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PORTUGUÊS 11.

O ANO – TESTE DE AVALIAÇÃO

ESCOLA________________________________________________ DATA ___/ ___/ 20__


NOME________________________________________________ N.O____ TURMA_____

GRUPO I

Apresente as suas respostas de forma bem estruturada.

PARTE A

Diante deles, o hipódromo elevava-se suavemente em colina, parecendo, depois da


poeirada quente da calçada e das cruas reverberações da cal, mais fresco, mais vasto, com a
sua relva já um pouco crestada pelo sol de junho, e uma ou outra papoula vermelhejando
aqui e além. Uma aragem larga e repousante chegava vagarosamente do rio.
5 No centro, como perdido no largo espaço verde, negrejava, no brilho do sol, um magote
apertado de gente, com algumas carruagens pelo meio, de onde sobressaíam tons claros de
sombrinhas, o faiscar de um vidro de lanterna, ou um casaco branco de cocheiro. Para além,
dos dois lados da tribuna real forrada de um baetão vermelho de mesa de repartição,
erguiam-se as duas tribunas públicas, com o feitio de traves mal pregadas, como palanques
10 de arraial. […]
No recinto em declive, entre a tribuna e a pista, havia só homens, a gente do Grémio, das
secretarias e da Casa Havanesa; a maior parte à vontade, com jaquetões claros, e de chapéu-
-coco; outros mais em estilo, de sobrecasaca e binóculo a tiracolo, pareciam embaraçados e
quase arrependidos do seu chique. Falava-se baixo, com passos lentos pela relva, entre leves
15 fumaraças de cigarro. Aqui e além um cavalheiro, parado, de mãos atrás das costas, pasmava
languidamente para as senhoras. Ao lado de Carlos dois brasileiros queixavam-se do preço
dos bilhetes, achando aquilo “uma sensaboria de rachar”. […]
– Vamos nós ver as mulheres – disse Carlos.
Seguiram devagar ao comprido da tribuna. Debruçadas no rebordo, numa fila muda,
20 olhando vagamente, como de uma janela em dia de procissão, estavam ali todas as senhoras
que veem no High Life dos jornais, as dos camarotes de S. Carlos, as das terças-feiras dos
Gouvarinhos. A maior parte tinha vestidos sérios de missa. Aqui e além um desses grandes
chapéus emplumados à Gainsborough, que então se começavam a usar, carregava de uma
sombra maior o tom trigueiro de uma carinha miúda. E na luz franca da tarde, no grande ar
25 da colina descoberta, as peles apareciam murchas, gastas, moles, com um baço de pó de arroz.
Carlos cumprimentou as duas irmãs do Taveira, magrinhas, loirinhas, ambas
corretamente vestidas de xadrezinho: depois a viscondessa de Alvim, nédia e branca, com o
corpete negro reluzente de vidrilhos, tendo ao lado a sua terna inseparável, a Joaninha Vilar,
cada vez mais cheia, com um quebranto cada vez mais doce nos olhos pestanudos. Adiante
30 eram as Pedrosos, as banqueiras, de cores claras, interessando-se pelas corridas, uma de

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programa na mão, a outra de pé e de binóculo estudando a pista. Ao lado, conversando com
Steinbroken, a condessa de Soutal, desarranjada, com um ar de ter lama nas saias. Numa
bancada isolada, em silêncio, Vilaça com duas damas de preto.
A condessa de Gouvarinho ainda não viera. E não estava também aquela que os olhos de
35 Carlos procuravam, inquietamente e sem esperança.
Eça de Queirós, Os Maias: episódios da vida romântica, cap. X, Livros do Brasil, 28ª ed.

1. Explicite a intencionalidade crítica evidenciada neste excerto.

2. Proceda ao levantamento das sensações que, neste excerto, contribuem para descrever o
real.

3. Explique em que medida este episódio se relaciona com a intriga principal da obra.

PARTE B

Leia a seguinte cantiga e consulte o vocabulário.

