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Português 10.

º ano

Exposição sobre um tema

1. Lê o seguinte texto.

Lírica Camoniana
Luís de Camões é um dos expoentes máximos da literatura portuguesa. Apesar de algumas
incertezas sobre a sua vida, deixou uma obra lírica ímpar. Para uma melhor compreensão da
lírica camoniana, vamos começar por referir a época em que viveu, as influências que recebeu e
as temáticas que cultivou.
 
Camões foi incontestavelmente marcado pelo seu tempo. Por isso, é importante conhecer a
época em que viveu, marcada pelas descobertas de um mundo novo, do próprio homem e do
renascer da antiguidade clássica. O século de Camões (XVI) foi influenciado pelo movimento
cultural do Renascimento caracterizado por uma atitude de rejeição da estética medieval e pelo
cultivo paralelo de formas novas e da medida velha, conciliando modernidade e tradição.
 
A lírica camoniana foi influenciada tanto por autores clássicos (Virgílio, Ovídio e Horácio) e
italianos (Petrarca e Dante), como pela poesia provençal e pelo romance cortês. Nela coexistem
a poesia com sabor tradicional e uma poesia de influência clássica renascentista. Assim, e por
influência tradicional escreveu vilancetes, cantigas, esparsas, endechas e trovas, cultivou o
verso de cinco (redondilha menor) e de sete sílabas métricas (redondilha maior), fazendo uso
da medida velha. Ao mesmo tempo, cultivou a medida nova, com o verso decassílabo,
escrevendo sonetos, canções, odes, elegias e éclogas. Camões escreveu sobre temáticas
tradicionais e populares como o amor, a saudade, a natureza e o ambiente palaciano. Nas
temáticas renascentistas cultivou o amor platónico, o destino, a mudança, o desconcerto do
mundo, a beleza e a mulher.
 
Não é por acaso que o século de Camões é considerado o século de ouro da nossa Literatura,
pois nele se introduziram géneros novos e os já existentes adquiriram novas formas. Também
não restam dúvidas que estamos na presença de um poeta de excelência, uma das vozes mais
expressivas da língua portuguesa, um poeta muito à frente do seu tempo.

1.1. Coloca os seguintes elementos pela ordem correta, tendo em conta os assuntos abordados
no texto.

A. Referência às intervenções de Camões na obra: críticas, lamentos, conselhos.


B. Apresentação de exemplos significativos: Cantos I, V e VIII.
C. Apresentação do tema: as reflexões do poeta em Os Lusíadas.
D. Síntese das ideias expostas.

1.2. Delimita as três partes constituintes do texto, atendendo à sua estrutura.

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1.3. Seleciona a opção correta.

No terceiro parágrafo, as referências a Virgílio, Ovídio, Horácio, Petrarca e Dante são...

a) os exemplos do respetivo argumento.


b) argumentos que reforçam o tema exposto.
c) o tema central da exposição.
d) casos de informação complementar ao tema central.

1.4. Seleciona a opção correta.

Na elaboração de uma exposição sobre Os Lusíadas, as referências aos versos dos Cantos I, V e
VIII constituem...

a) os argumentos relevantes para a elaboração do texto.


b) as opiniões pessoais do autor da exposição acerca do tema do texto.
c) um conjunto de informação pouco relevante para a elaboração da exposição.
d) os exemplos significativos aos argumentos apresentados.

1.5. Identifica o valor do conector destacado na frase "Apesar de algumas incertezas sobre a
sua vida, deixou uma obra lírica ímpar."

1.6. Estabelece a correspondência correta, tendo em conta a estrutura de um texto expositivo.

1. Referência à época em que viveu Camões. a) Introdução

2. Síntese da exposição, reforçando as ideias principais b) Desenvolvimento

3. Apresentação da personalidade focada. c) Conclusão

4. Influências de Camões.

2. Identifica as atividades necessárias para proceder à elaboração de um texto expositivo.

3. Seleciona a opção correta.

Na expressão "A Terra tem água em quantidade apreciável, pois cobre cerca de sete décimos da
superfície do planeta.", o vocábulo destacado...

a) garante a coesão textual através da substituição por um hiperónimo. 


b) garante a coesão textual através da substituição por um hipónimo. 
c) é um antónimo de Terra.
d) é um termo anafórico, garantindo assim a coesão textual. 

