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SUMÁRIO
EXERCÍCIOS ........................................................................................................................................................ 2
EXERCÍCIOS COMENTADOS ............................................................................................................................... 7
GABARITO .................................................................................................................................................... 22

MUDE SUA VIDA!


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EXERCÍCIOS
1. (Cespe-Escrivão de Polícia/Polícia Federal/2018) Um servidor público federal
determinou a nomeação de seu irmão para ocupar cargo de confiança no órgão público
onde trabalha. Questionado por outros servidores, o departamento jurídico do órgão
emitiu parecer indicando que o ato de nomeação é ilegal. Considerando essa situação
hipotética, julgue o item a seguir. Sob o fundamento da ilegalidade, a administração
pública deverá revogar o ato de nomeação, com garantia de que sejam observados os
princípios do devido processo legal e da ampla defesa.
Certo ( ) Errado ( )
2. (Cespe-Papiloscopista/Polícia Federal/2018) Pedro, após ter sido investido em cargo
público de determinado órgão sem a necessária aprovação em concurso público, praticou
inúmeros atos administrativos internos e externos. Tendo como referência essa situação
hipotética, julgue o item que se segue. Atos administrativos externos praticados por
Pedro em atendimento a terceiros de boa-fé tem validade, devendo ser convalidados para
evitar prejuízos.
Certo ( ) Errado ( )
3. (Cespe-EMAP/2018) A autorização é ato administrativo vinculado para a administração
pública.
Certo ( ) Errado ( )
4. (Cespe-EMAP/2018) Caso não haja obrigação legal de motivação de determinado ato
administrativo, a administração não se vincula aos motivos que forem apresentados
espontaneamente.
Certo ( ) Errado ( )
5. (Cespe-EMAP/2018) Quando há desvio de poder por autoridade administrativa para
atingir fim diverso daquele previsto pela lei, o Poder Judiciário poderá revogar o ato
administrativo em razão do mau uso da discricionariedade.
Certo ( ) Errado ( )
6. (Cespe-EMAP/2018) Ato do qual autoridade se utilize para atingir finalidade diversa ao
interesse público deverá ser revogado pela própria administração pública, sendo vedado
ao Poder Judiciário decretar a sua nulidade.
Certo ( ) Errado ( )
7. (Cespe-Advogado/EBSERH/2018) Um edital de licitação foi publicado e, em seguida,
foram apresentadas propostas. No entanto, antes da etapa de homologação, o gestor do
órgão licitador decidiu não realizar o certame, sob a alegação de que aquele não era o
momento oportuno para tal. Nessa situação hipotética, ao decidir por não levar a termo
o certame, o gestor praticou ato administrativo de anulação.
Certo ( ) Errado ( )
8. (Cespe-Analista Judiciário/STJ/2018) No caso de vício de competência, cabe a revogação
do ato administrativo, desde que sejam respeitados eventuais direitos adquiridos de
terceiros e não tenha transcorrido o prazo de cinco anos da prática do ato.
Certo ( ) Errado ( )

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9. (Cespe-Analista Judiciário/STJ/2018) O ato administrativo praticado com desvio de


finalidade pode ser convalidado pela administração pública, desde que não haja lesão ao
interesse público nem prejuízo a terceiros.
Certo ( ) Errado ( )
10. (Cespe-Técnico Judiciário/STJ/2018) Todos os fatos alegados pela administração pública
são considerados verdadeiros, bem como todos os atos administrativos são considerados
emitidos conforme a lei, em decorrência das presunções de veracidade e de legitimidade,
respectivamente.
Certo ( ) Errado ( )
11. (Cespe- Técnico Judiciário/STJ/2018) A motivação do ato administrativo pode não ser
obrigatória, entretanto, se a administração pública o motivar, esse ficará vinculado aos
motivos expostos.
Certo ( ) Errado ( )
12. (Cespe-Analista Judiciário/STJ/2018) A indicação dos fundamentos jurídicos que
determinaram a decisão administrativa de realizar contratação por dispensa de licitação
é suficiente para satisfazer o princípio da motivação.
Certo ( ) Errado ( )
13. (Cespe-Analista Judiciário/STJ/2018) São exemplos de atos administrativos normativos
os decretos, as resoluções e as circulares.
Certo ( ) Errado ( )
14. (Cespe-Auditor Estadual de Controle Externo/TCM BA/2018) João, servidor público
ocupante exclusivamente de cargo em comissão, foi exonerado ad nutum pela
administração pública sob a justificativa de falta de verba, motivo que constou
expressamente do ato administrativo que determinou sua exoneração. Logo em seguida,
João descobriu que o mesmo órgão havia contratado outro servidor para substituí-lo,
tendo-o investido na mesma vaga por ele ocupada. Nessa situação, João
a) Poderá reclamar o seu retorno, independentemente do motivo apresentado pela
administração pública para a exoneração.
b) Não poderá reclamar o seu retorno, pois os motivos invocados no ato exoneratório não
se comunicam com a nova investidura do servidor, ainda que para o mesmo cargo.
c) Poderá reclamar o seu retorno em razão da teoria dos motivos determinantes se
comprovar a não ocorrência da situação declarada.
d) Não poderá reclamar seu retorno, pois a teoria dos motivos determinantes somente
poderia ser aplicada nos casos de servidores públicos estáveis.
e) Não poderá reclamar o seu retorno, tendo em vista que os cargos em comissão são de
livre nomeação e exoneração.
15. (Cespe-ABIN/2018) A inexistência do motivo no ato administrativo vinculado configura
vício insanável, devido ao fato de, nesse caso, o interesse público determinar a indicação
de finalidade.
Certo ( ) Errado ( )

