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2019
1 Edição
a
Copyright © UNIASSELVI 2019
Elaboração:
Prof. Charles Zanini Miranda
ISBN 978-85-515-0302-7
CDD 620
Impresso por:
Apresentação
Uma das principais atribuições de um engenheiro mecânico é a sua
capacidade e habilidade de desenhar e projetar equipamentos. Em todos
os campos de atuação este profissional necessitará utilizar ferramentas de
desenhos e projetos para o desenvolvimento de novos produtos ou serviços,
e é através do estudo do desenho técnico que o engenheiro desenvolve esta
capacidade de transmitir, em um formato padronizado, sua ideia de produto.
III
NOTA
O conteúdo continua na íntegra, mas a estrutura interna foi aperfeiçoada com nova
diagramação no texto, aproveitando ao máximo o espaço da página, o que também
contribui para diminuir a extração de árvores para produção de folhas de papel, por exemplo.
Todos esses ajustes foram pensados a partir de relatos que recebemos nas pesquisas
institucionais sobre os materiais impressos, para que você, nossa maior prioridade, possa
continuar seus estudos com um material de qualidade.
IV
V
VI
Sumário
UNIDADE 1 – PROJETOS MECÂNICOS............................................................................................. 1
VII
TÓPICO 2 – ENGRENAGENS .............................................................................................................. 71
1 INTRODUÇÃO...................................................................................................................................... 71
2 ENGRENAGENS CILÍNDRICAS DE DENTES RETOS (ECDR)................................................ 73
3 ENGRENAGENS CILÍNDRICAS DE DENTES HELICOIDAIS................................................. 77
4 ENGRENAGENS CÔNICAS............................................................................................................... 80
RESUMO DO TÓPICO 2........................................................................................................................ 82
AUTOATIVIDADE.................................................................................................................................. 83
REFERÊNCIAS........................................................................................................................................ 153
VIII
UNIDADE 1
PROJETOS MECÂNICOS
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em três tópicos. No decorrer da unidade você
encontrará autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo apresentado.
1
2
UNIDADE 1
TÓPICO 1
O ENGENHEIRO PROJETISTA
1 INTRODUÇÃO
O desenho técnico é forma de expressão gráfica utilizada por engenheiros
e técnicos, é a forma encontrada para demonstrar de uma maneira clara e objetiva
a exposição de suas ideias e projetos. Esta forma de expressão ganhou força
e uma necessidade de normalizar os desenhos a partir da industrialização da
economia, neste período surge a necessidade de transcrevermos de uma maneira
técnica para que todos pudessem compreender os nossos projetos. A partir desta
necessidade o desenho técnico começa a ser padronizado, tornando possível que
em qualquer lugar os engenheiros, técnicos, arquitetos pudessem fazer sua leitura
e interpretação correta de uma necessidade de produto.
FONTE: <http://www.vepada.com/design-and-development-consultants.html>.
Acesso em: 25 out. 2018.
3
UNIDADE 1 | PROJETOS MECÂNICOS
FONTE: <http://fluxoconsultoria.poli.ufrj.br/wp-content/uploads/2016/10/
detalhamento-de-projeto1.jpg>. Acesso em: 20 out. 2018.
4
TÓPICO 1 | O ENGENHEIRO PROJETISTA
SL - 30°C
Flash
- 16°C
Filtro
sucção
Válvula
retenção 1 2 3 4 Bomba
ECO ECO ECO ECO de
amônia Cond.
evap.
SOP SOS Coletor
linha de
Compressor liquido
FONTE: <http://www.ebah.com.br/content/ABAAABpKwAB/introducao-ao-desenho-
tecnico-parte-1>. Acesso em: 27 dez. 2015.
5
UNIDADE 1 | PROJETOS MECÂNICOS
6
TÓPICO 1 | O ENGENHEIRO PROJETISTA
FONTE: <https://ninho.biz/blog/analise-de-mercado/passo-a-passo-para-definir-o-
posicionamento-de-mercado-de-novo-produto/>. Acesso em: 13 out. 2018.
7
UNIDADE 1 | PROJETOS MECÂNICOS
FONTE: <http://www.pequenoguru.com.br/imagens/2014/07/brainstorming-600x445.
jpg>. Acesso em: 28 out. 2018.
8
TÓPICO 1 | O ENGENHEIRO PROJETISTA
Ao analisar esta matriz, fica muito claro que o Aluno 2 conseguiu atingir
a maior pontuação dentro dos critérios estabelecidos. Neste caso estes critérios
foram pensados com base nas necessidades técnicas do produto final. Um outro
produto deverá ter suas próprias necessidades destacadas, ou seja, cada projeto
de produto diferente terá uma matriz própria.
9
UNIDADE 1 | PROJETOS MECÂNICOS
FONTE: <https://home.howstuffworks.com/product-prototyping-process.htm>.
Acesso em: 1 nov. 2018.
10
TÓPICO 1 | O ENGENHEIRO PROJETISTA
11
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico, você aprendeu que:
• Aprendemos como fazer uma matriz para definição da melhor solução para
um determinado problema.
12
AUTOATIVIDADE
a) ( ) V- F- V- V.
b) ( ) F- V- V- F.
c) ( ) V- V- V- F.
d) ( ) F- F- V- V.
13
Agora, assinale a alternativa correta:
a) ( ) V- F- V- F.
b) ( ) F- V- V- F.
c) ( ) V- V- V- F.
d) ( ) F- F- V- V.
14
UNIDADE 1
TÓPICO 2
1 INTRODUÇÃO
Uma das formas de otimizar tempo e recursos no desenvolvimento de
desenhos técnicos é a utilização de softwares CAD (do inglês, computer aided
design). É cada vez mais usual a presença destes softwares CAD na indústria
em geral, pois além do menor tempo de execução do projeto, o CAD permite o
compartilhamento de informações via sistema. Esta possibilidade tem motivado
as empresas a buscarem cada vez mais este tipo de recurso.
32 18
60°
1.9,98 B
Ø63
Ø36
Ø55
Ø40
26
B
46
FONTE: <https://tca.pt/noticias/2d-3d-como-empresas-partilham-informacoes-
produto-fabricacao/>. Acesso em: 13 out. 2018.
15
UNIDADE 1 | PROJETOS MECÂNICOS
Nos dias atuais estes softwares passaram a ser indispensáveis nas indústrias
e se tornaram uma ferramenta necessária para a resolução dos problemas
voltados para a área da mecânica. Esta otimização do processo de planejamento e
do projeto mecânico faz com que a empresa se torne mais competitiva, agregando
valor ao produto final.
