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Agradecimientos 10
Palabras liminares, por Carl A. W h i t a k e r 11
Introducción 13
Capitula 1 . La f a m i l i a c o m o s i s t e m a r e l a c i o n a l 17
Premisas metodológicas 17
Del diagnóstico individual al estudio sistémico del
comportamiento perturbado 23
E l e c c i ó n de una i n t e r v e n c i ó n 28
Capitulo 2 . La f o r m a c i ó n del s i s t e m a t e r a p é u t i c o 36
El equipo terapéutico 36
El ambiente terapéutico ( 3 6 ) ; La relación tera-
peuta-supervisor (39)
La primera sesión 41
P r e s e s i ó n ( 4 1 ) ; L a p r i m e r a s e s i ó n ( 4 2 ) ; 1 . Esta¬
dio social ( 4 3 ) ; 2. El estudio del p r o b l e m a ( 4 9 ) ;
3 . E l e s t a d i o i n t e r a c t i v o ( 5 7 ) ; 4 . E l c o n t r a t o te¬
rapéutico (69)
Capítulo 3 . La c o m u n i c a c i ó n no v e r b a l 74
Significadodellenguajeanalógico 74
Relaciones con el m ó d u l o verbal (76)
El espacio en la interacción h u m a n a 80
E s p a c i o y m o v i m i e n t o en la terapia familiar 84
La escultura de la familia 86
Capítulo 4. La p r e s c r i p c i ó n 93
La directividad en terapia familiar 93
C l a s i f i c a c i ó n de las p r e s c r i p c i o n e s 97
A) Prescripciones reestructurantes 98
1. Prescripciones contrasistémicas ( 1 0 0 ) ; 2. Pres-
cripciones de contexto (101); 3. Prescripciones
de desplazamiento ( 1 0 2 ) ; 4. Prescripciones de
reelaboración sistèmica ( 1 0 4 ) ; 5. Prescripciones
de refuerzo ( 1 0 6 ) ; 6. Prescripciones de utiliza-
ción del s í n t o m a ( 1 0 7 )
B) Prescripciones paradojales 112
8 ÍNDICE
SILVANO ANDOLFI
PALABRAS LIMINARES
te a estudiar la naturaleza del paciente y a buscar en su interior las explorar la relación dialéctica de este ú l t i m o c o n realidades sociales
causas de la perturbación. De esta manera, el malestar se clasifica m á s c o m p l e j a s , s e g ú n u n a m o d a l i d a d circular.
y se inserta en un esquema rígido, que lo vuelve más estático e irre¬ La t e r a p i a con la familia p e r m i t e e n f r e n t a r s e c o n c o n t r a d i c c i o n e s ,
versible, en tanto no capta su significado relacional y las implica¬ roles y e s t e r e o t i p o s s o c i a l e s q u e i n c i d e n p r o f u n d a m e n t e t a n t o s o b r e
ciones propias del c o n t e x t o social en que cobró vida ese comporta¬ e l n ú c l e o familiar c o m o s o b r e e l e q u i p o t e r a p é u t i c o . Tal c o n f r o n ¬
m i e n t o . Con este enfoque la sociedad y la familia, que representa tación constituye un m o m e n t o de reflexión y de esclarecimiento
una de las expresiones fundamentales de aquélla, pueden aislar, respecto de modalidades comunicativas basadas sobre esquemas
estigmatizar, mistificar y confundir, si no tienen en cuenta todos i n a u t é n t i c o s , roles s e x u a l e s y f a m i l i a r e s r í g i d o s q u e o b s t a c u l i z a n
los c o m p o n e n t e s que c o n t r i b u y e n , en una situación dada, a deter¬ un proceso de c a m b i o , ya en acto en otros niveles en el c o n t e x t o
minar o a m a n t e n e r un cierto c o m p o r t a m i e n t o . social.
En este libro he t r a t a d o de describir de un m o d o simple y com¬ M á s p a r t i c u l a r m e n t e , l a t e r a p i a d e b e p e r m i t i r a l p a c i e n t e identi¬
prensible las teorías sistémicas, verificando la utilidad y los límites ficado r e c u p e r a r s u c a p a c i d a d d e a u t o d e t e r m i n a c i ó n e n u n c o n t e x t o
de un discurso relacional en un c o n t e x t o t e r a p é u t i c o . El trabajo di¬ familiar c a m b i a d o , d o n d e s e r e d e s c u b r e n y a c t i v a n p o t e n c i a l i d a d e s
recto con las familias y las actividades de e n s e ñ a n z a de terapia 2 t e r a p é u t i c a s a n t e s i n e x p r e s a d a s y c a p a c e s de dar un s i g n i f i c a d o dis¬
relacional me han p r o p o r c i o n a d o la motivación para elaborar un tinto a una perturbación, no vivida ya c o m o un estigma, sino c o m o
libro de terapia familiar, que puede representar un comienzo de re¬ señal y m o m e n t o d e c r e c i m i e n t o d e u n g r u p o c o n h i s t o r i a . E s t o e n
flexión y de crítica para t o d o s aquellos que, en diversos niveles, ac¬ pro d e u n a p a r t i c i p a c i ó n m á s a u t é n t i c a e n l a v i d a d e l a c o m u n i d a d .
túan en el campo asistencial. Por motivos de claridad he restringido
el campo al análisis exclusivo del sistema familiar, a u n q u e en reali¬
dad un enfoque sistémico, j u s t a m e n t e en razón de los supuestos
conceptuales de los que surge, no puede limitarse a mirar un sistema
sin verlo en relación con los otros que interactúan con él.
Se trata sin duda de un libro técnico (si por ello se entiende en-
trar en lo específico de realidades terapéuticas) que a u n q u e remon¬
te a supuestos teóricos y experiencias clínicas, m a d u r a d a s en los
países anglosajones en los últimos veinte años, representa sin embar¬
go un intento de traducción y de aplicación crítica del enfoque re-
lacional al c o n t e x t o italiano, que nace de la necesidad de ofrecer al
trabajador social un m o d e l o sistémico con el que pueda confrontar
su propio proceder en las situaciones en que debe intervenir.
La familia representa, en este sentido, un terreno i m p o r t a n t e y
prioritario en el que puede ubicarse un discurso relacional que, una
vez asimilado, permite superar los límites del grupo-familia para
2
Ambas actividades se desarrollan en el Centro Studi della Comunicazio¬
ne nei Sistemi-Terapia Familiare nell'infanzia e n e l l ' a d o l e s c e n z a ( R o m a , via
R e n o , 3 0 ) , y en m e n o r medida en el Instituto di Neuropsichiatria Infantile de
la Universidad de Roma.
AGRADECIMIENTOS CAPITULO l
PREMISAS METODOLÓGICAS
7
Por lo tanto, toda evaluación en términos moralísticos resulta arbitraria
Tal b ú s q u e d a , en el plano de los p e q u e ñ o s g r u p o s , puede llevar,
e inútil, tal como es simplista considerar la homeostasis y la transformación en situaciones p a r t i c u l a r m e n t e e x p u e s t a s , a d e s c o m p e n s a c i o n e s o
c o m o entidades separadas. e n d u r e c i m i e n t o s en u n o o en o t r o s e n t i d o , con el consiguiente ma¬
8
Minuchin (1977) afirma que "los modelos transaccionales que regulan el lestar individual, de pareja, y aun más a m e n u d o en el á m b i t o de
comportamiento de los miembros de' la familia se mantienen por obra de dos los hijos.
sistemas coactivos. El primero comprende las reglas que rigen habitualmente
la organización familiar, es decir, la presencia de una jerarquía de poder —en P a r t i e n d o de estos s u p u e s t o s , el primer objetivo del t e r a p e u t a
la cual padres e hijos tienen diferentes niveles de autoridad- y de comple- consistirá en evaluar c o r r e c t a m e n t e la incidencia de los factores
mentariedad de junciones —en la que los miembros de la pareja parental acep- " p e r t u r b a d o r e s " capaces en m u c h o s casos de p r o v o c a r una autén¬
tan una interdependencia r e c í p r o c a - . El segundo está representado funda- tica d e s c o m p e n s a c i ó n en el f u n c i o n a m i e n t o familiar: está claro
mentalmente por las mutuas expectativas de cada miembro de la familia res-
que la utilización de diagnósticos psiquiátricos o de terapias ten¬
pecto de los demás. El origen de estas expectativas está sepultado por años de
negociaciones, explícitas e implícitas, sobre pequeños y grandes eventos co¬ dientes a e t i q u e t a r al individuo en dificultades (ignorando su con¬
tidianos". t e x t o social y los factores de presión i n t e r n o s y e x t e m o s ) t e r m i n a n
por ser un ulterior e l e m e n t o de d e s c o m p e n s a c i ó n , t a n t o más dele-
LA FAMILIA COMO SISTEMA RELACIONAL 23
22 TERAPIA FAMILIAR
c) La familia como sistema abierto en interacción con otros sis- Si se a c e p t a n los s u p u e s t o s s i s t é m i c o s a n t e d i c h o s , resulta clara la
temas (escuela, fábrica, b a r r i o , i n s t i t u t o , g r u p o d e c o e t á n e o s , e t c é -
e x i g e n c i a de que se dirija la a t e n c i ó n no a la p e r s o n a sino a los sis-
t e r a ) . En o t r a s p a l a b r a s , esto significa q u e las r e l a c i o n e s interfami¬
t e m a s r e l a c i ó n a l e s de los q u e p a r t i c i p a : al pasar de lo i n d i v i d u a l a
liares se o b s e r v a n en r e l a c i ó n d i a l é c t i c a con el c o n j u n t o de las rela¬
lo colectivo, el i n t e r é s se t r a s l a d a de h e c h o de la explicación del
c i o n e s s o c i a l e s : las c o n d i c i o n a n y e s t á n a su vez c o n d i c i o n a d a s por
c o m p o r t a m i e n t o individual, t o m a d o aisladamente, a la observación
las n o r m a s y los v a l o r e s de la s o c i e d a d c i r c u n d a n t e , a t r a v é s de un
de las i n t e r a c c i o n e s que o c u r r e n e n t r e los diversos m i e m b r o s de la
equilibrio dinámico.
familia y, en fin, e n t r e la familia e n t e n d i d a c o m o u n i d a d y los
D e e q u i l i b r i o d i n á m i c o habla t a m b i é n L é v i - S t r a u s s c u a n d o afirma,
o t r o s s i s t e m a s q u e i n t e r a c t ú a n con ella.
a p r o p ó s i t o de la r e l a c i ó n e n t r e g r u p o social y familias q u e lo cons¬
En un p l a n o p r á c t i c o , u n a o b s e r v a c i ó n d e d i c a d a a e s t u d i a r los
t i t u y e n , q u e tal r e l a c i ó n " n o es e s t á t i c a c o m o la q u e e x i s t e e n t r e la
d a t o s y a las p e r s o n a s en f u n c i ó n de la d i n á m i c a i n t e r a c t i v a , m á s
p a r e d y los l a d r i l l o s q u e la c o m p o n e n . Es m á s bien un p r o c e s o diná¬
m i c o de t e n s i ó n y o p o s i c i ó n con un p u n t o de e q u i l i b r i o e x t r e m a ¬ bien q u e de los significados i n t r í n s e c o s , es decir u n a óptica r e l a c i o -
d a m e n t e difícil d e e n c o n t r a r , p o r q u e s u l o c a l i z a c i ó n e x a c t a está nal-sistémica, contrasta decididamente con l a h a b i t u a l visión m e -
s o m e t i d a a infinitas v a r i a c i o n e s q u e d e p e n d e n del t i e m p o y de la c a n i c i s t a - c a u s a l de los f e n ó m e n o s , q u e d u r a n t e siglos ha d o m i n a d o
s o c i e d a d " (Lévi-Strauss, 1967). nuestra cultura influyendo sobre n u e s t r a s m o d a l i d a d e s d e pensa¬
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l i c e n c i a s en el s e c t o r de la i n f a n c i a , t a n t o en los E s t a d o s Uni¬ la m a y o r p a r t e de los p r o f e s i o n a l e s creen q u e p u e d e n explicar el
d o s , d o n d e se o r i g i n ó , c o m o en E u r o p a y en p a r t i c u l a r en Italia, c o m p o r t a m i e n t o " p e r t u r b a d o " i m a g i n a n d o q u e el n i ñ o o el a d u l t o
d o n d e la p s i q u i a t r í a infantil ha p u e s t o s i e m p r e el a c e n t o s o b r e el que l o m u e s t r a está " e n f e r m o " .
análisis m á s o m e n o s prolijo de los c o n f l i c t o s i n t e r n o s del n i ñ o y En este s e n t i d o la lógica de la internación en un m a n i c o m i o o en
de sus p r o b l e m a s de p e r s o n a l i d a d , p r e s c i n d i e n d o de la o b s e r v a c i ó n un p a b e l l ó n de c r ó n i c o s a p a r e c e d e c i d i d a m e n t e c o m o carcelaria y
p r o f u n d i z a d a de las r e l a c i o n e s familiares y s o c i o a m b i e n t a l e s del ni¬ claramente antisistémica.
ño m i s m o , c o n s i d e r a d a s de p o c a i m p o r t a n c i a o a lo s u m o analiza¬ La intervención sobre la crisis, c u a n d o se la realiza, t e r m i n a in¬
das sólo en el nivel t e ó r i c o . v a r i a b l e m e n t e por c o n d u c i r a u n a fase de a i s l a m i e n t o si el c i r c u i t o
No se a p a r t a m u c h o de este p u n t o de vista, por lo m e n o s en los del t e m o r y de la c o n s i g u i e n t e d e l e g a c i ó n , por un c o m p o r t a m i e n t o
r e s u l t a d o s , e l m é t o d o d e trabajo del e q u i p o m é d i c o - p s i c o - p e d a g ó - c o n s i d e r a d o con excesiva p r e c i p i t a c i ó n c o m o p e l i g r o s o o a n o r m a l ,
gico en el c u a l , a u n q u e se p o n g a t a m b i é n el a c e n t o s o b r e el análisis no se s u s t i t u y e por un e n f o q u e t e n d i e n t e a c a p t a r sus a s p e c t o s
de las r e a l i d a d e s c o n t e x t ú a l e s del n i ñ o , la f r a g m e n t a c i ó n de las in¬ c o n t e x t ú a l e s m á s significativos y a descifrar su lenguaje en térmi¬
t e r v e n c i o n e s y la j e r a r q u i z a c i ó n rígida de los roles p r o f e s i o n a l e s nos r e l a c i ó n a l e s , para e n f r e n t a r luego el real p r o b l e m a q u e reside
lleva m á s a u n a c o l e c c i ó n t e ó r i c a , a r b i t r a r i a y l i m i t a t i v a de los da¬ m u c h o m á s a m e n u d o entre las p e r s o n a s que en la p e r s o n a q u e re¬
t o s , q u e a un real c o n o c i m i e n t o de las n e c e s i d a d e s del n i ñ o y de su sulta ser la m á s i m p l i c a d a .
familia. El n i ñ o en d i f i c u l t a d e s es con frecuencia o b j e t o de o b s e r v a c i ó n
El r e q u e r i m i e n t o de i n f o r m a c i o n e s y la o b s e r v a c i ó n d i r e c t a del según u n a m o d a l i d a d no d i s í m i l de la que aplica el l a b o r a t o r i s t a en
contexto" en q u e se originó un d e t e r m i n a d o c o m p o r t a m i e n t o o sus i n v e s t i g a c i o n e s : su c o m p o r t a m i e n t o " e n f e r m o " o " d e s v i a d o "
la c o n f r o n t a c i ó n e n t r e m o d o s d i v e r s o s de definir el p r o b l e m a por será el p r e p a r a d o que se analizará en el m i c r o s c o p i o en la fase diag¬
p a r t e de los d i r e c t a m e n t e i m p l i c a d o s en él, está en v e r d a d m u y li¬ nóstica.
m i t a d a en los c e n t r o s m é d i c o s , en los a m b u l a t o r i o s n e u r o l ó g i c o s y La t e r a p i a variará a d e m á s s e g ú n las e x i g e n c i a s : u n a s veces se ba¬
p s i q u i á t r i c o s , e n los c e n t r o s d e h i g i e n e m e n t a l , j u s t a m e n t e p o r q u e sará en f á r m a c o s , o t r a s se o r i e n t a r á según t é r m i n o s p e d a g ó g i c o s , o
será más i n t e n s i v a c o m o en el caso de u n a t e r a p i a de j u e g o , p e r o
s i e m p r e t r a s l u c i r á un e n f o q u e d i a g n ó s t i c o dirigido a aislar el órga¬
10 no e n f e r m o del c o n j u n t o de las o t r a s r e l a c i o n e s significativas.
En el curso de este libro dedicaré m u c h o espacio al trabajo realizado en
el á m b i t o de niños y adolescentes, porque en mi opinión la validez de la tera¬ Un m o d o c o m p l e t a m e n t e d i s t i n t o de p l a n t e a r el p r o b l e m a con¬
pia familiar es directamente proporcional a la precocidad del tratamiento, res¬ siste en c o n s i d e r a r a la familia c o m o un s i s t e m a del cual el n i ñ o for¬
p e c t o del proceso de estructuración de un cierto c o m p o r t a m i e n t o "patológi¬ ma p a r t e (que sólo es o b v i a m e n t e u n o e n t r e v a r i o s , c o m o la escue¬
c o " , en sistemas todavía susceptibles de transformaciones significativas. la, el b a r r i o , el clan, e t c é t e r a ) y en c u y o á m b i t o p u e d e asumir un
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La importancia fundamental del c o n t e x t o en que tiene lugar toda significado e l ' c o m p o r t a m i e n t o " d i v e r s o " . Se p r e s c i n d e así de la
c o m u n i c a c i ó n humana es una adquisición reciente de la indagación socio- necesidad de r e c o n s t r u i r u n a historia y una e v o l u c i ó n clínica con
psicológica. Frases, relaciones, actitudes, estados de ánimo asumen un signifi¬
p u r o s fines a n a m n é s i c o s : se prefiere c o m e n z a r de c e r o , a n a l i z a n d o
cado respecto de una situación específica, o sea, de las circunstancias particu¬
lares que, en un preciso m o m e n t o , circundan a una o más personas e influyen las r e l a c i o n e s que e x i s t e n aquí y ahora e n t r e el n i ñ o y la familia,
en su c o m p o r t a m i e n t o . No evaluar todo esto puede significar atribuir a un en un ú n i c o a c t o de o b s e r v a c i ó n .
c o m p o r t a m i e n t o dado un significado totalmente distinto, hasta llegar a consi¬ Este t i p o de análisis ha sido o b j e t o de m u c h a s c r í t i c a s por p a r t e
derarlo anormal, insensato, malvado, absurdo, delictivo, etcétera. Resultará
de q u i e n e s han visto en él u n a m o d a l i d a d a c r í t i c a y más p a r t i c u l a r :
tanto más incomprensible cuanto más rígida y convencional sea la perspectiva
del observador. "Si un hombre se lava los dientes en una calle llena de gente m e n t e un e n f o q u e que t e r m i n e por d e s i n t e r e s a r s e de la historici¬
en lugar de hacerlo en su baño, es muy fácil que termine en una dependencia dad del i n d i v i d u o . Se t r a t a , sin e m b a r g o , de u n a crítica superficial,
policial o quizás en el m a n i c o m i o " (Watzlawick, 1971). en t a n t o a través del análisis de las r e l a c i o n e s i n t e r p e r s o n a l e s más
26 TERAPIA FAMILIAR L A FAMILIA C O M O SISTEMA RELACIONAL 27
significativas y actuales de los c o m p o n e n t e s de una familia se lle¬ en enviarlas a un g u e t o u r b a n o , asignándoles la tarea de planear có¬
gará n e c e s a r i a m e n t e a vincular los datos o b s e r v a d o s con la evolu¬ mo actuar con familias en dificultades y p r o p o r c i o n á n d o l e s simul¬
ción histórica de la familia m i s m a , en un cuadro s i s t é m i c o , es de¬ t á n e a m e n t e un sistema de información que contenga todo lo que
cir, no l i m i t á n d o s e a una investigación etiológica de claro cuño mé¬ s a b e m o s sobre i n d i v i d u o s , familias y sistemas sociales, incluido el
dico. c o n o c i m i e n t o de la teoría general de los sistemas, de la cibernética,
Hacerlo significa considerar a la familia c o m o un sistema relacio- de la teoría de la i n f o r m a c i ó n , de la a n t r o p o l o g í a cultural, de la
nal, es decir, no c o m o la suma de una serie de c o m p o r t a m i e n t o s in¬ cinética de la e c o l o g í a general y s o c i a l , 13
de la territorialidad hu¬
dividuales s e p a r a d o s , sino c o m o algo q u e , aun i n c l u y e n d o t o d o mana, e t c é t e r a " (Auerswald, 1 9 7 2 ) .
e s o , de alguna manera lo supera y lo articula en un c o n j u n t o fun¬ En la d i m e n s i ó n histórica y s o c i o p o l í t i c a italiana, considero que
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cional. el m o d e l o sistémico puede asumir significados y perspectivas dis¬
Una vez d e s v i a d o el foco de una óptica individual a una sisté- tintos de los que tuvo en el c o n t e x t o n o r t e a m e r i c a n o , donde glo¬
m i c a , también la i n t e r v e n c i ó n familiar resulta trunca y parcial si no b a l m e n t e las técnicas psiquiátricas aun más avanzadas han termina¬
permite incluir en su c a m p o de indagación las otras realidades sig¬ do por sumergirse en la realidad sin analizarla p o l í t i c a m e n t e , con
nificativas que interactúan con la familia: la escuela, el trabajo de el resultado ú l t i m o de reducir a un ámbito t é c n i c o , s e c t o r i a l i z a d o ,
los padres, el barrio, la v e c i n d a d , el grupo de c o e t á n e o s . toda posibilidad de transformación de la realidad misma. Sólo si
Tal peligro ha sido subrayado por uno de los más geniales tera¬ logramos superar la d i c o t o m í a entre el acto técnico y el acto polí¬
peutas familiares, Salvador M i n u c h i n , cuando afirma que "el cam¬ tico y cerrar la fractura entre las líneas propias de la investigación
po que enfoca la terapia familiar es n e c e s a r i a m e n t e más amplio s o c i o l ó g i c a en el plano de los grandes grupos y las de la investiga¬
q u e el de la psiquiatría infantil t r a d i c i o n a l , pero i n c l u s o la terapia ción interpersonal en el plano de los p e q u e ñ o s grupos (donde es
familiar ha t e n d i d o a limitar sus i n t e r v e n c i o n e s al á m b i t o familiar, más urgente el r e q u e r i m i e n t o de ayuda psicológica y terapéutica),
sin ampliar su c a m p o a la escuela, el barrio, o en algunos casos in¬ p o d r e m o s llegar a mirar al individuo c o m o una unidad; sobre t o d o ,
cluso a la familia e x t e n s a " ( M i n u c h i n , 1 9 7 0 ) . se restituirá la subjetividad al p a c i e n t e , que se sentirá m e n o s dis¬
En tal s e n t i d o , Auerswald divide a los e s t u d i o s o s de los proble¬ tinto y cada vez más parte viva de la colectividad social.
mas familiares en tres c a t e g o r í a s : El c o n c e p t o de enfermedad mental individual ha entrado en cri¬
sis, y j u n t o con él, toda la psiquiatría tradicional. "La respuesta
1) aquellos c u y o m o d o de valorar un p r o b l e m a sigue una epis¬ parece estar implícita en la crisis: es la p s i c o l o g í a social, la psiquia¬
t e m o l o g í a tradicional lineal; tría de las familias, de los grupos, de las c o m u n i d a d e s , la psiquia¬
2) a q u e l l o s que han desarrollado una e p i s t e m o l o g í a e c o l ó g i c a o tría de los trastornos c o l e c t i v o s . Pero en este punto conviene pre¬
han virado hacia ella; guntarse qué le pide el sistema p o l í t i c o a la psiquiatría, y si por
3) a q u e l l o s que están pasando de la primera a la segunda. acaso las nuevas tareas confiadas a esta disciplina no resultan bas¬
tante más i m p o r t a n t e s y, al m i s m o t i e m p o , más peligrosas que en
Y a d e m á s , al describir la manera en que se puede plantear un el p a s a d o " (Jervis, 1 9 7 5 ) .
programa de f o r m a c i ó n para j ó v e n e s terapeutas de la familia, afir¬ La peligrosidad será, en mi o p i n i ó n , particularmente acentuada
ma q u e : "La mejor manera de e x p o n e r a las personas interesadas a si persiste la discontinuidad entre el sistema p o l í t i c o y la satisfac¬
s i t u a c i o n e s en que deban razonar en t é r m i n o s e c o l ó g i c o s , consiste ción de las exigencias de la c o m u n i d a d en lo referente a asistencia
12
La totalidad se define como lo opuesto de la sumatividad y es una carac- 13
Para Herry Aponte "el enfoque ecológico-sistémico asegura que todo el
terística fundamental de los sistemas abiertos: el conjunto de las partes cons¬ proceso de planificación para una comunidad responda a las realidades y a las
tituye algo más y distinto de la suma de éstas. necesidades de esa misma comunidad" (Aponte, 1974).
28
TERAPIA FAMILIAR LA FAMILIA COMO SISTEMA RELACIONAL 29
CAPITULO 2
i n m e d i a t o , en el " a q u í y a h o r a " de la s i t u a c i ó n , el e n t r e l a z a m i e n t o
de i n t e r a c c i o n e s familiares, la c o n g r u e n c i a entre mensajes verbales
LA FORMACIÓN DEL SISTEMA TERAPEUTICO y a n a l ó g i c o s , la u t i l i z a c i ó n del espacio y su significado p r a g m á t i c o ,
y m á s aun c o m p r e n d e r la relación t e r a p e u t a - s i s t e m a familiar de un
m o d o r e a l m e n t e más c o m p l e t o que el que se o b t i e n e con la mera
g r a b a c i ó n de a u d i o o con una simple discusión sobre el caso. Es
decir, facilita al t e r a p e u t a la posibilidad de " v e r " en t é r m i n o s sis-
t é m i c o s y m u e s t r a con fría objetividad qué difícil es el arte de la
EL EQUIPO T E R A P É U T I C O terapia.
