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REDAÇÃO

A ARTE DA ESCRITA

PROFESSORA ADRIANA AUGUSTA


Dominar a arte da escrita é um trabalho que
exige prática e dedicação. Não existem fórmulas
mágicas: o exercício contínuo, aliado à leitura de
bons autores, e a reflexão são indispensáveis
para a criação de bons textos.
Saber escrever pressupõe, antes de mais nada,
saber ler e pensar. O pensamento é expresso
por palavras, que são registradas na escrita,
que por sua vez é interpretada pela leitura.
Como essas atividades estão intimamente
relacionadas, podemos concluir que quem não
pensa (ou pensa mal), não escreve (ou escreve
mal); quem não lê (ou lê mal) não escreve (ou
escreve mal).
Em vestibulares e concursos, a prova de Redação é
um grande fator de eliminação. Através dela, as
instituições têm um indicador mais concreto da
formação do aluno, diferentemente das questões
de múltipla escolha. Geralmente, exige-se que o
candidato produza um texto dissertativo. Em menor
proporção, podem ser solicitados ainda textos
narrativos ou descritivos. Conheça as
características de cada um desses textos:
1 - DISSERTAÇÃO: dissertar significa “falar sobre”.
É o texto em que se expõem ideias, seguidas de
argumentos que as comprovem. Na dissertação,
você deve revelar sua opinião a respeito do
assunto.
2 - DESCRIÇÃO: texto em que se indicam as
características de um determinado objeto,
pessoa, ambiente ou paisagem. Na descrição,
você deve responder à pergunta: Como a
coisa (lugar / pessoa) é? É importante tentar usar
os mais variados sentidos: fale do aroma, dos
cheiros, das cores, das sensações, de tudo que
envolve a realidade a ser descrita.
3 - NARRAÇÃO: texto em que se contam fatos
ocorridos em determinado tempo e lugar,
envolvendo personagens. Lembre-se: você
deve “narrar a ação”, respondendo à
pergunta: O que aconteceu?
O texto dissertativo argumentativo tem como principais
características a apresentação de um raciocínio, a
defesa de um ponto de vista ou o questionamento de
uma determinada realidade. O autor se vale de
argumentos, de fatos, de dados, que servirão para
ajudar a justificar as ideias que ele irá desenvolver. As
três características básicas de um texto dissertativo são:
•Apresentação do ponto de vista
•Discussão dos argumentos
•Análise crítica do texto
A diferença desse modelo para um texto narrativo, por
exemplo, é que o texto narrativo descreve uma história,
contendo alguns elementos importantes como
personagens, local, tempo (intervalo no qual ocorreram
os fatos), enredo (fatos que motivaram a escrita). O texto
dissertativo, por outro lado, tem como objetivo defender
um ponto de vista usando argumentos.
Dissertação Objetiva
Na dissertação objetiva, o autor não se identifica
com o leitor, já que os argumentos são expostos de
forma impessoal. Isso, aliás, confere ao texto um ar
de imparcialidade, embora se saiba que é a visão
do autor que está sendo discutida. Esse
procedimento faz o leitor aceitar mais facilmente as
ideias expostas no texto.
MODELO DE DISSERTAÇÃO OBJETIVA:
“Há tipos diferentes de ruínas. Mas elas são sempre
resultado de uma demolição ou desconstrução de
edificações. Existe um primeiro tipo que simboliza um
tempo passado que evoluiu e foi deixando ruínas
devido às mudanças dos gostos e da riqueza dos
donos.”
Dissertação Subjetiva
No texto dissertativo subjetivo, o autor se mostra por
meio do uso da primeira pessoa do singular (eu),
evidenciando que os argumentos são resultados da
opinião pessoal de quem escreve (não que no texto
objetivo também não o sejam, afinal, a influência das
ideias do autor estão presentes também neste último
caso).
Vamos mostrar dois exemplos, o primeiro é um trecho
de um texto objetivo e o segundo é um trecho de um
texto subjetivo. Repare na diferença que existe entre
os dois:
MODELO DE DISSERTAÇÃO SUBJETIVA
“Não sou do tipo que se impressiona com boatos, mas
não posso ficar indiferente aos últimos acontecimentos
no cenário público do Brasil. Toda essa movimentação
em torno dos casos de corrupção que assolam a
nação me fez pensar sobre a importância da ética
nas relações sociais em todos os níveis. Não quero me
convencer de que um valor moral tão importante
esteja sendo banido da sociedade, substituído pelo
direito de garantia de privilégios pessoais a qualquer
custo.”
O mais recomendado é que você escolha a
terceira pessoa do plural, pois essa forma de
escrever é mais informal e mais fácil de ser
seguida com fidelidade. O texto objetivo
também tem a vantagem de dar um aspecto
de “autoridade” aos argumentos. Quando se
opta pelo texto subjetivo, tem-se uma
impressão de que tudo está somente de
acordo com a opinião do autor, enquanto que
no objetivo tem-se a impressão de que a
opinião é de todos. Isso é o que fortalece o
caráter objetivo.
Um texto argumentativo, como já comentamos, é
aquele em que defendemos uma ideia, opinião ou
ponto de vista, procurando fazer com que o leitor
acredite nele. Para conseguir esse objetivo, utilizamos
os argumentos.
A Argumentação do Texto Dissertativo

