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SÉRIE ALVORADA

Í N D I C E

01. Teosofia
02. Cosmogênese do futuro com a nossa Obra
03. Pensamentos Pictóricos
04. Pensamento Pictórico e personalidade
05. Raças
06. Raças II
07. Raças III
08. Raças - Terceira Raça
09. Quarta Raça
10. Quinta Raça
11. Sistema Glandular no ponto de vista de nossa Escola - I
12. A glândula pineal ou epífise
13. Aparelho Pino-Hipofisário
14. Qual é o sentido ou a finalidade do movimento cultural espiritualista a que
pertencemos como sementes da Nova Civilização que surgirá nas terras do Brasil?
15. Explicação do nosso movimento
16. Pode explicar-me qual o sentido da expressão Melki Tsedek?
17. Revelação ou conhecimento do futuro
18. Origem do espiritualismo no Ocidente
19. Escola Iniciática – I
20. Escola Iniciática (STB) – II
21. Karma coletivo e iniciação
22. Princípios da criatura humana

AULA 01 - TEOSOFIA

Vamos iniciar esta série de aulas para os cadetes que estão iniciando os estudos de
Teosofia ou Ciência das Idades.
Por sugestão de um dos cadetes, damos a esta série inicial o título de ALVORADA.
Isto porque de fato representa a Alvorada dos estudos da Ciência das Idades. A
Série Cadete será de estudos de um ciclo mais adiantado e mais ligado à filosofia
do futuro ou revelações.
Iniciaremos falando de "TEOSOFIA", que é a nossa idéia MATER.
Se os jovens e as crianças constituem a Ordem do Ararat, fundada por decreto de
nosso Supremo Dirigente Prof. Henrique José de Souza, no dia 23 de março de 1958 a
qual está vinculada à Sociedade Teosófica Brasileira (Eubiose) que representa, por
sua vez, a Ordem do Santo Graal (a nossa Obra) no mundo social e profano, logo
estão filiados, naturalmente à S.T.B. (S.B.E.)
Se estão filiados a uma Instituição Teosófica, lógico é que devem saber o sentido
da palavra "TEOSOFIA".
Que é TEOSOFIA?
Teosofia é uma palavra de origem grega e que se divide em dois elementos: TEO e
SOFIA.
TEO - é um prefixo grego. Em grego TEO é uma raiz que quer dizer DEUS. Daí os
termos: Teologia, Teosofia, Teodicéia, Teocracia, Teologismo, Teomancia...
SOFIA - (Sophia) - quer dizer sabedoria. Por exemplo: Filosofia, teosofia...
Os lexicólogos (os dicionários), dizem que Teosofia é uma ciência de Deus; qualquer
das filosofias antigas ou modernas que professam alcançar o conhecimento de Deus
pelo êxtase espiritual, a intuição direta ou relações individuais especiais.
Raciocinando mais profundamente observamos muita confusão quando definem o termo
"Teosofia".
Pesquisando um pouco mais esta palavra temos:
THEOS - grego - significa mover-se circularmente.
THEOIN - grego - plural de THEOS, ou Deuses, ELOHIN. Arcanjos...pois que, tal
movimento eqüivale ao dos astros em torno do sol, como corpos físicos dos mesmos
Dhyanis. Elohin (plural de Ellohah-Ellohah ou Deus). Os Termos Theos, Theoin,
possuem a mesma sonância do de Niterói ou Nistheoin...
SOFIA - sufixo grego - já vimos e repetimos: sabedoria.
TEOSOFIA - concluímos, representa a sabedoria dada pelos Planetários, senão, pelos
Espíritos Planetários, pelos Deuses, pelos Dhyanis-Choans...pelos Budhas, pelos
Cristos...pelos super-Homens.
Poder-se-ia, também, dizer:
TEOSOFIA é a ciência que estuda os Princípios Superiores, divinos da Humana
Criatura, embora, numa grande maioria estejam em estado de latência, sem
desabrochar, sem brotar, mas que existem nessa essência...É, portanto, o
conhecimento do Princípio Divino.
A TEOSOFIA é, sem dúvida, a sabedoria conquistada pelos Deuses, mas, DEUSES no
sentido de iluminado, realizados, superados...
Se Teosofia é uma palavra de origem grega é o caso de se perguntar: antes da Grécia
havia os conhecimentos Teosóficos?
Havia, mesmo porque a Teosofia possui sua correspondência nas línguas antigas. Por
exemplo: em sânscrito temos o seu corresponde: BRAHMÃ-VIDYA.
BRAHMÃ: é a divindade.
VIDYA : é saber, conhecimento.
BRAHMÃ-VIDYA: é o conhecimento do Princípio Divino no Homem e no Universo.
Há muitos outros correspondentes:
BRAHMÃ-SUTRA: obra fundamental da Vedanta, atribuída a Badarayana, principia com a
sentença: "Ora, então, aqui começa o estudo de BRAHMÃ", isto é, inicia o
conhecimento deste princípio único que é a realidade absoluta, só percebida quando
com ele nos identificamos, como Suprema Existência: SAT; como Supremo Conhecimento:
CHIT; e como Suprema Beatitude: ANANDA.
A Doutrina que decorre deste conhecimento é chamada, na Índia de Gupta-Vidya,
Sanatana-Dharma...É dada como constituindo a essência dos Vedas, que são a
Revelação (SHRUT), obra de inspiração direta, atribuída aos Sete Rishis primitivos,
quando se encontravam na origem da civilização dos Árias, no país místico de
Aryavarta que identificamos com a Meseta do Pamir.
Segundo Helena Petrovna Blavatsky, no seu Glossário Teosófico, os Sete Rishis ou
Reveladores Primitivos eram identificados com os nomes de: Maha-Rishi, o Chefe e
Rishis os demais. Há, também, os nomes Atri, Angiras, Pulastia, Pulaha e Prachetas
ou Daksha ou Diksha. De acordo com a autora citada, havia mais três Rishis
superiores conhecidos pelos nomes de Vaisishita, Bhrigu e Nârada.
PARA-VIDYA: Sabedoria Suprema.
A designação de Teosofia apareceu modernamente, no ano de 1875, quando
H.P.Blavatsky fundou a Sociedade Teosófica na América do Norte. Depois regressou
para a cidade de Adyar, Índia.
Quando se fala em Teosofia não se pode deixar de citar o eminente filósofo
alexandrino Amônio Sacas (Ammônio Saccas) que juntamente com Plotino e Jâmblico, a
seu tempo, procurou vulgarizar essa Doutrina.
Primeiramente, porém, fundou a Escola Neoplatônica dos filaleteos ou "amantes da
verdade". Viveu em Alexandria entre o 2º e o 3º séculos de nossa Era. Era uma
espécie de enviado de Deus. Era muito virtuoso, portador de uma bondade fora do
comum, e por isso, era chamado de "Theodidaktos", instruído ou educado por Deus.
Teosofia não significa, como pensam alguns, comunicação direta com Deus,
principalmente o Deus antropomorfo das religiões correntes, nem mesmo "Ciência de
Deus", porque tal como nos ensina Roso de Luna - a Divindade Abstrata, Inefável e
Incognoscível; Pélago imenso donde tudo emana e para onde tudo volve, mas, "Ciência
dos Deuses" ou dos heróis, homens representativos; ou Ciência integral da super-
ação.
AULA 02 - COSMOGÊNESE DO FUTURO
RELACIONADA COM A NOSSA ESCOLA

PITÁGORAS disse: "O número três reina por toda parte, sendo que a unidade é o seu
princípio".
Para o estudo da Cosmogênese é conveniente tomar-se como base a primorosa máxima de
Pitágoras, iniciando este estudo.
O termo Cosmogênese é constituído dos elementos: Cosmo mais Gênese.
Cosmo é o Universo.
Gênese é a formação dos seres, desde sua origem; é o primeiro Livro do Pentateuco,
de Moisés, onde se descrevem a criação e os primeiros tempos do mundo.
Cosmogênese é, portanto, o estudo da criação dos Universos, do Cosmo. Na língua
portuguesa há a palavra Cosmogonia que é o sistema hipotético da formação do
Universo. Pelo menos, assim dizem os dicionários.
Para estudo da Cosmogênese é conveniente tomar-se por base a primorosa máxima de
Pitágoras (a repetição é propositada). Com outras palavras, para melhores
esclarecimentos ou entendimento do mecanismo da Cosmogênese procura-se adotar,
neste estudo, a numeração fracionária que dá a perfeita idéia do processo
manifestativo do imanifestado. A UNIDADE para este estudo será o TODO, o INFINITO,
o ABSOLUTO, o OCEANO SEM PRAIAS, o CENTRO DO OITAVO SISTEMA DE EVOLUÇÃO.
A Suprema Unidade, no caso, para se manifestar dividiu-se em
três polos bem distintos:positivo, negativo e neutro.
A Suprema Unidade dividida em 3 polos ou três partes. Cada polo corresponde a um
terço da Grande Unidade ou do Absoluto, do Oceano sem Praias.
Estes três polos da Suprema Unidade têm a denominação: Primeiro, Segundo e Terceiro
Tronos, Logos, Mundos. As tradições ocultistas chamam os Três Sóis.
Os gnósticos, de: Pai, Mãe e Filho. Os Católicos, de: Pai, Filho e Espírito Santo.
Os orientalistas chamam de Sat, Chit e Ananda formando uma quarta palavra como
síntese das três: SATYANANDA. Nessas três palavras (Sat, Chit e Ananda) estão
condensados aos conceitos: a SUPREMA EXISTÊNCIA (Sat); o SUPREMO CONHECIMENTO
(Chit); a SUPREMA BEATITUDE (Ananda).
Nos três polos há o sentido da Trimurti Indiana: Brahmã, Vishnu e Shiva. Nossa
Escola fala em: Vontade, Amor - Sabedoria e Atividade. A idéia, o conhecimento e o
cérebro. O Sankya fala nas três qualidades da matéria ou energia: Satwa, Rajas e
Tamas. Na constituição de um País, Nação, Governo e Povo. As Nações ou os Países
são dirigidos pelos Três Poderes: Legislativo, Executivo e Judiciário. Na estrutura
humana há a mesma divisão: Cabeça tronco e membros; Braço, antebraço e mão;
Falange, falanginha e falangeta. De modo que o velho Pitágoras tinha razão, porque,
de fato, essa triangulação reina por toda parte. A evolução das coisas consiste na
combinação dessa sublime triangulação.
A combinação desses três Tronos dá origem ao grande Setenário Cósmico. Por exemplo:
Conforme o esquema primeiro há o primeiro, segundo e terceiro elementos universais
(1º,2º e 3º Logos), funcionando num plano mais restrito, mais limitado em relação à
Grande Unidade. A seguir, observa-se a combinação entre o primeiro Trono e o
segundo, formando uma quarta coisa. Depois o segundo com o terceiro Trono, formando
uma quinta coisa: a combinação do primeiro com o terceiro, formando uma sexta e,
finalmente, há a combinação dos três, formando uma sétima coisa. Logo, compreende-
se que da Suprema Unidade saiu o ternário. A combinação do ternário deu origem ao
grande setenário.

DO UNO TRINO SAÍRAM OS SETE AUTO GERADOS

O UNO está expresso pelo Olho no centro do triângulo.


TRINO é a triangulação, os três ângulos: Sat, Chit e Ananda; Satwa, Rajas e Tamas;
primeiro, segundo e terceiro Tronos.
Os SETE AUTO GERADOS são os Sete Sóis que giram em torno do Sol Central do Oitavo
Sistema.

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Há o Avô do Universo (1); o seu cérebro e as duas faces (3) e a seguir surgem os
sete orifícios; 2 olhos, 2 ouvidos, 2 narinas e uma boca.
Os sentidos do mais antigo ou do Avô do Universo são denominados de Luzeiros,
Iswaras, Elohim, os sete Arcanjos, os sete Dhyanis.
Tomando-se por base a primeira aula observa-se o seguinte fato: Teosofia:
Theo é Deus, logo, a Suprema Unidade, o Absoluto, o Oceano sem Praias, o Todo.
TRIN - significa três.
Conclui-se que o TEOTRIN é a Suprema Unidade, o Deus único e Verdadeiro (Theo),
manifestada, avatarizada, através das suas três Hipóstases ou Pessoas (TRIN).
Teosofia é, portanto, o conhecimento, a sabedoria dada pelos três Deuses, Cristos
ou Budas aos homens ou seres da Terra e de outros planos. Em nossa Escola, o
Teotrin é expresso pelos valorosos elementos: Manu masculino, Manu feminino e
Maitréya Budha.
Observa-se o que se segue: Theo (um), Trin (três) e o setenário chamar-se-á: Uno-
Theo, Duo-Theo, Tri-Theo, Penta-Theo, Sexta-Theo e Septa-Theo. Tem-se, portanto, a
Suprema Unidade, o Ternário e o Setenário, os quais constituem base para toda a
manifestação...da Divindade.
Quando o grande Pitágoras instituiu o Sistema de Numeração decimal, baseou-se,
provavelmente, nos: Ternário e Setenário da Manifestação da Divindade. O ternário
mais o setenário universais (3 + 7 = 10) eqüivalem à ação da Suprema Divindade ou
Suprema Unidade.
O número 10, segundo o Professor Henrique José de Souza, representa a Divindade
manifestada ou em ação.
Pitágoras achou por bem, naturalmente, que a Divindade para se manifestar no Homem
precisa de um testemunho físico, positivo. A ciência dos números é, sem dúvida, a
mais positiva. De modo que a Numeração é o infinito desdobramento dos números
dígitos ou inteiros.
A humana criatura que é um microcosmo ou correspondente ao segundo Trono em
miniatura, senão ao Pai-Mãe cósmico possui duas séries ou dois aspectos do número
10 ou da Divindade do Segundo Trono. Por exemplo: 10 dedos nas mãos (de natureza
solar, positiva, celestial) e 10 dedos nos pés (de natureza lunar, material,
humana); logo, dez num plano superior e dez num plano inferior.
Dizem os dicionários: DÍGITOS: cada uma das doze partes iguais em que se dividem os
diâmetros do Sol e da Lua, para o cálculo dos eclipses.
Esta definição da palavra dígito, para o teósofo, é uma grande referência. Ela está
explicada numa relação astrológica, mas também ligada ao Ser Humano. Se há três
mundos, três Tronos, logo é possível haver, também 3 signos do Zodíaco, envolvendo-
se, tendo, sem dúvida, grande influência magnética sobre as criaturas humanas. Por
isso pode-se concluir, sem muito erro, que os 10 dedos das mãos e dos pés
correspondem à ação dos 10 Avataras de Vishnu, caminhando pelos campos sidéreos,
pelos Mundos. Nas linhas das mãos com os 10 dedos tem-se as tendências positivas ou
solares; (2 mãos mais 10 dedos igual a 12). Nos pés e nos dedos tem-se as
tendências lunares, do passado, negativos...(os 2 pés mais 10 dedos igual a 12).Há
deste modo, dois zodíacos humanos influenciando sua vida.

AULA 03 - PENSAMENTOS PITAGÓRICOS

Na aula número dois procuramos estudar o pensamento de Pitágoras: "O número três
reina por toda parte e a Mônada é seu princípio". Vamos comparar esse pensamento
com as doutrinas orientais.
No Oriente fala-se na Trimurti: Brahmã, Vishnu e Shiva, que equivale à tríade
egípcia: Osiris, Isis e Horus e à Cristã: Pai, Filho e Espírito Santo.
Plutarco disse: a humana criatura é filha do Sol, da Lua e da Terra, logo é formada
por um ternário. É filha do Sol, por isso possui o espírito; filha da Lua, eis
porque tem uma alma, e filha da Terra, razão pela qual tem um corpo físico.
De maneira que a associação do Espírito com a parte superior da alma terá como
resultado a razão, o raciocínio, a inteligência funcionando no seu aspecto máximo,
funciona, sem dúvida, como auto-inteligência criadora.
A parte inferior da alma, associada ao corpo, dá a Paixão. Paixão no sentido da
manifestação da parte instintiva... com todos os seus derivados.
Observamos, também, que a alma tem uma função dupla, tanto pode se associar ao
espírito como ao corpo. Mas o interessante deve ser o equilíbrio desses três
elementos. A razão é de fato um elemento preponderante na vida humana. É o órgão
diretor da humana criatura. No estado atual de evolução humana a razão aparece como
sexto sentido. Quem possui funcionando plenamente supera as demais criaturas que
não a têm em perfeito funcionamento. A razão superada conduz o Homem ou a criatura
humana ao ponto mais alto da evolução da Mônada Humana. É senhor da superação.
O Adepto ou o iluminado possui a razão plenamente desenvolvida, por isso tem
consciência de todos os seus atos. Age com equilíbrio. Se, por ventura, comete um
erro prejudicando alguém...imediatamente procura praticar outro ato que beneficie
esse alguém...por conseguinte, age com perfeito equilíbrio.
A razão bem desenvolvida conduz o discípulo à mística ou à superação mental.
Mística, mas não no sentido vulgar desse termo, e sim, no da dinâmica da mente
universal.
A alma associada ao corpo tem como resultado o trabalho da paixão. Mas Paixão no
sentido do predomínio do corpo emocional instintivo. A Paixão dominando a Razão
leva a criatura humana a cometer desatinos de toda a espécie. A exemplo disso
observamos que toda a criatura humana portadora de um vício qualquer, não possui
forças suficientes para dele ficar livre. Nada a faz compreender que deve mudar de
atitude. Se um homem raciocinasse no ato da raiva ou do domínio da paixão não
assassinaria outrem.
De modo que o desajuste desses elementos traz grande prejuízo na vida humana e é a
causa da sua infelicidade.
Pelo desenvolvimento da razão ou da paixão poderemos verificar se a criatura humana
está atualizada com a vida, com o reino hominal ou está identificada com a vida no
reino animal.
A palavra paixão, no caso, tem o sentido de: egoísmo, luxúria, força do instinto,
materialidade, sensualidade, personalismo.
Para desenvolvimento da razão usamos a inteligência, o raciocínio, isto é, o
estudo, a cultura do intelecto. Para o aprimoramento da paixão há o trabalho, os
rituais, a vida ligada à natureza...à prática da arte sagrada.
Na Grécia antiga, os discípulos começavam pela educação do corpo físico, pelo ritmo
muscular através da ginástica rítmica. Logo, aperfeiçoando o corpo físico sem
paixão...com a educação corporal, ia também, aprimorando a parte da alma ligada ao
corpo ou à paixão.
A par da educação corporal havia, também, o estudo para desenvolvimento da razão,
do conhecimento. Logo, havia educação física e a cultural.
A razão e a paixão bem equilibradas permitem ao discípulo penetrar no estudo dos
Mistérios, penetrar nos Templos iniciáticos. Nos Templos Iniciáticos ia desenvolver
o espírito, ou seja, a parte superior da própria razão. Isto é, a razão iluminada
pela intuição pura; pela inspiração.
Por isso nosso Orientador fala em Teatro, Escola e Templo.
Teatro para desenvolvimento do físico, do corpo físico ligado à alma através do
bailado clássico, da ginástica, do ritmo muscular. No Teatro, através da ginástica
rítmica, da expressão corporal pura da arte vivienciada, da arte aplicada, o
discípulo adquire a nobreza física posto que há a sublimação do elemento a que
demos o nome de Paixão.
Escola para o desenvolvimento do intelecto, firmando portanto, a civilização, o
poder criador mental. Logo, o aprimoramento ou o processo de transformar o mental
concreto em abstrato, o que poderíamos dizer: Escola para promover a evolução da
razão. Templo para despertar o interesse, para despertar, do Deus interior,
desenvolvimento do Espírito. Para concretizar os valores do Sol ou Espírito.
Espírito no sentido de princípio superior ou miniatura do Deus único e Verdadeiro.
Templo para promover o processo da iluminação.
Qual será o processo da iluminação...no ponto de vista dos Cadetes, caminhando para
um ciclo esplendoroso que será o Brasil-Futuro?
Iluminação no sentido vulgar da palavra é luz súbita no espírito, segundo certas
crenças religiosas; luz súbita e extraordinária comunicada da superação do
discípulo. A alma do discípulo, em nosso estudo, precisa ser potente e harmônica. A
alma do discípulo deve se preparar a fim de se identificar com o Espírito. Essa
identificação da Alma com o Espírito (no sentido de nossa Escola) chama-se
mestástase avatárica. A Alma e o Espírito funcionam normalmente, num mesmo veículo.
Por isso se fala da Iniciação Real. Este tipo de Iniciação prepara a Alma para se
ajustar, perfeitamente, com as vibrações do Espírito. Por isso dizem que se deve
ter um corpo são (com saúde) para ser habitado por uma alma ajustada e perfeita,
logo conduzida por um Espírito...no seu verdadeiro sentido. Iluminação é, portanto,
a união da Alma com o Espírito.
O trabalho de nossa Obra tem por fim preparar seus membros para a metástase
avatárica, ou seja, o Espírito e Alma vivendo num só veículo. No início de nossa
Obra houve um grande Mestre que teve ocasião de dizer: DHÂRANÂ, bem que o sabeis,
foi ao mesmo tempo, o BODISMO das crenças transhimalaianas, mas, também, do Bodismo
Teosófico que é a iluminação sacrossanta dos que carregam consigo o Cristo de todas
as Idades.
J.H.S. disse: "Estrela e JIVA. JIVA é alma. Quando o Homem atinge o Oitavo
Princípio que, geralmente, está fora dele, se transforma num Jivatmã, num Choan,
num Jina, logo num Iluminado".
JIVATMÃ: é quando o Homem se ligou à sua Estrela, ao seu Espírito ou ao seu Atmã.
Diz o poeta: "DO FOGO que existe nas Estrelas nós nascemos". E o Homem enquanto não
se une ao Espírito é animal, porque só possui o corpo emocional.

Glória aqueles que se uniram ao Espírito de Jivatmã.

