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CURSO DE TECNICO

AUXILIAR DE GERIATRIA
Formadora: Maria João Raimundo
ANIMAÇÃO EM
INSTITUIÇÕES DE
SAÚDE
 Animação- Definição e objetivos
 A animação no idoso institucionalizado
 Perfil do animador
 Avaliação da população
 Planificação de atividades
 Avaliação de atividades

Conteúdos
 Reconhecer a importância de implementar
atividades de animação dirigidas ao idosos
institucionalizados

Objectivo Geral
No fim da sessão os formandos deverão ser capazes de:

 Definir Animação / Terapia ocupacional

 Reconhecer a importância da motivação e do perfil do


animador nas atividades de animação

 Enumerar finalidades e vantagens da animação nas


atividades com idosos institucionalizados

 Delinear planos de atividades ocupacionais incluindo


respetivos componentes (objetivos, atividades, tarefas
e recursos)

Objectivos específicos
“ Se providenciarmos alguma felicidade,
algum conforto, aos outros a vida ganhará
significado”
(Autor: Dalai-Lama)

Animação
O que é a animação?
Para que serve?
ENVELHECIMENTO

Declínio progressivo das capacidades

Alteração dos hábitos e rotinas


diárias

Ocupações e atividades que exijam


um menor grau de atividade.
Consequências:
 Redução da capacidade de concentração
coordenação e reação
 Autodesvalorização
 Diminuição da autoestima
 Apatia, desmotivação
 Solidão
 Isolamento social e depressão.
“Terapia Ocupacional
• Arte e a ciência de dirigir a participação do homem em
tarefas selecionadas para restaurar, reforçar e aumentar a
performance
• Facilitar a aprendizagem daquelas habilidades e funções
essenciais para adaptação e produtividade, diminuição ou
correção de patologia e para promover e manter a saúde.
• Capacidade, durante vida, para executar com satisfação
para si e para os outros aquelas tarefas e papéis essenciais
para a vida produtiva e para o domínio de si e do meio”.
Hopkins (1983)

Definindo terapia ocupacional…


 No atendimento a pessoas idosas, a saúde, a
independência, a segurança e a integração
social ocupam lugar de destaque, uma vez que
sofrem alterações importantes durante o
processo de envelhecimento.
 A terapia ocupacional pretende conservar,
restaurar e melhorar a capacidade funcional,
mantendo o idoso ativo e independente o
maior tempo possível.
 Segundo Quintas e Castaño (1998) “animação
é uma actividade interdisciplinar e
intergeracional que atua em diversas áreas e que
influencia a vida do individuo e do grupo”

 Para Choques (2000), animação é sinónimo de


vida, de movimento, de atividade. O ato de dar
vida, calor.

Definição de animação…
Ventosa (2002), refere que a Animação
Sociocultural para a terceira idade é uma forma de
animação que possui como estratégia “não para
dar mais anos à vida, mas sim, para dar mais
vida aos anos”.
A realização de atividades com e para os utentes
visa proporcionar uma vida mais activa e mais
criativa, assim como a melhoria das relações e da
comunicação com os outros, desenvolvendo a
autonomia pessoal.
 O que é necessário para um
envelhecimento com qualidade de
vida?
são necessárias condições:

 Baixa probabilidade de doenças;


 A manutenção de um elevado nível
funcional, quer a nível cognitivo, quer a
nível físico;
 Estabelecer relações sociais.
 Animação significa acção de dar vida e criar
movimentos, isto é traz-nos uma ideia de
alegria, dinamismo, vivacidade
 A animação/ocupação é simultaneamente: social,
cultural, desportiva, terapêutica e nessa medida
preventiva.
 Deve favorecer o exercício e o desabrochar das
diversas faculdades da pessoa idosa opondo-se
assim à imobilidade tanto físico como psíquica.
Animar-se ou distrair-se é uma
necessidade fundamental de todos os
indivíduos, e aquele ou aquela que se
diverte com uma ocupação agradável com
fim de se descontrair física e
psicologicamente satisfaz esta necessidade.