Ú t i l í s i m a en m u c h o s casos es la r e p e t i c i ó n (playback/, es decir,
volver a ver y c o m e n t a r con la familia el v i d e o t a p e de alguna sesión
EL AMBIENTE TERAPÉUTICO
c o n s i d e r a d a crucial para el p r o c e s o t e r a p é u t i c o .
f a m i l i a o l v i d a q u e es o b s e r v a d a a t r a v é s de un e s p e j o , q u e la o y e n o g r o s y e r r o r e s q u e p u e d e n e s c a p a r a q u i e n no t i e n e la o p o r t u n i d a d
4
la filman; en el c u r s o de la terapia t e r m i n a por sentir la p r e s e n c i a de d i s p o n e r de u n a v i s i ó n g l o b a l y d e s a p e g a d a .
del s u p e r v i s o r y de los o b s e r v a d o r e s c o m o una forma de i n t e r é s y S e l v i n i y o t r o s ( 1 9 7 5 ) a f i r m a n q u e en las f a m i l i a s en t r a n s a c c i ó n
d e c o l a b o r a c i ó n a c t i v a p o r p a r t e d e u n e q u i p o q u e trata d e l o g r a r esquizofrénica la p r e s e n c i a del supervisor es conditio sine qua non
lo m i s m o que ella; que se resuelva el e s t a d o de malestar a raíz del para el é x i t o t e r a p é u t i c o , tal es la f a c i l i d a d c o n q u e e s t e t i p o de fa¬
cual se requirió la i n t e r v e n c i ó n . m i l i a i m p l i c a a l t e r a p e u t a e n sus p r o p i a s reglas d e c o m p o r t a m i e n t o .
A m e n u d o a l o s n i ñ o s , q u e e s t á n c u r i o s o s p o r el e s p e j o y p o r "lo Pero yo p i e n s o que este peligro está s u s t a n c i a l m e n t e presente c o n
q u e se ve d e s d e a t r á s " , se l o s lleva a la sala de o b s e r v a c i ó n , d o n d e c u a l q u i e r t i p o de f a m i l i a y q u e la c o m b i n a c i ó n t e r a p e u t a - s u p e r v i s o r
pueden familiarizarse c o n el supervisor y c o n el e q u i p o de observa¬ es la más indicada en una terapia estratégica de breve duración.
ción.
En el c u r s o de la t e r a p i a p u e d e o c u r r i r t a m b i é n q u e se le p i d a a LA RELACIÓN TERAPEUTA-SUPERVISOR
a l g u n o s m i e m b r o s d e l a f a m i l i a q u e o b s e r v e n d e s d e a r i a s del e s p e j o
a los otros c o m p o n e n t e s e m p e ñ a d o s en alguna actividad común?
La r e l a c i ó n e n t r e el t e r a p e u t a y el s u p e r v i s o r es el eje de u n a te¬
En algunos casos puede suceder que el supervisor, evaluada la rapia e s t r a t é g i c a a b r e v e p l a z o . La c a l i d a d de la r e l a c i ó n q u e se esta¬
u t i l i d a d d e s u p r e s e n c i a d i r e c t a e n u n c i e r t o p u n t o del t r a t a m i e n t o ,
b l e c e en la s e s i ó n e n t r e el t e r a p e u t a y la f a m i l i a es p r o p o r c i o n a l a
e n t r e en la sala de t e r a p i a y se u n a al t e r a p e u t a , c o n el fin de l l e g a r
la f l u i d e z de la r e l a c i ó n q u e e x i s t e en el s e n o de la pareja t e r a p é u t i c a .
j u n t o s a un d e t e r m i n a d o objetivo.
T a n t o en el caso en que el supervisor tiene más experiencia que el
E n o t r a s p a l a b r a s , e l e s p e j o u n i d i r e c c i o n a l r e p r e s e n t a u n diafrag¬
terapeuta (por e j e m p l o , en un programa de formación) c o m o cuando
ma permeable entre el sistema familia-terapeuta, e m p e ñ a d o en una
no e x i s t e n diferencias sustanciales de preparación entre a m b o s , se
acción directa sobre el t e r r e n o , y el s i s t e m a s u p e r v i s o r - g r u p o de
requiere un n o t a b l e grado de respeto y de m u t u a adaptabilidad; no
observación que, menos implicado emotivamente, puede tener una
e x i s t e , e n e f e c t o , u n a j e r a r q u í a d e n t r o d e l a pareja t e r a p é u t i c a , p e r o
v i s i ó n d e c o n j u n t o d e l o q u e e s t á o c u r r i e n d o , a l a n a l i z a r las s e c u e n ¬
e s n e c e s a r i a u n a d e f i n i c i ó n d e las r e c í p r o c a s r e s p o n s a b i l i d a d e s .
cias c o m u n i c a t i v a s que se efectúan entre los m i e m b r o s de la familia
Sus funciones son complementarias y en algunos aspectos se
y e n t r e é s t o s y el t e r a p e u t a . Es i n t e r e s a n t e n o t a r c ó m o el s u t i l dia¬
p a r e c e n a las d e l e n t r e n a d o r y el j u g a d o r , en el c u r s o de un p a r t i d o
f r a g m a del e s p e j o , q u e s e p a r a a l t e r a p e u t a del s u p e r v i s o r , l o g r a c r e a r
de fútbol.
una distancia tan significativa respecto de la emotividad presente
El e n t r e n a d o r o b s e r v a el c l i m a g e n e r a l del p a r t i d o , las j u g a d a s de
en la s e s i ó n , y p e r m i t e a l o b s e r v a d o r i n d i v i d u a l i z a r c o n m a y o r cla¬
6
c a d a u n o , p o n i é n d o l a s en r e l a c i ó n c o n las de los d e m á s , y t i e n e la
ridad redundancias comunicacionales, mensajes no verbales, peli-
posibilidad de hacer sugerencias, tanto más eficaces si se realizan
e n e l m o m e n t o j u s t o , e n e l c u r s o del p a r t i d o . Del m i s m o m o d o e l
s u p e r v i s o r i n c l u y e a la familia y al t e r a p e u t a en su c a m p o de obser¬
4
v a c i ó n p a r a f a v o r e c e r la f o r m a c i ó n y el m a n t e n i m i e n t o de un con¬
A las familias se les pide una autorización escrita para filmar las sesiones,
garantizándoles la estricta reserva profesional del material filmado y explicán¬ t e x t o c o l a b o r a t i v o , sugiriendo directivas al terapeuta, según un plan
doles las ventajas terapéuticas del método. m á s g e n e r a l de i n t e r v e n c i ó n . El j u g a d o r tiene a su c a r g o h a c e r ope¬
5
Volveré aún sobre este aspecto, cuando hable del significado estratégico r a t i v a s las s u g e r e n c i a s r e c i b i d a s , teniendo en debida cuenta la pre-
de la división de la familia en subsistemas, en los capítulos siguientes. míento. "La tendencia a circunscribir al máximo dentro de una configuración
6
Se definen como redundancias pragmáticas las secuencias comunicativas redundante los comportamientos posibles de cualquier dimensión particular,
que tienden a asumir carácter de repetitividad. Por ejemplo si B sigue siempre ha llevado a Jackson a caracterizar a las familias como sistemas regidos por
a A, entonces B es redundante, como también es redundante que A acepte
reglas" (Watzlawick, 1971).
siempre que B lo siga; esto puede informarnos sobre una regla de comporta-
4 0
TERAPIA FAMILIAR
LA FORMACIÓN DEL SISTEMA TERAPEUTICO 41
c u a n d o el t e r a p e u t a lo interroga sobre su n o m b r e o sus amigos en lectura, qué i m p o r t a n t e es la observación y el uso de los procesos
1 2
la escuela. de coalición en el trabajo t e r a p é u t i c o con las f a m i l i a s .
En o t r o s casos un c o m p o r t a m i e n t o e x t r a v a g a n t e , p e r t u r b a c i o n e s
m u y visibles c o m o tics, b a l b u c e o s , estereotipias m o t r i c e s p u e d e n Relación entre los hijos
asumir un r i t m o y una frecuencia m u y particular y variar notable¬ Es i m p o r t a n t e observar t a m b i é n las i n t e r a c c i o n e s en el nivel de
m e n t e d u r a n t e la sesión, según que el n i ñ o se sienta a c u s a d o , o lo¬ la generación de los hijos, en c u a n t o "el subsistema de los herma¬
gre, en c a m b i o , r e c u p e r a r un espacio de a u t o n o m í a y los padres nos es el p r i m e r l a b o r a t o r i o social en que los hijos p u e d e n experi¬
d e s t a q u e n algún a s p e c t o positivo de su p e r s o n a l i d a d . m e n t a r con relaciones entre c o e t á n e o s . Dentro de este c o n t e x t o
los hijos s o s t i e n e n , aislan, e s t i g m a t i z a n y a p r e n d e n u n o s de o t r o s "
(Minuchin, 1 9 7 7 ) .
Relaciones entre los padres A nivel de los hijos, la capacidad o la falta de capacidad para
Si hay un niño p e r t u r b a d o , los p a d r e s tienen a m e n u d o opinio¬ unirse en un j u e g o , para m o s t r a r intereses c o m u n e s o sostenerse
nes c o n t r a s t a n t e s acerca de c ó m o encarar el p r o b l e m a . A veces r e c í p r o c a m e n t e frente a los a d u l t o s , dará la m e d i d a del grado y de
m u e s t r a n un d e s a c u e r d o p a t e n t e ya desde esta fase, y otras se pre¬ la rigidez del rol de chivo emisario d e s e m p e ñ a d o por el niño-pro¬
s e n t a n u n i d o s al c o m i e n z o , para criticarse más tarde en el curso de blema y, en ú l t i m a instancia, será p r o p o r c i o n a l al grado de tensión
la t e r a p i a . y de molestia e x p r e s a d o s p o r el sistema familiar.
Con frecuencia la relación entre los p r o g e n i t o r e s resulta media¬
da p o r un hijo, por lo general el p a c i e n t e identificado, que es utili¬
Relación entre los miembros de la familia y el terapeuta
z a d o c o m o v e h í c u l o de c o m u n i c a c i ó n e n t r e a m b o s . De tal manera
La actitud de los niños r e s p e c t o del t e r a p e u t a , en esta fase ini¬
cada c ó n y u g e e x p r e s a su crítica r e s p e c t o del o t r o sin hacer peligrar
cial, p u e d e reflejar, por e j e m p l o , la modalidad con que los padres
la relación c o n y u g a l . P u e d e suceder, por ejemplo, que m i e n t r a s el
los han p u e s t o al c o r r i e n t e de la c o n s u l t a . Si un niño parece atemo¬
p a d r e , a r e q u e r i m i e n t o del t e r a p e u t a , habla con interés de su acti¬
rizado en el p r i m e r c o n t a c t o con el t e r a p e u t a , a veces eso indica
vidad laboral, m a d r e e hija de once años i n t e r c a m b i e n guiños y
que vive su presencia en ese c o n t e x t o c o m o un castigo y t e m e que
s o n r í a n e n t r e sí con c o m p l i c i d a d , c o m o para descalificar el i n t e n t o
lo dejen a b a n d o n a d o allí. Si los niños se m u e s t r a n joviales y curio¬
del p a d r e , de p r e s e n t a r s e c o m o un h o m b r e c o m p e t e n t e . O t a m b i é n
sos por la presencia del t e r a p e u t a y por el a m b i e n t e , es posible que
que m i e n t r a s la mujer habla de sí misma, el m a r i d o sienta la nece¬
los p a d r e s h a y a n p r e s e n t a d o el e n c u e n t r o c o m o una cosa agrada¬
sidad de " d i s t r a e r s e " (por ejemplo, j u g u e t e a n d o con el hijo de tres
ble y d i v e r t i d a , lo que hace prever u n a disposición optimista y co-
a ñ o s ) , a p a r e n t e m e n t e de un m o d o t o t a l m e n t e casual, p e r o en reali¬
laborativa por p a r t e de estos ú l t i m o s .
dad con una r e c u r r e n c i a precisa, es decir todas las veces que el in¬
O b s e r v a n d o el c o m p o r t a m i e n t o de los niños el t e r a p e u t a nota
t e r l o c u t o r privilegiado es la mujer.
a d e m á s si la familia se ha s e n t i d o forzada a aceptar la consulta por
El t e r a p e u t a p u e d e t a m b i é n observar c ó m o la presencia de una
p e d i d o de alguna a u t o r i d a d escolar ( m a e s t r o , d i r e c t o r , psicólogo).
abuela en la sesión congela la relación entre los padres r e s p e c t o de
En estos casos los n i ñ o s , en particular el p a c i e n t e identificado, p o -
la e d u c a c i ó n a i m p a r t i r a los hijos, o refuerza, en o t r o s casos, la po¬
sición central y la c o m p e t e n c i a del m a r i d o ( r e s p a l d a d o visiblemen¬
12
te por su m a d r e ) a e x p e n s a s de la mujer, que aparece c o m o distan¬ "Es el cuándo y el cómo de su formación (de las coaliciones) lo que tie¬
ne importancia fundamental; la estructura, el orden secuencial, la intensidad,
te y d e p r i m i d a , c o m o si quisiera c o m u n i c a r su posición " m a r g i n a l "
la persistencia y el estilo de las coaliciones observadas en el curso de una en¬
en la c o n d u c c i ó n de la familia. trevista familiar proporcionan informaciones-clave para determinar zonas de
Es obvio que se observan n o r m a l m e n t e alianzas y coaliciones en conflicto familiar, descubrir las funciones de la homeostasis familiar, y orien¬
t o d a s las familias. El lector p o d r á c o m p r e n d e r , en el curso de la tar la estrategia terapéutica" (Sluzki, 1975).
48 TERAPIA FAMILIAR LA FORMACIÓN DEL SISTEMA TERAPEUTICO 49
p r o m i s o . Esto resulta t a n t o más cierto en el caso de a d o l e s c e n t e s o t e r a p e u t a c o n v e n c e r l a de que la cosa no es tan grave c o m o ella la
n i ñ o s q u e t e r m i n a n a m e n u d o por r e p e t i r lo que los padres esperan presenta o p o n e r en evidencia la d e s p r o p o r c i ó n que existe e n t r e el
q u e digan, m á s bien q u e e x p r e s a r lo que r e a l m e n t e piensan decir. p r o b l e m a referido y el estado de á n i m o de la m a d r e . Es i m p o r t a n t e
El t e r a p e u t a p u e d e dirigir t a m b i é n la p r e g u n t a en o t r o nivel y pre¬ que el t e r a p e u t a a c e p t e t o d o lo que le dicen y c o m i e n c e a " v e r " las
g u n t a r l e a cada u n o : " ¿ Q u é esperas al venir a q u í ? " Una formula¬ informaciones recibidas en t é r m i n o s r e l a c i ó n a l e s , f o r m u l a n d o qui-
ción de este tipo r e d u c e sin duda el á m b i t o de r e s p u e s t a ; se propo¬ zás ulteriores p r e g u n t a s de e s c l a r e c i m i e n t o sobre ese comporta¬
ne, en v e r d a d , p u n t u a l i z a r las e x p e c t a t i v a s de la familia r e s p e c t o de m i e n t o específico, para c o m p r e n d e r la relación que existe entre el
la t e r a p i a , más bien que verificar d i r e c t a m e n t e el p r o b l e m a emer¬ t o q u e t e o de la niña y las relaciones familiares más significativas.
g e n t e . O t r o m o d o de p l a n t e a r la p r e g u n t a p u e d e ser: " ¿ Q u é cam¬
bios q u e r r í a s ver en tu f a m i l i a ? " En este caso la a t e n c i ó n se desvía b) Dar consejos p e d a g ó g i c o s . Si se acepta el plano del consejo
de c o n s i d e r a r la " p e r t u r b a c i ó n " a formular j u n t o s hipótesis sobre pedagógico se t e r m i n a i n e v i t a b l e m e n t e r e c a y e n d o en u n a modali¬
p o s i b l e s t r a n s f o r m a c i o n e s en el á m b i t o familiar. Si por una p a r t e , dad de i n t e r v e n c i ó n t e n d i e n t e a proveer desde el exterior solucio¬
al h a c e r l o así, se p o n e en seguida el a c e n t o sobre la posibilidad de nes mágicas para el p r o b l e m a ( t a n t o más gratuitas p o r q u e se las
un c a m b i o c o n s t r u c t i v o y sobre la disponibilidad del g r u p o para ofrece al c o m i e n z o de la terapia, c u a n d o el t e r a p e u t a aún ignora
b u s c a r l o ( e v i t a n d o d e s d e el c o m i e n z o u n a a t m ó s f e r a de t i p o acu¬ t o t a l m e n t e las d i n á m i c a s del g r u p o ) . A u n q u e lo solicite alguno de
s a t o r i o ) sin e n t r a r e s p e c í f i c a m e n t e en el m é r i t o del p r o b l e m a , por los familiares o lo j u s t i f i q u e una s i t u a c i ó n de malestar, a veces in¬
la otra se corre el riesgo de enfrentar el objetivo del c a m b i o en tér¬ s o s t e n i b l e , la sugerencia pedagógica impide a la familia reapropiar-
m i n o s g e n é r i c o s o a b s t r a c t o s , sin que se c u e s t i o n e nada en el nivel se de su historia o sentirse artífice del c a m b i o .
de las r e l a c i o n e s intra o e x t r a f a m i l i a r e s . E s t o , por otro l a d o , es to¬
do lo q u e la familia a m e n u d o espera de b u e n a fe al iniciar u n a te¬ c) P e r m a n e c e r i m p l i c a d o en las e m o c i o n e s de alguno de los fa¬
r a p i a : asistir a un c a m b i o sin tener que c a m b i a r nada del status miliares r e s p e c t o del p r o b l e m a . Esto no quiere decir que el tera¬
peuta no tenga en cuenta lo que cada u n o e x p e r i m e n t a subjetiva¬
m e n t e , pero en este m o m e n t o debe interesarse más en recoger he¬
Cómo recibir lo que la familia refiere en torno al problema chos y o p i n i o n e s de cada u n o .
En esta fase en que se recibe la i n f o r m a c i ó n , hay cosas que el te¬
rapeuta no debería hacer:
Es experiencia frecuente que familias que p r e s e n t a n problemá¬
ticas graves, con e x o a c t u a c i o n e s (acting-out) r e c u r r e n t e s del pacien¬
a) Dar i n t e r p r e t a c i o n e s o formular c o m e n t a r i o s para a y u d a r a
te i d e n t i f i c a d o , t e r m i n a n por sacudir el temple del t e r a p e u t a me¬
u n a p e r s o n a a ver el p r o b l e m a de una m a n e r a distinta de c o m o lo
diante c o m p o r t a m i e n t o s m u y d r a m á t i c o s y e m o t i v o s que se pro¬
está p r e s e n t a n d o . Por e j e m p l o , si u n a j o v e n m a d r e parece trastor¬
ducen d u r a n t e la sesión. Si el t e r a p e u t a se deja arrastrar por el cli¬
nada y habla de u n a p o s i b l e " d e p r a v a c i ó n " de la hijita de cinco
ma e m o c i o n a l de la familia, tendrá escasas posibilidades de esta¬
a ñ o s , p o r q u e ésta "se t o c a c o n t i n u a m e n t e " , no le c o r r e s p o n d e al
blecer un c o n t e x t o t e r a p é u t i c o será fácilmente pasivizado y mani¬
p u l a d o por las fuerzas h o m e o s t á t i c a s más rígidas del sistema fami¬
14
El terapeuta, como agente de cambio, podría encontrarse en el papel liar, sin ninguna posibilidad de acceso a las energías positivas de la
bastante i n c ó m o d o de quien al pretender forzar las reglas homeostáticas de la familia.
familia en bien de la transformación, termina colocado en la situación del que
debe juzgar. Si esto le ocurriera, se ubicaría prácticamente en una relación Este riesgo resulta p a r t i c u l a r m e n t e evidente en el caso de inter¬
fuertemente simétrica o por lo menos de descalificación respecto de la familia, v e n c i o n e s a m b u l a t o r i a s o d o m i c i l i a r i a s , en el curso de una crisis
y se reducirían mucho sus posibilidades de entrar en el sistema familiar. aguda: p o d e m o s p r e g u n t a r n o s , por ejemplo, c u á n t a s i n t e r n a c i o n e s
52 TERAPIA FAMILIAR LA FORMACIÓN DEL SISTEMA TERAPEUTICO 53
p r o c e d e r . Ha recibido s ó l o la versión de la madre, o más bien su para separarse de ella. Podrá ampliar luego su ámbito de observación
idea de que el p r o b l e m a está " d e n t r o " del niño y que nadie puede ( e s decir, pensar e n términos d e tríadas"). imaginando q u e el niño
h a c e r nada. está a y u d a n d o al padre y a la madre j u s t a m e n t e con su comporta¬
O b t e n e r ulteriores i n f o r m a c i o n e s , e v i d e n c i a r m o d e l o s transaccio- miento "anormal".
nales h a b i t u a l e s , l í m i t e s p e r s o n a l e s e i n t e r p e r s o n a l e s , canales fun¬ Si por ejemplo los padres no p u e d e n estar j u n t o s sin pelearse,
c i o n a l e s y d i s f u n c i o n a l e s , c o n s t i t u y e n m o d a l i d a d e s operativas ten¬ sobre t o d o en el l e c h o , e n t o n c e s los t e m o r e s de Mario servirán para
1
d i e n t e s a construir un m a p a * de las relaciones familiares más sig¬ m a n t e n e r l o s separados y, en última instancia, tendrán una función
nificativas, para definir l u e g o un plan t e r a p é u t i c o . protectora.
Es p o s i b l e que en el curso del e n c u e n t r o surjan tesis contrastan¬ Los padres podrán afirmar con m u c h a tranquilidad que Mario es
tes. Por e j e m p l o , el padre no está de a c u e r d o con la madre, sino que el p r o b l e m a (porque de h e c h o los m i e d o s de éste son reales), más
piensa más bien que "ella está m u y e n c i m a de Mario y nunca lo deja bien que p r o b l e m a t i z a r su propia relación de pareja.
s o l o " . Podrá t a m b i é n dar a e n t e n d e r que no le gusta tener que irse
a d o r m i r en el living, a u n q u e siempre lo haya a c e p t a d o para "pre¬
venir" los m i e d o s de Mario.
El t e r a p e u t a deberá e s c u c h a r t a m b i é n a la hermana y al h e r m a n i t o , III. EL ESTADIO INTERACTIVO
p r e g u n t á n d o l e s q u i z á s si alguna vez d e s e a r o n dormir por turno en
el l e c h o de su m a m á , o bien i n t e r r o g á n d o l o s sobre las responsabili¬
Hay dos m o m e n t o s s u c e s i v o s cuando se indaga sobre el p r o b l e m a .
dades que los padres c o n f í a n r e s p e c t i v a m e n t e a sus tres hijos (esto
En el p r i m e r o , ya d e s c r i p t o , cada uno refiere su o p i n i ó n ; en esta
p e r m i t i r á p o n e r a p r u e b a las r e l a c i o n e s i n t e r p e r s o n a l e s en el nivel
fase el terapeuta es d e c i d i d a m e n t e la figura más central y responsa¬
del s u b s i s t e m a de los hijos, y qué f u n c i o n e s d e s e m p e ñ a n éstos res¬
ble; a él le c o r r e s p o n d e asegurar a cada u n o el espacio para que
p e c t o de sus p r o g e n i t o r e s ) . En esta i n d a g a c i ó n el terapeuta incluirá
pueda expresarse en forma a u t ó n o m a , y también es el i n t e r l o c u t o r
t a m b i é n a Mario, para observar las t r a n s a c c i o n e s entre los tres her¬
privilegiado al que se dirige cada u n o de los familiares.
manos.
Ver a la familia c o m o un c o n j u n t o y recibir i n f o r m a c i o n e s sobre
el p r o b l e m a d e s d e el p u n t o de vista de los padres y de los hijos pro¬
" Jay Haley es el estudioso de la comunicación humana que ha enfocado
p o r c i o n a al t e r a p e u t a e l e m e n t o s útiles para evaluar si el padre está más profundamente el significado de la unidad triádica y el profundo cambio
en c o n d i c i o n e s de a y u d a r a la madre y al niño a "separarse" u n o de óptica que se obtiene con el paso del análisis del individuo al de la relación
de o t r o , o qué e s p a c i o ha q u e d a d o d i s p o n i b l e , en el nivel de los dual y luego al de unidades que incluyen por lo menos a tres personas en cada
hijos, para reincorporar a Mario al clan de los n i ñ o s . secuencia comunicativa. Un lenguaje adecuado para describir individuos o
diadas, resulta insuficiente para definir una relación entre tres. Las relaciones
Al p r o s e g u i r la s e s i ó n el terapeuta podrá observar (en t é r m i n o s
diádicas, por ejemplo, pueden describirse como simétricas (cuando dos perso-
d i á d i c o s ) que la madre tiene las m i s m a s dificultades que t i e n e Mario nas interactúan con el mismo tipo de comportamiento) o complementarias
(cuando el comportamiento de uno completa el del otro), pero este lenguaje
ya no resulta exhaustivo si la unidad a describir está formada por tres personas:
11
El mapa de la familia, según Minuchin (1977), es sólo un esquema de en el caso de la tríada se hablará más bien de procesos de coalición, es decir,
organización. "No representa la riqueza de las transacciones familiares, así de alianzas entre dos personas contra una tercera. Una vez superadas las limi¬
como un mapa no representa la riqueza de un territorio. Es estático, mientras taciones de un análisis de tipo individual o dual para pasar a uno triádico, el
que la familia está constantemente en movimiento. El mapa, sin embargo, es terapeuta relacional llegará casi automáticamente a ampliar el campo de obser-
un poderoso instrumento de simplificación, que ayuda al terapeuta a organizar vaciones, incluyendo en él el ámbito familiar del individuo y en seguida la
el vasto material que va recogiendo y a formular hipótesis sobre sectores fami¬ unidad más amplia: la familia extensa y el contexto social del que la familia
liares que funcionan bien o pueden ser disfuncionales." sólo representa un eslabón entre otros.
