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Número 23
IMPRENSA NACIONAL DE MOÇAMBIQUE, E.P. Para que produza eficácia jurídico-processual, exige o n.º 1, do artigo
300º, do C.P.Civil que a referenciada transacção seja tomada por termo
AVISO no processo ou por documento autÉntico, o que, no caso, não se verifica,
A matéria a publicar no «Boletim da República» deve ser remetida em cópia
como se extrai do referenciado no parágrafo anterior, o que impossibilita
devidamente autenticada, uma por cada assunto, donde conste, além das que dela se possa conhecer.
indicações necessárias para esse efeito, o averbamento seguinte, assinado e Assim sendo, em Conferência, importa ordenar que se notifiquem
autenticado: Para publicação no «Boletim da República». os mandatários das partes processuais para que cumpram o estipulado
na disposição legal acima referida, numa das formas nela consignadas.
Colha-se o visto do Venerando Juiz Conselheiro Adjunto e inscreva-
se em tabela.
MINISTÉRIO DA JUSTIÇA, ASSUNTOS Maputo, 28 de Julho de 2011. — Ass.) Luís Filipe Sacram.
CONSTITUCIONAIS E RELIGIOSOS
Direcção Nacional dos Registos e Notariado
aplica-se supletivamente o artigo 1055.º, n.º 1, alínea b), do C. Civil, notificado para apresentar alegações. Tal irregularidade, no entender da
que estabelece a antecedência de 60 dias para a denúncia de contratos de Apelada, torna nula a certidão de notificação das alegações apresentadas
locação com duração de 1 à 6 anos; este normativo é aplicável ao caso pela Apelante e todos os termos subsequentes que dela possam depender,
pois o contrato celebrado entre A. e R. situa-se no intervalo nele previsto; conforme o prescrito no artigo 201.º do C.P. Civil.
• não restam dúvidas sobre a boa fé da R. na sua intenção de rescindir Não procede a pretensão da Apelada, quanto à invocada nulidade. A
o contrato. referida irregularidade só produziria nulidade se influísse no exame ou
Irresignado com a decisão do tribunal de primeira instância, a A. decisão da causa, como prevê o n.º 1 do artigo 201.º do C. P. Civil, o que
interpôs recurso, que foi admitido como de apelação, com efeitos não se verifica no presente caso, já que a Apelada teve oportunidade de
suspensivos. examinar o processo e produziu as suas contra-alegações no prazo legal.
Nas alegações de recurso, A apelante apresentou as seguintes Do que interessa para a reapreciação, quanto à matéria de facto,
conclusões: resulta dos autos que:
• no caso, não houve e nem podia haver denúncia do contrato, por se • em 21 de Fevereiro de 2006, a Apelante e a Apelada celebraram um
tratar de um contrato a prazo; contrato de utilização de uma sala no edifício onde funciona a sede da
• na data da rescisão o contrato vigorava pelo prazo de um ano; Apelante, com efeitos a partir de 1 de Março do mesmo ano, com duração
• a sentença recorrida confunde as duas formas de extinção dos inicial de dois anos, sendo renovável por períodos sucessivos de um ano;
negócios jurídicos, ora usando uma forma, ora referindo-se à outra; • no dia 21 de Janeiro de 2009, a Apelante recebeu uma carta da
• a sentença recorrida funda-se em normas que não estão em vigor Apelada, que rescindia o referido contrato, com pré-aviso, com efeitos a
no nosso ordenamento jurídico; partir do dia 1 de Abril de 2009. Na carta de rescisão, a Apelada invocou
• a rescisão foi ilegal porque não se funda no contrato (artigo 432.º razões comerciais, que tinham a ver com o seu parceiro que ocupava a
CC); loja, e agradeceu a Apelante pelo espírito de abertura, compreensão e
• da violação do dever de cumprir o contrato nos seus precisos termos bom relacionamento que caracterizou o vínculo contratual;
(pacta sunt servanda – artigo 406.º/1 CC) nasce o dever da Apelada • a Apelante reagiu à carta de rescisão, informando que não
indemnizar a Apelante por violação do contrato. havia nenhum motivo contratual ou fundamento legal para a rescisão
A Apelada contra-alegou, tendo concluído, em suma que: ou denúncia e nem se podia invocar a caducidade, razão porque
• na vigência do contrato surgiram constrangimentos, única e recomendava que o contrato fosse escrupulosamente cumprido;
exclusivamente imputáveis à Apelante, situação que acarretava prejuízos • por carta de 31 de Março de 2009, recebida pela Apelante no dia
à apelada; 2/4/2009 (fl. 16),cujo assunto era “aviso prévio de rescisão do contrato
com justa causa (aditamento)”, a Apelada aduziu novos argumentos,
• a Apelante não procedeu de boa fé nas negociações preliminares e
alegando em síntese que a rescisão deveu-se ao facto da Apelante ter
na formação do contrato;
estado a criar sérias dificuldades no funcionamento da loja arrendada,
• a Apelada operou a denúncia com a necessária antecedência;
que se traduziam na alteração unilateral do horário contratualmente
• o artigo 1031.º, alínea b), do CC, prevê a obrigação do locador
estabelecido e na limitação do acesso ao local onde funcionava a loja.
assegurar ao locatário o gozo da coisa locada; nos termos do artigo
1032.º, alínea b), do CC, considera-se o contrato não cumprido quando A questão de fundo neste recurso é saber se a cessação do contrato,
a coisa locada apresenta vícios ou careça de qualidades para a finalidade por iniciativa da Apelada, foi operada de forma legal e válida.
pretendida; o artigo 1037.º, n.º 1, do CC, proíbe a prática, pelo locador, É evidente a confusão instalada nos autos quanto aos conceitos de
de actos que diminuam o gozo da coisa pelo locatário; denúncia, oposição à renovação e resolução. Interessa, pois, antes de
• a Apelada denunciou o contrato ao abrigo do artigo 1055.º, n.º 1, mais, começar por clarificar os referidos conceitos.
alínea b), do CC; Quanto ao conceito de oposição à renovação, explica, e bem, Ana
• caso assim não se entenda, pelas características do contrato de Prata [Dicionário Jurídico, 4.ª Edição, Almedina, 2006, pg. 835], que
utilização de loja em centro comercial, sempre se dirá que, com as “quando um contrato a termo se renova automaticamente por igual prazo,
restrições impostas pela Apelante, as circunstâncias em que as partes a lei que estabelece a sua renovação automática permite muitas vezes às
fundaram a decisão de contratar sofreram uma alteração anormal, pelo partes que impeçam essa renovação; tal é feito por um dos contraentes
que, nos termos do artigo 437.º, n.º 1, do CC. a Apelada resolveu o declarando à contraparte tal vontade, em certa forma e, em regra, com
contrato por alteração de circunstâncias. certo período de antecipação relativamente ao fim do prazo”.
Colhidos os vistos legais, cumpre agora apreciar e decidir. Nada obsta igualmente que as próprias partes dum contrato a termo,
A decisão recorrida condenou a Apelada no pagamento de que se renova automaticamente, convencionem que qualquer delas
193.331,17MT (cento e noventa e três mil, trezentos e trinta e um possa obstar à renovação, mediante declaração nesse sentido, com a
meticais e dezassete centavos), valor relativo a rendas dos meses antecedência prevista no próprio contrato.
de Janeiro, Fevereiro e Março de 2009 e de 10 687,33MT (dez mil, É a declaração de vontade impeditiva da renovação automática do
seiscentos e oitenta e sete meticais e trinta e três centavos) de multas por contrato que toma a designação de oposição à renovação.
atraso no pagamento das mencionadas rendas. Sobre esta condenação A denúncia é o meio adequado para que uma das partes ponha termo
não foi interposto recurso e, por isso, neste aspecto a decisão recorrida a um contrato de duração ou por tempo indeterminado.
transitou em julgado. Carlos Alberto Mota Pinto [Teoria Geral do Direito Civil, 4.ª Edição,
A decisão recorrida absolveu a Apelada do pedido de indemnização Coimbra Editora, 2005, p. 631], sustenta que “o fundamento material
pela cessação antecipada do contrato e do pedido de condenação no desta denunciabilidade ad nutum é a tutela da liberdade dos sujeitos,
pagamento de 3 128,58MT (três mil, cento e vinte e oito Meticais e que seria comprometida por um vínculo demasiadamente duradouro.”
cinquenta e oito centavos), valor gasto na substituição de canhão da porta Vezes há em que as partes referem-se à denúncia para designar a
principal. Nas alegações e contra-alegações e respectivas conclusões, declaração de oposição à renovação, sendo certo que, em rigor, os dois
que constituem objecto do presente recurso, nada é dito pela Apelante e institutos não se confundem. A este propósito, esclarece Ana Prata
Apelada sobre a decisão relativa aos 3.128,58MT, razão porque se deva [Dicionário Jurídico, 4.ª Edição, Almedina, 2006, pg. 386] que “diversa
considerar como assente. da denúncia é a oposição à renovação do contrato a prazo, findo este,
Embora não inclusa nas conclusões das contra-alegações, o que declaração que a lei qualifica, por vezes, de denúncia”.
justificaria a sua não apreciação, é levantada pela Apelada questão prévia Um exemplo claro em que a lei qualifica a oposição à renovação de
do não cumprimento do disposto no n.º 2 do artigo 698.º do C.P. Civil, denúncia é o artigo 1055.º do C. Civil.
por a recorrida não ter sido notificada da data em que a recorrente foi A resolução, tal como resulta do n.º 1 do artigo 432.º do C. Civil,
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é vinculada, devendo basear-se na lei ou na convenção. Ou seja, do C. Civil, tal só se justificaria na falta de acordo das partes em
diversamente da denúncia e da oposição à renovação, a resolução deve sentido diverso. Sucede que, no presente caso, as partes acordaram
ser fundamentada (baseada num justo motivo, nos termos da lei ou do que a oposição à renovação (que o artigo 1055.º do C. Civil designa
contrato). por “denúncia”), teria lugar com antecedência de 90 dias, e é esta
Esclarecidos os conceitos, importa passar a analisar o caso concreto. antecedência que sempre prevaleceria.
Lê-se na Cláusula Primeira do contrato o seguinte: A divergência na implementação do que ficou acordado, não pode
“O presente contrato tem a duração de 2 anos, renovável justificar o abandono do acordo para se recorrer à aplicação de normas
automaticamente pelo período de 1 (um), salvo renúncia de uma das supletivas, como sustenta o tribunal de primeira instância. Se assim
partes, por escrito, até 90 [noventa] dias antes do termo do presente fosse, qual seria a utilidade dos acordos?
contrato, cujo o mesmo tem efeito a partir do dia 1 de Março de 2006”. Mesmo que o artigo 1055.º do C. Civil tivesse carácter imperativo,
Na interpretação da referida Cláusula, interessa saber qual o sentido e fosse aplicável, seria necessário ter em conta que o seu n.º 2 dispõe
a dar à palavra “renúncia”. que a antecedência a que se refere o n.º 1 “...reporta-se ao fim do prazo
A renúncia é um acto abdicativo de um direito. No caso em análise, do contrato ou da renovação”. Ora, no caso sub-judice, a renovação
não se poderia dizer que qualquer das partes tivesse, ab initio, direito à ocorreria no dia 1/3/2009 e sendo a carta de pré-aviso de 21 de Janeiro
renovação do contrato e, portanto, afastada também fica a possibilidade de 2009, não foi sequer respeitada a antecedência de 60 dias, fixada
de renúncia dum direito que não tinham. naquela disposição legal.
Deste modo, pelo contexto da declaração, está claro que as partes Improcede, por isso, porque contrária ao acordado, a oposição à
pretenderam que a “renúncia” fosse impeditiva da renovação automática renovação ou denúncia do contrato.
do contrato. Logo, a palavra “renúncia” foi usada no contrato com o Sustenta a Apelada que, em alternativa, a carta de carta 21 de Janeiro
sentido de oposição à renovação. de 2009, com o aditamento feito por carta de 31 de Março de 2009, seja
A verdadeira denúncia não poderia ocorrer validamente no entendida como de resolução do contrato, por alteração de circunstância,
contrato celebrado entre Apelante e Apelada, por este não ter duração ao abrigo do artigo 437.º do C. Civil.
indeterminada nem ter sido convencionado que seja uma forma de Começaremos por fazer menção aos dois pressupostos da aplicação
extinção do mesmo. O meio adequado, convencionado pelas partes, foi do artigo 437.º, do C. Civil:
a oposição à renovação, que deveria ser exercida com antecedência de 1. deve haver uma alteração anormal das circunstâncias em que as
pelo menos 90 dias relativamente ao termo do período inicial de vigência partes fundaram a sua decisão de contratar;
do contrato ou de qualquer das suas renovações. 2. a exigência da manutenção do contrato e seu cumprimento, nas
Como foi referido acima, o contrato celebrado entre a Apelante e a mesmas condições, deve afectar gravemente os princípios da boa fé.
Apelada vigoraria inicialmente por dois anos (de 1/3/2006 a 1/3/2008) e De acordo com a Apelada, a alteração das circunstâncias resulta do
depois por períodos sucessivos de um ano. Tal significa que o segundo facto da Apelante ter mudado o horário de funcionamento do centro
período de vigência do contrato decorreu de 1/3/2008 a 1/3/2009. comercial contratualmente convencionado, em moldes prejudiciais ao
Assim sendo, a oposição à renovação por mais um ano deveria ter sido negócio daquela, e ter imposto limitações no acesso ao espaço objecto
manifestada até 90 dias antes de 1/3/2009. do contrato.
No dia 21 de Janeiro de 2009, data em que é recebida a carta da Quanto à actuação da Apelante, importa ter em mente a natureza dos
Apelada, dando um pré-aviso para a cessação do contrato, faltavam 38 centros comerciais, como a própria Apelada refere na sua contestação
dias para o termo do período que estava em vigor. e nas contra-alegações.
No dia 1 de Abril de 2009, data em que se propunha que o contrato Porque nos centros comerciais agregam-se várias lojas interligadas,
deixasse de produzir efeitos, já estaria, na verdade, a decorrer o terceiro a sua gestão é feita de forma a que sejam harmonizados os vários
período de vigência do contrato. Portanto, interpretando a carta de interesses. A relação entre o dono ou gestor do centro comercial e os
21 de Janeiro como de oposição à renovação, forçoso é concluir-se lojistas não é exclusivamente regulada em termos bilaterais, mas também
que a mesma não respeitou o período de pré-aviso contratualmente pelo que respeita ao interesse do conjunto dos lojistas. Por isso mesmo,
estabelecido. o lojista deve estar ciente de que, integrado no complexo plurifacetado
Não colhe a fundamentação do tribunal de primeira instância, que do centro comercial, deverá orientar o seu procedimento tendo em conta
entendeu ser de aplicar supletivamente o artigo 1055.º, n.º 1, alínea b), os interesses dos outros lojistas, que se conjugam.
do C. Civil. E não colhe pelas razões que seguidamente apontaremos. Antunes Varela [RLJ, 122.º, Centros Comerciais (Shopping Centers),
O contrato de cedência de espaços para instalação de lojas em centros Coimbra Editora, 1995, pg. 58] sustenta que “a instalação do comerciante
comerciais é atípico ou inominado, não se confundindo, dadas as suas na loja do centro tem como escopo principal a integração do lojista no
características específicas, com o contrato de locação, ou de cessão de conjunto organizado de actividades comerciais que constituem o tenant
exploração ou mesmo de prestação de serviços. Antunes Varela [RLJ, mix de cada nova unidade global”.
122.º, Centros Comerciais (Shopping Centers), Coimbra Editora, 1995, É precisamente por causa da natureza dos centros comerciais,
pg. 62], também reconhece que a realidade dos centros comerciais não que o seu dono ou gestor tem papel decisivo na gestão, buscando
foi abrangida pela legislação locatícia inserida no Código Civil de 1966. constantemente o que se mostrar melhor para a defesa da qualidade e
Na falta de regulamentação específica, os contratos de cedência credibilidade do Centro.
de espaços em centros comerciais devem ser admitidos ao abrigo da Não seria prático que os horários de funcionamento do centro
liberdade contratual, nos termos do artigo 405.º do C. Civil, regendo-se comercial fossem negociados com cada um dos lojistas que pretendesse
pelas suas cláusulas e, depois, pelas disposições gerais e, finalmente, ocupar espaço no Centro, e tais horários fossem modificados em função
pelas normas aplicáveis aos contratos típicos que, nas diversas vertentes dos interesses de cada um deles. A própria Apelada reconhece no
daqueles, tenham com eles mais afinidades. articulado 13.º da sua contestação que “o regime de funcionamento
As partes acordaram que o pré-aviso seria de 90 dias relativamente ao (abertura e encerramento) dos diversos estabelecimentos deverá ser
termo do período inicial de vigência ou de qualquer das suas renovações. comum...” .
Esta antecedência não foi respeitada, para que o contrato deixasse de Não faz, assim, sentido a alegação da Apelada de que o “o horário de
vigorar no dia 1/3/2009. A consequência só podia ser uma: renovou-se funcionamento ...havia sido convencionado no contrato de arrendamento
o contrato por mais um ano, ou seja, até 1/3/2010. celebrado” (ponto 15 das alegações).
Ainda que admitíssemos a aplicação supletiva do artigo 1055.º Até porque na cláusula quinta do contrato não se convencionou o
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horário de funcionamento. Naquela cláusula simplesmente se prevê deste modo, vai a Apelada condenada no pagamento do valor de
a obrigação do utente (Apelada)“cumprir com o horário do Centro 708.882,90MT (setecentos e oito mil, oitocentos e oitenta e dois Meticais
Comercial...”. Dito doutra forma, o horário referido na cláusula quinta e noventa centavos), correspondente a 11 meses de rendas (de Abril de
já existia, não resultou do contrato entre a Apelante e a Apelada. 2009 a Fevereiro de 2010), nos termos dos artigos 798.º e 810.º, n.º 1,
Porque o horário de funcionamento não resultou do acordo entre do C. Civil.
Apelante e Apelada, a sua alteração não passava, necessariamente, pela Sem custas.
negociação individualizada com cada a Apelada. Maputo, 3 de Agosto de 2011. — Ass.) Adelino Manuel Muchanga
Devia a Apelada saber que o horário poderia ser alterado, a qualquer e Luís Filipe Sacramento.
momento, por iniciativa daquele que o fixou, no âmbito dos seus poderes Está conforme
de gestão. Ainda que o dono ou gestor do Centro consultasse todos os Maputo, aos 3 de Agosto de 2011. — A Secretária Judicial Int.ª,
lojistas para a mudança de horários, não se podia esperar que no fim (Graciete Vasco.)
satisfizesse cabalmente os interesses de cada um deles.
Do que ficou dito, resulta que a mudança de horário não era
imprevisível, por isso não pode agora ser considerada como uma
Apelação n.º 168/10
alteração anormal de circunstâncias.
Recorrente Auto Omar
De resto, o documento que a Apelada junta para provar a mudança de
Recorrida: Luísa Chadreque
horário (fl. 43), é de 26/7/2007. O documento em causa era uma chamada
de atenção para o cumprimento do horário uniforme do Centro, já em
vigor antes daquela data. ACÓRDÃO
Bem vistas as coisas, a mudança de horário ocorreu em 2007,
pouco mais ou menos de um ano de vigência do contrato. O novo
horário vigorou durante os restantes meses de 2007; no dia 1/3/2008, Acordam, em Conferência, na Secção Cível do Tribunal Supremo,
terminou o período inicial de vigência do contrato, a Apelada poderia nos autos de apelação n.º 192/10, em que é apelante Auto Omar
ter apresentado a sua oposição à renovação, mas não o fez; o contrato, eapelada Luisa Chadreque, em subscrever a exposição que antecede e,
com o horário mencionado, vigorou todo o ano de 2008 eaté à data da por consequência, em ordenar a baixa dos autos para que seja pago o
valor em dívida relativo às custas judiciais, por esta ser condição para
cessação, em 2009.
o prosseguimento da lide nos termos do artigo 116.º do Código das
Deste modo, mesmo que a alteração do horário fosse anormal, dado
Custas Judiciais.
o prolongado periodo em que a Apelada continuou a operar com o novo
Maputo, 3 de Agosto de 2011. — Ass.) Adelino Muchanga e Luís
horário, não se pode dizer que tenha abalado o equilíbrio do contrato,
Filipe Sacramento.
tornando incomportável a sua manutenção, por ofender gravemente a boa Está conforme.
fé. O mesmo se diria em relação às invocadas limitações no acesso à loja. Maputo, aos 3 de Agosto de 2011. — A Secretária Judicial Int.ª,
Na verdade, as limitações impostas pelo Apelante não podem, (Graciete Vasco.)
por si só, porque enquadradas nos seus poderes de gestão do Centro,
fundamentar a resolução por alteração de circunstâncias. Até porque tais
EXPOSIÇÃO
limitações sempre existiram desde que iniciou a vigência do contrato, e
com elas a Apelada conviveu durante o período inicial de vigência do Nestes autos de apelação, na nota de revisão, a fl. 343, como prévias,
contrato e nas subsequentes renovações. suscita-se uma questão de natureza processual que impede o seguimento
Por último, embora a questão não tenha sido suscitada pelas partes, do recurso, que urge desde já passar a analisar.
sempre se questionaria a relevância dos motivos invocados na carta de Da referida nota de revisão, constata-se que nas contas de fls. 306
e 308, o tribunal a quo não cuidou de proceder ao cálculo correcto
31/3/2009, que era um aditamento da carta de 21 de Janeiro de 2009.
do montante computado no imposto de justiça, pois numa acção cujo
É que a carta de 21 de Janeiro de 2009 indicava o dia 1 de Abril valor é de 5.896.005,33Mt, o valor do imposto correspondente é de
de 2009 como da cessação dos efeitos do contrato. porque a referida 295.419,26Mt e não de 293.800,27MT, efectivamente pago.
declaração de cessação do contrato constitui um negócio jurídico O não pagamento de custas constitui motivo impeditivo para
unilateral receptício (não carecia de aceitação), teve como efeito a prosseguimento da lide nesta instância, por força do disposto no artigo
cessação do contrato no dia indicado, 1/4/2009. 116.º do Código das Custas Judiciais, importando que, em Conferência,
O aditamento de 31/3/2009 foi recebido pelo Apelante no dia se ordene a baixa dos autos ao tribunal a quo para que se corrijam as
2/4/2009, conforme se constata no documento de fls. 16. Assim, a contas, de modo que o imposto de justiça seja integralmente. Assim
menos que a Apelante tivesse conhecimento prévio, o “aditamento” não deverá ser porque tal irregularidade não pode ser sanada nesta instância.
Colha-se o visto do Venerando Juiz Conselheiro Adjunto e inscreva-
valeria como tal, por ter sido recebido depois da cessação do contrato,
se, seguidamente, em tabela.
sabido que as declarações negociais tornam-se eficazes no momento
da recepção ou do conhecimento (artigo 224.º, n.º 1, do C. Civil). Por Maputo, 18 de Julho de 2011. — Ass.) Adelino Muchanga.
esta via, também cairiam por terra todos os argumentos invocados para
a resolução, porque levados ao conhecimento da outra parte depois da
Apelação n.º 192/10
cessação do contrato.
Recorrente: SF Holdings, S.A.
Por tudo o que ficou dito, improcede a invocada resolução do contrato
Recorrido: Ismael Issufo
por alteração de circunstâncias, porque infundada.
ACÓRDÃO
A conduta da Apelada contraria o preceituado no artigo 406.º,
n.º 1, do C. Civil, que impõe o cumprimento pontual dos contratos,
devendo aquela indemnizar a Apelante, de acordo com a cláusula penal Acordam, em Conferência, na Secção Cível do Tribunal Supremo,
contratualmente acordada. nos autos de apelação n.º 192/10, em que é apelante SF Holdings,
Assim, é parcialmente revogada a decisão do tribunal a quo e, S.A. e apelado Ismael Issufo, em subscrever a exposição de fls 184 e,
798 III SÉRIE — NÚMERO 23
por consequência, em ordenar a baixa dos autos para que seja pago o Pelo acima exposto, os juízes da Secção Cível do Tribunal Supremo,
valor em dívida relativo às custas judiciais, por esta ser condição para reunidos em conferência, acordam em declarar deserto o recurso nos
o prosseguimento da lide nos termos do artigo 116.º do Código das termos do disposto nos artigos 292, nº 1, e 690, nº 2, ambos do Código
Custas Judiciais. de Processo Civil; mais acordam em ordenar a notificação do apelante,
Maputo, 3 de Agosto de 2011. — Ass.) Adelino Muchanga e Luís pelo tribunal recorrido, para o pagamento das custas do processo.
Filipe Sacramento. Custas pelo recorrente.
Está conforme. Tribunal supremo, Maputo, 3 de Agosto de 2011. — Ass.) Mário
Maputo, aos 3 de Agosto de 2011. — A Secretária Judicial Int.ª, Mangaze e Luís Filipe Sacramento.
(Graciete Vasco.) Está conforme.
Maputo, 3 de Agosto de 2011. — A Secretária Judicial Int.ª, (Graciete
EXPOSIÇÃO Vasco.)
Para atacar a validade do pacto, o Agravante limita-se a alegar que Revisão de sentença estrangeira nº 108/09
a cláusula relativa a jurisdição (que designa por pacto privativo de Requerente: LTK Construction (Pty) Ltd
jurisdição) envolve para si graves inconvenientes, sem especificar e Requerido: John da Sousa Allegria
provar quais os tais inconvenientes e até que ponto aquela cláusula se
ACÓRDÃO
pode considerar de abusiva, o que justificaria a sua invalidade nos termos
do artigo 471, alínea o) do C. Comercial. LTK Construction(Pty) Ltd, sociedade comercial com sede em
Ademais, não se pode dizer que, por ter sido considerada procedente Corneliastraat 3, Leokaville Landbouhoewes, Sanfountein – Prétoria,
a excepção dilatória de incompetência relativa, fica prejudicada a questão Républica da África do Sul, representada no acto por Jacobus Christofeel
de fundo. A procedência da excepção dilatória de incompetência relativa Minnaar, na qualidade de sócio-gerente, com os demais sinais de
implica tão somente que o tribunal em causa não é o competente, por identificação constantes nos autos, requereu a revisão e confirmação
existir outro que é competente e para o qual o processo deve ser remetido. da sentença estrangeira proferida pelo Tribunal Supremo da África do
Sul-Divisão Provincial do Transval, no processo cível nº 47400/2007,
Contrariamente ao decidido pelo tribunal de primeira instância,
que correu contra John da Souza Allegria, empresário, ora residente em
a incompetência relativa resultante da violação de um pacto de Moçambique e também com residência conhecida em Gauteng – RSA,
competência ou de aforamento não determina a absolvição do réu, 17 Ben Steyn Street, Boksburg.
quando é conhecido o tribunal moçambicano competente. Citado editalmente, o requerido não deduziu qualquer oposição.
O artigo 111.º, n.º 3, do C.P. Civil estabelece que “se a excepção for De seguida, foram os autos conclusos ao Ministério Público e
julgada procedente, o processo é remetido ao tribunal competente, salvo cumprido o mais que determina o artigo 1099, nº 1, do Código de
se a incompetência resultar de violação de pacto privativo de jurisdição, Processo Civil, ao que veio alegar apenas o requerente nos termos que,
na essência, reitera a sua pretensão, enquanto o magistrado do Ministério
caso em que o réu é absolvido da instância” (o sublinhado é nosso).
Público sustenta, por sua vez, não se vislumbrarem questões que impeçam
Para se entender o que significa “pacto privativo de jurisdição”, o o prosseguimento dos autos até final.
n.º 3 do artigo 111.º do C. P. Civil deve ser interpretado em conjugação Colhidos os vistos legais, cumpre apreciar e decidir.
com o artigo 99.º do C.P.Civil. O pacto privativo de jurisdição deve ser Não se suscitam dúvidas no que toca à autenticidade da sentença
entendido na perspectiva da ordem jurídica moçambicana; ou seja, serão a rever, já transitada em julgado e proveniente de instância judicial
os casos em que, por convenção (válida), as partes retiram a competência competente.
aos tribunais moçambicanos na sua globalidade, escolhendo jurisdição Não consta existir excepção de caso julgado e não ocorre, igualmente,
situação de litispendência, na medida em que não há conhecimento de
estrangeira.
que esteja a correr termos nos tribunais moçambicanos qualquer outra
E mesmo quando a competência seja atribuída a uma jurisdição
acção sobre o mesmo objecto, pedido e em que sejam partes o requerente
estrangeira, só se justificará que o processo não seja remetido ao e o requerido.
tribunal moçambicano competente, nos termos do n.º 3 do artigo 111.º A sentença a rever não contém decisões contrárias aos princípios
do C.P.Civil, quando a atribuição àquela seja exclusiva. Neste caso, o da ordem pública moçambicana e não ofende as disposições do direito
réu deve ser absolvido da instância porque não compete aos tribunais privado deste país, pois os autos revelam tratar-se de condenação
moçambicanos remeter processos a tribunais estrangeiros. E não poderia resultante de incumprimento de obrigações contratuais, ocorrida em
ser doutro modo, pois as regras processuais são da lex fori. acção declarativa de condenação.
Também se justifica a absolvição do réu da instância nos casos de Em face do exposto, os juízes da Secção Cível do Tribunal
Supremo, reunidos em conferência, acordam em considerar a sentença
pactos privativos de jurisdição contenciosa; por outras palavras, nos
de condenação proferida contra John de Sousa – Alegria, nos autos do
casos em que as partes afastam (validamente) a jurisdição dos tribunais,
processo cível nº 47400/2007, pelo Tribunal Supremo da África do Sul-
optando, por exemplo, pela arbitragem obrigatória. Não fará sentido, Divisão Provincial do Transval, revista e confirmada nos seus precisos
nestes casos, que o tribunal judicial remeta o processo a outro tribunal termos, assim produzindo eficácia na ordem jurídica interna.
judicial, porque incompetentes todos os tribunais judiciais, ou a um Custas pelo requerente
tribunal arbitral não constituído, porque inexistente; a solução será então Tribunal Supremo, em Maputo, 3 de Agosto de 2011. — Ass.) Mário
a absolvição do réu da instância. Mangaze e Luís Filipe Sacramento.
No caso em análise, o Tribunal competente (escolhido pelas partes) Está conforme.
é o da Cidade de Maputo. É para este tribunal que o processo deve ser Maputo, 3 de Agosto de 2011. — A Secretária Judicial Int.ª, (Graciete
Vasco.)
remetido.
Deste modo, improcede parcialmente o recurso, mantendo-se a
decisão da primeira instância no que respeita à procedência da excepção Apelação n.º 44/2006
dilatória de incompetência relativa, nos termos dos artigos 100.º, 108.º Recorrente: Luís Manuel General
e 494.º, n.º 1, alínea f), todos do C.P.Civil. É revogada a decisão do Recorrida: Signtech Mozambique, Lda
tribunal “a quo”de absolvição da Ré da instância, devendo o processo ACÓRDÃO
ser remetido ao Tribunal Judicial da Cidade de Maputo, ao abrigo dos
artigos 111.º, n.º 3, e 493.º, n.º 3, todos do C.P.Civil. Luís Manuel General, casado, residente na Cidade de Maputo,
Por último, não deixamos de censurar o tribunal de primeira instância intentou, no Tribunal Judicial da Cidade de Maputo, uma acção
pelas irregularidades mencionadas na nota de revisão de fls. 132, declarativa de condenação, com processo ordinário, contra Signtech
Mozambique, Lda, com sede na Avenida de Angola, nº 2146, na Cidade
importanto que sejam os autos continuados com vista ao Ministério
de Maputo, representada pelo seu director-geral, Roger Vernard Dunn,
Público, nos termos do artigo 190 do C.Custas Judiciais.
pedindo que a ré seja condenada no pagamento de 54.000 dólares
Custas pelo recorrente. americanos pelo incumprimento do contrato de arrendamento.
Maputo, 3 de Agosto de 2011. — Ass.) Adelino Muchanga e Luís Juntou os documentos constantes de folhas 5 a 16 dos autos.
Filipe Sacramento. A ré não foi citada pessoalmente, em virtude da ausência, em parte
Está conforme incerta, do seu representante legal, de acordo com a certidão negativa
Maputo, 3 de Agosto de 2011. — A Secretária Judicial Int.ª, (Graciete de folhas 21, pelo que o meritíssimo juiz a quo ordenou a efectivação
Vasco.) da citação edital, como documentado a folhas 28 e 29.
800 III SÉRIE — NÚMERO 23
o aviso n.º 94/93, publicado no Jornal NOTÍCIAS na sua edição de 22 Consta dos autos, a fl. 27, um contrato de arrendamento para
de Julho de 1993; habitação, entre Abdurremane Matiria Machon e a APIE, assinado por
• a R. Cecília John Suaquirai solicitou cópia do B.I. do A. e, na posse Aurélio Manuel Augusto de Sousa e Cecília John Suaquirai, datado de
desta, manifestou (aparentemente em representação do A.) vontade de 30 de Dezembro de 1992 e com o número 032867.
ceder a posição contratual ao R. Aurélio Manuel Augusto de Sousa; Os apelantes confirmam, na contestação e nas alegações, que
• foi assinado um novo contrato de arrendamento sobre o mesmo assinaram o referido contrato de arrendamento em nome do apelado
imóvel, sendo arrendatário o R. Aurélio Manuel Augusto de Sousa, por (ver fls, 23 e 196).
sinal filho da R. Cecília John Suaquirai; Os apelantes alegam, sem provar, que a APIE deu o referido
• não deu instruções para a cessão da posição contratual e a R. Cecília contrato sem efeito, por “insuficiência de assinaturas” (fl. 196). Aliás,
John Suaquirai não tinha poderes para tal, sendo por isso nulo o contrato a única testemunha da APIE confirmou ter sido celebrado o contrato
de arrendamento celebrado com o R. Aurélio Manuel Augusto de Sousa. de arrendamento com o apelado, que só foi substituído por outro por
Juntou documentos de fls. 5 à 10. iniciativa da R. Cecília John Suaquirai (fl. 94).
A R. Cecília John Suaquirai contestou, conforme consta de fls. 23 a Não foi carredada aos autos prova da ocorrência da extinção do
25, dizendo em suma que: contrato celebrado com o apelado, por iniciativa da APIE ou do inquilino.
• ela e o R. Aurélio Manuel Augusto de Sousa assinaram o contrato Na verdade, não houve nenhum processo judicial para a declaração
em representação do A. de causa de extinção do contrato, como exige o artigo 20 da Lei
• o referido contrato ficou sem efeito porque os representantes do
n.º 8/79, de 3 de Julho (Lei do Arrendamento) nem foi junta qualquer
A. não tinham poderes para o efeito, e foi necessário elaborar um novo
prova da ocorrência da extinção do contrato por vontade do apelado ou
contrato;
por iniciativa da APIE, nos termos do artigo 20, n.º 1 e artigo 21, ambos
• o A. arrendava uma outra casa da APIE na Cidade de Chimoio,
do Regulamento da Lei do Arrendamento, aprovado pelo Diploma
e na altura não era possível que um cidadão tivesse dois contratos de
Ministerial n.º 71/80, de 30 de Julho.
arrendamento (dois fogos) em simultâneo.
Não basta os apelantes afirmarem que a APIE deu sem efeito
• perante a situação, o R. Aurélio Manuel Augusto de Sousa assinou
o contrato celebrado com o apelado; teriam que provar que,
o novo contrato de arrendamento, sendo ele o único arrendatário.
Juntou documentos de fls. 27 a 34. efectivamente, a APIE deu como sem efeito o mencionado contrato,
Seguiram-se os outros articulados e foi depois proferida sentença de obedecendo às formas que a legislação prevê sobre a extinção dos
fls. 101 a 106, que declarou nulo o segundo contrato de arrendamento, contratos de arrendamento.
celebrado entre a APIE e o R. Aurélio Manuel Augusto de Sousa, O segundo argumento dos apelantes, o de que o mesmo inquilino
reconhecendo-se o direito de arrendamento ao A. não poderia ter dois contratos (dois fogos) sobre dois imóveis, um em
Inconformados com a decisão, os Réus interpuserem recurso, que foi Maputo e outro em Manica, também não pode proceder.
admitido como de apelação, a subir nos próprios autos e com efeitos Mesmo que tivesse sido junta prova da celebração de dois contratos
suspensivos. de arrendamento, um em Maputo e outro em Manica, não seria o simples
Os apelantes apresentaram alegações, com as seguintes conclusões: facto de existirem dois contratos que levaria à invalidade de qualquer
• celebraram com a APIE um contrato de arrendamento do imóvel deles. A propósito da celebração de dois contratos, o artigo 14.º do
sito na Av. Zedequias Manganhela, n.º 591, 1.º Andar, Flat 10, em Decreto-Lei n.º 5/76, de 5 de Fevereiro, estabelece expressamente que
nome do apelado;
“numa mesma localidade, ninguém poderá manter para habitação própria
• os apelantes não tinham poderes para assinar o referido contrato;
mais do que um fogo...”
• o apelado vivia na Cidade de Maputo e não veio regularizar a
Da referida disposição legal se retira que a proibição é imposta
situação da assinatura do contrato porque não havia gostado do imóvel;
quando se trate de imóveis situados na mesma localidade. Não era o
• a APIE deu sem efeito o contrato assinado pelos apelantes por
insuficiência de representação; caso do apelado, pois Maputo e Manica não integravam e não integram
• o apelado permitiu que o R. Aurélio Manuel Augusto de Sousa a mesma localidade.
assinasse um novo contrato em seu nome; Não tendo ocorrido, nos termos da lei, causa de extinção do contrato
• o apelado celebrou um contrato de arrendamento sobre um imóvel celebrado entre o apelado, Abdurremane Matiria Machon,e a APIE, com
na Cidade de Chimoio, o que o impossibilitava de celebrar outro contrato o n.º 032867, assinado no dia 30 de Dezembro de 1992, não deveria ter
de arrendamento com a APIE; sido celebrado um segundo contrato sobre o mesmo objecto.
