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Mecânica dos Fluidos

Aula 15

Escoamento em tubos
Laminar interno viscoso
incompressível,
completamente
desenvolvido
Escoamento viscoso incompressível
Objetivo geral

Aplicar os princípios básicos da conservação da


massa, da quantidade de movimento e da energia
aos escoamentos internos,viscosos
incompressíveis em dutos.

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Escoamento viscoso incompressível
Objetivos específicos

 Analisar o escoamento viscoso em tubos e dutos;


 Descrever o perfil de velocidades para o
escoamento laminar.
 Descrever o perfil das Tensões;
 Definir raio hidráulico.

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Escoamento viscoso incompressível
Classificação

Laminar
Turbulento

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Escoamento viscoso incompressível
Experimento de Reynolds
Osborne Reynolds fez uma experiência para tentar
caracterizar o regime de escoamento, que a
princípio ele imaginava depender da velocidade de
escoamento.

OSBORNE REYNOLDS
(1842 - 1912)
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Escoamento viscoso incompressível
Números de Reynolds críticos

ρv D
μ

OSBORNE REYNOLDS
(1842 - 1912)

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Escoamento viscoso incompressível
Experimento de Reynolds

O parâmetro que mede a razão entre as forças de


inércia e forças viscosas recebe o nome do
cientista que inicialmente estudou o escoamento
dos fluidos viscosos:
 Número de Reynolds, Re

ρv D
 Definido como: Re
μ
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Escoamento viscoso incompressível
Escoamento interno

 O transporte de fluidos normalmente é conduzido


em condutos fechados. Como os escoamentos
internos e externos apresentam características
diferentes, é conveniente estudá-los
separadamente.

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Escoamento viscoso incompressível
Escoamento interno
 Os escoamentos internos são confinados por
superfícies sólidas, como: dutos, bocais, difusores,
contrações,
expansões,
válvulas e
acessórios.

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Escoamento viscoso incompressível
Escoamento em tubos
Algumas regras básicas devem ser estabelecidas antes
de iniciarmos o estudo dos escoamentos internos:
 O duto está totalmente preenchido com fluido;
 O principal mecanismo que promove o escoamento do
fluido é o gradiente de pressão; água sob
pressão

patm
ar

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Escoamento viscoso incompressível
Escoamento em tubos
 Condutos forçados: nestes a pressão interna é diferente
da pressão atmosférica. Nesse tipo de conduto, as
seções transversais são sempre fechadas e o fluido
circulante as enche completamente.
 Condutos livres: nestes, o líquido escoante apresenta
superfície livre, na qual atua a pressão atmosférica.
A seção não necessariamente apresenta perímetro
fechado e quando isto ocorre, para satisfazer a
condição de superfície livre, a seção transversal
funciona parcialmente cheia.
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Escoamento viscoso incompressível
Escoamento em tubos

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Escoamento viscoso incompressível
Perfil de velocidade no escoamento em tubos

 O perfil de velocidade do escoamento em um tubo


depende das características do escoamento
(laminar ou turbulento) e do comprimento de
entrada.
 A sequência laminar-transição-turbulenta ocorre em
todos os escoamentos, desde que o comprimento
de entrada seja suficientemente longo.

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Escoamento viscoso incompressível
Escoamento em tubos

Com relação ao comprimento de entrada (Le), o


número adimensional Le/D correlaciona –se com
Re. Os valores típicos dos comprimentos de
entrada são dados por:

 Para escoamento laminar: Le/D = 0,06 Re


 Para escoamento turbulento Le/D = 4,4 (Re)1/6

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Escoamento viscoso incompressível
Escoamento em tubos

 Para Re muito baixos (Re = 10), o comprimento de


entrada pode ser curto: Le = 0,6 D
 Para Re próximos do limite crítico do escoamento
laminar (Re = 2000), o comprimento de entrada
pode ser grande: Le = 120 D

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Escoamento viscoso incompressível
Escoamento laminar plenamente desenvolvido

Há 3 alternativas clássicas para estudar o


escoamento laminar plenamente desenvolvido:

 A partir das equações de Navier Stokes;


(Computacional)
 A partir da análise dimensional;
 A partir da Segunda Lei de Newton (Analítica)

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Escoamento viscoso incompressível
Escoamento laminar plenamente desenvolvido

 A partir da análise dimensional;

P L μ
f , ,
ρv 2 D D ρv D

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Escoamento viscoso incompressível
Estudo a partir da 2ª Lei - Escoamento em tubos

Vamos deduzir as equação do perfil de velocidade e


das tensões

Para a geometria do interior de um tubo, pode-se tomar


um volume de controle de um espaço anular, como da
figura, cujo comprimento é dx e espessura dr.

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Escoamento viscoso incompressível
Escoamento laminar plenamente desenvolvido
O perfil de velocidade não é uniforme.
Há uma deformação do elemento fluido nas
superfícies frontal e traseira do cilindro.
Mas há uma simetria em relação ao eixo.

dr
r r
r r
o
o d
r
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Escoamento viscoso incompressível

• Simetria em relação ao eixo;

• Volume de controle: anel circular com comprimento dx e


espessura dr.
Escoamento viscoso incompressível

Aplicando-se a equação da quantidade de movimento em


relação à componente x, quando aplicada ao volume de
controle diferencial tem-se:
Escoamento viscoso incompressível

Somando-se as forças normais (de pressão) que


atuam sobre o volume de controle na direção x, que
atuam nas extremidades esquerda e direita do volume
de controle e as forças tangenciais (de cisalhamento)
atuam nas superfícies cilíndricas interna e externa,
temos:
Escoamento viscoso incompressível
Escoamento viscoso incompressível

Para uma pressão (P ) no centro de volume de


controle anular as forças de pressão na extremidades
esquerda e direita serão, respectivamente:
Escoamento viscoso incompressível
Escoamento viscoso incompressível

Para uma tensão de cisalhamento ( ) no centro do


volume de controle do anel a força de cisalhamento
nas superfícies interna e externa do cilindro serão,
respectivamente:
Escoamento viscoso incompressível
Escoamento viscoso incompressível

A soma das componentes x das forças que atuam sobre o


volume de controle deve ser igual a zero. Sendo assim,
temos:
=0

Dividindo-se a equação por , e resolvendo para

, temos:
Escoamento viscoso incompressível

Como é uma função apenas de r, a equação vale


para os valores de r e x apenas se cada um dos valores
dos seus membros for constante. A equação pode ser
reescrita como:
Escoamento viscoso incompressível

Integrando esta equação, obtemos:


Escoamento viscoso incompressível

Como:

Então:
Escoamento viscoso incompressível

Separando-se as variáveis, integrando-se e resolvendo a


equação para encontrar a velocidade, tem-se:
Escoamento viscoso incompressível

Separando-se as variáveis, integrando-se e resolvendo a


equação para encontrar a velocidade, tem-se:
Escoamento viscoso incompressível

Avaliação das condições de contorno para determinação


das constantes C1 e C2:
CC1: R = 0 (No centro do tubo) Vmáxima (Cte)

O termo ln r torna-se infinito, uma situação que é


fisicamente impossível, donde se conclui que C1 deve ser
nulo. Neste caso, tem-se:
Escoamento viscoso incompressível

CC2:

r=R (Na parede do tubo) V=0


Escoamento viscoso incompressível

Colocando-se (-R2) em evidência, obtém-se uma equação


equivalente
Escoamento viscoso incompressível
Escoamento laminar em um tubos

Uma vez obtido o perfil de velocidade, podemos


obter várias características do escoamento, tais
como: Vazão, velocidade média, tensão de
cisalhamento e a queda de pressão .