Moir'eu aqui d'adessoriam1


e dizem ca2 moiro d'amor;
e haveria gram sabor3
de comer, se tevesse pam4;
e, amigos, direi-vos al5:
5 moir'eu do que em Portugal
morreu Dom Ponço de Baiam6.

E quantos m'est7'a mi dit'ham,


que nom posso comer d'amor,
dê-lhis Deus [a]tam gram sabor
10 com'end8'eu hei; e v[e]erám
que há gram coita9 de comer
quem dinheiros nom pod'haver
de que o compr'e nom lho dam.

Disponível em https://cantigas.fcsh.unl.pt/

1 2 3 4 5
adessoriam: fraqueza. │ ca: que. │ haver sabor: ter vontade. │ pam: pão. │ al: outra coisa.
6
Ponço Afonso de Baião: Fidalgo português, tio do trovador D. Afonso Lopes de Baião que, pelo que se
7 8 9
depreende da cantiga, terá morrido de fraqueza. │ esto: isto. │ ende: disso, daí. │ coita: ânsia.

4. Clarifique o sentido da sátira presente nesta cantiga.

5. Identifique, comentando o seu valor semântico, o recurso expressivo presente em


“moir'eu do que em Portugal / morreu Dom Ponço de Baiam”.

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6. Complete as afirmações abaixo apresentadas, selecionando da tabela a opção adequada a


cada espaço. Registe apenas as letras e o número que correspondem à opção selecionada
em cada um dos casos.

Um dos objetivos da poesia satírica é criticar o amor cortês; por isso, o autor desta
cantiga satiriza a ______a)_____, servindo-se, para o efeito, ____b)_____, para
evidenciar a recusa em aceitar a forma como alguns trovadores expressam esse
sentimento.

a) b)
1. submissão da mulher 1. da ironia e da comparação
2. não correspondência amorosa 2. do paradoxo e da comparação
3. infidelidade 3. da metonímia e da comparação
4. morte por amor 4. da antítese e da sinestesia

PARTE C

7. A dimensão crítica está presente em várias obras com que contactou ao longo do ensino
secundário.
Escreva uma breve exposição que reflita a crítica à mediocridade da classe dirigente bem
como à prepotência dos mais poderosos em Os Maias e no “Sermão de Santo António”.

A sua exposição deve incluir:


‒ uma introdução ao tema;
‒ um desenvolvimento onde apresente um dos aspetos criticados em cada uma das
obras, fundamentando-os em, pelo menos, um exemplo significativo.
‒ uma conclusão adequada ao desenvolvimento do tema.

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GRUPO II
Responda às questões. Nas respostas aos itens de escolha múltipla, selecione a opção correta.

"Lisboa é Portugal"

É natural que a descentralização tenha inimigos. Mas o governo perderá credibilidade se