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4. Seleciona a opção correta.

Os processadores de texto são uma ferramenta informática que...

a) apresenta as mesmas limitações da máquina de escrever.


b) se diferencia das máquinas de escrever apenas por permitir a introdução de elementos
paratextuais.
c) é gratuita, ao contrário das máquinas de escrever.
d) é útil nas diversas fases da produção textual, uma vez que também auxilia na revisão do
texto.

5. Classifica as seguintes afirmações como verdadeiras ou falsas.

a) Os processadores de texto são ferramentas de escrita importantes que permitem a produção,


a edição e a revisão do texto elaborado.
b) Todos os processadores de texto são disponibilizados gratuitamente.
c) Os processadores de texto permitem a revisão, sublinhando erros ortográficos ou erros de
concordância para que proceda à sua correção.
d) As palavras estrangeiras, que deverão estar entre aspas ou a negrito, são sempre detetadas
pelos processadores de texto.

6. Lê o seguinte texto.

Asas para um novo mundo


Os homens sempre sonharam poder voar como os pássaros. Durante a Idade Média, numerosos
candidatos a aeronautas prenderam asas aos braços, agitaram-nas loucamente e precipitaram-
se de torres de igrejas, penhascos e colinas. Os resultados foram sempre desastrosos e
frequentemente fatais.

Quando os franceses Joseph e Jacques Étienne Montgolfier lançaram o primeiro balão de ar


quente em 1783, foi atingida uma nova etapa para o voo. A utilização de balões foi
incrementada quando o hidrogénio (descoberto em 1766 por Henry Cavendish) substituiu o ar
quente.

Os problemas de voo em balão despertaram o interesse de grande número de cientistas,


nomeadamente de Sir George Cayley (1773-1857), (...) considerado o fundador da
aerodinâmica. Carley interessou-se principalmente pelo voo de objetos mais pesados do que o
ar. Desviando-se da velha teoria do bater de asas, imaginou um planador com asas fixas e uma
cauda, que em 1804 fez voar, com êxito, sobre a sua propriedade no Yorkshire.

A subida de um helicóptero de brinquedo, o seu voo na vertical propulsionado por elásticos


torcidos, foi a centelha que despertou a fascinação dos irmãos Wright pelo voo. O helicóptero, a
que os rapazes chamavam morcego, fora um presente de seu pai. (...)

Empreendedores e curiosos, os irmãos Wright [Wilbur, nascido em 1867, e Orville, nascido em


1871] começaram a realizar experiências com objetos que se deslocavam no ar ao construírem
e fazerem voar papagaios de papel. Passaram a fabricar papagaios para as crianças da
vizinhança, o que se tornou um negócio lucrativo. (...)

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Pouco havia sido escrito sobre as experiências de voos realizados pelo homem no final do século
XIX, mas os Wrights liam tudo quanto sobre o assunto lhes chegava à mão. O que mais os
interessou foi o relato das exaustivas experiências com planadores feitas por Otto Lilienthal na
Alemanha e por Octave Chanute nas margens do lago Michigan, perto de Chicago. Tudo quanto
aprenderam reforçou a sua decisão de construírem e pilotarem o seu próprio aeroplano.

Em 1899, (...) os Wrights construíram um biplano de 1,5 m, que faziam planar como um
papagaio de papel. Depois de estudarem o comportamento do engenho com tempo ventoso,
Wilbur concluiu que poderia obter controlo lateral torcendo ou dobrando as pontas das asas em
ângulos variados em relação ao vento, movendo-as por meio de varetas ligadas a cabos.

Em 1900, Wilbur e Orville construíram o seu primeiro planador. Tratava-se de um biplano com
cabos de aço para torcer as asas e um leme de profundidade à frente para controlar a subida e
a descida. (...) Em outubro de 1900, os Wrights engradaram o seu planador e viajaram até
Kitty Hawk, onde realizaram com êxito numerosos voos. (...) No verão de 1903, Wilbur e Orville
decidiram que estavam aptos a tentar experiências com um aeroplano a motor. Começaram
então a construção do biplano que se transformaria no famoso Flyer. Como não existia nenhum
motor leve a gasolina, construíram o seu próprio motor (...). O Flyer foi transportado para a
área das experiências (...) e montado no local. (...) Ao fim da tarde de 17 de dezembro de
1903, após os seus quatro voos históricos, os Wrights enviaram a seu pai um telegrama
exultante, contando-lhe o seu êxito e pedindo que a imprensa fosse avisada.
 