Animação…
 Choques, citando a Revue Soins nº 534,
Marzo (1990), refere que a animação
entre pessoas idosas pode definir-se como
toda a ação que oferece aos idosos as
condições materiais e relacionais
necessárias e favoráveis para que se
possam questionar sobre a pertinência
da sua vida.
Hervy (2001) afirma que “a importância
da animação social das pessoas mais
velhas é facilitar a sua inserção na
sociedade, a sua participação na vida
social e, sobretudo, permitir-lhes
desempenhar um papel, inclusive reativar
papéis sociais.”
 Jacob (2007) define “a animação de
idosos como a maneira de atuar em todos
os campos do desenvolvimento da
qualidade de vida dos mais velhos, sendo
um estímulo permanente da vida mental,
física e afetiva da pessoa idosa.”.
 “O envelhecimento não tem que se
caracterizar pela perda e a deterioração
intelectual. Nestas idades, o importante é
proporcionar experiências de
aprendizagem às pessoas idosas e
manter um ambiente rico e
estimulante” (Osório, 2004)
 Os idosos têm necessidades, na medida das suas
capacidades, de ter atividades recreativas

 O jogo concebe-se como um sistema fictício, com


regras obrigatórias, aceites livremente por todos.

 A sua prática traz múltiplos sentimentos e


experiências diferentes do dia-a-dia

 Tem uma clara função de utilidade.


O jogo…
Qual o seu significado?
 Uma componente importante da animação, no
seu sentido mais lúdico e puro, é o jogo.
 o desejo jogar/ brincar acompanha-nos toda a
vida, embora os diferentes papéis sociais
assumidos no distraem da prática regular de
brincar
 O jogo, quer em crianças, em adultos ou em
idosos é das melhores formas de transmitirmos
uma mensagem e de nos divertirmos.
Com o jogo conseguiremos (Lorda, 2001):

 Canalizar a criatividade;
 Libertar tensões e emoções;
 Orientar positivamente as angústias quotidianas;
 Refletir;
 Aumentar o número de amizades e relações
 Divertir-nos
 Aumentar o grau cultural e o compromisso
colectivo;
 Ter predisposição para realizar outros afazeres;
 Obter integração intergerações
Segundo a sua função:
 Estética: construir, inventar, criar.
 Cultural: Expressão e socialização.
 Social: sentir prazer em compartilhar uma
atividade comum que se pode prolongar
 Psicológica: combate o aborrecimento,,
estabelece novos contactos, incentiva o gosto
pela ação e compensa a falta de actividade
profissional.
Animação
(Objetivos)
 Conjunto de passos com vista a:
◦ Facilitar o acesso a uma vida mais ativa e criativa
◦ Melhoria nas relações e comunicação com outros
◦ Melhor participação na vida da comunidade de que
se faz parte, desenvolvendo a personalidade do
indivíduo e a sua autonomia
◦ Promover a inovação e novas descobertas;
◦ Valorizar a formação ao longo da vida;

Objetivos da Animação…
 Conjunto de passos com vista: (cont.)
◦ Proporcionar uma vida harmoniosa, atrativa e
dinâmica com participação e envolvimento do idoso;
◦ Favorecer a ocupação adequada do tempo livre
para evitar que o tempo de ócio seja alienante,
passivo e despersonalizador.
◦ Valorizar capacidades, competências, saberes e
cultura do idoso, aumentando a autoestima e
autoconfiança.

Objetivos da Animação…
 A animação é de extrema importância como
terapia para a manutenção e
desenvolvimento das capacidades e
potencialidades dos idosos e sua
integração na comunidade, visto que com a
entrada para um lar quase sempre acarreta
perturbações do equilíbrio psicológico que
reflectem sobre a saúde e o comportamento
na vida social e cultural.
Animação
(Motivação)
O que me motiva?

(Dinâmica grupo)
 Conjunto de forças internas que mobilizam o
indivíduo para atingir um dado objectivo como
resposta a um estado de necessidade, carência
ou desequilíbrio.
 A palavra motivação vem do latim movere , que
significa "mover". A motivação é, então, aquilo
que é capaz de mover o indivíduo, de o levar a
agir para atingir algo (o objectivo), e de lhe
produzir um comportamento orientado.