for um deles e voltar atrás na decisão tomada. O Eça daria uma volta na campa…

No capítulo sexto de Os Maias, Eça de Queirós coloca Ega a dizer: “– Lisboa é Portugal – gritou
o outro. – Fora de Lisboa não há nada. O país está todo entre a Arcada e S. Bento!...” (Arcada
5 refere-se ao Terreiro do Paço). Não sei se é por isso que se diz hoje que Portugal é Lisboa e o resto
é paisagem. Numa outra obra, A Ilustre Casa de Ramires, Eça, nascido na Póvoa do Varzim e que
estudou no Porto e em Coimbra, acrescentou: “Portugal é uma fazenda, uma bela fazenda
possuída por uma parceria. […] Nós os Portugueses pertencemos todos a duas classes: uns cinco a
seis milhões que trabalham na fazenda, ou vivem nela a olhar… e que pagam; e uns trinta sujeitos
10 em cima, em Lisboa, que formam a ‘parceria’ que recebem e que governam.”
Em primeiro lugar, um dos grandes problemas nacionais é o desequilíbrio da ocupação do
território, que não deve ser visto apenas como a gritante dicotomia entre o interior e o litoral
(Portugal, do ponto de vista demográfico, é um plano inclinado para o mar!), mas também como a
não menos gritante concentração de recursos financeiros públicos na Grande Lisboa, onde está
15 não só todo o governo como praticamente todos os organismos estatais (os recursos privados
seguem os públicos). O Índice de Desenvolvimento Regional do Instituto Regional de Estatística
mostra bem a posição destacada da Região Metropolitana de Lisboa face a todas as regiões do
país, incluindo o Porto. Depois, os trágicos incêndios ocorridos em Portugal deveriam fazer-nos
refletir sobre a necessidade de tornar o território nacional mais equilibrado. Mas receio que Lisboa
20 (isto é, a “parceria” que governa) não tenha interiorizado isso. Lembro um compromisso ainda não
cumprido pelo atual governo constitucional: a “prioridade política da descentralização tendo em
vista a coesão territorial e a diversificação dos polos de desenvolvimento” e a “maior equidade nas
oportunidades de valorização do país através da desconcentração de entidades e serviços”. Tem de
ser mais do que uma pia intenção.
Carlos Fiolhais, in Público, edição online de 6 de dezembro de 2017 (adaptado, consultado em 21-02-2020).

1. O autor faz referência a Eça de Queirós para


(A) enfatizar a importância das suas obras no panorama literário português.
(B) salientar a importância do escritor nas cidades do Norte do país.
(C) demonstrar que no tempo de Eça havia um maior equilíbrio financeiro em Portugal
(D) destacar os privilégios de Lisboa face ao restante território português.

2. Carlos Fiolhais defende que


(A) Portugal tem um grave problema de desequilíbrio demográfico.
(B) o governo português devia apostar mais no desenvolvimento do litoral.
(C) a descentralização aumentaria o desequilíbrio económico entre o interior e o litoral.
(D) o governo português tem concretizado a sua intenção de promover a coesão territorial

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3. Na expressão “Portugal é uma fazenda, uma bela fazenda possuída por uma parceria.” está
presente
(A) um eufemismo.
(B) uma personificação.
(C) uma antítese.
(D) uma metáfora.

4. A oração “que a descentralização tenha inimigos” (l. 1) é subordinada


(A) substantiva completiva.
(B) substantiva relativa.
(C) adverbial consecutiva.
(D) adjetiva relativa restritiva.

5. Na passagem de OPERA- para obra (l. 6) verificam-se os seguintes processos fonológicos:


(A) a palatalização e a síncope.
(B) a palatalização e a epêntese.
(C) a sonorização e a síncope.
(D) a sonorização e a epêntese.

6. Considere a seguinte frase do texto: “um dos grandes problemas nacionais é o desequilíbrio
da ocupação do território, que não deve ser visto apenas como a gritante dicotomia entre o
interior e o litoral”.
a) Indique a função sintática do pronome “que”.
b) Classifique o mecanismo de coesão a ele associado.

7. Refira a modalidade e o valor modal configurados no último período do texto (ll. 23-24).

GRUPO III

Hoje em dia, vivemos numa sociedade cada vez mais materialista e consumista. Mas será
que o dinheiro traz felicidade?

Num texto argumentativo bem estruturado, com um mínimo de 200 e um máximo de 350
palavras, apresente uma reflexão sobre esta questão.

Fundamente o seu ponto de vista recorrendo, no mínimo, a dois argumentos e ilustre cada
um deles com, pelo menos, um exemplo significativo.