Os grandes acontecimentos do século XX, Selecções do Reader’s Digest (texto com supressões)

6.1. Coloca os seguintes elementos pela ordem correta, tendo em conta os assuntos abordados
no texto.

A – Fascínio dos irmãos Wright por um brinquedo voador.


B – Construção do primeiro planador dos irmãos Wight.
C – Referência ao sonho do Homem em poder voar como os pássaros.
D – Contributos do fundador da aerodinâmica para a história da aviação.
E – Pesquisas efetuadas pelos irmãos Wight sobre experiências voadoras.
F – Indicação da primeira etapa para a concretização do sonho da Humanidade.

6.2. Seleciona a opção correta.

Na expressão “(...) que faziam planar como um papagaio de papel.” (7.º parágrafo), o
referente destacado tem como antecedente...

a) “os Wrights”
b) “papagaio de papel”
c) “um biplano de 1,5,”
d) “engenho”

6.3. Completa o quadro com as opções corretas, tendo em conta a natureza dos respetivos
deíticos destacados.

a) "(...) após os seus quatro voos históricos (...)."


b) "Pouco havia sido escrito sobre as experiências (...)"
c) "(...) onde realizaram com êxito numerosos voos."

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Opções: deítico pessoal; deítico espacial; deítico temporal


6.4. Identifica o valor do conector destacado na seguinte expressão "Quando os franceses
Joseph e Jacques (…)" (2.º parágrafo).

6.5. Apresenta três características do texto expositivo presentes no texto anterior.

7. Lê o seguinte texto.

Chamamos humanismo dos Descobrimentos ao movimento de ideias acionado pelas navegações


que abriram aos povos ibéricos a extensa redondez do orbe terrestre. A mentalidade e os
consequentes dinamismos culturais que elas suscitaram nos intelectuais ligados ao mar não
teve correspondência inteira com o impacte na inteligência livresca e comentarística em vigor
na cultura portuguesa. Nos homens de letras, situados na retaguarda da ação, primou a visão
épica e a exaltação mítica, o entusiasmo “patriótico” e a retórica laudatória. E sem que o
espírito de gesta e cruzada religiosa deixasse de estar presente nos viajantes e exploradores –
tamanho foi o influxo desse complexo ideológico na conformação da mente nacional (...) –,
estes homens práticos estabeleceram com o mundo alargado que se lhes tornara explícito uma
relação organizada mais na base das inéditas vivências que experimentavam do que no império
do livro e seu saber codificado. Recordemos que, num Duarte Pacheco Pereira ou num Tomé
Pires, foi o sentido da vista e o deslumbramento do visto a despertar o ceticismo perante a
tradição cultural e científica.

Este ceticismo acentuou-se, e converteu-se mesmo em criticismo larvar, naqueles poucos


humanistas da geração de Quinhentos que se interessaram pela Natureza, observando-a e
interrogando-a, tratando de conhecê-la e dominá-la, potenciando o surto de um saber técnico e
positivo – e, acima de tudo,
propulsionando a consciência humanista no sentido do indivíduo pleno, autónomo, confiante na
própria capacidade criadora e conquistadora. Este humanismo dos Descobrimentos não repousa
contemplativamente em verdades estáveis e fixas, legadas pela Antiguidade; é um humanismo
que, apelando à razão e à experiência, aspira a alcançar a posse empírica do Cosmos; é
“essencialmente um descobrimento conexo ao descobrimento do mundo, uma invenção do ser
humano no espaço novamente inventado” (...).

Daí a sua vincada originalidade; e daí, também, a marginalidade, no contexto das estruturas
mentais da época, da sua primordial vertente técnico-naturalista. O esforço de renovação
cultural levado a efeito no vinténio 1530-1550 processou-se no âmbito quase exclusivo do
movimento europeu do erasmismo e das suas incidências ideológicas nas letras e na
espiritualidade (...). Tal modelo, contudo, acentuando a erudição livresca e os métodos
literários, a religiosidade e as suas manifestações espirituais, se depurou os textos clássicos das
adulterações escolásticas e recuperou outros olvidados ou desconhecidos, não operou, em
relação a essa mesma escolástica, qualquer mutação epistemológica.