• não ficou provado que os apelados falsificaram documentos visando Assim sendo, o segundo contrato, entre a APIE e o réu Aurélio
a celebração do negócio de cessão de posição contratual; Manuel Augusto de Sousa, assinado por este no dia 02 de Maio de 1996,
• o contrato entre a APIE e o R. Aurélio Manuel Augusto de Sousa é nulo, porque o seu objecto era legalmente impossível, como dispõe o
nasceu autonomamente e nem podia resultar de cessão de posição artigo 280.º, n.º 1, do C. Civil.
contratual porque nunca existiu contrato entre a APIE e o apelado. Pelo exposto, declaram improcedente o recurso e declaram nulo o
O apelado contra-alegou, apresentando nas suas conclusões, contrato de arrendamento celebrado entre a Administração do Parque
essencialmente, os argumentos constantes da sua petição inicial. Imobiliário do Estado – APIE e o réu Aurélio Manuel Augusto de
Cumpre agora apreciar e decidir.
Sousa, nos termos do artigo 280.º, n.º 1, do C. Civil, e reconhecem ao
Da apreciação dos autos se constata que inicialmente foi interposto
apelado, Abdurremane Matiria Machon, o direito de arrendamento sobre
recurso de agravo sobre o despacho que fixara os efeitos do recurso de
o imóvel sito na Cidade de Maputo, Avenida Zedequias Manganhela,
apelação. Tendo já sido apresentadas as alegações sobre a questão de
n.º 591, 1.º andar, flat. 10.
fundo e estando este Tribunal em condições de tomar decisão imediata
Custas pelos recorrentes.
sobre tal questão, fica prejudicada a apreciação do recurso de agravo.
A questão de fundo que urge apreciar é determinar qual dos contratos Maputo, 8 de Agosto de 2011. — Ass.) Adelino Muchanga e Luís
celebrados com a APIE deve prevalecer. Filipe Sacramento.
Para decidir sobre a questão controvertida, há que começar por Está conforme.
indagar da validade ou não do primeiro contrato, para depois se proceder Maputo, 8 de Agosto de 2011. — A Secretária Judicial Int.ª, (Graciete
ao mesmo exercício em relação ao segundo contrato. Vasco.)
20 DE MARÇO DE 2015 803
Processo n.º 134/08 Com efeito, correu termos no tribunal judicial da Cidade da Matola
ACÓRDÃO um processo de despejo em que é Autor Sebastião Raimundo Alfeu
Macamo e Ré Leia Lucas Beúla, processo este que veio a ser decidiu
Acordam, em Conferência, na 1.ª Secção Cível do Tribunal Supremo, a favor do Autor por Revelia da Ré.
nos autos de apelação acima identificados, em que é apelante a SODIAL –
Não obstante, a Ré veio a recorrer da decisão da primeira instancia,
Sociedade de Distribuição Alimentar, Lda. e apelada a CIM – Companhia
tendo o tribunal ad quem confirmado o veredicto do tribunal a quo, fls.
Industrial da Matola, S.A.R.L., em subscrever a exposição de fls. 150 por
78 a 79.
consequência, em declarar válida a transacção e, como resultar, julgar
Conforme se pode aferir a fls. 86 do processo principal, do acórdão
extinta a instância, em conformidade com o disposto pelos artigos 300.ª,
n.º 3 e 287.º, al. d), ambos do C.P.Civil e conjugados. proferido pelo tribunal de segunda instancia a recorrente Leia Lucas
Custas pela recorrente, de acordo com o estabelecido na cláusula Beúla, foi notificada no dia 17 de Novembro de 2005 e dele não interpôs
segunda da transacção. nenhum recurso, deixando deste modo, que a decisão formasse o caso
Maputo, 22 de Agosto de 2011. julgado.
Está conforme. Decorridos aproximadamente cinco anos ou seja em 2010 é que o
Maputo, 22 de Agosto de 2011. — A Secretária Judicial, Ilegível. Digno agente do MP.° veio requerer a anulação da sentença proferida
em primeira instância.
Como é consabido, o mecanismo extraordinário de anulação de
Exposição
sentenças manifestamente injustas ou ilegais, estabelecido na alínea b)
Nos presentes autos de apelação, como prévia, suscita-se uma do n.° 3 do art. 17 da Lei n.° 22/2007, de 1 de Agosto, só é admissível
questão de natureza jurídico – processual relacionada com a existência nas situações em que tenham sido esgotados os recursos cabíveis à
de transacção, a qual, por obstar ao prosseguimento da lide, importa decisão impugnada, uma vez que o seu uso implica a desconstituiçao
passar a analisar de imediato.. do caso julgado.
Como se alcança de fls. 147 e 148, os litigantes vieram fazer juntar aos Por outras palavras, a admissão do mecanismo extraordinário,
autos o acordo de transacção, a que chegaram, o qual, por obedecer ao com espeque nos argumentos fundados em ilegalidade e injustiça da
requisito de forma estabelecido pelo n.º 1 do artigo 300.º, do C.P.Civil, sentença, só é possível nas situações em que tenham sido esgotados
exige que se proceda ao competente exame. todos os meios ordinários de tutela jurisdicional do interesse em causa,
Atento o objecto e a qualidade das partes naquele interveniente, é o que não é o caso.
de concluir pela validade da transacção, motivo pelo qual a mesma é de Na verdade, a recorrente Leia Lucas Beúla interpôs recurso da decisão
homologar e, por consequência, é de julgar extinta a instância, nos termos da primeira instância, para o Tribunal Judicial da Província de Maputo,
do preceituado pelos artigos 300.º, n.º 3 e 287.º al. d), ambos do Código a qual por acórdão de 18 de Outubro de 2005 confirmou o veredicto do
suprs mencionado e conjugados, o que importa seja feito em Conferência. tribunal a quo, porém, contra esta decisão a Ré já não reagiu.
Colha-se o visto do Venerando Juiz Conselheiro Adjunto e inscreva- Ora, não tendo a Ré recorrido do acórdão que confirmou a decisão do
-se em tabela. juiz da primeira instância, significa que com ela se conformou.
Maputo, 19 de Agosto de 2011. Como se infere do n.° 2 do art. 681 do CPCiv., a consequência daí
Está conforme. resultante é a de que Ré não pode usar de outros mecanismos processuais
Maputo, 22 de Agosto de 2011. — A Secretária Judicial, Ilegível. extraordinários para obter a modificação da decisão de que não recorreu,
quando ainda tinha meios processuais à sua disposição para atacá-la.
Com efeito, a Lei não permite que a inércia voluntária da ré
Processo n.º 30/11 (Anulação de Sentença) condenada ou do MP° em fazer actuar os meios ordinários de defesa dos
Requerente: Ministério Público interesses postos em crise, seja compensada pela atribuição de meios
Requerida: 1.ª Secção Cível do Tribunal Judicial da Cidade da Matola extraordinários de recurso.
Por outro lado, tendo em conta as repercussões nefastas na esfera de
ACÓRDÃO
direitos dos cidadãos que derivam de uma anulação de uma sentença, não
Acordam, em Conferência, na Secção Cível do Tribunal Supremo, há dúvidas que o mecanismo extraordinário de anulação de sentenças
nos autos de anulação de sentença n.º 192/10, em que é requerente o manifestamente ilegais ou injustas tem sempre carácter urgente.
Vice-Procurador Geral da República e requerida a 1.ª Secção do Tribunal Não se percebe por isso, como é que a recorrente só veio requerer
Judicial da Cidade da Matola, em subscrever a exposição de fls. 15 e
o desencadeamento deste mecanismo, decorridos quatro anos após a
16, por consequência, em negar provimento ao recurso, porquanto,
como se infere do n.º 2 do artigo 681.º, do C.P.Civil, o mecanismo decisão da segunda instância.
extraordinário de anulação de sentenças manifestamente injustas eou Mesmo que fosse acolhido o requerimento do Ministério Público,
ilegais, estabelecido na alínea b) do n.º 3 do artigo 17 da Lei n.º 22/2007, tendo em conta o tempo decorrido, qualquer decisão anulatória poria
de 1 de Agosto, não é admissível nos casos em que as partes, devido à sempre em causa a certeza dos direitos já constituídos e eventualmente
sua inércia, não tenham recorrido tempestivamente das decisões de que consolidados, por força do caso julgado.
tenham sido notificadas. O Ministério Público, no seu requerimento, alega que a ré adquiriu o
Sem custas. imóvel em disputa. Ora, a decisão cuja anulação se requer não constitui
Maputo, 22 de Agosto de 2011. — Ass.) Adelino Muchanga e Luís
caso julgado sobre a propriedade do imóvel, não estando por isso afastada
Filipe Sacramento.
a possibilidade da ré, usando dos mecanismos processuais adequados,
Está conforme.
Maputo, 22 de Agosto de 2011. — A Secretária Judicial Int.ª, fazer faler o pretenso direito de propriedade.
(Graciete Vasco.) Do que se disse acima resulta com clareza que, não estando reunidos
EXPOSIÇÃO os requisitos para se conhecer do pedido formulado, nega-se provimento
ao presente recurso.
Nos presentes autos de recurso, em que é requerente o Excelentíssimo
Senhor Vice-Procurador Geral da República, suscita-se uma questão Colha-se o visto do Venerando Juíz Conselheiro Adjunto
prévia de natureza processual que importa desde já que passemos a e, seguidamente, inscreva-se em tabela.
analisar e decidir. Maputo, 16 de Agosto de 2011. — Ass.) Adelino Muchanga.
804 III SÉRIE — NÚMERO 23
Código de Processo Civil, em que a declaração do efeito devolutivo é Atente-se no que a seguir se demonstra, a propósito, para além do
imperativa, o juiz não pode declarar este efeito sem que tal seja requerido que acima deixamos expresso sobre as irregularidades da mesma decisão
pela parte vencedora, como disposto no artigo 693, n.º 1, do mesmo judicial:
código processual. O meritíssimo juiz a quo começa por reconhecer que o negócio não
Posto isso, cabe-nos agora determinar, de acordo com os factos em obedeceu à forma prescrita na lei; que o negócio da compra e venda de
presença, a natureza da relação jurídica estabelecida entre as partes e, imóveis só é válido se for celebrado por escritura pública e que no caso
em função disso, decidir se relevam ou não os efeitos que, com a acção, tal não se verifica, mas depois conclui pela inexistência de nulidade
o apelado pretendia obter. (folhas 34).
Dos autos resultou provado, por assentimento das partes e para o que Reconhece que o acordo entre as partes foi verbal e que, portanto, não
à causa interessa, o seguinte: existiu nenhum contrato-promessa; mas, em flagrante contradição com
• as partes firmaram um acordo verbal de compra e venda do imóvel a sua própria tese, acaba por concluir que o contrato de compra e venda
foi celebrado nos termos do disposto no artigo 874, do CC.
em questão, onde se situa um estabelecimento comercial, tendo sido
E, ignorando que se está perante um caso de contrato nulo, por mera
estipulado, como preço da venda, o valor de 3.000.000,00Mt
observância da forma prescrita na lei e não de mera legitimidade do
• nos termos desse acordo, o apelado pagou, em prestações, um total
vendedor – pois já o considerara legítimo, a folhas 33, in fine – conclui,
de 2.500.000,00Mt, tendo desistido do pagamento dos remanescentes
contra a lei, e sem fundamento algum, que outra solução do presente
500.000,00Mt, quando na iminência de os entregar ao apelante, se conflito passa pela aplicação do disposto pelo artigo 897, nºs 1 e 2 ou
desentendeu com este; 898, todos do C.C.
• o imóvel em disputa não é propriedade do apelante, pois pertence Na parte decisória e à margem da lei, condena o apelante à restituição
à empresa Nobre’s Group, de que aquele é sócio gerente; dos valores percebidos no prazo de oito dias, findo o qual validar-se-á
O tribunal recorrido condenou o apelante na … restituição dos o negócio e consequente entrega judicial do imóvel.
valores percebidos no prazo de oito dias, findo o qual validar-se-á o Ante a flagrante violação das disposições legais mencionadas ao
negócio em apreço e consequente entrega judicial do imóvel (sic). Fê- longo desta nossa exposição, é forçoso que, nesta instância, se proceda
lo invocando o disposto no artigo 897, do Código Civil; e, citando o à revogação da sentença por esta se mostrar manifestamente ilegal,
disposto no artigo 899, do mesmo Código, condenou-o na indemnização substituindo-a por outra decisão.
de 2.000.000,00MT a título de danos sofridos e lucros cessantes. IV. Como já fundamentado, o negócio celebrado entre as partes é
Analisando: nulo por inobservância da forma prescrita na lei - artigos 875 e 294, do
I. Dispõe o artigo 410, do Código Civil, que a promessa relativa Código Civil.
à celebração de contrato para o qual a lei exija documento, só vale se Ainda que não tivesse sido invocada, a nulidade sempre seria
constar de documento assinado pelos promitentes. declarada por ser de conhecimento oficioso - artigo 286, do Código Civil.
Provado que o objecto do negócio é um imóvel e sabido que o Por consequência, deverá ser restituído tudo o que tiver sido prestado
contrato de compra e venda de bens imóveis só é válido se for celebrado – artigo 289, n.º 1, do Código Civil.
por escritura pública – artigo 875, do Código Civil – necessariamente, Não será conhecido o pedido de indemnização formulado pelo
tem-se o acordo verbal firmado entre as partes como inválido. apelado, quer porque se trata de um negócio declarado nulo e, portanto,
sem efeitos jurídicos, quer porque, a existir outra causa que legalmente
E, como os negócios celebrados contra disposição imperativa da lei
o pudesse justificar, tal não se mostra fundamentado; acresce dizer que,
são nulos (a não ser que da lei resulte outra solução), de acordo com o
ainda que por mera hipótese a indemnização fosse admissível, impunha-
disposto no artigo 294, do Código Civil, não se vê com que argumento
se que o apelado se dignasse apresentar os fundamentos conducentes ao
pretenderá o apelado e, também, o meritíssimo juiz a quo, que aquele
cálculo do montante da indemnização exigida.
negócio produza algum efeito.
V. Pelos fundamentos de direito aqui expostos, os juízes da Secção
II. Entendeu, o juiz da causa que se tratava de situação de venda de Cível do Tribunal Supremo, reunidos em conferência, acordam em:
bens alheios, provavelmente porque na sua contestação o réu, apelante,
a) revogar a sentença recorrida;
teria referido que a casa não era sua pertença, mas da empresa de que
b) declarar a nulidade do negócio verbal celebrado entre as partes;
ele é sócio-gerente. c) condenar o apelante à restituição do valor de 2.500.000,00MT (dois
Mas, a convalidação de um contrato de compra e venda pressupõe a milhões e quinhentos mil meticais), a favor do apelado.
existência de um contrato celebrado com observância dos requisitos de Custas pelo apelante, na proporção de vencido.
forma prescritos na lei, e cuja nulidade advém do facto de o vendedor Tribunal Supremo, em Maputo, 3 de Agosto de 2011. — Ass.) Mário
carecer de legitimidade por se tratar de bens que não constituem (ou, Mangaze e Luís Filipe Sacramento.
ainda não constituem) propriedade sua. Está conforme.
Diferente é a situação que os autos reportam, em que a nulidade Maputo, 3 de Agosto de 2011. — A Secretária Judicial Int.ª, (Graciete
advém, antes do mais, da absoluta falta de observância da forma prescrita Vasco.)
na lei.
Além disso, importa referir que a convalidação consiste, em primeiro Processo n.º 76/10
lugar, na aquisição da coisa pelo vendedor ilegítimo, junto do dono, que ACÓRDÃO
não é parte na compra e venda nula, e, só depois, é que se segue o segundo
momento, que é o da transmissão da mesma coisa ao comprador de boa fé. Acordam, em Conferência, na 1.ª Secção Cível do Tribunal Supremo:
Como tal, a obrigação de sanar a nulidade da venda, que aqui Zelma Graciete Retagi de Vasconcelos, maior, residente na cidade de
dá pelo nome de convalidação, não se confunde, como pretendeu o Maputo, veio intentar, junto da 5.ª Secção do Tribunal Judicial da Cidade
meritíssimo juiz a quo, com a mera validação compulsiva do contrato de Maputo, uma acção declarativa de condenação com processo sumário
nulo pelo tribunal; tanto assim é que, como o dissemos acima, o legítimo contra Mahamad Bassir Mahamad Ibraimo, Momad Altaf Mahamad
proprietário da coisa não pode ser obrigado a aceitar a venda, por não Bassir e Mahamad Kayum Mahomed Bassir, todos maiores e residentes
ser parte no negócio que envolve o vendedor (ilegítimo) e o comprador. na cidade de Maputo, tendo por base os fundamentos constantes da
III. A douta sentença encerra consigo diversas contradições, petição inicial de fls. 6 e 7 dos autos.
denuncia uma assinalável falta de coerência e é demonstrativa de graves Citados os réus, apresentaram a sua contestação nos termos descritos
deficiências na aplicação do direito. a fls. 8 a 16 dos autos.
806 III SÉRIE — NÚMERO 23
A autora responde à matéria da contestação, conforme consta de fls. Ora, admitindo que a dívida, objecto da presente controvérsia, se
16 a 18 e juntou os documentos de fls. 19 a 31. relaciona com a segunda cotação, correspondente ao montante de
Seguidamente foi proferido despacho saneador, onde se organizou USD1.700 e que a diferença verificada entre este valor e o reclamado
a especificação e o questionário, como se pode constatar de fls. 32 e 33. pela recorrente corresponde, efectivamente, às despesas administrativas
A autora reclamou do questionário, no que foi desatendida através e judiciais, incumbia à agravante o ónus de fazer prova deste facto, por
do despacho de fls. 41. força do disposto pelo n.º 1, do artigo 342.º, do C.P.Civil.
É do referenciado despacho que traz o presente agravo, em cujas Não tendo trilhado por este caminho e atento que os recorridos
alegações conclui que: recusam que o valor constante da aludida cotação tenha sido acordado
• a matéria constante dos quesitos 1), 2), 3), 4), 5) e 6) encontram-se entre as partes e antes fixado unilateralmente pela recorrente, resulta
devidamente comprovada nos termos do disposto pelos artigos 342.º e claro que se está perante matéria controvertida que, como tal. Deve
362.º, ambos do C.Civil, pelo que devia constar da especificação; constar do questionário, a fim de se sobre ela se produzir a necessária
• o juiz da causa remeteu tal matéria para o questionário ignorando prova, em sede de julgamento.
a existência de duas provas, designadamente, as cotações n.ºs 13/05/ Relativamente ao quesito 2, reputa-se demonstrado que o réu
CES/2003 e 15/05/CES/2003 e a nota emitida pela Procuradoria da Mahomed Bassir Mahamad Bassir sempre recusou a existência da
República, as quais, à luz das citadas disposições legais constituem dívida de USD15.000, em termos que não deixam qualquer dúvida,
prova suficiente para a resolução da causa, nos termos do artigo 376.º reconhecendo apenas, conforme se colhe da sua contestação de fls. 43 a
do C.Civil; 49, o valor de USD5.000, acrescido de 17%, a título de IVA, o que perfaz
• nesta conformidade, os documentos de fls. 27 e 32 comprovam o USD5.850, constante da cotação de fls. 38, como o montante acordado
conteúdo do quesito 1); com a agravante, a título de honorários pelo patrocínio judiciário.
• o documento reproduzido a fls. 68 contraria a afirmação vertida no Assim sendo, melhor ficaria que este quesito integrasse a especificação
quesito 3) e constitui prova de que o mandato conferido à recorrente foi e não o questionário.
por si integralmente cumprido; No concernente ao quesito 3, entende-se que a recorrente não impugna
• o alegado abandono do patrocínio pela recorrente surgiu em 2007, que tenha sido feita a prova de abandono do patrocínio judiciário por
quando agravante intentou a acção judicial para cobrar os honorários a sua parte, antes sustenta que quem primeiro abandonou o caso foram
que tem direito pela assistência prestada; os recorrido, ao tomarem conhecimento do encerramento do processo
• o documento de fls. 7 comprova, pelo contrário, que quem de expulsão e emissão dos respectivos B.I.s nacionais e a consequente
abandonou a assistência jurídica foram os recorridos ao tomarem necessidade de pagarem os serviços prestados.
conhecimento do encerramento do processo de expulsão e autorização Todavia, não se lobriga que tal facto (o abandono do patrocínio por
para a emissão dos respectivos B.I.s nacionais e consequente necessidade parte dos recorridos) tenha sido alegado e provado pela recorrente, nos
de pagarem os serviços prestados pela recorrente; seus articulados, como se impunha por força da lei, para que dele o juiz da
• por seu turno, o documento reproduzido a fls. 8 comprova o versado causa tivesse tomado conhecimento no seu despacho, pelo que se mostra
nos itens 4) e 6), e o documento reproduzido a fls. 9 é prova vertida no de todo irrelevante a invocação de tal argumento em sede de recurso.
item 5); Pelo contrário, ficou demonstrado pelo documento de fls. 40 que
• o juiz da causa devia ter tomado em consideração os serviços a recorrente comunicou aos recorridos que dava por findo os serviços
adicionais que a recorrente teve de prestar aos recorridos e o consequente de patrocínio judiciário, em virtude de recusarem honrar os seus
decurso do tempo, factores elencados no documento de fls. 8 e 9, cujo compromissos. Mas ainda assim, por esclarecer fica a questão de saber se
corolário é o conteúdo de fls. 38 e 39 dos autos; ao tempo do abandono do mandato, a recorrente tinha ou não concluído
• a agravante apresentou todas as provas documentais respeitantes os seus trabalhos, e ante a dúvida que razoavelmente se ergue a este
à matéria dos quesitos e por força do preceituado pelo artigo 376.º respeito, resulta evidente que bem andou o juiz da causa ao remeter
do C.Civil não existe necessidade de que a matéria em apreço, que esta matéria parta o questionário, a fim de, em sede de julgamento, se
é exclusivamente de direito, seja provada em sede de julgamento. obterem os necessários esclarecimentos.
Termina, pedindo que seja declarada a nulidade do despacho de Não se pode considerar provado o cumprimento integral do mandato
fls. 95 e, por consequência, a acção seja julgada procedente e provada, por parte da requerente simplesmente com base no documento de fls. 30
seguindo-se os seus ulteriores termos, previstos pelos artigos 821.º dos autos, passado pela Procuradoria Geral da República, porquanto,
e 833.º, ambos do C.P.Civil. o mesmo não foi emitido com esse propósito e, por conseguinte, ainda
Os agravados não contraminutaram. que do seu teor resulte que foi por aquela instituição tratada a matéria
compreendida no âmbito do mandato conferido à recorrente, não se pode
Colhidos os vistos legais, cumpre agora passar a apreciar e decidir.
concluir a prior o cumprimento integral do dito mandato, na ausência de
Como fluí das conclusões das alegações apresentadas pela recorrente,
outros elementos de prova que abonem nesse sentido.
a questão a resolver no presente recurso consiste em saber se a matéria E, designadamente, o instrumento idóneo que corporiza o mandato,
quesitada ficou devidamente provada nos autos e, como tal, deveria ter no qual se encontram vazados entre outros, o conteúdo e extensão do
sido remetida para a especificação, ou se, pelo contrário, careceria de mandato, por forma a aquilatar, com base nos elementos que a requerente
ser provada em sede de julgamento, segundo entendimento perfilhado ora apresenta como prova, o bem fundado dos seus argumentos.
pelo juiz da causa. Mas, seja como for, a alegação é claramente contrariada pelos
Passando a analisar quesito por quesito: recorridos a fls. 35, quando condicionam o pagamento do remanescente
Quanto ao quesito 1, salvo o devido respeito, não se colhe das valor dos honorários à conclusão do diferendo que ainda está em curso,
cotações constantes de fls. 38 e 39 dos autos que o valor acordado entre donde se pode inferir que o mandato conferido à recorrente ainda não
as partes litigantes, a título de honorários, fosse de USD15.000, como havia sido concluído, pelo menos assim o entendem os recorridos, razão
pretende a recorrente. Tudo quanto se prova é a existência de duas pela qual, sendo matéria controvertida, não se vê como não inclui-la no
cotações: uma, a de fls. 38, relativa à assistência jurídica referente à questionário.
regularização dos DIRES, no montante de USD850 e outra, de fls. 39, no Quanto ao quesito 4, trata-se evidentemente de matéria controvertida
montante de USD11.700, concernente à assistência jurídica respeitante ante a qual se impõe reconhecer que assiste razão ao juiz ao consigná-la
ao reaver dos DIRES, ao processo-crime (PIC e MP), ao processo de no questionário; de facto, enquanto os recorridos aceitam que, por acordo
expulsão por emigração clandestina (PGR) e ao processo de expulsão verbal, foi fixado, a título de honorários, o valor de USD5.000 acrescido
por outros motivos. de 17% de IVA, totalizando USD5.850, fls. 38, a recorrente sustenta
20 DE MARÇO DE 2015 807
que a superveniente extensão dos trabalhos inicialmente previstos e • por força do contrato, a R. tinha a obrigação de manter e restituir o
acordados com os recorridos, levou à emissão da nova cotação, fls. 39, imóvel no estado em que o recebeu, pelo que, não o tendo feito, constitui-
com os inerentes honorários que fixou em USD11.700, alem das despesas se na obrigação de indemnizar o A. pelos danos causados.
administrativas e judiciais. Arrolou testemunhas e juntou documentos de prova de fls. 4 a 23.
No relativo ao quesito 5, a questão está intimamente relacionada Citada para contestar, a R. começou por alegar questão prévia da falta
com a anterior. A provar-se que o acordo inicial sobre os valores dos de constituição de Advogado, por entender que o Advogado Estagiário
honorários foi o aludido no quesito 4, haverá de se fazer prova de que o que patrocinava os interesses do A. não se encontrava no terceiro período
valor de USD11.700, constante da cotação de fls. 39 foi unilateralmente de estágio, o que constituía condição para a sua intervenção, nos termos
fixado pela recorrente e, portanto, sem o consentimento ou anuência do artigo 118.º da Lei n.º 7/94, de 14 de Setembro. Na sua contestação
dos recorridos. Não se tendo produzido prova sobre tal matéria, a R. alegou igualmente, em síntese, que:
é inquestionável que deve ser remetida ao questionário, tal como • os danos no imóvel e seu recheio resultaram de um desgaste normal
judiciosamente decidiu o magistrado recorrido. durante os oito anos de vigência do contrato, e não de uso indevido ou
No tocante ao quesito 6, embora se entenda que este quesito devia imprudente;
anteceder o anterior, a verdade é que o alegado quanto à actuação • o A. juntou documentos que não reúnem requisitos fiscais exigidos
contrária à lei e ao contrato de assistência jurídica por parte da recorrente, legalmente;
• a responsabilidade pela manutenção normal do imóvel era do A. e
constitui matéria que necessita de ser provada por quem alegou, em
este nada fez durante os anos de vigência do contrato;
sede de julgamento, justificando-se assim plenamente a sua inclusão
• não aceita os montantes exigidos pelo A. por não serem
no questionário.
correspondentes à reparação dos danos apurados durante o inventário
Conclui-se assim que, com a excepção do quesito 2, o qual deve
subsequente à cessação do contrato e por respeitarem a equipamentos
ser remetido para a especificação, todos os restantes, por se tratar de que se desgastam com o tempo, como são os casos de cortinas e colchão.
matéria controvertida e, como tal, carecida de prova, deve constar Na sequência de vários actos processuais, foi produzido o Acórdão
necessariamente do questionário, no que merece a nossa concordância de fls. 136 a 138, nos termos do qual:
a decisão do juiz recorrido. • ficou provado que o A. contratou uma empresa para obras
Nestes termos e pelo exposto, negam provimento ao recurso e mantêm de montagem de vidros, colagem de parquet, colocação de redes
o decidido pela primeira instância quanto aos quesitos três, quatro, cinco mosquiteiras, colocação de portas de armários (portas estas que
e seis e revogam o despacho proferido pela instância recorrida no relativo não existiam anteriormente à celebração do contrato), colocação de
ao quesito 2, cuja matéria deve passar a integrar a especificação. isolamento para impedir infiltração de águas;
Custas pela agravante, na proporção de vencido. • ficou parcialmente provado que as obras realizadas pelo A. foram
Maputo, aos 8 de Agosto de 2011. — Ass.) Luís Filipe Sacramento decorrentes da falta de manutenção e mau uso do referido imóvel,
e Adelino Muchanga. na medida em que, independentemente do fim a que se referia o
Está conforme. arrendamento (habitação ou escritório), no mesmo era visível que,
Maputo, 8 de Agosto de 2011. — A Secretária Judicial Int.ª, (Graciete apenas a sala servia de escritório, os dois quartos para funcionários do
Vasco. R. dormirem e o terceiro quarto servia de armazém. No quarto que servia
de armazém era notório restos de tinta, lixa e outro material espalhados
e a garagem era usada como oficina para a realização de trabalhos de
Processo n.º 56/2011 soldadura, onde era visível restos de ferros espalhados;
Recorrente: Henriques José Henriques • ficou provado parcialmente que a descolagem do parquet da
sala, junto à parede da casa de banho, resultou de uma infiltração da
Recorrida: Facilities Management, Lda
canalização;
• ficou provado parcialmente que o tecto da garagem tinha problemas
ACÓRDÃO
de infiltração de água;
Acordam, em Conferência, na Secção Cível do Tribunal Supremo: • ficou provado que à data da entrega do imóvel ao A., o mesmo
não se encontrava em condições de habitabilidade, pois as janelas não
Veio Henriques José Henriques, junto do Tribunal Judicial da
tinham vidros e redes, o parquet descolado, sem lâmpadas e que o único
Província de Sofala, intentar uma acção declarativa de condenação no
compartimento que se encontrava em condições era o sanitário. Foi
pagamento de indemnização, com processo ordinário, contra Facilities
a empresa contratada pelo A. que garantiu, trabalhando, inclusive, aos
Management, Lda. (FLM).
fins de semana, as condições de habitabilidade. Até a data da entrega, o
Em sustentação do seu pedido, o A. invocou, em suma, que: imóvel era habitado pelo Eng.º Zefanias Sidónio Xerinda e seu colega;
• com efeitos a partir de 1 de Abril de 1999, celebrou com a R. um • ficou provado que os bens cujos pagamentos são exigidos pelo A.
contrato de arrendamento sobre um prédio urbano situado na Cidade da não eram novos, embora se encontrassem em boas condições;
Beira, Bairro de Macuti, Avenida Mártires da Revolução, n.º 2436, 1.º • ficou provado parcialmente que apenas as cortinas deterioraram-se
andar, tendo sido convencionada a renda mensal de 4.500,00Mt (quatro ao longo dos oito anos.
mil e quinhentos meticais) e mais tarde actualizada para 7.000,00MT Por sentença de fls. 138 a 140, o tribunal declarou nulo o contrato
(sete mil meticais); de arrendamento entre A. e R. , por não ter sido celebrado por escritura
• na data da entrega do imóvel, durante a vistoria efectuada pelas pública, forma exigida para arrendamentos para comércio e indústria,
partes, no dia 2 de Abril de 2008, constatou-se que o imóvel não reunia nos termos do artigo 10, n.º 1, al. b), do Decreto n.º 43525, de 7 de
condições de habitabilidade; Março de 1961 (Lei do Inquilinato). O Tribunal considerou ainda, como
• a R. comprometeu-se a mandar reparar o imóvel e respectivo recheio, consequência da declaração de nulidade, prejudicada e sem interesse
substituindo aqueles cuja reparação se mostrasse inviável; a apreciação do alegado pelas partes.
• a R. não realizou as reparações prometidas e, apesar da interpelação, Inconformado com a decisão tomada, o A. interpôs recurso, que foi
manteve-se em silêncio; admitido como de apelação e com efeitos imediatos.
• o A., por sua iniciativa, contratou uma empresa para executar Nas alegações de recurso, o apelante diz, em suma que:
as obras de reparação e posteriormente exigiu da R. o reembolso do • uma das obrigações decorrentes do contrato era de, no fim do
montante gasto, mas esta se recusou a fazê-lo; contrato, proceder à devolução do imóvel objecto do contrato, em boas
• para as reparações e substituições, o A. gastou 129.763,30MT (cento condições de habitabilidade, ou seja, em bom estado de conservação
e vinte e nove mil, setecentos e sessenta e três meticais e trinta centavos); e funcionamento, no que tange à pintura interior, estado das casas de
808 III SÉRIE — NÚMERO 23
banho, o sistema de água e de esgotos, a rede mosquiteira e das portas Diferente é a situação quando se trate de nulidade pois esta, por se
e janelas, bem como todo o mobiliário descrito na lista nominal anexa fundar em razões de interesse público, é de conhecimento oficioso, como
ao contrato; claramente se alcança do disposto no artigo 286.º do C. Civil.
• deveria o Juiz, com base no acórdão de fls. 136 e 137, conhecer do Quanto à aplicação do Decreto n.º 24/06, de 23 de Agosto, que
pedido; o tribunal não o fez alegando que o contrato de arrendamento alterou a redacção do artigo 10.º do Decreto n.º 43525, de 7 Março de
para exercício do comércio ou indústria devia ser celebrado por escritura 1961 (retirando a exigência de escritura pública), também não devem
pública; existir dúvidas que este apenas visa contratos celebrados depois da sua
• o Decreto n.º 24/2006, de 23 de Agosto, afastou a exigência de entrada em vigor. O Decreto em questão não tem carácter interpretativo.
É uma lei nova que, nos termos do n.º 2 do artigo 12.º do C. Civil deve
escritura pública na celebração de contratos de arrendamento para
visar factos novos.
indústria e comércio; ou seja, o artigo 10 do Decreto n.º 43525, de 7
As condições de validade formal devem sempre ser aferidas à luz da
de Março de 1961, com a nova redacção que lhe foi dada pelo artigo 1
lei vigente no momento da celebração do negócio. A entrada em vigor
do Decreto n.º 24/2006, de 23 de Agosto, admite que os contratos de
duma nova lei, retirando alguns dos requisitos de validade formal dum
arrendamento para comércio e indústria sejam celebrados por documento negócio, não torna válidos os negócios jurídicos nulos à luz da lei do
particular; momento da celebração.
• porquanto o contrato de arrendamento renovava-se de 12 em 12 No caso em reapreciação, se o contrato de arrendamento fosse nulo
meses, resulta que todas as renovações posteriores à entrada em vigor por inobservância de forma, não se tornaria válido só porque o Decreto
do Decreto n.º 24/2006, de 23 de Agosto, não careciam da forma legal n.º 24/06, de 23 de Agosto, veio retirar a exigência de escritura pública.
anteriormente exigida; ou seja, por cada renovação, o contrato se Nem se pode dizer que as renovações correspondem a novos contratos.
revalidava sem necessidade de mais formalidades; Aliás, não se poderia renovar validamente um negócio, ab initio, nulo.
• ainda que o Decreto n.º 24/06, de 23 de Agosto, não fosse aplicável, Agora sim, olhemos para a questão da nulidade do contrato de
o Juíz poderia ter decretado a conversão do negócio, nos termos do arrendamento.
artigo 293.º do C. Civil; O tribunal “a quo” declarou nulo o contrato de arrendamento entre
• o Juiz deixou de se pronunciar sobre questões que devia apreciar e apelante e apelada, por não ter sido reduzido a escritura pública, como
conheceu de questões de que não podia. determinava o artigo 10.º, al. b), do Decreto n.º Decreto n.º 43525, de
A apelada contra-alegou, dizendo em suma que: 7 Março de 1961.
• o contrato estava efectivamente inquinado de vício de nulidade; Nos termos da referida disposição, deviam ser reduzidos a escritura
• a renovação do contrato não implicou, em momento algum, a pública os arrendamentos para comércio ou indústria. Está claro que
elaboração de novo documento, à excepção da adenda de alteração do o fim do arrendamento (comércio ou indústria) é que determinava a
montante da renda mensal; assim, o negócio jurídico então constituído sujeição à forma de escritura pública. A exigência de escritura pública
e sucessivamente renovado, permaneceu o mesmo, sendo a lei aplicável para arrendamento para comércio ou indústria foi mantida no Código
a vigente no momento da celebração do contrato; de Notariado vigente no momento da celebração do contrato de
• o Decreto n.º 24/06, de 23 de Agosto, só é aplicável aos contratos arrendamento entre apelante e apelado (artigo 89.º, al. j) do Código
celebrados depois da sua entrada em vigor, pois a lei dispõe para o futuro; do Notariado), que antecedeu o Código aprovado pelo Decreto-Lei
• era previsível a nulidade do contrato e o artigo 293.º do C. Civil n.º 4/2006, de 23 de Agosto.
não permite que um negócio se convalide quando a lei posterior à sua O artigo 4.º do Decreto n.º 43525, que temos vindo a citar, estabelece
celebração dispense os requisitos cuja falta determinou a sua nulidade. no seu n.º 2 que considera-se convencionado para comércio ou indústria
Colhidos os vistos legais, cumpre agora apreciar e decidir. o arrendamento tomado para fins directamente relacionados com alguma
As principais questões a resolver são duas: a primeira é saber se o das actividades sujeitas à contribuição comercial ou industrial.
contrato de arrendamento celebrado entre o apelante e a apelada é ou No caso sub-judice, o contrato não especifica o fim a que se destina o
não nulo e a segunda determinar se há ou não lugar à indemnização. arrendamento. Durante a fase de articulados, não foi discutida a questão
Antes mesmo de entrar na apreciação das questões colocadas, importa da finalidade do arrendamento. Também não foi junta prova da finalidade
desde já apreciar, como prévias, algumas das questões suscitadas no do arrendamento, para se concluir que a mesma estivesse relacionada
âmbito do recurso. com actividade de comércio ou indústria, como conclui o tribunal de
O apelante, nas suas alegações, entende que, mesmo que o negócio primeira instância.
fosse nulo, o Juiz poderia ter determinado a sua conversão em negócio No Acórdão (fls. 136 e 137) consta como provado que
válido nos termos do artigo 293.º do C. Civil. Não assiste razão ao “independentemente do fim a que se referia o arrendamento (habitação ou
apelante neste aspecto, como veremos de seguida. escritório), no mesmo era visível que, apenas a sala servia de escritório,
A conversão do negócio inválido não pode ser suscitada oficiosamente os dois quartos para funcionários do R. dormirem e o terceiro quarto
pelo Tribunal, por ser de ordem particular e, por esta razão, estar no servia de armazém. No quarto que servia de armazém era notório restos
domínio da disponibilidade das partes. de tinta, lixa e outro material espalhados e a garagem era usada como
Sendo matéria que não é do conhecimento oficioso, cabia às partes oficina para a realização de trabalhos de soldadura, onde era visível restos
carrear aos autos matéria probatória que permitiria ao julgador verificar de ferros espalhados”.Consta, também, que “até a data da entrega, o
da existência ou não da vontade hipotética das partes de converter imóvel era habitado pelo Eng.º Zefanias Sidónio Xerinda e seu colega”.
o negócio. Às partes cabia demonstrar que o negócio não teria sido Pelo conteúdo do Acórdão, e do que ficou provado, não se pode
celebrado sem o vício causador da invalidade e que se tivessem previsto concluir que o imóvel foi arrendado exclusiva ou principalmente para
a invalidade teriam querido um negócio diferente. escritório. Na sentença de fls. 138 a 140 também não é indicada a
É no decorrer da acção e nos articulados normais que as partes prova usada pelo tribunal para considerar que o arrendamento era para
podem trazer a factualidade necessária para a conversão do negócio comércio (escritório).
inválido em válido, nos termos do artigo 293.º do C. Civil. E não podia Da interpretação do artigo 6.º do Decreto n.º 43525, de 7 de Março
ser doutro modo pois, excepto os casos de articulados supervenientes de 1961, se alcança que, quando os fins sejam diversos, na falta de
(artigos 506.º e 507.º, do C. P. Civil), sob pena de preclusão, os factos discriminação quanto aos vários usos para diferentes porções do imóvel
que as partes pretendem ver apreciados pelo tribunal devem ser alegados arrendado, atende-se ao regime que corresponda ao uso prevalecente.
nos articulados normais. Do Acórdão já mencionado consta que apenas a sala era usada como
Não cabia ao Juíz, portanto, tomar, ex-oficio, a iniciativa de decidir escritório (naturalmente que durante as horas normais de expediente) e
pela conversão do negócio jurídico, se efectivamente fosse nulo. dois quartos eram usados para habitação, sendo este o uso prevalecente.
