Em meados do século XVIII, a Revolução Industrial ocorreu na Inglaterra e teve

como consequência transformações consideráveis para o desenvolvimento da

sociedade, como as máquinas a vapor e o aperfeiçoamento das oficinas. Na década de
1970 surgiu a Internet nos Estados Unidos, sendo usada, inicialmente, para fins
profissionais. Hodiernamente, essa tecnologia está ampliada para um público maior e
se destaca por facilitar a conexão entre os indivíduos e encurtar distâncias, todavia,
apresenta riscos quanto as suas exposições, principalmente, no meio social.

O espaço virtual se tornou parte do cotidiano do ser humano, usufruído,

geralmente, para se comunicar com qualquer pessoa, encontrar amigos e compartilhar
fotos. De acordo com o filósofo polonês Zygmunt Bauman, ‘’as re des sociais são muito
úteis, oferecem serviços muito prazerosos, mas são uma armadilha’, sua crítica faz referência
aos impactos negativos da modernidade, por exemplo, o sedentarismo e a depressão mas
também aos delitos que podem produzir, como o sequestro de um garoto de nove anos na
cidade de Ilhota, Santa Catarina, no ano de 2014. Segundo o sequestrador, a coleta de dados
para realizar o crime veio através da rede social, onde obteve as informações com facilidade.

Todavia, os perigos causados pela Internet não se limitam apenas a crimes como
sequestros e assassinatos, mas também à coleta de informações. No livro ‘’1984’’ de George
Orwell, a sociedade se encontra dominada pelo ‘’Grande Irmão’’, onde está sendo manipulada
e observada a todo o momento. Em 2013, Edward Snowden, um analista de sistemas
estadunidense, divulgou detalhes de programas que a Agência de Segurança Nacional
americana utilizava para vigiar globalmente os cidadãos. Entre eles estava o software Prism,
que acessava dados de empresas como Microsoft, Facebook e Apple. Além disso, em 2017 a
organização ‘’Wikileaks’’ publicou a descoberta do Weeping Angel, uma ferramenta usada pela
CIA que realizava gravações sonoras do ambiente através de televisões.

Diante do exposto, é necessário que a sociedade crie uma consciência coletiva a

respeito do seu comportamento virtual. Cabe aos órgãos governamentais, escolas e empresas
transnacionais instruir o usuário sobre o uso correto das redes sociais, alertando os riscos que
a exposição excessiva pode causar por meio de campanhas e palestras. Deste modo o
indivíduo tomará mais cuidado ao interagir com o meio cibernético e, assim, impedirá
vazamentos de dados que podem acarretar em graves crimes. Chegando a essa mentalidade, a
relação entre tecnologia e humanidade se equilibrará.