Sie sind auf Seite 1von 33

SISTEMAS DE

INFORMAÇÃO EM
QUALIDADE DA
ÁGUA

PNQA-O2/1

O monitoramento da qualidade da água no


contexto da gestão de recursos hídricos

• Sistemas de Informação
• Integração
Quantidade - Qualidade
• Sistemas de Outorga
• Enquadramento dos
corpos de água
• Acompanhamento e
Fiscalização

PNQA-O2/2

1
Por que o monitoramento é
necessário?
• Descrever estado atual e
tendências
• Descrever e hierarquizar
problemas existentes e
emergentes (modelagem)
• Programar e avaliar programas de
gestão e controle da qualidade da
água
• Responder a emergências
• Proteger nossas águas

PNQA-O2/3

Definir Objetivos do
Monitoramento
• Por que monitorar?
• Quem usará os dados?
• Para que os dados serão utilizados?
Educação
Conscientização
Avaliação OBJETIVOS
dos impactos
Controles
Legais
PNQA-O2/4

2
Monitoramento de QA

• Porque?
• Usos da água
• Padrões de referência - dinâmico
• Sustentabilidade ambiental
• Como?
• Programas de monitoramento - PNQA
• Redes de monitoramento
• Técnicas de monitoramento
• O que monitorar?
• Variáveis Quali-quantitativas - cargas
• Resposta sócio-econômica e ambiental
PNQA-O2/5

Definição dos Sistemas de Monitoramento


de Qualidade da Água

• META: obtenção de INFORMAÇÃO para


subsidiar a decisão
• fugir da sindrome “rico em dados, pobre em
informações”
• diferentes objetivos resultam em diferentes
ATENÇÃO!!!!
redes de monitoramento
Maior
– acompanhamento de longo quantidade de
prazo
– fiscalização dados NÃO significa
– acidentes mais informação
– estudos especiais

PNQA-O2/6

3
Monitoramento serve para:

• Analisar tendências
• Determinar processos de transporte de
poluentes
• Definir áreas críticas
• Avaliar a eficiência dos processos de controle
da poluição
• Fazer alocação de carga
• Calibração e validação de modelos
• Subsídios à pesquisa
• Definir problemas de qualidade da água

PNQA-O2/7

A gestão e o controle da poluição

Padrões Ambientais

Verificar se os padrões são atendidos

Identificar áreas críticas

Processo
de Planejamento
Calcular capacidade de suporte
Contínuo

Planejar
o controle
integrado

Controlar Controlar
Fontes Pontuais Fontes Difusas

PNQA-O2/8

4
Objetivos do Monitoramento
• O objetivos devem ser distintos
para atender a múltiplas escalas
– Escala Nacional: Condição das águas
– Escala Estadual: Programas de controle
da poluição
– Escala da bacia: Gestão e decisões
sobre proteção e uso e ocupação do
solo
– Escala da fonte: Controle do poluidor
PNQA-O2/9

Sistema de Informação em
Qualidade da Água
• Amostragem
• Estabelecer objetivos
• Definir a rede • Serviço de laboratório
• Consistência de dados
– onde (localização)
• Armazenamento de
– o que (variáveis)
dados
– quando (frequência)
• Atualizar protocolo

UTILIZAÇÃO DA INFORMAÇÃO

PNQA-O2/10

5
O QUE MEDIR?
• VARIÁVEIS A SEREM AMOSTRADAS
– depende dos objetivos
– função da ocupação da bacia: usos da água,
enquadramento, possíveis alterações futuras
– variáveis mais comuns
• medem poluição orgânica: OD, DBO, pH, coliformes
fecais, série nitrogenada, fósforo, turbidez
• medem fração tóxica: metais pesados, agrotóxicos,
micropoluentes orgânicos
– no sistema de gestão, fiscalizar as variáveis que
são outorgadas

PNQA-O2/11

Variáveis e Frequências

• Existência de limites legais para os


diferentes usos da água
• Existência de atividades específicas na
bacia no presente e no passado
• Características específicas do solo e do
subsolo da bacia
• Novos projetos