AULA 04 - PENSAMENTO PITAGÓRICO E A PERSONALIDADE

Observamos na aula dois que o pensamento de Pitágoras se manifesta em todas as


coisas. Vamos repeti-lo porque nunca é demais: "O número três reina por toda parte
sendo que a Unidade é o seu Princípio". Unidade, Mônada, Deus, tem o mesmo sentido.
Vamos desenvolver esse pensamento pitagórico sob o ponto de vista que nos diz
respeito e, por conseguinte, está mais de acordo com a nossa Vida, logo com a nossa
evolução.
Tomando-se por base, a nossa Personalidade, observamos que a constituição de que
somos formados possui quatro elementos de grande importância, isto é, a
Personalidade (1) e mais três elementos, logo, somos constituídos, segundo o
pensamento de Pitágoras. Temos, pois, a nossa Personalidade e mais três Hipóstases.
A nossa Alma, segundo a língua portuguesa ou Psique, consoante a grega, é
constituída de 3 elementos os quais denominamos de: Consciência física, Consciência
psíquica e Consciência espiritual. Essa nossa classificação começa no mais
grosseiro e vai para o mais sutil. Tem o sentido do concreto para o abstrato.
Repetimos para melhor esclarecimento:

Consciência física
Consciência psíquica
Consciência espiritual

Denominamos de Consciência física a parte da alma ligada ao nosso corpo físico,


logo a que se mantém em atividade. Muitas vezes essa Consciência física mantém-se
aderida ao corpo denso e age quando estamos em estado de vigília, ou seja,
acordados. Através dela adquirimos experiências de tudo aquilo que nos rodeia.
Tomamos conhecimento das coisas através dos sentidos físicos: audição, visão,
olfato, gustação e tato. Estes cinco sentidos físicos enriquecem a Consciência
física das humanas criaturas.
A Consciência psíquica funciona em todos nós, quando nosso corpo físico entra em
repouso. Observamos que, quando dormimos nosso corpo físico não morreu...está,
apenas repousando. Nesse momento nossa Consciência psíquica desaderiu da física e
toda a atividade da Consciência física transferiu-se para a psíquica. Esta passa a
funcionar com certa predominância sobre aquela.
Como exemplo das funções da Consciência psíquica temos os sonhos. Ora, quando
sonhamos não estamos acordados e não estamos mortos. Em sonho vivenciamos muitos
episódios de nossa vida. Vivemos fatos que se passaram conosco em nossa infância,
na juventude, na maturidade, se somos velhos. Fatos, episódios que se transferiram
da Consciência física para a psíquica. Coisas que, embora se passassem nesta vida,
entretanto pertencem ao passado, em relação aos nossos dias presentes. Isto posto
poderíamos perguntar: -Por que razão não podemos sonhar com fatos e episódios de
nossas vidas passadas? Nossa Consciência psíquica morreu em nossa morte física?
Nossa Consciência psíquica não morre com a morte física, por isso poderemos sonhar
com nossas vidas passadas.
Tal como já tivemos ocasião de dizer, quando sonhamos não estamos acordados, mas,
quando despertamos, temos lembrança do que sonhamos, logo há uma perfeita inter-
relação entre esses dois tipos de Consciência. A lembrança dos sonhos se torna
nítida, bem nítida, se esses dois elementos da alma se acham em perfeito
equilíbrio, muito bem sintonizados. Quando assim estão, funciona como se fosse uma
fita magnética com duas pistas, funcionando num só aparelho. Isto é, quando estamos
acordados ou em estado de vigília funciona a pista física e quando dormimos e
estamos desdobrados age a pista psíquica. Esses dois elementos determinam muito bem
as funções desses dois tipos de Consciência (física e psíquica).
Quando essa duas Consciências estão desarmonizadas não se tem lembrança nítida do
sonho. Sabemos apenas que sonhamos. Que sonhamos?... Há somente uma idéia nebulosa
dos acontecimentos que se passaram em sonho ou o que foi vivenciado na Consciência
psíquica. Nosso subconsciente fica como um écran de televisão descontrolado. As
imagens não se apresentam com clareza na nossa imaginação. O desajuste desses dois
tipos de consciência trás a humana criatura cheia de angústia. Ela vive
psiquicamente torturada, cheia de problemas. Faz de todo ato "bicho de sete
cabeças", coisas monstruosas. Vive imaginando dificuldades que não existem. Antes
de tomar uma atitude positiva vêm na sua frente imensas muralhas para serem
transpostas. De uma coisa simples promove uma tempestade. Estão sempre desanimadas.
Nosso corpo físico não é perfeito, possui lesões, deficiências, experiências,
intolerâncias, cicatrizes, atrofias e hipertrofias de órgãos, má circulação, enfim
uma série de coisas que promovem distúrbios, grandes desequilíbrios orgânicos. Os
médicos indicam os medicamentos que vão ajustar as disfunções orgânicas. De modo
análogo, acontece o mesmo com as almas imperfeitas através do desajuste das
Consciências: física e psíquica. Os psicólogos e os psiquiatras fazem as funções
dos medicamentos no ajusto, no equilíbrio dos dois tipos de Consciência que estamos
estudando. Trata-se de um estudo importante para a vida dos iniciados.
A nossa Consciência psíquica começa a ser deformada, machucada, triturada na
infância. Principia a ser ferida na meninice e continua inflamada por toda a
existência. E muitas vezes, torna-se doença crônica - o caso das neuroses. O
paciente melhora, mas não fica bom...de quando em vez, vem uma crise...e assim vai
até a morte.
Uma Escola Iniciática real é, analogicamente, um Hospital Psicológico onde se cura
a enfermidade da alma Humana.
Por que as Escolas Iniciáticas (realmente iniciáticas) são Hospitais Psicológicos,
onde se cura a enfermidade da alma humana?
Ora, as Escolas Iniciáticas (verdadeiras) têm por finalidade precípua curar a
enfermidade psíquica dos discípulos que se propõem evoluir através dos graus, dos
diversos tipos de iniciação e pelos diversos modos aplicados para conduzirem as
criaturas humanas diante do Altar de Deus.
Nossa constituição física possui: germens, micróbios (positivos e negativos)... A
alma possui os devatas e outros miasmas psíquicos (astrais) os quais se assemelham
muito aos micróbios. Os devatas são, por assim dizer, micróbios psíquicos ou almas
de micróbios físicos. Devoram, destroem a alma, a Personalidade de discípulos, de
qualquer criatura humana.
O desajuste da Personalidade, a neurose, a hidrofobia, pode-se dizer sem receio de
errar, são contagiosos e muitas vezes carecem de isolamento. Eis porque diz o
provérbio: "uma má ovelha põe o rebanho a se perder". Assim, também, quando há numa
coletividade uma ou mais pessoas desajustadas ela não vive em paz. Por isso disse
Aurobindo: "A infelicidade humana é uma questão de equilíbrio".
Disse J.H.S.: "Cada um nasce na família com a qual tem afinidades ou qualquer
ligação kármica". Se nós desequilibrarmos nossa vida de discípulos, cometendo atos
contrários à LEI da evolução, ao Perfeito Equilíbrio, temos, necessariamente, de
nascer numa família desajustada para que com a iniciação possamos nos ajustar e,
também, ajustá-la. Nesses casos a Lei do Karma é severa.
Qual a terapêutica usada por JHS, a fim de ajustar os seus discípulos ou os membros
da S.T.B. (EUBIOSE)? Usa o método natural e eubiótico; adotando mantrans, yogas
especiais, rituais, revelações (conhecimento do futuro). E às vezes sugerindo aos
discípulos trabalharem para o mundo. Sempre recomenda a autocrítica. Por Lei ou por
efeito da Lei que diz: "Os semelhantes atraem os semelhantes", logo os desajustados
atraem os desajustados e os ajustados atraem os ajustados. Em via de regra os
desajustados se unem para dar combate aos ajustados. Desse desajuste Universal
surgiu a eterna luta entre magos brancos e negros, a qual vem atravessando séculos,
globos, cadeias, sistemas.
Os desajustados negam a verdade porque têm pavor de contemplá-la face a face.
Que é mago negro? É o mago branco desajustado. Quando a sua estrutura psíquica é
invadida por grande quantidade de devatas (micróbios astrais), nesse caso houve o
domínio dos devatas sobre os devas vitais ou positivos, surgindo daí a doença
psíquica: A NEUROSE e até a LOUCURA.
A enfermidade psíquica traduz-se por conflito, dor de consciência, arrependimento,
sofrimentos morais, sentimento de culpa, o martelar da consciência. A cura dela
será evidentemente, o ajuste, o equilíbrio daqueles dois elementos de nosso estudo.
De modo que a redução e o perfeito entrosamento das duas consciências promovem a
iluminação. Nesse ponto do equilíbrio começa a funcionar a razão pura, a
ponderação, a madureza e a maioridade psíquica.
A Consciência espiritual comanda as duas outras (física e psíquica), formando
destarte o ternário pitagórico. Ela funciona perfeitamente, estando as duas outras
em perfeito equilíbrio. Para melhor esclarecimento das duas funções vamos evocar o
clássico exemplo: "Uma Carruagem. Que há numa carruagem? Há a carruagem, os cavalos
e o cocheiro. A carruagem, no nosso caso, será a consciência física, os cavalos a
consciência psíquica e o cocheiro a consciência espiritual. E o passageiro será a
alma, a mônada numerada. Se os cavalos (consciência psíquica) tomarem dos freios
poderão conduzir a carruagem (consciência física) ao abismo. No caso o cocheiro
(consciência espiritual) ou se desliga dos dois (salta fora da carruagem) ou será
arrastado para o abismo, com a referida carruagem e os cavalos. O passageiro passa
a ser um espectador e aguarda o fim dos acontecimentos. De modo que a consciência
psíquica funcionando à guisa de cavalos fogosos poderá arruinar a consciência
física e a consciência espiritual. A primeira simbolizada pela carruagem e a
segunda pelo cocheiro.
De maneira que a consciência espiritual fica com uma das mãos nas rédeas (mantendo
a consciência psíquica) e com a outra nos freios da carruagem (consciência física),
a fim de que haja controle ou governo destes dois últimos elementos, posto que os
cavalos fogosos, desgovernados podem levar a carruagem ao abismo. Aliás, a levarem
ao abismo do julgamento humano. No último julgamento humano, muitos cocheiros
tiveram necessidade de saltar fora de diversas carruagens para não irem ter ao
abismo do não SER.
A esta altura devemos manter os nossos cavalos (consciência psíquica) em perfeita
ordem, em equilíbrio de modo a permitir ao cocheiro conduzir seus subordinados ao
bom termo.
O equilíbrio entre as três consciências já estudadas se apresenta como razão,
raciocínio, ponderação e interesse pelo conhecimento, pela sabedoria e pela
superação.
Os componentes do Novo Pramantha a Luzir, representam a consciência espiritual da
futura Humanidade.

AULA 05 - RAÇAS

Para podermos falar a respeito das Raças, precisamos, sem dúvida definir: "Que é
Raça?" Mas esta definição tem que ser dada no ponto de vista da "Ciência Positiva,
experimental, profana" e no da Ciência das Idades". Começaremos, todavia, pelo
ponto de vista profano.
RAÇA - é o conjunto de indivíduos que apresenta caracteres somáticos semelhantes,
que se transmitem por hereditariedade; conjunto dos ascendentes e dos descendentes
de uma família, de um povo...Geração, origem, conjunto de indivíduos que conservam,
por disposições hereditárias, caracteres semelhantes psico-físicos, provenientes de
um tronco comum; classe, qualidade. Consoante os etnólogos, o conceito de raça
supõe a herança de similares variações físicas em vastos grupos do gênero humano,
mas suas repercussões psicológicas e culturais, se é que existem, não foram
confirmadas pela ciência.
SOMÁTICO - quer dizer relativo ao corpo, isto é, relativo ao corpo físico...daí o
termo somatologia ou o tratado do corpo humano.
Em egípcio "RA" é a alma divina Alma Universal em seu aspecto manifestado a luz
sempre ardente; é, também, o Sol personificado. Se a raiz da palavra Raça provém de
"RA" egípcio, definimos: "Raça é a coletividade que personifica a Energia, o Poder
emanado da Alma Universal, de Deus, da Suprema Consciência. É alma Universal
diluída na multiplicidade de formas e veículos, senão Personalidade, Formas ou
máscaras do Deus único e Verdadeiro".
Rã em sânscrito quer dizer dom, dádiva, presente. Logo, Raça é o conjunto de
indivíduos que possuem dom da Divindade, o qual não é outra coisa senão o de
possuir a razão, de ser uma miniatura da Alma Universal. Por isso que a somatologia
cuida dos corpos humanos, porque a alma, o Poder vital psíquico que os anima, é,
por assim dizer um só. A exemplo de que estamos estudando temos a eletricidade. A
eletricidade é uma, entretanto anima, impulsiona uma infinidade de diferentes
aparelhos. A eletricidade, no caso seria a Alma Universal e os infinitos aparelhos
seriam as Raças.
A Alma Universal, os Ishwaras, o Luzeiro corresponde à Unidade, o SOL que se
personificou num número "N" de aparelhos humanos, de corpos humanos os quais no seu
conjunto denominamos de "RAÇA".
Deus o Criador é o Fogo Sagrado e A RAÇA é constituída pelas centelhas que se
erguem das infinitas Piras existentes nos
cérebros dos humanos corpos.
Que as inteligências centelhas saídas dos cérebros dos jovens se unam à Chama única
do Fogo Sagrado, existente na Suprema Pira de nosso Templo, aos Céus se
ergam...penetrando no Fronte do Eterno, Mar de Absoluta Serenidade.
A Raça representa a sinfonia da vida - formal, representa a harmonia da Vida
Humana, por isso possui sete tônicas diferentes, porém harmônicas, cuja escala vai
do mais grosseiro ao mais sutil, do ignorante para o sábio, do imperfeito para o
perfeito, do feio para o belo. Por isso a Ciência das Idades estabelece a escala: 1
Sistema possui sete Cadeias; uma Cadeia, sete Rondas; uma Ronda, sete Raças; uma
Raça, sete sub-raças; uma sub-raça, sete ramos-raciais; um ramos racial, sete
famílias (tribos, agrupamentos).
Observamos pela escala adotada pela Ciência das Idades que a Unidade, a semente de
um Sistema de Evolução é uma Família. A Família inicial de qualquer ciclo evolutivo
é a Família do Manu Primordial. Esse Manu Primordial é denominado pelas tradições
antigas de Bijam dos Avataras. A Família do Manu Primordial vai se reproduzindo,
genealogicamente e progressivamente até atingir a grande Humanidade. Essa Família
do Manu Primordial (Rei de Melki-Tsedek) e, também denominada de Oitavo Ramo
Racial.
Os oitavos ramos raciais, em via de regra, surgem nos interregnos cíclicos, isto é,
no fim de um Ciclo para o dealbar de outro mais excelso, a fim de revolucionar as
ordens estabelecidas, o íntimo dos componentes das raças, modificando-lhes o estado
de consciência, tirando-lhes a rotina, as acomodações próprias da vida formal. Os
componentes de um oitavo ramos racial são os pioneiros dos Grandes e pequenos
Ciclos a que denominamos de Raças, Cadeias, Sistemas evolucionais. Esses pioneiros
(componentes de um Oitavo Ramos Racial) se apresentam, normalmente, nos períodos
considerados pela tradição antiga de:
formação...construção...regeneração...fecundação sólidas, para o desenvolvimento do
Ciclo que o sucederá.
Por exemplo, num Oitavo Ramos Racial são dados os Conhecimentos, as Leis. São
determinados os tipos raciais, o sistema de Iniciação, as regras, enfim, o esquema
ou o projeto de tudo aquilo que se desenvolverá nas sete sub-raças, raças, rondas,
cadeias e sistemas subseqüentes.. Neles são, também, realizados, os julgamentos, as
escolhas, a seleção, aquilo que mantém o gérmen da evolução, para compor o Ciclo
seguinte.
Usando a linguagem dos botânicos poderíamos dizer que um Oitavo Ramos Racial
corresponde à Semente de Ciclo seja ele de pequenas ou grandes proporções. Ora,
tanto o anão, como o gigante, têm com origem o sêmen, cujo tamanho deve ser o
mesmo. Por isso os orientais falam no Bijam dos Avataras, ou seja, a Semente dos
Avataras, das Civilizações grande e pequenas. Tudo parte de Deus ou do ponto; este
movimento produz as linhas, os planos, a diversidade da vida.
Para ilustrar esta aula vamos transcrever o trecho de um opúsculo de nosso Supremo
Orientador com o título: "NOVO APELA DA STB A TODOS OS HOMENS DE BOA VONTADE"- de
25 de dezembro de 1935:
"A "SOCIEDADE TEOSÓFICA BRASILEIRA", considerando que o momento atual é o mais
importante de quantos subscreve a humana história - dado o fato de nos encontrarmos
no fim de um ciclo apodrecido e gasto para o dealbar de um outro de melhores dias
para o mundo. Ou antes, desse entrechoque natural a todos os períodos em que é
repartida a vida Universal: PASSADO que se extingue (no caso vertente, o ramo
racial a que pertencemos da Quinta Sub-Raça ariana) e FUTURA que ressurge de suas
próprias cinzas (as experiências que não e perdem); num esforço presente,
representado nas duas sub-raças que vão finalizar o referido Ciclo: a Sexta que
deveria ser na América do Norte e a Sétima que deveria florescer na América do Sul
para a qual foi edificada a mesma STB".
A seguir há um trecho de uma anotação (número um) que diz:- "Podemos entretanto,
afirmar que estamos em franco "Oitavo Ramos Racial da Quinta Sub-Raça"; por isso
mesmo, no prodigioso surto da escolha das sementes para a ainda distante Sétima
Sub-Raça do mesmo Ciclo; o que tanto vale (segundo a opinião dos Mahatmas, como um
dos Kut-Humpas...) porque "todo aquele que prega algo distante de seus dias, possui
o estado de consciência relativo ao mesmo". Nesse caso, pouco importa o encolher
dos ombros...dos que estão mui distantes, infelizmente, de saber tais coisas. A
evolução a que atingiu a Humanidade dispensa Manus, mas exige a eterna "Montanha",
em cujo cimo nascem todos os rios que vão desaguar no Mar".
Convém lembrar aos jovens Cadetes que as 6ª e 7ª Sub-Raças citadas pelo nosso
Supremo Orientador em 1935, se referem às Raças esperadas com os valorosos nomes de
Bimânica e Ata-Bimânica as quais deverão florescer nas Américas. O início de ambas
deve ser no ano de 2005, posto que os Cadetes do Ararat são os seus pioneiros.
BI é dois - MAN é mental, inteligência...logo Bimânica quer dizer que se trata de
uma Raça possuidora do mental concreto bafejado pelo abstrato, ou seja, o amálgama
desses dois tipos de inteligência. Será, sem dúvida, uma Raça de Gênios, logo,
portadora da inteligência criadora.
A Raça Atabimânica será a fusão de três coisas: a suprema inspiração (inteligência
divina) e das duas inteligências já citadas. Tudo isso indica que o próximo século
será esplendoroso para se viver, porque se viverá eubioticamente.
AULA 06 - RAÇAS II

Continuando com o estudo das Raças, chamamos a atenção dos Cadetes do Ararat, no
sentido de observar as duas linhas evolucionais: uma descendente e outra
ascendente. O mecanismo de manifestação da trilogia universal se faz através do
elemento humano. Por isso vamos falar sobre Raças Humanas. Elas concretizam a
Trilogia: Vontade, Mente e Amor Universal.
O mecanismo de objetivação daquela Trilogia universal obedece a dois movimentos: um
correspondente à materialização do Espírito e o outro a sutilização da matéria. O
Espírito danificando torna-se matéria e esta sutilizando-se torna-se espírito.
De modo que a manifestação daqueles três elementos, através das Raças obedece ao
esquema que vamos transcrever das Revelações de JHS:
Primeiro - A primeira Raça-Mãe expressa a queda do Espírito ou de Atmã na Matéria.
O Espírito, a parte mais sutil começa a se densificar, tendo, portanto, uma ação
mais limitada em relação ao Deus único ou ao Absoluto. Esse estado de manifestação
podemos representar pela figura geométrica, ou seja, o símbolo da primeira ou queda
na matéria.
Segundo - A segunda Raça Mãe corresponde a união de Budi a Atmã. Este manifestado
num plano mais baixo ou mais material em relação ao da primeira Raça. Nesta segunda
Raça Budi vem se unir a Atmã, logo houve uma densificação maior.
Terceiro - A terceira Raça-Mãe ou Manas, corresponde aos Princípios Atmã e Budi num
terceiro plano mais denso do que os dois primeiros. Logo a Terceira Raça, ou Manas
eqüivale a união de Atmã, Budi e Manas no sentido de densidade do espírito.
Quarto - Na quarta Raça-Mãe há o ponto máximo de cristalização do Espírito. O
Espírito e Matéria se confundem num eterno equilíbrio. Os três elementos anteriores
(Atmã, Budi e Manas) tomam uma forma equilibrante. Neste estado o bem se confunde
com o mal, ou seja, o bem age controlando o mal e esse fazendo resistência ao bem
(o bem no mal e o mal no bem) surgindo o equilíbrio das coisas. Na quarta Raça-Mãe
há o fenômeno das Pororocas, ou seja, o encontro das águas dos Rios Celestes com os
da Terra, senão o cheque entre o ar e o fogo. Nessa fase evolucional começa a
funcionar a polaridade da vida.
Ignorância e sabedoria, frio e quente, luz e força, pai e mãe, Buda branco e Buda
negro, Cristo e Anti-Cristo, harmonia e desarmonia, bem e mal, medo e coragem.
Do Quinto ciclo ou da quinta fase para cima começa haver a sutilização da matéria.
A Evolução começa o seu trabalho num arco ascendente. De modo que a Quinta Raça
ergue para o Céu. Manas, portanto, passa a ser sustentada por Budi e Atmã, posto
que, temos os elementos em sentido inverso ao de descida Manas e Budi. Isto é,
Manas deusa passa a ser sustentada por Budi e Manas superior.
Sexto: Nesta sexta fase ou sexta Raça-Mãe passa a ser mais sutil, mais trepidante.
Ora, Manas e Budi se erguem sustentados por Atmã ou o Espírito universal. Logo a
evolução está caminhando para o mais sutil, para o plano de Deus.
Sétima: Na sétima etapa ou fase evolucional: Manas, Budi e Atmã formam um conjunto,
formam, por assim dizer, o equilíbrio perfeito da Mônada Universal. De maneira que,
neste plano, os corpos dos Deuses são de natureza flogística. A natureza desse
sétimo plano é constituída do sétimo Reino.
Observamos que a Mônada, a Essência Divina, quando chega a essa altura descreveu um
arco descendente e outro ascendente. Juntando os dois vamos ter a figura do Segundo
Trono ou do Segundo Logos.
Nesse caso o filho volta a casa paterna, mas, não como saiu e, sim com uma grande
experiência, com iluminação. Para melhor entendimento vamos usar uma figura
conhecida e que se dá muito em nosso País: uma pessoa sai do interior, da roça,
completamente analfabeta, vem para os povoados, para as pequenas cidades, para as
grandes metrópoles. Alfabetiza-se, torna-se sábia. Tempos depois regressa ao local
de sua natalidade. No ponto de vista humano é a mesma pessoa (talvez um pouco mais
velha) mas no ponto de vista intelectual é completamente diferente de quando saiu
por vez primeira da terra natal.
Além dessas sete fases há uma oitava que representa a volta ao divino do Espírito
ou da Tríade Superior.
No caso dos discípulos, por exemplo, depois de alcançar o sétimo Princípio tem o
direito de descer para o seio da Terra, senão conhecer, pessoalmente, o Caijah cujo
significado é: o Oitavo Princípio no Homem.
Por isso se fala na Raça dos Deuses ou seja, aqueles que já conquistaram o Sétimo
Princípio e mais o Oitavo...
Todo ser da Terra que conseguiu descrever esses dois arcos evolucionais são
denominados de Buda de Compaixão ou de Nirmanakayas Brancos.
Com essas palavras poderão compreender muito bem a trajetória da Mônada ou daqueles
três Princípios Atmã, Budi e Manas; e Manas, Budi e Atmã.

