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Universidade Rovuma

Extensão de Niassa

Nome de estudante: Ruth Milca João Nyenje

Data: 22/05/2020

Docente: Dra. Nivia Malauene

Disciplina: Matemática na História

Recapitulação de numeração falada em Moçambique

O regalo resumo expõe a respeito de numeração falada em Moçambique, no que tange as


fontes escritas sobre a numeração e a contagem em Moçambique e as fontes orais sobre a
numeração e a contagem em Moçambique. O mesmo pretende-se contribuir para uma reflexão
sobre cultura, língua e educação matemática básica. De acordo com ( Gerdes, pág. 9 a 190),
sustenta que numeração falada em Moçambique destaca-se da seguinte forma.

I. Fontes escritas sobre a numeração e a contagem em Moçambique


a) Numerais na língua Makonde
b) Numerais na língua Yao
c) Numerais na língua Nyanja
d) Numerais na língua Nyungwe
e) Numerais em Makhuwa-Lóhmé e Cóti
f) Numerais na língua Tshwa
g) Numerais em Tsonga
h) Numerais na língua Zulu
a) numerais na língua Makonde

Numerais na língua Makonde, exprimem o número das coisas, das pessoas e dos animais. Por
exemplo, Vila (0), imo (1), mbili (2), natu (3), nceshe (4), mwanu (5), mwanu na imo (6),
mwanu na mbili (7), mwanu na natu (8), mwanu na nceshe (9), kumi (10) etc. Os numerais
imo, mbili, natu, nceshe, mwanu, kumi, imiya, élupu a sua enumeração é absoluta, e os
restantes resultam da combinação ou adição dos numerais mwanu, kumi, imiya e elupu.
Tambem as numerais na lingua Makonde classificam-se em ordinais e cardinais, por exemplo
um=mono, dois=vil, três=natu, cinco=mwana,etc.
b) Numerais na língua Yao

A numeração Yao compõe-se basicamente de 1, 2, 3, 4, 5, 10 e 100. Os números 1, 2 e 3


simples ou compostos, concordam com os substantivos, conforme a classe a que pertencem, e
formam-se, portanto, fazendo-os preceder dos respectivos prefixos especificativos ou
relativos. Os números 4 e 5 são invariáveis. Os números 10 e 100 funcionam como
substantivos da 5ª classe (likumi/ma, lichila/ma).

c) Numerais na língua Nyanja

Os numerais na lingua Nyanja, concordam com as coisas numeradas, como qualquer adjectivo
em número e classe; e por isso apresentamos só o radical precedido de +. Por exemplo, 87
pessoas (5 dezenas + 3 dezenas + 5 unidades + 2 unidades de pessoas) seria: anthu makumi
asanu ndi atatu, kudza mphambu zisanu ndi ziwiri, ou anhtu makumi asanu ndi atatu, kudza
anthu asanu ndi awiri , e não simplesmente: anthu makumi asanu ndi atatu ndi asanu ndi
awiri, porque pela igualdade de características de concordância de anthu (pessoas) e makumi
(dezenas) tanto se poderia entender: 5 dezenas + 3 dezenas + 5 dezenas + 2 dezenas de
pessoas (=150 pessoas).

d) Numerais na língua Nyungwe

Numerais na lingua Nyungwe os cardinais são aqueles que indicam o número, isto é, tomam
o prefixo dos nomes que determinam. Portanto, os adjectivos numerais cardinais concordam
com o substantivo que determinam, tomando o prefixo que lhe pertence. Por exemplo, wana
wanomue, sete crianças; akazi atatu, três mulheres; p’aza ribodzi, uma enxada; mp’ete zixanu,
cinco anéis; bzisu bzisere, oito facas; want’ u k’umi, dez pessoas; miti miwiri, duas árvores;
ntsomba zinai, quatro peixes; mauta mak’umi mawiri, vinte arcos; mbarame zitant’atu, seis
aves; miadiya mif’emba, nove canhôas; achikunda k’umi na anai, quatorze soldados.

e) Numerais em Makhuwa-Lóhmé e Cóti

A população macuatêm os seus números próprios, mais ou menos comuns aos bantus. Por
exemplo, os numerais simples em macua são apenas oito: - mosa, pili, tharu (-raru), -sheshe,
-thanu, -muloko, mía e álufu. Mmosa admite o plural amosa que representa então um
verdadeiro indefinido: uns ,umas, e quando repetido amosa...amosa...”uns ... outros...”; “umas
... outras...” e os povos de Angoche conhecem a numeração macua, mas ordinariamente
adoptam a numeração recebida dos árabes ou outra mais propriamente sua, também usada em
suaíli. A fim de as poder conhecer e comparar, damos abaixo essas três numerações.

