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EU VOU PASSAR !!

Aula 02 – Sintaxe 1 – Função Sintática, Períodos e Conectivos


Curso: Português – Resumo + Questões Comentadas
Professor: Bruno Spencer

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Curso: Português
Resumo + Questões Comentadas
Prof. Bruno Spencer - Aula 02

Aula 02 – Resumão – Sintaxe 1


Função Sintática/Períodos e Conectivos

Olá amigos!
Vamos dar continuidade ao nosso curso de RESUMOS, com o estudo das
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funções sintáticas dos termos da oração e dos períodos compostos e seus


conectivos.
ATENÇÃO, pois esse assunto é essencial para fortalecermos a nossa
base. Se assimilarem bem esta aula, terão muita facilidade no que virá a seguir.
Então vamos lá, confiança e disciplina!
Boa aula!!!

Sumário

1 – Função Sintática ............................................................................ 3


2 – Períodos e Conectivos .................................................................. 11
3 – Questões Comentadas ................................................................. 20
4 – Lista de Exercícios ....................................................................... 84
5 - Gabarito ..................................................................................... 125
6 - Referencial Bibliográfico............................................................. 125
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1 – Função Sintática

Frase

Transmite uma mensagem, podendo ou não conter verbos.

•Ex. Eu estudei muito para passar no concurso.


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•Ai que dor!

Classificação semântica das frases:

João estava muito


Declarativas
irritado com seu amigo.
Classificação SEMÂNTICA

Interrogativas O que você quer?

Vá embora e não
Imperativas
volte mais.

Exclamativas Oh Deus!

Imprecativas ou Até logo, fique em


Optativas paz!
EU VOU PASSAR !!

Oração

É uma frase que possui verbo e que, normalmente, estrutura-se com


sujeito e predicado, que são os termos essenciais da oração.

•Ex. A vida é bela.


•Há muitos carros estocados nas distribuidoras.

Período

“É uma frase constituída de uma ou mais orações.” (D. P. Cegalla)


O período simples é constituído de uma oração, enquanto o período
composto é formado por duas ou mais orações.

•Ex: Compramos pão e leite. (período simples)


•Ele disse que viria amanhã. (período composto)

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Termos Essenciais da Oração

Sujeito

Termos essenciais da oração


Predicado
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SUJEITO

SUJEITO é quem pratica ou sofre a ação, ou simplesmente, aquele de


quem se diz algo.
Um substantivo ou pronome exerce a sua função de núcleo do sujeito,
enquanto as palavras acessórias são chamadas de adjuntos adnominais
(acompanham o nome - artigo, adjetivo, numerais, pronomes
adjetivos).

•Ex. A casa dela é amarela.


•As meninas brincavam no jardim.
•Ela e suas amigas foram ao shopping.

Simples João estava muito feliz.


EU VOU PASSAR !!

Tipos de SUJEITO

Composto João e Maria casaram-se.

Oculto ou
(eu) Fiz a tarefa.
Elíptico

Indeterminado Quebraram o prato.

Oração sem
Choveu muito.
sujeito

PREDICADO

O predicado, termo ESSENCIAL da oração, é o que se diz a respeito do


sujeito. Ele pode ser verbal, nominal ou verbo-nominal.

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Predicado Verbal

Tem em seu núcleo um verbo, que pode ser intransitivo (possui


sentido completo, não exige complemento), transitivo direto (seu
complemento é introduzido sem preposição - OD), transitivo indireto (
seu complemento é introduzido por preposição - OI) ou transitivo
direto e indireto.
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•Ex. Choveu (VI) muito.


•Ele comeu (VTD) a pizza (OD).
•Crianças gostam (VTI) de brincar (OI).
•Ele pagou (VTDI)-lhe (OI) a dívida (OD).

OBSERVAÇÃO - No pronome LHE está implícito a preposição “A”, pois é


equivalente ao termo a ele(a). Os pronomes O(S), A(S) serão sempre OD.
Já os pronomes me, te, se, nos, vos podem ser OD ou OI, a depender do
verbo que complementem.

Predicado Nominal

Tem esse nome porque o seu núcleo é um NOME – o predicativo do


sujeito - (substantivo, adjetivo, pronome), que qualifica o sujeito.
O verbo da oração é chamado verbo de ligação, que constitui um elo
EU VOU PASSAR !!

entre o sujeito e o predicativo.

•Ex. A vida é bela.


•Maria parecia um anjo.

Predicado Verbo-Nominal
O predicado verbo-nominal tem dois núcleos, um verbo e um nome.
Pode ser formado de duas maneiras:
Verbo (intransitivo, TD ou TI) + predicativo do sujeito (PDS)
Verbo transitivo direto (TD) + predicativo do objeto (PDO)
Enquanto o predicativo do sujeito qualifica este, o predicativo do objeto
qualifica o respectivo objeto direto da oração.

•Ex. Todos chegaram animados.


•A moça abraçou o namorado satisfeita.

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Termos Integrantes da Oração

Termos Integrantes da oração


Objeto Direto - OD
(sem preposição)
Complemento
Verbal
Objeto Indireto - OI
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(com preposição)
Complemento
Nominal

Agente da Passiva

Vamos ver as formas de objeto direto e indireto que trazem algumas


peculiaridades.
Objeto direto pleonástico

É usado no início da frase para enfatizá-lo. Depois, ele é repetido,


sendo substituído por um pronome oblíquo.

•Ex. O amor, todos o trazem consigo.


EU VOU PASSAR !!

•A dignidade, ele a tinha de sobra.

Objeto indireto pleonástico

Ocorre de maneira similar ao objeto direto.

•Ex. A mim, o que me importa é ser feliz.


•Aos pais, nem todos lhes obedeçem.

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Objeto direto preposicionado

Pode ocorrer em determinados casos que um objeto direto venha


precedido de preposição, a fim de dar mais clareza à oração ou
ênfase à expressão. Normalmente isso ocorre com a preposição “A”.
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•Ex. Amava a ela mais que tudo. (OD é pronome oblíquo tônico)

•Avistou seu adversário, a quem cumprimentou. (OD é o pronome


relativo “QUEM”)

•Amai uns aos outros. (expressão de reciprocidade)

•Acertou ao alvo o atirador. (evitar confusão do sujeito com o objeto)

•Teme a Deus, antes que seja tarde! (nomes próprios)

•A mim, não me vencerá! (ênfase para OD antecipado)

•Olhou a ambos com desprezo. (OD é o numeral “ambos”)

•Presenteou a todos com sua presença. (pronomes indefinidos relativos


a pessoas)

Complemento Nominal

Complementa o sentido de um NOME (substantivo, adjetivo ou


EU VOU PASSAR !!

advérbio) e é regido por preposição.

•Ex. Amor ao próximo Trabalho pela paz


•Respeito aos pais Fé em Deus Confiança na vitória

O complemento nominal só complementa substantivos abstratos e tem valor


passivo.

Agente da Passiva

É quem pratica a ação expressa na voz passiva.


É o complemento do verbo nessa voz. Passando a oração para voz ativa,
seria o sujeito da oração.

•Ex. O país seguia governado pelos mesmos.


•Era um homem abençoado por Deus.

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Termos Acessórios da Oração

Adjunto
Adnominal

Termos acessórios da oração Adjunto


Adverbial
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São termos que têm funções auxiliares na oração,


podendo determinar ou qualificar os nomes,
explicar, expressar circunstâncias, enfim
complementar os termos principais da oração. Aposto

Vocativo

Adjunto Adnominal

São termos que determinam ou qualificam o NOME.


Podem ter essa função os artigos, adjetivos ou locuções adjetivas,
numerais e pronomes adjetivos.

•Ex. A bela moça abraçou o namorado.


EU VOU PASSAR !!

Quando o adjunto adnominal é formado por uma locução adjetiva, é preciso


tomar CUIDADO para não confundir o termo com um complemento nominal!!!
Exemplos:
Cara de pau (adjunto adnominal) – subst. concreto
Discurso do rei (AA) – termo ativo – (o rei discursa)
Plantio de mudas (CN) – termo passivo – (as mudas são plantadas)

COMPLEMENTO NOMINAL ADJUNTO ADNOMINAL

Adjetivos
Substantivos Concretos
Advérbios
Substantivos Abstratos (ATIVO)
Substantivos Abstratos (PASSIVO)

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Adjunto Adverbial

É como se chama um advérbio ou locução adverbial no contexto de


uma oração.
Modificam um verbo, adjetivo ou outro advérbio, indicando uma
circunstancia de tempo, lugar, modo, intensidade, companhia, negação e
etc.
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•Ex. Choveu muito.


•Ele morava longe.
•Às vezes ele acertava.

Aposto

Tem a função de explicar, especificar, enumerar ou resumir um


termo substantivo.

• Recife, capital de Pernambuco, é


Explicativo
uma bela cidade.

• Rio de Janeiro, Recife e Curitiba, todas


Resumitivo ou são belas cidades.
Recapitulativo • Só me arrependo de uma coisa, aquela
que não fiz.

• Meu irmão Fernando é muito


Especificativo
inteligente.

• O melhor da vida são duas coisas:


Enumerativo
EU VOU PASSAR !!

sonhar e realizar.

• Tinham grandes qualidades, ele o


Distributivo
respeito e ela o carinho.

Vocativo

É usado para chamar, nomear ou invocar uma pessoa ou algo a quem


nos dirigimos na oração. O vocativo não é parte do sujeito nem do
predicado.

•Ex. Carlos, estou aqui!


•Olhai por nós, ó Jesus!
•Meu amigo, siga o seu caminho!

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Análise Sintática
Aconselho vocês a fazerem esse tipo de análise antes de responderem
as questões. Isso facilita muito a nossa vida na hora da prova, pois muitas vezes
precisaremos fazer isso de maneira rápida e precisa.

A bela moça abraçou o namorado


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AA AA núcleo do sujeito VTD AA núcleo do OD

artigo adjetivo substantivo artigo substantivo

A descoberta do fogo foi um marco da história.


AA núcleo CN VL AA PDS CN

sujeito Predicado Nominal

Os termos “do fogo” e “da história” são complementos nominais, pois


complementam substantivos abstratos e têm caráter passivo (o fogo foi
descoberto, a história foi marcada).

O índice de subnutrição e doenças serão reduzidos.


EU VOU PASSAR !!

AA núcleo AA núcleo VL PDS

sujeito composto Predicado Nominal

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2 – Períodos e Conectivos

Períodos

Temos dois tipos de períodos: simples e composto.


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Simples

Tipos de PERÍODOS
Composto

O período simples é formado por apenas uma oração que recebe o


nome de oração absoluta.

•Ex. A vida é bela.


•Há muitos carros nas ruas.

O período composto, por sua vez é formado por duas ou mais orações.
As orações de um período composto podem ser coordenadas, quando
são independentes entre si, ou subordinadas, quando uma oração exerce
EU VOU PASSAR !!

função sintática na outra.

•Ex. João comeu melancia, enquanto sua irmã tomou suco de laranja.
(coordenada)
•Ele queria que todos vivessem em paz. (subordinada)

Orações Coordenadas

As orações coordenadas formam o período composto por


coordenação.
São orações independentes, postas em um mesmo período com auxílio
de conectivos (sindéticas) ou sem conectivos (assindéticas).

•Ex. Comeram, beberam, dormiram. (orações coordenadas assindética)


•Jantaram e sairam por aí. (orações coordenadas sindéticas)

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Conjunções Coordenativas

São os conectivos que fazem a ligação das orações coordenadas sindéticas.

e - também - bem como - mas também -


ADITIVAS
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mas ainda - nem

• Ela trabalhava, mas também estudava bastante.

mas - porém - todavia - entretanto -


ADVERSATIVAS contudo - no entanto - não obstante -
apesar disso - senão

• Era muito jovem, não obstante fez uma ótima prova.

ALTERNATIVAS ou - ou...ou - já...já - ora...ora. - quer...quer

• Ou dormia cedo ou acordava com muito sono.

portanto - por isso - logo - por conseguinte -


CONCLUSIVAS
pois (após o verbo)

• João era trabalhador, não teve, pois, difculdade em adaptar-se.


EU VOU PASSAR !!

(POIS após o verbo INDICA CONCLUSÃO)

porque - que - pois (antes do verbo) -


EXPLICATIVAS
porquanto

• Não brinque com fogo, pois pode queimar alguém. (POIS antes do verbo
INDICA EXPLICAÇÃO)

Orações Subordinadas

Essas orações recebem esse nome pois sua função é servir uma oração
chamada de PRINCIPAL.
De acordo com a função SINTÁTICA que exercem na oração principal,
são classificadas em substantivas, adjetivas ou adverbiais.

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CLASSIFICAÇÃO FUNÇÃO SINTÁTICA


SUJEITO - OBJETO DIRETO OU
INDIRETO - PREDICATIVO DO SUJEITO
SUBSTANTIVAS
COMPLEMENTO NOMINAL - APOSTO
AGENTE DA PASSIVA

ADJETIVAS ADJUNTO ADNOMINAL


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ADVERBIAL ADJUNTO ADVERBIAL

Orações Subordinadas Substantivas

Exercem na oração PRINCIPAL, funções próprias de substantivos, quais


sejam: sujeito, objeto direto ou indireto, predicativo do sujeito, complemento
nominal, aposto e agente da passiva.
Em sua maioria, são iniciadas por conjunções integrantes (que / se).
Uma boa dica para sabermos se a oração é substantiva é substituí-la pelo
termo ISSO.

Subjetiva
Objetiva Direta
Objetiva Indireta
EU VOU PASSAR !!

Oração subordinada
Predicativa
SUBSTANTIVA
Completiva Nominal
Apositiva
Agente da Passiva

Subjetiva

Ocupa o lugar de sujeito da oração PRINCIPAL. O verbo da oração


principal vem conjugado na 3ª pessoa do singular.

•Ex. É bom que você se dedique mais aos seus objetivos. - (Isso é bom)

•Decidiu-se que amanhã não haverá aulas. – (Decidiu-se isso)

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Objetiva Direta

É uma oração que ocupam o lugar de objeto direto da oração principal.

•Eu esperava que todos me compreendessem. – (Eu esperava isso)


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•Ela disse que todos estavam livres. – (Ela disse isso)

Objetiva Indireta

Ocupa o lugar de objeto indireto da oração principal. São similares às


objetivas diretas, porém vêm intruduzidas por PREPOSIÇÃO.

•Eu lembrei-me de que hoje é domingo. – (lembrei-me disso = de isso.)

•Ela insistia que fossemos mais concientes. – (insistia nisso = em isso)

Predicativas

Estas são as orações que têm função de predicativo do sujeito – PDS da


oração principal.

•Seu sonho era que todos vivessem em paz. – (Seu sonho era isso)
EU VOU PASSAR !!

•Ela não é o que você imagina. – (Ela não é isso)

Completiva Nominal

Ocupa a função de complemento nominal de um nome (substantivo,


adjetivo ou advérbio) da oração principal.

•Tinha a necessidade de que seus alunos fossem os melhores. - (Tinha a


necessidade disso)

•Estavamos esperançosos que ela vencesse a luta. - (Estavamos


esperançosos nisso)

Observe que pode haver omissão da preposição que introduz a oração com
função de CN.

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Apositiva

Tem função de aposto de termo da oração principal.

•Ela pediu-lhe uma coisa: que não viajasse. – (Ela pediu-lhe uma coisa:
isso)
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Agente da Passiva
Similar às demais formas, estas têm função de agente da passiva da
oração principal.

•O evento foi assistido por todos que estavam no local.

Orações Subordinadas Adjetivas

São orações que têm função sintática própria de ADJETIVO (adjunto


adnominal).
Em geral, são introduzidas por eu pronome relativo e qualificam
NOMES (substantivo ou pronome substantivo) da oração principal.
Podem ser EXPLICATIVAS ou RESTRITIVAS.
EU VOU PASSAR !!

•Meus alunos, que são inteligentes, passarão rapidamente. (explicativa)

•Meus alunos que são inteligentes passarão rapidamente. (restritiva)

Oração subordinada Explicativa ENTRE vírgulas


ADJETIVA Restritiva SEM vírgulas

A primeira oração, explicativa, diz que todos os alunos são inteligentes,


qualifica o termo “meus alunos”.
A oração restritiva, limita o alcance do termo “meus alunos”. Nessa
frase, fica implicito que nem todos os alunos são inteligentes, pois apenas os
alunos inteligentes passarão rapidamente.

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Orações Subordinadas Adverbiais

Têm função sintática de adjuntos adverbiais, sendo classificados de


acordo com a classificação da conjunção que o introduz.
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Conjunções subordinativas adverbiais

Ligam uma oração principal a uma oração subordinada adverbial


indicando circunstancias de tempo, finalidade, causa, consequencia, proporção,
comparação, conformidade, concessão ou condição.

• porquanto - porque - como - já que -


CAUSAIS desde que - que - pois - uma vez que -
visto que

Não sai de casa porquanto estava muito gripado.


AAV neg. VTI OI AAV Causa
Oração Principal (oração subordinada adverbial causal)

•como - assim como - tal como - igual a -


COMPARATIVAS tanto quanto - mais que - menos que -
que nem - feito - tal qual

Ele trabalhava tal qual seu pai o ensinou.


Suj. VI AAV Comparação
EU VOU PASSAR !!

Oração Principal (oração subordinada adverbial comparativa)

•conquanto - embora - que - ainda que -


CONCESSIVAS mesmo que - mesmo quando - posto que
- por mais que - dado que - se bem que

Conquanto não soubesse de tudo, falou muito bem.


AAV Concessão VI AAV modo
(oração subordinada adverbial concessiva) Oração Principal

OBSERVAÇÃO:
As conjunções subordinadas concessivas não devem ser confundidas com as
conjunções coordenadas adversativas. Estas indicam oposição, enquanto as
concessivas indicam uma concessão, algo que se opõe ao fato, mas não
impede que ele aconteça.

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•contanto que - se - caso - a menos que -


CONDICIONAIS
salvo se - a não ser que - desde que

Contanto que você me obedeça, faço o que quiser.


AAV Condição VTD OD
(oração subordinada adverbial condicional) Oração Principal
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CONFORMATIVAS •como - consoante - segundo - conforme

Tudo saiu conforme combinamos.


Suj. VI AAV Conformidade
Oração Principal (oração subordinada adverbial conformativa)

•(tanto) que - de modo que - sem que -


CONSECUTIVAS
de forma que - de maneira que -

Persistiu tanto que conseguiu.


VI AAV intensidade AAV Consequência
Oração Principal (oração subordinada adverbial consecutiva)

FINAIS •que - para que - a fim de que


EU VOU PASSAR !!

Fiz o melhor a fim de que todos fiquem satisfeitos.


VTD OD AAV Finalidade
Oração Principal (oração subordinada adverbial final)

•à proporção que - à medida que - ao


PROPORCIONAIS
passo que - quanto mais - quanto menos

Quanto mais treina, mais saúde adquire.


AAV Proporção AAV intens. OD TD
(oração sub. adverbial proporcional) Oração Principal

•quando - assim que - logo que - até que


TEMPORAIS - enquanto - antes que - depois que -
agora que - sempre que - mal (logo que)

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Curso: Português
Resumo + Questões Comentadas
Prof. Bruno Spencer - Aula 02

Lembro-me de você sempre que venho aqui.


VTI OI AAV Tempo
Oração Principal (oração subordinada adverbial temporal)

Orações Reduzidas
Direitos autorais reservados (Lei 9610/98). Proibida a reprodução, venda ou compartilhamento deste arquivo. Uso individual.

São orações que fazem parte de períodos compostos, geralmente


subordinadas, que em vez de serem introduzidas por conectivos
apresentam as formas verbais nominais (infinitivo, gerúndio e
particípio).

•Recomendo estar preparado para tudo. – reduzida de INFINITIVO


•Chegaram cantando. - reduzida de GERÚNDIO
•Concluídos os trabalhos, foi para casa. – reduzida de PARTICÍPIO

de INFINITIVO
ORAÇÕES
de GERÚNDIO
REDUZIDAS
de PARTICÍPIO

Exemplos:
Fácil é julgar os outros. (Isso é fácil)
EU VOU PASSAR !!

PDS VL Sujeito

Oração Principal (oração sub. subst. subjetiva reduzida de INFINITIVO)

Queremos viver em paz! (Queremos isso)


VTD Objeto Direto - OD
Oração Principal (oração sub. subst. objetiva direta reduzida de INFINITIVO)

Sua vida é fazer o bem. (Sua vida é isso)


Sujeito VL Predicativo do Sujeito -PDS
Oração Principal (oração sub. subst. predicativa reduzida de INFINITIVO)

Ele não veio por encontrar-se preso.


Suj. AAV VI AAV de Causa
Oração Principal (oração sub. adv. Causal reduzida de INFINITIVO)

Ele não é pessoa de desistir. (que desiste)

Prof. Bruno Spencer 18 de 125


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Suj. AAV VL PDS Adjunto Adnominal - AA

Oração Principal (oração sub. adjetiva reduzida de INFINITIVO)

Ele olhou o rapaz andando pela estrada. (que andava pela estrada)
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Suj. VTD OD Adjunto Adnominal - AA


Oração Principal (oração sub. adjetiva reduzida de GERÚNDIO)

Tendo dúvidas peça ajuda. (Caso tenha dúvidas...)


Adjunto Adverbial de Condição VTD OD
(oração sub. adverbial condicional
reduzida de GERÚNDIO) Oração Principal

Esta é a seleção convocada pelo professor. (que foi convocada...)


Suj. VL PDS Adjunto Adnominal - AA

Oração Principal (oração sub. adjetiva reduzida de PARTICÍPIO)

Renovado o ânimo, retomou os estudos. (Depois que o ânimo foi renovado)


Adjunto Adverbial de Tempo VTD OD
(oração sub. adverbial temporal
reduzida de PARTICÍPIO) Oração Principal
EU VOU PASSAR !!

Vamos praticar pessoal!!!

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3 – Questões Comentadas

1) FCC/Delegado/DPE RS/2011
Atenção: Responda à questão com base no texto.
TEXTO
EUA dizem que um ataque ao Irã uniria o país, hoje dividido
Direitos autorais reservados (Lei 9610/98). Proibida a reprodução, venda ou compartilhamento deste arquivo. Uso individual.

WASHINGTON (Reuters) − Um ataque militar contra o Irã uniria o país, que está
dividido, e reforçar a determinação do governo iraniano para buscar armas
nucleares, disse o secretário de Defesa dos Estados Unidos, Robert Gates, nesta
terça-feira.
Em pronunciamento ao conselho diretor do Wall Street Journal, Gates afirmou
ser importante usar outros meios para convencer o Irã a não procurar ter armas
nucleares e repetiu as suas preocupações de que ações militares somente iriam
retardar − e não impedir − que o país obtenha essa capacidade.
(http://noticias.uol.com.br/ultimasnoticias/reuters/2010/11/16/euadizemqueu
mataqueaoirauniriaopaishojedividido.jhtm?action=print, em 16/11/2010)
A palavra pronunciamento é transitiva e exige
a) complemento nominal.
b) objeto indireto.
c) objeto direto.
d) adjetivo.
e) predicativo do sujeito.
EU VOU PASSAR !!

Comentários:
Alternativa A – Correta – Assim como os verbos transitivos (TD e TI) necessitam
de complemento, os NOMES também podem ser complementados, a fim de
ampliar o seu sentido ou pormenorizar a situação. Repare que o
complemento não qualifica o nome “pronunciamento”, mas detalha o fato.
Alternativa B – Incorreta – Quem exige objeto indireto são os verbos transitivos
indiretos (exigem complemento introduzido por preposição).
Alternativa C – Incorreta - Quem exige objeto direto são os verbos transitivos
diretos (exigem complemento não introduzido por preposição).
Alternativa D – Incorreta – Não há qualquer qualificação no complemento “ao
conselho diretor do Wall Street Journal”.
Alternativa E – Incorreta – Quem exige PDS são os verbos de ligação.
Gabarito: A

2) FCC/AJ/TRF 3/Apoio Especializado/Biblioteconomia/2016

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Os Beatles eram um mecanismo de criação. A força propulsora desse


mecanismo era a interação dialética de John Lennon e Paul McCartney. Dialética
é diálogo, embate, discussão. Mas também jogo permanente. Adição e
contradição. Movimento e síntese. Dois compositores igualmente geniais, mas
com inclinações distintas. Dois líderes cheios de ideias e talento. Um levando o
outro a permanentemente se superar.
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As narrativas mais comuns da trajetória dos Beatles levam a crer que a parceria
Lennon e McCartney aconteceu apenas na fase inicial do conjunto. Trata-se de
um engano. Mesmo quando escreviam separados, John e Paul o faziam um para
o outro. Pensavam, sentiam e criavam obcecados com a presença (ou ausência)
do parceiro e rival.
Lennon era um purista musical, apegado a suas raízes. Quem embarcou na
vanguarda musical dos anos 60 foi Paul McCartney, um perfeccionista dado a
experimentos e delírios orquestrais. Em contrapartida, sem o olhar crítico de
Lennon, sem sua verve, os ais conhecidos padrões de McCartney teriam sofrido
perdas poéticas. Lennon sabia reprimir o banal e fomentar o sublime.
Como a dialética é uma via de mão dupla, também o lado suave de Lennon se
nutria da presença benfazeja de Paul. Gemas preciosas como Julia têm as
impressões digitais do parceiro, embora escritas na mais monástica solidão.
Nietzsche atribui caráter dionisíaco aos impulsos rebeldes, subjetivos,
irracionais; forças do transe, que questionam e subvertem a ordem vigente. Em
contrapartida, designa como apolíneas as tendências ordenadoras, objetivas,
racionais, solares; forças do sonho e da profecia, que promovem e aprimoram
o ordenamento do mundo. Ao se unirem, tais forças teriam criado, a seu ver, a
mais nobre forma de arte que jamais existiu.
EU VOU PASSAR !!

Como criadores, tanto o metódico Paul McCartney como o irrequieto John


Lennon expressavam à perfeição a dualidade proposta por Nietzsche. Lennon
punha o mundo abaixo; McCartney construía novos monumentos. Lennon abria
mentes; McCartney aquecia corações. Lennon trazia vigor e energia; McCartney
impunha senso estético e coesão.
Quando os Beatles se separaram, essa magia se rompeu. John e Paul se
tornaram compositores com altos e baixos. Fizeram coisas boas. Mas raramente
se aproximaram da perfeição alcançada pelo quarteto. Sem a presença
instigante de Lennon, Paul começou a patinar em letras anódinas. Não se tornou
um compositor ruim. Mas os Beatles faziam melhor.
Ironicamente, o grande disco dos ex-Beatles acabou sendo o álbum triplo em
que George Harrison deglutiu os antigos companheiros de banda, abrindo as
comportas de sua produção represada durante uma década à sombra de John
e Paul. E foi assim, por estranhos caminhos antropofágicos, que a dialética de
Lennon e McCartney brilhou pela última vez.
(Adaptado de: DANTAS, Marcelo O. Revista Piauí. Disponível em h:
ttp://revistapiaui.estadao.com.br/materia/beatle.s Acesso em: 20/02/16)

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... tanto o metódico Paul McCartney como o irrequieto John Lennon


expressavam à perfeição a dualidade.
O verbo que possui, no contexto, o mesmo tipo de complemento que o da frase
acima está empregado em:
a) Os Beatles eram um mecanismo de criação.
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b) Fizeram coisas boas.


c) ... a mais nobre forma de arte que jamais existiu.
d) ... criavam obcecados com a presença (ou ausência)..
e) ... que a dialética de Lennon e McCartney brilhou pela última vez .
Comentários:
Pessoal, vamos começar analisando o trecho do enunciado.
“tanto o metódico Paul McCartney como o irrequieto John Lennon (sujeito
composto) expressavam (verbo transitivo direto - TD) à perfeição (adjunto
adverbial de modo) a dualidade” (objeto direto – OD).
Notem que o verbo EXPRESSAR é transitivo direto - TD (expressar ALGO), no
entanto a expressão “à perfeição” foi intercalada após o verbo para tentar
enganar os candidatos, no sentido de parecer que o verbo seria transitivo
indireto - TI ou mesmo TDI.
Vamos agora analisar as alternativas:
Alternativa A – Incorreta – A forma verbal “eram” é um verbo de ligação
(predicado nominal).
EU VOU PASSAR !!

Alternativa B – Correta – O verbo FAZER também é transitivo direto (fazer


ALGO).
Alternativa C – Incorreta – O verbo EXISTIR é intransitivo.
Note que a frase não tem objeto, apenas sujeito, adjunto adverbial e verbo
intransitivo.
Alternativa D – Incorreta – O verbo CRIAR, assim como os demais (Pensavam,
sentiam e criavam obcecados com a presença (ou ausência) do parceiro e rival.)
foram utilizados como verbos intransitivos, apesar de ser um verbo que
costuma receber um complemento (objeto direto).
Note que o termo “obcecados com a presença (ou ausência) do parceiro e rival”
tem mera função adverbial e não de complemento dos verbos.
Alternativa E – Incorreta – Novamente, temos um verbo intransitivo (Ela
brilhou. – o verbo não tem complemento).
Gabarito: B

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3) FCC/Adv Jr/METRO SP/2016


Atenção: A questão refere-se ao texto abaixo.
Não cometo esse erro tão comum de julgar os outros por mim. Acredito de bom
grado que o que está nos outros possa divergir essencialmente daquilo que está
em mim. Não obrigo ninguém a agir como ajo e concebo mil e uma maneiras
diferentes de viver; e, contrariamente ao que ocorre em geral, espantam-me
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bem menos as diferenças entre nós do que as semelhanças. Não imponho a


outrem nem meu modo de vida nem meus princípios; encaro-o tal qual é, sem
estabelecer comparações. O fato de não ser continente não me impede de
admirar e aprovar os Feuillants* e os capuchinhos que o são; pela imaginação
ponho-me muito bem em sua pele e os estimo e honro tanto mais quanto
divergem de mim. Aspiro particularmente a que julguem cada qual como é, sem
estabelecer paralelos com modelos tirados do comum. Minha fraqueza não
altera absolutamente o apreço em que deva ter quem possui força e vigor.
Embora me arraste ao nível do solo, não deixo de perceber nas nuvens, por
mais alto que se elevem, certas almas que se distinguem pelo heroísmo. Já é
muito para mim ter o julgamento justo, ainda que não o acompanhem minhas
ações, e manter ao menos assim incorruptível essa qualidade. Já é muito ter
boa vontade, mesmo quando as pernas fraquejam.
*Ordem religiosa.
(Extraído de MONTAIGNE, Michel de. “Catão, o jovem”,E nsaios, trad. Sérgio
Milliet, São Paulo, Nova Cultural, 1996, p. 213)

Os dois verbos grifados que foram empregados no texto com o mesmo tipo de
complemento encontram-se em:
EU VOU PASSAR !!

a) Não imponho a outrem nem meu modo de vida nem meus princípios... / ...
os Feuillants e os capuchinhos que o são...
b) ... ainda que não o acompanhem minhas ações... / ... mesmo quando as
pernas fraquejam.
c) Não cometo esse erro tão comum de julgar os outros por mim. / Minha
fraqueza não altera absolutamente o apreço...
d) Não cometo esse erro tão comum de julgar os outros por mim. / ... mesmo
quando as pernas fraquejam.
e) Não imponho a outrem nem meu modo de vida nem meus princípios... / ...
contrariamente ao que ocorre em geral...
Comentários:
Alternativa A – Incorreta – imponho (verbo transitivo direto e indireto – TDI)
a outrem (objeto indireto - OI) nem meu modo de vida nem meus princípios
(OD)

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... que (sujeito) o (PDS) são (verbo de ligação)


Alternativa B – Incorreta – acompanhem (verbo transitivo direto - TD) minhas
ações (objeto direto - OD)
as pernas fraquejam (verbo intransitivo – não exige complemento)
Alternativa C – Correta – cometo (verbo transitivo direto - TD) esse erro tão
comum (objeto direto - OD)
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altera (verbo transitivo direto - TD) o apreço (verbo transitivo direto - TD)
Alternativa D – Incorreta – cometo (verbo transitivo direto - TD) esse erro tão
comum (objeto direto - OD)
as pernas fraquejam (verbo intransitivo – não exige complemento)
Alternativa E – Incorreta – imponho (verbo transitivo direto e indireto – TDI)
a outrem (objeto indireto - OI) nem meu modo de vida nem meus princípios
(OD)
ocorre (verbo intransitivo – não exige complemento)
Gabarito: C

4) FCC/TRE/SEFAZ MA/Arrecadação e Fiscalização de Mercadorias


em Trânsito/2016
Atenção: Para responder à questão, considere o texto abaixo.
A tragédia vinha sendo anunciada: desde o começo do ano, Nabiré parecia
cansada. Portadora de um cisto no ovário, carregava seu corpo de 31 anos e 2
toneladas com mais dificuldade. Ainda assim, atravessou aquele 27 de julho em
EU VOU PASSAR !!

relativa normalidade.
Comeu feno, caminhou na areia, rolou na poça de lama para proteger-se do sol.
Ao fim da tarde, recolheu-se aos seus aposentos – uma área fechada no
zoológico Dvůr Králové, na República Tcheca. Deitou-se, dormiu – e nunca mais
acordou. No dia seguinte, o diretor da instituição descreveria a perda como
“terrível”, definindo-a como “um símbolo do declínio catastrófico dos
rinocerontes devido à ganância humana”.
Nabiré representava 20% dos rinocerontes-brancos-do-norte ainda vivos. A
espécie está extinta na natureza. Dos quatro remanescentes, três vivem numa
reserva ecológica no Quênia, protegidos por homens armados. O restante – uma
fêmea chamada Nola – mora num zoológico nos Estados Unidos. São todos
idosos e, até que se prove o contrário, inférteis.
Surgido como um adorno que conferia sucesso reprodutivo ao portador (como
a juba, no caso do leão), o chifre acabaria por selar o destino trágico do
paquiderme. Passou a ser usado para tratar diversas doenças na medicina
oriental. De nada valeram inúmeros estudos científicos mostrando a inocuidade
da substância. O chifre virou artigo valiosíssimo no mercado negro da caça.