AULA 07 - RAÇAS III

Vamos continuar com o estudo sobre as Raças no ponto de vista da Ciência das Idades
e baseados nos estudos e ensinamentos de J.H.S. Supremo Orientador de nossa Ordem.
Segundo o Patrono do Quinto Plano Universal ou Plano de Inteligência abstrata as 5
Raças deveriam completar o Quarto Sistema de Evolução, mas as duas primeiras não se
contam por serem mais lunares do que terrenas. São dois Ramos da Árvore Lunar, que
não vingaram. Somente na terceira Raça-Mãe, a Humanidade começou a dar os frutos
no...Paraíso Terrestre, com a chegada da divina Parelha Manúsica, ensinando aos
próprios Seres da Terra que, sem experimentarem o fruto do bem e do mal jamais
poderão alcançar a Consciência integral que lhes vinha do Céu, do Segundo Trono.
Apesar do que foi dito vamos procurar dar um resumo do que representaram as
primeiras e segundas Raças-Mães, embora de maneira sucinta.
A Primeira Raça-Mãe era denominada de: "FILHOS DAS ÁGUAS OU SELENITAS" o que
confirma ter sido um Ramo da Árvore Genealógica da Cadeia Lunar. Era alguma coisa
comparável aos reinos mineral e vegetal. Os Seres dessa Raça eram constituídos de
uma estrutura esférica e se locomoviam com muito dificuldade. Tinham, pois, a forma
de grandes esferas e com tremendo poder de Vontade. Geravam, sem dúvida, outros
Seres pelo poder da Vontade ou de Kryashakti. Conforme as tradições teve a duração
de 100.000.000 de anos. Herdamos deles o duplo etérico e a vontade.
A primeira Raça, disse J.H.S. em Dhâranâ: "Viveu sob o governo do Sol e cujo estado
de consciência achava-se sobre o nível Átmico e era considerada composta dos filhos
dos deuses ou filhos da Yoga (os Pitris projetando seus Châyas, enquanto
mergulhados na meditação da Yoga), e ainda de auto-gerados, ou não procedentes de
pais humanos. Châyas é o mesmo que duplo astral ou etérico. Formas humanas
fluídicas emanadas dos Barishads Pitris (classe de jivas pertencentes à sétima
Hierarquia do Sistema Solar que auxiliam a construção das formas na evolução das 4
rondas da cadeia terrestre)".
A sua aparência nada mais é do que formas (Bhûtas) frutas filamentosas, sem sexo,
formas quase protistas que saíram do corpo etérico de seus progenitores. Quase sem
consciência, tanto podiam viver de pé, como caminhar, correr ou voar, mas em suma,
nada mais eram do que Châyas ou sombras desprovidas de sentido. O sentido auditivo
é desenvolvido na primeira Raça e a mesma corresponde às impressões do fogo.
A reprodução é feita por cissiparidade (tal como o desenvolvimento dos gomos das
plantas...). A princípio dividiam-se em duas metades iguais, mais tarde em porções
desiguais produzindo descendentes menores que cresciam por sua vez, e produziam
pelo mesmo processo novos filhos.
Na primeira raça não existiram sub-raças definidas, embora se possa vagamente
distinguir 7 estados de crescimento, sete tipos diferentes.
SEGUNDA RAÇA-MÃE: Esta é denominada de: "FILHOS DO FOGO". É, por assim dizer,
comparável aos reinos vegetal e animal. Caracterizados por Kama (emoção). Receberam
o Mental e Kamas ou Kama-Manas dos Kumaras, os progenitores da Humanidade. Isto é,
receberam o corpo Manásico dos Assuras. A vida foi polarizada: sistema nervoso,
cérebro e cerebelo. Os Filhos do Fogo já pensavam e discerniam. Surgiu naquela
segunda Raça o hermafroditismo cruzado. Logo após esse ciclo há a separação dos
sexos: surgiram os homens e as mulheres.
Durante o período da segunda Raça, formou-se o segundo continente, denominado de
hiperbóreo ou Plaska, que ocupava o norte da Ásia, juntamente com a Groenlândia ao
Kantchatka, limitado ao sul pelo mar que então rolava debaixo das suas águas, as
areias do Deserto de Gobi. Compreendia o Spitsberg, uma parte da Suécia, da Noruega
e das Ilhas Britânicas. O clima era tropical e havia vegetais luxuriantes que
cobriam as planícies banhadas pelos raios do Sol. Respondia francamente à
consciência Búdica, mas não no sentido de iluminação e sim no de vida energia.
Na segunda Raça-Mãe foi desenvolvido o sentido do tato, e respondia aos impactos do
ar e do fogo.
De acordo com o tempo já avançado para a segunda raça, os Espíritos da Natureza
constróem em volta dos Châyas, moléculas mais densas de matéria, formando uma
espécie de escama exterior e, assim, o exterior (ou Châya) da primeira raça passou
a ser o interior da segunda. A sua cor era amarela de tons doirados, suas formas de
brilhantes reflexos, eram filamentosos, arborescentes, algumas vezes quase animais,
outras de aparência semi-humanas.
A reprodução obedecia a dois tipos: 1º os assexuados ou aqueles que se
multiplicaram tal como a primeira raça; 2º os nascidos do suor, com uma vaga
indicação dos dois sexos, donde o apelido de andróginos latentes.
Na segunda raça os mamíferos desenvolveram-se, gradualmente, com os germes
abandonados por esses "homens". Os animais inferiores ao mamíferos, foram formados
pelos espíritos da natureza por meio de tipos elaborados durante a 3ª Ronda.
A segunda Raça-Mãe nasceu sob a influência do Planeta Júpiter. Nessa segunda Raça
houve o esboço do sistema cérebro espinhal.. Foi dividida em dois ciclos: o
primeiro foi uma espécie de recapitulação da Primeira Raça e o segundo foi o ensaio
para o início da terceira. Os seres dessa segunda Raça-Mãe eram semelhantes às
raízes adventícias.
Os seres da primeira e segunda Raças eram dirigidos por um poder de Vontade
manifestado de cima para baixo, o qual era exercido pelo Pitris Lunares (Pitris
Barishads). Segundo nossa ciência atual, eram dirigidos por algum poder que se
assemelha aos nossos aparelhos teleguiados.
Dr. Mário Roso de Luna disse, em seu livro Simbolismo das Religiões do Mundo: "o
quarto Globo", que é nossa Terra, desenvolveu três "Rondas" ou ciclos completos da
vida, e por certo, de vida puramente terrestre, segundo ensina a Doutrina
tradicional do Oriente e, sem dúvida, começou sua quarta Ronda, a atual, recebendo
os gérmens vitais do Planeta anterior, senão, de seu vizinho ou a Lua. Encabeçando
tais elementos, aliás, uma Humanidade Celeste, a dos Pitris ou "Pais Lunares"
desceu à "Ilha Sagrada", região do Polo Norte da Terra, onde estabeleceu sua morada
num Continente paradisíaco, cantado como "Ilha Branca" em diferentes teogonias.
Este gozava de um clima tropical do qual ainda há testemunhos geológicos, porque,
provavelmente, naquele tempo o da Terra coincidia com o plano da eclítica. Naquela
época a Terra apresentava-se ao Sol numa disposição semelhante, e com a mesma cara
como e apresenta a ela, a Lua, e com o seu centro de iluminação no polo Norte, ou
seja, em termos astronômicos, que o eixo de rotação da Terra coincidia com o plano
da eclítica. Semelhantes Pitris Lunares por um desdobramento astral, de algum modo
semelhante ao desdobramento do fantasma espírita de um médium capaz de tais
fenômenos (o clássico de Miss Cook e Katie King, por exemplo), deu lugar à segunda
Raça de Homens, os quais careciam, originalmente, de sexo (Reis de Edom da Bíblia),
porém o foram adquirindo com a evolução ulterior, passando, como as flores, por uma
larga etapa de transformação em duplo sexo, o androginismo.
Seu continente originário e tropical o foi a atual zona boreal da Terra, donde a
orografia, todavia, nos apresenta montanhas orientadas de Sul a Norte, além dos
terrenos mais antigos do Planeta. Este continente foi sepultado em parte ficando
alguma coisa a modo de uma ferradura sobre o Continente lemuriano ou da Terceira
Raça que se levantou depois no que hoje é o Oceano Pacífico, aliás, raça dotada,
por assim dizer de um "polo" positivo ou da Mente e de um "polo" negativo ou do
sexo e de um "equador" ou "balança", chamado então a manter a responsabilidade
consciente, ou seja, o equilíbrio do sexo e da mente (o estudo dessa terceira raça
será feito na aula nº 8).
Assim como os homens da Raça primeira foram protegidos e dirigidos pelos Pais ou
Mestres lunares (Pitris Barishads dos Vedas), os da segunda o foram por Seres ainda
mais superiores, pelos Pitris Solares e luminosos ou Agniswatas e os da terceira,
enfim, por Pitris Makaras, ou Am-Karas (Manus ou da letra M), que se sacrificaram
dando-nos a Mente, o Fogo Divino do Pensamento, à guisa de efetivos Prometeus
caindo em nós outros, em nossas limitações físicas, mais que caindo com nós outros,
como em um tristíssimo cárcere, o mundo inferior ou inferno (infernal) ao teor da
mais estrita etimologia, coisa aliás, conservada nas religiões como queda dos
Anjos, mas, desvirtuando-a de modo horrível.
Aconteceu em sua à Humanidade, como um conjunto e não poderia ser de outro modo
dentro das leis teosóficas da analogia, o que acontece a todos nós e a cada um em
particular, a saber: que somos gerados e alimentados no lugar do nascimento pelos
nossos pais físicos (logo, primeiro período ou raça); e logo ou a seguir
(crescemos), somos educados na escola pelos Pais Morais que se chamam Mestres,
Professores...(segunda raça ou período) e, finalmente, quando alcançamos a
maturidade evolutiva como homens chamados a cumprir uma missão social, terceiro
período ou Raça, onde tomamos para nos nortear ou guiar um Mestre do Ideal, o qual
por seu exemplo, suas obras, muitas vezes de muitos séculos distantes de nós e
seguramente pelas suas atitudes e ensinamentos de conformidade com as leis
transcendentais da evolução, não só nos guia, senão, por ser renunciador e
abnegado, nos dá a sua própria mente, razão pela qual em muitas ocasiões, até o
estilo do discípulo sai como se fosse o Mestre, que é o que constitui as
características das escolas transformadas em religião, arte e ciência; uma vez de
posse dos três graus evolutivos, o aprendiz ou Chela tem a responsabilidade
consciente como o tiveram, também, os homens da terceira Raça, os primeiros que
contaram, como foi dito, com a mente, com a responsabilidade e com o sexo.
Por esses ensinamentos do Dr. Mário Roso de Luna, compreendemos a responsabilidade
dos discípulos, principalmente, os que saem como Mestres, peregrinando pelo Mundo
com a responsabilidade de equilibrar ou ensinar o processo que permite que os
homens equilibrem os dois "polos": o da Mente com o do Sexo, tendo como Equador a
responsabilidade consciente do conhecimento exato da Verdade, da tradicional
doutrina da evolução.
Quando se recebe uma Missão, seja qual for, o discípulo deve se apresentar com a
responsabilidade de Mestre, mas não querer passar como tal, à semelhança das
Escolas transformadas em Religião, Arte e Ciência. O discípulo será o Mestre,
conforme o estado de consciência daqueles com quem vai cumprir sua missão social,
iniciática. E os grandes Mestres sempre se apresentam como discípulos.
Nosso Supremo Dirigente, no início da Obra, apresentou-se como discípulo "Pithis" e
não com a empáfia de Supremo Instrutor do Mundo. E, sua divina Hierarquia, veio
surgindo com o desenvolvimento da sua Obra, aos olhos dos mais luminosos, enquanto
que a Personalidade era acusada como réu aos olhos dos menos luminosos.

AULA 08 - RAÇAS - TERCEIRA RAÇA

A Raça Lemuriana, ou terceira raça, teve lugar no continente denominado Lemúria, ou


Shalmali. A imensa cadeia do Himalaia emerge do Oceano, mais ao sul dos continentes
se elevam, para este ao lado de Ceilão, da Austrália até a Tasmânia e as Ilhas de
Páscoa; para oeste, até Madagascar. Dos continentes precedentes a Lemúria conserva
a Suécia, a Noruega e a Sibéria.
O estado de consciência da terceira raça corresponde a Atmã, Budi e Manas, e
responde aos impactos do ar, do fogo e da água. O sentido de visão reúne-se aos da
audição e do tato.
Durante a primeira e a segunda Sub-Raça, a linguagem consistia apenas em gritos,
isto é, gritos de prazer e gritos de dor, de amor ou tristeza; na terceira Sub-Raça
a linguagem torna-se monossilábica.
A reprodução era feita por três tipos principais: 1º tipo - (1ª e 2ª sub-raças)
nascidos do suor. São desvendados os sexos apenas na segunda Sub-Raça, criaturas
nitidamente andróginas tendo, com efeito, distintamente o tipo humano; 2º tipo -
(3ª e 4ª sub-raças), nascido do ovo.. Na terceira raça de hermafroditas, bem
desenvolvidos desde o nascimento e capazes de se moverem ao sair do ovo. Suas
formas serviram de veículos aos Senhores de Vênus. Na 4ª Sub-Raça um dos sexos
começou a predominar sobre o outro e pouco do ovo começou a sair distintamente
machos e fêmeas, masculinos e femininos; os filhos exigem mais cuidado e nos fins
desta Sub-Raça eles já não podem caminhar sozinhos ao sair do ovo; 3º tipo (5ª, 6ª
e 7ª sub-raças). Na 5ª Sub-Raça são sempre nascidos do ovo, porém este é retido
pouco a pouco no seio materno; o filho nasce fraco e incapaz de suster-se sozinho..
Nas 6ª e 7ª sub-raças, a reprodução sexual torna-se universal.
Os homens da terceira raça eram gigantescos e poderosos, pois necessitavam lutar
contra os megalossauros, pterodátilos e outros animais. Tinham pele vermelha com
uma grande variedade de tons; fronte deprimida, nariz achatado, queixo proeminente.
Os andróginos divinos eram de um tom brilhante, qual ouro velho e de um brilho e
esplendor indescritíveis.
Os órgãos visuais desenvolveram-se durante a terceira raça; no começo um só olho no
meio da fronte, chamado mais tarde o terceiro olho; em seguida os dois olhos, porém
estes não foram utilizados, senão na 7ª Sub-Raça, sendo que somente na quarta raça
eles se tornaram o órgão normal da visão.
Esses selvagens com aparência, não possuíam nenhuma intuição; obedeciam
estritamente e sem esforços a toda impulso vinda dos reis divinos; sob cuja ordem
eles construíram grandes cidades, enormes templos ciclópicos, dos quais alguns
fragmentos ainda subsistem na Ilha de Páscoa e muitos outros lugares do globo.
No decorrer dos tempos, este continente teve de suportar numerosos
cataclismos devido às erupções vulcânicas e a tremores de terra. Uma enorme
depressão começou na Noruega e este antigo continente teve que desaparecer durante
um tempo sob as águas. Cerca de 700.000 anos antes do período Eoceno (da época
terciária), houve uma grande convulsão vulcânica que destruiu quase toda a Lemúria,
não resistindo, senão alguns fragmentos como a Austrália, Madagascar, as Ilhas de
Páscoa. Já em franco desenvolvimento da Raça Lemuriana, produziu-se uma
extraordinária mudança de clima, que fez desaparecer os últimos vestígios da
segunda raça, assim como os representantes dos primeiros tipos da terceira raça.
As paixões sexuais tornaram-se poderosas depois da separação dos sexos. Alguns
Agniswatas e Pitris Solares (digamos da terceira classe) foram atraídos por
mulheres de classe menos evoluída e juntando-se a elas produziram tipos inferiores
a si mesmos. Estes tipos são denominados de Amanasa ou seja sem mental. Daí, o
primeiro conflito entre os Pitris que ficaram puros e submissos às leis da divina
Hierarquia, e aqueles que cederam ao prazer dos gozos sexuais. Os mais puros
emigraram pouco a pouco para o norte; os corrompidos, para o sul, o este e oeste,
aliando-se aos grosseiros Elementais, tornaram-se adoradores da matéria. Foram os
pais da raça Atlante. Eles deificaram as imagens destes gigantes lemurianos e
adoraram-nos como deuses e heróis nas 4ª e 5ª raças.
Os aborígenes da Austrália e da Tasmânia provêm da 7ª Sub-Raça lemuriana. Os
Malaios, Pápuas, Hottentotes e os Dravidianos no sul da Índia, provém de uma
mistura desta Sub-Raça e das primeiras Atlantes. Todas as raças nitidamente negras
têm descendência lemuriana.
Os primeiros representantes desta raça nasceram sob a influência de Vênus, Shuka e
sob esta influência, os tipos hermafroditas se edificaram. A separação dos sexos
fez-se sob a predominância do Planeta Marte, Lohitanga, que tem por característica
Kama, a natureza passional (Revista Dhâranâ).
Logo após a separação dos sexos surgiram os homens e as mulheres, naturalmente, a
reprodução bissexual. Com esse acontecimento houve a manifestação ou encarnação de
Seres de Hierarquia superiores. A esfinge representava em síntese as sucessivas
fases e experiências evolucionais pelas quais tinha passado a Hierarquia do Jiva ou
da presente Humanidade. O Emocional, instinto ou pré-emoção domina o corpo físico
(esqueleto, sistema nervoso, circulatório) e a criatura humana se objetiva como uma
organização pré-humana.
A terceira Raça-Mãe foi dirigida pelas influências planetárias de Marte e Vênus. O
primeiro relacionado com o terceiro Trono e o segundo com Vênus. Dentro da
simbologia da Ciência das Idades poderíamos dizer que foi dirigida e protegida
pelos Quarto e Quinto Elohim, senão pelo Arcanjo da Luz e pelo Arcanjo da Vida.
Cabe, neste estudo, um esclarecimento acerca dos Seres nascidos do suor (1ª e 2ª
sub-raças) e dos da 4ª Sub-Raça, quando um sexo passou a predominar sobre o outro e
dos nascidos do ovo - 3ª e 4ª sub-raças).
A respeito dos seres que eram nascidos do suor. De que maneira? Suor em nossa
concepção é o humor aquoso que vem à superfície da pele, por efeito do calor, e que
se condensa em gotas. Naquela altura da evolução a espécie não estava definida. A
vida era exuberante. Tudo era partícula de vida universal. O elemento humano
naquela raça era possuidor das duas energias cósmicas: Fogo e Água. Era por assim
dizer, pequenos afluentes dos segundo e terceiro Rio Sagrado. Desde que se punha em
atividade começava a vivenciar o choque da água com o fogo, senão, a água passava
ser ativada pelo fogo (começava a ebulição da vida reprodutiva, a unidade passava a
multiplicidade das coisas). O Fogo agindo sobre a água (do próprio corpo) produzia
o calor, evaporava-se, era projetada fora consolidando em formas de vida (em
grandes gotas) formando a estrutura humana da época. Ao invés do suor cristalizar
em gotas inanimadas, o fazia em grandes gotas animadas, com vida, como se fossem
seres independentes.
Nascido do ovo: Os seres nascidos do ovo compreende-se muito bem o fenômeno. Ovo é
o envoltório protetor do sêmen, da semente, do princípio de vida. Naquela altura da
evolução humana, os gerados no ovo tinham nele uma forma protetora de embrião. A
princípio esse envoltório era externo ao corpo humano, mas, com o seguir da
evolução passou a fazer parte do próprio corpo, logo, interiorizou-se. Por exemplo:
o útero materno era externo ao invés de interno.
Observando nosso livro natural e seguindo os ensinamentos de nossa mãe natureza,
aprendemos o que se segue: a ave, por exemplo, é gerada fora do corpo. Belisca a
casca do ovo e o pintainho surge todo molhado. Fica agasalhado por várias horas sob
as penas maternais (da ave mãe) para depois se mover sozinha. Os répteis saem dos
ovos e se movimentam imediatamente.
No reino animal e hominal os seres são gerados nos óvulos (pequeno ovo) e se
desenvolvem no útero que tem a forma de um ovóide. De modo que, ainda hoje, os
seres humanos nascem do ovo, do óvulo...apenas, variou o processo embrionário.
Acerca da terceira Raça-Mãe temos um ótimo trecho do simbolismo das religiões do
Mundo de Roso de Luna: A partir, pois, da terceira Raça começou, a bem dizer, a
história física da humanidade, porque os seres daquela Raça tinham todas as
características gerais com que contamos hoje, a saber uma razão, ainda juvenil e
incipiente (polo positivo do organismo); um sexo (polo negativo) que começava a ser
sua cruz para acabar sendo sua glorificação com o triunfo sobre o mesmo, e uma
noção de responsabilidade, ou de equilíbrio entre os postulados da razão ou mente e
as exigências do sexo, constituindo algo assim como o fiel da balança entre a vida
física ou material, pelo sexo continuada, e a vida intelectual característica do
MANU, o pensador, o homem. O continente onde essa Raça se desenvolveu, chama-se
Lemúria, o qual é hoje próximo onde se acha o Oceano Pacífico, estando de acordo
com este continente as conclusões de Darwin, Lamark e Russel Wallace e com as da
Doutrina Secreta. O Continente anterior o "Hiperbóreo" continua ainda existindo em
forma de ferradura ou coroa, tal como nos mostra, hoje, a geologia nos terrenos
chamados primários (laurentino, siluriano, devoniano...).
Há um texto muito interessante sobre esses particulares, também concebido da
Doutrina Secreta, e o de Scott Elliot que tem o título de "La Perdida Lemúria", se
bem que inspirado em mera "vidência de luz astral"; ou "Iluminismo" como o de
Swedenborg e de tantos outros ilustres teósofos modernos, carecendo de valor para o
presente positivismo científico.
Da vinda à terra daqueles Instrutores ou Pitris solares e venusianos há uma
tradicional recordação em todas as teogonias além das marcas históricas e
indeléveis, a saber: a) no descobrimento do fogo; b) na concepção, pelos
Instrutores, de uma linguagem superior à dos animais; c) no outorgar os princípios
troncais da arte e da ciência (lendas dos cantos de Moisés) -hebreus- e a música
mexicana, logo herdada pelo bardos e profetas em todos os países; Mantrans mágicos
que passaram mais tarde aos Vedas; flauta de Pan, Lira de Apolo, cânones
arquetipais de proporções...e por outro lado das sete "máquinas" que se diz em
mecânica; roda, polia, plano inclinado, alavanca, balança, torno e pêndulo; d) em
ensinamentos religiosos transcendentes não no sentido de adoração e até de cego
fanatismo em que a religião se transformou depois por causa de sacerdotes ou magos
negros exploradores, mas no etimológico como podemos ver na língua latino de ligo,
ligare, ligar e religo, religas, religare, ligar duas vezes, porque à parte, o
vínculo filiar com que a nascente humanidade estava ligada àqueles Pais ou Pitris,
surgia a ligação kármica e moral da gratidão para com seus imponderáveis
benefícios.
Seria impossível descrever aqui todos os dons outorgados à humanidade por aqueles
Instrutores vindos dos astros de mais que indireta influência exercem sobre a
terra, ou seja, o Sol, a Lua e Vênus. Obrigados, entretanto, pelo Karma ou a Lei,
tais Instrutores, Kabires ou Rishis, deviam respeitar a iniciativa e a
responsabilidade humanas não podendo outorgar, digamos assim, mais do que as
tônicas dos descobrimentos, não os descobrimentos propriamente, pois estes deviam
ser obra de esforço dos homens.
A esta altura consolidaram-se as águas dos três rios sagrados; Verde, Vermelho e
Violeta.

AULA 09 - QUARTA RAÇA

Nesta aula pretendemos estudar a Quarta Raça Mãe, a Atlântida, com todos os seus
Mistérios Iniciáticos e à luz da orientação do excelso professor Henrique José de
Souza.
De acordo com os ensinamentos ministrados pelo sábio e educador, a raça Atlante foi
governada pela lua e Saturno. A prática da Magia negra, sobretudo entre os
Toltecas, predominou na raça Atlante, proveniente de um emprego ilícito dos "raios
obscuros da Lua". É a Saturno que se deve em parte, o enorme desenvolvimento do
espírito concreto que caracterizou a terceira Sub-Raça. Nela se desenvolveu o
sentido do gosto. A linguagem era aglutinante nas terceira, quarta e quinta sub-
raças, era a forma mais antiga dos Raksha. Com o tempo tornou-se inflexiva e assim
passou à Quinta Raça.
A Atlântida, ou Kusha (país de Mu) dos arquivos ocultos, compreendia a China e o
Japão e cobria o que hoje representa o Oceano Pacífico setentrional, quase até o
lado ocidental da América. Ao sul compreendia a Índia, Ceilão, a Birmânia e a
Malásia; a oeste, a Pérsia, a Arábia, a Síria, a Abissínia, a bacia do
Mediterrâneo, a Itália, a Espanha. Da Escócia e da Irlanda, então imersos,
estendia-se a oeste sobre o que atualmente se denomina de Oceano Atlântico e a
maior parte das duas Américas.
A catástrofe que despedaçou a Atlântida em sete ilhas de diversos tamanhos, no
meado do período mioceno, há quatro milhões de anos, trouxe para cima das águas, a
Suécia e a Noruega, uma grande parte da Europa meridional, o Egito, quase toda a
África e uma parte do Amazonas do Norte, enquanto que a Ásia setentrional afundava-
se nas águas, separando, deste modo, a Atlântida da Terra sagrada. Os continentes
chamados Ruta e Daitya (atualmente no fundo do Atlântico...mas quem sabe? prestes,
talvez, a emergirem), foram separados da América, unidos ainda durante um certo
tempo, por uma grande faixa de terreno desses continentes duas ilhas distintas que,
por sua vez, sossobraram há perto de 200.000 anos, e no meio do Atlântico nada mais
ficou, senão a ilha de Posseidonis que foi finalmente submersa em 9.564 anos antes
da Era Cristã.
A maioria dois habitantes da Terra é, ainda, vestígios da quarta Raça compreendendo
os chineses, os polinésios, húngaros, bascos e os índios das duas Américas.
Essa quarta Raça-Mãe - o país de Mu - realizou uma das maiores civilizações das que
já passaram pelo nosso planeta. Era Raça mista: de Deuses, Homens e Demônios.
A quarta Raça-Mãe -a Atlântida- foi dividida em 7 sub-raças. Essas sub-raças são:
1ª - Os ROMOAHAL - povos pastores que emigraram sob direção dos Reis divinos (os
Reis de Edom?...);
2ª - OS TLAVATLI, de cor amarela, civilização pacífica. Viveram sob a égide de seus
Instrutores e dos Reis divinos. Reconheciam e respeitavam os Avataras como
expressão da divindade na Terra;
3ª - OS TOLTECAS, de cor avermelhada (escura) belos, de estrutura elevada, poderosa
civilização, povo essencialmente guerreiro, civilizador e colonizador;
4ª - OS TURÂNIOS - raça guerreira e brutal (são designados nos antigos documentos
hindus sob o nome de Rackshasas). Há os Rackshasas brancos e negros. A humanidade
vive entre esses dois setores, logo está comprimida;
5ª - OS SEMITAS, povo turbulento e que deu origem, ou nascimento à raça Judia,
senão, à quinta Raça-Mãe;
6ª - OS ACÁDIOS, que são migradores; espalharam-se na bacia do Mediterrâneo, deram
nascimento aos Pelasgos, Etruscos, Cartagineses, Saythias e outros povos que se
firmaram no ocidente;
7ª - OS MONGÓIS, procedentes dos Turânios, espalharam-se, principalmente, no norte
da Ásia.

Segundo o trecho de um livro antigo, transcrevemos: "A quarta Raça-Mãe - a


Atlântida - foi governada pelos 4 Reis de Edom os quais ficavam na Oitava Cidade
daquele majestoso País. Esses 4 Reis recebiam ordens de três outros situados num
plano superior que eram denominados de 3 chamas, de três Irmãos que nunca se
separam.
Os quatro Reis levados pela decadência humana, pelo excesso de vaidade, pela
tamatização dos seus veículos rebelaram-se contra a Lei da evolução. Julgavam-se
senhores da Terra, não permitindo interferência de hierarquias superiores. A vida
instintiva, foi de tal modo intensificada que se brutalizaram ao máximo.
Brutalizaram-se de tal modo que não eram mais capazes de receber a influência dos 3
Chamas ou da Tríade Superior. Os 3 Chamas tomaram forma física e foram conhecidos
com os valorosos nomes de: MUISKA - MUISIS e MUKÁ. Essa sublime Tríade insiste com
o quarto Rei da Quarta Cidade para mudar o rumo de sua política, para que tomasse
outra orientação condizente com a Lei Evolucional, posto que estava prejudicando o
Advento da Quinta Raça-Mãe, portadora da inteligência abstrata.
O valoroso Muíska passou a realizar seu trabalho de conselheiro do quarto Rei. A
Rainha, entretanto, quis dominá-lo através de sua beleza. Não conseguindo êxito no
seu trabalho ela pediu ao Rei da Quarta Cidade a cabeça de Muíska. Conseguiu seu
intento embora de modo violento. Mandou que sua filha (princesa) bailasse diante do
pai. A princesa realizou o bailado (dos sete véus). Quando o Rei da Quarta Cidade
estava bem excitado, bem brutalizado, a Rainha ordenou a sua filha que lhe pedisse
a cabeça de Muíska. Este, conforme diz a tradição, foi degolado; sua irmã Muísis
atirou-se no rio, morrendo afogada e Muká morreu com o povo, quando se verificou a
grande catástrofe do País de Mu. Houve o grande Asma Atlante. Os que ficaram fiéis
à Lei de um lado e os que se puseram contra ela, de outro. Desencadeou-se a luta
entre Rackshasas brancos e negros. Os Raios lunares e solares cruzaram o espaço. Os
raios cósmicos provocaram a fenda na Lua, caindo sobre aquele continente. Houve o
que diz a tradição: "A estrela Baal caiu sobre o País de Mu, promovendo o grande
cataclismo Atlante".
Os Assuras luminosos começaram a dar combate aos assura caídos (revoltados).
Aqueles obrigaram estes a construírem Mundos Interiores.
O Manu Vaivasvata surge como o Homem da Capa Preta procurando conduzir, para o teto
do Mundo (Tibete), os Assuras Luminosos e os salvos daquela queda. Houve um grupo
que se estabeleceu no Planalto do Iram; um segundo, no Egito (Ários e Semitas); um
terceiro (os celtas) na Escandinávia, Irlanda.
No final do imenso império Atlante surge outro ser de nome Possêidon, Pichuá
(Manchu-Pichuá?...) conduzindo para a Ilha do mesmo nome oito grupos de seres. Era
denominado: "O Sacerdote Possêidon". Era algo assim como se disséssemos: "Buda
Branco do Ocidente", fazendo função bem semelhante ao Senhor do Sexto Sistema de
Evolução. Esses oito grupos de seres espalharam-se para o lado das Américas...para
as Terras vermelhas, para as terras das Serpentes Aladas, para a Terra da Serpente
Irisiforme.
De modo que a Semente do Ocidente proliferou nas plagas da enorme serpente cuja
cabeça atinge o Céu e a cauda o seio da Terra.
Esses oito grupos deram origem às civilizações dos Vegas, dos Cabayus, dos Capacs,
das Garás...enfim, dos seres que hoje habitam os Mundos dos Badagas.
A glória ou vitória deles está representada pela fulgurante Semente Inca-Tupi,
muito bem conhecida dos discípulos da S.T.B. (S.B.E.).
Salve óh APTA, ou seja, o Sol que brilhava sobre o solo do admirável País de Mu.
Salve Atlântida.

