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FACULDADE MAURICIO DE NASSAU

CURSO ENGENHARIA CIVIL


DISCIPLINA: FUNDAMENTOS DA GEOLOGIA
PROF. DR. IDNEY CAVALCANTI DA SILVA
ESTRUTURAS GEOLÓGICAS - AULA 08
INTRODUÇÃO

Na crosta terrestre as rochas assumem feições geométricas devido a fenômenos de arranjos


granulométricos ocorridos durante a geração da rocha ou provenientes de deformações
causadas por esforços tectônicos ou transporte de material de modo geral. A compreenção
dessas feições e arranjos estruturais, assim como os mecanismos geradores dos mesmos é
de grande importância para engenharia, pois possibilita mapear, em superfície e em
subsuperfície, as zonas da maior fraqueza e de maior resistência mecânica. A ciência que
estuda as feições estruturais, a geometria dos corpos rochosos e os esforços ou os
mecânismos que as geraram, denominamos geologia estrutural.

Na prática, tal conhecimento, irá servir para locação de obras de engenharia dos mais
diversos tipos. Inicialmente serão descritas a nomeclatura e a classificação das estruturas,
em seguida as possíveis representações gráficas. As estruturas podem ser lineares e planares,
ou seja, encontradas na natureza na forma de linhas e planos.

As estruturas, de modo geral são formadas pelo processo deformacional, que resulta da
resposta mecânica dos esforços aos quais os corpos rochosos são submetidos, e que pode
ocorrer em regime dúctil, dúctil rúptil, rúptil dúctil e rúptil (Fig. 01). O regime dúcil é quando
o estado plástico da rocha permite que a mesma se deforme sem resistência ao
cisalhamento. O regime rúptil, ocorre quando o estado da rocha oferece resistência
mecânica ao cisalhamento de modo que ocorra a ruptura da rocha. Os regimes dúctil rúptil
e rúptil dúctil são estados de transição entre o dúctil e o rúptil, sendo que o primeiro trata
da predominância do estado dúctil e o segundo da predominância do estado rúptil.

Figura 01

ESTRUTURAS PRIMÁRIAS

É muito comum as rochas presentes na crosta terrestre apresentarem feições estruturais,


tais feições podem ser geradas durante a formação da rocha ou após a rocha ser formada.
Quando as estruturas são geradas durante a formação da rocha são denominadas de
estruturas primárias. As estruturas primárias podem estar presentes em rochas ígneas,
metamórficas e sedimentares.

Nas rochas sedimentares as estruturas planares são os planos de acamadamento, ou seja a


geometria e disposição espacial das camadas (Fig. 02). Como os estratos sedimentares são
deposidados muitas vezes com o fluxo de sedimentos, pode haver marcadores da direção e
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sentido desses movimentos sejam eles causados pela água ou pelo vento, ou até por
deslizamento de uma geleira ou de um barranco, ou grande volume de lama proveniente de
uma corrente de turbidez. Esses marcadores chamamos de paleocorrentes (Fig. 03).

Figura 02
Figura 03

Nas rochas ígneas é possível ter estruturas planares provenientes do escorregamento das
lavas vulcânicas (Fig. 04), o mesmo escorregamento gera dobramentos e marcadores de
direção e sentido do fluxo magmático. Nas rochas metamórficas é muito comum as
estruturas primárias serem formadas pela deformação dos cristais da rochas, ou em um
regime mais plástico ou dúctil, pela deformação da própria rocha.

Figura 04

As principais estruturas primárias em rochas metamórficas são as foliações ou bandamento


e as lineações de estiramento mineral (Fig. 05). Por vezes os bandamentos formam dobras, a
depender do estado da deformação, ou seja, se a deformação é mais dúctil do que rúptil.
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Figura 05

ESTRUTURAS SECUNDÁRIAS

As estruturas secundárias são formadas após a geração da rocha, geralmente por esforços
atuantes nos corpos rochosos, que podem ser devido a eventos tectônicos ou atectônicos.
Dentre os diversos tipos de estruturas secundárias, as principais são as falhas e fraturas; e as
dobras. A nucleação e os mecanismos geradores dessas estruturas se deve em parte ao
comportamento reológico dos mesmos, ou seja, como essas estruturas se comportam
mecanicamente com a atuação dos esforços.