16
TÓPICO 2 | PROJETO AUXILIADO PELO COMPUTADOR
17
UNIDADE 1 | PROJETOS MECÂNICOS
FONTE: <http://oficinabrasilvirtual.blogspot.com/2010/10/software-engenharia-
autocad.html>. Acesso em: 20 out. 2018.
18
TÓPICO 2 | PROJETO AUXILIADO PELO COMPUTADOR
FONTE: <https://www.plataformacad.com/curso-de-autocad-informacoes/curso-de-
autocad-2017-projeto-mecanico/>. Acesso em: 20 out. 2018.
Com a aplicação destes modelos paramétricos CAD 3D, o projeto vai além
do desenho geométrico dos softwares 2D, neste caso podemos fazer algumas
análises de comportamento e de aplicação do produto pronto. Isto se deve porque,
ao criar um modelo paramétrico, o objeto fica interligado por parâmetros a todo o
conjunto projetado, desta forma basta alterar uma cota para mudar todo o conjunto.
19
UNIDADE 1 | PROJETOS MECÂNICOS
FONTE: <http://blog.render.com.br/wp-content/uploads/2014/03/04.png>.
Acesso em: 25 out. 2018.
20
TÓPICO 2 | PROJETO AUXILIADO PELO COMPUTADOR
FONTE: <http://tauflow1.tempsite.ws/wordpress/wp-content/uploads/2017/05/
Figura-02.png>. Acesso em: 28 out. 2018.
21
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, você aprendeu que:
22
AUTOATIVIDADE
a) ( ) V- F- V- V.
b) ( ) F- V- V- F.
c) ( ) V- V- V - F.
d) ( ) F- F- V- V.
( ) Como ele possui mais recursos que o CAD 2D, deve ser adquirido sem
que se faça qualquer análise.
( ) Possui uma interface fácil de aprender, não é necessário nenhum tipo de
treinamento específico.
( ) Será necessário avaliar a necessidade de compra de um software 3D, pois
são softwares caros e muito específicos.
( ) A maior vantagem do CAD 3D é que é uma nova tecnologia, mais barata
que o 2D e os arquivos digitais acabam ficando menores de tamanho.
a) ( ) V- F- V- V.
b) ( ) F- V- V- F.
c) ( ) V- V- V - F.
d) ( ) F- F- V- F.
23
I- Alguns podem ser usados para simulação de movimentos e de processos
de trabalho.
II- Estes softwares são capazes de identificar e já definir as normas técnicas
necessárias para o projeto, tirando esta responsabilidade técnica do
engenheiro.
III- Todos os softwares de CAD permitem edição dos desenhos, inclusive esta
é a principal característica deste recurso.
IV- Não importa de qual software ou fabricante eu compro o recurso, todos
têm a mesma finalidade.
24
UNIDADE 1
TÓPICO 3
TOLERÂNCIAS E AJUSTES
1 INTRODUÇÃO
A indústria automotiva é um dos setores que mais contribui para o avanço da
engenharia, com o passar dos anos, os motores e componentes automotivos adquirem
uma eficiência cada vez maior, aliada com durabilidade e confiança aumentada. Todas
estas evoluções técnicas são obtidas através de testes realizados e desenvolvimento
de novas tecnologias de fabricação. Por sua vez, esta evolução é transmitida para as
demais áreas da engenharia, beneficiando diversos outros segmentos.
2 DEFINIÇÕES DE DIMENSIONAMENTO
Ao produzir um eixo, por exemplo, é inviável a produção de um determinado
lote deste produto com a medida exata, com tolerância zero. No processo de
fabricação sempre haverá desvios nas medidas, pois temos diversos fatores que
influenciam na tolerância, como: folga no equipamento, desgaste de ferramenta,
lubrificação, operação manual, manutenção da máquina, dentre outros.
25
UNIDADE 1 | PROJETOS MECÂNICOS
custo
Tolerância
FONTE: Silva (2006, p. 225)
26
TÓPICO 3 | TOLERÂNCIAS E AJUSTES
+0,025
30 0
FONTE: O autor
1,005+0,004
–0,000 in
27
UNIDADE 1 | PROJETOS MECÂNICOS
TOLERÂNCIAS
Tolerâncias Tolerâncias
dimensionais geométricas
FONTE: O autor
3 TOLERÂNCIAS DIMENSIONAIS
Como já dissemos anteriormente, a tolerância dimensional está relacionada
com o quanto o dimensional daquela determinada peça pode ter de erro, ou seja, se
eu for fabricar um eixo, onde eu especifico que o comprimento dele deverá ser de
100mm? Qual é a tolerância no comprimento deste eixo? Qual a variação máxima
e mínima admissível que não gerará problemas de montagem ou na aplicação do
produto final? Estas são as perguntas que temos que conhecer quando falamos de
tolerâncias dimensionais.
28
TÓPICO 3 | TOLERÂNCIAS E AJUSTES
Onde:
i = unidade de tolerância, expressa em µ (mícron = m x 10-6).
MG = média geométrica
GRUPO DE DIMENSÕES
0 até 1 mm > 50 ≤ 80
29
UNIDADE 1 | PROJETOS MECÂNICOS
01 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16
Acabamentos grosseiros
Calibradores Acoplamentos ou peças isoladas
Eixos
IT 01 IT 0 IT 1
QUALIDADE (IT) 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16
TOLERÂNCIA 7i 10i 16i 25i 40i 64i 100i 160i 250i 400i 640i 1.000i
30
TÓPICO 3 | TOLERÂNCIAS E AJUSTES
3.2 AJUSTES
Uma das funções do projetista é determinar os ajustes corretos para um
bom funcionamento do conjunto montado. A definição do ajuste segue normas
padronizadas e também são especificadas conforme a necessidade do projeto, ou
seja, os ajustes são especificados de tal forma que garantam a montagem correta
de duas peças (eixo e furo).
31
UNIDADE 1 | PROJETOS MECÂNICOS
Zona de
tolerância
Cota min. eixo (cmin) do furo
Cota máx. eixo (cmáx)
Zona de
Cota mín. furo (CMÍN) tolerância
do eixo
Cota máx. furo (CMÁX)
• Folga mínima (Fmín): ocorre na situação inversa da folga máxima, isto é, quando
a dimensão real do eixo corresponde à cota máxima e a dimensão real do furo
com a cota mínima, de acordo com:
• Ajuste com aperto (A): ocorre quando a dimensão real do eixo, antes da
montagem, é maior que a dimensão real do furo. É garantida em termos de
tolerância quando a cota máxima do furo é menor que a cota mínima do eixo.