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Escoamento viscoso incompressível

Vazão volumétrica

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Escoamento viscoso incompressível

Equação de Hagen-Poiseuille
No escoamento de pressão completamente desenvolvido o
gradiente de pressão (P1 - P2) é constante.
Sendo assim, tem-se:

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Escoamento viscoso incompressível

Velocidade média

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Escoamento viscoso incompressível

Ponto de velocidade máxima


No ponto de velocidade máxima, no centro do tubo,
tem-se r = 0 :

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Escoamento viscoso incompressível

Ponto de velocidade máxima

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Escoamento viscoso incompressível
Tensão de cisalhamento

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Escoamento viscoso incompressível
Tensão de cisalhamento

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Escoamento viscoso incompressível
Tensão de cisalhamento

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Escoamento viscoso incompressível
Tensão de cisalhamento
Como se verificou, a tensão de cisalhamento varia
linearmente com o gradiente de pressão axial.

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Escoamento viscoso incompressível
Perda de carga

A perda de carga em um trecho da tubulação


representa a conversão irreversível de energia
mecânica em energia térmica indesejada através
da transferência de calor.

v2 v2
Q Ws (u 2 2 gz2 P 2 V 2)m (u1 1 gz1 P1 V 1)m
2 2
Q
u 2 u1 hlt
m
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Escoamento viscoso incompressível
Perda de carga
A notação hlt deriva-se do fato de o balanço de energia
comumente ser expresso em unidades de energia por
peso do líquido que fluía, em detrimento da
representação de energia por unidade de massa como
na equação anterior. Desta forma, as dimensões eram
dadas em pés de líquido em escoamento:
Q
u 2 u1 hlt
m
P1 v12 P2 v22
hB z1 z 2 Ws
γ 2g γ 2g
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Escoamento viscoso incompressível
Perda de carga
Num escoamento plenamente desenvolvido num tubo
de seção constante, as velocidades nos pontos
considerados são constantes, e assim a equação da
energia se reduz a:

P1 P 2
g ( z1 z 2) hB
ρ

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Escoamento viscoso incompressível
Perda de carga para escoamento laminar
E se o tubo for horizontal, a equação se torna ainda
mais simples:
P
hB
ρ
Desta forma, a perda de carga distribuída em um tubo
horizontal, para um escoamento plenamente
desenvolvido pode ser expressa como a perda de
pressão.

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Escoamento viscoso incompressível
Perda de carga para escoamento laminar

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Escoamento viscoso incompressível
Perda de carga para escoamento laminar

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Escoamento viscoso incompressível
Perda de carga para escoamento turbulento
Para um escoamento turbulento não é possível avaliar
a queda de pressão analiticamente. Sendo assim,
recorre-se à análise dimensional. Como vimos:

P L
f , , Re
ρv 2 D D

hl L
f , , Re
v2 D D
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Escoamento viscoso incompressível
Perda de carga para escoamento turbulento
Embora a análise dimensional preveja a relação, é
necessário fazer experimentos para obtenção de
valores reais. Uma vez que a função ainda é
indeterminada, é permitido introduzir o número ½ no
denominador do primeiro termo, de modo a tornar a
perda de carga em termos de energia cinética, por
unidade de massa. Assim, tem-se:
hl L
f , , Re
1 2 D D
v
2
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Escoamento viscoso incompressível
Perda de carga para escoamento turbulento

A função desconhecida é definida como fator de atrito, “f” e


é determinada experimentalmente:

f , Re
D

L v2
hl f
D 2

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Escoamento viscoso incompressível
Perda de carga para escoamento turbulento

Os resultados publicados por Moody (1944), através de


gráfico, relacionam o fator de atrito, com a rugosidade e
NRe.

A rugosidade relativa também é obtida através de trabalhos


publicados em tabelas ou gráficos.

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Escoamento viscoso incompressível

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Escoamento viscoso incompressível
Perda de carga para escoamento turbulento

Interpretação do Diagrama de Moody


Nre f Regime de Escoamento
aumenta diminui Laminar
aumenta aumenta Transição
aumenta diminui Turbulento (Tubo liso)

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Escoamento viscoso incompressível
Perda de carga para escoamento turbulento

1. Avaliar o NRe.

2. Obter a rugosidade relativa através de tabela ou gráfico.

3. Ler o fator de atrito no gráfico de Moody.

4. Determinar a perda de carga através da equação


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Escoamento viscoso incompressível
Perda de carga para escoamento turbulento

Avaliar o Nre.