Basicaente a reologia (Fig. 06) analisa os limites de elasticidade, plasticidade e fraturamento


ou ruptura do corpo rochoso no âmbito da tensão, da deformação e do tempo, já que a
maioria dos fenômenos geológicos se processam ao longo de milhares de anos. A reologia
trata ainda de características como a viscosidade e a taxa de deformação dos corpos
rochosos. A resposta reológica que definirá as estruturas formadas, dentre elas as dobras e
falhas. Para cada uma destas existe uma série de classificação, que será vista de forma
resumida a seguir.

(c)

Figura 06: Deformação em função do tempo, mostrando a primeira zona (I), onde a deformação é elástica, a
segunda zona (II), onde a deformação é plástica e terceira zona (III), onde se alcança a ruptura. (a) ao continuar
aumentando a intensidade da tensão, o corpo chega a ruptura; (b) se remover a tensão aplicada, no limite
plástico, a corpo não chega a ruptura, mas a deformação remanesce; (c) gráfico tensão em função da
deformação.

FALHAS E FRATURAS
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Como já foi visto, as falhas e fraturas estão entre as estruturas mais abundantes na crosta
terrestre e os mecanismos de geração dessas estruturas, se devem, basicamente, aos
esforços atuantes nos maciços rochosos e as características reológicas dos mesmos. Como
estuturas planares, as falhas se distinguem das fraturas o juntas, pelo deslocamento das
partes da rochas que foi quebrada. Ou seja, quando há um deslocamento dos blocos no
plano de ruptura, denominamos de falha, quando não há denominamos de fratura.

Considerando um determinado plano do corpo rochoso, onde a tensão principal máxima (1)
atuante, seja normal a este plano, implicando em tensões cisalhantes nulas nos mesmos; a
medida que a intensidade da tensão aumenta com o tempo, vão se formando fraturas.
Supondo um meio homogênio e isotrópico, associados a uma evolução de tensão contínua,
o que não é o caso, mas representa um modelo de ruptura próximo do real, podendo ser
simulado em um ensaio de laboratório (Fig. 07), onde as primeiras estruturas a serem
geradas, com o aumento progressivo da tensão e passar do tempo são as fraturas de tensão,
cuja o plano tem componentes nas direções dos tensores principais máximo (  1) e
intermediário (  2). Em seguida, há um relaxamento, logo após são geradas as fraturas de
alívio com os componentes das tensões principais intermediária (2) e mínima (3), paralelas
ao plano. Continuando a progressão, são geradas fraturas conjugadas com ângulos entre os
planos variando de 60° a 70° e o plano formado pela bissetriz desses planos, com
componentes das tensões principais máxima (1) e intermediária (2), paralelos a ele.

(a)
(b) (c) (d)

Figura 07: Fraturas desenvolvidas durante experimentos em rochas em estado rúptil. (a) Estado
inicial do ensaio, com tensor máximo vertical (  1) e tensor mínimo (  3) horizontal como é
mostrado a seguir; (b) formam-se as primeiras fraturas, denominadas fraturas de tensão; (c)
com a deformação inicial a rocha comprime de modo que a intensidade de compressão
diminui, podendo gerar fraturas de alívido; (d) é gerado o par de fraturas conjugadas; (e)
ocorre o cisalhamento e a falha.

(e)
Dentre os tipos de ruptura ou quebra de corpos rochosos, visualizadas na natureza é
possível citar (Fig. 08), o modelo I, que trata de abertura e não ocorre cisalhamento, o
modelo II, onde ocorre deslizamento (cisalhamento) translacional de um bloco sobre o outro
e o modelo III, onde ocorre deslizamento rotacional denominado tesoura.
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Figura 08

JUNTAS E FRAURAS

Na natureza, existem vários tipos de arranjo e de formação de juntas e fraturas, quando a


ruptura não promove deslocamento dos blocos na direção do plano de falhamento, serão
descritas aqui alguns desses tipos. O primeiro deles é o par de fratura conjugadas (Fig. 09),
que são geradas ao mesmo tempo e formam um ângulo de 60° a 70° entre si, como na
ilustração da figura 09.