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16. (Cespe-ABIN/2018) Na classificação dos atos administrativos, um critério comum é a


formação da vontade, segundo o qual, o ato pode ser simples, complexo ou composto. O
ato complexo se apresenta como a conjugação de vontade de dois ou mais órgãos, que se
juntam para formar um único ato com um só conteúdo e finalidade.
Certo ( ) Errado ( )
17. (Cespe-ABIN/2018) Uma diferença entre a revogação e a anulação de um ato
administrativo é a de que a revogação é medida privativa da administração, enquanto a
anulação pode ser determinada pela administração ou pelo Poder Judiciário, não sendo,
nesse caso, necessária a provocação do interessado.
Certo ( ) Errado ( )
18. (Cespe-ABIN/2018) Tendo tomado conhecimento de que um ato vinculado possua vício
que o torne ilegal, a administração deve revogar tal ato, independentemente de
determinação do Poder Judiciário.
Certo ( ) Errado ( )
19. (Cespe-ABIN/2018) Em decorrência da própria natureza dos atos administrativos
discricionários, não se permite que eles sejam apreciados pelo Poder Judiciário.
Certo ( ) Errado ( )
20. (Cespe-Técnico Judiciário/STM/2018) A finalidade que um ato administrativo deve
alcançar é determinada pela lei, inexistindo, nesse aspecto, liberdade de opção para a
autoridade administrativa.
Certo ( ) Errado ( )
21. (Cespe-Técnico Judiciário/STM/2018) A competência pública conferida para o exercício
das atribuições dos agentes públicos é intransferível, mas renunciável a qualquer tempo.
Certo ( ) Errado ( )
22. (Cespe-Analista Judiciário/STM/2018) De acordo com o princípio da
autoexecutoriedade, os atos administrativos podem ser aplicados pela própria
administração pública, de forma coativa, sem a necessidade de prévio consentimento do
Poder Judiciário.
Certo ( ) Errado ( )
23. (Cespe-Técnico Judiciário/STM/2018) Caso edite ato administrativo que remova, de
ofício, um servidor público federal e, posteriormente, pretenda revogar esse ato
administrativo, a autoridade pública deve explicitar os motivos de sua segunda decisão,
com a indicação dos fatos e dos fundamentos jurídicos.
Certo ( ) Errado ( )
24. (Cespe-Analista Judiciário/STM/2018) A imperatividade é o atributo pelo qual o ato
administrativo é presumido verídico até que haja prova contrária sua veracidade.
Certo ( ) Errado ( )
25. (Cespe-Analista Judiciário/STM/2018) A licença consiste em um ato administrativo
unilateral e discricionário.
Certo ( ) Errado ( )

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26. (Cespe-Delegado de Polícia Civil/PC MA/2018) É possível a convalidação de atos


administrativos quando apresentarem defeitos relativos aos elementos
a) objeto e finalidade.
a) motivo e competência.
b) motivo e objeto.
c) competência e forma.
d) finalidade e forma.
27. (Cespe-Investigador de Polícia/PC MA/2018) De acordo com a doutrina majoritária, os
elementos fundamentais do ato administrativo são o(a)
a) forma, a competência, a atribuição, a finalidade e o objeto.
a) objeto, a finalidade, o motivo, a competência e a tipicidade.
b) competência, a forma, o objeto, o motivo e a finalidade.
c) motivo, o objeto, a finalidade, a autoexecutoriedade e a fora coercitiva.
d) objeto, o motivo, a competência, a finalidade e a abrangência.
28. (Cespe-CGM João Pessoa PB/2018) Ocorre anulação do ato administrativo quando o
gestor público o extingue por razões de conveniência e oportunidade.
Certo ( ) Errado ( )
29. (Cespe-CGM João Pessoa PB/2018) A execução, de ofício, pela administração pública de
medidas que concretizem o objeto de um ato administrativo caracteriza o atributo da
imperatividade.
Certo ( ) Errado ( )
30. (Cespe -Técnico Municipal de Controle Interno/CGM João Pessoa PB/2018) A revogação
produz efeitos retroativos.
Certo ( ) Errado ( )
31. (Cespe -Técnico Municipal de Controle Interno/CGM João Pessoa PB/2018) O Poder
Judiciário e a própria administração pública possuem competência para anular ato
administrativo.
Certo ( ) Errado ( )
32. (Cespe-Técnico Municipal de Controle Interno/CGM João Pessoa PB/2018) O ato
administrativo julgado inconveniente poderá ser anulado a critério da administração,
caso em que a anulação terá efeitos retroativos.
Certo ( ) Errado ( )
33. (Cespe-CGM João Pessoa PB/2018) As multas de trânsito, como expressão do exercício
do poder de Polícia, são dotadas de autoexecutoriedade.
Certo ( ) Errado ( )
34. (Cespe-Auditor de Contas Públicas/TCE PB/2018) Em geral, os atos administrativos são
dotados, entre outros, dos atributos de
a) disponibilidade, presunção de legitimidade e imperatividade.
b) consensualidade, autoexecutoriedade e a presunção de legitimidade.
c) consensualidade, discricionariedade e disponibilidade.
d) discricionariedade, imperatividade e autoexecutoriedade.
e) presunção de legitimidade, imperatividade e autoexecutoriedade.

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35. (Cespe-Técnico Judiciário/TRE TO/2017) No que se refere aos vícios de competência na


administração pública, assinale a opção correta.
a) A remoção de ofício de servidor caracteriza abuso de poder.
a) Quando o vício de competência não pode ser convalidado, caracteriza-se hipótese de
nulidade absoluta.
b) A convalidação do ato administrativo pelo qual é suprido o vício existente em um ato
ilegal, operando efeitos posteriores.
c) A usurpação de poder ocorre quando um servidor público exerce a função de outro
servidor na mesma repartição.
d) Ocorre desvio de poder quando a autoridade policial se excede no uso da força para
praticar ato de sua competência.
36. (Cespe-AJAJ/TRE TO/2017) Após a conclusão de processo administrativo disciplinar
contra servidor público federal, a autoridade pública que tem atribuições legais para
editar ato punitivo, suspendeu o servidor por cento e vinte dias. Nessa situação
hipotética, o ato de suspensão do servidor por cento e vinte dias é nulo por vício de
a) forma.
b) finalidade.
c) objeto.
d) motivo.
e) competência.


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EXERCÍCIOS COMENTADOS
1. (Cespe-Escrivão de Polícia/Polícia Federal/2018) Sob o fundamento da ilegalidade, a
administração pública deverá revogar o ato de nomeação, com garantia de que sejam
observados os princípios do devido processo legal e da ampla defesa.
Errado.
Se o ato praticado é ilegal, não há que se falar em revogação, mas em anulação.
É só seguir a súmula 473 do STF: “A Administração pode anular seus próprios
atos, quando eivados de vícios que os tornem ilegais, porque deles não se originam
direitos; ou revogá-los, por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os
direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial”.
ANULAÇÃO: EFEITOS EX TUNC, RETROATIVOS;
REVOGAÇÃO: EFEITOS EX NUNC, PROSPECTIVOS.

