos, uma Loja deveria ter outro
exemplar do Livro, para eventuais consultas como fora o caso citado.
Se a Loja não possuir outro volume, o Venerável deve marcar outra
ocasião para a discussão que envolva o exemplar, porém nunca
“desmanchar” a Loja.
TELHAMENTO OU TROLHAMENTO
TELHAMENTO OU TROLHAMENTO
O Respeitável Irmão Gutemberg L. N. Ribeiro, Loja Fraternidade
Universal, 70, Grande Loja do Paraná, REAA.´., Oriente de Curitiba,
Estado do Paraná, apresenta a seguinte questão:
gutalvar@ig.com.br
CONSIDERAÇÕES
122
A origem dos “trabalhos cobertos” vem dos canteiros medievais onde
os planos da obra, contratos de trabalho e o ensinamento da “arte”
eram sigilosos. Essa prática estendeu-se para a Maçonaria
Especulativa e por extensão a Moderna Maçonaria.
123
imemorial e universalmente aceito”.
124
Venho através deste e-mail, tentar sanar uma dúvida minha sobre o
Painel do Grau de Aprendiz. O Painel do Grau 1 me intrigou sobre uma questão em relação a
“lógica” da ritualística. Conforme a abertura ritualística dos trabalhos da Loja em sessão
ordinária, sabemos que o Irmão 2º Vigilante se senta ao sul para observar o SOL no seu
meridiano e chamar os obreiros para o trabalho e que o Irmão 1º Vigilante de senta no
ocidente, pois é lá onde o sol se oculta e a noite chega, tendo assim a missão de pagar os
Obreiros e despedi-los contentes e satisfeitos. O Painel do Ritual é assim: (NOTA DE PEDRO
JUK - o Irmão apresenta um Painel de Aprendiz cuja banda sul por inteira encontra-se com a
representação da noite estrelada – o Sol no lado do Orador e a Lua no do Secretário)
CONSIDERAÇÕES
Em primeira análise eu gostaria de salientar que o Painel da Loja de Aprendiz no Rito Escocês
Antigo e Aceito (rito de origem francesa) não possui fundo em dégradé como os dois
apresentados na questão. Aliás, tradicionalmente o fundo nem deveria apresentar cor.
O Painel adotado no GOB, página 84 do Ritual em vigência não expõe esse fundo apresentado
nos exemplos anexos inseridos na vossa questão, até porque tal fundo não representa a
abóbada celeste decorada comum no Rito em questão.
Embora até sugestiva a sua colocação, o Painel da Loja não represente essencialmente a
topografia da Sala da Loja (Templo). O lado mais claro sob o ponto de vista do Hemisfério
Norte no Painel está representado pela marcha do Sol com as três janelas – note que no Norte
125
elas não existem.
Quanto aos Vigilantes, a joia distintiva (nível) do Primeiro está no lado Norte, enquanto que a
do Segundo (prumo) está na banda Sul (Painel do GOG). Assim também estão as joias fixas –
Pedra Bruta no Norte e a Cúbica no Sul.
Quanto ao Sol e a Lua. No Painel correto o primeiro estará no lado nordeste em consonância
com o lugar do Orador (emana as Leis), enquanto que a segunda estará posicionada a sudeste
correspondendo ao Secretário (luz reflexa – anota as leis emanadas).
Nesse sentido o Sol e a Lua (luz ativa e luz passiva) expostos no Painel representam essas
duas Dignidades, nunca simbolizando o lado mais escuro ou mais claro do recinto.
Quanto à abóbada decorada que recobre a Sala da Loja, ela é no Rito Escocês a
representação do firmamento, onde o Sol é ali colocado para representar o Oriente (nascente)
e a Lua no Ocidente para simular o ocaso.
Nesse caso existe a analogia do Venerável com o Sol colocado no Oriente e do Primeiro
Vigilante com a Lua colocada no Ocidente. Painel da Loja e Abóbada Celeste são alegorias
distintas.
