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A espessa camada de poeira sobre o velho livro

parecia um véu que lhe cairá bastante bem, não que


o resto dos objetos naquele sótão que mais parecerá
um mausoléu estivesse igualmente imundo, meu pai
sempre me contará contos sobre as aranhas
gigantesca que aqui habitavam quando eu era
criança, porém elas visivelmente não eram tão
colossais apesar de suas teias facilidade podessem
passar despercebido por um bordado de alguma
senhora, me pego pensando que aquilo que meu pai
me dissera era uma forma de advertir minha subida,
enquanto viverá sempre havia guardado consigo a
chave é mesmo que matar a curiosidade seja algo
prazeroso ao mesmo tempo se tornará melancólico,
uma das pequenas bordadeiras percorre a parte
frontal de tal grosseiro livro é a fraca luz que entra
por uma fresta da parede cria a projeção de suas
pernas no volume, com um forte inspirar que traga o
cheiro do mofo é alguns grãos de pó que percorrem
minha narina é enchendo meu peito seguido por um
grande assopro, conunas de poeira se elevam
revelando a capa de couro curtido do exemplar de
folhas envelhecidas é numeradas nas pontas como
qual um alfarrábio, logo me recosto em uma das
vigas da estrutura que sustenta o telhado é trago a
vela mais para perto revelando uma assinatura que
me fez tremer "Zhyzhak", sua pronúncia é estranha
quase gutural emanando um tom de enojamento
como se estivesse falando uma blasfêmia, porém,
estranhamente o nome logo abaixo pertencia a
minha falecida mãe "Gardenia Signe", me relembro
de cada uma das passagens que meu pai soltará
sem perceber enquanto se perdia em seus
devaneios causados pelo álcool somente assim ele
falará algo, talvez eu tenha minhas respostas agora
em minhas mãos então farei questão de ater minha
atenção somente a elas.
A noite se desenrola é a vela já esta quase no fim
logo me fazendo contra a minha vontade descer as
escadas para catar outra pessa de cera para
substituir o anterior, as primeiras partes do livro
pareciam uma espécie de diário infantil da vida
pregressa da minha mãe que havia nascido em
Zestrad uma ilha famosa é ao mesmo tempo envolta
em temor, é aquela passagem ainda ressoa em
minha mente como se estivesse revirando as minha
entranhas.
...
"Naquela época eu era uma criança curiosa, corria
pela areia da terra a lama.
Percorria o bosque, a relva, o rio até o oceano.
Ouvia os meu pais os pássaros, meus amigos é
mais principalmente eu ouvia a montanha.
Pregressamente eu era tão parte daquele pedaço de
chão quanto a grama, eu escutava o chamado do
vento quase como um gorjear dos pássaros, eu
sempre soube ler os animais é eles sempre foram
atraídos para min, eu definitivamente estava ligada
aquele local é não havia outro lugar onde eu
pudesse repousar.
Eu acordava as noites em minha cama minha pele
ardendo em febre é a primeira coisa que eu fitava
era a janela do meu quarto aberto logo em frente da
minha cama e a visão era algo comum é horrível, a
montanha que se desdobrava a minha frente é seu
terror noturno, o som que ela emitia eram de batidas
sincronizadas como o de tambores ou contagens
que faziam meus ossos rangerem é sangue gelar
tornando a pulsação cada vez mais ritimada com o
monstro a minha frente tornando impossível desviar
os olhos ou mesmo gritar, isso se repetirá algumas
vezes até mesmo quando me trocaram de quarto eu
sempre sabia onde ficava o centro de tal temor é
magicamente era como se eu pudesse vê-lo através
das paredes, seja o que for estava se preparando ou
talvez me chamando como se ele fosse tão parte
daquele pedaço de chão como a grama."
...