AULA 10 - QUINTA RAÇA

Chegamos à primorosa Raça Ariana, portadora da inteligência superior ou de grande


poder de criação.
A quinta Raça - ARIANA - teve nascimento há um milhão de aos, quando o Manu
Vaivasvata escolheu na sub-raça Semítica, as sementes da Quinta Raça-Mãe, e
conduziu-as à Terra Sagrada imperecível. Há perto de 850.000 anos uma primeira
imigração atravessou o Himalaia e espalhou-se pelo norte da Índia.
Dizem as tradições que ela foi governada por Budha-Mercúrio, porque o
desenvolvimento do intelecto era o seu fim principal. Budha quer dizer iluminado, o
portador do sexto sentido. Mercúrio alegoriza a inteligência superior, a
inteligência criadora, a auto-inteligência. Logo, se é dirigida por Budha-Mercúrio
é o mesmo que se dissesse: a Quinta Raça será constituída por seres portadores do
Supra Mental, de seres humanos de uma inteligência to brilhante que serão
considerados como Deuses.
Desenvolveu-se, nela, o sentido do olfato.
A superfície do globo, tendo passado por numerosas transformações, uma após outras
emergem as partes de nossos continentes atuais, Krauncha, em linguagem iniciática.
Após a catástrofe de há 200 mil anos e que deixou a ilha de Posseidonis, só no meio
do Atlântico, os cinco continentes atuais, haviam tomado a forma que ainda hoje
possuem.
No decorrer dos tempos, nossos continentes serão destruídos pelos tremores de
terra, e os fogos vulcânicos, tal como outrora a Lemúria, pois que esses dois
elementos destroem alternativamente o mundo.
A primeira sub-raça, Ariana, estabeleceu-se há 850.000 anos atrás, no norte da
Índia. Teve como religião o Hinduismo primitivo: leis do Manu, leis das castas; a
segunda, a Ário-Semítica ou Caldeia, atravessou o Afeganistão e espalhou-se nas
planícies do Eufrates e Síria. Teve o Sabeísmo como religião; a terceira, a
Iraniana, conduzida pelo primeiro Zoroastro, estabeleceu-se na Pérsia e dai à
Arábia e o Egito. Praticava o culto do fogo e pureza. Nela a alquimia, como origem
da química, teve o seu início de atividade; a quarta era a Céltica, conduzida por
Orfeu, espalhou-se pela Grécia, Itália, França, Irlanda e Escócia; a sub-raça
Céltica distinguiu-se em todas as linhas artísticas; a quinta sub-raça, a Teutônica
ou Teutônia, emigrando da Europa Central espalhou-se, mais tarde, por todas as
partes do mundo.
A sexta sub-raça deveria ter nascido na América do Norte, mas, infelizmente, esse
grande continente desviou-se do eixo central da evolução.
A América do Sul deveria ser o berço da sétima sub-raça. Mas tudo isto foi
modificado devido a atitude dos homens que confundem a vida universal com a vida
material. O dólar é valiosíssimo, principalmente para por a doer a consciência
humana.
Essas duas últimas sub-raças deveriam ser sementes da sexta e sétima Raças-Mães, as
quais deveriam ter como berço o local onde, hoje se acha o Oceano Pacífico a
primeira e onde domina o Oceano Atlântico, a segunda.
Nosso Supremo Orientador, J.H.S., deu a essas duas Raças-Mães os nomes de Bimânica
e Atabimânica.
A Raça Bimânica será a sexta Raça-Mãe, a qual firmará a humanidade o princípio
búdico, senão, o supra mental de Aurobindo. Será uma raça portadora da idéia de
Deus, como iluminação permanente na criatura humana.
A Raça Atabimânica plasmará no mundo a Vontade de Deus ou do Eterno. Será portadora
de uma grande capacidade de síntese.
A valorosa Raça Ariana viveu de glória e viveu épocas de tragédia.
"Quando nos vales do Iram a corrupção e o desvio assenhorearam-se daquelas massas
ignorantes e fanáticas - o que caracteriza todas as fases decadentes de um ciclo -
apareceu a figura majestosa de RAM, ou Rama, que se aproveitando de uma seleção
operada no próprio seio da Raça branca, dominadora e vencedora da Raça Negra,
oriunda da África, formou um núcleo ao qual dotou com uma religião e regras de
conformidade com o gênio dos primitivos Ários. Rama é o herói da Ramaiana, chamado
YIMA pelos persas, e Dionísios pelos gregos que desejavam significar com esse nome,
ao mesmo tempo conquistador, renovador e iniciado. Rama aboliu os sacrifícios
humanos das cerimônias religiosas redimiu a mulher da escravidão a que estava então
submetida, deixando-a livre e no mesmo nível de dignidade dos homens; reorganizou a
família e a sociedade; manteve a lei progressiva das castas, fazendo que cada qual
ocupasse o lugar social correspondente aos méritos e aptidões, sem a tirânica
imposição do nascimento, como depois sucedeu, foi o melhor intérprete dos Vedas, o
maior monumento que o mundo possui e onde se contam a origem dos grandes mistérios
hindus e europeus e dos deuses clássicos, um culto sabiamente organizado, um
profundo sistema religioso e metafísico e a definição das forças estranhas aos
conhecimentos humanos, os quais a ciência moderna está prestes a descobrir.
São pois, os Vedas, um manancial de Teosofia pela concepção profunda e filosófica
do Universo, de suas leis inteligentes, de seu plano e de suas energias em que o
gênio de Rama soube aproveitar, para elevar à relativa pureza os costumes e
sentimentos de seu povo".
A Raça Ariana foi premiada pela presença do divina Krishna, aquele cuja existência
é tida como um mito para muitos, mas que os fatos e o esplendor do Bramanismo, sua
obra civilizadora e seus monumentos literários, científicos e religiosos, respondem
sobejamente pela realidade de sua passagem pelo mundo.
A Raça foi pródiga em Gênios, Iluminados, Iniciados, divinos artistas, Manus
grandes e pequenos. A Raça teve seu início no grande acontecimento segundo os
livros antigos, em que dois jovens, depois de passarem 40 dias e 40 noites no alto
de uma montanha, inspirados pelo poder do sexto sentido, fizeram descer do céu, em
forma de raio, os fogos celestes, inscrevendo na Pedra de Asgardi, na Pedra Cúbica
do Universo, os dez Mandamentos da Raça Ariana, os dez Mandamentos da evolução.
De modo que no período Ário os Manus grandes e pequenos entraram em atividade em
várias épocas, em vários ciclos, embora sob a forma de tribos, Ramos Raciais, sub-
raças...
No caso de tribos, temos Tamandaré. Este nome tem um prodigioso significado: "O
repovoador".
A Raça Ariana desenovelou o "Fio de Ariadne" com o qual a Deusa Ari-Adi, a primeira
deusa, teceu os destinos dos Filhos da Luz, do Luzeiro, da Bela Luz, ou seja, dos
homens que irão luzir com a suprema inteligência, edificando uma nova Era.
Fio de Ariadne é o fio da inteligência que une todos os seres
racionais...possuidores de raciocínio de razão.
A Raça Ariana representa o sumário de todas as raças anteriores e mais seu valor
quinário.
A incomparável civilização indo-européia nasceu, cresceu e está vivendo sob os
raios do sol, que na sua marcha de Oriente para Ocidente, do nascente para o
poente, vigia os habitantes da Bela Luz, da Suprema Inteligência, fazendo-os
entender a natureza do Senhor da Eternidade.
GLÓRIA à Raça Ariana, portadora da Taça craniana onde vibra o som inefável da
harmonia das Esferas, a Taça Sagrada, portadora da Quinta Essência Divina, da
inteligência associada à Divina Inspiração.

AULA 11 - SISTEMA GLANDULAR


NO PONTO DE VISTA DE NOSSA ESCOLA I

Na aula desta série, de número 12 (aqui a última aula), tratamos dos PRINCÍPIOS
humanos, em todos os aspectos, classificando todos os seus atributos. Mas, de vez
que os Irmãos já desenvolveram a Inteligência Superior, formularam as perguntas:
1º - Qual será o mecanismo manifestativo desses Princípios humanos?
2º - Qual será sua base ou seu campo de manifestação?
3º - Há organismos especiais para a ação plena desses Princípios?
4º - Esses Princípios existem abstrata ou fisicamente?...

Se são Princípios Humanos, logo, seu campo manifestativo é o organismo humano.


Estes possuem órgãos que correspondem a todos os Princípios universais, por isso
que a criatura humana é considerada um "Microcosmo", ou seja, um pequeno universo.
Pelos nossos estudos anteriores: a criatura humana, fisicamente, possui a estrutura
óssea, o sistema nervoso, sistema respiratório, o sistema glandular (as glândulas
de secreção interna)...
Observamos o esquema que se assemelha a uma Constelação:
Sistema ósseo Sistema respiratório
Sistema Glandular
Sistema nervoso Sistema circulatório
De todos os sistemas citados o que nos interessa no momento é o sistema endócrino
(de secreção interna). De modo que a nossa vida gira em torno, principalmente, do
sistema endócrino. Ele representa a parte dinâmica do corpo humano. As glândulas de
secreção interna são verdadeiros transformadores de energia universal em energia
humana e, também, em energia vital.
Nosso Excelso Orientador J.H.S. dividia o corpo humano, como é comum, em três
partes: CABEÇA - TRONCO - MEMBROS, porém, na verdade, segundo seus próprios
ensinamentos, devemos preferir dividi-los em CABEÇA - PEITO e VENTRE.
As glândulas agrupadas na cabeça condensam energia de natureza Satwa (espiritual),
as do peito condensam energia da natureza de Rajas (psíquicas) e as da região sacra
são de natureza de tamas.
O corpo físico humano, apesar de ser constituído dos Sistemas, repito: ósseo,
nervoso, circulatório, glandular, entretanto eles correspondem aos princípios mais
sutis, mais elevados.
A vida física tem sua origem na região sacra. No ponto de vista físico observamos
que na região sacra estão as glândulas mais importantes do plano físico. Os ovários
mantém a vitalidade do sexo feminino e a próstata a mantém no sexo masculino.
O principio vital tem sua ação predominante no baço, pâncreas...o que os orientais
denominam de Chacra Svadistana ou do baço. Esse Centro de Força está envolvido por
uma rede de ouro, senão de fios dourados (no plano vital). E quando a rede do corpo
vital se rompe a criatura está destinada a uma estação ou temporada no manicômio.
O Princípio Emocional está estreitamente ligado à região umbilical. O plano Astral
dos teósofos, dos espíritas, dos magos tem base no umbigo, no chacra umbilical
(manipura). Os desdobramentos astrais têm sua base no umbigo ou por outra região
umbilical. Os Hindus, fanáticos, olhavam muito para o umbigo, a fim de adquirirem a
vidência psíquica.
O mental concreto, embora nos pareça estranho, tem sua base no Coração, ou seja,
nessa sublime glândula - O TIMUS - que fica junto daquele músculo que marca o ritmo
de nossa vida física. Por isso que, quando se raciocina com medo, perde-se a
afirmação interna, vacila-se. Quem raciocina, sem ter caráter ou, por outras
palavras, conduta digna, nada constrói. A grande massa humana tem receio de afirmar
as coisas, prefere citar as experiências dos outros. Fala sem convicção. Por isso
que quem pensa com certo medo, não afirma coisa alguma. Observamos que a maioria
dos conferencistas, dos articulistas, produzem seus trabalhos citando outros
autores, mas, por vaidade uns e por medo outros não dão a sua opinião.
INTELIGÊNCIA ABSTRATA - A inteligência abstrata tem sua orígem no cérebro e
cerebelo vitalizados pelas glândulas Tiróide e Paratiróide. Para que se tenha
mental abstrato é preciso um cérebro perfeito, e com bastante ranhuras. Por isso
que se fala na Raça Bimânica a qual terá este Princípio muito bem desenvolvido. O
cérebro evoluído gera a auto-inteligência.
A Taraka Raja Yoga tem por fim permitir aos discípulos desenvolver este formidável
tipo de inteligência.
Nosso Orientador sempre procurou dar elementos para que seus discípulos
desenvolvessem, o máximo, a inteligência superior, a inteligência positiva. O
cérebro com plasmador da vontade de Deus, precisa ser bem dotado, para que os
aspectos da Verdade eterna não sejam transmitidos distorcidamente. Todo o Homem
superior tem, naturalmente, o cérebro bem desenvolvido, por isso descobre as leis
universais.
PRINCÍPIO DA INTUIÇÃO ou BÚDICO - Este Princípio tem seu apoio físico na glândula
Pituitária (hipófise) a qual em perfeito funcionamento permite à criatura humana
vislumbrar outras dimensões, além da terceira que é comum a todas as pessoas.
Condensa, sem dúvida, energia de natureza de Satwa, senão, de natureza búdica, da
intuição pura. Na terceira RAÇA-Mãe - a Lemúria - ela se atrofiou com o
desenvolvimento das glândulas sexuais. Por isso os homens não vislumbram a
desencantada quarta dimensão. Os teósofos a denominam de Olho de Dangma, ou seja, o
olho do iniciado ou vidente possuidor de toda a Sabedoria. Este olho pituitário,
entre os lemurianos, funcionava no centro da testa. Aliás, na terceira Raça-Mãe
esta glândula pituitária (hipófise) tinha sua correspondente externa, através do
Olho existente no centro da testa dos Seres Humanos.
Na quarta Raça-Mãe - Atlântida - esta ação interiorizou-se, logo os Seres humanos
passaram a ter dois olhos e um interno. Na Raça seguinte (a quinta Raça, a Ariana)
interiorizou-se mais ainda. Nos nossos dias esta glândula passou a fazer parte do
Centro de Consciência dos homens. Com esse olho sublime podemos fitar Deus na sua
plenitude espiritual.
Para se forçar esta glândula a entrar em atividade plena, nosso Supremo Mestre
J.H.S., aconselhava o exercício: ferir, ao piano ou harmônio, a nota "MI" - da
escala média. Acompanhando esse ato, coloca-se o dedo mínino da mão direita, no
olho do mesmo lado, procurando imaginar um fio dourado e luminoso entrando pelo
citado olho, indo até ao centro da cabeça. A glândula pituitária, com os dois olhos
formam um triângulo, sendo que, aquele fica no vértice e no centro da cabeça.
Quando os Seres humanos entram em Samadhi voltam os dois olhos para dentro da
cabeça, virando-os quase que totalmente.
O exercício de meditação concorre para o desenvolvimento desse órgão do
conhecimento. Eis porque a citada meditação dissipa dúvidas, posto que força o
desenvolvimento da inteligência. A leitura de livros, principalmente dos sagrados,
sem se meditar sobre a matéria lida, não dá conhecimento perfeito. A leitura
fornece elementos para a meditação e, conseqüentemente, para desenvolver a
inteligência superior.
Vejamos o Corpo Pituitário segundo o glossário Teosófico, de H.P.B.: "O Corpo
Pituitário é o órgão do plano psíquico. A visão psíquica causada pelo movimento
molecular deste corpo, que se acha diretamente relacionado com o nervo ótico, afeta
a vista e dá orígem a alucinações. Seu movimento pode, facilmente, produzir
lampejos de luzes, causados pela pressão sobre os globos. A embriaguez, a febre
produzem ilusões visuais e auditivas, mediante a ação do corpo pituitário.
O corpo pituitário funcionando positivamente corresponde ao que, vulgarmente, se
denomina de sexto sentido.
As crianças possuem esta glândula agindo muito intensamente, mas depois dos doze
anos vai perdendo a sua ação...vai decaindo...até ficar com a ação relativa a
terceira dimensão. Seus movimentos poderão ser recuperados após os cinqüenta anos,
no caso dos discípulos e dos iniciados.
Os licores usados nas diversas iniciações do passado tinham por finalidade
estimular a ação desta glândula para que os discípulos pudessem entender as coisas
de natureza subjetiva.

AULA 12 - A GLÂNDULA PINEAL OU EPÍFISE

Na aula anterior estudamos a glândula hipófise ou pituitária, por se tratar de um


assunto de grande importância para o nosso curso e para a perfeita realização de
nossa Iniciação.
Nesta aula vamos tentar abordar alguns aspectos da glândula pineal ou Epífise que,
no dizer de Descartes é a base da alma. Descartes, como grande gênio, disse: "A
GLÂNDULA PINEAL É A BASE DA ALMA".
Os livros mais vulgarizados sobre o assunto dão a definição:
"GLÂNDULA PINEAL ou EPÍFISE: corpúsculo oval situado no cérebro, por cima dos
tubérculos quadrigêmeos anteriores e atrás do terceiro ventrículo. Pineal ou
epífise, situada sobre o terceiro ventrículo e diante dos tubérculos quadrigêmeos.
Extirpada na criança, ocasiona-lhe um desenvolvimento intelectual precoce (criança
prodígio); freia a atividade das glândulas reprodutoras, garantindo a inocência da
criança; eis aqui a razão pela qual seja denominada de "Glândula da pureza".
Definição do Glossário Teosófico - "A glândula pineal, denominada, também, de
terceiro olho (olho de Dangma), é uma pequena massa de substância nervosa, cinza
arroxeada, do tamanho de um grão de ervilha, aderida a parte posterior do terceiro
ventrículo do cérebro. É um órgão mais misterioso que em outro tempo desempenhou um
importantíssimo papel na economia humana. Durante a terceira Raça e no princípio da
quarta, existia o terceiro olho, órgão principal da espiritualidade no cérebro
humano, base do gênio, o "Sésamo" mágico que, pronunciado pela mente purificada do
místico, abre todas as vias da verdade para aquele que sabe usá-la. Um Kalpa
depois, devido ao gradual desaparecimento da espiritualidade e do aumento do
materialismo humano, extinta a natureza espiritual pela física, o terceiro olho foi
se petrificando, atrofiando-se gradativamente.
OLHO DE DANGMA: O olho interno ou espiritual; o olho ou a visão de que dispõe o
Adepto ou Seres de elevada hierarquia (Dangma ou Mahatma).
O olho aberto de Dangma é a faculdade de intuição espiritual por cujo meio se obtém
o conhecimento direto e seguro, por isso intimamente ligado ao terceiro olho. É o
famoso olho de Shiva, o olho que observa a evolução dos componentes do Terceiro
Logos.
Convém lembrar que o "olho de Dangma" pertence ao aparelho Píneo-Hipofisário.
Por isso nosso amantíssimo Mestre J.H.S. falava muito na clarividência mental, que
é a faculdade do discípulo de apreender o sentido das palavras do Mestre,
desenvolvendo-a em outra linguagem para os Seres humanos de menor evolução. A arte
de transmitir a verdade sem destrui-la.
DEFINIÇÃO DO DR. EDUARDO ALFONSO:
GLÂNDULA PINEAL: situada na região póstero-interna dos hemisférios cerebrais,
diante dos tubérculos quadrigêmeos; sua secreção interna deprime o instinto e
funções sexuais; sua diminuição acarreta a precocidade sexual, corpulência anormal,
tendência aos sonhos, hirsutismo (de pêlos longos, duros e espessos; cerdoso,
eriçado, emaranhado) e as vezes, adiposidade em geral. Tem, ademais, um
importantíssimo papel em relação com as faculdades mentais superiores do homem.

NO LIVRO "ACERVIDUS CEREBRI", II 322:


Há uma substância existente a glândula pineal. Trata-se de uma areazinha
(finíssima), desconhecida dos fisiólogos e materialistas. É muito comum na
concavidade da superfície anterior da glândula pineal dos jovens e nos velhos.
É uma substância amarelada, translúcida, brilhante e dura, cujo diâmetro não excede
de um milímetro.
Esta glândula de secreção interna que estamos estudando, embora o genial DESCARTES
tivesse dito: "A GLÂNDULA PINEAL É A BASE DA ALMA", e, segundo os primorosos
ensinamentos deixados pelos saudoso Mestre J.H.S., preferimos dizer: "A GLÂNDULA
PINEAL É A BASE DO ESPÍRITO", senão, é a sede da Consciência Universal do Homem.
Sim, esta glândula funcionando plenamente, permite ao Ser humano, ao discípulo,
estender sua compreensão às coisas do Altíssimo. Permite ao Homem dilatar sua
Consciência aos páramos do Infinito.
Expliquemos com outras palavras: a pineal em pleno apogeu vibratório permite a
criatura humana entrar em sintonia com "Deus", com a Suprema Consciência, com o
Altíssimo. Permite aos homens de maior hierarquia, possuir a capacidade de síntese
que é um dos dons mais excelsos do Universo.
Consoante aos extraordinários conhecimentos do Mestre J.H.S., a pineal possui sete
divisões e mais alguma coisa a que poderíamos chamar de uma oitava. Cada divisão
tem uma substância que lhe é peculiar. Logo, tem 7 substâncias desconhecidas dos
fisiólogos, da ciência positiva, portanto. Cada substância corresponde a uma das
principais glândulas: hipófise, tiróide, paratiróides, timo, fígado, baço, rins,
supra-renais, ovário, testículos, próstata e glândulas mamárias.
De modo que a Pineal, com as suas subdivisões, representa: a Atlântida, a Agartha
de dimensões microscópicas, senão, ultra microscópicas.
O Homem é um Ser criador por excelência, por isso é responsável pelos reinos
inferiores ao seu. O elemento que o qualifica como filho de Deus, ou melhor, à
semelhança de Deus, é, perfeitamente, a ação da glândula Pineal, a qual corresponde
ao que poderíamos denominar de Sétimo sentimento.
O Ser humano, por exemplo, herdou o sistema ósseo do Reino Mineral; herdou o
sistema nervoso ou sistema vegetativo do Reino Vegetal; o sistema sangüíneo, do
Animal. Deste conjunto saiu o homem cuja estética obedece à própria Lei, uma vez
que o físico deve acompanhar a Alma e o Espírito na luta para alcançar a integral
Perfeição. Digamos aqui, de passagem e contrariando, muito embora, a opinião de
muitos sábios, que "o Espírito está para a Epífise (cujo significado, como
dissemos, é "sobrenatural"), assim como a alma está para a Hipófise. Daí, a
perfeição do homem só ser integral quando dela participarem suas três partes: corpo
físico, alma e Espírito. Esta questão das glândulas de secreção interna ou
endócrinas, acha-se porém ligada a assuntos por demais transcendentes (donde a
dificuldade da medicina profana em lidar com elas) para serem tratados numa aula.
TRECHO DO "VERDADEIRO CAMINHO DA INICIAÇÃO - J.H.S.