PNQA-O2/12

6
Barreiras a serem vencidas

• Seleção de variáveis de qualidade a


serem utilizadas como padrão;
• Infra‐estrutura laboratorial;
• Capacitação técnica;
• Efeito sinergético entre duas ou mais
substâncias ou compostos;
• Recursos financeiros para conduzir os
programas de monitoramento.
PNQA-O2/13

Dificuldades e Desafios
• O número de substâncias e compostos químicos
existentes torna inviável contemplar todas em um
programa de monitoramento;
• A escolha das variáveis depende de sua relevância
para o programa estabelecido:
– Probabilidade de presença na água;
– Concentrações;
– Potencial de causar efeitos adversos aos usos
pretendidos da água.
• Os processos de poluição podem ter influência
sobre a seleção de variáveis para monitoramento.
PNQA-O2/14

7
ONDE MEDIR?

• LOCALIZAÇÃO
– macrolocalização
• de acordo com os objetivos
– microlocalização
• compatível com a rede hidrométrica
• cuidado: comprimentos de mistura!
– otimizar: cumprir os objetivos

PNQA-O2/15

MACROLOCALIZAÇÃO

PNQA-O2/16

8
• União Européia: densidade média de 1 estação de
monitoramento de água para cada 1.000 km²;

• Por exemplo, a França (2004), com 551.100 km², possui uma


Rede Nacional de Bacias (RNB), contendo 1.700 pontos de
observação, o que corresponde a uma densidade de 3,08
pontos para cada 1.000 km²; esta rede de monitoramento tem
por objetivo o conhecimento geral da qualidade das águas
superficiais, considerando a escala de tempo
• Além desta, possuem outras redes de apoio:
Redes Complementares de Bacias (RCB): em parcerias
com os departamentos dos rios localmente importantes;
Redes de Uso: trata-se do monitoramento da qualidade de
água dos mananciais para a produção de água potável;
Redes Locais: são organizadas por iniciativas locais
Redes Dedicadas: são específicas para algumas variáveis,
PNQA-O2/17

• Nos Estados Unidos, a rede de


acompanhamento de longo prazo
possui 7.600 postos de monitoramento
de águas superficiais e 8.100 poços de
monitoramento de água subterrânea; o
banco de dados do EPA registra quase
150.000 pontos de monitoramento.

PNQA-O2/18

9
No Brasil

• São Paulo:
– CETESB: 163 pontos (1,34 pontos por 1000 km2)
+ 124 pontos de monitoramento regional + 33
pontos de balneabilidade + 13 automáticos + 23
de amostragem de sedimentos (2006)
• Brasil:
– ANA: 1276 pontos de operação própria + 1235
pontos de operação conjunta com outras
entidades
• Outros estados também possuem redes
próprias: Bahia, Minas, Rio, DF etc

PNQA-O2/19

CETESB
• A CETESB iniciou em 1974 a operação da Rede de
Monitoramento de Qualidade das Águas Interiores do Estado
de São Paulo.

• As informações obtidas por meio do monitoramento tem


possibilitado o conhecimento das condições reinantes nos
principais rios e reservatórios situados nas 22 Unidades de
Gerenciamento de Recursos Hídricos (UGRHIs), em que se
divide o Estado de São Paulo de acordo com a Lei Estadual n.º
9.034 de 27 de dezembro de 1994.
Classificação das UGRUIs
Agropecuária
Conservação
Em industrialização
Industrial PNQA-O2/20

10
PNQA-O2/21

Evolução 2000 - 2011

PNQA-O2/22

11
PNQA-O2/23

1970 PNQA-O2/24

12
1980 PNQA-O2/25

1990 PNQA-O2/26

13
2000 PNQA-O2/27

2004 PNQA-O2/28

14
2005 PNQA-O2/29

• MACROLOCALIZAÇÃO
– Posicionamento geral que dê a informação
que se deseja
– Critérios técnicos

PNQA-O2/30

15
Macro localização: Procedimento de
Sharp

1a. Ordem: saída

3
2a. Ordem: centróide
2
N0 +1
5 =4 =5
2 2
7 3a. Ordem: centróide seguinte
5+1
=3
2
........

