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APOSTILA CURSO INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS

1. Interações medicamentosas

As interações é definida como a modificação do efeito de um fármaco ou


medicamento pela presença prévia ou simultânea de outro(s) fármaco(s), substâncias
fisiológicas, substâncias exógenas não medicamentos no organismo, droga, fitoterapia,
alimento, bebida ou algum agente químico ambiental.

Estas podem ser prejudiciais quando os efeitos tóxicos de uma droga são
aumentados devido a interação com outra substância, quando administradas
concomitantemente. Já em outras o aumento da intensidade do efeito farmacológico é
observado quando a administração concomitante entre um medicamento e outra
substância, aumenta ou diminue o efeito de um ou outro, além do aparecimento de um
efeito novo, não observado quando administrados isoladamente.

As consequências das interações medicamentosas podem ser vantajosas ou


desvantajosas, como demonstrado pelo Figura 1.

Figura 1. As vantagens e desvantagens das interações medicamentosas.


Alguns fatores tornam as interações medicamentosas mais susceptíveis
relacionados ao individuo, como estado patológico, idade, dieta, função renal e
hepática; e relativos a administração, principalmente a via e o tempo. O estado
patológico do organismo ao administrar medicamentos é essencial na farmacocinética,
ou seja, o que o organismo faz para a eliminação da droga. Portanto se os órgãos
relacionados a este processo não estiverem em boas condições, pode gerar interações
medicamentosas. Como também, de acordo, com o passar da idade os nossos órgãos
vao diminuindo a sua funcionalidade, portanto os idosos, por apresentarem um maior
número de doenças e consequentemente uma maior ingestão de medicamentos faz com
que as interações medicamentosas possam ocorrer com maior facilidade. Quanto a dieta,
o uso de alimentos pode interferir no esvaziamento gástrico, e na interação que pode
ocorrer entre as substâncias dos mesmos com os medicamentos, diminuindo assim a sua
absorção, ou mesmo aumentando a sua absorção. Outros podem interagir com
substâncias presentes nos alimentos, também diminuindo a absorção; ou mesmo
diminuindo a eficácia terapêutica, no caso do consumo de vitamina K presentes nos
alimentos com uso dos anticoagulantes.

2. Tipos de Interações medicamentosas

2.1. Interações Farmacêuticas

As interações farmacêuticas são aquelas que acontecem fora do corpo, e este tipo
de interação é muito observada nos serviços hospitalares, na prática inadequada de
misturar medicamentos em uma mesma seringa e proceder administração, devido a
incompatibilidades físico-químicas. Estas incompatibilidades podem ocorrer
precipitações, turvação, inativação, fotoxidação e outros. As precipitações acontecem
quando as substâncias não apresentam compatibilidades físico-químicas para se
misturar, e forma um precipitado, como no caso de barbitúricos com atropina. A
turvação é uma propriedade física, que reduz a transparência do liquido, devido a
partículas coloidais e/ou em suspensão. A inativação química acontece quando a mistura
entre as substâncias torna a outra substância inativa, portanto sem qualquer acao
farmacológica. Já a fotoxidação é oxidação dos medicamentos na presença de luz,
devido a existência de grupos presentes nas moléculas que absorvem a energia presente
na luz. Algumas destas reações estão descritas no Figura 2.
Figura 2. Interações farmacêuticas e os seus efeitos.
2.2. Interações Farmacocinéticas

I. Absorção

As interações medicamentosas a nível de absorção estão relacionadas a alteração


na biodisponibilidade da droga no organismo, por meio de alteração no pH e mudanças
na motilidade gastrintestinal influenciando no aumento e diminuição da absorção e
consequente alteração no efeito terapêutico do medicamento. Os mecanismos as quais
as interações medicamentosas a nível de absorção acontece é por meio da adsorção,
quelação ou complexação. A adsorção é um processo físico ou químico, aonde a
substância adsorvida adere ao adsorvente, que seria as células intestinais, e a
complexação é uma reação entre um ligante e um metal. As alterações do pH
promovidas por antiácidos bloqueadores de H2, como exemplo, a ranitidina interfere na
absorção do cetoconazol, devido a dissolução reduzida do último. Outro exemplo
clássico de interação a nível de absorção acontece entre antibióticos quinolônicos e
Ca+2, Al+3, Mg+2, Zn+2 e Fe+3, com formação de complexos, a qual diminue a
absorção do primeiro.

II. Distribuição

A nível de distribuição as interações medicamentosas acontecem por meio das


ligações com as proteínas plasmáticas. Os fármacos ácidos interagem com a albumina e
os fármacos básicos interagem com a alfa-glicoproteína. Quando atinge a circulação
sanguínea uma parte da droga fica livre, com possibilidade de ter o efeito terapêutico,
enquanto que a parte ligada a proteínas plasmáticas, não podem ter o efeito terapêutico,
mas podem ser deslocadas por outra, tornando a primeira livre. Esta aumenta a
concentração da droga livre, e possivelmente o aumento de efeitos tóxicos e/ou
terapêuticos. Dentre algumas interações as sulfonamidas administrado com tolbutamida,
faz com que o hipoglicemiante tolbutamida seja deslocado pelo antibiótico, tornando o
livre para realizar a resposta farmacológica, causando hipoglicemia. Outro caso, seria o
deslocamento causado pelo clofibrato a tiroxina, tornando a mais livre, e apresentando
um efeito de hipertireoidismo.

