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Pesquisa e Ação V3 N2: Dezembro de 2017 ISSN 2447-0627

AS PRINCIPAIS LESÕES GERADAS NA GINÁSTICA ARTÍSTICA: REVISÃO DE


LITERATURA
Larissa Gonçalves Zamboni1; Nayara Rodrigues1; Raquel dos Santos Amparo1; Carlos Alberto dos
Santos2; Jenniffer Souza Ramos2; Laila Moussa3; Márcia Regina Pinez Mendes4

RESUMO
Introdução: A Ginástica Artística (GA) é um conjunto de exercícios corporais, sendo considerada uma das modalidades mais
prestigiadas no esporte olímpico, onde é necessário agilidade, força, coordenação motora, elasticidade e equilíbrio, tal modalidade
dividida em equipes, feminina e masculina. Como qualquer outro esporte, ela apresenta riscos onde se podem gerar lesões, com
grande incidência em ambos os sexos. Os aparelhos de maior impacto são: trave, barras paralelas, salto com cavalo e o solo por
proporcionar alto impacto nos segmentos corporais. E para o diagnostico das mesmas são necessários diagnósticos clínicos e
complementares, tais como ultrassom e ressonância magnética nuclear, e a partir dai iniciar um tratamento. Existem medidas
preventivas, como o alongamento e aquecimento antes dos treinamentos, pois, ajuda a diminuir a rigidez das articulações e prepara o
corpo para os exercícios que serão iniciados. O fisioterapeuta tem grande importância no que se refere a prevenção e a reabilitação,
pois utiliza maneiras preventivas e cautelosas para diminuir acidentes e lesões. Objetivo: Analisar na literatura as principais lesões
que acometem os atletas de ginástica artística e correlacionar o tipo de trauma quanto a modalidade, e sua localidade anatômica e
para isso foi necessário utilizar alguns critérios de inclusão e exclusão. Metologia: Trata-se de uma pesquisa baseada em revisões
literárias em estudos relacionados ao período de abril de 2002 a março de 2016, com o método qualitativo e quantitativo. Resultados
e Discussões: Foram encontrados 6 (seis) estudos nos quais pode-se observar que a lesão mais prevalente com 90% são os entorses
de tornozelos no aparelho solo. Considerações Finais: Pode ser constatado que é um assunto ainda pouco discutido, mais de grande
importância, a partir do mesmo podem ser geradas informações importantes para os atletas dessa modalidade.
Palavras-chave: Ginástica Artística; Lesões na ginástica artística; Ginástica Artística Feminina, Ginástica Artística Masculina e
Fisioterapia na ginástica artística.

ABSTRACT

Introduction: The gymnastics (GA) is a set of corporal exercises, being considered one of the most prestigious modalities in the
Olympic sport, where it is necessary agility, strength, motor coordination, elasticity and balance, this modality divided into teams, fe -
minine and masculine. Like any other sport, it presents risks where injuries can occur, with great incidence in both sexes. The devices
with the highest impact are: beam, parallel bars, jumping with horse and the ground to provide high impact on the body segments.
And for the diagnosis of these, clinical and complementary diagnoses, such as ultrasound and nuclear magnetic resonance, are neces -
sary, and from that start a treatment. There are preventive measures, such as stretching and warming up before training, as it helps to
decrease the stiffness of the joints and prepares the body for the exercises that will be started. The physiotherapist has great importan -
ce in regard to prevention and rehabilitation, as it uses precautionary and cautious ways to reduce accidents and injuries. Objective:
To analyze in the literature the main injuries that affect athletes of artistic gymnastics and to correlate the type of trauma regarding
the modality, and its anatomical locality and for this it was necessary to use some inclusion and exclusion criteria. Metologia: This is
a research based on literary reviews in studies related to the period from April 2002 to March 2016, with the qualitative and quantita-
tive method. Results and Discussion: We found 6 (six) studies in which it can be observed that the most prevalent lesion with 90%
is ankle sprains in the solo appliance. Final Considerations: It can be verified that it is a subject not yet discussed, more important,
from it can generate important information for athletes of this modality.
Keywords: Artistic Gymnastics; Injuries to artistic gymnastics; Women's Artistic Gymnastics, Men's Artistic Gymnastics and Physi-
otherapy in artistic gymnastics.