Sem qualquer intuito de propaganda, sugiro ao Irmão a aquisição do livro Exegese Simbólica
para o Aprendiz Maçom – Tomo I de minha autoria – www.atrolha.com.br – onde dedico
estudos sobre os Painéis da Loja.
126
Companheiros. Este momento (chegada do irmão retardatário)
registrou-se antes da Loja ser transformada para o Segundo Grau.
Esta pergunta veio de um dos irmãos Aprendizes.
CONSIDERAÇÕES
ENTRADA NO TEMPLO
ENTRADA NO TEMPLO
O Respeitável Irmão Pedro Barcellos, Loja Liberdade Criciumense, 55,
Grande Loja de Santa Catarina, sem declinar o nome do Rito, Oriente
de Criciúma, Estado de Santa Catarina, apresenta a questão
seguinte: pedrovbarcellos@hotmail.com
127
CONSIDERAÇÕES
Mano, eu não sei se entendi bem a questão que sob a minha óptica
me parece confusa, todavia segue o meu juízo.
Para que se evite uma situação dessa forma, melhor é fazer uma
verificação antes de se dar ingresso na Sala da Loja se algum Irmão
128
não acaba de ingressar no prédio.
O NÚMERO DE MESTRES
O NÚMERO DE MESTRES
O Respeitável Irmão Aécio Speck Neves, Loja Nereu de Oliveira Ramos, 2.744, REAA, GOB-SC,
Oriente de Florianópolis, Estado de Santa Catarina apresenta a questão seguinte:
aeciospeckneves@hotmail.com
Acabo de ler o JB News, informativo 997, no qual o prezado Irmão fala do número de Mestres
Maçons necessários para abrir a Loja. Como o assunto da pergunta não era esse (mas sim o
Tronco de Beneficência), o mesmo não foi aprofundado. Ficou uma dúvida. No meu fraco
entendimento: Afinal quantos Mestres Maçons são necessários para se abrir os trabalhos?
Encareço uma resposta até 24 de junho, data em que assume a nova Administração da minha
Loja, na qual serei Orador.
CONSIDERAÇÕES
129
Uma Loja Maçônica somente pode ser aberta com o número mínimo de sete Mestres. No
Grande Oriente do Brasil, inclusive, está disposto no Regulamento Geral da Federação. Essa
assertiva faz parte da tradição, uso e costume da Maçonaria – Três Governam, Cinco a compõe
e Sete a completam.
O que aconteceu por muito tempo é que certos escritores “inventaram” a máxima de que
desse número de componentes, três seriam Mestres, dois Companheiros e dois Aprendizes –
mera ilação desprovida de qualquer sustentação que por muito tempo povoou e ainda povoa
(infelizmente) as instruções maçônicas.
Na Moderna Maçonaria onde aparecem os Ritos, ou Trabalhos Maçônicos, esse número está
geralmente associado aos cargos em Loja, a despeito de que uma Loja será sempre governada
por três Luzes, bem como haverá sempre pelo menos a presença de um Cobridor.
Para o Rito Escocês Antigo e Aceito no seu simbolismo, uma Loja com número mínimo
(precário) é composta pelo Venerável, Primeiro e Segundo Vigilantes, Orador, Secretário,
Cobridor e Mestre de Cerimônias.
É dessa regra que a Maçonaria de vertente francesa estipula o número de cinco Dignidades
para uma Loja – Três Luzes mais o Orador e o Secretário.
No GOB existe um equívoco que considera “cargos eletivos” como “dignidades”. Dignidades
são verdadeiramente compostas por “cinco Mestres” e nunca “sete”. Agora “sete” é sim o
número mínimo para a abertura dos trabalhos da Loja.
jukirm@hotmail.com JUNHO/2013.
130
Fonte: JB News – Informativo nr.1012, Florianópolis (SC) – terça-feira, 11 de junho de 2013.