f) Numerais na língua Tshwa

Para Machango, afirma que numerais na lingua Tshwa contam aos cinco, quer dizer, têm
palavras separadas para os números até cinco, depois começam de novo: cinco mais um, cinco
mais dois, etc., até dez; em seguida dez mais um, dez mais dois, etc., até quinze, que é dez
mais cinco; a seguir, dez mais cinco mais um, etc. até vinte, que é duas dezenas. Ao contar
deste modo utilizam apenas sete palavras, das quais três são adjectivos e quatro substantivos.
Por exemplo, os três primeiros números são adjectivos que utilizam o prefixo do substantivo
que qualificam. São -nwe, um; -mbiri, dois; -nharu, três.

g) Numerais em Tsonga

Língua Changana os numerais cardinais são os que exprimem o número das coisas, das
pessoas e dos animais. Em changana há apenas oito palavras diferentes para exprimir todos os
numerais. Por exemplo, mune wa bsikomu=quatro enxadas, nthlanu wa vavanuna=cinco
homens.

h) Numerais na língua Zulu

Com forme souza(2005), a lingua Zulu é usado duma maneira bastante única. Associado com
ele em formação concordial há apenas três outras raízes Zulu, -phi? (quais?), -ni? (que?) e
-mbe (um diferente). Por exemplo, abantu abali i:shumi nanye (onze pessoas) izinkomo
ezingamashumi amabili (20 vacas) amakhosi aamashumi (ou angamashumi) amabili (20
chefes) amabutho ayi:khulu (100 soldados) imithi eyinkulungwane (mil árvores).

II. Métodos populares de contagem em Moçambique


i. A contagem por nós
ii. A contagem por pedrinhas
iii. A contagem por tracinhos
i. A contagem por nós

A contagem por nós é feita em várias províncias de Moçambique, tais provincias Cabo
Delgado, Nampula e Maputo, portanto, é utilizada em diversos contextos, dos quais se
destacam a contagem dos meses do ano, duração de grandes caçadas, idade de pessoas e
tempo de gravidez, nas Províncias de Cabo Delgado e Nampula; a contagem de animais
domésticos, tais como bois, cabritos e galinhas, e de animais de caça nas Províncias de
Maputo e Nampula. Na Província de Cabo Delgado, malundu (língua makonde) é um
método de contagem através de nós. A própria palavra malundu, cujo singular é vilundo,
significa nó(s). Este método é usado para indicar os meses do ano, a idade de crianças e o
tempo de duração de longas caçadas. Nluthó ou Nlutché (língua makhuwa-lomwé), que
também significa “nó”, é um método de contagem em nós utilizado na Província de
Nampula, fundamentalmente para contar animais domésticos e também nalguns casos
para a contagem do tempo. Neste caso concreto conta-se o tempo que vai da data da morte
duma pessoa até 40 dias, altura em que se deve fazer a cerimónia do defunto denominada
“Arybaini” (em língua árabe), segundo a religião Islâmica. Após o falecimento vão-se
fazendo nós numa corda para cada dia que passa, o que permite saber-se exactamente o
dia da cerimónia do defunto.

ii. A contagem por pedrinhas

A contagem por pedrinhas pode ser encontrada em várias partes de Moçambique, em


particular nas Províncias de Gaza e Tete. Xiguama xa xibala (língua changana), refere-se a
um cesto que contém pedrinhas. Trata-se de um método de contagem utilizado na
província de Gaza para controlar a quantidade de animais no curral. O pastor dirige-se
diariamente ao curral com o seu xiguama xa xibala para controlar o número de cabeças de
gado; ele tira um por um os animais do curral, ao mesmo tempo que vai tirando pedrinhas,
também uma por uma, do cesto, colocando-as em fila no chão.

iii. A contagem por tracinhos

A contagem por tracinhos é encontrada em diferentes contextos nas Províncias de


Zambézia, Gaza, Inhambane e Nampula. Mulobuó , plural milobuó (língua chuabo), que
significa “parte duma folha de palmeira”, é um método de contagem utilizado por
camadas jovens na Província da Zambézia para a contagem dos golos de cada equipa, num
jogo de futebol. Deste modo consegue-se saber qual é a equipa vencedora.

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