 Motivação é o motivo para a acção. A
força e energia interior de cada
pessoa são despertadas quando se
precisa satisfazer uma das quatro
necessidades básicas: viver, amar,
aprender ou deixar um legado.
Aquilo que leva os indivíduos a fazer qualquer coisa
com esforço, dedicação, energia e prazer.
A intensidade e natureza são diferentes em cada um
Se forem dadas condições ao indivíduo para que
tenha um bom desempenho na execução de uma
actividade e ele tiver competências necessárias, o seu
grau de eficácia depende apenas da sua motivação.
Todo e qualquer comportamento humano tem uma
motivação na sua base

Motivação...
Os cinco princípios da motivação
Cadernos socialgest, nº 4 (manual de animação de idosos) – 2007 www.Socialgest.Pt 8

O ser humano é motivado quando:


 Tem a possibilidade de realizar as próprias ideias.
 Sempre que o seu comportamento é avaliado por
apreciações (positivas ou negativas) merecidas.
 Para que se motive de forma duradoura, tem que
ser estimulado diversas vezes.
 Uma apreciação negativa do indivíduo ou de um
comportamento que não pode ou não sabe como
modificar faz com que ele perca a motivação.
 A maior fonte de motivação para o ser humano é
o conseguir atingir, com esforço, um objectivo
que ele se fixou a si próprio.
Motivação...
 Nas pessoas idosas a
motivação está muitas vezes
ausente, assim compete ao
animador encontrar
estratégias para convencer
os idosos a participarem em
actividades que se adaptem
à sua situação
 https://www.youtube.com/w
atch?v=N31RkfwZGzw
Animação e
institucionalização
 A institucionalização nem sempre em é agradável
para o idoso
 O bem-estar psicológico dos idosos está
associado à sua satisfação com o ambiente
 A casa de cada um adquire, um significado
psicológico único
 É um espaço bastante importante, ao qual estão
associados um conjuntode sentimentos que
fazem com que o idoso esteja emocionalmente
vinculado àquele lugar.
O idoso está fortemente ligado ao recheio da
sua casa, que é um “depósito” de bens
pessoais com grande valor sentimental
 Levam a recordar acontecimentos, pessoas,
épocas e locais que fizeram parte do seu
percurso de vida, e que representam e
mantêm a identidade pessoal e social do
idoso.
Os idosos institucionalizados têm um
autoconceito (perceção que faz de si próprio e o
conceito que forma de si) mais baixo do que os
que vivem em casa própria (Palhoto, 1997).
A razão poderá ser o reduzido número de
atividades que os idosos institucionalizados
executam em relação aos que vivem em casa e o
facto de estar só no meio de tantos idosos e a
reorganização que o idoso terá que fazer quando
ingressa numa instituição (Bromley,1966).
Diz-nos Carvalho (2012, p.9) que “os cuidadores
formais são profissionais contratados, com
carácter remuneratório, para a prestação de
cuidados no domicílio ou em instituição” (…) são
considerados como “os profissionais que passam
mais tempo e que estabelecem o contacto mais
directo com os residentes destas instituições
(Glaister&Blair,2008; Lerner et al., 2010)”.
As instituições, devem promover ações e
atividades de âmbito cultural, social e
educativo tendo em vista a participação
ativa dos idosos.
 Ações de âmbito social –resultam das
relações interpessoais, uma vez que os
idosos não devem estar à margem da
sociedade;
 Ações de âmbito cultural–resultam de
estímulos à memória (teatro, dança,
histórias de tradição oral, etc);
 Ações de âmbito educativo–estimulam
a criação e respetiva participação em
atividades relacionadas com uma
aprendizagem contínua (ex: jogos,
leitura, palavras cruzadas, etc).
As vantagens no desenvolvimento destas
ações:
 Diminuir o isolamento sentido por parte de
alguns idosos;
 Promover a interação social;
 Aprender novas aptidões relacionais e fomentar
a coesão e a aceitação por parte do grupo;
 Promover a autoestima;
 Obter e partilhar informação e experiências.
Animação
(Perfil do animador)
O Animador Social é o profissional que organiza,
coordena e/ou desenvolve atividades de animação
e desenvolvimento Sociocultural de grupos e
comunidades, inseridas em estruturas/ instituições

Perfil do animador
O Animador é responsável por atividades que envolvem grupos
com características diferentes e necessidades distintas:

•Identificar carências e potencialidades sociais, comunitárias e


institucionais em que estão inseridos;
•Programar um conjunto de atividades de carácter educativo,
cultural, desportivo e social, no âmbito do serviço onde está
integrado e das necessidades dos grupos