58 TERAPIA FAMILIAR
LA FORMACIÓN DEL SISTEMA TERAPEUTICO 59
a l m u e r z o ; ¿por qué tienes que cativos de la familia: él querría Padre (dirigéndose a su mu¬
ir a molestar a la tía al n e g o c i o limitar la injerencia de la tía jer): ¿Estás de acuerdo en que
y llenarte la panza de porque¬ en la educación dé Sandro; es Sandro debe dejar de hacerse
rías? posible que hable de injeren¬ el nenito? Pero tú no debes se¬
cias también a nivel de su rela¬ guir permitiendo que siempre
ción de pareja, pero no parece se salga con la suya, c o m o de
oportuno indagar sobre ese as¬ costumbre. El tiene que co¬
pecto en este momento. mer lo que c o m e Piero, debe
higienizarse solo y no andar
Sandro: 100 liras no me al¬ con historias, ¿entendiste?
canzan, y además Piero, con la
excusa de la m o t o c i c l e t a , se
agarra 500 (mira a Piero con ai¬ Madre (ofendida): Estoy
re un poco provocativo). m u y c o n t e n t a de que Sandro
"crezca", pero tú te las tienes
Padre: Podremos discutir que arreglar con él. Si no estás
con m a m á y aumentar a 2 0 0 . nunca, la que debe soportar
Basta que luego dejes de ir al sus caprichos soy siempre y o .
n e g o c i o de la tía. Y ya estoy harta. ¿Está claro?
¡Me contesta siempre c o m o
un carrero, tu hijo! No sé dón¬
Terapeuta (dirigiéndose al
de puede haber aprendido cier¬
padre): V e o que Ud. sabe m u y
tas palabras. No hablemos ade¬
bien lo que quiere de Sandro: Sandro parece visiblemente
más de pedirle que haga nada
estoy p e n s a n d o en la posibili¬ gratificado por la idea de firmar
en casa: hasta se niega a ir a
dad de pedirle a Ud. y a su hijo un "contrato " con el padre.
comprar el pan. Si no estuviera
que hagan un contrato sobre
Piero para darme una m a n o ,
estos p u n t o s , quiero decir escri¬
no sé c ó m o me las arreglaría
bir un acuerdo y luego firmar¬
(vuelta hacia Piero, con mirada
lo l o s d o s .
complacida).
Pero antes querría que Ud. Ahora el terapeuta sepropo-
discutiera con su mujer y con ne activar la interacción padre-
su cuñada los aspectos que les madre y madre-cuñada para Se reabre la alianza madre-
Tía (con voz angelical): Ada,
c o r r e s p o n d e n en relación con explorar otros aspectos de las
mira, Piero tiene cuatro años Piero y tía-Sandro, que parece
estos p u n t o s . Sin su colabora¬ relaciones familiares.
más que Sandro y además al servir para evitar una confron-
ción el contrato con Sandro
" p e q u e ñ o " hay que saberlo tación directa entre las dos her-
corre el riesgo de fracasar. ¿No
tomar. manas.
le parece?
66 TERAPIA FAMILIAR LA F O R M A C I Ó N DEL SISTEMA T E R A P E U T I C O 67
Padre (dirigiéndose a su mu¬ El padre está ofreciendo una Sandro (con rabia, al herma¬
jer): De ahora en adelante me mayor "presencia " a condición no): ¡No e c h e s leña al f u e g o !
las arreglo yo c o n Sandro: tú de que su mujer colabore con (es decir, métete en tus asun-
d e b e s referirme m i n u c i o s a m e n ¬ él no "consintiendo" más a
tos).
te t o d o lo que urde en casa. Sandro.
Pero d e b e s terminar c o n eso
Tía (dirigiéndose al padre): ¿Alusión a la epilepsia y ala
de darle siempre el g u s t o .
De t o d o s m o d o s , a mí ya no necesidad de que los adultos
me m e t a n en e s t o . Tú eres el protejan más a Sandro? La tía
Madre: No veo ía hora de padre, pero p i e n s o que no hay parece en verdad necesitada de
que estés m á s presente en casa. que agarrársela con Sandro: es que Sandro siga siendo peque¬
Estoy m u y c o n t e n t a de "pasar¬ una criatura m á s sensible que ño para mantener su rol en este
te la b a t u t a " . los d e m á s n i ñ o s . sistema familiar; si Sandro cre¬
ce y se desvincula, es inevitable
Padre (dirigiéndose a San¬ El padre ha absorbido el el enfrentamiento entre los
dro): Tu e s t i p e n d i o subirá a mensaje del terapeuta sobre el adultos de la familia.
d o s c i e n t a s üras por día, p o r q u e contrato con su hijo y ya está
es j u s t o que tengas algunos c e n - esbozando un programa.
69
68
TERAPIA FAMILIAR LA FORMACIÓN DEL SISTEMA TERAPEUTICO
peuta como para la familia; esta última no deberá esperar un tra¬ Definir un contrato terapéutico no siempre es tan simple, como
t a m i e n t o interminable e imprevisible, sino que podrá verificar paso no siempre es posible planear un programa de terapia a breve pla¬
a paso el cambio realizado en un lapso definido. Eso no excluye, zo.
obviamente, que cumplido el término, se pueda reformular un nue¬ Esto resulta particularmente cierto con familias en transacción
vo c o n t r a t o terapéutico con otros objetivos y plazos diversos. 25
esquizofrénica, en que la desconfirmación de sí y del otro apare¬
1
Es justamente esta perspectiva de terapia a breve plazo' lo que ce en forma sistemática y en que el terapeuta debe recurrir a una
en muchos casos resulta decididamente productivo para la familia; serie de tácticas para modificarlas (sin ser a su vez desconfirmado)
representa en realidad un modo de asimilar energías positivas de la y para entrar en el sistema familiar. El mismo discurso parece apli¬
relación terapéutica, más bien que del número de las sesiones. cable a las familias con paciente identificado anoréxico y, más ge¬
Por otra parte, este enfoque terapéutico no es pura y simple in¬ neralmente, a los núcleos familiares considerados por Minuchin
tervención tendiente a eliminar el síntoma o el malestar momentᬠ(1977), según su estilo transaccional, como ubicados en los extre¬
neo, sino más bien, como dice Mordecai Kaffman (1963) hablando mos de dos polos opuestos, caracterizadas unas —las familias desli-
del fenómeno de la bola de nieve, el comienzo de cambios positi- gadas— por límites particularmente rígidos e impenetrables, y las
vos en el c o m p o r t a m i e n t o y en las actitudes tanto del niño como otras —las familias aglutinadas— por límites inexistentes o particu¬
de los padres, que "induce ulteriores modificaciones recíprocas en larmente laxos.
la relación padres-hijo con consecuencias positivas adicionales. La La formulación de un contrato terapéutico permite también
terapia ha servido para romper un círculo vicioso, y desde ese mo¬
esclarecer dónde es más oportuno reunirse: según los casos o las
m e n t o los cambios clínicos no son paralelos a la intensidad de la
circunstancias, la terapia podrá desenvolverse en un consultorio ex¬
terapia".
terno, a domicilio, en la escuela o en un Instituto, o pasar de una
A las mismas conclusiones llega Minuchin (1977) cuando afirma sede a otra, de acuerdo con las exigencias del m o m e n t o . Una vez
que "el sistema familiar tiene propiedades que se autoperpetúan. identificado el objetivo, el sistema terapéutico puede sentirse moti¬
Por lo t a n t o , los procesos que el terapeuta activa dentro de la fami¬ vado para intervenir sólo en los problemas intrafamiliares, o bien
lia se m a n t e n d r á n , en su ausencia, por obra de los mecanismos de activar intercambios más productivos entre la familia y las realida¬
autorregulación de la familia misma". des exteriores a ella.
A través de mi experiencia con las familias he podido compro¬ No es raro, en realidad, que en el curso de la primera sesión se
bar que la crítica formulada a menudo contra la terapia breve, de llegue a un acuerdo para una intervención en otro nivel que, si
que es necesariamente superficial y de cortos alcances, carece de bien excluye de entrada la oportunidad de una terapia para la fa¬
fundamento y contradice la evidencia del rol importante que de¬ milia, permite a veces una toma de conciencia mayor respecto de
sempeña el sistema familiar en el proceso t e r a p é u t i c o .21
otras instituciones y la activación de una relación más fluida y pro¬
ductiva entre la familia y las realidades exteriores. He aquí un bre¬
vísimo tramo tomado de un primer encuentro con una familia, que
23
me parece suficientemente ilustrativo.
Por terapias breves se entienden las de una duración promedio de tres a
cinco meses, a razón de una entrevista por semana.
21
Terapeuta: ¿Quién quiere empezar diciendo en qué consiste el
"La persona no es un organismo pasivo, sino que participa de su propio
universo (como afirmaron Ruesch y Bateson al desarrollar la idea de 'entropía
problema?
negativa'). La terapia es un intercambio continuo entre paciente y terapeuta
sistema abierto de codificación, evaluación, formulación de hipótesis— que 25
La desconfirmación no tiene nada que ver con la veracidad o la falsedad
hace posible el desarrollo de actitudes nuevas y alternativas por parte del pa- de la definición que alguien da de sí mismo o de otro, sino que niega más bien
ciente" (Barten M., Barten S., 1973). la existencia de éste como emisor de tal definición.
72 TERAPIA FAMILIAR LA FORMACIÓN DEL SISTEMA TERAPEUTICO 73
por el m o d o en que sus m i e m b r o s mueven los brazos y las piernas. fio de m o d o e x p l í c i t o y e x h a u s t i v o , transcribiéndolas en el piza¬
Si la madre es la primera en cruzar las piernas y luego el resto de la rrón. El pizarrón se llena rápidamente: Alfio se divierte echando
familia la imita, repitiendo la misma acción, es verosímil que la fósforos e n c e n d i d o s en el tanque de la m o t o , arrojó a una niña en
madre tenga el poder de iniciar las interacciones de la familia, aun¬ el estanque de los peces, r o m p i ó un vaso de cristal de gran valor en
que ella misma y los demás familiares no tengan conciencia de ese la casa, trató de incendiar la casa aplicando fuego a una silla de
h e c h o . Sus palabras p u e d e n negar directamente su función de guía, paja, roba revistas de historietas en el k i o s c o , etcétera. Lo que so¬
cuando se dirige al marido y a los hijos c o m o para recibir consejo. bre todo impresiona al observador, más allá de las singulares em¬
presas que a c o m e t e Alfio, es el m o d o en que el padre y la madre
En realidad estos dos p u n t o s de vista no son m u t u a m e n t e e x c l u - c o m e n t a n estos c o m p o r t a m i e n t o s en el plano no verbal, asumien¬
y e n t e s , p u e s t o que los c o m p o r t a m i e n t o s h u m a n o s pueden ser al do una actitud entre complacida y cómplice, que contrasta decidi¬
1
m i s m o t i e m p o expresivos y sociales o c o m u n i c a c i o n a l e s . d a m e n t e con el sentido de turbación e impotencia referido verbal¬
mente.
La complicidad parece más manifiesta cuando el marido pide a
RELACIONES CON EL MODULO VERBAL
la mujer que muestre al terapeuta la última hazaña del niño: la
compra de cinco navajitas. La madre saca de su cartera el "cuerpo
Está claro que una vez definido el c o n t e x t o en el que ocurre una
del d e l i t o " : las navajitas son presentadas ya abiertas, semienvueltas
determinada interacción, el lenguaje no verbal puede contradecir o
en un b o l s o , y depositadas sobre la moquette de la sala de terapia,
confirmar la c o m u n i c a c i ó n verbal: el dicho francés c'est le ton
c o m o para invitar i m p l í c i t a m e n t e al niño a la acción. Mientras los
qui fait la musique— es una frase trivial, pero está incorporado a la
padres hablan con el terapeuta de esta última compra "impruden¬
experiencia corriente de t o d o s n o s o t r o s ; así por ejemplo, un repro¬
te" del n i ñ o , Alfio toma las navajitas y comienza a cortar la mo¬
che o una frase agradable pueden tener distinto eco según el t o n o ,
quette sin que los padres den ninguna señal de quererlo detener.
la actitud y la expresión con que se los pronuncia; del mismo mo¬
Si el terapeuta se limitara a analizar los c o n t e n i d o s de lo que los
d o , p o d e m o s mostrar de muchas maneras a un interlocutor que
padres escribieron en el pizarrón y luego narraron verbalmente
nos habla, que no t e n e m o s interés en él, aun respondiéndole cor-
a t r i b u y é n d o l o esencialmente a Alfio, terminaría reduciendo el pro¬
tésmente.
blema al simple análisis de los c o m p o r t a m i e n t o s inadecuados del
Si referimos ahora a un c o n t e x t o terapéutico todo lo dicho res¬
niño, perdiendo de vista el significado relacional de toda la secuen¬
pecto de situaciones corrientes de la vida cotidiana, la contraposi¬
cia y la incongruencia entre m ó d u l o verbal y no verbal, que él
ción entre modalidad comunicativa verbal y no verbal resulta parti¬
m i s m o presenció en el curso de la sesión.
cularmente i m p o r t a n t e .
En una visión más general es fundamental el supuesto según el
He aquí una breve secuencia comunicativa respecto de una se¬
cual todas la veces que las personas se comunican entre sí, infor¬
sión de terapia a la que asistió una familia compuesta por los pa¬
man al otro no sólo en términos de contenido, sino también en tér¬
dres y un ú n i c o hijo, Alfio, de 8 años.
m i n o s de relación. Lo cual significa que toda c o m u n i c a c i ó n afirma
Al indagar sobre el problema el terapeuta pide a los padres que
algo también a propósito de la relación entre quien la emite y el
e n u m e r e n las "malas a c c i o n e s " (el término es de la madre) de Al- 2
que la recibe. Es e n t o n c e s de esperar que el aspecto de conte¬
nido y el de relación no sólo coexistan, sino que sean c o m p l e m e n -
1
Si el observador centra la atención sobre un miembro de un grupo y
considera únicamente el pensamiento y las manifestaciónes de esa persona, 2
verá su comportamiento como expresión. Pero si considera e1 comportamiento Si quienes se comunican son más de dos, la situación resulta más com¬
mismo en función de los efectos que "produce" en el grupo más amplio, en- pleja porque es posible que una persona envíe un mensaje de relación a otra,
tonces aplica un "enfoque comunicacional" (Scheflen, 1972). mediante un aparente mensaje de contenido dirigido a una tercera.
7 8
TERAPIA FAMILIAR LA C O M U N I C A C I Ó N NO V E R B A L 79
tarios en t o d o mensaje, donde el primero tiene más probabilida¬ cho, el lenguaje analógico es bastante más útil y significativo en la
des de ser transmitido con el módulo verbal y el segundo con el comunicación sobre relaciones. 3
analógico.
En realidad integrar estos dos lenguajes y traducir de uno a otro c) Claridad o ambigüedad
puede crear grandes dificultades: cuanto más sana sea la interac¬ La comunicación verbal, basada en el principio del sí o del no,
ción, t a n t o más la definición de la relación se correlacionará de un transmite informaciones que pueden comprenderse o no según la
modo fluido y abierto con el cambio del c o n t e n i d o ; cuanto más sintaxis del módulo lingüístico y únicamente de un modo simbóli¬
perturbada sea una interacción, tanto más se caracterizará por ten¬
co (comunicando, por ejemplo, sobre las propias necesidades, de¬
siones constantes para definir la naturaleza de la relación, mientras
seos y emociones mediante las palabras). La comunicación analó¬
el aspecto de c o n t e n i d o resultará cada vez m e n o s importante.
gica, más allá de su componente instintivo, transmite informacio¬
La distinción entre m ó d u l o verbal y no verbal tiene gran impor¬ nes que se comprenden de una manera diferente cuando las reci¬
tancia en la pragmática de la comunicación humana. Se puede afir¬ ben personas distintas en culturas distintas; basta pensar en las di¬
mar que los dos módulos difieren sustancialmente entre sí en lo ferentes sensaciones evocadas por un mismo comportamiento ana¬
que respecta a: lógico, como un abrazo, una carcajada, un apretón de manos. Es,
sin embargo, de difícil interpretación, porque no tiene propieda¬
des que especifiquen cuál de las posibles interpretaciones es exac¬
a) Relación con el objeto al que se refiere la comunicación
ta, ni indicadores que permitan distinguir pasado, presente y futu¬
La relación entre el objeto y la palabra que lo denomina es de
r o ; posee sin embargo una semántica adecuada para definir la rela¬
tipo convencional y arbitrario. La comunicación analógica, en
ción.
cambio, aparece ligada de un m o d o inmediatamente inteligible y
significante con el objeto que quiere definir. Esta diferencia entre
m ó d u l o verbal y analógico es particularmente evidente en el curso
de la terapia cuando se recogen informaciones sobre la historia de d) Utilización predominante en subculturas y edades distintas
la familia y sobre las relaciones efectivas entre sus componentes. Numerosas investigaciones, entre las cuales se encuentran las
Contar hechos, emociones, así como describir las relaciones más realizadas por Minuchin (1967) y Bernstein (1960), corroboran la
significativas del propio ámbito familiar resulta a m e n u d o difícil, y hipótesis de que el módulo verbal tiene un uso relativamante ma¬
a veces incluso anónimo y convencional; mientras que actuar las yor en las clases sociales medias y medio-superiores.
mismas cosas en una especie de escultura familiar, sin el uso del
medio verbal, proporciona una imagen inmediata, extremadamente 3
Son interesantes, a este respecto, los estudios efectuados sobre modali¬
vivaz e inteligible, de todo lo que el sujeto en acción desea comu¬ dades comunicativas analógicas de los animales, cuando se trata de definir la
nicar. relación. Baste mencionar la danza-lenguaje de las abejas o los comportamien¬
tos simbólicos con que los perros esquimales definen el territorio, o el modo
en que las aves migratorias concuerdan, por así decirlo, acerca de cuál debe
ser la dirección de la bandada en vuelo o se informan recíprocamente sobre
b) Posibilidad de transmitir informaciones sobre los objetos eventuales peligros; o los estudios realizados por varios etólogos sobre el com¬
Tales informaciones se transmiten con el lenguaje verbal me¬ portamiento de los primates cuando establecen en grupo las estructuras de
poder. Igualmente significativo en el plano de la relación es el diálogo entre
diante la utilización de los c o n c e p t o s ; se puede afirmar a propósito
hombre y animal: el dueño de un perro, por ejemplo, está convencido de que
que la transmisión de la cultura está confiada en la práctica sobre el anima! entiende lo que él le dice y responde en consecuencia; lo que carac¬
t o d o a la comunicación verbal, así como, más en general, el as¬ teriza la interacción entre ambos es evidentemente la riqueza del contenido
pecto de noticia de un mensaje cualquiera, mientras, como he di- analógico que acompaña al discurso.
B1
LA COMUNICACIÓN NO VERBAL
80 TERAPIA FAMILIAR
unir, y está ocupado por objetos (un escritorio, una mesita, un q u e ñ o círculo y excluir a los otros de su ámbito espacial y
m u e b l e , etcétera), que tienden a confirmar la distancia que se con¬ visual: el gesticular, la inclinación del cuerpo o pequeñas rota¬
sidera más apropiada para este tipo de relación. ciones de éste pueden representar una defensa del pequeño
Profundizando el estudio del espacio, se puede observar, por grupo frente a eventuales intromisiones desde el exterior. En
ejemplo, que la relación tradicional del m é d i c o con el paciente en este sentido es interesante observar cómo la distancia íntima
entre dos personas se reestructura c o m p l e t a m e n t e con la in¬
situaciones de consulta psiquiátrica ambulatoria está dispuesta de
clusión de una tercera persona en la relación.
m o d o de mantener una distancia de protección respecto del pacien¬
t e ; el espacio en que se desarrolla la entrevista está ocupado gene¬ 2) P o s i c i ó n vis-á-vis u orientación paralela del cuerpo: dos perso¬
ralmente por un escritorio, la camilla, guardapolvos, carpeta clínica, nas pueden ponerse en relación ubicándose una frente a la otra,
recetario, armarios con remedios, etcétera, objetos todos que tien¬ o bien sentándose juntas, en paralelo, eventualmente en direc¬
den a establecer una barrera, de modo que la relación termina sien¬ ción a una tercera. En el primer caso la relación se potencia
por un c o n t a c t o visual c o m p l e t o y por una espacialidad que
do necesariamente estática, impersonal y rutinaria. Por consiguiente,
permite la entrada de uno en el territorio del o t r o . Es probable
igualmente estática e impersonal será la recolección de información
que la mayor o menor distancia entre los dos se module según
y la sucesiva elección de la técnica a emplear.
su grado de c o n o c i m i e n t o y de efectiva intimidad o de expec¬
tativas con respecto a la relación; podrá señalar además el de¬
d) distancia pública, la que se utiliza en las relaciones formales,
seo de incluir a otras personas, o, en cambio, el de excluirlas.
una especie de distancia de seguridad, d o n d e se pierde todo carác¬ En la disposición en paralelo puede señalarse una situación en
ter de relación interpersonal directa: es típica la del conferenciante la que dos o más personas prefieren mantener entre sí una rela¬
o la de un profesor en una clase académica. ción neutra o por lo m e n o s indiferente; en otros casos, se in¬
dica un interés mayor en la relación mediante m o v i m i e n t o s
Ya he aludido al significado del contacto físico, a propósito de de a c e r c a m i e n t o del cuerpo, gestos y pequeñas rotaciones que
la distancia íntima. Así como es obvio que la experiencia táctil es permitan un c o n t a c t o visual.
fundamental y prioritaria en el desarrollo de los sentidos durante 3) Posición de congruencia o incongruencia: si en un grupo, por
los primeros años de vida del niño, tambien es claro incluso en e j e m p l o , existe una relación de afinidad y de aceptación recí¬
la edad adulta, como en cualquier otra edad, tocar y tocarse repre- proca, las actitudes y las posiciones de cada uno resultarán
sentan una modahilad comunicacional muy de sentido me¬ casi especulares con las del o t r o : si uno se aparta, los otros se
diante la cual puede transmitirse una infinidad de mensajes: amor, apartan c o n s e n s u a l m e n t e ; si uno inclina el busto hacia adelan¬
coincidencia, amistad, superioridad, dependencia, etcétera. El con¬ te c o m o para entrar en un espacio más í n t i m o , es probable
tacto físico, c o m o la traslación del cuerpo en sentido más general, que lo sigan los demás c o m p o n e n t e s del grupo, etcétera. Opera¬
c o n s t i t u y e n un m o d o de definirse y de definir los propios movimien¬ ciones de mimesis c o m o las descriptas están generalmente im¬
tos en el espacio, y también una elección de relación con los demás. plícitas o son espontáneas en una situación de congruencia.
Por el contrario, una persona que quiera demostrar su disenso
Scheflen ( 1 9 7 2 ) , al poner más acento sobre el significado comu- puede asumir deliberadamente una posición incongruente res¬
nicacional que sobre el expresivo del body language. distinguió tres p e c t o del grupo; tal disenso es en algunos casos casi incons¬
modalidades de p o s i c i ó n : ciente e incluso directamente negado de palabra; pese a ello,
la d i s p o s i c i ó n espacial lo confirmará de una manera evidente
1)Posición inclusiva o no inclusiva: es el m o d o en que los miem¬ e incontestable.
bros de un grupo incluyen o excluyen a otra persona. Por ejem¬
p l o , en una reunión algunas personas pueden formar un pe-
TERAPIA FAMILIA LA COMUNICACIÓN NO VERBAL 85
sí al terapeuta, que con la realidad de posiciones y comportamien¬ emotivos, mediante una representación tridimensional de las rela¬
tos habituales. Mostrar determinados estados de ánimo resulta, en ciones entre los miembros de la familia. La escultura puede definirse
estos casos, una modalidad de realimentación homeostática del sis¬ como la representación simbólica de un sistema, pues en ella se
tema frente a un extraño sentido genéricamente como peligroso. enfocan los aspectos comunes a todo sistema —espacio, tiempo,
Sólo cuando el terapeuta ha logrado acceder plenamente al seno energía—; de este modo las relaciones, los sentimientos, los cambios
del sistema familiar, le resultarán claras las reglas relaciónales de sus pueden representarse y experimentarse simultáneamente.
miembros, sean éstas funcionales o disfuncionales, y el contexto Explicar en qué consiste de hecho una escultura presenta, sin
será decididamente terapéutico. Tan relevante como la disposición embargo, los mismos límites que existen al describir una obra escul¬
espacial asumida por la familia en la sesión, resulta la del terapeuta, tórica sin poderla observar directamente. Así, tampoco es fácil re¬
que deberá ponerse en relación con el sistema familiar como un producir con palabras la riqueza expresiva y relacional del proceso
interlocutor privilegiado y al mismo tiempo neutral. Es increíble la de formación de la escultura misma, que es tan significativo c o m o
facilidad con que un operador inexperto puede perder incisividad e su representación final.
imparcialidad, simplemente porque se ubica en forma inadecuada "Esculpir" es una modalidad creativa, dinámica y no verbal me¬
en términos espaciales. diante la cual el escultor puede representar las relaciones mas signi¬
Muy importante para evaluar el proceso terapéutico es la utiliza¬ ficativas que lo ligan con los otros, que ligan a estos últimos entre
ción del espacio por parte de los miembros de la familia y del tera¬ sí, en un contexto y en un m o m e n t o histórico determinados. Ter¬
peuta, en el curso de la terapia. Los movimientos que se realizan mina así dando vida a una composición espacial, a menudo drama
en la sesión no son nunca casuales y constituyen indicadores extre¬ tica, que expresa visualmente sus emociones y las de los familiares
madamente válidos de secuencias interactivas. El movimiento, la en apropiada interacción. Por lo tanto, hace asumir a cada uno una
acción, el j u e g o , el enfrentamiento son por lo tanto observados y posición, una relación de cercanía o distancia, una mirada y una
solicitados por el terapeuta relacional según una estrategia destinada actitud del rostro que replanteen simbólicamente sus vivencias
a recoger informaciones, a dramatizar y reestructurar relaciones personales respecto de ellos y de su relación recíproca, y al colo¬
inadecuadas, a activar canales de interacción nuevos o en todo caso carse, por último, él mismo en la escultura, representa cómo y
inexpresados, que produzcan un efecto liberador sobre el paciente dónde se ve en relación con los otros. De esta manera la esencia
identificado y sobre los que interactúan con él. misma de sus experiencias familiares, sean relativas al presente o al
pasado, se condensa y proyecta en una imagen visual.
