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Extensão de Niassa
Data: 22/05/2020
Numerais na língua Makonde, exprimem o número das coisas, das pessoas e dos animais. Por
exemplo, Vila (0), imo (1), mbili (2), natu (3), nceshe (4), mwanu (5), mwanu na imo (6),
mwanu na mbili (7), mwanu na natu (8), mwanu na nceshe (9), kumi (10) etc. Os numerais
imo, mbili, natu, nceshe, mwanu, kumi, imiya, élupu a sua enumeração é absoluta, e os
restantes resultam da combinação ou adição dos numerais mwanu, kumi, imiya e elupu.
Tambem as numerais na lingua Makonde classificam-se em ordinais e cardinais, por exemplo
um=mono, dois=vil, três=natu, cinco=mwana,etc.
b) Numerais na língua Yao
Os numerais na lingua Nyanja, concordam com as coisas numeradas, como qualquer adjectivo
em número e classe; e por isso apresentamos só o radical precedido de +. Por exemplo, 87
pessoas (5 dezenas + 3 dezenas + 5 unidades + 2 unidades de pessoas) seria: anthu makumi
asanu ndi atatu, kudza mphambu zisanu ndi ziwiri, ou anhtu makumi asanu ndi atatu, kudza
anthu asanu ndi awiri , e não simplesmente: anthu makumi asanu ndi atatu ndi asanu ndi
awiri, porque pela igualdade de características de concordância de anthu (pessoas) e makumi
(dezenas) tanto se poderia entender: 5 dezenas + 3 dezenas + 5 dezenas + 2 dezenas de
pessoas (=150 pessoas).
Numerais na lingua Nyungwe os cardinais são aqueles que indicam o número, isto é, tomam
o prefixo dos nomes que determinam. Portanto, os adjectivos numerais cardinais concordam
com o substantivo que determinam, tomando o prefixo que lhe pertence. Por exemplo, wana
wanomue, sete crianças; akazi atatu, três mulheres; p’aza ribodzi, uma enxada; mp’ete zixanu,
cinco anéis; bzisu bzisere, oito facas; want’ u k’umi, dez pessoas; miti miwiri, duas árvores;
ntsomba zinai, quatro peixes; mauta mak’umi mawiri, vinte arcos; mbarame zitant’atu, seis
aves; miadiya mif’emba, nove canhôas; achikunda k’umi na anai, quatorze soldados.
A população macuatêm os seus números próprios, mais ou menos comuns aos bantus. Por
exemplo, os numerais simples em macua são apenas oito: - mosa, pili, tharu (-raru), -sheshe,
-thanu, -muloko, mía e álufu. Mmosa admite o plural amosa que representa então um
verdadeiro indefinido: uns ,umas, e quando repetido amosa...amosa...”uns ... outros...”; “umas
... outras...” e os povos de Angoche conhecem a numeração macua, mas ordinariamente
adoptam a numeração recebida dos árabes ou outra mais propriamente sua, também usada em
suaíli. A fim de as poder conhecer e comparar, damos abaixo essas três numerações.
Para Machango, afirma que numerais na lingua Tshwa contam aos cinco, quer dizer, têm
palavras separadas para os números até cinco, depois começam de novo: cinco mais um, cinco
mais dois, etc., até dez; em seguida dez mais um, dez mais dois, etc., até quinze, que é dez
mais cinco; a seguir, dez mais cinco mais um, etc. até vinte, que é duas dezenas. Ao contar
deste modo utilizam apenas sete palavras, das quais três são adjectivos e quatro substantivos.
Por exemplo, os três primeiros números são adjectivos que utilizam o prefixo do substantivo
que qualificam. São -nwe, um; -mbiri, dois; -nharu, três.
g) Numerais em Tsonga
Língua Changana os numerais cardinais são os que exprimem o número das coisas, das
pessoas e dos animais. Em changana há apenas oito palavras diferentes para exprimir todos os
numerais. Por exemplo, mune wa bsikomu=quatro enxadas, nthlanu wa vavanuna=cinco
homens.
Com forme souza(2005), a lingua Zulu é usado duma maneira bastante única. Associado com
ele em formação concordial há apenas três outras raízes Zulu, -phi? (quais?), -ni? (que?) e
-mbe (um diferente). Por exemplo, abantu abali i:shumi nanye (onze pessoas) izinkomo
ezingamashumi amabili (20 vacas) amakhosi aamashumi (ou angamashumi) amabili (20
chefes) amabutho ayi:khulu (100 soldados) imithi eyinkulungwane (mil árvores).
A contagem por nós é feita em várias províncias de Moçambique, tais provincias Cabo
Delgado, Nampula e Maputo, portanto, é utilizada em diversos contextos, dos quais se
destacam a contagem dos meses do ano, duração de grandes caçadas, idade de pessoas e
tempo de gravidez, nas Províncias de Cabo Delgado e Nampula; a contagem de animais
domésticos, tais como bois, cabritos e galinhas, e de animais de caça nas Províncias de
Maputo e Nampula. Na Província de Cabo Delgado, malundu (língua makonde) é um
método de contagem através de nós. A própria palavra malundu, cujo singular é vilundo,
significa nó(s). Este método é usado para indicar os meses do ano, a idade de crianças e o
tempo de duração de longas caçadas. Nluthó ou Nlutché (língua makhuwa-lomwé), que
também significa “nó”, é um método de contagem em nós utilizado na Província de
Nampula, fundamentalmente para contar animais domésticos e também nalguns casos
para a contagem do tempo. Neste caso concreto conta-se o tempo que vai da data da morte
duma pessoa até 40 dias, altura em que se deve fazer a cerimónia do defunto denominada
“Arybaini” (em língua árabe), segundo a religião Islâmica. Após o falecimento vão-se
fazendo nós numa corda para cada dia que passa, o que permite saber-se exactamente o
dia da cerimónia do defunto.