•Organizar, coordenar e/ou desenvolver atividades diversas no


âmbito dos programas como ateliers, visitas a diversos locais
(museus, exposições), encontros desportivos, culturais e
recreativos;

Competências do animador

• Entusiasmo: motivar idosos;

• Empatia: compreender os idosos, colocar-se no lugar deles;


• Atitude construtiva: ser positivo, demonstrar seriedade,
comentários positivos;
• Ter espírito de adaptação;

• Organizar o espaço;
• Possuir uma grande variedade de atividades/jogos;

• Planificar e preparar os jogos /atividades com antecedência;


• Apresentar os jogos/atividades com clareza;

• Observar e acompanhar os idosos durante os jogos/ atividades.

Competências do animador
O animador tem de se envolver com esta população
visto que os idosos são vulneráveis, carentes,
desprotegidos e transtornam sentimentos como:
 Isolamento;
 Insegurança;
 Inutilidade;
 Desintegração social;
 Perda da auto-estima;
 Tendências para o suicídio.
O Animador é o profissional que organiza, coordena e/ou
desenvolve actividades de animação e desenvolvimento
sociocultural de grupos e comunidades, inseridas nas
estruturas e objectivos da administração local ou serviços
públicos ou privados de carácter social e cultural.

 O perfil de um animador de 3ª idade:


◦ Ser sensível
◦ Ser humano
◦ Ter conhecimentos de geriatria
◦ Ter conhecimentos de gerontologia
A animação não deve apontar ser entusiasmo
passageiro, deve ter um efeito duradouro.
Aponta para a capacidade de vivência, iniciativa,
acção e deve:
 Motivar, sem regulamentos;
 Promover, sem exigir demasiado;
 Estimular, aconselhar sem forçar;
Informar, recomendar, despertar interesses sem
dar lições;
Demover, inseguranças e medos sem os pôr a nu.
Avaliação
•Antes de pensar no plano de atividades há que
realizar uma avaliação psicológica, social e física
de cada um
•Perceber as capacidades e motivações reais de cada
idoso em relação a cada uma das atividades
•Ao estabelecer uma relação com um idoso,
deveremos ter em conta a comunicação não verbal
•Só mantendo uma boa atitude corporal é que
podemos obter adesão às atividades propostas.

Avaliação 54
 Dar oportunidade aos idosos para que eles
próprios possam propor atividades que sejam do
seu agrado
 Permitir que participem nas actividades diárias
da Instituição, por exemplo, fazendo as suas
camas, limpando o pó dos seus quartos,
colaborando na elaboração e confecção das
ementas, regando as plantas, etc., desde que tal
seja do agrado deles.
Assim teremos que ter em conta algumas
regras:

–Manter uma certa distância


–Falar pausadamente
–Referir o que estamos a fazer
–Repetir quantas vezes forem necessárias
–Ajudar e apoiar
–Valorizar qualquer tipo de esforço motor
–Manter uma atitude de calma e passividade
–Ser paciente e compreensivo

Avaliação 56
Devemos dividir os
Grupo A: constituído pelos idosos
autónomos

Mais Velhos em
três grupos:
Grupo B: constituído pelos idosos
fisicamente dependentes e
frágeis

Grupo C: constituído pelos idosos mais


dependentes

Um dos princípios da animação dos idosos é uma


animação personalizada, cada um dos grupos precisa
de uma metodologia própria de ação

Avaliação
As regras principais da animação dos idosos são:

–Perguntar-lhes o que gostam de fazer e querem fazer

–Não desistir de trabalhar com eles mas ao mesmo


tempo não insistir demasiado;

–Tentar realizar as atividades no mesmo horário, não


alterando muito as rotinas

–Muitos dos jogos para crianças e jovens podem ser


adaptados aos idosos

–Ser paciente e alegre

Avaliação
Regras principais da animação dos idosos: (Cont.)
–Que seja do interesse dos participantes
–Que desenvolva a sociabilidade, adequada à idade do
grupo
–Que trace metas exequíveis em recursos e tempo
–Que desenvolva a iniciativa pessoal e grupal
–Que envolva a todos no projeto, onde se delegarão
responsabilidades, autoridade e direção da atividade
–Local adequado, sem distrações, com iluminação,
assentos suficientes e espaço adequado, boa acústica e
ventilação

Avaliação
• Na animação de idosos, trabalha-se em grupo,

mas não é de menor importância o idoso em si,


enquanto pessoa individual.
• Cabe ao animador identificar o melhor método de
trabalho, tendo em conta o grupo e o indivíduo
• Se por exemplo existir um único idoso numa
instituição que goste muito de ler, há que lhe
proporcionar e apoiar nessa actividade.
• Não é por ser apenas uma pessoa que goste, que
não se vai proporcionar a leitura.