Para estimular a glândula Pineal, nosso Mestre ensinou aos seus discípulos: ferir a
nota "mi", médio, mentalizando um fio de ouro entrando pelo olho direito indo até a
referida glândula.
Poderemos observar, também, diante de um corte da glândula pineal, que ela tem a
forma semelhante a da Constelação do Cruzeiro do Sul, ou seja, a glândula envolvida
por quatro pedúnculos (I).
Seguindo ainda o raciocínio dentro dos ensinamentos dados a seus discípulos por
J.H.S., é interessante observarmos as vogais que entram na formação das palavras
Epífise e Hipófise. Para ilustrar o que vimos dizendo: a vogal "i" como a mais
aguda (note-se que estamos usando a língua portuguesa) está em relação com a nota
"mi" e, portanto, com o espírito. Epífise só tem outra vogal "e" - que como se
sabe, na seqüência - a,e,i,o,u - antecede-a. O "i" é a vogal equilibrante. Hipófise
ligada à alma, passando pelo "e", desce à vogal cheia "o". simbolicamente "i"
representa o masculino e "o" representa o feminino. Ainda poderiam ser as
expressões Sol e Lua.
Para terminar, como ilustração, podemos lembrar que os egípcios consideravam o gato
um animal sagrado porque sua voz ia do mais agudo ao mais grave: "MIAU".
O |O| O
O O
(I)

AULA 13 - APARELHO PINO-HIPOFISÁRIO

Continuando o estudo das glândulas Pineal e Pituitária (ou Hipófise e Epífise),


damos a opinião do Dr. Eduardo Alfonso sobre o aparelho Pineo-Hipofisário:
"É notável que o sentido da audição (o quinto sentido) não tenha uma
correspondência to clara com determinado sistema orgânico como a tem os demais
sentidos (a vista com o cérebro, o olfato com o aparelho respiratório, o gosto com
o digestivo) e se nos aparece como órgão isolado, destinado a recolher uma espécie
de vibrações (sons), que não é a mais esquisita nem a mais extensa. Notemos,
entretanto, que quando essa escala de sons não é combinada segundo excelsas leis
musicais, pela intuição do gênio, formando acordes, arpejos, melodias,
contrapontos, etc. - o sentido do ouvido adquire um elevado nível, não superado
pelo demais. Converte-se na entrada do aparelho píneo-hipofisário de funções to
transcendentes como mal estudadas. (Num parêntese, cabe dizer que Crookes numa
conferência dada em 1886 em Birminham, expôs a idéia de que em alguma parte do
cérebro podia haver um órgão capaz de receber vibrações ainda não perceptíveis
pelos instrumentos cuja existência explique a transmissão do pensamento e os
numerosos casos de coincidências à distância).
Continuando o que vínhamos explicando: existem no cérebro, como já sabemos, dois
pequenos órgãos glandulados, em relação anatômica e fisiológica bem demonstrada - a
hipófise e a pineal que podemos considerar como o catodo e o anodo,
respectivamente, do grande mecanismo eletro-químico que é o sistema nervoso. A
primeira, francamente pulsátil, aumenta sua atividade com os esforços mentais,
chegando suas vibrações (se nos referimos ao centro de força ao qual corresponde)
ou seus hormônios (se falamos em linguagem química) a despertar a atividade da
pineal. Essas duas glandulazinhas são, nas idéias de Crookes, espécie de antenas
receptoras e emissoras da vibração mental, pelas quais emitem ou recebem
pensamentos positivos (construtivos) ou negativo (destrutivos) segundo as leis de
sintonização mental que regem estas operações.
Por outro lado, estas glândulas são os órgãos onde se manifestam as mais altas
operações intelectuais do ser humano (intuição, clarividência) como já intuiu
Descartes ao dizer que a pineal é a base da alma, afirmação da qual muitos sábios
contemporâneos riram, para acabar a ciência dando-lhe razão. E aqui encontramos a
importantíssima missão do sentido da audição quando pensamos que existem certo
acordes e sons abundantes nos cantos litúrgicos religiosos, nas obras dos grandes
vultos e na articulação de certas palavras (os famosos mantrans dos hindus e quiçá
as "fórmulas mágicas" dos egípcios) que têm a particular influência de intensificar
as pulsações da hipófise (influência fisiológica puramente psíquica) nos sujeitos
sensibilizados e educados para isso.
O funcionamento do aparelho pino-hipofisário está intimamente ligado com o sexo,
não só pelas relações da secreção interna, que já temos visto, das glândulas de um
e de outro, senão por ser inversa a significação e a finalidade.
Expliquemos. Dissemos que na parte posterior dos hemisférios cerebrais, existe um
conjunto de órgãos constituídos pela glândula pineal e os tubérculos quadrigêmeos.
É curiosíssimo, e nos leva a meditar que seja algo mais que uma simples
coincidência, o fato de que os tubérculos quadrigêmeos posteriores sejam chamados
testes (testículos); os anteriores, nates (nalgas); os pedúnculos anteriores da
pineal são chamados vabena (orquilla como na vulva), existindo um orifício perto
deles chamado vulva e próximo inferiormente, outro orifício chamado ânus, que se
comunica com o aqueduto de Sílvio. Tudo isso nos demonstra a sabedoria antiga
apreciando e estudando a anatomia e fisiologia humanas.
Também dissemos que a glândula pineal é depressora do instinto e funções sexuais,
como sucede também com o timo e, em troca a hipófise, as tiróides, os genitais e as
supra-renais, são estimulantes ou ativadores das funções genésicas. Segundo o
indivíduo vá entrando na puberdade, começa a manifestar-se a maior atividade das
tiróides e hipófise e, debilmente a da glândula sexual., ações até então
perfeitamente compensadas pela secreção complementária do timo e da pineal. Porém,
quando a caminho da adolescência, se intensifica a função da glândula sexual,
aumenta o da tiróide e entra em cena, de um modo patente a das supra-renais, todas
ativadoras do sexo; o equilíbrio endócrino se polariza na manifestação sexual,
porque vencem as secreções ativadoras. Se extirpássemos a glândula sexual, a pineal
e a hipófise se compensariam, aparecendo os caracteres neutros do eunuco, porém se
destruíssemos a pineal, desapareceria o freio, caindo o sujeito no erotismo e até
na imbecilidade. Tudo isso quer dizer que é preciso de um certo equilíbrio de
secreções, para que funções to importantes não se afastem dos transes normais e que
a anulação (voluntária ou não) de poder genital tem, para não destruir a harmonia
orgânica, que ser compensado com um excesso de função da hipófise, o que eqüivale a
dizer que o sacrifício sexual só deve fazer-se em troca do desenvolvimento das
faculdades elevadas, manifestados, como já vimos, no mencionado aparato píneo-
hipofisário. E uma vez que se intensificou a função hipofisária por intensas
práticas de meditação (seja ou não por meio de suas secreções) alcançam a pineal,
despertando a função deste órgão do Eu Superior, sensibilizando-o e preparando-o
para percepção de novos e mais altos estados de consciência, fazendo valer a frase
de Platão "Deuses sois e vos tendes esquecido".
Neste aspecto tão importante da fisiologia humana têm fracassado redondamente
tantos infelizes pseudo-místicos que tem sacrificado a função sexual sem possuírem
a força suficiente ou capacidade mental. Isto porque a conquista do espírito deve
ser feita, não acumulando senão "encausando" os apelos do instinto. Coisa que tem
um duplo aspecto porque a espiritualidade não se faz só a custa dos egoismos e
prazeres da natureza inferior, se não que essa força sexual em tão grande caudal
acumulada nos órgãos correspondentes, quando se fortalece com o poder da castidade
bem entendida, se transfere aos órgãos superiores do encéfalo, pondo o homem em
condições de superação.

"Encausando" - espanhol - canalizar, dar direção por um canal, a uma corrente;


(fig.) encaminhar, dirigir por bom caminho, etc..

AULA 14 - PERGUNTA DE UM ARARAT: QUAL O SENTIDO OU A FINALIDADE DO MOVIMENTO


CULTURAL ESPIRITUALISTA A QUE PERTENCEMOS COMO SEMENTES DA NOVA CIVILIZAÇÃO QUE
SURGIRÁ NAS TERRAS DO BRASIL?

O movimento Cultural Espiritualista representado na face da Terra pela Sociedade


Brasileira de Eubiose tem um sentido evolucionista. Tem como escopo promover, em
todos os setores da atividade humana, a transformação de todos os elementos de que
é constituído o homem, procurar firmar no cérebro humano novos conceitos de arte,
ciência, sociologia, política, filosofia e iniciação, relativos à Nova Civilização.
Preparar a sensibilidade humana para que os homens possam tomar interesse pela arte
sagrada e pela arte produzida pelos Gênios de todas as épocas. Deverá procurar a
linguagem que expressará as concepções da Nova Era. Era, sim, de perfeito
equilíbrio ou de suprema felicidade.
A SBE pretende, sem dúvida, criar uma Civilização de Gênios e, não apenas, de
criatura eruditas.
Que é Gênio?
Gênio é aquele que não precisa buscar fora o que tem a dizer; volta-se para dentro
de si e aí encontra a inspiração. Logo está se esforçando para criar uma geração de
Gênios, a qual utilizará, perfeitamente consciente, os sublimes processos mentais
os quais a transformarão numa geração de Adeptos. Sim, geração de Adeptos ou
iluminados a que se denomina de Pramantha.
Adepto (o Ser realizado) é aquele que, na presente época, por exemplo, já dominou a
ciência, a arte (humana e sagrada), a filosofia, a sociologia e a religião
científica do futuro ou do que a tradição consagrou com o nome de Revelação.
Logo a finalidade de nosso Movimento é criar uma civilização de Gênios, isto é,
criaturas humanas que buscam dentro de si as idéias, seu sistema de vida. Aquele
que tem por fim criar seus elementos.
Se o homem do futuro possui a auto-inteligência deverá criar e não copiar ou
reproduzir o que já é do domínio da humanidade.
Não se pode realizar uma Nova Civilização baseado na inteligência
medíocre...repetitiva...decoradora...e muitas vezes inadequada ao Ciclo em curso. A
Hierarquia humana tem que criar o que é seu e não reproduzir, qual gravador, a
experiência dos outros.
De modo que o excelso Professor Henrique José de Souza fundou nosso Movimento com o
intuito de criar Gênios e não apenas eruditos. A erudição funciona como um elemento
auxiliar, como uma recordação da velha tradição.
Nosso excelso orientador Professor Henrique José de Souza - repetimos - dizia
sempre: "Os membros de nossa Obra não podem pensar igual aos homens do Mundo,
precisam pensar diferentemente...tirar rápidas deduções, concluir, rapidamente, os
problemas que se lhes apresentam no curso da Vida. Posto que são portadores da
inteligência superior, adquirida através da Iniciação do futuro que é apresentada
como verdadeiros Testes. O membro da S.B.E. não deve dizer "tive uma idéia" porque
essa genial idéia já deve existir no cérebro".
De modo que o nosso Movimento tem por fim promover o desenvolvimento dos
princípios: inteligente, mental abstrato, auto-inteligente. Dar aos Homens do
futuro completas convicções morais para que possam ser criadores e construtores.
De maneira que o propósito de nossa Escola é construir ou criar uma hierarquia de
Homens geniais, para que possam subsistir no próximo Ciclo, na Nova Era.
Sem uma perfeita convicção do trabalho realizado pela inteligência humana e dentro
de uma perfeita disciplina, senão de uma disciplina consciente, nada se fará de
grande.
Por isso disse com muita propriedade o valioso "Montagut":
"Se os homens não adquirirem convicções morais muito mais completas e profundas,
todas as tentativas de reforma política ou social, além de ilusória concorrerão
para aumentar a desordem"
O grande esforço de nossos orientadores consiste, perfeitamente, em nos dar as
convicções mais profundas: sejam de ordem moral, intelectual, filosófica,
iniciática, artística, sentimental.
A convicção intelectual é adquirida através da demonstração mental, do estudo, do
raciocínio, da meditação, isto é, com a elaboração do trabalho inteligente e
perseverante.
O sublime educador: Professor Henrique José de Souza colocou no início de sua Obra
com o título de "O VERDADEIRO CAMINHO DA INICIAÇÃO" a dedicatória:
"Este livro, de acordo com o seu título, é dedicado a todos aqueles que, heróica e
perseverantemente, desejam palmilhar o "VERDADEIRO CAMINHO DA INICIAÇÃO". O Autor".
Verdadeiro Caminho da Iniciação é o caminho mais próximo para se identificar com a
Verdade Eterna.
No nosso ponto de vista o Verdadeiro Caminho da Iniciação, ou da Verdade, é
palmilhar aquele que possa permitir o desenvolvimento da inteligência, posto que
esta expressa a característica dos que estão vivendo no presente ciclo. O
verdadeiro Homem é aquele que está evoluindo no plano da inteligência criadora,
aquele que está focando o centro de consciência no cérebro. Estamos, pois, no ciclo
do desenvolvimento pleno da inteligência.
Que é inteligência?
A inteligência é uma força que para se manifestar, se tornar objetiva, tem
necessidade de se dividir em dois polos: Polo Positivo, o trabalho, a elaboração
mental, o estudo...O Polo negativo é a crítica. A crítica como mecânica do juízo e
não como censura. A crítica é, pois, quando não degenera em censura, um elemento
positivo. Expliquemos: a inteligência é algo como se fosse uma chispa que se acha
embrionária num cristal, a qual só se revela, só se exterioriza quando é atritado
por outro elemento estranho. Se pegarmos um cristal não notamos nele nenhum
vestígio ígneo, mas se o atritarmos com outro elemento (com um pedaço de ferro),
desprenderá nele as chispas do fogo, as quais indo ter a um material inflamável
poderão atingir a grande proporções. Assim é a inteligência; só se desenvolverá
plenamente com a presença de elementos obstaculizantes.
O elemento obstaculizante, em via de regra, manifesta-se de súbito. Surgindo de
surpresa obriga a criatura a ter atitudes próprias, isto é, tirando de si, as
possibilidades para superá-lo o que não deixa de ser um ato genial.
Eis porque a crítica (não, censura) é um ato admirável no processo da evolução da
inteligência, posto que leva as criaturas a se modificarem. A crítica construtiva
leva o indivíduo a modificar as suas atitudes, seu comportamento, poda as arestas e
ajusta os elementos psíquicos. A crítica exerce um papel semelhante ao dos
Vigilantes Silenciosos ou despertadores de consciência, senão, do interesse pelas
coisas sublimes, dos ciclos futuros.
Observamos que o homem desenvolve a parte superior da inteligência graças à rudeza
da nossa Mãe Terra ou da Natureza. Quanto mais evolui o Homem maiores são os
obstáculos que surgem diante de seus olhos. As duas últimas guerras deram aos
homens grande desenvolvimento de natureza mental, intelectual, inventiva. Grandes
invenções surgiram de 1914 até nossos dias. A evolução da Humanidade se operou. Ela
se transformou da água para o vinho. Em pouco mais de meio século deu um salto que
corresponde a milhares de anos...quase uma eternidade.
Ora, os dois polos de vida não permitem ao homem viver numa eterna rotina,
repetindo...sempre as mesmas experiência. Por isso nosso trabalho precisa ser
mesclado ou intercalado: estudos, aplicações na arte, recreação, repouso.
Essa polaridade de vida humana promovendo a evolução constitui o ritmo. A crítica
dá ritmo ao estudo, a elaboração inteligente.
O ilustre educador Professor Henrique José de Souza escreveu no seu Livro "O
Verdadeiro Caminho da Iniciação":
"A crítica quando despojada de seus elementos negativos, torna-se a mais poderosa
tribuna do aperfeiçoamento.
O indivíduo, ao atirar para longe de si a forma mais sutil do ódio, a malícia
criadora da censura, livra sua mente das pesadas correntes que aprisionam no seu
interior e faz desabrochar a intuição, como florescência da supercrítica".
Outro trecho:
"A crítica, libertada do ressentimento, é o veículo por onde se verte e condiciona
a força criadora do pensamento consciente. Desde a imperfeição das formas, até às
tortuosidades do caráter a serem aplainadas, o verdadeiro Eubiota, graças a uma
crítica oportuna, projetará sempre, sobre os corpos e as almas, a perfeição do
arquétipo, como uma verdadeira invocação à latente perfetibilidade de tudo quanto
existe.
Neste caso, a crítica é o mais poderoso veículo da evolução humana".
Evolução é transformação. Evolução humana é transformação dos elementos
constituintes do Ser Humano, do Indivíduo. Transformação da estrutura física,
psíquica, intelectual e espiritual dos homens. Transformação gradual de nossas
idéias, de nosso sistema de ensino, de vida.
No ponto de vista histórico será o desenvolvimento e aperfeiçoamento sucessivo das
sociedades e da sua civilização.
Observamos que a medida que se avança na História da evolução humana, vemos
deslocar-se a universal hierarquia; a multiplicidade dos cismas, a prejudicar, cada
vez mais, a unidade primitiva, e de sob as ruínas dos grandes movimentos antigos,
dos colégios iniciáticos - centros oficiais de alta iniciação psíquica e mental
donde irradiava outrora, sobre o mundo pacífico, o calor e a luz dos conhecimentos
superiores - surgir a Verdade deturpada.
Nosso Movimento surgiu no cenário humano a fim de reformar os aspectos da Verdade
que já se acham deturpados pelos homens e preparar a consciência humana, para
receber a Revelação do novo Ciclo, e a sensibilidade, para sentir e vivenciar as
maravilhas da Nova Era de Maitréya.
De modo que, de ciclo em ciclo, surgem na Face da Terra movimentos renovadores das
consciências Humanas sob a forma de Avataras. Renascenças, renovação das humanas
idéias, dos costumes e das ordens constituídas.

AULA 15 - EXPLICAÇÃO DO NOSSO MOVIMENTO

Para que possamos entender bem os conceitos de nossa Escola Iniciática, devemos
estudar sua filosofia com o centro de consciência focado no Princípio denominado de
Mental Abstrato, e não usarmos a inteligência concreta (característica da terceira
dimensão).
Procuramos, sem dúvida as coisas de uma maneira abstrata, isto é, de modo geral,
depois, então, vamos descendo aos detalhes. Por isso, a princípio, encontram-se
dificuldades em entender os assuntos ventilados em nossa Escola Iniciática, porque
não estão alertados para raciocinarem com a inteligência abstrata. Falta-lhes a
capacidade de abstração do que é material, passamos a entender melhor nosso
Movimento porque Ele é de natureza subjetiva, isto é, cuida das coisas do futuro.
Somos obrigados, muitas vezes a usar termos, expressões ocidentalizadas, digamos
assim, preferindo sempre lançar mão da língua lusitana..
Nos nossos trabalhos falamos alhures na manifestação da Lei da polaridade em todos
os setores da Vida. Nossa evolução se baseia, também, em três polos:
a - A evolução espiritual;
b - A evolução da inteligência;
c - A evolução da forma (talvez a mais importante no nosso ciclo evolucional).
Por isso em nossa Escola há três coisas básicas (três polos):
a - A filosofia da Obra, criada pelo excelso iniciador dos homens, Professor
Henrique José de Souza, a qual é conhecida na nossa tradição com o título de
Revelação;
b - A filosofia dos conhecimentos relativos, baseada na erudição, senão na
filosofia dos conhecimentos gerais ou humanos;
c - A filosofia da forma, da estética, da finura.

A filosofia da Obra consiste no perfeito entendimento dos estudos do futuro (da


Revelação); nos estudos dos assuntos concernentes ao programa do nosso Movimento no
seu aspecto transcendental...metafísico...iniciático; usando, com efeito, aquela
beleza do misticismo definida pelo Adepto conhecido com o nome de "Velho das
Catedrais": "a mística é a parte superior do intelecto". Isto é, desenvolvimento da
parte superior do cérebro humano e não, propriamente, o aspecto de religiosidade.
É, pois, a poética funcionando em toda a sua plenitude. É a função do Poder da
Razão agindo através do cérebro, enriquecendo-o de maravilhosas idéias...ampliando,
sem dúvida, a capacidade de imaginação.
A Filosofia dos conhecimentos relativos consiste na aquisição da humana erudição,
senão, no entendimento do sentido mais profundo dos conhecimentos estatísticos. Não
se trata do trabalho memorizado, na repetição do que já foi escrito por outros,
senão, na penetração no real sentido das Obras dos nossos Mestres no campo das
experiências humanas.
A Filosofia da Forma consiste no aprimoramento da estrutura física dos discípulos,
do conhecimento das glândulas de secreção interna ou do sistema endócrino. Na
aplicação do bailado clássico e do iniciático, na prática de determinados mudras,
asanas para que, através dos movimentos rítmicos, determinadas glândulas passem a
funcionar, promovendo a transformação da sensibilidade do discípulo.
O bailado sagrado tem por finalidade conseguir dos discípulos a produção harmônica
da sua sensibilidade, tornando-a mais fina no modo de agir e sentir a vida pulsar
em todas as coisas.
Estudando a tradição de nossos antepassados, observamos que um dos mais importantes
Seres que já trabalharam para o Mundo foi Pitágoras. Esse grande Mestre, através de
sua Tetraktis deixou no mundo uma Série de aspectos da Verdade Eterna que, até hoje
não foram devidamente interpretados, não só pelos matemáticos, como, também, pelos
espiritualistas e pseudos iniciados, os quais muitas vezes, repetem, o que se acha
em livros, mas, nem sempre tiram as boas deduções porque lhes falta o dom da
genialidade. De maneira que aqui nós procuramos estudar esses dois aspectos da
Ciência das Idades: o filosófico e o acadêmico (profano).
Pitágoras, na sua Tetraktis determinou - para os que estavam preparados para
entendê-lo, o Ritmo quaternário da Terra, determinou o que em nossa Escola
aprendemos com a designação de quarta Cadeia e determinou o grande ciclo que,
segundo a nossa tradição, tem o título de QUARTO SISTEMA DE EVOLUÇÃO.
Para explicar a manifestação gradativa do universo, de Deus, de Brahmã, armou a
equação com o título de Tetráquite para que os homens da ciência a resolvessem.
Usou como termos da citada equação letras do alfabeto hebraico, dispostas na figura
geométrica de um triângulo:

*
* *
* * *
* * * *

Ou seja: um IOD, dois IODS, três IODS, e quatro IODS.


O excelso Orientador de nossa Escola: Prof. Henrique José de Souza, interpretou a
Tetráquite do seguinte modo: IOD; IOD e HE; IOD e HE e VAU; IOD e HE, VAU e HETH.
Explicação: o IOD simboliza a SUPREMA UNIDADE, DEUS, BRAHMÃ. É o indivisível, a
origem de tudo e de todos.
IOD e HE - expressa a Suprema Unidade polarizada: polo positivo e polo negativo.
Segundo Zoroastro seria: Ahura-Mazda polarizado em Spento-Mainysh (Espírito) e
Angro-Mainyush (matéria).
IOD, HE, VAU - é a manifestação da Unidade no seu aspecto ternário, funcionando com
Pai, Mãe e Filho; Espírito, Matéria e a Lei, os três poderes: Legislativo,
judiciário e o Executivo. A manifestação da Lei regulamentando a evolução humana.
IOD, HE, VAU, HETH - As quatro sublimes letras Hebraicas que formam o nome de
JEOVAH, como filho de Júpiter. Em grego é o TETRAGRAMATON formado pelas 4 letras ou
4 Gamas, dando a Cruz Gamada ou Cruz Swástica dos Jainos primitivos.
Essas quatro últimas letras expressam a evolução no Mundo material, no Mundo
objetivo, no Mundo onde vivemos. alegoriza a manifestação da Divindade (da Unidade)
em quatro planos diferentes até atingir o mais grosseiro ou o mais concreto.
Segundo os Maçons seria as quatro faces da Pedra Cúbica.
Nosso grande Mestre denominou esses quatro Planos da Manifestação com os nomes:

IOD O Mundo dos


Princípios
IOD HE O Mundo das
Causas
IOD HE VAU O Mundo das Leis
IOD HE VAU HETH O Mundo dos Efeitos

Vemos, conseqüentemente, que há quatro planos bem distintos na manifestação do


Poder Criador Universal. Os Cabalistas - sucessores de Kabir, o valioso planetário
do passado, chamariam esses quatro planos de quatro Sóis: O Sol Oculto, o Sol
Espiritual, o Sol Psíquico e o Sol Físico. Poderíamos, também, dizer que esses
quatro planos correspondem aos quatro Poderes bem distintos: Legislativo,
Judiciário, Executivo e Coordenador, senão, os 4 Poderes Iniciáticos: Manu, Yama,
Karuna e Astaroth.
Na Doutrina Eubiótica (conhecimento relativo) vamos encontrar estes quatro planos
bem distintos com os nomes de Alaya ou da ideação cósmica; o Plano de Mahat ou
pensamento universal; o plano de Kama-Fohat ou o plano da Vida Universal; e o plano
Físico do Universo, ou seja, o plano da atividade ou das realizações que é,
justamente, expresso por estes quatro IODS.
De maneira que, nosso Mestre Pitágoras, através de sua Tetráquite determinou
(repetimos) a evolução destes quatro planos universais e que os eubiotas chamam de:
Alaya, Mahat, Kama-Fohat e Físico. Ora, como vemos, obedecem a uma gradação
manifestativa ou de densidade, vindo do mais sutil para o mais concreto, do agudo
para o grave, conforme a escala musical.
Usando a prodigiosa língua portuguesa poderíamos dizer com garbo e com grande
convicção:
1 - Plano da pura intuição-mental-ideoplástico - conhecimento direto, o plano da
divina linguagem;
2 - Plano da Inteligência pura, da auto-inteligência, da inteligência criadora, da
inteligência genial;
3 - Plano da pura emoção, plano do dinamismo da Divindade, plano da Vida;
4 - Plano Físico, material, plano da Evolução da Forma. Plano onde a Unidade se
torna múltipla para realizar o mistério da Criação. Plano onde Deus se mira numa
infinidade de espelhos para se conhecer, para saber quem é, e o que é capaz de
fazer e realizar. Plano onde o Deus ou Allah se defronta com Mirah ou seja Allah e
Mirah ou o Deus mirando ou olhando para a Mãe Natureza que é seu espelho: Allah-
Mirah; Maha-Shakti.
Tomando por base as Idades ou Ciclos diz-se que, no primeiro plano correspondendo
no calendário Hindu, a Satya-Yuga (Idade de Ouro) a Divindade, Deus, manifesta-se
com o valor integral de 100%, eqüivalendo à Era de Maitréya.
O segundo Plano (Mundo das Causas) a Divindade com o valor de 75% do valor integral
e corresponderia à Dwapara-Yuga.
O terceiro Plano (Mundo das Leis) a Divindade se manifestaria com 50% do valor
integral e corresponderia à Tetra-Yuga dos Hindus.
O quarto Plano (Mundo dos Efeitos) a Divindade se manifestaria com o valor de 25%
do integral. Este ciclo corresponderia a Kali-Yuga dos Hindus.
O último Plano ou Idade seria o de menor espiritualidade e, por conseguinte, de
maior materialismo.
Neste quarto e último plano ou ciclo de Manus, os Kabires, os Pitágoras lutam com
maior dificuldade para iniciar os Homens porque estão desespiritualizados. A força
Psico-Dinâmica (Kama-Fohat) está desajustada nas humanas criaturas. De modo que as
gonádias estão superando o aparelho Pino-Hipofisário. Por essa razão os Hindus
denominam essa Idade de:" Idade Negra". A Vida se transformou na Não Vida, a
Imortalidade se transformou na Mortalidade dos sentidos superiores.
GLÓRIA A DEUS NAS ALTURAS E PAZ NA TERRA AOS SERES JULGADOS BONS OU APTOS PARA O
NOVO CICLO, PARA FUNCIONAREM NA NOVA ERA.