Por lo común es el terapeuta el que elige a la persona que actua¬
LA ESCULTURA DE LA FAMILIA rá como escultor, mientras los demás se transformarán en la "arci¬
lla" a plasmar y colocar en el espacio. En la elección tendrá en
5
La escultura de la familia, una de las más nuevas y activas téc¬ cuenta el m o m e n t o terapéutico y la realidad de cada familia espe¬
nicas no verbales, permite la expresión de ideas y emociones me¬ cífica, activando, por ejemplo, al que considera más capaz de ex¬
diante el uso del cuerpo y del movimiento. Esta técnica se propone presar espontáneamente vivencias emotivas; en otros casos, en
recrear simbólicamente en el espacio estados de ánimo y vínculos cambio, invitará justamente a la persona que dentro del grupo pa¬
rece ser la más inhibida e incapaz de comunicar con palabras lo
5
Peggy Papp, del Nathan W. Ackerman Family Institute de Nueva York, que siente, de modo de promover, a través de un canal no verbal,
y Duhl y Kantor, del Boston Family Institute, pueden ser considerados como una participación activa de esa persona en el proceso terapéutico.
verdaderos pioneros en la experimentación de esta novísima modalidad de
intervención relacional, que parece susceptible de integrar las teorías sistémicas Podrá elegir incluso a un niño que mediante la acción y el movi¬
con una dimensión histórica y a la vez interior del individuo y de la familia de miento está habitualmente más dispuesto a representar con vivaci¬
la que éste proviene. dad y en forma espontánea conflictos y malestares familiares.
88 TERAPIA FAMILIAR LA COMUNICACIÓN NO VERBAL 89
vez miradas, posiciones del cuerpo o actitudes, en el m o m e n t o en nadas", en las que la fusión, la falta de identidad y el espacio
que se los dispone en el espacio. personal parecen las matrices del malestar.
En los ú l t i m o s años la utilización de la escultura c o m o m e d i o
La escultura es significativa j u s t a m e n t e porque constituye una auxiliar terapéutico ha ido a u m e n t a n d o progresivamente; más en
representación espacial de una situación emotiva actuada y no ver- particular, se llegó a hacer amplio uso del m o v i m i e n t o dentro de
balizada: c o m o tal, supera los límites expresivos de las palabras y ella. Así, el término m i s m o de escultura parece h o y insuficiente
permite la liberación de estados e m o t i v o s y de modalidades comu¬ para describir una modalidad que si bien tiende siempre a enfocar
nicativas a m e n u d o adormecidas o inexpresadas. Esculpir las rela¬
el aspecto visual-espacial de la relación m e d i a n t e una representa¬
ciones permite percibir "de una o j e a d a " todo el cuadro familiar, 8
ción precisamente e s c u l t ó r i c a , quiere al m i s m o t i e m p o traducir
sea in toto o en sus partes individuales; ver la relación es el primer
las energías emotivas en t é r m i n o s de m o v i m i e n t o , de a p r o x i m a c i ó n
paso hacia el cambio.
o alejamiento en el espacio. Si el primer paso en dirección a un
Sólo una vez terminada la escultura podrá expresar cada u n o cambio consiste en ver la relación, el paso sucesivo es moverse de
verbalmente lo que experimentó al participar en ella: es extraordi¬ un lugar a otro. Así, en la fase final de la escultura, el terapeuta
nario observar que, en este p u n t o , el intercambio verbal se produce puede preguntar al escultor o a o t r o s participantes c ó m o se sienten
sobre la base de una disponibilidad recíproca acrecentada y en un
nivel de mayor intimidad y comprensión.
6
La escultura se propone visualizar toda la red de relaciones, tan¬ Con este término no quiero referirme a que sea más valioso unir a la fami¬
lia que dividirla, objetivos éstos que no deberían entrar entre los que se propo¬
to dentro c o m o fuera de la familia y, además, los vínculos entre
ne un terapeuta familiar; deseo en cambio subrayar la importancia de que los
generaciones presentes y pasadas, con el fin de promover una ma¬ miembros de la familia se sientan actores participantes y determinantes de un
yor diferenciación de cada u n o en el ámbito de su propia realidad sistema que les es propio y cuya vida y reglas dependen de las decisiones de
contextual, mediante la renuncia a roles y m o d e l o s estereotipados. cada uno respecto de los demás.
A propósito de las ventajas inherentes a esta técnica no verbal, 7
Según la distinción propuesta por Minuchin (1974) entre familias aglu¬
Papp y otros ( 1 9 7 3 ) subrayan, entre otras cosas, la posibilidad de tinadas y desligadas, cuya aglutinación y desligamiento se refieren al estilo
evitar racionalizaciones, resistencias y estigmatizaciones: median¬ transaccional del sistema familiar.
8
te la escultura se priva a las familias de sus canales verbales usuales El punto culminante del aspecto estático es el instante central: el escul¬
y se las hace comunicarse en un nivel más significativo. En e f e c t o , tor, después de haber construido su escultura, inmoviliza la escena unos segun¬
las triangulaciones, alianzas y conflictos se representan de un mo¬ dos, durante los cuales se fijan en el espacio emociones y relaciones, con el fin
de amplificar su intensidad y permitir así a los participantes asimilar sus carac¬
do coreográfico, es decir, se concretizan y ubican en la esfera vi-
teres esenciales.
90 TERAPIA FAMILIAR LA COMUNICACIÓN NO VERBAL 91
etcétera. Todo esto lo consideran manipulatorio quienes perciben Si en una terapia familiar se pide al terapeuta que asuma inicial-
en esta modalidad terapéutica el peligro de que la familia pierda su mente una posición de control, en el momento terminal el cuadro
capacidad de autodeterminación o se vea envuelta en responsabili¬ relacional habrá cambiado por c o m p l e t o : el terapeuta y la familia
dades que no le competen. En efecto, si eso ocurriera estaría justi¬ estarán entonces en una posición de igual poder, porque ésta habrá
ficada la crítica de manipulación, y es posible que, en realidad, esto readquirido la plena autodeterminación en sus acciones y ya no
pueda ocurrir si en la terapia relacional (como, por otra parte, en tendrá necesidad de ayuda desde afuera.
todo otro contexto terapéutico) se aventuraran terapeutas que, más Viene al caso preguntarse ahora de qué manera es directivo un
allá de una seria preparación específica, carecieran de un profundo enfoque relacional y qué objetivos se propone alcanzar. La primera
sentido de respeto por la libertad del individuo y de una aguda sen¬ expresión de directividad está implícita en el acto mismo de reunir
sibilidad para comprender las dificultades de la familia dentro del a toda la familia, es decir, en implicar a todo el núcleo familiar en
tejido social. una operación que requiere un enfrentamiento directo y una toma
de conciencia común. Igualmente directivo resultará pedir a los
La terapia relacional se propone en realidad hacer que adquiera miembros del grupo un empeño activo en resolver un problema in¬
una mayor capacidad de determinación un grupo familiar que a terno del sistema familiar o externo a él, negando la posibilidad de
menudo está varado en una situación de dificultad de la que no pa¬ una solución fundada en la delegación al técnico.
rece en condiciones de salir por sí mismo, como no sea mediante la Es bastante fácil intuir, además, cómo un terapeuta que utiliza
formación y el mantenimiento de chivos emisarios. Es justamente ampliamente en la sesión el espacio, el movimiento, la prescripción,
la imposibilidad de cambiar, experimentada en el tiempo por la fa¬ está comunicando claramente que toma la guía del proceso tera¬
milia, que sigue los modelos habituales de pensamiento y de com¬ péutico; tanto más directivo resultará su modo de conducir la tera¬
portamiento, lo que lleva al terapeuta a la convicción de que su pia, en cuanto él mismo podrá consultar al supervisor o ser consul¬
tarea fundamental consiste en abrir brechas en el sistema familiar tado por él durante las entrevistas.
para permitirle el redescubrimiento de valencias autoterapéuticas
en su interior, que liberen al paciente identificado y a la familia de Analicemos ahora cómo el objetivo del cambio, finalidad común
una situación de malestar que se ha perpetuado en el tiempo, y les a todo tipo de terapia, se ubica en una óptica sistémica-familiar. Lo
restituyan la iniciativa de sus propias acciones. Una operación de que se nos propone es obtener un cambio que vaya más allá de la
esta clase requiere necesariamente una posición de poder por parte resolución del síntoma individual y que incida a nivel de todos los
del terapeuta, el cual debe enfrentarse en seguida con las fuerzas más miembros del sistema proporcionándoles modelos transaccionales
rígidas del sistema. Esto lleva en muchos casos a lo que Whitaker nuevos que ya no tengan necesidad de comportamientos sintomá¬
(1973) llama la lucha por el control. El terapeuta debe estar desde ticos. En este sentido el síntoma es solamente el indicador de una
el comienzo en condiciones de mostrar a la familia que es bastante perturbación a nivel comunicativo. Actuar sobre el síntoma quiere
fuerte como para controlarla con éxito, manteniendo constante¬ decir automáticamente intervenir en las reglas de relación de ese
mente una posición de estar arriba. sistema.
En esta lucha por el poder el sistema familiar puede evaluar si el Interrogado sobre qué era lo que consideraba fundamental para
terapeuta es bastante sólido y seguro para sostenerla en un eventual producir un cambio terapéutico, Milton Erickson dijo que la res¬
proceso de cambio: si éste no es capaz de conducir, es decir, de puesta es comparable a "cuando se enseña a un n i ñ o : no es suficien¬
dictar con continuidad las reglas de la relación, es inevitable que te explicarle que uno más uno son dos. Hay que darle un trozo de
termine englobado en los modelos transaccionales habituales de la tiza y hacerle escribir 1 y otro 1, dibujar el signo de suma y de igual,
familia, la cual no lo sentirá eficaz como agente de cambio y termi¬ y luego hacerle escribir 2. Así, no es suficiente explicar un proble¬
nará, con frecuencia, interrumpiendo la terapia. ma al paciente, ni siquiera cuando el paciente logra explicarlo por sí
50 TERAPIA FAMILIAR LA PRESCRIPCIÓN 37
m i s m o ; lo importante es hacer que el paciente haga algo " (en Haley, CLASIFICACIÓN DE LAS PRESCRIPCIONES
1976).
Similar es la posición de Papp, Silverstein y Cárter cuando se
preguntan c ó m o se traducen en acción las introvisiones (insights). Una prescripción se puede construir sobre la base del trabajo
Estos autores afirman que las introvisiones que no han producido realizado en la sesión, de los datos relaciónales recogidos, y utilizan¬
un cambio en el comportamiento, o en todo caso en el sistema fa¬ do los contenidos que aportaron los miembros del sistema familiar.
miliar, carecen de significado. A veces ocurren cambios en las rela¬ Se trata e n t o n c e s de asignar una tarea que implique directa o indi¬
ciones familiares como resultado de los que se producen en las rela¬ rectamente a toda la familia o a alguno de sus m i e m b r o s , en la
ciones emotivas o a raíz de nuevas tomas de conciencia; otras veces sesión o en el intervalo entre una sesión y la siguiente.
1
no ocurren en absoluto.
Dar prescripciones en el curso de la terapia es una intervención
Un error común a varios tipos de terapia es el supuesto de que si
estratégica realizada por una serie de motivos. En líneas generales,
alguien comprende algo, actuará necesariamente en consecuencia.
constituye una modalidad técnica dirigida a promover un cambio,
En la práctica terapéutica es más frecuente que si alguien cambia en
o sea, a activar m o d e l o s relaciónales distintos que no tengan nece¬
algo, eso le permita experimentar y, por lo tanto, aprender alterna¬
sidad de la formación y del m a n t e n i m i e n t o de chivos expiatorios.
tivas nuevas a nivel cognoscitivo, emotivo y conductal. Wittgenstein
2
Más particularmente, es un m o d o de establecer un contexto tera-
(1971) afirma que la reestructuración no atrae la atención hacia
péutico, es decir, un clima colaborativo en el cual se respetan algu¬
algo, es decir, no produce una introvisión, sino que enseña otro
nas reglas generales, evitando caer en situaciones improductivas en
j u e g o y hace que el viejo resulte obsoleto. Si es cierto que haciendo
las que el victimismo, la acusación, la opresión, la delegación, o el
actuar en la misma situación modalidades diversas de solución del
uso de roles estereotipados puedan desempeñar una función deter¬
problema se induce a m e n u d o un cambio, mi impresión es que no
minante. Utilizando un c o m p o r t a m i e n t o directivo el terapeuta
debe excluirse que éste está vinculado con una introvisión. Por otra
termina adquiriendo importancia a los ojos del grupo familiar, en
parte, no parece fácil decidir si el cambio está determinado por la
virtud de su función de garante de la a u t o n o m í a y de la subjetividad
introvisión o si esta última es contemporánea o sucesiva respecto
de cada miembro. Esto le permite entrar en el sistema familiar y
de aquél.
ser aceptado por todos, porque se mantiene ajeno a complicidades
o a coaliciones más o m e n o s explícitas con este o aquel personaje
de la familia. La prescripción mediante la asignación de "tareas a
domicilio" es una modalidad dirigida a amplificar el proceso tera¬
péutico, más allá de la hora semanal de la reunión de grupo, pro¬
moviendo una "presencia" del terapeuta en la familia aun en el ám¬
bito de las actividades cotidianas. De esta manera la familia puede
experimentar modalidades nuevas de comunicación; si logra utili¬
zarlas "para la terapia" se sentirá cada vez más capaz de funcionar
1
Aunque pueda ocurrir que la familia en terapia no esté en condiciones a u t ó n o m a m e n t e hasta que ya no tenga necesidad de a p o y o s tera¬
de emprender un nuevo camino que percibe como demasiado riesgoso o com¬ péuticos.
prometedor, sin embargo el hecho de haber verificado concretamente la exis¬
tencia de alternativas negadas anteriormente o bien desconocidas, tiene de por
sí valor terapéutico. La prescripción permite además la recolección de informaciones
2
Podríamos definir muy sintéticamente este término como la reelabora¬ relaciónales en torno a la estructura de la familia y a las reacciones
ción de esquemas relaciónales diferentes mediante la utilización de elementos de sus c o m p o n e n t e s frente a los requerimientos de c a m b i o . En
ya existentes. muchos casos no es importante la correcta ejecución de la prescrip-
LA PRESCRIPCIÓN 99
9 8 TERAPIA FAMILIAR
B) PRESCRIPCIONES PARADOJALES
A) PRESCRIPCIONES REESTRUCTURANTES
— Prescripciones del síntoma (tendientes a prescribir el "com-
portamiento enfermo")
Se entiende por reestructuración un proceso tendiente a modifi¬ — Prescripciones de las reglas (tendientes a implicar directamente
car los esquemas relaciónales habituales de la familia mediante el a t o d o el sistema familiar mediante la prescripción de reglas
uso de elementos y energías ya presentes en el sistema, al m e n o s a "peculiares" de la familia)
nivel potencial.
El edificio asume así nuevas perspectivas, se modifica, pero los C) PRESCRIPCIONES METAFÓRICAS
ladrillos que lo forman son siempre los mismos.
3
Agradezco en particular a Paolo Menghi, con el cual he discutido y ela¬
borado mucho material relativo a las prescripciones. Del trabajo clínico reali¬
zado con mis colaboradores -Menghi, Nicoló, Saccu- han sido tomado mu-
ChOl de los casos descriptos en este capítulo.
TERAPIA FAMILIAR LA P R E S C R I P C I Ó N
do al m i s m o t i e m p o su decisión de ubicarse c o m o e l e m e n t o válido el é x i t o de un plan que las implica, con m a y o r razón p o r q u e están
alternativo: "Si él está r e d u c i d o a este e s t a d o , ¡me c o r r e s p o n d e a d e s e o s a s de d e m o s t r a r que su actitud r e s p e c t o de Sandro es ade¬
mí tomar las riendas de la casa!" cuada y en a b s o l u t o p r o t e c t o r a , c o m o s o s t i e n e el padre.
La prescripción ha p r o v o c a d o de h e c h o un d e s e q u i l i b r i o tempora¬ Una vez i n i c i a d o un p r o c e s o de reelaboración s i s t é m i c a es más
rio del sistema familiar, que permite p o n e r en marcha p r o c e s o s fácil ampliar el c a m p o de a c c i ó n e incluir en él p r o b l e m á t i c a s y
n u e v o s . Luciano, después de una serie de c o n t a c t o s que realiza per¬ e x i g e n c i a s cada vez m e n o s vinculadas con el p r o b l e m a i n d i v i d u a l
s o n a l m e n t e , inicia una actividad laboral; no se presenta a las sesio¬ por el cual se s o l i c i t ó i n i c i a l m e n t e la terapia; ésta termina s i e n d o
n e s , aunque envía a los terapeutas, por vía de sus padres, mensajes un m o m e n t o de notable i m p o r t a n c i a en el p r o c e s o de c r e c i m i e n t o
tranquilizadores a su r e s p e c t o , y se inserta p r o g r e s i v a m e n t e en las de t o d o el grupo familiar.
actividades recreativas de un grupo. C o n t e m p o r á n e a m e n t e la pare¬ V e a m o s otro e j e m p l o , muy s i m p l i f i c a d o , de reelaboración sisté-
ja, sin Luciano, c o m i e n z a a enfrentarse a p r o b l e m á t i c a s conyu¬ mica, que p r o m u e v e un rápido r e d i n i e n s i o n a m i e n t o del p r o b l e m a
gales, adormecidas durante largo t i e m p o . La prescripción ha pro¬ que m o t i v ó la i n t e r v e n c i ó n .
m o v i d o en este caso, de un m o d o i n d u d a b l e m e n t e inhabitual pero La señora Maggi viene a la terapia con su hija de 5 a ñ o s , acom
eficaz, el c o m i e n z o de un p r o c e s o de e m a n c i p a c i ó n de Luciano y pañada por la baby sitter. Esta última se q u e d a en la sala de espera
de c o n f r o n t a c i ó n a nivel c o n y u g a l . La señora está separada desde hace dos años del m a r i d o y vive con
la niña y la baby sitter. El p r o b l e m a surgido se refiere a Silvia, des
cripta por la madre c o m o i n c o n t r o l a b l e e i n m a d u r a en relación con
4. PRESCRIPCIONES DE REELABORACION SISTEMICA su edad. En breve t i e m p o e m e r g e el p r o b l e m a de f o n d o , relativo a
una relación a m b i v a l e n t e de la madre r e s p e c t o del m a r i d o (del cual
no ha llegado a separarse e m o t i v a m e n t e ) y de su s i t u a c i ó n actual
Con este tipo de prescripción se tiende a reestructurar los mode¬
de mujer sola. Al hablar se e x p r e s a con t e a t r a l i d a d , s u p e r p o n i e n d o
los c o m u n i c a t i v o s usuales de la familia, s u s t i t u y é n d o l o s por o t r o s
c o n t i n u a m e n t e los p r o b l e m a s de la hija con su p r o p i a p r o b l e m á t i c a
n u e v o s y más funcionales, m e d i a n t e la r e e l a b o r a c i ó n de e l e m e n t o s
e x i s t e n c i a l . Las zonas de a u t o n o m í a de la niña sufren la c o n t i n u a
y energías ya presentes en el sistema familiar.
invasión de la madre que termina e n v o l v i é n d o l a t o t a l m e n t e en sus
El caso de Sandro, de que h e m o s h a b l a d o a p r o p ó s i t o del esta¬
c o n f l i c t o s . El c o m p o r t a m i e n t o de Silvia es e f e c t i v a m e n t e despóti¬
dio interactivo de la primera sesión (pág. 5 8 ) , ofrece varios e j e m p l o s
co e i n c o n s t a n t e , pero pese a las j e r e m i a d a s de la m a d r e , se n o t a
de prescripción de reelaboración sistémica. Prescribir en la sesión
entre ellas una e s p e c i e de c o m p l i c i d a d . María, la baby sitter, que
una n e g o c i a c i ó n entre padre e hijo para p r o m o v e r la e m a n c i p a c i ó n
t e ó r i c a m e n t e debería permitir una m a y o r a u t o n o m í a de la m a d r e ,
de este ú l t i m o , representa un m o d o c o n c r e t o de reestructurar los
aliviándola al m e n o s p a r c i a l m e n t e de una serie de c u i d a d o s rela¬
m o d e l o s de c o a l i c i o n e s y de s e p a r a c i o n e s e x i s t e n t e s dentro del sis¬
c i o n a d o s con la hija, no tiene n i n g ú n p o d e r sobre la niña, que in¬
t e m a . Un acuerdo dirigido a revalorar la m a d u r e z de Sandro debe
cluso se niega a jugar con ella y da así origen a otro p r o b l e m a . Co¬
tener en cuenta no sólo al m u c h a c h o , sino t a m b i é n t o d o s los as¬
mo con la hija, t a m b i é n con la baby sitter la madre tiene una rela¬
p e c t o s funcionales desarrollados a partir de su frustrado creci¬
ción que oscila entre la camaradería y la i n t r u s i v i d a d , con algunas
miento.
p r e o c u p a c i o n e s por la " r e s p o n s a b i l i d a d " q u i z á s mal d i s t r i b u i d a
r e s p e c t o de la baby sitter, que t a m b i é n es una mujer j o v e n .
La evaluación sesión por sesión de los r e s u l t a d o s c o n c r e t o s de
este acuerdo es un m o d o de hacer o p e r a t i v o en casa el p r o c e s o La primera s e s i ó n , que distó de ser significativa en lo referente a
de reelaboración iniciado en la entrevista. Padre e hijo d e b e n em¬ los p r o b l e m a s p r e s e n t a d o s por la m a d r e , lo fue sin e m b a r g o para
peñarse c o t i d i a n a m e n t e y tener fe en un a c u e r d o oficial sanciona¬ n o s o t r o s p o r q u e nos p e r m i t i ó aclararlos y e n f r e n t a r l o s a continua¬
do ante t o d o s ; pero t a m b i é n la madre y la tía d e b e n colaborar en ción con m a y o r eficacia. Se p i d i ó a Silvia y María que prepararan
106 TERAPIA FAMILIAR LA PRESCRIPCIÓN 107
Basándose en el interjuego entre estos dos niveles, constantemente Por parte de Carla, proteger a los padres, operación obviamente
correlacionados, el terapeuta puede promover el proceso de cam- negada por los tres, pero no por ello menos evidente, es un m o d o
bio. de permanecer dentro del sistema y de evitar la toma de conciencia
de los espacios de mayor autonomía y responsabilidad propios de
Tomemos a modo de ejemplo el caso de una chica de 14 años,
su edad.
Carla, que desde hace alrededor de un año ha recomenzado a m o -
jar la cama, provocando preocupación y turbación en los padres. Romper el círculo vicioso de la protectividad nos parece el ca¬
En otros aspectos no presenta problemas, todo lo contrario, los pa¬ mino para obtener un cambio. En una primera fase, nos propone¬
dres se prodigan en elogios por el comportamiento escolar y por la mos promover la rebelión de Carla, con la expectativa de que la
sensatez de Carla, su única hija. actitud de los padres cambie de protectora a resentida. Con esta
finalidad el terapeuta divide a la familia en el curso de las sesiones,
La chica los confirma en todas sus expectativas y si no fuese por
este asunto de la enuresis, que limita indudablemente su libertad reservándose entrevistas individuales con Carla. Le propone que
de acción, "todo andaría sobre ruedas". trabajen j u n t o s en el problema de la enuresis, pero a condición de
que esto se mantenga como un secreto entre ambos. Carla debe
Después de unas pocas entrevistas se ve claramente que la enure-
sis constituye el mejor recurso para mantener unidos y al mismo llevar un diario íntimo (y traerlo siempre consigo a la sesión), le¬
tiempo divididos a los padres, y que la sensatez de Carla consiste j o s del alcance de los padres, en el que referirá el ritmo, la cantidad
justamente en limitar su autonomía, con el fin de protegerlos. La y horario de la enuresis, cantidad y tipo de líquidos ingeridos des¬
madre logra encubrir todas sus desilusiones prodigándose de todas de las 17 h s . en adelante. Si alguna noche le ocurriera de no ha¬
las maneras posibles para ayudar a la chica a superar el problema. cerse pis, deberá describir todo lo que ocurrió en el día preceden¬
Le ha impuesto el uso de bombachas de goma, un hule bajo la sᬠte. El terapeuta justifica el pedido explicándole que sólo con un
bana y otros mil recursos ingeniosos. En la práctica gran parte de cuadro exacto de la situación se puede esperar un resultado posi¬
su tiempo y de sus pensamientos giran en torno del pis de Carla y tivo y que sin su colaboración todo esfuerzo sería inútil.
de cómo encontrarle una solución. El padre, por su parte, desem¬ Esta prescripción de alianza sobre el síntoma tiene una serie de
peña un papel aparentemente neutral, y cuando se ve envuelto en objetivos. Ante todo, tiende a crear un lazo intenso entre el tera¬
primera persona tiende a minimizar el problema o a criticar dis¬ peuta y la chica, partiendo justamente del s í n t o m a , cuyo significa¬
cretamente, pero sin reservas, el m o d e l o educativo de su mujer. do afectivo ha sido modificado; ya no se realiza para la familia, si¬
Carla afirma que no siente tanto desagrado por sí misma (en el no que representa más bien un pretexto para sellar un pacto con
fondo puede tener amistades sin revelar este problema de la enu- un adulto importante, valorizando así las potencialidades adoles¬
resis), como "por la madre, que sufre tanto por eso, y por el padre, centes de Carla, que irán encontrando espacio para c o n t e n i d o s
que se pone de mal humor por su culpa". nuevos y más importantes.