2. (Cespe-Papiloscopista/Polícia Federal/2018) Pedro, após ter sido investido em cargo


público de determinado órgão sem a necessária aprovação em concurso público, praticou
inúmeros atos administrativos internos e externos. Tendo como referência essa situação
hipotética, julgue o item que se segue. Atos administrativos externos praticados por Pedro
em atendimento a terceiros de boa-fé tem validade, devendo ser convalidados para evitar
prejuízos.
Certo.
Nessas situações, os direitos do terceiro de boa-fé devem ser preservados.
Logo, os atos praticados por pessoas nesse caso (funcionários de fato) podem ser
convalidados em nome da boa-fé.

3. (Cespe-EMAP/2018) A autorização é ato administrativo vinculado para a administração


pública.
Errado.
A autorização é ato administrativo discricionário, diferentemente da licença que
é ato vinculado. Sendo discricionário, fica a critério da conveniência e oportunidade
da Administração Pública.

4. (Cespe-EMAP/2018) Caso não haja obrigação legal de motivação de determinado ato


administrativo, a administração não se vincula aos motivos que forem apresentados
espontaneamente.
Errado.
A presente questão aborda a teoria dos motivos determinantes, os motivos
elencados pelo administrador vinculam a validade de seu ato. A questão peca ao dizer
que a Administração não se vincula aos motivos apresentados espontaneamente.
Ainda que seja dispensável a motivação, se a Administração motivar passa a se
vincular.

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5. (Cespe-EMAP/2018) Quando há desvio de poder por autoridade administrativa para


atingir fim diverso daquele previsto pela lei, o Poder Judiciário poderá revogar o ato
administrativo em razão do mau uso da discricionariedade.
Errado.
Poder Judiciário não revoga ato da Administração Pública. Só quem revoga atos
da Administração é a própria Administração. O Poder Judiciário efetua controle de
legalidade, não realiza controle de mérito, ou seja, não faz controle de conveniência
e oportunidade.

6. (Cespe-EMAP/2018) Ato do qual autoridade se utilize para atingir finalidade diversa


ao interesse público deverá ser revogado pela própria administração pública, sendo vedado
ao Poder Judiciário decretar a sua nulidade.
Errado.
Se o ato incorre em desvio de finalidade, deverá ser anulado por vício no
elemento FINALIDADE. De fato, ato dessa natureza, deve ser anulado pela própria
Administração, de ofício. O erro da assertiva centra-se ao dizer que Judiciário não
poderá decretar sua nulidade. Falaciosa tal afirmação uma vez que o Judiciário pode
anular, desde que provocado. Isso pode ser bem visto na Súmula 473 do STF.
Vejamos:
Súmula 473 do STF: “A Administração pode anular seus próprios atos, quando
eivados de vícios que os tornem ilegais, porque deles não se originam direitos; ou
revogá-los, por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos
adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial”.

7. (Cespe-Advogado/EBSERH/2018) Um edital de licitação foi publicado e, em seguida,


foram apresentadas propostas. No entanto, antes da etapa de homologação, o gestor do
órgão licitador decidiu não realizar o certame, sob a alegação de que aquele não era o
momento oportuno para tal. Nessa situação hipotética, ao decidir por não levar a termo o
certame, o gestor praticou ato administrativo de anulação.
Errado.
Na situação concreta, o gestor revogou o certame. Não há que se falar em
anulação, uma vez que não houve ilegalidade, mais uma vez a questão pode ser
solucionada com a súmula 473 do STF.
Súmula 473 do STF: “A Administração pode anular seus próprios atos, quando
eivados de vícios que os tornem ilegais, porque deles não se originam direitos; ou
revogá-los, por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos
adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial”.

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8. (Cespe-Analista Judiciário/STJ/2018) No caso de vício de competência, cabe a revogação


do ato administrativo, desde que sejam respeitados eventuais direitos adquiridos de
terceiros e não tenha transcorrido o prazo de cinco anos da prática do ato.
Errado.
Quando se fala em vícios nos elementos dos atos administrativos, devemos ter
em mente a ideia de anulação e não revogação. Eis o erro da questão. Vícios nos
elementos levam à anulação do ato. Evidentemente, os direitos do terceiro de boa-
fé, bem como os direitos adquiridos devem ser preservados.
A questão faz menção a convalidação tácita, prevista na lei nº 9.784/1999,
vejamos:
“Art. 54. O direito da Administração de anular os atos administrativos de que
decorram efeitos favoráveis para os destinatários decai em cinco anos, contados da
data em que foram praticados, salvo comprovada má-fé”.

9. (Cespe-Analista Judiciário/STJ/2018) O ato administrativo praticado com desvio de


finalidade pode ser convalidado pela administração pública, desde que não haja lesão ao
interesse público nem prejuízo a terceiros.
Errado.
Vício incidente sobre o elemento finalidade não pode ser convalidado. A
convalidação ocorrerá apenas nos vícios de competência quando essa não for
exclusiva, e nos vícios de forma quando essa não for essencial à validade do ato.
Vícios de motivo e objeto também não podem ser convalidados.

10. (Cespe-Técnico Judiciário/STJ/2018) Todos os fatos alegados pela administração


pública são considerados verdadeiros, bem como todos os atos administrativos são
considerados emitidos conforme a lei, em decorrência das presunções de veracidade e de
legitimidade, respectivamente.
Certo.
A ideia de presunção de veracidade está ligada à chamada fé de ofício do
servidor público. Ou seja, servidor público no exercício das funções produz atos
condizentes com a verdade, isso porque no ordenamento brasileiro não se concebe
motivos falsos na prática dos atos administrativos.
Grande exemplo da presunção de veracidade ocorre frequentemente com os
agentes de trânsito. O agente está prestando serviço embaixo do semáforo e passa
um motorista furando o semáforo vermelho. O motorista percebe que foi autuado e
retorna, cheio de razão: “- Está me multando por qual motivo? Eu passei no
amarelo!”. O agente educadamente informa que foi no vermelho. Nesse momento
começa uma discussão e o motorista vai embora inconformado, gritando que vai
recorrer! Ele pode até recorrer, mas o argumento dele de que passou no amarelo e
que o guarda está errado, não será suficiente para lograr êxito no recurso, uma vez
que o agente público é dotado de fé de ofício. Ou seja, na dúvida, a verdade pertence
à ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA. Esse exemplo “mata” bem a questão da fé de ofício.
Ao lado da presunção de veracidade, contamos com a presunção de
legitimidade, ou seja, o administrador pautado no princípio da legalidade produz atos
condizentes com a lei. Logo, os atos administrativos são legais até que se prove o
contrário.
Detalhe importante é que o ônus de provar pertence ao particular. É o particular
que deve provar que ato possui motivo mentiroso e que o ato foi praticado
ilegalmente.
Dizemos então, que a presunção de veracidade e de tipicidade são relativas, ou
seja, “juris tantum”, ou seja, admitem prova em contrário.
Pelo exposto, correta a assertiva.

