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3. … 5. (...)
4. … 6. (...)
5. … Artigo 42º
8. A selecção dos pedidos de atribuição de ponto de 4. Para evitar a auto-excitação dos geradores assín-
entrega referidos no número anterior, respeitando a cronos quando faltar a tensão na rede pública, devem
igualdade de tratamento e de oportunidades, deve ter ser instalados dispositivos que, nesse caso, desliguem
em conta os princípios gerais relativos ao cumprimento automaticamente os condensadores.
dos objectivos da política energética, nomeadamente a
Artigo 48º
eÞciência na produção de energia eléctrica, a salvaguar-
da do interesse público atribuído ao Sistema Eléctrico e (…)
dos respectivos padrões de segurança, a racionalidade
de gestão de capacidades e a transparência das decisões. 1. (...)
Neste sentido, deve atender aos seguintes critérios:
2. Exceptuam-se do número anterior as instalações re-
a) (…) feridas nos nºs 3 e 4 do artigo 11º, para as quais a Agência
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4. O encargo com a justa indemnização deve ser supor- 4. O exercício da actividade de produção de energia
tado pela entidade que tenha requerido a expropriação, eléctrica, no âmbito do disposto na alínea b), do n.º 3, do
sendo tal facto tido em consideração na Þxação do paga- artigo 2° deste diploma, é igualmente objecto de licença
mento periódico previsto no número anterior. operacional, na qual se deÞnem, caso a caso, as condições
de acesso, de remuneração da energia eléctrica entregue
Artigo 8º à rede pública e da respectiva vigência.
Utilização de bens de domínio público 5. As licenças referidas nos números anteriores devem
respeitar, delas fazendo parte integrante, as disposições
1. A administração central ou as autarquias locais po- deste diploma no que, em cada caso, forem aplicáveis.
dem consentir na utilização de bens do domínio público
para a produção de energia, sem necessidade de recorrer 6. As licenças operacionais referidas neste artigo têm
à concessão, titulando esse consentimento através de uma duração máxima de 30 (trinta) anos com excepção
licença. das referidas no n.º 3, que não podem ter uma duração
superior a 10 (dez) anos.
2. Pela utilização desses bens é devida uma renda,
Þxada no momento da outorga da licença de utilização. Artigo 12º
3. A licença de utilização deve conter o prazo admitido Conteúdo do título de licença operacional
para a utilização dos bens, cujo encurtamento pela enti-
dade pública confere direito a indemnização. 1. As licenças operacionais de produção de energia
eléctrica devem, nomeadamente, conter os seguintes
Artigo 9º elementos:
i) Valores limites de emissões de poluentes, se 3. A DGE pode solicitar ao requerente outros elementos
aplicável. que considere necessários para a instrução do pedido.
2. A DGE, para a vistoria referida no número anterior, c) Quando o seu titular não concluir as obras
pode fazer-se acompanhar de técnicos externos e especia- dentro da data Þxada para o efeito.
listas de reconhecida idoneidade e experiência.
2. A caducidade prevista nas alíneas b) e c) do número
3. Pela emissão desta licença, é devida uma taxa. anterior não ocorre quando o titular da licença tenha
requerido a prorrogação dos prazos, por razões devida-
Artigo 17º mente justiÞcadas e aceites pela entidade licenciadora
competente.
Recusa de licença
Artigo 21º
1. A recusa de uma licença pela DGE, deve ser fun-
damentada e aplica-se aquando do comprovado incum- Revogação
primento dos requisitos, procedimentos e obrigações ou
por vistoria que não aprove a instalação, depois de lhe As licenças, independentemente da via de atribuição
ter sido concedido prazo razoável para correcção das prevista no artigo 11º, podem ser revogadas pelo Director-
desconformidades. Geral da DGE, quando o respectivo titular faltar culposa-
mente ao cumprimento dos deveres relativos ao exercício
2. Da decisão de recusa de licença, nos termos do nú- da actividade, nomeadamente:
mero anterior, cabe recurso hierárquico para o membro
do Governo responsável pela área da energia. a) Não cumprir as determinações impostas
pela Þscalização técnica ao abrigo dos
Artigo 18º regulamentos em vigor;
3. Autorizada a transmissão da licença, o transmissário e) Não cumprir, por razões que lhe sejam
Þca sujeito aos mesmos deveres, obrigações e encargos do imputáveis, os serviços da licença operacional
transmitente, bem como aos demais que eventualmente que lhe for atribuída; e
lhe tenham sido impostos como condição de autorização
da transmissão. f) Abandonar as instalações afectas à produção de
energia eléctrica ou interromper a actividade
Artigo 19º licenciada, por razões não fundamentadas,
por período superior a 1 (um) ano.