Chego no andar inferior procuro entre as coisa de
meu pai pela primeira vez nesses 13 dias esqueci da
sua recém partida, todo o dia de manhã eu
demorava um tempo na cama para me lembra de
que ele estava morto porém nunca me esquecerá ao
longo do dia até este momento, eu deveria me sentir
feliz por estar superando porém isso só me
entristece mais, como poderia esquecer a morte
dele?, tateando a prateleira superior encontro uma
das poucas velas ainda não gastas enquanto quase
derrubo a cadeira com a minha cauda, rapidamente
com o objeto em mão subo as escadas em busca de
continuar minha leitura noturna que apesar de não
prescisar de luz para enxergar prescisaria para
assustar os ratos é afastar suas presas de minha
pele, meu pai sempre me aconselhava que ratos
transmitiam a doença o que me fez criar um medo
enorme de tais criaturas, é finalmente munido
transferi o fogo de um pavio a outro enquanto me
sentará novamente em posição.
...
"Da montanha algumas vezes eu ouvia música ou
estranhos sussurros vindos das pedras é algumas
vezes tive a sensação de que haviam seres que
pareciam observar a atividade da cidade, como qual
um animal feroz observará pássaros enjaulados.
Mesmo quando estava longe eu sentia que ele
continuava me olhando, até que todos os meus
sonhos fossem iguais é recebessem o puro horror
que ele queria me dizer, infelizmente eu não falava
sua língua naquela época.
O meu sonho recorrente naquela época me
arrepiava, eu via os deuses se afogando em lama,
fogo é sangue, é eles suplicavam como mortais
chorando por suas vidas até seus olhos ficarem
totalmente negros é sua pele negra pela chama que
a consumia, então um bode emergia do caos
transfixando o crânio da divindade com seus chifres
agora banhados com um sangue tão espesso que se
tornará tão negro quanto o resto do corpo negro,
durante tal sonho frequentemente acordava como se
alguém estivesse olhando meu rosto de bastante
perto.
Até que em uma noite durante o sonho que se
repetia algo mudou, a boca dos deuses se abriram é
pronúnciaram nomes que jamais pensaria que um
humano fosse capaz de reproduzir, eu na época
anotei cada um deles porém hoje guardo todos
comigo como a lembrança de um parente próximo.
Naquela tarde eu entenderia meu propósito quando
a sacerdotisa da ilha bateu a porta da casa da minha
mãe de forma sonora, ela me queria para que
pudesse lhe susseder como posto de protetora
ritualística de Zestrad, tal notícia deixou minha mãe
eufórica porém eu sabia que não teria muito mais
tempo nesse lugar desde que os tambores
começaram a bater em minha mente, até que em um
dia aconteceu.
Era inico da noite quando as batidas pararam é os
animais se silenciaram, os que possuíam assas as
bateram para longe é os que nadavam rapidamente
se afastaram, quando voltei meus olhos para o topo
do apocalíptico monte pude sentir que ele estava
escalando as paredes por dentro é quando prendia
suas garras na face interior o mundo tremia, o
grande platô no lado leste simplesmente rachou
fazendo uma parte ser engolida pelo oceano que fez
um som como o qual de uma barriga faminta, o pico
do Senu explodiu criando um gigantesco som que
moveu o mar e lançou pedras é um calor poderoso
no céu enquanto expelia uma bile laranja é infernal,
no centro da corrupção alguma coisa me fitava com
seus olhos projetados pelo fumaça iluminada pela
lava ao seu redor, me segurando a minha tentei
correr porem os tremores me jogavam ao chão onde
eu fiquei pois algo me dizia que não iria me
machucar, deitei meu corpo suado na terra enquanto
tapava meus ouvidos para não escutar os outros
moradores gritando, vieram uma segunda explosão
é após uma terceira tão forte que minhas orelhas
sangravam porém foi só ai que eu entenderá o som
que vinha do cume da destruição, ele dizia 'Zhizhak',
por um momento aquele nome se tornou o meu
fazendo mais sentido que o nome que eu carregará,
me pondo de pé começei minha jornada ao topo de
tal magnífico ser.