PNQA-O2/31

Procedimento de Sharp Modificado


UTILIZA-SE O NÚMERO DE LANÇAMENTOS OU
O TOTAL DA CARGA LANÇADA

0 1a. Ordem: saída = N0 = 12


1
3 5
1
1
4 2a. Ordem: centróide
6
1
10
N0 +1
= 6.5
2 2
12
1
3a. Ordem: centróide seguinte
novo N0 = 6
5+1
= 3.5 ........
2
PNQA-O2/32

16
•MICROLOCALIZAÇÃO
- específico
- acesso
- comprimento de mistura

PNQA-O2/33

Microlocalização

PNQA-O2/34

17
Preocupações iniciais

PNQA-O2/35

Limitações em função do uso

PNQA-O2/36

18
Nossos limites legais
(CONAMA 357)

PNQA-O2/37

Nossos limites legais


MS 518

PNQA-O2/38

19
Riscos para a saúde

PNQA-O2/39

Aceitação para consumo

PNQA-O2/40

20
Padrões para uso industrial

PNQA-O2/41

Padrões específicos

PNQA-O2/42

21
Padrões específicos

PNQA-O2/43

Grupos de variáveis de qualidade

Gerais Orgânicas
Nutrientes Microbiológicas
Matéria Orgânica Biológicas
Inorgânicas Radioativas
Metais Substitutas

PNQA-O2/44

22
Variáveis
• Gerais Temperatura, Cor, Odor, Sólidos, OD, Dureza
• Nutrientes Série de Nitrogênio, Fósforo Total
• Matéria Orgânica DBO, DQO, Úmicos
• Inorgânicas Cálcio, Bário, Boro, Cianeto, Cloreto, Fluoreto, Lítio,
Magnésio, Potássio, Sulfatos, Sulfetos, Urânio
• Orgânicas Óleos e Graxas, Tensoativos, Aldrin + Dieldrin, Fenóis
• Metais Alumínio, Arsênio,Cádmio, Chumbo, Cobre, Cromo, Ferro,
Manganês, Mercúrio, Zinco
• Microbiológicas Coliformes Termo-tolerantes, Escherichia Colli
• Indicadores biológicos Cianobactérias
• Radiológicas Radiação alfa e beta
• Substitutas Turbidez, Condutividade, COT, Toxicidade, Clorofila a
PNQA-O2/45

Variáveis Gerais
Unidade de
Variável Significado Observações
medida
As partículas interferem na absorção e
Podem atribuir cor à água, compostos de
Depende do transmissão da luz. A cor de uma amostra
íons metálicos naturais, matéria
Cor método de pode ser dividida em cor aparente e cor
orgânica, corantes sintéticos e partículas
análise verdadeira (medida após a eliminação das
em suspensão.
partículas em suspensão).
Função das características geológicas e
Em programas de monitoramento a utilização
climáticas da região, relacionada
Dureza total mg/l CaCO3 desta variável é útil para demonstrar a
principalmente a sais de íons cálcio e
concentração de cátions bivalentes na água.
magnésio.
Função de despejos industriais e
domésticos que podem criar odores na Geralmente, o odor não é incluído em
água devido ao estímulo da atividade programas de monitoramento, porém a
Odor biológica. Solventes orgânicos, simples observação desta variável no
combustíveis e óleos entre outras momento da coleta, pode auxiliar na escolha
substâncias também podem resultar em das demais variáveis a serem monitoradas.
odor na água.
A variação do pH num corpo hídrico depende
de vários fatores naturais, como clima,
Variável importante que influencia geologia e vegetação. Mudanças que ocorrem
vários processos biológicos e químicos. ao longo do tempo no pH devem ser melhor
pH Variações bruscas de pH podem indicar analisadas. O valor do pH afeta de maneira
presença de efluentes industriais. Lagos significativa outras variáveis como o aumento
eutrofizados apresentam pH elevados. da solubilidade de metais, redução da
disponibilidade de nutrientes e processos
biológicos.