Esta condição pode ser escrita como:
• Aperto máximo (Amáx): corresponde à interferência máxima entre furo e eixo que
pode ocorrer na montagem. Ocorre quando a dimensão real do eixo coincide
com a cota máxima e a dimensão real do furo coincide com a cota mínima:
• Aperto incerto: ocorre quando a dimensão real do furo possa ser menor ou maior
que a dimensão real do eixo. Nesta situação, tanto pode ocorrer aperto com folga
na montagem, e o ajuste é incerto. Para este tipo de ajuste, pode-se calcular a folga
máxima e o aperto máximo, não fazendo sentido falar de folga e aperto mínimo.
33
UNIDADE 1 | PROJETOS MECÂNICOS
Taj = t + T
Taj = Fmáx - Fmín
Taj = Amáx - Amín
Acredito que esteja claro neste momento que há diferentes tipos de ajustes
possíveis para o par furo e eixo. Em determinado momento eu posso necessitar
que o eixo tenha um encaixe móvel, ou seja, que o eixo no furo fique livre e possa
rotacionar sem problemas. Neste caso teremos um encaixe móvel. Na figura a
seguir, temos um exemplo deste tipo de situação, observe as tolerâncias do eixo e
do furo, temos claramente um ajuste com folga.
34
TÓPICO 3 | TOLERÂNCIAS E AJUSTES
Folga mínima
= 0,030
Ø 55,030
Ø 55,000
Ø 55 +0,030
Ø 55 -0,030
-0,060
Ø 54,970
Ø 54,940
0
+0,072
Ø 55 +0,053
Ø 50,072
Ø 50,053
Ø 55 0
Ø 50,030
Ø 50,000
máxima = 0,072
Interferência
(a)
35
UNIDADE 1 | PROJETOS MECÂNICOS
FONTE: <https://www.ntn-snr.com/pt/montagem-dos-rolamentos>.
Acesso em: 1 nov. 2018.
36
TÓPICO 3 | TOLERÂNCIAS E AJUSTES
DIMENSÃO
NOMINAL EIXOS (µ)
(MM)
FURO
H7 (µ)
Acima
até f7 g6 h6 j6 k6 m6 n6 r6 s6
de
0
+18 -16 -6 +8 +12 +18 +23 +34 +39
10 18 -11
0 -34 -17 -3 -1 +7 +12 +23 +28
+60 +72
50 65
+41 +53
+30 -30 -10 0 +12 +21 +30 +39
0 -60 -29 -19 -7 -2 +11 +20
+62 +78
65 80
+43 +59
+73 +93
80 100
+54 +71
+35 -36 -12 0 +13 +25 +35 +45
0 -71 -34 -22 -9 -3 -13 +23
+76 +101
100 120
+54 +79
+88 +117
120 140
+63 +92
+93 +133
160 180
+68 +108
37
UNIDADE 1 | PROJETOS MECÂNICOS
Recorrendo à tabela anterior, temos que, para este furo H7, deverá a cota
ter como tolerância o seguinte valor ∅ 45, 00 +−0,025
0,000
. Já o eixo especificado como j6
deverá ter uma tolerância da seguinte forma ∅ 45, 00+−0,011 0,005
.
38
TÓPICO 3 | TOLERÂNCIAS E AJUSTES
39
UNIDADE 1 | PROJETOS MECÂNICOS
Muito
v - ±0,5 ±1 ±1,5 ±2,5 ±4 ±6 ±8
grosseira
Para cotas nominais inferiores a 0,5mm, os desvios devem ser indicados junto às cotas.
1
f Fina
±1º ±0º30' ±0º20' ±0º10' ±0º5'
m Média
Muito
v ±3º ±2º ±1º ±0º30' ±0º20'
grosseira
40
TÓPICO 3 | TOLERÂNCIAS E AJUSTES
4 TOLERÂNCIAS GEOMÉTRICAS
Aliada às tolerâncias dimensionais, um projeto mecânico também deve
levar em conta a geometria das peças, ou seja, sempre que necessário, as variações
geométricas das peças devem ser levadas em consideração. As variações
geométricas também podem ser medidas e especificadas.
Ø 9,982
Ø 10,7
Ø 20,06
Ø 20 ±0,1
ESC 1 : 1
FONTE: <http://2.bp.blogspot.com/-kWOTvV0vHPE/Vhz1uSvbOcI/
AAAAAAAAAGI/7FwC5XI1xII/s320/jjjj.JPG >. Acesso em: 1 nov. 2018.
41
UNIDADE 1 | PROJETOS MECÂNICOS
Características Indicação
Classe Símbolo
da tolerância do referencial
Retilineidade
Planeza
NUNCA
Circularidade
FORMA
Cilindricidade
Forma de
um contorno
PODEM USAR
Forma de
uma superfície
Paralelismo
Inclinação
Posição
Concentricidade ou
LOCALIZAÇÃO SEMPRE
coaxialidade
Simetria
Batimento circular
BATIMENTO SEMPRE
Batimento total
42
TÓPICO 3 | TOLERÂNCIAS E AJUSTES
0.05 M C
Símbolo da
Condição Material
FONTE: <https://elearning.iefp.pt/pluginfile.php/47218/mod_resource/content/0/CD-rom/
Estudo/Mecanica/J_-_Toler_ncias_Geom_tricas/image912.gif >. Acesso em: 30 out. 2018.
43
UNIDADE 1 | PROJETOS MECÂNICOS
FONTE: <https://www.mitutoyo.com.br/media/wysiwyg/ra2200cnc.png>.
Acesso em: 30 out. 2018.
44
TÓPICO 3 | TOLERÂNCIAS E AJUSTES
FONTE: <http://www.sermec.net.br/components/com_jshopping/files/img_
products/0c92feef997ac0f2d3b6f9832111496f.jpg>. Acesso em: 30 out. 2018.
45
UNIDADE 1 | PROJETOS MECÂNICOS
LEITURA COMPLEMENTAR
46
TÓPICO 3 | TOLERÂNCIAS E AJUSTES
47
UNIDADE 1 | PROJETOS MECÂNICOS
48
RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tópico, você aprendeu:
49
AUTOATIVIDADE
Ø 12 +0,23
+0,12
1 x 45� 2
Ø 16 -0,20
-0,41
20 +0,2
-0,1
40 ±0,25
a) ( ) V- F- V- F.
b) ( ) F- V- V- F.
c) ( ) V- V- V- F.
d) ( ) F- F- V- V.
50
( ) A tolerância dimensional é especificada junto com a cota nominal da
dimensão.