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11. (Cespe-Técnico Judiciário/STJ/2018) A motivação do ato administrativo pode não ser


obrigatória, entretanto, se a administração pública o motivar, esse ficará vinculado aos
motivos expostos.
Certo.
A presente questão aborda a teoria dos motivos determinantes, os motivos
elencados pelo administrador vinculam a validade de seu ato. A questão é assertiva
ao dizer que a Administração se vincula aos motivos apresentados espontaneamente.
Ainda que seja dispensável a motivação, se a Administração motivar passa a
se vincular. Isso funciona, por exemplo, nas situações de cargos em comissão, esses
são livres de nomeação e livre de exoneração, ou seja, dispensam motivação.

12. (Cespe-Analista Judiciário/STJ/2018) A indicação dos fundamentos jurídicos que


determinaram a decisão administrativa de realizar contratação por dispensa de licitação é
suficiente para satisfazer o princípio da motivação.
Errado.
Na lição da Profª Maria Sylvia Zanella Di Pietro, “o princípio da motivação exige
que a Administração Pública indique os fundamentos de fato e de direito de suas
decisões". (DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella, “Direito Administrativo", 12ª Ed., Atlas,
São Paulo, 2000, p. 82).
Conforme o art. 50 da Lei 9.784/99, os atos administrativos que dispensem ou
declarem a inexigibilidade de processo licitatório deverão ser motivados com
indicação dos fatos e dos fundamentos jurídicos. Assim, a indicação dos
fundamentos jurídicos não é suficiente, sendo também necessário indicar os
fundamentos fáticos.
Reside aí o erro da questão, não são apenas os fundamentos de direito, mas
fáticos também.

13. (Cespe-Analista Judiciário/STJ/2018) São exemplos de atos administrativos normativos


os decretos, as resoluções e as circulares.
Certo.
A presente questão versa sobre o poder Normativo/Regulamentar. No estudo
dos poderes administrativos verificamos que o poder normativo é aquele pertencente
aos chefes do Poder Executivo. Por meio de atos infralegais, os chamados decretos
regulamentares, os chefes do Executivo esclarecem, esmiúçam as leis.
O Decreto regulamentar tem previsão no artigo 84 da Constituição Federal
de 1988. A EC 32 trouxe para o nosso ordenamento a previsão dos decretos
autônomos, artigo 84, VI, a e b, respectivamente.
As resoluções e circulares são expedidas por autoridades pertencentes a outros
poderes.

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14. (Cespe- Auditor Estadual de Controle Externo/TCM BA/2018) João, servidor público
ocupante exclusivamente de cargo em comissão, foi exonerado ad nutum pela administração
pública sob a justificativa de falta de verba, motivo que constou expressamente do ato
administrativo que determinou sua exoneração. Logo em seguida, João descobriu que o
mesmo órgão havia contratado outro servidor para substituí-lo, tendo-o investido na mesma
vaga por ele ocupada. Nessa situação, João
a) Poderá reclamar o seu retorno, independentemente do motivo apresentado pela
administração pública para a exoneração.
b) Não poderá reclamar o seu retorno, pois os motivos invocados no ato exoneratório não
se comunicam com a nova investidura do servidor, ainda que para o mesmo cargo.
c) Poderá reclamar o seu retorno em razão da teoria dos motivos determinantes se
comprovar a não ocorrência da situação declarada.
d) Não poderá reclamar seu retorno, pois a teoria dos motivos determinantes somente
poderia ser aplicada nos casos de servidores públicos estáveis.
e) Não poderá reclamar o seu retorno, tendo em vista que os cargos em comissão são de
livre nomeação e exoneração.

Alternativa “C”. Poderá reclamar seu retorno, caso fique evidenciado que o
motivo elencado foi um motivo falso.
O MOTIVO será sempre as razões que justificam o ato.
A MOTIVAÇÃO é a explicação do motivo. No entanto, nem todo ato precisa de
motivação, pois uma vez motivado o ato, ele passa a integrá-lo.
Nesse caso em tela, o cargo em comissão é de livre nomeação e exoneração,
não precisaria motivar o ato. Uma vez motivado o ato, esse deverá ser verdadeiro
de acordo com a Teoria dos motivos determinantes que diz: "Se a motivação for
falsa ou viciada, o ato também será, ocorrendo a nulidade do ato”.

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15. (Cespe-ABIN/2018) Na classificação dos atos administrativos, um critério comum é a


formação da vontade, segundo o qual, o ato pode ser simples, complexo ou composto. O ato
complexo se apresenta como a conjugação de vontade de dois ou mais órgãos, que se juntam
para formar um único ato com um só conteúdo e finalidade.
Certo.
Quanto à formação,os atos administrativos podem ser divididos em: simples,
complexos ou compostos.
Simples:
É aquele que, para sua formação, depende de única manifestação de vontade.
A manifestação de vontade de um único órgão torna o ato perfeito. Dessa forma, a
vontade para a formação do ato deve ser unitária, sendo ela obtida por meio de uma
votação em órgão colegiado, ou manifestação de um agente, em órgãos singulares.
Composto:
O ato composto, "para sua perfeição, depende de mais de uma manifestação
de vontade. Nesse caso, os atos são compostos por uma vontade principal - ato
principal - e a vontade que ratifica este - ato acessório". Composto de dois atos, em
geral, decorrentes do mesmo órgão público, em patamar de desigualdade, devendo
o segundo ato seguir a sorte do primeiro.
Complexo:
"O ato complexo é formado pela soma de vontades de órgãos públicos
independentes, em mesmo nível hierárquico, de forma que tenham a mesma força,
não se podendo imaginar a dependência de uma em relação à outra" (CARVALHO,
2015). Os atos que formarão o ato complexo serão expedidos por órgãos públicos
diferentes, não havendo subordinação entre eles.
- Para Celso Antônio Bandeira de Mello (2015), no ato complexo "há um só ato,
que se forma pela conjunção de 'vontades' de órgãos diferentes, sendo que ditas
vontades estão articuladas em uma única finalidade, sem que caiba discernir outra
que lhes fosse, como na inerência, diversa da que reside no ato".
• Apesar do ato complexo e do ato composto serem atos que dependem de
mais de uma vontade para a sua formação, no ato complexo, essas vontades são
expedidas por órgãos independentes, para a formação de um ato; enquanto no ato
composto, haverá a manifestação de autoridades diversas, dentro de uma mesma
estrutura orgânica, sendo que uma das condutas é meramente ratificadora e
acessória em relação à outra.
Certo, com base na classificação dos atos administrativos na visão do CELSO
ANTÔNIO BANDEIRA DE MELO.