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Segundo estimativas, no começo do século XX a ordem dos rinocerontes era


representada por um plantel de meio milhão de animais. Hoje restam apenas
29 mil, divididos em cinco espécies. A que está em estado mais crítico é a
subespécie branca-do-norte.
O rinoceronte-branco-do-norte era endêmico do Congo – país que ainda sofre
os efeitos de uma guerra civil iniciada em 1996 que já deixou um saldo de ao
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menos 5 milhões de pessoas mortas. Diante desse quadro, não houve quem
zelasse pelo animal.
Nabiré foi um dos quatro rinocerontes-brancos-do-norte nascidos em cativeiro,
no próprio zoológico. Após o nascimento de Fatu, no mesmo zoológico, quinze
anos mais tarde, nenhuma outra fêmea de rinoceronte-branco-do-norte
conseguiu engravidar.
Por isso, em 2009, os quatro rinocerontes-brancos-do-norte que faziam
companhia a Nabiré foram levados para um reserva no Quênia. Como nem a
inseminação artificial tivesse funcionado, havia a esperança última de que um
habitat selvagem pudesse surtir algum efeito. Porém, não houve resultado.
Nabiré não viajou com o grupo por ser portadora de uma doença: nasceu com
ovário policístico, o que a tornava infértil. “Foi a rinoceronte mais doce que
tivemos no zoológico”, disse o diretor de projetos internacionais do zoológico.
“Nasceu e cresceu aqui. Foi como perder um membro da família.”
Há uma esperança remota de que a espécie ainda seja preservada por
fertilização in vitro. “Nossa única esperança é a tecnologia”, completou o diretor.
“Mas é triste atingir um ponto em que a salvação está em um laboratório.
Chegamos tarde. A espécie tinha que ter sido protegida na natureza.”
(Adaptado de: KAZ, Roberto. Revista Piauí. Disponível em:
EU VOU PASSAR !!

http://revistapiaui.estadao.com.br/materia/eramos-cinco)

A tragédia vinha sendo anunciada...


O segmento grifado exerce na frase acima a mesma função sintática que o
segmento também grifado em:
a) ... devido à ganância humana...
b) Hoje restam apenas 29 mil...
c) ... havia a esperança última de que um habitat selvagem pudesse surtir algum
efeito.
d) ... país que ainda sofre os efeitos de uma guerra civil iniciada em 1996...
e) ... o diretor da instituição descreveria a perda como “terrível”...
Comentários:
Analisando a frase do enunciado:

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A tragédia (sujeito) vinha sendo anunciada...


Alternativa A – Incorreta – à ganância humana (complemento nominal)
Quando o verbo, no particípio, apresentar um complemento que acrescente
informações à expressão, este será um complemento nominal e deve vir
acompanhado de preposição.
Alternativa B - Correta – restam (verbo intransitivo) 29 mil (sujeito)
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Aqui a banca jogou uma boa casca de banana, colocando o sujeito posposto
ao verbo, a fim de que ele pareça ou objeto direto. Para o verbo RESTAR, essa
é a construção mais natural (sujeito posposto).
Alternativa C – Incorreta – havia (verbo transitivo direto - VTD) a esperança
última (objeto direto)
Esse caso é o oposto do anterior. Aqui, o candidato poderia se confundir e achar
que o termo é sujeito, porém é bom lembrar que o verbo HAVER no sentido de
EXISTIR é impessoal (não tem sujeito).
Alternativa D – Incorreta – sofre (verbo transitivo direto - VTD) os efeitos
(objeto direto)
Alternativa E – Incorreta – descreveria (verbo transitivo direto - VTD) a perda
(objeto direto)
Gabarito: B

5) FCC/Ana Amb/SEMA MA/Geógrafo/2016


Atenção: Para responder à questão, considere o texto abaixo.
EU VOU PASSAR !!

Será que a internet está a matar a democracia? Vyacheslav W. Polonski, um


acadêmico da Universidade de Oxford, faz essa pergunta na revista Newsweek.
E oferece argumentos a respeito que desaguam em águas tenebrosas.
A internet oferece palco político para os mais motivados (e despreparados).
Antigamente, o cidadão revoltado podia ter as suas opiniões sobre os assuntos
do mundo. Mas, tirando o boteco, ou o bairro, ou até o jornal do bairro, essas
opiniões nasciam e morriam no anonimato.
Hoje, é possível arregimentar dezenas, ou centenas, ou milhares de
"seguidores" que rapidamente espalham a mensagem por dezenas, ou
centenas, ou milhares de novos "seguidores". Quanto mais radical a mensagem,
maior será o sucesso cibernauta.
Mas a internet não é apenas um paraíso para os politicamente motivados (e
despreparados). Ela tende a radicalizar qualquer opinião sobre qualquer
assunto.

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A ideia de que as redes sociais são uma espécie de "ágora moderna", onde
existem discussões mais flexíveis e pluralistas, não passa de uma fantasia. A
internet não cria debate. Ela cria trincheiras entre exércitos inimigos.
(Adaptado de: COUTINHO, João Pereira. Disponível em:
http://www1.folha.uol.com.br/colunas/joaopereiracoutinho/2016/08/18016)
Direitos autorais reservados (Lei 9610/98). Proibida a reprodução, venda ou compartilhamento deste arquivo. Uso individual.

A ideia de que as redes sociais são uma espécie de "ágora moderna", onde
existem discussões mais flexíveis e pluralistas ...
(último parágrafo)
O elemento sublinhado na frase acima exerce a mesma função sintática que o
sublinhado em:
a) ... as suas opiniões sobre os assuntos do mundo.
b) Ela cria trincheiras entre exércitos inimigos.
c) A internet oferece palco político para os mais motivados...
d) ... essas opiniões nasciam e morriam no anonimato.
e) ... não passa de uma fantasia.
Comentários:
Analisando o enunciado:
A ideia de que as redes sociais são uma espécie de "ágora moderna", onde
existem (verbo intransitivo) discussões mais flexíveis e pluralistas (sujeito)
Ao contrário do verbo HAVER no sentido de EXISTIR, que é impessoal (não
tem sujeito), o verbo EXISTIR é pessoal e intransitivo (não tem objeto).
EU VOU PASSAR !!

Alternativa A – Incorreta – do mundo (adjunto adnominal do nome


“assuntos”)
Alternativa B – Incorreta – cria (verbo transitivo direto - TD) trincheiras (objeto
direto)
Alternativa C – Correta – A internet (sujeito) oferece (verbo transitivo direto -
TD)
Alternativa D – Incorreta – no anonimato (adjunto adverbial de modo)
Alternativa E – Incorreta – passa (verbo transitivo indireto - TI) de uma fantasia
(objeto indireto - OI)
Gabarito: C

6) FCC/Ana/DPE RS/Contabilidade/2017
A questão baseia no texto apresentado abaixo
Sem privacidade

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Ainda é possível ter privacidade em meio a celulares, redes sociais e dispositivos


outros das mais variadas conexões? Os mais velhos devem se lembrar do tempo
em que era feio “ouvir conversa alheia”. Hoje é impossível transitar por qualquer
espaço público sem recolher informações pessoais de todo mundo. Viajando de
ônibus, por exemplo, acompanham-se em conversas ao celular brigas de casal,
reclamações trabalhistas, queixas de pais a filhos e vice-versa, declarações
românticas, acordo de negócios, informações técnicas, transmissão de dados e
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um sem-número de situações de que se é testemunha compulsória. Em clara e


alta voz, lances da vida alheia se expõem aos nossos ouvidos, desfazendo-se
por completo a fronteira que outrora distinguia entre a intimidade e a mais
aberta exposição. Nas redes sociais, emoções destemperadas convivem com
confissões perturbadoras, o humor de mau gosto disputa espaço com falácias
políticas – tudo deixando ver que agora o sujeito só pode existir na medida em
que proclama para o mundo inteiro seu gosto, sua opinião, seu juízo, sua reação
emotiva. É como se todos se obrigassem a deixar bem claro para o resto da
humanidade o sentido de sua existência, seu propósito no mundo. A discrição,
a fala contida, o recolhimento íntimo parecem fazer parte de uma civilização
extinta, de quando fazia sentido proteger os limites da própria individualidade.
Em meio a tais processos da irrestrita divulgação da personalidade, as
reticências, a reflexão silenciosa e o olhar contemplativo surgem como sintomas
problemáticos de alienação. Impõe-se um tipo de coletivismo no qual todos se
obrigam a se falar, na esperança de que sejam ouvidos por todos. Nesse imenso
ruído social, a reclamação por privacidade é recebida como o mais condenável
egoísmo. Pretender identificar-se como um sujeito singular passou a soar como
uma provocação escandalosa, em tempos de celebração do paradigma público
da informação.
EU VOU PASSAR !!

(Jeremias Tancredo Paz, inédito)

Os elementos sublinhados são exemplos de uma mesma função sintática no


seguinte segmento:
a) Nas redes sociais, emoções destemperadas convivem com confissões
perturbadoras...
b) Os mais velhos devem se lembrar do tempo em que era feio "ouvir conversa
alheia”.
c) Hoje é impossível transitar por qualquer espaço público sem recolher
informações pessoais...
d) Ainda é possível ter privacidade em meio a celulares (...)?
e) ...a reclamação por privacidade é recebida como o mais condenável egoísmo.
Comentários:
Alternativa A – Incorreta – emoções (sujeito) convivem com confissões (objeto
indireto)

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Alternativa B – Incorreta – lembrar (verbo transitivo indireto - TI) do tempo


(objeto indireto) em que era (verbo de ligação) feio (predicativo do sujeito –
PDS)
Alternativa C – Correta – público (adjunto adnominal de “espaço”)
pessoais (adjunto adnominal de “informações”)
Alternativa D – Incorreta – ter (verbo transitivo direto - TD) privacidade (objeto
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indireto)
Em relação à expressão a seguir temos duas interpretações:
A expressão inteira é classificada como AAV: em meio a celulares (adjunto
adverbial)
Portanto, “celulares” é parte dessa locução adverbial.
Alternativa E – Incorreta – a reclamação (sujeito passivo) é recebida (verbo na
voz passiva)
condenável (adjunto adnominal de egoísmo)
Gabarito: C

7) FCC/TJ/TRE SP/Administrativa/Artes Gráficas/2017


Quando confrontada a duas teorias – uma simples e outra complexa – para
explicar um problema, a maior parte das pessoas não hesita em favorecer a
primeira, também qualificada como elegante. “Em muitos casos, porém, a
complexa pode ser mais interessante”, lembra o filósofo Marco Zingano, da
Universidade de São Paulo. Segundo ele, a escolha é natural na cultura ocidental
EU VOU PASSAR !!

contemporânea porque o pensamento dessas civilizações foi moldado por


Aristóteles e Platão, os filósofos de maior destaque na Grécia Antiga, para quem
a metafísica da unidade tinha como paradigma a simplicidade.
Levado ao pé da letra, o resgate puramente historiográfico das contribuições da
Antiguidade pode parecer folclórico diante do conhecimento atual. Mas, mesmo
que oculta, a influência de Aristóteles e de Platão está presente na forma como
o pensamento governa os hábitos intelectuais da civilização atual.
Um dos problemas que ocuparam Platão e Aristóteles foi a acrasia, que leva
uma pessoa a tomar uma atitude contrária à que sabe ser a correta. Se está
claro, por exemplo, que uma moderada dose diária de exercícios é suficiente
para prevenir uma série de doenças graves e trazer benefícios à saúde, por que
alguém optaria por passar horas deitado no sofá e se locomover apenas de
carro? Para Sócrates, a resposta era simples: guiado pela razão, o ser humano
só deixa de fazer o que é melhor se lhe faltar o conhecimento.
Platão discordava, e resolveu o dilema dividindo a alma em três partes: um par
de cavalos alados conduzidos por um cocheiro que representa uma delas, a
razão. Um dos cavalos, arredio, só pode ser controlado a chicotadas e

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representa os apetites. O outro é a porção irascível da alma. É o impulso, em


geral obediente à razão, mas que pode levar a decisões impetuosas em
determinadas situações. “O que determina as ações seriam fontes distintas de
motivação”, observa Zingano. Platão pensou o conflito como interno à alma,
dando lugar à acrasia. Já Aristóteles dedicou um livro de sua Ética ao fenômeno.
Aristóteles e Platão tiveram um papel importante – e persistente – porque foram
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grandes sistematizadores do conhecimento. Eles procuraram domar conceitos


diversos do Universo, do corpo e da mente, entender seu funcionamento e
deixar registrado para uso futuro. Resgatar esses textos, explica Zingano, é
uma busca da compreensão de como a cultura ocidental descreve o mundo e
enxerga a si mesma ainda hoje.
(Adaptado de: GUIMARÃES, Maria. Disponível em: revistapesquisa.fapesp.br)

Um dos problemas que ocuparam Platão e Aristóteles foi a acrasia...


O segmento grifado exerce, na frase acima, a mesma função sintática que o
segmento também grifado em:
a) ... guiado pela razão, o ser humano só deixa de fazer o que é melhor se...
b) ... o pensamento dessas civilizações foi moldado por Aristóteles e Platão.
c) Eles procuraram domar conceitos diversos do Universo...
d) ... conduzidos por um cocheiro que representa uma delas, a razão.
e) ... só pode ser controlado a chicotadas e representa os apetites...
Comentários:
EU VOU PASSAR !!

Fazendo a análise sintática da frase do enunciado:


a acrasia (sujeito) foi (verbo de ligação – VL) Um dos problemas que ocuparam
Platão e Aristóteles (predicativo do sujeito – PDS)
Alternativa A – Correta – o ser humano (sujeito) só (palavra denotativa) deixa
de fazer (verbo transitivo direto) o que é melhor (= ISSO/AQUILO/ALGO -
oração subordinada com função de objeto direto)
Alternativa B – Incorreta – o pensamento dessas civilizações (sujeito passivo)
foi moldado (verbo na voz passiva) por Aristóteles e Platão (agente da
passiva)
Alternativa C – Incorreta – Eles (sujeito) procuraram domar (verbo transitivo
direto) conceitos diversos do Universo (objeto direto)
Alternativa D – Incorreta – conduzidos por um cocheiro que representa uma
delas, a razão (aposto)
Alternativa E – Incorreta – controlado a chicotadas (adjunto adverbial de
modo)
Gabarito: A

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8) FCC/TJ/TRE PR/Administrativa/2017
Atenção: Considere o texto abaixo para responder à questão.
Brasileiros e latino-americanos fazemos constantemente a experiência do
caráter postiço da vida cultural que levamos. Essa experiência tem sido um dado
formador de nossa reflexão crítica desde os tempos da Independência. Ela pode
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ser e foi interpretada de muitas maneiras, o que faz supor que corresponda a
um problema durável e de fundo.
O Papai Noel enfrentando a canícula em roupa de esquimó é um exemplo de
inadequação. Da ótica de um tradicionalista, a guitarra elétrica no país do samba
é outro. São exemplos muito diferentes, mas que comportam o sentimento da
contradição entre a realidade nacional e o prestígio ideológico dos países que
nos servem de modelo.
Tem sido observado que, a cada geração, a vida intelectual no Brasil parece
recomeçar do zero. O apetite pela produção recente dos países avançados
muitas vezes tem como avesso o desinteresse pelo trabalho da geração anterior
e, por conseguinte, a descontinuidade da reflexão. Nos vinte anos em que tenho
dado aula de literatura, por exemplo, assisti ao trânsito da crítica por uma lista
impressionante de correntes. Mas é fácil observar que só raramente a passagem
de uma escola a outra corresponde ao esgotamento de um projeto; no geral,
ela se deve ao prestígio americano ou europeu da doutrina seguinte. Conforme
notava Machado de Assis em 1879, “o influxo externo é que determina a direção
do movimento”.
Não é preciso ser adepto da tradição para reconhecer os inconvenientes desta
praxe, a que falta a convicção das teorias, logo trocadas. Percepções e teses
EU VOU PASSAR !!

notáveis a respeito da cultura do país são decapitadas periodicamente, e


problemas a muito custo identificados ficam sem o desdobramento que lhes
poderia corresponder. O que fica de nosso desfile de concepções e métodos é
pouco, já que o ritmo da mudança não dá tempo à produção amadurecida.
O inconveniente faz parte do sentimento de inadequação que foi nosso ponto
de partida. Nada mais razoável, portanto, para alguém consciente do prejuízo,
que passar ao polo oposto e imaginar que baste não reproduzir a tendência
metropolitana para alcançar uma vida intelectual mais substantiva. A conclusão
tem apoio intuitivo forte, mas é ilusória. Não basta renunciar ao empréstimo
para pensar e viver de modo mais autêntico. A ideia de cópia discutida aqui
opõe o nacional ao estrangeiro e o original ao imitado, oposições que são irreais
e não permitem ver a parte do estrangeiro no próprio, a parte do imitado no
original e também a parte original no imitado.
(Adaptado de: SCHWARZ, Roberto. Que horas são? São Paulo, Cia. Das
Letras, 1987, p. 29-48)

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que comportam o sentimento da contradição


O segmento que possui, no contexto, a mesma função sintática do sublinhado
acima encontra-se também sublinhado em:
a) que foi nosso ponto de partida
b) Conforme notava Machado de Assis
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c) a que falta a convicção das teorias


d) ela se deve ao prestígio americano ou europeu da doutrina seguinte
e) para reconhecer os inconvenientes desta praxe
Comentários:
Fazendo a análise sintática do termo do enunciado:
que (sujeito) comportam (verbo transitivo direto – TD) o sentimento da
contradição (objeto direto – OD)
Alternativa A – Incorreta – que (sujeito) foi (verbo de ligação) nosso ponto de
partida (predicativo do sujeito – PDS)

Alternativa B – Incorreta – “Machado de Assis” é o sujeito da oração.


Alternativa C – Incorreta – O termo “a convicção das teorias” é o sujeito da
oração.
a que (objeto indireto) falta (verbo transitivo indireto) a convicção das teorias
(sujeito)
Alternativa D – Incorreta – O termo sublinhado é o objeto indireto da oração,
introduzido pela preposição A.
EU VOU PASSAR !!

Alternativa E – Correta – reconhecer (verbo transitivo direto) os inconvenientes


desta praxe (objeto direto)
Gabarito: E

9) FCC/TJ/TRE SP/Administrativa/"Sem Especialidade"/2012


... João Rubinato, que adotou o nome de um amigo funcionário do Correio...
O verbo que exige o mesmo tipo de complemento que o grifado acima está
empregado em:
a) ... que já acabou com a garoa...
b) ... e produziu uma obra radicalmente brasileira...
c) ... a que se sobrepôs à velha cidadezinha provinciana...
d) Adoniran Barbosa é um paulista de cerne...
e) ... e depois fugir, com ela e conosco, para a terra da poesia...
Comentários:

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O verbo ADOTAR é transitivo direto – TD (adotar algo/alguém)


Alternativa A – Incorreta – O verbo ACABAR, no sentido empregado, é
transitivo indireto - TI (acabar COM algo).
Alternativa B – Correta – Produziu o quê? Uma obra prima! (Produzir algo)-TD
Alternativa C – Incorreta – ...se sobrepôs a quê? A (prep) + a (art) = à velha
cidadezinha...
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ATENÇÃO – sempre que há crase, há preposição!


Alternativa D – Incorreta – Observe que “um paulista” qualifica o sujeito
“Adoniran Barbosa”. O PDS é ligado ao sujeito por um verbo de ligação.
Alternativa E – Incorreta – O verbo FUGIR é intransitivo, por isso não pede
complemento, no entanto, ele pode ser acompanhado de um adjunto
adverbial que amplie ou modifique o seu sentido, como é o caso de “para a
terra da poesia” (AAV de lugar) e “com ela e conosco” (AAV de companhia).
Gabarito: B

10) FCC/TJ/TRE SP/Apoio Especializado/Programação de


Sistemas/2012
Tudo isso vem a propósito da fusão que Caetano Veloso hoje encarna.
O verbo que exige o mesmo tipo de complemento que o grifado acima está
empregado em:
a) Exaltada aqui dentro, repercute lá fora.
b) A vertente é uma só...
EU VOU PASSAR !!

c) Pouco importam as fontes de onde procedem.


d) ... seu caráter lustral as universaliza.
e) Viajou a Portugal...
Comentários:
O verbo ENCARNAR, no sentido empregado, é transitivo direto – TD (encarnar
algo).
Alternativa A – Incorreta – O verbo REPERCUTIR é intransitivo, sendo
“complementado” por um AAV de lugar (algo repercute).
Alternativa B – Incorreta – O verbo SER é verbo de ligação, portanto o seu
complemento é um predicativo do sujeito – PDS.
Alternativa C – Incorreta – O verbo IMPORTAR significa ter importância, por isso
é intransitivo (isso importa = isso tem importância).
O verbo PROCEDER foi empregado no sentido de originar-se, portanto, também
é intransitivo, sendo complementado por um AAV de lugar (as fontes
procedem de algum lugar).

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Alternativa D – Correta – O pronome oblíquo “AS” substitui um termo com


função de objeto direto.
Alternativa E – Incorreta – Viajar a algum lugar – transitivo indireto
Gabarito: D
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11) FCC/Aux FF II/TCESP/2012


... para que ela não interfira de forma excessiva em seus projetos.
O verbo que exige o mesmo tipo de complemento que o grifado acima está em:
a) ... contra forças desconhecidas que anulam tudo aquilo ...
b) ... com as quais procuramos lidar com a realidade ...
c) ... deixando-nos desarmados e atônitos ...
d) ... de algo que está além de nossa compreensão ...
e) ... ele o convoca constantemente.
Comentários:
Alguém interfere em algo, por isso o verbo INTERFERIR é transitivo indireto.
“ela (sujeito) não (AAV negação) interfira (VTI) de forma excessiva (AAV modo)
em seus projetos (OI)”
Alternativa A – Incorreta – O verbo ANULAR é transitivo direto.
As forças anulam o quê? Anulam (VTD) tudo aquilo (OD).
Alternativa B – Correta – O verbo LIDAR é TI, pois sempre alguém lida com
alguma coisa/outrem.
EU VOU PASSAR !!

“lidar com a realidade”


Alternativa C – Incorreta – O pronome oblíquo “nos” tem a função de
complementar a forma verbal “deixando”. O pronome “nos” exerce a função de
objeto direto.
Deixando (VTD) nos (OD) desarmados e atônitos (PDO)
Alternativa D – Incorreta – O verbo ESTAR, na oração, é intransitivo!
ATENÇÃO – nem sempre o verbo ESTAR será de ligação!!!
Ex. Ele (sujeito) está (VI) em casa (AAV de lugar).
Alternativa E – Incorreta – Os pronomes oblíquos A(S) e O(S) sempre serão
objeto direto.
Gabarito: B

12) FCC/Ass Tec Leg/AL-PB/2013


Atenção: Considere o texto abaixo para responder à questão.

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Sivuca nasceu numa família de pequenos lavradores e coureiros. Vivendo na


área rural de Itabaiana, na Paraíba, numa localidade pobre e remota, sem rádio
nem eletricidade, o próprio Sivuca não sabe explicar como a música entrou em
sua vida. Ninguém na família tocava qualquer instrumento. “Eu não sei. Mas sei
que veio firme, porque minha vocação foi mais forte do que toda e qualquer
tendência. Quero dizer, a música veio para ficar em mim, pronto.”
Suas primeiras memórias musicais vêm dos sanfoneiros itinerantes que
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passavam por Itabaiana, de pessoas que tocavam violão na cidade, da banda


de música e do órgão da igreja. Seu talento era evidente, a ponto de que a
própria família passasse a insistir que tentasse carreira na cidade grande.
Depois de algumas idas e vindas, mudou-se para Recife, foi contratado pela
Rádio Clube de Pernambuco aos 15 anos de idade, em novembro de 1945, e
descobriu um novo horizonte musical.
Sivuca aprendeu teoria musical com o clarinetista da Orquestra Sinfônica de
Recife e, três anos depois, passou a estudar harmonia e orquestração com o
maestro fluminense Guerra-Peixe, que então vivia em Recife. Ao longo da vida
profissional, foi incorporando outros instrumentos ao seu arsenal, como o violão,
a guitarra e o piano, numa mistura de autodidatismo e aprendizado informal
com alguns dos melhores músicos do mundo.
Segundo o músico, “o estudo, o desenvolvimento musical torna-se necessário.
Eu digo isso porque eu também passei pelo mesmo; fui, por muito tempo,
músico sem estudar, naturalmente levando a sério todas as tendências, mas
também me dando ao trabalho de queimar pestana e estudar teoria musical,
estudar orquestração e, enfim, harmonia, fuga, contraponto, me preparar para
lidar com os ingredientes teoricamente”.
(Adaptado de http://musicosdobrasil.com.br/sivuca. Acesso em 04/03/2013)
EU VOU PASSAR !!

Ninguém na família tocava qualquer instrumento.


O elemento em destaque acima exerce a mesma função sintática que o
elemento grifado em:
a) Mas sei que veio firme...
b) Eu não sei.
c) ... o estudo, o desenvolvimento musical torna-se necessário.
d) ... sanfoneiros itinerantes que passavam por Itabaiana...
e) Eu digo isso porque eu também...
Comentários:
Ninguém (sujeito) na família (AAV) tocava (VTD) qualquer instrumento (OD).
Alternativa A – Incorreta – O termo “firme” refere-se ao termo música (sujeito
implícito), por isso trata-se de um PDS.

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(A música) (sujeito) veio (VTI) firme (PDS)


Alternativa B – Incorreta – O pronome “eu” é sujeito da oração. Os pronomes
retos (eu, tu, ele, nós, vós, eles) apenas exercem função de sujeito.
Alternativa C – Incorreta – O termo “necessário” complementa a forma verbal
“torna-se” e qualifica o sujeito “o estudo, o desenvolvimento musical”, por isso
é um predicativo do sujeito - PDS.
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Alternativa D – Incorreta – O pronome “que” substitui o nome “sanfoneiros


itinerantes” fazendo papel de sujeito da oração.
Alternativa E – Correta - Eu (sujeito) digo (VTD) isso (OD)
Gabarito: E

13) FCC/Ass Tec Leg/AL PB/2013


Atenção: Considere o texto abaixo para responder à questão.
O bater do martelo do mestre José Amaro abafava os rumores do dia que
cantava nos passarinhos. Uma vaca mugia por longe. Ouvia o gemer da filha.
Batia com mais força na sola. O martelo do mestre era forte, mais alto que tudo.
O pintor Laurentino foi saindo. E o mestre, de cabeça baixa, ficara no ofício. [...]
Tinha aquela filha triste. Ele queria mandar em tudo como mandava no couro
que trabalhava, queria bater em tudo como batia naquela sola.
(Adaptado de José Lins do Rego. Fogo Morto. Rio de Janeiro: José Olympio.
50. ed. 1998. p. 9)
... que cantava nos passarinhos.
O elemento grifado acima refere-se a:
EU VOU PASSAR !!

a) rumores.
b) mestre José Amaro.
c) bater do martelo.
d) passarinhos.
e) dia.
Comentários:
O bater do martelo do mestre José Amaro abafava os rumores do dia que
cantava nos passarinhos.
O pronome relativo “que” substitui o termo “dia” como sujeito da oração “que
cantava nos passarinhos”. Repare que o pronome “que” não pode referir-se
aos termos “mestre José Amaro” ou “bater do martelo” pela sua distância dos
termos na frase, o que a tornaria sem sentido.

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O pronome também não pode referir-se a “rumores”, pois a forma verbal


“cantava” está no singular, denunciando que o pronome “que” refere-se ao
termo “dia”.
Gabarito: E

14) FCC/AJ/TRF 4/Apoio Especializado/Informática/2014


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Atenção: Para responder à questão, considere o texto abaixo.


Antônio Vieira é, desde o século XVII, um modelo de nosso idioma, a ponto de
Fernando Pessoa, na Mensagem, chamá-lo de “Imperador da língua
portuguesa”. Em uma de suas principais obras, o Sermão da Sexagésima,
ensina como deve ser o estilo de um texto:
“Aprendamos do céu o estilo da disposição, e também o das palavras. Como
hão de ser as palavras? Como as estrelas. As estrelas são muito distintas e
muito claras. Assim há de ser o estilo da pregação, muito distinto e muito claro.
E nem por isso temais que pareça o estilo baixo; as estrelas são muito distintas,
e muito claras e altíssimas. O estilo pode ser muito claro e muito alto; tão claro
que o entendam os que não sabem, e tão alto que tenham muito que entender
nele os que sabem. O rústico acha documentos nas estrelas para sua lavoura,
e o mareante para sua navegação, e o matemático para as suas observações e
para os seus juízos. De maneira que o rústico e o mareante, que não sabem ler
nem escrever, entendem as estrelas, e o matemático que tem lido quantos
escreveram não alcança a entender quanto
nelas há.”
Vieira mostra com as estrelas o que sejam a distinção e a clareza. Não são
EU VOU PASSAR !!

discordantes, como muitos de nós pensamos: uma e outra concorrem para o


mesmo fim. Nada mais adequado que, ao tratar de tais virtudes do discurso,
fizesse uso de comparação. Este procedimento Quintiliano, no século II d.C., já
considerava dos mais aptos para conferir clareza, uma vez que estabelece
similaridades entre algo já sabido pelo leitor e aquilo que se lhe quer elucidar.
Aqui, compara o bom discurso ao céu, que é de todos conhecido.
(Tales Ben Daud, inédito)

Os elementos sublinhados em ... quantos escreveram não alcança a entender


quanto nelas há... (2º parágrafo) possuem, respectivamente, a mesma função
que os sublinhados em:
a) Este procedimento Quintiliano, no século II d.C...
b) O rústico acha documentos nas estrelas para sua lavoura...
c) As estrelas são muito distintas e muito claras.
d) ... ao tratar de tais virtudes do discurso...

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e) ... e o matemático para as suas observações e para os seus juízos.


Comentários:
Quantos (sujeito) escreveram não alcança a entender (VTD) quanto nelas há
(OD)
Alternativa A – Incorreta – “procedimento” – núcleo do sujeito; “Quintiliano” –
adjunto adnominal (qualifica o termo “procedimento”)
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Alternativa B – Correta – O rústico (sujeito) acha (VTD) documentos (OD)


Alternativa C – Incorreta – As estrelas (sujeito) são (VL) muito distintas e muito
claras (PDS)
Alternativa D – Incorreta - tratar (VTI) de tais (AA) virtudes (núcleo do OI) do
discurso (adjunto adnominal – AA)
Alternativa E – Incorreta - o matemático (sujeito) (acha documentos nas
estrelas) para as suas observações (AAV de finalidade) e para os seus juízos
(AAV de finalidade)
Gabarito: B

15) FCC/ACE/TCE-GO/Contabilidade/2014
Atenção: Considere o texto abaixo para responder à questão.
O cerrado, vegetação seca que cobre o estado de Goiás, é considerado o
segundo maior bioma brasileiro. Ao viajar pelo estado, chama a atenção quando
se vê em um pasto imenso, lá no meio, a coloração viva do ipê. Entretanto, essa
vegetação vem sofrendo com o avanço das monoculturas.
EU VOU PASSAR !!

Professor de agronomia da Universidade Federal de Goiás, Wilson Mozena


acredita que esse cenário de preocupação ambiental vem mudando,
principalmente com projetos como o Programa Agricultura de Baixa Emissão de
Carbono.
Para o professor, a monocultura é a maior vilã da terra. O pesquisador explica
que os sistemas de integração e de plantio direto promovem benefícios vitais
para o solo. O esquema de plantio em que se varia o tipo de planta, colocando,
por exemplo, milho junto com eucalipto, auxilia tanto no “sequestro” do carbono
como na manutenção de uma terra fértil. “Nesse sistema, junto com o milho,
planta-se a semente da forrageira [planta usada para alimentar o gado]. O milho
nasce e essa planta fica na sombra até quando o milho é colhido para o gado
pastar, explica.
Já o sequestro do carbono contribui para diminuir a emissão de gases de efeito
estufa. Quando a terra é arada os restos são incorporados e os micro-
organismos que decompõem esses restos morrem sem alimento e o carbono vai
para a atmosfera. “Quando se deixam nutrientes no solo, os micro-organismos

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aumentam para decompor os nutrientes e ficam na terra se alimentando. O


carbono permanece com eles, não subindo para a atmosfera”.
(Adaptado de: MARCELINO, Sarah Teófilo. “Fazenda em Goiás mantém a
esperança da preservação do cerrado”. Disponível em:
http://sustentabilidade.estadao.com.br. Acessado em: 25/09/14)
Direitos autorais reservados (Lei 9610/98). Proibida a reprodução, venda ou compartilhamento deste arquivo. Uso individual.