PNQA-O2/46

23
Variáveis Gerais
Unidade de
Variável Significado Observações
medida
ST (Sólidos totais) Refere-se a substâncias remanescentes
SST (Sólidos suspensos do processo de evaporação da amostra de A análise de sólidos possibilita uma visão
totais) água e sua secagem subseqüente. Através geral sobre a qualidade da água que esta sendo
mg/l do processo de filtração, estes sólidos analisada e pode revelar a ocorrência de
SDT (Sólidos podem ser divididos em dois grupos: processos específicos nos corpos da água e na
dissolvidos totais) Sólidos em suspensão totais e sólidos bacia de drenagem.
dissolvidos totais.
A temperatura afeta processos químicos,
físicos e biológicos os quais influenciam
outras variáveis de qualidade da água. A temperatura dos corpos hídricos varia com o
o
Temperatura C Estratificação vertical de temperatura clima sendo que em alguns, esta variação
observada em ambientes lênticos afeta pode ocorrer em períodos de 24 horas.
significativamente a qualidade do corpo
da água.
Oxigênio dissolvido A concentração de oxigênio dissolvido
nos corpos da água depende da A medida da concentração de OD em um
temperatura, salinidade, turbulência, programa de monitoramento de qualidade é
atividade fotossintética e pressão do extremamente importante, pois indica
oxigênio na atmosfera. É essencial para problemas de poluição. A sua medida deve
mg/l
OD todas as formas de vida aquática e tem estar sempre associada à temperatura e deve
papel fundamental no processo de ser comparada com a concentração de
autodepuração. A sua concentração na saturação que é função da salinidade do corpo
água é bastante variável tanto a nível da água.
espacial quanto temporal.

PNQA-O2/47

Nutrientes

Unidade
Variável de medida Significado Observações
Fósforo total Nutriente essencial para os organismos
Trata-se de nutriente limitante para o
vivos, podendo estar presente nos corpos
processo de eutrofização. Na pesquisa
hídricos na forma dissolvida e particulada.
mg/l sobre as fontes de contaminação por
P Elevadas concentrações indicam poluição
fósforo, é importante avaliar as atividades
que pode estar relacionada a despejos
desenvolvidas na região.
domésticos ou industriais
Série do Geralmente, o nitrogênio presente em
A presença de Nitrogênio nos corpos
Nitrogênio despejos domésticos está na forma
hídricos, nas suas mais variadas formas,
orgânica, sendo convertido à forma
inclusive orgânica, resulta de processos
N-NO3 amoniacal, nitrito e nitrato a medida que a
biogênicos naturais que ocorrem no solo ou
(Nitrato) matéria orgânica vai sendo degradada. Para
mg/L N na água, do lançamento de despejos
avaliação das principais fontes de
N-NO2 (Nitrito) industriais ou domésticos. Elevadas
nitrogênio em corpos da água é necessário
concentrações de compostos da série do
N-NH4 investigar as atividades desenvolvidas no
nitrogênio pode ser um indicativo de
(Amoniacal) local e associar com a forma predominante
poluição por matéria orgânica.
de nitrogênio encontrada