AULA 16 - PERGUNTA DE UM JOVEM:


PODE EXPLICAR-ME QUAL O SENTIDO
DA EXPRESSÃO MELKI TSEDEK?

Consoante os ensinamentos deixados pelo nosso Orientador, "REI DE MELKI-TSEDEK" é


um título dado a alguém que possui a dupla função na ordem geral do mecanismo da
evolução: uma de natureza material e outra de natureza espiritual. É o Senhor das
duas Faces: sombria - voltada para a Terra e luminosa - voltada para o Céu; é
aquele que, embora esteja à frente de uma civilização, duma humanidade, dirige
simultaneamente, dois planos, duas ordens de Seres humanos. Aquele que, por assim
dizer, dirige ao mesmo tempo duas humanidades, se admitirmos a pluralidade de
Mundos. Dirige à que pertencemos na Face da Terra e outra pertencente a outro plano
e que age, subjetivamente, funcionando como elemento inspirador dos homens geniais
do nosso Orbe. Logo, há dois setores, no campo da evolução humana: um objetivo e
outro subjetivo. Esse trabalho de união entre os aspectos do sistema manifestativo
(objetivo e subjetivo) é realizado por esse SER que comanda dois planos ao mesmo
tempo. É, com efeito, um trabalho de interpenetração de dois Ciclos: um que
desaparece e outro que surge.
Quem possui esses excepcionais "DONS", que tem o direito de Vida e morte sobre as
criaturas humanas pode exercer a função de Rei de Melki-Tsedek. Por isso vem ao
mundo (Face da Terra) à frente de povos, de civilizações, justamente para
estabelecer a harmonia entre os Poderes: Temporal e Espiritual. É, pois,
considerado pelas escrituras Sagradas, Rei e Sacerdote do Altíssimo.
Ora, no nosso plano, qualquer poder age através da multiplicidade de formas, de
vários veículos...O ETERNO, por exemplo, no seu plano Essencial pode ser
considerado uma só consciência, tão grande...imensa, cabendo-lhe a denominação de
SOL. Pois bem, esse plano único manifestado num plano mais grosseiro (no plano da
forma material) terá várias expressões, agirá através de várias formas, logo
polarizando-se, multiplicando-se. Por isso se fala no desdobramento da manifestação
através dos planos.
Podemos qualificar a evolução de Ciclos construtivos e Ciclos destrutivos. Os
construtivos correspondem ao manifestativo no qual se constrói a parte veicular das
Hierarquias, os planos, sub-planos até chegar ao mais denso da matéria (o físico-
físico).
No mecanismo da manifestação da Suprema Unidade observamos: "O valor ou expressão
"Melki-Tsedek" é constante.
Para melhor esclarecimento, evocamos a Chave Pitagórica, ou seja, a Tetraktis,
assunto de nossa aula anterior, número 15. No vértice do triângulo encontramos um
IOD, no plano dos Princípios ou do Princípio único do qual todos derivam. Esse
princípio único (um IOD) chamemo-lo de Rei de Melki-Tsedek: Senhor de Tudo e de
Todos. É como se fosse a própria Divindade como Senhor de toda a Sabedoria
Universal, mas manifestada de uma maneira embrionária. A seguir temos a Sabedoria
Universal transformada em Conhecimento, intelectualidade, apresentada de maneira
filosófica, e mais próximo possível do entendimento. O Verbo feito carne,
transformado em som, em palavras.
A seguir temos o Mundo das Causas - representado pelos dois IODS ou IOD-HE,
expressando o Rei e a Rainha de Melki-Tsedek. O Princípio único, polarizado em Polo
positivo e Polo negativo, senão o Pai-Mãe universais. No Mundo das causas temos a
Sabedoria Eterna tomando dois aspectos bem distintos: A Sabedoria Eterna e o
Conhecimento, sistematizado, tomando aspectos bem humanos. Esse Princípio dual cria
causas indefinidamente. Essas causas criadas no seu plano próprio, precisam ser
dirigidas, orientadas, canalizadas para determinado ponto, para determinado campo
evolutivo.
No mundo das Leis, simbolizado pelos três Iods ou IOD-HE-VAU, há na tradição
judaico três sublimes expressões, ou seja, uma divina Tríade: MELKI-TSEDEK, KORO-
TSEDEK e ADONAI TSEDEK. Essa Tríade representa as Leis regentes dos planos, das
hierarquias criadoras, e a humanidade. São as Leis Divinas, procurando se
harmonizar com as Leis Humanas.
MELKI-TSEDEK - tem em si três poderes. Com este nome é: "REI DE JUSTIÇA".
ADONAI-TSEDEK - é o "SENHOR DA JUSTIÇA".
KOHEN-TSEDEK ou KORO-TSEDEK - é o "SACERDOTE OU PAI DA JUSTIÇA".
Melki-Tsedek é, enfim, o Manu-Primordial e Permanente, agindo como Rei do Mundo e
seus dois Ministros, suas duas Colunas. De modo que o excelso Rei de Melki-Tsedek
ora se manifesta com os dois Poderes, ora age como Justiça, ora como Sabedoria.
A respeito do tradicional nome de "MELKI-TSEDEK", Dr. Mário Roso de Luna, em sua
magistral Obra "El Simbolismo de las Religiones del Mundo", quando fala do grande
JANO - página 59 - escreve: "...É uma destas indicações da própria Bíblia. Abraham,
"não Brahman" e separado da primitiva casta bramânica e esposo de Sara (Saraswati)
habitou, após sua expulsão ária, em Ur, Caldeia e sendo ali, seu vizinho mais
próximo a Europa, conheceu Abimelech, a Melchisedec, ou Malki-Shadach " o sacerdote
dos mlechchas ou europeus, "Sacerdote do Altíssimo, ou seja, da abstrata e
inominada Deidade Sem Nome, dos pelasgos e etruscos tartésios e não cessa de
enaltecer a seu filho Isaac (isíaco, conforme a etimologia do nome)"...
Na página 291 da mesma Obra
encontramos outro trecho acerca do nome "MELKI-TSEDEK", em relação à cultura humana
ou tradicional:
"Ficaram, pois, dos acontecimentos religiosos relativos a queda da civilização
atlante, pouco mais ou menos e em linhas gerais deste modo: um centro superior
refugiou no Tibete, no Gobi, e grande parte de povos Atlantes inferiores
espalharam-se por todo o âmbito do que chamamos de antigo e novo continente, com
alguns centros iniciáticos aqui e ali, tal como o escítico (cista, etrusco) do
Norte tão elogiado pelos clássicos gregos, com doutrinas excelsas refletidas mais
tarde no "kalevala" (a antiga Wala ou profetiza, a representante genuína da ciência
de UR-wala ou "Mãe Terra"), nos cânticos nórdicos utilizados sabiamente pelo genial
Wagner para seus dramas musicais como dissemos noutro lugar. A este povo branco,
elevadíssimo, se faz alusão na obra de H.P.B.: "Por las grutas y selvas del
Indostán", no dizer que os mesmos brâhmanes, em seu orgulho de saber e de possuir
sua casta e consideram um povo nada inferior a Eles, na qualidade de herdeiro que
era não só da sabedoria lemúria, da terceira Raça, senão da Segunda Raça ou
hiperbórea: a Raça de Melchisedech ou Melkisadac, o grande Sacerdote dos Mlechas ou
bárbaros a que tantas vezes se alude no Gênesis como protetor de Abraham e eu filho
Isaac"...
No número 110 de Dhâranâ nosso Orientador, Professor Henrique José de Souza
escreveu " Melquisedec, rei de Salém fez trazer pão e vinho, por ser ELE Sacerdote
do Altíssimo (El Elion) e abençoou Abrahão dizendo: "Abençoado sejas, Abrahão, em
nome de Deus Altíssimo, possuidor dos Céus e da Terra. Abençoado e Deus Altíssimo,
que entregou os inimigos em tuas mãos. E Abrahão lhe entregou o dízimo de tudo
quanto havia tomado". (Gênese, XIX, 18-20).
Melki-Tsedek (Melquisedec), como já dissemos, refere-se ao mesmo "Rei do Mundo",
embora designado na tradição Judáico-Cristã (Melki-Tsedek).
O sacrifício de Melquisedec (o pão e o vinho) deve ser olhado com "uma prefiguração
da Eucarística". E o próprio sacerdócio cristão se identifica, em princípio, ao de
Melquisedec, segundo a aplicação das seguintes palavras dos psalmos feitas ao
Cristo: "TU ÉS SACERDOS IN AETERNUM SECUNDUM ORDINE MELCHISEDECH" (Ps. C IX, 4).
A tradição judáico-cristã distingue dois sacerdócio: um, "segundo a ordem de
Aarão"; outro, "segundo a de Melquisedec". E este, é superior àquele, como o
próprio Melquisedec o é a Abrahão, do qual nasceu a tribo de Levi e, por
conseguinte, a família de Aarão. Não diz o grande iluminado, que foi São Paulo. "O
mesmo Levi que percebe a dízima (sobre o povo de Israel), pagou, por assim dizer,
por Abrahão?".
Os ciclos destrutivos a que nos referimos, compreende-se de destruição veicular;
isto é, a sutilização da matéria, da energia para que tudo volte, conscientemente,
do Ponto de partida, de origem, senão ao Seio do Pai.

GLÓRIA E MUITA GLÓRIA AOS PODERES DE MELKI-TSEDEK

AULA 17 - REVELAÇÃO OU CONHECIMENTO DO FUTURO

Pergunta: Como se pode explicar o sentido real a que damos as expressões:


"REVELAÇÃO OU CONHECIMENTO DO FUTURO?"

Já estudamos alhures o sentido que pretendemos dar à sistematização de nossos


estudos.
Tomamos por base o esquema do conhecimento de todos, acerca de Conhecimentos
Absolutos e Conhecimentos Relativos. O primeiro é de natureza universal e o segundo
de natureza humana. Aos universais, divinos, ainda embrionários no nosso estado de
evolução, chamemo-los de SABEDORIA. Sim, Sabedoria Divina, a que se estuda através
da Ciência das Idades, da Gupta-Vidya, senão da Teosofia. É, também, denominada de
VERDADE ETERNA.
Quando os diversos aspectos dessa "Verdade Eterna" passam por efeito de pesquisas,
de experiências, de observações catalogadas de sistematização de ensino,
denominamo-los de Conhecimento Relativos. Isto é a Sabedoria apresentada como
Conhecimento detalhado. Sim, classificado através da linguagem humana. O
conhecimento adquirido pela experimentação e pelos sentidos externos a esse aspecto
também se dá o nome de Ciência positiva ou experimental. Logo há razões para que as
tradições digam: "há necessidade de duas linguagens: uma sacerdotal para dar forma
à Sabedoria Divina, subjetiva, que cairá no domínio público nos futuros ciclos; no
outro aspecto: humana, científica, a fim de traduzir a idéia e o pensamento humano.
A primeira é denominada pelos Deuses (Rishis, Budhas, Cristos e outros); é usada
para firmar no cérebro humano os caracteres da Sabedoria Divina. Logo, a
"REVELAÇÃO" está classificada, segundo nossa tradição de Sabedoria Eterna. É,
naturalmente, ministrada aos homens realizados por AQUELE que, no Ocidente, tem a
designação de "MELKI-TSEDEK". Ele dá a Sabedoria que é conservada pelos Iluminados
de todos os tempos.
Como Senhor do Poder Espiritual é denominado de: "O REVELADOR. É o Enock - o
supremo clarividente - em relação às coisas do futuro.
Quando fala como Senhor do Poder Temporal desperta o interesse dos homens para que
pesquisem os Setores dos Conhecimentos humanos. Sugere o que deve ser pesquisado ou
o que deve ser descoberto, inventado para determinado ciclo.
Esses dois aspectos do Conhecimento, funcionando através das duas linguagens,
promovem a evolução humana ou o despertar nas criaturas da Consciência integral.
Surge, ciclicamente, o Revelador no meio dos homens, trazendo coisas novas, novas
idéias, novos pensamentos.
Observamos, com efeito, que Revelação é a Sabedoria dada pelo Revelador.
A Revelação ou Conhecimento do Futuro é o ensinamento relativo às futuras gerações,
aquilo que a humanidade irá conquistar, conceber nos dias de amanhã.
Para melhor entendimento de nossos estudos dividimos nossa Escola em três Fases:
conhecimento do passado e do futuro.
A - O estudo da tradição, do passado: tomas conhecimento de todos os Seres que já
trabalharam pelo mundo, cada um deles, de acordo com a sua época. Estudar e
analisar todos os trabalhos dos nossos avoengos.
B - O estudo dos conhecimentos presentes, dos acontecimentos contemporâneos;
estudar tudo que existe na presente época, ficar ao par dos ensinamentos
científicos, artísticos, filosóficos da aplicação da ciência. e através da ciência
experimental descobrir novas causas, adquirir novos conceitos sobre todos os
setores da vida.
C - O estudo das revelações, do conhecimento do futuro. Há a projeção daquilo que
será: arte, ciência, filosofia, política, sociologia, religião.
Ora, em se tratando de uma coisa do futuro, de ensinamentos, haverá
conseqüentemente, novas concepções e esses conhecimentos para os nossos dias, com
os elementos de que possuímos, não deixam de ser uma abstração, porque muitos
fenômenos ainda estão no campo da ciência, no campo experimental. De modo que hoje
é como dissemos, são uma abstração, mas futuramente estarão no campo físico,
objetivo. Hoje será uma hipótese e amanhã será um fenômeno físico, concreto.
Haverá, naturalmente, aparelhos próprios para trazerem para o campo da
experimentação aquilo que para nossa época é uma mera hipótese.
De maneira que, repetimos, revelação é dito no sentido de ensinamento do futuro.
Nosso Orientador preparou seus discípulos para entenderem, vivenciarem e
conceberem a ciência, arte, filosofia do futuro, da Nova Era.
No decorrer do tempo surgem movimentos no mundo para trazer novos conhecimento. E
esses movimentos aparecem nos momentos mais negros da vida humana, na época de
maior confusão, com intuito de restabelecer o equilíbrio.
Estamos, sem dúvida, atravessando um ciclo de transição, ou seja o choque de duas
eras, haverá, sem dúvida uma grande transformação em todos os setores da vida
humana.
A iniciação consiste o mais possível na vivência do conhecimento. Nem sempre
há ambiência, esta deverá ser criados pelos processos humanos. Para essa
realização entra em função a divina matemática, isto é a matemática aplicada pela
arquitetura. A construção dos Templos com as medidas canônicas tornou-se célebre em
determinadas épocas. Os Templos são, sem dúvida, ambiências próprias para se
vivenciarem os valores do Espírito.
Na Europa houve a Ordem dos Monges Construtores, cujos membros eram especializados
nas construções de Templos. Usavam, pois, os cânones primitivos e as suas Obras
eram todas de cunho iniciático. Construíram a Notre Dame de Paris e muitos outros
Templos. Construíram Templos com a acústica própria para músicas de natureza
espiritual. De maneira que todas as músicas sacras davam uma certa afirmação
espiritual aos fiéis.
O Templo é considerado como se fosse um Livro arquitetônico, por isso são
construídos baseados em certas regras, obedecendo a harmonia universal.
Na Europa, em determinada época, surgiram grupos de pessoas especializadas em
construir Igrejas, com características iniciáticas.. Construíam Igrejas com
abóbodas, com ressonância, com ótima acústica. Esses grupos de construtores eram
denominados de maçons.
Os Templo constituem o meio pelo qual se pode eternizar a divina idéia, sem que
seja deturpada pelo curso da história.
Na Grécia e Roma antigas os Templos serviam para iniciar os Seres superiores. Mais
tarde, para iniciarem os profanos, sublimando-lhes o corpo emocional, realizavam
nos Portais e nos Jardins dos Templos representações iniciáticas. Firmavam a
tradição da Verdade Eterna pela teatralização, senão, a vivenciação dos Mistérios
Maiores.
A construção dos Templos deu origem à tradição das Ordens: Dórica,
Jônica...representação erudita da Sabedoria Arquitetônica dos povos antigos.
Nosso Orientador, não fugindo aos ensinamentos da Verdade Eterna, determinou a
construção de nosso Templo em São Lourenço - Minas Gerais -, não no sentido
religioso de trazer mais uma religião para o Mundo, mas para firmar a tradição da
vinda de Maitréya Buda, como Supremo Arquiteto do Universo. Não tem sentido da
religiosidade. Tem, sim, o aspecto da realização. Funciona como palco cênico para
teatralizar os Sagrados Conhecimentos de nosso Orientador e Supremo Iniciador dos
Homens. O Templo serve para dramatizar, movimentar, vivenciar os conhecimentos do
futuro (as Revelações), e para a prática da arte sagrada. É o marco sublime da
manifestação dos dois Devapis nas Terras brasileiras, no século XX, de 1900 a 2000.
O Templo da S.T.B. na Vila Canaan, em São Lourenço, foi inaugurado no dia 24 de
fevereiro de 1949, no local onde os fundadores do nosso Movimento se hospedaram, no
ano de 1921. Ano da Fundação Espiritual de Nossa Obra e, portanto, de nossa Escola
Iniciática. Templo da Sociedade Brasileira de Eubiose e, embora Eubiose não seja
religião, mas é o tronco de todas as "religiões", filosofias, ciências, artes,
línguas...já existentes e por ainda existirem, pois, como Sabedoria Iniciática das
Idades, ' e a mesma propagada por todos os Grandes Iniciadores ou Redentores da
Humanidade. Sim, as que vão existir já tem sua base, "seu Bijam", nas revelações
(ou conhecimentos do futuro legadas ao mundo pelo Prof. Henrique José de Souza.
De modo que o Templo foi construído em homenagem ao chamado Culto de Melquisedek,
ou ao Amor entre todos os Seres da Terra. Donde seus símbolos mais preciosos serem
o do Supremo Arquiteto, expresso por um triângulo com um olho no centro, como o
reconhecem todas as religiões do Ocidente, e a própria Maçonaria; e uma Taça ou
Cálice, expressão da "comunhão espiritual" em que devem viver esses mesmos seres da
Terra, pois como filhos de um Pai comum, é lógico que também devem viver unidos ou
em comunhão espiritual com ELE. Outro sentido não possui a famosa frase de Santo
Agostinho, isto é, "vimos da Divindade e para Ela havemos de voltar". É a própria
parábola do Filho Pródigo que volta a Casa Paterna, de tão má interpretação por
parte dos não iniciados nos Grandes Mistérios.
Sentimos a grande necessidade de dizer que, mais do que nunca, a hora é de se
cuidar das coisas do Espírito, pois que, todos os caminhos conduzindo ao Deus único
e Verdadeiro, o que apenas se exige, é a sinceridade das intenções a favor do Culto
ao Amor Universal, à Verdade Eterna e à Justiça, em nome do Supremo Arquiteto.
Para se autenticarem os valores transcendentais de nosso Templo, basta reproduzir o
trecho da Revista Dhâranâ de Maio/Junho de 1954, de JHS: "O Templo é a Sede da
Guarda do Santo Graal e por isso faz ciente que "Os doze Cavaleiros ou Goros" (nome
que se dá aos sacerdotes do Rei do Mundo, mais conhecido como Melki-tsedek, Rei de
Salém, a cidade Luz e Sacerdote do Altíssimo), tomavam conta do Graal (o Cálice
contendo o sangue do Cristo). E que "todos os anos uma Pomba de alvura imaculada
descia do céu para renovar o Mistério". Pomba esta que, também, se revela na hora
da morte de Jeanne D'Arc. Para terminar diremos: "O Templo de São Lourenço não é
para orar, mas, para se homenagear o Eu interior e praticar a divina inteligência,
o dom oferecido pelo Revelador de todos os tempos aos que vivenciam o Culto de
Melki-Tsedek.