Já o sequestro do carbono contribui para diminuir a emissão...


O elemento que, no contexto, exerce a mesma função sintática que o grifado
acima está também grifado em:
a) Ao viajar pelo estado...
b) O cerrado, vegetação seca que cobre o estado de Goiás...
c) ... quando se vê em um pasto imenso, lá no meio, a coloração viva do ipê.
d) ... essa vegetação vem sofrendo com o avanço das monoculturas.
e) Para o professor, a monocultura é a maior vilã da terra.
Comentários:
o sequestro do carbono (sujeito) contribui (VTI) para diminuir a emissão (OI)
Alternativa A – Incorreta – O termo “pelo estado” tem função de AAV de lugar.
Alternativa B – Incorreta – O termo “o estado de Goiás” é objeto direto que
complementa a forma verbal “cobre”.
Alternativa C – Correta – Como o verbo VER é TD, a forma verbal “se vê” é uma
forma passiva sintética. Vamos reorganizar a frase:
Quando, lá no meio, se vê a coloração viva do ipê em um pasto imenso
EU VOU PASSAR !!

Agora, passando para a voz passiva analítica:


Quando, lá no meio, a coloração viva do ipê é vista em um pasto imenso
Aí fica mais evidente que o termo sublinhado é o sujeito passivo da oração.
Alternativa D – Incorreta – A expressão sublinhada, que modifica a forma verbal
“sofrendo”, é um AAV de causa (por causa do avanço das monoculturas).
Alternativa E – Incorreta – “a monocultura (sujeito) é (VL) a maior vilã da terra
(PDS)”
Perguntamos então, qual a função sintática do termo sublinhado? O termo “Para
o professor” trata-se de um dativo de opinião, termo raramente visto em
provas de concursos, que serve para exprimir a opinião de uma pessoa.
Ex. Para ele, a vida é uma aventura.
Gabarito: C

16) FCC/AFTM/Pref SP/2007

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Da impunidade
O homem ainda não encontrou uma forma de organização social que dispense
regras de conduta, princípios de valor, discriminação objetiva de direitos e
deveres comuns. Todos nós reconhecemos que, em qualquer atividade humana,
a inexistência de parâmetros normativos implica o estado de barbárie, no qual
prevalece a mais dura e irracional das justificativas: a lei do mais forte, também
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conhecida, não por acaso, como "a lei da selva". É nessa condição que vivem os
animais, relacionando-se sob o exclusivo impulso dos instintos. Mas o homo
sapiens afirmou-se como tal exatamente quando estabeleceu critérios de
controle dos impulsos primitivos.
Variando de cultura para cultura, as regras de convívio existem para dar base e
estabilidade às relações entre os homens. Não decorrem, aliás, apenas de
iniciativas reconhecidas simplesmente como humanas: podem apresentar-se
como manifestações da vontade divina, como valores supremos, por vezes
apresentados como eternos. Os dez mandamentos ditados por Deus a Moisés
são um exemplo claro de que a religião toma para si a tarefa de orientar a
conduta humana por meio de princípios fundamentais. No caso da lei mosaica,
um desses princípios é o da interdição: "Não matarás", "Não cobiçarás a mulher
do próximo" etc. Ou seja: está suposto nesses mandamentos que o ponto de
partida para a boa conduta é o reconhecimento daquilo que não pode ser
permitido, daquilo que representa o limite de nossa vontade e de nossas ações.
Nas sociedades modernas, os textos constitucionais e os regulamentos de todo
tipo multiplicam-se e sofisticam-se, mas permanece como sustentação delas a
idéia de que os direitos e os deveres dizem respeito a todos e têm por finalidade
o bem comum. Para garantia do cumprimento dos princípios, instituem-se as
sanções para quem os ignore. A penalidade aplicada ao indivíduo transgressor
EU VOU PASSAR !!

é a garantia da validade social da norma transgredida. Por isso, a impunidade,


uma vez manifesta, quebra inteiramente a relação de equilíbrio entre direitos e
deveres comuns, e passa a constituir um exemplo de delito vantajoso: aquele
em que o sujeito pode tirar proveito pessoal de uma regra exatamente por tê-
la infringido. Abuso de poder, corrupção, tráfico de influências, quando não
seguidos de punição exemplar, tornam-se estímulos para uma prática delituosa
generalizada. Um dos maiores desafios da nossa sociedade é o de não permitir
a proliferação desses casos. Se o ideal da civilização é permitir que todos os
indivíduos vivam e convivam sob os mesmos princípios éticos acordados, a
quebra desse acordo é a negação mesma desse ideal da humanidade.
(Inácio Leal Pontes)
O termo sublinhado constitui o sujeito da seguinte construção:
a) Não se encontrou uma forma definitiva de organização social.
b) É nessa condição que vivem os animais.
c) Tais delitos acabam tornando-se estímulos para a banalização das
transgressões.

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d) Ocorre isso por conta das reiteradas situações de impunidade.


e) Deve-se reconhecer na interdição um princípio da lei mosaica.
Comentários:
Alternativa A – Incorreta – Vamos lá pessoal! O verbo ENCONTRAR é transitivo
direto – TD (encontrar ALGUÉM/ALGO). Portanto, sabemos que o “SE” faz o
papel de pronome apassivador. Assim, temos que “uma forma definitiva de
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organização social” é o sujeito passivo da oração.


Uma forma definitiva de organização social não foi encontrada.
Alternativa B – Incorreta – A frase poderia ser reescrita da seguinte maneira:
Os animais é que vivem nessa condição. A forma verbal “é”, assim como o termo
“que” são palavras de realce, sem uma função sintática específica dentro da
oração. O termo “nessa condição” é adjunto adverbial de modo, indicando a
circunstância do fato.
Alternativa C – Incorreta – O termo “estímulos” é objeto direto da forma verbal
“tornando-se”. O sujeito da oração é “tais delitos”.
Alternativa D – Correta – O examinador inverteu a frase para tentar confundir
os candidatos. Na forma direta fica fácil. “Isso ocorre por conta das reiteradas
situações de impunidade”.
Alternativa E – Incorreta – O período está na voz passiva sintética (verbo
reconhecer é TD). Passando para a forma passiva analítica e direta fica mais
fácil perceber.
“Um princípio da lei mosaica deve ser reconhecido na interdição.”
Gabarito: D
EU VOU PASSAR !!

17) FCC/Técnico/MPU/Informática/2007
Atenção: A questão baseia-se no texto apresentado abaixo.
Quem caminha pelos mais de 70 quilômetros de praia da Ilha Comprida, no
litoral sul de São Paulo, pode perceber uma paisagem peculiar. Em meio às
dunas da restinga, onde deveria existir apenas vegetação rasteira, grandes
pinheiros brotam por toda parte. A sombra das árvores é um bemvindo refresco
para os moradores da região, mas a verdade ecológica é que elas não deveriam
estar ali assim como os pombos não deveriam estar nas praças das cidades,
nem as tilápias nas águas dos rios, nem o mosquito da dengue picando pessoas
dentro de casa ou as moscas varejeiras rondando raspas de frutas nas feiras.
São todas espécies exóticas invasoras, originárias de outros países e de outros
ambientes, mas que chegaram ao Brasil e aqui encontraram espaço para
proliferar. Algumas são exóticas também no sentido de "diferentes" ou
"esquisitas", mas muitas já se tornaram tão comuns que parecem fazer parte
da paisagem nacional tanto quanto um pau-brasil ou um tucano. Outros

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exemplos, apontados pelo Programa Global de Espécies Invasoras e por


cientistas brasileiros, incluem o pinus, o dendezeiro, as acácias, a mamona, a
abelha-africana, o pardal, o barbeiro, a carpa, o búfalo, o javali e várias espécies
de gramíneas usadas em pastos, além de bactérias e vírus responsáveis por
doenças importantes como leptospirose e cólera.
Nenhuma delas é nativa do Brasil. Dependendo das circunstâncias, podem ser
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meras "imigrantes" inofensivas ou invasoras altamente nocivas. Dentro do


sistema produtivo, por exemplo, o búfalo e o pinus são apenas espécies
exóticas. Quando escapam para a natureza, entretanto, muitas vezes tornam-
se organismos nocivos aos ecossistemas "naturais". Espécies invasoras não têm
predadores naturais e se multiplicam rapidamente. São fortes, tipicamente
agressivas e controlam o ambiente que ocupam, roubando espaço das espécies
silvestres e competindo com elas por alimento ou se alimentando delas
diretamente.
Por sua capacidade de sobrepujar espécies nativas, as espécies invasoras são
consideradas a segunda maior ameaça à biodiversidade no mundo atrás apenas
da destruição dos hábitats. Ao assumirem o papel de pragas e vetores de
doenças, elas também causam impactos significativos na agricultura e na saúde
humana.
(Adaptado de Herton Escobar. O Estado de S. Paulo, Vida&, 23 de julho de
2006, A25)
... elas também causam impactos significativos na agricultura e na saúde
humana. (final do texto)
O verbo que exige o mesmo tipo de complemento que o do grifado acima está
na frase:
EU VOU PASSAR !!

a) ... grandes pinheiros brotam por toda parte.


b) ... mas que chegaram ao Brasil ...
c) ... e aqui encontraram espaço ...
d) ... o búfalo e o pinus são apenas espécies exóticas.
e) ... e competindo com elas por alimento.
Comentários:
Primeiro vamos analisar o verbo grifado. Podemos concluir que ele é transitivo
direto, pois necessita de complemento sem preposição.
Alternativa A – Incorreta – O verbo brotar é intransitivo, o termo “por toda
parte” é apenas um adjunto adverbial de lugar que amplia o seu significado.
Alternativa B – Incorreta – Igualmente ao item anterior, o verbo brotar é
intransitivo, o termo “ao Brasil” é apenas um adjunto adverbial de lugar que
amplia o seu significado.

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Alternativa C – Correta – Aí sim! O verbo encontrar é TD, (encontrou o quê?


Espaço!), sendo assim exige o mesmo complemento que o verbo causar, um
objeto direto.
Alternativa D – Incorreta – A forma verbal “são” é verbo de ligação, que exige
um predicativo do sujeito – PDS, naturalmente, para qualificar o sujeito.
Alternativa E – Incorreta – O verbo competir, nesse caso, é TI, (competir com
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alguém), portanto exige um OI.


Gabarito: C

18) FCC/Téc. Judiciário/TRE SP/Administrativa/2012


Atenção: A questão refere-se ao texto abaixo.
Como a Folha era o único veículo que mandava repórteres da sede em São Paulo
para todos os comícios e abria generosamente suas páginas para a cobertura
da campanha das Diretas, passei a fazer parte da trupe, dar palpites nos
discursos, sugerir caminhos para as etapas seguintes. Viajava com os três
líderes da campanha em pequenos aviões fretados, e, em alguns lugares, dr.
Ulysses − era assim que se referiam a ele − fazia questão de anunciar minha
presença no palanque. Eu sabia que, em outras circunstâncias, essas coisas não
pegariam bem para um repórter. Àquela altura, no entanto, não me importava
mais com o limite entre as funções do profissional de imprensa e as do militante.
Ficava até orgulhoso, para falar a verdade.
Cevado pelas negociações de bastidores no Parlamento, em que tudo devia
estar acertado antes de a reunião começar, o incansável Ulysses, que na
Constituinte de 1987 passaria horas presidindo a sessão sem levantar sequer
EU VOU PASSAR !!

para ir ao banheiro, transmudara-se num palanqueiro de primeira. Impunha


logo respeito, eu até diria que ele era reverenciado aonde quer que chegasse.
A campanha das Diretas não tinha dono, e por isso crescia a cada dia. Mas,
embora ele não tivesse sido nomeado, todos sabiam quem era o comandante.
Meu maior problema, além de arrumar um telefone para passar a matéria a
tempo de ser publicada, era o medo de avião. "Fica calmo, meu caro jornalista,
avião comigo não cai", procurava me tranquilizar dr. Ulysses, com seu jeito
formal de falar até em momentos descontraídos. Muitos anos depois, ele
morreria num acidente de helicóptero, em Angra dos Reis, no Rio, e seu corpo
desapareceria no mar para sempre.
(Fragmento de Ricardo Kotscho. Do golpe ao Planalto: uma vida de repórter.
São Paulo, Cia. das Letras, 2006, p.120)
"Fica calmo, meu caro jornalista, avião comigo não cai", procurava me
tranquilizar dr. Ulysses...
O segmento em destaque exerce na frase acima a mesma função sintática que
o elemento grifado exerce em:

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a) Como a Folha era o único veículo ...


b) ... essas coisas não pegariam bem para um repórter.
c) ... em que tudo devia estar acertado...
d) Viajava com os três líderes da campanha em pequenos aviões fretados...
e) ... quem era o comandante.
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Comentários:
Primeiramente vamos identificar a função do termo em destaque.
Dr. Ulysses procurava me tranquilizar.
Podemos verificar que o termo é o sujeito da oração. Então, vamos procurar a
alternativa que apresente um sujeito destacado.
Alternativa A – Incorreta – O sujeito da oração é “a folha”, enquanto “único
veículo” é predicativo do sujeito.
Alternativa B – Incorreta – O sujeito da oração é “essas coisas”, enquanto “para
um repórter” é complemento nominal de “bem”.
Alternativa C – Incorreta – O sujeito da oração é “tudo”, o termo grifado
substitui o termo anteriormente citado “no parlamento”.
Alternativa D – Incorreta – O sujeito oculto da oração é “eu”, enquanto o termo
grifado é adj. adv. de companhia.
Alternativa E – Correta – O sujeito da oração é “quem”, seguido do verbo de
ligação “era” e do PDS “comandante”.
Gabarito: E
EU VOU PASSAR !!

19) FCC/ Téc. Judiciário/TRE SP/Administrativa/2012


Atenção: A questão refere-se ao texto abaixo.
Os modernistas de 1922 nunca se consideraram componentes de uma escola,
nem afirmaram ter postulados rigorosos em comum. O que os unificava era um
grande desejo de expressão livre e a tendência para transmitir, sem os
embelezamentos tradicionais do academismo, a emoção pessoal e a realidade
do país. Por isso, não se cansaram de afirmar (sobretudo Mário de Andrade)
que a sua contribuição maior foi a liberdade de criação e expressão. "Cria o teu
ritmo livremente", disse Ronald de Carvalho.
Este conceito é relativo, pois em arte não há originalidade absoluta. No Brasil,
ele significou principalmente libertação dos modelos acadêmicos, que se haviam
consolidado entre 1890 e 1920. Em relação a eles, os modernistas afirmaram a
sua libertação em vários rumos e setores: vocabulário, sintaxe, escolha de
temas, a própria maneira de ver o mundo.

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Do ponto de vista estilístico, pregaram a rejeição dos padrões portugueses,


buscando uma expressão mais coloquial, próxima do modo de falar brasileiro.
Um renovador como Mário de Andrade começava os períodos pelo pronome
oblíquo, abandonava inteiramente a segunda pessoa do singular, acolhia
expressões e palavras da linguagem corrente, procurava incorporar à escrita o
ritmo da fala e consagrar literariamente o vocabulário usual.
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Mesmo quando não procuravam subverter a gramática, os modernistas


promoveram uma valorização diferente do léxico, paralela à renovação dos
assuntos. O seu desejo principal foi o de serem atuais, exprimir a vida diária,
dar estado de literatura aos fatos da civilização moderna.
(Trecho adaptado de Antonio Candido e José Aderaldo Castello. Presença da
literatura brasileira: Modernismo. Rio de Janeiro, Bertrand Brasil, 1997,
p.1112)
Este conceito é relativo, pois em arte não há originalidade absoluta.
... a sua contribuição maior foi a liberdade de criação e expressão.
Ambos os elementos acima grifados exercem nas respectivas frases a função de
a) adjunto adverbial.
b) objeto direto.
c) complemento nominal.
d) predicativo.
e) objeto indireto.
Comentários:
EU VOU PASSAR !!

Este conceito (sujeito) é (VL) relativo (PDS)


a sua contribuição maior (sujeito) foi (VL) a liberdade de criação e expressão
(PDS)
Questão bem tranquila, para identificar os termos como predicativo do
sujeito. Vamos lembrar que o PDS é antecedido por um verbo de ligação (ser,
estar, ficar, parecer) e qualifica o sujeito.
Gabarito: D

20) FCC/Analista Juduciário/TRE SP/Administrativa/2012


Atenção: A questão refere-se à crônica abaixo, publicada em 28/08/1991.
Bom para o sorveteiro
Por alguma razão inconsciente, eu fugia da notícia. Mas a notícia me perseguia.
Até no avião, o único jornal abria na minha cara o drama da baleia encalhada
na praia de Saquarema. Afinal, depois de quase três dias se debatendo na areia
da praia e na tela da televisão, o filhote de jubarte conseguiu ser devolvido ao

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mar. Até a União Soviética acabou, como foi dito por locutores especializados
em necrológio eufórico. Mas o drama da baleia não acabava. Centenas de
curiosos foram lá apreciar aquela montanha de força a se esfalfar em vão na
luta pela sobrevivência. Um belo espetáculo.
À noite, cessava o trabalho, ou a diversão. Mas já ao raiar do dia, sem recursos,
com simples cordas e as próprias mãos, todos se empenhavam no lúcido
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objetivo comum. Comum, vírgula. O sorveteiro vendeu centenas de picolés. Por


ele a baleia ficava encalhada por mais duas ou três semanas. Uma santa
senhora teve a feliz ideia de levar pastéis e empadinhas para vender com ágio.
Um malvado sugeriu que se desse por perdida a batalha e se começasse logo a
repartir os bifes.
Em 1966, uma baleia adulta foi parar ali mesmo e em quinze minutos estava
toda retalhada. Muitos se lembravam da alegria voraz com que foram
disputadas as toneladas da vítima. Essa de agora teve mais sorte. Foi salva
graças à religião ecológica que anda na moda e que por um momento
estabeleceu uma trégua entre todos nós, animais de sangue quente ou de
sangue frio.
Até que enfim chegou uma traineira da Petrobrás. Logo uma estatal, ó céus,
num momento em que é preciso dar provas da eficácia da empresa privada. De
qualquer forma, eu já podia recolher a minha aflição. Metáfora fácil, lá se foi,
espero que salva, a baleia de Saquarema. O maior animal do mundo, assim
frágil, à mercê de curiosos. À noite, sonhei com o Brasil encalhado na areia
diabólica da inflação. A bordo, uma tripulação de camelôs anunciava umas
bugigangas. Tudo fala. Tudo é símbolo.
(Otto Lara Resende, Folha de S. Paulo)
EU VOU PASSAR !!

Analisando-se aspectos sintáticos de frases do texto, é correto afirmar que em


a) Muitos se lembravam da alegria voraz com que foram disputadas as toneladas
da vítima as formas verbais sublinhadas têm um mesmo sujeito.
b) todos se empenhavam no lúcido objetivo comum configura-se um caso de
indeterminação do sujeito.
c) uma tripulação de camelôs anunciava umas bugigangas a voz verbal é ativa,
sendo umas bugigangas o objeto direto.
d) eu já podia recolher a minha aflição não há a possibilidade de transposição
para outra voz verbal.
e) Logo uma estatal, ó céus o elemento sublinhado exerce a função de adjunto
adverbial de tempo.
Comentários:
Alternativa A – Incorreta – Na primeira oração, o sujeito é “muitos”, enquanto
na segunda, o sujeito passivo é “as toneladas da vítima”.

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Alternativa B – Incorreta – O sujeito não é indeterminado pois vem expresso na


oração pela palavra “todos”.
Alternativa C – Correta – Anunciava o quê? Umas bugingangas! O verbo
anunciar é TD, logo é complementado por um OD. A voz da oração é claramente
ativa.
Alternativa D – Incorreta – É perfeitamente possível a transposição para a voz
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passiva uma vez que o verbo RECOLHER é transitivo direto (a minha aflição já
podia ser recolhida por mim).
Alternativa E – Incorreta – O termo “logo”, nesse sentido, tem valor adverbial,
com significado de “ainda por cima”.
Gabarito: C

21) FCC/Técnico/INSS/2012
Atenção: A questão baseia-se no texto seguinte.
Em vida, Gustav Mahler (18601911), tanto por sua personalidade artística como
por sua obra, foi alvo de intensas polêmicas – e de desprezo por boa parte da
crítica. A incompreensão estética e o preconceito antissemita também o
acompanhariam postumamente e foram raros os maestros que, nas décadas
que se seguiram à sua morte, se empenharam na apresentação de suas obras.
Durante os anos 60, porém, uma virada totalmente inesperada levou a obra de
Mahler ao início de uma era de sucessos sem precedentes, que perdura até hoje.
Intérpretes conhecidos e pesquisadores descobriram o compositor, enquanto
gravações discográficas divulgavam uma obra até então desconhecida do
grande público.
EU VOU PASSAR !!

Há uma série de fatores envolvidos na transformação de Mahler em figura


central da história da música do século XX. A visão de mundo de uma geração
mais jovem certamente teve influência central aqui: o dilaceramento interior de
Mahler, seu interesse pelos problemas fundamentais da existência humana, seu
pacifismo, seu engajamento contra a opressão social e seu posicionamento em
favor do respeito à integridade da natureza – tudo isso se tornou, subitamente,
muito atual para a geração que nasceu no pósguerra.
O amor incondicional de Mahler pela natureza sempre esteve presente em sua
obra. O compositor dedicava inteiramente à criação musical os meses de verão,
recolhendo-se em pequenas cabanas na paz dos Alpes austríacos. Em
Steinbach, Mahler empreendia longas caminhadas que lhe proporcionaram
inspiração para sinfonias.
Comparar a simplicidade espartana dessas casinhas com a enorme
complexidade das obras ali criadas diz muito sobre a genialidade do compositor
– e, sobretudo, sobre a real origem de sua musicalidade. Totalmente
abandonadas e esquecidas na Áustria no pós-guerra, essas casinhas de Mahler
hoje se transformaram em memoriais, graças à ação da Sociedade Internacional

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Gustav Mahler. O mundo onírico dos Alpes do início do século XX certamente


voltará à memória de quem, tendo uma imagem desses despojados retiros
musicais de Mahler, voltar a ouvir sua música grandiosa.
(Adaptado: Klaus Billand. Gustav Mahler: a criação de um ícone. Revista 18.
Ano IV, n. 15, março/abril/ maio de 2006 > Acesso em: 22 dez. 2011)
Na frase O compositor dedicava inteiramente à criação musical os meses de
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verão, o termo sublinhado exerce a mesma função sintática que o termo em


destaque na frase:
a) A visão de mundo de uma geração mais jovem teve influência central aqui.
b) Intérpretes conhecidos e pesquisadores descobriram o compositor.
c) Em vida, Mahler foi alvo de intensas polêmicas.
d) Mahler empreendia longas caminhadas que lhe proporcionaram inspiração
para grandiosas sinfonias.
e) Essas casinhas das alturas alpinas hoje se transformaram em memoriais.
Comentários:
O termo “os meses de verão” é OD da oração (o compositor dedica os meses
de verão à criação musical).
Alternativa A – Correta – O termo “influência central” é OD da forma verbal
“teve”.
Alternativa B – Incorreta – O termo grifado é sujeito da oração.
Alternativa C – Incorreta – O termo grifado é adjunto adverbial da oração.
Alternativa D – Incorreta – O termo sublinhado é complemento nominal de
EU VOU PASSAR !!

“inspiração”.
Alternativa E – Incorreta – O termo “essas casinhas” é o sujeito da oração.
Gabarito: A

22) FCC/Consultor Legislativo/AL PB/2013


Na história da moderna literatura brasileira, a obra de José Lins do Rego
representa uma época, uma corrente de pensamento dentro da atividade
criadora na ficção. Confluíram em seus livros caminhos de diversas origens,
raízes aflorantes no solo e outras de mais longa viagem subterrânea, as
primeiras de contemporâneos em tentativas recentes e as segundas de nomes
mais antigos na história do romance brasileiro.
Mas o menino José − José Lins do Rego Cavalcanti −, nascido aos 3 de junho
de 1901, no engenho Corredor, município de Pilar, Estado da Paraíba, já trazia
consigo outras raízes que iria acrescentar a essas heranças. Raízes do sangue
e da terra, que vinham de João do Rego Cavalcanti e Amélia do Rego Cavalcanti,

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Resumo + Questões Comentadas
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seus pais, passando de geração em geração por outros homens e mulheres


sempre ligados ao mundo rural do Nordeste açucareiro.
Seu primeiro livro − Menino de engenho − é chave de uma obra que se
revelou de importância fundamental na história do moderno romance brasileiro.
O escritor mesmo, certa vez, em artigo de jornal, contou alguma coisa a respeito
do livro de estreia: “O livro foi oferecido a todos os editores nacionais, de todos
Direitos autorais reservados (Lei 9610/98). Proibida a reprodução, venda ou compartilhamento deste arquivo. Uso individual.

recebeu um não seco, quando não me deram o calado como resposta. Só mais
tarde uma editora desconhecida, com dinheiro do meu bolso, publicaria a
novela. Havia por esse tempo a revolução de São Paulo e, apesar da convulsão,
esgotou-se em três meses. Uma edição de 2000 exemplares foi quase toda
vendida no Rio”.
Além das opiniões elogiosas da crítica, o livro mereceu também o prêmio de
romance da Fundação Graça Aranha, o que consolidou sem dúvida a posição do
estreante, que então se lança ao trabalho com maior entusiasmo e ímpeto
criador, para oferecer no ano seguinte − 1933 − o segundo livro do “Ciclo da
Cana-de-Açúcar” − Doidinho. Daí por diante sua obra não conheceu
interrupções maiores. A partir de Banguê, em 1934, seus livros trazem então
uma nova e definitiva chancela editorial − Livraria José Olympio Editora. No ano
seguinte, 1935, José Lins publicaria Moleque Ricardo, penúltima parte do
ciclo, que ficará definitivamente encerrado com o aparecimento de Usina, em
1936.
(Adaptado de Wilson Lousada. Breve notícia-vida de José Lins do Rego. Usina.
7. ed. Rio de Janeiro: José Olympio, 1973. p. XIXVI)
Havia por esse tempo a revolução de São Paulo ...
O verbo que exige o mesmo tipo de complemento que o verbo grifado acima
EU VOU PASSAR !!

está empregado em:


a) Seu primeiro livro − Menino de engenho − é chave de uma obra ...
b) Uma edição de 2000 exemplares foi quase toda vendida no Rio.
c) Confluíram em seus livros caminhos de diversas origens ...
d) Daí por diante sua obra não conheceu interrupções maiores.
e) Raízes do sangue e da terra, que vinham de João do Rego Cavalcanti e Amélia
do Rego Cavalcanti, seus pais …
Comentários:
Na oração Havia por esse tempo a revolução de São Paulo, o verbo haver é TD,
“por esse tempo” é AAV de tempo, e “a revolução de São Paulo” é o OD.
Alternativa A – Incorreta – O verbo desta oração é de ligação e exige um PDS.
Alternativa B – Incorreta - O verbo desta oração é de ligação e exige um PDS.

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Alternativa C – Incorreta – O termo verbal “confluíram” é intransitivo, portanto


não exige complemento. A expressão “caminhos de diversas origens” é o sujeito
da oração.
Alternativa D – Correta – O verbo conhecer é TD, exigindo, portanto, um OD.
Alternativa E – Incorreta – A forma verbal “vinham” é intransitiva.
Gabarito: D
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23) FCC/TJ/TRT 11/Administrativa/2017


Muito antes das discussões atuais sobre as mudanças climáticas, os cataclismos
naturais despertam interesse no homem. Os desastres são um capítulo trágico
da história da humanidade desde tempos longínquos. Supostas inundações
catastróficas aparecem em relatos de várias culturas ao longo dos tempos,
desde os antigos mesopotâmicos e gregos até os maias e os vikings.
Fora da rota dos grandes furacões, sem vulcões ativos e desprovido de zonas
habitadas sujeitas a terremotos, o Brasil não figura entre os países mais
suscetíveis a desastres naturais. Contudo, a aparência de lugar protegido dos
humores do clima e dos solavancos da geologia deve ser relativizada. Aqui,
cerca de 85% dos desastres são causados por três tipos de ocorrências:
inundações bruscas, deslizamentos de terra e secas prolongadas. Esses
fenômenos são relativamente recorrentes em zonas tropicais, e seus efeitos
podem ser atenuados por políticas públicas de redução de danos.
Dois estudos feitos por pesquisadores brasileiros indicam que o risco de
ocorrência desses três tipos de desastre deverá aumentar até o final do século.
Eles também sinalizam que novos pontos do território nacional deverão se
EU VOU PASSAR !!

transformar em áreas de risco significativo para esses mesmos problemas. “Os


impactos tendem a ser maiores no futuro, com as mudanças climáticas, o
crescimento das cidades e a ocupação de mais áreas de risco”, comenta o
pesquisador José A. Marengo.
Além da suscetibilidade natural a secas, enchentes, deslizamentos e outros
desastres, a ação do homem tem um peso considerável em transformar o que
poderia ser um problema de menor monta em uma catástrofe. Os pesquisadores
estimam que um terço do impacto dos deslizamentos de terra e metade dos
estragos de inundações poderiam ser evitados com alterações de práticas
humanas ligadas à ocupação do solo e a melhorias nas condições
socioeconômicas da população em áreas de risco.
Moradias precárias em lugares inadequados, perto de encostas ou em pontos
de alagamento, cidades superpopulosas e impermeabilizadas, que não escoam
a água da chuva; esses fatores da cultura humana podem influenciar o desfecho
de uma situação de risco. “Até hábitos cotidianos, como não jogar lixo na rua,
e o nível de solidariedade de uma população podem ao menos mitigar os
impactos de um desastre”, pondera a geógrafa Lucí Hidalgo Nunes.

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(Adaptado de PIVETTA, Marcos.Disponível em:


http://revistapesquisa.fapesp.br)

Contudo, a aparência de lugar protegido dos humores do clima e dos solavancos


da geologia deve ser relativizada. Considerado o contexto, o elemento
sublinhado na frase acima introduz uma
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a) ressalva.
b) consequência.
c) causa.
d) explicação.
e) condição.
Comentários:
Alternativa A – Correta – A expressão “contudo” tem valor semântico de
oposição ou ressalva, trata-se de uma conjunção coordenativa
adversativa, com significado semelhante a “porém”, “apesar disso” e outras.

mas - porém - todavia - entretanto -


ADVERSATIVAS contudo - no entanto - não obstante -
apesar disso - senão

Alternativa B – Incorreta – Eis algumas conjunções que indicam consequência:

•(tanto) que - de modo que - sem que -


CONSECUTIVAS
de forma que - de maneira que
EU VOU PASSAR !!

Alternativa C – Incorreta – Eis algumas conjunções que indicam causa:

• porquanto - porque - como - já que -


CAUSAIS desde que - que - pois - uma vez que -
visto que

Alternativa D – Incorreta – Eis algumas conjunções que indicam explicação:

porque - que - pois (antes do verbo) -


EXPLICATIVAS
porquanto

Alternativa E – Incorreta – Eis algumas conjunções que indicam condição:

•contanto que - se - caso - a menos que


CONDICIONAIS
- salvo se - a não ser que - desde que

Gabarito: A

24) FCC - TJ TRE SP/TRE SP/Administrativa/Artes


Gráficas/2017

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Quando confrontada a duas teorias – uma simples e outra complexa – para


explicar um problema, a maior parte das pessoas não hesita em favorecer a
primeira, também qualificada como elegante. “Em muitos casos, porém, a
complexa pode ser mais interessante”, lembra o filósofo Marco Zingano, da
Universidade de São Paulo. Segundo ele, a escolha é natural na cultura ocidental
contemporânea porque o pensamento dessas civilizações foi moldado por
Aristóteles e Platão, os filósofos de maior destaque na Grécia Antiga, para quem
Direitos autorais reservados (Lei 9610/98). Proibida a reprodução, venda ou compartilhamento deste arquivo. Uso individual.

a metafísica da unidade tinha como paradigma a simplicidade. Levado ao pé da


letra, o resgate puramente historiográfico das contribuições da Antiguidade
pode parecer folclórico diantedo conhecimento atual. Mas, mesmo que oculta, a
influência de Aristóteles e de Platão está presente na forma como o pensamento
governa os hábitos intelectuais da civilização atual.
Um dos problemas que ocuparam Platão e Aristóteles foi a acrasia, que leva
uma pessoa a tomar uma atitude contrária à que sabe ser a correta. Se está
claro, por exemplo, que uma moderada dose diária de exercícios é suficiente
para prevenir uma série de doenças graves e trazer benefícios à saúde, por que
alguém optaria por passar horas deitado no sofá e se locomover apenas de
carro? Para Sócrates, a resposta era simples: guiado pela razão, o ser humano
só deixa de fazer o que é melhor se lhe faltar o conhecimento.
Platão discordava, e resolveu o dilema dividindo a alma em três partes: um par
de cavalos alados conduzidos por um cocheiro que representa uma delas, a
razão. Um dos cavalos, arredio, só pode ser controlado a chicotadas e
representa os apetites. O outro é a porção irascível da alma. É o impulso, em
geral obediente à razão, mas que pode levar a decisões impetuosas em
determinadas situações. “O que determina as ações seriam fontes distintas de
motivação”, observa Zingano. Platão pensou o conflito como interno à alma,
EU VOU PASSAR !!

dando lugar à acrasia. Já Aristóteles dedicou um livro de sua Ética ao fenômeno.