1 Acadêmicas do curso de Fisioterapia da Universidade Braz Cubas – Mogi das Cruzes – SP


2 Mestre e orientadores de conteúdo da Universidade Braz Cubas – Mogi das Cruzes – SP
3 Mestre e orientadora metodológica Universidade Braz Cubas – Mogi das Cruzes – SP
4 Mestrado em Desenvolvimento Humano e Educação pela Universidade Estadual de Campinas, Brasil(2001). Membro
do Comitê de Ética em Pesquisa - CEP da Universidade Braz Cubas , Brasil
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INTRODUÇÃO

A Ginástica Artística (GA) é um conjunto de exercícios corporais sistematizados tendo seu


surgimento, no Brasil, em 1824. É considerada uma das modalidades mais prestigiadas no esporte
olímpico1.
Com fins competitivos onde os ginastas se expressam com o corpo, apresentandoagilidade,
força, coordenação motora, elasticidade e equilíbrio, medindo suas habilidades e desafiando os
limites do seu corpo para alcançar os movimentos em sua completa perfeição, sendo assim, umas
das modalidades esportivas em que as pessoas ficam admiradas por suas manobras audaciosas e
1,2,3,4
saltos que desafiam a gravidade constantemente . Tornou-se mais atraente nos últimos anos, e
consequentemente aumentado o número de atletas1.
As crianças podem começar a praticar a partir dos seis anos de idade, aprendendo os dois
métodos de ensino que são: a familiarização e a automatização dos movimentos e aperfeiçoamento.
Na familiarização os alunos conhecem e têm o primeiro contato com os aparelhos 1,2. Nessa fase não
é exigida a perfeição dos exercícios, para que o aluno aprenda a conscientização do corpo no
espaço, as movimentações em suas devidas posições1. Após esse conhecimento ser adquirido, o
atleta inicia a aprendizagem das posições, realizando uma série de repetições para que haja uma
automatização dos movimentos e aperfeiçoamento, sendo exigido um maior condicionamento físico
e alto desempenho do atleta 1,3.
Tal modalidade é dividida em equipes, feminina e masculina, sendo que os aparelhos mais
comuns entre mulheres são: solo, barras paralelas, trave e cavalo; e entre homens: argolas, solo,
barras paralelas, barra horizontal, cavalo com alça e saltos 2,3.
Como qualquer outro esporte, ela apresenta riscos onde se podem gerar lesões, com grande
incidência em ambos os sexos. Os aparelhos de maior impacto são: trave, barras paralelas, salto
com cavalo e o solo por proporcionar alto impacto nos segmentos corporais 3,5. Essas lesões se
difundem em joelhos, ombros, tornozelos, coluna lombar, sendoas manifestações clínicas
apresentadas entre as mais comuns a formação de edema e hematoma, dor e impotência funcional
da região acometida, com prevalência de lesões em cápsulas articulares, ligamentos, tecido ósseo e
2,3
tecido biológico . As classificações podem ser agudas, crônicas e síndromes álgicas podendo ser
de fatores intrínsecos e extrínsecos 2,3,4.
Há relato na literatura de que os fatores intrínsecos são os principais agentes causadores
das lesões mais frequentes na ginástica, frisando que o peso e a idade colaboram com os grandes
resultados desvantajosos para a integridade das estruturas dos tendões, articulações e corporais.
Com relação aos fatores extrínsecos, até o momento tem-se investigado o motivo das lesões, porém,
os achados ainda estão inconclusivos 3.
Segundo Nunomura (2002), há oito fatores contribuintes para gerar mais lesões nos
ginastas, onde, umas delas é o aumento da competitividade entre os atletas e das quantidades de
competições internacionais, tanto em dias, como em horas.
A anatomia feminina predispõe as atletas a lesões no joelho e a prática deste esporte
aumenta a possibilidade de desenvolver algumas patologias, como às osteocondrites, instabilidades
patelo-femoral, tendinites patelares, síndrome de Sinding-Larsen-Johansson, a doença de Osgood-
Schlater e as lesões ligamentares 2.
Ao investigar as lesões com relações aos aparelhos foi encontrado que o solo está em
destaque, pois, houve uma evolução nas acrobacias com várias rotações e ligações de elementos,
com isso, a aterrissagem é um dos fatores que contribui para as lesões 4.
Classificada como o segundo principal evento para as lesões estão, simultaneamente, a
trave de equilíbrio e as barras paralelas, pois apresentam característica de equilíbrio contínuo em
uma área limitada, sendo assim um fator predisponente de risco 4.
Na categoria de salto foi obtido o menor resultado deincidências de lesões, por
possivelmente apresentar um tempo menor de treinamento em relação aos outros aparelhos, porém
há autores que contrariam esses resultados 4.
Com base nos estudos, as principais lesões que acometem os ginastas são: bolhas,
contraturas, contusões, entorses, dermatite de contato, fraturas por estresse, distensão, subluxação,
luxação, ruptura de tendão, ruptura de retináculo, inflamações e abrazão(ralado) 4,6.
E para o diagnóstico das mesmas são necessários exames clínicos e complementares, tais
como ultrassom e ressonância magnética nuclear, e a partir daí iniciar um tratamento, com o
controle e a reabilitação, que pode conservar a saúde do atleta, para um retorno seguro e um melhor
desempenho do esporte pertinente ao treinamento 1.
As medidas preventivas podem ser o alongamento e aquecimento, que são aplicados antes
dos treinamentos, pois ajudam a diminuir a rigidez das articulações e prepara o corpo para os
exercícios que serão iniciados. O fortalecimento é utilizado, caso o músculo não esteja
completamente desenvolvido estando mais disposto a ser lesionado. Uma boa dieta também é
indicada como prevenção, pois proporciona mais energia para o ginasta e naconsciência corporal. E
por último, mas não o menos importante, a presença de um preparador físico ou um fisioterapeuta,
sendo um dos melhores meios de prevenção, sendo a fisioterapia de grande importância, atuando na
prevenção e na reabilitação, utilizando maneiras preventivas e cautelosas para diminuir acidentes e
lesões 4.