( ) Um sistema de furo e eixo é sempre dimensionado da mesma forma, pois
o importante é encaixar o conjunto.
( ) Classe do ajuste é o termo que utilizamos para indicar a combinação de
uma classe de tolerância de furos com uma classe de tolerância para eixos.
( ) O ajuste com interferência é quando o sistema furo e eixo entra forçado,
para termos esta condição é só garantir que o furo seja um pouco menor
que o eixo e não precisa especificar a tolerância.
a) ( ) V- F- V- V.
b) ( ) F- V- V- F.
c) ( ) V- F- V- F.
d) ( ) F- F- V- F.
51
a) Ø 30 +0,021
0
+0,021
Ø 20 0
A 0,02
A 0,02
Corte – BB
A
B B
a) +0,021
Ø 30 0
A
0,02
Corte – AA
A
A A
52
UNIDADE 2
DESENHO DE COMPONENTES
MECÂNICOS DE UNIÃO E
TRANSMISSÃO
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em três tópicos. No decorrer da unidade você
encontrará autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo apresentado.
TÓPICO 2 – ENGRENAGENS
53
54
UNIDADE 2
TÓPICO 1
1 INTRODUÇÃO
Dentre os elementos de fixação mais conhecidos, os parafusos e porcas são
os mais usuais no setor mecânico em geral. Em um primeiro momento, podemos
não dar muita relevância a este tipo de elemento, porém, se analisarmos com mais
cuidado, logo perceberemos que estes componentes são de suma importância na
mecânica, pois é através deles que muitas uniões mecânicas são realizadas.
FONTE: <http://www.brasilfixadores.com.br/assets/images/parafusos-diversoss.jpg>.
Acesso em: 8 dez. 2018.
55
UNIDADE 2 | DESENHO DE COMPONENTES MECÂNICOS DE UNIÃO E TRANSMISSÃO
fuso
57
UNIDADE 2 | DESENHO DE COMPONENTES MECÂNICOS DE UNIÃO E TRANSMISSÃO
58
TÓPICO 1 | ROSCAS, PARAFUSOS E ELEMENTOS DE FIXAÇÃO
Vejamos que temos nestas duas situações casos bem extremos, em que,
na primeira situação, não há necessidade de se utilizar parafusos com elevada
resistência, para esta aplicação, uma união com parafuso comercial com cabeça
de fenda pode ser aplicada. Já na segunda, teremos que utilizar um parafuso de
classe definido, provavelmente um parafuso com cabeça hexagonal com encaixe.
SEXTAVADA
REDONDA SEM FENDA
comprimento 1/8 '' a 6''
SEXTAVADA
diâmetro #0 a 3/8'' COM FENDA
ESCAREADAS
aço – inox – latão – bronze – monel – náilon – etc.
59
UNIDADE 2 | DESENHO DE COMPONENTES MECÂNICOS DE UNIÃO E TRANSMISSÃO
Md
di
di
Md
Md
di
di
60
TÓPICO 1 | ROSCAS, PARAFUSOS E ELEMENTOS DE FIXAÇÃO
β
α
45� chanfro
Raiz
Crista Ângulo de rosca 2α
61
UNIDADE 2 | DESENHO DE COMPONENTES MECÂNICOS DE UNIÃO E TRANSMISSÃO
As roscas com perfis triangulares são as mais utilizadas, sendo que temos
duas variações possíveis: sistema métrico ou internacional (ISO) ou o perfil
Withworth. As roscas que seguem a norma ISO, que é a mais utilizada, possuem
seu dimensional dado em milímetros, com um ângulo de filetes de 60º, crista
plana e raiz arredondada. Neste sistema métrico, a rosca normal possui a sigla
NC (national coarse), rosca final possui a sigla NF (national fine).
FONTE: <http://www.indufix.com.br/wp-content/uploads/2017/02/rosca1.png>;
<http://www.indufix.com.br/wp-content/uploads/2017/02/rosca2.png>.
Acesso em: 11 dez. 2018.
62
TÓPICO 1 | ROSCAS, PARAFUSOS E ELEMENTOS DE FIXAÇÃO
63
UNIDADE 2 | DESENHO DE COMPONENTES MECÂNICOS DE UNIÃO E TRANSMISSÃO
Baixo e médio
4,6 M5–M36 225 400 240 4,6
carboono
Baixo e médio
4,8 M1,6–M16 310 420 340 4,8
carbono
Baixo e médio
5,8 M5–M24 380 520 420 5,8
carbono
Médio carbono,
8,8 M16–M36 600 830 660 Q&T (tempero 8,8
e revenido)
Médio carbono,
9,8 M1,6–M16 650 900 720 Q&T (tempero 9,8
e revenido)
Baixo carbono,
martensita,
10,9 M5–M36 830 1040 940 Q&T 10,9
(temperado e
revenido)
Liga, Q&T
12,9 M1,6–M36 970 1220 1100 (temperado e 12,9
revenido)
64
TÓPICO 1 | ROSCAS, PARAFUSOS E ELEMENTOS DE FIXAÇÃO
FONTE: O Autor
65
UNIDADE 2 | DESENHO DE COMPONENTES MECÂNICOS DE UNIÃO E TRANSMISSÃO
• Tipo de rosca.
• Diâmetro nominal.
• Comprimento da rosca.
• Passo (pode ser dispensado).
• Sentido da rosca (indicar somente se for à esquerda).
• Número de entradas (indicar somente se for de múltiplas entradas).
40
60
80
72
72
Ø22
esq M14
25 30
M14
Ø10
72
50
30
100
M20 3/4''
66
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico, você aprendeu que:
67
AUTOATIVIDADE
1 A união por parafusos e porcas é muito utilizada, por ter muitas vantagens, e a
principal delas é a simplicidade do processo. Porém, como todo componente
mecânico, também possui algumas limitações quanto ao seu emprego. Diante
disso, analise as afirmações a seguir e assinale a alternativa correta.
a) ( ) V- F- F- V.
b) ( ) F- V- V- F.
c) ( ) V- V- V- F.
d) ( ) F- F- V- V.
68
3 Para o desenho da luva roscada a seguir, complementar a cotação do
desenho com os dados técnicos solicitados.
12 30
6
15
20
A
12
69
70
UNIDADE 2 TÓPICO 2
ENGRENAGENS
1 INTRODUÇÃO
Uma das grandes necessidades que temos no desenvolvimento de
projetos mecânicos é a construção de sistemas de transmissão de movimento.