Aristóteles e Platão tiveram um papel importante – e persistente – porque foram
grandes sistematizadores do conhecimento. Eles procuraram domar conceitos
diversos do Universo, do corpo e da mente, entender seu funcionamento e
deixar registrado para uso futuro. Resgatar esses textos, explica Zingano, é
uma busca da compreensão de como a cultura ocidental descreve o mundo e
enxerga a si mesma ainda hoje.
(Adaptado de: GUIMARÃES, Maria. Disponível em: revistapesquisa.fapesp.br)

... mesmo que oculta, a influência de Aristóteles e de Platão...


A conjunção da frase acima apresenta sentido
a) consecutivo.
b) causal.
c) concessivo.
d) temporal.

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e) condicional.
Comentários:
Alternativa A – Incorreta – O sentido consecutivo indica uma consequência,
porém esse não é o sentido do termo indicado.
Eis algumas conjunções que indicam consequência:
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•(tanto) que - de modo que - sem que -


CONSECUTIVAS
de forma que - de maneira que -

Alternativa B – Incorreta – O sentido causal indica uma causa, porém esse não
é o sentido do termo indicado.
Eis algumas conjunções que indicam causa:

• porquanto - porque - como - já que -


CAUSAIS desde que - que - pois - uma vez que -
visto que

Alternativa C – Correta – As conjunções subordinadas concessivas não devem


ser confundidas com as conjunções coordenadas adversativas. Estas indicam
oposição, enquanto as concessivas indicam uma concessão, algo que se
opõe ao fato, mas não impede que ele aconteça.

•conquanto - embora - que - ainda que -


mesmo que - mesmo quando - posto
CONCESSIVAS
que - por mais que - dado que - se bem
que

Alternativa D – Incorreta – Eis algumas conjunções que indicam tempo:


EU VOU PASSAR !!

•quando - assim que - logo que - até que


- enquanto - antes que - depois que -
TEMPORAIS
agora que - sempre que - mal (logo
que)

Alternativa E – Incorreta – Eis algumas conjunções que indicam condição:

•contanto que - se - caso - a menos que


CONDICIONAIS
- salvo se - a não ser que - desde que

Gabarito: C

25) FCC/TJ/TRE PR/Administrativa/2017


Atenção: Considere o texto abaixo para responder à questão.
Brasileiros e latino-americanos fazemos constantemente a experiência do
caráter postiço da vida cultural que levamos. Essa experiência tem sido um dado
formador de nossa reflexão crítica desde os tempos da Independência. Ela pode

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ser e foi interpretada de muitas maneiras, o que faz supor que corresponda a
um problema durável e de fundo.
O Papai Noel enfrentando a canícula em roupa de esquimó é um exemplo de
inadequação. Da ótica de um tradicionalista, a guitarra elétrica no país do samba
é outro. São exemplos muito diferentes, mas que comportam o sentimento da
contradição entre a realidade nacional e o prestígio ideológico dos países que
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nos servem de modelo.


Tem sido observado que, a cada geração, a vida intelectual no Brasil parece
recomeçar do zero. O apetite pela produção recente dos países avançados
muitas vezes tem como avesso o desinteresse pelo trabalho da geração anterior
e, por conseguinte, a descontinuidade da reflexão. Nos vinte anos em que tenho
dado aula de literatura, por exemplo, assisti ao trânsito da crítica por uma lista
impressionante de correntes. Mas é fácil observar que só raramente a passagem
de uma escola a outra corresponde ao esgotamento de um projeto; no geral,
ela se deve ao prestígio americano ou europeu da doutrina seguinte. Conforme
notava Machado de Assis em 1879, “o influxo externo é que determina a direção
do movimento”.
Não é preciso ser adepto da tradição para reconhecer os inconvenientes desta
praxe, a que falta a convicção das teorias, logo trocadas. Percepções e teses
notáveis a respeito da cultura do país são decapitadas periodicamente, e
problemas a muito custo identificados ficam sem o desdobramento que lhes
poderia corresponder. O que fica de nosso desfile de concepções e métodos é
pouco, já que o ritmo da mudança não dá tempo à produção amadurecida.
O inconveniente faz parte do sentimento de inadequação que foi nosso ponto
de partida. Nada mais razoável, portanto, para alguém consciente do prejuízo,
que passar ao polo oposto e imaginar que baste não reproduzir a tendência
EU VOU PASSAR !!

metropolitana para alcançar uma vida intelectual mais substantiva. A conclusão


tem apoio intuitivo forte, mas é ilusória. Não basta renunciar ao empréstimo
para pensar e viver de modo mais autêntico. A ideia de cópia discutida aqui
opõe o nacional ao estrangeiro e o original ao imitado, oposições que são irreais
e não permitem ver a parte do estrangeiro no próprio, a parte do imitado no
original e também a parte original no imitado.
(Adaptado de: SCHWARZ, Roberto. Que horas são? São Paulo, Cia. Das
Letras, 1987, p. 29-48)

O segmento sublinhado em O que fica de nosso desfile de concepções e métodos


é pouco, já que o ritmo da mudança não dá tempo à produção amadurecida
expressa, no contexto, noção de
a) concessão.
b) consequência.
c) causa.

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d) conformidade.
e) finalidade.
Comentários:
Alternativa A – Incorreta – Eis algumas conjunções que indicam concessão:

•conquanto - embora - que - ainda que -


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mesmo que - mesmo quando - posto


CONCESSIVAS
que - por mais que - dado que - se bem
que

Ex.
Conquanto não soubesse de tudo, falou muito bem.
AAV Concessão VI AAV modo
(oração subordinada adverbial concessiva) Oração Principal

Alternativa B – Incorreta – Eis algumas conjunções que indicam consequência:

•(tanto) que - de modo que - sem que -de


CONSECUTIVAS
forma que - de maneira que -

Ex.
Persistiu tanto que conseguiu.
VI AAV intensidade AAV Consequência
Oração Principal (oração subordinada adverbial consecutiva)

Alternativa C – Correta – O termo “já que” é semelhante a “uma vez que”,


EU VOU PASSAR !!

denotando uma causa.


Eis algumas conjunções que indicam causa:

• porquanto - porque - como - já que -


CAUSAIS desde que - que - pois - uma vez que -
visto que

Ex.
Não sai de casa porquanto estava muito gripado.
AAV neg. VTI OI AAV Causa
Oração Principal (oração subordinada adverbial causal)

Alternativa D – Incorreta – Eis algumas conjunções que indicam


conformidade:

CONFORMATIVAS •como - consoante - segundo - conforme

Ex.

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Tudo saiu conforme combinamos.


Suj. VI AAV Conformidade
Oração Principal (oração subordinada adverbial conformativa)

Alternativa E – Incorreta – Eis algumas conjunções que indicam finalidade:


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FINAIS •que - para que - a fim de que

Ex.
Fiz o melhor a fim de que todos fiquem satisfeitos.
VTD OD AAV Finalidade
Oração Principal (oração subordinada adverbial final)

Gabarito: C

26) FCC/TJ/TRT 24/Administrativa/"Sem Especialidade"/2017


Instituições financeiras reconhecem que é cada vez mais difícil detectar se uma
transação é fraudulenta ou verdadeira. Os bancos e as empresas que efetuam
pagamentos têm dificuldades de controlar as fraudes financeiras on-line no atual
cenário tecnológico conectado e complexo. Mais de um terço (38%) das
organizações reconhece que é cada vez mais difícil detectar se uma transação
é fraudulenta ou verdadeira, revela pesquisa realizada por instituições
renomadas.
O estudo revela que o índice de fraudes on-line acompanha o aumento do
número de transações on-line e 50% das organizações de serviços financeiros
pesquisadas acreditam que há um crescimento das fraudes financeiras
EU VOU PASSAR !!

eletrônicas. Esse avanço, juntamente com o crescimento massivo dos


pagamentos eletrônicos combinado aos novos avanços tecnológicos e às
mudanças nas demandas corporativas, tem forçado, nos últimos anos, muitas
delas a melhorar a eficiência de seus processos de negócios.
De acordo com os resultados, cerca de metade das organizações que atuam no
campo de pagamentos eletrônicos usa soluções não especializadas que,
segundo as estatísticas, não são confiáveis contra fraude e apresentam uma
grande porcentagem de falsos positivos. O uso incorreto dos sistemas de
segurança também pode acarretar o bloqueio de transações. Também vale
notar que o desvio de pagamentos pode causar perda de clientes e, em última
instância, uma redução nos lucros.
Conclui-se que a fraude não é o único obstáculo a ser superado: as instituições
financeiras precisam também reduzir o número de alarmes falsos em seus
sistemas a fim de fornecer o melhor atendimento possível ao cliente.

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(Adaptado de: computerworld.com.br. Disponível em:


http://computerworld.com.br/quase-40-dos-bancos-nao-sao-capazes-de-
diferenciar- um-ataque-de-atividades-normais-de-clientes)

No trecho Os bancos e as empresas que efetuam pagamentos, no início do


primeiro parágrafo, o “que” exerce função pronominal.
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Outro trecho do texto em que essa palavra exerce a mesma função é:


a) De acordo com os resultados, cerca de metade das organizações que atuam
no campo de pagamentos eletrônicos...
b) Mais de um terço (38%) das organizações reconhece que é cada vez mais
difícil detectar se uma transação é fraudulenta
ou verdadeira...
c) O estudo revela que o índice de fraudes on-line acompanha o aumento do
número de transações on-line...
d) Também vale notar que o desvio de pagamentos pode causar perda de
clientes...
e) Conclui-se que a fraude não é o único obstáculo a ser superado...
Comentários:
“Os bancos e as empresas que (= os quais) efetuam pagamentos”
Alternativa A – Correta – metade das organizações que (= as quais) atuam
no campo de pagamentos
Assim como no trecho do enunciado, nesta alternativa, foi empregado o
EU VOU PASSAR !!

pronome relativo “QUE”.


Alternativa B – Incorreta – “Mais de um terço (38%) das organizações (sujeito)
reconhece (VTD) que é cada vez mais difícil detectar se uma transação é
fraudulenta (= ISSO - oração subordinada subjetiva objetiva direta = objeto
direto da oração principal)
Quando o QUE introduz uma oração subordinada substantiva é chamado de
conjunção integrante.
Alternativa C – Incorreta – O estudo revela que o índice de fraudes on-line
acompanha o aumento do número de transações on-line
= O estudo revela ISSO
Logo, o “QUE” é uma conjunção integrante.
Alternativa D – Incorreta – Também vale notar que o desvio de pagamentos
pode causar perda de clientes...
Também vale notar ISSO
Logo, o “QUE” é uma conjunção integrante.

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Alternativa E – Incorreta – Conclui-se que a fraude não é o único obstáculo a


ser superado..
= Conclui-se ISSO
Logo, o “QUE” é uma conjunção integrante.
Gabarito: A
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27) FCC/Ag FRT (ARTESP)/ARTESP/Técnico em Contabilidade -


Administração/2017
Atenção: Para responder à questão, considere o texto abaixo.
Pode ser um saudosismo bobo, mas tenho saudades do tempo em que se ouvia
o futebol pelo rádio. Às vezes, era apenas chiado; às vezes, o chiado se
misturava com a narração; às vezes, a estação sumia; sem mais nem menos,
voltava, e o jogo parecia tão disputado, mas tão emocionante, repleto de lances
espetaculares, que tudo que queríamos no dia seguinte era assistir os melhores
momentos na televisão. Hoje todos os jogos são transmitidos pela televisão.
Isso é uma coisa esplêndida, mas sepultou a fantasia, a mágica.
Agora, que fique claro: em absoluto falo mal da tecnologia. Ao contrário, o
avanço tecnológico, principalmente a chegada da internet, trouxe muita coisa
boa pra muita gente. Lembro que ainda engatinhava no plano do Direito e, se
quisesse ter acesso a uma boa jurisprudência, tinha que fazer assinatura. Hoje,
está tudo aí, disponível, à farta, de graça. Somente quem viveu numa época em
que não havia a internet tem condições de dimensionar o nível de transformação
e de reprodução do conhecimento humano que ela representou...
(Adaptado de: GEIA, Sergio. Então chegou a tecnologia... Disponível em:
EU VOU PASSAR !!

www.cronicadodia.com.br)

Considerando o contexto, o vocábulo que apresenta valor consecutivo na


seguinte passagem do texto:
a) ... tão emocionante, repleto de lances espetaculares, que tudo... (1º
parágrafo)
b) ... tenho saudades do tempo em que se ouvia o futebol pelo rádio (.1º
parágrafo)
c) Agora, que fique claro... (2º parágrafo)
d) Lembro que ainda engatinhava no plano do Direito... (2º parágrafo)
e) ... conhecimento humano que ela representou... (2º parágrafo)
Comentários:

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Alternativa A – Correta – “tão emocionante, repleto de lances espetaculares,


que tudo que queríamos no dia seguinte era assistir os melhores momentos na
televisão”
De fato, podemos perceber com relativa facilidade que o “QUE” introduz uma
consequência.
Eis algumas conjunções que indicam consequência:
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•(tanto) que - de modo que - sem que -de


CONSECUTIVAS
forma que - de maneira que -

Ex.
Persistiu tanto que conseguiu.
VI AAV intensidade AAV Consequência
Oração Principal (oração subordinada adverbial consecutiva)

Alternativa B – Incorreta – “tenho saudades do tempo em que (= no qual) se


ouvia o futebol pelo rádio”
Na oração acima, o “QUE” é um pronome relativo, não indicando qualquer valor
semântico, o que uma característica de outras classes gramaticais como
conjunções e preposições.
Alternativa C – Incorreta – “Agora, que (realce ou partícula expletiva) fique
claro”
Alternativa D – Incorreta – “Lembro que ainda engatinhava no plano do Direito
(= ISSO)”
Na oração acima, o “QUE” é uma conjunção integrante, que introduz uma oração
EU VOU PASSAR !!

subordinada subjetiva objeto direto. Fala-se em valor semântico para as


conjunções coordenativas ou subordinativas adverbiais.
Alternativa E – Incorreta – “conhecimento humano que (= o qual) ela
representou”
Na oração acima, o “QUE” é um pronome relativo, não indicando qualquer valor
semântico, a função do pronome relativo é de substituir um nome já
mencionado no texto (referencial).
Gabarito: A

28) FCC/Tec/DPE RS/Apoio Especializado/Edificações/2017


A questão baseia no texto apresentado abaixo
Pesquisa divulgada recentemente afirma que 35 anos costuma ser a idade limite
para quem quer ir a clubes sem se sentir velho demais. De acordo com a única
empresa a comentar os resultados, Currys PC World, se você tem mais de 35
anos, ir a um clube pode ser algo realmente frustrante.

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Os dados coletados, de acordo com nota publicada pela Mix Mag, mostram que,
a partir dos 35 anos, as pessoas começam a preferir ficar em casa ao invés de
sair. E, após esse ponto da vida, metade das pessoas que participaram da
pesquisa afirmaram que preferem ficar em casa em frente à TV, seja lá qual for
o clima, ao invés de se preocupar com os gastos de uma noite fora, detalhe que
costuma ser uma das grandes desculpas para não ir a nenhum lugar.
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A pesquisa também revelou que, dentro do universo de pessoas acima de 35


anos que participaram do projeto, 14% gostam de ficar em casa stalkeando*
pessoas no Facebook enquanto outras 37% gostam de usar redes sociais.
Também compuseram o estudo perguntas como quantas pessoas não curtem
se arrumar para sair (22%), não curtem encontrar babás (12%) ou
pegar/arrumar um táxi (21%). E ainda tem o dado de que 7 em cada 10 pessoas
estão felizes por já terem encontrado sua alma gêmea e por isso não precisam
mais sair.
Matt Walburn, representante da Currys PC World, comentou que “o estudo
reconhece o fato de que chega um momento no qual apreciamos o conforto das
nossas casas mais do que uma vida social agitada”. E continua, “atualmente é
quase impossível ficar entediado em casa com muitas coisas para fazer e as
tecnologias mais avançadas, como TV 4K, ampliando a experiência de uma
forma tão específica que quase sempre se sobrepõe ao seu equivalente fora de
casa”.
De qualquer forma, ir a uma danceteria ou qualquer lugar para curtir não é algo
que pode ser delimitado por uma determinada idade, pois o estado de espírito
pode ajudar a sair ou não, mas, certamente, a idade mais avançada deve
estimular a preferência das pessoas a ficar em casa.
(Adaptado de: https://omelete.uol.com.br)
EU VOU PASSAR !!

* stalkear: perseguir, vigiar


Em E, após esse ponto da vida, metade das pessoas que participaram da
pesquisa... (2° parágrafo), a oração iniciada pela palavra “que” restringe o
significado de “pessoas”. Temos o “que” iniciando uma oração com essa mesma
função em:
a) Os dados coletados, de acordo com nota publicada pela Mix Mag, mostram
que, a partir dos 35 anos, as pessoas começam a preferir ficar em casa ao invés
de sair. (2° parágrafo)
b) Pesquisa divulgada recentemente afirma que 35 anos costuma ser a idade
limite... (1° parágrafo)
c) ...ao invés de se preocupar com os gastos de uma noite fora, detalhe que
costuma ser uma das grandes desculpas para não ir a nenhum lugar. (2°
parágrafo)
d) Matt Walburn, representante da Currys PC World, comentou que “o estudo
reconhece o fato... (4°parágrafo)

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e) A pesquisa também revelou que [...] 14% gostam de ficar em casa


stalkeando pessoas no Facebook enquanto outras 37% gostam de usar redes
sociais. (3° parágrafo)
Comentários:
Analisando o trecho do enunciado:
“após esse ponto da vida, metade das pessoas que (=AS QUAIS) participaram
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da pesquisa”
Logo, a questão quer que você identifique a alternativa na qual o “QUE” é um
pronome relativo, tal qual no enunciado.
Alternativa A – Incorreta – Os dados coletados mostram que as pessoas
começam a preferir ficar em casa ao invés de sair (=ISSO)
Podemos sempre substituir uma oração substantiva por “ISSO”.
Quando o QUE introduz uma oração subordinada substantiva é chamado de
conjunção integrante.
Alternativa B – Incorreta – Pesquisa divulgada recentemente afirma que 35 anos
costuma ser a idade limite (= ISSO)
Quando o QUE introduz uma oração subordinada substantiva, ele é uma
conjunção integrante.
Alternativa C – Correta – ao invés de se preocupar com os gastos de uma noite
fora, detalhe que (= o qual) costuma ser uma das grandes desculpas para não
ir a nenhum lugar.
Aqui, o “que” substitui o termo “detalhe”, portanto é um pronome relativo.
EU VOU PASSAR !!

Alternativa D – Incorreta – Matt Walburn, representante da Currys PC World,


comentou que “o estudo reconhece o fato (=ISSO)
“QUE” é uma conjunção integrante.
Alternativa E – Incorreta – A pesquisa também revelou que [...] 14% gostam
de ficar em casa stalkeando pessoas no Facebook enquanto outras 37% gostam
de usar redes sociais (= ISSO).
“QUE” = conjunção integrante
Todo o termo sublinhado é uma oração subordinada substantiva objetiva direta.
Gabarito: C

29) FCC/PMO/ELETROSUL/Técnico de Segurança do


Trabalho/2016
Atenção: A questão refere-se ao texto abaixo.
Abu Dhabi constrói cidade do futuro, com tudo movido a energia solar. Bem no
meio do deserto, há um lugar onde o calor é extremo. Sessenta e três graus ou

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até mais no verão. E foi exatamente por causa da temperatura que foi
construída em Abu Dhabi uma das maiores usinas de energia solar do mundo.
Os Emirados Árabes estão investindo em fontes energéticas renováveis. Não
vão substituir o petróleo, que eles têm de sobra por mais 100 anos pelo menos.
O que pretendem é diversificar e poluir menos. Uma aposta no futuro.
A preocupação com o planeta levou Abu Dhabi a tirar do papel a cidade
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sustentável de Masdar. Dez por cento do planejado está pronto. Um traçado


urbanístico ousado, que deixa os carros de fora. Lá só se anda a pé ou de
bicicleta. As ruas são bem estreitas para que um prédio faça sombra no outro.
É perfeito para o deserto. Os revestimentos das paredes isolam o calor. E a
direção dos ventos foi estudada para criar corredores de brisa.
(Adaptado de: “Abu Dhabi constrói cidade do futuro, com tudo movido a
energia solar”. Disponível em:
http://g1.globo.com/globoreporter/noticia/2016/04/abu-dhabi-constroi-
cidade-do-futuro-com-tudo-movido-energia-solar.html)

Considere as seguintes passagens do texto:


I. E foi exatamente por causa da temperatura que foi construída em Abu Dhabi
uma das maiores usinas de energia solar do mundo. (1º parágrafo)
II. Não vão substituir o petróleo, que eles têm de sobra por mais 100 anos pelo
menos. (2º parágrafo)
III. Um traçado urbanístico ousado, que deixa os carros de fora. (3º parágrafo)
IV. As ruas são bem estreitas para que um prédio faça sombra no outro. (3º
parágrafo)
EU VOU PASSAR !!

O termo “que” é pronome e pode ser substituído por “o qual” APENAS em


a) I e II.
b) II e III.
c) I, II e IV.
d) I e IV.
e) III e IV.
Comentários:
Alternativa I – Incorreta – E foi exatamente por causa da temperatura que foi
construída em Abu Dhabi uma das maiores usinas de energia solar do mundo.
Na frase acima, o “que” é uma conjunção adverbial.
Alternativa II – Correta – Não vão substituir o petróleo, que (= o qual) eles
têm de sobra por mais 100 anos pelo menos.

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Alternativa III – Correta – Um traçado urbanístico ousado, que (= o qual)


deixa os carros de fora.
Alternativa IV – Incorreta – As ruas são bem estreitas para que um prédio faça
sombra no outro (= ISSO).
Quando o QUE introduz uma oração subordinada substantiva é chamado de
conjunção integrante.
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Gabarito: B

30) FCC/TJ/TRT 24/Administrativa/"Sem Especialidade"/2017


Aspectos Culturais de Mato Grosso do Sul
A cultura de Mato Grosso do Sul é o conjunto de manifestações artístico-
culturais desenvolvidas pela população sul-mato-grossense muito influenciada
pela cultura paraguaia. Essa cultura estadual retrata, também, uma mistura de
várias outras contribuições das muitas migrações ocorridas em seu território.
O artesanato, uma das mais ricas expressões culturais de um povo, no Mato
Grosso do Sul, evidencia crenças, hábitos, tradições e demais referências
culturais do Estado. É produzido com matérias primas da própria região e
manifesta a criatividade e a identidade do povo sul-mato-grossense por meio
de trabalhos em madeira, cerâmica, fibras, osso, chifre, sementes, etc.
As peças em geral trazem à tona temas referentes ao Pantanal e às populações
indígenas, são feitas nas cores da paisagem regional e, além da fauna e da flora,
podem retratar tipos humanos e costumes da região.
(Adaptado de: CANTU, Gilberto. Disponível em:
EU VOU PASSAR !!

http://profgilbertocantu.blogspot.com.br/2013/08/aspectos-culturais-de-
mato-grosso-do-sul. html)

O artesanato, uma das mais ricas expressões culturais de um povo, no


Mato Grosso do Sul, evidencia crenças, hábitos, tradições e demais referências
culturais do Estado.
No contexto, o trecho destacado veicula a ideia de
a) explicação.
b) proporção.
c) concessão.
d) finalidade.
e) conclusão.
Comentários:

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Alternativa A – Correta – o trecho destacado trata-se de um aposto


explicativo, que traz uma explicação acerca do termo “artesanato”.
Alternativa B – Incorreta – Eis alguns termos (conjunções) que empregam valor
de proporção a uma oração:

•à proporção que - à medida que - ao


PROPORCIONAIS passo que - quanto mais - quanto
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menos

Alternativa C – Incorreta – Eis alguns termos (conjunções) que empregam valor


de concessão à oração:

•(tanto) que - de modo que - sem que -


CONSECUTIVAS
de forma que - de maneira que -

Alternativa D – Incorreta – Eis alguns termos (conjunções) que empregam valor


de finalidade à oração:

FINAIS •que - para que - a fim de que

Alternativa E – Incorreta – Eis alguns termos (conjunções) que empregam valor


de conclusão à oração:

portanto - por isso - logo - por conseguinte


CONCLUSIVAS
- pois (após o verbo)

Gabarito: A
EU VOU PASSAR !!

31) FCC/Aux Jud/TRF 2/Administrativa/2007


"A batalha para alimentar a humanidade acabou. Centenas de milhões vão
morrer nas próximas décadas, apesar de todos os programas contra a fome",
escreveu o biólogo americano Paul Ehrlich em seu livro A bomba populacional,
de 1968. Não era à toa. O número de pessoas no mundo chegava a assustadores
3,5 bilhões e, de fato, não existia terra suficiente para alimentar todas elas.
Mas Ehrlich errou. Ele não acreditava que um daqueles programas contra a fome
daria certo. Era a Revolução Verde, um movimento que começou nos anos 40.
O revolucionário ali foi dotar a agricultura de duas novidades. A primeira foram
os fertilizantes de laboratório. Criados no começo do século XX, esses
compostos químicos permitiam maior crescimento das plantas, com três
nutrientes fundamentais: nitrogênio, potássio e fósforo. A segunda novidade
eram os pesticidas e herbicidas químicos, capazes de destruir insetos, fungos e
outros inimigos das lavouras com uma eficiência inédita.
E o resultado não poderia ter sido melhor: com essa dupla, a produtividade das
lavouras cresceu exponencialmente. Tanto que, hoje, dá para alimentar uma

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pessoa com o que cresce em 2 mil metros quadrados; antes, eram necessários
20 mil.
A química salvou a humanidade da fome. Mas cobrou seu preço. Os restos de
fertilizantes, por exemplo, tendem a escapar para rios e lagos próximos às
plantações e chegar à vegetação aquática. As algas se multiplicam a rodo e,
quando finalmente morrem, sua decomposição consome o oxigênio da água,
sufocando os peixes. Com os pesticidas é pior ainda. Eles não são terríveis só
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contra os insetos que destroem lavouras, mas também contra borboletas,


pássaros e outras formas de vida. A biodiversidade ao redor das fazendas fica
minguada e, quando os agricultores exageram na dose, sobram resíduos nos
alimentos, toxinas que causam danos à saúde das pessoas. Diante disso, muitos
consumidores partiram para uma alternativa: os alimentos orgânicos, que
ignoram os pesticidas e fertilizantes químicos em nome de integrar a lavoura à
natureza.
(Adaptado de Ana Gonzaga. Superinteressante, novembro 2006, p.9092)

A conjunção que introduz, no contexto, a noção de oposição ao que foi afirmado


anteriormente está grifada na frase:
a) ... que um daqueles programas contra a fome daria certo.
b) E o resultado não poderia ter sido melhor...
c) Tanto que, hoje, dá para alimentar uma pessoa...
d) Mas cobrou seu preço.
e) ... quando finalmente morrem...
EU VOU PASSAR !!

Comentários:
Alternativa A – Incorreta – As conjunções integrantes introduzem as orações
subordinadas substantivas.
Ele (sujeito) não (AAV) acreditava (VTI) que um daqueles programas contra a
fome daria certo (Oração Subordinada Substantiva Objetiva Indireta – OI).
= Ele não acreditava naquilo
Alternativa B – Incorreta – A utilização mais frequente da conjunção “e” é para
indicar adição, no entanto, seu valor semântico no trecho indicado é de
consequência. Repare que poderíamos trocá-la por “consequentemente”.
Alternativa C – Incorreta – A conjunção “tanto que” indica uma consequência.

•(tanto) que - de modo que - sem que -de


CONSECUTIVAS
forma que - de maneira que -

Alternativa D – Correta – “A química salvou a humanidade da fome. Mas cobrou


seu preço. “

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Podemos observar a oposição entre as duas orações. Enquanto a primeira


oração que uma ideia positiva, a segunda traz uma compensação negativa para
a ideia inicial.
Alternativa E – Incorreta – A conjunção “quando” indica tempo.

•quando - assim que - logo que - até que


TEMPORAIS - enquanto - antes que - depois que -
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agora que - sempre que - mal (logo que)

Gabarito: D

32) FCC/Aux Jud/TRF 2/Administrativa/2007


Eles não são terríveis só contra os insetos que destroem lavouras, mas também
contra borboletas, pássaros e outras formas de vida.
A seqüência grifada na frase acima assinala, considerando-se o contexto, a
noção de
a) oposição, já que os pesticidas destroem insetos prejudiciais à lavoura,
preservando as borboletas, pássaros e outras formas de vida.
b) alternativa, tendo em vista que os pesticidas destroem apenas os insetos, ou
ainda, somente as borboletas, pássaros e outras formas de vida.
c) adição, pois os pesticidas, além de destruir os insetos prejudiciais às lavouras,
destroem ainda borboletas, pássaros e outras formas de vida.
d) conclusão, por informar o emprego específico das substâncias referidas,
como solução final dos problemas das lavouras.
EU VOU PASSAR !!

e) explicação, pois insiste no sentido da palavra pesticidas, como destruidores


apenas das pragas das lavouras.
Comentários:
Vamos adaptar a frase de diversas maneiras para indicarmos os diversos valores
semânticos indicados nas alternativas.
Alternativa A – Incorreta – Para indicar uma oposição poderíamos reescrever a
frase da maneira seguinte:
“Eles não são terríveis só contra os insetos que destroem lavouras, mas não
contra borboletas, pássaros e outras formas de vida. “
Alternativa B – Incorreta – Para indicar alternativa poderíamos reescrever a
frase da maneira seguinte:
“Ora eles não são terríveis só contra os insetos que destroem lavouras, ora
contra borboletas, pássaros e outras formas de vida. “
Alternativa C – Correta

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Alternativa D – Incorreta - Para indicar uma conclusão poderíamos reescrever a


frase da maneira seguinte:
“Eles não são terríveis só contra os insetos que destroem lavouras, portanto
não são contra borboletas, pássaros e outras formas de vida. “
Alternativa E – Incorreta - Para indicar uma explicação poderíamos reescrever
a frase da maneira seguinte:
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“Eles não são terríveis só contra os insetos que destroem lavouras, porque não
são contra borboletas, pássaros e outras formas de vida. “
Gabarito: C

33) FCC/AJ/TRE RR/Judiciária/2015


Mas vou parar, que não pretendi nesta crônica escrever um manual do perfeito
candidato.
Identifica-se, no segmento sublinhado acima,
a) noção de causa, que justifica a decisão tomada pelo autor.
b) a consequência de uma ação deliberada anteriormente.
c) ressalva que restringe o sentido da afirmativa anterior.
d) uma finalidade, que reafirma as intenções do autor, expostas no texto.
e) condição, pois o autor conclui não ter conseguido aconselhar o candidato.
Comentários:
Alternativa A – Correta – A CAUSA de o autor “parar”, é justamente o fato de
ele não pretender na crônica escrever um manual do perfeito candidato.
EU VOU PASSAR !!

Alternativa B – Incorreta
Exemplo: Persistiu tanto que conseguiu.

•(tanto) que - de modo que - sem que -de


CONSECUTIVAS
forma que - de maneira que -

Alternativa C – Incorreta – As conjunções adversativas têm sentido de oposição,


compensação, contraste ou ressalva.
Exemplo: Ela ia às aulas, porém não prestava muita atenção.

mas - porém - todavia - entretanto -


ADVERSATIVAS contudo - no entanto - não obstante -
apesar disso - senão

Alternativa D – Incorreta
Exemplo: Trouxe você aqui para que veja isso.

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FINAIS •que - para que - a fim de que

Alternativa E – Incorreta
Exemplos: Contanto que você me obedeça, faço o que quiser.

•contanto que - se - caso - a menos que -


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CONDICIONAIS
salvo se - a não ser que - desde que

Gabarito: A

34) FCC/TJ/TRT 15/Apoio Especializado/Enfermagem/2015


No entanto, as duas palavras têm uma história e uma carga sentimental
diferentes.
O elemento destacado acima introduz, no contexto, uma
a) consequência.
b) concessão.
c) finalidade.
d) causa.
e) oposição.
Comentários:
Alternativa A – Incorreta
EU VOU PASSAR !!

•(tanto) que - de modo que - sem que -de


CONSECUTIVAS
forma que - de maneira que -

Alternativa B – Incorreta

•conquanto - embora - que - ainda que -


CONCESSIVAS mesmo que - mesmo quando - posto que
- por mais que - dado que - se bem que

Alternativa C – Incorreta

FINAIS •que - para que - a fim de que

Alternativa D – Incorreta

• porquanto - porque - como - já que -


CAUSAIS desde que - que - pois - uma vez que -
visto que

Alternativa E – Correta - As conjunções adversativas têm sentido de oposição,

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compensação, contraste ou ressalva.


