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Português na História

Curiosamente, o português surgiu da mesma língua que originou a maioria dos idiomas europeus e asiáticos.

Com as inúmeras migrações entre os continentes, a língua inicial existente acabou subdividida em
cinco ramos: o helênico, de onde veio o idioma grego; o românico, que originou o português, o
italiano, o francês e uma série de outras línguas denominadas latinas; o germânico, de onde
surgiram o inglês e o alemão; e finalmente o céltico, que deu origem aos idiomas irlandês e
gaélico. O ramo eslavo, que é o quinto, deu origem a outras diversas línguas atualmente faladas
na Europa Oriental.
O latim era a língua oficial do antigo Império Romano e possuía duas formas: o latim clássico, que era empregado
pelas pessoas cultas e pela classe dominante (poetas, filósofos, senadores, etc.), e o latim vulgar, que era a língua
utilizada pelas pessoas do povo. O português originou-se do latim vulgar, que foi introduzido na península Ibérica
pelos conquistadores romanos. Damos o nome de neolatinas às línguas modernas que provêm do latim vulgar. No
caso da Península Ibérica, podemos citar o catalão, o castelhano e o galego-português, do qual resultou a língua
portuguesa.
O domínio cultural e político dos romanos na península Ibérica impôs sua língua, que, entretanto, mesclou-se com
os substratos linguísticos lá existentes, dando origem a vários dialetos, genericamente chamados romanços (do
latim romanice, que significa "falar à maneira dos romanos"). Esses dialetos foram, com o tempo, modificando-se,
até constituírem novas línguas. Quando os germânicos, e posteriormente os árabes, invadiram a Península, a
língua sofreu algumas modificações, porém o idioma falado pelos invasores nunca conseguiu se estabelecer
totalmente.
Somente no século XI, quando os cristãos expulsaram os árabes da península, o galego-português passou a ser
falado e escrito na Lusitânia, onde também surgiram dialetos originados pelo contato do árabe com o latim. O
galego-português, derivado do romanço, era um falar geograficamente limitado a toda a faixa ocidental da
Península, correspondendo aos atuais territórios da Galiza e de Portugal. Em meados do século XIV,
evidenciaram-se os falares do sul, notadamente da região de Lisboa. Assim, as diferenças entre o galego e o
português começaram a se  acentuar. A consolidação de autonomia política, seguida da dilatação do império luso
consagrou o português como língua oficial da nação. Enquanto isso, o galego se estabeleceu como uma língua
variante do espanhol, que ainda é falada na Galícia,  situada na região norte da Espanha.
As grandes navegações, a partir do século XV d.C. ampliaram os domínios de Portugal e levaram a Língua
Portuguesa às novas terras da África (Angola, Moçambique, Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe), ilhas próximas da
costa africana (Açores, Madeira), Ásia (Macau, Goa, Damão, Diu), Oceania (Timor) e América (Brasil).
A Evolução da Língua Portuguesa
Destacam-se alguns períodos:
1) Fase Proto-histórica
Compreende o período anterior ao século XII, com textos escritos em latim bárbaro (modalidade usada apenas
em documentos, por esta razão também denominada de latim tabeliônico).
2) Fase do Português Arcaico
Do século XII ao século XVI, compreendendo dois períodos distintos:
a) do século XII ao XIV, com textos em galego-português;
b) do século XIV ao XVI, com a separação entre o galego e o português.
3) Fase do Português Moderno
Inicia-se a partir do século XVI, quando a língua se uniformiza, adquirindo as características do português atual. A
literatura renascentista portuguesa, notadamente produzida por Camões, desempenhou papel fundamental
nesse processo de uniformização. Em 1536, o padre Fernão de Oliveira publicou a primeira gramática de Língua
Portuguesa, a "Grammatica de Lingoagem Portuguesa". Seu estilo baseava-se no conceito clássico de gramática,
entendida como "arte de falar e escrever corretamente".