Nos parece que los tres, a través de la enuresis, han encontrado Al mismo tiempo, el hecho de acordar m u c h o espacio al tema
una modalidad que si bien es disfuncional en lo referente a la ener¬ de la enuresis, tanto en el coloquio como en la prescripción a do¬
gía utilizada, permite el mantenimiento de la homeostasis familiar, micilio, es una manera de desensibilizar el campo y de promover
es decir, de un equilibrio en el cual las tensiones interpersonales no una rebelión de Carla frente al terapeuta. Cuanto más valorada se
alcanzan nunca niveles demasiado elevados y los conflictos conyu¬ sienta en sus capacidades de adolescente, tanto más le pesará ha¬
gales encuentran una vía de expresión indirecta a través del proble¬ blar de hacerse pis en la cama, en un c o n t e x t o cambiado. La posi¬
ma de Carla. Proteger a la chica representa una modalidad para te- bilidad de quitar espacio a este argumento en favor de otros más
nerla dentro del sistema, para evitar una desvinculación aparente¬ importantes sólo puede realizarse, sin embargo, si el síntoma pier¬
mente insoportable o por lo menos penosa, que obligaría a los de realmente significado.
cónyuges a enfrentarse entre sí y con el ambiente exterior. Es ilusorio pensar que se obtendrá una solución definitiva del
112 TERAPIA FAMILIAR LA PRESCRIPCIÓN 113
otra manera cada uno de nosotros se encuentra expuesto a situa- ca, preponderante, que impulsa a la familia a repetir sus secuen-
10
ciones de doble vínculo. Lo que cambia es el hecho de que muchas cias habituales de comportamiento, que a veces terminan envol-.
de estas experiencias son probablemente aisladas e incompletas, viendo al terapeuta "en la misma lógica: ayúdame a cambiar, pero
aunque puedan tener a menudo un efecto traumático; véase, por sin modificar nada.
ejemplo, la frecuencia de situaciones de crisis que se revelan como Esta modalidad pone al terapeuta en una especie de doble víncu¬
una respuesta a una lógica paradojal. lo: todo intento de su parte tendiente a cambiar algo es boicotea¬
Una situación muy distinta es la que se presenta a quien se en- do en algunos niveles, mientras en otros la familia persevera en su
11
cuentra expuesto a un doble vínculo durante largo tiempo, y poco requerimiento de ayuda.
a poco termina por adaptarse a él hasta considerarlo como la única En estos casos el terapeuta, en lugar de continuar con intentos
modalidad comunicativa disponible, y llega a formar parte activa inútiles de cambio, puede aceptar (más bien que tolerar) la contra-
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de él en un juego sin fin! Resulta claro que en este último caso dictoriedad frente a la cual lo ponen, estimulando de este modo
no se trata de un trauma aislado, sino más bien de un modelo de la tendencia al cambio presente en otros niveles en la familia. Es
interacción patológica que difícilmente permite alternativas de decir, al aceptar el "doble vínculo", se ubica en la relación de un
cambio y que a menudo termina fijando a los participantes en un modo exactamente inverso de aquel en que la familia espera verlo.
círculo vicioso que se autoalimenta en el tiempo. Su respuesta al requerimiento paradojal de esta última es a su vez
una paradoja (una contraparadoja), porque utiliza la contradicción
13
comunicativa propia del doble vínculo. Esto se puede obtener
3. SIGNIFICADO DE LA PARADOJA EN LA TERAPIA
Prescribir el síntoma a un paciente individual, lejos de ser una solar a una persona desalentada siguiendo la máxima: "Después de
intervención que resuelva de por sí un estado de dificultad, repre- todo, no es tan grave como parece, verás que todo se resolverá",
senta en nuestra opinión una modalidad táctica tendiente a abrir constituye en la mayoría de los casos un modo eficaz de acentuar
una brecha en sistemas particularmente rígidos, para promover la su estado de desaliento, aunque se lo realice con una finalidad total-
liberación de potencialidades inexpresadas. En este sentido, alentar mente opuesta. En cambio, si el terapeuta va más allá del paciente
el comportamiento enfermo constituye un m o d o de renunciar sólo en la definición del estado depresivo, es decir, si actúa alentando o
aparentemente al rol de activador del cambio, aceptando por entero prescribiendo la tendencia a no cambiar del paciente, este último
la "positividad" del comportamiento perturbado, hasta el p u n t o se verá necesariamente forzado a "corregir" todo lo que el terapeuta
de prescribirla o de poner el acento sobre los lados positivos ínsitos ha sostenido "erróneamente", y, en última instancia, a demostrarle
en el "estar m a l " . que se equivoca al considerarlo demasiado deprimido.
Entra en el cuadro más amplio de un enfoque paradojal lo que
con M. Erickson llamamos incitación a la recaída. Cuando parece
5. PRESCRIPCIÓN DE LAS REGLAS
previsible una recaída en los síntomas, o cuando un mejoramiento
da escasas garantías de estabilidad, y también en los casos en que
En terapia familiar se puede utilizar una técnica paradojal prescri-
el comportamiento sintomático parece utilizado en términos parti-
biendo a la familia la aplicación exasperada de las reglas de relación
cularmente manipulativos por el paciente (y por los familiares), el
individualizadas como disfuncionales, que corresponden al com-
terapeuta puede prever y alentar un agravamiento, justamente con
ponente más rígido de la homeostasis sistémica. Esta modalidad
la finalidad de prevenirlo. Esta actitud terapéutica termina parado-
produce el efecto de hacer posible un proceso de transformación,
jalmente estimulando alternativas de conducta en el paciente, pre-
es decir, de promover la ruptura de las reglas de relación que lleva-
cisamente porque niega su posible expresión autónoma: cuanto más
ron al problema y que tienden a mantenerlo.
la niega el terapeuta, tanto más la buscará el paciente.
Para aclarar mejor el significado de la prescripción de las reglas,
Debemos observar, a este propósito, que el no quiero cambiar del
partiremos de dos hipótesis:
paciente representa a m e n u d o la no aceptación de que "alguien"
pueda cambiar algo. En el caso del terapeuta, por lo tanto, el men-
— En el sistema familiar, como en cualquier otro sistema, existe
saje podrá significar: no deseo que "" tú" me cambies en algo. Es
un equilibrio dinámico entre tendencia homeostática (que lla-
decir, se reproduce, también en el contexto terapéutico, esa tensión
mamos H) y tendencia a la transformación (que llamamos T).
simétrica exasperada, existente en las relaciones intrafamiliares en
— El sistema terapéutico se propone, por definición, promover
que ninguno puede aceptar una redefinicion que le concierna, 17
el c a m b i o en un grupo familiar disfuncional, caracterizado
mientras busca a su vez, constantemente. imponer la suya a los de-
en general por un rígido predominio homeostático.
más.
También apoyándose en esta relación simétrica puede el tera-
Si el sistema terapéutico activa a un sistema familiar en el cual la
peuta esperar que el paciente inicie algún cambio significativo, con
tendencia a la T ya está libre y disponible, es decir, cuando no pre-
el fin de "demostrarle qué equivocada estaba su evaluación".
domina la tendencia a un endurecimiento homeostático, las dos T
Aceptar, p o r ejemplo, la depresión de un paciente, y el compor-
se integran fácilmente y se potencian permitiendo una solución del
tamiento que de ella deriva, sin tratar de mitigarla o minimizarla,
favoreciendo quizás su más libre expresión, produce una serie de
efectos. Ante t o d o , el paciente puede sentirte "comprendido" en
17
su depresión; no debe por lo tanto enfrenta al terapeuta para mos- El cambio fundamental consiste en reestablecer un nuevo equilibrio di-
trarle que se equivoca al subvalorar su problema. El intento de con- námico entre H y T.
120 TERAPIA FAMILIAR LA PRESCRIPCIÓN 1 21
problema en breve tiempo (esto ocurre, por ejemplo, en algunas Se trata, en la práctica, de sustituir el juego sin fin (el realizado
situaciones de crisis aguda que logran conmover al sistema, confi- hasta entonces por la familia) por un juego nuevo, en el cual el tera-
riéndole características de inestabilidad). peuta, mediante la negación de alternativas, pone en acto una mo-
Si el sistema terapéutico activa, en cambio, con su propia T a un dalidad provocativa y a la vez liberadora respecto de un grupo fa-
sistema familiar en el cual la tendencia hacia la T está sofocada por miliar que puede ahora responder mediante una contraprovocación
una rígida reglamentación interna, la T terapéutica se verá como "terapéutica" (te demostraré que te equivocas). Esta contraprovo-
una gran amenaza y terminará encerrada por la homeostasis fami- cación, más allá del significado relacional que contiene, permite a
18
liar. El terapeuta se encontrará envuelto en una interrogación la familia experimentar modalidades de relación y de solución del
paradojal, similar a la que tiene apresados en un doble vínculo a problema hasta entonces negadas o en todo caso no expresadas.
los miembros de la familia entre sí: querría cambiar pero no puedo;
¿por qué no me ayudas a cambiar, pero sin cambiar nada? i9 La intervención terapéutica, justamente porque la familia la vive
20
como un desafío productivo, termina quitándole al sistema familiar
En estos casos en que la T terapéutica resulta amenazadora
el peso de una responsabilidad sentida inicialmente como demasiado
para la familia, el terapeuta puede promover el cambio, es decir, gravosa: cambiar sólo para sí (y no en función de otro, y en parti-
utilizar la propia T camuflándola de H y secundando así la H del cular de uno cuya misión es estimular el cambio). Cambiar para el
sistema familiar hasta el punto de prescribirla y de sugerir su poten- terapeuta (o sea, para demostrarle que se ha equivocado) se trans-
ciamiento. Este es un modo de responder a la paradoja planteada forma en un nuevo estado de anormalidad, que representa en mu-
por la familia: ayúdame, pero no me uyudes, con una contrapara- chos casos un paso obligado y eficaz para ayudar a los miembros
doja terapéutica: sí, te ayudo no ayudándote, es decir, confirmando de la familia a liberarse de una realidad agobiante de enfermedad y
la rigidez homeostática familiar. La familia, al no poder enfrentar a reelaborar un esquema de relaciones más aceptable, que ya no
la T del terapeuta, porque éste la ha hecho sintónica con la H fami- necesite de chivos emisarios para mantenerse.
liar, se verá forzada a cambiar, o sea, a liberar la propia T, para de-
mostrar al terapeuta que se equivoca cuando confirma su tendencia La familia se encuentra así en el trance de tener que elegir entre
a no cambiar. la ejecución de lo que el terapeuta ha prescripto (pero esto signifi-
caría aceptar de un modo completo la posición de poder de este
último) o la transgresión de la prescripción, lo que significa un cam-
18
bio de reglas. Los miembros de la familia, además, sea realizando la
La homeostasis familiar sólo se considera patológica cuando es demasia-
prescripción o resistiendo a ella, advierten de un modo más o menos
do rígida. En verdad, también la tendecia al cambio, si se distinguiera por la
incompatibilidad con cualquier recuperación de la homeostasis, entraría en el
preciso que el juego subterráneo del que son actores y prisioneros
ámbito de las interacciones disfuncionales. se está volviendo más explícito, y que esta mayor evidencia quita
19
La frase "Sin Cambiar nada" constituye el resultado final de un mensaje
eficacia y significado a sus habituales esquemas de relación.
complejo: "Para ayudarme a cambiar deberías ser lo que habría debido ser al-
gún otro que en cambio no fue como habría debido ser" (Selvini y col., Querría presentar un último aspecto que se refiere a la relación
1975). que se establece entre el sistema terapéutico y el familiar. En una
20
"En sistemas de calibración rígida como son las familias que presentan relación de este tipo el sistema familiar no sólo hace funcionar sus
un miembro esquizofrénico, todo cambio se ve como un peligro, una amena- propias valencias homeostáticas más rígidas, sino que a menudo las
za. Se trata de requerimientos de cambio que llegan al sistema familiar sea de
exhibe ante el terapeuta, al cual ofrece la posibilidad de ponerse a
afuera (solicitaciones sociales, políticas, culturales) o de su interior (nacimien-
to,'muerte de un miembro o su alejamiento, crisis de adolescencia de un hijo, prueba, como si quisiera verificar sobre el terreno las reales capaci-
etcétera). Ante tales cambios el sistema retroactúa negativamente, con un ul- dades de éste. El sistema familiar, al poner en funcionamiento sus
terior endurecimiento" (Selvini y col., 1975). propias tendencias homeostáticas, no sólo indica al terapeuta el
122 TERAPIA FAMILIAR LA PRESCRIPCIÓN 123
21
camino a s e g u i r , sino que evalúa la credibilidad y la seguridad de formaciones, no considerando las otras y su relación circular, lleva
este ú l t i m o , enfrentándolo r á p i d a m e n t e con la rigidez de sus propias inevitablemente a una serie de peligros; primero entre todos es el
reglas. En nuestra experiencia h e m o s n o t a d o un considerable au- 22
de ser absorbidos p o r las reglas de un juego sin fin, inútil y exte-
m e n t o de confianza y de disponibilidad activa p o r parte de los miem- n u a n t e ; un segundo riesgo es el de t o m a r posición sobre los conte-
bros de la familia en relación con la pericia demostrada por el tera- nidos, aportados p o r u n o de los cónyuges, estableciendo rápida-
p e u t a en el descubrimiento de sus juegos y en su capacidad para no m e n t e alianzas desequilibradas y fuertemente culpabilizantes para
dejarse envolver p o r ellos. quien queda excluido.
He a q u í algunos ejemplos explicativos de la precedente discusión. Estas consideraciones nos convencieron de la utilidad de una in-
El primero se refiere a u n a pareja que hemos seguido en terapia tervención paradojal, destinada a provocar lo que la pareja no pare-
p o r cerca de tres meses. El m o t i v o por el cual se requirió la inter- cía en condiciones de producir, o sea, el cambio de sus reglas. La
vención es el " a l c o h o l i s m o " del m a r i d o ; así lo define la mujer con paradoja terapéutica debía facilitar el cambio de las reglas interac-
m u c h o énfasis y así parece aceptarlo el marido, que implícitamente tivas de la pareja, mediante la prescripción de las mismas reglas que
le reprocha q u e ella es la causa principal. Después de algunas entre- habían puesto en movimiento el juego. Promover el cambio, p o r lo
vistas la dinámica del beber, vista en términos relaciónales, aparece t a n t o , prescribiendo no cambiar. Al prescribir el control del que
de la siguiente m a n e r a : cada uno parecía tener necesidad respecto del o t r o , se llegaba a
Ninguno de los dos quiere definir la entidad del beber; se entrevé impedir j u s t a m e n t e el control recíproco, puesto que en la relación
así una especie de complicidad en t o r n o del problema, que parece terapeuta-pareja sólo el primero t e n í a la competencia y el poder de
servir para m a n t e n e r al sistema en un determinado nivel de equili- controlar toda la secuencia.
brio. El m a r i d o no bebe casi n u n c a en casa, pero a m e n u d o la mujer La prescripción se confeccionó de la siguiente manera. La mujer
lo " s o r p r e n d e " en el bar, mientras se t o m a u n o tras o t r o algunos debía perfeccionar el control sobre el marido, sin dejar escapar nin-
vasitos de licor. Este hace t o d o lo posible para que la mujer se dé guna ocasión de "pescarlo in flagranti". Esto sólo era posible a con-
cuenta y p u e d a luego " r e g a ñ a r l o " . Por ejemplo, va al bar en com- dición de que ella misma estableciese una cantidad máxima diaria
p a ñ í a de su p e q u e ñ o hijo, que luego le cuenta a la madre, o habla de alcohol (tal que el marido no pudiera realmente superarla) y
con los amigos de la mujer, etcétera. (Debe tenerse presente que el asumiera la responsabilidad de suministrárselo al marido, acompa-
padre de ella m u r i ó de cirrosis hepática y que el beber representa ñándolo incluso en persona al bar. El terapeuta explicó que esto le
p o r ende un aspecto que afecta a la mujer de un m o d o particular.) eliminaría la angustia de pensar en el marido como un " d e p r a v a d o "
La mujer, a su vez, exagera el problema, para ejercer una acción de envuelto en los vapores del alcohol en algún b a r d e R o m a : obten-
control sobre el m a r i d o , hasta el p u n t o de olerle el aliento cuando dría así el control absoluto de la situación. Al mismo tiempo, ella
vuelve a casa y de rehusarse decididamente a tener relaciones sexua- debía mantener sólidamente sus "principios morales", abstenién-
les con un h o m b r e "vicioso". Esta actitud de la mujer excita toda dose de tener relaciones sexuales con el marido cuando su aliento
la furia del m a r i d o , que sueña con los buenos tiempos prematrimo- oliera a alcohol.
niales: bebe entonces "para desahogarse", y luego proporciona la
pista a la mujer para que lo agarre en falta.
Creemos q u e utilizar en términos lineales cualquiera de estas in-
22
"Cada uno se ve en el acto de responder al otro, pero ninguno de los
dos sospecha nunca que también constituye un estímulo para las reacciones
del otro. No se dan cuenta de la naturaleza profunda de su juego, de su ver-
21
Nótese al respecto cómo el paciente identificado es a menudo el porta- dadera circularidad. Estos puntos de vista discrepantes se transforman en el
voz implícito de algunas contradicciones familiares y puede señalar en la tera- material para una ulterior escalada simétrica... y esto constituye una nueva
pia el camino para salir de ellas. partida del mismo y viejo juego" (Watzlawick y col., 1967).
124 TERAPIA FAMILIAR
LA PRESCRIPCIÓN 125
El marido, a su vez, debía " c o n t r o l a r " que la mujer, una vez es- les sin tener para nada en cuenta la prescripción, y él habla con
tablecida y escrita la dosis cotidiana de alcohol, no lo embrollase gran satisfacción de la carga afectiva de ella, que le resultó muy
aumentando la cantidad o, peor aun, disminuyéndola. Esta even- agradable e inesperada.
tualidad demostraría la "mala fe" y la escasa voluntad de coopera- La actitud que asumió el terapeuta fue la de alguien que había
ción de la mujer en la solución del problema. También debía con- previsto el fracaso de una tarea indudablemente ardua, pero por
trolar que la mujer no se permitiese de ninguna manera formular cierto no de un modo tan total. Los puso por lo tanto en guardia
requerimientos sexuales cuando el aliento del marido oliera a al- contra el peligro de que al sabotear de un modo tan visible las pres-
23
cohol. cripciones con comportamientos como los referidos, no quisie-
La prescripción, así formulada, se ofreció a los cónyuges, que ran superar sus problemas de pareja. Dicho esto, confirmó decidi-
parecieron interesados en una tarea concreta que los ayudara a salir damente la prescripción de la semana precedente, acentuando algu-
de una situación de exasperación y constantes reproches. Al ofrecer nos puntos y rogando a cada uno que trajera una nota escrita sobre
la prescripción el terapeuta anticipó las dificultades implícitas en las eventuales "transgresiones" del o t r o . 24
la realización exitosa de esta tarea, insistiendo sobre la extremada El resultado de esta intervención paradojal es que los dos se
dificultad que supone obtener un completo y satisfactorio control sienten unidos en sabotear nuevamente las prescripciones del tera-
recíproco. peuta, hasta el extremo de que el alcohol, problema irremediable
A la semana siguiente los dos cuentan lo que ocurrió con la pres- hasta poco antes, parece haberse desvanecido; los dos cónyuges es-
cripción: ella acompañó al marido al bar, pero una cantidad de ve- tán en condiciones de recuperar potencialidades positivas de rela-
ces mucho menor que la establecida; ahora que ella lo acompaña, ción, justamente en el momento en que cada uno habría debido
toda su angustia vinculada con el alcohol parece desvanecida como ejercer un control despiadado respecto del otro.
por encanto. El se muestra orgulloso del coraje manifestado por En este caso, la paradoja consistente en la prescripción de las re-
la mujer al acompañarlo (cosa que nunca había ocurrido anterior- glas disfuncionales de la pareja ha producido, por la naturaleza
mente en su vida en común) y lo verbaliza con evidente compla- misma de la intervención, un efecto liberador respecto de los dos
cencia de ella. También el " c o n t r o l " del marido sobre la correcta cónyuges que, una vez salidos de un juego sin fin, pueden descu-
ejecución de la tarea de la mujer parece parcial; surge que en algu- brir alternativas nuevas o aun inexpresadas de relación.
nas circunstancias él mismo se negó a ir al bar con ella, porque "no Referiremos otro ejemplo de prescripción de las reglas que abar-
sentía ninguna gana de beber". Ella le hizo requerimientos sexua- ca a todo un grupo familiar. Renzo (14 años) evitó la internación
en un pabellón neuropsiquiátrico infantil gracias a una terapia fa-
25
miliar que sirvió para devolver a la familia la confianza en su
2J
capacidad de solucionar el problema, conjurando la cristalización
Aprovecho este primer ejemplo para subrayar cómo la prescripción pa-
radojal, incluso a causa de la deliberada obsesividad con que se definen los de la "enfermedad" de Renzo en un contexto de internación. La
detalles de la ejecución, y de la exasperación de ciertos comportamientos
habituales, asume características extravagantes susceptibles de provocarle di-
ficultades al terapeuta inexperto. Este puede impartir la prescripción sin la
convicción necesaria, si está ansioso de asegurarse credibilidad en la familia e Es útil reforzar la prescripción tan pronto como se tiene noticia del
incluso ante sí mismo. Naturalmente esta escasa seguridad es siempre perci- comienzo de un cambio. Al negar prácticamente la realidad de este último, se
bida y utilizada por el sistema familiar en detrimento de la incisividad y de las obliga a la familia a reforzarlo para demostrar una evidencia que en ese punto
posibilidades de éxito. El terapeuta debe entonces tomar distancia emocional ya perciben sus miembros.
respecto de la situación, para poder manejar una intervención paradojal que 25
Renzo llega a la consulta traído por los padres a los que se ha aconseja-
derive de una observación imparcial y atenta de lo que se oculta detrás de
do una internación "de observación" para el muchacho luego del diagnóstico
ciertos mensajes y ciertas relaciones.
de neurosis caracterial en un adolescente con rasgos paranoides.
126 TERAPIA FAMILIAR
LA PRESCRIPCIÓN 127
sexta sesión se destinó principalmente a verificar la relación asig- no. El terapeuta bloquea la interrupción sin responder y prosigue:
nada a la pareja en ese sistema familiar. Ya la internación no se
siente como una necesidad inevitable y el terapeuta, mediante una c) El papá debe ir a la biblioteca con Renzo para documentarse,
serie de activaciones entre subsistemas, se da cuenta de algunas re- mediante una prolija investigación, acerca de la neurosis caracte-
dundancias que parecen sostener parte de las dificultades relació- rial. Los resultados de su trabajo deberán ser transcriptos y traídos
nales de la familia. Tratemos de resumirlas: a la siguiente sesión.
1) Los padres hablan entre sí casi exclusivamente del chico, y En este caso, centrado sobre la problemática de la desvincula-
sólo en función de sus problemas. ción del adolescente y sobre las dificultades que en algunos grupos
2) Renzo activa metódicamente a los padres para que su preo- familiares se oponen a la realización de un proceso gradual de este
cupación se mantenga viva. Logra estar constantemente entre tipo, el terapeuta ha "confeccionado" una serie de requerimientos
los dos miembros de la pareja parental. utilizando los contenidos aportados por los familiares mismos; esos
3) Renzo subraya constantemente la responsabilidad de los pa- requerimientos tienen como denominador común el prescribir el
dres respecto de sus temores de ser un "enfermo mental". control recíproco, ejercido por cada miembro respecto de los de-
Cuenta que buscó en las secciones psicológicas de los periódi- más, que parece constituir uno de los elementos más limitativos de
cos una respuesta a estos temores. la autonomía del paciente identificado y de toda la familia. Más
4) Si uno de los padres contraría de alguna manera a Renzo, éste particularmente, mediante la primera tarea se acepta y potencia el
se las toma con el hermano menor, golpeándolo. control recíproco entre madre e hijo, que parece, entre otras cosas,
5) Renzo delega a menudo en la madre la tarea de encontrar al- sostener una coalición entre ambos, en detrimento del padre y de
guna excusa para evitar a los compañeros que lo buscan. Esto una presencia más efectiva de éste con su mujer. La motivación
parece perfectamente sintónico con la exigencia de control proporcionada por el terapeuta, "para que no salga demasiado de
de la madre. casa", constituye de hecho un estímulo para el chico y un primer
intento de desafío respecto de su adolescencia inexpresada.