AULA 18 - ORIGEM DO ESPIRITUALISMO NO OCIDENTE

Como surgiu nosso Movimento no Ocidente e como se desenvolveu até nossos dias? Tem
relação com o Espiritismo, Ocultismo vulgarizado e outros Movimentos congêneres?
Nosso Supremo Orientador Prof. JHS disse em seus primorosos ensinamentos que o
movimento deveria ter uma amplitude maior, deveria abranger um raio muito maior, em
todos os setores da vida.
Em virtude do Ocidente ter sido, sempre, vítima do materialismo grosseiro, épocas
há em que o espiritualismo decai e outras há em que se eleva ao ponto máximo do
possível. Há ciclos obstaculizantes e há ciclos de verdadeira luminosidade.
A LEI que a tudo e a todos rege, através do Pramantha, dos Seres Geniais, dos
sábios gênios ou Jinas (tal como disse Roso de Luna) através do grande Movimento
Universal (aliás movimento constituído de Seres vivos e não de mortos) procurou
lançar no mundo alguma coisa que provasse à "Ciência Positiva" a existência do
poder, mais sutil, porém mais potente do que o poder material, a existência de
coisas cujas causas se acham num plano mais sutil do que o nosso e que se
manifestam, apenas, os efeitos. De modo que os cientistas de nosso grosseiro plano
conhecem os efeitos de acontecimentos tendo as suas causas formadas noutro plano,
desconhecido de nossos olhos.
Quando soou a hora cíclica foi lançada mão de uma Fraternidade muito antiga, de
origem Atlante, cujos remanescentes existem no México, conhecida pelo nome de CHEN-
CHEN-ITXA, situada na Península de Yucatan.
Remanescentes atlantes, especialistas em determinado aspecto da magia, do psiquismo
procuraram agir, orientar outros elementos humanos, tendo como base uma família
muito distinta - conhecida pelo nome de "Casal Fox". Essa Família começou a
imprimir no mundo um novo conceito do desconhecido. Começou a exaltar o corpo
emocional dos Seres humanos, logo os membros da "Família Fox" tomaram por base o
corpo emocional.
Assim, esse casal começou a fazer seu movimento e como tudo soe acontecer foi pouco
a pouco se desenvolvendo, em torno da exaltação do corpo emocional, da parte
anímica dos Seres da Face da Terra. E com esse impulso emocional deram origem à
doutrina conhecida nos nossos dias por "espiritismo". Mas, em verdade poderia ser
"Animismo" - de ânima, alma. Por esses processos anímicos começaram a provar aos
homens de ciência, aos materialistas, que, além da vida material, além da vida
física, há alguma coisa diferente, há um mundo subjetivo: "o domínio da Consciência
Psíquica".
Desse movimento apresentado pelo "Casal Fox" surgiram todas as experiências e
literaturas "espíritas". Tudo isso, por sua vez, tem origem naquelas iniciações
egípcias nas quais procuravam fazer com que os discípulos funcionassem o corpo
emocional. Depois de algum tempo, quando os discípulos estivessem com o emocional
bem excitado, procurava conduzi-los a um determinado local, no astral, onde era
provocada uma série de milagres, para que depois pudesse provar que "tudo aquilo
era mentira, era ilusão, todos aqueles fenômenos psíquicos não constituem elemento
evolucional".
Vemos destarte o surgir do "espiritismo" no mundo, graças aos esforços do "Casal
Fox", de origem americana mas que viveu no México onde iniciou seus trabalhos de
experimentação psíquica. Esse Movimento dos "Fox", posteriormente, estendeu-se pela
França, Inglaterra.
Depois desse movimento ter se espalhado no mundo, vamos surgir no cenário humano o
trabalho de Blavatsky (H.P.B.).
Helena P. Blavatsky surgiu no mundo com outra finalidade: transferir o estado de
consciência despertado nos homens, do corpo anímico, para o mental concreto. Dada,
porém, a reação da sua época, precisou, também, recuar até ao animismo, filho do
casal "Fox". Fundou na América do Norte o "Clube dos Milagres".
Após ter revivido a consciência psíquica dos americanos do norte, transformou-a em
Teosofia, fundando a Sociedade Teosófica que mais tarde se transformou na Sociedade
Teosófica de "Adyar". De modo que a Missão de Blavatsky foi promover meios para que
os homens voltassem sua atenção para o mental concreto. E, assim, conseguiu fazer
seu movimento no mundo. De vez que não pode permanecer na América do Norte, devido
à intolerância dos protestantes, à pressão judáico-protestante, H.P.B. recuou,
transferindo-se para a Índia, cidade de Adyar, onde organizou seu "Quartel
General".
Faleceu em Londres, tendo sido encontrada debruçada sobre um livro, terminando
destarte sua missão para o Ocidente.
O que nos interessa, entretanto, é que o fito de Blavatsky foi fazem com que os
homens firmassem o centro de consciência no corpo mental concreto, tangenciando-o
para o mental abstrato. Após, então, segundo ela mesma disse, se não nos enganamos,
no terceiro de sua Obra "Doutrina Secreta" que, depois dela, viria outro Ser que
ensinaria muitas outras coisas as quais Ela mesma jamais seria permitido fazer. Com
o decorrer do tempo, passando por altos e baixos, mais tarde veio surgir no cenário
humano, nosso movimento, ou seja, a S.T.B. (hoje S.B.E), com a finalidade de
despertar nos homens aquilo que nós conhecemos como mental abstrato, budi e atmã.
Destarte a missão desta Obra, a função do nosso Orientador foi firmar nos homens,
em evolução, esses três princípios superiores, o que eqüivale a se dizer que o
trabalho será realizado por Duas Raças de nomes: Bimâmica e Atabimânica. Isto é, o
mental abstrato se firmará em todos os homens superiores do Mundo.
Os Adeptos, os Araths só funcionam do Mental Abstrato para cima, posto que são
senhores da Tríade Superior.
"Espiritismo" (animismo)...caboclo...não são coisas que se falam por Adeptos porque
eles tem por base a inteligência abstrata. Esse tipo de inteligência é algo natural
na nossa Raça. Razão pela qual nossos inteligentes irmãos entendem muito bem os
estudos de nosso Mestre, pois, estão dominando a inteligência abstrata. Por isso
nosso Mestre era portador da REVELAÇÃO, senão, da ciência do futuro. Determinados
conhecimentos DELE não são perfeitamente entendidos por nós, quando os ouvimos por
vez primeira, somente depois de uma seriação de estudos, de determinada elaboração
mental, após labutar no trabalho e vivenciação na Obra, os entendemos.
O trabalho de nosso Orientador era fixar, em nós, primeiramente, estes dois
princípios que chamamos Budi e Atmã, mas em verdade serão as inteligências:
intuitiva e crística, espiritual ou o espírito de síntese. Eis porque o Adepto de
nosso Ciclo é Aquele que já dominou esses dois princípios, ou seja, a Inteligência
Intuitiva e a Inteligência Sintética. Aliás é essa Inteligência que permite às
pessoas possuírem a visão geral das coisas; daí todo o SER superior escrever pouco,
mas todos os seus caracteres terem sentido amplo (são substanciados ao invés de
serem adjetivos).
Por isso podem prever um ciclo, um acontecimento, uma época e assim escreverem
obras do futuro. Não agir como nobres cidadãos que repetem o que a S.T.B. vem
dizendo, há muito tempo de um modo um tanto velado, abertamente, sem as precauções
necessárias em defesa da Verdade.
O trabalho é modificar o estado de consciência da humanidade, aliás já dissemos
isto.
Os que tiverem a capacidade de superar essas tendências de transformar esses
elementos químicos serão escolhidos para o próximo ciclo, como homens positivos,
homens realizados. aqueles que quiserem continuar a marcha do ciclo do futuro como
emocionais, presos, apenas a uma ponte (animismo) ficarão na ponte, não alcançarão
a outra margem, porque perderão a barca.
Eis porque o nosso movimento evolucionista se preocupa com a juventude a infância,
daí seu lema "Spes Messis in Semine" ( a esperança da Colheita Reside na Semente).
Por isso a juventude e a criançada de nossa escola está sendo instruída, orientada
dentro do ponto de vista da Escola do futuro: "A VIDA EUBIÓTICA", a vida em relação
com a natureza Universal, senão "A CIÊNCIA DA VIDA UNIVERSAL".
Só poderão compreender estas coisas, atualmente, aqueles que já possuem aqueles
princípios Superiores, já citados em nosso estudo, Budi e Atmã bem desenvolvidos.
De modo que houve um desenvolvimento progressivo desde a Lemúria até os nossos
dias. usando uma linguagem simbólica poderíamos dizer: o casal Fox ressuscitou a
Lemúria, Blavatsky ressuscitou a Atlântida e nosso Orientador exaltou a Raça
Ariana, a fim de conduzir a civilização a um ponto acima e que nós, dentro da nossa
escola, chamamos de SEXTO SISTEMA, época em que os seres humanos terão
perfeitamente, desenvolvimento do sexto princípio, sexto dom, percepção intuitiva.
Chegamos, então a conclusão que o nosso movimento é um grande selecionador. No
início do nosso ano letivo os primeiros graus fica superlotado de irmãos, quando
começamos a ministrar, progressivamente, os irmãos passam a recuar, não por mal e
sim porque estes princípios não estão vibrando suficientemente nas estruturas
físicas, psíquica e intelectual dos componentes dos graus.
Do ponto de vista de nossos estudos só poderão ser consideradas retas, perfeitas
as Instituições que possuírem capacidade, o dom de entender, compreender e viver
essa Lei de REENCARNAÇÃO E KARMA. foi isto que Pio XII quis fazer na Religião
Católica, ele quis dar este cunho a Igreja Católica com o intuito de fazer com que
fosse divulgada aquela Lei, porque os fiéis se valorizariam, poderiam fazer o seu
auto-julgamento.
Qualquer criança poderá dizer: "Eu sou uma criança, sou um inocente, não tenho
pecados; logo não tenho karma". Sim, sem dúvida inocente daquilo que irá passar,
mas já trás consigo todo karma passado, o qual deu origem ao seu nascimento naquela
família. Cumpre-lhe saber o que foi no passado para ir pautando a sua vida em
relação ao futuro. Por isso pode-se ver o quanto é importante a Lei de Reencarnação
e Karma, para os estudos de nossa Escola. Somos humanos, discípulos,
espiritualistas, e como tal fazemos uma pequena análise, e sem forçarmos a
imaginação verificamos nossa experiência atual.
Poderá, também surgir a pergunta: qual seria? por exemplo: nenhum de nós vai a
Igreja Católica, como católico, mas gostaríamos de uma missa cantada e, também
gostamos de ler uma Obra oriental, gostamos de ouvir um mantram e tudo que nos faça
voltar ao passado oriental. Ora, como analisaremos essas tendências em nós? são,
exatamente, as semente, as tendências, "sidhis" de todas essas épocas (vidas
passadas) até a presente, até os nossos dias, até o momento que nos projetamos no
futuro. Se todos os católicos fizessem o favor de aceitar essa doutrina (Lei de
Reencarnação e Karma) poderiam fazer melhor análise dessas sublimes personagens,
dessas consciências, operando no cérebro de homens com o nome de; São Pedro, São
Paulo, São João Evangelista e fazendo, contudo um estudo com todos os Papas até
chegar ao atual, há, sempre esse movimento para a frente. Isso não significa que
queiramos saber a nossa vida passada, não! basta-nos fazer um estudo analítico do
mundo e, fazendo futuramente um estudo em relação a certas coisas do passado, as
vezes poderemos atinar com algumas coisas desajustadas, as quais se acham se acham
no Supra-consciente. Corrigindo, essas pequenas coisas, resgatando, digamos assim,
esse karma que restava, um ser, uma pessoa pode se tornar um Adepto, um iluminado.
Segundo a tradição um ser que não dia mental concreto tem mais karma a resgatar,
poderá, até mesmo adquirir a estabilidade física. Eis porque existem os Mundos
Interiores, isto é para aquele que não mais têm karma, não possuem etapas a serem
conquistadas e, sim os que já conseguiram a estabilidade nas estruturas: física,
psíquica e espiritual.
Desde o momento da iluminação têm um vislumbre do passado e, com esses vislumbres
se projetam no futuro. Na hora da morte isso se verifica com quase todos os seres:
tem um vislumbre do passado e se projetam no futuro.
Consoante nossos ensinamentos poderíamos dizer: quando qualquer pessoa morre,
desce aos infernos até ao terceiro dia, isto quer dizer, se está no mental
abstrato, desce aos infernos no 1º dia, no mental concreto no 2º dia, no emocional
no 3º dia a vida mais densa possível no plano dos elementais. Um ser que está no
plano búdico ao morrer desce aos infernos. Repetimos: no 1º dia mental abstrato, no
2º dia mental concreto, no 3º dia emocional. Descer ao emocional do plano búdico é
um castigo tão grande, que é o mesmo que se um de nós tivesse que reencarnar com o
estado de consciência semelhante ao animal. É por isso que um ser superior não
suporta animismo.
Daí o sentido do Cristo ter descido aos infernos no 3º dia, isto porque, estando
ele do plano de budhi para cima, descer até o astral é o mesmo que estar no
inferno. Se ele veio para a Terra, veio, conseqüentemente para o inferno.
para o inferno. É por isto que os nossos Mestres não suportam esses movimentos
anímicos que estão retardando a evolução.

AULA 19 - ESCOLA INICIÁTICA

Procuraremos dar uma idéia, dentro da linguagem iniciática do que expressa o


movimento ao qual pertencemos, embora isto já tivesse sido feito de outras maneiras
em outros estudos.
Há, com efeito no Ocidente uma série de Escolas Iniciáticas, mas cada uma têm a sua
especialidade, têm à sua orientação. A nossa S.T.B. tem por princípio a pesquisa,
logo é a pesquisadora da verdade, através da tradição, através do estudo
comparativo, da iniciação real e simbólica.
De modo que, dentro da ciência humana, sabemos que toda energia para se manifestar
possui dois polos diferentes: polo positivo e polo negativo.. Baseados nessa
comparação verificamos que todo poder, toda a energia, toda consciência para se
manifestar, pelo menos no nosso mundo objetivo, tem necessidade de se transformar
nesses dois polos: positivo e negativo ( a repetição é necessária para clareza da
idéia).
Ora, na tradição teosófica fala-se no mundo objetivo e no mundo subjetivo, por
conseguinte, já temos aí dois polos, um gera o outro, os dois produzem o
conhecimento, o verbo. No Grande Universo ouvimos falar nesses dois polos: um é
aquele que está em evolução e o outro ';e aquele que está inspirando, orientando os
que estão evoluindo. É a energia que faz o aparelho se movimentar; o que é, também
uma polaridade.
Sabemos que dentro do nosso sistema de evolução, se há um poder superior, se há um
DEUS, esse poderoso Deus no princípio das coisas possuía menos experiências que nos
dias de hoje. E assim , o processo da evolução é o que desperta esse DEUS dentro
dos mundos manifestados, ou de maneira antropogênica, isto é dentro do próprio
homem. Pois bem, em todos os sistemas de manifestação há sempre esta polaridade
(polo positivo e polo negativo)Os hindus chamaram-no de Prakriti e Purusha,
espírito e Matéria, mas vamos traduzir isto como se fosse idéia e cérebro. a idéia
age através de um cérebro e esse cérebro cria uma série de coisas.
Segundo os ensinamentos dados em nossas Escola, temos a certeza da existência do
Ser Cósmico: aquele que está em evolução. Um é diferente do outro, embora um possa
se tornar à semelhança do outro. Um é um trabalho que se realiza de modo
progressivo, enquanto que o outro é um elemento puramente inspirador. Um tem por
base a razão, o raciocínio o outro a parte emocional das criaturas humanas. Ora,
poderemos instruir multidões de gerações, mas como parte inspiradora temos, sempre
um orientador, um Ser mais experiente, mais velho que indica o meio mais próximo, o
caminho mais curto para se chegar ao fim. Há, sem dúvida, muitas outras Escolas,
teosóficas que admitem a hipótese de um discípulo viver, alcançar a evolução plena
sem Mestre, é uma idéia louvável e prática se isso fosse possível no nosso plano de
vida. Segundo as experiências do passado, aquele que teve uma orientação, é
guiado, portanto pelo caminho mais curto. Se quiser apreender alguma coisa sem
orientador levará o dobro do tempo e muito mais vidas e, além disto não fará um
trabalho harmônico e perfeito, terá sempre, digamos um conhecimento digamos,
impróprio, defeituoso. Daí sempre haver orientadores, tanto nos grandes ciclos como
nos pequenos. Há orientadores no seio dos guias da humanidade e no das grandes
civilizações.
Temos um povo e um governo que não deixa de ser uma perfeita polaridade.
Dentro da nossa linguagem simbólica esses dois movimentos, esses dois polos de vida
possuem vários nomes: Bem e mal, Sabedoria e Ignorância; em sânscrito chamam-se
Vidya e Avidya; hierarquias Rúpicas e Arrúpicas; Poder Inspirador e Poder
Realizador; Idéia e Cérebro.
Nos símbolos universais (mandala) conhecemos o valioso símbolo geométrico: um
círculo com um diâmetro horizontal. Esses símbolos nos estudos mais adiantados é
denominado de "Duas Faces do Senhor das Eternidades". Face superior voltada para o
céu e a inferior para a Terra.
Segundo nosso orientador, Prof. Henrique José de Souza, a humanidade descreve dois
caminhos: um objetivo realizado através das civilizações e outro inspirador
impulsionado pelos Avataras ou encarnações Divinas, tal como se disséssemos que, de
quando em vez, há reforma do conhecimento, do sistema de ensinar, ou seja há sempre
uma complementação das experiências vindas anteriormente, mas que não foram
completadas, chamam-se a isso de "dois caminhos": o do mundo objetivo e do mundo
subjetivo; um é inspirador o outro o realizador.
Como meio prático dentro das organizações espiritualistas, verdadeiras,
verificamos, também esses dois caminhos, (polos).
existe com efeito uma humanidade vivendo na Face da Terra, ainda com o centro de
consciência focado no emocional, a três dimensões; vivendo, por assim dizer,
adquirindo experiências de maneira estatística, seguindo os ciclos normais, a vida
normal, enquanto que há outro caminho que eles chamam de Pramantha ou o da Grande
Fraternidade Oculta, isto é, através da iniciação real. É um caminho direto onde os
seres humanos vivem o conhecimento, as idéias, a evolução, as coisas universais..
É, realmente um conhecimento mais completo, por isso se fala em sociedades humanas
e sociedades secretas; no ocidente é uma espécie de covil de assassinos, entretanto
são aqueles que guardam o conhecimento, aqueles que oferecem, de maneira gradativa,
iniciática, ao mundo os conhecimentos transcendentais.
Por exemplo: os discípulos, já instrutores, indo falar ao mundo, que fazem ?
guardam em seus cérebros, aquilo que é secreto e, portanto, não pode ser dito ao
mundo por ser cedo e não será compreendido. agindo com esse comportamento se
constituem em fraternidades secretas. Por que? Porque guardam os conhecimentos
transcendentais, as idéias principais, a sabedoria, e vão ministrando, difundindo o
conhecimento, sistematizadamente, e possível de ser compreendido pelos profanos e
iniciantes. existe, todavia organizações humanas que orientam os homens, com o
interesse já despertado pelos assuntos de natureza mais transcendentais, logo além
da vida material. Eis o motivo de se falar nas fraternidades: ocultas, livres,
esotéricas, secretas e mesmo nas exotéricas. Exotéricas, todos sabem, são as que
cuidam tão somente dos conhecimentos vulgarizados, relativos; esotéricos cuidam dos
ensinamentos do futuro (revelações), senão o que será vulgarizado daqui, por
exemplo, a 50, 100 e 1000 anos...Esses ensinamentos, jamais poderão ser deturpados.
Para protegê-los contra a deturpação e o mau emprego, lançam mão da linguagem
simbólica. donde ser muito perigoso darem-se ensinamentos ao mundo, aos Seres
profanos (não iniciados) isto é, aqueles que não estão capacitados para os
compreender. E por que? Alguém entende, apenas, um décimo da idéia. Ora, um décimo
não corresponde a idéia toda e muitas vezes, condena-a como infantilidade.
Na Grécia antiga havia, também, como sempre, aqueles dois polos, tantas vezes
repetidos no nosso estudo, os quais eram conhecidos com as designações: Mistérios
Maiores e Mistérios Menores. Os Mistérios Maiores constituem os conhecimentos
esotéricos e os menores, os exotéricos ou profanos.
Segundo o Grande Educador Prof. Henrique José de Souza, podemos formar uma nova
filosofia, baseada nessa lei da polaridade. Vamos ver os manes ou Personalidade e a
Individualidade. Em nossa Escola concebemos como personalidade aquilo que é
esculpido com argila na terra. São os hábitos, os costumes, as experiências, as
tendências adquiridas na Face da Terra, na nossa vida comum. É constituída de
quatro elementos, de todos muito bem conhecidos, as estruturas: física, vital,
emocional e inteligência concreta, comparativa, objetiva. Acima desses elementos há
mais três de natureza superior denominados de Inteligências: Abstrata,
(Inspiradora), intuição e o Princípio Crístico Universal. Esse conjunto ternário é
chamado de Individualidade. Por mais absurdo que pareça este conjunto se manifesta
como semente, "bijam", como poder germinativo, como vida em estado de latência.
Essa Semente, esse poder germinativo manifesta-se segundo os valores, a pujança da
personalidade. Esta dá potência a semente divina. A personalidade é como se fosse
um canteiro e a individualidade a semente. A exuberância desta depende do poder
vitalizante daquele.
Por exemplo: a proporção que a personalidade aumenta o valor, a individualidade, o
Deus interior começa a se desenvolver progressivamente. Se começou a produzir 10,
aumentando o valor da personalidade, o Deus interior, a individualidade passa a
aumentar a produção de 10 para 100, 1000, 10.000, 100.000 e assim por diante.
Compreendemos, agora, a orígem, o valor da iniciação que tem por finalidade
preparar a personalidade para que a individualidade possa se manifestar com a
máxima potencialidade realizadora.
Exemplifiquemos para maior compreensão: suponhamos que um ser humano - um discípulo
- tentasse mergulhar a uns 10.000 ou 20.000 metros de profundidade, em pleno
Oceano. Chegando a essa profundidade e abrindo os olhos, perdeu, naturalmente, a
orientação, logo terá dificuldade de se adaptar aquele ambiente. Com a vivenciação
em grande profundidade vai, aos poucos, se adaptando e com a adaptação começa a ver
as coisas, as formas, as algas, com maior clareza. Vai aos poucos distinguindo as
formas das coisas, envoltas pelas águas ondulantes.
O próprio Deus único criou as suas Personalidades para depois nelas se infundir
como hálito, vida, inteligência.
O Deus único e Verdadeiro que vibrou em nosso Orientador no início do Movimento,
não tinha a mesma visão, a mesma potência das que possuía no fim de sua vida
terrena.
No início, tudo é trevas, cegueira e ignorância e com o perpassar dos ciclos,
tempo, transforma-se em luz, visão superior e sabedoria. O mal vai ficando menos
mal, menos mal até ficar bom...muito bom...ótimo.
O Deus único criando as personalidade (pessoas) é algo como se fosse uma Essência
única subdividida em vários frascos.
Lançaremos mão de outro exemplo: a presença da energia elétrica numa geladeira
movimenta-se dando frio, no fogão dá calor, na indústria age como força e, noutros
aparelhos funciona como força e luz. A eletricidade é um Poder, é uma coisa,
variam, sim, os aparelhos, os transformadores.
Há, realmente, o Deus único, a Consciência Unitária, a Suprema Unidade manifestada
em diversas Personalidades, numa multidão de "personalidades". Cada um reage
diferente de outro, mas o resultado do trabalho é uno, de um só dono (o Deus único
e Verdadeiro).
Concluímos que as personalidades expressam a pluralidade do Deus único e as suas
Sementes são as individualidade. De modo que o trabalho harmônico das
personalidades identificadas com as individualidades representam a manifestação da
Divindade na Terra. O verdadeiro sentido da sigla, da legenda: DEUS, PÁTRIA e
FAMÍLIA. Deus é a Unidade Geral, Unidade de Consciência; Pátria é o conjunto de
Individualidades (por isso que todos os dirigentes de povos, nações, deviam ser
iniciados); e Família se refere às Personalidades (crescei e multiplicai).

AULA 20 - ESCOLA INICIÁTICA (SBE) - IIº CAPÍTULO

Qual será o sentido de fraternidade? O sentido profano é união, amizade, afeto,


carinho de irmão para irmão: a concórdia e fraternidade entre a família portuguesa
(Latino Coelho); Amor Universal que une todos os membros da espécie humana; boa
harmonia, união íntima de pessoas que vivem juntas, que exercem a mesma profissão.
Ficaram ainda mais unidas pela fraternidade das armas (Herculano).
Fraternidade no sentido de nossa Escola não é no sentido de que todos devem fazer o
que um quer, pensa, e, sim, como união, harmonia, amizade em que todos possam
viver, realmente, o lema: "UM POR TODOS E TODOS POR UM". Em que todos procuram
vivenciar a Vida Universal, a vida em sintonia com o Universo, uma espécie de
naturismo cósmico. Dr. Maurus deu a esse sistema de vida o nome de Eubiose.
Não se encontra nos léxicos a palavra "EUBIOSE', há, sim a palavra "EUBIÓTICA".
EUBIÓTICA quer dizer conjunto de preceitos relativos à arte de bem viver - vem do
grego: que sabe procurar a substância.. É de formação grega.
EU - é um prefixo grego que quer dizer bem, belo e biotos (que sabe procurar a
substância).
EU - sendo uma palavra de formação latina, de orígem latina é EGO.
EU - é o Ego, a Tríade Superior, a Individualidade.
BIOSE - a Vida; o estado de vivo; a ação de viver. É um termo de formação grega:
vida.
EUBIOSE é, portanto, um neologismo que quer dizer o Ego, a individualidade, o
espírito, com vida, com o estado vivo, funcionando como ação de viver em corpo
físico.
Segundo a aula anterior concluímos: EU - é o Deus interior e BIOSE é a
Personalidade. Logo a Eubiose é processo de preparar a Personalidade para que haja
uma perfeita justaposição com a Individualidade. Ambos devem funcionar em perfeita
simbiose. Se isso acontecesse a toda a Humanidade não haveria infelicidade, porque
essa existe pelo desajuste, pelo desequilíbrio, entre os dois elementos citados.
Por essas razões e outras, muitos seres Humanos que descortinam o futuro apregoam
a IDADE DE OURO, A SATYA YUGA...época em que as Personalidades dos homens estarão
tão perfeitas as quais vão permitir Aquele Poder Unitário se manifestar com um
potencial de 100%, de modo claro e perfeito. Embora funcionando, vibrando nas
personalidades é como se fosse a DIVINDADE agindo. Por esse motivo o Cristo sempre
dizia: "MEU PAPEL É FAZER DOS APÓSTOLOS A MINHA SEMELHANÇA". Isto quer dizer que a
sua sublime e divina Personalidade era capaz de captar, despertar o se Deus
Interior e o das criaturas humanas, de modo que todos os apóstolos deveria fazê-lo.
O ato dos apóstolos exteriorizar o EU interior e viver em Eubiose surgiu a alegoria
da Pentecoste, o fogo, uma energia superior, já do ponto de vista objetivo. Isto é,
que se chama Avatara. O fenômeno da Pentecoste veio de fora para dentro devido a
falta de afirmação interna dos Apóstolos. Não acreditaram do poder que lhes foram
dado pelo excelso Cristo.
As tradições Orientais têm dois nomes para determinar essa sutil polaridade: um
polo se manifestando como esforço da humanidade, desde os tempos mais antigos até
nossos dias; chamemo-lo de Avatara Humano e o outro de Avatara Superior, Celeste,
ou seja, o potencial Inspirador dirigindo a Civilização. São, pois, determinados
trabalhos cíclicos que têm por fim esclarecer tudo aquilo que ficou obscuro nos
movimentos anteriores.
Lançando um olhar no roteiro da evolução, poderemos verificar que todos esses Seres
os quais afiguram Seres Superiores, não vieram ao mesmo tempo ao mundo, não foram
contemporâneos. Buda veio 600 e tantos anos antes de Cristo, Krishna a 5.000 e uns
vieram muitos anos antes e outros vieram depois. Nunca vêm junto como se fosse uma
Plêiade.
Eles vêm espaçadamente com uma certa distância como que renovando sempre o trabalho
humano ou em outras palavras não permitindo que a evolução caia na rotina porque a
rotina já é um símbolo de involução.
Esses dois aspectos da evolução são denominados de Apavana-Deva e Mitra-Deva. Se um
deles se manifesta o outro fica encoberto.
Há, até, um provérbio popular muito interessante que confirma a nova Teoria: "de
hora em hora, DEUS melhora". De fato, de hora em hora a personalidade adquire novas
experiências, ficando com maior poder. Há um poder que se manifesta como Vontade
para produzir a evolução num determinado ponto.
Um dirigente de povos precisa ter certos conhecimentos, certos dons, os quais são
dados pela personalidade. Apenas, quando esse poder orientador se manifesta,
focaliza a vontade divina num determinado ponto.
O trabalho da Obra tem por fim preparar um Brasil futuro, ou seja, preparar os
brasileiros para que possa surgir daqui uma Nova Civilização com os nomes de Raças:
Bimânica e Atabimânica.
Quando ouvimos o mantram Búdico, principalmente a letra "Amitaba sai do loto que te
encerra..." Amitaba é essa experiência que vem desde os tempos mais antigos até
nossos dias. Esse mantram está anunciando, em sua letra o Budha. Budha, por sua
vez, é a síntese do trabalho humano desde o passado mais remoto da humanidade até
os nossos dias. Budha tem o sentido de síntese do trabalho humano, através da linha
crúcia da evolução.
A exemplo do assunto já desenvolvido, poderíamos raciocinar iniciaticamente: se
Budha, em nossa Era, surgisse como um sábio, matemático, artista viria baseado na
experiência mental concreto, comparativo. Se apresentasse como um gênio, inventor,
criador agindo numa humanidade portadora da inteligência abstrata era sinal de que
os homens estavam com o desenvolvimento pleno deste estado de consciência. Quando
surge no seio dos homens como iluminado, como sói acontecer geralmente, quer dizer
que a civilização atingiu o sexto princípio. Quando soou a hora do Sétimo Princípio
se apresentará como Cristo, a fim de firmar nos homens o princípio Crístico.
De sorte que esses Avataras representam o herói que vem marchando desde o princípio
das coisas até o nosso Ciclo. É, justamente, esse trabalho renovador Universal que
vem desde os tempos imemoriais sempre no sentido evolucionista, procurando
impulsionar os valores humanos para a frente, para o futuro.
O grande trabalho de nosso Movimento é procurar reunir discípulos, homens de valor,
os quais possam trabalhar para um Brasil futuro, cheio de esplendor. Brasil, que
será o patrimônio dos adolescentes, das crianças de hoje e irão nascer como pessoas
julgadas perfeitas para o novo ciclo.
Por todos esses motivos, nosso Mestre via com tristeza a mocidade de "play-boys"
como que vendo a Semente do futuro atiradas no charco, a caminho do apodrecimento.
Em vez de serem instruídos para um trabalho construtivo, estão sendo preparados
para um destrutivo. Dest'arte a civilização vai se demolindo aos poucos,
principalmente no ponto de vista físico e moral.
Há um trecho do Vishnu Purana, antevendo de maneira sublime os acontecimentos
levados a efeito em quase todo mundo. Esse trecho consta das palavras, aliás, muito
importantes e dignas de serem repetidas.
"Quando chegaram ao fim as instituições legais e as práticas ensinadas pelos Vedas,
quando se chegar ao termo da Kali-Yuga (Idade Negra), descerá sobre a Terra um
aspecto DAQUELE SER que por sua própria natureza espiritual existe em Brahmã (Deus)
e é o princípio e o fim (Alfa e Ômega). Nascerá do Vishnuyashas, um eminente
Brâhmane de Shamballah, dotado das oito faculdades sobrenaturais. Com seu
irresistível poder destruirá as mentes entregues à iniqüidade e depois
restabelecerá a justiça sobre a Terra. As mentes de quantos vivam o término da
Kali-Yuga ficarão despertas e diáfanas como cristal. Os homens, assim transformados
pela virtude de tão singular época, serão como a semente de humanos Seres e nascerá
delas uma raça, obediente às Leis da Krita Yuga. Por isso se diz: quando o SOL, a
LUA, as CONSTELAÇÕES e o PLANETA JÚPITER, estiverem na mesma casa, voltará a KRITA
YUGA".

