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FNC376N: Lista 1

25 de março de 2004

Tipler - Capı́tulo 7
7-1 A Equação de Schrödinger em três dimensões
7-1. Determine as energias E311 , E222 e E321 e construa um diagrama de nı́veis de energia para
o poço cúbico tridimensional que inclua as energias do terceiro, quarto e quinto estados
excitados. Quais dos estados que aparecem no diagrama são degenerados? (Solução)

7-2. Uma partı́cula é confinada a uma caixa tridimensional de arestas L1 , L2 = 2L1 e L3 = 3L1 .
Determine os números quânticos n1 , n2 e n3 para os 10 estados de menor baixa energia da
partı́cula. (Solução)

7-3. Uma partı́cula é submetida a um potencial dado por V (x, y, z) = 0 para −L/2 < x < L/2,
0 < y < L e 0 < z < L, e V = ∞ fora destes limites. (a) Escreva uma expressão para a
função de onda desta partı́cula no estado fundamental. (b) Como se comparam as energias
permitidas com as de uma partı́cula numa caixa para a qual V = 0 para 0 < x < L, ao invés
de −L/2 < x < L/2? (Solução)

7-4. Determine as funções de onda para os 10 estados de menor energia da partı́cula do Problema
7-2. (Solução)

7-5. (a) Repita o problema 7-2 supondo L2 = 2L1 e L2 = 4L1 . (b) Quais dos dez estados são
degenerados?

7-6. Suponha que a partı́cula do Problema 7-1 seja um elétron e L = 0, 10 nm. Determine as
energias de transição do terceiro, quarto e quinto nı́veis excitados para o estado fundamental.

7-7. Mostre que a função


r
ψ = A e−r/2a cos θ,
a
onde A é uma constante e a = h̄2 /µkZe2 é o raio de Bohr dividido por Z, é uma solução da
Eq. de Schrödinger independente do tempo para um átomo com um elétron:
" #
h̄2 1 ∂ ∂ψ h̄2 1 ∂ ∂ψ 1 ∂2ψ ke2
   
− r2 − sin θ + − ψ = Eψ.
2
2µ r ∂r ∂r 2
2µr sin θ ∂θ ∂θ sin2 θ ∂φ2 r

No SI k = 1/4π0 . Qual é a auto-energia? (Solução)

7-8 Mostre que a função


Y (θ, φ) = C sin θ(5 cos2 θ − 1)eiφ ,

1
com C constante, é uma solução da Equação
" #
1 ∂ ∂Y 1 ∂2Y
 
− sin θ + = `(` + 1)Y
sin θ ∂θ ∂θ sin2 θ ∂φ2

Qual o valor de `?

7-2 Quantização do Momento Angular e da Energia no Átomo de Hidrogênio


7-9. Se n = 3, (a) quais são os valores possı́veis de `? (b) Quais são os valores possı́veis de m para
cada valor de `? (c) Levando em conta o fato de que existem dois estados quânticos para
cada valor de ` e m por causa do spin do elétron, determine o número total de estados na
camada n = 3.

7-10. Determine o número total de estados (a) na camada n = 2; (b) na camada n = 4. (c)
Determine a energia dos estados em (a) e (b) em eV.

7-11. O momento de inércia de um CD é aproximadamente I = 3 × 10−5 kgm2 . (a) Determine o


momento angular do disco L = Iω quando o disco está girando com uma freqüência ω/2π =
735 rmp; determine o valor aproximado do número quântico `.

7-12. Desenhe diagramas vetoriais que mostrem as possı́veis orientações do vetor momento angular
L (a) para ` = 1, 2, 3 e 4,
D E
7-13. Para ` = 2, (a) qual é o menor valor possı́vel de L2x + L2y ? (b) qual é o maior valor possı́vel
D E D E
de L2x + L2y ? (c) qual é o valor possı́vel de L2x + L2y para m = 1? É possı́vel determinar
o valor de Lx ou Ly a partir destes dados? (d ) Qual o maior valor possı́vel de n? (Solução)

7-14. Para ` = 1, determine (a) o módulo do momento angular L; (b) os valores possı́veis de m. (c)
Desenhe em escala um diagrama vetorial mostrando as possı́veis orientações de L em relação
ao eixo z. (d ) Repita os ı́tens (a), (b) e (c) para ` = 3.