El terapeuta, poco antes del término de la sesión, entrega una Con el segundo requerimiento el terapeuta hace ridicula y ab-
hoja a cada miembro de la familia y dicta la prescripción: surda la modalidad extorsiva de Renzo respecto de sus padres. En
efecto, él evita un enfrentamiento directo con ellos (lo que es re-
forzado por la actitud de los padres), y prefiere asumir el rol la-
a) La mamá debe recibir todos los llamados telefónicos, evadien- mentable de "loco irresponsable", más bien que una actitud más
do los destinados a Renzo con una excusa. Esto, para que él no adulta, que le resulta demasiado difícil. La voluntariedad de su
salga "demasiado" de casa. Si Renzo infringe de alguna manera la comportamiento extravagante queda entonces ridiculizada por la
regla, la madre debe anotarlo en un cuaderno destinado a ese fin. prescripción que, aceptándolo como tal, descubre el juego y lo
Si es ella la que la infringe, corresponderá a Renzo anotar la trans- vuelve pueril e insostenible. Como el hermano menor debe contro-
gresión. lar la corrección del cumpümiento, una modalidad de acción hasta
poco antes justificada por el ineluctable comportamiento del "neu-
b) Todas las veces que Renzo esté enojado con su papá y su ma- rótico caracterial" resultará ahora mucho más injustificable.
má, en lugar de tomársela con ellos, deberá "desahogarse" con el La tercera prescripción se diferencia de las precedentes porque
hermano menor. Este último debe señalar todas las veces que Ren- si bien tiende a centralizar la enfermedad de Renzo, introduce una
zo transgreda la regla. En este punto Renzo interviene enérgica- variante significativa que permitirá desmitificar el concepto de
mente preguntando si no sería mejor que él no se enoje con ningu- "neurosis caracterial" (paralizante para toda la familia) haciéndola
128 TERAPIA FAMILIAR LA PRESCRIPCIÓN 129
objeto de u n a investigación cultural. Al mismo tiempo, la tarea Terapeuta (toma el auricular, comienza a hablar con Anna):
asignada p r o p o r c i o n a r á indicaciones útiles para verificar la dispo- ...de todos m o d o s , si no quieres venir, no hay motivo para obligar-
nibilidad del sistema respecto de una relación más directa entre te. Oye, Anna, ahora haré u n a pregunta a tus familiares; querría
R e n z o y su p a d r e en un plano c o n c r e t o . En este sentido se intro- q u e oyeras la respuesta, pero sin intervenir. (Dirigiéndose a los pa-
duce u n a variante relacional q u e termina excluyendo temporaria- dres y a los hermanos.) Cada u n o de Uds. debería responderme te-
m e n t e a la m a d r e de la relación entre el hijo y el o t r o cónyuge. La niendo en la m a n o el auricular y hablando por el micrófono. Uds.
exclusión de la m a d r e en esta c o y u n t u r a no responde a una regla también tienen u n a regla: no deben hablar con Anna, sino dirigirse
evidenciada p o r el t e r a p e u t a , sino a un i n t e n t o de su parte de " p r o - exclusivamente a m í . La pregunta es ésta: ¿cuál es el problema en
b a r " el sistema p a r a establecer u n a posibilidad de redistribución esta familia? (Los familiares, por turno, responden a la pregunta
de relaciones y de alianzas. Será j u s t a m e n t e la precocidad de tal hablando junto al micrófono y Anna oye sin intervenir. El primer
intervención, en ese m o m e n t o demasiado "contrasistémica", lo intento de la madre, de solicitar la opinión de la hija, es "blo-
q u e desencadenará u n a serie de retroacciones p o r parte de la fami- queado" inmediatamente por el terapeuta. No aparecen otras
lia, e x t r e m a d a m e n t e vivaces p e r o igualmente útiles para las inter- "transgresiones" en este sentido. Por último, el terapeuta plantea
26
En este caso el terapeuta responde en términos paradojales nuidad, puede suceder que una evaluación respecto del sistema
a una situación extremadamente precaria, o sea, la ausencia del pa- familiar se base no sobre las características peculiares de éste, sino
27
ciente identificado. La paradoja consiste en este caso en reque- más bien sobre la inexperiencia del terapeuta, el cual preferirá con-
rir a la familia que no se comunique con Anna aunque esté comu- fiar en el efecto "mágico" de una prescripción paradojal, más bien
nicándose con ella, y a Anna que no participe en la sesión, aunque que en un análisis más profundizado de las relaciones y en un ma-
esté participando. Es decir, el requerimiento se formula y se niega nejo directo de la sesión. Puede ocurrir, de hecho, que la aparente
a la vez, poniendo a los miembros de esta familia en la situación simplicidad de ciertos ejemplos y de su repetición, impulse a al-
de hacer aquello a lo que se habían prácticamente opuesto, y ne- guien a experimentar fórmulas memorizadas sobre el "pellejo" de
gando, al mismo tiempo, el hecho de que esto esté ocurriendo. Por los pacientes y de sus familias. Esto puede llevar al deterioro de
último, Anna ha sido paradojalmente alentada a concurrir a la pró- una metodología de estudio y de intervención que es seria y pro-
xima sesión, con una serie de dobles mensajes, juntamente al acep- funda, y que, en cuanto tal, no puede ser improvisada.
tar y apoyar que no haya asistido a ésta. En lo que respecta a los efectos "milagrosos" que se adjudican a
Uno de los mecanismos homeostáticos utilizados por la familia menudo a la paradoja terapéutica, no se pueden adoptar posiciones
ha sido esta vez superado con una técnica paradojal: todos partici- tan optimistas, aunque se le atribuya una importancia fundamental
paron en la sesión mediante una presencia negada y pudieron fluir para el tratamiento de las familias más graves, y en particular de las
muchos mensajes a través de la negación del valor comunicativo de que presentan modalidades transaccionales de tipo esquizofrénico.
los mensajes mismos. La vez siguiente Anna concurrirá a la terapia, Resulta evidente que la importancia de la tendencia a la homeosta-
participando activamente en el proceso terapéutico en curso. sis de algunos sistemas es directamente proporcional a su gravedad,
y es sobre todo una modalidad paradojal lo que puede determinar
6. COMO ELEGIR LA PRESCRIPCIÓN momentos de ruptura en esquemas rígidos, con la consiguiente cre-
ación de un terreno más fértil en el que se puede ubicar el trabajo
En este p u n t o se plantea un interrogante respecto de los pará- sucesivo.
metros a evaluar cuando se trata de elegir una prescripción parado- Por lo tanto, la contraparadoja terapéutica no constituye una
jal más bien que una reestructurante. La respuesta a esta pregunta fórmula resolutiva general de un estado de malestar individual o fa-
no es simple, incluso porque depende mucho de la personalidad y miliar, aunque se la considere una intervención muy eficaz, que
del estilo del terapeuta, que podrá sentirse llevado a un tipo de en- justamente porque la realiza una persona significativa, exterior al
foque más bien que a otro. En todo caso, un elemento de elección sistema (el terapeuta), puede provocar lo que el sistema mismo no
en favor de la prescripción paradojal está dada por la modalidad parece estar en condiciones de producir: un cambio de sus propias
paradojal misma con que se presentan algunas familias, con las cua- reglas.
les resulta ya clara de entrada la inutilidad de actuar sobre el plano En la literatura, en verdad no muy rica, referente a la paradoja
de la congruencia y de la inteligibilidad directas. terapéutica, parece darse por descontado que ésta sea y deba ser,
Debemos subrayar a este propósito que como es más fácil apren- por sí misma, inteligible a todo nivel. Sin embargo, esta evalua-
der a repetir una fórmula que a manejar una situación con conti- ción no comparece con nuestra experiencia, en la cual vemos en
cambio que muy a menudo, a través de la realización de la tarea
27
paradojal o del simple pensar en cómo realizarla, se produce una
No pensamos que la ausencia del paciente identificado o de un miem-
bro de la familia sea por sí misma crucial o paralizante para la prosecución de
toma de conciencia más o menos precisa del significado implí-
una terapia relacional; en este caso la ausencia parecía más resultado de un im- cito de la prescripción. Esto resulta tanto más evidente en las tera-
pedimento "protector" utilizado por el sistema familiar, que una libre elec- pias de adolescentes en fase de desvinculación, que aceptan plena-
ción negativa de Anna. mente el juego provocativo inherente a las prescripciones o al enfo-
132 TERAPIA FAMILIAR LA PRESCRIPCIÓN 133
que paradojal, pero discuten sus detalles con aparente seriedad y dre describen el problema de un hijo. El terapeuta puede oír cómo
gravedad, comunicando a su vez, en otro nivel, cómo esta modali- uno de los padres se refiere al problema del niño en dos niveles:
dad es muy eficaz para cambiar "salvando la cara" frente a sí mis- como afirmaciones sobre el hijo, pero también como declaracio-
mos y a sus familiares. nes concernientes al otro cónyuge y al matrimonio. Si una madre
describe a su hijo como terco y obstinado, es verosímil que esté
dando también a entender que el marido es terco y obstinado. Si
un padre afirma que el hijo amenaza con escaparse de casa, es
PRESCRIPCIONES METAFÓRICAS probable que la mujer esté amenazando con dejarlo. Si ambos
progenitores hablan de los desórdenes alimentarios de una hija
1. LA METÁFORA COMO MODALIDAD COMUNICATIVA adolescente que pasa del rechazo total de la comida a una gloto-
nería desenfrenada, puede ocurrir que, en otro nivel, estén comu-
28
El lenguaje m e t a f ó r i c o puede constituir un medio para comu- nicando que en la relación matrimonial no existe ningún orden.
nicarse con un individuo, una pareja o toda una familia, y también También si dos cónyuges subrayan la violencia de un hijo, respec-
para recibir comunicaciones. Un terapeuta relacional debe habi- to del cual abrigan temores de carácter delictivo, es verosímil que
tuarse a hablar y a escuchar de un m o d o metafórico. en un nivel metafórico estén hablando de su propia relación y de la
Ya he descripto el significado metafórico del lenguaje no verbal, violencia de sus intercambios interpersonales.
a m e n u d o determinante en la comprensión de relaciones, alianzas,
distancias emotivas, tendencias al cambio, etcétera. También es- El uso activo de la metáfora por parte del terapeuta se efectúa
tá claro que el comportamiento sintomático en su esencia misma de varias maneras. Puede hablar con metáforas o activar a la fami-
puede tener significado de comunicación; 29
no es infrecuente, lia siguiendo una modalidad metafórica, en particular con el uso de
por ejemplo, que una variación en la sintomatología presentada la prescripción.
por el paciente identificado indique al terapeuta la línea terapéuti- Hablar con metáforas es una manera eficaz de recoger informa-
ca a seguir. ciones, de otro m o d o difícilmente obtenibles, de un grupo que se
Querría detenerme ahora sobre la importancia de un enfoque muestra particularmente rígido o defendido. En algunos casos co-
metafórico, es decir, hacer notar cómo el terapeuta puede com- municar con metáforas promueve un cambio, a través de tomas de
prender o emitir mensajes metafóricos múltiples, por el modo de conciencia, a veces dramáticas. Se puede hablar con metáforas eli-
escuchar y observar el comportamiento de un grupo, y también giendo un argumento que se asemeje a la situación-problema, evi-
por su modalidad de establecer la relación. Cuando oye a alguien tando en todo caso hacer explícita la conexión.
que habla del problema, tiene presente que éste está refiriendo he- En una pareja muy rígida en que existía una problemática se-
chos y opiniones al respecto, pero que al mismo tiempo está comu- xual y un auténtico tabú que impedía hablar del asunto, la situa-
nicando indirectamente algo que no se puede decir de un modo ex- ción sólo comenzó a desbloquearse cuando el terapeuta preguntó
plícito. al marido (que había mantenido una actitud pasiva en el curso de
Esto resulta particularmente evidente cuando la madre y el pa- 30
las sesiones) si sabía cocinar. A este se le iluminó el rostro y
comenzó a enumerar su repertorio gastronómico, mientras la mu-
jer se mostraba incrédula y curiosa al mismo tiempo. Luego el tera-
28
El lenguaje metafórico puede definirse como un modo de comunicar
respecto de una cosa que se parece a otra distinta. 30
Haley refiere diversos ejemplos tomados de la práctica clínica de Mil-
29
Esto resulta particularmente evidente con pacientes psicóticos, en que ton Erickson, en los que la relación sexual de la pareja se enfrenta en el plano
la metáfora parece ser un canal de comunicación privilegiado. de la metáfora, utilizando un contexto alimentario (Haley, 1976).
134 LA PRESCRIPCIÓN 135
TERAPIA FAMILIAR
agrado. La prescripción de la cena funcionó maravillosamente: los éstas no se refieren directamente a la situación problemática.
d o s volvieron satisfechos, p o r q u e habían logrado realizar concreta- Dar prescripciones metafóricas es sin duda u n a manera de pro-
m e n t e u n a cosa agradable para a m b o s , y comenzaron a hablar cada mover este resultado. Así, si el terapeuta relacional considera útil
vez m á s a b i e r t a m e n t e de sus conflictos sexuales, sin ninguna solici- q u e alguien se c o m p o r t e de un cierto m o d o y prevé dificultades en
tación p o r p a r t e del t e r a p e u t a . esta operación, p u e d e enfrentar el problema metafóricamente:
elegir, p o r ejemplo, algún aspecto análogo y provocar un cambio
en él; el resultado será la inducción espontánea de un cambio de la
O t r o m o d o de comunicarse c o n metáforas consiste en atribuir a
situación de dificultad por la que se requirió la intervención. Una
algún o b j e t o ( u n a silla, u n a m u ñ e c a , un m a l e t í n profesional) con-
tarea metafórica puede asignarse a u n a persona en forma indivi-
notaciones emotivas propias de un individuo o de varias personas.
d u a l , a u n a pareja o a toda u n a familia.
Así, p o r ejemplo, u n a silla q u e q u e d ó desocupada p o r ausencia de
un m i e m b r o de la familia puede personificar al ausente: el terapeu- De particular interés es el uso de la metáfora para promover un
ta hablará él m i s m o o invitará a alguno a " c o m u n i c a r " sus emocio- c a m b i o a nivel de t o d a la familia. La pareja Righetti ha pedido u n a
nes a la silla del personaje faltante. Así también, a u n a madre intervención por los dos hijos, Giacomo de 4 años y Bibi de 3, a
opresiva respecto de un hijo puede ofrecérsele un m u ñ e q u i t o para causa de un c o m p o r t a m i e n t o " a n o r m a l " . Los esposos Righetti,
q u e lo tenga en su regazo e interrogársela sobre su necesidad de te- m u y jóvenes y aparentemente colaborativos, se declaran impo-
ner siempre "a alguien" entre sus brazos, o pedir a los m i e m b r o s t e n t e s y resignados ante la "furia d e s t r u c t o r a " de los dos niñi-
de la familia q u e hablen con el maletín del padre, más bien q u e t o s , absolutamente incontrolables. Describen la habitación de los
c o n él, " q u e no está n u n c a " . niños como un campo de batalla d o n d e sillas, muebles y juegos
son destrozados a porfía p o r Giacomo y Bibi, que no contentos
En particular, si d o s terapeutas c o n d u c e n j u n t o s terapias de pa- c o n ello han t o m a d o la costumbre de orinar dentro del guardarro-
reja, p u e d e n activarse en u n a especie de juego de roles y represen-
tar, bajo la atenta mirada de la pareja, un conflicto entre ellos
( p o r ejemplo, la recíproca necesidad de protección o de competi-
31
ción simétrica), m e d i a n t e la utilización de temáticas análogas a las Esto es lo que ocurre, por ejemplo, en la inducción hipnótica, en que
un enfoque metafórico es particularmente eficaz con sujetos que oponen re-
referidas p o r la pareja en terapia; de esta manera se intenta repro-
sistencia, pues es difícil resistir a una orden que se recibe sin estar consciente
ducir e m o t i v a m e n t e y verbalizar el mismo sentimiento de incapa- de ello. Para una más amplia comprensión del uso de la metáfora en la hipno-
cidad de cambiar q u e los dos viven en la relación conyugal. Esta sis, remitimos al lector a los brillantes estudios de Milton Erickson, referidos
técnica " p r o y e c t i v a " resultó a m e n u d o un elemento motivante en Haley, 1976.
136 TERAPIA FAMILIAR LA PRESCRIPCIÓN 137
pa. La medida final que adoptaron los padres, en el colmo de la hacerle ver o comprender la conexión. En verdad, al discutir acerca
desesperación, fue eliminar casi todos los objetos del cuarto de los del cuarto de juguete y de las modalidades con que se dan reglas de
niños, que ahora duermen en colchoncitos en el suelo. comportamiento a los dos muñequitos, el terapeuta está hablando
Lo que sorprende sobre t o d o al observador es el contraste entre implícitamente de cómo educar a Giacomo y Bibi, activando a
la destructividad descripta por los padres y el comportamiento sin nivel analógico modalidades nuevas de relación y de competencia
duda travieso, pero adecuado a la edad, de los niños en la sala de entre padres e hijos. Será más fácil pasar de la competencia y de la
terapia. Estos juegan vivazmente, parecen bien integrados entre aceptación de reglas "jugadas" a su efectiva aplicación en la realidad.
sí y dispuestos a aceptar las explicaciones proporcionadas por los Otro ejemplo puede ilustrar el uso de la prescripción metafórica
padres acerca de algunos objetos de la sala de terapia (micrófono, en una terapia de pareja. La intervención fue requerida por una
espejo unidireccional, etcétera), que les atraen particularmente. El serie de dificultades; en particular, los dos están desilusionados y
terapeuta puede observar, en todo caso, que cualquier alusión, resentidos por su relación sexual, descripta como fracasada. En
aun indirecta, a lo que sucede en la casa, provoca un sentimiento realidad, el problema parece ser más general y consistir en una mo-
de depresión y de incomodidad en los padres y desencadena en los dalidad redundante de relación, en la que él siempre debe vencer y
dos niños carreras desenfrenadas por la sala de terapia. Decide por ella siempre debe dejarlo vencer. Enfrentar directamente la relación
lo tanto no enfrentar el problema directamente y comienza a pen- sexual parece una operación escasamente productiva porque los
sar en situaciones análogas, en que sea posible verificar concreta- dos, aunque insatisfechos, actúan en perfecta sintonía perpetuando
mente la competencia de los padres, por una parte, y la aceptación el "juego sin fin". El terapeuta recurre a la metáfora, en un intento
de reglas de comportamiento por parte de los niños, por otra. Pres- de romper el círculo vicioso en que están aprisionados, para pro-
cribe entonces a los padres que adquieran en una juguetería un mover un cambio, siguiendo una modalidad analógica. Toma un
cuarto de juguete, con dos camitas, dos sillas, un ropero, juegos y, mazo de cartas y los invita a jugar con ellas en el curso de la sesión.
obviamente, dos " n i ñ o s " que lo habitan. Regalarán el juego a Gia- Pueden elegir un juego a su gusto, pero ateniéndose a una regla es-
como y Bibi, que deberán aprender, con ayuda de los padres, cómo pecial: el marido siempre debe resultar vencedor y la mujer siempre
atender a dos "niñitos" y cómo hacerles ordenar los objetos en el perdedora. La pareja acepta la tarea con alguna perplejidad, pero
cuarto de juguete. con el correr del tiempo terminan por implicarse fuertemente y se
ponen nerviosos por la rigidez del juego. Al final de la sesión el te^
rapeuta prescribe a la pareja que jueguen en la cama todas las no-
Después de una semana de entrenamiento, habrá una prueba
ches, antes de dormirse, por lo menos durante diez minutos, respe-
general en la sesión: se observará la competencia de los padres para
tando escrupulosamente la regla. Para concluir, les señala la impor-
enseñar a los dos niños el modo de utilizar el cuarto de juguete, y a
la vez la capacidad de Giacomo y Bibi para asumir la responsabilidad, tancia de esta prueba, preanunciándoles todos los peligros que pue-
33
aunque sea a nivel lúdico. En la sesión siguiente los padres llegan den surgir de una infracción.
con un gran paquete: Giacomo y Bibi están muy ansiosos por de- En la sesión siguiente los dos llegan visiblemente aliviados y re-
senvolverlo en seguida y comenzar el juego. Padres e hijos se empe- fieren que lograron respetar la tarea sólo por tres días, porque al
ñan en la prueba con entusiasmo y están contentos de mostrar al cuarto día venció la mujer, infringiendo la regla. Más sorprendente
terapeuta los resultados concretos de un trabajo común.
Este último comunica su complacencia por el resultado final, mente reductivas -afirma tírickson , es como resumir una obra de Shakes-
32
pero evita traducir la metáfora a la familia, porque no le interesa peare en una sola frase" (llaley, I 976).
33
Explicar la importancia de la prescripción y preanuneiar los peligros
de realizarla en forma incorrecta es simplemente un modo de reforzar su efec-
32
"Las interpretaciones de comunicaciones inconscientes son absurda- to práctico, es decir, de promover una resistencia de pareja.
138 TERAPIA FAMILIAR
jes, c o m p o r t a m i e n t o s y modalidades transaccionales diferentes. de los adultos, rico en conceptos abstractos y en comunicaciones
Ocurre con frecuencia que la ansiedad de controlar una situación verbales, y el m u n d o de los niños, vibrante de expresiones no ver-
demasiado imprevisible quede encubierta por la justificación racio- bales y de imágenes concretas.
nal de que si se resuelve el problema conyugal, desaparecerá luego De hecho el interés científico por el juego infantil nació en el
la función sintomática del niño. Sucede también a veces que el tera- momento en que se reconoció en el niño una individualidad propia y
peuta se resiste a incluir a los niños en la terapia debido a una acti- ya no se lo consideró como un adulto en miniatura, a la espera de
tud protectora, sea respecto de ellos o de los padres mismos. En el asumir un rol social. Si bien es cierto que en los últimos cincuenta
primer caso, se verá llevado a excluir precozmente a los niños, si- años se ha manifestado un creciente interés respecto de la psicolo-
guiendo una tradición terapéutica que prefiere mantenerlos afuera, gía infantil y muchas escuelas psicoanalíticas y psicoterapéuticas
más bien que exponerlos a situaciones ansiógenas o escabrosas (esto han formulado teorías y realizado estudios sobre la actividad lúdica
no hace sino reforzar el mito de los secretos de la familia); en el del niño en una dimensión psicodinámica, fue muy poco lo que se
segundo, llegará a la misma decisión, por temor a que la espontanei- experimentó o escribió sobre el juego como modalidad comunica-
dad de los niños descubra demasiado pronto zonas disfuncionales cional según una óptima sistémica. El juego ha sido considerado
de relación dentro de la familia y provoque así bruscos contragol- principalmente como una modalidad expresiva del niño, de sus
pes a nivel conyugal. En ambos casos el terapeuta terminará traba- emociones y de sus conflictos intrapsíquicos; se dedicó poca aten-
jando en forma unilateral con la pareja, sin considerar al niño como ción al juego como lenguaje relacional propio de la edad evolutiva
1
parte necesaria e integrante del problema y de su solución. y a la relación lúdica entre niño y adulto, entendida no tanto en
Un peligro ulterior, una vez incluidos los niños, es el de estable- términos pedagógicos (como medio con que el adulto transmite
cer un c o n t e x t o netamente adulto en la sesión, donde se requiere sus propias expectativas al niño), sino como capacidad de adapta-
al niño que asuma una actitud no natural para su edad; que com- ción y de intercambio entre los adultos y el clan infantil; en este
prenda conceptos demasiado abstractos o dé respuestas perfecta- sentido, tiene gran importancia el rol que el adulto asume en el
mente lógicas; que esté sentado y quieto durante toda la entrevista. contexto de juego y las oportunidades lúdicas que ofrece al niño.
Esto puede suceder si el terapeuta no ha tenido la precaución de
promover un c o n t e x t o en el que le sea posible al niño expresarse
con su lenguaje preferencial y a los adultos comunicarse con él,
EL JUEGO COMO MEDIO PARA FACILITAR LA PARTICIPACIÓN
también en ese nivel.
DE LOS NIÑOS EN LA TERAPIA FAMILIAR
Por una parle, el terapeuta debe ser capaz de promover el enfren-
tamiento entre los adultos y su colaboración en el proceso terapéu- El juego es el elemento fundamental que hace posible incluir a
tico, y por otra debe considerar al niño como una persona, que tiene los niños en la terapia de la familia sin tratarlos como adultos en
pleno derecho a manifestar y transmitir pensamientos, sentimientos miniatura. Las palabras son sólo uno de los modos en que se comu-
y opiniones de un modo personal y por cierto no subalterno o cua- nica el sistema familiar. Los niños, aunque posean un vocabulario
litativamente inferior a los adultos. La suya será entonces una acción muy rico, se expresan mucho más que los adultos según una moda-
2
de traducción de modalidades distintas de pensamiento: el m u n d o lidad analógica. El juego representa entonces un canal comunica-
1
"Si el terapeuta familiar renuncia a la contribución del niño, como regu-
lador de la velocidad de la terapia, como moderador del ritmo del cambio 2
Ya he descripto en el capítulo relativo a la comunicación no verbal qué
mediante el 'cuándo y el cómo' de la intensificación o de la disminución importante es el lenguaje no verbal y la variedad de formas que éste puede
de los síntomas-, el niño no logrará cambiar" (Montalvo-Haley, 1973). asumir en la interacción humana.