Exemplo: Ela ia às aulas, porém não prestava muita atenção.

mas - porém - todavia - entretanto -


ADVERSATIVAS contudo - no entanto - não obstante -
apesar disso - senão

OBSERVAÇÃO:
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As conjunções subordinadas concessivas não devem ser confundidas com as


conjunções coordenadas adversativas. Estas indicam oposição, enquanto as
concessivas indicam uma concessão, algo que se opõe ao fato, mas não
impede que ele aconteça.
Gabarito: E

35) FCC/TP/MANAUSPREV/Administrativa/2015
Atenção: O texto abaixo refere-se à questão.
Na margem esquerda do rio Amazonas, entre Manaus e Itacoatiara, foram
encontrados vestígios de inúmeros sítios indígenas pré-históricos. O que muitos
de nós não sabemos é que ainda existem regiões ocultas situadas no interior da
Amazônia e um povo, também desconhecido, que teria vivido por aquelas
paragens, ainda hoje não totalmente desbravadas.
Em 1870, o explorador João Barbosa Rodrigues descobriu uma grande necrópole
indígena contendo vasta gama de peças em cerâmica de incrível perfeição; teria
sido construída por uma civilização até então desconhecida em nosso país.
Utilizando a língua dos índios da região, ele denominou o sítio de Miracanguera.
EU VOU PASSAR !!

A atenção do pesquisador foi atraída primeiramente por uma vasilha de


cerâmica, propriedade de um viajante. Este informante disse tê-la adquirido de
um mestiço, residente na Vila do Serpa (atual Itacoatiara), que dispunha de
diversas peças, as quais teria recolhido na Várzea de Matari. Barbosa Rodrigues
suspeitou que poderia se tratar de um sítio arqueológico de uma cultura
totalmente diferente das já identificadas na Amazônia.
Em seu interior as vasilhas continham ossos calcinados, demonstrando que a
maioria dos mortos tinham sido incinerados. De fato, a maior parte dos despojos
dos miracangueras era composta de cinzas. Além das vasilhas mortuárias, o
pesquisador encontrou diversas tigelas e pratos utilitários, todos de formas
elegantes e cobertos por uma fina camada de barro branco, que os arqueólogos
denominam de “engobe”, tão perfeito que dava ao conjunto a aparência de
porcelana. Uma parte das vasilhas apresentava curiosas decorações e pinturas
em preto e vermelho. Outro detalhe que surpreendeu o pesquisador foi a
variedade de formas existentes nos sítios onde escavou, destacando-se certas
vasilhas em forma de taças de pés altos, as quais lembram congêneres da
Grécia Clássica.

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Havia peças mais elaboradas, certamente para pessoas de posição elevada


dentro do grupo. A cerâmica do sítio de Miracanguera recebia um banho de
tabatinga (tipo de argila com material orgânico) e eventualmente uma pintura
com motivos geométricos, além da decoração plástica que destacava detalhes
específicos, tais como seres humanos sentados e com as pernas representadas.
João Barbosa Rodrigues faleceu em 1909. Em 1925, o famoso antropólogo Kurt
Direitos autorais reservados (Lei 9610/98). Proibida a reprodução, venda ou compartilhamento deste arquivo. Uso individual.

Nimuendaju tentou encontrar Miracanguera, mas a ilha já tinha sido tragada


pelas águas do rio Amazonas. Arqueólogos americanos também vasculharam
áreas arqueológicas da Amazônia, inclusive no Equador, Peru e Guiana
Francesa, no final dos anos de 1940. Como não conseguiram achar
Miracanguera, “decidiram” que a descoberta do brasileiro tinha sido “apenas
uma subtradição de agricultores andinos”.
Porém, nos anos de 1960, outro americano lançou nova interpretação para
aquela cultura, concluindo que o grupo indígena dos miracangueras não era
originário da região, como já dizia Barbosa Rodrigues. Trata-se de um mistério
relativo a uma civilização perdida que talvez não seja solucionado nas próximas
décadas. Em pleno século 21, a cultura miracanguera continua oficialmente
“inexistente” para as autoridades culturais do Brasil e do mundo.
(Adaptado de: Museu Nacional do Rio de Janeiro. Disponível em:
https://saemuseunacional.wordpress.com. SILVA, Carlos Augusto da. A
dinâmica do uso da terra nos locais onde há sítios arqueológicos: o caso da
comunidade Cai N’água, Maniquiri-AM / (Dissertação de Mestrado) – UFAM,
2010)

Mantendo-se o sentido original, na frase Como não conseguiram achar


EU VOU PASSAR !!

Miracanguera... , o elemento sublinhado pode ser corretamente substituído por:


a) Por mais que
b) Conforme
c) Ainda que
d) De modo que
e) Uma vez que
Comentários:
Alternativa A – Incorreta – A locução conjuntiva “por mais que” indica oposição.
Alternativa B – Incorreta – A conjunção “como”, no contexto acima, não indica
conformidade.
Alternativa C – Incorreta – A conjunção “como”, no contexto acima, não indica
concessão.
Alternativa D – Incorreta – A locução conjuntiva “de modo que” indica
consequência.

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Curso: Português
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Alternativa E – Correta – A conjunção “como” assim como “uma vez que” indica
a CAUSA de algo.
Gabarito: E
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36) FCC/AJ/TRT 3/Judiciária/Oficial de Justiça Avaliador


Federal/2015
Abre parêntese: há momentos − felizmente raros − em que a história pessoal
se impõe às percepções conjunturais e o relato na primeira pessoa, embora
singular, parcial, às vezes suspeito, sobrepõe-se à narrativa impessoal, ampla,
genérica. Fecha parêntese.
Sem que haja prejuízo do sentido e correção originais, a conjunção acima
destacada pode ser substituída por:
a) contudo.
b) apesar de.
c) quando.
d) porque.
e) já que.
Comentários:
Alternativa A – Incorreta – A conjunção “embora” tem sentido de concessão,
enquanto, “contudo” tem valor de oposição.
Alternativa B – Correta – “há momentos − felizmente raros − em que a história
EU VOU PASSAR !!

pessoal se impõe às percepções conjunturais e o relato na primeira pessoa,


apesar de singular, parcial, às vezes suspeito, sobrepõe-se à narrativa
impessoal, ampla, genérica. “
Alternativa C – Incorreta – A conjunção “quando” tem valor temporal.
Alternativa D – Incorreta - A conjunção “porque” tem valor causal ou
explicativo.
Alternativa E – Incorreta - A conjunção “já que” tem valor causal ou
explicativo.
Gabarito: B

37) FCC/ODP/DPE SP/2015


Apesar de seu sucesso mundial, primeiro nos Estados Unidos na década de 1940
e depois da Segunda Guerra Mundial na Europa Ocidental, em seu país natal
quase não se conhece ou se lê a obra de Kafka.

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Preservando o sentido e a coesão textual, a expressão Apesar de, no contexto,


poder ser corretamente substituída por:
a) A partir de
b) Em virtude de
c) Consoante a
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d) Com vistas a
e) A despeito de
Comentários:
Alternativa A – Incorreta – A locução conjuntiva “a partir de” tem valor
temporal.
Alternativa B – Incorreta – A locução conjuntiva “em virtude de” tem valor
causal.
Exemplo: As aulas foram suspensas em virtude das chuvas.

• porquanto - porque - como - já que -


CAUSAIS desde que - que - pois - uma vez que -
visto que

Alternativa C – Incorreta – A conjunção “consoante” tem valor de


conformidade.
Exemplo: Tudo saiu consoante combinamos.

CONFORMATIVAS •como - consoante - segundo - conforme


EU VOU PASSAR !!

Alternativa D – Incorreta - A locução conjuntiva “com vistas a” tem valor


semântico de finalidade.
Alternativa E – Correta – A locução conjuntiva “a despeito de”, assim como
“apesar de” tem valor semântico de concessão.
“A despeito de seu sucesso mundial, primeiro nos Estados Unidos na década
de 1940 e depois da Segunda Guerra Mundial na Europa Ocidental, em seu país
natal quase não se conhece ou se lê a obra de Kafka. “
Gabarito: E

38) FCC/TJ/TRE AP/Administrativa/2015


Michelangelo fugiu de Roma ao ser comunicado que, antes de produzir as
estátuas da futura tumba do papa Júlio II, deveria pintar o teto da Capela
Sistina. Só a muito custo foi convencido a se aventurar na pintura, meio que
julgava não dominar tão bem quanto a escultura. ...... , ao ser tirado da zona
de conforto, o artista criaria sua obra máxima.

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Curso: Português
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Mantendo-se as relações de sentido e a correção gramatical, preenche


corretamente a lacuna acima o que se encontra em:
a) Porquanto
b) Embora
c) Contudo
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d) Uma vez que


e) Conquanto
Comentários:
Alternativa A – Incorreta – A conjunção “porquanto” indica causa, não sendo
adequada ao preenchimento da lacuna.
Alternativa B – Incorreta – A conjunção “embora” indica concessão, não sendo
adequada ao preenchimento da lacuna.
Alternativa C – Correta – A conjunção “contudo” indica a oposição entre as
ideias de Michelangelo não dominar tão bem a arte da pintura e ser nessa
modalidade que criou sua “obra máxima”.
Alternativa D – Incorreta - A conjunção “uma vez que” indica causa, não sendo
esse o valor semântico necessário à frase.
Alternativa E – Incorreta - A conjunção “conquanto” indica concessão, não
sendo adequada ao preenchimento da lacuna.
Gabarito: C

39) FCC/Aux. Jud./TRF 2/Administrativa/2007


EU VOU PASSAR !!

"A batalha para alimentar a humanidade acabou. Centenas de milhões vão


morrer nas próximas décadas, apesar de todos os programas contra a fome",
escreveu o biólogo americano Paul Ehrlich em seu livro A bomba populacional,
de 1968. Não era à toa. O número de pessoas no mundo chegava a assustadores
3,5 bilhões e, de fato, não existia terra suficiente para alimentar todas elas.
Mas Ehrlich errou. Ele não acreditava que um daqueles programas contra a fome
daria certo. Era a Revolução Verde, um movimento que começou nos anos 40.
O revolucionário ali foi dotar a agricultura de duas novidades. A primeira foram
os fertilizantes de laboratório. Criados no começo do século XX, esses
compostos químicos permitiam maior crescimento das plantas, com três
nutrientes fundamentais: nitrogênio, potássio e fósforo. A segunda novidade
eram os pesticidas e herbicidas químicos, capazes de destruir insetos, fungos e
outros inimigos das lavouras com uma eficiência inédita.
E o resultado não poderia ter sido melhor: com essa dupla, a produtividade das
lavouras cresceu exponencialmente. Tanto que, hoje, dá para alimentar uma
pessoa com o que cresce em 2 mil metros quadrados; antes, eram necessários
20 mil.

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A química salvou a humanidade da fome. Mas cobrou seu preço. Os restos de


fertilizantes, por exemplo, tendem a escapar para rios e lagos próximos às
plantações e chegar à vegetação aquática. As algas se multiplicam a rodo e,
quando finalmente morrem, sua decomposição consome o oxigênio da água,
sufocando os peixes. Com os pesticidas é pior ainda. Eles não são terríveis só
contra os insetos que destroem lavouras, mas também contra borboletas,
pássaros e outras formas de vida. A biodiversidade ao redor das fazendas fica
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minguada e, quando os agricultores exageram na dose, sobram resíduos nos


alimentos, toxinas que causam danos à saúde das pessoas. Diante disso, muitos
consumidores partiram para uma alternativa: os alimentos orgânicos, que
ignoram os pesticidas e fertilizantes químicos em nome de integrar a lavoura à
natureza.
(Adaptado de Ana Gonzaga. Superinteressante, novembro 2006, p.9092)
A conjunção que introduz, no contexto, a noção de oposição ao que foi afirmado
anteriormente está grifada na frase:
a) ... que um daqueles programas contra a fome daria certo.
b) E o resultado não poderia ter sido melhor...
c) Tanto que, hoje, dá para alimentar uma pessoa...
d) Mas cobrou seu preço.
e) ... quando finalmente morrem...
Comentários:
Alternativa A – Incorreta – A conjunção integrante “que” introduz uma oração
subordinada substantiva que tem função de objeto indireto da oração principal
EU VOU PASSAR !!

(Ele não acreditava em quê? Em isso = Nisso). Não há ideia de oposição.


Alternativa B – Incorreta – A conjunção “e” inicia o período fazendo referência
ao período anterior, dando ideia de consequência.
Alternativa C – Incorreta – A locução “tanto que” traz ideia de consequência,
referindo-se ao período anterior.
Alternativa D – Correta – A conjunção adversativa “mas” traz em si essa noção
de oposição ou ressalva, típica desse grupo. A oração tem esse caráter
adversativo, de oposição à frase anterior.
Alternativa E – Incorreta – A conjunção “quando” introduz uma oração adverbial
temporal.
Gabarito: D

40) FCC/Procurador/BACEN/2006
A questão de número baseia-se no texto apresentado a seguir.
... Virgília cingiu-me com seus magníficos braços, murmurando:

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- Amo-te, é a vontade do céu.


E esta palavra não vinha à toa; Virgília era um pouco religiosa. Não ouvia
missa aos domingos, é verdade, e creio até que só ia às igrejas em dia de festa,
e quando havia lugar vago em alguma tribuna. Mas rezava todas as noites, com
fervor, ou, pelo menos, com sono.
(Machado de Assis. Memórias póstumas de Brás Cubas. Obra completa. Org.
Direitos autorais reservados (Lei 9610/98). Proibida a reprodução, venda ou compartilhamento deste arquivo. Uso individual.

A. Coutinho. Volume I. Rio de Janeiro: Aguilar, 1959, p. 474)


Considere o segmento transcrito abaixo para responder à questão.
... e creio até que só ia às igrejas em dia de festa, e quando havia lugar vago
em alguma tribuna.
O e sublinhado no segmento acima
a) marca uma oposição entre dias de festa e lugar vago em alguma tribuna.
b) tem a função de acentuar a oposição entre igrejas e festa.
c) é preposição que marca direção.
d) é advérbio, com o sentido de mesmo, ainda, inclusive.
e) coordena dois termos de idêntica função sintática na oração, ainda que sob
estruturas diferentes.
Comentários:
A conjunção “e” tem valor aditivo. Nesse texto, liga os termos “em dia de festa”
(adjunto adverbial de tempo) e “quando havia lugar vago em alguma tribuna”
(oração subordinada adverbial temporal).
Observe que ambos os termos têm a mesma função sintática de adjunto
EU VOU PASSAR !!

adverbial de tempo, porém têm estruturas diferentes, como afirma a alternativa


E.
Observe ainda que o termo “em dia de festa” poderia tornar-se uma oração
subordinada adverbial, caso fosse escrita da seguinte maneira: quando era dia
de festa, permanecendo a frase com o sentido intacto.
Gabarito: E

41) FCC/TJ/TRT 15/Apoio Especializado/Enfermagem/2015


Atenção: Para responder à questão, considere o texto abaixo.
O termo saudade, monopólio sentimental da língua portuguesa, geralmente se
traduz em alemão pela palavra “sehnsucht”. No entanto, as duas palavras têm
uma história e uma carga sentimental diferentes. A saudade é um sentimento
geralmente voltado para o passado e para os conteúdos perdidos que o passado
abrigava. Embora M. Rodrigues Lapa, referindo-se ao sentimento da saudade
nos povos célticos, empregue esse termo como “ânsia do infinito”, não é esse o
uso mais generalizado. Emprega-se a palavra, tanto na linguagem corrente

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como na poesia, principalmente com referência a objetos conhecidos e amados,


mas que foram levados pela voragem do tempo ou afastados pela distância.
A “sehnsucht” alemã abrange ao contrário tanto o passado como o futuro.
Quando usada com relação ao passado, é mais ou menos equivalente ao termo
português, sem que, contudo, lhe seja inerente toda a escala cromática de
valores elaborados durante uma longa história de ausências e surgidos em
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consequência do temperamento amoroso e sentimental do português. Falta à


palavra alemã a riqueza etimológica, o eco múltiplo que ainda hoje vibra na
palavra portuguesa.
A expressão “sehnsucht”, todavia, tem a sua aplicação principal precisamente
para significar aquela “ânsia do infinito” que Rodrigues Lapa atribuiu à saudade.
No uso popular e poético emprega-se o termo com frequência para exprimir a
aspiração a estados ou objetos desconhecidos e apenas pressentidos ou
vislumbrados, os quais, no entanto, se julgam mais perfeitos que os conhecidos
e os quais se espera alcançar ou obter no futuro.
Assim, a saudade parece ser, antes de tudo, um sentimento do coração
envelhecido que relembra os tempos idos, ao passo que a “sehnsucht” seria a
expressão da adolescência que, cheia de esperanças e ilusões, vive com o olhar
firmado num futuro incerto, mas supostamente prometedor. Ambas as palavras
têm certa equivalência no tocante ao seu sentido intermediário, ou seja, à sua
ambivalência doce-amarga, ao seu oscilar entre a satisfação e a insatisfação.
Mas, como algumas de suas janelas dão para o futuro, a palavra alemã é
portadora de um acento menos lânguido e a insatisfação nela contida
transforma-se com mais facilidade em mola de ação.
(Adaptado de: ROSENFELD, Anatol. Doze estudos. São Paulo, Imprensa oficial
do Estado, 1959, p. 2527)
EU VOU PASSAR !!

No entanto, as duas palavras têm uma história e uma carga sentimental


diferentes. (1º parágrafo)
O elemento destacado acima introduz, no contexto, uma
a) consequência.
b) concessão.
c) finalidade.
d) causa.
e) oposição.
Comentários:
O termo “no entanto” tem valor adversativo, ou seja, de oposição ou
ressalva, igualmente às conjunções mas, porém, entretanto, contudo, todavia,
não obstante.
Ex. Chegamos cedo, mas não encontramos ninguém.

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ATENÇÃO!!!
Não confundir com as conjunções subordinativas adverbiais concessivas
embora, conquanto, ainda que, mesmo que, apesar de que, posto que. Estas
também indicam uma ideia contrária à da oração principal, mas que não impede
a realização dos fatos.
Ex. Fomos todos ao passeio, ainda que estivesse chovendo.
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Gabarito: E

42) FCC/ACE/TCE-GO/Contabilidade/2014
A flexão do verbo destacado encontra justificativa no segmento sublinhado em:
a) ... uma obrigação rudimentar dos membros da comunidade é oferecer
segurança para os que dormem.
b) Diversos pressupostos fundamentais a respeito da coesão das relações
sociais se aglutinam em torno da questão do sono...
c) O dano ao sono é inseparável do atual desmantelamento...
d) ... não apenas contra perigos reais, mas − igualmente importante − contra
a ansiedade e temores que geram.
e) ...cresce exponencialmente o número de pessoas que acordam uma ou mais
vezes durante a noite...
Comentários:
Alternativa A – Incorreta – A forma verbal “dormem” concorda com o pronome
demonstrativo “os” que pode ser substituído por aqueles.
EU VOU PASSAR !!

...oferecer segurança para os/aqueles que dormem.


Alternativa B – Incorreta – A forma verbal “aglutinam” concorda com o sujeito
passivo “diversos pressupostos fundamentais”.
Diversos pressupostos fundamentais se aglutinam em torno da questão do
sono... (se aglutinam = são aglutinados)
Alternativa C – Incorreta – A forma verbal “é” concorda com o núcleo do sujeito
da oração –“dano”.
O dano ao sono é inseparável do atual desmantelamento...
Alternativa D – Correta – A frase está invertida e bem confusa, mas podemos
“desatar esse nó” da seguinte maneira:
Quem/o que gera ansiedade e medo?? Perigos reais. – Eis o sujeito da oração.
Portanto, lembre-se da regra geral: o verbo concorda com o sujeito.
Alternativa E – Incorreta – A forma verbal “acordam” concorda com “pessoas”,
que é seu sujeito semântico (o sujeito sintático, no entanto é o pronome “que”,
o qual substitui o termo “pessoas”).

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...pessoas que acordam...


Gabarito: D

43) FCC/Analista Judiciário/TRT 13/Apoio


Especializado/Arquivologia/2014
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Atenção: Considere o texto abaixo para responder à questão.


O caldo cultural do Nordeste, particularmente do sertão, foi primordial na
formação do paraibano Ariano Suassuna. A infância passada no sertão
familiarizou o futuro escritor e dramaturgo com temas e formas de expressão
artística que mais tarde viriam a influenciar o seu universo ficcional, como a
literatura de cordel e o maracatu rural. Não só histórias e casos narrados foram
aproveitados para o processo de criação de suas peças e romances, mas
também todas as formas da narrativa oral e da poesia sertaneja foram
assimiladas e reelaboradas por Suassuna. Suas obras se caracterizam
justamente por isso, pelo domínio dos ritmos da poética popular nordestina.
Com apenas 19 anos, Suassuna ligou-se a um grupo de jovens escritores e
artistas. As atividades que o grupo desenvolveu apontavam para três direções:
levar o teatro ao povo por meio de apresentações em praças públicas, instaurar
entre os componentes do conjunto uma problemática teatral e estimular a
criação de uma literatura dramática de raízes fincadas na realidade brasileira,
particularmente na nordestina.
No final do século XIX, surgiu no Nordeste a chamadaliteratura de cordel. A
primeira publicação de folheto no Nordeste, historicamente comprovada,
aconteceu em 1870.
EU VOU PASSAR !!

O nome cordel originou-se do fato de os folhetos serem expostos em cordões,


quando vendidos nas feiras livres. O principal nome do cordel foi Leandro Gomes
de Barros, considerado por Ariano Suassuna “o mais genial de todos os poetas
do romanceiro popular do Nordeste”.
A peça Auto da Compadecida, de Suassuna, é uma releitura do folclore
nordestino em linguagem teatral moderna. O enredo da peça é um trabalho de
montagem e moldagem baseado em uma tradição muito antiga, que remonta
aos autos medievais e mais diretamente a inúmeros autores populares que se
dedicaram ao gênero do cordel.
As apropriações de Suassuna tanto do folheto nordestino quanto de outras
fontes literárias são possíveis porque a palavra imitação, usada por Suassuna,
remete-nos ao conceito aristotélico de mimesis, cujo significado não representa
apenas uma repetição à semelhança de algo, uma cópia, mas a representação
de uma realidade. Suassuna já fez diversos elogios da imitação como ato de
criação e costuma dizer que boa parte da obra de Shakespeare vem da recriação
de histórias mais antigas.

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Recontar uma história alheia, para o cordelista e para o dramaturgo popular, é


torná-la sua, porque existe na cultura popular a noção de que a história, uma
vez contada, torna-se patrimônio universal e transfere-se para o domínio
público. Autoral é apenas a forma textual dada à história por cada um que a
reescreve.
(Adaptado de FOLCH, Luiza. Disponível em: www.omarrare.uerj.br/numero15.
Direitos autorais reservados (Lei 9610/98). Proibida a reprodução, venda ou compartilhamento deste arquivo. Uso individual.

Acesso em 17/05/2014)
Considerando-se o contexto, a palavra que no segmento
a) ... que remonta aos autos medievais... (5º parágrafo) é um pronome com a
função de objeto indireto.
b) As atividades que o grupo desenvolveu... (2º parágrafo) é uma conjunção
que equivale a “conforme”.
c) ... temas e formas de expressão artística que mais tarde viriam a
influenciar... (1º parágrafo) é uma conjunção que introduz o predicativo do
sujeito.
d) ... mais diretamente a inúmeros autores populares que se dedicaram ao
gênero do cordel. (5º parágrafo) é um pronome com a função de sujeito.
e) ... e costuma dizer que boa parte da obra de Shakespeare... (6º parágrafo)
é um pronome que introduz um objeto direto.
Comentários:
Alternativa A – Incorreta – O “que” é de fato pronome relativo, podendo ser
substituído por A QUAL e tem função de sujeito da oração (ele remonta aos
autos medievais).
EU VOU PASSAR !!

Alternativa B – Incorreta – O que o grupo desenvolveu? As atividades. O


pronome que substitui justamente este termo, por isso tem a função de objeto
direto da oração.
Alternativa C – Incorreta – Primeiramente, esse “que” não é conjunção, mas um
pronome relativo. Em segundo lugar, ele introduz uma oração subordinada
adjetiva que tem função de adjunto adnominal.
Alternativa D – Correta – Quem se dedicou ao gênero de cordel? “Autores
populares”. O pronome “que” substitui o nome “autores populares” portanto
tem função de sujeito da oração adjetiva “que se dedicaram ao gênero do
cordel”.
Alternativa E – Incorreta – Olha a pegadinha!!! De fato, a oração introduzida
pelo “que” é o OD da oração principal, mas... não é um pronome e sim uma
conjunção integrante!!!
Gabarito: D

44) FCC/Analista de Controle/TCEPR/Jurídica/2011

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Atenção: A questão refere-se ao texto seguinte.


Perspectiva de Montesquieu
O grande pensador francês Montesquieu (1689-1755) é um dos mais
importantes intelectuais na história das ciências jurídicas. A grande
originalidade de sua obra maior − O espírito das leis − consiste na revolução
metodológica. O método de Montesquieu comporta dois aspectos
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interrelacionados, que podem ser distinguidos com clareza. O primeiro exclui da


ciência social toda perspectiva religiosa ou moral; o segundo afasta o autor das
teorias abstratas e dedutivas e o dirige para a abordagem descritiva e
comparativa dos fatos sociais.
Quanto ao primeiro, constituía um solapamento do finalismo teológico e moral
que ainda predominava na época, segundo o qual todo o desenvolvimento
histórico do homem estaria subordinado ao cumprimento de desígnios divinos.
Montesquieu, ao contrário, reduz as instituições a causas puramente humanas.
Segundo ele, introduzir princípios teológicos no domínio da história, como
fatores explicativos, é confundir duas ordens distintas de pensamento.
Deliberadamente, dispõe-se a permanecer nos estritos domínios dos fenômenos
políticos, e jamais abandona tal projeto.
Já nas primeiras páginas do Espírito das leis ele adverte o leitor contra um
possível mal-entendido no que diz respeito à palavra "virtude", que emprega
amiúde com significado exclusivamente político, e não moral. Para Montesquieu,
o correto conhecimento dos fatos humanos só pode ser realizado cientificamente
na medida em que eles sejam visados como são e não como deveriam ser.
Enquanto não forem abordados como independentes de fins religiosos e morais,
jamais poderão ser compreendidos. As ciências humanas deveriam libertar-se
da visão finalista, como já haviam feito as ciências naturais, que só progrediram
EU VOU PASSAR !!

realmente quando se desvencilharam do jugo teológico.


Para o debate moderno das relações que se devem ou não travar entre os
âmbitos do direito, da ciência e da religião, Montesquieu continua sendo um
provocador de alto nível.
(Adaptado de Montesquieu − Os Pensadores. S. Paulo: Abril, 1973)
A oração sublinhada exerce a função de sujeito dentro do seguinte período:
a) Montesquieu preferiu guiar-se pelos valores civis, em vez de se deixar levar
pelo finalismo religioso.
b) A um espírito sensível e religioso não convém ler um filósofo como
Montesquieu buscando apoio espiritual.
c) Um estudo sério da história das ciências jurídicas não pode prescindir dos
métodos de que se vale Montesquieu em O espírito das leis.
d) As ciências humanas deveriam libertar-se da religião, assim como ocorreu
com as ciências naturais.

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e) O método de Montesquieu valorizou as instituições humanas e solapou o


finalismo teológico e moral.
Comentários:
Alternativa A – Incorreta – O sujeito da oração principal é “Montesquieu”. O que
ele preferiu? “Guiar-se pelos valores civis”. Então a oração grifada é o OD da
oração principal (oração subordinada subjetiva objetiva direta reduzida de
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infinitivo...ufa!).
Alternativa B – Correta – Veja essa oração: Isso não convém a ele. Quem é o
sujeito? Isso! Quem é “isso” na oração destacada? “Ler um filósofo como
Montesquieu”.
Alternativa C – Incorreta – A que termo se refere a oração destacada? Ao termo
“métodos”, que é qualificado pela oração. Esta exerce a função de adjunto
adnominal, sendo classificada como subordinada adjetiva restritiva.
Alternativa D – Incorreta – A expressão “assim como” nos dá uma dica de que
a oração tem um valor semântico de comparação. A oração é subordinada
adverbial comparativa.
Alternativa E – Incorreta – A oração grifada é coordenada aditiva. Repare que
ambas orações têm o mesmo sujeito “o método de Montesquieu”.
Gabarito: B

45) FCC/AFTM/Pref SP/2007


Da impunidade
O homem ainda não encontrou uma forma de organização social que dispense
EU VOU PASSAR !!

regras de conduta, princípios de valor, discriminação objetiva de direitos e


deveres comuns. Todos nós reconhecemos que, em qualquer atividade humana,
a inexistência de parâmetros normativos implica o estado de barbárie, no qual
prevalece a mais dura e irracional das justificativas: a lei do mais forte, também
conhecida, não por acaso, como "a lei da selva". É nessa condição que vivem os
animais, relacionando-se sob o exclusivo impulso dos instintos. Mas o homo
sapiens afirmou-se como tal exatamente quando estabeleceu critérios de
controle dos impulsos primitivos.
Variando de cultura para cultura, as regras de convívio existem para dar base e
estabilidade às relações entre os homens. Não decorrem, aliás, apenas de
iniciativas reconhecidas simplesmente como humanas: podem apresentar-se
como manifestações da vontade divina, como valores supremos, por vezes
apresentados como eternos.
Os dez mandamentos ditados por Deus a Moisés são um exemplo claro de que
a religião toma para si a tarefa de orientar a conduta humana por meio de
princípios fundamentais. No caso da lei mosaica, um desses princípios é o da
interdição: "Não matarás", "Não cobiçarás a mulher do próximo" etc. Ou seja:

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está suposto nesses mandamentos que o ponto de partida para a boa conduta
é o reconhecimento daquilo que não pode ser permitido, daquilo que representa
o limite de nossa vontade e de nossas ações.
Nas sociedades modernas, os textos constitucionais e os regulamentos de todo
tipo multiplicam-se e sofisticam-se, mas permanece como sustentação delas a
idéia de que os direitos e os deveres dizem respeito a todos e têm por finalidade
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o bem comum. Para garantia do cumprimento dos princípios, instituem-se as


sanções para quem os ignore. A penalidade aplicada ao indivíduo transgressor
é a garantia da validade social da norma transgredida. Por isso, a impunidade,
uma vez manifesta, quebra inteiramente a relação de equilíbrio entre direitos e
deveres comuns, e passa a constituir um exemplo de delito vantajoso: aquele
em que o sujeito pode tirar proveito pessoal de uma regra exatamente por tê-
la infringido. Abuso de poder, corrupção, tráfico de influências, quando não
seguidos de punição exemplar, tornam-se estímulos para uma prática delituosa
generalizada. Um dos maiores desafios da nossa sociedade é o de não permitir
a proliferação desses casos. Se o ideal da civilização é permitir que todos os
indivíduos vivam e convivam sob os mesmos princípios éticos acordados, a
quebra desse acordo é a negação mesma desse ideal da humanidade.
(Inácio Leal Pontes)
Expressa uma finalidade a oração subordinada adverbial sublinhado em:
a) (...) a religião toma para si a tarefa de orientar a conduta humana.
b) (...) o sujeito pode tirar proveito pessoal de uma regra por tê-la infringido.
c) (...) o ponto de partida para a boa conduta é o reconhecimento daquilo que
não pode ser permitido.
EU VOU PASSAR !!

d) (...) as regras de convívio existem para dar base e estabilidade às relações


entre os homens.
e) (...) o ideal da civilização é permitir que todos os indivíduos vivam sob os
mesmos princípios éticos acordados.
Comentários:
Alternativa A – Incorreta – A oração grifada é principal. A oração subordinada
é outra, que qualifica a palavra “tarefa”.
Alternativa B – Incorreta – A oração grifada tem valor semântico de causa. É
classificada como subordinada adverbial causal reduzida de infinitivo (ter + a =
tê-la).
Alternativa C – Incorreta – A oração grifada é subordinada adjetiva restritiva,
tendo a função de ajunto adnominal e qualificando o nome “aquilo”.
Alternativa D – Correta – A oração introduzida pela conjunção “para” tem nítido
sentido de finalidade. A oração encontra-se na forma reduzida de infinitivo.

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Alternativa E – Incorreta – A oração grifada é subordinada substantiva OD


cuja oração principal é “permitir” (permitir o que?), que por sua vez está na
forma reduzida e é subordinada a uma terceira oração - “o ideal da civilização
é”.
Gabarito: D
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Valeu pessoal.
Abraço a todos!!!
EU VOU PASSAR !!