7-15. Mostre que se V é função apenas de r, dL/dt = 0, ou seja L é constante.

7-16. Quais são os valores possı́veis de n e m (a) para ` = 3; (b)para ` = 4; (c) para ` = 0? (d )
Determine os menores valores possı́veis da energia para cada caso.

7.17. O elétron num átomo de hidrogênio se encontra no estado 6f . (a) Quais são os valores de n
e `? (b) Calcule a energia do elétron. (c) Calcule o módulo de L. (d ) Determine os valores
possı́veis de Lz .

2
Soluções
7-1 A Equação de Schrödinger em três dimensões
7-1.
Se uma caixa tem arestas de comprimentos L1 , L2 e L3 , respectivamente nas direções x, y e z, as
auto-energias têm a forma
!
h̄2  2  h̄2 π 2 n21 n22 n23
En1 n2 n3 = kx + ky2 + kz2 = + + , (1)
2m 2m L21 L22 L23

o que significa,
π π π
kx = nx , ky = ny e kz = nz .
L1 L2 L3
Os números quânticos nj são quaisquer inteiros maiores que 0, nj = 1, 2, 3, . . .
As correspondentes auto-funções são
!1/2
23
ψn1 n2 n3 (x, y, z) = sin(kx x) sin(ky y) sin(kz z) (2)
L1 L2 L3
!1/2
23 n1 πx n2 πy n3 πz
     
= sin sin sin .
L1 L2 L3 L1 L2 L3

No caso da caixa cúbica L1 = L2 = L3 = L, e

h̄2 π 2  2 2 2
 
2 2 2

En1 n2 n3 = n + n + n , ≡ n + n + n 3 E0 .
2mL2 1 2 3 1 2

As energias solicitadas são, portanto:

E311 =11E0 , E222 =12E0 , E321 =14E0 .

Os estados (auto-estados) e energias correspondentes até o sexto nı́vel de energia (quinto nı́vel
excitado) estão listados na tabela abaixo.

nı́vel estado: n1 n2 n3 E/E0 g


fundamental 111 3 1
1◦ nı́vel excitado 211,121,112 6 3
2◦ nı́vel excitado 221,212,221 9 3
3◦ nı́vel excitado 311,131,113 11 3
4◦ nı́vel excitado 222 12 1
5◦ nı́vel excitado 321,312,231,132,213,123 14 6

A última coluna da direita, g, dá a degenerescência de cada nı́vel. Note que o nı́vel fundamental
e o quarto nı́vel excitado só estão associados a um estado cada um g = 1. Todos os outros da lista
são degenerados, ou seja, estão associados a mais de um estado. A degenerescência ocorre porque
qualquer permutação de n1 , n2 e n3 resulta da mesma energia. Isto reflete a simetria do potencial,
para o qual as direções x, y e z são equivalentes.
O diagrama de nı́veis está representado na figura abaixo.

3
14 g=6
12 g=1
11 g=3
9 g=3

0
E/E
6 g=3

3 g=1

0
Níveis de energia do Poço Cúbico

Há uma certa confusão de nomenclatura, que transparece na formulação do problema do Tipler.
Na tabela acima estão listados 6 nı́veis de energia e 17 estados. Cada estado é associado com uma
auto-função, e neste caso a três números quânticos. Quando o Tipler pergunta ”quais dos estados
que aparecem no diagrama são degenerados”, ele deveria perguntar ”quais dos nı́veis de energia
que aparecem no diagrama são degenerados”. Podemos falar de estados degenerados significando
vários estados com a mesma energia, ou nı́vel degenerado significando uma energia associada a
vários estados.