Extinção
Artigo 22º
1. A licença extingue-se por caducidade ou revogação.
Participação de desastres e acidentes
2. Com a extinção da licença, o seu titular Þca obrigado
à remoção das instalações implantadas sobre bens do 1. Os titulares de licença de produção são obrigados
domínio público, nos termos da legislação aplicável. a participar à DGE e à ARE, bem como ao organismo
responsável pela inspecção das condições do trabalho,
3. A reversão das instalações implantadas sobre bens neste caso se aplicável, todos os desastres e acidentes
do domínio público processa-se nos termos da legislação ocorridos nas suas instalações, no prazo máximo de 3
aplicável. (três) dias a contar da data da ocorrência.
Artigo 20º 2. Sempre que dos desastres ou acidentes resultem
mortes, ferimentos graves ou prejuízos materiais im-
Caducidade
portantes, cumpre à DGE e ao organismo responsável
1. As licenças caducam no término do seu prazo ou nas pela inspecção das condições de trabalho, promover o
seguintes circunstâncias: exame do estado das instalações eléctricas e a análise
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das circunstâncias da ocorrência, elaborando um relatório tarifário próprio, designadamente as incluídas nos nºs
técnico. Para o efeito, estes organismos podem recorrer 3 e 4 do artigo 11º, essa auditoria trienal é obrigatória
a especialistas externos de reconhecida, idoneidade e devendo abranger todo o período temporal decorrido e
experiência. validar as informações prestadas e enviadas ao abrigo
do disposto no artigo 26°.
3. O inquérito promovido por quaisquer outras auto-
ridades competentes sobre desastres ou acidentes, deve 4. As auditorias referidas nos números anteriores
ser instruído com o relatório técnico referido no número devem ser realizadas por auditor independente reconhe-
anterior. cido pela DGE ou na ausência ou impedimento destes,
por entidade especializada e de reconhecida idoneidade,
4. O relatório técnico previsto neste artigo só pode ser cujas credenciais Þcam apensas ao relatório da auditoria.
disponibilizado às autoridades administrativas compe-
tentes para a realização do inquérito previsto no número 5. Para efeitos das auditorias, inspecções e Þscalizações
anterior ou às autoridades judiciais, quando solicitado referidas neste artigo, os detentores de licenças opera-
pelas mesmas. cionais Þcam obrigados:
Artigo 23º a) A permitir e facultar o livre acesso do pessoal
Responsabilidades
técnico às instalações e suas dependências,
bem como aos registos e livros de condução
As entidades titulares das licenças referidas nos artigos das instalações e equipamentos, bem como
12°, 15° e 16° são responsáveis, civil e criminalmente, aos aparelhos e registos de medição; e
nos termos legais, pelos danos causados no exercício da
actividade licenciada. b) A prestar ao pessoal técnico todas as
informações e auxílio necessário para o
Artigo 24º desempenho das suas funções.
