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A LINGUAGEM POÉTICA NA PREVENÇÃO AO SUCÍDIO

Alisson de O. Santos
Ana A. B. Maux

INTRODUÇÃO: atualmente a psicologia é convocada a ser protagonista na lida com


o suicídio e seus desdobramentos. É emergente a necessidade de enfretamento, a partir da
aproximação da sociedade aos dados e informações sobre o assunto, de modo que se possa
romper com abafamento desse tema tabu. Para tanto, utilizar-se de uma linguagem menos
técnica possibilita o desenvolvimento de níveis de compreensão mais afetivos como estratégia
de sensibilização e prevenção ao suicídio. O presente relato de experiência tem por base a
experiência de ser facilitador de palestras de prevenção ao suicido no mês de setembro de
2019 e objetiva apresentar reflexões a partir das afetações geradas ao se utilizar da linguagem
poética nas intervenções. MÉTODO: utilizou-se como recursos metodológicos a observação
e os relatos da vivência do profissional, descritos em um diário de bordo. O diário, escrito em
forma de narrativa, torna-se ferramenta de análise e pesquisa, por possibilitar registro de tudo
que acontece no campo de prática como a oportunidade de registrar tudo que é vivido durante
os encontros pelo facilitador. As vivências registradas referem-se a duas palestras realizadas a
um público de cem pessoas ao total, colaboradores de uma rede de supermercados da cidade
do Natal, com faixa etária de vinte a cinquenta anos, aproximadamente. RESULTADOS E
DISCUSSÕES: pensar a partir do que se afeta é refazer o caminho de compreensão sobre o
assunto, destacando a linguagem como lugar de constituição pessoal e de compreensibilidade.
Estar palestrante com o interesse de provocar sensibilização e, por consequência, auxilio no
autocuidado, lançando mão de uma linguagem poética é convocar um demorar-se sobre o
tema de modo mais vivencial. O resgate da essência da linguagem através da experiência
dialogal entre facilitador e participantes possibilitou o acesso à vivências que permitiram aos
participantes ressignificar a compreensão de prevenir, a partir do mote do pensar. Um pensar
que não busca controlar o assunto informado, que não é célere e investigador, que acaba por
não se demorar sobre as questões propostas. Essa forma de pensar é característica do
momento pós-moderno, que prioriza um como fazer para cada situação vivida, colocando o
suicídio como objeto a ser evitado a partir de um modus operandi. Romper com essa realidade
sedimentada num movimento mecânico, técnico e repetitivo é fundamental para resgatar ao
homem sua condição originária de ser pensante. As intervenções promovidas nos encontros
não partiam de uma estrutura rígida, mas de uma abertura que permitia a construção afetuosa,
com base na relação desenvolvida entre facilitador e participantes. Possibilitar uma
aproximação com o conteúdo sem estabelecer como deve ser auxilia no encontro com o
pensamento que demora que descobre com paciência a sua forma de lidar com o assunto;
favorece uma reflexão que se direciona as coisas mais próximas da experiência (afetação)
vivida de cada um e nela se demorar. CONCLUSÃO: ampliar as possibilidades para pensar a
prevenção ao suicídio, lançando de uma linguagem poética, permite o resgate à experiência
pessoal de deixar-se afetar, como uma forma de construir sua forma de prevenir, de cuidar-se.

PALAVRAS-CHAVE: Poesia; Fenomenologia-existencial; Relação.

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