16. (Cespe-ABIN/2018) Na discricionariedade administrativa, o agente possui alguns


limites à ação voluntária, tais como: o ordenamento jurídico estabelecido para o caso
concreto, a competência do agente ou do órgão. Qualquer ato promovido fora desses limites
será considerado arbitrariedade na atividade administrativa.

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Certo.
A discricionariedade é representada pela margem de liberdade que os
agentes públicos possuem para definir, no caso concreto, qual o melhor conteúdo
para o ato administrativo, conforme análise dos seus motivos. Por exemplo: se a lei
prevê uma sanção de suspensão de um a noventa dias, caberá a autoridade
competente analisar os motivos (a infração do servidor) para definir o conteúdo do
ato (o prazo da suspensão).
Essa margem de liberdade, no entanto, não é ilimitada, já que deve observar o
ordenamento jurídico, ou seja, os limites e os requisitos estabelecidos em lei. Por
exemplo: a autoridade não poderá impor uma sanção acima dos 90 dias; nem poderá
sancionar o servidor sem conceder o direito de defesa.
Além disso, ainda que discricionário, o ato deverá observar a competência
definida em lei. Por exemplo: na Lei 8.112/90, algumas autoridades podem aplicar a
suspensão somente até o prazo de 30 dias; acima desse prazo, outra autoridade terá
a competência para impor a sanção.
Se a autoridade não observar o ordenamento e a competência, podemos dizer
que o ato foi arbitrário. Nas palavras de Celso Antônio, discricionariedade não se
confunde com arbitrariedade.

17. (Cespe-ABIN/2018) Uma diferença entre a revogação e a anulação de um ato


administrativo é a de que a revogação é medida privativa da administração, enquanto a
anulação pode ser determinada pela administração ou pelo Poder Judiciário, não sendo,
nesse caso, necessária a provocação do interessado.
Errado.
ANULAÇÃO
Ilegalidade
Adm. Púb. (de ofício ou provocado) ou Poder Judiciário (quando provocado)
“Ex Tunc” (RETROATIVA).
REVOGAÇÃO
=> conveniência ou oportunidade.
=> exclusivamente a Adm. Pública.
=> Ex Nunc (NÃO RETROATIVA; PROSPECTIVA).
A questão peca no seu último trecho ao afirmar que o Poder Judiciário poderia
agir sem a necessária provocação.

18. (Cespe-ABIN/2018) Tendo tomado conhecimento de que um ato vinculado possua vício
que o torne ilegal, a administração deve revogar tal ato, independentemente de
determinação do Poder Judiciário.
Errado.
ANULAÇÃO
Ilegalidade
Adm. Púb. (de ofício ou provocado) ou Poder Judiciário (quando provocado)
“Ex Tunc” (RETROATIVA).
REVOGAÇÃO
=> conveniência ou oportunidade.
=> exclusivamente a Adm. Pública.
=> Ex Nunc (NÃO RETROATIVA; PROSPECTIVA).
Não cabe revogação de atos ilegais, os referidos são anulados pela
Administração de ofício ou pelo Judiciário quando provocado.


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19. (Cespe-ABIN/2018) Em decorrência da própria natureza dos atos administrativos


discricionários, não se permite que eles sejam apreciados pelo Poder Judiciário.
Errado.
A questão cobra do candidato conhecimento sobre o assunto ATOS
ADMINISTRATIVOS.
Na classificação dos atos administrativos, entre outros critérios, verificamos o
ato quanto ao critério REGRAMENTO. Nesse ínterim, a doutrina nos remete os ATOS
VINCULADOS e ATOS DISCRICIONÁRIOS. Em ambos, admite-se controle pelo Poder
Judiciário. Em outras palavras, deparamo-nos com controle da Administração e
judicial.
Antes de adentrarmos no mérito da questão, vejamos:
ATOS DISCRICIONÁRIOS: são aqueles em que a Administração Pública,
avaliando sua conveniência e oportunidade, podem expedir com liberdade quanto aos
elementos objeto e motivo.
A lei autoriza, considerando as peculiaridades e especificidades de determinado
tema, conceder certo grau de liberdade à Administração para a prática do ato.
Cabe ao administrador público, entre as várias soluções possíveis para o caso,
adotar aquela que melhor atinja o interesse da coletividade em observância ao
quanto desejado pela lei.
Segundo a doutrina de SEABRA FAGUNDES:
“A competência discricionária não se exerce acima ou além da lei, senão, como
toda e qualquer atividade executória, com sujeição a ela. O que a distingue da
competência vinculada é a maior mobilidade que a lei enseja ao executor no
exercício, e não na liberação da lei. Enquanto ao praticar o ato administrativo
vinculado a autoridade está presa a lei em todos os seus elementos (competência,
motivo, objeto, finalidade e forma), no praticar o ato discricionário é livre (dentro de
opções que a própria lei prevê) quanto à escolha dos motivos (oportunidade e
conveniência) e do objeto (conteúdo). Entre praticar o ato ou dele se abster, entre
praticá-lo com este ou aquele conteúdo (p. ex.: advertir apenas, ou proibir), ela é
discricionária. Porém, no que concerne à competência, à finalidade e à forma, o ato
discricionário está tão sujeito aos textos legais como qualquer outro”.
ATOS VINCULADOS: são aqueles em que a lei fixa os elementos para sua
realização, deixando mínima margem de escolha ao administrador público ou mesmo
nenhuma margem.
Em outras palavras, a atuação do administrador público está toda pautada na
lei. Em suma, a lei fornece caminho único ao gestor público.
Após a diferenciação, insta ao candidato conhecer acerca do mérito
administrativo e sua relação com os atos discricionários.
O mérito administrativo é a capacidade de que por vezes a lei dota a
Administração Pública de decidir ou avaliar a conveniência e a oportunidade para a
produção do ato administrativo.
O mérito administrativo está intimamente relacionado aos elementos motivo e
objeto, se sobressaem nos atos discricionários da Administração Pública, uma vez
que, nesses, a lei concede alguma margem de avaliação ao administrador público
para a prática do ato.
Frise-se que essa discricionariedade se limita aos elementos motivo e objeto do
ato administrativo, ou seja, mesmo nos atos discricionários, os elementos
competência, forma e finalidade serão fixados por lei.
Desse modo, o mérito administrativo ou, em outras palavras, as margens de
discricionariedade ao qual o administrador público pode avaliar conveniência e