Em Nre muito grandes, a maioria dos elementos de


rugosidade na parede emerge através da sub-camada
viscosa. Neste caso a perda de pressão depende
somente dos elementos de rugosidade. Tal escoamento
é dito inteiramente rugoso.

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Escoamento viscoso incompressível
Escoamento rugoso

Subcamada
viscosa

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Escoamento viscoso incompressível
Escoamento rugoso
Escoamento viscoso incompressível
Escoamento rugoso
Valores da rugosidade absoluta equivalente
Material (mm) Rugosidade
absoluta equivalente
Aço comercial novo 0,045
Aço laminado novo 0,04 a 0,10
Aço soldado novo 0,05 a 0,10
Aço soldado limpo, usado 0,15 a 0,20
Aço soldado 0,4
moderadamente oxidado
Aço soldado revestido de 0,10
cimento centrifugado
Valores da rugosidade absoluta equivalente
Material (mm) Rugosidade
absoluta equivalente
Aço laminado revestido 0,05
de asfalto
Aço rebitado novo 1a3
Aço rebitado em uso 6
Aço galvanizado, com 0,15 a 0,20
costura
Aço galvanizado, sem 0,06 a 0,15
costura
Ferro forjado 0,05
Valores da rugosidade absoluta equivalente
Material (mm) Rugosidade
absoluta equivalente
Ferro fundido novo 0,25 a 0,50
Ferro fundido com leve 0,30
oxidação
Ferro fundido velho 3a5
Ferro fundido centrifugado 0,05
Ferro fundido em uso com 0,10
cimento centrifugado
Ferro fundido com 0,12 a 0,20
revestimento asfáltico
Valores da rugosidade absoluta equivalente
Material (mm) Rugosidade
absoluta equivalente
Ferro fundido oxidado 1 a 1,5
Cimento amianto novo 0,025
Concreto centrifugado novo 0,16
Concreto armado liso, vários 0,20 a 0,30
anos de uso
Concreto com acabamento 1a3
normal
Concreto protendido 0,04
Freyssinet
Cobre, latão, aço revestido de 0,0015 a 0,010
epoxi, PVC, plásticos em geral,
tubos extrudados
Escoamento viscoso incompressível

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Escoamento viscoso incompressível
Perda de carga distribuída (Normal)

TRATAMENTO COMPUTACIONAL

Para uma análise computacional é necessário dispor de


uma formulação matemática para o fator de atrito.
Sendo assim, são utilizadas correlações variadas, de
acordo com a configuração do sistema de tubos.

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Escoamento viscoso incompressível
Perda de carga distribuída (Normal)

TRATAMENTO COMPUTACIONAL

0,3164
Blasius f
Re 0,25 Re  105
1 /D 2,51
Colebrook 2 log
f 0,5 3,7 Re f 0,5

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Escoamento viscoso incompressível
Perda de carga distribuída (Normal)
TRATAMENTO COMPUTACIONAL Darcy-Weisbach

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Referências
 CARVALHO, Daniel Fonseca de. Fundamentos de Hidráulica. Cap. 7.
2009
 FOX, Robert W.; McDONALD, Alan T. Introdução à mecânica dos
fluidos. Ed. LTC: Rio de Janeiro. 2009. 6ªed.
 HANSEN, Arthur G. Mecánica de fluidos. Ed. Limusa: México.1974.
Parte IV. Cap. 10
 LOUREIRO, Eduardo - Mecânica dos Fluidos
 MOTT, Robert L. Applied Fluid Mechanics. Prentice Hall: New Jersey.
1994
 MUNSON, Bruce R; YOUNG, Donald F.; OKIISHI, Theodore H.
Fundamentos da mecânica dos fluidos. Edgard blucher: São Paulo.
1997. Vol 1
 http://www.escoladavida.eng.br/mecflubasica/aulasfei/22008/exp_Reynol
ds.htm

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