Seguro 6. As auditorias referidas no n.º 3, são custeadas pelos
detentores da respectiva licença operacional
1. Para garantir as obrigações decorrentes do exercí-
cio da sua actividade, as entidades titulares de licenças Artigo 26º
devem estar cobertas por um seguro de responsabilidade
civil, de montante a Þxar pelo Director-Geral da DGE, Prestação de informação
em função da sua natureza, dimensão e grau de risco,
actualizável até 1 de Março de cada ano, de acordo com o 1. Os detentores de licenças operacionais de produção
índice de preços no consumidor, sem habitação, publicado de energia eléctrica são obrigados ao dever geral de
pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). prestar todas as informações relativas à exploração das
respectivas instalações, nomeadamente:
2. A DGE pode, fundamentadamente, Þxar na licença
de estabelecimento e nos termos referidos no n.º 2 do a) Os quantitativos de energia eléctrica produzida
artigo 15°, outros seguros e respectivo montante que, e de auto-consumo;
caso a caso, se revelem apropriados.
b) Os quantitativos de energia eléctrica entregue
3. O montante dos seguros referidos nos números à rede pública ou a terceiros, no que for
anteriores pode ser revisto em função de alterações que aplicável; e
ocorram na natureza, dimensão e grau de risco.
c) Os consumos de combustíveis adquiridos ou
Artigo 25º consumidos, calculados a partir do respectivo
poder caloríÞco inferior ou o respectivo
Auditorias, inspecções e Þscalizações
equivalente energético no caso de recursos
1. As instalações onde sejam exercidas as actividades renováveis ou resíduos.
licenciadas ao resguardo do presente diploma podem ser,
a todo o momento, objecto de inspecções e Þscalizações 2. As informações referidas no número anterior devem
pelas entidades competentes, nomeadamente a ARE e o ser enviadas à DGE, em documento especíÞco e também
organismo competente pela inspecção das condições de por via electrónica, com a periodicidade mínima trimes-
trabalho, nos termos previstos na lei e nas respectivas tral, se outra não for deÞnida pela entidade receptora.
atribuições;
3. Quando ocorram circunstâncias excepcionais ou
2. As instalações referidas no número anterior devem imprevistas, por motivos imputáveis ao detentor das
ser auditadas periodicamente, no mínimo em cada 3 (três) licenças operacionais ou da sua responsabilidade, que
anos, salvo se outra periodicidade for deÞnida pela DGE, conduzam à interrupção temporária, total ou parcialmen-
na respectiva licença, para aferir da conformidade com te, da respectiva actividade, devem os mesmos informar
os termos do licenciamento atribuído e o correspondente a DGE da ocorrência, bem como das razões que a deter-
relatório enviado à DGE. minaram e respectiva duração.
3. No caso das instalações que se beneÞciem, nos ter- 4. A retoma da exploração deve ser objecto de informa-
mos deste diploma, de garantia de acesso e de regime ção similar referida no número anterior
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5. O INE e a ARE podem ter acesso a estas informações pela DGE, devem ser respondidos pelo promotor no
através da DGE, exclusivamente para os Þns decorrentes prazo máximo de 15 (quinze) dias úteis, período duran-
das respectivas competências. te o qual se suspende a contagem do prazo referido no
número anterior, sem o que ocorre a caducidade do PI
Artigo 27º apresentado, não podendo o mesmo ser reapresentado
nos mesmos termos, em prazo inferior a 6 (seis) meses a
Regime excepcional
contar daquela data.
As instalações de produção de energia eléctrica ligadas à
rede pública concessionada ou em rede autónoma situadas 5. A informação a prestar pela DGE deve indicar o lo-
em localidades geograÞcamente isoladas, com potência até cal do ponto de entrega, a tensão nominal e o regime de
100 kVA, podem ser objecto de um processo de licencia- neutro, bem como data indicativa a partir da qual existe
mento simpliÞcado, a deÞnir por Portaria do membro do capacidade de recepção de energia eléctrica no ponto
Governo responsável pela área de energia, sem prejuízo de entrega pretendido e eventuais alternativas. Adicio-
da integral garantia das condições de acesso e regime re- nalmente, podem ser indicadas limitações à entrega de
muneratório inerentes ao respectivo enquadramento nas energia eléctrica para efeitos do disposto no artigo 38º.
licenças operacionais referidas no artigo 11º. 6. A informação referida no número anterior deve
CAPÍTULO IV ter em conta os pedidos de atribuição de recepção, cuja
avaliação se encontre já em curso, nos termos do artigo
Ligação à Rede Eléctrica seguinte, para os quais se considera haver uma reserva
de capacidade.