EXERCÍCIOS
Texto I
Um ato  de criatividade pode gerar um modelo produtivo. Foi  o que  aconteceu  com a  palavra  sambódromo,
criativamente formada  com a  terminação -(o)dromo (=corrida), que  figura  em  hipódromo,  autódromo,
cartódromo, formas  que designam   itens culturais da alta  burguesia. Não demoraram a  circular, a  partir de 
então, formas populares como  rangódromo, beijódromo, camelódromo.
AZEREDO, J. C. Gramática Houaiss da língua portuguesa. São Paulo: Publifolha, 2008
Texto  II
Existe coisa mais descabida do que chamar de sambódromo  uma  passarela para desfile de escolas de samba? Em
grego, -dromo quer  dizer  “ação de correr, lugar de corrida”, daí  as  palavras autódromo e  hipódromo. É  certo
que, às   vezes, durante  o desfile, a escola se  atrasa e é  obrigada a correr para não perder  pontos, mas  não se
descoloca a velocidade de um cavalo  ou de  um carro de  Fórmula 1.
GULLAR, F. Disponível em: www1.folha.uol.com.br. Acesso em: 3 ago. 2012.

1.Há  nas línguas  mecanismos geradores de palavras. Embora o  texto  II apresente um julgamento de  valor
sobre a formação da  palavra sambódromo, o processo de  formação dessa palavra  reflete
(A) o  dinamismo da  língua  na criação de novas palavras.
(B) uma nova realidade limitando o aparecimento de  novas palavras.
(C) a apropriação inadequada de mecanismos de  criação de palavras  por  leigos.
(D) o reconhecimento a impropriedade semântica dos neologismos.
(E)  a restrição na produção de novas  palavras com  o  radical  grego.

2.Preencha a cruzadinha com línguas originadas do latim.


P
O
R
T
U
G
U
Ê
S

3.Observe o grupo de palavras e agrupe-as conforme a origem dos vocábulos.


Acarajé   farofa    garrafa     fubá    jabá     laranja     moqueca   axé     Iemanjá    macumba     Xangô   bobó    café    
enxaqueca    esfirra     fulano     Imbecil   Incesto     Ônibus     matraca     Prematuro

ÁRABE AFRICANA INDÍGENA LATINA


·                       ·                       ·                       ·                      

4. Indique, no mapa, alguns dos países que falam a Língua Portuguesa.


5.Pesquise curiosidades sobre a língua portuguesa.

GABARITO

1)  

E S P A N H O L

C A T A L Ã O

R O M E N O

I T A L I A N O

F R A N C Ê S

2)  

·      ÁRABE ·    AFRICANA ·       INDÍGENA ·    LATINA

·  café ·    acarajé ·       axé ·    Imbecil


Veio do latim imbecille,
·  chafariz ·    bobó ·       Exu
fraco fisicamente,
·  elixir ·    farofa ·       Iemanjá doente, incapaz de
sustentar-se (depois,
·  enxaqueca ·    fubá ·       macumba fraco moralmente).
·  esfirra ·    jabá ·       orixá Imbecille se formou de
im-, sem + bacillu,
·  fulano ·    moqueca ·       umbanda diminutivo de baculu,
·  garrafa ·    quibebe ·       Xangô cajado, bastão. Assim,
imbecille significava sem
·  javali ·    quitute bastão, querendo dizer
“sem sustentação”.
·  laranja
Depois, no francês,
·  limão imbécile ganhou o
sentido de idiota, com
·  masmorra
que passou para outras
·  matraca línguas neolatinas.
Incesto
·  mesquita Do latim incestu
·    (impureza, adultério,
incesto).

·    Ônibus
Do latim omnibus, que
significava “para todos”.

·    Prematuro
Do latim praematuro,
formado de prae, antes +
maturu, maduro.
Seu sinônimo tem
história bem
parecida: precoce veio
do latim praecoce,
formado de prae, antes +
coquere, cozinhar,
amadurecer.

3)

4) Questão de ENEM

Gabarito oficial: A

comentário:
 Neologismo  é o  processo em   que   novas  palavras  são criadas  na  língua ou  adquirem um  novo significado. 
A  questão do  ENEM  contrapõe  dois   fatores: a evolução da  língua – reforçada pelo   texto  I –  e  a resistência a
uma inovação  linguística –  representada pelo  texto  II.   A alternativa  A mostra ao  candidato  que, 
independentemente  da  resistência de  um ou  outro   usuário da  língua,  a  evolução linguística  acontece e  é 
um processo   normal  na   linguagem.

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