20 DE MARÇO DE 2015 809
Ademais, fora das horas normais de expediente e aos fins de semana, o Desta forma, declara-se a nulidade da sentença proferida pelo tribunal
imóvel era exclusivamente usado para habitação. Conclui-se que, sendo “a quo”, nos termos do artigo 668.º, n.º 1, al. d), do C. P. Civil e vai a
o uso prevalecente do imóvel o de habitação, não era exigível escritura apelada condenada no pagamento de indemnização ao apelante, no valor
pública na celebração do contrato de arrendamento e, portanto, este não de 120.555,40Mt (cento e vinte mil, quinhentos e cinquenta e cinco
é nulo por inobservância de forma. Meticais e quarenta centavos).
O artigo 9.º da Lei do Inquilinato também estabelece como fim do Sem custas.
contrato a habitação, quando do título não resulta o fim ou fins a que se Maputo, 22 de Agosto de 2011. — Ass.) Adelino Muchanga e Luís
destina o prédio. Filipe Sacramento
Ainda que o contrato fosse nulo, a declaração de nulidade não
Está conforme.
teria como consequência considerar-se prejudicada e sem interesse a
Maputo, 22 de Agosto de 2011. — A Secretária Judicial Int.ª,
apreciação do alegado pelas partes, como conclui o tribunal de primeira
(Graciete Vasco.)
instância. Com a declaração de nulidade ficam prejudicados apenas os
direitos ou outros efeitos que pressupunham a validade do negócio.
Doutro modo, o artigo 289.º do C. Civil ficaria destituído de sentido, ao
Processo n.º 12/09
prever a obrigação de cada um restituir tudo o que tiver sido prestado.
ACÓRDÃO
A obrigação de restituir o imóvel arrendado, não pode ser encarada
com total indiferença em relação aos danos causados no mesmo. Até Acordam, em Conferência, na 1.ª Secção Cível do Tribunal Supremo,
porque, sendo o direito de propriedade sobre o imóvel oponível erga nos autos de apelação supra mencionados, em que são apelantes Astrid
omines, a obrigação de indemnizar não resultaria necessariamente da Madalen Hackenberg e David Theodories M. Overberg e apelada 3.ª
existência do contrato de arrendamento, mas da violação do dever geral Secção do Tribunal Judicial da Província de Nampula, em subscrever a
de respeito à propriedade alheia (artigo 483.º, n.º 1, do C. Civil). exposição de fls. 97 e, por consequência, em declarar deserto o recurso,
Mas nem será necessário recorrer ao regime de nulidade, por não nos termos do disposto pelos artigos 690.º, n.º 2 e 292.º, n.º 1, ambos
ser o caso. do C.P.Civil e conjugados.
Dos autos constam elementos que permitem a imediata tomada de Mais acordam em julgar extinta a instância, em conformidade com o
decisão. preceituado pela al. c), do artigo 287.º daquele mesmo Código
O n.º 2 do artigo 1043.º do C. Civil, aplicável por remissão feita pelo Custas pelos recorrentes, para o que se fixa o imposto em 500,00 MT.
n.º 1, do artigo 1.º, da Lei do Inquilinato, quanto ao estado de manutenção Maputo, 8 de Agosto de 2011. — Ass.) Luís Filipe Sacramento e
da coisa locada, estabelece que: Adelino Muchanga .
“presume-se que a coisa foi entregue ao locatário em bom estado Está conforme.
de manutenção, quando não exista documento onde as partes tenham Maputo, 8 de Agosto de 2011. — A Secretária Judicial Int.ª, (Graciete
descrito o estado dela ao tempo da entrega”. Vasco.)
No presente caso, por não ter sido descrito, por documento, o estado
do imóvel no momento da entrega à locatária, presume-se que foi
EXPOSIÇÃO
entregue em boas condições de habitabilidade, isto por um lado.
Por outro lado, nos termos do n.º 1 do Artigo 6 do Contrato de Nos presentes autos de apelação, na nota de revisão que antecede,
Arrendamento entre apelante e apelada, esta comprometeu-se a “fazer como prévia, suscita-se uma questão de natureza processual que, por
a entrega do imóvel ao primeiro outorgante no final da duração do... obstar ao conhecimento do fundo da causa, importa passar a analisar.
contrato, em boas condições de habitabilidade, nomeadamente no que Na mencionada peça processual levanta-se o problema das alegações
respeita a pintura interior, estado das casas de banho, instalações de água de recurso terem dado entrada fora do prazo cominado por lei.
e esgotos, redes das portas e janelas e todo o mobiliário descrito na lista De facto, como se extrai da certidão de fls. 78, o mandatário judicial
em anexo, em bom estado de conservação e funcionamento”. dos recorrentes, foi notificado da admissão do recurso, em 25 de Julho
Do Acórdão consta, como provado, que foram realizadas as obras 2008, começando a correr o prazo para a apresentação das respectivas
que motivam o pedido de indemnização. Consta ainda como provado alegações no dia 26 daquele mesmo mês, em conformidade com o
que “à data da entrega do imóvel ao A., o mesmo não se encontrava consignado pela al. b), do artigo 279.º do C.Civil.
em condições de habitabilidade...e que o único compartimento que se Prazo esse que tinha o seu termo em 14.08.08 (quinta-feira), de acordo
encontrava em condições era o sanitário”. com o estabelecido pelo n.º 1, do artigo 698.º, do C.P.Civil.
Por último, o Acórdão dá como provado que “apenas as cortinas Acontece, porém, que os recorrentes apenas vieram apresentar as suas
deterioraram-se ao longo dos oito anos”. Embora tenha ficado provado alegações no dia 15 de Agosto de 2008, como se alcança do termo aposto
que as portas dos armários não existiam no momento da celebração no documento de fls. 79, sem que tenha deitado mão do consignado no
do contrato, também não foi pedida qualquer indemnização relativa a n.º 5, do artigo 145.º, da lei processual civil, para lograr obter a validação
colocação de tais portas (dos armários). e eficácia do acto que se queria praticar.
Assim sendo, retirado o valor das cortinas (9.207,90MT), a apelada Assim sendo, por não restarem dúvidas que se mostram intempestivas
deve indemnizar o apelante pelos gastos incorridos para que o imóvel as alegações apresentadas, o que equivalendo a sua falta, determina a
estivesse nas condições descritas no n.º 1 do Artigo 6 do Contrato de deserção do recurso, nos termos do disposto pelos artigos 690.º, n.º 2
Arrendamento, isto é, em boas condições de habitabilidade. e 292.º, n.º 1, ambos do C.P.Civil e conjugados, em Conferência, deve
Em conclusão, o contrato de arrendamento não é nulo. Não sendo nulo, declarar a mencionada deserção e julgar-se extinta a instância, ao abrigo
o tribunal deveria ter-se pronunciado sobre o pedido de indemnização. do estatuído pela al. c), do artigo 287.º, daquele mesmo Código.
Assiste razão ao apelante quando concluiu que o tribunal deixou de Colha-se o visto do Venerando Juiz Conselheiro Adjunto e inscreva-
apreciar questões que devia apreciar (o pedido de indemnização) e se em tabela.
conheceu de questões de que não podia (nulidade). Maputo, 5 de Agosto de 2011. — Ass.) Luís Filipe Sacramento.
810 III SÉRIE — NÚMERO 23
Processo n.º 63/11 Nas suas alegações de recurso, o apelante veio dizer, em resumo, que:
ACÓRDÃO • o apelado não juntou com a petição inicial os duplicados legais,
violando, assim, o disposto pelo n.º 2 do artigo 152.º, do C.P.Civil, com
Acordam, em Conferência, na 1.ª Secção Cível do Tribunal Supremo, as alterações introduzidas pele Lei n.º 10/2002, de 12 de Março;
nos autos de apelação supra identificados, em que é apelante José • o juiz da causa só veio sanar a aludida ilegalidade no saneador
Pedro Nhassengo e apelada Maria Amone Nhamussua, em subscrever sentença, atribuindo ao apelado 5 dias para suprir aquela irregularidade;
a exposição de fls. 47 e, por consequência, em julgar deserto o recurso • e, no mesmo acto, antes de serem juntos os duplicados, o julgador da
por falta de alegações, nos termos das disposições conjugadas dos artigos primeira instância proferiu sentença, dando como provado e procedente o
690.º, n.º 1 e 292.º, n.º 1, ambos do C.P.Civil. pedido formulado pelo autor, ora apelado, por entender que os litigantes
Mais acordam, como resultado, em declarar extinta a instância, em celebraram um contrato de compra e venda de camarão, tendo por base
documentos que não provam a existência daquele contrato;
conformidade com o preceituado pela al. c), do artigo 287.º, daquele
• na realidade, o que houve foi um contrato de mútuo, o qual
mesmo Código.
obedeceu à forma prescrita por lei – cfr. artigo 1143.º do C.Civil e artigo
Custas pelo recorrente, para o que se fixa o imposto em 750,00MT. 89.º, n.º 1 do C.Notariado;
Maputo, 3 de Agosto de 2011. — Ass.) Luís Filipe Sacramento e • Não haver lugar à restituição por enriquecimento sem causa, já que
Adelino Muchanga. a lei faculta ao empobrecido outro meio de ser indemnizado – artigo
Está conforme. 474.º do C.Civil;
Maputo, 3 de Agosto de 2011. — A Secretária Judicial Int.ª, (Graciete • o caso da presente demanda cinge-se à responsabilidade contratual
Vasco.) do devedor, ora apelante e não ao regime acima referenciado.
Conclui por considerar que a sentença recorrida deve ser anulada.
O apelado não contraminutou.
Exposição
Colhidos os vistos legais, cumpre agora passar a apreciar e decidir.
Nos presentes autos de apelação, na nota de revisão que antecede, Começando por analisar a questão suscitada pelo apelante, nas
como prévia, suscita-se uma questão de natureza jurídico-processual suas alegações, relativa ao incumprimento por parte do apelado do
relacionada com a falta de alegações, que por obstar ao conhecimento determinado pelo n.º 2, do artigo 152.º do C.P.Civil, no tocante à
do fundo da causa, importa passar a analisar de imediato. obrigatoriedade de apresentação de duplicados legais. Questão esta que,
aliás, já havia sido levantada pelo réu, ora apelante, na sua contestação,
Na verdade, compulsado o processo a partir de fls. 28 apura-se que
como se alcança de fls. 16.
o requerido interpôs o competente recurso, o qual veio a ser admitido,
De acordo com o estatuído pelo n.º 3 do comando legal acima
nos termos legais. E, desse facto foi aquele devidamente notificado. referenciado, com as alterações introduzidas pelo artigo 1 da Lei
De acordo com o disposto pelo n.º 1, do artigo 698.º do C.P.Civil, com n.º 10/2002, de 12 de Março, se faltarem os duplicados legais, a petição
a redacção introduzida pelo Dec.-Lei n.º 1/2005, de 23 de Dezembro, o inicial não deixa de ser recebida pelo cartório, mas o juiz deve marcar
recorrente deveria apresentar alegações no prazo de 20 dias, contados da prazo ao autor para os apresentar, sob pena de indeferimento.
data de notificação do despacho que admitiu o recurso, o que significa que No caso em apreço, vislumbra-se que tendo sido suscitada, na
o mencionado prazo terminava em 10 de Maio de 2011, uma terça-feira. contestação, a irregularidade decorrente da falta de duplicados, os autos
E, como se constata até à data da subida dos autos, o recorrente prosseguiram até à fase do saneador, sem que tivesse havido o cuidado
não apresentou as respectivas alegações, o que determina a deserção de se mandar suprir tal irregularidade.
do recurso, nos termos do consignado pelos artigos 690.º, n.º 2 e 292.º, Como se constata de fls. 45, foi precisamente no saneador sentença
n.º 1, ambos do C.P.Civil e conjugados, o que deve ser declarado em que o juiz da causa se deu conta da existência da aludida irregularidade
Conferência. processual, tendo nesse mesmo acto judicial fixado o prazo de cinco
Colha-se o visto do Venerando Juiz Conselheiro Adjunto e inscreva- dias para que a parte faltosa a sanasse.
se em tabela. Mas, ao invés de aguardar que se mostrasse cumprido o assim
Maputo, 2 de Agosto de 2011. — Ass.) Luís Filipe Sacramento. ordenado, o juiz da causa passou, de imediato, a proferir sentença, como
se vê de fls. 45 a 48, ao arrepio do que lhe era imposto por lei, tanto
mais que a inobservância de tal decisão por parte do autor conduziria
ao indeferimento da petição.
Daí que não pudesse ser proferida sentença sem que, antes, se
Processo n.º 97/08
mostrasse sanada a irregularidade detectada.
ACÓRDÃO
Desse modo, o tribunal recorrido passou a conhecer do que lhe estava
Acordam, em conferência, na 1.ª Secção Cível do Tribunal Supremo: vedado, o que constitui nulidade principal, prevista pela al. d), do n.º 1,
Rosmin Suleman Cassamo, maior, residente na cidade da Beira, do artigo 668.º do C.P.Civil, que, no caso, não é passível de ser sanada
por via do disposto pelo artigo 715.º, daquele mesmo Código, por nos
veio intentar, junto da Secção Cível do Tribunal Judicial da Província de
autos não haver qualquer elemento de prova que ateste ter o autor, ora
Sofala, uma acção ordinária de condenação contra Eduardo Eloy Silva,
apelado, juntado os duplicados e cópias, no prazo legalmente cominado.
maior, residente naquela mesma cidade, tendo por base os fundamentos
Entretanto, dois reparos importa fazer ao juiz da primeira instância.
constantes da petição inicial de fls. 2 e 3. Juntou os documentos de fls.
O primeiro respeita ao facto de não ter atentado que a referenciada
4 a 9.
questão fora suscitada na contestação, quando na fase dos articulados,
Citado regularmente, o réu veio contestar nos moldes descritos a
proferiu o despacho designando data para a realização da audiência
fls. 16 e 17. preparatória, altura em que logo deveria ter ordenado a sanação da
No seguimento dos autos, após a realização da audiência preparatória, irregularidade levantada pelo réu.
foi proferido saneador-sentença, no qual se deu por provado e precedente O segundo, prende-se com a afirmação feita pelo juiz da causa, no
o pedido do autor e, consequentemente, se condenou o réu a pagar àquele início do saneador sentença quando diz: “ Entretanto a referida lei,
a quantia de 56.000,00MT. não estabelece um regime sancionatório gravoso, em caso de falta de
Por não se ter conformado com a decisão assim tomada, o réu junção dos tais duplicados, senão determinar que o juiz fixe um prazo
interpôs recurso, cumprindo o demais de lei, para que o mesmo pudesse para a junção dos referidos documentos, o que passo desde já a ordenar,
prosseguir. devendo se cumprir em 5 dias.”.
20 DE MARÇO DE 2015 811
Errado se mostra a ilação tirada por aquele magistrado judicial quanto • não é aplicável o n.º 4 do artigo 128 do C. Comercial, porque as
à falta de junção de duplicados e cópias, porquanto não se efectivando deliberações foram tomadas na presença dos sócios;
a sua sanação no prazo cominado pelo juiz, a lei impõe, como sanção, • é legal e de bom costume aprovar contas, aumentar o capital social
o indeferimento da petição inicial. quando a sociedade dele necessitar e eleger os titulares dos órgãos
Nestes termos e pelo exposto, declaram nula a sentença da primeira sociais;
instância, nos termos do preceituado pela al. d), do n.º 1, do artigo 668.º • os fundamentos apresentados por A., embora não correspondam
do C.P.Civil, devendo o tribunal recorrido observar escrupulosamente o a verdade, só poderiam ser enquadráveis nas alíneas a) e c) do n.º 1
fixado pelo n.º 3, do artigo 152.º, daquele mesmo Código. do artigo 143, do C. Comercial, o que implicaria a anulabilidade das
Sem custas. deliberações, e não a nulidade;
Maputo, 29 de Junho de 2011. — Ass.) Luís Filipe Sacramento e • a acção de anulação deveria ter sido intentada, e não foi, dentro de 30
Mário Mangaze. dias contados da data em que o A. teve conhecimento das deliberações,
Está conforme. tal como previsto no n.º 2 do artigo 144 do C. Comercial;
Maputo, 29 de Junho de 2011. — A Secretária Judicial Int.ª, (Graciete • a Sra. Francina foi indicada pelo tribunal para administrar os bens
Vasco.) da herança;
• a cabeça-de-casal foi eleita Presidente da Mesa da Assembleia Geral,
nos termos do artigo 129 do C. Comercial;
Processo n.º 151/2010 • o A. não prova ter sofrido prejuízos (artigo 342.º do C. Civil);
Recorrente: Lutchi Klint • não procede o pedido de nulidade com fundamento no abuso de
Recorrida: Instituto Superior Politécnico, Lda. direito, pois houve reuniões anteriores da Assembleia Geral, em que se
procedeu ao aumento do capital social, nas quais o A. foi representado
ACÓRDÃO pela cabeça-de-casal e não invocou nulidade.
Foi proferida sentença que julgou improcedentes as excepções de
Lutchi Klint intentou, junto do Tribunal Judicial da Cidade de ilegitimidade e prescrição e improcedente a acção, por não provada,
Maputo, contra o Instituto Politécnico Superior, Lda (ISP, Lda), a acção absolvendo-se a R. do pedido.
de declaração de nulidade de deliberações sociais, invoncando na sua Irresignado com a decisão proferida, o A. interpôs recurso, que foi
petição inicial (fls. 2 e ss), em suma, que: admitido como de Apelação e com efeitos suspensivos.
Cumpridas as demais formalidades legais, o A. apresentou alegações,
• é filho de Carlos Pereira Klint, que faleceu em 09.01.2003, sendo com as seguintes conclusões:
juntamente com seus três irmãos únicos herdeiros prioritários;
• o poder de administração dos bens dos herdeiros pelo cabeça-de-
• a Sra Francina Lúcia Mutemba Klint, viúva do falecido e nomeada
casal não inclui o poder de disposição dos bens. O cabeça-de-casal apenas
cabeça-de-casal, foi convocada para uma Assembleia Geral Ordinária do
deve proceder à administração dos bens e prestar contas anualmente;
ISP, Lda realizada no dia 25.02.2008, que tinha como pontos da agenda
• o cargo de cabeça-de-casal não é transmissível por morte ou em
a aprovação das contas dos exercícios de 2004, 2005 e 2006, o aumento
vida, conforme decorre do artigo 2095.º do C. Civil;
do capital social e nomeação dos órgãos sociais; • a representação dos sócios da quota indivisa, incluindo o Apelante,
• na Assembleia Geral de 25.02.2008, os sócios deliberaram por podia ser feita por outro sócio, por cônjuge, por descendente ou
unanimidade o aumento do capital social, de 20 milhões, a ser realizado, ascendente mediante apresentação de um instrumento de representação
por um lado, mediante incorporação de reservas e lucros acumulados até voluntária assinado pela cabeça-de-casal, conforme decorre do n.º 2
9 milhões de Meticais e, por outro lado, mediante entradas em dinheiro do artigo 130 do C. Comercial. Podiam também ser representados por
pelos sócios para os restantes 11 milhões de Meticais; advogado, nos termos conjugados do n.º 1 do artigo 317 e n.º 3 do artigo
• na mesma Assembleia, foi fixado um prazo de 30 dias para cada 414, todos do C. Comercial;
sócio realizar o aumento correspondente à sua participação em dinheiro, • o subestabelecimento outorgado a favor da Dra Gracinda Cumbe não
ou pronunciar-se sobre a sua indisponibilidade, caso em que os demais incluia a intervenção desta nos actos a serem praticados pela Apelada;
sócios poderiam, querendo, realizar a parte do sócio em causa; • qualquer posicionamento da Dra. Gracinda Cumbe, alegadamente
• com o aumento de 11 milhões de Meticais realizado pelos outros como representante dos herdeiros da quota indivisa é nulo e de nenhum
sócios, a quota dos herdeiros reduziu de 35% para 20%; efeito, porquanto não tinha poderes de representação, nos termos do
• o A. não foi consultado sobre o aumento do capital social, não n.º 1 do artigo 280.º do C. Civil;
foi notificado pelo cabeça-de-casal quer da convocatória quer da sua • a decisão do tribunal “a quo” deve ser anulada.
participação na Assembleia Geral; O Apelado contra-alegou, concluindo que:
• é incongruente falar de poder de disposição dos bens, assim como
• o A. teve conhecimento da situação no dia 27.10.2008;
da transmissão do poder de cabeça-de-casal;
• sofreu prejuízos, pois por causa das deliberações acima, retardou-
• a representação foi feita pelo Apelante, através do seu mandatário,
se a tomada de decisão na acção de inventário, o que impediu o A. de
que por sua vez indicou outro;
iniciar um negócio orçado em 1.907.500,00MT(um milhão, novecentos
• se, hipoteticamente, houve falta de representação que possa levar à
e sete mil e quinhentos Meticais), por falta de fundos;
nulidade, esse acto aproveitou o Apelante e o seu mandatário; invocar
• as deliberações em causa são nulas nos termos do artigo 142,
esse facto constitui abuso de direito, na modalidadevenire contra factum
alíneas b), c) e e), do C. Comercial,por falta de voto escrito do A., por proprium, nos termos do artigo 334.º do C. Civil.
contrariarem os bons costumes, porque a conduta do R. consubstancia Colhidos os vistos legais, cumpre agora apreciar e decidir.
abuso do direito e por terem sido violadas normas destinadas a tutela Que fique desde já claro que as conclusões constituem o objecto do
dos herdeiros enquanto credores da sociedade. recurso, devendo a decisão do tribunal “a quo”ser considerada caso
Terminou pedindo a declaração de nulidade das deliberações bem julgado quanto às demais matérias, nomeadamente, quanto às invocadas
como a condenação no pagamento de indemnização pelos prejuízos excepções de ilegitimidade e prescrição bem como no tocante ao pedido
sofridos, no montante de 1.907.500,00MT (um milhão, novecentos e de indemnização por danos.
sete mil e quinhentos Meticais). A principal questão decidenda no presente recurso é saber se os
O R. contestou (fls. 16 e ss), aduzindo os seguintes argumentos: herdeiros do falecido sócio, Carlos Pereira Klint, foram convocados
• o A. é parte ilegítima, por se exigir litisconsórcio, nos termos dos (e se validamente) para a Assembleia Geral da Apelada, realizada no
artigos 1405.º e 2091.º do C. Civil; dia 25.02.2008.
812 III SÉRIE — NÚMERO 23
Para responder à questão acima, importa fazer uma incursão à seguinte define a sucessão por morte como o chamamento de uma ou mais pessoas
matéria de facto considerada assente pelo tribunal de primeira instância: à titularidade das relações jurídicas patrimoniais de uma pessoa falecida e,
• após a morte de Carlos Pereira Klint, por consenso da família, foi por outro, atribui aos herdeiros o exercício conjunto dos direitos relativos
indicado o Dr. Pedro Comissário para, em representação dos herdeiros, à herança indivisa. Acresce dizer que os efeitos da aceitação da herança,
exercer as funções de Presidente da Assembleia Geral, anteriormente ainda que ocorra muito tempo depois do falecimento, “retrotraem-se
exercidas pelo de cujus; ao momento da abertura da sucessão” (n.º 2 do artigo 2050.º C. Civil).
• nos autos de Inventário Obrigatório que correm na 3ª Secção do Estando em causa uma contitularidade de participação social (neste
Tribunal Judicial da Cidade de Maputo, foi nomeada para o cargo de caso duma quota), inserta numa herança indivisa, a lei comercial
cabeça-de-casal, para administrar a herança, a Sra. Francisca Lúcia estabelece um regime especial de representação, nos artigos 130 e 296,
Mutemba Klint; ambos do C. Comercial. Basicamente, a lei preconiza que o exercício
dos direitos decorrentes da contitularidade da quota deve ser realizado
• em Maio de 2006, o Dr. Pedro Comissário foi substituido pelo Dr.
por um representante comum ou por qualquer dos contitulares.
André Paulo Cumbe, por indicação em procuração outorgada pela Sra.
Da apreciação do n.º 2 do artigo 130 do C. Comercial, resulta que a
Francina Lúcia Mutemba Klint em 9.05.2006, na qualidade de cabeça-
representação aí referida é voluntária, ao se exigir “...como instrumento
de-casal (fls. 118);
de representação voluntária, uma carta...” .
• o Dr. André Cumbe foi substituído pela Dra. Gracinda Cumbe; No caso de contitularidade da quota, o artigo 296 C. Comercial
• em 22.01.2008, a sociedade dirigiu convocatória à Sra. Francina estabelece no seu n.º 2 que os actos da sociedade devem ser notificados
Lúcia Mutemba Klint, para a reunião da Assembleia Geral Ordinária a na pessoa do representante comume, logo a seguir, no n.º 4, exige-se que
ter lugar em 25.02.2008; a nomeação e a destituição do representante comum sejam notificados
• em 25.02.2008, teve lugar a reunião da Assembleia Geral da à sociedade, sob pena de ineficácia. A nomeação, a destituição e a
sociedade IPS, Lda; comunicação, obviamente que só decorrem da vontade dos contitulares,
• esteve presente na referida reunião a Dra. Gracinda Samuel Cumbe, e não directamente da lei. Trata-se, portanto, de um representante comum
Advogada da Sra. Francina Lúcia Mutemba Klint, em representação dos designado pelos próprios contitulares.
herdeiros de Carlos Pereira Klint, detentores de quota representativo de Do que ficou dito, decorre naturalmente que o n.º 5 do artigo 296.º
35% do capital social; do C. Comercial é aplicável aos casos de representação voluntária.
• a Assembleia Geral Ordinária reunida com um capital representativo Nos termos desta disposição legal, qualquer limitação aos poderes de
de 100%, deliberou por unanimidade o aumento do capital social, por representação não oponível à sociedade. E compreende-se que assim seja,
entradas em dinheiro, por cada sócio, na proporção da sua quota, e por pois a falta de clareza sobre os poderes conferidos ao mandatário não
incorporação de suprimentos e créditos junto da sociedade. pode ser oponível à sociedade, que não é parte da relação de mandato.
No que respeita ao Direito, o tribunal de primeira instância O regime da representação voluntária nas sociedades por quotas não
considerou inter alia que “apesar de resultar da acta que a Dra. Gracinda se afasta muito do estabelecido para as sociedades anónimas; na verdade,
Cumbe, Advogada da Sra Francina Klint esteve presente na reunião da o artigo 366, n.º 2, do C. Comercial, permite que os contitulares duma
acção exerçam os seus direitos através de um representante comum
Assembleia Geral de 25 de Fevereiro de 2008, em representação dos
credenciado e o artigo 414, n.º 3, do C. Comercial, exige procuração por
herdeiros do falecido Carlos Klint, certo é que nem a Dra. Gracinda
escrito, para representação do accionista na assembleia geral.
Cumbe tão pouco a Dra. Leonor Joaquim estiveram validamente
Para além da representação por um mandatário designado pelos
nomeados para representarem os herdeiros da quota indivisa, pois na
contitulares da quota, o Código Comercial também admite que eles sejam
incursão aos instrumentos notariais juntos aos autos, facilmente se
representados por qualquer dos contitulares (artigo 296, n.º 2, in fine).
constata que a única procuração que constitui mandato com poderes
E são claras as razões porque o legislador entende bastante a
especiais para representação dos herdeiros da quota indivisa na sociedade
convocação e participação de qualquer dos contitulares. É que nos casos
ré é a constante de fls. 118, outorgada pela Sra. Francisca Klint a favor de contitularidade de direitos o princípio é o de que qualquer deles pode
do Dr. Paulo Cumbe. O instrumento de subestabelecimento passado exercer plenamente esses direitos, sem embargo das consequências que
a favor da Dra. Gracinda Cumbe é inidóneo não podendo produzir os daí lhe possam advir face aos restantes (cfr. Artigos 1406.º e 1407º, do C.
efeitos pretendidos, por reportar-se tão somente a poderes forenses e Civil). No caso de quota detida em contitularidade, procede-se como que
não abranger poderes especiais para representação da quota indivisa a uma objectivação da participação social, não devendo ser preocupação
na sociedade ré.” Continuando a apreciação, o tribunal”aquo” concluiu da sociedade saber como os contitulares chegam a acordo sobre o sentido
que “a quota indivisa dos herdeiros de Carlos Klint não foi objecto de do seu voto, que naturalmente há-de ser o correspondente à vontade
representação específica na sociedade ré, senão pela cabeça-de-casal comum ou da maioria dos contitulares, já que sobre a mesma quota
na qualidade de administradora da globalidade da herança do de cujos não devem existir dois sentidos diferentes de voto (unidade da quota).
incluindo a quota indivisa dos herdeiros”. Assim, e concluindo, fora o caso da possibilidade de representação
Do que ficou assente na primeira instância, está evidente que, para a dos contitulares da quota através de um deles, a lei comercial admite
aludida reunião de 25.02.2008, a Sra. Francina Lúcia Mutemba Klint, a representação voluntária. Na falta de regime especial (no Código
foi convocada na qualidade de cabeça-de-casal, mas não participou. Comercial) sobre a representação legal, naturalmente que temos de
A Dra. Gracinda Samuel Cumbe participou na reunião da Assembleia recorrer ao regime geral do Direito Civil.
E recorrendo ao regime geral, encontramos a figura de cabeça-de-
Geral, em representação dos herdeiros do falecido Carlos Pereira Klint,
casal a quem, nos termos do artigo 2079.º do C. Civil, pertence “a
mas sem poderes para o efeito.
administração da herança, até à sua liquidação e partilha”.
Visto isso, voltemos à principal questão controvertida, a de saber
Para o que interessa no caso em reapreciação, temos que começar
se os herdeiros do falecido Carlos Pereira Klint foram validamente
por aclarar os poderes do cabeça-de-casal.
convocados. Quanto ao conteúdo dos poderes de administração do cabeça-de-casal,
Antes de tudo, é importante deixar esclarecido que os herdeiros Oliveira de Ascenção [Direito Civil-Sucessões, Coimbra Editora] diz que
da herança indivisa, de que faça parte uma participação social numa “o cabeça-de-casal tem, antes de mais, poderes de mera administração.
sociedade por quotas, salvo estipulação em contrário do contrato de Compete-lhe assim utilizar todos os meios conservatórios em relação
sociedade, exercem os mesmos direitos sociais do falecido sócio, em ao património hereditário”[p.452] e “...a lei sente a necessidade de
regime de contitularidade. acrecentar alguns poderes particulares”. Sobre o assunto, Oliveira de
O que acabamos de dizer resulta do disposto nos artigos 2024.º e Ascenção termina dizendo que “em tudo o que não respeita aos poderes
2091.º, n.º 1, ambos do Código Civil. É a própria lei, que, por um lado, do cabeça-de-casal...vale a regra do artigo 2091º” [p. 453].
20 DE MARÇO DE 2015 813
No mesmo sentido se posicionam Carlos Pamplona Corte-Real Para a tal deliberação, porque sabido que não cabia nos poderes de
[Direito da Família e das Sucessões, Vol. II-Sucessões, Lex, Lisboa, mera administração nem nos poderes especialmente atribuídos por lei
1993, p. 281] e João António Lopes Cardoso [Partilhas Judiciais, Vol. à cabeça-de-casal, sabido também que não existia um representante
I, 4.ª edição, Almedina, Coimbra, 1990]; para este último “o cabeça-de- comum designado pelos herdeiros, a convocatória deveria ter sido feita
casal deverá praticar os actos que sejam indispensáveis à conservação a todos os herdeiros (nos termos do artigo 2091.º, n.º 1, do C. Civil) ou
do património em partilha, exercer aquele conjunto de direitos que a lei
a um deles (ao abrigo do artigo 296, n.º 2, in fine, do C. Comercial), o
lhe outorga especificamente com vista a essa conservação e cumprir as
que não sucedeu.
tarefas que diplomas vários lhe impõem em atenção à qualidade em que
está investido ou a que tem potencial direito”[p. 323]. O n.º 1 do artigo 130 do C. Comercial reconhece a todos os sócios o
Ou seja, o cabeça-de-casal pratica actos de mera administração, direito de participar nas reuniões da assembleia geral. O n.º 4 do artigo
distintos, portanto, dos actos de disposição. No dizer de Carlos Alberto 317 do C. Comercial, estabelece que “nenhum sócio pode ser impedido
Mota Pinto [Teoria Geral do Direito Civil, 4ª Edição, Coimbra Editora, de assistir às reuniões das assembleias gerais...”, o que pressupõe a sua
2005, p. 407], a distinção entre os actos de mera administração e os convocação obrigatória. Aliás, uma assembleia geral é, por via de regra,
actos de disposição “não assenta na natureza jurídica dos actos, mas composta por todos os sócios.
nos riscos ou na importância patrimonial dos mesmos” correspondendo Só se pode considerar convocada, para discutir um determinado
os primeiros a “uma gestão comedida e limitada, donde são afastados ponto da agenda, a assembleia geral para que tenham sido convocados
os actos arriscados, susceptíveis de proporcionar grandes lucros mas todos os sócios que possam intervir e votar sobre o referido ponto. A
também de causar prejuízos elevados” enquanto que os segundos “são
não convocação de qualquer dos sócios, implica nulidade nos termos do
os que, dizendo respeito à gestão do património administrado, afectam a
artigo 142, n.º 1, al. a), do C. Comercial.
sua substância, alteram a forma ou composição do capital administrado,
Da agenda da Assembleia Geral da Apelada de 25.02.2008, existem
atingem o fundo, a raíz, o casco dos bens”.
matérias que cabem perfeitamente nos actos de mera administração,
Aqui chegados, podemos indagar se a participação do cabeça-de-casal
sobre os quais a cabeça-de-casal (ou representante desta) podia intervir.
nas reuniões da assembleia geral duma sociedade, em representação dos A cabeça-de-casal foi validamente convocada, preferiu ser representada
herdeiros, é ou não um acto de mera administração. A resposta à esta pela Dra. Gracinda Maria Samuel Cumbe. Neste caso, por se tratar de
questão deverá depender da natureza das matérias a tratar na referida representação voluntária, aplica-se o disposto no n.º 5 do artigo 296
Assembleia Geral. Explicamos: do C. Comercial; ou seja, a limitação aos poderes de representação
Sendo o cabeça-de-casal um órgão de administração ordinária da atribuídos pela cabeça-de-casal à Dra. Gracinda Maria Samuel Cumbe
herança, é, no que à administração ordinária da herança diz respeito, não é oponível à sociedade.
representante comum dos herdeiros. A participação nas reuniões da O mesmo não se pode dizer em relação ao aumento de 11 milhões
assembleia geral deve ser considerada como acto de administração da de Meticais, cuja realização deveria ser feita pelos sócios, com os seus
herança à cargo do cabeça-de-casal apenas e na medida em que este próprios recursos. Para intervir neste ponto, que não se enquadrava nos
tenha de intervir em actos de mera administração. poderes de mera administração à cargo da cabeça-de-casal, deveriam
O cabeça-de-casal não deve, pelas razões apontadas, intervir em actos ter sido convocados todos os contitulares da quota ou qualquer deles,
da sociedade que não sejam de mera administração, nomeadamente, o que não sucedeu.
nos que importem a dissolução da sociedade ou alienação das quotas. A resposta à questão principal é, portanto, que os herdeiros do falecido
A alteração do capital social duma sociedade por quotas, que implique Carlos Pereira Klint que, como afirmamos, sucederem nos mesmos
a realização da parte adicional do capital com recurso ao património direitos e obrigações de seu pai, não foram convocados. Não foi, por
próprio dos herdeiros, não pode ser considerada um acto de mera isso, relativamente ao aumento de 11 milhões de Meticais, convocada
administração da herança. Claramente que não se trata, neste caso, de validamente a Assembleia Geral.
acto conservatório ou de frutificação normal, que caberia nos poderes Nestes temos, revogam parcialmente a decisão da primeira instância
de administração do cabeça-de-casal. e ao abrigo do artigo 142, n.º 1, alínea a), do C. Comercial,declaram
O aumento de capital social só é acto de administração ordinária, nulas as seguintes deliberações:
enquanto acto de frutificação do património, quando não envolva o • aprovaçãodo aumento do capital social, na parte correspondente a
chamamento dos herdeiros para novas entradas de capital, com recurso 11 milhões de meticais, que implicava a sua realização, com entradas
ao seu património próprio. Neste aspecto, concordamos plenamente com em dinheiro, por cada sócio, na proporção da sua quota ou incoporação
Carlos Mota Pinto [ob.cit. 409] quando diz que “os próprios actos de de suprimentos e créditos junto da empresa;
conservação e frutificação normal só são actos de administração ordinária • fixação do prazo de 30 dias para a realização do aumento ou
se forem financiados através de alienação de parte do capital, mas através pronunciamento sobre indisponibilidade financeira;
do rendimento, eventualmente acumulado”. • opção de realização, pelos restantes sócios, da parte daqueles que
Admitir que o cabeça-de-casal delibere no sentido de aceitar dívidas não podiam realizar a sua parte.
em nome dos herdeiros, dívidas essas que não podem ser pagas com os Sem custas.
rendimentos dos bens administrados, significaria aceitar que aquele possa Maputo, 3 de Agosto de 2011. — Ass.) Adelino Muchanga e Luís
agir como dono de negócios que lhe não pertencem, o que não cabe nem Filipe Sacramento.
na letra nem no espírito da lei. Está conforme.