Artigo 28º
7. No caso de inviabilidade do PI formulado, a infor-
Pedido de informação mação a prestar ao promotor deve conter os fundamentos
que a determinaram.
1. Para efeitos de ligação à rede de transporte ou de
distribuição de energia eléctrica do Sistema Eléctrico, 8. Os pedidos não atendidos por falta de capacidade
os promotores dos centros electroprodutores referidos das redes são tidos em conta, sem que tal constitua di-
no artigo 2° devem solicitar, obrigatoriamente, junto da reito, precedência ou sequer reserva de capacidade para
DGE, um Pedido de Informação (PI) sobre a possibilidade os respectivos promotores, para efeitos da previsão de
de ligação às mesmas, da potência e ponto de entrega expansão do Sistema Eléctrico, nos termos do disposto no
pretendidos. artigo 83° do Decreto-Lei n.º 54/99, de 30 de Agosto, com
a redacção que lhe é dada pelo Decreto-Lei n.º 14/2006,
2. Os pedidos referidos no número anterior devem
de 20 de Fevereiro, nomeadamente quanto ao potencial
conter:
oferecido para a satisfação das necessidades de produção
a) A identiÞcação do requerente e ponto de de energia eléctrica, diversiÞcação de fontes energéticas
contacto; e e tecnologias e planos de investimento na rede pública,
sem prejuízo da respectiva optimização.
b) Memória descritiva sumária, incluindo:
9. A apresentação de PI pode ser suspensa, a título
i. A designação da instalação; excepcional e por períodos não superiores a 1 (um) ano,
por Despacho do Director Geral da DGE, por razões de
ii. A localização cartográÞca (escala 1:25.000) e ao salvaguarda da adequada gestão do Sistema Eléctrico.
nível de freguesia;
10. O disposto neste artigo e seguintes deste capítulo
iii. O tipo de produção e tecnologia; não se aplica à atribuição de pontos de recepção, quando
iv. Potência total instalada e potência máxima a a mesma for objecto de concurso, nos termos previstos
injectar na rede; neste diploma e no n.º 2 do artigo 26°, do Decreto-Lei n.º
54/99, de 30 de Agosto, com a redacção que lhe é dada
v. Número e potencial de cada um dos pelo Decreto-Lei n.º 14/2006, de 20 de Fevereiro.
equipamentos produtores, quando for o caso
Artigo 29º
(motores térmicos, etc.); e
Atribuição de ponto de entrega
vi. Eventuais alternativas ao ponto de entrega
pretendido e de limitações à entrega de 1. Os promotores, com base na resposta da DGE ao res-
energia para efeitos do artigo 38º. pectivo PI, nos termos do artigo anterior, podem solicitar
3. A DGE deve prestar aos promotores a resposta ao à DGE, a atribuição de ponto de entrega de energia nas
pedido formulado nos termos dos números anteriores, condições seguintes:
no prazo máximo de 60 (sessenta) dias após a recepção
a) Prestando caução, na forma de garantia
do pedido, mediante consulta prévia à concessionária da
bancária ou de seguro caução, no prazo de
rede pública.
20 (vinte) dias úteis a contar da data da
4. Os eventuais pedidos de esclarecimento e/ou de notiÞcação da resposta ao PI, nos termos do
complemento ao PI, quando considerados necessários disposto no artigo 35º; e
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iii. Memória descritiva simples do centro electropro- d) Os efeitos na Þabilidade e segurança da rede
dutor a instalar e esquema eléctrico geral da mesma. pública;
e) A harmonização dos locais de produção e
2. A DGE, no caso de deÞciente instrução do pedido
pontos de recepção com os investimentos na
referido no número anterior ou de necessidade de escla-
rede pública;
recimentos, pode solicitar ao promotor as informações em
causa, devendo este responder no prazo máximo de 20 f) A relevância dos efeitos induzidos no
(vinte) dias úteis após a respectiva notiÞcação. desenvolvimento nacional ou local, em caso
de investimentos transsectoriais;
3. No caso de um promotor pretender, fundamentada-
mente, tratar de forma integrada 2 (dois) ou mais pedidos g) A data do pedido.
de atribuição de pontos de recepção, pode a DGE, em ar-
9. A selecção dos pedidos respeita a ponderação con-
ticulação com a concessionária da rede pública, avaliar a
junta dos mesmos, mediante lista previamente elaborada
viabilidade dessa pretensão e acordarem com o promotor
pela DGE, caso ocorram as condições mencionadas no n.º
os apropriados termos da respectiva concretização.