SAUDAÇÃO EM LOJA
SAUDAÇÃO EM LOJA
O Respeitável Irmão Wesley Robert, Oriente de Telêmaco Borba,
Estado do Paraná, sem declinar o nome da Loja e Obediência,
apresenta a seguinte questão:
wroberting@yahoo.com.br
CONSIDERAÇÕES
131
lugar. Nesse caso as Luzes voltarão a ficar à Ordem, pois a Loja está
aberta.
Assim a Luz da Loja abordada é que deverá se virar “de frente para”
o Diácono que a abordará corretamente pela sua direita.
É também salutar que não faz sinal aquele que estiver empunhando
(segurando) um objeto de trabalho.
132
Essas considerações não têm qualquer intuito de criticar, se insurgir
ou desrespeitar qualquer ritual em vigência nas três Obediências
brasileiras.
ESCRUTÍNIO SECRETO
ESCRUTÍNIO SECRETO
Questão apresentada pelo Respeitável Irmão Pedro Bolis Júnior, sem
declinar o nome da Loja e do Oriente.
pedrobolis@oi.com.br
CONSIDERAÇÕES
133
A abstenção no escrutínio apenas está prevista para Irmãos visitantes
que porventura estejam presentes na oportunidade. Esses inclusive
nem mesmo recebem as esferas, o que em caráter precário, sugere
uma abstenção.
CONSIDERAÇÕES
134
TESOURARIA - RGF E COBRANÇA
TESOURARIA - RGF E COBRANÇA
O Respeitável Irmão Domingos Alexandre Meneghetti, sem declinar o
nome da Loja, Oriente (Cidade), Estado da Federação, Obediência
provável GOB, apresenta questões que seguem.
meneghetty@hotmail.com
Estou lhe enviando este e-mail para sanar dúvidas referentes a dois
pontos, dente eles um está contido no RGF - Regulamento Geral da
Federação. O primeiro ponto versa sobre o art. 74, do RGF, ficou-me
obscuro saber se quando for enviada a notificação via correio esta
deve ser :
a) Realizada pela tesouraria? b) Deve ser anunciada em Loja que o
Irmão foi notificado sobre o débito? O segundo ponto é que preciso
saber se é admissível a um Irmão levantar-se no momento da Palavra
a Bem e da Ordem, e nesse momento cobrar dividas profanas e de
caráter empresarial de outro Irmão presente na ocasião?
CONSIDERAÇÕES:
Embora esse não seja o meu “campo de atuação” vou tentar dar as
minhas “pinceladas”.
Na questão que se refere os itens “a” e “b” penso que de bom senso
o Tesoureiro comunica a Loja na Palavra a Bem da Ordem e do
Quadro em Particular que estará remetendo notificação ao
inadimplente de acordo com o que preceitua o Artigo 74 do RGF, sem
mencionar nome. Cumprida a notificação, o Tesoureiro informa que o
ato fora consumado e aguarda o prazo determinado por Lei. De
acordo com o resultado, dar-se-á prosseguimento conforme os
parágrafos inerentes ao Artigo 74. O nome do inadimplente somente
aparecerá se houver negociação, ou se ele não tiver atendido a
primeira notificação emitida pela Tesouraria da Loja.
Assim, cada caso tem seu caso, porém não dá a nenhum Obreiro,
caso não esteja perfeitamente embasado na legalidade, de
simplesmente cobrar dívida pessoal em Loja.
Finalizando devo salientar que não sou advogado nem jurista. Assim
nessa questão estou apenas emitindo a minha opinião, o que está
longe de ser laudatória.
CONSIDERAÇÕES:
136
No Grande Oriente do Brasil, seguindo a verdadeira tradição do Rito
Escocês, o símbolo dos Diáconos (a pomba) está apenas apenso ao
colar como joia distintiva não existindo qualquer diferença entre
ambas. Observando a pureza do rito, os Diáconos também não
portam bastão.
É bem verdade que o Craft inglês e por extensão o americano faz uso
do cargo dos Diáconos, todavia com funções diferentes. Esses nessa
vertente portam “varas” e trabalham geralmente nas sessões de
Iniciação, Passagem e Elevação. No Craft não existe transmissão da
Palavra. Não quero com isso me arvorar contra rituais legalmente
aprovados que preconizem outros costumes, todavia na mão da
verdadeira tradição, busquei trazer esses poucos apontamentos.