COTAÇÕES
Grupo Item
Cotação (em pontos)
I 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7.
16 16 16 16 16 8 16 104
II 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7.
8 8 8 8 8 8 8 56
III Item único 40
TOTAL 200

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o
MATRIZ DO TESTE – 11. ANO e PROPOSTA DE COTAÇÃO
o
MATRIZ DO TESTE – 11. ANO

GRUPOS
Domínios
I II III
e
Conteúdos
LEITURA LEITURA EXPRESSÃO COTAÇÕES
e ESCRITA
COMPREENSÃO
GRAMÁTICA
Parte A Texto
Os Maias Orações subordinadas argumentativo
Eça de Queirós Processos fonológicos
Funções sintáticas
Mecanismos de coesão
Parte B
Modalidade e valor modal
Cantigas de escárnio
e maldizer

Tipologia Parte C
de itens Visão crítica presente em
Os Maias e no “Sermão
de Santo António”

Escolha múltipla 40 pontos


1 a 5 (5 itens x 8 pontos)

Resposta curta 6 e 7 (2 itens x 8 pontos) 16 pontos


Parte A
Resposta restrita 1a3
(3 itens x 16 pontos) 104 pontos

Parte B
4e5
(2 itens x 16 pontos)
6
(1 item – 8 pontos)

Parte C
7
(1 item – 16 pontos)

Resposta extensa ETD: 24 (8 x 3) 40 pontos


+
CL: 16
TOTAL 200 pontos

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PROPOSTA DE CORREÇÃO

GRUPO I

PARTE A

1. Neste excerto, sobressai a crítica à elite social lisboeta (a alta burguesia e a aristocracia) que, de uma forma
provinciana e desajustada, pretende imitar costumes e tradições que não são seus, no seguimento de um
sentimento de inferioridade sentido em Portugal no século XIX face a outros países europeus. Assim, de forma a
promover a tão almejada “civilização condigna”, importam-se de Inglaterra as corridas de cavalos, evento a que
o público português não está habituado. Por isso, os comportamentos e atitudes adotados não se adequam, as
tribunas públicas assemelham-se a palanques de arraial, as senhoras e os homens vestem-se de forma
inapropriada para o acontecimento em causa.

2. Como forma de melhor traduzir e descrever o real, transportando o leitor para o cenário e o ambiente em que o
autor coloca as suas personagens, é frequente, em Eça de Queirós, o recurso às sensações.
Neste excerto, ainda que predominem as referências visuais (“uma ou outra papoula vermelhejando aqui e
além”, ll. 3-4; “No centro, como perdido no largo espaço verde, negrejava, no brilho do sol, um magote
apertado de gente, com algumas carruagens pelo meio, de onde sobressaíam tons claros de sombrinhas, o
faiscar de um vidro de lanterna, ou um casaco branco de cocheiro”, ll. 5-7; “Carlos cumprimentou as duas irmãs
do Taveira, magrinhas, loirinhas, ambas corretamente vestidas de xadrezinho: depois a viscondessa de Alvim,
nédia e branca, com o corpete negro reluzente de vidrilhos”. ll. 26-28), vislumbram-se também exemplos das
sensações táteis (“parecendo, depois da poeirada quente da calçada e das cruas reverberações da cal, mais
fresco”, ll. 1-2; “Uma aragem larga e repousante chegava vagarosamente do rio”. l. 4), olfativa (“entre leves
fumaraças de cigarro”, ll. 14-15) e auditiva (“Falava-se baixo”, l. 14; “numa fila muda”, l. 19). Até a sensação
gustativa está presente, ainda que sob a forma de uma sinestesia (“com um quebranto cada vez mais doce nos
olhos pestanudos”, l. 29).

3. Tal como é evidente no final do excerto, a ida de Carlos às corridas de cavalos tinha uma segunda intenção:
encontrar Maria Eduarda, aquela mulher que tanto o deslumbrou à entrada do Hotel Central e por quem o
interesse foi crescendo cada vez mais. Desta forma se explica a relação intrínseca que se opera entre este
episódio da crónica de costumes e a intriga principal. Essa relação é ainda evidente pelo facto de se mencionar
“a condessa de Gouvarinho ainda não viera” com quem, ainda que de forma cada vez mais desinteressada,
Carlos mantinha uma relação.