A lei, para além dos poderes gerais de mera administração, Maputo, aos 3 de Agosto de 2011. — A Secretária Judicial Int.ª,
acrescentou alguns poderes particulares ao cabeça-de-casal, como são (Graciete Vasco.)
os casos de cobrança de algumas dívidas (artigo 2089.º do C. Civil) e
venda de bens deterioráveis e frutos (artigo 2090.º do C. Civil).
Fora dos actos de mera administração e dos especialmente previstos Processo n.º 23/11
por lei, por força do artigo 2091.º, n.º 1, do C. Civil, “os direitos relativos
à herança só podem ser exercidos conjuntamente por todos os herdeiros ACÓRDÃO
ou contra todos os herdeiros”.
Da agenda da Assembleia Geral Ordinária da Apelada, marcada para Acordam, em Conferência, na 1.ª Secção Cível do Tribunal Supremo,
25.02.2008, constava o aumento do capital social. Certamente que no nos autos de agravo supra identificados, em que é agravante Mário
momento da convocação a administração da sociedade já sabia que a Ferreira Gomes e agravada Rent-a-Car & Serviços Império, Lda., em
proposta de aumento do capital implicava novas entradas em dinheiro. subscrever a exposição de fls. 47 e, consequentemente, em solicitar ao
814 III SÉRIE — NÚMERO 23
tribunal de primeira instância que proceda ao envio de cópias certificadas • tendo em conta o disposto no artigo 1720.º do Código Civil, vigente
da conta respeitante às custas do processo e da guia relativa ao pagamento no momento da celebração do casamento, o regime de bens deveria ter
das mesmas, no prazo de quinze dias. sido o imperativo de separação de bens, e não o supletivo de comunhão
Sem custas. de bens adquiridos irregularmente mencionado, eventualmente devido
Maputo, aos 3 de Agosto de 2011. — Ass.) Luís Filipe Sacramento ao silêncio das partes;
e Adelino Muchanga • decretato o divórcio, qualquer dos cônjuges pode requerer o
Está conforme. inventário para partilha de bens, salvo se o regime de bens do casamento
Maputo, aos 3 de Agosto de 2011. — A Secretária Judicial Int.ª, for o de separação;
(Graciete Vasco.) • dispunha o artigo 1720.º, n.º 1, alínea a), que se considerava, sempre,
contraído segundo o regime de separação de bens, o casamento celebrado
por quem tivesse filhos, ainda que maiores ou emancipados;
Exposição • o regime que deve ser aplicado ao casamento entre a recorrente
Nos presentes autos de agravo, na nota de revisão que antecede, como e recorrido é o da separação de bens, não relevando a irregularidade
prévia, suscita-se uma questão de natureza processual que, por obstar cometida;
ao prosseguimento da lide, importa passar a analisar. • vigorando o regime de separação, cada um conserva o domínio e
Embora se mostre discutível o regime de subida do agravo fixado pela fruição dos seus bens presentes ou futuros;
primeira instância, tendo por base que se trata de recurso interposto de • a irregularidade cometida foi mandada corrigir por decisão judicial,
despacho que não ordenou a providência cautelar e atento o estipulado que declarou como regime de bens do casamento entre a recorrente e
pela parte final da al. a), do n.º 1, do artigo 738.º, do C.P.Civil, razões o recorrido o imperativo de separação de bens, desde o momento da
de economia processual justificam que não se reaprecie esta questão. celebração;
Independentemente disso, sempre se coloca o problema de não se • a decisão judicial relativa ao regime de bens tem efeitos retroactivos,
achar demonstrado nos autos que tenham sido contadas e pagas as não existindo por isso bens comuns que devam ser levados à partilha
custas do processo, condição essencial para que o recurso possa ter o ou divisão;
seu normal seguimento, conforme se extrai das disposições conjugadas • o divórcio não torna válida a irregularidade cometida, no que tange
dos artigos 76.º e 116.º, ambos do C.C.Judiciais. Demonstração que, no ao regime de bens imposto por lei.
caso, se teria de se fazer por intermédio de cópias certificadas da conta e O recorrido não contraminutou.
da guia de pagamento, já que foi adoptado o regime de subida imediata No despacho de sustentação do agravo, o juiz da causa manteve a
e em separado, o que não aconteceu. decisão recorrida, resumidamente, com os seguintes fundamentos:
Assim sendo, impõe-se que o tribunal recorrido remeta a esta instância • a agravante, com o fito de provar a inutilidade superveniente da
as correspondentes certificações, para que possa ter andamento o presente lide, de acordo com a alínea e) do artigo 287.º, do C. P. Civil, juntou
recurso, o que deve ser ordenado em Conferência. uma sentença não transitada em julgado;
Colha-se o visto do Venerando Juiz Conselheiro Adjunto e inscreva- • mesmo que a sentença de rectificação do regime de bens tivesse
se em tabela. transitado em julgado, incidiria sobre um casamento já dissolvido, do
Maputo, aos 29 de Julho de 2011. Ass.) Luís Filipe Sacramento. qual se podem assacar apenas efeitos patrimoniais;
• a agravante insiste na alteração dum regime de bens que sempre foi
assumido pelas partes e já nem é proibido por lei, numa altura em que já
Processo n.º 35/2011 transitou em julgado a sentença de divórcio, para um regime que deixou
ACÓRDÃO de ser imperativo, no que só pode configurar a figura do abuso de direito,
atento ao preceituado pelo artigo 334.º do Código Civil.
Nos autos de inventário facultativo (processo n.º 32/09/B), a correr Colhidos os vistos legais, cumpre agora apreciar e decidir.
seus termos no Tribunal Judicial da Província de Maputo, em que No presente recurso, a principal questão decidenda é determinar se a
é requerente Boaventura João Chambule e requerida Inês Ângelo rectificação, por decisão judicial, do regime de bens do casamento entre
Tamele, esta requereu a extinção da instância, ao abrigo do artigo 287.º, a recorrente e o recorrido, passando a ser o imperativo de separação de
alínea a), do C. P. Civil. bens, com efeitos a partir do momento da celebração, leva à inutilidade
Para sustentar o seu pedido de extinção da instância, a requerida superveniente da lide no processo de inventário facultativo em que se
juntou cópia da sentença proferida nos autos do processo de justificação pede a partilha de bens comuns.
judicial com o n.º 78/09/U, que correu seus termos no Tribunal Judicial Dos autos de inventário facultativo resulta evidente que o requerente,
da Cidade de Maputo, que declarou ser aplicável ao casamento entre agora recorrido, invoca, em sustentação do seu pedido, o artigo 1404.º
o requerente e a requerida o regime imperativo de separação de bens, do C. P. Civil; ou seja, o recorrido pretende a partilha de bens comuns,
desde o momento da celebração. por ter sido decretado o divórcio.
Num momento anterior, antes de proferida a sentença no Processo No momento em que foi interposto o recurso de agravo, porquanto a
n.º 78/09/U, a requerida requereu a suspensão da instância. sentença declarativa do regime imperativo de separação de bens ainda
não havia transitado em julgado, não poderia ser extinta a instância com
Por despacho de 22 de Dezembro de 2009, o juíz da causa desatendeu
fundamento na inutilidade superveniente da lide, precisamente porque a
os pedidos de suspensão e de extinção da instância e mandou prosseguir
questão do regime de bens ainda não estava, definitivamente, resolvida.
o inventário.
Deveria, isso sim, ter sido suspensa a instância com fundamento
Inconformada com a decisão do tribunal “a quo”, a requerida requereu
no artigo 279.º, n.º 1, do C. P. Civil, por se verificar uma relação de
a interposição de recurso, que foi admitido como de agravo, a subir em
prejudicialidade entre a acção de justificação judicial para a rectificação
separado e com efeitos meramente devolutivos.
do regime de bens (para que seja declarado como de separação de bens)
Nas alegações de recurso, relativamente ao que interessa para a e a acção de inventário para partilha de bens comuns.
reapreciação, a recorrente diz em suma que: Para a suspensão, deveria o tribunal de primeira instância ter tido
• o inventário facultativo foi requerido para a partilha de bens; em conta que a decisão sobre o regime de bens poderia destruir, total
• o casamento entre a recorrente e o recorrido foi celebrado no dia ou parcialmente, a razão de ser do inventário facultativo para a partilha
28 de Setembro de 1991; de bens. É que a existência de bens comuns, que seriam objecto de
• no momento do casamento com a recorrente, o recorrido era pai de partilha, só poderia resultar do regime de comunhão de bens adquiridos,
três filhos nascidos na constância do seu casamento anterior; cuja rectificação estava sendo pedida na acção de justificação judicial.
20 DE MARÇO DE 2015 815
Do conteúdo do acórdão sobre a matéria de facto – folhas 81 – de um negócio inválido ou que não chegou a ser concluído, possa ter
também não houve objecção alguma das partes em conflito, como se direito à devida restituição, por nulidade, enriquecimento sem causa, da
pode ver da acta de folhas 80. parte oposta, ou outra modalidade nos termos da lei.
Aquele acórdão apenas considera como provado que o estabelecimento III. Concordamos com a oposição formulada pela apelada em relação
comercial pertença da sociedade funcionou com várias dificuldades à inexistência de simulação, porquanto a apelada agiu unilateralmente
financeiras e que a dado passo viu-se forçado a encerrar; que depois e não realizou nenhum contrato bilateral com outrem, com quem esta
da reabertura do estabelecimento apresentaram-se alguns sócios,
tenha acordado emitir uma declaração negocial contrária à vontade real,
nomeadamente, os apelantes, a apelada e um tal Luís, sendo que se
com o intuito de enganar terceiros.
ouviu dizer (sic), através de alguns trabalhadores, que os apelantes
Também não há reserva mental por não se provar que a apelada tenha
teriam vendido as suas quotas à apelada; que em Junho ou Julho de
1994, depois da reabertura do estabelecimento, a ré era a única pessoa emitido uma declaração negocial contrária à sua vontade real junto dos
que se apresentava como patroa e que teria sido ela quem reabilitou as apelantes, seus representantes ou de outrem, com o intuito de enganá-los.
instalações do estabelecimento, não se sabendo se os fundos eram dela A questão em apreço configura uma situação de um negócio jurídico
ou provenientes da participação dos sócios. nulo por ter sido realizado contra a lei, por inexistência do pressuposto
Quanto aos demais quesitos (3.º, 4.º 5.º e 6.º), designadamente os aludido no artigo 262 do Código Civil e como previsto no artigo 294,
que contêm os factos ainda controvertidos, a avaliar pelas alegações do mesmo Código.
de recurso, bem como pelos articulados anteriores, o tribunal não os Na verdade, na falta de um mandato expresso, traduzido numa
considerou provados. procuração com poderes especiais para o mandatário vender as quotas
Dos quatro quesitos que acabamos de referir, destaque vai para o dos mandantes, podendo aliená-las a seu favor, tudo o que se pode dizer
5.º, subdividido em duas partes, sendo que na primeira parte pretendia- é que a apelada carecia de uma procuração para a celebração do acto
se saber se os autores concederam poderes especiais à autora para a aqui impugnado pelos apelantes.
ceder quotas e, na segunda, se, pelo contrário, os autores cederam por
Decidindo:
acordo verbal as suas quotas à ré a título oneroso, tendo recebido, em
Ao concluir pela procedência da contestação, em flagrante oposição
consequência, as importâncias referidas na contestação.
ao acórdão sobre a matéria de facto, que deu por não provados os únicos
Se a segunda parte poderia (e, no caso deveria) ser quesitada, a
factos que poderiam concorrer a favor da ré, a sentença incorreu no vício
fim de ser provada por depoimentos, já quanto à primeira não era
admissível prova por testemunhas, atento o disposto no artigo 393, da nulidade, porquanto mostra-se oposta aos seus próprios fundamentos.
n.º 1, do Código Civil. Na verdade, os fundamentos, de facto, da decisão judicial são
II. E a propósito da legitimidade para alienar as quotas dos apelantes constituídos pela matéria da prova produzida nos autos, de acordo com
a seu favor, que a apelada alega advir das procurações por aqueles as normas jurídico-processuais; a decisão judicial é, acima de tudo, a
aplicação da lei à matéria de facto, como se alcança da parte final do nº
conferidas, importa alertar que os citados instrumentos conferem poderes
2, do artigo 659, do Código de Processo Civil.
para o exercício dos actos que a seguir mencionamos, citando ipsis verbis:
Há, assim, que declarar a nulidade da sentença, sem prejuízo do
Administrar as suas quotas na sociedade denominada Pastelaria
conhecimento do mérito, atento o disposto no artigo 715, do Código
Moçambicana, devendo agir sem reservas, tratar de todos os assuntos de Processo Civil.
que nela fizerem parte, requerer e assinar todos os documentos e as Pelos fundamentos de direito aqui expostos, os juízes da Secção Cível
respectivas escrituras, requerer o levantamento de excessivos, pagar do Tribunal Supremo, reunidos em conferência, acordam em:
despesas e reclamar os indevidos, receber valores em numerário, 1.declarar a nulidade da sentença recorrida, nos termos do artigo 668,
cheques, levantar na respectiva conta, receber cartas na Sociedade na n.º1, alínea c), do Código de Processo Civil;
parte que representa como se ele na presença fosse. 2. dar procedência ao pedido e, consequentemente, declarar a nulidade
Como se intui do texto, as procurações não conferem poderes da escritura pública notarial da cessão das quotas dos apelantes;
especiais para a apelada alienar as quotas dos mandantes, mas somente 3. condenar a apelada no pagamento da indemnização a favor dos
para o exercício de todos os actos relacionados com a administração apelantes, pelos prejuízos advenientes da sua acção culposa, em montante
das participações sociais dos apelantes, em que se inclui todos os actos que vier a ser provado em execução da sentença.
de gestão dos seus interesses comerciais inerentes às quotas que detêm Custas pela apelada.
na sociedade. Tribunal Supremo, em Maputo, aos 3 de Agosto de 2011.
Estando fora dos chamados actos de comércio – circunscrevendo-se
—Ass.) Mário Mangaze e Luís Filipe Sacramento.
no domínio de actos de natureza meramente civil – a venda de quotas
Está conforme
carecia, no caso, de uma indicação expressa no mandato.
Maputo, 3 de Agosto de 2011. — A Secretária Judicial Int.ª, (Graciete
Contrariamente ao que referiu o juiz da causa na sentença recorrida,
o artigo 233, do Código Comercial, de que aquele magistrado se serviu Vasco).
para fundamentar a sua decisão a favor da tese da apelada, versa sobre
o chamado mandato mercantil, porque actos não circunscritos neste
conceito carecem de declaração expressa, como preconizado no § único Apelação n.º 29/2009
do artigo 231, do mesmo código. ACÓRDÃO
Assim, é de concluir que não se provou, em audiência de julgamento,
que existiu acordo verbal entre os apelantes e a apelada, para a venda das Acordam, em Conferência, na 1.ª Secção Cível do Tribunal Supremo,
quotas daqueles a favor desta, como se pode constatar da acta daquele nos autos de apelação n.º 29/2009, em que são, respectivamente, apelante
acto (julgamento) e do acórdão sobre a matéria de facto; também não e apelada, Fauzo Zafir Khan e Neuza Cristina Menezes Matos, em
se prova, da leitura das declarações de folhas 23 a 25, que as intenções subscrever a exposição de fls. 288 e, por consequência, em ordenar a
nelas manifestadas tivessem resultado na conclusão de um negócio de notificação da recorrida para que providencie pela junção aos autos da
cessão de quotas, tanto é que a sua validade dependia da observância procuração forense passada a favor do seu mandatário judicial, Dr. Tomás
da forma prescrita na lei. Timbane e a notificação de ambos os causídicos para que cumpram o
Nada obsta, entretanto, que a ser provado em processo próprio que consignado pelo n.º 1 do artigo 300.º, do C.P.Civil, no tocante ao acordo
a apelada realizou alguma prestação a favor dos apelantes, na iminência de transacção.
20 DE MARÇO DE 2015 817
Custas pelo incidente, para o que se fixa o imposto em 250,00Mt a o que constituiria outro factor para que a guarda fosse confiada à mãe,
pagar em partes iguais pelos litigantes. tendo em conta o critério da preferencial maternal para crianças de tenra
Maputo, aos 3 de Agosto de 2011. — Ass.) Luís Filipe Sacramento idade, com jurisprudência já assente neste Tribunal.
e Mário Mangaze. O juiz da primeira instância não esclarece porque razões entende
Está conforme. haver litígio sobre bens alegadamente comuns e em que medida tal
Maputo, aos 3 de Agosto de 2011. — A Secretária Judicial Int.ª, litígio foi usado no processo de regulação do poder parental. Também
(Graciete Vasco). não esclarece, o juíz do tribunal “a quo”, em que consistiu o vício na
manifestação de vontade das menores.
O critério da situação económica do pai, que igualmente foi
Apelação n.º 153/10
usado pelo tribunal de primeira instância, não devia ser visto como o
Recorrente: Rassula Ali Amade
determinante, impondo-se a ponderação com outros factores, como os
Recorrido: Enoque Arnaldo Chavanguane
referidos acima.
ACÓRDÃO Apesar da decisão da primeira instância ser de todo questionável,
há que ter em conta o facto dos menores terem passado a viver com
Acordam, em Conferência, na Secção Cível do Tribunal Supremo, o pai desde 2008. Uma vez que, desde a cessação da vida em comum
nos autos de apelação n.º 153/10, em que é apelante Rassula Ali Amade dos progenitores, em 2005, as menores viviam na companhia da mãe, a
e apelado Enoque Arnaldo Chavanguane, em subscrever a exposição decisão do tribunal implicou a mudança do domicílio das filhas.
de fls. 78 a 80 e, como tal, em ordenar que sejam ouvidas as menores Passados que são cerca de 03 (três) anos, uma eventual decisão deste
Rassula Ali Amade Chavanguane e Shirley Aissa Amade Chavanguane, Tribunal que implicasse a atribuição da guarda das menores à mãe,
nos termos do artigo 47 da Constituição da República e 123, n.º 1, da determinaria a retirada das mesmas do meio social em que presentemente
Organização Tutelar de Menores, aprovada pela Lei n.º 8/2008, de 15 estão integrados. A retirada das menores do ambiente actual pode ser
de Julho. contrária à sua vontade e provocar inquietação emocional.
Maputo, 3 de Agosto de 2011. — Ass.) Adelino Muchanga e Luís O princípio do interesse superior da criança, com consagração no
Filipe Sacramento.
artigo 47 da Constituição da República, impõe que as menores sejam
Está conforme.
ouvidas nos assuntos que lhes dizem respeito, em função da sua idade
Maputo, aos 3 de Agosto de 2011. — A Secretária Judicial Int.ª,
e maturidade.
(Graciete Vasco).
Pelo lapso de tempo que decorreu desde que foi tomada a decisão
EXPOSIÇÃO
pelo tribunal “a quo” até ao momento da presente reapreciação, mostra-
se recomendável uma nova audição das filhas da recorrente e recorrido,
Junto do Tribunal de Menores da Cidade de Maputo, veio Enoque excluindo a Naiate Elisa Enoque Chavanguane, por já ser maior.
Arnaldo Chavanguane requerer contra Rassula Ali Amade, o exercício A necessidade de tal diligência deverá ser decidida em conferência,
do poder parental relativamente às filhas: como dispõe o artigo 708.º, n.º 1, do C. P. Civil.
• Rassula Ali Amade Chavanguane, nascida no dia 27/03/2002 (fl.5); Colha-se o visto do Venerando Juiz Conselheiro Adjunto e,
• Shirley Aissa Amade Chavanguane, nascida no dia 28/02/1996 seguidamente, inscreva-se em tabela.
(fl.4); e Maputo, 29 de Junho de 2011. — Ass.) Adelino Muchanga.
• Naiate Elisa Enoque Chavanguane, nascida no dia 03/09/1988 (fl.6);
Não tendo os progenitores chegado a acordo na conferência realizada
para o efeito, foram apresentadas as alegações e realizado o inquérito Processo n.º 45/11
social. Apelante: Raúl Job Django
A promoção da digna curadora de menores foi no sentido das menores Apelada: Luisa Arão Fumo
continuarem à guarda da mãe.
As filhas Naiate Elisa Enoque Chavanguane e Shirley Aissa Amade
Chavanguane, na altura (2008) com 19 e 12 anos, respectivamente, foram ACÓRDÃO
ouvidas, tendo as duas declarado que preferiam continuar na companhia
Acordam, em Conferência, na Secção Cível do Tribunal Supremo,
da mãe, por ser com ela que se sentiam melhor realizadas.
nos autos de apelação n.º 45/11, relativos a acção de alimentos, em que
Contrariando a promoção da curadora de menores e a vontade é apelante Raúl Job Django e apelada Luisa Arão Fumo, em subscrever
expressa de duas das três crianças, por sentença de fls. 48 a 52, o tribunal a exposição de fls 54 e, por consequência, em julgar deserto o recurso,
atribuiu a guarda das mesmas ao requerente. por falta de apresentação de alegações, nos termos dos artigos 690.º,
Fundamentando a decisão tomada, o tribunal considerou que: n.º 2, e 292.º, n.º 2, ambos do C. P. Civil, bem como declarar extinta a
• existia um conflito entre os pais dos menores relativamente aos instância, ao abrigo do artigo 287.º, al. c), do C.P. Civil.
bens alegadamente comuns, cuja resolução não era da competência do Custas pelo apelante, para o que se fixa o imposto dem 150,00MT.
Tribunal de Menores, e os menores não deveriam servir de “cavalo de Maputo, 22 de Agosto de 2011. — Ass.) Adelino Muchanga e Luís
batalha” no referido litígio; Filipe Sacramento.
• estando com o pai, as menores tinham melhor garantia de habitação Está conforme.
permanente (visto que a mãe vivia numa casa arrendada); Maputo, aos 22 de Agosto de 2011. — A Secretária Judicial Int.ª,
• a vontade manifestada pelas menores era viciada. (Graciete Vasco.)
A vontade manifestada pelas crianças constitui um dos factores
decisivos na regulação do exercício do poder parental. Se, no caso em
reapreciação, a vontade das menores tivesse sido respeitada, as mesmas EXPOSIÇÃO
continuariam à guarda da mãe, que era no momento a figura primária de Nestes autos de apelação, relativos à acção de alimentos em que é
referência e com a qual estavam mais ligadas emocionalmente. requerente Luísa Arão Fumo e requerido Raúl Job Django, suscita-se
Acresce dizer que uma das menores, Rassula Ali Amade Chavanguane, uma questão que obsta ao conhecimento do recurso, que urge passar a
tinha 06 (seis) anos de idade na altura da decisão do tribunal “a quo”, analisar de imediato.
818 III SÉRIE — NÚMERO 23
Com efeito, não se conformando com a sentença, o requerido, Raúl Processo n.º 83/09
Job Django, requereu a interposição de recurso, conforme requerimento ACÓRDÃO
de fls. 35. Por despacho de fls. 36,foi admitido o recurso como sendo de
Acordam, em Conferência, na 1.ª Secção Cível do Tribunal Supremo:
apelação e com efeitos meramente devolutivos.
Ronald Daniel Jordan, de nacionalidade sul africana e Sandrine Julie
A certidão de fls. 39 atesta que o recorrente foi notificado do despacho
Isabelle Jordan, de nacionalidade belga, casados e residentes em Maputo
de admissão do recurso no dia 18 de Outubro de 2010.
requereram junto do Tribunal de Menores da Cidade de Maputo, a
Nos termos do n.º 1 do artigo 698.º do C.P.Civil, com as alterações adopção plena da menor Violeta Nhelete, filha de pai e mãe incógnitos,
introduzidas pelo Decreto-Lei n.º 1/2005, de 27 de Dezembro, aplicável nascida a 2 de Junho de 2008.
por força do artigo 2 da Lei n.º 8/2008, de 15 de Julho, o recorrente O processo foi instruído pela Direcção da Mulher e Acção Social da
deveria ser apresentado as suas alegações no prazo de 20 (vinte) dias a cidade de Maputo com a observância de todas as formalidades legais.
contar da notificação do despacho de admissão do recurso, o que não fez. Finda a instrução produziu o parecer de fls. 2 e 3, que aponta no sentido
A não apresentação de alegações importa a deserção do recurso, como de que se deve dar provimento a pretensão dos requerentes, por entender
determinam os artigos 690.º, n.º 2 e 292.º, n.º 1, ambos do C.P.Civil; a que reúnem as condições pessoais e materiais necessárias e a adopção
deserção é causa de extinção da instância, como dispõe o artigo 287.º, representa reais vantagens para a menor.
al. c) do C.P.Civil. Introduzido o processo em juízo, foi colhido o visto do Digno Curador
de Menores que considerou não estarem criadas as condições para o
A deserção do recurso e a consequente extinção da instância deverão
acompanhamento da menor no período pós-adopção nos termos da
ser declaradas em Conferência. legislação aplicável, tendo em consequência, promovido o indeferimento
Colha-se o visto do Venerando Juiz Conselheiro Adjunto do pedido.
e, seguidamente, inscreva-se em tabela. Submetidos os autos a decisão do meritíssimo juiz a quo, proferiu a
Maputo, 3 de Agosto de 2011. — Ass.) Adelino Muchanga. sentença a fls. 21 e verso dos autos, na qual julgou a acção improcedente
e, consequentemente, indeferiu a requerida adopção internacional.
Inconformados com a decisão assim tomada, os requerentes vieram
interpor recurso, alegando em síntese o seguinte:
Processo n.º 65/10 •.A recusa em dar provimento ao requerimento de adopção é
ACÓRDÃO desprovido de qualquer suporte legal e/ou doutrinário convincente.
•.O acto que denegou provimento ao requerimento de adopção da
Acordam, em Conferência, na 1.ª Secção Cível do Tribunal Supremo: menor é contrário a Lei.
João Manuel Figueiredo Morais, maior, residente em Elinshallsvagen, •.A sentença recorrida viola os direitos fundamentais plasmados na
Constituição da República de Moçambique e em legislação Internacional
90 Lidingo, Reino da Suécia, representado pela sua mandataria judicial,
de que Moçambique é parte, constituindo violação dos direitos de
veio requerer a revisão e confirmação da sentença proferida pelo 2.º juízo
igualdade dos apelantes relativamente aos cidadãos nacionais.
– 2.ª Secção do Tribunal Judicial da Comarca de Oeiras, no processo
•.A recusa em decretar a adopção viola os direitos fundamentais e os
n.º 87/1984, correspondente a acção de divórcio por mútuo consentimento,
direitos internacionalmente reconhecidos como sendo direitos humanos,
em que foram partes o requerente e a requerida Maria Celeste Rodrigues
que assistem à menor.
Jacinto Morais, maior, residente na Rua Luís Filipe Araújo, n.º 25 – 1.º
•.A sentença recorrida cria uma situação de incerteza jurídica
esq., Quinta da Terrugem, 2770-186, Paço de Arcos, Portugal.
perante outras situações análogas em que as autoridades jurisdicionais
Citada regularmente, a requerida não manifestou qualquer oposição
moçambicanas autorizaram a adopção de crianças moçambicanas por
ao pedido formulado pelo requerente.
indivíduos estrangeiros.
Dado cumprimento ao estabelecido pelo n.º 1, do artigo 1099.º do
Os apelantes concluem pedindo a revogação da decisão do tribunal
C.P.Civil, apenas alegou o M.ºP.º
da primeira instância e a procedência do recurso e em consequência,
Colhidos os vistos legais, cumpre passar a analisar e decidir.
o decretamento da adopção da menor. Juntaram os documentos de fls.
Não se vislumbram dúvidas no que concerne à autenticidade da
sentença a rever e demonstra-se que foi proferida por tribunal competente. 46 a 79.
De igual forma, não há sinais de que se verifiquem excepções que Colhidos os vistos legais cumpre passar a apreciar e decidir:
obstem à apreciação do pedido, nomeadamente, litispendência ou caso Atendendo ao teor das alegações de recurso e do conjunto dos
julgado. elementos de prova produzida nos autos, o único nódulo do indeferimento
A sentença a rever transitou em julgado e diz respeito a divórcio por de pretensão dos recorrentes, assenta fundamentalmente no facto do
mútuo consentimento, a qual não ofende nenhum princípio de ordem meritíssimo juiz da primeira instância, entender que devido à inexistência
pública e do direito privado nacional, tendo até em conta que, de modo de um acordo entre o governo da República de Moçambique e dos países
similar, no direito moçambicano se consagra aquele instituto. de que os requerentes da adopção são oriundos, não estarem garantidos
Como tal que se tenha de concluir que o pedido reúne os requisitos os mecanismos de acompanhamento permanente a que se refere
fixados pelo artigo 1096.º, do C.P.Civil. o n.º 1, do art. 392, da Lei da Família – Lei n.º 10/2004, de 25 de Agosto.
Nestes termos e pelo exposto, tendo por base o disposto no comando Desde logo cabe dizer que o acompanhamento permanente e periódico
do menor, a que alude o n.º 1, do artigo 392, da Lei da Família, não
legal ora indicado e conjugado com o estatuído pelo artigo 1094º, daquele
impõe como pressuposto que tenha de haver qualquer acordo entre os
mesmo Código, declaram revista e confirmada a sentença proferida pelo
Estados para que se efective o referenciado acompanhamento, como
2.º juízo – 2.ª Secção do Tribunal Judicial da Comarca de Oeiras, que também não obriga a existência de uma ligação institucional entre
declarou o divórcio entre João Manuel Figueiredo Morais e Maria Celeste organismos públicos dos respectivos países. Para efectivação do princípio
Rodrigues Jacinto Morais e, por consequência, atribuem-lhe completa e cominado na mencionada norma legal basta que os Serviços de Acção
total eficácia jurídico-legal na República de Moçambique. Social encontrem ou tenham formas de se articular com instituições
Custas pela requerente. públicas ou privadas do país dos adoptantes que permitam o devido
Maputo, aos 8 de Agosto de 2011. — Ass.) Luís Filipe Sacramento acompanhamento do menor.
e Adelino Manuel Muchanga. Vejamos então se, tal facto, pode ou não constituir óbice para que
Está conforme. seja decretada a adopção a favor dos requerentes e se, no caso concreto,
Maputo, aos 8 de Agosto de 2011. — A Secretária Judicial Int.ª, poderá ou não estar comprometida a operacionalização dos mecanismos
(Graciete Vasco.) de acompanhamento previstos da lei.
20 DE MARÇO DE 2015 819
Esta é a única questão a apreciar, com interesse para a decisão da Na verdade, à luz destes princípios, o intérprete deve atender ao texto
causa. da Lei, tendo sempre em atenção o espírito do legislador, ou seja o fim e
Do conteúdo dos documentos constantes nos autos, de forma precisa a os motivos que levaram o legislador a criar a norma a interpretar.
clara, está suficientemente provado que a menor se encontra actualmente Na esteira desta análise, o meritíssimo juiz devia ter considerado que,
a viver com os recorrentes, desde o ano de 2008. o conceito de "superiores interesses da criança" plasmado na lei, é aberto
Todas as informações são abonatórias a fazem referência à plena e carece de concretização por parte de cada julgador, devendo este tomar
integração da menor na família dos futuros adoptantes – fls. 2, 3 11 e em linha de conta, as provas e garantias oferecidas e ainda a possibilidade
15 dos autos. afectiva demonstrada no caso, pelos requerentes da adopção bem como
Os apelantes são casados desde 27 de Julho de 1995 e provaram a sua capacidade em promoverem o harmonioso desenvolvimento do
possuírem todas as condições materiais e morais para a realização dos menor e de se adaptar às suas necessidades.
superiores interesses da criança, sendo eles que actualmente garantem A ter considerados estes aspectos, certamente que, no caso em
a menor a protecção, saúde, educação, integração numa família que lhe apreciação, o julgador da primeira instância, teria tomado uma decisão
dá conforto e crescimento harmonioso. diferente, como a que se impõe ora tomar.
Além disso, apesar de os apelantes serem estrangeiros, o casal Pelos fundamentos e razões expostas, dando provimento ao recurso,
pretende fixar se definitivamente no país, estando em processo de revogam a sentença do tribunal a quo e decretam o vínculo de adopção
aquisição de uma casa. O marido possui uma empresa nacional a entre a menor Violeta Nhelete e os requerentes Ronald Daniel Jordan e
MWETI, de que é sócio maioritário, fls. 61 a 66. Sandrina Julie Isabelle Jordan, nos termos do art. 389 e seguintes da
Apesar de a Direcção da Mulher e Acção Social da Cidade de Maputo, Lei da Família.
ter dado parecer favorável e indicar que a menor se acha bem integrada Sem custas.
na família, o Ministério Público promoveu o indeferimento da pretensão Maputo, aos 08 de Agosto de 2011. — Ass:) Luís Filipe Sacramento
dos requerentes, fundando a sua posição no facto de não existir nenhum e Adelino Manuel Muchanga.
acordo, entre o governo de Moçambique ao países de nacionalidade dos Está conforme
requerentes da adopção, posição esta que foi escolhida pelo meritíssimo Maputo, aos 8 de Agosto de 2011. — A Secretária Judicial Int.ª,
juiz no seu veredicto. (Graciete Vasco).
Como adiante veremos, no caso em análise apesar de, sobre esta
matéria, não existir um acordo entre Moçambique e os países de origem
dos apelantes, como refere a primeira instância, a posição assumida pelo Processo n.º 130/10
meritíssimo juiz do tribunal a quo não é de acolher, tendo em atenção,
ACÓRDÃO
desde logo, as considerações que inicialmente se teceram a propósito
do fundamento usado para se negar a adopção. Acordam, em Conferência, na 1.ª Secção Cível do Tribunal Supremo:
Com efeito, demonstra-se nos autos à saciedade que os apelantes José Massingentane Mazive, maior, residente em Neuburg a.d. Donau
residem continuamente em Moçambique desde 2005, são pois e não há – República Federal da Alemanha, representado pela sua procuradora,
nenhuma prova indiciaria de que permita concluir que o propósito da veio requerer a revisão e confirmação de sentença proferida pelo Tribunal
adopção da menor seja a de a levar para o estrangeiro.
da Comarca de Neuburg a.d. Donau, República Federal da Alemanha, no
Embora, potencialmente a criança possa vir a sair do país no futuro,
processo de divórcio por mútuo consentimento n.º 002 F 18/09, em que
no caso em apreço, nada justifica que a inexistência de um acordo entre
foram partes o requerente e a requerida Romana Mazive, maior, residente
países pudesse constituir, por si só, óbice para o deferimento de todo e
em Schwalbanger, 86633 Neuburg, República Federal da Alemanha.
qualquer pedido de adopção, tendo em conta que o recorrente Jordan tem
Citada regularmente, a requerida não manifestou qualquer oposição
nacionalidade sul-africana, o que significa ser cidadão de país integrante
ao pedido formulado pelo requerente.
da SADC, comunidade esta onde funciona a liberdade de circulação de
pessoas e bens e onde os interesses individuais e dos países são facilmente Dado cumprimento ao estabelecido pelo n.º 1 do artigo 1099º do
assegurados, ou seja, onde a problemática do acompanhamento da menor C.P.Civil, alegaram tanto o requerente como o Digno Agente do M.º P.º.
Nhelete se pode realizar sem sobressaltos de maior, quer por via de Colhidos os vistos legais, cumpre passar a analisar e decidir.
instituições públicas, quer através de organizações não governamentais Não se vislumbram dúvidas no tocante à autenticidade da sentença
sediadas da RSA. a rever, demonstra-se ter sido proferida por foro competente.
Por outro lado, como se pode aferir dos autos, a menor, sendo filha De igual modo, não há sinais de que se verifiquem excepções que
de pais incógnitos, está plenamente integrada numa família que a quer obstem à apreciação do pedido, designadamente, litispendência ou caso
adoptar, que aliás, tem vindo a oferecer-lhe desde Julho de 2008, conforto julgado.
necessário para o seu crescimento equilibrado, altura em que foi acolhida A sentença a rever transitou em julgado e diz respeito a divórcio por
quando tinha apenas um mês e meio de idade, fls. 11. mútuo consentimento, a qual não ofende quaisquer princípios de ordem
A negar-se a adopção, com base ao fundamento buscado pela pública e do direito privado nacional, tanto mais que, de modo similar,
primeira instância, estar-se-ia a atentar os superiores interesses da no direito moçambicano se consagra aquele instituto.
criança, na medida em que se interromperia a relação de afecto e quase Daí que se tenha de concluir que o pedido reúne os requisitos fixados
filiação consubstanciada na relação estabelecida entre a menor e os pelo artigo 1096.º, do C.P.Civil.
apelantes, devolvendo-a a situação de incerteza e de absoluta carência Nestes termos e pelo exposto, tendo por base o estabelecido no
psico-afectiva, com graves consequências para o seu normal e são comando normativo indicado no parágrafo anterior, conjugado com o
desenvolvimento. disposto pelo artigo 1094º, daquele mesmo Código, declaram revista e
Consequentemente, no caso em análise, a realização dos superiores confirmada a sentença proferida pelo Tribunal da Comarca de Neuburg
interesses da criança por via da adopção da menor pelos apelantes, a.d. Donau, República Federal da Alemã, que declarou o divórcio entre
apresenta reais vantagens para a adoptanda e funda-se em motivos José Massingetane Mazive e Romana Mazive e, por consequência,
legítimos. atribuem-lhe completa e total eficácia jurídico-legal na República de
De resto, decorridos mais de três anos após a integração da menor Moçambique.
numa família, já estão criados vínculos semelhantes ao da filiação entre Custas pelo requerente.
o casal requerente e a menor Violeta Nhelete, tendo esta nos apelantes Maputo, aos 3 de Agosto de 2011. — Ass.) Luís Filipe Sacramento
a sua figura primária de referência. e Adelino Manuel Muchanga.