137
O Respeitável Irmão Celso Mendes de Oliveira Júnior, membro da Loja
Pioneiros de Mauá, 2.000, REAA, GOB-RJ, Oriente de Magé, Estado do
Rio de Janeiro, apresenta as questões que seguem:
celso.mendes.junior@hotmail.com
Após o tempo de estudo fui incumbido pelo Venerável Mestre de
pesquisar e levar para a Loja um parecer. Peço que o irmão me ajude
nesta empreitada. Segue abaixo duvidas separada por tópicos.
1 - Nas Lojas de Aprendiz, Companheiro e Mestre a faixa (fita) com a
joia de Mestre é de uso obrigatório para todos os Mestres sem cargo?
2 - Os Mestres com cargo o uso da faixa (fita) juntamente com o colar
é opcional ou é para usar somente o colar do cargo sem a faixa
(fita)?
3 - Conforme o RGF Art. 116 parágrafo XI Compete ao Venerável
Mestre conceder a palavra aos Maçons ou retirá-la, segundo o Rito
adotado; Bom no meu ponto de vista quando no Ritual o Venerável
Mestre diz que a palavra será concedida nas colunas pelos irmãos
Vigilantes para quem dela queira usar, ou seja, neste momento ele
delega essa função aos mesmos e os Vigilantes podem se aproveitar
disto, para não dar a palavra a um Irmão ou retirá-la, isso está
correto?
4 - O Venerável Mestre pode conceder a palavra diretamente a um
irmão sem ter que concedê-las novamente nas Colunas?
5 - Todo Irmão que não esta ocupando cargo administrativo deve
falar em pé e a Ordem e permanecer assim até concluir?
6 - Apesar de o Venerável Mestre poder não se recomenda dar a
permissão de desfazer o Sinal Gutural?
7 - Mesmos os Irmãos Vigilantes sendo responsáveis por suas colunas
eles têm autoridades para isso?
CONSIDERAÇÕES:
138
arbitrário ou contra os princípios e Leis. O Orador está presente para
avaliar a situação, se for o caso.
139
e tão somente o Venerável – “Pergunta: Onde é o lugar do Venerável
Mestre?” “Resposta: No Oriente”. “Pergunta: Para que, meu Irmão?”
“Resposta: (...) para abrir a Loja, dirigi-la (o grifo é meu) e esclarecê-
la (...)”.
PEDRO JUK
jukirm@hotmail.com - 41 3415-1140 - (MARÇO/2013)
Fonte: JB News – Informativo nr.1003, Florianópolis (SC) – domingo,
02 de junho de 2013.
CONSIDERAÇÕES:
Não quero ser subjetivo, senão apelar para o bom senso. Nesse
140
sentido é que a Palavra Semestral é transmitida de maneira velada
através da Cadeia de União, após terem sido encerrados os trabalhos
da Loja.
PEDRO JUK
jukirm@hotmail.com 41 3415-1140 MARÇO/2013
Fonte: JB News – Informativo nr.1002, Florianópolis (SC) – sábado, 1º
de junho de 2013.
CADEIRAS NO SÓLIO
CADEIRAS NO SÓLIO
Consulta que faz o Respeitável Irmão Ricardo Augusto Smarczewki,
Loja Luz e Esperança, 3.486, REAA, GOB-PR, Oriente de Cascavel,
Estado do Paraná.
ras.cvl@terra.com.br
CONSIDERAÇÕES:
141
Não quero arrumar desculpas, mas essa inferência de ações que não
dizem respeito às verdadeiras tradições do Rito tem sido ultimamente
uma pedra de tropeço.
Sou sempre pelo que exara o ritual, esteja ele certo ou não em
relação à verdadeira ritualística. Infelizmente alguns procedimentos
acabam sendo inseridos no Rito para cumprir o disposto nos
regulamentos da Obediência. Já de algum tempo essa questão de
cadeiras ao lado do Venerável tem dado o que falar.