PNQA-O2/48

24
Matéria Orgânica
Unidade de
Variável Significado Observações
medida
A análise da DBO está sujeita a vários fatores
Demanda intervenientes. A respiração das algas presentes
Bioquímica de Pode ser definida como a quantidade necessária nos corpos hídricos utilizam oxigênio o qual
Oxigênio de oxigênio para que os microrganismos não será utilizado no processo de
aeróbios presentes na amostra, oxidem a matéria biodegradação. A presença de substâncias
orgânica. Dessa forma, pode ser entendido como tóxicas aos microrganismos responsáveis pela
mg/l O2
a medida aproximada da quantidade de matéria biodegradação podem reduzir o processo. O
orgânica biodegradável presente na amostra. Em tempo para análise desta variável pode dar
DBO águas naturais não poluídas a medida de DBO é origem a resultados distintos. Os resultados da
inferior a 2 mg/L. análise de DBO devem ser avaliados com
critério, utilizando-se outras variáveis na
conclusão.
A DQO é uma medida indireta da quantidade de
Demanda material orgânico e inorgânico, susceptível à
Química de oxidação química por um oxidante energético.
Oxigênio Não é uma variável específica, pois não
A análise da DQO é rápida e simples,
possibilita identificar as espécies que foram
mg/l O2 viabilizando a sua realização em praticamente
oxidadas e nem fazer a distinção entre materiais
todas as regiões do país.
orgânicos e inorgânicos. Valores elevados de
DQO DQO podem indicar problemas de
contaminação dos corpos hídricos por despejos
industriais.

PNQA-O2/49

Inorgânicos
Unidade de
Variável Significado Observações
medida
Bário O Bário pode estar presente nas águas naturais devido
aos processos de desgaste de rochas ígneas e
mg/L Ba
Ba sedimentares. É bastante utilizado em processos
industriais.
Boro Concentrações elevadas em corpos hídricos
Desgaste de rochas, lixiviação de solos e outros podem indicar a ocorrência de problemas de
mg/L B processos naturais são as causas da presença de Boro em poluição. A análise em conjunto com outras
B corpos hídricos. variáveis pode ajudar na identificação da
principal fonte de poluição.
Cálcio Esta sempre presente nos corpos hídricos, pois A elevação da temperatura e atividade
proveniente de rochas ricas em minerais de cálcio.É um fotossintética pode reduzir a concentração do
dos íons responsáveis pela dureza da água. As atividades cálcio na água por ocasião da sua precipitação
mg/L Ca
Ca industriais e processos de tratamento de água podem na forma de carbonato de cálcio. Os compostos
contribuir para o aumento da concentração de cálcio nos de cálcio são estáveis na água na presença de
corpos hídricos. dióxido de carbono.
Cianeto Os cianetos ocorrem em águas de forma iônica ou como
A estações quentes e ensolaradas favorecem o
ácido cianídrico fracamente dissociado e pode formar
processo de oxidação bioquímica do cianeto.
complexos com metais. A sua presença em corpos
mg/L CN Outro processo que contribui também para essa
CN hídricos é resultado de atividades industriais,
redução é a adsorção no material suspenso e
principalmente aquelas associadas ao tratamento de
nos sedimentos de fundo
superfícies metálicas por eletrodeposição.
Cloreto A presença de elevadas concentrações de cloretos nas
águas está frequentemente associada aos esgotos A relevância da medida de concentração de
domésticos, de maneira que o seu monitoramento pode cloretos na água esta no fato de ser um
mg/L Cl
Cl ser utilizado como um indicador de contaminação fecal elemento conservativo podendo ser relacionado
ou para avaliar a extensão do processo de dispersão de com processos de poluição por esgotos.
esgotos nos corpos hídricos.