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4 – Lista de Exercícios

1) FCC/Delegado/DPE RS/2011
Atenção: Responda à questão com base no texto.
TEXTO
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EUA dizem que um ataque ao Irã uniria o país, hoje dividido


WASHINGTON (Reuters) − Um ataque militar contra o Irã uniria o país, que está
dividido, e reforçar a determinação do governo iraniano para buscar armas
nucleares, disse o secretário de Defesa dos Estados Unidos, Robert Gates, nesta
terça-feira.
Em pronunciamento ao conselho diretor do Wall Street Journal, Gates afirmou
ser importante usar outros meios para convencer o Irã a não procurar ter armas
nucleares e repetiu as suas preocupações de que ações militares somente iriam
retardar − e não impedir − que o país obtenha essa capacidade.
(http://noticias.uol.com.br/ultimasnoticias/reuters/2010/11/16/euadizemqueu
mataqueaoirauniriaopaishojedividido.jhtm?action=print, em 16/11/2010)

A palavra pronunciamento é transitiva e exige


a) complemento nominal.
b) objeto indireto.
c) objeto direto.
d) adjetivo.
EU VOU PASSAR !!

e) predicativo do sujeito.

2) FCC/AJ/TRF 3/Apoio Especializado/Biblioteconomia/2016


Os Beatles eram um mecanismo de criação. A força propulsora desse
mecanismo era a interação dialética de John Lennon e Paul McCartney. Dialética
é diálogo, embate, discussão. Mas também jogo permanente. Adição e
contradição. Movimento e síntese. Dois compositores igualmente geniais, mas
com inclinações distintas. Dois líderes cheios de ideias e talento. Um levando o
outro a permanentemente se superar.
As narrativas mais comuns da trajetória dos Beatles levam a crer que a parceria
Lennon e McCartney aconteceu apenas na fase inicial do conjunto. Trata-se de
um engano. Mesmo quando escreviam separados, John e Paul o faziam um para
o outro. Pensavam, sentiam e criavam obcecados com a presença (ou ausência)
do parceiro e rival.

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Lennon era um purista musical, apegado a suas raízes. Quem embarcou na


vanguarda musical dos anos 60 foi Paul McCartney, um perfeccionista dado a
experimentos e delírios orquestrais. Em contrapartida, sem o olhar crítico de
Lennon, sem sua verve, os ais conhecidos padrões de McCartney teriam sofrido
perdas poéticas. Lennon sabia reprimir o banal e fomentar o sublime.
Como a dialética é uma via de mão dupla, também o lado suave de Lennon se
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nutria da presença benfazeja de Paul. Gemas preciosas como Julia têm as


impressões digitais do parceiro, embora escritas na mais monástica solidão.
Nietzsche atribui caráter dionisíaco aos impulsos rebeldes, subjetivos,
irracionais; forças do transe, que questionam e subvertem a ordem vigente. Em
contrapartida, designa como apolíneas as tendências ordenadoras, objetivas,
racionais, solares; forças do sonho e da profecia, que promovem e aprimoram
o ordenamento do mundo. Ao se unirem, tais forças teriam criado, a seu ver, a
mais nobre forma de arte que jamais existiu.
Como criadores, tanto o metódico Paul McCartney como o irrequieto John
Lennon expressavam à perfeição a dualidade proposta por Nietzsche. Lennon
punha o mundo abaixo; McCartney construía novos monumentos. Lennon abria
mentes; McCartney aquecia corações. Lennon trazia vigor e energia; McCartney
impunha senso estético e coesão.
Quando os Beatles se separaram, essa magia se rompeu. John e Paul se
tornaram compositores com altos e baixos. Fizeram coisas boas. Mas raramente
se aproximaram da perfeição alcançada pelo quarteto. Sem a presença
instigante de Lennon, Paul começou a patinar em letras anódinas. Não se tornou
um compositor ruim. Mas os Beatles faziam melhor.
Ironicamente, o grande disco dos ex-Beatles acabou sendo o álbum triplo em
EU VOU PASSAR !!

que George Harrison deglutiu os antigos companheiros de banda, abrindo as


comportas de sua produção represada durante uma década à sombra de John
e Paul. E foi assim, por estranhos caminhos antropofágicos, que a dialética de
Lennon e McCartney brilhou pela última vez.
(Adaptado de: DANTAS, Marcelo O. Revista Piauí. Disponível em h:
ttp://revistapiaui.estadao.com.br/materia/beatle.s Acesso em: 20/02/16)

... tanto o metódico Paul McCartney como o irrequieto John Lennon


expressavam à perfeição a dualidade.
O verbo que possui, no contexto, o mesmo tipo de complemento que o da frase
acima está empregado em:
a) Os Beatles eram um mecanismo de criação.
b) Fizeram coisas boas.
c) ... a mais nobre forma de arte que jamais existiu.
d) ... criavam obcecados com a presença (ou ausência)..

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e) ... que a dialética de Lennon e McCartney brilhou pela última vez .

3) FCC/Adv Jr/METRO SP/2016


Atenção: A questão refere-se ao texto abaixo.
Não cometo esse erro tão comum de julgar os outros por mim. Acredito de bom
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grado que o que está nos outros possa divergir essencialmente daquilo que está
em mim. Não obrigo ninguém a agir como ajo e concebo mil e uma maneiras
diferentes de viver; e, contrariamente ao que ocorre em geral, espantam-me
bem menos as diferenças entre nós do que as semelhanças. Não imponho a
outrem nem meu modo de vida nem meus princípios; encaro-o tal qual é, sem
estabelecer comparações. O fato de não ser continente não me impede de
admirar e aprovar os Feuillants* e os capuchinhos que o são; pela imaginação
ponho-me muito bem em sua pele e os estimo e honro tanto mais quanto
divergem de mim. Aspiro particularmente a que julguem cada qual como é, sem
estabelecer paralelos com modelos tirados do comum. Minha fraqueza não
altera absolutamente o apreço em que deva ter quem possui força e vigor.
Embora me arraste ao nível do solo, não deixo de perceber nas nuvens, por
mais alto que se elevem, certas almas que se distinguem pelo heroísmo. Já é
muito para mim ter o julgamento justo, ainda que não o acompanhem minhas
ações, e manter ao menos assim incorruptível essa qualidade. Já é muito ter
boa vontade, mesmo quando as pernas fraquejam.
*Ordem religiosa.
(Extraído de MONTAIGNE, Michel de. “Catão, o jovem”,E nsaios, trad. Sérgio
Milliet, São Paulo, Nova Cultural, 1996, p. 213)
EU VOU PASSAR !!

Os dois verbos grifados que foram empregados no texto com o mesmo tipo de
complemento encontram-se em:
a) Não imponho a outrem nem meu modo de vida nem meus princípios... / ...
os Feuillants e os capuchinhos que o são...
b) ... ainda que não o acompanhem minhas ações... / ... mesmo quando as
pernas fraquejam.
c) Não cometo esse erro tão comum de julgar os outros por mim. / Minha
fraqueza não altera absolutamente o apreço...
d) Não cometo esse erro tão comum de julgar os outros por mim. / ... mesmo
quando as pernas fraquejam.
e) Não imponho a outrem nem meu modo de vida nem meus princípios... / ...
contrariamente ao que ocorre em geral...

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4) FCC/TRE/SEFAZ MA/Arrecadação e Fiscalização de Mercadorias


em Trânsito/2016
Atenção: Para responder à questão, considere o texto abaixo.
A tragédia vinha sendo anunciada: desde o começo do ano, Nabiré parecia
cansada. Portadora de um cisto no ovário, carregava seu corpo de 31 anos e 2
toneladas com mais dificuldade. Ainda assim, atravessou aquele 27 de julho em
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relativa normalidade.
Comeu feno, caminhou na areia, rolou na poça de lama para proteger-se do sol.
Ao fim da tarde, recolheu-se aos seus aposentos – uma área fechada no
zoológico Dvůr Králové, na República Tcheca. Deitou-se, dormiu – e nunca mais
acordou. No dia seguinte, o diretor da instituição descreveria a perda como
“terrível”, definindo-a como “um símbolo do declínio catastrófico dos
rinocerontes devido à ganância humana”.
Nabiré representava 20% dos rinocerontes-brancos-do-norte ainda vivos. A
espécie está extinta na natureza. Dos quatro remanescentes, três vivem numa
reserva ecológica no Quênia, protegidos por homens armados. O restante – uma
fêmea chamada Nola – mora num zoológico nos Estados Unidos. São todos
idosos e, até que se prove o contrário, inférteis.
Surgido como um adorno que conferia sucesso reprodutivo ao portador (como
a juba, no caso do leão), o chifre acabaria por selar o destino trágico do
paquiderme. Passou a ser usado para tratar diversas doenças na medicina
oriental. De nada valeram inúmeros estudos científicos mostrando a inocuidade
da substância. O chifre virou artigo valiosíssimo no mercado negro da caça.
Segundo estimativas, no começo do século XX a ordem dos rinocerontes era
representada por um plantel de meio milhão de animais. Hoje restam apenas
EU VOU PASSAR !!

29 mil, divididos em cinco espécies. A que está em estado mais crítico é a


subespécie branca-do-norte.
O rinoceronte-branco-do-norte era endêmico do Congo – país que ainda sofre
os efeitos de uma guerra civil iniciada em 1996 que já deixou um saldo de ao
menos 5 milhões de pessoas mortas. Diante desse quadro, não houve quem
zelasse pelo animal.
Nabiré foi um dos quatro rinocerontes-brancos-do-norte nascidos em cativeiro,
no próprio zoológico. Após o nascimento de Fatu, no mesmo zoológico, quinze
anos mais tarde, nenhuma outra fêmea de rinoceronte-branco-do-norte
conseguiu engravidar.
Por isso, em 2009, os quatro rinocerontes-brancos-do-norte que faziam
companhia a Nabiré foram levados para um reserva no Quênia. Como nem a
inseminação artificial tivesse funcionado, havia a esperança última de que um
habitat selvagem pudesse surtir algum efeito. Porém, não houve resultado.
Nabiré não viajou com o grupo por ser portadora de uma doença: nasceu com
ovário policístico, o que a tornava infértil. “Foi a rinoceronte mais doce que

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tivemos no zoológico”, disse o diretor de projetos internacionais do zoológico.


“Nasceu e cresceu aqui. Foi como perder um membro da família.”
Há uma esperança remota de que a espécie ainda seja preservada por
fertilização in vitro. “Nossa única esperança é a tecnologia”, completou o diretor.
“Mas é triste atingir um ponto em que a salvação está em um laboratório.
Chegamos tarde. A espécie tinha que ter sido protegida na natureza.”
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(Adaptado de: KAZ, Roberto. Revista Piauí. Disponível em:


http://revistapiaui.estadao.com.br/materia/eramos-cinco)

A tragédia vinha sendo anunciada...


O segmento grifado exerce na frase acima a mesma função sintática que o
segmento também grifado em:
a) ... devido à ganância humana...
b) Hoje restam apenas 29 mil...
c) ... havia a esperança última de que um habitat selvagem pudesse surtir algum
efeito.
d) ... país que ainda sofre os efeitos de uma guerra civil iniciada em 1996...
e) ... o diretor da instituição descreveria a perda como “terrível”...

5) FCC/Ana Amb/SEMA MA/Geógrafo/2016


Atenção: Para responder à questão, considere o texto abaixo.
Será que a internet está a matar a democracia? Vyacheslav W. Polonski, um
EU VOU PASSAR !!

acadêmico da Universidade de Oxford, faz essa pergunta na revista Newsweek.


E oferece argumentos a respeito que desaguam em águas tenebrosas.
A internet oferece palco político para os mais motivados (e despreparados).
Antigamente, o cidadão revoltado podia ter as suas opiniões sobre os assuntos
do mundo. Mas, tirando o boteco, ou o bairro, ou até o jornal do bairro, essas
opiniões nasciam e morriam no anonimato.
Hoje, é possível arregimentar dezenas, ou centenas, ou milhares de
"seguidores" que rapidamente espalham a mensagem por dezenas, ou
centenas, ou milhares de novos "seguidores". Quanto mais radical a mensagem,
maior será o sucesso cibernauta.
Mas a internet não é apenas um paraíso para os politicamente motivados (e
despreparados). Ela tende a radicalizar qualquer opinião sobre qualquer
assunto.
A ideia de que as redes sociais são uma espécie de "ágora moderna", onde
existem discussões mais flexíveis e pluralistas, não passa de uma fantasia. A
internet não cria debate. Ela cria trincheiras entre exércitos inimigos.

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(Adaptado de: COUTINHO, João Pereira. Disponível em:


http://www1.folha.uol.com.br/colunas/joaopereiracoutinho/2016/08/18016)

A ideia de que as redes sociais são uma espécie de "ágora moderna", onde
existem discussões mais flexíveis e pluralistas ...
(último parágrafo)
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O elemento sublinhado na frase acima exerce a mesma função sintática que o


sublinhado em:
a) ... as suas opiniões sobre os assuntos do mundo.
b) Ela cria trincheiras entre exércitos inimigos.
c) A internet oferece palco político para os mais motivados...
d) ... essas opiniões nasciam e morriam no anonimato.
e) ... não passa de uma fantasia.

6) FCC/Ana/DPE RS/Contabilidade/2017
A questão baseia no texto apresentado abaixo
Sem privacidade
Ainda é possível ter privacidade em meio a celulares, redes sociais e dispositivos
outros das mais variadas conexões? Os mais velhos devem se lembrar do tempo
em que era feio “ouvir conversa alheia”. Hoje é impossível transitar por qualquer
espaço público sem recolher informações pessoais de todo mundo. Viajando de
ônibus, por exemplo, acompanham-se em conversas ao celular brigas de casal,
EU VOU PASSAR !!

reclamações trabalhistas, queixas de pais a filhos e vice-versa, declarações


românticas, acordo de negócios, informações técnicas, transmissão de dados e
um sem-número de situações de que se é testemunha compulsória. Em clara e
alta voz, lances da vida alheia se expõem aos nossos ouvidos, desfazendo-se
por completo a fronteira que outrora distinguia entre a intimidade e a mais
aberta exposição. Nas redes sociais, emoções destemperadas convivem com
confissões perturbadoras, o humor de mau gosto disputa espaço com falácias
políticas – tudo deixando ver que agora o sujeito só pode existir na medida em
que proclama para o mundo inteiro seu gosto, sua opinião, seu juízo, sua reação
emotiva. É como se todos se obrigassem a deixar bem claro para o resto da
humanidade o sentido de sua existência, seu propósito no mundo. A discrição,
a fala contida, o recolhimento íntimo parecem fazer parte de uma civilização
extinta, de quando fazia sentido proteger os limites da própria individualidade.
Em meio a tais processos da irrestrita divulgação da personalidade, as
reticências, a reflexão silenciosa e o olhar contemplativo surgem como sintomas
problemáticos de alienação. Impõe-se um tipo de coletivismo no qual todos se
obrigam a se falar, na esperança de que sejam ouvidos por todos. Nesse imenso

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ruído social, a reclamação por privacidade é recebida como o mais condenável


egoísmo. Pretender identificar-se como um sujeito singular passou a soar como
uma provocação escandalosa, em tempos de celebração do paradigma público
da informação.
(Jeremias Tancredo Paz, inédito)
Direitos autorais reservados (Lei 9610/98). Proibida a reprodução, venda ou compartilhamento deste arquivo. Uso individual.

Os elementos sublinhados são exemplos de uma mesma função sintática no


seguinte segmento:
a) Nas redes sociais, emoções destemperadas convivem com confissões
perturbadoras...
b) Os mais velhos devem se lembrar do tempo em que era feio "ouvir conversa
alheia”.
c) Hoje é impossível transitar por qualquer espaço público sem recolher
informações pessoais...
d) Ainda é possível ter privacidade em meio a celulares (...)?
e) ...a reclamação por privacidade é recebida como o mais condenável egoísmo.

7) FCC/TJ/TRE SP/Administrativa/Artes Gráficas/2017


Quando confrontada a duas teorias – uma simples e outra complexa – para
explicar um problema, a maior parte das pessoas não hesita em favorecer a
primeira, também qualificada como elegante. “Em muitos casos, porém, a
complexa pode ser mais interessante”, lembra o filósofo Marco Zingano, da
Universidade de São Paulo. Segundo ele, a escolha é natural na cultura ocidental
EU VOU PASSAR !!

contemporânea porque o pensamento dessas civilizações foi moldado por


Aristóteles e Platão, os filósofos de maior destaque na Grécia Antiga, para quem
a metafísica da unidade tinha como paradigma a simplicidade.
Levado ao pé da letra, o resgate puramente historiográfico das contribuições da
Antiguidade pode parecer folclórico diante do conhecimento atual. Mas, mesmo
que oculta, a influência de Aristóteles e de Platão está presente na forma como
o pensamento governa os hábitos intelectuais da civilização atual.
Um dos problemas que ocuparam Platão e Aristóteles foi a acrasia, que leva
uma pessoa a tomar uma atitude contrária à que sabe ser a correta. Se está
claro, por exemplo, que uma moderada dose diária de exercícios é suficiente
para prevenir uma série de doenças graves e trazer benefícios à saúde, por que
alguém optaria por passar horas deitado no sofá e se locomover apenas de
carro? Para Sócrates, a resposta era simples: guiado pela razão, o ser humano
só deixa de fazer o que é melhor se lhe faltar o conhecimento.
Platão discordava, e resolveu o dilema dividindo a alma em três partes: um par
de cavalos alados conduzidos por um cocheiro que representa uma delas, a

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razão. Um dos cavalos, arredio, só pode ser controlado a chicotadas e


representa os apetites. O outro é a porção irascível da alma. É o impulso, em
geral obediente à razão, mas que pode levar a decisões impetuosas em
determinadas situações. “O que determina as ações seriam fontes distintas de
motivação”, observa Zingano. Platão pensou o conflito como interno à alma,
dando lugar à acrasia. Já Aristóteles dedicou um livro de sua Ética ao fenômeno.
Direitos autorais reservados (Lei 9610/98). Proibida a reprodução, venda ou compartilhamento deste arquivo. Uso individual.

Aristóteles e Platão tiveram um papel importante – e persistente – porque foram


grandes sistematizadores do conhecimento. Eles procuraram domar conceitos
diversos do Universo, do corpo e da mente, entender seu funcionamento e
deixar registrado para uso futuro. Resgatar esses textos, explica Zingano, é
uma busca da compreensão de como a cultura ocidental descreve o mundo e
enxerga a si mesma ainda hoje.
(Adaptado de: GUIMARÃES, Maria. Disponível em: revistapesquisa.fapesp.br)

Um dos problemas que ocuparam Platão e Aristóteles foi a acrasia...


O segmento grifado exerce, na frase acima, a mesma função sintática que o
segmento também grifado em:
a) ... guiado pela razão, o ser humano só deixa de fazer o que é melhor se...
b) ... o pensamento dessas civilizações foi moldado por Aristóteles e Platão.
c) Eles procuraram domar conceitos diversos do Universo...
d) ... conduzidos por um cocheiro que representa uma delas, a razão.
e) ... só pode ser controlado a chicotadas e representa os apetites...
EU VOU PASSAR !!

8) FCC/TJ/TRE PR/Administrativa/2017
Atenção: Considere o texto abaixo para responder à questão.
Brasileiros e latino-americanos fazemos constantemente a experiência do
caráter postiço da vida cultural que levamos. Essa experiência tem sido um dado
formador de nossa reflexão crítica desde os tempos da Independência. Ela pode
ser e foi interpretada de muitas maneiras, o que faz supor que corresponda a
um problema durável e de fundo.
O Papai Noel enfrentando a canícula em roupa de esquimó é um exemplo de
inadequação. Da ótica de um tradicionalista, a guitarra elétrica no país do samba
é outro. São exemplos muito diferentes, mas que comportam o sentimento da
contradição entre a realidade nacional e o prestígio ideológico dos países que
nos servem de modelo.
Tem sido observado que, a cada geração, a vida intelectual no Brasil parece
recomeçar do zero. O apetite pela produção recente dos países avançados
muitas vezes tem como avesso o desinteresse pelo trabalho da geração anterior
e, por conseguinte, a descontinuidade da reflexão. Nos vinte anos em que tenho

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dado aula de literatura, por exemplo, assisti ao trânsito da crítica por uma lista
impressionante de correntes. Mas é fácil observar que só raramente a passagem
de uma escola a outra corresponde ao esgotamento de um projeto; no geral,
ela se deve ao prestígio americano ou europeu da doutrina seguinte. Conforme
notava Machado de Assis em 1879, “o influxo externo é que determina a direção
do movimento”.
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Não é preciso ser adepto da tradição para reconhecer os inconvenientes desta


praxe, a que falta a convicção das teorias, logo trocadas. Percepções e teses
notáveis a respeito da cultura do país são decapitadas periodicamente, e
problemas a muito custo identificados ficam sem o desdobramento que lhes
poderia corresponder. O que fica de nosso desfile de concepções e métodos é
pouco, já que o ritmo da mudança não dá tempo à produção amadurecida.
O inconveniente faz parte do sentimento de inadequação que foi nosso ponto
de partida. Nada mais razoável, portanto, para alguém consciente do prejuízo,
que passar ao polo oposto e imaginar que baste não reproduzir a tendência
metropolitana para alcançar uma vida intelectual mais substantiva. A conclusão
tem apoio intuitivo forte, mas é ilusória. Não basta renunciar ao empréstimo
para pensar e viver de modo mais autêntico. A ideia de cópia discutida aqui
opõe o nacional ao estrangeiro e o original ao imitado, oposições que são irreais
e não permitem ver a parte do estrangeiro no próprio, a parte do imitado no
original e também a parte original no imitado.
(Adaptado de: SCHWARZ, Roberto. Que horas são? São Paulo, Cia. Das
Letras, 1987, p. 29-48)

que comportam o sentimento da contradição


EU VOU PASSAR !!

O segmento que possui, no contexto, a mesma função sintática do sublinhado


acima encontra-se também sublinhado em:
a) que foi nosso ponto de partida
b) Conforme notava Machado de Assis
c) a que falta a convicção das teorias
d) ela se deve ao prestígio americano ou europeu da doutrina seguinte
e) para reconhecer os inconvenientes desta praxe

9) FCC/TJ/TRE SP/Administrativa/"Sem Especialidade"/2012


... João Rubinato, que adotou o nome de um amigo funcionário do Correio...
O verbo que exige o mesmo tipo de complemento que o grifado acima está
empregado em:
a) ... que já acabou com a garoa...

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b) ... e produziu uma obra radicalmente brasileira...


c) ... a que se sobrepôs à velha cidadezinha provinciana...
d) Adoniran Barbosa é um paulista de cerne...
e) ... e depois fugir, com ela e conosco, para a terra da poesia...
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10) FCC/TJ/TRE SP/Apoio Especializado/Programação de


Sistemas/2012
Tudo isso vem a propósito da fusão que Caetano Veloso hoje encarna.
O verbo que exige o mesmo tipo de complemento que o grifado acima está
empregado em:
a) Exaltada aqui dentro, repercute lá fora.
b) A vertente é uma só...
c) Pouco importam as fontes de onde procedem.
d) ... seu caráter lustral as universaliza.
e) Viajou a Portugal...

11) FCC/Aux FF II/TCESP/2012


... para que ela não interfira de forma excessiva em seus projetos.
O verbo que exige o mesmo tipo de complemento que o grifado acima está em:
a) ... contra forças desconhecidas que anulam tudo aquilo ...
b) ... com as quais procuramos lidar com a realidade ...
EU VOU PASSAR !!

c) ... deixando-nos desarmados e atônitos ...


d) ... de algo que está além de nossa compreensão ...
e) ... ele o convoca constantemente.

12) FCC/Ass Tec Leg/AL-PB/2013


Atenção: Considere o texto abaixo para responder à questão.
Sivuca nasceu numa família de pequenos lavradores e coureiros. Vivendo na
área rural de Itabaiana, na Paraíba, numa localidade pobre e remota, sem rádio
nem eletricidade, o próprio Sivuca não sabe explicar como a música entrou em
sua vida. Ninguém na família tocava qualquer instrumento. “Eu não sei. Mas sei
que veio firme, porque minha vocação foi mais forte do que toda e qualquer
tendência. Quero dizer, a música veio para ficar em mim, pronto.”
Suas primeiras memórias musicais vêm dos sanfoneiros itinerantes que
passavam por Itabaiana, de pessoas que tocavam violão na cidade, da banda

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de música e do órgão da igreja. Seu talento era evidente, a ponto de que a


própria família passasse a insistir que tentasse carreira na cidade grande.
Depois de algumas idas e vindas, mudou-se para Recife, foi contratado pela
Rádio Clube de Pernambuco aos 15 anos de idade, em novembro de 1945, e
descobriu um novo horizonte musical.
Sivuca aprendeu teoria musical com o clarinetista da Orquestra Sinfônica de
Recife e, três anos depois, passou a estudar harmonia e orquestração com o
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maestro fluminense Guerra-Peixe, que então vivia em Recife. Ao longo da vida


profissional, foi incorporando outros instrumentos ao seu arsenal, como o violão,
a guitarra e o piano, numa mistura de autodidatismo e aprendizado informal
com alguns dos melhores músicos do mundo.
Segundo o músico, “o estudo, o desenvolvimento musical torna-se necessário.
Eu digo isso porque eu também passei pelo mesmo; fui, por muito tempo,
músico sem estudar, naturalmente levando a sério todas as tendências, mas
também me dando ao trabalho de queimar pestana e estudar teoria musical,
estudar orquestração e, enfim, harmonia, fuga, contraponto, me preparar para
lidar com os ingredientes teoricamente”.
(Adaptado de http://musicosdobrasil.com.br/sivuca. Acesso em 04/03/2013)

Ninguém na família tocava qualquer instrumento.


O elemento em destaque acima exerce a mesma função sintática que o
elemento grifado em:
a) Mas sei que veio firme...
b) Eu não sei.
EU VOU PASSAR !!

c) ... o estudo, o desenvolvimento musical torna-se necessário.


d) ... sanfoneiros itinerantes que passavam por Itabaiana...
e) Eu digo isso porque eu também...

13) FCC/Ass Tec Leg/AL PB/2013


Atenção: Considere o texto abaixo para responder à questão.
O bater do martelo do mestre José Amaro abafava os rumores do dia que
cantava nos passarinhos. Uma vaca mugia por longe. Ouvia o gemer da filha.
Batia com mais força na sola. O martelo do mestre era forte, mais alto que tudo.
O pintor Laurentino foi saindo. E o mestre, de cabeça baixa, ficara no ofício. [...]
Tinha aquela filha triste. Ele queria mandar em tudo como mandava no couro
que trabalhava, queria bater em tudo como batia naquela sola.
(Adaptado de José Lins do Rego. Fogo Morto. Rio de Janeiro: José Olympio.
50. ed. 1998. p. 9)
... que cantava nos passarinhos.

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O elemento grifado acima refere-se a:


a) rumores.
b) mestre José Amaro.
c) bater do martelo.
d) passarinhos.
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e) dia.

14) FCC/AJ/TRF 4/Apoio Especializado/Informática/2014


Atenção: Para responder à questão, considere o texto abaixo.
Antônio Vieira é, desde o século XVII, um modelo de nosso idioma, a ponto de
Fernando Pessoa, na Mensagem, chamá-lo de “Imperador da língua
portuguesa”. Em uma de suas principais obras, o Sermão da Sexagésima,
ensina como deve ser o estilo de um texto:
“Aprendamos do céu o estilo da disposição, e também o das palavras. Como
hão de ser as palavras? Como as estrelas. As estrelas são muito distintas e
muito claras. Assim há de ser o estilo da pregação, muito distinto e muito claro.
E nem por isso temais que pareça o estilo baixo; as estrelas são muito distintas,
e muito claras e altíssimas. O estilo pode ser muito claro e muito alto; tão claro
que o entendam os que não sabem, e tão alto que tenham muito que entender
nele os que sabem. O rústico acha documentos nas estrelas para sua lavoura,
e o mareante para sua navegação, e o matemático para as suas observações e
para os seus juízos. De maneira que o rústico e o mareante, que não sabem ler
nem escrever, entendem as estrelas, e o matemático que tem lido quantos
EU VOU PASSAR !!

escreveram não alcança a entender quanto


nelas há.”
Vieira mostra com as estrelas o que sejam a distinção e a clareza. Não são
discordantes, como muitos de nós pensamos: uma e outra concorrem para o
mesmo fim. Nada mais adequado que, ao tratar de tais virtudes do discurso,
fizesse uso de comparação. Este procedimento Quintiliano, no século II d.C., já
considerava dos mais aptos para conferir clareza, uma vez que estabelece
similaridades entre algo já sabido pelo leitor e aquilo que se lhe quer elucidar.
Aqui, compara o bom discurso ao céu, que é de todos conhecido.
(Tales Ben Daud, inédito)

Os elementos sublinhados em ... quantos escreveram não alcança a entender


quanto nelas há... (2º parágrafo) possuem, respectivamente, a mesma função
que os sublinhados em:
a) Este procedimento Quintiliano, no século II d.C...
b) O rústico acha documentos nas estrelas para sua lavoura...

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c) As estrelas são muito distintas e muito claras.


d) ... ao tratar de tais virtudes do discurso...
e) ... e o matemático para as suas observações e para os seus juízos.

15) FCC/ACE/TCE-GO/Contabilidade/2014
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Atenção: Considere o texto abaixo para responder à questão.


O cerrado, vegetação seca que cobre o estado de Goiás, é considerado o
segundo maior bioma brasileiro. Ao viajar pelo estado, chama a atenção quando
se vê em um pasto imenso, lá no meio, a coloração viva do ipê. Entretanto, essa
vegetação vem sofrendo com o avanço das monoculturas.
Professor de agronomia da Universidade Federal de Goiás, Wilson Mozena
acredita que esse cenário de preocupação ambiental vem mudando,
principalmente com projetos como o Programa Agricultura de Baixa Emissão de
Carbono.
Para o professor, a monocultura é a maior vilã da terra. O pesquisador explica
que os sistemas de integração e de plantio direto promovem benefícios vitais
para o solo. O esquema de plantio em que se varia o tipo de planta, colocando,
por exemplo, milho junto com eucalipto, auxilia tanto no “sequestro” do carbono
como na manutenção de uma terra fértil. “Nesse sistema, junto com o milho,
planta-se a semente da forrageira [planta usada para alimentar o gado]. O milho
nasce e essa planta fica na sombra até quando o milho é colhido para o gado
pastar, explica.
Já o sequestro do carbono contribui para diminuir a emissão de gases de efeito
estufa. Quando a terra é arada os restos são incorporados e os micro-
EU VOU PASSAR !!

organismos que decompõem esses restos morrem sem alimento e o carbono vai
para a atmosfera. “Quando se deixam nutrientes no solo, os micro-organismos
aumentam para decompor os nutrientes e ficam na terra se alimentando. O
carbono permanece com eles, não subindo para a atmosfera”.
(Adaptado de: MARCELINO, Sarah Teófilo. “Fazenda em Goiás mantém a
esperança da preservação do cerrado”. Disponível em:
http://sustentabilidade.estadao.com.br. Acessado em: 25/09/14)

Já o sequestro do carbono contribui para diminuir a emissão...


O elemento que, no contexto, exerce a mesma função sintática que o grifado
acima está também grifado em:
a) Ao viajar pelo estado...
b) O cerrado, vegetação seca que cobre o estado de Goiás...
c) ... quando se vê em um pasto imenso, lá no meio, a coloração viva do ipê.
d) ... essa vegetação vem sofrendo com o avanço das monoculturas.

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e) Para o professor, a monocultura é a maior vilã da terra.

16) FCC/AFTM/Pref SP/2007


Da impunidade
O homem ainda não encontrou uma forma de organização social que dispense
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regras de conduta, princípios de valor, discriminação objetiva de direitos e


deveres comuns. Todos nós reconhecemos que, em qualquer atividade humana,
a inexistência de parâmetros normativos implica o estado de barbárie, no qual
prevalece a mais dura e irracional das justificativas: a lei do mais forte, também
conhecida, não por acaso, como "a lei da selva". É nessa condição que vivem os
animais, relacionando-se sob o exclusivo impulso dos instintos. Mas o homo
sapiens afirmou-se como tal exatamente quando estabeleceu critérios de
controle dos impulsos primitivos.
Variando de cultura para cultura, as regras de convívio existem para dar base e
estabilidade às relações entre os homens. Não decorrem, aliás, apenas de
iniciativas reconhecidas simplesmente como humanas: podem apresentar-se
como manifestações da vontade divina, como valores supremos, por vezes
apresentados como eternos. Os dez mandamentos ditados por Deus a Moisés
são um exemplo claro de que a religião toma para si a tarefa de orientar a
conduta humana por meio de princípios fundamentais. No caso da lei mosaica,
um desses princípios é o da interdição: "Não matarás", "Não cobiçarás a mulher
do próximo" etc. Ou seja: está suposto nesses mandamentos que o ponto de
partida para a boa conduta é o reconhecimento daquilo que não pode ser
permitido, daquilo que representa o limite de nossa vontade e de nossas ações.
Nas sociedades modernas, os textos constitucionais e os regulamentos de todo
EU VOU PASSAR !!

tipo multiplicam-se e sofisticam-se, mas permanece como sustentação delas a


idéia de que os direitos e os deveres dizem respeito a todos e têm por finalidade
o bem comum. Para garantia do cumprimento dos princípios, instituem-se as
sanções para quem os ignore. A penalidade aplicada ao indivíduo transgressor
é a garantia da validade social da norma transgredida. Por isso, a impunidade,
uma vez manifesta, quebra inteiramente a relação de equilíbrio entre direitos e
deveres comuns, e passa a constituir um exemplo de delito vantajoso: aquele
em que o sujeito pode tirar proveito pessoal de uma regra exatamente por tê-
la infringido. Abuso de poder, corrupção, tráfico de influências, quando não
seguidos de punição exemplar, tornam-se estímulos para uma prática delituosa
generalizada. Um dos maiores desafios da nossa sociedade é o de não permitir
a proliferação desses casos. Se o ideal da civilização é permitir que todos os
indivíduos vivam e convivam sob os mesmos princípios éticos acordados, a
quebra desse acordo é a negação mesma desse ideal da humanidade.
(Inácio Leal Pontes)
O termo sublinhado constitui o sujeito da seguinte construção:

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a) Não se encontrou uma forma definitiva de organização social.


b) É nessa condição que vivem os animais.
c) Tais delitos acabam tornando-se estímulos para a banalização das
transgressões.
d) Ocorre isso por conta das reiteradas situações de impunidade.
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e) Deve-se reconhecer na interdição um princípio da lei mosaica.