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oportunidade para a prática, o momento ou a intensidade do ato, limitam-se aos


elementos motivo e objeto.
Portanto, nos atos vinculados, isto é, naqueles em que a lei fixa os 5 elementos
do ato administrativo, não há que se falar em mérito administrativo. Esse, pressupõe
discricionariedade, na medida em que a lei estabeleça.
É importante ressaltar desde já que mesmo o mérito administrativo é apreciável
pelo Poder Judiciário quando presente ilegalidade.
Observe-se a doutrina do professor Hely Lopes Meirelles:
“O que convém reter é que o mérito administrativo tem sentido próprio e
diverso do mérito processual e só abrange os elementos não vinculados do ato da
Administração, ou seja, aqueles que admitem uma valoração da eficiência,
oportunidade, conveniência e justiça. No mais, ainda que se trate de poder
discricionário da Administração, o ato pode ser revisto e anulado pelo Judiciário,
desde que, sob o rótulo de mérito administrativo, se aninhe qualquer ilegalidade
resultante de abuso ou desvio de poder.” (Direito Administrativo Brasileiro, 42ª
edição).
Conclui-se, dessa forma, que os atos administrativos independentemente de
discricionários ou vinculados podem ser submetidos a apreciação do Poder Judiciário,
basta incidência de ilegalidades.
Aprofundando o tema, é importante abordar a DOUTRINA CHENERY. Doutrina
oriunda de um julgado americano. Sem mais delongas, desse julgado decorreu a
conclusão de que não cabe ao Poder Judiciário afastar ato praticado pela
Administração Pública com base em escolha política sob o argumento de que não se
seguiu determinada metodologia técnica.
Ou seja, as escolhas políticas dos órgãos governamentais, desde que não sejam
revestidas de reconhecida ilegalidade, não podem ser invalidadas pelo Poder
Judiciário.
Sobre o tema vejamos um julgado de 2017 do STJ:
“Eventual intento político da medida não poderia ensejar a invalidação dos
critérios tarifários adotados, tout court. Conforme leciona Richard A. Posner, o Poder
Judiciário esbarra na dificuldade de concluir se um ato administrativo cuja motivação
alegadamente política seria concretizado, ou não, caso o órgão público tivesse se
valido tão somente de metodologia técnica. De qualquer forma, essa discussão seria
inócua, pois, segundo a doutrina Chenery - a qual reconheceu o caráter político da
atuação da Administração Pública dos Estados Unidos da América -, as cortes judiciais
estão impedidas de adotarem fundamentos diversos daqueles que o Poder Executivo
abraçaria, notadamente nas questões técnicas e complexas, em que os tribunais não
têm a expertise para concluir se os critérios adotados pela Administração são corretos
(Economic Analysis of Law. Fifth Edition. New York: Aspen Law and Business, 1996,
p. 671). Portanto, as escolhas políticas dos órgãos governamentais, desde que não
sejam revestidas de reconhecida ilegalidade, não podem ser invalidadas pelo Poder
Judiciário. (AgInt no AgInt na SLS 2240/SP, Ministra Laurita Vaz, julgado em
06/06/2017)”.
Ademais, se o candidato não recordasse da diferença de ato vinculado para ato
discricionário ou mesmo tivesse dúvida quanto à doutrina, o candidato poderia
recobrar o artigo 5º, inciso XXXV, da CF 88, que nos remete: “A LEI NÃO EXCLUIRÁ
DA APRECIAÇÃO DO PODER JUDICIÁRIO, LESÃO OU AMEAÇA A DIREITO”.
Moral da história, como regra, os atos praticados pela Administração Pública
podem ser apreciados pelo Poder Judiciário.

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20. (Cespe-Técnico Judiciário/STM/2018) A finalidade que um ato administrativo deve


alcançar é determinada pela lei, inexistindo, nesse aspecto, liberdade de opção para a
autoridade administrativa.
Certo.
Analisando o breve resumo abaixo transcrito, facilmente matamos essa
questão.
ELEMENTOS DE VALIDADE DO ATO ADMINISTRATIVO:
COMPETÊNCIA: Sempre será VINCULADO;
FINALIDADE: Sempre será VINCULADO;
FORMA: Sempre será VINCULADO;
MOTIVO: Será VINCULADO ou DISCRICIONÁRIO;
OBJETO: Será VINCULADO ou DISCRICIONÁRIO.

21. (Cespe-Técnico Judiciário/STM/2018) A competência pública conferida para o exercício


das atribuições dos agentes públicos é intransferível, mas renunciável a qualquer tempo.
ERRADO.
Não é objeto de renúncia até porque não pertence ao agente público, mas a
função pública ocupada pelo referido.
É de exercício obrigatório para os órgãos e agentes públicos.
É irrenunciável. Não obstante, o exercício da competência (e não a sua
titularidade) pode ser parcial e temporariamente delegado, desde que atendidos os
requisitos legais. A delegação, de toda sorte, não implica renúncia à competência
pela autoridade delegante, que permanece apta a exercer a função que delegou,
concorrentemente com o agente que recebeu a delegação. Ademais, a autoridade
delegante poder revogar a delegação a qualquer tempo.
É intransferível. Valem, aqui, as mesmas observações feitas acima, acerca da
delegação. A delegação não transfere a titularidade da competência, mas, tão
somente, em caráter temporário, o exercício de parte das atribuições do agente
delegante, o qual permanece apto a exercê-las, concomitantemente com o agente
delegado, além de poder revogar a delegação a qualquer tempo.
É imodificável pela vontade do agente. Essa característica é corolário do
fato de a competência decorrer da lei e ser sempre elemento vinculado. Como é a lei
que estabelece as competências, somente mediante lei podem elas ser alteradas, e
não por algum ato de vontade dos agentes administrativos.
É imprescritível. O não exercício da competência, não importa por quanto
tempo, não a extingue, permanecendo ela sob a titularidade daquele a quem a lei a
atribuiu.
Prof. Celso Antônio Bandeira de Mello

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22. (Cespe-Analista Judiciário/STM/2018) De acordo com o princípio da


autoexecutoriedade, os atos administrativos podem ser aplicados pela própria
administração pública, de forma coativa, sem a necessidade de prévio consentimento do
Poder Judiciário.
Certo.
A Autoexecutoriedade confere à Administração o poder de agir sem que seja
necessário o prévio consentimento do Poder Judiciário, a Administração age de ofício.
Maria Sylvia Zanella Di Pietro considera que a Autoexecutoriedade divide-se
em Exigibilidade, meios de coerção indireta, definidos em lei, como as sanções
punitivas, tipo multas, em caso de descumprimento à obrigação decorrente do ato;
e como a Executoriedade, em que há o emprego de meios diretos de coerção,
podendo se valer até do uso da força física, se houver a necessidade de prevalência
do interesse coletivo diante de situação emergente, em que há o risco à saúde e à
segurança, por exemplo.

