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Artigos sobre a Bíblia Sagrada

O que é a Bíblia?

Ao contrário do que parece à primeira vista, a Bíblia não é um livro único e independente, mas uma
coleção de 73 livros, uma mini-biblioteca que destaca o a aliança e plano de salvação de Deus
para com a humanidade. É interessante observar que alguns livros possuem poucas ou até mesmo
uma única página escrita, mas mesmo assim são considerados como livros.

A própria palavra Bíblia provém do grego biblos e significa livros, o que bem demonstra não ser
a Bíblia um livro único. Assim, quando usamos hoje a palavra "Bíblia" nos referimos a esse
conjunto de 73 livros.

Às vezes, também a chamamos de Sagradas Escrituras ou tão somente Escrituras e tratam de


diversos assuntos: orações, rituais, história, sabedoria, exortações e até mesmo poesia... tudo em
grande harmonia - já que inspirada por Deus - relacionando o homem com o único e verdadeiro
Deus, e vice-versa.

A Bíblia é muito antiga: sua redação começou por volta do séc. XV a.C. e somente se encerrou
no final do séc. I d.C.. Esse é, aliás, o motivo pelo qual muitas passagens são difíceis de serem
compreendidas, obrigando-nos, às vezes, a recorrer a cursos bíblicos ou outros livros de apoio.

Introdução à Bíblia

1. - A BÍBLIA É ÚNICA
A Bíblia Sagrada, por tudo o que encerra, pela maneira como foi escrita, e da forma como tem sido
preservada por tantos séculos, só pode ser definida numa palavra: "única"

O dicionário define "único", como: 1. Que é um só; 2. De cuja espécie não existe outro; 3. exclusivo;
excepcional; 4. a que nada é comparável; 5. superior a todos os demais.

M. Monteiro Williams, antigo professor de sânscrito, que passou 42 anos estudando livros orientais e
comparando-os com a Bíblia, afirmou: "Se você quiser, empilhe-os no lado esquerdo de sua
escrivaninha; mas coloque a sua Bíblia do lado direito - apenas ela, só ela - e que haja uma boa
distancia entre a pilha de Livros e a Bíblia. Pois existe uma grande distancia entre ela e os chamados
livros sagrados do Oriente, de modo que estes se opõem àquela, total, completa e definitivamente;
um abismo real que nenhuma ciência do pensamento religioso conseguirá transpor" (J.Mc Dowell,
"Evidencia que Exige um Veredicto", pg.19,20).

2. ÚNICA NA SUA COERÊNCIA:

É livro "diferente de todos os demais" nos seguintes aspectos (além de muitos outros):

1. Escrito durante um período de aproximadamente 1600 anos;

2. Escrito durante mais de 40 gerações;

3. Escrito por cerca de 40 autores, das mais diferentes atividades, tais como: reis, camponeses,
filósofos, pescadores, poetas, estadistas, estudiosos, etc.: Moisés, um líder político, que
estudou nas universidades do Egito; Pedro, um pescador; Amós, um boiadeiro; Josué, um
general; Neemias um copeiro; Daniel, um diplomata; Lucas, um médico; Salomão e Davi (reis
e poetas); Mateus (cobrador de impostos); Paulo (rabino); Esdras (escriba e sacerdote).

4. Escrito em diferentes lugares: no deserto; numa masmorra; nos palácios de Susã, na Pérsia;
nas prisões; em viagens; numa ilha, exilado;

5. Escrito em diferentes condições e circunstâncias: em tempos de paz e em tempos de guerra;


em tempos de alegria, e em tempos de profunda tristeza; em tempos de liberdade, e sob o
cativeiro;

6. Escrito em três continentes: Ásia, África e Europa;

7. Escrito em três idiomas:


Hebraico (a língua do Antigo Testamento) Em 2Reis 18:26-28 essa língua é chamada de
"judaica"; Em Is. 19:18 é chamada de "língua de Canaã");
Aramaico (a língua "franca" do Oriente Próximo até à época de Alexandre, o grande (século
VI ao século IV a.C., tendo permanecido em uso, paralelamente ao grego, por judeus e
palestinos até à época de Cristo);
Grego, a língua do Novo Testamento. Era o idioma de uso internacional à época de Cristo.