Avaliação
Planificação
de atividades
Conteúdos:
•Elaboração de um plano de actividades
•Definição de objectivos
•Identificação de recursos humanos, materiais e
logísticos
•Definição de responsabilidade/tarefas
•Selecção de critérios de avaliação

Planificação de actividades
As actividades devem ter em conta:
 Promoção da saúde
◦ Minimizar e retardar efeitos negativos do
envelhecimento, ao nível da mobilidade/autonomia;
dos cuidados a ter com a saúde, a alimentação…
◦ Criar factores de protecção que para a melhoria
das condições de saúde e qualidade de vida.
 Educação – formação
◦ Ampliar níveis de conhecimento e potenciar
capacidades cognitivas, influenciando a sua auto-
estima e desenvolvimento pessoal.
As actividades devem ter em conta: (cont.)
 Actividades Ocupacionais
◦ Potenciar as capacidades funcionais, físicas e
cognitivas
◦ promover a interacção, reforçando convívio e
laços sociais.
◦ Relações intergeracionais.
 Lazer
◦ Promover oportunidades de lazer /conhecimento
de locais de interesse histórico-cultural
Actividades com idosos

Promoção da
Lazer
saúde

Atividades
Educação
ocupacionais
 os idosos constituem um grupo social de
risco
◦ precariedade das suas condições económicas
◦ impossibilidade de acederem a bens e serviços
fundamentais,
◦ direitos e afirmação da sua imagem positiva na
sociedade
◦ apostar em iniciativas que promovam o
envelhecimento activo, tendo presente por um
lado aquilo que são, as suas reais necessidades
ao nível bio-psico-social, e por outro, os
recursos humanos e materiais disponíveis tanto
na Instituição como no meio envolvente. Todos
nós devemos ter oportunidades de realização
pessoal, e nesse sentido
• As atividades a definir devem ser heterogéneas
• Cada idoso tem as suas características e é detentor de
uma história de vida.
Planificar significa:
Utilização de procedimentos para introduzir organização
e racionalidade à ação, que visa alcançar determinada
meta ou objetivo.
Em suma, os elementos da planificação são:
O Conteúdo da planificação: O quê? …
Objetivos: para quê?

Planificação de actividades
Plano: conjunto de programas.
O programa operacionaliza um plano mediante a
realização de acções orientadas para alcançar as metas e
os objectivos propostos num determinado período.

Objectivos gerais: é o objectivo central, o que se


pretende na generalidade.

Objectivos específicos: imediatos ou complementares,


vão consolidar o objectivo geral, ou seja, derivam do
facto de alcançar o objectivo principal.

Elaboração de um plano de actividades


Actividade: é um meio de intervenção sobre a realidade, mediante a
realização de acções necessárias para alcançar objectivos definidos.

Tarefas: é um conjunto de acções que configura uma actividade.

Recursos humanos: São pessoas adequadas e formadas para


realizar as tarefas previstas. Isto prevê que se tem de especificar o
número de pessoal, as funções a realizar, indicando quem é o
responsável de quê e como está distribuído o trabalho.

Recursos materiais (logísticos): equipamentos, infra-estrutura


física, instrumentos, etc., necessários para levar a cabo um plano de
actividades.