23. (Cespe-Técnico Judiciário/STM/2018) Caso edite ato administrativo que remova, de


ofício, um servidor público federal e, posteriormente, pretenda revogar esse ato
administrativo, a autoridade pública deverá explicitar os motivos de sua segunda decisão,
com a indicação dos fatos e dos fundamentos jurídicos.
Certa.
De acordo com a lei nº 9.784/1999.
Vejamos:
Art. 50. Os atos administrativos deverão ser motivados, com indicação dos
fatos e dos fundamentos jurídicos, quando:
I - neguem, limitem ou afetem direitos ou interesses;
II - imponham ou agravem deveres, encargos ou sanções;
III - decidam processos administrativos de concurso ou seleção pública;
IV - dispensem ou declarem a inexigibilidade de processo licitatório;
V - decidam recursos administrativos;
VI - decorram de reexame de ofício;
VII - deixem de aplicar jurisprudência firmada sobre a questão ou discrepem
de pareceres, laudos, propostas e relatórios oficiais;
VIII - importem anulação, revogação, suspensão ou convalidação de ato
administrativo.

24. (Cespe-Analista Judiciário/STM/2018) A imperatividade é o atributo pelo qual o ato


administrativo é presumido verídico até que haja prova contrária sua veracidade.
Errado.
A presunção de legitimidade é o atributo pelo qual o ato administrativo é
presumido legal até que haja prova do contrário.
A presunção de legitimidade engloba:
Presunção de Legalidade: presume-se que todo ato administrativo está
em conformidade com a lei, até que se prove o contrário.
Presunção de Veracidade: presumem-se verdadeiros os motivos indicados para
a prática do ato administrativo, até que se prove o contrário.
Imperatividade: é a prerrogativa que a Administração tem de impor obrigações
e deveres aos administrados, com sua simples manifestação unilateral de vontade.

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25. (Cespe-Analista Judiciário/STM/2018) A licença consiste em um ato administrativo


unilateral e discricionário.
Errado.
A licença constitui de fato um ato administrativo unilateral, contudo é ato
vinculado, ou seja, atendidos os requisitos pelos administrados não cabe ao gestor
público avaliar ou não o seu deferimento. Por ser ato vinculado não poderá ser objeto
de revogação. Caso o particular venha a desrespeitar as exigências que levaram ao
seu deferimento, referido ato pode ser objeto da chamada cassação.

26. (Cespe-Delegado de Polícia Civil/PC MA/2018) É possível a convalidação de atos


administrativos quando apresentarem defeitos relativos aos elementos
a) objeto e finalidade.
b) motivo e competência.
c) motivo e objeto.
d) competência e forma.
e) finalidade e forma.

Alternativa “C”.
Essa questão foi para não zerar a prova. A convalidação ocorrerá apenas nos
vícios de competência quando essa não for exclusiva e nos vícios de forma quando
essa não for essencial à validade do ato. Vícios de motivo, objeto e finalidade não
podem ser convalidados.

27. (Cespe-Investigador de Polícia/PC MA/2018) De acordo com a doutrina majoritária, os


elementos fundamentais do ato administrativo são o(a)
a) forma, a competência, a atribuição, a finalidade e o objeto.
b) objeto, a finalidade, o motivo, a competência e a tipicidade.
c) competência, a forma, o objeto, o motivo e a finalidade.
d) motivo, o objeto, a finalidade, a autoexecutoriedade e a fora coercitiva.
e) objeto, o motivo, a competência, a finalidade e a abrangência.

Alternativa “C”.
A previsão desses elementos está contida na lei de ação popular, Lei nº
4.717/1965.
Art. 2º São nulos os atos lesivos ao patrimônio das entidades mencionadas no
artigo anterior, nos casos de:
a) incompetência;
b) vício de forma;
c) ilegalidade do objeto;
d) inexistência dos motivos;
e) desvio de finalidade.
Parágrafo único. Para a conceituação dos casos de nulidade observar-se-ão as
seguintes normas:
a) a incompetência fica caracterizada quando o ato não se incluir nas atribuições
legais do agente que o praticou;
b) o vício de forma consiste na omissão ou na observância incompleta ou
irregular de formalidades indispensáveis à existência ou seriedade do ato;
c) a ilegalidade do objeto ocorre quando o resultado do ato importa em violação
de lei, regulamento ou outro ato normativo;

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d) a inexistência dos motivos se verifica quando a matéria de fato ou de direito,


em que se fundamenta o ato, é materialmente inexistente ou juridicamente
inadequada ao resultado obtido;
e) o desvio de finalidade se verifica quando o agente pratica o ato visando a
fim diverso daquele previsto, explícita ou implicitamente, na regra de competência.

28. (Cespe-CGM João Pessoa PB/2018) Ocorre anulação do ato administrativo quando o
gestor público o extingue por razões de conveniência e oportunidade.
Errado.
Mais uma vez a banca querendo levar o candidato ao erro. Já estudamos nesse
material, exaustivamente quando os atos são anulados e quando podem ser
revogados. Estudamos ainda os efeitos de cada instituto e ainda esmiuçamos a
súmula do STF que embasa toda essa situação. Olha as questões anteriores sobre
esse tema GUERREIRO! “Pra” cima deles!

29. (Cespe-CGM João Pessoa PB/2018) A execução, de ofício, pela administração pública de
medidas que concretizem o objeto de um ato administrativo caracteriza o atributo da
imperatividade.
Errado.
Autoexecutoriedade: os atos administrativos podem ser executados pela
própria Administração Pública diretamente, independentemente de
autorização dos outros poderes. Consiste na possibilidade que certos atos
administrativos ensejam de imediata e direta execução pela própria
Administração, independentemente de ordem judicial; ao particular que se sentir
ameaçado ou lesado pela execução do ato administrativo é que caberá pedir proteção
judicial para defender seus interesses ou para haver os eventuais prejuízos que tenha
injustamente suportado. De acordo com a doutrina majoritária, o atributo da
autoexecutoriedade não está presente em todos os atos
administrativos, mas somente quando a lei estabelecer e em casos de
urgência.

