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José César Naves de Lima Jr.

Manual de Criminologia (2014)

QUADRO RESUMO: Noções gerais sobre criminologia

– A história da criminologia pode ser dividida em duas fases: perío-


do pré-científico e período científico. Aquele pode ser identifi-
cado desde a antiguidade em textos esparsos que demonstravam
certa preocupação com o fenômeno criminal, enquanto este surge
a partir dos estudos de Beccaria e Lombroso. Apesar da celeuma
sobre o período de nascimento da criminologia científica, a
maioria da doutrina aponta os estudos de Cesare Lombroso
como seu marco inicial, por meio da obra O homem delinquen-
Aspectos te, publicada em 1876.
históricos – Período de grandes transformações: final do século XVIII e iní-
cio do século XX – desaparecimento progressivo dos suplícios
(penas cruéis) que cedem espaço a meios mais sutis e indiretos
de punição. Avanço do caráter corretivo das penas e aplicação
de princípios fundamentais no sistema penitenciário: recupe-
ração do condenado; classificação conforme o sexo; persona-
lidade; periculosidade; sistema progressivo no cumprimento
das penas; trabalho e educação com meios de socializar o de-
linquente.

– Criminologia vem do latim crimino (crime) e do grego logos (estu-


do), portanto significa estudo do crime.
– Conceito: ciência autônoma que estuda o delito, o delin-
quente, a vítima e o controle social da conduta criminosa
Conceito apartir da observação da realidade, utilizando-se de diver-
sos ramos do conhecimento como a sociologia, psicologia,
de criminologia
e a biologia dentre outros. Trata-se de uma ciência empírica
e interdisciplinar, pois é uma ciência da prática que observa
a realidade dos fatos, conjugando diversas áreas do saber, das
quais o direito não pode prescindir para o estudo do comporta-
mento humano.
– A criminologia é considerada uma ciência pela maior parte da
doutrina, pois apresenta função, método, e objeto próprios.
Acredita-se que reúna informações válidas e confiáveis sobre
Criminologia o fenômeno criminal baseadas na observação do mundo, e da
realidade que o caracteriza. Portando, a cientificidade atribuí-
como ciência da a criminologia significa que esta disciplina, por meio de seu
método, poderá fornecer informações dotadas de validade e
confiabilidade sobre o fenômeno criminal reunindo elemen-
tos em torno de uma teoria definida.

Finalidades – Compreender e prevenir o delito, intervir na pessoa do delin-


quente, e valorar os diferentes modelos de resposta ao fenômeno
da criminologia criminal.

Métodos da criminologia

– Método baseado na observação do fato para estudar o delito. En-


fim, baseia-se na análise da realidade dos fatos, da prática, para
empirismo a compreensão do fenômeno criminal. Trata-se, como visto, de
ciência empírica pertencente ao mundo do ser.

– A interdisciplinaridade encontra-se no fato da criminologia rela-


interdisciplina- cionar-se com diversas áreas do conhecimento, como o direito
ridade penal, sociologia, biologia, psicologia, psiquiatria, etc., para o
estudo e compreensão do fenômeno criminal.

Criminologia e política criminal

– Criminologia: como já explicitado, é a ciência que estuda o


delito, o delinquente, a vítima e o controle social tomando
como ponto de partida a observação da realidade. Utiliza-se
de diversos ramos do saber a exemplo da sociologia, psicolo-
gia, biologia, etc. Trata-se de uma ciência empírica e interdis-
Conceitos ciplinar, pois é uma ciência da prática que observa a realidade
dos fatos, conjugando diversas áreas do conhecimento das quais o
direito não pode prescindir para o estudo do comportamento hu-
mano.
– Política criminal: estudo dos meios de prevenção e repressão
do delito