Finalmente, cabe-nos fazer um reparo ao meritíssimo juiz da primeira Está conforme.
instância, pelo facto de na sua decisão ter desatendido os princípios gerais Maputo, aos 3 de Agosto de 2011. — A Secretária Judicial Int.ª,
que presidem à actividade interpretativa. (Graciete Vasco.)
820 III SÉRIE — NÚMERO 23
SMOPS – Sociedade area agro-pecuária, incluindo sociedade 2014777557, neste acto também
Moçambicana de Consultoria desbravagem de terra, plantio representado pela senhora Síntia Elizabeth
e Prestação de Serviços, de cultivos, lavragem, produção Mahoche, conforme procuração em anexo,
Limitada e engordo de aluvinos; natural de Maputo, de nacionalidade
h) Prestação de serviços na área moçambicana, portadora do Bilhete de
Certifico, para efeitos de publicação, que de transportes e aluguer de Identidade n.º 110100194310N, emitido aos
por escritura de onze de Março de dois mil e maquinas pesadas; dez de Maio de dois mil e dez.
quinze, lavrada a folhas oitenta e três a oitenta i) Compra, venda e aluguer de
e seis, do livro de notas para escrituras diversas Pelo presente contrato de sociedade,
maquinas pesadas e equipa-
número novecentos e quinze traço B do Primeiro mentos para agricultura, outogam entre si uma sociedade por quotas de
Cartório Notarial de Maputo, perante mim incluindo tractores, charruas; responsabilidade, denominada ATCO Structures
Lubélia Ester Muiuane, licenciada em Direito, j) Construção Civil e Obras Públicas. & Logistics Services Mozambique, Limitada,
conservadora e notária superior A, do referido que se regerá pelas clausulas seguintes, e pelos
Cartório, que de harmonia com o deliberado ARTIGO QUINTO preconceitos legais em vigor na República de
na Acta Avulsa sem número datada de treze Moçambique:
(Capital social)
de Fevereiro de dois mil e quinze, os sócios
deliberaram o seguinte: O capital social, integralmente ARTIGO PRIMEIRO
Aumento do capital social e alteração parcial subscrito e realizado em dinheiro é de um
(Denominação e sede)
do pacto social. milhão e quinhentos mil meticais, dividido
Que de harmonia com o deliberado na em duas quotas assim distribuidas: Um) A sociedade adopta a denominação
acta supra mencionada, os sócios decidiram a) Sasmic Imobiliaria, Limitada, de Atco Structures & Logistics Services
elevar o capital social de vinte mil meticais, titular de uma quota com o Mozambique, Limitada, e constitui-se
para um milhão e quinhentos mil meticais, valor nominal de trezentos mil sob a forma de sociedade por quotas de
tendo de verificado um aumento de um milhão meticais, equivalente a vinte responsabilidade limitada.
e quatrocentos e oitenta mil meticais, e ainda por cento do capital social; Dois) A sociedade tem a sua sede na
pela mesma deliberação incluem a l) no artigo b) Izak Cornelis Holtzhausen, avenida Vinte e Cinco de Setembro, número
terceiro dos estatutos. titular de uma quota com o mil duzentos e trinta, terceiro andar, podendo
Em consequência do operado aumento de valor nominal de um milhão abrir ou fechar sucursais, delegações, agências
capital social, os sócios alteram os artigos e duzentos mil meticais, ou qualquer outra forma de representação social.
terceiro e quinto dos estatutos que passam a ter equivalente a oitenta por cento Três) Mediante simples deliberação, pode a
as seguintes novas redacções: do capital social. gerência transferir a sede para qualquer outro
Que em tudo não alterado por esta escritura local do território nacional ou estrangeiro.
ARTIGO TERCEIRO pública continua a vigorar nas disposições do
pacto social anterior. ARTIGO SEGUNDO
A sociedade tem por objecto:
a) Prestação de serviços e consultoria Está conforme. (Duração)
multidisciplinar com particular Maputo, doze de Março de dois mil e quinze.
A duração da sociedade é por tempo
destaque nas áreas técnicas e — A Técnica, Ilegível.
indeterminado.
jurídicas;
b) Constituição de sociedades ARTIGO TERCEIRO
comerciais e associações e suas
posteriores alterações; (Objecto)
c) Elaboração de contratos de ATCO Structures & Logistics
Um) A sociedade tem por objecto a prestação
trabalho para estrangeiros como Services Mozambique, Limitada
de serviços nas diversas áreas, comércio a
nacionais; grosso e a retalho e outras actividades que
Certifico, para efeitos de publicação, que
d) Outras actividades conexas,
no dia quinze de Maio de dois mil e catorze, estejam conexas ao presente objecto.
complementares ou subsidiarias
foi matriculada na Conservatória de Registo Dois) A sociedade poderá exercer outras
do objecto social principal que de Entidades Legais sob o NUEL 100492156 actividades subsidiárias ou complementares do
todos os sócios acordem em uma Entidade denominada ATCO Structures & seu objecto principal, desde que, devidamente
assembleia geral, praticar todo Logistics Services Mozambique, Limitada. autorizadas.
e qualquer objecto de natureza
lucrativa não proibida por lei, È celebrado o presente contrato de sociedade, Três) A sociedade poderá ainda associar-
uma vez obtidas as respectivas nos termos do artigo noventa do Código Comercial. se ou participar no capital social de outras
autorizações; Entre: empresas.
e) Representar empresas nacionais Atco Structures & Logistics (PTY) LTD, ARTIGO QUARTO
e estrangeiras em suas sociedade de direito Sul-africano, registada
actividades, podendo inclusive sob n.º 200066/07 representada pela sra. (Capital social)
fazer gestão das referidas Síntia Elisabete Mahoche conforme a O capital social, integralmente realizado
empresas no território nacional; procuração em anexo, natural de Maputo, de e subscrito em dinheiro, bens, direitos e outros
f) Desenvolver, gerir e fazer nacionalidade moçambicana, portadora do
valores é de cem meticais, encontrando-se
manutenção de projectos agro- Bilhete de Identidade n.º 110100194310N,
dividido em duas quotas distribuídas da seguinte
pecuários, em seu nome ou dos emitido aos dez de Maio de dois mil e dez.
forma:
seus representados; Atco Structures & Logistics (PTY) LTD,
g) Prestar serviços na mais ampla sociedade de direito sul-africano, resultado a) Uma quota de noventa e nove mil
dimensão das actividades da de uma fusão com número de acesso da meticais, equivalente a noventa
20 DE MARÇO DE 2015 821
e nove por cento do capital, e deveres sociais, devendo mandatar um de mediante simples carta dirigida à gerência e por
pertencente à ATCO Structures entre eles que a todos represente na sociedade este recebida até às dezassete horas do último
and Logistics (Pty) Ltd; e enquanto a respectiva quota se mantiver dia útil anterior à data da sessão.
b) Uma quota de mil meticais, equivalente indivisa. Dois) Qualquer dos sócios poderá ainda
a um por cento do capital, fazer-se representar na assembleia geral por
ARTIGO NONO
pertencente à ATCO Structures outro sócio, mediante comunicação escrita
& Logistics Ltd. (Obrigações) dirigida pela forma e com a antecedência
indicadas no número anterior.
ARTIGO QUINTO Um) A sociedade poderá emitir obrigações,
nominativas ou ao portador, nos termos das ARTIGO DÉCIMO SEGUNDO
(Prestações suplementares e suprimentos) disposições legais aplicáveis e nas condições
fixadas pela Assembleia Geral. (Votação)
Não serão exigíveis prestações suplemen-
Dois) Os títulos representativos das
tares de capital, podendo, porém, os sócios Um) A assembleia geral considera-se
obrigações emitidas, provisórios ou definitivos,
concederem à sociedade os suprimentos de que regularmente constituída para deliberar quando,
conterão as assinaturas do presidente do quadro
necessite, nos termos e condições fixados por estejam presentes ou devidamente representados
da gerência e mais um gerente, que podem ser
deliberação da respectiva gerência. setenta e cinco por cento do capital social.
apostas por chancela.
Três) Por deliberação da gerência, poderá Dois) As deliberações da assembleia geral
ARTIGO SEXTO serão tomadas por maioria simples dos votos
a sociedade, dentro dos limites legais, adquirir
(Divisão, cessão, oneração e alienação de obrigações próprias e realizar sobre elas as presentes ou representados.
quotas) operações convenientes aos interesses sociais, Três) As deliberações da assembleia geral
nomeadamente proceder à sua conversão ou que importem a modificação dos estatutos ou
Um) A divisão e cessão de quotas, bem a dissolução da sociedade, serão tomadas por
amortização.
como a constituição de quaisquer ónus
maioria qualificada de setenta e cinco por cento
ou encargos sobre as mesmas carecem do ARTIGO DÉCIMO dos votos do capital social.
prévio consentimento da sociedade, dada por
(Assembleia geral)
Quatro) Os sócios podem votar com
deliberação da respectiva.
procuração dos outros sócios ausentes, e
Dois) O sócio que pretenda alienar a sua Um) A assembleia geral reúne-se não será válida, quanto às deliberações que
quota informará à sociedade, com o mínimo de ordinariamente na sede social ou qualquer outro importem modificação do pacto social ou
trinta dias de antecedência, por carta registada sítio a ser definido pela mesma na sua primeira dissolução da sociedade, a procuração que não
com aviso de recepção, ou outro meio de reunião, uma vez por ano, para aprovação contenha poderes especiais quanto ao objecto
comunicação que deixe prova escrita, dando a do balanço anual de contas e do exercício, e, da mesma deliberação.
conhecer o projecto de venda e as respectivas extraordinariamente, quando convocada pela
Cinco) A cada quota corresponderá um
condições contratuais nomeadamente, o preço gerência, sempre que for necessário, para se
voto por cada duzentos e cinquenta meticais de
e a forma de pagamento. deliberar sobre quaisquer outros assuntos para
capital respectivo.
Três) Gozam de direito de preferência na que tenha sido convocada.
aquisição da quota a ser cedida, a sociedade e os Dois) É dispensada a reunião da assembleia ARTIGO DÉCIMO TERCEIRO
restantes sócios, nesta ordem. No caso de nem geral e dispensadas as formalidades da
a sociedade nem o outro sócio desejar usar o sua convocação quando todos os sócios (Gerência e representação)
mencionado direito de preferência, então o sócio concordarem por escrito na deliberação ou Um) A administração e gerência da sociedade
que desejar vender a sua quota poderá fazê-lo concordem que por esta forma se delibere,
e a sua representação, dispensada de caução e
livremente a quem e como entender. considerando-se válidas, nessas condições, as
com ou sem remuneração conforme, vier a ser
Quatro) É nula qualquer divisão, cessão, deliberações tomadas, ainda que realizadas fora
deliberado em assembleia geral, fica a cargo
oneração ou alienação de quotas que não da sede social em qualquer ocasião e qualquer
de dois gerentes, bastando a sua assinatura
observe o preceituado no presente artigo. que seja o seu objecto.
para obrigar a sociedade em todos os actos
Três) Exceptuam-se as deliberações
e contratos, activa e passivamente, em juízo
ARTIGO SÉTIMO que importem modificações dos estatutos e
dissolução da sociedade. e fora dele, tanto na ordem jurídica interna
(Amortização de quotas) Quatro) A assembleia geral será convocada como internacional, dispondo dos mais amplos
pela presidente do quadro da gerência, ou por poderes legalmente consentidos.
A sociedade fica com a faculdade de
três membros do quadro da gerência, por carta Dois) O sócio gerente poderá designar um
amortizar as quotas, nos termos da lei vigente, ou mais mandatários e neles delegar total ou
nos seguintes casos: registada com aviso de recepção, ou outro meio
de comunicação que deixe prova escrita, a todos parcialmente, os seus poderes.
a) Por acordo com os respectivos os sócios da sociedade com a antecedência Três) O sócio gerente, ou seu mandatário não
proprietários; mínima de trinta dias, dando-se a conhecer poderá obrigar a sociedade em actos e contratos
b) Por morte ou interdição de qualquer a ordem de trabalhos e a informação necessária que não digam respeito aos negócios sociais,
sócio; à tomada de deliberação, quando seja esse o nomeadamente em letras de favor, fianças,
c) Quando recaía sobre a quota uma acção caso. abonações ou outras semelhantes.
judicial de penhora, arresto ou haja Cinco) Por acordo expresso dos sócios, pode
que ser vendida judicialmente. ser dispensado o prazo previsto no número ARTIGO DÉCIMO QUARTO
anterior. (Balanço e prestação de contas)
ARTIGO OITAVO
ARTIGO DÉCIMO PRIMEIRO Um) O ano social coincide com o ano civil.
(Morte ou incapacidade dos sócios)
Dois) O balanço e a conta de resultados
(Representação em Assembleia Geral)
Em caso de morte ou interdição de qualquer fecham a trinta e um de Dezembro de cada ano,
um dos sócios, os herdeiros legalmente Um) O sócio que for pessoa colectiva e carecem de aprovação da Assembleia Geral,
constituídos do falecido ou representantes far-se-á representar na Assembleia Geral a realizar-se até ao dia trinta e um de Março do
do interdito, exercerão os referidos direitos pela pessoa física para esse efeito designada, ano seguinte.
822 III SÉRIE — NÚMERO 23
ARTIGO DÉCIMO QUINTO pelo Departamento dos Estados Unidos da fisca-lização de equipamentos
América. e infra-estruturas para produção
(Resultados)
É celebrado aos dois de Março de dois mil e transporte de petróleo, gás natural
Um) Dos lucros apurados em cada exercício e catorze e ao abrigo do disposto nos artigos e produtos petrolíferos;
deduzir-se-á, em primeiro lugar, a percentagem noventa e trezentos e trinta e um e seguintes do c) Serviços de apoio logístico e de
cabotagem para assistência às
legal estabelecida para a constituição do fundo Código Comercial vigente em Moçambique,
operações petrolíferas no país e
de reserva legal, enquanto se não encontrar aprovado pelo Decreto-Lei número dois barra
em particular na Bacia do Rovuma;
realizada. dois mil e cinco, de vinte e sete de Dezembro,
d) Prestação de serviços de consultoria
Dois) A parte restante dos lucros será o presente contrato de sociedade que se rege
e engenharia para as operações
pelas cláusulas insertas nos artigos seguintes: petrolíferas, distribuição de gás
aplicada nos termos que forem aprovados pela
Assembleia Geral. natural, electricidade e prestação
CAPÍTULO I
de qualquer outros serviços
ARTIGO DÉCIMO SEXTO Da firma, sede, duração e objecto relacionados com as atividades
social acima descritas.
(Dissolução e liquidação da sociedade) Dois) Mediante deliberação do conselho
ARTIGO PRIMEIRO de administração, a sociedade poderá exercer
Um) A sociedade se dissolve nos casos
(Firma) quaisquer outras actividades relacionadas,
expressamente previstos na lei ou por directa ou indirectamente, com o seu objecto
deliberação unânime dos sócios. A sociedade é constituída sob a forma de principal, praticar todos os actos complementares
Dois) Declarada a dissolução da sociedade, sociedade por quotas e adopta a firma Aurora da sua actividade e outras actividades com fins
proceder-se-á à sua liquidação gozando os Energy Mozambique, Limitada, podendo ser lucrativos não proibidas por lei, desde que
liquidatários, nomeados pela assembleia geral, abreviadamente designada por Aurora Energy, devidamente licenciada e autorizada.
dos mais amplos poderes para o efeito. Limitada, e rege-se pelo disposto nos presentes Três) A sociedade poderá participar em
estatutos e pela legislação aplicável. outras empresas ou sociedades já existentes ou
Três) Em caso de dissolução por acordo dos
a constituir ou associar-se com elas sob qualquer
sócios, todos eles serão os seus liquidatários e forma permitida por lei.
ARTIGO SEGUNDO
a partilha dos bens sociais e valores apurados
proceder-se-á conforme deliberação da (Sede) CAPÍTULO II
assembleia geral. Um) A sociedade tem a sua sede na Avenida Do capital social
Zedequias Manganhela, número quinhentos e
ARTIGO DÉCIMO SÉTIMO vinte, sexto andar, flat D, na cidade de Maputo. ARTIGO QUINTO
(Disposições finais)
Dois) O conselho de administração poderá, (Capital social)
sem dependência de deliberação dos sócios,
As omissões aos presentes estatutos serão transferir a sede da sociedade para qualquer O capital social, integralmente subscrito
reguladas e resolvidas de acordo com o Código outro local dentro do território nacional. Poderá e realizado em dinheiro, é de cento e cinquenta
Comercial em vigor e demais legislação ainda criar, transferir ou encerrar sucursais, mil meticais, representado por três quotas
agências, delegações ou quaisquer outras formas desiguais, distribuídas da seguinte forma:
aplicável.
de representação da sociedade em qualquer a) Adesola Barry Adedamola, com
parte do território nacional ou no estrangeiro. uma quota de sessenta e sete
mil e quinhentos meticais,
ARTIGO TERCEIRO correspondente a quarenta e cinco
Aurora Energy Mozambique,
Limitada (Duração) por cento, do capital social;
b) Amanuel Misghinna com uma quota
Certifico, para efeitos de publicação, que A sociedade é constituída por tempo de sessenta e sete mil e quinhentos
no dia doze de Março de dois mil e catorze, indeterminado, contando-se o seu início a partir meticais, correspondente a de
foi matriculada na Conservatória de Registo da data da assinatura do presente contrato de quarenta e cinco por cento, do
de entidades Legais sob o NUEL 100585081 sociedade. capital social; e
uma Entidade denominada Aurora Energy c) Asfaha Teasfai, com uma quota de
ARTIGO QUARTO
Mozambique, Limitada. quinze mil meticais, correspondente
Primeiro. Adesola Barry Adedamola, (Objecto) a dez por cento, do capital social.
solteiro, maior, natural de Lagos e de naciona- Um) A sociedade tem por principal objecto
lidade nigeriana, portador do Passaporte ARTIGO SEXTO
social o exercício das seguintes actividades:
nigeriano com o n.º A06086931, de dezasseis (Prestações suplementares)
a) Prestação de serviços para as operações
de Setembro de dois mil e catorze, emitido pela
petrolíferas em território nacional, Não serão exigíveis prestações suple-
República Federal da Nigéria;
incluindo mas sem se limitar as mentares de capital. Os sócios poderão
Segundo. Amanuel Misghinna, solteiro, actividades de alocação de pessoal conceder à sociedade os suprimentos de que
maior, de nacionalidade britânica, titular do especializado, actividades de ela necessite, nos termos e condições aprovados
Passaporte britânico com o n.º 510654139, de pesquisa, de desenvolvimento pela assembleia geral.
onze de Agosto de dois mil e doze, emitido pelo e pro-dução, de transporte de
Governo de Grâ-Bretanha e Irlanda do Norte; petróleo, gás natural e produtos ARTIGO SÉTIMO
Terceiro. Asfaha Teasfai, solteiro, natural petrolíferos, ao abrigo da legislação
(Cessão de quotas)
da Etiopia, de nacionalidade norte americana, aplicável;
titular do Passaporte com o n.º 505909108, de b) Concepção, produção, operação, Um) A cessão de quotas é livre quando
três de Setembro de dois mil e catorze, emitido manutenção, inspecção e realizada entre os sócios.
20 DE MARÇO DE 2015 823
Dois) A divisão e a cessão de quotas, convocadas, por qualquer dos a dministradores ARTIGO DÉCIMO SEGUNDO
bem como a constituição de quaisquer ónus quando escrita por carta registada com aviso de (Deliberações)
e encargos sobre as mesmas, carecem de recepção expedida aos sócios com quinze dias
autorização prévia da sociedade, mediante Um) As deliberações da assembleia geral são
de antecedência que poderá ser redigida para
deliberação da assembleia geral, após a tomadas por maioria simples de votos dos sócios
recomendação do conselho de administração. oito dias quando se trate de uma assembleia
presentes ou representados, excepto nos casos
Três) O sócio que pretender alienar ou geral extraordinária devendo ser acompanhada em que pela lei ou pelos presentes estatutos se
ceder a sua quota informará a sociedade, com da ordem de trabalhos e dos documentos exija maioria diferente.
um mínimo de trinta dias de antecedência, por necessários à tomada de deliberações, quando Dois) A cada quota corresponderá um voto
carta registada, com aviso de recepção, dando seja esse o caso. por cada duzentos e cinquenta meticais, do
a conhecer o projecto de venda e as respectivas respectivo capital.
Dois) Quando as circunstâncias o
condições contratuais.
Quatro) Gozam do direito de preferência, na aconselham, a assembleia geral poderá reunir Secção II
aquisição da quota a ser cedida, a sociedade e em local fora da sede social, se tal facto não
Do conselho de administração
os restantes sócios, por esta ordem. prejudicar os direitos e os legítimos interesses
de qualquer dos sócios. ARTIGO DÉCIMO TERCEIRO
ARTIGO OITAVO
(Administração)
(Exclusão e amortização de quotas) ARTIGO DÉCIMO
Um) A sociedade poderá deliberar A sociedade será administrada por um
(Dispensa da reunião e das formalidades de
a amortização de quotas no caso de exclusão ou conselho de administração composto por um
convocação)
exoneração de sócio nos termos estabelecidos máximo de três membros, ficando desde já
no artigo trezentos do Código Comercial. Um) Será dispensada a reunião da assembleia nomeados os sócios Amanuel Misghinna e
Dois) A sociedade poderá deliberar geral, bem com as formalidades da sua Adesola Barry Adedamola, como membros,
a amortização de quotas ou exclusão de sócios cabendo a assembleia geral designar os
convocação, quando todos os sócios concordem
nos seguintes casos: restantes.
por escrito na deliberação ou concordem por
a) Cedência de quota a estranhos à
sociedade sem prévia deliberação escrito, em que dessa forma se delibere, ou ARTIGO DÉCIMO QUARTO
positiva da assembleia geral da quando estejam presentes ou representados (Competências)
sociedade ou sem que seja dada a todos os sócios, ainda que as deliberações
oportunidade de exercer o direito de sejam tomadas fora da sede social, em qualquer Um) Compete ao conselho de administração
preferência a que alude o número exercer os mais amplos poderes com todo o dever
ocasião e qualquer que seja o seu objecto,
três do artigo sexto dos estatutos; de diligência e criteriosidade, representando a
b) Quando o sócio violar reiteradamente excepto tratando-se de alteração do contrato sociedade em juízo e fora dele, activa ou
os seus deveres sociais ou adopte social, de fusão, de cisão, de transformação ou passivamente, e praticando todos os demais
comportamento desleal que, de dissolução da sociedade ou outros assuntos actos tendentes à realização do objecto social
pela sua gravidade ou reiteração, que a lei exija maioria qualificada onde deverão nos termos da lei e dos presentes estatutos,
seja seriamente perturbador do mediante prévia autorização da assembleia-
estar presentes ou representados os sócios que
funcionamento da sociedade, ou geral.
susceptível de lhe causar grave detenham, pelo menos, correspondentes a um
Dois) O conselho de administração pode
prejuízo. terço do capital social.
delegar poderes à qualquer ou quaisquer dos
Três) Se outra coisa não for deliberada em Dois) Podem também os sócios deliberar
seus membros e constituir mandatários.
conselho de administração, a contrapartida sem recurso a assembleia geral, deste que todos
da amortização será o correspondente ao declarem por escrito o sentido do seu voto, em ARTIGO DÉCIMO QUINTO
valor nominal da quota amortizada se, documento que inclua a proposta de deliberação,
contabilisticamente, não lhe corresponder valor (Reunião)
devidamente datado, assinado e endereçado
inferior que, em tal caso, se aplicará.
à sociedade. Um) O Conselho de Administração reunirá
Quatro) Amortizada qualquer quota, a
sempre que necessário para os interesses da
mesma passa a figurar no balanço como quota
ARTIGO DÉCIMO PRIMEIRO sociedade sendo convocado pelo respectivo
amortizada, podendo posteriormente os sócios
deliberar a criação de uma ou várias quotas, em (Quórum constitutivo) presidente, por sua iniciativa ou a pedido de
vez da quota amortizada, destinadas a serem qualquer outro Administrador.
alienadas a um ou alguns sócios ou a terceiros. Um) A assembleia geral só se pode cons- Dois) O conselho de administração será
Cinco) A exclusão do sócio não prejudica tituir e deliberar validamente em primeira convocado pelo seu presidente, ou a pedido de
o dever de este indemnizar pelos prejuízos que convocação, quando estejam presentes ou qualquer dos seus membros.
lhe tenha causado. representados sócios que representem, pelo Três) A convocação das reuniões deverá ser
menos, sessenta por cento do capital social, sem feita com dez dias de antecedência, pelo menos,
CAPÍTULO III
prejuízo do disposto na lei. salvo se for possível reunir todos os membros
Dos órgãos sociais Dois) Em segunda convocação a assembleia do conselho sem outras formalidades.
Secção I geral pode constituir-se e deliberar validamente, Quatro) A convocatória conterá a indicação
seja qualquer for o número de sócios presentes da ordem de trabalhos, data, hora e local da
Da Assembleia Geral reunião, devendo ser acompanhada de todos
ou representados, sem prejuízo do disposto
ARTIGO NONO na lei. os documentos necessários à tomada de
Três) Qualquer dos sócios poderá fazer-se deliberações, quando seja necessário.
(Convocação)
representar na assembleia geral por outro dos Cinco) Para presidir o conselho de
Um) Sem prejuízo das formalidades de sócios, mediante a comunicação escrita dirigida administração fica desde já nomeado o senhor
carácter imperativo, as assembleias gerais serão ao presidente da assembleia geral. Michael Simm.
824 III SÉRIE — NÚMERO 23
Dois) Os actos de mero expediente poderão novecentos e um, lei das sociedades por quotas, Três) Deliberou-se a venda de dez
ser assinados por qualquer administrador, ou por e demais legislação aplicável. por cento das acções ao senhor Humaido
qualquer empregado devidamente autorizado. Instruem o presente contrato, fazendo parte Abubacar Mussá, com o Bilhete de Identidade
Três) Em caso algum poderão os admi- integrante do mesmo, os seguintes documentos n.° 100100236762F, emitido aos vinte e um de
nistradores, ou mandatários comprometer a anexos: Outubro de dois mil e dez, em Maputo, como
sociedade em actos ou contratos estranhos a) Certidão de Reserva de nome, passada objectivo de cedência de instalações.
ao seu objecto, designadamente em letras pela Conservatória das Entidades Quatro) Deliberou-se o aumento de quatro
e livranças de favor e abonações. Legais de Maputo; por cento das acções ao senhor Hélder Inácio
20 DE MARÇO DE 2015 825
Keshavji, que passa a ter trinta e cinco por cento Limitada, constituída pela senhora Ana Rita complementares ou conexas e a
das acções e continua como director-geral e Geremias Sithole, a qual se regerá nos termos prestação de todos e quaisquer
mandatário. constantes das cláusulas seguintes: serviços relacionados com as
Quinto) Deliberou-se também sobre o actividades atrás mencionadas.
CAPÍTULO I
aumento de quotas do sócio Edson George Dois) A sociedade poderá participar no
Sansão Mabica, que passa a ter vinte e cinco Da denominação, duração, sede capital de qualquer outra pessoa colectiva de
por cento das acções da Empresa acima referida. e objecto objecto social igual ou distinto do objecto
Sexto) Mais ainda se deliberou sobre a por ela prosseguido, detendo para o efeito os
ARTIGO PRIMEIRO
ampliação do objecto social. títulos ou participações que sejam necessários,
Um) A sociedade adopta a firma Macassar podendo igualmente associar-se a qualquer
Aberta a secção, assumiu a presidência da
Resources – Sociedade Unipessoal, Limitada, entidade, através de acordos de parceria ou
mesa da assembleia geral, o senhor Hélder
será regida pelas disposições aplicáveis associação, mediante qualquer forma de
Inácio Keshavji na qualidade do administrador
às sociedades unipessoais por quotas de associação legalmente consentida.
da sociedade, tendo verificado pela carta
responsabilidade limitada, pelos presentes
de representação que foi entregue e vai ser CAPÍTULO II
estatutos e demais legislação aplicável.
arquivada que se encontravam representados
Dois) A sociedade terá a sua sede em Do capital social, aumento e redução
alguns membros, declarou a assembleia
Maputo, Avenida Armando Tivane, número do capital social
constituída existir o fórum para ser votado os
mil novecentos e sessenta e um, podendo abrir
cinco pontos constantes da ordem de trabalho.
delegações ou quaisquer outras formas de ARTIGO QUARTO
Entretanto os cinco pontos de ordem do representação em qualquer parte do território
trabalho, o director-geral da sociedade teceu Um) O capital da sociedade integralmente
nacional ou no estrangeiro. subscrito e realizado é de setenta mil meticais,
considerações acerca dos pontos da agenda
tendo referido tratar-se decidir-se sobre o sendo integralmente titulado por Ana Rita
ARTIGO SEGUNDO
incumprimento do contrato firmado entre o Geremias Sithole, entanto que sócia única.
Duração Dois) O capital social pode ser aumentado
director-geral da sociedade e o representante do
Maputo Cimento & Steel na pessoa do senhor A duração da sociedade é por tempo ou reduzido mediante decisão da sócia única
Kishore G. Kumar, na altura representante da indeterminado, contando-se o seu inicio a partir alterando-se em qualquer dos casos o contrato
Maputo Cimento & Steel e decidir sobre a venda da data da sua constituição. de sociedade para o que se observarão as
dos quarenta e nove por cento das acções que formalidades exigidas por lei.
pertencem a Maputo Cimento & Steel, como ARTIGO TERCEIRO Três) Decidida qualquer variação do capital
forma de dar uma nova forma á sociedade. social, competirá à sócia única decidir como e
Objecto
em que prazo deverá ser feito o aumento ou a
Neste sentido, a assembleia geral deliberou
Um) A sociedade tem por objecto: redução, assim como o respectivo pagamento,
com os votos favoráveis de cinquenta e um
i) O exercício de actividades de pesquisa, quando o capital não seja logo inteiramente
por cento dos votos favoráveis dos membros
prospecção, exploração, produção, realizado.
presentes e representados sobre a cessação de
processamento, refinação de
quotas da Maputo Cement & Steel e a venda ARTIGO QUINTO
quaisquer recursos minerais, on-
das acções pertencentes a Maputo Cement &
shore ou off-shore, incluindo o Prestações suplementares e suprimentos
Steel á empresa G.F.A. Construções, trinta
exercício de operações petrolíferas
por cento e aumento de quotas dos outros dois Não haverá prestações suplementares de
tal como estas são legalmente
sócios (Helder Inácio K. Trinta e cinco por capital, mas a sócia poderá fazer os suprimentos
definidas, e a prática dos contratos
cento e Edson Jorge Mabica vinte e cinco por que se reportem necessários à sociedade, nas
que lhes são subjacentes, sempre
cento) e ampliação do objecto da sociedade para condições fixadas na lei ou por ela e respeitadas
na mais estrita observância da
mais extracção e comercialização do calcário e que sejam as disposições legais aplicáveis.
legislação aplicável e no respeito
prestação de serviços na área mineira.
pelos princípios de responsabilidade CAPÍTULO III
Nada mais havendo por tratar, deu se por social empresarial, defesa e
encerrada a reunião da Assembleia da qual conservação do meio ambiente Da administração
se produziu a presente acta que vai assinada em geral; ARTIGO SEXTO
pelos sócios. ii) O desenvolvimento de actividades
Matola, doze de Março de dois mil e quinze. industriais, de distribuição e Administração
— A Técnica, Ilegível. comercialização interna e externa Um) A administração da sociedade compete
dos recursos minerais que à sócia única Ana Rita Geremias Sithole, que
constituem o seu objecto principal; fica, desde já, dispensado de prestar caução.
iii) A prestação de serviços afins e Dois) Sem prejuízo do disposto no número
complementares ao seu objecto anterior a sócia única poderá nomear de
Macassar Resources – principal; acordo com o seu melhor critério, um ou
Sociedade Unipessoal, iv) A importação e a exportação ou mais administradores que serão igualmente
Limitada reexportação de equipamentos, dispensados de prestar caução, no exercício
aparelhos, materiais e produtos no das suas funções.
Certifico, para efeitos de publicação que, âmbito dos fins que prossegue; Três) A sócia única poderá constituir um ou
no dia onze de Março de dois mil e quinze, foi v) Quaisquer outros negócios que mais procuradores com ou sem a faculdade de
matriculada nesta Conservatória do Registo os sócios resolvam explorar e substabelecer nos termos e para os efeitos da
das Entidades Legais, sob o NUEL 100585197 sejam permitidos por lei assim lei. Os mandatos podem ser gerais ou especiais
a sociedade unipessoal por quotas, denominada como o desenvolvimento de podendo a sócia única revogá-los a todo tempo,
Macassar Resources – Sociedade Unipessoal, todas as actividades subsidiárias, quando as circunstâncias o justifiquem.
826 III SÉRIE — NÚMERO 23
Quatro) Compete à sócia única representar Dois) Declarada a dissolução da sociedade, ARTIGO Terceiro
a sociedade em todos os seus actos, activa e proceder-se-á à sua liquidação gozando os
Objecto
passivamente, em juízo e fora dele, tanto na liquidatários, nomeados pela sócia, dos mais
ordem jurídica interna como internacional, amplos poderes para o efeito. Um) A sociedade tem por objecto
dispondo dos mais altos poderes consentidos i) o exercício de actividades de pesquisa,
ARTIGO DÉCIMO PRIMEIRO
para a prossecução do objecto social, prospecção, exploração, produção,
designadamente quanto ao exercício da gestão Morte, interdição ou inabilitação do sócio
processamento, refinação de
corrente dos negócios sociais.
Em caso de morte, interdição, ou inabilitação quaisquer recursos minerais, on-
Cinco) No exercício das suas competências, da sócia única, a sociedade continuará com os shore ou off-shore, incluindo o
o(s) administrador(es) não sócio(s), que seus herdeiros, caso estes manifestem a intenção exercício de operações petrolíferas
possa(m) vir a ser designado(s) pela sócia única, de continuar com a sociedade. Caso não haja tal como estas são legalmente
deverá(ão) agir no mais estrito respeito das herdeiros a quota da sócia única será paga a definidas, e a prática dos contratos
deliberações que sejam regular ou pontualmente quem se apresentar com direito à mesma, pelo
tomadas pela sócia única, sobre quaisquer que lhes são subjacentes, sempre
valor que o balanço apresentar à data do óbito.
matérias atinentes à gestão da sociedade. na mais estrita observância da
ARTIGO DÉCIMO SEGUNDO legislação aplicável e no respeito
ARTIGO SÉTIMO pelos princípios de responsabilidade
Casos omissos
social empresarial, defesa e
Formas de obrigar a sociedade
Em todo o omisso regularão as disposições conservação do meio ambiente
Um) A sociedade fica obrigada: legais aplicáveis em vigor na República de em geral;
i) Pela assinatura individualizada da sócia Moçambique. ii) o desenvolvimento de actividades
única Ana Rita Geremias Sithole; Maputo, treze de Março de dois mil e quinze. industriais, de distribuição e
ii) Pela assinatura de procurador - O Técnico, Ilegível. comercialização interna e externa
autorizado, nos termos e limites dos recursos minerais que
específicos do respectivo mandato. constituem o seu objecto principal;
Dois) Os actos de mero expediente poderão iii) a prestação de serviços afins e
ser assinados pela sócia única, por administrador Salgado Resources – complementares ao seu objecto
não sócio (quando exista) ou por quaquer Sociedade Unipessoal, principal;
empregado por eles expressamente autorizado. Limitada iv) a importação e a exportação ou
reexportação de equipamentos,
CAPÍTULO IV Certifico, para efeitos de publicação, que,
aparelhos, materiais e produtos no
no dia onze de Março de dois mil e quinze, foi
Das disposições gerais matriculada nesta Conservatória do Registo das âmbito dos fins que prossegue;
Entidades Legais, sob o NUEL, 100585189 a v) quaisquer outros negócios que
ARTIGO OITAVO os sócios resolvam explorar e
sociedade unipessoal por quotas, denominada
Balanço e prestação de contas Salgado Resources – Sociedade Unipessoal, sejam permitidos por lei assim
Limitada, constituída pelo senhor Ângelo como o desenvolvimento de
Um) O ano social coincide com o ano civil, Inocentes das Neves Pinto Salgado, a qual se todas as actividades subsidiárias,
iniciando em um de Janeiro e terminando a regerá nos termos constantes das cláusulas complementares ou conexas e a
trinta e um de Dezembro. seguintes: prestação de todos e quaisquer
Dois) O balanço e a conta de resultados serviços relacionados com as
fecham a trinta e um de Dezembro de cada ano, CAPÍTULO I
actividades atrás mencionadas.
devendo a administração da sociedade organizar Da denominação, duração, sede Dois) A sociedade poderá participar no
as contas anuais e elaborar um relatório e objecto capital de qualquer outra pessoa colectiva de
respeitante ao exercício contendo a proposta
ARTIGO Primeiro objecto social igual ou distinto do objecto
de aplicação de resultados.
por ela prosseguido, detendo para o efeito os
Um) A sociedade adopta a firma Salgado
ARTIGO NONO títulos ou participações que sejam necessários,
Resources – Sociedade Unipessoal, Limitada,
podendo igualmente associar-se a qualquer
Resultados e sua aplicação será regida pelas disposições aplicáveis
às sociedades unipessoais por quotas de entidade, através de acordos de parceria ou
Um) Dos lucros apurados em cada exercício responsabilidade limitada, pelos presentes associação, mediante qualquer forma de
deduzir-se-á em primeiro lugar, a percentagem estatutos e demais legislação aplicável. associação legalmente consentida.
estabelecida para a constituição do fundo de Dois) A sociedade terá a sua sede em
Maputo, Avenida Zedequias Manganhela, CAPÍTULO II
reserva legal, enquanto estiver realizado nos
termos da lei, ou sempre que for necessário número quinhentos e vinte, décimo primeiro Do capital social, aumento e redução
reintegrá-lo. andar, esquerdo, podendo abrir delegações do capital social
Dois) A parte restante dos lucros será ou quaisquer outras formas de representação
em qualquer parte do território nacional ou no ARTIGO Quarto
aplicada nos termos que forem decididos pela
estrangeiro.
sócia única. Um) O capital da sociedade integralmente
ARTIGO Segundo subscrito e realizado é de dez mil meticais,
ARTIGO DÉCIMO sendo integralmente titulado por Ângelo
Duração
Dissolução e liquidação da sociedade Inocentes das Neves Pinto Salgado, entanto
A duração da sociedade é por tempo que sócio único.