142
e tão somente na Loja a que pertence o ex-Venerável mais recente.
PEDRO JUK
jukirm@hotmail.com 41 3415-1140 MARÇO/2013
Fonte: JB News – Informativo nr.1001, Florianópolis (SC) – sexta-feira,
31 de maio de 2013.
APRENDIZ VISITANTE
APRENDIZ VISITANTE
O Respeitável Irmão Ilber Salgado, Venerável Mestre da Loja
Otaviano Bastos, 1.584, REAA, GOB-RJ, Oriente do Rio de Janeiro,
apresenta a seguinte questão:
ilbersalgado@yahoo.com.br
CONSIDERAÇÕES:
143
O que não é permitido é que Aprendizes, visitantes ou não, assistam
uma Sessão Magna de Elevação, posto que essa obrigatoriamente
esteja trabalhando no Grau de Companheiro. Nesse pormenor só
participa mesmo o Aprendiz que receberá aumento de salário.
PEDRO JUK
jukirm@hotmail.com 41 3415-1140 MARÇO/2013
Fonte: JB News – Informativo nr.1000, Florianópolis (SC) – quinta-feira,
30 de maio de 2013.
ESCRUTÍNIO SECRETO
ESCRUTÍNIO SECRETO
Questão que faz o Respeitável Irmão Pedro Bolis Junior, sem declinar
o nome da Loja e rito, GOB, Oriente de Pirassununga, Estado de São
Paulo.
pedrobolis@oi.com.br
CONSIDERAÇÕES:
144
oportunidade mencionada nos Artigos 13, 14 e15 do RGF.
T.F.A.
PEDRO JUK - jukirm@hotmail.com - (41) 3415-1140 - MAR/2013
Fonte: JB News – Informativo nr. 0999, Florianópolis (SC) – quarta-
feira, 29 de maio de 2013.
CINCO NÓS
CINCO NÓS
O Irmão Sergio Ricardo de Souza, Companheiro Maçom da Loja
Cavaleiros do Vale de Rio Negro, 106, sem declinar o nome do Rito e
Obediência, Oriente de Rio Negro, Estado do Paraná, apresenta a
questão que segue:
sergio@maxicarfiat.com.br
CONSIDERAÇÕES:
Agora, numero de nós que não sejam iguais a oitenta e um, somente
se alguns observadores encontraram algumas gravuras de painéis
antigos onde, pela falta de espaço para neles serem gravados um
número grande de nós, os artistas representaram a corda com um
número menor, porém sem relação com números alusivos a idade
simbólica dos respectivos graus do franco maçônico básico. Como em
Maçonaria o campo está aberto à fértil imaginação, provavelmente
alguém “achou” que seria plausível inserir nós nos painéis franceses
conforme a idade simbólica do Grau. Penso que isso não tardaria a
fazer parte de certas instruções, cujo resultado poderia ser a do
significado de uma pretensa corda de cinco nós.
CONFERÊNCIA DO TRONCO
CONFERÊNCIA DO TRONCO
Questão que faz o Respeitável Irmão Odair Tomaz, Tesoureiro da Loja
Estrela de Morretes, 3.159, REAA, GOB-PR, Oriente de Morretes,
Estado do Paraná.
146
Conversando com alguns Irmãos a respeito, alguns acham que é
porque o Tesoureiro é eleito. Outros também acham que por ele ter
sido eleito ele fala diretamente com o Venerável. Qual a sua opinião a
respeito?
CONSIDERAÇÕES:
CONSIDERAÇÕES:
148
Nunca é demais lembrar a contradição de que em respeito ao sigilo
(cobertura) dos trabalhos, somente poderiam ouvir o que se passara
na sessão a que se refere o Balaústre, apenas aqueles que dela
tomaram parte.