AULA 21 - KARMA COLETIVO E INICIAÇÃO

Quando estudamos Eubiose, ouvimos falar em KARMA COLETIVO, em KARMA INDIVIDUAL.


Estes dois tipos de Karma funcionam desde o começo das coisas até a nossa época,
até nossos dias. Já tivemos ocasião de explicar mais de uma vez, que Karma é ação,
seja ela em que plano for. Assim, uma ação humana tem, como resultado, o Karma
Humano, uma ação divina tem, como resultado, um Karma divino. Por isso, todos nós
criamos coisas de natureza humana, ou por outra, de natureza física, concreta,
criamos coisas de natureza psíquica, de natureza mental e de natureza espiritual. É
ao encadeamento dessas criações, desses atos, que se denomina LEI DO KARMA.
Coletivamente, podemos estar subordinados a um Karma Coletivo, entretanto,
individualmente, podemos nos libertar desse Karma individual. Karma, deve ser
tomado no sentido de LEI, de ação. A nossa ação cria alguma coisa. Ou por outra, a
nossa ação, a todo momento está criando coisas de natureza emocional, mental,
espiritual. A Lei que rege esse encadeamento de coisas é denominado Karma ou do
Karma. Por isso é uma Lei Universal. Os Teósofos e muitos de nós mesmos, tomam
Karma no sentido de castigo, mas castigo no sentido dogmático, religioso.
Entretanto, isso não deve acontecer e sim, devemos encarar esta palavra no seu
sentido mais transcendental possível, no sentido de LEI UNIVERSAL. Ora, se a nossa
evolução está se processando num mundo humano, conseqüentemente, temos que criar
coisas para a nossa vivência nesse mundo humano ou nesse mundo superior? No Mundo
humano porque as Leis que nos regem nesse plano, não vão reger num outro, seja num
superior, ou seja, num mundo inferior. É uma Lei completamente diferente. Fala-se,
então, num Karma Humano. É a criação feita num ponto de vista humano, num estado de
consciência humano. Tanto assim que a humanidade, nesse plano, levando séculos e
séculos, vivendo intelectualmente, sofrendo, aprimorando, conseqüentemente, o
emocional, depois de um certo tempo, adquire um determinado direito, esse direito
que implica na manifestação de um Bodhisatwa com aspecto objetivo, com aspecto
humano. Por isso ouvimos falar em Manu de várias categorias, em Munis, em Dhyanis,
em Bodhisatwas...porque, de acordo com o direito conquistado pela humanidade,
coletivamente, ela poderá ter uma glorificação de maior ou menor esplendor. Eis o
motivo de um SER agir no mundo sem um preparo, sem fazer com que a Humanidade crie
coisas reais, objetivas. É a isto que dão o nome de realização, apesar de que há
uma doutrina que fala em realização como sendo o ato de adorar a Mãe Divina. No
entanto, realização é o ato do indivíduo trazê-lo para dentro de si; interiorizar
conscientemente esse potencial divino, quer no ponto de vista emocional, quer no
ponto de vista intelectual, mental e espiritual.
Qual é o trabalho dos Adeptos? É preparar o maior número possível de criaturas,
criando causas superiores, modificando os destinos das causas para que, depois de
determinado tempo, essa produção coletiva possa concorrer para que haja a
manifestação de um Avatara, de um Manu. Até certo ponto é um trabalho feito de modo
moroso, mas é feito. Por exemplo: se no Brasil há necessidade da manifestação de um
Bodhisatwa, primeiramente a humanidade ou um grupo de criaturas humanas, faz alguma
coisa, prepara o ambiente, cria base física e psíquica para permitir-lhe manifestar
e cria um ambiente quer intelectual, quer filosófico, quer religioso e cria uma
base espiritual, formando um núcleo que trabalha para a humanidade de modo que haja
uma potência, haja alguma coisa que sirva de base para que esse poder possa se
plasmar, possa se manifestar. Essa a razão de vermos surgir determinados
movimentos, de quando em vez, para preparar a humanidade, para que essa humanidade
possa criar uma série de coisas e essas causas façam com que haja o direito de
manifestação de um Avatara. Tanto assim é que as instituições que, geralmente
trabalham para isso, nunca têm esplendor financeiro, esplendor social, porque estão
criando alguma coisa, como que um Oásis. Cada um trabalha ou rende por mim ou por
milhão para que se crie uma base, para que uma usina seja criada e para que essa
usina possa gerar uma determinada energia da natureza de Rajas Superior e Satwa,
servindo, ou possibilitando, então, a manifestaçào do Avatara. Por isso é que os
Avataras, geralmente surgem depois de um determinado trabalho, feito pela
humanidade. Baseados nisto é que eles falam nos eleitos e nos que não são eleitos.
Os primeiros são os que estão trabalhando. Não são escolhidos! Escolhidos e os que
se escolhem são àqueles que trabalham para o futuro, porque deram, digamos, o seu
sangue, o seu trabalho, a sua dor, o seu labor. É um direito adquirido. a única
coisa que os homens ainda não conseguiram enganar foi esse Espírito Avatárico e por
isso disse o Cristo: "Muitos serão chamados, poucos os escolhidos". escolhidos
foram esses que trabalharam para aquela finalidade.
Podemos dividir esses tipos de seres em três grupos ou em três círculos: 1º - os
que realmente trabalham, os idealistas, os que viveram o ideal, por isso são
denominados de eleitos, não para serem distinguidos, para usufruir o trabalho dos
outros. São eleitos porque se elegeram, se dedicaram, escolheram o papel de
construtores, embora sem alarde. São os pedreiros livres e conscientes do Supremo
Arquiteto, ou seja, daqueles que realmente estão construindo o Mundo. Esses
pedreiros constituem o primeiro círculo. A esse primeiro círculo, Blavatsky
denominou de Arath. São os que ficam mais próximo da Divindade, mais próximo do
Mestre, aqueles que assumem a responsabilidade direta do mundo. Estão mais próximos
da Luz, são os mais responsáveis. Depois, vem o segundo círculo. São os
aproveitadores, aqueles que fingem que querem, mas não querem, são os que estão
iludindo a humanidade.
Têm a possibilidade de atingir o primeiro círculo, mas fazem parte do segundo e por
isso, alegoricamente, não estão nem bem no céu nem bem na terra e sim, num ponto
intermediário. Não sabem ainda o que querem. De sorte que estão sujeitos,
consequentemente, às tentações, ou por outra, ao caminho da ilusão ou naquele em
que a Divindade ainda não fez ninho em seu coração. Finalmente, temos os elementos
pertencentes ao terceiro círculo que, nesse caso, representam o polo negativo,
aqueles que vão formar a base física, os reinos inferiores do sistema de evolução
seguinte, do plano seguinte. Não dizemos estejam completamente perdidos, mas
constituirão a natureza física do sistema seguinte.
No primeiro Ciclo predomina Satwa, no mediano Rajas e, terceiro Tamas, de acordo
com o que todos já conhecem sobre estados da matéria. São três círculos: interno,
mediano e externo. No círculo interno estão aqueles que receberam a iniciação
direta. São os experimentados de mil e uma maneiras. São os construtores maiores
porque criam circunstâncias, auxiliam, insinuam os Seres humanos a seguir esse ou
aquele caminho. Esses elementos do círculo do centro, são os mais responsáveis, são
aqueles que representam a Lei na Face da Terra. Por isso são mantenedores da Obra,
os mantenedores da Divindade. São Aqueles que trabalham diretamente. No caso
presente, são aqueles que estão trabalhando, realmente, para a vinda do Avatara,
são selecionados através do conhecimento do futuro, são selecionados através do
trabalho, através das missões que cumprem na face da Terra, com lealdade, dando-se
pela Divindade.
Nos fins de Ciclos, surgem em todos os lados, por todos os cantos, falsos mestres,
falsos instrutores, enfim, falsos movimentos que conduzem os homens através da
ilusão dos sentidos. Apresentam-lhes o mundo sob um aspecto fantasmagórico, dando
uma falsa idéia do que é a vida.
A Natureza, entretanto, como tudo se interpenetra, sofrendo a ação do homem, atua
sobre ele, consequentemente e, dentro da própria Lei de Causa e Efeito, com a
intensidade relativa a que lhe foi impressa. Vemos que está agitada. E esses falsos
mestres, falsos Deuses não são capazes de dominá-la porque estão sujeitos ao
próprio Karma. No Oriente falam-se na Taraka-Raja-Yoga. A Taraka-Raja-Yoga é um
sistema Brâhmane de Yoga, de conhecimento. É o mais concreto, o mais profundo, o
mais difícil. É o mais secreto porque tem por finalidade aprimorar o Ser humano
através do estudo, através do poder mental, do poder intelectual, através do poder
filosófico, por conseguinte, adestra os discípulos no ponto de vista espiritual, no
ponto de vista do mental altamente cultivado, o que não é aceito pela maioria. Por
que essa maioria prefere ou é mais atraída pelos falsos mestres? Porque não precisa
estudar enquanto que aquele que instrui exige, consequentemente, um esforço maior.
A seleção é feito, é espontânea, natural, de acordo com as tendências. A Taraka-
Raja-Yoga tem por finalidade, aprimorar aqueles que já possuem determinada evolução
espiritual.
TARAKA-RAJA-YOGA: É também o nome do demônio-gigante. Assim o praticante da Taraka-
Raja-Yoga é aquele que, pelo trabalho para a humanidade, conseqüentemente,
adquirindo conhecimento, poder espiritual, fazendo funcionar Rajas e Tamas dentre
ela, fazendo condensar Budhi-Taijasa ou aquilo que Aurobindo chamou de Super-Mental
está dominando Taraka o gigante, o demônio que vive dentro de todos. Todo aquele
que dominou o gigante Taraka ou dominou o demônio, esse Assurim que existe dentro,
fora, perto do homem, conseqüentemente superou a vida humana, a vida material,
transformou-se num Arath ou Rahat. Transcendeu à personalidade humana e, segundo o
Bodhismo, é aquele que não nasce mais, já se libertou da Roda dos nascimentos e
mortes. Desse modo todos os discípulos que pendem para o poder psíquico, para a
magia operante, pendem, conseqüentemente, para alimentar o gigante Taraka.
Comparando a iniciação que o nosso Mestre aplica, com o que acabamos de relatar,
vemos que, até certo ponto é semelhante à da Taraka-Raja-Yoga, obrigando os Irmãos
a trabalhar no mundo, para a humanidade, destruindo, assim, esse princípio que está
em nós e que não deixa de ser alimentado, inspirado por aquele demoniozinho. Quando
a consciência superior e a consciência inferior começam a agir, quando começamos a
vier a iniciação, conseqüentemente, começam a agir aquelas duas Tríades que, no
Chakra Cardíaco, vamos encontrar com o vértice para cima e com o vértice para
baixo. É a luta entre as escandas e as nidhanas, é a luta entre a consciência
superior e o gigante Taraka, que procura dominar todos nós, é a ciência superior e
o gigante Taraka, que procura dominar todos nós, é o chefe da cólera, de tudo
aquilo que nos inspira no campo humano, no campo destruidor porque sua natureza é
destruidora, enquanto, que a consciência superior é construtiva. Por isso o chefe
dos Assuras, o Maha-Assura, usa sempre o sinete "Destruens et Construens". Ele
comanda as forças superiores as forças inferiores ao mesmo tempo. E isso está muito
bem expresso no manto do Budha, onde se acham desenhadas uma série de dragãozinhos
e diabinhos. ELE um Ser superior atingiu uma evolução tal que é o único capaz de
dominar essas forças da natureza.
Coincide-se, como vimos demonstrando, que realmente o discípulo é escolhido pela
sua livre e espontânea vontade. Não se pode impor um ideal a ninguém; o discípulo é
escolhido segundo as suas criações, positivas ou negativas. Se predominam as
ilusões, se dominam as nidhânas, ele vem com uma auréola de correção, mas com
segunda intenção escondida. Esse aura vai derretendo aos poucos, essa névoa vai
desaparecendo. É como um nevoeiro quando o Sol bate. Aí a máscara cai.
As criações positivas, no seu conjunto, formam aquilo que chamamos o nosso Ego,
nosso EU superior, nossa alma divina. Ao conjunto das criações negativas, podemos
denominar de "Dragão do Umbral". Por isso todos os ocultistas fazem um romance,
teatralizam o Dragão do Umbral, assim como as seitas, de um modo geral fazem o
Diabo, porque de modo geral é o que mais existe no homem. Exteriorizam aquilo como
história da carochinha, mas em verdade, tudo existe em nós mesmos, é o conjunto das
nossas tendências inferiores. Tanto assim que, quando o discípulo começa a ter as
suas visões com a Divina Mãe, para continuar usando uma alegoria, uma deusa se
apresenta de várias formas. Também se apresenta um dragão. Ele pensa que está sendo
atacado por magia negra, mas é o contrário. Está vendo seu retrato. Ou, então, está
vendo a sua fantasia. Todos já compreenderam que um representa os poderes físicos,
por assim dizer, enquanto outro representa a sabedoria, a inteligência. E para
aqueles que já alcançaram um certo grau de discernimento, é preferível ser
inteligente sábio, embora aparentemente fraco do que forte, mas ignorante, porque
não fosse assim o mundo estaria superlotado de Adeptos. É importante atentarmos
para isso porque toda a nossa evolução futura, todo nosso destino depende das
causas que criamos no momento presente. Nosso Orientador não aconselha muito aos
discípulos. Prefere que tomemos as nossas atitudes próprias porque assim vamos
criar coisas nossas, elementos nossos para que possamos ser beneficiados pelos
nossos próprios frutos, futuramente. Se nos obrigasse a fazer isso ou aquilo, ELE é
quem ganharia porque toda nossa experiência se reverteria para ELE mas não é
egoísta. Procure orientar os Irmãos de modo a que possamos realizar as coisas,
baseadas na nossa experiência, naquilo que somos e nos que somos capazes de fazer.
Se realizamos alguma coisa que, dentro da iniciação, equivalha ao primeiro grau,
temos uma realização: se realizarmos alguma coisa de importante que equivalha ao
trabalho do segundo grau, teremos duas realizações; se fizermos alguma coisa que
equivalha ao terceiro grau, teremos três realizações e assim por diante. Isto quer
dizer que para termos quatro realizações, cinco, seis, sete, não precisamos ser
mágicos, não precisamos fazer milagres. Basta usar a magia da palavra, a magia do
bom senso, procurar encaminhar sete pessoas para o caminho da iniciação, para o
caminho da verdade, da evolução. Para isso, não há necessidade de olhar para o sol,
durante sete anos, não!...Basta ter conhecimento, basta ter inteligência, basta ter
cultura, basta ter caráter para orientar, despertar, nos outros, esse interesse
para a evolução espiritual. Este é o grande mistério da iniciação que nem todos
conseguem compreender e por isso muitos têm entrado em nossa Escola e também tem
saído. Quer dizer que trazem dentro de seu bojo, mais tendências negativas do que
positivas, mais tendências egoístas do que altruístas. Nos vários Colégios
Iniciáticos, nas várias partes do mundo todos aqueles que já realizaram e
conseqüentemente, têm a capacidade para orientar outros, saem peregrinando pelo
Mundo inteiro, longe dos Mestres, longe de onde estes vivem, para que possam
reconhecer a si próprios, possam confiar em si próprios. Com isso tenham
comportamento de Arath, daquele que trabalha pelo prazer do trabalho e não com
interesse a uma cadeira cativa no céu. Ele trabalha pelo amor ao trabalho e não com
uma segunda intenção, porque se não, estaria num círculo mayávico ou no segundo
círculo já citado nas primeiras páginas deste estudo. Estaria deixando de ser real
para ser ilusório. Geralmente, nós somos o que queremos. Por isso os Adeptos dão
aos seus discípulos muito trabalho. Para que? Para obrigá-los a criarem o Karma
positivo.

AULA 22 - PRINCÍPIOS DA CRIATURA HUMANA

Na aula anterior -número 11 - discorremos sobre Raças - da primeira à quinta - sob


o ponto de vista teosófico, agora pretendemos focar a Semente da Raça, senão, a
miniatura da Raça: a criatura humana com todo seu mistério.
Se uma Raça é a coletividade constituída das criaturas humanas, logo trataremos
destes, com suas constituições, com suas estruturas. Pois bem, as constituições e
as estrutura humanas tem por base o princípio.
Que é princípio? É o elemento predominante na constituição de um corpo orgânico.
São os elementos fundamentais que formam todas as coisas. Empregamos este termo
para designar os elementos setenários ou os sete aspectos individuais e
fundamentais da Realidade única Universal, manifestada no Cosmo e no homem. Por
isso se fala nos sete aspectos da manifestação da Vida Universal no homem: divino,
espiritual, psíquico, astral, vital, fisiológico e simplesmente físico.
No estudo do corpo humano, para melhor esclarecimento, há a necessidade de uma
esquematização, porque há várias escolas. Cada escola adota uma classificação. Mas
há que consideram o corpo humano dividindo em 3 elementos, outros há em cinco e
muitos em sete.
O teósofo reconhece na criatura humana a existência de 3 corpos, teoria aceita pelo
grande Plutarco quando diz: enquanto o homem se achar na Terra, seu corpo físico a
ela pertence; o astral (do Psique, alma) a Lua; e o espírito ao Sol. Essa expressão
eqüivale ao passado, presente e futuro, e até mesmo o que a criatura foi e será.
A escola denominada de Budismo exotérico tem a classificação: 1 - Sthula-Sharira; 2
- Prana; 3 - Lingha-Sharira; 4 - Kama-Rupas; 5 - Manas; 6 - Budhi; 7 - Atmã.
A classificação em português: 1 - Físico; 2 - Vital; 3 - Emocional; 4 - Mental
Concreto; 5 - Mental Abstrato; 6 - Princípio da Intuição; 7 - Princípio Crístico.
A escola Vedantina difere um pouco das conhecidas, pois, considera o corpo humano
dividido em 5 partes (semelhantes aos cinco Tatwas) ou em elementos ou corpo
físico, com o Vital num bloco, dando-lhe o nome de Anna-Maya-Kosha; a seguir vem o
emocional com a designação de Prana-Maya-Kosha, logo, Prana eqüivale ao corpo
emocional; Manas ou inteligência inferior à Manas-Maya-Kosha; a inteligência
superior à Vijnana-Maya-Kosha; o princípio da intuição ou Budhi Superior à Ananda-
Maya-Kosha; acima deste há o princípio átmico, ou Atmã, considerado fora do plano
humano...é o Todo.
A TARAKA-RAJA-YOGA preferiu a classificação ternária: STHULA-UPADHI (é a reunião
dos 3 princípios: físico, vital, emocional); SUKSHUMA-UPADHI (é a reunião de Manas
inferior e superior); KARANO-UPAHI (eqüivale aos plano Búdico). Acima desses há o
ATMÃ como princípio Universal.
A classificação do Ocidente, segundo JHS, é a seguinte: CORPO, ALMA e ESPÍRITO. O
corpo físico está ligado à Terra, a alma à Lua e o espírito ao Sol. O corpo físico
unido à alma dá como resultado a emoção exagerada, a paixão, a emoção instintiva. A
alma ligada ao espírito dá orígem à razão, ao equilíbrio, a ponderação das coisas.
A primeira corresponde ao polo negativo da vida e o segundo ao polo positivo.
O Budhismo esotérico dividia, também, o corpo humano num ternário superior, como
diriam os pitagóricos (Espírito, Alma Espiritual e Mente Superior ou Abstrata -
Atmã-Budhi-Manas). Indissoluvelmente ligada à própria Mente Abstrata ao quaternário
inferior ou mente animal e seu envoltório Kama-rúpico: Lingha-Sharira - ou corpo
astral (perispírito dos espíritas), corpo glorioso, como diria São Paulo, Prana ou
vida "Sthula-Sharira" ou corpo físico.
No simbolismo de "Kalki-Avatara" ou o "Cavalo Branco" das tradições
transimalaianas, ou seja, o SOSHOSH persa, que corresponde a uma classificação,
embora sintética, dos sete princípios humanos. Nesse simbolismo temos o quaternário
inferior e o ternário superior. Por exemplo: o cavalo branco alegórico a alma
humana com seus quatro princípios (físico-vital-emocional e mental concreto) e o
cavaleiro os três princípios superiores, senão a Mônada humana, o Ternário
Superior.
Conforme estão observando, há várias escolas espiritualistas, cada uma classifica o
corpo humano a seu modo, a seu ponto de vista. De todas as que devem ser mais
certas são aquelas que dividem a humana criatura em três partes, porque dest'arte é
uma divisão que se acha em harmonia com os três Logos, os três tronos, as três
qualidades da matéria. O quaternário é, sem dúvida, uma combinação secundária de
ternário originário. A exemplo desse assunto temos:
O primeiro Trono ou Logos é de natureza Satwa...deu orígem ao princípio espiritual
de Karano-Upadhi.
O segundo Trono ou Logos é de natureza de Rajas...forneceu o elemento para a
formação do princípio da Alma., Psique...SUKSHUMA-UPADHI.
O terceiro Trono ou Logos é de natureza de Tamas e forneceu a semente para o corpo
físico ou STHULA-UPADHI.
Acima desses três princípios há o Atmã que de natureza do SOL OCULTO ou do SOL
CENTRAL DO OITAVO SISTEMA e, também, podemos denominá-lo de princípio crístico.
Procuremos, agora, detalhar cada um dos princípios dentro da linguagem das Idades
ou Iniciática.
PRINCÍPIO FÍSICO - O princípio físico é constituído dos sistemas ósseo, nervoso,
circulatório, respiratório, glandular, cérebro espinhal e o sistema dos Nadis.
Este princípio compreende a manifestação dos sete Tatwas na criatura humana. São os
sete pranas, ou sete hálitos vitais, as sete vitaminas universais: Prithivi, Apas,
Tejas, Vayu, Akasha, Anupadaka e Adi; Tatwas ou as sete forças sutis da natureza.
PRINCÍPIO EMOCIONAL - Esse princípio poderá ser diferenciado de sete modos
diferentes: 1 - emoção agressiva-colérica; 2- emoção retitiva que gera a
pegajosidade (apego as coisas materiais); 3- emoção primitiva (deturpadora do
sexo); 4- emoção sexual (criadora); 5- auto-emoção; 6- emoção artística pura; 7-
emoção divina ou supra-emoção. Esta última conduz o discípulo ao Samadhi, à
vivenciação de Deus, ou semelhante à Natureza de Deus.
PRINCÍPIO DE INTELIGÊNCIA - Os tipos de inteligência são os seguintes: 1-
inteligência instintiva; 2- inteligência imediata; 3- inteligência mediana; 4- auto
inteligência; 5- inteligência amadurecida, superior ou filosófica; 6- inteligência
mística que transcende o intelecto humano; 7- inteligência ideoplástica, divina.
Os três princípios Superiores transcendem a nossa evolução. Por exemplo os sete
aspectos do mental abstrato (manas superior) correspondem aos valores, aos poderes
dos Sete Dhyanis; os Sete Planetários e os Sete Princípios de Atmã ou Crístico.
Eqüivalem aos reais valores dos sete Luzeiros (ou Ishwaras).
Compreendemos, desde logo, que a criatura humana é um universo em miniatura. Quem a
estudar, perfeitamente, poderá, por analogia, conhecer o grande Universo. Por isso
dizem as tradições: "Deus fez a criatura humana a sua semelhança".
A nossa Escola classifica a criatura humana possuidora de três elementos
essenciais: VONTADE - MENTE - EMOÇÃO. A primeira desenvolve-se pelo trabalho a
favor do próximo, pela peregrinação; a segunda pelo estudo, pela meditação, pela
pesquisa, senão, pela instrução; a terceira pela educação em todos os sentidos.
Esses três elementos correspondem ao que na arte se denomina de: "Harmonia, Melodia
e Ritmo".
Aprimora-se o corpo físico com a ginástica rítmica, com o bailado laico, com o
bailado sagrado (com asanas), a alma (Psikê, dos gregos) através da iniciação
ritualística e o espírito com o estudo iniciático, dos livros Sagrados (a
revelação), isto é, com a posse da sabedoria, do conhecimento da natureza e da
existência de Deus.

F I M

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