Renovação não era necessariamente inovação. O abstrato saber dos textos prevalecia e
ofuscava o conhecimento concreto da realidade físico-natural e dos seus fenómenos.

História de Portugal, dir. José Mattoso, Ed. Círculo de Leitores (texto com supressões)

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7.1. Seleciona a opção correta.

A transformação cultural e de mentalidades gerada pelas navegações…

a) atingiu igualmente os setores intelectuais da sociedade portuguesa de Quinhentos.


b) teve uma influência estruturante na inteligência livresca dominante.
c) causou transformações profundas identificáveis no quotidiano imediato de Quinhentos.
d) estabeleceu entre os intelectuais a dicotomia “homens de letras” vs. “homens
práticos”.

7.2. Seleciona a opção correta.

O complexo ideológico do espírito de gesta e de cruzada religiosa…

a) foi pouco influente na cosmovisão portuguesa.


b) conformou os espíritos dos homens de letras como dos homens de ação.
c) esteve ausente do espírito de navegantes e exploradores.
d) impediu que os homens práticos se relacionassem com o mundo alargado com
base nas vivências inéditas por eles experimentadas.

7.3. Seleciona a opção correta.

Na expressão “Recordemos que, num Duarte Pacheco Pereira ou num Tomé Pires, foi
o sentido da vista e o deslumbramento do visto a despertar o ceticismo perante a tradição
cultural e científica”, encontramos…

a) um exemplo que comprova um argumento anteriormente explicitado;


b) um contra-argumento que refuta a tese antes apresentada;
c) um argumento favorável à tese apresentada;
d) a indicação de uma consequência de situações antes apresentadas.

7.4. Seleciona a opção correta.

A expressão “se depurou os textos clássicos das adulterações escolásticas e recuperou


outros olvidados ou desconhecidos”… apresenta um nexo lógico de…

a) causa;
b) condição;
c) concessão;
d) comparação.

7.5. Transforma a expressão destacada numa oração subordinada não finita infinitiva.

“Este humanismo dos Descobrimentos (...) é um humanismo que, apelando à razão e à


experiência, aspira a alcançar a posse empírica do Cosmos (...).”

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Exposição sobre um tema
Soluções
1.1.
C; A; B; D.

1.2.
Introdução – primeiro parágrafo.
Desenvolvimento – segundo e terceiro parágrafos.
Conclusão – último parágrafo.

1.3.
a)

1.4.
d)

1.5.
Conector com valor de oposição.

1.6.
1. – b)
2. – c)
3. – a)
4. – b)

2. Para a elaboração de um texto expositivo é necessário:


– Escolher o tema a desenvolver e definir os objetivos, tendo em conta o destinatário.
- Elaborar a planificação.
– Pesquisar a informação sobre o tema.
– Selecionar a informação pertinente em função dos objetivos.
– Elaborar a planificação.
- Estruturar a informação de modo coerente.
– Elaborar materiais de suporte (vídeo, imagens, gráficos, entre outros).

3. a)

4. d)

5.
a) V
b) F
c) V
d) F

6.1.
C; F; D; A; E; B.

6.2.
c)

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6.3.
a) Deítico pessoal;
b) Deítico temporal;
c) Deítico espacial.

6.4.
Conector com valor temporal.

6.5.
Em termos estruturais, o texto apresenta as seguintes características:
 título e introdução que apresentam o tema exposto;
 mobilização de informação adequada ao tema selecionado;
 organização de informação de modo lógico (ordenação cronológica).

Em termos linguísticos, o texto apresenta as seguintes características:


 presença de marcadores discursivos de valor temporal, que ordenam os segmentos
textuais("Quando"; ""Depois"; "após";…);
 presença de deíticos de valor temporal e pessoal ("onde"; "os seus"; …);
 seleção de vocábulos relacionados com a área vocabular do tema escolhido
("aeronautas"; ""helicóptero"; "planador"; …).

7.1.
d)

7.2.
b)

7.3.
a)

7.4.
c)

7.5.
Este humanismo dos Descobrimentos (...) é um humanismo que, ao apelar à razão e à
experiência, aspira a alcançar a posse empírica do Cosmos (...).

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