17) FCC/Técnico/MPU/Informática/2007
Atenção: A questão baseia-se no texto apresentado abaixo.
Quem caminha pelos mais de 70 quilômetros de praia da Ilha Comprida, no
litoral sul de São Paulo, pode perceber uma paisagem peculiar. Em meio às
dunas da restinga, onde deveria existir apenas vegetação rasteira, grandes
pinheiros brotam por toda parte. A sombra das árvores é um bemvindo refresco
para os moradores da região, mas a verdade ecológica é que elas não deveriam
estar ali assim como os pombos não deveriam estar nas praças das cidades,
nem as tilápias nas águas dos rios, nem o mosquito da dengue picando pessoas
dentro de casa ou as moscas varejeiras rondando raspas de frutas nas feiras.
São todas espécies exóticas invasoras, originárias de outros países e de outros
ambientes, mas que chegaram ao Brasil e aqui encontraram espaço para
proliferar. Algumas são exóticas também no sentido de "diferentes" ou
"esquisitas", mas muitas já se tornaram tão comuns que parecem fazer parte
da paisagem nacional tanto quanto um pau-brasil ou um tucano. Outros
exemplos, apontados pelo Programa Global de Espécies Invasoras e por
cientistas brasileiros, incluem o pinus, o dendezeiro, as acácias, a mamona, a
EU VOU PASSAR !!

abelha-africana, o pardal, o barbeiro, a carpa, o búfalo, o javali e várias espécies


de gramíneas usadas em pastos, além de bactérias e vírus responsáveis por
doenças importantes como leptospirose e cólera.
Nenhuma delas é nativa do Brasil. Dependendo das circunstâncias, podem ser
meras "imigrantes" inofensivas ou invasoras altamente nocivas. Dentro do
sistema produtivo, por exemplo, o búfalo e o pinus são apenas espécies
exóticas. Quando escapam para a natureza, entretanto, muitas vezes tornam-
se organismos nocivos aos ecossistemas "naturais". Espécies invasoras não têm
predadores naturais e se multiplicam rapidamente. São fortes, tipicamente
agressivas e controlam o ambiente que ocupam, roubando espaço das espécies
silvestres e competindo com elas por alimento ou se alimentando delas
diretamente.
Por sua capacidade de sobrepujar espécies nativas, as espécies invasoras são
consideradas a segunda maior ameaça à biodiversidade no mundo atrás apenas
da destruição dos hábitats. Ao assumirem o papel de pragas e vetores de
doenças, elas também causam impactos significativos na agricultura e na saúde
humana.

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(Adaptado de Herton Escobar. O Estado de S. Paulo, Vida&, 23 de julho de


2006, A25)
... elas também causam impactos significativos na agricultura e na saúde
humana. (final do texto)
O verbo que exige o mesmo tipo de complemento que o do grifado acima está
na frase:
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a) ... grandes pinheiros brotam por toda parte.


b) ... mas que chegaram ao Brasil ...
c) ... e aqui encontraram espaço ...
d) ... o búfalo e o pinus são apenas espécies exóticas.
e) ... e competindo com elas por alimento.

18) FCC/Téc. Judiciário/TRE SP/Administrativa/2012


Atenção: A questão refere-se ao texto abaixo.
Como a Folha era o único veículo que mandava repórteres da sede em São Paulo
para todos os comícios e abria generosamente suas páginas para a cobertura
da campanha das Diretas, passei a fazer parte da trupe, dar palpites nos
discursos, sugerir caminhos para as etapas seguintes. Viajava com os três
líderes da campanha em pequenos aviões fretados, e, em alguns lugares, dr.
Ulysses − era assim que se referiam a ele − fazia questão de anunciar minha
presença no palanque. Eu sabia que, em outras circunstâncias, essas coisas não
pegariam bem para um repórter. Àquela altura, no entanto, não me importava
mais com o limite entre as funções do profissional de imprensa e as do militante.
EU VOU PASSAR !!

Ficava até orgulhoso, para falar a verdade.


Cevado pelas negociações de bastidores no Parlamento, em que tudo devia
estar acertado antes de a reunião começar, o incansável Ulysses, que na
Constituinte de 1987 passaria horas presidindo a sessão sem levantar sequer
para ir ao banheiro, transmudara-se num palanqueiro de primeira. Impunha
logo respeito, eu até diria que ele era reverenciado aonde quer que chegasse.
A campanha das Diretas não tinha dono, e por isso crescia a cada dia. Mas,
embora ele não tivesse sido nomeado, todos sabiam quem era o comandante.
Meu maior problema, além de arrumar um telefone para passar a matéria a
tempo de ser publicada, era o medo de avião. "Fica calmo, meu caro jornalista,
avião comigo não cai", procurava me tranquilizar dr. Ulysses, com seu jeito
formal de falar até em momentos descontraídos. Muitos anos depois, ele
morreria num acidente de helicóptero, em Angra dos Reis, no Rio, e seu corpo
desapareceria no mar para sempre.
(Fragmento de Ricardo Kotscho. Do golpe ao Planalto: uma vida de repórter.
São Paulo, Cia. das Letras, 2006, p.120)

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Resumo + Questões Comentadas
Prof. Bruno Spencer - Aula 02

"Fica calmo, meu caro jornalista, avião comigo não cai", procurava me
tranquilizar dr. Ulysses...
O segmento em destaque exerce na frase acima a mesma função sintática que
o elemento grifado exerce em:
a) Como a Folha era o único veículo ...
b) ... essas coisas não pegariam bem para um repórter.
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c) ... em que tudo devia estar acertado...


d) Viajava com os três líderes da campanha em pequenos aviões fretados...
e) ... quem era o comandante.

19) FCC/ Téc. Judiciário/TRE SP/Administrativa/2012


Atenção: A questão refere-se ao texto abaixo.
Os modernistas de 1922 nunca se consideraram componentes de uma escola,
nem afirmaram ter postulados rigorosos em comum. O que os unificava era um
grande desejo de expressão livre e a tendência para transmitir, sem os
embelezamentos tradicionais do academismo, a emoção pessoal e a realidade
do país. Por isso, não se cansaram de afirmar (sobretudo Mário de Andrade)
que a sua contribuição maior foi a liberdade de criação e expressão. "Cria o teu
ritmo livremente", disse Ronald de Carvalho.
Este conceito é relativo, pois em arte não há originalidade absoluta. No Brasil,
ele significou principalmente libertação dos modelos acadêmicos, que se haviam
consolidado entre 1890 e 1920. Em relação a eles, os modernistas afirmaram a
sua libertação em vários rumos e setores: vocabulário, sintaxe, escolha de
EU VOU PASSAR !!

temas, a própria maneira de ver o mundo.


Do ponto de vista estilístico, pregaram a rejeição dos padrões portugueses,
buscando uma expressão mais coloquial, próxima do modo de falar brasileiro.
Um renovador como Mário de Andrade começava os períodos pelo pronome
oblíquo, abandonava inteiramente a segunda pessoa do singular, acolhia
expressões e palavras da linguagem corrente, procurava incorporar à escrita o
ritmo da fala e consagrar literariamente o vocabulário usual.
Mesmo quando não procuravam subverter a gramática, os modernistas
promoveram uma valorização diferente do léxico, paralela à renovação dos
assuntos. O seu desejo principal foi o de serem atuais, exprimir a vida diária,
dar estado de literatura aos fatos da civilização moderna.
(Trecho adaptado de Antonio Candido e José Aderaldo Castello. Presença da
literatura brasileira: Modernismo. Rio de Janeiro, Bertrand Brasil, 1997,
p.1112)
Este conceito é relativo, pois em arte não há originalidade absoluta.
... a sua contribuição maior foi a liberdade de criação e expressão.

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Curso: Português
Resumo + Questões Comentadas
Prof. Bruno Spencer - Aula 02

Ambos os elementos acima grifados exercem nas respectivas frases a função de


a) adjunto adverbial.
b) objeto direto.
c) complemento nominal.
d) predicativo.
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e) objeto indireto.

20) FCC/Analista Juduciário/TRE SP/Administrativa/2012


Atenção: A questão refere-se à crônica abaixo, publicada em 28/08/1991.
Bom para o sorveteiro
Por alguma razão inconsciente, eu fugia da notícia. Mas a notícia me perseguia.
Até no avião, o único jornal abria na minha cara o drama da baleia encalhada
na praia de Saquarema. Afinal, depois de quase três dias se debatendo na areia
da praia e na tela da televisão, o filhote de jubarte conseguiu ser devolvido ao
mar. Até a União Soviética acabou, como foi dito por locutores especializados
em necrológio eufórico. Mas o drama da baleia não acabava. Centenas de
curiosos foram lá apreciar aquela montanha de força a se esfalfar em vão na
luta pela sobrevivência. Um belo espetáculo.
À noite, cessava o trabalho, ou a diversão. Mas já ao raiar do dia, sem recursos,
com simples cordas e as próprias mãos, todos se empenhavam no lúcido
objetivo comum. Comum, vírgula. O sorveteiro vendeu centenas de picolés. Por
ele a baleia ficava encalhada por mais duas ou três semanas. Uma santa
senhora teve a feliz ideia de levar pastéis e empadinhas para vender com ágio.
EU VOU PASSAR !!

Um malvado sugeriu que se desse por perdida a batalha e se começasse logo a


repartir os bifes.
Em 1966, uma baleia adulta foi parar ali mesmo e em quinze minutos estava
toda retalhada. Muitos se lembravam da alegria voraz com que foram
disputadas as toneladas da vítima. Essa de agora teve mais sorte. Foi salva
graças à religião ecológica que anda na moda e que por um momento
estabeleceu uma trégua entre todos nós, animais de sangue quente ou de
sangue frio.
Até que enfim chegou uma traineira da Petrobrás. Logo uma estatal, ó céus,
num momento em que é preciso dar provas da eficácia da empresa privada. De
qualquer forma, eu já podia recolher a minha aflição. Metáfora fácil, lá se foi,
espero que salva, a baleia de Saquarema. O maior animal do mundo, assim
frágil, à mercê de curiosos. À noite, sonhei com o Brasil encalhado na areia
diabólica da inflação. A bordo, uma tripulação de camelôs anunciava umas
bugigangas. Tudo fala. Tudo é símbolo.
(Otto Lara Resende, Folha de S. Paulo)

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Curso: Português
Resumo + Questões Comentadas
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Analisando-se aspectos sintáticos de frases do texto, é correto afirmar que em


a) Muitos se lembravam da alegria voraz com que foram disputadas as toneladas
da vítima as formas verbais sublinhadas têm um mesmo sujeito.
b) todos se empenhavam no lúcido objetivo comum configura-se um caso de
indeterminação do sujeito.
c) uma tripulação de camelôs anunciava umas bugigangas a voz verbal é ativa,
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sendo umas bugigangas o objeto direto.


d) eu já podia recolher a minha aflição não há a possibilidade de transposição
para outra voz verbal.
e) Logo uma estatal, ó céus o elemento sublinhado exerce a função de adjunto
adverbial de tempo.

21) FCC/Técnico/INSS/2012
Atenção: A questão baseia-se no texto seguinte.
Em vida, Gustav Mahler (18601911), tanto por sua personalidade artística como
por sua obra, foi alvo de intensas polêmicas – e de desprezo por boa parte da
crítica. A incompreensão estética e o preconceito antissemita também o
acompanhariam postumamente e foram raros os maestros que, nas décadas
que se seguiram à sua morte, se empenharam na apresentação de suas obras.
Durante os anos 60, porém, uma virada totalmente inesperada levou a obra de
Mahler ao início de uma era de sucessos sem precedentes, que perdura até hoje.
Intérpretes conhecidos e pesquisadores descobriram o compositor, enquanto
gravações discográficas divulgavam uma obra até então desconhecida do
grande público.
EU VOU PASSAR !!

Há uma série de fatores envolvidos na transformação de Mahler em figura


central da história da música do século XX. A visão de mundo de uma geração
mais jovem certamente teve influência central aqui: o dilaceramento interior de
Mahler, seu interesse pelos problemas fundamentais da existência humana, seu
pacifismo, seu engajamento contra a opressão social e seu posicionamento em
favor do respeito à integridade da natureza – tudo isso se tornou, subitamente,
muito atual para a geração que nasceu no pósguerra.
O amor incondicional de Mahler pela natureza sempre esteve presente em sua
obra. O compositor dedicava inteiramente à criação musical os meses de verão,
recolhendo-se em pequenas cabanas na paz dos Alpes austríacos. Em
Steinbach, Mahler empreendia longas caminhadas que lhe proporcionaram
inspiração para sinfonias.
Comparar a simplicidade espartana dessas casinhas com a enorme
complexidade das obras ali criadas diz muito sobre a genialidade do compositor
– e, sobretudo, sobre a real origem de sua musicalidade. Totalmente
abandonadas e esquecidas na Áustria no pós-guerra, essas casinhas de Mahler

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hoje se transformaram em memoriais, graças à ação da Sociedade Internacional


Gustav Mahler. O mundo onírico dos Alpes do início do século XX certamente
voltará à memória de quem, tendo uma imagem desses despojados retiros
musicais de Mahler, voltar a ouvir sua música grandiosa.
(Adaptado: Klaus Billand. Gustav Mahler: a criação de um ícone. Revista 18.
Ano IV, n. 15, março/abril/ maio de 2006 > Acesso em: 22 dez. 2011)
Direitos autorais reservados (Lei 9610/98). Proibida a reprodução, venda ou compartilhamento deste arquivo. Uso individual.

Na frase O compositor dedicava inteiramente à criação musical os meses de


verão, o termo sublinhado exerce a mesma função sintática que o termo em
destaque na frase:
a) A visão de mundo de uma geração mais jovem teve influência central aqui.
b) Intérpretes conhecidos e pesquisadores descobriram o compositor.
c) Em vida, Mahler foi alvo de intensas polêmicas.
d) Mahler empreendia longas caminhadas que lhe proporcionaram inspiração
para grandiosas sinfonias.
e) Essas casinhas das alturas alpinas hoje se transformaram em memoriais.

22) FCC/Consultor Legislativo/AL PB/2013


Na história da moderna literatura brasileira, a obra de José Lins do Rego
representa uma época, uma corrente de pensamento dentro da atividade
criadora na ficção. Confluíram em seus livros caminhos de diversas origens,
raízes aflorantes no solo e outras de mais longa viagem subterrânea, as
primeiras de contemporâneos em tentativas recentes e as segundas de nomes
mais antigos na história do romance brasileiro.
EU VOU PASSAR !!

Mas o menino José − José Lins do Rego Cavalcanti −, nascido aos 3 de junho
de 1901, no engenho Corredor, município de Pilar, Estado da Paraíba, já trazia
consigo outras raízes que iria acrescentar a essas heranças. Raízes do sangue
e da terra, que vinham de João do Rego Cavalcanti e Amélia do Rego Cavalcanti,
seus pais, passando de geração em geração por outros homens e mulheres
sempre ligados ao mundo rural do Nordeste açucareiro.
Seu primeiro livro − Menino de engenho − é chave de uma obra que se
revelou de importância fundamental na história do moderno romance brasileiro.
O escritor mesmo, certa vez, em artigo de jornal, contou alguma coisa a respeito
do livro de estreia: “O livro foi oferecido a todos os editores nacionais, de todos
recebeu um não seco, quando não me deram o calado como resposta. Só mais
tarde uma editora desconhecida, com dinheiro do meu bolso, publicaria a
novela. Havia por esse tempo a revolução de São Paulo e, apesar da convulsão,
esgotou-se em três meses. Uma edição de 2000 exemplares foi quase toda
vendida no Rio”.
Além das opiniões elogiosas da crítica, o livro mereceu também o prêmio de
romance da Fundação Graça Aranha, o que consolidou sem dúvida a posição do

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estreante, que então se lança ao trabalho com maior entusiasmo e ímpeto


criador, para oferecer no ano seguinte − 1933 − o segundo livro do “Ciclo da
Cana-de-Açúcar” − Doidinho. Daí por diante sua obra não conheceu
interrupções maiores. A partir de Banguê, em 1934, seus livros trazem então
uma nova e definitiva chancela editorial − Livraria José Olympio Editora. No ano
seguinte, 1935, José Lins publicaria Moleque Ricardo, penúltima parte do
ciclo, que ficará definitivamente encerrado com o aparecimento de Usina, em
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1936.
(Adaptado de Wilson Lousada. Breve notícia-vida de José Lins do Rego. Usina.
7. ed. Rio de Janeiro: José Olympio, 1973. p. XIXVI)
Havia por esse tempo a revolução de São Paulo ...
O verbo que exige o mesmo tipo de complemento que o verbo grifado acima
está empregado em:
a) Seu primeiro livro − Menino de engenho − é chave de uma obra ...
b) Uma edição de 2000 exemplares foi quase toda vendida no Rio.
c) Confluíram em seus livros caminhos de diversas origens ...
d) Daí por diante sua obra não conheceu interrupções maiores.
e) Raízes do sangue e da terra, que vinham de João do Rego Cavalcanti e Amélia
do Rego Cavalcanti, seus pais …

23) FCC/TJ/TRT 11/Administrativa/2017


Muito antes das discussões atuais sobre as mudanças climáticas, os cataclismos
naturais despertam interesse no homem. Os desastres são um capítulo trágico
EU VOU PASSAR !!

da história da humanidade desde tempos longínquos. Supostas inundações


catastróficas aparecem em relatos de várias culturas ao longo dos tempos,
desde os antigos mesopotâmicos e gregos até os maias e os vikings.
Fora da rota dos grandes furacões, sem vulcões ativos e desprovido de zonas
habitadas sujeitas a terremotos, o Brasil não figura entre os países mais
suscetíveis a desastres naturais. Contudo, a aparência de lugar protegido dos
humores do clima e dos solavancos da geologia deve ser relativizada. Aqui,
cerca de 85% dos desastres são causados por três tipos de ocorrências:
inundações bruscas, deslizamentos de terra e secas prolongadas. Esses
fenômenos são relativamente recorrentes em zonas tropicais, e seus efeitos
podem ser atenuados por políticas públicas de redução de danos.
Dois estudos feitos por pesquisadores brasileiros indicam que o risco de
ocorrência desses três tipos de desastre deverá aumentar até o final do século.
Eles também sinalizam que novos pontos do território nacional deverão se
transformar em áreas de risco significativo para esses mesmos problemas. “Os
impactos tendem a ser maiores no futuro, com as mudanças climáticas, o

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crescimento das cidades e a ocupação de mais áreas de risco”, comenta o


pesquisador José A. Marengo.
Além da suscetibilidade natural a secas, enchentes, deslizamentos e outros
desastres, a ação do homem tem um peso considerável em transformar o que
poderia ser um problema de menor monta em uma catástrofe. Os pesquisadores
estimam que um terço do impacto dos deslizamentos de terra e metade dos
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estragos de inundações poderiam ser evitados com alterações de práticas


humanas ligadas à ocupação do solo e a melhorias nas condições
socioeconômicas da população em áreas de risco.
Moradias precárias em lugares inadequados, perto de encostas ou em pontos
de alagamento, cidades superpopulosas e impermeabilizadas, que não escoam
a água da chuva; esses fatores da cultura humana podem influenciar o desfecho
de uma situação de risco. “Até hábitos cotidianos, como não jogar lixo na rua,
e o nível de solidariedade de uma população podem ao menos mitigar os
impactos de um desastre”, pondera a geógrafa Lucí Hidalgo Nunes.
(Adaptado de PIVETTA, Marcos.Disponível em:
http://revistapesquisa.fapesp.br)

Contudo, a aparência de lugar protegido dos humores do clima e dos solavancos


da geologia deve ser relativizada. Considerado o contexto, o elemento
sublinhado na frase acima introduz uma
a) ressalva.
b) consequência.
c) causa.
EU VOU PASSAR !!

d) explicação.
e) condição.

24) FCC/TJ TRE SP/TRE SP/Administrativa/Artes


Gráficas/2017
Quando confrontada a duas teorias – uma simples e outra complexa – para
explicar um problema, a maior parte das pessoas não hesita em favorecer a
primeira, também qualificada como elegante. “Em muitos casos, porém, a
complexa pode ser mais interessante”, lembra o filósofo Marco Zingano, da
Universidade de São Paulo. Segundo ele, a escolha é natural na cultura ocidental
contemporânea porque o pensamento dessas civilizações foi moldado por
Aristóteles e Platão, os filósofos de maior destaque na Grécia Antiga, para quem
a metafísica da unidade tinha como paradigma a simplicidade. Levado ao pé da
letra, o resgate puramente historiográfico das contribuições da Antiguidade
pode parecer folclórico diantedo conhecimento atual. Mas, mesmo que oculta, a

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influência de Aristóteles e de Platão está presente na forma como o pensamento


governa os hábitos intelectuais da civilização atual.
Um dos problemas que ocuparam Platão e Aristóteles foi a acrasia, que leva
uma pessoa a tomar uma atitude contrária à que sabe ser a correta. Se está
claro, por exemplo, que uma moderada dose diária de exercícios é suficiente
para prevenir uma série de doenças graves e trazer benefícios à saúde, por que
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alguém optaria por passar horas deitado no sofá e se locomover apenas de


carro? Para Sócrates, a resposta era simples: guiado pela razão, o ser humano
só deixa de fazer o que é melhor se lhe faltar o conhecimento.
Platão discordava, e resolveu o dilema dividindo a alma em três partes: um par
de cavalos alados conduzidos por um cocheiro que representa uma delas, a
razão. Um dos cavalos, arredio, só pode ser controlado a chicotadas e
representa os apetites. O outro é a porção irascível da alma. É o impulso, em
geral obediente à razão, mas que pode levar a decisões impetuosas em
determinadas situações. “O que determina as ações seriam fontes distintas de
motivação”, observa Zingano. Platão pensou o conflito como interno à alma,
dando lugar à acrasia. Já Aristóteles dedicou um livro de sua Ética ao fenômeno.
Aristóteles e Platão tiveram um papel importante – e persistente – porque foram
grandes sistematizadores do conhecimento. Eles procuraram domar conceitos
diversos do Universo, do corpo e da mente, entender seu funcionamento e
deixar registrado para uso futuro. Resgatar esses textos, explica Zingano, é
uma busca da compreensão de como a cultura ocidental descreve o mundo e
enxerga a si mesma ainda hoje.
(Adaptado de: GUIMARÃES, Maria. Disponível em: revistapesquisa.fapesp.br)
EU VOU PASSAR !!

... mesmo que oculta, a influência de Aristóteles e de Platão...


A conjunção da frase acima apresenta sentido
a) consecutivo.
b) causal.
c) concessivo.
d) temporal.
e) condicional.

25) FCC/TJ/TRE PR/Administrativa/2017


Atenção: Considere o texto abaixo para responder à questão.
Brasileiros e latino-americanos fazemos constantemente a experiência do
caráter postiço da vida cultural que levamos. Essa experiência tem sido um dado
formador de nossa reflexão crítica desde os tempos da Independência. Ela pode

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ser e foi interpretada de muitas maneiras, o que faz supor que corresponda a
um problema durável e de fundo.
O Papai Noel enfrentando a canícula em roupa de esquimó é um exemplo de
inadequação. Da ótica de um tradicionalista, a guitarra elétrica no país do samba
é outro. São exemplos muito diferentes, mas que comportam o sentimento da
contradição entre a realidade nacional e o prestígio ideológico dos países que
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nos servem de modelo.


Tem sido observado que, a cada geração, a vida intelectual no Brasil parece
recomeçar do zero. O apetite pela produção recente dos países avançados
muitas vezes tem como avesso o desinteresse pelo trabalho da geração anterior
e, por conseguinte, a descontinuidade da reflexão. Nos vinte anos em que tenho
dado aula de literatura, por exemplo, assisti ao trânsito da crítica por uma lista
impressionante de correntes. Mas é fácil observar que só raramente a passagem
de uma escola a outra corresponde ao esgotamento de um projeto; no geral,
ela se deve ao prestígio americano ou europeu da doutrina seguinte. Conforme
notava Machado de Assis em 1879, “o influxo externo é que determina a direção
do movimento”.
Não é preciso ser adepto da tradição para reconhecer os inconvenientes desta
praxe, a que falta a convicção das teorias, logo trocadas. Percepções e teses
notáveis a respeito da cultura do país são decapitadas periodicamente, e
problemas a muito custo identificados ficam sem o desdobramento que lhes
poderia corresponder. O que fica de nosso desfile de concepções e métodos é
pouco, já que o ritmo da mudança não dá tempo à produção amadurecida.
O inconveniente faz parte do sentimento de inadequação que foi nosso ponto
de partida. Nada mais razoável, portanto, para alguém consciente do prejuízo,
que passar ao polo oposto e imaginar que baste não reproduzir a tendência
EU VOU PASSAR !!

metropolitana para alcançar uma vida intelectual mais substantiva. A conclusão


tem apoio intuitivo forte, mas é ilusória. Não basta renunciar ao empréstimo
para pensar e viver de modo mais autêntico. A ideia de cópia discutida aqui
opõe o nacional ao estrangeiro e o original ao imitado, oposições que são irreais
e não permitem ver a parte do estrangeiro no próprio, a parte do imitado no
original e também a parte original no imitado.
(Adaptado de: SCHWARZ, Roberto. Que horas são? São Paulo, Cia. Das
Letras, 1987, p. 29-48)

O segmento sublinhado em O que fica de nosso desfile de concepções e métodos


é pouco, já que o ritmo da mudança não dá tempo à produção amadurecida
expressa, no contexto, noção de
a) concessão.
b) consequência.
c) causa.

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d) conformidade.
e) finalidade.

26) FCC/TJ/TRT 24/Administrativa/"Sem Especialidade"/2017


Instituições financeiras reconhecem que é cada vez mais difícil detectar se uma
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transação é fraudulenta ou verdadeira. Os bancos e as empresas que efetuam


pagamentos têm dificuldades de controlar as fraudes financeiras on-line no atual
cenário tecnológico conectado e complexo. Mais de um terço (38%) das
organizações reconhece que é cada vez mais difícil detectar se uma transação
é fraudulenta ou verdadeira, revela pesquisa realizada por instituições
renomadas.
O estudo revela que o índice de fraudes on-line acompanha o aumento do
número de transações on-line e 50% das organizações de serviços financeiros
pesquisadas acreditam que há um crescimento das fraudes financeiras
eletrônicas. Esse avanço, juntamente com o crescimento massivo dos
pagamentos eletrônicos combinado aos novos avanços tecnológicos e às
mudanças nas demandas corporativas, tem forçado, nos últimos anos, muitas
delas a melhorar a eficiência de seus processos de negócios.
De acordo com os resultados, cerca de metade das organizações que atuam no
campo de pagamentos eletrônicos usa soluções não especializadas que,
segundo as estatísticas, não são confiáveis contra fraude e apresentam uma
grande porcentagem de falsos positivos. O uso incorreto dos sistemas de
segurança também pode acarretar o bloqueio de transações. Também vale
notar que o desvio de pagamentos pode causar perda de clientes e, em última
instância, uma redução nos lucros.
EU VOU PASSAR !!

Conclui-se que a fraude não é o único obstáculo a ser superado: as instituições


financeiras precisam também reduzir o número de alarmes falsos em seus
sistemas a fim de fornecer o melhor atendimento possível ao cliente.
(Adaptado de: computerworld.com.br. Disponível em:
http://computerworld.com.br/quase-40-dos-bancos-nao-sao-capazes-de-
diferenciar- um-ataque-de-atividades-normais-de-clientes)

No trecho Os bancos e as empresas que efetuam pagamentos, no início do


primeiro parágrafo, o “que” exerce função pronominal.
Outro trecho do texto em que essa palavra exerce a mesma função é:
a) De acordo com os resultados, cerca de metade das organizações que atuam
no campo de pagamentos eletrônicos...
b) Mais de um terço (38%) das organizações reconhece que é cada vez mais
difícil detectar se uma transação é fraudulenta

Prof. Bruno Spencer 108 de 125


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ou verdadeira...
c) O estudo revela que o índice de fraudes on-line acompanha o aumento do
número de transações on-line...
d) Também vale notar que o desvio de pagamentos pode causar perda de
clientes...
e) Conclui-se que a fraude não é o único obstáculo a ser superado...
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27) FCC/Ag FRT (ARTESP)/ARTESP/Técnico em Contabilidade -


Administração/2017
Atenção: Para responder à questão, considere o texto abaixo.
Pode ser um saudosismo bobo, mas tenho saudades do tempo em que se ouvia
o futebol pelo rádio. Às vezes, era apenas chiado; às vezes, o chiado se
misturava com a narração; às vezes, a estação sumia; sem mais nem menos,
voltava, e o jogo parecia tão disputado, mas tão emocionante, repleto de lances
espetaculares, que tudo que queríamos no dia seguinte era assistir os melhores
momentos na televisão. Hoje todos os jogos são transmitidos pela televisão.
Isso é uma coisa esplêndida, mas sepultou a fantasia, a mágica.
Agora, que fique claro: em absoluto falo mal da tecnologia. Ao contrário, o
avanço tecnológico, principalmente a chegada da internet, trouxe muita coisa
boa pra muita gente. Lembro que ainda engatinhava no plano do Direito e, se
quisesse ter acesso a uma boa jurisprudência, tinha que fazer assinatura. Hoje,
está tudo aí, disponível, à farta, de graça. Somente quem viveu numa época em
que não havia a internet tem condições de dimensionar o nível de transformação
e de reprodução do conhecimento humano que ela representou...
EU VOU PASSAR !!

(Adaptado de: GEIA, Sergio. Então chegou a tecnologia... Disponível em:


www.cronicadodia.com.br)

Considerando o contexto, o vocábulo que apresenta valor consecutivo na


seguinte passagem do texto:
a) ... tão emocionante, repleto de lances espetaculares, que tudo... (1º
parágrafo)
b) ... tenho saudades do tempo em que se ouvia o futebol pelo rádio (.1º
parágrafo)
c) Agora, que fique claro... (2º parágrafo)
d) Lembro que ainda engatinhava no plano do Direito... (2º parágrafo)
e) ... conhecimento humano que ela representou... (2º parágrafo)

28) FCC/Tec/DPE RS/Apoio Especializado/Edificações/2017

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A questão baseia no texto apresentado abaixo


Pesquisa divulgada recentemente afirma que 35 anos costuma ser a idade limite
para quem quer ir a clubes sem se sentir velho demais. De acordo com a única
empresa a comentar os resultados, Currys PC World, se você tem mais de 35
anos, ir a um clube pode ser algo realmente frustrante.
Os dados coletados, de acordo com nota publicada pela Mix Mag, mostram que,
Direitos autorais reservados (Lei 9610/98). Proibida a reprodução, venda ou compartilhamento deste arquivo. Uso individual.

a partir dos 35 anos, as pessoas começam a preferir ficar em casa ao invés de


sair. E, após esse ponto da vida, metade das pessoas que participaram da
pesquisa afirmaram que preferem ficar em casa em frente à TV, seja lá qual for
o clima, ao invés de se preocupar com os gastos de uma noite fora, detalhe que
costuma ser uma das grandes desculpas para não ir a nenhum lugar.
A pesquisa também revelou que, dentro do universo de pessoas acima de 35
anos que participaram do projeto, 14% gostam de ficar em casa stalkeando*
pessoas no Facebook enquanto outras 37% gostam de usar redes sociais.
Também compuseram o estudo perguntas como quantas pessoas não curtem
se arrumar para sair (22%), não curtem encontrar babás (12%) ou
pegar/arrumar um táxi (21%). E ainda tem o dado de que 7 em cada 10 pessoas
estão felizes por já terem encontrado sua alma gêmea e por isso não precisam
mais sair.
Matt Walburn, representante da Currys PC World, comentou que “o estudo
reconhece o fato de que chega um momento no qual apreciamos o conforto das
nossas casas mais do que uma vida social agitada”. E continua, “atualmente é
quase impossível ficar entediado em casa com muitas coisas para fazer e as
tecnologias mais avançadas, como TV 4K, ampliando a experiência de uma
forma tão específica que quase sempre se sobrepõe ao seu equivalente fora de
casa”.
EU VOU PASSAR !!