Um) A sociedade só dissolve nos casos indeterminado, contando-se o seu inicio a partir Dois) O capital social pode ser aumentado
fixados na lei. da data da sua constituição. ou reduzido mediante decisão do sócio único
20 DE MARÇO DE 2015 827
alterando-se em qualquer dos casos o contrato Dois) Os actos de mero expediente poderão ADE – Agência de
de sociedade para o que se observarão as ser assinados pelo sócio único, por administrador Desenvolvimento e
formalidades exigidas por lei. não sócio (quando exista) ou por quaquer Empreendedorismo, Limitada
Três) Decidida qualquer variação do capital empregado por eles expressamente autorizado.
social, competirá ao sócio único decidir como Certifico, para efeitos de publicação, que
e em que prazo deverá ser feito o aumento ou a CAPÍTULO IV no dia vinte e três de Abril de dois treze, foi
redução, assim como o respectivo pagamento, matriculada na Conservatória do Registo de
Disposições gerais
quando o capital não seja logo inteiramente Entidades Legais sob NUEL 100382423 uma
realizado. ARTIGO Oitavo entidade denominada ADE é uma Agência
ARTIGO Quinto Balanço e prestação de contas de Desnvolvimento e Empreendedorismo,
Limitada.
Prestações suplementares e suprimentos Um) O ano social coincide com o ano civil,
iniciando em um de Janeiro e terminando a É celebrado o presente contrato de sociedade,
Não haverá prestações suplementares de nos termos do artigo noventa do Código
trinta e um de Dezembro.
capital, mas o sócio poderá fazer os suprimentos Comercial, entre:
Dois) O balanço e a conta de resultados
que se reportem necessários à sociedade, nas
fecham a trinta e um de Dezembro de cada ano, Primeiro. Policarpo Tamele, estado civil
condições fixadas na lei ou por ele e respeitadas
que sejam as disposições legais aplicáveis. devendo a administração da sociedade organizar divorciado, natural de Maputo, residente
as contas anuais e elaborar um relatório em Maputo, bairro Malanga, cidade de
CAPÍTULO III respeitante ao exercício contendo a proposta Maputo, portador de Bilhete de Identidade
de aplicação de resultados. n.º 11010004098669Q, emitido no dia vinte
ARTIGO Sexto
e dois de Dezembro de dois mil e nove, em
Administração ARTIGO NONO
Maputo;
Um) A administração da sociedade compete Resultados e sua aplicação Segundo. Boaventura Mahoche, estado
ao sócio único Ângelo Inocentes das Neves civil solteiro, natural de Inharrime, residente
Um) Dos lucros apurados em cada exercício
Pinto Salgado, que fica, desde já, dispensado em Matola, bairro Lhavela, cidade da
deduzir-se-á em primeiro lugar, a percentagem
de prestar caução. Matola, portador de Bilhete de Identidade
estabelecida para a constituição do fundo de
Dois) Sem prejuízo do disposto no número n.º 110100986060F, emitido no dia vinte e
reserva legal, enquanto estiver realizado nos
anterior o sócio único poderá nomear de cinco de Março de dois mil e onze, em Maputo;
termos da lei, ou sempre que for necessário
acordo com o seu melhor critério, um ou
reintegrá-lo. Terceiro. Amélia Olímpia Tamele, estado
mais administradores que serão igualmente
dispensados de prestar caução, no exercício Dois) A parte restante dos lucros será civil solteira, natural de Maputo, residente
das suas funções. aplicada nos termos que forem decididos pelo em Maputo, bairro Malanga, cidade de
Três) O sócio único poderá constituir um sócio único. Maputo, portadora de Bilhete de Identidade
ou mais procuradores com ou sem a faculdade n.º 110300493Z, emitido no dia catorze de Maio
ARTIGO DÉCIMO
de substabelecer nos termos e para os efeitos da de dois mil e nove, em Maputo; e
lei. Os mandatos podem ser gerais ou especiais Dissolução e liquidação da sociedade Quarto. Artur Chale, estado civil casado,
podendo o sócio único revogá-los a todo tempo,
Um) A sociedade só dissolve nos casos natural de Mongicual, residente em Maputo,
quando as circunstâncias o justifiquem.
fixados na lei. Bairro vinte e cinco de Junho, cidade de
Quatro) Compete ao sócio único representar
Dois) Declarada a dissolução da sociedade, Maputo, portador de Bilhete de Identidade
a sociedade em todos os seus actos, activa e
passivamente, em juízo e fora dele, tanto na proceder-se-á à sua liquidação gozando os n.º 110440160W, emitido no dia doze de Maio
ordem jurídica interna como internacional, liquidatários, nomeados pelo sócio, dos mais de dois mil e nove, em Maputo.
dispondo dos mais altos poderes consentidos amplos poderes para o efeito. Pelo presente contrato de sociedade ourto-
para a prossecução do objecto social, gam e constituem entre si uma sociedade por
designadamente quanto ao exercício da gestão ARTIGO DÉCIMO PRIMEIRO quotas de responsabilidade limitada, que se
corrente dos negócios sociais. Morte, Interdição ou Inabilitação do sócio regerá pelas cláusulas seguintes:
Cinco) No exercício das suas competências,
o(s) administrador(es) não sócio(s), que Em caso de morte, interdição, ou inabilitação Das disposições fundamentais
possa(m) vir a ser designado(s) pelo sócio único, do sócio único, a sociedade continuará com os
ARTIGO PRIMEIRO
deverá(ão) agir no mais estrito respeito das seus herdeiros, caso estes manifestem a intenção
deliberações que sejam regular ou pontualmente de continuar com a sociedade. Caso não haja Denominação
tomadas pelo sócio único, sobre quaisquer herdeiros a quota do sócio único será paga a
matérias atinentes à gestão da sociedade. Um) ADE é uma Agência de Desnvolvimento
quem se apresentar com direito à mesma, pelo
e Empreendedorismo, Limitada, é uma pessoa
valor que o balanço apresentar à data do óbito.
ARTIGO SÉTIMO colectiva de direito privado, com autonomia
Formas de obrigar a sociedade ARTIGO DÉCIMO SEGUNDO administrativa, patrimonial e financeira,
considerada por lei como parceiro social como
Um) A sociedade fica obrigada: Casos omissos
resultado das experiências das actividades da
i) Pela assinatura individualizada do sócio
Em todo o omisso regularão as disposições Organização da Aro Moçambique, no âmbito
único Ângelo Inocentes das Neves
legais aplicáveis em vigor na República de da sua visão de sustentabilidade.
Pinto Salgado;
Moçambique. Dois) A sociedade adopta a denominação
ii) Pela assinatura de procurador
autorizado, nos termos e limites Maputo, treze de Março de dois mil e quinze. Agência de Desenvolvimento e Empreen-
específicos do respectivo mandato; — O Técnico, Ilegível. dedorismo, ADE, Limitada.
828 III SÉRIE — NÚMERO 23
n.º 030100678770 F, emitido aos Dois) Objecto social: Fabrico, produção, será um auditor de contas ou uma
doze de Novembro de dois mil e processamento, tratamento, engarrafamento sociedade de auditores de contas,
dez, pelo Arquivo de Identificação e comercialização de refrigerantes, sumos e conforme o que for deliberado pela
Civil da Cidade de Nampula; águas; importação e exportação de todos os assembleia geral.
b) Momade Aquil Rajahussen, natural de bens necessários com vista à realização das Dois) Caso a assembleia geral delibere
Nacala-à-Velha, de nacionalidade actividades acima descritas. confiar a um auditor de contas ou
moçambicana, solteiro, residente na Três) Sede: Rua da Mogás, número catorze, uma sociedade de auditores de
Rua do Niassa número seis, central, Zona Industrial um, cidade de Nacala Porto, contas o exercício das funções
cidade de Nampula, titular do Bilhete província de Nampula. de fiscalização, não procederá à
de Identidade n.º 110100986018 M, Quatro) Capital social: O capital social, eleição do conselho fiscal.
emitido aos vinte e cinco de Março
integralmente subscrito e realizado em dinheiro, Mais disseram os contraentes que a
de dois mil e onze, pelo Arquivo
é de um milhão de meticais, dividido em cem sociedade ora constituída se rege pelo contrato
de Identificação Civil da Cidade de
acções ao portador com valor nominal de dez de sociedade anexo ao presente e que dele
Maputo;
mil meticais cada uma, e encontra-se distribuído faz parte integrante, cujo conteúdo declaram
c) Rozmin Rajahussen Gulamo, natural de
em seis accionistas, do seguinte modo: conhecer perfeitamente e corresponder á sua
Nacala-à-Velha, de nacionalidade
moçambicana, solteira, residente a) Dez acções, no valor total de cem mil vontade. Pelo que o vão também assinar.
na Rua dos Continuadores, número meticais, correspondente a dez por
cento do capital social, detidas pelo CAPÍTULO I
trinta e três, primeiro andar direito,
urbano central, cidade de Nampula, accionista Rajahussen Gulamo; Da firma, sede, duração e objecto
titular do Bilhete de Identidade b) Vinte acções, no valor total de duzentos social
n.º 030100678675S, emitido aos mil meticais, correspondente a vinte
onze de Novembro de dois mil por cento do capital social, detidas ARTIGO PRIMEIRO
e dez, pelo Arquivo de Identificação pelo accionista Momade Aquil (Firma)
Civil da Cidade de Nampula; Rajahussen;
c) Quinze acções, no valor total de É constituída nos termos da lei e dos
d) Momade Rafique Rajahussen Gulamo,
cento e cinquenta mil meticais, presentes estatutos, uma sociedade anónima
natural de Ilha de Moçambique,
correspondente a quinze por cento denominada G.S. Beverages, S.A., regida pelos
de nacionalidade moçambicana,
do capital social, detidas pela presentes estatutos e pela demais legislação
solteiro, residente na Rua de
accionista Rozmin Rajahussen aplicável.
Niassa, casa número três, Urbano
Central, Cidade de Nampula, Gulamo;
ARTIGO SEGUNDO
titular do Bilhete de Identidade d) Vinte acções, no valor total de duzentos
n.º 030101471411J, emitido aos mil meticais, correspondente a vinte (Sede)
dezassete de Agosto de dois mil por cento do capital social, detidas
Um) A sociedade tem a sua sede na Rua da
e onze, pelo Arquivo de pelo accionista Momade Rafique
Mogás, número catorze, zona industrial um,
Identificação Civil da Cidade de Rajahussen Gulamo;
cidade de Nacala Porto, província de Nampula.
Nampula; e) Vinte acções, no valor total de duzentos
Dois) A sede da sociedade pode ser trans-
e) Momade Arif Rajahussen Gulamo, mil meticais, correspondente a
ferida para qualquer outro local, por deliberação
natural de cidade de Nampula, vinte por cento do capital social,
da Assembleia Geral.
de nacionalidade moçambicana, detidas pelo accionista Momade
Três) O Conselho de Administração poderá,
solteiro, residente na Rua Niassa, Arif Rajahussen Gulamo; e
criar, transferir ou encerrar sucursais, agências,
casa número seis, urbano central, f) Quinze acções, no valor total de
delegações ou quaisquer outras formas de
cidade de Nampula, titular do cento e cinquenta mil meticais,
representação da sociedade em qualquer parte
Bilhete de Identidade n.º 110 102 correspondente a quinze por cento
do território nacional ou estrangeiro.
503 294 I, emitido aos vinte e sete do capital social, detidas pela
de Março de dois mil e treze, pelo accionista Sukeina Rajahussen ARTIGO TERCEIRO
Arquivo de Identificação Civil da Gulamo.
(Duração)
Cidade de Maputo; e Cinco) Administração e forma de obrigar
f) Sukeina Rajahussen Gulamo, a sociedade: A sociedade é constituída por tempo
natural de cidade de Nampula, Um) A sociedade é administrada e indeterminado.
de nacionalidade moçambicana, representada por um Conselho de
solteira, residente na Rua do ARTIGO QUARTO
Administração, composto por três
Niassa, casa número seis, urbano Administradores, nomeadamente, (Objecto)
central, cidade de Nampula, os senhores Momade Aquil Um) A sociedade tem por objecto social:
titular do Bilhete de Identidade Rajahussen, Momade Rafique
n.º 030100678774B, emitido aos a) Fabrico, produção, processamento,
Rajahussen Gulamo e Momade Arif
seis de Maio de dois mil e onze, tratamento, engarrafamento e
Rajahussen Gulamo.
pelo Arquivo de Identificação Civil comercialização de refrigerantes,
Dois) A sociedade fica obrigada pela
da Cidade de Nampula. sumos e águas;
assinatura conjunta de dois
b) Importação e exportação de todos
O representante das partes acima identificadas, administradores.
os bens necessários com vista à
declarou que pelo presente documento particular Seis) Fiscalização: realização das actividades acima
é constituída uma sociedade comercial, sob a
Um) A fiscalização dos negócios sociais descritas.
forma de sociedade anónima, com as seguintes
será exercida por um Conselho Dois) Mediante deliberação do Conselho
principais características:
Fiscal ou por um Fiscal Único, que de Administração, sociedade poderá exercer
Um) Firma: G.S. Beverages, S.A.
830 III SÉRIE — NÚMERO 23
quaisquer outras actividades relacionadas, h) Os prazos dentro dos quais as entradas transmissão, nomeadamente as condições de
directa ou indirectamente, com o seu objecto devem ser realizadas; pagamento, as garantias oferecidas e recebidas
principal, desde que devidamente licenciada e i) O prazo e demais condições do e a data da realização da transacção.
autorizada. exercício do direito de subscrição Três) A sociedade deverá pronunciar-se
Três) Mediante deliberação do Conselho e preferência; e sobre o direito de preferência para a transmissão
de Administração, a sociedade poderá exercer das acções no prazo máximo de quinze dias, a
j) O regime que será aplicado em caso de
quaisquer outras actividades relacionadas, contar da recepção da carta referida no número
subscrição incompleta.
directa ou indirectamente, com o seu objecto anterior.
principal, praticar todos os actos complementares Cinco) Em qualquer aumento do capital Quatro) Caso a sociedade não exerça o
da sua actividade e outras actividades com fins social, os accionistas gozam de direito de direito de preferência nos termos do número
lucrativos não proibidas por lei, desde que preferência, na proporção das acções que anterior, o Conselho de Administração deverá
devidamente licenciada e autorizada, assim possuírem à data do aumento, a ser exercido notificar, por escrito, os demais accionistas, para
como transmitir, adquirir e gerir participações nos termos gerais. exercerem o direito de preferência, no prazo
no capital social de outras sociedades, Seis) O direito de preferência prescrito máximo de quinze dias.
independentemente dos seus objectivos sociais, Cinco) No caso da sociedade e os accionistas
no número anterior poderá ser suprimido ou
ou participar em sociedades, associações renunciarem ao exercício do direito de
limitado por deliberação da Assembleia Geral
empresariais, agrupamentos de empresas ou preferência que lhes assiste, as acções poderão
tomada pela maioria necessária a alteração dos ser transmitidas nos termos legais.
outras formas de associação, sob qualquer
estatutos. Seis) O regime previsto no presente artigo
forma autorizada por lei, bem de exercer
quaisquer actividades sociais que resultam de não será aplicável às acções admitidas à
ARTIGO SÉTIMO
tais empreendimentos ou participações sociais. cotação na Bolsa de Valores de Moçambique,
(Acções) em relação às quais os accionistas não gozarão
CAPÍTULO II de direito de preferência sobre a respectiva
Um) As acções serão tituladas ou escriturais.
transmissão.
Do capital social, acções e meios de Dois) As acções tituladas poderão revestir
Sete) Serão inoponíveis à sociedade, aos
financiamento a forma de acções nominativas ou ao portador
demais accionistas e a terceiros as transmissões
registadas, devendo as escriturais revestir
ARTIGO QUINTO efectuadas sem observância do disposto no
sempre a forma de acções nominativas.
presente artigo, devendo a sociedade recusar
(Capital social) Três) As acções tituladas poderão a todo o
o respectivo averbamento das acções ou nas
tempo ser convertidas em acções escriturais, e
O capital social, integralmente subscrito competentes contas de registo de emissão e de
vice-versa, desde que obedecidos os requisitos
titularidade representativas do capital social da
e realizado em dinheiro, é de um milhão de fixados por lei.
sociedade.
meticais, dividido em cem acções ao portador Quatro) As acções, quando tituladas, serão
com valor nominal de dez mil meticais, cada representadas por títulos de uma, cinco, dez, ARTIGO DÉCIMO
uma. cinquenta, cem, quinhentas, mil, dez mil, cem
(Obrigações)
mil ou em um milhão de acções, a todo o tempo
ARTIGO SEXTO substituíveis por agrupamento ou subdivisão. Um) A sociedade poderá, nos termos da
(Aumento do capital social) Cinco) O desdobramento dos títulos far-se-á lei e mediante deliberação do Conselho de
a pedido dos accionistas, correndo por sua conta Administração, emitir quaisquer modalidades
Um) O c a p i t a l s o c i a l p o d e r á s e r ou tipos de obrigações.
as respectivas despesas.
aumentado uma ou mais vezes, por deliberação Dois) Por simples deliberação do Conselho
Seis) A sociedade poderá emitir, nos termos
da Assembleia Geral, mediante qualquer de Administração, ouvido o Conselho Fiscal,
modalidade ou forma legalmente permitida. e condições estabelecidos em Assembleia Geral,
todas as espécies de acções, incluindo acções a sociedade poderá adquirir obrigações
Dois) O aumento do capital social, mediante próprias, ficando suspensos os respectivos
incorporação de lucros ou de reservas livres, é preferenciais com ou sem voto.
direitos enquanto as obrigações pertencerem
proposto pelo Conselho de Administração com à sociedade.
ARTIGO OITAVO
parecer do Conselho Fiscal. Três) A sociedade poderá praticar com
Três) Não pode ser deliberado o aumento (Acções próprias) as obrigações próprias todas e quaisquer
de capital social enquanto não se mostrar operações em direito permitidas, que se
A sociedade só poderá adquirir acções
integralmente realizado o capital social inicial mostrem convenientes ao interesse social, e,
próprias ou fazer operações sobre elas, nos casos
ou proveniente de aumento anterior. nomeadamente, proceder à sua conversão, nos
admitidos por lei.
Quatro) A deliberação do aumento do capital casos legalmente previstos, ou amortização,
social deve mencionar, pelo menos, as seguintes ARTIGO NONO mediante simples deliberação do Conselho de
condições: Administração.
(Transmissão de acções)
a) A modalidade do aumento do capital;
ARTIGO DÉCIMO PRIMEIRO
b) O montante do aumento do capital; Um) A transmissão, total ou parcial, de
c) O valor nominal das novas participações acções está sujeita ao direito de preferência da (Suprimentos)
sociais; sociedade, em primeiro lugar, e dos accionistas,
Os accionistas podem prestar suprimentos à
d) As reservas a incorporar, se o aumento em segundo, na proporção das respectivas
sociedade, nos termos e condições estabelecidas
do capital for por incorporação de participações.
pela Assembleia Geral, sob proposta do
reservas; Dois) Para efeitos do disposto no número Conselho de Administração.
e) Os termos e condições em que os anterior, o sócio que pretenda transmitir as suas
sócios ou terceiros participam no acções, ou partes destas, deverá enviar, por ARTIGO DÉCIMO SEGUNDO
aumento; carta, dirigida ao Conselho de Administração,
(Prestações acessórias)
f) O tipo de acções a emitir; o respectivo projecto de venda, o qual deverá
g) A natureza das novas entradas, se as conter a identidade do adquirente, o preço Podem ser exigidas aos accionistas prestações
houver; e as condições ajustadas para a projectada acessórias de capital de acordo com a lei.
20 DE MARÇO DE 2015 831
Seis) Se o Presidente da mesa não convocar ARTIGO VIGÉSIMO SEXTO Quatro) O Conselho de Administração
uma reunião da Assembleia Geral, quando reunirá na sede social ou noutro local a acordar
(Suspensão)
legalmente se mostre obrigado a fazê-lo, poderá unanimemente pelos administradores, que
o Conselho de Administração, o Conselho Um) Quando a Assembleia Geral estiver em deverá ser indicado na respectiva convocatória.
Fiscal ou Fiscal Único e/ou os accionistas que condições de funcionar, mas não seja possível, Cinco) No caso de impossibilidade de
a tenham requerido convocá-la directamente, por motivo justificável, dar-se início aos comparência por parte de um ou mais dos
sendo as despesas documentadas que aqueles trabalhos ou, tendo sido dado início, os mesmos administradores da sociedade em reunião
fundadamente tenham realizado suportadas não possam, por qualquer circunstância, do Conselho de Administração, poderão ser
pela sociedade. concluir-se, será a reunião suspensa para utilizados os meios de comunicação disponíveis.
prosseguir em dia, hora e local que forem
ARTIGO VIGÉSIMO SEGUNDO no momento indicados e anunciados pelo ARTIGO VIGÉSIMO NONO
(Quórum constitutivo) Presidente da Mesa. (Deliberações)
Dois) A Assembleia Geral só poderá
Um) A Assembleia Geral só poderá constituir suspender a mesma reunião duas vezes, não Um) Para que o Conselho de Administração
e deliberar validamente em primeira convocação podendo distar mais de trinta dias entre as possa constituir-se e deliberar validamente, será
quando estejam presentes ou representados necessário que a maioria dos seus membros
sessões.
accionistas que representem, pelo menos, um esteja presente ou devidamente representados.
terço do capital social, salvo os casos em que a SECÇÃO III Dois) Os membros do Conselho de
lei ou os presentes estatutos exijam um quórum Administração poderão fazer-se representar
Da administração
superior. nas reuniões por outro membro, mediante
Dois) Em segunda convocação a Assembleia ARTIGO VIGÉSIMO SÉTIMO comunicação escrita.
Geral pode constituir-se e deliberar validamente,
Três) As deliberações são tomadas por
seja qual for o número de accionistas presente (Composição)
maioria dos votos dos administradores
e a percentagem do capital social por eles
Um) A administração e representação da presentes ou representados e dos que votam
representada, excepto naqueles casos em que
Sociedade serão exercidas pelo Conselho por correspondência.
a lei exija um quórum constitutivo para as
assembleias reunidas em segunda convocação. de Administração composto por um número Quatro) As deliberações do Conselho de
impar de membros, entre três a cinco membros Administração constarão de actas, lavradas
ARTIGO VIGÉSIMO TERCEIRO efectivos, conforme o deliberado pela em livro próprio, assinadas por todos os
Assembleia Geral que os eleger, a quem administradores que tenham participado na
(Quórum deliberativo)
compete igualmente indicar qual o momento reunião.
Um) Cada acção corresponde à um voto. do Conselho de Administração que assumirá
Dois) Têm o direito de votar na Assembleia ARTIGO TRIGÉSIMO
as funções de Presidente.
Geral ou de por outro modo deliberar todos (Competência)
Dois) Faltando definitivamente algum
os accionistas, que deverão ter as respectivas
administrador, será o mesmo substituído Um) Ao Conselho de Administração
acções depositadas na sede da sociedade até oito
dias antes da data marcada para a assembleia. por cooptação, até à primeira reunião da competem os mais amplos poderes de gestão e
Três) As deliberações da Assembleia Geral Assembleia Geral que procederá à eleição do representação social e nomeadamente:
serão tomadas por votos representativos de novo administrador, para exercer funções até ao a) Representar a sociedade, em juízo e
cinquenta e um por cento do capital social, salvo termo do mandato dos restantes administradores. fora dele, activa e passivamente,
quando a lei ou os presentes estatutos exijam Três) O Conselho de Administração poderá perante quaisquer entidades
maioria qualificada. constituir uma Direcção Executiva, cabendo- públicas ou privadas;
Quatro) Na contagem dos votos, não serão b) Orientar e gerir todos os negócios
lhe definir a composição e nomear de entre os
tidos em consideração as abstenções. sociais, praticando todos os actos
seus administradores os que serão membros da
tendentes à realização do objecto
ARTIGO VIGÉSIMO QUARTO Direcção Executiva, e nela delegar os poderes
social;
para a gestão corrente da sociedade, sem
(Local e acta) c) Deliberar sobre relatórios e contas
prejuízo da Direcção Executiva se subordinar finais;
Um) As assembleias gerais da sociedade ao Conselho de Administração. d) Deliberar sobre a mudança de sede,
reunir-se-ão na sede social ou noutro local da
aumento de capital e emissão de
localidade da sede, indicado nos respectivos ARTIGO VIGÉSIMO OITAVO
obrigações;
anúncios convocatórios. (Reuniões do Conselho de Administração) e) Deliberar sobre a prestação de cauções
Dois) De cada reunião da Assembleia Geral
e garantias, pessoais ou reais pela
deverá ser lavrada uma acta no respectivo livro, Um) O Conselho de Administração reúne
sociedade;
a qual será assinada pelo presidente e pelo trimestralmente e sempre que for convocado
f) Deliberar sobre a aquisição, alienação
secretário da mesa da Assembleia Geral ou por pelo seu Presidente ou por dois dos seus
e oneração de bens imóveis,
quem os tiver substituído nessas funções, salvo membros.
g) Deliberar sobre extensões ou reduções
se outras exigências forem estabelecidas por lei. Dois) As convocatórias devem ser feitas
da actividade da sociedade;
por escrito, com, pelo menos, quarenta e oito
ARTIGO VIGÉSIMO QUINTO h) Deliberar sobre projectos de fusão,
horas de antecedência, relativamente à data da
cisão e de transformação da
(Reuniões da Assembleia Geral)
reunião, devendo incluir ordem de trabalhos e
sociedade; e
as demais indicações e elementos necessários
A Assembleia Geral reunirá, ordinariamente, i) Deliberar sobre a abertura e
à tomada das deliberações.
nos três primeiros meses de cada ano, e, encerramento de estabelecimentos.
Três) As formalidades relativas à convocação
extraordinariamente, sempre que seja do Conselho de Administração podem ser Dois) Aos administradores é vedado
convocada, com observância dos requisitos dispensadas pelo consentimento unânime de responsabilizar a sociedade em quaisquer
estatutários e legais. todos os administradores. contratos, actos, documentos ou obrigações
20 DE MARÇO DE 2015 833
estranhas ao objecto da mesma, designadamente Três) Um dos membros efectivos do reintegração do fundo de reserva
em letras de favor, fianças, abonações e actos Conselho Fiscal terá de ser auditor de contas ou legal, até que represente, não
semelhantes. sociedade de auditores de contas devidamente excedendo a quinta parte do
Três) Os actos praticados contra o habilitada. montante do capital social;
estabelecido no número anterior importam b) O restante terá a aplicação que for
ARTIGO TRIGÉSIMO QUINTO
para o administrador em causa, a sua destituição, deliberada em Assembleia Geral.
perdendo a favor da Sociedade a caução que (Funcionamento)
tenha prestado e constituindo-se na obrigação ARTIGO QUADRAGÉSIMO
Um) O Conselho Fiscal, reúne pelo menos
de a indemnizar pelos prejuízos que esta venha (Dissolução e liquidação)
trimestralmente e sempre que for convocado
a sofrer em virtude de tais actos. pelo Presidente. A dissolução e liquidação da sociedade
ARTIGO TRIGÉSIMO PRIMEIRO Dois) Para que o Conselho Fiscal possa rege-se pelas disposições da lei aplicável que
se reunir validamente é necessária a presença
estejam sucessivamente em vigor e, no que
(Delegação de poderes) da maioria dos seus membros efectivos, não
estas forem omissas, pelo que for deliberado
podendo estes delegar as suas funções.
Um) O Conselho de Administração em Assembleia Geral.
Três) As deliberações são tomadas por
pode delegar parte ou a totalidade das suas Maputo, treze de Março de dois mil e quinze.
maioria dos votos presentes, cabendo ao
competências, incluindo a gestão corrente da
Presidente, em caso de empate, voto de – O Técnico, Ilegível.
sociedade, na Direcção Executiva.
qualidade.
Dois) Sem prejuízo do disposto no número
Quatro) As reuniões do Conselho Fiscal
anterior, o Conselho de Administração não pode
poderão realizar-se na sede social ou em
delegar as suas competências relativamente
qualquer outro local previamente indicado no
as matérias referentes aos relatórios e contas
respectivo aviso convocatório.
Sociedade Moçambicana de
anuais, à prestação de cauções e garantias, Investimentos, S.A.
pessoas ou reais, à extensões ou reduções da ARTIGO TRIGÉSIMO SEXTO
actividade da sociedade e aos projectos de fusão, Nos termos do número dois do artigo sétimo
cisão ou transformação sociedade, que nos (Actas do Conselho Fiscal) dos estatutos, convoca-se a Assembleia Geral
temos legais não podem ser delegadas. As actas das reuniões do conselho fiscal da
Sociedade Moçambicana de Investimentos,
serão registadas no respectivo livro de actas, S.A. para reunir, em sessão, no dia dezasseis
ARTIGO TRIGÉSIMO SEGUNDO
devendo mencionar os membros presentes, as de
Abril de dois mil e quinze, pelas quinze
(Vinculação da sociedade) deliberações tomadas e um relatório suscito de horas, no número oitocentos e setenta e sete,
todas as verificações, fiscalizações e demais primeiro andar, na Avenida Armando Tivane,
A sociedade obriga-se:
diligências dos seus membros desde reunião em
Maputo, com a seguinte ordem de trabalhos:
a) Pela assinatura conjunta de dois anterior, e dos seus resultados. Havendo fiscal
administradores; Primeiro – Apreciação, discussão
único em vez de conselho fiscal, deve pelo e deliberação sobre o balance e contas do
b) Pela assinatura de um administrador, menos, trimestralmente, ser exarado no livro
nos termos e nos limites dos exercício e
demais documentos de contas
ou nele colocado ou incorporado no referido
poderes que lhe forem conferidos e ainda sobre a aplicação de resultados;
relatório.
pelo Conselho de Administração; Segundo – Eleição dos Corpos Sociais
c) Pela assinatura de um ou mais ARTIGO TRIGÉSIMO SÉTIMO para o triénio de dois mil e quinze a dois mil
mandatários, nos termos e limites (Auditorias externas) e dezassete;
dos poderes a estes conferidos.
O Conselho de Administração poderá Terceiro – Designação dos membros do
SECÇÃO IV contratar uma sociedade externa de auditoria Conselho de Administração da C.P.M.Z. para
para efeitos de auditoria e verificação das contas o
triénio de dois mil e quinze a dois mil e
Da fiscalização dezassete, nos termos da alínea d) do número
da sociedade, devendo a Assembleia Geral
ARTIGO TRIGÉSIMO TERCEIRO aprovar o auditor externo. um do artigo décimo segundo dos estatutos.
Os adequados documentos estão a disposição
(Órgão de fiscalização) CAPÍTULO IV
dos accionistas para consulta, na
sede social,
Um) A fiscalização dos negócios sociais será Das disposições finais a partir da data da publicação desta convocatória.
exercida por um Conselho Fiscal ou por um ARTIGO TRIGÉSIMO OITAVO Maputo, catorze de Março de dois mil
Fiscal Único, que será um auditor de contas ou e quinze. — O Técnico, Ilegível.
uma sociedade de auditores de contas, conforme (Ano social)
o que for deliberado pela Assembleia Geral. Um) O ano social coincide com o ano civil.
Dois) Caso a Assembleia Geral delibere Dois) O balanço, a demonstração de
confiar a um auditor de contas ou uma sociedade resultados e demais contas do exercício fecham-
de auditores de contas o exercício das funções se com referência a trinta e um de Dezembro M.M Enterprise, Limitada
de fiscalização, não procederá à eleição do de cada ano e são submetidos à apreciação da
Conselho Fiscal. Certifico, para efeitos de publicação, que
Assembleia Geral nos três primeiros meses de
no dia vinte e quatro de Fevereiro de dois mil
ARTIGO TRIGÉSIMO QUARTO cada ano.
e quinze, foi matriculada, na Conservatória
ARTIGO TRIGÉSIMO NONO dos Registos de Nampula, sob o número
(Composição)
(Aplicação dos resultados) cem milhões, quinhentos oitenta mil cento
Um) O Conselho Fiscal será composto por e sessenta, a cargo do Conservador Calquer
três membros efectivos e um membro suplente. Os lucros líquidos que resultarem do Nuno de Albuquerque, Conservador Superior,
Dois) A Assembleia Geral que proceder à balanço anual terão a seguinte aplicação: uma sociedade por quotas de responsabilidade
eleição do Conselho Fiscal indicará o respectivo a) Pelo menos cinco por cento serão limitada denominada M.M Enterprise, Limitada
presidente. destinados à constituição ou e Notariado N1, constituída entre o único sócio;
834 III SÉRIE — NÚMERO 23
Mayur Costa Mahendrasing, de nacionalidade representar marcas e proceder a Dois) O administrador poderá constituir
moçambicana, casado em regime de separação sua comercialização a grosso e mandatários, com poderes que julgar convenientes
de bens, natural de Nampula, nascido aos a retalho, assim como prestar os e também substabelecer ou delegar todos os seus
doze de Novembro de mil novecentos e serviços relacionados com o objecto poderes de representação a outra pessoa que lhe
noventa, Portador de Bilhete de Identidade da actividade principal; convier por meio de procuração.
n.º 110100853296A emitido em Maputo d) A sociedade, poderá participar em Três) A assembleia geral tem a faculdade de
aos dezoito de Fevereiro de dois mil e onze, outras sociedades já constituídas fixar remuneração do administrador.
válido até dezoito de Fevereiro de dois mil e ou a constituírem-se ou ainda
dezasseis, residente nesta cidade de Nampula associar-se a terceiros, associações, ARTIGO OITAVO
na Avenida Filipe Samuel Magaia número oito entidades, organismos nacionais e Obrigações
e Maria da Gloria da Silva Passos da Costa, de ou internacionais, permitida por lei.
nacionalidade portuguesa, casada em regime de Os sócios não podem obrigar a sociedade
separação de bens, natural de Portugal, nascida ARTIGO QUINTO em actos e contratos alheios ao objecto social,
aos vinte e seis de Novembro de mil novecentos Capital social
designadamente letras de favor, fianças, abonações
e sessenta e três, portadora do DIRE n.º 00085 e semelhantes.
emitido em Nampula aos quinze de Agosto O capital social é de um milhão e quinhentos
mil meticais, correspondente a soma de duas ARTIGO NONO
de mil novecentos e noventa e cinco, válido
até quinze de Agosto de dois mil e quinze, quotas desiguais sendo:
Herdeiros
residente nesta cidade de Nampula na Avenida a) Uma quota no valor de novecentos
mil meticais, equivalente a No caso de falecimento, impedimento ou
Filipe Samuel Magaia número oito, celebram
sessenta por cento do capital social, interdição de qualquer sócio os herdeiros ou
o presente contrato de sociedade com base nos
pertencente ao sócio Mayur Costa representantes legais do falecido ou interdito,
artigos que se seguem:
Mahendrasing; exercerão em comum, os respectivos direitos
ARTIGO PRIMEIRO b) Uma quota no valor de seiscentos mil enquanto a quota permanecer indivisa, devendo
meticais, equivalente a quarenta escolher de entre eles um que a todos represente
Denominação
por cento, pertencente ao sócio na sociedade.
A sociedade adopta a denominação de M.M Maria da Glória da Silva Passos
Enterprise, Limitada. ARTIGO DÉCIMO
da Costa .
Parágrafo único: O capital social poderá ser Amortização
ARTIGO SEGUNDO
elevado, uma ou mais vezes, sendo a decisão A sociedade poderá amortizar as quotas dos
Sede tomada em assembleia geral. sócios falecidos ou interditos se assim o preferirem
A sociedade tem a sua sede na cidade os herdeiros ou representantes, bem como as
ARTIGO SEXTO
de Nampula, podendo por deliberação da quotas dos sócios que não queiram continuar na
assembleia-geral, abrir sucursais, filias, Divisão e cessão de quotas sociedade, nos termos previstos no artigo sexto.
escritórios, delegações ou qualquer outra
forma de representação social no país como Um) As divisões e cessões de quotas ARTIGO DÉCIMO PRIMEIRO
no estrangeiro, desde que sejam devidamente dependem do consentimento da sociedade, a
Balanço
autorizadas pela lei. qual determinará as condições em que se podem
efectuar e terá sempre direito de preferência. Os balanços sociais serão encerrados em
ARTIGO TERCEIRO Dois) A admissão de novos sócios depende trinta e um de Dezembro de cada ano e os lucros
do consentimento dos sócios sendo a decisão líquidos apurados, deduzidos de cinco por cento
Duração
tomada em assembleia geral, por unanimidade. para o fundo de reserva legal e de quaisquer outras
A duração da sociedade será por tempo Três) A saída de qualquer sócio da sociedade percentagens em que os sócios acordem, serão
indeterminado a partir da data da assinatura do não obriga ao pagamento de cem por cento ou por eles divididos na proporção das suas quotas.
contrato de sociedade. divisão da quota, podendo ser paga num período ARTIGO DÉCIMO SEGUNDO
ARTIGO QUARTO de noventa dias vinte por cento da quota e
oitenta por cento num período de três anos, em Dissolução
Objecto
prestações sem encargos adicionais. A sociedade dissolve-se nos casos fixados
A sociedade tem por objecto social: Quatro) Todas as alterações dos estatutos na lei.
a) Comércio geral a retalho e a grosso; da sociedade serão efectuadas em assembleia-
geral. ARTIGO DÉCIMO TERCEIRO
b) A sociedade poderá ainda exercer
outras actividades conexas, Assembleia geral
ARTIGO SÉTIMO
complementares ou subsidiárias
Quando a lei não exija outra forma, a assembleia
do seu objecto principal em que Administração e representação da socie-
dade geral será convocada por carta registada dirigida
os sócios acordem, podendo ainda
aos sócios com antecedência mínima de oito dias,
praticar todo e qualquer acto de Um) A sociedade será representado em juízo a contar da data da expedição.
natureza lucrativa, permitido por lei, e fora dele, activa e passivamente fica a cargo
desde que se delibere e se obtenha dos sócios Mayur Costa Mahendrasing e Maria ARTIGO DÉCIMO QUARTO
as necessárias autorizações; da Glória da Silva Passos da Costa, que desde
Omissos
c) A sociedade poderá efetuar já são nomeados administradores com dispensa
representação comercial de de caução, sendo obrigatório a assinatura de um Os casos omissos serão regulados pelo Código
sociedades, domiciliadas ou dos sócios para obrigar a sociedade em todos Comercial vigente ou outra legislação aplicável.
não no território nacional, actos, documentos e contratos. O Conservador, Ilegível.