PNQA-O2/50

25
Inorgânicos
Unidade de
Variável Significado Observações
medida
Fluoreto O fluoreto é originado do desgaste de minerais que o
Uma vez encontrado nos corpos hídricos, a menos que
contenham em sua composição, sendo que as emissões de
seja resultante de processos de poluição, não é provável
mg/L F efluentes líquidos e atmosféricos de certos processos
F que a sua concentração seja significamente alterada com
industriais também podem contribuir para a presença de
o tempo.
fluoretos em corpos hídricos.
Lítio Pode ser proveniente de rochas, porém os seus sais e
A disposição inadequada de baterias contendo lítio pode
mg/L Li derivados são utilizados em vários segmentos industriais.
Li contribuir para a presença de lítio nos corpos hídricos.
O lítio é facilmente absorvido pelas plantas.
Elemento comum nas águas naturais, resultante
principalmente do desgaste de rochas, o magnésio
juntamente com o cálcio contribui para a dureza da água,
Uma vez que é um elemento essencial para os organismos Dependendo das características do solo da bacia de
Magnésio mg/L Mg vivos, está presente em muitos compostos organometálicos drenagem, a concentração de magnésio nos corpos
e na matéria orgânica. A contribuição de magnésio hídricos pode variar numa faixa muito ampla.
proveniente de processos industriais é pouco significativa.
O magnésio não é uma variável importante nos processos
de poluição.
Potássio O potássio é encontrado em águas naturais em baixas
O monitoramento desta variável pode auxiliar na
concentrações devido a resistência das rochas que contém
mg/L K identificação de fontes responsáveis por problemas de
K este elemento ao intemperismo. Pode atingir os corpos
contaminação por nutrientes
hídricos pelo lançamento de efluentes industriais
Sódio Em função da sua elevada solubilidade, o sódio é
encontrado em todos os corpos hídricos. O aumento de sua
mg/L Na
Na concentração pode ser resultado de despejos industriais e
domésticos
Sulfato O sulfato está presente naturalmente na água devido a
muitos processos, sendo a forma mais estável do elemento
enxofre. Os processos industriais podem adicionar O sulfato associado aos íons cálcio e magnésio faz com
mg/L SO4
SO4 quantidades significantes de sulfato as águas naturais, que a dureza da água seja classificada como permanente.
principalmente aqueles relacionados a atividade de
mineração.
PNQA-O2/51

Inorgânicos
Unidade de
Variável Significado Observações
medida
Sulfeto A presença de sulfeto na forma H2S não dissociado
em águas superficiais é resultado do processo de
Em condições aeróbias o sulfeto é convertido
H2S mg/L H2S degradação anaeróbia da matéria orgânica. Elevadas
rapidamente para enxofre ou íon sulfato.
concentrações de sulfeto indicam poluição por
(não dissociado) despejos industriais ou domésticos.
Urânio O urânio é um elemento radioativo que está presente
em praticamente todas as rochas e solos, o que o
torna um elemento onipresente nos corpos hídricos.
mg/L U
U Processos de mineração, indústrias de fertilizantes a
base de fosfatos podem ser responsáveis para a
elevação de urânio nos corpos hídricos.

PNQA-O2/52

26
Metais
Unidade de
Variável Significado Observações
medida
A sua presença em corpos hídricos resulta do
Alumínio processo de desgaste dos minerais que contém
alumínio, lançamento de despejos industriais e
processos de mineração. O alumínio não é
mg/L Al significativamente acumulado pelas plantas e
animais. A solubilidade deste elemento é
Al
função do pH sendo que somente em águas
ácidas ou alcalinas, poderá ocorrer a
dissolução do alumínio.
A sua presença na água decorre do desgaste
natural de rochas que contenham este
elemento, da dissolução e deposição de
partículas emitidas nos processos de fundição
No meio aquático a espécie predominante
de minérios de cobre e chumbo e uso de
Arsênio mg/L Ar encontrada de arsênio é a inorgânica, forma
compostos que contenham arsênio. Este
menos tóxica que a orgânica.
elemento é atualmente utilizado em ligas
metálicas para fabricação de baterias,
semicondutores e diodos, além de pesticidas
orgânicos.
Cádmio A sua presença nos corpos hídricos é
decorrente do lançamento de efluentes
mg/L Cd
Cd industriais e também pela poluição difusa
causada por fertilizantes.

