A partir do final da década do século XIX começaram a surgir várias
Organizações Filantrópicas (pois ainda não era possível falar propriamente de Assistência Social. Mesmo ocorrendo uma sistematização) 2. A principal novidade dessas instituições era realizar a FORMAÇÃO de pessoas capazes de realizar as tarefas de assistência social e INSTITUCIONALIZAR o Serviço Social. (Formação a partir das ciências que surgiam na época: filosofia, sociologia, psicologia social, medicina, antropologia, economia). 3. O que se fazia “POR FAZER” ou “POR OBRIGAÇÃO” passa a ser uma ação institucionalizada. (explicar o que significa uma prática institucionalizada). 4. COMO SURGE UMA PROFISSÃO? Quando ela se torna SOCIALMENTE necessária. É como as leis que se modificam a partir dos interesses da sociedade. (Citar o exemplo do datilografo que não existe mais. Existem profissões que surgem e outras que se extingue). 5. Em 1899 surge a primeira escola de Serviço Social do mundo e inicia-se o processo de secularização (?) da profissão. As explicações religiosas do mundo são substituídas por explicações científicas. 6. O Brasil passa a copiar métodos e técnicas que eram desenvolvidas pelos Estados Unidos. 7. O que pensavam as damas de caridade? Acreditavam que os pobres eram a causa de sua própria situação e bastava uma ajuda inicial e alguns conselhos para sair da situação que se encontravam. 8. QUADRO CONTEXTUAL: forte desenvolvimento do capitalismo: urbanização, trabalho fabril, pessoas deixando o campo e vindo para a cidade, crescimento da pobreza. Foi nesse contexto que Mary Richmond, Assistente Social norte-americana, busca pensar como deveria ser o Serviço Social e as práticas que deveriam ser sistematizada. 9. Através de relatos de experiências de colegas e alunas e a sua vasta experiência de anos de instituição, ela é a primeira a escrever sobre a diferença entre fazer caridade, filantropia e Serviço Social. 10. Primeiro surge o SERVIÇO SOCIAL DE CASO a partir do seu livro “Caso Social Individual”. CARACTERÍSTICAS: - É um método norte-americano; - Influência da Medicina, Psicologia Social, Sociologia positivista; - A Questão Social é um problema individual; - Propõe uma mudança na personalidade do indivíduo para se ajustar a sociedade. - A principal técnica utilizada eram as entrevistas e os relatórios bem detalhados dos CLINTES (Hoje não se utiliza mais o termo cliente, mas sim usuário); - Também trabalhava o meio social: família, escola, amigo, trabalho. 11. Passou a estudar o meio social: onde vivia; procurando saber os mínimos detalhes da vida social através de entrevistas, conversas informais, visitas domiciliares a amigos, professores, patrões, etc. Tudo sendo observado (posteriormente será chamado de “diário de campo”) e anotado de maneira minuciosa a ponto de criar um desenho da vida do indivíduo e possibilitando realizar um diagnóstico. Diagnóstico da situação e os recursos que meio social oferecia para sair daquela situação. 12. O procedimento de Mary Richmond foi chamado de “COMPREENSÕES”: a) compreensão da personalidade; b) compreensão do meio social; 13. “CASO O MEIO SOCIAL NÃO PUDESSE MUDAR, O CLIENTE MUDARIA DE MEIO”. (POR EXEMPLO: quando uma mulher chega agredida ao CREAS, vítima de violência doméstica, busca-se tirar o marido da casa. Se isso não for possível, busca-se outro lugar para que ela possa morar, longe do agressor) 14. Através de longas conversas, em um longo período, de dia e a noite, para descobrir detalhes da vida pessoal, fazia com que a profissional criasse uma relação afetiva com o/a cliente, exercendo forte influência na consciência da pessoa. (posteriormente outros teóricos vão criticar essa postura). 15. As ações no estudo de caso foram divididas em duas: a) ações diretas: são justamente todas as ações realizadas e centradas no cliente; b) as ações indiretas: são as ações centradas no meio social; 16. O GRANDE MÉRITO DE MARY RICHMOND FOI DAR UM ESTATUDO DE SERIEDADE A PROFISSÃO: UTILIZAR TÉCNICAS, MÉTODOS, ESTUDOS PARA COMPREENDER O CLIENTE E O MEIO. (diferente das primeiras práticas de ajuda, caridade e filantropia). 17. 1917 Mary Richmond publicou o livro Caso Social Individual: que é justamente o estudo de caso que até hoje existe; 18. DEPOIS SURGIU O SERVIÇO SOCIAL DE GRUPO: o aprofundamento da crise do capitalismo (pobreza, pauperização, mendigo nas ruas, etc), ficou evidente que resolver casos de maneira isolada, um por um, já não é suficiente. CARACTERIZAÇÃO: em determinadas instituições, montar os grupos por tipo de problema comum apresentado, por exemplo, grupos de jovens, idosos, favelados, mulheres solteiras, entre outros. (até hoje essa técnica é aplicada na intervenção dos Assistentes Sociais). 19. O Serviço Social, pensava-se à época, era a única profissão que tinha as bases teóricas e matérias para lutar contra as desigualdades sociais, o aumento do pauperismo, e percebia-se que deveria ir além. Dessa forma, criou-se o SERVIÇO SOCIAL DE COMUNIDADE: Ou seja, há certo tipo de problemática social que necessita da atuação de vários grupos (intergrupos), que, por terem objetivos comuns, devem se interligar. CARACTERIZAÇÃO: Um processo de adaptação e ajustes de tipo interativo e, associativo. Uma técnica que visa potencializar os recursos existentes na comunidade. O profissional Assistente Social busca encontrar possíveis canais na comunidade que possam ser trabalhados (recursos pessoas e materiais) coletivamente para poder sanar qualquer problema.