Em muitas situações, nosso projeto prevê a inclusão de algum sistema que possa
transmitir torque e velocidade angular, um exemplo é quando utilizamos o motor
elétrico como fonte de energia. Ao acionar o motor elétrico, a energia elétrica
será transformada em energia mecânica através destes sistemas de transmissão
de movimento, dentre os diversos que temos, os sistemas com engrenagens são
os mais utilizados.
Segundo Juvinall (2019, p. 376), “As engrenagens [...] estão entre os mais
antigos dispositivos e invenções do homem. Sabe-se que por volta do ano de 2600
a.C. os chineses utilizaram uma carruagem provida de uma série complexa de
engrenagens [...]”.
71
UNIDADE 2 | DESENHO DE COMPONENTES MECÂNICOS DE UNIÃO E TRANSMISSÃO
Qualidade Aplicações
FONTE: <https://static.ilocal.com.br//uploads/title_template_photo/Url/71291/
size_241x180_photo.png>. Acesso em: 12 dez. 2018.
72
TÓPICO 2 | ENGRENAGENS
d 2
d k₂ f₂
d o₂
d g₂
Engrenagem
Maior (Coroa)
Sk
Engrenagem
d o₁
g₁
d
Menor (Pinhão)
d d f₁
k₁ 1
hk
to
h io hz
So
hf
dg
o
d
d
f
dk
73
UNIDADE 2 | DESENHO DE COMPONENTES MECÂNICOS DE UNIÃO E TRANSMISSÃO
• M – módulo (mm).
• Z – é o número de dentes da engrenagem.
• df – diâmetro interno.
• dg – diâmetro da base.
• do – diâmetro primitivo.
• dk – diâmetro externo.
74
TÓPICO 2 | ENGRENAGENS
Linha contínua
Linha contínua
FONTE: O autor
75
UNIDADE 2 | DESENHO DE COMPONENTES MECÂNICOS DE UNIÃO E TRANSMISSÃO
76
TÓPICO 2 | ENGRENAGENS
dg
d
k
df
S
β0
tS0
tn
0
77
UNIDADE 2 | DESENHO DE COMPONENTES MECÂNICOS DE UNIÃO E TRANSMISSÃO
Denominação Formulário
T0
Módulo Normal (normalizado) mn0
mn0
Módulo Frontal ms0 mn0 sec 0
cos 0
Passo Frontal ts₀ = m0 π
Altura
Total do Dente hz = 2,2ms₀
78
TÓPICO 2 | ENGRENAGENS
79
UNIDADE 2 | DESENHO DE COMPONENTES MECÂNICOS DE UNIÃO E TRANSMISSÃO
4 ENGRENAGENS CÔNICAS
Como podemos ver nas figuras a seguir, este tipo de engrenagem é
fabricado no formato de um cone. Utilizada, principalmente, para aplicações em
eixos com 90º, em que os eixos se interceptam nos vértices dos cones. As variações
deste tipo de geometria são, segundo Norton (2004, p. 760), as engrenagens
cônicas retas e espirais.
80
TÓPICO 2 | ENGRENAGENS
ângulos do cone
de referência
diâmetro de referência
cone de referência
L
do pinhão dP
do pinhã
αP
F
αg
cone de referência
de engrenagem
diâmetro de referência
da engrenagem dg
cone anterior
da engrenagem
81
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, você aprendeu que:
82
AUTOATIVIDADE
a) ( ) V- F- F- V.
b) ( ) F- V- V- F.
c) ( ) V- V- V- F.
d) ( ) F- F- V- V.
20
10 5
5
10 10
30
30
40
18 66
83
30
30
6
15
25
10
20
15
20
70
60
35 22
14
10
35
20
13
10
22
10
Módulo = 3
Número de dentes = 30
Altura total do dente = 6,75mm
Diâmetro externo = 96mm
Diâmetro primitivo = 90mm
Espessura dos dentes = 40mm
84
85
86
UNIDADE 2 TÓPICO 3
ELEMENTOS SOLDADOS
1 INTRODUÇÃO
Apesar de ser um processo já bem antigo na história da humanidade, a
soldagem vem ganhando cada vez mais importância na indústria, isto se deve
à utilização de novas tecnologias que possibilitam a ampliação do uso deste
processo nos mais diversos setores. É um processo utilizado para fazermos as
uniões de peças de uma forma permanente, e esta é a característica principal da
soldagem. Quando fazemos uma união com soldagem, temos que ter a certeza de
que não há necessidade de uma posterior desmontagem.
87
UNIDADE 2 | DESENHO DE COMPONENTES MECÂNICOS DE UNIÃO E TRANSMISSÃO
FONTE: <http://www.metalica.com.br/pg_dinamica/bin/ver_imagem.php?id_
imagem=10284>. Acesso em: 6 dez. 2018.
88
TÓPICO 3 | ELEMENTOS SOLDADOS
2 PROCESSOS DE SOLDAGEM
Como a soldagem é um processo com características próprias, ele possui
uma terminologia que devemos conhecer para aplicarmos nos desenhos técnicos
corretamente. De acordo com Santos (2015), é necessário este conhecimento para
que todas as informações sejam corretamente especificadas no desenho técnico.
A seguir temos os termos mais importantes a conhecer.
Metal de adição
Fonte de calor
Poça de fusão
Solda ou cordão de solda
Metal de base
89
UNIDADE 2 | DESENHO DE COMPONENTES MECÂNICOS DE UNIÃO E TRANSMISSÃO
• MIG (Metal Inert Gas), neste processo são utilizados gases inertes na proteção,
ou seja, gases que não participam do processo e são adicionados para somente
garantir a proteção da poça de fusão. Os gases mais comuns são o hélio e o
argônio, podendo também ser utilizada uma mistura dos dois.
90
TÓPICO 3 | ELEMENTOS SOLDADOS
Alimentação
Arame
Gás de
Proteção
Bocal
Tubo de Contato
Eletrodo
Gás de Proteção
Arco
Poça de fusão
Metal Soldado
Metal Base
FONTE: <https://aventa.com.br/sites/default/files/novidade/mig-vs-tig-welding_0.png>.
Acesso em: 10 dez. 2018.
91
UNIDADE 2 | DESENHO DE COMPONENTES MECÂNICOS DE UNIÃO E TRANSMISSÃO
Gás de
Proteção
Bocal
Eletrodo
Eletrodo Tubo de
de Tungstênio Contato
(Fixo)
Gás de Proteção
Arco
Poça de fusão
Metal Soldado
Metal Base
FONTE: <https://aventa.com.br/sites/default/files/novidade/mig-vs-tig-welding_0.png>.
Acesso em: 10 dez. 2018.
