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Aquele que com desconfiança nos primeiros dias acreditei gradualmente ser meu amigo hoje é

distante.

No inicio jamais pensei na possibilidade de qualquer sentimento se não o de repudia, pois me


habituei a ser assim: só manter contato verdadeiro e sincero com quem acredito ter potencial
e nível intelectual admirável. As características que eu procuro inicialmente estavam ausentes,
afinal ele não passava de um repetente, mal eu sabia minha visão mudaria drasticamente.

Mas o advento dos meus amigos serem amigo dele, me fez seguir regras matemáticas: o amigo
do meu amigo é meu amigo. E pior, tornou-se meu melhor amigo, essa descoberta foi
impressionante, jamais tive amigos homens, não assim, e a compatibilidade de estereótipos
me deixava tão confortado ao ponto de esquecer-me outros detalhes. Éramos altos, eu não
precisava sequer olhar pra baixo para olhar nos olhos dele, podia enfim manter meu nariz
sempre lá em cima, como sempre gostei, éramos peludos, pelos nas pernas, braços e barba já
na nossa idade, detalhe sórdido, mas era bem verdade que eu me sentia muito confortado por
ver que toda aquela transformação no meu corpo eram comuns, tínhamos vozes horríveis,
adolescentes, vozes desvairadas e púberes.

Como as semelhanças me agradavam.

Éramos três afinal, eu, minha amiga de um ano, personagem importante, e meu amigo de
alguns meses.

Claro que guardei segredos, mas não adiantou, ele estava apaixonado por nossa amiga, e vivia
com em sua companhia, ela por fim contou-lhe fatos que apesar de claros, eu não o diria do
nada, sem ter confiança integral.

Afastei-me de outros amigos de anos, de 10 anos, o que gerou algumas discussões nada
enfadonhas, que deixavam minha mente perturbada, fico feliz por sequer não conseguir
lembrar delas.

Antes de tornamos amigos, boa parte da turma foi pra um almoço na casa de Gabriel, até
então todos estavam de bem. Eu joguei quem até o dado momento nem era meu amigo
mesmo na piscina, pena pros celulares que ainda não aprenderam a se resguardar da água, o
seu, por exemplo, afogou-se, só depois que ele estava na água que eu percebi a estupidez que
tinha feito. Tentei me redimir por um bom tempo, no mesmo dia, todos começaram a beber,
eu que não gosto de combustível de carro econômico fui embora pra casa, o que aconteceu
depois de minha ida rendeu confusões por muito tempo, apesar do fim de tarde com jogo da
garrafa ter sido bem divertido pra eles.

Depois desse final de semana houve ótima convivência entre todos da sala, sentiam-se
íntimos, eu continuava a formar um trio, até que as complicações começaram, o rapaz que
começava a ganhar espaço de valor como amigo no meu peito, atraia olhares luxuriosos, eis o
problema e o enredo para qualquer desordem no mundo de jovens. Mas os olhares, logo
perderam o valor pra ele, estava apaixonado afinal.

E a paixão dele custou muita saliva e muita conversa, lembro que ele não era um garoto
comum, não no meu mundo, até então ele usava brinco, andava de patins e era sim mimado.
Pela paixão, as coisas começaram a mudar.

Por um tempo, deixara os brincos de lado e o par de patins, o que me deixou surpreso. Para
namorar precisava ir até a casa dos pais de quem agora só minha amiga era, não foi bem um
pedido fiquei escutando da cozinha, foi uma conversa.

E assim começou o relacionamento que abalou estruturas de relacionamentos não amorosos


em nossa turma.

Ele tinha vindo de uma turma desprezada pela maior parte da escola, pois rendia muitos
problemas, mesmo assim tinha amigos de sua antiga turma, seus amigos e amigas não eram
do tipo que eu me relacionava, então deixei de lado. Quando o namoro se aprofundou, ficou
estranho, me sentia um intruso, mas nunca quis falar sobre isso ou se quer deixei sinais saírem
de mim. Os dois vinham muitas vezes pra minha casa, estudar ou não, fazer trabalhos e tudo
mais, até que nas proximidades da apresentação de um trabalho. Todos os problemas se
libertaram, o que não era dito escapuliu, eu chamei todos para uma reunião de emergia para
resolver sobre nosso trabalho de espanhol, sobre a Guatemala, infelizmente poucos
componentes do grupo foram, ele foi o primeiro a chegar, ríspido, mas com um tom de humor,
era horrível. Disse-me que tinha planejado sair com a sua namorada, e que eu tinha estragado
o dia, foi a gota que eu precisava pra poder deixar minha mente se soltar. Gradualmente
chegaram mais 3 pessoas, ela chegou com a mãe e a irmã, continuei com “estraguei o dia,
né?” na minha cabeça. A reunião não durou muito, liberei todos. Chamei minha outra amiga,
não eram muito afins, nenhum deles, isso por conseqüência de olhares e comentários e
conversas que inicialmente tinha bons objetivos, minha amiga foi pro meu quarto, para
fazermos o trabalho, e sinceramente, nem liguei pra eles.

Minha atitude teve fortes conseqüências. A amizade se perdeu e parece que foi bom. Ou não,
me pergunto se não cometi o erro de julgar, se julgar no nosso mundo realmente é um erro.
Há até lembranças do ensino fundamental que se entrelaçam. Coisas vividas por eles também,
mas que só eu tenho a água da memória. O Tempo eis que vem sempre como a única solução.

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