OBJETIVO

Objetivo Geral

Analisar na literatura as principais lesões que acometem os atletas de ginástica artística.

Objetivos Específicos

 Analisar as articulações mais lesadas na ginástica artística.


Correlacionar o tipo de trauma quanto à modalidade.
Correlacionar o local das lesões em funções aos aparelhos.

METODOLOGIA

Estudo teórico,a pesquisa da literatura foi realizada nas bases de dados eletrônicas:
LILACS (Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde), SciELO
(ScientificElectronic Library Online), revistas científicas online (Univasf e Unesp), no período de
abril de 2002 a março de 2016. A pesquisa foi limitada às línguas inglesa, portuguesa (Portugal) ou
portuguesa (Brasil).Foi realizada uma análise de títulos e resumos para obtenção de artigos
potencialmente relevantes para a revisão.
Os artigos selecionados foram submetidos aos seguintes critérios de inclusão: estudos que
explicassem sobre a ginástica artística, pesquisas de campo que apontassem os tipos de lesões que
acometem os ginastas e que se encontravam disponíveis por completo e revisão de literatura.
Como critérios de exclusão foram considerados estudos que não se associavam ao título
proposto, artigos que se encontravam disponíveis somente em resumos.

RESULTADOS
Como resultados foram selecionados seis artigos com textos especializados no assunto para
fundamentação deste estudo.
A Tabela 1 apresenta os artigos selecionados com seus tipos de estudo, objetivos e
resultados.

Tabela 1: Características dos Estudos:

AUTOR/AN TIPO DE ESTUDO OBJETIVO RESULTADOS


O

NUNOMURA Revisão de Literatura Contribuir com Em relação aos aparelhos da GA feminina,o solo se
, (2002) informações e orientações apresenta como o de maior incidência de lesões. Em
para auxiliar os função das partes anatômicas, foram acompanhados
profissionais envolvidos 116 atletas, sendo 42 homens e 74 mulheres, sendo
no ensino da GA. os ombros no sexo masculino a parte anatômica
mais acometida e os tornozelos no sexo feminino.