7 e previamente comunicada aos promotores envolvidos.
4. A DGE tem 60 (sessenta) dias úteis, contados a partir Em caso de empate, a ordenação dos critérios referidos
da data da recepção do pedido referido na alínea b) do n.º nas alíneas no número anterior servem para desempate,
1 deste artigo, contando como suspensivo, o prazo referido face à respectiva apreciação em cada caso.
no n.º 2, para notiÞcar o promotor da sua decisão. Artigo 30º
5. Não havendo razões para recusa, a DGE atribui o Limitação de capacidade de recepção
ponto de entrega de energia eléctrica, actualizando se
for necessário, a data prevista para a disponibilização 1. Para efeitos do presente diploma, considera-se como
de capacidade de ligação no ponto de entrega, de acordo limitação de capacidade de recepção de energia eléctrica, a
com as disponibilidades existentes à data ou previsionais falta de capacidade dessas redes públicas em atender todos
de expansão da rede pública. os pedidos de atribuição de ponto de entrega sem restrições.
2. Neste sentido, deve a concessionária da rede pública,
6. A DGE pode atribuir o ponto de entrega na data
nos documentos de caracterização e de investimentos
pretendida pelo promotor, caso tal implique uma ante-
referidos no artigo 83° do Decreto-Lei nº 54/99, de 30
cipação do plano de investimento da concessionária da
Agosto, com a redacção que lhe é dada pelo Decreto-Lei nº
rede pública, se ambos, o promotor e a concessionária,
14/2006, de 20 de Fevereiro, identiÞcar adequadamente
acordarem a nova data e o montante do custo Þnanceiro
aos Þns deste diploma, as limitações de capacidade de re-
dessa antecipação, o qual é suportado pelo promotor.
cepção, existentes e previsionais, e a respectiva variação
Em caso de ausência de acordo sobre o montante atrás
em função de diferentes condições de exploração da rede.
referido, cabe à ARE arbitrar o valor.
3. Os pedidos de atribuição de pontos de recepção
7. Se a capacidade de recepção da rede pública não for podem incluir restrições ao funcionamento do centro
suÞciente para atender os pedidos de atribuição de pontos electroprodutor, em condições pré-deÞnidas, nos termos
de recepção, em caso de sobreposição de capacidades e do referido no n.º 5, do artigo 28º, ou outras que possam
de datas de ligação à rede pública, em particular tendo ser acordadas entre este e a concessionária da rede pú-
presente a natureza geográÞca insular do país, a DGE blica, com carácter transitório ou permanente, neste caso
procede à selecção desses pedidos, para efeitos de atri- devidamente aprovados pela DGE.
buição de pontos de recepção, nos termos dos números
seguintes. 4. As condições de restrição de entrega de energia
eléctrica à rede, quando transitórias, fazem parte in-
8. A selecção dos pedidos de atribuição de ponto de tegrante do contrato referido no n.º 6 do artigo 33º e se
entrega referidos no número anterior, respeitando a permanentes, são integradas na licença operacional da
igualdade de tratamento e de oportunidades, deve ter instalação ou centro electroprodutor.
em conta os princípios gerais relativos ao cumprimento
dos objectivos da política energética, nomeadamente a Artigo 31º
eÞciência na produção de energia eléctrica, a salvaguar- Recusa
da do interesse público atribuído ao Sistema Eléctrico e
dos respectivos padrões de segurança, a racionalidade 1. Os PI referidos no artigo 28º, podem ser recusados
de gestão de capacidades e a transparência das decisões. se não contiverem na sua apresentação, os elementos
Neste sentido, deve atender aos seguintes critérios: obrigatórios.