142 TERAPIA FAMILIAR LA PARTICIPACIÓN DE LOS NIÑOS A TRAVÉS DEL JUEGO 143
generacionales, puede reflejarse en la sesión en una actividad lúdica siempre vencer y la mujer debía dejarlo vencer siempre, repitiendo
caracterizada por la exclusión recurrente de alguno al que no se así de un modo exasperante la modalidad interactiva habitual de la
incluye en el juego, o más a menudo por una neta separación del clan pareja.
infantil. En estos casos el niño termina eligiendo constantemente El juego constituye también un medio eficacísimo para eviden-
al adulto, en lugar de un hermanito, como compañero de juego. ciar el carácter contradictorio de ciertos mensajes, en los cuales
Mediante una simple actividad lúdica el terapeuta puede recibir in- el nivel literal está decididamente en contraste con el analógico. El
formaciones sobre la permeabilidad del sistema* sobre la presencia terapeuta puede en estos casos utilizar en el juego el único mensaje
de lazos diádicos progenitor-hijo y sobre la mayor o menor rigidez verbal explicitado, fingiendo ignorar el implícito, que tiene casi
a nivel subsistémico. siempre el poder de descalificar al primero. Durante el juego la am-
bigüedad del mensaje entrará en crisis y quedará ridiculizada, la
mistificación pasará de un nivel subterráneo a uno más claro, evi-
dente para todos: se requerirá así un enfoque distinto, más pro-
ductivo y menos falso, que lleve a modalidades de relación más sa-
EL JUEGO COMO MODALIDAD REESTRUCTURANTE nas y auténticas. Al mismo tiempo el juego, igual que el humoris-
m o , evidenciará con extrema eficacia la matriz del malestar, sin
Hemos descripto en varias ocasiones, en el curso de este libro, la llevar sin embargo a los participantes a escaladas simétricas inúti-
función terapéutica del juego, sea por el significado metafórico im- les y exasperantes, porque como se trata de un juego, no hay por
plícito en la actividad lúdica, o porque es parte integrante de una qué tomárselo demasiado en serio.
prescripción o de una estrategia más amplia y articulada, destinada Trataré de aclarar este último concepto con un ejemplo. La fa-
a provocar un cambio de reglas dentro del sistema familiar. milia Lucarelli ha solicitado un tratamiento porque la hija Dáme-
En este p u n t o querría detenerme sobre la eficacia reestructurante la, de 10 años, fue sorprendida varias veces en los últimos meses
del juego, partiendo de la consideración de que éste tiene el poder haciendo pequeños hurtos en su casa y en una gran tienda. Sobre
de la simplicidad y de la inmediatez. Si se transmuta en un juego la la definición del problema los padres muestran estados de ánimo
conflictualidad de una pareja, la ambivalencia o la rigidez de una y pareceres diversos. Mientras el padre habla del asunto como de
relación, se asiste a menudo, a través de la visualización espacial algo bastante grave y difícilmente curable, la madre tiende a mini-
del juego, a una dramática toma de conciencia de estados de ánimo mizarlo todo y a defender abiertamente a la hija. El marido pare-
y comportamientos reiteradamente negados en el plano verbal, o ce ser la figura central y autoritaria: si por un lado teje amplios
por lo menos ignorados. Además, el juego requiere, por definición, elogios de su mujer, describiéndola como la encarnación de ia mu-
respetar algunas reglas fundamentales a las que ninguno puede jer ideal y la madre competente, por otro la boicotea sin reservas a
oponerse si quiere participar en él. nivel analógico. La definición desproporcionada misma de la grave-
Si el terapeuta logra evidenciar algunas de las reglas disfunciona- dad del problema de Danicla parece ser un pretexto para acusar
les del sistema y está en condiciones de convertirlas en reglas del implícitamente a la mujer de incompetencia educativa con los hi-
juego, éste ya no será una simple actividad lúdica, sino que pondrá jos y, por lo tanto, para proponerse como exclusiva с incontestable
al desnudo con extrema claridad los límites y la inutilidad de cier- autoridad de la familia. La mujer parece insegura en sus funciones
tos comportamientos relaciónales, impulsando, en fin, a los parti- maternales (hablará ampliamente de ello en una entrevista en que
cipantes a redescubrir modalidades transaccionales nuevas o, en el marido estuvo ausente) e incapaz de enfrentarse abiertamente
t o d o caso, una mejor distribución de roles y funciones familiares. con el cónyuge para obtener un espacio propio de autonomía. Más
El lector recordará a este propósito el ejemplo del juego de naipes aun, termina por secundarlo aceptando por buenas, al menos en el
(véase el capítulo sobre las prescripciones) en que el marido debía plano formal, las adulaciones de éste.
148 TERAPIA FAMILIAR
L A P A R T I C I P A C I Ó N D E LOS N l N O S A T R A V É S D E L JUEGO
Daniela y su hermano mayor, de 11 años, son dos niños vivaces ser negado a nivel explícito. Se asistía así a una primera entrada en
y extravertidos, que toman a menudo la iniciativa de jugar juntos
crisis de un nivel de contradictoriedad que impedía toda posibili-
en el curso de las entrevistas. El terapeuta piensa entonces en
dad de cambio y requería un chivo emisario para mantener una fal-
adoptar una técnica que sirviéndose del juego tienda a confirmar el
sa armonía a nivel conyugal. Por otra parte, el juego había permiti-
nivel literal del mensaje paterno (la competencia de la mujer), fo-
do a la mujer experimentar en concreto la posibilidad de una rela-
mentando empero la expresión autónoma de esta última (lo que
ción competente y bien recibida por los niños, lo que le proporcio-
debería contrastar con el aspecto analógico de ese mismo mensaje
naba energías nuevas para rechazar un rol sometido y complacien-
—la negación de la competencia—). Sugiere así un juego en que
te, que hasta entonces había producido el efecto práctico de refor-
puedan evaluarse concretamente las dotes de la mujer tan pregona-
zar la necesidad de control del marido y de perpetuar un auténtico
das por el marido. Pide a este último, como una colaboración espe-
círculo vicioso.
cial, que observe desde atrás del espejo el modo de poder referir
detalladamente todas las cualidades positivas mostradas por la
mujer en el juego con los hijos. El marido no puede por cierto
4
negarse a esta tarea de observador privilegiado.
Los niños están muy excitados ante la perspectiva de organizar
un juego junto con la madre. Esta, alentada por el terapeuta, ter-
mina por tranquilizarse y divertirse en un juego creativo, inventado
por los niños. La mamá y el terapeuta son dos parroquianos que al-
muerzan juntos en un restaurante, mientras los niños actúan pri-
mero como mozos, y organizan luego un espectáculo de danzas y
cantos para los clientes. El padre, detrás del espejo, está nervioso y
para nada satisfecho de lo que ocurre; los niños se divierten muchí-
simo con la mamá, la cual se muestra desenvuelta, divertida y des-
preocupada de los juicios de su marido. Al final del juego, cuando
se le pida su parecer sobre las dotes mostradas por su mujer, el ma-
rido permanecerá en silencio, como paralizado.
Al tomar por bueno y valorizar el nivel literal del mensaje del
marido (mi mujer es competente), se ridiculizó e hizo insostenible
el analógico (que niega la competencia de la mujer) por medio de
una actividad que de hecho confirmaba el primer mensaje y que no
podía ser refutada, porque el segundo mensaje, para existir, debía
4
En nuestra práctica utilizamos con frecuencia la división de la familia en
la sesión con fines tácticos. El espejo unidireccional resultó en verdad un dia-
fragma permeable, ideal para favorecer determinadas interacciones, sin el ries-
go de interacciones o intervenciones indeseables. Además de permitir la explo-
ración de determinadas secuencias a nivel subsistémico, y de bloquear intru-
siones inoportunas por parte de algún miembro de la familia, ofrece a estos úl-
timos la posibilidad de escuchar las exigencias de los otros y de buscar implí-
citamente una modalidad de relación más correcta.
¿RESOLUCIÓN DEL SÍNTOMA O CAMBIO DEL SISTEMA? 151
CAPITULO 6
zar un discurso relacional, me propone seguir a Luciano y a su fa-
2
milia en coterapia.
¿RESOLUCIÓN DEL SÍNTOMA O CAMBIO DEL SISTEMA? Antes de encuadrar la situación en términos relaciónales, que-
rría referir someramente algunos datos relativos a la evaluación
diagnóstica de Luciano, tal como nos han llegado: "El cuadro sin-
tomático se caracteriza por la presencia de una ansiedad acentua-
da, que tiende a descargarse a través de una notable inestabilidad
psicomotriz, hasta llegar a verdaderas crisis de destrucción genera-
EL PROBLEMA DE LA D E S V I N C U L A R O N : EL CASO LUCIANO lizada, con agresividad dirigida sobre todo a objetos, rasgos hipo-
condríacos y fóbicos (no subir al autobús, no salir solo, etcétera)
e ideas de referencia respecto de compañeros y familiares. En el
COMPOSICIÓN DEL NÚCLEO FAMILIAR
plano expresivo Luciano presenta conductas exhibicionistas, agre-
sividad verbal, lenguaje obsceno que alterna con actitudes cauti-
La familia Rocci está constituida p o r : el padre, Attilio, de 43
vadoras y seductoras. Se ubica él mismo en el centro de todo acon-
años, e m p l e a d o desde hace casi 20 años en un gran establecimiento
tecimiento, a m e n u d o con compensaciones mitomaníacas. Tiende
comercial de R o m a ; la m a d r e , Laura, de 4 2 , ocupada sobre t o d o
a sustraerse de situaciones ansiógenas mediante la risa, el mutismo
en su casa, y Luciano, único hijo, de 16 años, q u e interrumpió los
o la agresividad verbal. A la incapacidad de moverse con conductas
estudios en segundo año del colegio secundario y en ese m o m e n t o
no desarrolla ninguna actividad específica. Luciano es el paciente activas en el exterior, se contrapone una actitud dominante en el
identificado y tiene sobre sus h o m b r o s una historia de tratamien- seno de la familia, que paraliza toda posibilidad de intervención de
1
tos psicoterapéuticos individuales que se prolongan, si bien de un los padres, aunque pida continuamente su ayuda. El elemento fun-
m o d o d i s c o n t i n u o , desde q u e el chico tenía trece años. damental del condicionamiento familiar es su temor de estar solo,
lo que lo obliga a dormir con la madre, mientras el padre duerme I AS! S Di, LA TERAPIA
en el living. Es evidente la desarmonía entre requerimientos de
autonomía y extrema necesidad de dependencia...". Me pareció oportuna una distinción en fases, no tanto para sub-
dividir cronológicamente el proceso terapéutico, sino más bien pa-
Cuando Saccu citó por primera vez a Luciano junto con sus pa- ra ayudar al lector a una más fácil comprensión de las dinámicas
dres, le llamó la atención el comportamiento del muchacho, arro- familiares y del desarrollo del tratamiento, que se realizó en entre-
gante y por momentos casi furioso sin ningún motivo aparente; vistas semanales durante ocho meses.
sin embargo, tal comportamiento resultaba cada vez más compren-
sible, a medida que el terapeuta lograba verlo en relación con el de
los padres y con el contexto en que éste adquiría forma. Revelador 1. La triada rígida
para iniciar la observación en términos sistémicos fue el ejemplo de En las primeras sesiones el sistema familiar se presenta casi uni-
la sopa, que los padres refirieron para mostrarnos la irracionalidad 3
formemente como una tríada rígida; todos los temas se centran
del muchacho "también en nimiedades", y terminó por hacer com- sobre Luciano, el muchacho enfermo al que los padres acompañan
prensible su comportamiento. He aquí los pasajes esenciales: a la curación: él se sienta entre ellos mientras exponen sus pro-
blemas; durante esta presentación los padres aparecen unidos y en
— Luciano se enoja con la madre porque la sopa está muy perfecta armonía entre sí. Luciano, por su parte, confirma plena-
salada. mente la definición que ellos dan del problema: en efecto, si por
- La madre descalifica el juicio de Luciano porque lo considera un lado todas sus manifestaciones, aun las más adecuadas, son sen-
sólo expresión de un " s í n t o m a " ("A él nada le va nunca tidas y referidas por los padres como sintomáticas, por otro Lucia-
bien"). no se empeña en presentarse como el problema de la familia y en
El padre, emotivamente de acuerdo con su hijo (da de hecho exhibir un comportamiento arrogante y prepotente que ratifica lo
señales visibles de que no le gusta la sopa), defiende a la ma- que los padres dicen de él. En esta fase de la terapia prevalece la
dre y afirma que la sopa está exquisita. descripción de los aspectos irracionales y violentos del muchacho.
Luciano, en un acceso de rabia, vuelca la sopa sobre la mesa, Sucesivamente se irán tomando más en consideración los aspectos
apostrofando a sus padres. de dependencia y de necesidad de protección de Luciano.
Todo el sistema termina así presentándose como sintónico por-
Es obvia la banalidad del ejemplo, y también es obvio que la co- que trata de proporcionar a los terapeutas una definición única del
sa puede ocurrir en la casa de cualquiera, sin que tenga por ello im- problema: los padres se refieren a la prepotencia y la irracionalidad
plicaciones psiquiátricas. Es menos obvio pensar que Luciano sirve de Luciano, declarándose en consecuencia impotentes para enfren-
para evitar que los dos cónyuges se enfrenten directamente con tarla, y este último la exhibe visiblemente en la sesión y en la casa.
respecto al problema del exceso de sal en la sopa. Si bien evitar en- Luciano participa en el mantenimiento de este rígido equilibrio
frentarse por una cuestión alimentaria puede no causar problemas homeostático, reivindicando en la sesión una centralidad absoluta,
importantes en una familia, evitar el enfrentamiento, como moda- que se expresa en la necesidad de dictar las reglas de la relación
lidad de relación habitual, conduce frecuentemente a la formación
de un chivo emisario y, más en general, a una disfunción sistémica.
" Siguiendo el enfoque estructural descripto por Minuchin (1977) pode-
mos definir a la triada rígida como un tipo de estructura familiar donde exis-
ten problemas crónicos de límites generacionales. Es decir, nos referimos a
los sistemas familiares en los cuales la rígida utilización de un hijo en los con-
flictos de pareja se transforma en una "norma".
154 TERAPIA FAMILIAR ¿RESOLUCION DEL SÍNTOMA O CAMBIO DEL SISTEMA? 155
con los terapeutas. Los padres participan en la sesión aceptando, cuencia interactiva que no se refiera a Luciano-problema, el siste-
impotentes, la enfermedad del hijo y tratando de atraerlo todas las ma familiar retroactúa con el muchacho, que comienza a vociferar
veces que el terapeuta tiende a descentralizarlo. y a lanzar invectivas contra los terapeutas porque no se ocupan de
La rigidez del sistema resulta particularmente evidente cuando él, y con los padres que, aunque inicien alguna transacción entre
u n o de los terapeutas pregunta a los padres cuál podría ser un se- ellos, terminan luego inevitablemente hablando del muchacho y de
gundo problema a resolver, en el caso de que se normalizara el
la gravedad de la situación.
comportamiento de Luciano. Después de un largo silencio, inte-
Sobre la base de las informaciones relaciónales que los terapeu-
rrumpido sólo por gestos de intolerancia del muchacho, he aquí lo
tas van recogiendo en esta primera fase de la terapia, el sistema se
que manifiestan los padres:
presenta estructuralmente como una tríada rígida, cuyo mecanis-
mo preferencial parece ser la desviación del enfrentamiento conyu-
Madre: Bueno... entre mi marido y yo grandes problemas nunca gal y la consiguiente utilización rígida de Luciano, tanto más rígi-
han habido. El problema es nuestro hijo, si va a volver a estudiar o
da porque es realimentada constantemente por el comportamiento
no. 5
de éste, según una modalidad circular. Esto explica no sólo la ar-
Padre: Se refiere a él, bajo otra perspectiva.
monía ilusoria de la pareja, que así no necesita enfrentarse como
Madre: Sí, bajo otro aspecto.
tal, sino también la función protectora desempeñada por Luciano
Después de otra solicitación de u n o de los terapeutas y de un
en su calidad de chivo emisario, que se replantea constantemente
nuevo silencio, sigue la madre.
como el único problema de la familia para mantener en equilibrio
Madre (dirigiéndose al terapeuta): Bueno, el problema, no lo sé,
el sistema.
quizás exista, pero por ahora no llego a ubicarlo. A lo mejor hay
En el curso de la terapia vemos que la desviación del enfrenta-
tantos. Me haría falta un ejemplo para saber si sería o no un pro-
blema m í o . Así no puedo. Todo gira en torno de él... Ya no pue- miento conyugal tomará alternativamente forma a través del ata-
do... no sé...
Los terapeutas se dan cuenta de la efectiva impenetrabilidad del Otra modalidad de utilización rígida de un hijo en los conflictos conyu-
4 gales es la triangulación, ésta difiere de la desviación del enfrentamiento,
sistema: ante cada intento de implicar a los padres en alguna se-
porque en este caso cada progenitor pide al hijo que establezca con él una
alianza contra el otro. Cuanto más rígida es la utilización del hijo, tanto más
4 paralizado se sentirá éste, porque todos sus movimientos serán percibidos por
Este aspecto de la impenetrabilidad es un elemento de importancia fun-
cada progenitor como un ataque por parte del otro (Minuchin, 1977).
¿ R E S O L U C I O N D E L SÍNTOMA O CAMBIO D E L SISTEMA? 157
156 TERAPIA FAMILIAR
ma de la desvinculación. Pese a ello, hacer explícita en la sesión como amenazadores, en lugar de dirigirla contra la familia, tal co-
una regla familiar es ya de por sí una modificación sistémica: esto mo era su costumbre. Esta situación, si por una parte requiere una
significa que cuanto más se descubra la alianza entre la madre y notable dosis de control emocional de los terapeutas (Luciano lle-
Luciano, t a n t o más difícil les resultará mantenerla. Por detrás de ga incluso a realizar amenazas físicas en la sesión blandiendo un ce-
los contrastes aparentes entre la madre y el hijo, se configura cada nicero de hierro sobre la cabeza de uno de los dos terapeutas), por
vez más claramente la exclusión del marido, sobre t o d o en lo re- otra representa un notable paso adelante en el proceso terapéutico
ferente a las dinámicas de pareja (Luciano logra, en todos los sen- y un acceso estable al sistema familiar.
tidos, mantener separados a sus padres). En la sesión el padre se
muestra incómodo, y si bien los terapeutas le piden que diga su En términos sistémicos, el enfrentamiento entre los cónyuges se
p u n t o de vista, prefiere dar respuestas evasivas: parece ocupar la vuelve posible ahora que la coalición madre-hijo queda sustituida
posición de segundo chivo emisario. por un enfrentamiento abierto entre el terapeuta y el adolescente
En consonancia con cuanto hemos dicho está la descripción que (aunque la motivación del enfrentamiento sea distinta: para Lu-
la mujer hace de su marido, en la que descalifica las cosas positivas ciano representa un intento de retomar su función protectora en
que dice respecto de él. casa, y para el terapeuta, en cambio, un modo de promover la des-
vinculación y, por lo tanto, la salida de la casa). Está claro que pro-
Si bien verbalmente expresa su estimación porque él siempre mover el enfrentamiento de la pareja no es una operación fácil,
trabajó con dedicación, porque nunca tuvo otros intereses aparte incluso porque ambos cónyuges están habituados a desviarlo regu-
de ella y del hijo, con el tono de la voz y con la mímica comunica larmente mediante la utilización del hijo y carecen de modelos
hastío y fastidio respecto de este hombre gris y m o n ó t o n o que transaccionales alternativos. En este sentido resulta particularmen-
desde hace años no le ofrece nada nuevo. Respecto de la aparente te significativa, como confirmación de nuestra línea terapéutica de
armonía de la pareja, manifestada en las fases iniciales de la tera- enfrentamiento, la toma de conciencia del padre, que se ve frente
pia, se asiste ahora a una situación distinta, caracterizada por las a las recurrentes lamentaciones de la mujer. Para ilustrar este as-
variaciones emotivas de la madre que se desahoga en varias oportu- pecto vamos a referir los pasajes esenciales de algunas secuencias
nidades contra el hijo que quiere ser el centro, y aun más a menu- interactivas entre los dos cónyuges, parte destacada de la sesión:
do contra el marido, silencioso y m o n ó t o n o .
Marido: Hoy hablo y o ; sucedió una cosa excepcional, ayer la úl-
tima frase de mi mujer fue: "Hace veinte años que vivimos juntos
En este p u n t o esperamos que ante el desequilibramiento del sis- y del él mucho no sé". Yo digo: qué extraño, no sé, y sin embargo
tema provocado por el cambio de estado de uno de sus elementos, no hay ningún secreto, debería saberlo t o d o ; quizás no me ha en-
el sistema retroaccione para restablecer un nivel homeostático de tendido, quizás no me explico y haya estado rumiando las cosas.
seguridad. Luciano, en verdad, tiende a negar el cambio de la acti-
Así llegó el domingo a la tarde la hora de salir, como de costum-
tud materna, y a restablecer la "armonía conyugal" mediante la
exasperación de sus síntomas. Sin embargo, algo ha cambiado tam-
bién respecto de las modalidades habituales de recuperación ho-
anormalidad del sistema, etapa intermedia, a menudo necesaria antes de la
meostática, porque ahora Luciano se ve obligado a canalizar su solución real del problema. Si bien es cierto que nada ha cambiado aún en el
6
agresividad contra los terapeutas, a los que percibe cada vez más comportamiento perturbado del muchacho, también es cierto que ahora éste
se ve obligado a realizarlo en función de los terapeutas, y cada vez menos
6
para con los padres. En términos estructurales, el efecto práctico es de perme-
Llevar al paciente identificado a enfrentarse con los terapeutas mediante abilizar los confines generacionales, de modo que Luciano debe abandonar el
una modalidad provocativa representa, en mi opinión, un nuevo estadio de territorio de la pareja para ir a enfrentarse con los terapeutas.
160 TERAPIA FAMILIAR ¿RESOLUCIÓN DEL SÍNTOMA O CAMBIO DEL SISTEMA? 161
bre. Teníamos que ir al cine, c o m o es nuestra vieja c o s t u m b r e . Di- Marido: Debías haber insistido . . . pero no es q u e no te atendiera.
go: " ¡En vez de eso vamos al m a r ! " , así hablé, hablé y ella lloraba; No es que no te atendiera. Quizás no e n t e n d í a , quizás no veía. De-
h u b o una explicación que en veinte años no había tenido, larga, bías haber insistido, debías haber insistido.
dos, tres, cuatro horas. La cosa fue interesante p o r q u e salieron co-
sas; quizás yo me había adormecido, me había a c u n a d o , había cre- Attilio, que en el curso de la terapia siempre había t e n i d o una acti-
ído que t o d o andaba m u y bien. Quizás el trabajo me había agarra- tud blanda y sometida, durante este arranque e m o t i v o habla con
do de tal manera que no llegué a pensarlo, no c o m p r e n d í a , era cie- un t o n o de voz vibrante y decidido. Durante t o d a la sesión m a n t i e n e
go, era como los caballos con anteojeras. No sé (dirigiéndose al te- una posición central e impide t o d o i n t e n t o de interferencia de Lu-
rapeuta) si a Ud. le interesa lo que se dijo en la explicación, pero ciano. A continuación recaerá de nuevo, varias veces, en la posición
salieron varias respuestas a las preguntas que Ud. hizo y para las habitual de marido y padre silencioso y marginado, p e r o esta t o m a
que entonces no tuvo contestación. ¿Los problemas? Problemas de conciencia, de la que ahora habla con t a n t a vehemencia, consti-
había a m o n t o n e s , no habían sido enfrentados en el m o m e n t o tuye un primer paso hacia una redefinición más a d e c u a d a de roles
o p o r t u n o , p o r q u e yo pensaba p o r mi cuenta, p o r q u e ella soporta- y funciones familiares.
ba, porque yo soportaba después, en suma, p o r q u e dejaba pasar. El desahogo del padre y el intercambio d i r e c t o e n t r e los c ó n y u -
Quizás me había adormecido, no sé, me engañaba satisfaciéndome ges representan u n a amenaza más para el p r e c e d e n t e equilibrio sis-
con lo que había logrado. Esta es también u n a cosa que me da témico. Luciano, enfrentado t a n e x p l í c i t a m e n t e c o n las proble-
vueltas por la cabeza, una pregunta, pero ahora e n c u e n t r o todas las máticas parentales, intenta recuperar su función de catalizador de
respuestas a las preguntas que Ud. me hizo y a las cuales respondí las tensiones familiares agravando sus s í n t o m a s , sea en el plano de
entonces al t u n t ú n , respondí mal o quizás no respondí para nada. las ansiedades abandónicas y de las fobias, o en el de las reacciones
Problemas había, había a m o n t o n e s y quizás cada u n o se los guar- violentas contra sus padres, e i m p o n e de un m o d o bien visible en la
daba para sí, no los habíamos considerado j u n t o s . Por ejemplo, sesión su condición de " e n f e r m o " , en el m o m e n t o en q u e el discurso
aquella pregunta que Ud. le hizo a mi mujer. Laura no encontra- tiende a focalizarse sobre sus progenitores. T o d o esto surge de un
ba respuesta. Me dijo. " N o lo dije para no o f e n d e r t e " . (Dirigién- m o d o claro de algunas frases de la m a d r e y de L u c i a n o , que referi-
dose a la mujer) Debes decirlo. Venimos a q u í no de casualidad. Si m o s a continuación:
la verdad es que yo era chato, que era descolorido, que no era el
ideal, dilo, no me ofendes. Tú dijiste: "Tienes buenas cualidades,
Madre (dirigiéndose a los terapeutas): Hay algo q u e se ha m o v i d o ,
pero quizás esperaba algo m á s " . ¡Dilo, dilo, si no es cierto!
pero es algo que no le agrada. Se la agarró a m u e r t e con Uds., q u e
son los que lo provocaron, ¿entienden? Si n o , no me explico t o d o
Mujer (dirigiéndose al terapeuta): Cuando Ud. me preguntó qué lo que dijo estos días en casa c o n t r a Uds. dos. Es u n a señal de q u e
sentimientos tenía por mi marido, dije: "Menos que p o r mi hijo". provocaron algo en él q u e no le agrada q u e salga.