8. A Bíblia trata de centenas de temas controversos (aqueles que podem gerar opiniões
divergentes, quando mencionado ou discutido). Os autores bíblicos falaram de centenas de
temas controversos, com harmonia e coerência, desde Gênesis a Apocalipse, revelando uma
única história: - "A redenção do homem por parte de Deus". Assim, o "Paraíso Perdido" de
Gênesis, se torna o "Paraíso Recuperado" do Livro de Apocalipse. Enquanto que o acesso à
árvore da vida está fechado em Gênesis, encontra-se aberto para todo o sempre em
Apocalipse. A grande diversidade dos escritos da Bíblia tratam de: lei (civil, criminal, ética,
ritual, sanitária), história, poesia religiosa e lírica, textos didáticos, parábolas e alegorias,
biografia correspondência pessoal, reminiscências pessoais, diários, alem de estilos
caracteristicamente bíblicos de literaturas proféticas e apocalípticas". Por tudo isso a Bíblia
não é uma simples antologia. Existe uma unidade que dá coesão ao todo. Uma antologia é
compilada por um antologista, mas nenhum antologista compilou a Bíblia.

3. ÚNICA EM CIRCULAÇÃO
A Bíblia tem sido lida por mais pessoas e publicada em mais línguas do que qualquer outro livro.
Existem mais cópias impressas de toda a Bíblia e mais porções e seleções dela do que de qualquer
outro livro em toda a história. Em termos absolutos não existe qualquer livro que alcance, ou que
mesmo comece a se igualar à Bíblia, em termos de circulação.

O primeiro grande livro a ser impresso foi a "Vulgata" (versão da Bíblia em latim), impressa por
Gutemberg.

4. ÚNICA EM TRADUÇÃO
A Bíblia foi um dos primeiros livros importantes a ser traduzido (Septuaguinta: tradução em grego
do Antigo Testamento hebraico, por volta de 250a.C.). A Bíblia tem sido traduzida, retraduzida e
parafraseada mais do que qualquer outro livro existente. A Enciclopédia Britânica informa que " até
1966 a Bíblia completa havia aparecido em 240 línguas e dialetos; um ou mais livros da Bíblia em
outros 739 idiomas, num total de 1280 línguas". Entre 1950 e 1960 3.000 tradutores da Bíblia
estiveram trabalhando na tradução das Escrituras. Os fatos colocam a Bíblia numa condição única
("de cuja espécie não existe outra") em termos de tradução.
5. ÚNICA EM SOBREVIVENCIA
Através dos tempos.
Ser escrita em material perecível, tendo que ser copiada e recopiada durante centenas de anos, antes
da invenção da imprensa, não prejudicou seu estilo, exatidão ou existência. Comparada com outros
escritos antigos, a Bíblia possui mais provas em termos de manuscritos do que, juntos, possuem os
dez textos de literatura clássica com maior número de manuscritos. Os judeus a preservaram como
nenhum outro manuscrito foi jamais preservado. Com a "massora"(parva, magna e finalis) eles
verificavam atentamente cada letra, sílaba, palavra e parágrafo. Dentro de sua cultura, eles
dispunham de grupos de homens com funções específicas, cuja única responsabilidade era preservar
e transmitir esses documentos com uma fidelidade praticamente perfeita, eram "escribas, copistas e
massoretas". Quem alguma vez contou as letras, sílabas e palavras dos textos de Aristóteles ou
Platão? de Cícero ou de Sêneca?

a. Em meio a perseguições.
Como nenhum outro livro, a Bíblia tem suportado os ataques malévolos de seus inimigos.
Muitos tem procurado queimá-la, proibi-la e torná-la ilegal, desde os dias dos imperadores
romanos até os dias de hoje, nos países dominados pelo comunismo, islamismo, ou pagãos
radicais. Voltaire, o renomado francês, incrédulo, que morreu em 1778, afirmou que, cem anos
depois dele o cristianismo estaria varrido da face da terra e teria passado à história. Mas
aconteceu que, Voltaire passou à história, ao passo que a circulação da Bíblia continua a
aumentar em quase todas as partes do mundo, levando bênçãos aonde quer que vá. Em 303
A.D. o imperador Diocleciano proclamou um edito para impedir os cristãos de adorarem Deus
e para destruir as Escrituras. Eusébio registra o edito proclamado 25 anos após, por
Constantino, sucessor de Diocleciano, para que se preparassem 50 cópias das Escrituras às
expensas do governo.