Os tremores pareciam não mais me abalar, o fogo
não mais me consumia, o vento gritava para eu
recuar porém eu continuei, o mar ainda queria
consumir é as pessoas ainda gritavam não mais me
afetando, eu passei pela névoa negra recém
expelida que queimava a minha pele é ficando presa
a minha carne, eu choraria mais aquela poeira
também se unia ao meu olho o tornando como qual
uma noite sem estrelas, continando a caminhar
chegei até o top de lá podia adimirar a constante
mutabilidade da natureza, aquele lugar já foi uma
criatura até que foi obrigado a carregar aquela
civilização barulhenta que atrapalhava seu sono é
desrespeitava o ciclo natural de morte é renovação,
ele era como a mim um perdido em terras ocupadas
dor outros é destinado a algo simplório como ser
esquecido ou como se dedicar ao sacerdócio, eu
escutei o choro milenar da criatura que clamava
justiça para com os terrenos que o tomaram suas
terras é foram hereges com suas crenças o
desrespeitando em seu lar, a medida que eu
compreendia os seus dizeres que antes pareciam
uma espécie de praga antiga sentia meu crânio
doendo é deformando formando uma espécie de
chifres além de que toda minha pele já era negra da
fuligem, eu assinei meu acordo é prometi me tornar
uma emissaria dos antigos governantes da terra é
seus verdadeiros donos, eu me tornei outra coisa é
eu gostei de me tornar o que chamam de Tiefling."
...
A notícia percorreu meu corpo me dando ataques de
arrepios que percorriam meu corpo, minha mãe não
era como eu anteriormente? será que meu pai sabia
disso? obviamente ele sabia já que escondeu este
livro de mim, ele sempre me dizia para não me
preocupar com o julgamento dos outros para com
minha aparência, então porquê esconder isso de
mim afinal eu tinha direito de conhecer minha mãe
no caso conhecer sua palavras.
...
"Depois da catástrofe poucos foram os que
sobreviveram ao vulção e eu possuia a missão de
achar os restantes é dizima-los antes que algum
sábio descobrisse que tal fenômeno forá causado
pele meu novo senhorio, afinal isso ia fazer vir a tona
uma caçada a tais criaturas abissais, em seus sonos
eles poderiam ser vulnerável é eu não poderia
permitir mais um desrespeito da minha jovem
ninhada que caminhava pela terra.
Parti da ilha verdadeirame como uma sacerdotisa
porém dessa vez era minha escolha, eu profetizava
o fim dos insetos que tomavam o mundo para si
construindo sobre seres carentes de justiça, por
muitos anos estudei a história, cultura, língua,
magias é localização de tais poderosos chamados
demônios.
Até que uma vez meus senhores pediram a
primogenitura, eles queriam meu primeiro filho, eu
como qualquer sacerdotisa era celibatária então tive
que me deitar com alguém que me permitisse tal
coisa ou nosso filho perderia o direito a
primogenitura.
Passei 2 anos da minha vida ao lado de meu marido
quando finalmente havia engravidado o que o deixou
atônito, quando dei a luz descobri que eram 2
crianças idênticas, a que nasceu primeiro eu dei o
nome de Balam é o segundo de Baltazar, meu
primeiro filho eu sacrificarei está noite então deixarei
este livro para você Galvyn entregar a nosso filho
caçula para que ele possa descobrir que
verdadeiramente rege o mundo, conte para ele sobre
a minha morte é nunca o diga sobre o seu irmão eu
partirei para poder comungar com os anitigos então
no seu aniversário de 18 entregue este livro é rague
estás primeiras folhas, esse é o favor que te peço
em troca de te permitir continuar na posse da minha
cria."
...
Alguns anos depois:
Com a morte de meu pai é a descoberta de que
minha mãe estava viva eu parti da minha antiga
moradia somente com um livro em mãos, as páginas
estavam repletas de línguas mortas ou
desconhecidas é algumas imagens é runas, como
pedido não concedido pelo meu pai eu rasguei as
primeiras páginas é as atirei nas chamas, eu agora
busco reencontrar aquela que fez tanto mal ao meu
pai que indiretamente causará sua morte em meio
ao alcoolismo, ela queria que eu me tornasse um
seguidor dos seus demônios porém eu renego eles
assim como renego ela, eu vou encontrar tais
criaturas é vou esmagalas assim como farei com
minha mãe, durante a noite escuto o livro tentar falar
em meus pensamentos porém resistirei até
conseguir minha vingança, eu encontrei a alguns
dias uma senhora que também conversa com a
natureza é por coincidência ela também vive em
uma ilha, após ajudá-la ela me ofereceu abrigo é
pretendo ficar tempo o bastante para poder traduzir
mais algumas partes desse tomo.

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