– A criminologia e a política criminal não devem ser confundi-


das. Enquanto aquela estuda o delinquente e as causas da cri-
minalidade, esta se ocupa do estudo dos meios de prevenção
Diferenças e repressão dos delitos. Atualmente a criminologia emprega
seus esforços nas críticas e sugestões de estratégias para o
controle da criminalidade, portanto, transferiu seu foco para
o objetivo da política criminal.
Modelos Teóricos da Criminologia

Criminologia – Criminologia clássica: não se preocupa com a ressocialização ou


reintegração social do delinquente, isto é, não se ocupa da preven-
Clássica
ção do delito estricto sensu, mas sim da dissuasão penal.
e Neoclássica
– Criminologia neoclássica: modelo teórico voltado a dissuasão
penal com base no funcionamento do sistema normativo.
– Os modelos de prevenção da criminalidade clássico e neoclássico
sustentam que os meios de prevenir o delito precisam ter natureza
penal consubstanciada na ameaça de castigo. Assim, o mecanismo
Criminologia dissuasório por meio do efeito inibitório da pena revela esta essência
da prevenção. O que difere o modelo clássico do neoclássico de
Clássica
prevenção do delito encontra-se no fato do primeiro concentrar
e Neoclássica a prevenção em torno da pena, do seu rigor ou severidade, en-
quanto neste último o poder dissuasório está atrelado mais ao
funcionamento do sistema normativo, e como ele é percebido
pelo delinquente em potencial.
– Tem suas bases assentadas na observação do fato e experimen-
tação (empirismo), logo a especulação não tem valor para a ci-
ência.
– A criminologia tem como objeto o delinquente, sendo o delito uma
abstração proveniente da lei. A explicação da criminalidade deve
Criminologia ser procurada nas predisposições para a prática do delito, que
Positivista se distinguem em outros seres humanos. A criminologia deve
explicar as diferenças físicas, psicológicas e sociais entre delin-
quentes e não delinquentes. Os comportamentos criminais estão
sujeitos ao determinismo, inexistindo, portanto a liberdade de
escolha, de livre-arbítrio. Merecem destaque o positivismo an-
tropológico de Lombroso e o determinismo social de Ferri.

Criminologia – Tem como finalidade explicar e prevenir o fenômeno criminal,


avaliar os diferentes modelos de controle social, e intervir na pes-
Moderna soa do delinquente.
Escolas da criminologia
– Buscava estabelecer limites ao jus puniendi do Estado e proteger
a liberdade individual. Decorre do iluminismo e contrapõe-se
às torturas e desrespeitos aos direitos fundamentais. Defende
que o direito penal tem um fim de tutela, e a pena é instrumento
para restabelecer a ordem abalada pelo delito. Desse modo, a
pena deve ser proporcional ao delito, certa, conhecida e justa.
Escola Clássica
– O fundamento da responsabilidade penal encontra-se no livre-
arbítrio e na imputabilidade moral. O homem, sendo livre para
escolher entre o bem e o mal escolhe este último. Os partidários
da Escola Clássica concentravam seus estudos na vontade livre e
consciente do indivíduo (livre-arbítrio), signatário do contrato
social, que descumpria a lei.
– Considera o delito um fenômeno natural, causamente determi-
nado. A criminologia deverá explicar as causas deste fenômeno,
utilizando-se de método científico capaz de prever os meios de
combatê-lo. Portanto, a criminologia tem como finalidade a de-
fesa do corpo social. Não admite o livre-arbítrio dos clássicos,
e tem como expoente Lombroso, que procurou criar uma nova
Escola ciência, a antropologia criminal. Por meio da pesquisa empíri-
Positiva ca, utilizou dados estatísticos na tentativa de comprovar que
fatores biológicos estariam relacionados a etiologia do fenô-
meno criminal (atavismo).
– Também expoentes da Escola Positiva, Garofalo e Ferri sustenta-
vam que a pena não devia ser aplicada com o fim de retribuição,
como sustentado pela Escola Clássica, mas em razão da periculosi-
dade do delinquente como um instrumento de defesa social.

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