b. Em meio às críticas
Durante dezoito séculos os incrédulos tem refutado e atacado esse livro, e, no entanto, ele está
hoje firme como uma rocha. Aumenta sua circulação, é mais amado, apreciado e lido do que
em qualquer outra época. Por mais de mil vezes badalaram os "sinos" anunciando a morte da
Bíblia, formou-se o cortejo fúnebre, talhou-se a inscrição na lápide e fez-se a leitura da elegia
fúnebre. Mas por alguma maneira o cadáver nunca permaneceu sepultado. Nenhum outro livro
tem sido tão atacado, retalhado, vasculhado, examinado e difamado. Que livro de filosofia,
religião, psicologia ou literatura do período clássico ou moderno, sofreu um ataque tão maciço
como a Bíblia? Apesar de todos os ataques, a Bíblia é amada por milhões, lida e estudada por
milhões. Críticas, como por exemplo da "hipótese documental", que argumenta que o
Pentateuco não poderia ter sido por Moisés, pois, segundo esses críticos, à época de Moisés
não havia escrita, ruem por terra, pois a arqueologia descobriram o "obelisco negro". Tinha
caracteres uniformes e continha as leis de Hamurabi. Era um texto pós-Mosaico? Não! era pré-
Mosaico. E não apenas isso, mas era pelo menos três séculos anteriores a Moisés, o qual
supunham que era um homem primitivo e não dispunha de alfabeto. Também falharam os
defensores da "hipótese documental" quando asseveravam que não existiam heteus à época de
Abraão, pois não existiam outros registros sobre esse povo. Deviam ser um mito. Estavam
errados mais uma vez. Fruto da pesquisa arqueológica, hoje existem centenas de referencias se
sobrepondo umas às outras e cobrindo mais de 1200 anos da civilização dos heteus.

6. Única nos Ensinos.

a. Profecia. Wilbor Smith, que formou uma biblioteca pessoal de 25.000 volumes, chegou à
conclusão de que "não importa o que alguém pense sobre a autoridade do livro que chamamos
de Bíblia e sobre a mensagem que ele apresenta; o fato é que existe uma aceitação
generalizada de que, por inúmeras razões, esse é o livro mais notável que já foi produzido
nestes aproximadamente cinco mil anos em que a raça humana domina a escrita". "É o único
volume já produzido pelo homem, ou por um grupo de homens, em que se encontra um grande
corpo de profecias a respeito de nações, em particular de Israel, de todos os povos da terra, de
certas cidades e daquEle que viria e deveria ser o Messias. O mundo antigo possuía muitos e
diferentes meios para determinar o futuro, o que é conhecido como "prognosticação", mas na
totalidade da literatura grega e latina, muito embora empreguem as palavras "profetas" e
"profecia", não conseguimos encontrar qualquer profecia real e especifica acerca de um grande
acontecimento histórico que deveria ocorrer no futuro distante, nem qualquer profecia acerca
de um Salvador que iria surgir no meio da raça humana". O Islamismo é incapaz de indicar
qualquer profecia acerca da vinda de Maomé, e que tenha sido pronunciada centenas de anos
antes de seu nascimento. De igual modo, os fundadores de quaisquer das seitas existentes no
mundo são incapazes de identificar com precisão qualquer texto antigo que tenha predito o
surgimento de tal ou tal seita.

b. História. Nos livros bíblicos de 1ª Samuel até 2ª Crônicas encontra-se a história de Israel,
cobrindo cerca de cinco séculos. Certamente o povo de Israel manifesta uma capacidade
excepcional para a interpretação da história, e o Antigo Testamento representa a descrição da
história mais antiga que existe. "A tradição nacional hebraica supera todas as outras na
maneira clara como descreve a origem tribal e familiar. No Egito e na Babilônia, na Assíria e
na Fenícia, na Grécia e em Roma, procuramos em vão por qualquer coisa parecida. Nada há de
semelhante na tradição dos povos germânicos.