Observacional Estabelecer o perfil das Foram entrevistadas 128 atletas do sexo feminino.
SOUZA, et al. transversal praticantes com relação às Quanto ao treino de ginástica artística, das atletas
(2006) dores músculo- entrevistadas 55% treinaram todos os quatro
esqueléticas, quanto a aparelhos (solo, trave, paralela e salto), e 51,6% das
localização, frequência e atletas fizeram outras atividades físicas, além da
tratamento destas ginastas ginástica artística. Foi observado que 5,5% haviam
que ainda não foram passado por algum procedimento cirúrgico no
determinadas na literatura. sistema músculo-esquelético. Não houve
predominância de nenhuma articulação específica, e
17,2% afirmou realizar acompanhamento
fisioterapêutico.

HOSHI, et al. Intervencionista Analisar a ocorrência de Dentre os 54 participantes, 39 (72,22%) relataram


(2008) lesões na Ginástica lesão desportiva e observou-se a presença de 1,26 %
Artística, associando-as a lesão por participante. Idade, peso, estatura e tempo
fatores de risco específicos de treinamento, não influenciaram a ocorrência de
da modalidade e do atleta, lesões. Tratando-se das lesões, segundo o local
a partir de inquérito de anatômico, para os homens, na categoria regional,
morbidade referida. os membros inferiores foram os mais acometidos e
na nacional, os membros superiores. No sexo
feminino, a maior frequência é para o acometimento
dos membros inferiores na categoria nacional.

Descritivo Analisar e caracterizar as As atletas foram dividas em três grupos:No G1


AMARAL, lesões ocorridas ao longo 43% das atletas pesquisadas apresentaram lesões
et al. (2009) da época desportiva durante o período de observação. Sendo, que no G2
2006/2007 na totalidade 75% dessas atletas pesquisadas eram com idade
das ginastas portuguesas superior as demais atletas. E no G3 as entorses foi o
de competição. destaquede lesões mais acometidos nas atletas com
um total 21,3%. A influência das lesões na atividade
dos ginastas, tem grande maioria (83,5%) dos
traumatismos sofridos causou limitações na
atividade.
Intervencionista Estimular o Os acadêmicos, durante o primeiro semestre de cada
BUSTO, et al. desenvolvimento da ano letivoparticiparam de aulas práticas e realizaram
(2013) prática de Ginástica o planejamento das atividades a serem aplicadas
Artística em Londrina e junto às crianças das escolas participantes, no
região. segundo semestre de cada ano, ocorreu a
intervenção com duração de duas horas semanais.
Foram obtidos resultados positivos quanto ao
interesse dos participantes nas práticas de ginástica
artística.
Goulart, et al. Intervencionista Investigar a prevalência de O solo apresenta a maior incidência de lesões com
(2016) lesões na ginástica 23,4% em relação aos outros aparelhos. Quanto ao
artística masculina de alto local mais acometido o destaque foi para mãos e
rendimento. dedos com 14,4%. Em relação aos tecidos
biológicos que foram mais afetados, as lesões de
ligamento tiveram a maior incidência relativa com
28%.

A Tabela 2 apresenta uma amostra de dados correlacionados aos tipos de lesões, os locais
acometidos quanto a modalidade e os aparelhos.

Tabela 2: Características das lesões:


Autor Sexo Números de Modalidade Tipo de lesão Local Prevalência
atletas
Nunomura Feminino 74 Solo Entorses Tornozelo 44%
(2002) Salto Fraturas Joelho 18%
Trave Entorses Tornozelo 22%
Paralelas Luxação Ombro 29%
Souza, et al. Feminino 128 Solo Entorses Tornozelo 35%
(2006) Salto Fraturas Joelho 32,8%
Paralelas Tendinite Punho 25,8%
Trave Tendinite Joelho 25,8%
Hoshi, et al. Masculino 21 Argolas Subluxação Ombro 34%
(2008)