III. Metabolismo
As enzimas do CYP450 são responsáveis pelo metabolismo e também estão
relacionadas as interações medicamentosas que acontecem neste nivel. Estas realizam
processo de oxidação, redução e hidrólise, no sistema microssômico hepático, deixando
as drogas mais hidrossolúveis, facilitando sua eliminação. No metabolismo as
interações medicamentosas estão relacionadas com a indução ou inibição das enzimas
do CYP450, aumentando ou reduzindo a degradação do medicamento, e
consequentemente alteração na resposta farmacológica ou aumento de efeitos tóxicos.
Algumas drogas indutoras e inibidoras enzimáticas, estão representadas pela Tabela 1.
Tabela 1. Fármacos indutores e inibidores enzimáticos no processo de
metabolismo que ocorre nas interações medicamentosas.

Indutoras enzimáticas

Carbamazepina Rifampicina

Fenitoína Fenobarbital

Barbitúricos Dexametasona

Rifabutina Prednisona

Inibidoras enzimáticas

Cloranfenicol Cimetidina

Clofibrato Dissulfiram

IMAO Eritromicina

Cetoconazol Verapamil

Diltiazem Claritromicina

Alopurinol Itraconazol

Dentre alguns exemplos, tem se os efeitos diminuídos de anticoncepcionais orais


e anticoagulantes, com o Fenobarbital, um indutor enzimático, promovendo a
eliminação mais rápida destes do organismo. Enquanto que o cloranfenicol, um inibidor
enzimático, aumenta os efeitos da fenitoína, podendo até causar intoxicação pelo
mesmo. Já quando se usa tolbutamida, o cloranfenicol, aumenta o efeito, pela taxa
diminuída de eliminação do fármaco, causando hipoglicemia.

IV. Excreção
As interações medicamentosas a nível de excreção acontece por alterações na
secreção tubular, no pH urinário e no fluxo sanguíneo renal. As interações para
eliminação dos fármacos podem acontecer na interação nos locais de transporte ativo,
ou seja, na competição dos fármacos nos mecanismos secretórios tubulares, a qual se
classificam em aniônicos e catiônicos. No local de transporte de ânions, a probenicida
inibe a excreção das cefalosporinas, aumentando a meia-vida do antibiótico, aumentado
os efeitos do mesmo. De modo semelhante, os salicilatos e outros AINES diminuem a
excreção do metotrexato, aumentando os níveis séricos do último, podendo causar
toxicidade. Já o sistema de transporte catiônico é responsável pela eliminação de
fármacos básicos, seria na diminuição da excreção da procainamida pela cimetidina e
amiodarona. As alterações no pH urinário pode aumentar ou diminuir a excreção dos
fármacos, como representado pela Tabela 2.

Tabela 2. A excreção de fármacos de acordo com o as alterações do pH urinário.

Diminuição do pH urinário diminui a Aumento do pH urinário aumenta a


excreção de excreção de

Anfetamina Salicilatos

Cloranfenicol Cloranfenicol

Gentamicina Gentamicina

Eritromicina Barbitúricos

Estretomicina Fenibutazona

A mudança no fluxo sanguíneo renal está relacionada a síntese de


prostaglandinas renais vasodilatoras, que a inibição destas, promove a diminuição da
excreção de algumas drogas. Um exemplo seria a interação Lítio sérico com alguns
AINES, como ibuprofeno e meloxicam, pela inibição da síntese da PGE2 nos rins
diminuindo o fluxo sanguíneo renal e diminuindo a excreção de lítio, e aumentando o
lítio sérico, podendo causar uma toxicidade pelo lítio.
2.3. Interações Farmacodinâmicas

As interações farmacodinâmicas acontecem a nível do local de ação do


medicamento, estas ainda são divididas em dois tipos: o sinergismo e o antagonismo. O
primeiro pode ser subdivididos em três outros tipos, sendo mecanismo de ação
semelhantes ou não, mas apresentam efeitos semelhantes. Os efeitos são aditivo,
somatório e potencialização.

O efeito aditivo é quando dois fármacos apresentam o mesmo mecanismo de


ação, como por exemplo o ácido acetilsalicílico e o diclofenaco sódico, ambos
bloqueiam a enzima cicloxigenase (COX). Já o efeito somatório, ambos os fármacos
tem a mesma ação terapêutica, mas com mecanismos de ação diferentes, como por
exemplo, o ácido acetilsalicílico, que bloquea a COX, e a codeína, que bloquea os
receptores opióides. E os dois fármacos citados anteriormente são utilizados para o
tratamento da dor. E por último o efeito de potencialização é quando o efeito de uma
droga é potencializado quando se tem outra droga. O efeito sinérgico pode ser
observados na associação entre a aminofilina um broncodilatador e o diurético
hidroclorotiazida, que apresentam mecanismos diferentes, porém tem o efeito de
diminuição de potássio no sangue, chamado como hipocalemia.

As interações farmacodinâmicas pode ocorrer também por antagonismo, isso


quando a resposta farmacológica de um fármaco é suprimida ou reduzida na presença de
outro fármaco. Algumas interações podem ser observadas neste nível com a
administração de hipoglicemiantes e cortiscorteróides , com diminuição e alteração do
efeito sobre a taxa de glicemia. Outro caso seria a utilização de anticoagulantes com
vitamina K, este bloquea o efeito anticoagulante, pois é precursor dos fatores de
coagulação II, VII, IX e X.
BIBLIOGRAFIA

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