A Índia e a China também não tem algo parecido para apresentar, visto que suas lembranças
históricas mais antigas são registros literários de tradições dinásticas distorcidas, sem que haja
menção a criadores de animais ou lavradores que tivessem antecedido o semideus ou rei, com
quem esses registros iniciam. Nem nos mais antigos escritos históricos indianos (os Puranas)
nem nos primeiros historiadores gregos existe qualquer alusão ao fato de que tanto os indo-
arianos como os helenos outrora haviam sido nômades que, vindos do norte, imigraram para as
regiões onde se instalaram. A bem da verdade, os assírios se lembravam vagamente de seus
primeiros lideres, cujos nomes recordavam sem quaisquer detalhes sobre seus feitos, e que
haviam habitado em tendas; mas já fazia muito tempo que os assírios tinham se esquecido de
onde vieram.

A "Tabela das Nações", de Gênesis Cap.10, é um relato histórico surpreendentemente exato.


"É algo absolutamente único na literatura antiga, sem qualquer paralelo mesmo entre os
gregos... 'A Tabela das Nações' permanece sendo um documento surpreendentemente exato...
Revela, apesar de toda a complexidade, uma compreensão tão notavelmente moderna da
situação étnica e lingüística do mundo moderno, que os estudiosos jamais deixam de ficar
impressionados com o conhecimento do autor sobre o assunto.

c. As pessoas descritas. "A Bíblia não é o tipo de livro que um homem escreveria caso pudesse,
nem poderia escrever, caso quisesse". Ela trata com muita franqueza a respeito dos pecados de
suas personagens. Leia as biografias escritas hoje em dia e repare como elas tentam esconder,
deixar de lado ou ignorar o lado pouco recomendável das pessoas. Veja os maiores gênios da
literatura: em sua maioria são descritos como santos. A Bíblia não procede dessa maneira. Ela
simplesmente conta a verdade.

d. Denunciando os pecados do povo (Deut. 9:24); e os pecados dos patriarcas (Gen.12:11-13;


49:5-7); os evangelistas descrevem suas próprias faltas e as dos apóstolos (Mat.8:10-26;
26:31-56; Mc.6:52; 8:18; Luc. 8:24, 25; 9:40-45; João 10:6; 16:32) e a desordem nas igrejas
(1Cor.1:11; 15:12; 2Cor. 2:4, etc.). Muitos indagarão: "Por que tinham que colocar aquele
capítulo sobre Davi e Bate-Seba"? Bem, a Bíblia tem o costume de contar a verdade.

7. Única na influência sobre a literatura


"Se todas as Bíblias de uma cidade grande fossem destruídas, seria possível restaurar o Livro em suas
partes essenciais, a partir das citações dele feitas existentes nos livros da biblioteca pública
municipal. Existem livros cobrindo quase todos os grandes autores literários, escritos
especificamente para mostrar o quanto a Bíblia os influenciou".

O historiador Philip Schaff descreve de maneira brilhante a singularidade da Bíblia ao apresentar a


singularidade do Salvador: "Esse Jesus de Nazaré, sem dinheiro nem armas, conquistou milhões de
pessoas em número muito maior do que Alexandre, César, Maomé e Napoleão; sem o conhecimento
e a pesquisa científica ele despejou mais luz sobre assuntos materiais e espirituais do que todos os
filósofos e cientistas reunidos; sem a eloqüência aprendida nos bancos escolares, ele pronunciou
palavras de vida como nunca antes, nem depois foram ditas e provocou resultados que o orador e o
poeta não conseguem alcançar; sem ter escrito uma linha, ele pôs em ação mais canetas, e forneceu
temas para mais sermões, discursos, livros profundos, obras de arte e música de louvor do que todo o
contingente de grandes homens da antigüidade e da atualidade".