Amaral, et al Feminino 79 Trave Entorses Tornozelo 21%


(2009) Solo Contusões Pés 19%

Goulart, et al Masculino 20 Solo Entorses Tornozelo 23%


(2016 Cavalo Fraturas Mãos 11,7%
Salto Entorses Joelho 11,7%
Argola Cápsulite Ombro 8%

DISCUSSÃO
A Ginástica Artística é uma das modalidades mais antigas no programa olímpico, em que o
ginasta se expressa com o próprio corpo e se diferencia pela grande variedade de movimentos
dinâmicos ou estáticos de coordenação complexa. Seus objetivos variam conforme sua classificação
e contexto. A atividade ginástica artística tem a finalidade de desenvolver as habilidades motoras,
de modo competitivo com habilidades específicas com alta precisão técnica.
Essa modalidade esportiva demonstra gradativamente a riqueza de movimentos, a partir de
situações seguras ou mais perigosas, em que ensina a lutar para vencer as dificuldades dos
problemas propostos, a superar e a sentir o prazer de superação, contribuindo ainda com o
desenvolvimento das capacidades físicas e motoras, com a coragem e a participação em grupo. 2
Porém outro estudo relatou, relatou que na ginástica artística feminina as habilidades de
grande esforço físico, com seus treinamentos disciplinados exigidos sobrecarregam o sistema
músculo-esquelético, podendo causar síndromes álgicas. Observando que 89,8% das ginastas
relatam queixas álgicas, com lesões ortopédicas ocorrem durante os treinos, podendo resultar em
danos no crescimento.
Os altos níveis de estresse físico e psicológico e muitas horas de treinos e de competições
podem produzir efeitos prejudiciais à maturação dos músculos e no desenvolvimento pubertal. As
queixas álgicas mais importantes coincidem com a melhora da qualidade técnica, aumento da
complexidade dos exercícios e aumento da carga de treinos.Por essa sobrecarga de treinos que foi
observado nas atletas um alto índice de queixa álgicas, podendo ser somada a outros fatores de
predisposição a lesões, como erro no preparo físico, uso de equipamentos impróprios e a má
supervisão. 6
Foi estudado que na ginastica artística masculina as lesões são distribuídas pelos tornozelos,
joelhos, ombros e coluna lombar, sendo as entorses as mais registradas. Com os exercícios no solo
sendo os mais propensos à ocorrência de lesões, devido ao alto impacto exercido sobre os
segmentos corporais.
Explicou que os fatores intrínsecos responsáveis pela ocorrência de lesões são a estatura,
peso e idade. Se os valores de estatura e peso são maiores há uma predisposição nos impactos
desfavoráveis à integridade das estruturas corporais, incluindo tendões e articulações.
Sobre os fatores extrínsecos, tem sido investigado o grau de desempenho como causa de
lesões. Porém, os achados mostrados ainda são inconclusivos.
E enfatiza a prevenção e reabilitação das lesões, o que pode resultar em manutenção da
saúde do atleta, retornos mais seguros à prática atlética e melhor desempenho esportivo devido à
continuidade do treinamento. 4
Outro autor dividiu os aparelhos da ginastica artística feminina que geram mais lesões,
classificando o salto sobre o cavalo, as paralelas assimétricas, a trave de equilíbrio e o solo. E na
ginastica artística masculina, em solo, cavalo com arções, argolas, salto sobre o cavalo, paralelas
simétricas e barra fixa. Cada um desses aparelhos apresentam suas características peculiares, por
essa razão, as lesões e suas incidências podem ocorrer em função dessas características e do tipo de
trabalho realizado sobre eles.
Em relação aos aparelhos da ginástica artística feminina, o solo se apresenta como o de
maior incidência de lesões. Com a evolução das acrobacias que envolvem mais combinações de
rotações e ligações de elementos. A trave de equilíbrio e as paralelas assimétricas como o segundo
evento em incidência de lesões. A própria característica da trave, que exige equilíbrio constante
sobre uma área extremamente limitada, poderia ser considerada um fator de risco. E no salto foi
encontrada a menor incidência de lesões, por ter menos tempo de treinamento em relação aos outros
aparelhos. 5
E foi investigada a prevalência de lesões na ginástica artística masculina de alto rendimento,
percebendo que a fadiga muscular foi um fator importante para a lesão em ginastas de elite. Sendo
mais frequente nos ombros e na parte inferior das costas. As lesões nas costas estão geralmente
relacionadas ao microtraumatismo agudo ou sucessivos eventos de microtrauma.