PNQA-O2/53

Metais
Unidade de
Variável Significado Observações
medida
Chumbo A presença de chumbo nos corpos hídricos é
principalmente devida às atividades humanas
(queima de combustíveis fósseis e processos de
mg/L Pb
incineração), processos de mineração, lançamento
Pb
de despejos industriais ou deposição de material
particulado na água.
O aumento da sua concentração na água pode ser
Cobre resultado de atividades de mineração,
processamento do metal, processos de combustão,
mg/L Cu despejos industriais e domésticos. A concentração
Cu do cobre na água é função do pH sendo absorvido
pela matéria orgânica, óxidos hidratados de ferro e
manganês e pela argila.
As atividades de tratamento de superfícies
metálicas, beneficiamento de couros e têxteis
contribuem para a presença de cromo nos corpos
Cromo mg/L Cr hídricos. No meio aquático, o cromo pode estar
presente na forma solúvel ou como sólidos em
suspensão, adsorvido em materiais argilosos,
orgânicos ou óxidos de ferro.
As atividades de processamento de minério de
ferro e as suas ligas, contribuem para a sua O ferro está presente na forma insolúvel em
presença nos corpos hídricos. Estações de ambientes lóticos (ferro trivalente). Em ambientes
Ferro mg/L Fe
tratamento que utilizam sais de ferro no tratamento lênticos, principalmente junto ao fundo, está
e descartam o lodo nos corpos hídricos podem ser presente na forma solúvel (ferro bivalente).
uma fonte contribuinte deste elemento na água.

PNQA-O2/54

27
Metais
Unidade de
Variável Significado Observações
medida
Manganês É utilizado na fabricação de ligas
metálicas e defensivos agrícolas, o que
mg/L Mn
Mn pode contribuir para a presença de
manganês nos corpos hídricos.
Mercúrio A presença de mercúrio nos corpos
hídricos é resultado da deposição
atmosférica e drenagem superficial, além
mg/L Hg
Hg do desgaste natural de rochas e
contribuição de despejos industriais e
domésticos.
A sua presença nos corpos hídricos pode
ser resultados de processos naturais ou
das atividades humanas. Despejos de
indústrias de tratamento de superfícies
Zn mg/L Zn
metálicas e de sistemas de resfriamento
que utilizam compostos de zinco
contribuem para o aumento da sua
concentração nos corpos hídricos.

PNQA-O2/55

Compostos Orgânicos
Unidade de
Variável Significado Observações
medida
A presença em corpos hídricos está associada à sua
utilização como defensivo agrícola e também no
Aldrin + Dieldrin µg/l controle de insetos, sendo resultante da deposição
atmosférica e drenagem superficial, devido a sua
persistência no meio ambiente.
Amplamente utilizada na fabricação de resinas
sintéticas, podendo ser utilizado como agente de O fenol é rapidamente degradado no ambiente
Fenóis mg/l desinfecção em vários produtos. Em corpos hídricos, é aquático, a menos que a sua concentração seja
resultado do lançamento de despejos industriais e elevada causando inibição da atividade biológica.
domésticos.
São de grande importância para o monitoramento da
qualidade dos corpos hídricos, pois causam diversos
danos, podendo interferir no processo de troca gasosa
Óleos e graxas mg/l entre a água e atmosfera e reduzir a concentração do
oxigênio dissolvido. A presença destes elementos em
corpos hídricos é resultado do lançamento de despejos
industriais.
Os surfactantes englobam as substâncias ativas
Tensoativos presentes nos detergentes e outros produtos utilizados A maior parte dos tensoativos utilizados é
nas atividades humanas. A sua presença nos corpos biodegradável, porém se não existem sistemas de
hídricos é resultado de despejos industriais e tratamento para promover a sua degradação, ele
mg/l LAS
domésticos. Os tensoativos afetam o processo de permanecerá ativo no meio e sua degradação
LAS aeração da água e altera a tensão superficial. A ocorrerá por processos naturais os quais ficam
formação de espumas propicia a concentração de prejudicados pela sua presença.
poluentes, inclusive organismos patogênicos.

PNQA-O2/56

28
Microbiológicos
Unidade
Variável Significado Observações
de medida
É utilizado como indicador do
Coliformes/ potencial de contaminação por
A presença de coliformes
organismos patogênicos. Os
termotolerantes não indica
coliformes termotolerantes
Coliformes necessariamente a presença de
representam uma grande variedade
termotoleran organismos patogênicos, porém
de organismos, os quais habitam o
tes 100 mL indica que o corpo hídrico foi
intestino dos animais de sangue
contaminado por material de
quente. A sua presença nos corpos
origem fecal.
hídricos indica a contaminação por
material de origem fecal.