20 DE MARÇO DE 2015 835
Jump – Sociedade Unipessoal, ou passivamente será exercida pelo sócio b) Uma quota com o valor
Limitada José Pereira Portraite, cuja assinatura obriga nominal de três mil meticais,
validamente a sociedade em todos os actos e correspondente a quinze
Certifico, para efeitos de publicação, que contratos. por cento do capital social,
por escritura do dia vinte e sete de Março de O gerente poderá delegar os seus poderes pertencente à sócia Glencore
dois mil e catorze, lavrada a folhas oitenta e no seu todo ou em partes, mediante Finance (Dubai) Limited;
oito e seguintes, do livro de notas de escrituras um instrumento legal, com poderes Dois) (...).
diversas número noventa e quarto do Segundo bastantes para o acto. Em tudo o mais não expressamente alterado,
Cartório Notarial da Beira, foi constituída por mantém-se tal como nos estatutos da sociedade.
José Pereira Portraite, uma sociedade comercial CLÁUSULA SÉTIMO Está conforme.
por quotas de responsabilidade limitada,
A sociedade só se dissolve por decisão da Maputo, onze de Março de dois mil e quinze.
sociedade unipessoal, a qual reger-se-á nos
assembleia geral, nos termos da legislação — O Técnico, Ilegível.
termos das cláusulas seguintes:
aplicável.
CLÁUSULA PRIMEIRO
CLÁUSULA OITAVO
A sociedade adopta a designação de Jump –
Sociedade Unipessoal, Limitada, uma sociedade Em todo o omisso se rege regerá pelas
comercial que reger-se-á pelas cláusulas disposições vigentes na República de Infortipo Moçambique –
seguintes. Moçambique. Serviços de Publicidade,
Está conforme. Limitada
CLÁUSULA SEGUNDO
Segundo Cartório da Beira, vinte e oito de Certifico, para efeitos de publicação, que
A sociedade tem a sua sede na rua Trás- Fevereiro de dois mil e catorze. – A Notária por documento particular sem número de oito
Os-Montes, número quarenta e sete barra sete Técnica, Argentina Ndazirenhe Sitole.
Pioneiros na cidade da Beira, podendo abrir de Setembro de dois mil e catorze, alterou-
delegações, agência se qualquer outra forma se a denominação, sede social e objecto
de representação social em qualquer parte dos da sociedade, que passa a denominar-se
pais deste que esteja devidamente autorizada. “Infortipo Moçambique – Comércio e Serviços
X-Storage, Limitada Limitada, e a sua sede passa a ser na Avenida
CLÁUSULA TERCEIRO
Julius Nyerere, número oitocentos e cinquenta
A sociedade é constituída por tempo Certifico, para efeitos de publicação, que por
e quatro, S/L Flat um, Maputo, Moçambique,
indeterminado, contando se o seu início para acta da assembleia geral datada de vinte e dois
de Outubro de dois mil e catorze, a sociedade o objecto social da sociedade passou a ser:
todos efeitos legais, a partir da sua constituição.
comercial X-Storage, Limitada, sociedade por a importação, comercialização, montagem
CLÁUSULA QUARTO quotas de responsabilidade limitada, registada e manutenção de móveis e mobiliários
na Conservatória de Registo das Entidades diversos e equipamentos, designadamente,
Um) A sociedade tem por objecto social Legais de Maputo sob o legais sob o número e entre outros, para habitação; escritório
importação e exportação de peças de autocarros, um zero zero dois cinco dois seis sete oito, e hospitalares, passando a ter a seguinte
máquinas, material de construção, produtos de com capital social de vinte mil meticais,
redacção:
beleza, transportes de passageiros e cargas, estando representada as sócias Glencore Group
aluguer de máquinas e equipamentos, mediação, Funding, Limited, detentora de uma quota com ARTIGO PRIMEIRO
catering, transfer, intermediação e logística, o valor nominal de dezassete mil meticais,
serviços de estiva, limpeza e fumigação, correspondentes a oitenta e cinco por cento do (Denominação e sede)
comércio de material electrico, escritório, e capital social, e Glencore International AG,
detentora de uma quota com o valor nominal Um) A sociedade adopta a deno-
de construção civil, ferragem, fardamentos,
reparação de máquinas e instalação eléctrica, de três mil meticais, correspondentes a quinze minação de Infortipo Moçambique –
prestação de serviço na área de consultoria em por cento do capital social, deliberaram a Comércio e Serviços Limitada., e terá
construção civil e projetos de construção civil, cessão integral da quota detida pela Glencore a sua sede social na Avenida Julius
estradas e pontes. International AG, e consequente admissão de Nyerere, número oitocentos e cinquenta
Dois) A sociedade poderá desenvolver nova sócia, e a alteração parcial dos Estatutos e quatro, S/L Flat um– Maputo.
outra actividades subsidiária ou exercer da sociedade, designadamente do artigo quarto
Dois) (…)
qualquer outro ramo da actividade, desde que que passa a ter a seguinte nova redacção:
Três) (…)
tais actividades sejam autorizada pelo sócio, ARTIGO QUARTO
previamente autorizada por quem de direito e ARTIGO TERCEIRO
que sejam permitidas por lei. (Capital social)
(Objecto social)
Um) O capital social, integralmente
CLÁUSULA QUINTO
subscrito e realizado em dinheiro, Um) A sociedade ter por objecto
O capital social, integralmente subscrito é de vinte mil meticais, encontrando-se social a importação, comercialização,
e realizado em dinheiro é de dez mil meticais, dividido em duas quotas, distribuídas da montagem e manutenção de móveis
correspondente a única quota de cem por cento seguinte forma: e mobiliários diversos e equipamentos,
do capital social, pertencente ao sócio José a) Uma quota com valor nominal e entre outros, para habitação;
Pereira Portraite. de dezassete mil meticais, escritórios; hospitalares.
correspondente a oitenta e cinco
CLÁUSULA SEXTO Dois) (…)
por cento do capital social,
A administração da sociedade e a sua pertencente à sócia Glencore Tudo o restante mantém-se inalterado.
representação em juízo e fora dele activa Group Funding Limited; e, O Técnico, Ilegível.
836 III SÉRIE — NÚMERO 23
Objecto SECÇÃO I
Certifico, para efeitos de publicação, que no
dia vinte de Outubro de dois mil e catorze,foi Um) A sociedade tem por objecto principal: Da administração, gerência e representação
matrculda na Consevatoria do Registo de a) Venda de material de embalagem de
Entidaes Legais sob NUEL 100549476 uma mercadorias e bagagens; ARTIGO SÉTIMO
sociedede denominada M.M.S. Serviços, b) Jardinagem; Parágrafo único. A administração e a
Limitada. c) Clin, limpeza de edifícios; representação da sociedade em juízo e fora
É constituída uma sociedade de respon- d) Administração em geral, inclusive de
dele activa e passivamente serão exercidas pelo
sabilidade limitada entre Sérgio Constantino bens e negócios de terceiros;
sócio-gerente Eduardo Vasco Manhiça.
Mafunjo, solteiro maior, natural de Maputo, e) Serviços relacionados a cobrança,
residente no bairro Vinte e Cinco de Junho recebimentos ou pagamentos em ARTIGO OITAVO
A, quarteirão número dezasseis, casa número geral, de títulos quaisquer, de contas
ou carnes, de câmbio, de tributos e Parágrafo único. Os actos de mero expediente
108, Cidade de Maputo, portador do Bilhete
por conta de terceiros, inclusive os poderão ser individualmente assinados pela
de Identidade n.º 110500283692Q, emitido
aos dezoito de Junho de dois mil e dez pela efectuados por meio electrónicos, gerência ou por qualquer empregado da
Direcção Nacional de Identificação Civil de automáticos ou por máquinas de sociedade devidamente autirizado pela gerência.
Maputo, e Eduardo Vasco Manhiça, casado atendimento, fornecimento de
posição de cobrança, recebimento ARTIGO NONO
com Leopoldina António Nhantumbo, sob
o regime de separação de bens, natural de ou pagamento, emissão de carnes, É proibido ao gerente e procuradores
Maputo, residente no Bairro Khongolote, casa fichas de compensação, Impressos obrigarem a sociedade em actos estranhos aos
e documentos em geral.
número 738, Maputo Província, portador do negócios da mesma, quando não devidamente
Passaporte número, CY 003955, emitido aos Dois) Os Sócios poderão admitir outros conferidos os poderes de Procuradores
trinta e um de Dezembro de dois mil e doze pela accionistas mediante os seus consetimentos nos
com poderes necessários conferidos para
Direcção Nacional de Migração, que se rege Termos da Legislação em vigor.
representarem a Sociedade em actos solenes.
pelas cláusulas constantes nos artigos seguintes: Trés) A Sociedade poderá, associar-se
com outras Empresas, quer participando no ARTIGO DÉCIMO
ARTIGO PRIMEIRO seu Capital requer em regime de participação
não societária e interesse, segundo quaisquer Por interdição ou falecimento dos sócios, a
Denominação
modalidades admitidas por lei. sociedade continuará com os seus herdeiros ou
A sociedade adopta a denominação de Quatro) A sociedade poderá exercer seus representantes legais em caso de interdição
M.M.S. Serviços, Limitada, que se regerá actividades em qualquer outro ramo, desde os quais nomearão um que a todos represente
pelos presentes estatutos e demais legislação que os Sócios resolvam explorar e para os quais na sociedade, enquanto a sua quota se mantiver
aplicável. obtenham as necessárias autorizações. indivisa.
ARTIGO DÉCIMO TERCEIRO ARTIGO SEGUNDO Dois) A assembleia geral será convocada
pela administração com uma antecedência
Em tudo o mais que fique omisso regularão Duração
mínima de quinze dias, por carta registada com
as Disposições Legais vigentes na República A sua duração será por tempo indeterminado, aviso de recepção.
de Moçambique. contando-se o seu início a partir da data da
Maputo, treze de Março de dois mil e quinze. constituição. ARTIGO OITAVO
— O Técnico, Ilegível.
ARTIGO TERCEIRO Administração
Que em consequência da operada cedência Três) rA empresa poderá exercer qualquer ARTIGO NOVE
de quotas, alteram a redacção do artigo quarto outra actividade desde que para o efeito esteja Dissolução
do pacto social que rege a dita sociedade, ao devidamente autorizada nos da legislação em
qual é dada a seguinte nova redacção: vigor. Um) A empresa so se dissolve nos termos
fixados pela lei ou por comum acordo dos sócios
ARTIGO QUARTO ARTIGO QUATRO quando assim entenderem.
O capital social, integralmente Dois) Em caso de morte, interdição ou
Capital social
subscrito e realizado em dinheiro, inabilitação de um dos sócios, os seus herdeiros
e bens é de dez milhões de meticais, O capital social e integralmente, subscrito assumem automaticamente o lugar na sociedade
correspondente a soma de duas quotas e realizado em dinheiro, de cinquenta mil com dispença de caução podendo estes nomear
iguais no valor de cinco milhões de meticais, correspondente a uma única quota os seus representantes se assim o entenderem,
meticais cada uma, subscrita pelos sócios cem por cento com o mesmo valor nominal desde que obedeçam o preceituado nos termos
Pedro Alberto Barreto Ferreira da Silva da lei.
pertencente ao único sócio Amália Lita Luis
e Pedro Miguel Carvalho Silva. Maposse. ARTIGO DEZ
Maputo, doze de Março de dois mil e quinze. Casos omissos
— O Técnico, Ilegível. ARTIGO CINCO
Os casos de omissos serão regulados pela
Aumento do capital legislação vigente e aplicável na República de
O capital social, poderá ser aumentado ou Moçambique.
MZSC – Mozambique Courier diminuído quantas vezes forem necessárias Maputo,treze de Março de dois mil e quinze.
Service Sociedade Unipessoal, desde que a assembleia geral delibere o assunto. — O Técnico, Ilegível.
Limitada
ARTIGO SEIS
Certifico, para efeitos de publicaçaão, que Divisão e cessão de quotas
no dia vinte e três de Dezembro de dois mil Gostosa & Nutritiva Catering,
e catorze, foi matriculada na Conservatória Um) Sem prejuízo das disposições legais Limitada
de Registo de Entidades Legais sob o NUEL em vigor a cessão ou alienação de toda parte
100563444 uma entidade denominada MZSC- de quotas deverá ser do consentimento do Certifico, para efeitos de publicação, que por
Mozambique Courier Service Sociedade sócio gozando este do direito de preferência. escritura do dia vinte e sete de Fevereiro de dois
Unipessoal, Limitada. mil e quinze, foi matriculada na Conservatória
Dois) Se nem a sociedade, nem os sócios
Amália Lita Luis Maposse, casada residente em de Registo de Entidades Legais sob NUEL
mostrarem interesse pela quota cedente, este 100585251 uma sociedade denominada Gostosa
Maputo, bairro Central Avenida Vladimir
decidira a sua alienação a quem pelos preços & Nutritiva Catering, Limitada,entre:
Lenine, numero mile um, portador de Bilhete
que melhor entenderem, gozando novo sócio
de Identidade n.º 110100436624B, emitido Primeiro. Francisco Salomão Chirrute, de
pelo Arquivo de Identifiçacão de Maputo. dos direitos correspondentes a sua participação nacionalidade moçambicana, naturalidade
na sociedade. de cidade de Maputo, portador do Bilhete de
CAPÍTULO I Identidade n.º 110100780051C, emitido aos
ARTIGO SETE cinco de Janeiro de dois mil e onze pela Direcção
Da denominação e sede
Administração Nacional de Identificação Civil, validade até
ARTIGO UM cinco de Janeiro de dois mil e dezasseis, estado
Um) A administração e gestão da empresa e solteiro, residente no bairro Maxaquene A,
A empresa adopta a denominação: MZSC
– Mozambique Courier Service Sociedade sua representação em juízo e fora dele, activa e quarteirão número trinta e três, casa número
Unipessoal, Limitada. passivamente, passam desde já a cargo do sócio dezasseis, na qualidade administrador doravante
Tem a sua sede na Cidade de Maputo; Bairro Amália Lita Luis Mapossecomo sócio gerente designado por primeiro outorgante;
Urbanização, Acordos de Lusaka número mil e com plenos poderes. Segundo. Matilde Albano Tamele, casada,
oitocentos oitenta e três, primeiro andar. Dois) O administrador tem plenos poderes natural de Maputo cidade, residente no Bairro
para nomear mandatários a sociedade conferindo de Maxaquene B, quarteirão sete, casa número
ARTIGO DOIS dez, portadora do Bilhete de Identidade
os necessários poderes de representação.
Duração
n.˚110100125531 C, emitido aos vinte e cinco
Três) A empresa fica obrigada pela assinatura
de Março de dois mil e doze, pela Direcção
A sua duração será por tempo indeterminado, de um gerente ou procurador especialmente Nacional de Identificação Civil de Maputo, na
contando-se o seu início a partir da data da sua constituído pela gerência nos termos e limites qualidade administradora doravante designado
constituição. específicos do respectivo mandato. por segundo outorgante.
ARTIGO TRÊS É celebrada e reciprocamente aceite
ARTIGO OITO
Objecto
o presente contrato de sociedade por quotas
Assembleia geral quese regerá pelas seguintes cláusulas:
Um) A empresa tem por objecto:
Um) A assembleia geral reúne se uma vez CAPÍTULO I
a) Distribuição de correspondência;
b) Prestação de serviço, transporte, carga; por ano para apreciação do balanco e contas do Da denominação, sede, duração
c) Criação de desenho animados e filmes; exercício findo e repartição de lucros e perdas. e objecto social
d) E outros serviços. Dois) A assembleia geral poderá reunir- ARTIGO PRIMEIRO
Dois) A empresa poderá adquirir participação se extaordinamente quantas vezes forem
(Firma)
financeira em sociedade a constituir ou já necessárias desde que as circunstancias assim o
constituídas, ainda que tenham objecto social exigem para deliberar sobre quaisquer assuntos Aos vinte e oito de Fevereiro de dois mil
diferente do da sociedade. que digam respeito a sociedade. e quinze, foi constituída a presente sociedade por
20 DE MARÇO DE 2015 839
escritura, nos termos da lei e destes estatutos, sucessores, estes designarão entre si um que a ARTIGO DÉCIMO QUINTO
uma sociedade por quotas de responsabilidade todos represente a sociedade enquanto a divisão
Os gerentes são dispensados de prestarem a
limitada, que é adoptada a denominação de da respectiva quota não for denegada.
caução, podendo delegar todos ou parte dos seus
Gostosa & Nutritiva Catering, Limitada.
CAPÍTULO III poderes em mandatários da sua escolha mesmo
ARTIGO SEGUNDO estranhos a sociedade, se isso for permitido por
Das obrigações deliberação da assembleia geral ou expresso
A sociedade tem a sua sede em Maputo,na consentimento de todos os sócios.
ARTIGO NONO
Avenida Eduardo Mondlane número mil
setecentos e sessenta e oito, terceiro andar A sociedade poderá emitir obrigações, ARTIGO DÉCIMO SEXTO
esquerdo, podendo por deliberação da nos termos e condições, sob deliberação da
Em caso algum, os gerentes poderão
assembleia geral da sociedade criar outras assembleia geral.
obrigar a sociedade em actos contrários ou seja
representações no país e no estrangeiro sempre
CAPÍTULO IV contratos ou documentos estranhos aos negócios
que as circunstâncias o justifiquem.
sociais, nomeadamente em letras ou expresso
Da assembleia geral, gerencia favor de finanças e abonações.
ARTIGO TERCEIRO
e representação da sociedade
A duração desta sociedade é por tempo ARTIGO DÉCIMO SÉTIMO
SECÇÃO I
indeterminado.
Da Assembleia Geral
Anualmente será extraido o balanço e
ARTIGO QUARTO contas, encerrando a trinta e um de Dezembro,
ARTIGO DÉCIMO os lucros líquidos de cada balanço serão
A sociedade tem como objecto principal, lançados para conta reserva legal, cabendo a
a exploração da nutrição humana e gestão A assembleia geral reunir-se-á deliberação da assembleia geral o destino a dar
de estabelecimentos como restaurante, bar ordinariamente uma vez por ano, para aprovação ao remanescente do lucro apurado.
cantinas escolares, internatos (fornecimentos rejeição ou modificação do balanço e contas
das refeições nos internatos) ou outros similares, do exercício e para deliberar sobre quaisqueis ARTIGO DÉCIMO OITAVO
distribuição, fornecimento e comercialização outros assuntos para que tenha sido convocada,
e extraordinariamente sempre que isso se A sociedade não se dissolve por extinção,
dos produtos alimentares já confeição, catering,
torne necessário, podendo os sócios fazer-se morte ou interdição de qualquer sócio,
consultoria e formação na área de higiene
representar por mandatários a sua escolha. continuando com os sucessores, herdeiros ou
alimentar, segurança alimentar, organização de
representantes do extinto, falecido ou interdito,
eventos, sala de dança bem como de outras áreas
ARTIGO DÉCIMO PRIMEIRO os quais exercerão em comum os respectivos
das actividades semelhantes que a sociedade
direitos enquanto a quota permanecer indivisa,
achar conveniente. A assembleia geral convocada pela gerência com observância do disposto no artigo oitavo
por meio de uma carta registada com aviso de destes estatutos.
CAPÍTULO II recepção dirigida aos sócios, com antecedência
Do capital social mínima de catorze dias, prazo que poderá ARTIGO DÉCIMO NONO
ser reduzido para sete dias para reuniões
ARTIGO QUINTO extraordinárias. A sociedade só se dissolve nos casos fixados
na lei. Dissolvendo-se por acordo dos sócios,
O capital social, integralmente é realizado
ARTIGO DÉCIMO SEGUNDO devendo ser todos eles liquidatários.
em dinheiro de cinquenta mil meticais,e se
encontra dividido em duas quotas, sendo uma A assembleia geral, considera-se constituído ARTIGO VIGÉSIMO
de vinte cinco mil meticais, do capital social, quando, em primeira convocação estejam
pertencente ao sócio Francisco Salomão presentes os sócios devidamente representados Todos os casos omissos serão regulados por
Chirrute, e outra quota de vinte cinco mil na ordem de pelo menos cinquenta por cento aplicação das disposições da lei em vigor na
meticais, correspondendo a cinquenta porcento do capital social, em seguida convocação, República de Moçambique.
do capital social pertencente a sócia Matilde seja qual for o número de sócios presentes, Está conforme.
Albano Tamele. independentemente do capital que representem. Maputo,treze de Março de dois mil e quinze.
— O Técnico, Ilegível.
ARTIGO SEXTO ARTIGO DÉCIMO TERCEIRO
Não haverá prestação suplementar do A assembleia geral reunirá na sede da
capital, podendo no entanto, os sócios fazerem sociedade, podendo ter lugar noutro local, e
suprimentos a sociedade nos termos e condições até noutra região, quando as circunstâncias o Nova Imobiliária, Limitada
fixadas pela assembleia geral. aconselham, desde que isso não prejudique os
Certifico, para efeitos de publicação, que no
ARTIGO SÉTIMO direitos e legítimos interesses dos sócios.
dia vinte e oito de Outubro de dois mil e catorze,
SECÇÃO I foi matriculada na Conservatória de Registo
A cessão e divisão de quotas, assim como a sua
oneração em garantia de quaisquer obrigações Da gerência e representação da sociedade
de Entidades Legais sob o NUEL 100585995
dos sócios, dependem do consentimento da uma sociedade denominada Nova Imobiliária,
sociedade, sendo nulas quaisquer operações ARTIGO DÉCIMO QUARTO Limitada.
de tal natureza que contraem o prescrito no Entre:
A administração é conferida aos sócios
presente artigo. Primeiro. Ibraimo Momade Ibraimo,
Francisco Salomão Chirrute, nomeado
administrador e Matilde Albano Tamele solteiro, de nacionalidade moçambicana, titular
ARTIGO OITAVO
administradora da sociedade. Que desde já são do Bilhete de Identidade n.º110100427442A,
No caso de extinção ou morte de algum dos nomeados, com poderes para individualmente emitido pela Direcção de Identificação Civil da
sócios, e quando sejam vários os respectivos ou colectivamente gerir a sociedade. cidade de Maputo, aos dezasseis de Novembro
840 III SÉRIE — NÚMERO 23
Entidades Legais sob NUEL 100585391 uma ARTIGO SÉTIMO Dois) Comercio geral:
entidade denominada, Khensani Eventos – a) Electrodomésticos, bicicletas, malas e
(Administração e representação)
Sociedade Unipessoal, Limitada. pastas, calsado e vestuário;
Maria Leonor Churenjo Pchubal, estado civil Um) A administração e gerência da sociedade b) Produtos plásticos;
solteira, natural de Maputo, portador de compete ao único sócio. c) Material informático;
Bilhete de Identidade n.º 110100001283M, Dois) A sociedade fica obrigada pela
d) Loiça;
emitido em Maputo aos catorze de Março de assinatura de um sócio, que poderá abri e
e) Material electrico.
dois mil e catorze. encerrar contas bancárias, fazer movimentos
incluindo cheques por este emitidos, bem como Três) Indústria e outras actividades
Que pelo presente contrato, constituem entre ligadas a sua actividade principal com devida
créditos incluindo apresentação de garantias.
si uma sociedade unipessoal que irá reger-se autorização ou licenciamento pelas entidades
O sócio pode assinar documentos referentes a
pelos artigos seguintes: competentes obedecendo a legislação em vigor
empréstimos em nome da sociedade com base
ARTIGO PRIMEIRO em garantias dos haveres da sociedade. em Moçambique.
Três) O sócio poderá delegar os seus poderes
(Denominação) a directores, conselho de direcção, ou a um ou ARTIGO QUARTO
A sociedade adopta a denominação de mais trabalhadores, todos ou quaisquer poderes Capitais sociais
Khensani Eventos , é constituída sob forma de a si conferidos.
sociedade comercial e unipessoal e rege-se pelos Quatro) A gestão financeira, administrativa e O capital social integralmente realizado e
presentes estatutos e pela legislação em vigor de pessoal é da responsabilidade do sócio. subscrito é de cem mil meticais, pertencente a
na República de Moçambique. Maputo, treze de Março de dois mil e quinze. único sócio Jinfu Yao será representado pelo
— O Técnico, Ilegível. único sócio em cem por cento.
ARTIGO SEGUNDO
ARTIGO QUINTO
(Sede e representação)
Horn International de Aumento do capital
A sociedade é de âmbito nacional, tem Desenvolvimento-Sociedade
a sede na Rua Guilherme Chuli número capital poderá ser aumentado uma vez ou
Unipessoal, Limitada
duzentos e vinte e dois, na cidade de Maputo, mais vezes, pela incorporação dos suprimentos
bairro de Magoanine-B, quarteirão número oito, Certifico, para efeitos de publicação, que ou por capitalização de toda parte dos lucros
República de Moçambique. no dia dez de Agosto de dois mil e catorze, foi ou das reservas.
matriculada na Conservatória de Registo de
ARTIGO TERCEIRO Entidades Legais sob o NUEL 100539500 uma ARTIGO SEXTO
(Duração) sociedade denominada Horn Inteternational
de Desenvolvimento – Sociedade Unipessoal, Suprimentos
A duração da sociedade é por tempo Limitada.
indeterminado, contando-se o seu começo a Não haverá prestação de capital mas o sócio
O Jinfu Yao, casado, natural da china, Fujian, poderá a caixa social os suprimentos de que ela
partir da data da sua constituição.
portador do passaporte n.º G34524618, emitido
carece, ao juro e demais condições a estabelecer
ARTIGO QUARTO aos vinte e quatro de Abril de de dois mil e nove
pela República Popular da China, provincia de em em assembleia geral.
(Objecto social) Fujian, residente na cidade de Maputo, que pela
ARTIGO SÉTIMO
escritura particular, constitui uma sociedade
Um) A sociedade tem por objecto principal:
unipessoal que irá reger-se pelos artigos seuintes: Administração e gerência
Confecção de comida, especificamente, a
sociedade tem por objectivos: ARTIGO PRIMEIRO A administração e gerência da empresa e
a) Confecção de comida e géneros sua representação em juízo e fora dele, activa
Denominação e sede
alimentícios; e positivamente, será exercida por um sóocio
b) Produção e entrega ao domicílio. A sociedade adopta a denominação Horn Jinfu Yao, que fica designado por administrador,
Dois) A sociedade pode exercer quaisquer Inteternational de Desenvolvimento-Sociedade
dispondo dos mais amplos poderes legalmente
outras actividades conexas, complementares ou Unipessoal, Limitada, tem a sua sede na Avenida
da Marginal (continuação-vila de pescadores), consentidos para execução do objecto.
subsidiárias da actividade principal desde que
seja devidamente autorizada. quarteirão dezasseis, casa sessenta e seis, distrito
ARTIGO OITAVO
municipal Kamavota na cidade de Maputo,
ARTIGO QUINTO podendo abrir ou encerrar sucursais, filiais, Responsabilidades do gerente
agência ou qualquer outra forma de representação
(Capital social) social no país, sempre que as circunstâcias o O administrador responde pela empresa,
Um) O capital social, integralmente subscrito justifiquem. pelos danos a esta causados, por actos ou
e realizado em dinheiro, é de trinta mil meticais, comissões praticados por preterição dos deveres
ARTIGO SEGUNDO legais ou contractuais.
correspondente à quota única pessoal.
Dois) O capital social poderá ser aumentado Duração
uma ou mais vezes. ARTIGO NONO
A duração será por tempo indeterminado,
contando-se o seu começo apartir da dadta da sua Contas e resultados
ARTIGO SEXTO
constituição.
Um) anualmente será dado um balanço com
(Cessão, de quota)
ARTIGO TERCEIRO data de trinta e um de Dezembro.
Em caso de falecimento, os seus herdeiros Dois) Os lucros que o balanço registar,
Objecto social
exercerão em comum, os direitos do falecido e liquidos de todas as dispesas e encargos terão
designarão entre si a um elemento da família, A sociedade tem por objectivo: a aplicação de acordo com o que é previsto no
para os representarem em sociedade. Um) Imporção & exportação; objecto social.
842 III SÉRIE — NÚMERO 23
ARTIGO DÉCIMO As partes acima identificadas têm, entre e indústria de gás, transportes,
si, justo e acertado o presente Contrato de construção, medicina, agricultura,
Casos omissos
Sociedade, mineração;
Em todo o omisso regularão as disposições que se regerá pelas disposições legais h) Elaboração de pareceres;
legais aplicáveis em vigor na República de aplicáveis e pelos termos e condições seguintes: i) Produção de materiais industriais de
Moçambique.
construção;
Maputo,treze de Março de dois mil e quinze. CAPÍTULO I
j) Importação e exportação de produtos,
— O Técnico, Ilegível.
Da denominação, duração, sede incluindo os equipamentos e os
e objecto materiais necessários para as
ARTIGO PRIMEIRO actividades da sociedade;
k) Contratos e oportunidades em todas as
Hayaat Mozambique, S.A. Denominação e sede
áreas de comércio, incluindo, mas
Um) A sociedade adopta a denominação não se limitando a:
Certifico, para efeitos de publicação, que
no dia doze de Março de dois mil e catorze, Hayaat Mozambique, S.A., e constitui-se sob
i) Acampamento e acomodação;
foi matriculada na Conservatória de Registo de a forma de sociedade anónima.
ii) Informática e telecomunicações;
Entidades Legais sob o NUEL 100535181 uma Dois) A sociedade tem a sua sede na
Avenida Vinte e Cinco de Setembro, Bloco iii) Serviços de saúde;
sociedade denominada Hayaat Mozambique,
S.A. 4, Complexo Time Square, em Maputo, na iv) Transporte;
República de Moçambique, podendo abrir v) Operação de grua e arrendamento
Entre:
sucursais, delegações, agências ou qualquer de plantas (espaço);
Umair Ishtiaq, natural de Preston, portador
outra forma de representação social, no vi) Gestão de instalações
do Passaporte n.º 801638921, emitido
território nacional ou no estrangeiro. vii) Encaminhamento de frete;
a dois de Abril de dois mil e onze, pelo
Três) Mediante simples deliberação, pode viii) Comércio em geral;
IPS, neste acto representado por José
Administrador Único transferir a sede para
Manuel Caldeira, portador do Bilhete de ix) Comercialização de peças
Identidade n.º 110300169571J, emitido a qualquer outro local no território nacional.
sobressalentes e materiais de
vinte de Abril de dois mil e dez pelo Arquivo construção;
ARTIGO SEGUNDO
de Identificação Civil de Maputo, com
x) Desenvolvimento da actividade
domicílio profissional na Avenida Julius Duração
Nyerere, número três mil quatrocentos e imobiliária;
A duração da sociedade é por tempo xi) Serviços Marítimos;
doze, com poderes bastantes para o efeito
indeterminado. xii) Catering e restauração;
conferidos pela Procuração datada de d vinte
e nove de Agosto de dois mil e catorze, que ARTIGO TERCEIRO xiii) Perfuração;
ora aqui se junta; xiv) Energia;
Objecto
Mohammed Ikhlaq, cidadão natural xv) Gestão de resíduos;
da Inglaterra, portador do Passaporte Um) A sociedade tem por objecto o exercício xvi) Logística;
n.º 801421820, emitido a vinte e nove de das seguintes actividades: xvii) Transporte;
Abril de dois mil e dez, pelo IPS, neste a) Compra e venda de prédios rústicos xviii) Saúde e segurança;
acto representado por Xiluva Gonçalves e urbanos; xix) Treinamento e formação;
Nogueira da Costa, portadora do Bilhete de b) Arrendamento de prédios rústicos
Identidade n.º 110101231360C, emitido a xx) Recrutamento;
e urbanos;
dezassete de Junho de dois mil e onze, pelo xxi) Agricultura; e
c) Sublocação de imóveis para escritórios
Arquivo de Identificação Civil de Maputo, xxii) Mineração.
e espaços para armazém;
com domicílio profissional na Avenida Julius d) Prestação de serviços de secretariado Dois) A sociedade poderá exercer outras
Nyerere, número três mil quatrocentos e e administrativos; actividades subsidiárias ou complementares do
doze, com poderes bastantes para o efeito e) Prestação de serviços apoio seu objecto principal, desde que devidamente
conferidos pela Procuração datada de vinte e aconselhamento a parceiros, autorizadas, incluindo as seguintes: realizar
e nove de Agosto de dois mil e catorze, que incluindo, mas não limitado a contratos de mútuo e hipotecas ou onerar os
ora aqui se junta. itens como configuração bancária, bens da sociedade, arrendar, comprar, vender
Mohammed Ishtiaq, cidadão natural autorizações de trabalho, processa-
e dispor livremente da propriedade adquirida.
da Inglaterra, portador do Passaporte mento de vistos, apresentação/
n.º 801421820, emitido a vinte e nove de Três) Mediante decisão do administrador
/conhecer clientes, serviços de
Abril de dois mil e dez, pelo IPS, neste recursos humanos (e recrutamento), único, a sociedade poderá participar,
acto representado por Xiluva Gonçalves transporte, etc; directa ou indirectamente, em projectos
Nogueira da Costa, portadora do Bilhete f) Pesquisa sobre novos projectos e de desenvolvimento que de alguma forma
de Identidade n.º 110101231360C, emitido oportunidades em todos os sectores concorram para o preenchimento do seu objecto
a dezassete de Junho de dois mil e onze, pelo de comércio, incluindo, mas não social, bem como aceitar concessões, adquirir
Arquivo de Identificação Civil de Maputo, se limitando a petróleo e indústria e gerir participações sociais no capital de
com domicílio profissional na Avenida de Gás, construção, medicina, quaisquer sociedades, independentemente do
Julius Nyerere, número três mil quatrocentos agricultura, mineração;
respectivo objecto social, ou ainda participar
e doze, com poderes bastantes para o efeito g) Realização de consultoria profissional,
em empresas, associações empresariais,
conferidos pela Procuração datada de vinte bem como consultorias em todos os
e nove de Agosto de dois mil e catorze, que sectores de comércio, incluindo, agrupamentos de empresas ou outras formas
ora aqui se junta. mas não se limitando a petróleo de associação.
20 DE MARÇO DE 2015 843
recebida na sociedade e terão o mesmo efeito Dois) Sem prejuízo do número três seguinte, ARTIGO DÉCIMO NONO
que as decisões tomadas em reuniões de as deliberações da Assembleia Geral serão
Forma de obrigar a sociedade
Assembleia Geral. tomadas por maioria simples dos votos presentes
Cinco) A Assembleia Geral pode reunir-se ou representados. Um) A sociedade obriga-se:
sem observância de quaisquer formalidades Três) As deliberações da Assembleia Geral a) Pela assinatura do Administrador
prévias desde que todos os accionistas estejam que importem a modificação dos estatutos ou
Único; ou
presentes ou representados e todos expressem a dissolução da sociedade, serão tomadas por
b) Pela assinatura do mandatário a quem o
a vontade de constituição da assembleia e de maioria qualificada de setenta e cinco por cento
administrador único tenha confiado
que esta delibere sobre determinado assunto, dos votos do capital social.
poderes necessários e bastantes por
considerando-se válidas, nessas condições, as Quatro) Os accionistas podem votar com
procuração dos outros accionistas ausentes, meio de procuração.
deliberações tomadas, ainda que realizadas fora
da sede social em qualquer ocasião e qualquer mas, em relação a deliberações que impliquem Dois) Nos actos e documentos de mero
que seja o seu objecto. a alteração dos estatutos ou a dissolução da expediente é suficiente a assinatura do
Seis) Exceptuam-se as deliberações sociedade, a procuração que não contenha mandatário da sociedade com poderes bastantes
que importem modificações dos estatutos e poderes especiais para o efeito não será válida. para o acto.
dissolução da sociedade. Cinco) Quando a Assembleia Geral não
Sete) As reuniões da Assembleia Geral possa realizar-se por insuficiente quórum, os ARTIGO VIGÉSIMO
devem ser convocadas por meio de aviso accionistas ficam imediatamente convocados Órgão de fiscalização
convocatório publicado com pelo menos trinta para uma nova reunião, que se efectuará dentro
dias de antecedência relativamente à data em de trinta dias, mas não antes de quinze dias, Um) A fiscalização da sociedade será
que a mesma se realizará. considerando-se como válidas as deliberações exercida por um Conselho Fiscal ou Fiscal
Oito) Caso todas as acções da sociedade tomadas nesta segunda reunião, qualquer que Único, ou por uma sociedade de auditores de
sejam nominativas, a convocatória poderá ser seja o número de accionistas presentes e o contas, que exercerá o seu mandato de dois anos,
efectuada por expedição de cartas registadas quantitativo do capital representado. sem prejuízo da reeleição por igual período
com aviso de recepção ou outro meio de consecutivo.
comunicação que deixe prova escrita, dirigidas ARTIGO DÉCIMO SÉTIMO Dois) Cabe ao Administrador Único propor
aos accionistas com a antecedência mínima de à Assembleia Geral a designação dos membros
Administração e representação
quinze dias, dando-se a conhecer a ordem de do Conselho Fiscal que, sendo órgão colectivo,
trabalhos e a informação necessária à tomada Um) A administração e representação da será composto por três membros, ou Fiscal
de deliberação, quando seja esse o caso. sociedade são exercidas por um Administrador Único, negociando previamente os termos e as
Nove) Por acordo expresso dos sócios, Único, sendo desde já nomeado para o efeito o condições dos respectivos contratos.
podem ser dispensados os prazos previstos nos senhor Mohammed Ikhlaq. Três) O órgão de fiscalização (caso seja
números anteriores. Dois) O Administrador Único é eleito nomeado) terá as competências previstas na lei.
pelo período de quatro anos renováveis, salvo
ARTIGO DÉCIMO QUINTO deliberação em contrário da Assembleia CAPÍTULO IV
Representação em Assembleia Geral Geral, podendo ser eleitas pessoas estranhas Do exercício e aplicação de resultados
à sociedade, sendo dispensada a prestação de
Um) Qualquer dos accionistas poderá fazer- qualquer caução para o exercício do cargo. ARTIGO VIGÉSIMO PRIMEIRO
se representar na Assembleia Geral por outro Três) O Administrador Único poderá ou Balanço e prestação de contas
accionista ou pelo Administrador Único da não receber uma remuneração, conforme for
sociedade, mediante simples carta dirigida ao deliberado pela Assembleia Geral, a qual cabe Um) O exercício social coincide com o ano
Administrador Único e por este, recebida até também a fixação da remuneração, quando civil.