A palavra ARGUMENTO tem uma origem curiosa: vem


do latim ARGUMENTUM; significa: fazer brilhar, iluminar.
É fácil encontrar os argumentos de um texto, pois basta
que se identifique a tese (ideia principal), para então
fazer a pergunta “por quê”? Por exemplo: o autor é
contra a pena de morte (tese). Porque… (argumentos).
Tipos de argumentos
– Argumento de Autoridade: É aquele que se apoia no
conhecimento de um especialista da área. É um modo de
trazer para o texto o peso e a credibilidade da autoridade
citada. Por exemplo: “Conforme afirma Bertrand Russel, não é
a posse de bens materiais o que mais seduz os homens, mas o
prestígio decorrente dela”.
– Argumento de consenso: Alguns enunciados não exigem a
demonstração de um especialista para que se prove o
conteúdo argumentado. Nesse caso, não precisamos citar
uma fonte de confiança. Por exemplo: “O investimento na
Educação é indispensável para o desenvolvimento
econômico do país”. Repare que essa afirmação não precisa
de embasamento teórico, pois é um consenso global.
– A Comprovação pela Experiência ou
Observação: Esse tipo de argumentação é
fundamentada na documentação com dados que
comprovam ou confirmam sua veracidade. Por
exemplo: “O acaso pode dar origem a grandes
descobertas científicas. Alexander Flemming, que
cultivava bactérias, por acaso percebeu que os
fungos surgidos no frasco matavam as bactérias que
ali estavam. Da pesquisa com esses fungos, ele
chegou à penicilina”. Observe que, nesse caso, o
argumento que validou a afirmação “O acaso pode
dar origem a grandes descobertas” foi a
documentação da experiência de Flemming.
– A Fundamentação Lógica: A argumentação nesse
caso se baseia em operações de raciocínio lógico,
tais como as implicações de causa e efeito,
consequência e causa, etc. Por exemplo: “Ao se
admitir que a vida humana é o bem mais precioso
do homem, não se pode aceitar a pena de morte,
uma vez que existe sempre a possibilidade de um
erro jurídico que, no caso, seria irreparável”. Note
que a ideia que o leitor tentou passar era: Não se
pode aceitar a pena de morte. Para isso, foi
mencionado o caso de falha humana na sentença,
o que permitiu que se chegasse a tal conclusão.
10 DICAS SOBRE O QUE VOCÊ NÃO DEVE FAZER
EM UMA REDAÇÃO. FUJA DA NOTA ZERO. O
MELHOR CAMINHO É BUSCAR A MELHOR
PONTUAÇÃO DENTRO DAS REGRAS DE CADA
VESTIBULAR OU DO ENEM.

01. NÃO FALE COM O LEITOR COMO SE ESTIVESSE


CONVERSANDO COM ELE, NÃO DÊ CONSELHOS: “VOCÊ
PODE MUDAR O MUNDO. FAÇA A SUA PARTE.” PERCEBEU A
IMPORTÂNCIA DA DICA? NUNCA ESCREVA “DITANDO
REGRAS” PARA A PESSOA QUE VAI LER OU CORRIGIR A SUA
REDAÇÃO ENEM OU VESTIBULAR.
02. Não use ditados populares,. eles empobrecem seu texto.
Seja criativo e original, isso conta ponto. Fuja de frases feitas
ou do tipo ‘lugar comum’. Para usar expressões assim elas
precisam estar muito bem contextualizadas

03. Não faça letra muito grande com o intuito de ocupar linha.
Não se esqueça de que o corretor conhece as artimanhas.
Veja o limite mínimo e o limite máximo de linhas a serem
escritas w trabalhe dentro das regras.

04. Não generalize: “Ninguém respeita o trânsito”, “Todos os


políticos são corruptos”. Esses argumentos não têm
consistência, porque há pessoas que obedecem às leis de
trânsito e também há políticos honestos.
06.Não use gírias, palavras vulgares ou
expressões como “tipo assim”, “né”, “tá ligado”,
nem tente escrever “difícil”. Em uma redação,
você pode usar uma linguagem simples, mas
deve seguir o padrão da norma culta.

07. Não confunda o significado das


conjunções. Empregue-as corretamente, elas
são elementos coesivos importantes em um texto
(conectam orações e ideias). O uso incorreto
pode causar uma incoerência em sua redação...
07. Não omita as preposições. Atente ao uso dos
pronomes relativos que, quem, o qual (e
flexões),cujo (e flexões). Se na oração iniciada pelo
pronome relativo houver a exigência da preposição
(regência verbal ou nominal), ela deverá aparecer,
obrigatoriamente, antes do pronome relativo.
Observe o exemplo: “A pesquisa por meio da qual
se realizou o trabalho…”.