De qualquer forma, ir a uma danceteria ou qualquer lugar para curtir não é algo
que pode ser delimitado por uma determinada idade, pois o estado de espírito
pode ajudar a sair ou não, mas, certamente, a idade mais avançada deve
estimular a preferência das pessoas a ficar em casa.
(Adaptado de: https://omelete.uol.com.br)
* stalkear: perseguir, vigiar
Em E, após esse ponto da vida, metade das pessoas que participaram da
pesquisa... (2° parágrafo), a oração iniciada pela palavra “que” restringe o
significado de “pessoas”. Temos o “que” iniciando uma oração com essa mesma
função em:
a) Os dados coletados, de acordo com nota publicada pela Mix Mag, mostram
que, a partir dos 35 anos, as pessoas começam a preferir ficar em casa ao invés
de sair. (2° parágrafo)
b) Pesquisa divulgada recentemente afirma que 35 anos costuma ser a idade
limite... (1° parágrafo)

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c) ...ao invés de se preocupar com os gastos de uma noite fora, detalhe que
costuma ser uma das grandes desculpas para não ir a nenhum lugar. (2°
parágrafo)
d) Matt Walburn, representante da Currys PC World, comentou que “o estudo
reconhece o fato... (4°parágrafo)
e) A pesquisa também revelou que [...] 14% gostam de ficar em casa
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stalkeando pessoas no Facebook enquanto outras 37% gostam de usar redes


sociais. (3° parágrafo)

29) FCC/PMO/ELETROSUL/Técnico de Segurança do


Trabalho/2016
Atenção: A questão refere-se ao texto abaixo.
Abu Dhabi constrói cidade do futuro, com tudo movido a energia solar. Bem no
meio do deserto, há um lugar onde o calor é extremo. Sessenta e três graus ou
até mais no verão. E foi exatamente por causa da temperatura que foi
construída em Abu Dhabi uma das maiores usinas de energia solar do mundo.
Os Emirados Árabes estão investindo em fontes energéticas renováveis. Não
vão substituir o petróleo, que eles têm de sobra por mais 100 anos pelo menos.
O que pretendem é diversificar e poluir menos. Uma aposta no futuro.
A preocupação com o planeta levou Abu Dhabi a tirar do papel a cidade
sustentável de Masdar. Dez por cento do planejado está pronto. Um traçado
urbanístico ousado, que deixa os carros de fora. Lá só se anda a pé ou de
bicicleta. As ruas são bem estreitas para que um prédio faça sombra no outro.
É perfeito para o deserto. Os revestimentos das paredes isolam o calor. E a
EU VOU PASSAR !!

direção dos ventos foi estudada para criar corredores de brisa.


(Adaptado de: “Abu Dhabi constrói cidade do futuro, com tudo movido a
energia solar”. Disponível em:
http://g1.globo.com/globoreporter/noticia/2016/04/abu-dhabi-constroi-
cidade-do-futuro-com-tudo-movido-energia-solar.html)

Considere as seguintes passagens do texto:


I. E foi exatamente por causa da temperatura que foi construída em Abu Dhabi
uma das maiores usinas de energia solar do mundo. (1º parágrafo)
II. Não vão substituir o petróleo, que eles têm de sobra por mais 100 anos pelo
menos. (2º parágrafo)
III. Um traçado urbanístico ousado, que deixa os carros de fora. (3º parágrafo)
IV. As ruas são bem estreitas para que um prédio faça sombra no outro. (3º
parágrafo)
O termo “que” é pronome e pode ser substituído por “o qual” APENAS em

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a) I e II.
b) II e III.
c) I, II e IV.
d) I e IV.
e) III e IV.
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30) FCC/TJ/TRT 24/Administrativa/"Sem Especialidade"/2017


Aspectos Culturais de Mato Grosso do Sul
A cultura de Mato Grosso do Sul é o conjunto de manifestações artístico-
culturais desenvolvidas pela população sul-mato-grossense muito influenciada
pela cultura paraguaia. Essa cultura estadual retrata, também, uma mistura de
várias outras contribuições das muitas migrações ocorridas em seu território.
O artesanato, uma das mais ricas expressões culturais de um povo, no Mato
Grosso do Sul, evidencia crenças, hábitos, tradições e demais referências
culturais do Estado. É produzido com matérias primas da própria região e
manifesta a criatividade e a identidade do povo sul-mato-grossense por meio
de trabalhos em madeira, cerâmica, fibras, osso, chifre, sementes, etc.
As peças em geral trazem à tona temas referentes ao Pantanal e às populações
indígenas, são feitas nas cores da paisagem regional e, além da fauna e da flora,
podem retratar tipos humanos e costumes da região.
(Adaptado de: CANTU, Gilberto. Disponível em:
http://profgilbertocantu.blogspot.com.br/2013/08/aspectos-culturais-de-
mato-grosso-do-sul. html)
EU VOU PASSAR !!

O artesanato, uma das mais ricas expressões culturais de um povo, no


Mato Grosso do Sul, evidencia crenças, hábitos, tradições e demais referências
culturais do Estado.
No contexto, o trecho destacado veicula a ideia de
a) explicação.
b) proporção.
c) concessão.
d) finalidade.
e) conclusão.

31) FCC/Aux Jud/TRF 2/Administrativa/2007

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"A batalha para alimentar a humanidade acabou. Centenas de milhões vão


morrer nas próximas décadas, apesar de todos os programas contra a fome",
escreveu o biólogo americano Paul Ehrlich em seu livro A bomba populacional,
de 1968. Não era à toa. O número de pessoas no mundo chegava a assustadores
3,5 bilhões e, de fato, não existia terra suficiente para alimentar todas elas.
Mas Ehrlich errou. Ele não acreditava que um daqueles programas contra a fome
daria certo. Era a Revolução Verde, um movimento que começou nos anos 40.
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O revolucionário ali foi dotar a agricultura de duas novidades. A primeira foram


os fertilizantes de laboratório. Criados no começo do século XX, esses
compostos químicos permitiam maior crescimento das plantas, com três
nutrientes fundamentais: nitrogênio, potássio e fósforo. A segunda novidade
eram os pesticidas e herbicidas químicos, capazes de destruir insetos, fungos e
outros inimigos das lavouras com uma eficiência inédita.
E o resultado não poderia ter sido melhor: com essa dupla, a produtividade das
lavouras cresceu exponencialmente. Tanto que, hoje, dá para alimentar uma
pessoa com o que cresce em 2 mil metros quadrados; antes, eram necessários
20 mil.
A química salvou a humanidade da fome. Mas cobrou seu preço. Os restos de
fertilizantes, por exemplo, tendem a escapar para rios e lagos próximos às
plantações e chegar à vegetação aquática. As algas se multiplicam a rodo e,
quando finalmente morrem, sua decomposição consome o oxigênio da água,
sufocando os peixes. Com os pesticidas é pior ainda. Eles não são terríveis só
contra os insetos que destroem lavouras, mas também contra borboletas,
pássaros e outras formas de vida. A biodiversidade ao redor das fazendas fica
minguada e, quando os agricultores exageram na dose, sobram resíduos nos
alimentos, toxinas que causam danos à saúde das pessoas. Diante disso, muitos
EU VOU PASSAR !!

consumidores partiram para uma alternativa: os alimentos orgânicos, que


ignoram os pesticidas e fertilizantes químicos em nome de integrar a lavoura à
natureza.
(Adaptado de Ana Gonzaga. Superinteressante, novembro 2006, p.9092)

A conjunção que introduz, no contexto, a noção de oposição ao que foi afirmado


anteriormente está grifada na frase:
a) ... que um daqueles programas contra a fome daria certo.
b) E o resultado não poderia ter sido melhor...
c) Tanto que, hoje, dá para alimentar uma pessoa...
d) Mas cobrou seu preço.
e) ... quando finalmente morrem...

32) FCC/Aux Jud/TRF 2/Administrativa/2007

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Eles não são terríveis só contra os insetos que destroem lavouras, mas também
contra borboletas, pássaros e outras formas de vida.
A seqüência grifada na frase acima assinala, considerando-se o contexto, a
noção de
a) oposição, já que os pesticidas destroem insetos prejudiciais à lavoura,
preservando as borboletas, pássaros e outras formas de vida.
Direitos autorais reservados (Lei 9610/98). Proibida a reprodução, venda ou compartilhamento deste arquivo. Uso individual.

b) alternativa, tendo em vista que os pesticidas destroem apenas os insetos, ou


ainda, somente as borboletas, pássaros e outras formas de vida.
c) adição, pois os pesticidas, além de destruir os insetos prejudiciais às lavouras,
destroem ainda borboletas, pássaros e outras formas de vida.
d) conclusão, por informar o emprego específico das substâncias referidas,
como solução final dos problemas das lavouras.
e) explicação, pois insiste no sentido da palavra pesticidas, como destruidores
apenas das pragas das lavouras.

33) FCC/AJ/TRE RR/Judiciária/2015


Mas vou parar, que não pretendi nesta crônica escrever um manual do perfeito
candidato.
Identifica-se, no segmento sublinhado acima,
a) noção de causa, que justifica a decisão tomada pelo autor.
b) a consequência de uma ação deliberada anteriormente.
c) ressalva que restringe o sentido da afirmativa anterior.
EU VOU PASSAR !!

d) uma finalidade, que reafirma as intenções do autor, expostas no texto.


e) condição, pois o autor conclui não ter conseguido aconselhar o candidato.

34) FCC/TJ/TRT 15/Apoio Especializado/Enfermagem/2015


No entanto, as duas palavras têm uma história e uma carga sentimental
diferentes.
O elemento destacado acima introduz, no contexto, uma
a) consequência.
b) concessão.
c) finalidade.
d) causa.
e) oposição.

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35) FCC/TP/MANAUSPREV/Administrativa/2015
Atenção: O texto abaixo refere-se à questão.
Na margem esquerda do rio Amazonas, entre Manaus e Itacoatiara, foram
encontrados vestígios de inúmeros sítios indígenas pré-históricos. O que muitos
de nós não sabemos é que ainda existem regiões ocultas situadas no interior da
Amazônia e um povo, também desconhecido, que teria vivido por aquelas
Direitos autorais reservados (Lei 9610/98). Proibida a reprodução, venda ou compartilhamento deste arquivo. Uso individual.

paragens, ainda hoje não totalmente desbravadas.


Em 1870, o explorador João Barbosa Rodrigues descobriu uma grande necrópole
indígena contendo vasta gama de peças em cerâmica de incrível perfeição; teria
sido construída por uma civilização até então desconhecida em nosso país.
Utilizando a língua dos índios da região, ele denominou o sítio de Miracanguera.
A atenção do pesquisador foi atraída primeiramente por uma vasilha de
cerâmica, propriedade de um viajante. Este informante disse tê-la adquirido de
um mestiço, residente na Vila do Serpa (atual Itacoatiara), que dispunha de
diversas peças, as quais teria recolhido na Várzea de Matari. Barbosa Rodrigues
suspeitou que poderia se tratar de um sítio arqueológico de uma cultura
totalmente diferente das já identificadas na Amazônia.
Em seu interior as vasilhas continham ossos calcinados, demonstrando que a
maioria dos mortos tinham sido incinerados. De fato, a maior parte dos despojos
dos miracangueras era composta de cinzas. Além das vasilhas mortuárias, o
pesquisador encontrou diversas tigelas e pratos utilitários, todos de formas
elegantes e cobertos por uma fina camada de barro branco, que os arqueólogos
denominam de “engobe”, tão perfeito que dava ao conjunto a aparência de
porcelana. Uma parte das vasilhas apresentava curiosas decorações e pinturas
em preto e vermelho. Outro detalhe que surpreendeu o pesquisador foi a
variedade de formas existentes nos sítios onde escavou, destacando-se certas
EU VOU PASSAR !!

vasilhas em forma de taças de pés altos, as quais lembram congêneres da


Grécia Clássica.
Havia peças mais elaboradas, certamente para pessoas de posição elevada
dentro do grupo. A cerâmica do sítio de Miracanguera recebia um banho de
tabatinga (tipo de argila com material orgânico) e eventualmente uma pintura
com motivos geométricos, além da decoração plástica que destacava detalhes
específicos, tais como seres humanos sentados e com as pernas representadas.
João Barbosa Rodrigues faleceu em 1909. Em 1925, o famoso antropólogo Kurt
Nimuendaju tentou encontrar Miracanguera, mas a ilha já tinha sido tragada
pelas águas do rio Amazonas. Arqueólogos americanos também vasculharam
áreas arqueológicas da Amazônia, inclusive no Equador, Peru e Guiana
Francesa, no final dos anos de 1940. Como não conseguiram achar
Miracanguera, “decidiram” que a descoberta do brasileiro tinha sido “apenas
uma subtradição de agricultores andinos”.
Porém, nos anos de 1960, outro americano lançou nova interpretação para
aquela cultura, concluindo que o grupo indígena dos miracangueras não era

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originário da região, como já dizia Barbosa Rodrigues. Trata-se de um mistério


relativo a uma civilização perdida que talvez não seja solucionado nas próximas
décadas. Em pleno século 21, a cultura miracanguera continua oficialmente
“inexistente” para as autoridades culturais do Brasil e do mundo.
(Adaptado de: Museu Nacional do Rio de Janeiro. Disponível em:
https://saemuseunacional.wordpress.com. SILVA, Carlos Augusto da. A
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dinâmica do uso da terra nos locais onde há sítios arqueológicos: o caso da


comunidade Cai N’água, Maniquiri-AM / (Dissertação de Mestrado) – UFAM,
2010)

Mantendo-se o sentido original, na frase Como não conseguiram achar


Miracanguera... , o elemento sublinhado pode ser corretamente substituído por:
a) Por mais que
b) Conforme
c) Ainda que
d) De modo que
e) Uma vez que

36) FCC/AJ/TRT 3/Judiciária/Oficial de Justiça Avaliador


Federal/2015
Abre parêntese: há momentos − felizmente raros − em que a história pessoal
se impõe às percepções conjunturais e o relato na primeira pessoa, embora
singular, parcial, às vezes suspeito, sobrepõe-se à narrativa impessoal, ampla,
EU VOU PASSAR !!

genérica. Fecha parêntese.


Sem que haja prejuízo do sentido e correção originais, a conjunção acima
destacada pode ser substituída por:
a) contudo.
b) apesar de.
c) quando.
d) porque.
e) já que.

37) FCC/ODP/DPE SP/2015


Apesar de seu sucesso mundial, primeiro nos Estados Unidos na década de 1940
e depois da Segunda Guerra Mundial na Europa Ocidental, em seu país natal
quase não se conhece ou se lê a obra de Kafka.

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Preservando o sentido e a coesão textual, a expressão Apesar de, no contexto,


poder ser corretamente substituída por:
a) A partir de
b) Em virtude de
c) Consoante a
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d) Com vistas a
e) A despeito de

38) FCC/TJ/TRE AP/Administrativa/2015


Michelangelo fugiu de Roma ao ser comunicado que, antes de produzir as
estátuas da futura tumba do papa Júlio II, deveria pintar o teto da Capela
Sistina. Só a muito custo foi convencido a se aventurar na pintura, meio que
julgava não dominar tão bem quanto a escultura. ...... , ao ser tirado da zona
de conforto, o artista criaria sua obra máxima.
Mantendo-se as relações de sentido e a correção gramatical, preenche
corretamente a lacuna acima o que se encontra em:
a) Porquanto
b) Embora
c) Contudo
d) Uma vez que
e) Conquanto
EU VOU PASSAR !!

39) FCC/Aux. Jud./TRF 2/Administrativa/2007


"A batalha para alimentar a humanidade acabou. Centenas de milhões vão
morrer nas próximas décadas, apesar de todos os programas contra a fome",
escreveu o biólogo americano Paul Ehrlich em seu livro A bomba populacional,
de 1968. Não era à toa. O número de pessoas no mundo chegava a assustadores
3,5 bilhões e, de fato, não existia terra suficiente para alimentar todas elas.
Mas Ehrlich errou. Ele não acreditava que um daqueles programas contra a fome
daria certo. Era a Revolução Verde, um movimento que começou nos anos 40.
O revolucionário ali foi dotar a agricultura de duas novidades. A primeira foram
os fertilizantes de laboratório. Criados no começo do século XX, esses
compostos químicos permitiam maior crescimento das plantas, com três
nutrientes fundamentais: nitrogênio, potássio e fósforo. A segunda novidade
eram os pesticidas e herbicidas químicos, capazes de destruir insetos, fungos e
outros inimigos das lavouras com uma eficiência inédita.
E o resultado não poderia ter sido melhor: com essa dupla, a produtividade das
lavouras cresceu exponencialmente. Tanto que, hoje, dá para alimentar uma

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pessoa com o que cresce em 2 mil metros quadrados; antes, eram necessários
20 mil.
A química salvou a humanidade da fome. Mas cobrou seu preço. Os restos de
fertilizantes, por exemplo, tendem a escapar para rios e lagos próximos às
plantações e chegar à vegetação aquática. As algas se multiplicam a rodo e,
quando finalmente morrem, sua decomposição consome o oxigênio da água,
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sufocando os peixes. Com os pesticidas é pior ainda. Eles não são terríveis só
contra os insetos que destroem lavouras, mas também contra borboletas,
pássaros e outras formas de vida. A biodiversidade ao redor das fazendas fica
minguada e, quando os agricultores exageram na dose, sobram resíduos nos
alimentos, toxinas que causam danos à saúde das pessoas. Diante disso, muitos
consumidores partiram para uma alternativa: os alimentos orgânicos, que
ignoram os pesticidas e fertilizantes químicos em nome de integrar a lavoura à
natureza.
(Adaptado de Ana Gonzaga. Superinteressante, novembro 2006, p.9092)
A conjunção que introduz, no contexto, a noção de oposição ao que foi afirmado
anteriormente está grifada na frase:
a) ... que um daqueles programas contra a fome daria certo.
b) E o resultado não poderia ter sido melhor...
c) Tanto que, hoje, dá para alimentar uma pessoa...
d) Mas cobrou seu preço.
e) ... quando finalmente morrem...
EU VOU PASSAR !!

40) FCC/Procurador/BACEN/2006
A questão de número baseia-se no texto apresentado a seguir.
... Virgília cingiu-me com seus magníficos braços, murmurando:
- Amo-te, é a vontade do céu.
E esta palavra não vinha à toa; Virgília era um pouco religiosa. Não ouvia
missa aos domingos, é verdade, e creio até que só ia às igrejas em dia de festa,
e quando havia lugar vago em alguma tribuna. Mas rezava todas as noites, com
fervor, ou, pelo menos, com sono.
(Machado de Assis. Memórias póstumas de Brás Cubas. Obra completa. Org.
A. Coutinho. Volume I. Rio de Janeiro: Aguilar, 1959, p. 474)
Considere o segmento transcrito abaixo para responder à questão.
... e creio até que só ia às igrejas em dia de festa, e quando havia lugar vago
em alguma tribuna.
O e sublinhado no segmento acima
a) marca uma oposição entre dias de festa e lugar vago em alguma tribuna.

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b) tem a função de acentuar a oposição entre igrejas e festa.


c) é preposição que marca direção.
d) é advérbio, com o sentido de mesmo, ainda, inclusive.
e) coordena dois termos de idêntica função sintática na oração, ainda que sob
estruturas diferentes.
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41) FCC/TJ/TRT 15/Apoio Especializado/Enfermagem/2015


Atenção: Para responder à questão, considere o texto abaixo.
O termo saudade, monopólio sentimental da língua portuguesa, geralmente se
traduz em alemão pela palavra “sehnsucht”. No entanto, as duas palavras têm
uma história e uma carga sentimental diferentes. A saudade é um sentimento
geralmente voltado para o passado e para os conteúdos perdidos que o passado
abrigava. Embora M. Rodrigues Lapa, referindo-se ao sentimento da saudade
nos povos célticos, empregue esse termo como “ânsia do infinito”, não é esse o
uso mais generalizado. Emprega-se a palavra, tanto na linguagem corrente
como na poesia, principalmente com referência a objetos conhecidos e amados,
mas que foram levados pela voragem do tempo ou afastados pela distância.
A “sehnsucht” alemã abrange ao contrário tanto o passado como o futuro.
Quando usada com relação ao passado, é mais ou menos equivalente ao termo
português, sem que, contudo, lhe seja inerente toda a escala cromática de
valores elaborados durante uma longa história de ausências e surgidos em
consequência do temperamento amoroso e sentimental do português. Falta à
palavra alemã a riqueza etimológica, o eco múltiplo que ainda hoje vibra na
palavra portuguesa.
EU VOU PASSAR !!

A expressão “sehnsucht”, todavia, tem a sua aplicação principal precisamente


para significar aquela “ânsia do infinito” que Rodrigues Lapa atribuiu à saudade.
No uso popular e poético emprega-se o termo com frequência para exprimir a
aspiração a estados ou objetos desconhecidos e apenas pressentidos ou
vislumbrados, os quais, no entanto, se julgam mais perfeitos que os conhecidos
e os quais se espera alcançar ou obter no futuro.
Assim, a saudade parece ser, antes de tudo, um sentimento do coração
envelhecido que relembra os tempos idos, ao passo que a “sehnsucht” seria a
expressão da adolescência que, cheia de esperanças e ilusões, vive com o olhar
firmado num futuro incerto, mas supostamente prometedor. Ambas as palavras
têm certa equivalência no tocante ao seu sentido intermediário, ou seja, à sua
ambivalência doce-amarga, ao seu oscilar entre a satisfação e a insatisfação.
Mas, como algumas de suas janelas dão para o futuro, a palavra alemã é
portadora de um acento menos lânguido e a insatisfação nela contida
transforma-se com mais facilidade em mola de ação.
(Adaptado de: ROSENFELD, Anatol. Doze estudos. São Paulo, Imprensa oficial
do Estado, 1959, p. 2527)

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No entanto, as duas palavras têm uma história e uma carga sentimental


diferentes. (1º parágrafo)
O elemento destacado acima introduz, no contexto, uma
a) consequência.
b) concessão.
Direitos autorais reservados (Lei 9610/98). Proibida a reprodução, venda ou compartilhamento deste arquivo. Uso individual.

c) finalidade.
d) causa.
e) oposição.

42) FCC/ACE/TCE-GO/Contabilidade/2014
A flexão do verbo destacado encontra justificativa no segmento sublinhado em:
a) ... uma obrigação rudimentar dos membros da comunidade é oferecer
segurança para os que dormem.
b) Diversos pressupostos fundamentais a respeito da coesão das relações
sociais se aglutinam em torno da questão do sono...
c) O dano ao sono é inseparável do atual desmantelamento...
d) ... não apenas contra perigos reais, mas − igualmente importante − contra
a ansiedade e temores que geram.
e) ...cresce exponencialmente o número de pessoas que acordam uma ou mais
vezes durante a noite...
EU VOU PASSAR !!

43) FCC/Analista Judiciário/TRT 13/Apoio


Especializado/Arquivologia/2014
Atenção: Considere o texto abaixo para responder à questão.
O caldo cultural do Nordeste, particularmente do sertão, foi primordial na
formação do paraibano Ariano Suassuna. A infância passada no sertão
familiarizou o futuro escritor e dramaturgo com temas e formas de expressão
artística que mais tarde viriam a influenciar o seu universo ficcional, como a
literatura de cordel e o maracatu rural. Não só histórias e casos narrados foram
aproveitados para o processo de criação de suas peças e romances, mas
também todas as formas da narrativa oral e da poesia sertaneja foram
assimiladas e reelaboradas por Suassuna. Suas obras se caracterizam
justamente por isso, pelo domínio dos ritmos da poética popular nordestina.
Com apenas 19 anos, Suassuna ligou-se a um grupo de jovens escritores e
artistas. As atividades que o grupo desenvolveu apontavam para três direções:
levar o teatro ao povo por meio de apresentações em praças públicas, instaurar
entre os componentes do conjunto uma problemática teatral e estimular a

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criação de uma literatura dramática de raízes fincadas na realidade brasileira,


particularmente na nordestina.
No final do século XIX, surgiu no Nordeste a chamadaliteratura de cordel. A
primeira publicação de folheto no Nordeste, historicamente comprovada,
aconteceu em 1870.
O nome cordel originou-se do fato de os folhetos serem expostos em cordões,
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quando vendidos nas feiras livres. O principal nome do cordel foi Leandro Gomes
de Barros, considerado por Ariano Suassuna “o mais genial de todos os poetas
do romanceiro popular do Nordeste”.
A peça Auto da Compadecida, de Suassuna, é uma releitura do folclore
nordestino em linguagem teatral moderna. O enredo da peça é um trabalho de
montagem e moldagem baseado em uma tradição muito antiga, que remonta
aos autos medievais e mais diretamente a inúmeros autores populares que se
dedicaram ao gênero do cordel.
As apropriações de Suassuna tanto do folheto nordestino quanto de outras
fontes literárias são possíveis porque a palavra imitação, usada por Suassuna,
remete-nos ao conceito aristotélico de mimesis, cujo significado não representa
apenas uma repetição à semelhança de algo, uma cópia, mas a representação
de uma realidade. Suassuna já fez diversos elogios da imitação como ato de
criação e costuma dizer que boa parte da obra de Shakespeare vem da recriação
de histórias mais antigas.
Recontar uma história alheia, para o cordelista e para o dramaturgo popular, é
torná-la sua, porque existe na cultura popular a noção de que a história, uma
vez contada, torna-se patrimônio universal e transfere-se para o domínio
público. Autoral é apenas a forma textual dada à história por cada um que a
EU VOU PASSAR !!

reescreve.
(Adaptado de FOLCH, Luiza. Disponível em: www.omarrare.uerj.br/numero15.
Acesso em 17/05/2014)
Considerando-se o contexto, a palavra que no segmento
a) ... que remonta aos autos medievais... (5º parágrafo) é um pronome com a
função de objeto indireto.
b) As atividades que o grupo desenvolveu... (2º parágrafo) é uma conjunção
que equivale a “conforme”.
c) ... temas e formas de expressão artística que mais tarde viriam a
influenciar... (1º parágrafo) é uma conjunção que introduz o predicativo do
sujeito.
d) ... mais diretamente a inúmeros autores populares que se dedicaram ao
gênero do cordel. (5º parágrafo) é um pronome com a função de sujeito.
e) ... e costuma dizer que boa parte da obra de Shakespeare... (6º parágrafo)
é um pronome que introduz um objeto direto.

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44) FCC/Analista de Controle/TCE-PR/Jurídica/2011


Atenção: A questão refere-se ao texto seguinte.
Perspectiva de Montesquieu
O grande pensador francês Montesquieu (1689-1755) é um dos mais
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importantes intelectuais na história das ciências jurídicas. A grande


originalidade de sua obra maior − O espírito das leis − consiste na revolução
metodológica. O método de Montesquieu comporta dois aspectos
interrelacionados, que podem ser distinguidos com clareza. O primeiro exclui da
ciência social toda perspectiva religiosa ou moral; o segundo afasta o autor das
teorias abstratas e dedutivas e o dirige para a abordagem descritiva e
comparativa dos fatos sociais.
Quanto ao primeiro, constituía um solapamento do finalismo teológico e moral
que ainda predominava na época, segundo o qual todo o desenvolvimento
histórico do homem estaria subordinado ao cumprimento de desígnios divinos.
Montesquieu, ao contrário,reduz as instituições a causas puramente humanas.
Segundo ele, introduzir princípios teológicos no domínio da história, como
fatores explicativos, é confundir duas ordens distintas de pensamento.
Deliberadamente, dispõe-se a permanecer nos estritos domínios dos fenômenos
políticos, e jamais abandona tal projeto.
Já nas primeiras páginas do Espírito das leis ele adverte o leitor contra um
possível mal-entendido no que diz respeito à palavra "virtude", que emprega
amiúde com significado exclusivamente político, e não moral. Para Montesquieu,
o correto conhecimento dos fatos humanos só pode ser realizado cientificamente
na medida em que eles sejam visados como são e não como deveriam ser.
EU VOU PASSAR !!

Enquanto não forem abordados como independentes de fins religiosos e morais,


jamais poderão ser compreendidos. As ciências humanas deveriam libertar-se
da visão finalista, como já haviam feito as ciências naturais, que só progrediram
realmente quando se desvencilharam do jugo teológico.
Para o debate moderno das relações que se devem ou não travar entre os
âmbitos do direito, da ciência e da religião, Montesquieu continua sendo um
provocador de alto nível.
(Adaptado de Montesquieu − Os Pensadores. S. Paulo: Abril, 1973)
A oração sublinhada exerce a função de sujeito dentro do seguinte período:
a) Montesquieu preferiu guiar-se pelos valores civis, em vez de se deixar levar
pelo finalismo religioso.
b) A um espírito sensível e religioso não convém ler um filósofo como
Montesquieu buscando apoio espiritual.
c) Um estudo sério da história das ciências jurídicas não pode prescindir dos
métodos de que se vale Montesquieu em O espírito das leis.

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d) As ciências humanas deveriam libertar-se da religião, assim como ocorreu


com as ciências naturais.
e) O método de Montesquieu valorizou as instituições humanas e solapou o
finalismo teológico e moral.

45) FCC/AFTM/Pref SP/2007


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Da impunidade
O homem ainda não encontrou uma forma de organização social que dispense
regras de conduta, princípios de valor, discriminação objetiva de direitos e
deveres comuns. Todos nós reconhecemos que, em qualquer atividade humana,
a inexistência de parâmetros normativos implica o estado de barbárie, no qual
prevalece a mais dura e irracional das justificativas: a lei do mais forte, também
conhecida, não por acaso, como "a lei da selva". É nessa condição que vivem os
animais, relacionando-se sob o exclusivo impulso dos instintos. Mas o homo
sapiens afirmou-se como tal exatamente quando estabeleceu critérios de
controle dos impulsos primitivos.
Variando de cultura para cultura, as regras de convívio existem para dar base e
estabilidade às relações entre os homens. Não decorrem, aliás, apenas de
iniciativas reconhecidas simplesmente como humanas: podem apresentar-se
como manifestações da vontade divina, como valores supremos, por vezes
apresentados como eternos.
Os dez mandamentos ditados por Deus a Moisés são um exemplo claro de que
a religião toma para si a tarefa de orientar a conduta humana por meio de
princípios fundamentais. No caso da lei mosaica, um desses princípios é o da
EU VOU PASSAR !!

interdição: "Não matarás", "Não cobiçarás a mulher do próximo" etc. Ou seja:


está suposto nesses mandamentos que o ponto de partida para a boa conduta
é o reconhecimento daquilo que não pode ser permitido, daquilo que representa
o limite de nossa vontade e de nossas ações.
Nas sociedades modernas, os textos constitucionais e os regulamentos de todo
tipo multiplicam-se e sofisticam-se, mas permanece como sustentação delas a
idéia de que os direitos e os deveres dizem respeito a todos e têm por finalidade
o bem comum. Para garantia do cumprimento dos princípios, instituem-se as
sanções para quem os ignore. A penalidade aplicada ao indivíduo transgressor
é a garantia da validade social da norma transgredida. Por isso, a impunidade,
uma vez manifesta, quebra inteiramente a relação de equilíbrio entre direitos e
deveres comuns, e passa a constituir um exemplo de delito vantajoso: aquele
em que o sujeito pode tirar proveito pessoal de uma regra exatamente por tê-
la infringido. Abuso de poder, corrupção, tráfico de influências, quando não
seguidos de punição exemplar, tornam-se estímulos para uma prática delituosa
generalizada. Um dos maiores desafios da nossa sociedade é o de não permitir
a proliferação desses casos. Se o ideal da civilização é permitir que todos os

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indivíduos vivam e convivam sob os mesmos princípios éticos acordados, a


quebra desse acordo é a negação mesma desse ideal da humanidade.
(Inácio Leal Pontes)
Expressa uma finalidade a oração subordinada adverbial sublinhado em:
a) (...) a religião toma para si a tarefa de orientar a conduta humana.
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b) (...) o sujeito pode tirar proveito pessoal de uma regra por tê-la infringido.
c) (...) o ponto de partida para a boa conduta é o reconhecimento daquilo que
não pode ser permitido.
d) (...) as regras de convívio existem para dar base e estabilidade às relações
entre os homens.
e) (...) o ideal da civilização é permitir que todos os indivíduos vivam sob os
mesmos princípios éticos acordados.
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5 - Gabarito

1 A 8 E 15 C 22 D 29 B 36 B 43 D
2 B 9 B 16 D 23 A 30 A 37 E 44 B
3 C 10 D 17 C 24 C 31 D 38 C 45 D
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4 B 11 B 18 E 25 C 32 C 39 D - -
5 C 12 E 19 D 26 A 33 A 40 E - -
6 C 13 E 20 C 27 A 34 E 41 E - -
7 A 14 B 21 A 28 C 35 E 42 D - -

6 - Referencial Bibliográfico

1. CEGALLA, DOMINGOS PASCHOAL - Novíssima Gramática da Língua


Portuguesa, Companhia Editora Nacional, São Paulo, 2008.
2. BECHARA, EVANILDO – Moderna Gramática Portuguesa, Nova Fronteira,
Rio de Janeiro, 2009.
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