149
QUESTÕES SOBRE A ATA
QUESTÕES SOBRE A ATA
Questão que faz o Respeitável Irmão Marco Henry Cacciacarro, GOB,
sem declinar o nome da Loja, Oriente (cidade) e Estado da Federação:
mhcvideo@ig.com.br
CONSIDERAÇÕES:
150
DOS OPERATIVOS AOS ESPECULATIVOS: UM ELO
PERDIDO
Dos Operativos aos Especulativos: um elo perdido
151
Não colocando em causa, genericamente, este entendimento, sempre
mantive algumas perplexidades sobre a forma de evolução e, sobretudo,
sobre a forma como a realidade antiga veio a gerar precisamente a nova
realidade, tal como a conhecemos. Desde logo, esta hipótese da evolução
dos factos, sendo possível para uma Loja, torna-se muito mais improvável
para um conjunto de Lojas, geograficamente dispersas. Quais as
probabilidades de o lento processo de integração de Maçons Aceites
originar, mais ou menos ao mesmo tempo, o domínio por estes de todas as
Lojas Operativas geograficamente dispersas? E de lhes ser conferidas, a
todas, precisamente as mesmas caraterísticas evolutivas? Parece óbvio que
a resposta deve ser um número muito próximo do zero... Algo falta. Falta,
seguramente, um elo na cadeia factual, algo que veio a possibilitar e a
favorecer a mudança.
Até que, na segunda metade do século XVII, algo muda! O que declinava,
passou a florescer. Não só as Lojas Operativas, agora essencialmente
conviviais, não desapareceram, como surgiram outras novas e os seus
objetivos mudaram: de meras organizações profissionais, passaram a, com
a marca distintiva da união e da fraternidade, centros de debate, estudo e
auxílio mútuo no aperfeiçoamento (desde logo cultural e, genericamente,
152
em matéria de aquisição de conhecimentos e competências). Mais:
florescem nas zonas urbanas mais desenvolvidas. As quatro Lojas de
Londres que decidiram unir-se na Grande Loja de Londres em 24 de junho
de 1717 não eram as únicas de Londres e Westminster. Em 1722, aquando
da aprovação das Constituições de Anderson publicadas em 1723, a Grande
Loja de Londres agregava já vinte Lojas. Era manifestamente impossível que
quatro Lojas lograssem quintuplicar o seu número em escassos cinco anos.
Logo, o que sucedeu foi a junção de outras Lojas, já existentes, ao projeto
iniciado pelas quatro pioneiras. O que nos conduz à conclusão de que,
seguramente, mais de uma dezena de Lojas existiam só na zona de
Londres, no início do século XVIII.
Bibliografia
http://pt.wikipedia.org/wiki/Guerra_civil_inglesa
http://pt.wikipedia.org/wiki/Carlos_II_de_Inglaterra
http://pt.wikipedia.org/wiki/Revolu%C3%A7%C3%A3o_Gloriosa
153
SEXO, ESPIONAGEM E MAÇONARIA
154
O lema do clube era Fay ce que vouldras (faça o que quiser), uma frase do
escritor François Rabelais.
Vamos tocar num assunto, talvez pela primeira vez, no intuito duplo de
despertar os maçons sobre as questões de alta política e deixar um pouco a
nossa mania de tratar de assuntos supersticiosos e irrelevantes que povoam o
nosso imaginário maçônico.
Primórdios: Wharton
155
O Clube do Inferno (inglês: Hellfire Club, clube do fogo do inferno)foi um
clube privado freqüentado pela elite inglesa do século XVIII. Foi em sua época
mais ilustre presidido por Sir Francis Dashwood. Presume-se que suas
reuniões se constituíam de pródigas bebedeiras e orgias sexuais e, segundo
crenças populares com menos fundamento, cultos satânicos e rituais de magia
negra. Os encontros do Clube do Inferno eram realizados na Abadia de
Medmenham, à margem do rio Tâmisa.