7-2 e 7-4.
No problema anterior, já escrevemos as expressões para as energias (1) e as correspondentes auto-
funções (3) para uma caixa de arestas L1 , L2 e L3 . No presente caso, temos L2 = 2L1 e L3 = 3L1 ,
e a energia pode ser escrita como
!
h̄2 π 2 n21 n22 n23 h̄2 π 2 1  2 2 2

En1 n2 n3 = + + = 36n 1 + 9n 2 + 4n 3 .
2m L21 2L21 3L21 2mL21 36

Note que agora, o espaçamento entre os nı́veis é menor, ditado pela maior aresta da caixa, L3 .
1 h̄2 π 2
Vamos definir E0 = 36 2mL21
. O problema pede os 10 estados de mais baixa energia. A tabela lista
todos os nı́veis até o primeiro nı́vel degenerado do sistema. Note que, agora, as direções x, y e
z não são mais equivalentes (como eram no caso da caixa cúbica), e isto reduz drasticamente a
degenerescência. Na lista abaixo, uma dupla degenerescência aparece no 16◦ nı́vel excitado. Mas
este e outros casos são acidentais. Não esta haveria degenerescência se, por exemplo, L3 fosse
ligeiramente diferente de 3L1 .

4
nı́vel estado: n1 n2 n3 E/E0 g
fundamental 111 49 1
1◦ nı́vel excitado 112 61 1
2◦ nı́vel excitado 121 76 1
3◦ nı́vel excitado 113 81 1
4◦ nı́vel excitado 122 88 1
5◦ nı́vel excitado 123 108 1
6◦ nı́vel excitado 114 109 1
7◦ nı́vel excitado 131 121 1
8◦ nı́vel excitado 132 133 1
9◦ nı́vel excitado 124 136 1
10◦ nı́vel excitado 115 145 1
11◦ nı́vel excitado 133 153 1
12◦ nı́vel excitado 211 157 1
13◦ nı́vel excitado 212 169 1
14◦ nı́vel excitado 125 172 1
15◦ nı́vel excitado 134 181 1
16◦ nı́vel excitado 141, 221 184 2

Transcrevendo a Eq. (3), auto-funções agora se escrevem:


!1/2
23 n1 πx n2 πy n3 πz
     
ψn1 n2 n3 (x, y, z) = sin sin sin .
6L31 L1 2L1 3L1

7-3.
A diferença dos auto-estados deste problema para os do problema 7-1 é a dependência em x. No
problema 7-1 a função de onda se anula em x = 0 e x = L. Aqui, as paredes estão localizadas em
x = −L/2 e x = L/2. A caixa ainda é cúbica, mas está deslocada de L/2 no eixo x.
Podemos escrever a forma geral da função X(x) como

X(x) = A cos(kx x) + B sin(kx x).

As condições de contorno, resultam:

X(−L/2) = A cos(kx L/2) − B sin(kx L/2) = 0


X(L/2) = A cos(kx L/2) + B sin(kx L/2) = 0

Como equações para os parâmetros A e B, o sistema só tem solução não trivial se o determinante
dos coeficientes é nulo, ou seja, se

2 cos(kx L/2) sin(kx L/2) = 0.

Temos duas possibilidades:

i. cos(kx L/2) = 0, que resulta

kx L π π
= (2n + 1) ⇒ kx = (2n + 1) , com n = 0, 1, 2, . . .
2 2 L
com B = 0, e

5
ii. sin(kx L/2) = 0, que resulta
kx L π
= nπ ⇒ kx = 2n , com n = 1, 2, . . .
2 L
com A = 0.
Note que no primeiro caso, kx é um múltiplo ı́mpar de π/L, e no segundo um múltiplo par de π/L.
Podemos agrupar os dois casos escrevendo, para nx = 1, 2, 3, . . .
r (
2 cos(nx πx/L), para nx ı́mpar, e
Xnx (x) =
L sin(nx πx/L), para nx par.
Outra maneira de encontrar a solução: Para satisfazer automaticamente a condição X(−L/2) =
0, podemos escrever
X(x) = C sin [kx (x + L/2)] .
Assim, a outra condição resulta
X(L/2) = C sin [kx (L/2 + L/2)] = 0 ⇒ kx = nx π/L, com nx = 1, 2, 3, . . .
Verifique que esta maneira de escrever X(x) é exatamente equivalente à anterior.
O espectro de energia é idêntico ao da caixa entre x = 0 e x = L, uma vez que a parcela
correspondente a x tem exatamente a mesma forma que naquele caso, ou seja:
h̄2 kx2 h̄2 π 2 2
= n , com nx = 1, 2, 3, . . .
2m 2mL2 x
Isto era se se esperar porque a natureza do problema não é alterada por um simples deslocamento
na origem que escolhemos para o eixo x.