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2. Os pedidos de atribuição de ponto de entrega podem ção aplicável, todos os custos associados à concretização
ser recusados caso não cumpram os prazos e requisitos da ligação.
estipulados no artigo 29º.
3. Quando um ramal é originariamente de uso partilha-
3. Os pedidos de atribuição do ponto de entrega, podem do por mais de um produtor pertencente os encargos com
ainda ser recusados com base nos seguintes motivos: a construção dos troços de linha comuns, são repartidos
na proporção da potência a contratar.
a) Incompatibilidade do projecto com a política
nacional para a energia; 4. Sempre que um ramal passar a ser utilizado por um
novo produtor do Sistema Eléctrico dentro do período da
b) Incompatibilidade com outras políticas sua amortização, os produtores que tiverem suportado os
sectoriais ou projectos, com impacte ou encargos com a sua construção são ressarcidos na parte
dimensão transsectorial, devidamente ainda não amortizada, nos termos previstos no número
reconhecidas pelas entidades competentes, anterior.
nomeadamente, do desenvolvimento regional,
turismo, indústria, comércio, ambiente e 5. A concessionária da rede pública pode propor o so-
autarquias; e bredimensionamento do ramal de ligação, com o objectivo
de obter solução globalmente mais económica para o
c) Ausência de acordo sobre condição de restrições conjunto das utilizações possíveis do ramal, comparti-
na entrega de energia eléctrica à rede pública, cipando nos respectivos encargos de constituição, nos
nos termos do artigo 30º. termos estabelecidos nos números anteriores.
Artigo 32º 6. As condições técnicas e operacionais e de facturação,
regime de ensaio e de comissionamento inerentes à liga-
Intransmissibilidade
ção de um centro electroprodutor à rede pública devem
1. Os pontos de recepção atribuídos nos termos previs- constar de um contrato, cuja minuta-tipo é aprovada por
tos no presente diploma são intransmissíveis. Portaria do membro do governo responsável pela área
da energia.
2. Exceptua-se do estabelecido no número anterior a
transmissão dos pontos de recepção, mantendo-se a res- Artigo 34º
pectiva Þnalidade, para entidades que preencham uma
Caducidade
das seguintes condições:
1. Os PI referidos no artigo 28º caducam de imediato,
a) Sejam maioritariamente detidas, directa ou
caso os respectivos promotores não cumpram nos prazos
indirectamente, nos termos da lei relativa às
neles referidos, os pedidos de informação formulados
Sociedades Comerciais, pela entidade titular
pela DGE.
do ponto de entrega;
2. Os pedidos de atribuição de ponto de entrega, ca-
b) Sejam maioritariamente detentoras, directa ou
ducam de imediato caso os promotores não cumpram os
indirectamente, nos termos da lei relativa às
requisitos e prazos previstos no artigo 29º.
Sociedades Comerciais, da entidade titular do
ponto de entrega; e Artigo 35º
3. O disposto no presente artigo não impede a trans- 1. Para vincular os promotores ao cumprimento dos re-
missão do ponto de entrega integrado no conjunto das quisitos previstos neste diploma, quando estão em causa
instalações construídas após o respectivo licenciamento benefícios de índole económica ou prioridade na atribui-
administrativo nos termos deste diploma. ção de acesso a bens ou direitos públicos, é estabelecida
a obrigatoriedade de prestação de garantias a favor do
4. Sem prejuízo do estabelecido no número anterior, os Estado ou da concessionária da rede pública, na forma
pontos de recepção regressam ao regime de acesso sem- de garantia bancária ou de seguro caução, consoante os
pre que ocorra a dissolução das entidades referidas nas casos, cujo montante, beneÞciário e prazos de validade
alíneas a) e b) do n.º 2 que sejam detentoras do respectivo são deÞnidos por Portaria do membro do Governo res-
direito por qualquer dos casos previstos na lei relativa ponsável pela área de energia.
às Sociedades Comerciais.
2. A satisfação dos requisitos objecto da prestação das
Artigo 33º
garantias referidas no número anterior, determina a
Ligação à rede receptora
respectiva caducidade, suportada em prévia notiÞcação
da DGE, especíÞca para esse efeito.