30. (Cespe -Técnico Municipal de Controle Interno/CGM João Pessoa PB/2018) A revogação
produz efeitos retroativos.
Errado.
ANULAÇÃO
Ilegalidade
Adm. Púb. (de ofício ou provocado) ou Poder Judiciário (quando provocado)
“Ex Tunc” (RETROATIVA).
REVOGAÇÃO
=> conveniência ou oportunidade.
=> exclusivamente a Adm. Pública.
=> Ex Nunc (NÃO RETROATIVA; PROSPECTIVA).

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31. (Cespe-Técnico Municipal de Controle Interno/CGM João Pessoa PB/2018) O Poder


Judiciário e a própria administração pública possuem competência para anular ato
administrativo.
Certo.
ANULAÇÃO
Ilegalidade
Adm. Púb. (de ofício ou provocado) ou Poder Judiciário (quando provocado)
“Ex Tunc” (RETROATIVA).
REVOGAÇÃO
=> conveniência ou oportunidade.
=> exclusivamente a Adm. Pública.
=> Ex Nunc (NÃO RETROATIVA; PROSPECTIVA).

32. (Cespe-Técnico Municipal de Controle Interno/CGM João Pessoa PB/2018) O ato


administrativo julgado inconveniente poderá ser anulado a critério da administração, caso
em que a anulação terá efeitos retroativos.
Errado.
ANULAÇÃO
Ilegalidade
Adm. Púb. (de ofício ou provocado) ou Poder Judiciário (quando provocado)
“Ex Tunc” (RETROATIVA).
REVOGAÇÃO
=> conveniência ou oportunidade.
=> exclusivamente a Adm. Pública.
=> Ex Nunc (NÃO RETROATIVA; PROSPECTIVA).

33. (Cespe-CGM João Pessoa PB/2018) As multas de trânsito, como expressão do exercício
do poder de Polícia, são dotadas de autoexecutoriedade.
Errado.
A autoexecutoriedade significa que a Administração Pública tem o poder de
executar suas próprias decisões, sem necessidade de autorização prévia do
Judiciário. No caso da aplicação de multa o que se tem é a exigibilidade, na qual a
administração pode exigir que se cumpra sua decisão mediante o emprego indireto
de coação previsto em lei. Aí se enquadra a multa, configurando apenas uma coação
indireta, não possuindo o atributo da autoexecutoriedade.

34. (Cespe-Auditor de Contas Públicas/TCE PB/2018) Em geral, os atos administrativos são


dotados, entre outros, dos atributos de
a) disponibilidade, presunção de legitimidade e imperatividade.
b) consensualidade, autoexecutoriedade e a presunção de legitimidade.
c) consensualidade, discricionariedade e disponibilidade.
d) discricionariedade, imperatividade e autoexecutoriedade.
e) presunção de legitimidade, imperatividade e autoexecutoriedade.

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“Alternativa E”.
Aqui muito cuidado com essa questão, pois o candidato deve focar na doutrina
tradicional, ou seja, os atributos são: “presunção de legitimidade, imperatividade e
autoexecutoriedade”.

35. (Cespe-Técnico Judiciário/TRE TO/2017) No que se refere aos vícios de competência na


administração pública, assinale a opção correta.
a) A remoção de ofício de servidor caracteriza abuso de poder.
b) Quando o vício de competência não pode ser convalidado, caracteriza-se hipótese de
nulidade absoluta.
c) A convalidação do ato administrativo pelo qual é suprido o vício existente em um ato
ilegal, operando efeitos posteriores.
d) A usurpação de poder ocorre quando um servidor público exerce a função de outro
servidor na mesma repartição.
e) Ocorre desvio de poder quando a autoridade policial se excede no uso da força para
praticar ato de sua competência.
Alternativa “B”
a) INCORRETA. É possível a remoção de ofício de servidor público, desde que
seja no interesse da Administração (art. 36, p.u., I, Lei 8112/1990).
b) CORRETA. Em regra, o vício de competência é convalidável. No entanto, se
for competência exclusiva, não poderá ser convalidado, havendo, pois, nulidade
absoluta.
c) INCORRETA. Os efeitos da convalidação são retroativos, isto é, retroagem
desde a edição do ato.
d) INCORRETA. A usurpação de poder ocorre quando um particular exerce uma
função pública indevidamente.
e) INCORRETA. O desvio de poder se caracteriza pelo desvio na finalidade
pública destinada ao ato. No caso apresentado, houve excesso de poder, no qual a
autoridade policial extrapolou sua competência legal.

36. (Cespe-AJAJ/TRE TO/2017) Após a conclusão de processo administrativo disciplinar


contra servidor público federal, a autoridade pública que tem atribuições legais para editar
ato punitivo, suspendeu o servidor por cento e vinte dias. Nessa situação hipotética, o ato de
suspensão do servidor por cento e vinte dias é nulo por vício de
a) forma.
b) finalidade.
c) objeto.
d) motivo.
e) competência.
Alternativa “C”
Conforme lei 8112/1990
Art. 130. A suspensão será aplicada em caso de reincidência das faltas punidas
com advertência e de violação das demais proibições que não tipifiquem infração
sujeita a penalidade de demissão, não podendo exceder de 90 (noventa) dias.
A autoridade pública suspendeu em 120 dias, então nulo por vício ao objeto.
O objeto é o efeito jurídico imediato produzido pelo ato. A sua ilegalidade
ocorre, basicamente, em duas situações. A primeira é quando o resultado viola lei,
regulamento ou outro ato normativo (objeto juridicamente impossível). Cita-se o
exemplo da missão policial para chacinar crianças carentes.
A segunda dá-se quando a conduta é inalcançável (objeto materialmente
impossível). Cite-se o exemplo do Decreto de um Governador que determina que
chova em certo local do Estado, ou para que o servidor público em estado de coma
não morra.

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GABARITO
1. Errado
2. Certo
3. Errado
4. Errado
5. Errado
6. Errado
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11. Certo
12. Errado
13. Certo
14. C
15. Certo
16. Certo
17. Errado
18. Errado
19. Errado
20. Certo
21. Errado
22. Certo
23. Certo
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27. C
28. Errado
29. Errado
30. Errado
31. Certo
32. Errado
33. Errado
34. E
35. B
36. C

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