Figura 09: Fraturas conjugadas.

Outro de junta ou fratura muito comum de ocorrer, são as juntas plumosas, formadas em
um processo de abertura como ilustrado na figura 10. Em uma condição compressiva é
possível formar fraturas do tipo estilolito (Fig. 11).
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Figura 10: Juntas plumosas: (a) aspecto e


características físicas; (b) mecanismo de geração, A -
simétrica e B - assimétrica; (c) foto de uma junta
plumosa.

(a) (b)

Figura 11: Juntas de compressão


(estilolitos) e veios de quartzo: (a)
esquema ilustrativo; (b) foto em seção
do afloramento.

As fraturas e juntas ainda ocorrem na natureza preenchidas por magmas ou rochas em


estado fluido que ao se cristalizarem, formam os denominados veios ou diques (Fig. 12). Os
veios preenchem as zonas de fraqueza da rocha, podem ter geometria planar retilínea
paralela bem definida ou penetrar a rocha de forma não contínua e aleatória (Fig. 12a).
Também podem se submeter a esforços cisalhantes e deformar na forma de guashes (Fig.
12b e c).

(a) (b) (c)

Figura 12: Exemplo de Veios: (a) tipos de arranjos de veios; (b) veios na forma de gashes em seção de
afloramento; (c) mecanismo de geração de gashes.
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As fraturas podem ocorrer repetidamente e paralelas entre si, quando ocorrem mais de uma fratura paralelas
entre si, denominamos família de fraturas (Fig. 13), as mesmas podem ocorrer associadas a outras famílias,
ortogonais ou obliquas.

Figura 13: Exemplo de um sistema de fraturas na rocha: planos


preferenciais de ruptura (domínio rúptil crustal).

CLASSIFICAÇÃO DAS FALHAS

As falhas podem ser classificadas pela cinemática, ou seja, sentido de movimento dos blocos
rochosos. Deve-se analisar a maior componente do rejeito (Fig. 14) para definir o tipo de
falha. O rejeito é a medida de deslocamento da falha, sendo obtida através de medida entre
um marcador como camada por exemplo.

Figura 14: Diagrama ilustrando o deslocamento de


uma falha. Uma parte do bloco falhado desliza sobre
o plano de ruptura.

Para isso se faz necessário a determinação dos elementos geométricos da falha (Fig. 15),
como o strike, o dip ou direção de mergulho e o pólo. Além desses, se obtém os elementos
cinemáticos (Figs. 16 e 17) da falhas, que são a estria, os degraus ou steps e o plano
cinemático que é formado pela estria e o pólo da falha.
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Figura 17: Foto de um plano de falha


Figura 15: Elementos geométricos com estrias e degraus.
das falhas. Figura 16: Elementos cinemáticos da
falha

Quando os blocos falhados se deslocam na direção do dip, a falha pode ser normal, quando
o bloco de cima (teto ou capa) desliza para baixo, ou reversa, quando o bloco de cima
desliza para cima (Fig. 18a e b), tal movimento se denomina dip slip. Quando os blocos se
deslocam na direção horizontal, ou seja, lateralmente, a falha é denominada transcorrente
(Fig. 18c e d) e pode ser transcorrente dextral (movimento dextrógiro ou horário), também
chamada de destral (lado direito), quando o bloco do lado direito se aproxima do
observador; ou sinistral (movimento sinistrógiro ou lado esquerdo), quando o bloco do lado
esquerdo se aproxima do observador. A esse movimento, de deslocamento horizontal,
denominamos strike slip.

Figura 18: (a) Falha normal; (b) falha reversa; (c) falha transcorrente dextral; (d) falha transcorrente sinistral.