O Clube do Fogo do Inferno foi fundado ali pelo ano de 1719, pelo controverso
Philip, Duque de Wharton (1698-1731), um aristocrata, um proeminente político
Whig e maçom emérito, pois foi o sexto Grão-Mestre da Grande Loja de
Londres na molecagem dos seus 22 anos. O Duque de Wharton oscilava nos
primórdios de sua vida, entre um ateísmo que ridiculariza a religião, passando
por uma fase deísta na maçonaria e morrendo aos 33 anos, convertido ao
catolicismo, num convento franciscano na Espanha. Na sua juventude, presidia
reuniões festivas com vestes satânicas numa taverna perto da Praça St. James
em Londres.
Outra distinta integrante do Clube era Lady Mary Wortley Montagu, mulher do
Embaixador Edward Wortley Montagu, de notável personalidade e inteligência
e, além do mais, amante de Wharton. Viajou longamente pela Europa
continental, quase sempre desacompanhada do marido, e corria a lenda que
teria se infiltrado no harém do Sultão em Constantinopla no intuito de descobrir
o segredo da vacina contra a varíola.
Como se sabe, a Cia. foi fundada em 1711 para comercializar com a América
Espanhola, principalmente no tráfico de escravos. Tudo estava baseado na
Guerra da Sucessão Espanhola, pois a Cia. esperava lucrar com a guerra civil
156
na Espanha, na esperança de conseguir um tratado que permitisse o tráfico de
escravos.
Além do mais, o Parlamento aprovou uma lei (South Sea Bill), uma duvidosa
peça legislativa que permitia à Cia. assumir todo o débito nacional para pagá-lo
com seus lucros.
Aqui convém esclarecer que a política britânica do século XVIII era dominada
pelo partido Whig e pelo partido Tory, cuja fundação tinha sido estabelecida no
século precedente, mas que, só se tornaram partidos, no sentido moderno do
termo, em 1784. As expressões Whig e Tory são palavras gaélicas cuja
tradução seria “ladrão de cavalos” e “foras da lei” que eram aplicadas pelos
partidários aos membros do campo oposto.
157
imoralidade alienaram o apoio dos Tories conservadores e dos Whigs liberais e
o poder de Wharton foi quebrado.
A segunda fase do Clube do Fogo do Inferno tem como seu expoente máximo
Sir Francis Dashwood que nasceu em 1708 e era proveniente de uma linhagem
de ricos mercadores ‘turcos’ – ou seja, comerciantes que desde o século XVII
mercadejavam com o Império Otomano – que se infiltraram na nobreza inglesa
por meio de casamentos, dinheiro e política.
158
Sir Francis Dashwood (1708–1781), notório “bon vivant” e fundador do
construtor de Hellfire Club, envergando o seu traje de jantar otomano.
Ao retornar à Inglaterra não permaneceu por muito tempo, pois, após fundar a
Sociedade, partiu com Lorde Forbes para São Petersburgo, onde dizem,
seduziu a Imperatriz Ana disfarçado de Rei Carlos XII da Suécia que estava
morto nesta época.
159
Mary Wortley Montagu – que se integrou ao Clube do Divã e, a tradição afirma
que acabou prestando votos na futura Abadia de Medmenham.
As coisas não estavam indo bem para a maçonaria na Itália, pois em 1738 o
papa Clemente XII promulgou uma bula – In Eminenti Apostolatus Specula –
proibindo os católicos, sob pena de excomunhão, de pertencer à maçonaria.
Convém salientar que, nos Estados Papais, pertencer a uma loja era passível
de pena de morte e nos Estados não-papais, dava-se, livre curso para que a
inquisição tomasse as providências necessárias contra as lojas.
Dashwood aprontou coisas mais graves que acabaram por estabelecer sua
infame reputação.
A tradição afirma, sem muitas provas, que este incidente levou a uma
conversão passageira de Dashwood que, após o incidente, bêbado, foi dormir
nos seus alojamentos. Teria sido acordado altas horas da noite por gritos
agudos inumanos e ficou estarrecido ao se deparar com quatro incandescentes
olhos verdes observando-o através da janela. Convencido de que tinha sido
visitado pelo demônio, arrependeu-se de seu comportamento sacrílego na
Sexta-feira Santa e converteu-se ao catolicismo.