às dezassete horas do último dia útil anterior à aplicável. Dois) O balanço e a conta de resultados
data da sessão. Quatro) A gestão corrente da sociedade fecham a trinta e um de Dezembro de cada ano
Dois) O sócio que for pessoa colectiva é confiada a um director-geral, sendo já e carecem de aprovação da Assembleia Geral,
far-se-á representar na Assembleia Geral nomeado para o efeito o senhor Umair Ishiaq, a realizar-se até ao dia trinta e um de Março do
pela pessoa física para esse efeito designada, por um período de dois anos renováveis. O ano seguinte.
mediante comunicação escrita dirigida pela Administrador Único pode a qualquer momento Três) O Administrador Único apresentará à
forma e com a antecedência indicadas no revogar o mandato do Director-geral. aprovação da Assembleia Geral o balanço de
número anterior.
contas de ganhos e perdas, acompanhados de
Três) Os accionistas, pessoas singulares ARTIGO DÉCIMO OITAVO
um relatório da situação comercial, financeira e
ou colectivas, podem também fazer-se ainda Competências económica da sociedade, bem como a proposta
representar nas reuniões da Assembleia Geral
por mandatário que seja advogado, constituído Um) Compete ao Administrador Único quanto à repartição de lucros e perdas
por procuração por escrito outorgada com o exercer os mais amplos poderes para dirigir
ARTIGO VIGÉSIMO SEGUNDO
prazo máximo de doze meses e com indicação as actividades da sociedade e representá-la
dos poderes conferidos. em juízo e fora dele, activa e passivamente, Resultados
assim como praticar todos os actos tendentes
ARTIGO DÉCIMO SEXTO à realização do objecto social que a lei e os Um) Dos lucros apurados em cada exercício
estatutos não reservem à Assembleia Geral. deduzir-se-á a percentagem legal estabelecida
Votação
Dois) O Administrador Único poderá delegar para a constituição do fundo de reserva legal,
Um) A Assembleia Geral considera-se a procuradores a gestão diária da sociedade, enquanto não se encontrar realizada nos termos
regularmente constituída para deliberar quando, a serem designados pelo Administrador Único, da lei, ou sempre que for necessário reintegrá-la.
estejam presentes ou devidamente representados que também determinará as suas funções e fixará Dois) A parte restante dos lucros será
setenta e cinco por cento do capital social, salvo as respectivas competências e a quem deverão aplicada nos termos que forem aprovados pela
os casos em que a lei exija quórum maior. prestar contas. Assembleia Geral.
20 DE MARÇO DE 2015 845
CAPÍTULO V dois dois cinco três sete três zero C, emitido ARTIGO QUINTO
em vinte e quatro de Maio de dois mil e doze, Administração e representação
Das dissolução e liquidação da sociedade
pela Direcção de Identificação Civil da cidade
ARTIGO VIGÉSIMO TERCEIRO de Nampula, nos termos constantes dos artigos Um) A administração e representação
seguintes: da sociedade em juízo e fora dela activa ou
Dissolução e liquidação da sociedade
passivamente será exercida pelo sócio único
Um)A sociedade dissolve-se nos casos ARTIGO PRIMEIRO Pedro José da Costa Intuere, que desde já
expressamente previstos na lei ou por fica nomeado administrador, com dispensa de
Denominação e duração
deliberação tomada por maioria qualificada de caução sendo suficiente a sua assinatura para
setenta e cinco por cento dos votos do capital A sociedade é por quotas de responsabilidade obrigar a sociedade em actos e contratos.
limitada adopta a denominação de TI Soluções- Dois) A administração pode delegar no todo
social
Soluções em Técnologias de Informação ou em parte seus poderes a outra pessoa, já os
Dois) Declarada a dissolução da sociedade,
Sociedade Unipessoal, Limitada, constituindo- mandatários não poderão obrigar a sociedade
proceder-se-á à sua liquidação, gozando os
se por tempo indeterminado contando-se em actos e documentos estranhos a ela em
liquidatários, nomeados pela Assembleia Geral, actos de favor, fiança e abonação sem o prévio
o seu inicio a partir da data da escritura de
dos mais amplos poderes para o efeito. conhecimento.
constituição.
Três) Em caso de dissolução por acordo
dos sócios, o Administrador Único será o ARTIGO SEGUNDO ARTIGO SEXTO
liquidatário e a partilha dos bens sociais e Assembleia geral
Sede
valores apurados proceder-se-á conforme
Um) A assembleia geral será convocada
deliberação da Assembleia Geral. Um) A sede da sociedade é na zona da
por carta registada, com aviso de recepção,
Messe, cidade baixa, bairro Maiaia, sem nome,
CAPÍTULO VI com pelo menos quinze dias de antecedência,
Nacala-Porto, Nampula.
salvo quando a lei impuser outra forma de
Das disposições finais Dois) A administração fica autorizada a convocação.
deslocar a sede social para qualquer outro Dois) A Assembleia Geral, pode se reunir
ARTIGO VIGÉSIMO QUARTO local de Moçambique, pode transferir, abrir sem observância de formalidades prévias de
Disposições finais ou encerrar qualquer subsidiária, sucursal convocação, desde que se represente o sócio
ou agência, delegações ou outra forma de e manifeste a vontade de que a assembleia se
As omissões aos presentes estatutos serão representação social, onde e quando entender constitua e delibere sobre determinado assunto.
reguladas e resolvidas de acordo com o Código conveniente.
Comercial, aprovado pelo Decreto-Lei número ARTIGO SÉTIMO
dois barra dois mil e cinco, de vinte e sete de ARTIGO TECEIRO
Disposições diversas
Dezembro, e demais legislação aplicável.
Objecto
Um) O ano fiscal coincide com o ano civil.
Maputo,treze de Março de dois mil e quinze.
Um) A sociedade tem como objecto Dois) A sociedade dissolver-se-á nos casos
— O Técnico, Ilegível.
prestação de serviços informáticos, reparação, expressamente previstos na lei ou quando for
assistência técnica, manutenção, montagem deliberado pela assembleia geral.
de computadores e redes de dados, venda de Trê) Em todo o omisso aplicar-se-á o
Código Comercial em vigor e demais legislação
aparelhos informáticos, com comércio grosso
TI Soluções - Solições em aplicável em Moçambique.
e a retalho de seus acessórios. Importação,
Técnologias de Informação, exportação de bens e serviços para sua Está conforme.
Limitada actividade, capacitações, formações, serigrafia, Nacala-Porto, dezassete de Fevereiro de
logótipos, impressão ou digitalização de dois mil e quinze. — O Conservador/Notário
Certifico, para efeitos de publicação, que Superior, Jair Rodrigues Conde de Matos.
documentos, fotocopias e internet café e
por escritura de dezassete de Fevereiro do
avaliação patrimonial de equipamentos.
ano dois mil e quinze, lavrada de folhas cento
Dois) A sociedade pode ainda desenvolver
e quarenta e oito `a folhas cento e cinquenta
barra um, do livro de notas para escrituras
outras actividades desde que obtenha as Bon Voyage – Travels
diversas número I – vinte e três barra vinte necessárias autorizações. Sociedade Unipessoal,
vinte e quatro, desta Conservatória do Registos Limitada
ARTIGO QUARTO
e Notariado de Nacala-Porto, a cargo de Jair
Certifico, para efeitos de publicação, que
Rodrigues Conde de Matos, licenciado em Capital social e cessão de quotas
por escritura de vinte e cinco de Fevereiro do
Direito, foi transformada um estabelecimento ano dois mil e quinze, lavrada de folhas vinte e
Um) O capital social, integralmente realizado
em nome individual TI Soluções-Soluções três à folhas vinte e seis, do livro de notas para
em dinheiro, é de cem mil meticais, subscrito
em Técnologias de Informação em sociedade escrituras diversas número I traço vinte quatro,
numa só quota, equivalente a cem porcentos do
unipessoal por quotas denominada TI Soluções- desta Conservatória do Registos e Notariado
capital social, pertencente ao sócio único Pedro
Soluções em Técnologias de Informação de Nacala-Porto, a cargo de dr. Jair Rodrigues
Sociedade Unipessoal, Limitada, pelo senhor José da Costa Intuere.
Conde de Matos, licenciado em Direito, foi
Pedro José da Costa Intuere, casado Ruth dos Dois) A cessão de quotas e a sua divisão é
constituída uma sociedade unipessoal por quotas
Santos Victor Intuere, sob regime de comunhão livre e a estranhos depende do consentimento
de responsabilidade limitada denominada
geral de bens, natural de Vila de Moma, da sociedade, que terá sempre direito de Bon Voyage – Travels Sociedade Unipessoal,
residente em Nacala-Porto, portador do Bilhete preferência o qual, de seguida, se defere aos Limitada, pelo Hadrami Moijbin Mahamad
de Identidade número zero três zero um zero sócios não cedentes. Hanif, solteiro, maior, natural de Dhrol
846 III SÉRIE — NÚMERO 23
Dois) Se a transmissão for autorizada, anterior será igual ao valor da quota que e de bens móveis que não sejam
o outro sócio tem direito de preferência resultar do ultimo balanço aprovado da essenciais para o funcionamento
relativamente à transmissão de qualquer quota, sociedade, sem prejuízo do estabelecimento no da actividade social, incluindo
no todo ou em parte. número dois do artigo ducentésimo trigésimo veículos automóveis;
Três) Para efeitos do consentimento da quinto do Código das Sociedades Comerciais. b) Contrair empréstimos ou financia-
sociedade do exercício do direito de preferência Três) Nos casos previstos nas alíneas c) e d) mentos;
estabelecido no número anterior o sócio que do número um deste artigo, a amortização será c) Trespassar ou tomar de trespasse
pretender ceder a sua quota comunicá-lo-á realizada sem qualquer contrapartida, salvo estabelecimentos;
à gerência da sociedade e ao outro sócio por acordo em contrário com o interessado. d) A alienação, oneração ou locação do
cada registada com aviso de recepção, indicando Quatro) Deliberada a amortização, esta estabelecimento da sociedade.
o adquirente, o preço e as demais condições de considarar-se-á desde logo realizada, deixando
transmissão ou o valor atribuido à quota, no caso o sócio titular da quota exercer direitos na ARTIGO DÉCIMO SEGUNDO
de transmissão a título gratuito. sociedade. Um) As deliberações da assembleia geral
Quatro) A gerência convocará a assembleia- Cinco) A amortização considerar-se-á respeitantes á aquisição, alienação ou oneração
geral da sociedade, para reunir no prazo de liquidada pelo pagamento da contrapartida, de bens imóveis e do estabelecimento da
trinta dias a contra da data da recepção da se houver, ou pela consignação em depósito sociedade e dos respectivos direitos e á fixação
comunicação prevista no número anterior, para do respectivo valor no Banco Comercial em dos dividendos a distribuir, para serem válidas,
deliberar sobre a posição da sociedade. Se a Moçambique á ordem do respectivo titular. têm de ser tomadas por uma maioria de votos
assembleia geral devidamente convocada não Seis) O pagamento da contrapartida devida igual ou superior a setenta e cinco por cento
reunir dentro do prazo fixado neste número, ou pela amortização será paga em duas prestações da totalidade dos votos correspondentes ao
reunindo nada deliberar sobre a transmissão iguais, a efectuar dentro de dois meses e um capital social.
entender-se-á que a sociedade a autoriza. ano, respectivamente, a contar da data da fixação Dois) Salvo nos casos em que a lei ou
Cinco) O sócio não cedente deverá exercer definitiva do valor da contrapartida. os estatutos da sociedade exijam outras
de preferência nos trinta dias seguintes á data formalidades, as assembleias gerais serão
da reunião da assembleia geral prevista no ARTIGO NONO
convocadas por cartas registadas com aviso de
número anterior. Um) A administração e representação da recepção, dirigidas aos sócios com, pelo menos,
Seis) O direito de preferência deve ser sociedade, em juízo e fora dele, será exercida trina dias de antecedência.
exercido por carta registada com aviso de por um ou mais gerentes, com a remuneração Três) As convocatórias, para serem válidas,
recepção,ou entregue por protocolo, na conforme foi deliberado pela assembleia geral deverão indicar sempre os assuntos sobre os
qual o sócio preferente deverá declarar da sociedade. quais a assembleia terá de se pronunciar.
inequivocamente se aceita as condições da Dois) A assembleia geral da sociedade Quatro) As convocatórias para as
transmissão, sem quaisquer restrições ou poderá fixar um período de duração para o assembleias-gerais destinadas a aprovar o
condicionamentos. exercício dos gerentes, sem prejuízo da sua livre balanço, o relatório de gerência e as contas
Sete) Se houver mais de um sócio a preferir, revogação a todo o tempo. anuais da sociedade só serão válidas desde
a quota a transmissão será dividida entre eles Três) A sociedade obriga-se pela assinatura que sejam acompanhadas de um exemplar dos
na proporção do valor das quotas que ao tempo ou intervenção de um gerente, ou de mandatários
possuírem. referidos documentos.
nos termos dos respectivos mandatos.
Cinco) Das reuniões da assembleia geral
ARTIGO OITAVO ARTIGO DÉCIMO serão elaboradas actas, das quais deverão contar
as deliberações tomadas.
Um) A sociedade pode amortizar qualquer Um) A gerência terá os mais amplos poderes
quota por acordo com o respectivo titular ou sem de gestão e representação social em juízo e ARTIGO DÉCIMO TERCEIRO
o seu consentimento, quando tenha, ocorrido fora dele, activa ou passivamente, de acordo
algum dos factos a seguir enumerados que os Os lucros apurados em cada exercício,
com o estabelecimento na lei e nos estatutos
presentes estatutos considerem fundamento de depois de descontada a percentagem obrigatória
da sociedade.
amortização compulsiva: para o fundo reserva legal serão aplicados de
Dois) Das reuniões da gerência serão
acordo com a deliberação tomada na assembleia
a) Quando o sócio for judicialmente lavradas actas, registadas em livros próprios,
geral que aprova as contas da sociedade.
declarado falido ou insolvente ou das quais constarão as decisões tomadas.
for dissolvido ou extinto; Três) É inteiramente vedado aos gerentes ARTIGO DÉCIMO QUARTO
b) Se a quota tiver sido objecto de arresto, obriga a sociedade em actos ou contractos
penhorada ou sujeita a apreensão estranhos ao objecto social, designadamente A sociedade dissolver-se-á nos casos
judicial, se o respectivo titular não em letras de favor, fiança ou avales. previstos na lei, nomeadamente por acordo dos
conseguir desonerá-la, nos trinta Quatro) Os actos praticados contra o sócios ou pela impossibilidade de realização do
dias seguintes á data em que tiver estabelecimento no número anterior importa seu objectivo social.
sido efectuado o registo de algum para os responsáveis, pelo menos, a perda da
ARTIGO DÉCIMO QUINTO
daqueles procedimentos; gerência e a obrigação de indemnizar pelos
c) Se a quota tiver sido cedida contra prejuízos que lhe advenham em consequências A liquidação da sociedade será efectuada
o estabelecido nos estatutos; de tais actos. á data da dissolução e concluir-se-á no prazo
d) Se o sócio exercer em Moçambique de seis meses, adjudicando-se o activo social
ARTIGO DÉCIMO PRIMEIRO
qualquer actividade concorrente da por licitação entre os sócios, depois de pagos
sociedade, sem autorização desta Para além dos casos em que a lei o determine, os credores.
concedida mediante deliberação da dependem ainda de deliberação dos sócios os
assembleia geral. seguintes actos: ARTIGO DÉCIMO SEXTO
Dois) A contrapartida da amortização nos a) A aquisição, alienação ou oneração Um) Os diferendos ou litígios entre os
casos previstos nas alíneas a) e b) do número de bens imóveis, de direitos sociais sócios ou entre estes e a sociedade por razões
848 III SÉRIE — NÚMERO 23
relacionadas com a sociedade ou com a Engenharia & Projectos, Limitada, regendo- transferindo-se para outro sócio o direito de
sua actividade, bem como a interpretação se pelos presentes estatutos e pela legislação concorrer ao aumento de capital na medida das
e aplicação dos presentes estatutos, serão aplicável. suas possibilidades na decisão que ordenou o
decididos por tribunal arbitral. aumento do capital social.
Dois) Cada parte interessada no litígio ARTIGO SEGUNDO
deverá designar um árbitro. ARTIGO SEXTO
(Sede)
Três) Os árbitros assim designados (Suprimentos)
escolherão entre si o árbitro com funções de Um) A sociedade tem a sua sede social no
presidente se o seu número for ímpar; Se o Bairro Central, Rua Dr. Negrão, porta número Não haverá prestações suplementares
número de árbitro for par, estes escolherão setenta e dois, rés-do-chão, Cidade de Maputo, de capital, podendo, porém, os sócios fazer
um outro, o qual desempenhará as funções de República de Moçambique. suprimentos a sociedade nos termos e condições
presidente; Na falta de acordo, o presidente Dois) Mediante deliberação da assemblei a definir em assembleia geral.
será designado pelo Presidente do Tribunal de geral a sociedade poderá ser transferida ou abrir
Maputo. delegações, sucursais filiais ou outras formas de ARTIGO SÉTIMO
representação comercial no país ou no exterior. (Cessão e divisão de quotas)
ARTIGO DÉCIMO SÉTIMO
ARTIGO TERCEIRO Um) A cessão e a cessão de quotas, carecem
O exercício social corresponderá ao ano
de autorização prévia da sociedade, dada por
civil, com início a um de Janeiro e termo a trinta (Duração) deliberação da respectiva assembleia geral,
e um de Dezembro de cada ano, data em que se
A sociedade é constituída por tempo com parecer prévio favorável do conselho de
procederá à elaboração do balanço patrimonial
indeterminado, salvo decisão em contrário gerência.
e demonstração de resultados.
da assembleia geral, contando o seu início Dois) O sócio que pretender alienar a sua
Está conforme. quota informará a sociedade, com um mínimo
para todos efeitos legais a partir da data da
Cartório Notarial da Matola, vinte e dois de trinta dias de antecedência, por carta
celebração do contrato de sociedade.
de Julho de dois mil e catorze. — A Técnica, registada, com aviso de recepção, dando a
Ilegível. ARTIGO QUARTO conhecer o projecto de venda e as respectivas
condições contratuais.
(Objecto) Três) Gozam do direito de preferência, na
Um) A sociedade tem como objecto principal aquisição da quota a ser cedida, a sociedade e
a prestação de serviços na área de procurement, os restantes sócios, por esta ordem.
Sches – Engenharia
progectos de engenharia e manutenção de
& Projectos, Limitada CAPÍTULO III
subestações.
Certifico, para efeitos de publicação, que Dois) A sociedade poderá desenvolver Dos órgãos sociais, resultados
no dia dez de Março de dois mil e catorze, foi outras actividades conexas, ou complementares, e dissolução
matriculada na Conservatória de Registo de dentro e fora do país, desde que aprovadas pela
ARTIGO OITAVO
Entidades Legais sob o NUEL 100584875 uma assembleia geral e não proibidas por lei.
sociedade denominada Sches – Engenharia (Assembleia geral)
& Projectos, Limitada. CAPITULO II
Um) As deliberações da sociedade são
O presente contrato é celebrado entre as ARTIGO QUINTO tomadas em assembleia geral.
partes interessadas: Dois) A assembleia geral reunirá em
(Capital social)
Nsiweeq, S.A, sociedade anónima, constituída sessão ordinária uma vez em cada ano para
aos dias oito de Abril de dois mil e catorze, Um) O capital social integralmente subscrito apreciação, correcção, aprovação ou rejeição
com o NUEL 100493705, registado aos dias em numerário, é de cinquenta mil de meticais, do balanço e contas do exercício, bem como
dezanove de Maio e dois mil e catorze, pela correspondentes a soma de duas quotas assim para deliberar sobre quaisquer outros assuntos
concervatória de registo das entidades legais, distribuídas: constantes da respectiva convocatória, e em
sedeada em Maputo Cidade, distrito Urbano sessão extraordinária, sempre que se mostrar
a) Uma quota no valor de vinte e cinco
número um, bairro central, Rua Dr. Negrão, necessário.
mil meticais, correspondente a
porta número setenta e dois, rés-do-chão, Três) A assembleia geral será convocada
cinquenta porcento do capital
República de Moçambique; pelo gerente, por meio de e-mail, telex, telefax,
social, subscrito pelo sócio
Fátima Paulo Mabote Nhanombe, nascido aos telegrama ou carta registada, com aviso de
Nsiweec, SA;
dias dez de Julho de mil novecentos oitenta recepção, dirigidos aos sócios com antecedência
b) Uma quota no valor de vinte e cinco
e Cinco, portadora do Bilhete de Identidade mínima de quinze dias, salvo nos casos em que
mil meticais, correspondente a
n.º 110102391843F, emitido aos dias três de a lei exigir outras formalidades.
vinte e cinco porcento do capital
Setembro de dois mil e doze, pelo Arquivo de Quatro) Compete a assembleia geral eleger
social, subscrito pelo sócio Fátima
Identificação Civil de da cidade de Maputo, os corpos gerentes, definir anualmente as
Paulo Mabote Nhanombe.
residente no bairro de Khongoloti, Matola. actividades a desenvolver tendo em atenção
Dois) O capital social poderá ser aumentado a situação económica, financeira da empresas
CAPÍTULO I pela contribuição dos sócios, na proporção e outros critérios atendíveis.
Da denominação, sede, duração da sua quota deste que seja deliberada pela
e objecto assembleia geral. O aumento poderá ser em ARTIGO NONO
numerário ou em espécie ou por incorporação
ARTIGO PRIMEIRO (Gerência da sociedade)
de suprimentos ou reservas.
(Denominação) Três) O sócio que por qualquer razão não Um) A gerência da sociedade será exercida
responder ao aumento do capital na proporção por um conselho de gerência constituído por um
A sociedade por quotas de responsabilidade da sua quota, poderá fazê-lo em proporções membros, que será designado em assembleia
Limitada adopta a denominação de, Sches – inferiores ou mesmo desistir de o fazer, geral.
20 DE MARÇO DE 2015 849
Dois) O mandato dos membros eleitos para moçambicana, portador do Bilhete de ARTIGO SEXTO
o conselho de gerência é de dois anos. Identidade n.º 110100938512F, emitido aos
Resultados
Três) Para obrigar a sociedades é necessária oito de Março de dois mil e onze, residente
a assinaturas de um membro do conselho de no bairro Sommerschild, Avenida Lucas O exercício social corresponde ao ano civil
gerência. Elias Kumatu número cento e noventa e seis. e o balanço de contas de resultado será o fecho
Quatro) Compete ao gerente a representação Que pelo presente escrito particular, com referência a trinta e um de Dezembro de
da sociedade em todos os actos, em juízo e fora constitui uma sociedade unipessoal por quotas cada ano e será submetido à aprovação.
dele, tanto na ordem interna como internacional, de responsabilidade limitada e que se regerá
dispondo dos mais amplos poderes legalmente ARTIGO SÉTIMO
pelos artigos seguintes:
consentidos para a prossecução e a realização Dissolução
do objecto social, nomeadamente, quanto ao ARTIGO PRIMEIRO
exercício da gestão corrente dos negócios A sociedade só se dissolve nos casos fixados
Denominação por lei.
sociais.
A sociedade adopta a denominação de Nella
ARTIGO DÉCIMO ARTIGO OITAVO
Eventos & Decorações – Sociedade Unipessoal,
Limitada, uma sociedade unipessoal de Casos omissos
(Aplicação dos resultados)
responsabilidade limitada e constitui-se por Em tudo quanto fica omisso, a resolução
Um) Deduzidos os gastos, amortizações e tempo indeterminado.
encargos, dos resultados líquidos apurados em serão usadas as disposições legais vigentes na
cada exercício serão retirados os montantes República de Moçambique.
ARTIGO SEGUNDO
necessários para a criação dos seguintes fundos: Maputo, treze de Março de dois mil e quinze.
Localização
a) De reserva legal, enquanto não — O Técnico, Ilegível.
estiver realizado nos termos da A sociedade tem a sua sede na cidade de
lei ou sempre que seja necessário Nampula, Distrito de Nacala-Porto, Bairro
reintegrá-lo; da Praia Fernão Veloso, podendo por simples
b) Outras reservas necessárias para deliberação abrir sucursal, delegação ou outra Neula Investimento & Serviços,
garantir o equilíbrio económico e forma de representação comercial. Limitada
financeiro da sociedade.
ARTIGO TERCEIRO Certifico, para efeitos de publicação, que
Dois) O remanescente terá a aplicação que
Objecto social no dia doze de Março de dois mil e quinze, foi
for deliberada pela assembleia geral.
matriculada, na Conservatória do Registo de
Um) A sociedade tem por objecto a Entidades Legais sob NUEL 100535181 uma
ARTIGO DÉCIMO PRIMEIRO
prestação de serviços em ornamentação sociedade denominada Neula Investimento
(Dissolução) e decoração de eventos e serviços afins, & Serviços, Limitada.
Um) A sociedade dissolve-se nos casos e nos aluguer de equipamentos, representações, Entre:
termos estabelecidos por lei. Se for por acordo, comércio à grosso e a retalho de bens, produtos
Primeiro. Neula Investment And Services,
liquidada como os sócios deliberarem. farmacêuticos, cosméticos, equipamentos de
S.A., empresa registada em Maurícias, sob o
decoração, hospitalares, medicamentos com
Dois) Em caso de morte, dissolução ou Número de Registo C13119742, neste acto
importação e exportação.
interdição de sócios, a sociedade continuaram representada por Milissão Bernardo Milissão,
com os seus herdeiros, sucessores ou Dois) A sociedade poderá adquirir casado, residente em Maputo, na Avenida
representantes. participações financeiras em sociedade a Albert Lithuli, número novecentos e setenta,
constituir ou já constituida, ainda que tenha primeiro andar esquerdo, Alto-Maé, titular do
ARTIGO DÉCIMO SEGUNDO como objecto social diferente do da sociedade. Bilhete de Identidade n.º 110100278257Q;
Três) A sociedade poderá exercer quaisquer
(Casos omissos) Segundo. Fernando Fernando Cossa, maior,
outras actividades desde que para isso esteja de nacionalidade moçambicana, portador do
Os casos omissos serão regulados pela lei devidamente autorizado nos termos da Bilhete de Identidade n.º 110500632400S,
comercial aplicável. legislação em vigor. emitido em Maputo, aos vinte e nove de Abril de
Maputo,treze de Março de dois mil e quinze. dois mil e treze, residente no quarteirão número
— O técnico, Ilegível. ARTIGO QUARTO quinze, casa número trinta e seis, Malhazine,
Capital Maputo, Moçambique.
Terceiro. Maria Fernanda de Oliveira, maior,
Capital social, integralmente subscrito
de nacionalidade moçambicana, portador do
Nella Eventos & Decorações e realizado em dinheiro, é de vinte mil meticais,
Bilhete de Identidade n.º 030100904533B,
– Sociedade Unipessoal, correspondente a uma única quota pertencente
emitido em Maputo, aos vinte e quatro de
Limitada a única sócia Marinela Mafalda M. Segundo. Janeiro de dois mil e onze, residente na Avenida
Filipe Samuel Magaia, número setenta e dois
Certifico, para efeitos de publicação, que no ARTIGO Quinto
Urbano Central, Nampula, Moçambique.
dia vinte e seis de Janeiro de dois mil e quinze,
Gerência
foi matriculada, na Conservatória do Registo ARTIGO PRIMEIRO
de Entidades Legais sob NUEL 100570637 A administração da sociedade e de sua
uma sociedade denominada Nella Eventos representação em juízo e fora dele, activa e (Denominação e sede)
& Decorações – Sociedade Unipessoal, passivamente, será exercida pela sócia única Um) A sociedade adopta a denominação
Limitada. que fica desde já nomeado directora bastando de Neula Ivestimento & Serviços, Limitada
Marinela Mafalda M. Segundo, solteira, a sua assinatura, para validamente obrigar a e constituí-se sob a forma de sociedade por
natural de Nampula, de nacionalidade sociedade em todos os seus actos e contratos. quotas.
850 III SÉRIE — NÚMERO 23
Dois) A sociedade tem a sua sede em Matola, c) uma quota no valor nominal de Três) As assembleias gerais poderão
na Rua da Escola número setecentos e noventa, doze mil e quinhentos meticais, ser convocadas por e-mail, respeitando o
Talhão um traço catorze barra um Unidade correspondente a cinco por cento número anterior do mesmo artigo, e poderão
K, Bairro Hanhane, podendo abrir sucursais, do capital social, pertencente ser realizadas via vídeo conferência sujeita
delegações, agências ou qualquer outra forma a sócia Maria Fernanda de Oliveira. a aprovação dos intervenientes.
de representação social, quando o conselho de Quatro) O presidente da mesa é obrigado
administração, por meio de deliberação, o julgar ARTIGO QUINTO a convocar a assembleia geral sempre que a
conveniente. (Prestações suplementares e suprimentos) reunião seja requerida com a indicação do
Três) Por discussão e deliberação por maioria objecto, por sócios que representem, pelo
de votos, pode o conselho de administração Um) Podem ser exigidas aos sócios menos, a décima parte do capital, sob pena
transferir a sede para qualquer outro local do prestações suplementares de capital, mediante destes a poderem convocar directamente.
território nacional. deliberação da assembleia geral aprovada por Cinco) A assembleia geral ordinária reúne-
votos representativos de setenta e cinco por se no primeiro trimestre de cada ano, para
ARTIGO SEGUNDO cento do capital social, ficando todos os sócios apreciação do balanço e aprovação das contas
obrigados na proporção das respectivas quotas. referentes ao exercício do ano anterior, bem
(Duração)
Dois) Os sócios podem prestar suprimentos como para deliberar sobre quaisquer outros
A duração da sociedade é por tempo à sociedade, nos termos e condições assuntos de interesse para a sociedade.
indeterminado. estabelecidos em assembleia geral. Seis) A mesa da assembleia geral
é constituída por um presidente e um secretário,
ARTIGO TERCEIRO ARTIGO SEXTO
eleitos por três anos, sendo permitida a re-
(Objecto) (Cessão e oneração de quotas) eleição.
Um) A sociedade tem por objecto: Um) A cessão de quotas entre os sócios ARTIGO OITAVO
a) A promoção e comercialização de ou a estranhos fica condicionada ao direito de
preferência dos outros sócios nos termos da (Deliberação da assembleia geral)
combustível e produtos ou serviços
relacionados; cláusula seguinte. Um) Dependem da deliberação dos sócios,
b) Compra e venda de gás doméstico, Dois) Para efeitos do número anterior, para além de outros que a lei ou os estatutos
bem como o estabelecimento de o sócio que pretenda ceder a sua quota, ou indiquem, os seguintes actos:
lojas de conveniência e outros parte desta, deverá enviar à sociedade, por a) A chamada e a restituição das
serviços relacionados. escrito, a notificação, indicando a identidade prestações suplementares;
do adquirente, o preço e as condições ajustadas b) Amortização de quotas;
Dois) A sociedade poderá desenvolver outras
para a projectada cessão, nomeadamente, as c) A aquisição, divisão, alienação ou
actividades, subsidiárias ou complementares do
condições de pagamento, as garantias oferecidas oneração de quotas próprias;
seu objecto principal, desde que devidamente
e recebidas e a data de realização da transacção. d) O consentimento para a alienação ou
autorizadas.
Três) A sociedade deverá pronunciar-se oneração das quotas dos sócios;
Três) Caso a maioria votar durante
sobre a notificação para transmissão no prazo e) A exclusão dos sócios;
a reunião da assembleia geral, poderá a
máximo de quarenta e cinco dias, a contar f) A nomeação, e a exoneração dos
sociedade de acordo com o voto participar,
da recepção da mesma, entendendo-se que membros do conselho de
directa ou indirectamente, em projectos de
a sociedade rejeita a preferência se não se administração, bem como dos
desenvolvimento concorram com o objecto
pronunciar nesse prazo. membros da mesa da assembleia
social da empresa. A sociedade pode, mediante
Quatro) Qualquer oneração da quota em geral;
votação, aceitar concessões, adquirir e gerir
garantia de quaisquer obrigações dos sócios g) A aprovação do relatório de gestão e
participações no capital de quaisquer outras
depende sempre da autorização prévia da das contas do exercício, incluindo
sociedades, independentemente do respectivo
sociedade, dada por deliberação da assembleia o balanço e a demonstração de
objecto social, ou ainda participar em empresas,
geral. resultados;
associações empresariais, agrupamentos de
Cinco) Se a sociedade recusar o h) A atribuição dos lucros e o tratamento
empresas ou outras formas de associação.
consentimento, a respectiva comunicação dos prejuízos;
ARTIGO QUARTO dirigida ao sócio incluirá uma proposta de i) A propositura e a desistência de
amortização para aquisição da quota. quaisquer acções contra os
(Capital social)
Seis) Se o interessado na oneração não administradores ou contra os
O capital social, integralmente subscrito aceitar a proposta no prazo de quinze dias, membros da mesa da assembleia
e realizado em dinheiro, é de duzentos e cin- esta fica sem efeito, mantendo-se a recusa do geral;
quenta mil meticais, encontrando-se dividido j) A alteração do contrato de sociedade;
consentimento.
em três quotas, distribuídas da seguinte forma: k) O aumento e a redução do capital;
a) Uma quota no valor nominal de ARTIGO SÉTIMO l) A fusão, cisão, transformação,
duzentos e vinte e cinco mil dissolução e liquidação da
(Assembleia geral)
meticais, correspondente sociedade;
a noventa por cento do capital Um) Competem à assembleia geral todos m) A designação dos auditores da
social, pertencente a sócia Neula os poderes que lhe são conferidos por lei e por sociedade;
Investment and Services Ltd; estes estatutos. n) A prática de actos jurídicos que gerem
b) Uma quota no valor nominal de Dois) As assembleias gerais serão obrigações para a sociedade;
doze mil e quinhentos meticais, convocadas por escrito até quinze dias úteis o) A alienação ou oneração, a qualquer
correspondente a cinco por cento antes da realização da mesma pelo presidente título, de bens móveis e imóveis que
do capital social, pertencente ao da mesa da assembleia geral ou por qualquer componham o activo permanente
sócio Fernando Fernando Cossa; dos administradores da sociedade. da sociedade;
20 DE MARÇO DE 2015 851
iii) Proporcionar a acomodação aos Dois) O balanço e contas de resultados fechar Pelo presente contrato de sociedade
turistas; se ao com referéncia a trinta e um de dezembro outorgam e constituem entre si uma sociedade
iv) Desenvolver o comércio de de cada ano. por quotas de responsabilidade limitada, que se
bens alimentares,materal regerá pelas cláusulas seguintes:
desportivo,material de pesca, ARTIGO OITAVO
calçado e vestuario; CAPÍTULO I
(Lucros)
v) Para a realização do seu objecto Denominação e sede
social,a sociedade poderá associar- Dos lucros apurados em cada exercicio
se a outra ou a outras sociedades, deduzir-se-ão em primeiro lugar a percentagem ARTIGO PRIMEIRO
dentro ou fora do país. legalmente indicada par constituir a reserva
legal, enquanto não estiver realizada nos A sociedade adopta a denominação de
Dois) A sociedade poderá exercer outras Hkutirela Recrutamento & Prestação de
termos da lei ou sempre que seja necessário
actividades conexas com o seu objecto principal Dervicos, Limitada, e tem a sua sede na Rua
reintegrá-la.
e desde que para tal obtenta aprovação das Manjor Teixeira Pinto número dois, cidade de
emtidades competentes. ARTIGO NONO Maputo.
Três) A sociedade poderá adquirir
participações financeiras em sociedades a (Dissolução) ARTIGO SEGUNDO
constituir ou constituidas, ainda que com A sociedade dissolve-se nos casos e nos Duração
objectivo diferente do da sociedade, assim termos da lei.
como associar se com outras sociedades para a A sua duração será por tempo indeterminado,
persecução de objectivos comercias no âmbito ARTIGO DÉCIMO contando-se o seu início a partir da data da
ou não do seu objectivo. constituição.
(Disposições finais)
CAPÍTULO II Um) Em caso de morte ou interdição de ARTIGO TERCEIRO
Binário Soluções – Sociedade ARTIGO SEGUNDO correspondente a uma única quota pertencente
Unipessoal, Limitada Localização
a único sócio Ossufo Arnaldo Segundo.
artigos seguintes: constituida, ainda que tenha como objecto social A sociedade só se dissolve nos casos
diferente do da sociedade. fixados por lei.
ARTIGO PRIMEIRO Três) A sociedae poderá exercer quaisquer
outras actividades desde que para isso esteja ARTIGO OITAVO
Denominação devidamente autorizado nos termos da legislação
em vigor. Casos omissos
A sociedade adopta a denominação de
ARTIGO QUARTO Em tudo quanto fica omisso, a resolução
(Binário Soluções,Lda) Binário Soluções –
serão usadas as disposições legais vigentes
–Sociedade Unipessoal, Limitada, uma Capital na República de Moçambique.
sociedade unipessoal de responsabilidade Capital social, integralmente subscrito e Maputo, treze de Março de dois mil e
limitada e constitui-se por tempo indeterminado. realizado em dinheiro é de vinte mil meticais, quinze. — O Técnico, Ilegível.
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