Quando o movimento de deslocamento dos bloco for obliquo (Fig. 19), a falha pode ser
classificada com dois nomes, o proveniente do movimento dip slip seguido do proveniente
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do movimento strike slip ou vice-versa, sendo destes, o componente de maior
deslocamento com o nome na frente.
Figura 19: Bloco diagrama que ilustra os possíveis movimentos do bloco
ausente (missing block) com respectivas classificações cinemáticas. As
setas indicam o movimento do “missing block” e as letras a classificação
cinemática: ND – normal dextral, N – puramente normal, NS – normal
sinistral, S – puramente sinistral, RS – reverso sinistral, R – puramente
reverso, RD – reverso dextral e D – puramente dextral.

Figura 14 Bloco diagrama que ilustra os possíveis movimentos do bloco ausente (missing block) com respectivas
classificações cinemáticas. As setas indicam o movimento do “missing block” e as letras a classificação cinemática:
ND – normal dextral, N – puramente normal, NS – normal sinistral, S – puramente sinistral, RS – reverso sinistral,
R – puramente reverso, RD – reverso dextral e D – puramente dextral.

Nem sempre esse trajeto do bloco é retilíneo, como no caso das falhas lístricas e rotacionais
(Fig. 20)

Figura 20: Diagramas esquemáticos de uma falha lístrica (a) e uma falha rotacional (b). A linha vermelha mostra a
direção e sentido do movimento.

DOBRAS

Dobras são, por definição, ondulações em rochas, que podem ser quantificadas pelos
parâmetros geométricos amplitude e comprimento de onda. São produzidas por esforços
compressivos ou extensionais, em domínios dúcteis crustais, estando associadas em geral à
formação de cadeias de montanhas (Andes, Alpes, Himalaia). Em outras palavras, trata-se de
deformações dúcteis de corpos rochosos de grande amplitude e, por isso, com expressão
morfológica visível até em imagens de satélite.
Os elementos geométricos que compõem uma superfície dobrada são apresentados na
figura 21, a saber: eixo da dobra, flancos e plano axial. Esses parâmetros são úteis na
caracterização do tipo ou estilo das dobras e sua origem. Nesse sentido, existem diversas
classificações com base na geometria do eixo e superfície do plano axial, da su perfície
dobrada e ainda de acordo com critérios estratigráficos. De outra parte, a feição
morfológica deformacional pode ser classificada como antiforme ou sinforme, com base no
parâmetro de fechamento da superfície dobrada, respectivamente, convexa e côncava das
camadas, conforme apresentado na figura 21.
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Figura 21: Diagrama esquemático de uma dobra com


os respectivos elementos geométricos e nomeclatura.

Quando as camadas mais antigas da dobra estão no núcleo da mesma, chamamos de


anticlinal e quando as camadas mais antigas estão na superfície da dobra, chamados de
sinclinal (Fig. 21). Quase sempre um dobra sinforme é sinclinal e antiforme é anticlinal, mas
são tipos de classificações distintas, tanto que existem casos de dobras sinformes que são
anticlinais e vice-versa. Em função da complexidade das deformações e seus estilos, podem
ser formadas diferentes paisagens terrestres, muitas espetaculares como a ilustrada na
imagem aérea da figura 22.

Figura 22: Paisagem formada pela


conjunção de diferentes estilos de
deformações tectônicas. A crista na parte
superior da imagem aérea é uma estrutura
antiformal (por conter camadas rochosas
mais resistentes à erosão). A estrutura que
aparece na porção inferior da foto (de
relevo mais baixo) é uma sinforme.

Existem dois tipos principais de dobras: as tectônicas e as atectônicas. As do primeiro tipo