92
TÓPICO 3 | ELEMENTOS SOLDADOS
3 SIMBOLOGIA DE SOLDAGEM
Para identificação de todos e a correta utilização dos processos, tanto
de produção quanto de montagem, faz-se necessário identificar de uma forma
padronizada a especificação do processo de soldagem no desenho técnico.
Para tanto, utilizamos a norma da American Welding Society (AWS), que é o
padrão adotado no Brasil.
da seta oposto
Especificação, processo R
Lado
93
UNIDADE 2 | DESENHO DE COMPONENTES MECÂNICOS DE UNIÃO E TRANSMISSÃO
3 Junta em V simples
5 Junta em Y simples
Junta em meio U
8 (ou em J)
Cordão de confirmação na
9 raiz da junta
10 Junta em ângulo
94
TÓPICO 3 | ELEMENTOS SOLDADOS
Soldagem em entalhe
11 (ou perna de solda)
Soldagem em linha
13 contínua
Junta em V simples de
14 bordas inclinadas
16 Soldagem de borda
17 Enchimento
18 Junta de superfície
19 Junta inclinada
20 Junta dobrada
95
UNIDADE 2 | DESENHO DE COMPONENTES MECÂNICOS DE UNIÃO E TRANSMISSÃO
• Flecha (1), para cada junta soldada, teremos que puxar uma flecha para indicar
a posição da solda.
• Linha de referência e de identificação (2a e 2b), nesta linha é que serão colocadas
as informações do tipo de solda, tamanho e outros dados.
• Símbolo de soldagem (3), este determina o tipo de chanfro e também o tipo de
acabamento que a solda deve ter.
Junta
por soldar 2b
96
TÓPICO 3 | ELEMENTOS SOLDADOS
97
UNIDADE 2 | DESENHO DE COMPONENTES MECÂNICOS DE UNIÃO E TRANSMISSÃO
98
TÓPICO 3 | ELEMENTOS SOLDADOS
99
UNIDADE 2 | DESENHO DE COMPONENTES MECÂNICOS DE UNIÃO E TRANSMISSÃO
LEITURA COMPLEMENTAR
Uma imagem vale mais que mil palavras. O famoso ditado popular pode
ser aplicado em diversas áreas de conhecimento, até mesmo na engenharia.
Em qualquer área de atuação da engenharia, o uso de imagens se dá por meio
do desenho técnico, que é nada menos do que a simplificação, exposição e
representação de um produto por meio de certas regras e métodos.
1 Ideia x Prática
100
TÓPICO 3 | ELEMENTOS SOLDADOS
101
RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tópico, você aprendeu que:
102
AUTOATIVIDADE
a) ( ) V- F- V- V.
b) ( ) F- V- V- F.
c) ( ) V- V- V- F.
d) ( ) F- F- V- V.
103
3 Para cada representação de solda especificada a seguir, faça um desenho
técnico com a especificação correta da simbologia conforme norma ASW.
104
UNIDADE 3
DESENHO DE CONJUNTOS
MECÂNICOS
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em três tópicos. No decorrer da unidade você
encontrará autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo apresentado.
105
106
UNIDADE 3
TÓPICO 1
1 INTRODUÇÃO
Os desenhos mecânicos, como já discutidos anteriormente, são necessários
para a correta especificação e fabricação de um determinado produto. Quando
temos todos os dados dimensionais corretamente colocados nos desenhos, temos
a garantia de que determinado produto será fabricado com excelência.
FUNÇÃO
MATERIAL FORMA
PROCESSO
107
UNIDADE 3 | DESENHO DE CONJUNTOS MECÂNICOS
A relação entre estes fatores é bem fácil de ser compreendida, por exemplo,
uma peça fabricada em alumínio é mais leve que o mesmo produto em aço. Sendo
a massa final do produto importante, o alumínio seria a primeira escolha de
material para este produto.
Molde perdido
Processos de
fundição
Molde permanente
Torneamento
PROCESSAMENTO DE MATERIAIS
Usinagem Fresamento
Furação
Processos de
corte Ataque químico
Eletropolimento
Outros
Jato de água
Laser
A quente Estampagem
Processos de
Forjamento
deformação
Estiramento
plástica
Extrusão
A frio
Soldagem/Colagem
Processos de
união
Ligação mecânica
108
TÓPICO 1 | DETALHAMENTO DE CONJUNTOS MECÂNICOS
2 PROCESSO DE USINAGEM
Como já comentado anteriormente, o engenheiro que desenha um
produto novo, além dos atributos físicos do produto, deverá também levar em
consideração o material e o processo de fabricação ao fazer o desenho técnico
mecânico deste produto.
Ø30j6
Ø30j6
M20
Ø16
80 65 25
250
3 PROCESSO DE FUNDIÇÃO
No processo de fundição também se faz necessário fazermos desenhos
que levem em consideração o processo de fabricação definido.
80
Ø38
0
Ø7
80
Ø
30 20
7,5
22,5 5
30
30
Boleados r2,5
FONTE: Silva (2006, p. 355)
110
TÓPICO 1 | DETALHAMENTO DE CONJUNTOS MECÂNICOS
45
3,2
60 53 17
3,2 A
20
35
+0,05
3,2
Ø15 0
Ø0,2 M +0,05
Ø40 +0,01
Ø0,1 M A
4 DESENHO DE CONJUNTOS
Temos situações, por exemplo, do desenho de uma máquina ou produto
com montagens, no qual é necessário desenvolvermos o desenho de conjunto. Ao
projetar uma válvula tipo registro de gaveta, o desenhista faz a especificação e
o desenho de todos os componentes. Cada componente poderá ter um desenho
único para fabricação, por exemplo: bucha, fuso, porca, guarnição etc.
111
UNIDADE 3 | DESENHO DE CONJUNTOS MECÂNICOS
4
REGISTRO DE GAVETA
5
FONTE: <https://jorgelabi.files.wordpress.com/2017/01/maxresdefault.jpg?w=788>.
Acesso em: 25 jan. 2019.
112
TÓPICO 1 | DETALHAMENTO DE CONJUNTOS MECÂNICOS
ra
ra
Da máx
Da máx
da min
da min
d3
d
10 Ref.
Montagem em perspectiva
113
UNIDADE 3 | DESENHO DE CONJUNTOS MECÂNICOS
114
TÓPICO 1 | DETALHAMENTO DE CONJUNTOS MECÂNICOS
115
RESUMO DO TÓPICO 1
116
AUTOATIVIDADE
a) ( ) V- F- F- V.
b) ( ) F- V- F- V.
c) ( ) V- V- V- F.
d) ( ) F- F- V- V.