Se esta história pode ser lenda, o apoio de Dashwood à causa jacobita não
pode ser colocado em dúvida. Teria entrado em contato com o príncipe Charles
Edward Stuart, pretendente do trono inglês que nessa época residia em Roma.
160
Esta lenda era fruto das histórias de Ramsay que dizia ser a ordem maçônica
descendentes dos Cavaleiros Templários e a Casa de Stuart, seu último
legítimo descendente.
Walpole, finalmente, nomeado primeiro-ministro pelo rei Jorge II, que sucedeu
seu pai em 1727, dominou o escândalo do South Sea com firmeza e suborno,
alçando-se a uma posição impar na política inglesa. O rei reinava, feliz, por
conseguir financiar os seus exércitos alemães com taxas inglesas, um dos
fatores que favoreceu a Guerra dos Sete Anos (1756-63).
A primeira sede do clube, no pub George and Vulture foi destruída em 1749,
durante um incêndio provavelmente causado pelos excessos da reunião
daquela noite. Para substituí-la, Sir Dashwood construiu um templo na sua
161
residência, o West Wycombe Park, inaugurando-a durante a noite de Walpurgis
de 1752. Entretanto a estrutura se mostrou incapaz de suportar grandes
reuniões, passando a abrigar apenas pequenas sessões.
A Abadia era originária do século XIII e tinha sido expandida no período Tudor.
Dashwood acrescentou uma torre em ruínas e um claustro para dar um charme
de atmosfera gótica, tão apreciado pelo satanistas, ao edifício. No frontão da
entrada, colocou o dístico famoso de François Rabelais: “Fay ce que voudras”
(Faça o que você quer). Esta frase foi cunhada por Rabelais quando descreve
a Abadia de Thélème no seu clássico Gargantua e Pantagruel. Curioso é que
duzentos anos depois, o ‘satânico’ Aleister Crowley e seu pessoal da OTO
iriam usar o mesmo dístico.
Quando Wilkes rompe com o Clube do Fogo do Inferno, difamou-o num artigo
com as seguintes palavras: “Nenhum olho profano jamais ousou penetrar nos
mistérios dos Elêusis ingleses na sala do Capítulo, onde os monges reunidos
em solenes ocasiões praticavam os mais secretos ritos e libações eram
oferecidas, com muita pompa, à BOA DEUSA (BONA DEA)”.
162
Alguns autores interpretavam esta menção de BOA DEUSA como significando
que eles praticavam ritos druídicos. Horácio, filho de Walpole, inimigo político
de Dashwood, ironizava-os da seguinte maneira: “Fosse qual fosse a sua
doutrina, o rito que praticavam era rigorosamente pagão: Baco e Vênus eram
as deidades a quem eles publicamente sacrificavam”. A única vista que os
profanos tinham da atividade da Abadia era a de ver os monges passeando de
bote sobre o Tâmisa.
O Clube não possuía uma agenda política única. Embora a maioria de seus
membros fosse Whig, o conde de Sandwich, que se tornou Primeiro Lorde do
Almirantado, tinha claras inclinações Tories e John Wilkes, como vimos, era um
populista inveterado.
O certo é que devido ao mote de Rabelais – faça o que você quer – eles
compartilhavam um ponto de vista comum na capacidade humana de se auto-
governar sem necessidade de um corpo de lei imposto de fora.
163
Prayer) – livro de orações da Igreja Anglicana – o que, convenhamos, é uma
atividade pouco comum para um satanista.
Alguns historiadores especulam que os dois pretendiam, com isso, tentar trazer
a Igreja Anglicana para o deísmo maçônico.
Conclusão
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A Bíblia em latim, a hagiografia, o retrato deformado de Henrique VIII, as
evasivas no Livro de Preces, não seria por isso, conclui finalmente Willens, que
Sir Francis Dashwood, o notório satanista, seria de fato um maçom jacobita e,
ainda por cima, católico?
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