estão associadas à dinâmica interna, ou seja, à ação da pressão dirigida e temperatura
elevada, que causam o encurtamento das camadas perpendicularmente à superfície axial
das dobras. Têm expressão regional e são comuns em cordilheiras de montanhas associadas
à Tectônica Global. Esse mecanismo é acompanhado pelo cisalhamento, que são forças que
empurram os lados das camadas em sentidos opostos. Em consequência das deformações
tectônicas, ocorre mudança na espessura e no comprimento das camadas. Já as dobras
atectônicas, de expressão apenas local, restringem-se, via de regra, a uma parte das
camadas rochosas. Estão relacionadas à dinâmica externa do planeta, sendo desencadeadas
pela ação da força de gravidade (peso do pacote rochoso superior ou alguma
heterogeneidade presente nessas camadas, por exemplo, a ocorrência de clastos e/ou
blocos em seu interior). Existem uma série de classificações para as dobras, em seguida
serão comentadas e ilustradas alguma delas.
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Em relação a geometria é possível classificar as dobras com simétricas e assimétrica, como o
nome já diz, a primeira mostra uma simetria entre os flancos, enquanto que a segunda
apresenta um flanco maior que o da outra, um exemplo é ilustrado na figura 23. Ainda pela
geometria uma dobra pode ser recumbente (deitada) (Fig. 23). Outra classificação
geométrica se refere ao ângulo de fechamento entre os flancos da dobra (Fig. 24), que
classificas as dobras como: suave (entre 120° e próximo a 180°); aberta (entre 70° e 120°);
fechada (entre 30° e 70°); apertada (entre próximo de 2° e 30°); e cilíndrica ou isoclinal
(entre 0° e 2°).

Figura 23: Dobras simétricas (a), assimétricas (b) e recumbentes (c).

Figura 24: Classificação


da dobra pelo ângulo
entre os flancos da
dobra.

A assimetria de uma dobra pode estar relacionada a uma dobra maior que envolve a menor
em seus flancos como vemos na ilustração, a conhecida regra do Z - M - S, onde as dobras
assimétricas tipo Z ao lado esquerdo, do observador, de uma seção transversal a dobra, as
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tipos S do lado esquerdo e as dobras tipo M ficam próximo a charneira ou ao eixo da dobra
maior (Fig. 25).

Figura 25: Esquema ilustrativo de dobras tipo Z, M e


S.

As dobras podem se classificar pela geometria, levando-se em conta o ângulo de inclinação


do plano axial e o ângulo de inclinação do eixo (Fig. 26). Em relação a inclinação do plano
axial com a horizontal, tem-se: recumbente (de 0° a 6°); suave (de 10° a 30°); moderado (de
30° a 60°); íngreme ou acentuado (de 60° a 80°); vertical (de 80° a 90°); e reclinado (quando
apresenta uma inclinação e o eixo da dobra não é horizontal). Em relação a inclinação do
eixo da dobra com a horizontal, tem-se: horizontal (de 0° a 10°); suave (de 30° a 60°);
íngreme (de 60° a 80°); e vertical (de 80° a 90°).

(b)
(a)

Figura 26: (a) Classificações de dobras em função do


ângulo de inclinação do plano axial e do eixo da dobra.
(b) Foto ilustra exemplo de dobra recumbente.

As dobras podem apresentar o contato entre os flancos (charneira) anguloso ou suave a


depender da competência do a material, ou seja, quanto mais rígido as dobras são angulosas,
denominadas dobras klink (Fig. 27). É comum nas dobras se formar fraturas paralelas ao
plano axial da dobra, que é o plano formado pelas linhas de eixo e do eixo axial da dobra
(Fig. 28)
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Figura 27: Dobra tipo kink.

Figura 28: Esquema ilustrativo de planos de cisalhamento paralelos ao


plano axial da dobra.

Outro tipo de dobra caracterizada pela geometria e a dobra tipo casca de ovo, que pode
formar um domo ou uma bacia conforme ilustração da figura 29.

Por fim, é importante salientar que na maioria das vezes visualizamos as dobras em seções
geológicas, o que, por vezes, dificulta muito a interpretação, sobretudo se tais estruturas
passaram por mais de uma fase de dobramento (Fig. 30), ou seja um redobramento.
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,

Figura 30: Ilustração esquemática ilustrando um redobramento, ou seja, duas fases de dobramentos FA e FB, e
duas superfícies axiais SA e SB. (a) fase de dobramento FA com superfície axial SA. (b) Resultado das duas fases de
dobramentos, interpostas. (c) fase de dobramento FB com superfície axial SB.

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