117
Agora, assinale a alternativa CORRETA:
118
UNIDADE 3
TÓPICO 2
1 INTRODUÇÃO
Uma outra forma de transmissão de movimento muito utilizada na indústria
é a transmissão por correias ou correntes, é uma forma de transmissão de potência
entre eixos em que a principal característica é que estes elementos mecânicos são
flexíveis. A correia, por exemplo, é uma transmissão silenciosa e, como é flexível,
podemos transmitir potência de um eixo a outro com um certo afastamento.
Vantagens:
• Construção relativamente simples;
• Funcionamento silencioso;
• Boa capacidade de absorção de choques.
Desvantagens:
• Maiores dimensões com relação às engrenagens;
• Grandes distâncias entre eixos;
• Menor vida útil.
119
UNIDADE 3 | DESENHO DE CONJUNTOS MECÂNICOS
• Correias Planas
• Correias em V
FONTE: <http://www.brasilrolamentos.com.br/imagens/informacoes//polias-
correias-v-01.jpg>. Acesso em: 6 jan. 2019.
120
TÓPICO 2 | PROJETO DE TRANSMISSÃO POR CORREIAS
FONTE: <http://www.tonifix.com.br/index.php/correias/correia-canal-b/correia-perfil-
b-detail>. Acesso em: 19 mar. 2019.
121
UNIDADE 3 | DESENHO DE CONJUNTOS MECÂNICOS
Ângulo do canal
Perfil Diâmetro t s w y z h k x R4
Graus
externo (mm)
de 75 a 170 34�
A 9,5 15 13 3 2 13 5 5 1
acima de 170 38�
de 130 a 240 34�
B 11,5 19 17 3 2 17 6,5 6,25 1
acima de 240 38�
de 200 a 350 34�
C 12,25 25,5 22,5 4 3 22 9,5 8,25 1,5
acima de 350 38�
de 300 a 450 36�
D 22 36,5 32 6 4,5 28 12,5 11 1,5
acima de 450 38�
de 485 a 630 36�
E 27,25 44,5 38,5 8 6 33 16 13 1,5
acima de 630 38�
Largura L = 2t + s (n-1)
n = número de canais
122
TÓPICO 2 | PROJETO DE TRANSMISSÃO POR CORREIAS
3 PROJETO DE APLICAÇÃO
Em uma transmissão com 3 cv e com três correias “V”, perfil “A”, a polia
motora (1) gira a 1160 rpm. Determinar e desenhar a polia movida (2) sabendo-
se que esta gira a 320 e que a largura do seu cubo é de 54mm. Este exemplo foi
adaptado de Mastro (2012, p. 90).
Dados informados:
• n = 3.
• perfil “A”.
• n1 = 1160 rpm.
• n2 = 320 rpm.
• Lc2 = 54 mm.
L = 2t + s (n – 1) = 2 x 9,5 + 15 (3 – 1) = 49,00 mm
Neste nosso exemplo, como não foi dado o diâmetro externo da polia,
vamos adotar o mínimo especificado na tabela, neste caso De1 = 75 mm.
Dn1 = De1 – 2 x = 75 – 2 . 5 = 65 mm
Para o furo do eixo que será acoplado na polia de2, utilizaremos a relação
a seguir especificada em norma DIN 6885 para utilização de chavetas:
123
UNIDADE 3 | DESENHO DE CONJUNTOS MECÂNICOS
h 4 5 6 7 8 8 9 10 11 12 14 14 16 18 20 22
t1 2,4 2,9 3,5 4,1 4,7 4,9 5,5 6,2 6,8 7,4 8,5 8,7 9,9 11,1 12,3 13,5
t2 1,7 2,2 2,6 3 3,4 3,2 3,6 3,9 4,3 4,7 5,6 5,4 6,2 7,1 7,9 8,7
de 10 12 16 20 25 32 40 45 50 56 65 70 80 90 100 110
I até 45 56 70 90 110 140 160 180 200 220 250 250 315 355 400 400
I normalizado: 10, 12, 14, ..., 22, 25, 28, 32, 36, 40, 45, 50 56 63, 70 80 110, 125, 140, 160, ..., 220, 250,
280, 315, 355, 400
124
TÓPICO 2 | PROJETO DE TRANSMISSÃO POR CORREIAS
n 3
de2 = 90 3 + 2 t1 = 90 3 + 2 x 4,1 = 28,00 mm (aproximadamente)
n2 320
Nfo2 = 180� / αo2 = 180� / 39,68� = 4,537 furos (arredondar para 5 furos)
Sendo 5 furos:
125
UNIDADE 3 | DESENHO DE CONJUNTOS MECÂNICOS
4 ROLAMENTOS
Os rolamentos são peças fundamentais no processo de montagem de
equipamentos, é através deles que os eixos são apoiados, sendo submetidos a
cargas tanto axiais quando radiais, ou uma combinação das duas. Desta forma,
segundo Melconian (2012, p. 191), “para escolher o tipo de rolamento a ser
utilizado na construção mecânica, torna-se indispensável conhecer o tipo de
solicitação que vai atuar no rolamento”.
126
TÓPICO 2 | PROJETO DE TRANSMISSÃO POR CORREIAS
• Fr – carga radial
• Fa – carga axial
127
UNIDADE 3 | DESENHO DE CONJUNTOS MECÂNICOS
Anel exterior
Agulha
Anel interior
Anel de retenção
ou gaiola
Esfera Rolo
Rolamentos axiais
Rolo
cônico
Anel de
retenção Rolo
esférico
Gaiola
128
TÓPICO 2 | PROJETO DE TRANSMISSÃO POR CORREIAS
129
RESUMO DO TÓPICO 2
130
AUTOATIVIDADE
1 A aplicação das polias com correias é uma forma bem usual na indústria de
transmitirmos potência entre eixos. Como todo tipo de elemento mecânico,
o uso das correias tem vantagens e desvantagens. Com base nesta afirmação,
analise as alternativas a seguir.
a) ( ) V- F- F- V.
b) ( ) F- V- V- F.
c) ( ) V- V- V- F.
d) ( ) F- F- V- V.
131
132
UNIDADE 3
TÓPICO 3
1 INTRODUÇÃO
Um dos pontos bem importantes que devemos observar ao executarmos
um desenho técnico mecânico é o tipo de acabamento que a peça deverá ter. Ao
desenhar um bloco de motor de um carro, por exemplo, o engenheiro mecânico
deverá observar que teremos várias solicitações diferentes de acabamento
necessárias. O acabamento externo do bloco, que é feito pelo processo de fundição,
não requer acabamento especial, pois não possui contato que gera desgaste com
outras peças. Já nos cilindros, nos quais ocorre o processo de combustão, há a
necessidade de um acabamento bem preciso, pois entre estes componentes ocorre
movimentação com contato metal-metal.