Elaboração de um plano de actividades


Objectivos Recursos
Gerais Específicos Actividade Tarefas Materiais Humanos
s
-Instalações Utentes;
Promover a Fortalecer as Realização Divulgação do exteriores e
participação relações do campeonato; interiores
dos utentes interpessoais campeonato do Lar; Funcionári
na dinâmica e grupais; de cartas, os;
da dominó e Inscrições;
instituição e Criação de malha; -Baralho de
na vida da grupos de Elaboração de um cartas;
comunidade. interesse. Atribuição cartaz com o nome dos
de troféus participantes; -Dominó;
e diplomas
aos -Damas;
participante Contacto com a C.M….;
s Vigilância dos jogos; -Diplomas;
Selecção de prémios
Compra de prémios -Troféus;

-Material de
escritório
Elaboração de um plano de actividades
Campeonato de jogos tradicionais
Objectivos Recursos
Actividades Tarefas
Gerais Específicos
Materiais Humanos
- Retardar o Sensibilizar Ginástica -Contratar o -Bolas;
processo de para a professor de Professor
envelhecimento importância ginástica;
da -Balões
actividade
física -Preparar o
espaço físico -Arcos Funcionários

-Colchões
Natação Combinar o dia Fatos de banho
da ida à
piscina; Utentes
Contactar o Toalhas Funcionário
professor; Tocas Professor
Organizar Chinelos
grupos

Comprar fatos
de banho F/M

Elaboração de um plano de actividades


Promoção da atividade física
Critérios de avaliação:

Eficácia – perceber em que medida os objectivos foram


atingidos e as acções/ actividades foram realizadas;

Eficiência – relacionada com a avaliação do rendimento


técnico da acção, resultados obtidos relativamente aos
recursos utilizados;

Adequabilidade – avalia em que medida a acção/


actividade foi adequada face ao contexto e à situação na qual
se pretendia intervir;

Avaliação das actividades


Critérios de avaliação: (cont.)

Equidade – destina-se a avaliar em que medida existiu


igualdade de oportunidades de participação de todos os
intervenientes na acção/ actividade;

Impacto – utilizado numa perspectiva de médio ou longo


prazo, destina-se a avaliar em que medida a acção/actividade
contribuiu para a melhoria da situação, numa perspectiva de
mudança.

Avaliação das actividades


 o idoso tem que ser produtivo e o mais
independente possível em todos os
aspectos de sua vida. "Um idoso ativo é
mais feliz. É fundamental ter paciência,
dar apoio, mostrar confiança e estimular
sempre. Não devemos fazer pelo idoso o
que ele pode fazer por si mesmo, pois
desse modo se sentirá mais valorizado".
O pássaro da alma
No fundo do corpo mora a alma. Ninguém a viu, todos sabem que ela
existe.
No centro da alma, está um pássaro, é o Pássaro da Alma. Ele sente
tudo o que nós sentimos.
Quando alguém nos magoa, o Pássaro da Alma sofre muito e agita-se
para trás e para a frente.
Quando alguém nos ama, o Pássaro da Alma fica contente e dá
saltinhos para trás e para a frente.
Quando alguém nos chama, o Pássaro da Alma fica à escuta para saber
o que nós pedimos.
Quando alguém se zanga connosco, o Pássaro da Alma encolhe-se
triste e silencioso.
Quando alguém nos abraça,o Pássaro da Alma cresce, cresce.
Gosta tanto do abraço!
A alma está dentro de nós, desde que nascemos. Ninguém a viu, todos
sabem que ela existe.
O Pássaro da Alma tem imensas gavetas, Tudo o que sentimos tem
uma gaveta.
A gaveta da alegria e a gaveta da tristeza. A gaveta do ciúme e a gaveta
paciência. A gaveta do ódio e a gaveta do carinho.
Às vezes podemos escolher a gaveta, outras vezes é o Pássaro que
escolhe. Às vezes não queremos falar, mas o Pássaro abre a gaveta da
fala. E então, desatamos a falar.
Todos somos diferentes, porque o nosso Pássaro da Alma também é
diferente.
Se o pássaro abre a gaveta da ódio, nós ficamos muito zangados.
Se o pássaro abre a gaveta da tristeza, nós ficamos tristes.
Se o pássaro abre a gaveta da alegria, nós ficamos contentes.
Escuta o teu Pássaro da Alma. Ele quer conversar sobre os teus
sentimentos guardados nas gavetas.
Nós podemos ouvi-lo muitas vezes, poucas vezes, ou apenas uma vez
na vida.
Durante o silêncio da noite, lá no fundo do teu corpo, ouve o teu
Pássaro da Alma.
Livro original: O PASSÁRO DA ALMA Autora: Michal Snunit
Adaptação: Angélica Rosado, Inês Teixeira e Mariana Matos
SPC – Símbolos pictográficos para a comunicação

Anditec 2003

Curso de Comunicação Aumentativa Julho 2007


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