1. A ligação do centro electroprodutor à rede do Siste-
Artigo 36º
ma Eléctrico é feita a expensas da entidade proprietária
dessa instalação quando para seu uso exclusivo. Regime de concurso
2. Para efeitos do presente diploma, entende-se que os 1. Nos termos dos artigos 25º e 26º do Decreto-Lei n.º
encargos de ligação incluem nos termos da regulamenta- 54/99, de 30 de Agosto, com a redacção que lhe foi dada
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3. Durante as horas de vazio não é permitido o forne- 2. Para limitar as quedas de tensão transitória ao
cimento de energia reactiva à rede, salvo se tal decorrer valore indicados no número anterior podem ser usados
de solicitação da concessionária da rede pública. equipamentos auxiliares adequados.
3. Os encargos com estas disposições são suportados 1. A ligação de geradores síncronos só pode ser feita
pelo produtor de energia na medida em que for a instala- quando a tensão, frequência e fase do gerador a ligar
ção de produção a causadora da distorção excessiva, nos estiverem compreendidas entre os limites indicados no
termos que venham a ser deÞnidos no contrato previsto mapa, em anexo ao presente diploma e que dele faz parte
no n.º 6 do artigo 33º. integrante.
4. Os produtores Þcam sujeitos às disposições em vigor 2. Os geradores síncronos de potência não superior a
sobre a qualidade de serviço na rede eléctrica. 500 (quinhentos) kVA podem ser ligados como assíncro-
2076 I SÉRIE — NO 49 «B. O.» DA REPÚBLICA DE CABO VERDE — 20 DE DEZEMBRO DE 2010
Artigo 48º
Artigo 44º
2. Os transformadores de medida podem ser comuns a) Os custos marginais de produção, que não
às medidas da energia fornecida e da energia recebida. podem ultrapassar o valor máximo deÞnido
anualmente pela ARE para o parque produtor
3. Os equipamentos e as regras técnicas usados nas em cada ilha; e
medições da energia fornecida pelos produtores são
análogos aos usados pela rede pública para a medição b) Os benefícios de natureza ambiental,
da energia fornecida a consumidores. resultantes da maior eÞciência da instalação
de produção versus o parque produtor
Artigo 46º existente em cada ilha.
da licença de estabelecimento, pode qualquer delas recor- e) A interrupção da exploração ou o abandono das
rer à ARE para arbitragem. A ARE deve formular a sua instalações sem autorização, quando exigível
decisão no prazo de 90 (noventa) dias após esse pedido. na Lei ou no respectivo título de exercício de
actividade;
Artigo 49º
f) A inobservância das decisões do despacho
Energia reactiva emitidas nos termos da Operação das Redes;
1. Os co-geradores devem, nos períodos fora de vazio, g) A inobservância das condições de exploração das
fazer acompanhar o fornecimento de energia activa à instalações de produção de energia eléctrica,
rede pública de uma quantidade de energia reactiva incluindo as respeitantes à segurança quando
correspondente, no mínimo, a 40% (quarenta por cento) não sancionadas por lei especíÞca;
da energia activa fornecida.
h) A falta de actualização do seguro de
2. Por iniciativa da concessionária da rede pública, pode responsabilidade civil;
ser acordada com o produtor a modiÞcação do regime de
fornecimento de energia reactiva à rede nos períodos i) O não envio às entidades administrativas
fora de vazio. competentes referidas no presente diploma,
da informação prevista no presente diploma
3. A energia reactiva em déÞce nas horas fora de vazio e nos demais regulamentos aplicáveis;
e a fornecida nas horas de vazio são pagas pelo co-gerador
aos preços Þxados no tarifário relativo ao nível de tensão j) A não participação às entidades administrativas
de interligação para, respectivamente, a energia reactiva competentes dos desastres ou acidentes
indutiva e a energia reactiva capacitiva. ocorridos na exploração das instalações
eléctricas;
Artigo 50º
k) Não permitir ou diÞcultar o acesso da
Independência de facturação Þscalização das entidades administrativas
competentes referidas no presente diploma,
A facturação pelo produtor da energia que fornece é
às instalações ou aos documentos respeitantes
feita independentemente de qualquer facturação feita
ao exercício da actividade, incluindo a falta
pela empresa de transporte e distribuição correspondente
de envio de documentos quando solicitados
à energia que eventualmente forneça ao produtor.