7-7.
Para simplificar o procedimento, vamos escrever
ψ = R(u)Y (θ),
com
r
u= , R(u) = Aue−u/2 , e Y (θ) = cos θ.
a
Na primeira parcela do primeiro membro da Equação temos:
1 ∂ ∂ψ 1 1 d dR
   
2
r2 = 2
Y (θ) 2 u2
r ∂r ∂r a u du du
!
1 2 dR d R 2
= Y +
a2 u du du2
1 2
 
= AY (1 − u/2) − (1 − u/4) e−u/2
a2 u
1 2
 
= AY − 2 + u/4 e−u/2 .
a2 u
Na segunda parcela,
1 ∂ ∂ψ 1 ∂2ψ 1 d dY
    
sin θ + = AR sin θ
sin θ ∂θ ∂θ sin2 θ ∂φ2 sin θ dθ dθ
1 d 
 
2
= AR − sin θ
sin θ dθ
= −2AR cos θ
= −2ψ.

6
Notamos deste último resultado que a função Y (θ) é um harmônico esférico com `(` + 1) = 2, ou
seja ` = 1. O número quântico m = 0 porque Y não depende de φ.
Levando os resultados para a Eq. de Schrödinger,
" #
h̄2 1 ∂ ∂ψ h̄2 1 ∂ ∂ψ 1 ∂2ψ kZe2
   
− r2 − sin θ + − ψ = Eψ,
2
2µ r ∂r ∂r 2
2µr sin θ ∂θ ∂θ sin2 θ ∂φ2 r


depois de multiplicar tudo por h̄2
obtemos

1 2 1 2µ kZe2 2µ
 
− 2 AY − 2 + u/4 e−u/2 + 2AY 2 2 ue−u/2 − 2 AY ue−u/2 = 2 EAY ue−u/2 .
a u a u h̄ au h̄

Reconhecendo a = h̄2 /µkZe2 e simplificando a exponencial comum a todos os termos, reescrevemos

1 2 1 2 2µ
 
− 2 AY − 2 + u/4 + 2AY 2 − 2 AY = 2 EAY u,
a u a u a h̄
que se simplifica para
1 2µa2
− AY u = 2 EAY u.
4 h̄
A equação é satisfeita, portanto, para

h̄2 1 kZ 2 e2 1
E=− = − .
2µa2 4 2a0 4
A função de onda proposta corresponde ao estado do átomo de um elétron com números
quânticos n = 2, l = 1 e m = 0.

7
7-2 Quantização do Momento Angular e da Energia no Átomo de Hidrogênio
7-13.
Lembramos que os harmônicos esféricos são auto-estados do momento angular, satisfazendo as
condições
L2 Y`,m = `(` + 1)h̄2 Y`,m , e Lz Y`,m = mh̄Y`,m .
Assim os valores esperados nos estados correspondentes são:
D E
L2 = `(` + 1)h̄2 , e hLz i`,m = mh̄.
`,m

(a) Como L2 = L2x + L2y + L2y ,


D E D E h i
L2x + L2y = L2 − L2z = `(` + 1) − m2 h̄2 .

O menor valor possı́vel para esta quantidade, portanto, corresponde ao maior valor possı́vel
de m2 , que é `2 . Ou seja, D E
L2x + L2y = `h̄2 .
mı́nimo
Para o caso ` = 2, D E
L2x + L2y = 2h̄2 .
mı́nimo
(b) O maior valor possı́vel corresponde ao mı́nimo valor de m2 , m2 = 0, ou seja
D E D E
L2x + L2y = `(` + 1)h̄2 = L2 .
máximo
Se hLz i = 0, o vetor momento angular se encontra no plano xy. Para ` = 2,
D E
L2x + L2y = 6h̄2 .
máximo

(c) Se ` = 2 e m = 1 o valor esperado é


D E h i
L2x + L2y = 2(2 + 1) − 12 h̄2 = 5h̄2 .

Apenas com estes dados não se podem obter hLx i ou hLy i. Mas nos auto-estados de Lz ambos
os valores esperados são nulos por simetria, hLx i = hLy i = 0.

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