PARTE B

4. Nesta cantiga, satiriza-se a morte por amor, tema recorrente nas cantigas de amor. Efetivamente, o trovador
esclarece que, ao contrário do que muitos pensam, ele não está a morrer de amores, mas sim de fraqueza, por
escassez de pão.

5. Trata-se da comparação que serve aqui de forma jocosa para salientar que o trovador morrerá de
fome/fraqueza tal como terá acontecido ao Fidalgo D. Ponço Afonso de Baião. Esta é, assim, uma forma de
satirizar também a decadência e as carências económicas vivenciadas pela aristocracia naquela altura.

6. a) – 4; b) – 1

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PARTE C
7.
Várias são as obras da literatura portuguesa que incidem sobre o desequilíbrio social, nomeadamente no que
diz respeito à prepotência e à tirania dos mais poderosos face aos mais fracos bem como à displicência e à
mediocridade da classe dirigente portuguesa. Assim fez, por exemplo, Padre António Vieira no “Sermão de Santo
António” e Eça de Queirós em Os Maias.
No caso da obra de Vieira, é notório que, ainda que de forma alegórica, a intenção do autor é denunciar as
atrocidades cometidas pelos colonos sobre os índios do Maranhão. A isto faz referência de forma mais explícita
quando, criticando os peixes no geral, afirma que se comem uns aos outros, sobretudo os grandes aos pequenos, ou
quando, dirigindo-se aos peixes, afirma: “Vós virais os olhos para os matos, e para o Sertão? Para cá, para cá; para a
cidade é que haveis de olhar. Cuidais que só os Tapuias se comem uns aos outros; muito maior açougue é o de cá”.
Já no caso de Os Maias, várias são as críticas que Eça endereça à classe dirigente. Serve-se, por exemplo, da
figura do banqueiro Cohen que profere declarações displicentes sobre a situação económica portuguesa, que vive
de empréstimos do estrangeiro. Apesar disso, o banqueiro, alguém com grandes responsabilidades na alta finança,
desresponsabiliza-se totalmente em caso de falência do país e não demostra qualquer tipo de inquietação face a
essa probabilidade. Outros exemplos podem ser notados nas figuras de Sousa Neto e do conde de Gouvarinho que,
ocupando cargos de realce na administração pública e na política, se revelam incultos, ignorantes e néscios, não
estando, por isso, à altura do desempenho das suas funções.
Desta forma, a literatura portuguesa, ao longo de séculos, tem desempenhado um papel fulcral na denúncia dos
vícios e comportamentos sociais mais reprováveis. (297 palavras)

GRUPO II
1. D; 2. A; 3. D; 4. A; 5. C
6. a) Sujeito.
b) Coesão gramatical referencial.
7. Modalidade deôntica com valor de obrigação.

GRUPO III

Resposta de caráter pessoal, pelo que se apresenta apenas uma proposta de planificação de texto.

Introdução – Apresentação do tema e explicitação de um ponto de vista: a favor ou contra a tese de que o dinheiro
traz felicidade.

Desenvolvimento – Argumentação e exemplificação.

A favor
‒ O dinheiro pode contribuir para momentos de felicidade. Exemplo: permite fazer viagens; comprar bens
desejados…
‒ O dinheiro contribui para a sobrevivência e para uma melhor qualidade de vida. Exemplo: permite o
recurso a melhores cuidados de saúde; o acesso a uma alimentação mais saudável...

Contra
‒ Há aspetos que o dinheiro não pode comprar. Exemplo: sentimentos; amizade…
‒ O dinheiro pode ser um entrave ao desenvolvimento humano. Exemplo: as pessoas podem tornar-se mais
gananciosas, mais desconfiadas, mais solitárias…

Conclusão – Retoma da ideia inicial / ponto de vista defendido, sintetizando-o.

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