"Existem questões complexas no estudo da Bíblia, que não tem paralelo com qualquer outra ciência
ou ramo do conhecimento humano. A partir dos "pais apostólicos", em 95 A.D., até à época atual
corre um largo rio literário, inspirado pela Bíblia. São dicionários bíblicos, enciclopédias bíblicas,
léxicos bíblicos, atlas bíblicos e livros de geografia. Pode-se considerá-los como ponto de partida.
Então, aleatoriamente, podemos mencionar as enormes bibliografias nos campos de teologia,
educação religiosa, hinologia, missões, línguas bíblicas, história da Igreja, biografia religiosa,
devocionários, comentários, filosofia da religião, provas do cristianismo, apologética, e assim por
diante, parece ser um número interminável.

"É prova da importância dEle, do efeito que Ele tem causado na história e, presumivelmente, do
mistério desconcertante, provocado por Ele, que nenhuma outra pessoa que viveu neste planeta tenha
sido a razão de um volume tão grande de literatura entre tão grande número de povos e línguas e que,
longe de terminar, o nível da inundação continua subindo".

A Conclusão é óbvia. "A Bíblia é única. A ela, nada é comparável. A Bíblia é o primeiro livro
religioso a ser levado para o espaço sideral (ela foi em forma de microfilme). É o primeiro livro lido
que descreve a origem da terra (os astronautas leram Gênesis 1:1 - "No princípio criou Deus os céus
e a terra").

É também um dos livros mais caros (senão o mais caro) A Bíblia Vulgata Latina de Gutenberg custa
100.000 dólares. Os russos venderam o Códice Sinaítico (uma antiga cópia da Bíblia) à Inglaterra por
510.000 dólares (em 1933). E, finalmente, o mais longo telegrama do mundo foi o Novo Testamento
na Edição Revista, enviado de New York a Chicago, duas cidades norte-americanas.

Quem escreveu a Bíblia?

Já dissemos em nosso artigo "O que é a Bíblia?", que ela foi totalmente inspirada por Deus. Para
definirmos inspiração, preferimos seguir o conceito descrito por São Tomás de Aquino:
"É a ação de Deus, movendo e dirigindo o autor na produção do livro, preservando-o de erros, de
forma que é Deus o autor e o homem mero instrumento usado para escrever" (2Quodlibetales,
VII,14,5)
Vemos, assim, que os livros da Bíblia foram escritos por homens movidos pela ação direta de
Deus, de forma a prevenir erros, fazendo que aceitemos Deus como autor principal e o homem
como autor secundário. O homem é instrumento de Deus e é movido e dirigido por Ele.

Porém, não devemos confundir inspiração com revelação: a revelação ocorre quando Deus
mostra ou descobre ao homem verdades de fé; a inspiração, como vimos, é o ato de Deus mover
o homem a escrever verdades de fé, assistindo e preservando seus escritos do erro.

O fato de Deus de ter inspirado homens, não significa, contudo, que tenha anulado a inteligência
e a liberdade do ser humano. Sobre isso, ensina-nos o Magistério da Igreja:

"Na redação dos livros sagrados, Deus escolheu homens, dos quais se serviu fazendo-os usar suas
próprias faculdades e capacidades a fim de que, agindo Ele próprio neles e por eles, escrevessem,
como verdadeiros autores, tudo e só aquilo que Ele próprio quisesse" (Dei Verbum, 11).

Mas por que Deus inspiraria seres humanos para elaborar a Bíblia??

Ora, Deus é nosso Criador e nos criou por amor! Inspirando alguns santos homens a escrever tais
livros, deu à religião uma base divina, absolutamente correta, já que, por serem inspirados, os
livros da Bíblia são a própria Palavra de Deus, em toda a sua essência e força.

Já que foram escritos por homens, de forma que podemos entender seu conteúdo, foram usadas
linguagens humanas. Quase todas as Bíblias modernas trazem logo na primeira folha as três
linguagens que foram usadas para compô-la: o hebraico, o aramaico e o grego. O hebraico foi
usado para a redação de quase todo o Antigo Testamento; o aramaico (língua falada na Palestina
na época de Jesus) foi usado para alguns pequenos trechos do Antigo Testamento e, segundo
alguns estudiosos, para o original do Evangelho de Mateus; o grego comum (koiné), por fim, foi
utilizado para escrever alguns poucos livros do Antigo Testamento e para todo o Novo
Testamento.