por estas entidades;
CAPÍTULO VII
l) A violação das regras aplicáveis ao acesso às
Contra-ordenações e sanções acessórias redes e às interligações, quer as de natureza
técnica quer as de natureza comercial; e
Artigo 51º
m) A inobservância das regras aplicáveis à
Contra-Ordenações qualidade de serviço, designadamente
os padrões de qualidade técnicos e
1. Sem prejuízo da responsabilidade criminal e das comerciais, incluindo a falta de pagamento
sanções aplicáveis no âmbito do regime jurídico da con- das compensações devidas contra as
corrência, constitui contra-ordenação, punível com coima, determinações das entidades administrativas
a prática pelas entidades titulares das licenças previstas competentes e a prestação da informação
no presente diploma, dos seguintes actos: prevista no Regulamento da Qualidade de
Serviço.
a) O exercício das actividades previstas no
presente diploma sem o respectivo título de 2. As contra-ordenações previstas no número anterior
licença; são puníveis com as seguintes coimas:
a) Em 90% (noventa por cento) para o Estado; e 2. Aos projectos para construir e explorar novas ins-
talações de produção que tenham sido apresentados até
b) Em 10% (dez por cento) para a entidade àquela data, é dado um prazo de 90 (noventa) dias para
instrutora do processo. a necessária adaptação a este diploma.
CAPÍTULO VIII 3. Quando as instalações de produção referidas no n.º
1 vierem a sofrer modiÞcações relevantes nas condições
Produção para distribuição em rede autónoma
técnicas que determinaram o respectivo licenciamento,
Artigo 54º designadamente por alteração da potência instalada ou
por modiÞcação das linhas licenciadas, aquelas insta-
Produção para rede autónoma em localidade lações passam a Þcar abrangidas pelas disposições do
geograÞcamente isolada presente diploma.
1. É reconhecido às entidades produtoras de energia Artigo 57º
eléctrica previstas no presente diploma o direito à sua
distribuição, em rede geograÞcamente isolada e para Taxas
consumo público, desde que:
1. Pelos actos previstos no presente diploma relacio-
a) Não exista nem esteja em vias de instalação nados com a prestação do Pedido de Informação, com a
uma rede de distribuição geograÞcamente análise dos pedidos de atribuição dos pontos de recepção
isolada que sirva ou possa vir a servir a zona e a emissão de licenças, há lugar ao pagamento de taxas.
ou os consumidores em causa;
2. Os montantes das taxas devidas são Þxados em
b) Tratando-se de rede geograÞcamente isolada proporção dos encargos que resultam dos actos a que se
já existente, exista um acordo com a entidade refere o número anterior e revistos de 2 (dois) em 2 (dois)
I SÉRIE — NO 49 «B. O.» DA REPÚBLICA DE CABO VERDE — 20 DE DEZEMBRO DE 2010 2079
anos, por Portaria conjunta dos membros do Governo Nos termos do artigo 3º do Decreto-Legislativo n.º
responsáveis pelas áreas das Þnanças e da energia. 10/2010, de 1 de Novembro; e
3. As taxas são cobradas pela DGE, revertendo os No uso da faculdade conferida pela alínea b) do artigo
respectivos montantes a seu favor. 205º e alínea a) do n.º 2 do artigo 264º, ambos da Cons-
tituição, o Governo decreta o seguinte:
Artigo 58º
Artigo 1º
Vigência
Aprovação
Este diploma entra em vigor no dia seguinte ao da sua
publicação. É aprovado o Regulamento dos Portos de Cabo Verde,
em anexo ao presente diploma e que deste faz parte
Visto e aprovado em Conselho de Ministros. integrante.
José Maria Pereira Neves - Júlio Lopes Correia - João Artigo 2º
Pinto Serra - Maria Madalena Brito Neves - João Pereira
da Silva . Revogação