Tais eventos resultam de flexões repetitivas e extensões devido à rotação da coluna em


movimentos de ginástica. E como todo esporte competitivo o atleta não tem tempo para se recuperar
fisicamente para a próxima competição, como é necessário. 3

Também foram correlacionadas a localização anatômica e a tipologia das lesões na ginástica


artística feminina, obtendo os resultados quanto a localização anatômica com 53,5% sendo o
membro inferior, seguindo para 24,4% o membro superior, 17,3% a coluna vertebral e 4,7% o
tronco. Os locais mais predispostos às lesões foram o calcâneo e a articulação tíbio-társica,
referindo as entorses da tíbio-társica como as lesões mais frequentes do membro inferior. No
membro superior, o punho foi claramente o local mais atingido, uma vez que as extremidades
superiores são utilizadas tanto como membros de suporte, como receptores de alto impacto.
Na coluna vertebral, a região mais afetada foi a região dorsal, seguida da lombar com a
causas dos sintomas na coluna das ginastas são a consequência de posturas repetidas de flexão e
hiper-extensão durante os voos, saídas e mortais, associadas a posturas hiperlordóticas com fortes
cargas de impacto vertical durante as recepções.

Quanto a tipologia das lesões, o número elevado de contraturas, entorses e fraturas


observado nas ginastas mais novas, poderá eventualmente estar relacionado com diferentes fatores
entre os quais poderia se referir a utilização de gestos inadequados, falta de controlo corporal,
fouxidão ligamentar, desequilíbrios musculares, fatores proprioceptivos, ou mesmo imaturidade
óssea. 1

CONSIDERAÇÕES FINAIS
Com base nos dados coletados na presente pesquisa, é possível apontar algumas
considerações, sendo a relação entre a fisioterapia e a ginástica artística um assunto ainda pouco
discutido, mas foi possível observar os tipos de lesões que acometem os ginastas de ambos os sexos,
sua localização anatômica e os aparelhos dessa modalidade que as geram.
Devem ser propostos novos estudos em relação a prevenção e reabilitação das lesões, para
proporcionar informações direcionadas a saúde física dos ginastas e como deve ser realizado um
treinamento de forma mais segura.

REFERÊNCIAS

1. Amaral L; Santos P; Ferrerinha J. Caracterização do perfil lesional em ginástica


artística feminina: um estudo prospectivo das ginastas Portuguesas de competição ao longo de
uma época desportiva. RevPortCienDesp, 2009, 9(1) 43–51.
2. Busto RM; Achour JA; Moreira RST. Ginástica artística: uma proposta de
aplicabilidade. Extramuros, Petrolina-PE, 2013, 1(1): 124-133.
3. Goulart NBA; Lunardi M; Waltrick JF; Link A; Garcias L; Melo de O; Olivia JC; Vaz
MA.Injuriesprevalence in elite male artisticgymnasts. RevBrasEducFís Esporte, (São Paulo),
2016, 30(1):79-85.
4. Hoshi RA; Pastre CM; Vanderlei LCM; Júnior JN; Bastos FN. Lesões Desportivas na
Ginástica Artística:Estudo a Partir de Morbidade Referida. RevBrasMed Esporte, 2008,
14(5):440-445.
5. Nunomura M. Lesões na Ginástica Artística: Principais Incidências e Medidas
Preventivas.Motriz , 2002, 8(1): 21 – 29.
6. Souza de GM; Almeida de FS. Queixa de dor músculo-esquelética das atletas de 6 a
20 anos praticantes de ginástica artística feminina. São Paulo, 2006, Arq. méd. ABC; 31(2):67-
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