133
UNIDADE 3 | DESENHO DE CONJUNTOS MECÂNICOS
FONTE: <http://carrosinfoco.com.br/wp-content/uploads/2015/09/block1-1024x683.jpg>.
Acesso em: 6 jan. 2019.
2 RUGOSIDADE
A seguir estão listadas, segundo Silva (2006, p. 240), algumas definições
importantes para entendermos como especificar corretamente os acabamentos
superficiais nas peças.
134
TÓPICO 3 | ACABAMENTO SUPERFICIAL E RUGOSIDADE
• Rugosidade média Ra: definida como a média aritmética dos valores absolutos das
coordenadas do perfil em que c é o comprimento da base, conforme a expressão:
c
1
c 0
Ra | Z ( x) | dx
c
1 2
c 0
Rq Z ( x)dx
135
UNIDADE 3 | DESENHO DE CONJUNTOS MECÂNICOS
136
TÓPICO 3 | ACABAMENTO SUPERFICIAL E RUGOSIDADE
Valores darugosidade Ra
Classe de rugosidade
µm µin
N12 50 2000
N11 25 1000
N9 6,3 250
N8 3,2 125
N7 1,6 63
N6 0,8 32
N5 0,4 16
N4 0,2 8
N3 0,1 4
N2 0,05 2
N1 0,025 1
0,00
RETIFICAR 7,00 -0,20
N6
92,20
91,80
FONTE: O autor
137
UNIDADE 3 | DESENHO DE CONJUNTOS MECÂNICOS
138
TÓPICO 3 | ACABAMENTO SUPERFICIAL E RUGOSIDADE
139
UNIDADE 3 | DESENHO DE CONJUNTOS MECÂNICOS
3 COTAGEM DA RUGOSIDADE
Agora que já sabemos como obter os valores de rugosidade, vamos definir
como estes valores são colocados nos desenhos, a forma é bem simples e segue a
regra conforme a figura a seguir.
140
TÓPICO 3 | ACABAMENTO SUPERFICIAL E RUGOSIDADE
d) Orientação das estrias: a direção das estrias resultante da forma como são
trabalhadas as superfícies é representada, quando necessário, pelos símbolos
do quadro a seguir, indicados no desenho junto do símbolo-base, na zona
assinalada por d.
e) Sobre-espessura para acabamento: o valor da sobre-espessura para acabamento
(em mm) só é representado quando necessário. É inscrito na posição da letra e.
Note-se que o valor da sobre-espessura necessária para trabalhar a superfície
de uma peça é, em geral, da responsabilidade do executante.
f) Outros parâmetros da rugosidade: estes valores ou parâmetros, quando
indicados, são sempre apresentados entre parêntesis, na posição da letra f.
141
UNIDADE 3 | DESENHO DE CONJUNTOS MECÂNICOS
142
TÓPICO 3 | ACABAMENTO SUPERFICIAL E RUGOSIDADE
b
a c
b
a c
143
UNIDADE 3 | DESENHO DE CONJUNTOS MECÂNICOS
144
TÓPICO 3 | ACABAMENTO SUPERFICIAL E RUGOSIDADE
LEITURA COMPLEMENTAR
Tem uma ideia para um projeto mecânico e não sabe como desenhá-la?
Entenda o que é detalhamento de projeto e quais são os erros mais comuns na
sua execução.
Uma ideia é algo que desponta a todo momento. Para os que põem em
prática seu poder criativo, deve-se pensar na forma apropriada de representar
essa ideia, de forma que qualquer um possa entendê-la. Nos casos em que está
envolvido um objeto voltado para a mecânica, pode-se dizer que é necessário um
detalhamento de projeto mecânico.
145
UNIDADE 3 | DESENHO DE CONJUNTOS MECÂNICOS
Entretanto, a ideia não pode ser descrita apenas por algumas palavras
e desenhos soltos! Imagine por um momento que não existam regras na língua
portuguesa. Seria no mínimo difícil de comunicar o que você está pensando, já
que todos se expressariam como lhes fosse conveniente. O que as regras da língua
portuguesa são para você, as Regras ABNT são para o detalhamento de projeto.
Responsáveis por não deixar que ocorram intepretações distintas dos desenhos
técnicos, elas evitam confusões e garantem que o projeto seja perfeitamente
executável. Sendo assim, vamos tirar um tempo para entendê-las um pouco mais.
146
TÓPICO 3 | ACABAMENTO SUPERFICIAL E RUGOSIDADE
Contudo, até para o olhar mais treinado, é possível deixar escapar alguns
detalhes que fujam às Regras ABNT em um projeto de Detalhamento.
- Contornos visíveis
Contínua larga
- Arestas visíveis
- Linhas de cota
- Linha de chamada
Contínua estreita
- Hachuras
- Linhas auxiliares
- Linhas de centro
Traço ponto estreita
- Linhasm de simetria
147
UNIDADE 3 | DESENHO DE CONJUNTOS MECÂNICOS
Seta
errada
errada
errada
certa
148
RESUMO DO TÓPICO 3
149
AUTOATIVIDADE
a) ( ) V- F- F- V.
b) ( ) F- V- V- F.
c) ( ) V- V- V- F.
d) ( ) F- F- V- V.
150
Agora, assinale a alternativa CORRETA:
temperado
151
5 Represente no desenho técnico os sinais de acabamento indicados na
perspectiva da peça.
desbastado
desbastado
polido
polido
alisado
0
Ø4
60
60
10
2 FUROS Ø40
30
10
60
15
0
10
R 30
152
REFERÊNCIAS
BARBOSA FILHO, A. N. Projeto e desenvolvimento de produtos. São Paulo:
Atlas, 2009.
MASTRO, Edson Del; ESPÍNDOLA, Helena Setsuko Del; LEITE, Osni Paula.
Desenho técnico mecânico II. Faculdade de Tecnologia de Sorocaba, 2012.
MELCONIAN, Sarkis. Elementos de máquinas. 10. ed. São Paulo: Érica, 2012.
153
SHIGLEY, J. E.; MISCHKE, C. R.; BUDYNAS, R. G. Projeto de engenharia
mecânica. 7. ed. Porto Alegre: Bookman, 2005.
SILVA, A.; RIBEIRO, C. T.; DIAS, J.; SOUSA, L. Desenho técnico moderno. 4. ed.
Rio de Janeiro: LTC, 2006.
154