Como está dividida a Bíblia? Quais livros a compõem?

A Bíblia está dividida em duas grandes partes:

1. Antigo Testamento: Que são todos os livros escritos a partir do séc. XV a.C. até o
nascimento de Cristo. Contém a Lei de Deus dada a Moisés, a história do povo de Israel e suas
reflexões, bem como a previsão da vinda do Messias, que se deu com a vinda de Jesus Cristo.

2. Novo Testamento: Que são todos os livros escritos após a vinda de Jesus até o final do séc. I
d.C.. Traz a vida e as obras de Jesus, a criação e a expansão da Igreja, além de documentos de
formação do povo cristão.

Essas duas grandes divisões estão, ainda, subdivididas de acordo com o conteúdo dos livros. Temos
assim, para o Antigo Testamento:

1. Livros da Lei: também chamados de Pentateuco, isto é, os "cinco livros" de Moisés, que
abrem a Bíblia, e falam da Criação de Deus e da formação de seu Povo Eleito: Israel.

2. Livros Históricos: são os livros que descrevem as guerras de Israel, bem como a história de
seus reinos.
3. Livros Didáticos: ou sapienciais, apresentam a sabedoria e poesia dos hebreus.

4. Livros Proféticos: foram escritos por profetas que pregavam o arrependimento e preparavam
o povo eleito para a chegada do Messias Salvador.

enquanto que, para o Novo Testamento, temos:

1. Livros do Evangelho: narram a vida, os ensinamentos, os milagres e a obras do Messias Jesus


Cristo.

2. Livro Histórico: apresenta a instituição e expansão da Igreja Cristã, primeiro na Palestina e, a


seguir, no mundo até então conhecido.

3. Epístolas: são as doutrinas e exortações escritas por alguns Apóstolos de Cristo e


encaminhadas a comunidades ou fiéis cristãos.

4. Livro Profético: traz a vitória de Cristo e sua Igreja sobre as forças do mal e o juízo final.

Os livros que compõem a Bíblia são 73, sendo 46 do Antigo Testamento e 27 do Novo Testamento.
São eles:

1. Gênese
2. Êxodo
3. Levítico
4. Números
5. Deuteronômio
6. Josué
7. Juízes
8. Rute
9. Samuel - Livro I
10.Samuel - Livro II
11.Reis - Livro I
12.Reis - Livro II
13.Crônicas - Livro I
14.Crônicas - Livro II
15.Esdras
16.Neemias
17.Tobias
18.Judite
19.Ester
20.Macabeus - Livro I
21.Macabeus - Livro II
22.Jó
23.Salmos
24.Provérbios
25.Eclesiastes
26.Cântico dos Cânticos
27.Sabedoria
28.Eclesiástico
29.Isaías
30.Jeremias
31.Lamentações de Jeremias
32.Baruc
33.Ezequiel
34.Daniel
35.Oséias
36.Joel
37.Amós
38.Abdias
39.Jonas
40.Miquéias
41.Naum
42.Habacuc
43.Sofonias
44.Ageu
45.Zacarias
46.Malaquias
47.Evangelho de Mateus
48.Evangelho de Marcos
49.Evangelho de Lucas
50.Evangelho de João
51.Atos dos Apóstolos
52.Epístola aos Romanos
53.1ª Epístola aos Coríntios
54.2ª Epístola aos Coríntios
55.Epístola aos Gálatas
56.Epístola aos Efésios
57.Epístola aos Filipenses
58.Epístola aos Colossenses
59.1ª Epístola aos Tessalonicenses
60.2ª Epístola aos Tessalonicenses
61.1ª Epístola a Timóteo
62.2ª Epístola a Timóteo
63.Epístola a Tito
64.Epístola a Filemôn
65.Epístola aos Hebreus
66.Epístola de Tiago
67.1ª Epístola de Pedro
68.2ª Epístola de Pedro
69.1ª Epístola de João
70.2ª Epístola de João
71.3ª Epístola de João
72.Epístola de Judas
73.Apocalipse de João

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