PNQA-O2/57

Variáveis Substitutas
Unidade de
Variável Significado Observações
medida
A condutividade elétrica mede a capacidade que a água tem
de transmitir corrente elétrica e está diretamente relacionada A condutividade elétrica é uma medida
à concentração de espécies iônicas dissolvidas, muito simples e traz informações
principalmente inorgânicas. Esta medida pode ser importantes sobre a qualidade da água e
Condutividade µS/cm relacionada com a concentração de sólidos dissolvidos totais por isso a sua medida é bastante
elétrica o que facilita na avaliação do corpo hídrico, pois é uma recomendada num programa de
medida direta. Valores superiores a 1.000 µS/cm podem monitoramento de qualidade da água. A
condutividade elétrica varia com a
indicar problemas de poluição.
temperatura.
(mS/m)
Carbono orgânico O carbono orgânico presente na água é resultado dos
O carbono orgânico total representa o
total organismos vivos presentes na água e também do
material dissolvido e particulado. O
lançamento de despejos. Pode ser utilizado para indicar o
mg/L C carbono inorgânico interfere no resultado
grau de poluição de um corpo hídrico. Valores superiores a
COT da análise e deve ser eliminado antes das
10 mg/L podem indicar contaminação por despejos
medidas.
industriais ou domésticos.
Clorofila são pigmentos que estão presentes em muitos
A concentração da clorofila-a é
organismos fotossintetizantes e existem em 3 formas: a,b e c.
influenciada pela intensidade luminosa e
A mais abundante é a clorofila-a que representa 1% a 2% da
pela temperatura, além da presença de
Clorofila µg/L massa de algas planctônicas. A concentração de clorofila-a é
nutrientes. Em programas de
um indicador do estado trófico de corpos hídricos, pois o
monitoramento, esta variável é uma boa
crescimento de organismos planctônicos está diretamente
indicadora de processos de eutrofização.
relacionado à presença de nutrientes.

Ceriodaphnia dubia
Toxicidade
Microtox (ambientes anóxicos)

PNQA-O2/58

29
Ambientes Lênticos

• Perfil de OD
• Perfil de temperatura
• Transparência

PNQA-O2/59

Ponto de Monitoramento - BILL02030

PNQA-O2/60

30
Técnicas de Amostragem

• Tradicional (Manual)
Sistemático tradicional Automático

– Pontos fixos, discreto,Possibilidade


Freqüência pré-estabelecidarespostade não
programação de
medidas em pequenos intervalos
instantânea
Número limitado de parâmetros
Maior abrangência (parâmetros)
• Automático analisados

Defasagem em tempo entre a coleta e


– Freqüência ajustável, pode
o resultado de análise ser em
Resultado contínuo,
tempo real

resposta instantânea Maior possibilidade na detecção de


Menor possibilidade na detecção de
dados atípicos dados atípicos

PNQA-O2/61

Normas
• Associação Brasileira de Normas
Técnicas:
– NBR – 9897: Planejamento de
amostragens de efluentes líquidos e corpos
receptores.01/06/1987;
– NBR – 9898: Preservação e técnicas de
amostragem de efluentes líquidos e corpos
receptores. 30/06/1987.
• CETESB – SP
– Guia de coleta e preservação de amostras
e água. 1ª edição, CETESB, 1988. PNQA-O2/62

31
Normas
• International Standard Organization –
ISO:
– ISO – 5667‐1: Water quality ‐ Sampling, Part 1 –
Guidance on the design of sampling programmes
and sampling techniques. 2006;
– ISO – 5667‐3: Water quality ‐ Sampling, Part 3 –
Guide on preservation and handling of water
samples. 2003;
– ISO – 5667‐6: Water quality ‐ Sampling, Part 6 –
Guidance on sampling of rivers and streams.
2005.

PNQA-O2/63

PNQA-O2/64

32
Obrigado pela paciência

scarati@usp.br

PNQA-O2/65

33

Das könnte Ihnen auch gefallen