08. Deixe o “internetês” para a internet. Não use


“vc”, “tbm”, ou qualquer tipo de abreviatura em
sua redação.
09. Jamais “encha linguiça”. Não escreva coisas
sem sentido para preencher linhas, os argumentos
devem ser consistentes. Com certeza, você tem
algo importante a dizer; pois, então, diga. É mais
bem avaliado um texto menor com qualidade do
que um texto longo com quantidade.

10. Deixe piadinhas e deboches para seus colegas.


Na redação use seu senso crítico, com coerência.
Não faça críticas levianas e respeito os direitos
humanos.
REDAÇÃO ENEM
Quase 530 mil candidatos do Enem zeram a redação
MEC afirmou que 250 participantes tiraram mil, nota máxima
possível; 248.471 redações foram anuladas
Por: Diário SP Online

Dos 6.193.565 candidatos que prestaram o Exame Nacional


do Ensino Médio (Enem), o Ministério da Educação divulgou
que 8,5% dos participantes tiraram nota zero na redação.
Ao todo, 248.471 redações, das 529.374 tiraram a nota
mínima, foram anuladas. O MEC afirmou que 250
participantes tiraram mil, nota máxima possível. Mais de 35
mil alunos tiraram notas entre 901 e 999 na redação. De
acordo com o MEC, a média das notas registrou queda de
9,7% em relação ao Enem 2013.
No Enem de 2014, dos mais de 6 milhões de inscritos,
apenas 250 estudantes conseguiram a nota máxima
(1.000) na prova de redação. O tema proposto foi
“Publicidade Infantil em questão no Brasil” e mais de 529
mil candidatos zeraram na redação do Enem. De
acordo com o MEC, os principais motivos da nota zero
naquele ano foram, nesta ordem:

1.Fuga do tema
2.Cópia de textos motivadores
3.Textos com menos de sete linhas
4.Redações que não se encaixavam no tipo solicitado
1 – Fugir do tema
A prova de redação do Enem começa com uma série
de “textos motivadores”. Eles podem ser trechos de
revistas, jornais ou livros, anúncios publicitários, desenhos
ou charges e ajudam o candidato a entender o tema
proposto. Escrever uma redação dentro desse tema é
condição obrigatória e abordar um assunto diferente, ou
seja, fugir do tema, recebe nota zero.
2 – Não obedecer o tipo de redação solicitado
O Enem costuma pedir um estilo específico de redação:
“dissertativo-argumentativo”. Para cumprir esse requisito, o
candidato deve seguir uma estrutura que começa com a
proposição de uma tese, inclui argumentos para apoiar a
defesa dessa tese e termina com uma proposta de
intervenção social para solucionar o problema
apresentado no desenvolvimento do texto. Redações que
não seguem essa estrutura (como poemas ou narrações,
por exemplo), recebem automaticamente nota zero dos
corretores.
3 – Não atingir o número mínimo de linhas
Para ser considerada válida pelos corretores, a
redação do Enem precisa ter no mínimo 8 e no
máximo 30 linhas (ideal). Textos com 7 linhas ou
menos recebem nota zero. Vale lembrar que
trechos copiados dos textos motivadores ou de
outras questões do Enem são desconsiderados na
contagem de linhas e o título, que é opcional,
conta como linha escrita.
4 – Usar formas propositais de anulação
O Guia da Redação do Enem, divulgado pelo MEC,
inclui o item “impropérios, desenhos e outras formas
propositais de anulação ou parte do texto
deliberadamente desconectada do tema proposto”
nos motivos para tirar zero na redação. Ou seja,
candidatos que desenham na folha de redação,
escrevem palavrões e xingamentos ou incluem textos
que não tenham a ver com o tema da redação
(como as famosas receitas de “miojo” que causaram
polêmica em edições anteriores) recebem zero na
redação do Enem.
5 – Desrespeitar os direitos humanos
O respeito aos direitos humanos é um requisito obrigatório
na elaboração da redação do Enem. Ou seja, mensagens
de ódio, preconceito de qualquer tipo, racismo e outras
formas de desrespeito resultam em nota zero.

6 – Entregar a folha de redação em branco


No dia em que a redação é aplicada, os candidatos tem
uma hora a mais para elaborar o texto e passá-lo a limpo
para a folha apropriada. É importante ficar atento a esse
tempo, pois mesmo que o candidato termine a sua
redação nas folhas de rascunho, se entregar a folha de
redação em branco tira zero.
7 – Não conseguir demonstrar as cinco competências avaliadas
1.São cinco as competências avaliadas na redação do Enem, cada
uma delas valendo de 0 a 200 pontos:
Demonstrar domínio da modalidade escrita formal da Língua
Portuguesa
2.Compreender a proposta de redação e aplicar conceitos das várias
áreas de conhecimento para desenvolver o tema, dentro dos limites
estruturais do texto dissertativo- argumentativo em prosa.
3.Selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações, fatos,
opiniões e argumentos em defesa de um ponto de vista.
4.Demonstrar conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários
para a construção da argumentação.
5.Elaborar proposta de intervenção para o problema abordado,
respeitando os direitos humanos.
O candidato que não conseguir demonstrar minimamente nenhuma
das competências avaliadas, tira zero na redação.

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