Pero no habría debido contestar a esa pregunta, porque para ser
sincera tendría que decir ninguno, absolutamente ninguno. Luciano (en el curso de la misma sesión llegará a expresar per-
fectamente su temor de cambiar): Querría colaborar con Uds., p e r o
Marido: Es c o m o una línea de montaje. los veo c o m o enemigos, o sea, en síntesis, no es q u e lo pienso y o ,
Uds. tratan de curarme, ¿no? Y o , sin embargo, t r a t o de o p o n e r m e
Mujer (dirigiéndose al marido): Pero yo estas cosas siempre las a Uds. y no dejarme curar. He pensado en estas cosas, sólo q u e no
he sentido así. Sólo que . . . he t r a t a d o de decírtelas, pero te ofen- las quiero admitir d e n t r o de m í , ¿entienden? El a s u n t o está t o d o
diste y por dos o tres días ni me miraste la cara. Entonces abandoné ahí. Quererlas admitir d e n t r o de mí me provoca ansiedad. Y así es-
el asunto. tallo hacia afuera.
162 TERAPIA FAMILIAR
¿ R E S O L U C I Ó N DE L S Í N T O M A O C A M B I O D E L S I S T E M A ? 163
3. Hacia una demarcación más neta de los límites generacionales t o d o s , incluidos la mujer y el hijo. U n o de los d o s t e r a p e u t a s , en
Si bien Luciano sigue t r a t a n d o de ubicarse c o m o " p r i m e r a c t o r " u n c o l o q u i o individual, l e p r o p o n e u n a c o l a b o r a c i ó n d i r e c t a , c o n
en la sesión, m o n o p o l i z a n d o t o d a v í a la a t e n c i ó n de t o d o s sobre sí, el fin de estimular a Luciano para q u e a s u m a alguna r e s p o n s a b i l i d a d
las resistencias del sistema al c a m b i o parecen m u c h o m e n o s rígidas exterior. La prescripción consiste en q u e falte al t r a b a j o p o r q u i n c e
q u e en la fase inicial de la terapia. La m e n o r rigidez p u e d e relacio- d í a s y asuma en casa un c o m p o r t a m i e n t o i n s ó l i t a m e n t e d e p r i m i d o
narse, sin d u d a , con el h e c h o de q u e los padres lograron c o n q u i s t a r y d e s c u i d a d o , r e h u s a n d o t o d o t i p o de c o m u n i c a c i ó n c o n sus fami-
u n a m a y o r seguridad y un espacio c o n c r e t o para e n f r e n t a r las reali- liares.
d a d e s propias de la pareja, no sólo en la sesión, sino t a m b i é n en la Al p r e s e n t a r l e la prescripción el t e r a p e u t a le a n t i c i p a q u e p r o b a -
vida cotidiana. A u n q u e en los ú l t i m o s t i e m p o s los s í n t o m a s de Lu- b l e m e n t e no le será difícil d e p r i m i r s e , p o r q u e al p a s a r q u i n c e d í a s
ciano h a n " a u m e n t a d o " d e c i d i d a m e n t e , p a r e c e n , e n t o d o caso, c o m p l e t o s e n casa p o d r á t o m a r c o n c i e n c i a d e a s p e c t o s i m p o r t a n t e s
h a b e r p e r d i d o incisividad ( p o r lo m e n o s en lo referente a la impli- y a la vez p e r t u r b a d o r e s r e s p e c t o de los roles y f u n c i o n e s familiares.
cación e m o t i v a en ellos), p e r o sobre t o d o h a n c a m b i a d o de direc- L a iniciativa t e r a p é u t i c a n o p u e d e n o p r o v o c a r u n a fuerte r e a c c i ó n ,
c i ó n : se p r o y e c t a r o n desde d e n t r o del n ú c l e o , hacia afuera; un sobre t o d o en L u c i a n o , q u e en la siguiente sesión agrede a los tera-
"afuera" representado momentáneamente por el equipo terapéu- p e u t a s a los q u e c o n s i d e r a r e s p o n s a b l e s de la e n f e r m e d a d de su pa-
t i c o . Sobre la base de estas consideraciones, los t e r a p e u t a s estudian d r e , c o m u n i c a n d o a l m i s m o t i e m p o s u decisión d e u b i c a r s e c o m o
u n a estrategia q u e empuje a L u c i a n o a adquirir u n a m a y o r a u t o n o - e l e m e n t o válido en el e x t e r i o r ("Si él está r e d u c i d o a este e s t a d o ,
m í a , necesaria para f o m e n t a r u n a d e m a r c a c i ó n m á s n e t a de los lími- me c o r r e s p o n d e a mí t o m a r las riendas de la c a s a " ) -
tes generacionales. Si la t r í a d a ya no es t a n rígida, es decir, si el en-
f r e n t a m i e n t o conyugal ya no es vivido c o m o algo a m e n a z a d o r e L a p r e s c r i p c i ó n , d e c i d i d a m e n t e p r o v o c a t i v a r e s p e c t o del m u c h a -
insostenible p o r t o d o s , s i L u c i a n o y a n o tiene q u e funcionar c o m o c h o , favorece d e u n a m a n e r a insólita, p e r o p o r c i e r t o eficaz, e l c o -
catalizador de las tensiones familiares y p o r lo t a n t o p u e d e p e r d e r mienzo de un proceso de mayor a u t o n o m í a de Luciano, y de una
su rol p r o t e c t o r , parece posible u n a redefinición de las relaciones c o m p l e t a r e e s t r u c t u r a c i ó n de las reglas familiares. L u c i a n o no se
e n t r e los c ó n y u g e s y su hijo. p r e s e n t a a las sesiones de t e r a p i a d u r a n t e un c i e r t o p e r í o d o , p e r o
Por lo t a n t o , nos p r o p o n e m o s fomentar tal p r o c e s o c o n u n a envía a los t e r a p e u t a s , a través de sus p a d r e s , mensajes tranquiliza-
prescripción de desplazamiento de chivo emisario, o sea, practican- dores r e s p e c t o de él, y de i m p l í c i t a c o n f i r m a c i ó n de la línea tera-
do u n a estrategia destinada a transferir m o m e n t á n e a m e n t e las per- p é u t i c a , i n d i c a n d o q u e e l t e r r e n o y a está m a d u r o p a r a e n f r e n t a r
7
turbaciones de Luciano al p a d r e . Para realizar la prescripción, u t i - los p r o b l e m a s de la pareja, sin m á s necesidad de q u e él a c t ú e c o m o
lizamos el ú n i c o á m b i t o de actividad e x t e r n a a la familia q u e reali- i n t e r m e d i a r i o . D e h e c h o , los p a d r e s , y a n o b l o q u e a d o s p o r los s í n -
za el p a d r e , su trabajo, d e s p l a z a n d o artificialmente el p r o b l e m a del t o m a s de L u c i a n o , c o m i e n z a n a a c t u a r sus p r o p i o s c o n t r a s t e s y sus
hijo hacia él. propias conflictualidades m e d i a n t e i n t e r a c c i o n e s m á s d i r e c t a s y
El p a d r e , e m p l e a d o desde hace m á s de veinte a ñ o s en u n a gran m á s a u t é n t i c a s , q u e p e r m i t e n verificar e n c o n c r e t o l a posibilidad
empresa comercial, n u n c a se a u s e n t ó de su trabajo. Su actividad de llegar a un e n t e n d i m i e n t o n u e v o . A u n a m a y o r a u t o n o m í a de
laboral representa u n a zona, quizás la única, de la q u e o b t i e n e n o - Luciano en el e x t e r i o r , c o r r e s p o n d e un r e d e s c u b r i m i e n t o de i n t e r e -
tables satisfacciones y d o n d e es apreciado p o r su c o m p e t e n c i a p o r ses c o m u n e s de la pareja, q u e a h o r a está b u s c a n d o u n a relación
conyugal distinta y m á s a u t é n t i c a . Este es el p e r í o d o en q u e a m b o s
e x p e r i m e n t a n , después de veinte a ñ o s , la posibilidad de estar j u n t o s
7
sin L u c i a n o .
Para un análisis más detallado de esta prescripción remitimos al lector al
capítulo sobre las prescripciones, pág.93 y sigs., donde tratamos ampliamente
el asunto.
164 TERAPIA FAMILIAR ¿RESOLUCIÓN DEL SÍNTOMA O CAMBIO DEL SISTEMA? 165
comunicar su satisfacción al sentirse más libre y autónoma. El ma- sus miembros y sobre una mayor confianza recíproca. La familia
rido se detiene también sobre la relación conyugal, describiéndola se presenta ahora como un conjunto constituido por unidades dis-
como un "reencuentro" después de tanto tiempo, y se muestra de- tintas y diferenciadas. La desviación del enfrentamiento conyugal
cidido y seguro de sí, Luciano es ahora para ellos otro adulto, con y la consiguiente necesidad de un chivo emisario fueron sustituidas
el cual es posible y agradable hablar e interactuar. por la posibilidad de enfrentarse más libremente, en todos los nive-
Luciano se sienta lejos de los padres y habla largamente de los les, y sobre todo por una auténtica emancipación por parte de los
cambios ocurridos en estos años. Se comporta como un joven adulto adultos, incluido Luciano.
capaz de enfrentar las realidades propias de su edad de un modo
autónomo, sin tener ya necesidad de actitudes exhibicionistas o de
dependencia. Habla de una manera tranquila de los acontecimientos SIGNIFICADO RELACIONAL
significativos de los últimos tiempos, mientras los padres lo escu- DEL COMPORTAMIENTO ENCOPRETICO DE ALEX
chan con interés. Describe su actividad laboral en un negocio de
confecciones, interrumpida solamente en ocasión del servicio mili- La familia de Alex fue seguida por el« autor en terapia familiar
tar. Se detiene a hablar de la experiencia militar, terminada desde durante más o menos cuatro meses en la Philadelphia Child Guidance
hace pocos días, respecto de la cual había estado muy preocupado Clinic. En el curso de la terapia se profundizó el significado rela-
al comienzo temiendo no hallarse emotivamente en condiciones de cional del comportamiento encoprético de Alex, que mediante el
sobrellevarla. De hecho, una vez enrolado fue capaz de adaptarse "cuándo" y el " c ó m o " del variar del síntoma ha indicado el camino
de un modo crítico a una realidad ni fácil ni agradable, de la que hacia el progreso terapéutico y hacia la solución de malestares fa-
salió sin repercusiones negativas. Más aun, esta primera experiencia miliares de otra naturaleza.
lejos de su casa le permitió valorar mejor sus capacidades reales.
Anudó muchas amistades, de las que sus padres hablan con satis-
facción; algunos amigos, licenciados con él, lo invitaron a pasar las COMPOSICIÓN DEL NÚCLEO FAMILIAR
próximas vacaciones de verano en Cerdeña junto con Paola, su chica
sarda. Inmediatamente después del verano deberá tomar servicio La familia se compone de la madre, Bárbara, de 35 años, y de
en el servicio de correos, donde tiene la posibilidad de desarrollar cuatro hijos, Sandra de 13, Alex de 12, Rosalind de 7 y Oliver de 6.
una actividad estable. La idea de un trabajo definitivo, así como Desde hace varios años los padres están separados y el padre, Harold,
más en general el tener que asumir responsabilidades en primera camionero, vive con otra mujer en un barrio periférico de Filadel-
persona, producen indudablemente ansiedad a Luciano; se trata, fia y mantiene relaciones muy saludables con los hijos. La familia,
sin embargo, de preocupaciones que cualquier adolescente podría de raza negra, vive en una zona extremadamente pobre de Filadel-
sentir, es decir, que han perdido todo carácter de extrañeza en un fia. No obstante la situación de estrechez económica, Bárbara hace
sistema familiar sin duda cambiado. todo lo posible para que no falte lo esencial a los niños y parece
En efecto, se ha modificado decididamente el clima emotivo de muy orgullosa de su rol de madre. Ha rechazado la asistencia del
la familia, donde reina ahora un profundo respeto recíproco. Está Welfare (proporcionada por el Estado a las familias pobres) y con
vigente ahora en la familia la filosofía de la abuela materna que, su trabajo (se ocupa de limpieza en locales de una compañía aérea)
como dice la madre, consiste en que cada uno se las arregle por su logra mantener a su familia de un modo digno, lo que permite a
cuenta. La individualización de zonas de autonomía personal ha sus cuatro hijos asistir a la escuela. Los niños, por otra parte, han
permitido sustituir el círculo vicioso de la protectividad, fuente de aprendido a ser autosuficientes y a asumir muchas responsabilida-
notables malestares durante largo tiempo, por una modalidad nueva des cuando la madre está ausente por razones de trabajo.
de relación, fundamentada sobre una mayor conciencia de " s í " en
168 TERAPIA FAMILIAR
¿ R E S O L U C I Ó N D E L SÍNTOMA O C A M B I O D E L S I S T E M A ? 169
ENVIO Y MOTIVACIONES PARA LA TERAPIA FAMILIAR
de juego entre la madre y los niños. En efecto, Bárbara, urgida por
La familia fue enviada p o r un pediatra del hospital infantil a las tareas del trabajo y por las responsabilidades de llevar adelante
quien la m a d r e consultó p o r q u e Alex, desde hace m á s o m e n o s un a la familia, no estaba en condiciones de encontrar pausas de dis-
a ñ o , ha r e c o m e n z a d o a "ensuciarse en los p a n t a l o n e s " varias veces tensión ni momentos para alternar agradablemente con sus hijos.
al día, incluso en la escuela. Por lo demás, el c o m p o r t a m i e n t o de A estos últimos se les requirió entonces que organizaran en la se-
Alex es absolutamente a d e c u a d o a su e d a d : es un chico jovial y sión un juego, que resultó agradable y fue bien recibido incluso por
responsable, q u e nunca tuvo p r o b l e m a s de ninguna clase. Realiza- la madre.
dos una serie de exámenes clínicos en el hospital, t o d o s p o r o t r a Además de promover una actividad. lúdica entre la madre y los
parte negativos, el pediatra aconsejó un breve t r a t a m i e n t o de t i p o niños (éstos dirán después que repitieron el juego también en ca-
familiar en la anexa Child Guidance Clinic. sa), la cosa sirvió para entrar más directamente en contacto con la
familia y para explorar las relaciones a nivel del clan infantil: den-
tro de éste existían de hecho dos subgrupos: el de los grandes,
FASES DE LA TERAPIA Alex y Sandra, y el de los pequeños, Rosalind y Oliver. En reali-
dad, la aparición del comportamiento encoprético había llevado a
Las primeras sesiones se emplearon en explorar más detallada- un estado de confusión en la jerarquía infantil, relegando a Alex al
mente el problema de la encopresis, en comprender qué represen- sector de los pequeños, es decir, de aquellos a los que había que
taba eso para la madre, para Alex y la hermana mayor, Sandra, y cuidar, y trasladando a Sandra al subsistema parental.
en qué medida cada uno estaba dispuesto a colaborar a fin de supe- Partiendo de estas consideraciones traté desde el comienzo de
rar el actual estado de malestar. concertar una alianza con Alex utilizando para ello mis dificulta-
1
Los tres coincidieron en considerar inadecuado y preocupante el des lingüísticas; le pedí que me ayudara a entender algunas expre-
comportamiento encoprético, que no parece tener ninguna motiva- siones del dialecto negro que me resultaban incomprensibles.
ción. Bárbara tenía que asumir un trabajo extra para lavar todos Aceptó la tarea de buen grado, pues se sentía valorado en un rol
los días la ropa interior del chico, pero sobre todo temía que la importante de asesor lingüístico.
perturbación pudiera ser de naturaleza mental. (Esta preocupación La redistribución de competencias en el nivel del subsistema de
pareció más comprensible cuando luego, en una entrevista indivi- los hijos y la alianza con Alex fueron las dos operaciones de rees-
dual, la madre habló de una internación del padre en un hospital tructuración realizadas en esta primera fase. En lo referente a la
psiquiátrico, hecho que remontaba a la época en que ambos aún primera, se empleó en una sesión para verificar las tareas realizadas
vivían juntos.) Las perturbaciones de Alex le ofrecían a Sandra por Sandra y por Alex en casa. Las responsabilidades de la chica
una oportunidad para sentirse aun más vice-mamá y responsable de resultaban netamente mayores que las de Alex, con gran decepción
la marcha de la casa en ausencia de la madre. Alex, por su parte, se de este último. Interrogados sobre cómo evaluaba cada uno esta
mostraba turbado por su propio comportamiento, aparentemente distribución desproporcionada de tareas, ambos coincidieron en
incomprensible, y a raíz del cual experimentaba un sentimiento de preferir una situación de mayor paridad. También Bárbara se ex-
vergüenza porque se daba cuenta de que no correspondía a su edad. presó de la misma manera. Se pidió entonces a los dos que renego-
ciaran en la sesión sus responsabilidades, sobre t o d o en lo referente b u í a a favorecer la necesidad de a u t o n o m í a de Alex, hacía q u e la
al cuidado de Rosalind y Oliver en ausencia de la m a d r e , mientras perturbación resultara cada vez más intolerable. Le dije al chico
esta última debía actuar como mediador imparcial en esta redistri- que en este p u n t o , visto el secreto de nuestro programa, era insos-
bución de tareas. Durante varias sesiones sucesivas se discutieron tenible que la madre siguiera lavando su r o p a interior c o m o se ha-
luego los resultados obtenidos en casa. ce con un n i ñ o p e q u e ñ o . Coincidimos entonces en un plan q u e
Esta operación de reestructuración no t a r d ó en dar los primeros presentaríamos a Bárbara: ella t e n d r í a que enseñarle a Alex c ó m o
frutos: Bárbara ofreció su plena cooperación en la terapia p o r q u e lavar su ropa, m a n u a l m e n t e o en lavarropas, y despreocuparse de
sentía que recibía una ayuda efectiva respecto de los hijos, a u n q u e su ropa sucia. La m a d r e a c e p t ó de buen grado y Alex luego mejo-
ésta no abordara aún el problema por el que h a b í a pedido la inter- ró. Después discutimos sobre las posibilidades q u e aún le q u e d a b a n
vención. Al actuar como arbitro imparcial proporcionaba en últi- a la madre de controlar la p e r t u r b a c i ó n de su hijo (le bastaba, en
ma instancia un refuerzo positivo a Alex, que resultaba revalora- realidad, observar c u a n d o el chico lavaba su r o p a interior para ver
d o , y a la vez un sano redimensionamiento de las obligaciones de que se h a b í a ensuciado de n u e v o ) , y llegamos a la conclusión de
Sandra, que en caso contrario corría el riesgo de asumir un rol de- que la única manera de resolver la dificultad consistía en que Alex
masiado exigente, casi maternal, y p o r lo t a n t o dañino para su cre- lavara su ropa t o d o s los días, incluso c u a n d o no se ensuciaba, de
cimiento de adolescente. m o d o que la madre perdiera c o m p l e t a m e n t e el rastro. Esta le pare-
La alianza con Alex, en este p u n t o , se selló de un m o d o un p o c o ció a Alex u n a solución extraordinaria, y de h e c h o reforzó los p r o -
singular. En el curso de las sesiones sucesivas separé a la familia, re- gresos ya logrados. Si bien a primera vista ésta p o d í a parecer u n a
servándome tiempo para tener breves coloquios individuales con el tarea "punitiva", tenía sin embargo el significado pragmático de
alentar a Alex a superar el p r o b l e m a adquiriendo m a y o r confianza
m u c h a c h o . Le ofrecí mi ayuda para resolver el problema de la en-
en sí mismo.
copresis, a condición de que la cosa quedara en secreto entre él y
y o : a Alex se le iluminó el rostro y se m o s t r ó m u y complacido p o r
Una estrategia provocativa respecto del s í n t o m a resultó en m u -
la propuesta. Entonces le prescribí que llevara un diario personal
chos casos un factor d e t e r m i n a n t e para la superación de p e r t u r b a -
d o n d e anotara día a día cuándo y c ó m o le o c u r r í a ensuciarse. En
ciones incluso graves de niños y adolescentes. Es decir, se trata de
el curso de las entrevistas sucesivas debía traerlo consigo; lo anali-
una modalidad de enfoque del p r o b l e m a en la q u e se halla i n d u d a -
zaríamos j u n t o s para tener un cuadro c o m p l e t o de la situación.
blemente presente un elemento de desafío p o r p a r t e del t e r a p e u t a
En pocas semanas disminuyó progresivamente la magnitud del
respecto del c o m p o r t a m i e n t o p e r t u r b a d o , y al m i s m o t i e m p o u n a
problema: por una parte, se había modificado de hecho el signi-
acción constante de valorización de la persona m e d i a n t e un traba-
ficado afectivo del síntoma, que ya no era realizado para la fami-
jo de aliento y de refuerzo de t o d o s los aspectos positivos presen-
lia, sino que representaba más bien el p r e t e x t o para establecer un
tes en ella. También en el caso de Alex la alianza terapéutica, cen-
pacto secreto con un adulto privilegiado, respondiendo así a las
trada inicialmente sobre el p r o b l e m a emergente, se trasladará p r o -
primeras exigencias de un espacio privado, propias de la fase prea-
gresivamente a los planos más i m p o r t a n t e s de la p r o b l e m á t i c a re-
dolescente; por otra parte, la amplificación del síntoma, del que se
lacionada con la adolescencia, u n a vez e n t e n d i d o lo q u e el s í n t o m a
hablaba c o m o se puede hablar de un programa de trabajo, con h o - 2
representaba.
rarios, plazos, intensidad, etcétera, terminaba paradojalmente ridi-
culizándolo y haciéndolo cada vez más insostenible, a la vez que
iba dejando espacio para nuevos contenidos q u e se p o d í a n ofrecer 2
Me interesa de nuevo subrayar qué importante es en terapia relacional
a la relación.
comprender el significado metafórico del síntoma y su función de indicador
Pero el verdadero golpe de gracia que sufrió el s í n t o m a se pro- del progreso terapéutico y del camino a recorrer para alcanzar el objetivo fi-
dujo a raíz del plan de las tareas de limpieza, que si bien contri- nal de la terapia.
172 TERAPIA FAMILIAR ¿RESOLUCION DEL SÍNTOMA O CAMBIO DEL SISTEMA? 173
b) De la encopresis al problema de la familia miento de culpa. Alex participó en la entrevista con particular in-
El mejoramiento sintomatológico de Alex se encuadra en una terés, evidenciando implícitamente el deseo de reanudar el con-
dimensión sistémica: la alianza con Alex y la estrategia provocativa tacto con el padre. Sandra se m o s t r ó m u y cerca de la madre y
descripta sólo representaban una parte de un plan más amplio, que compartió sus emociones. Oliver y Rosalind, al c o m p r e n d e r que el
había requerido ante todo una redistribución de los límites y res- padre ya no estaba en el hospital se manifestaron c o n t e n t o s , pero
ponsabilidades a nivel del subsistema infantil, y que debía comple- entonces no supieron explicarse p o r qué no iba a verlos.
tarse ahora con un trabajo de reestructuración en el nivel parental. En este p u n t o resulta claro el significado relacional de la enco-
En este caso las cosas se habían complicado por el hecho de que presis y su función de campana de alarma respecto de un malestar
los padres vivían desde hacía tiempo separados, pero no obstante profundo que la familia experimentaba a diversos niveles desde ha-
ello la terapia debía dirigirse ahora hacia Bárbara, para analizar cía tiempo, aunque nunca lo hubiera enfrentado abiertamente. La
más a fondo la situación de los adultos. He aquí algunos elementos disminución misma del síntoma, aun no desaparecido del t o d o , pa-
importantes surgidos de algunos coloquios individuales con Bárba- recía indicar que el camino terapéutico era j u s t o , p e r o que aún ha-
ra. bía trabajo que hacer. El problema ya no era la encopresis, sino
más bien la exigencia de encontrar un remodelamiento de las rela-
Se tuvo primero una confirmación implícita del mejoramien-
ciones familiares más satisfactorio para todos.
to de Alex, porque Bárbara se mostraba visiblemente aliviada y
Esto pareció confirmado de un m o d o explícito d u r a n t e una se-
ya ni siquiera aludía al problema de la encopresis. Parecía más
sión en la cual Alex se mostró m u y adulto y deseoso de encontrar
bien buscar ayuda para sí misma, y se la ofrecimos en seguida.
un espacio distinto en la familia. Examiné con la m a d r e las posibi-
Surgieron así algunos de sus conflictos: en particular, una rela-
lidades de fomentar una nueva modalidad relacional entre el padre
ción amorosa establecida desde hace tiempo con un hombre, le
y los hijos, sin implicarla de ninguna manera a ella en un nivel con-
hacía abrigar un profundo sentimiento de culpa hacia los niños.
yugal, ya definitivamente concluido. Mediante la realimentación
Por una parte, sentía la necesidad de un afecto y de un sostén per-
de una relación positiva entre padre e hijos, a Bárbara le habría sido
sonal, y por otra no quería que los hijos pudieran reprocharle no
más fácil aceptar su propio vínculo con el o t r o h o m b r e sin sentirse
haberlos educado con todas sus energías. Surgió también el proble-
culpable por ello. Bárbara consintió, aunque t e m i e n d o que el mari-
ma del marido, por el cual no sentía ya ningún interés, pero cuya
do no estuviera dispuesto a encontrarse con los niños c o m o no lo
falta sentían los niños, sobre t o d o Alex. A las preguntas de sus hi-
había estado en el pasado, y que esto pudiera repercutir negativa-
jos respecto del padre respondía siempre con evasivas, y hacía lo
mente en los hijos.
mismo con respecto a la internación de éste en un hospital psi-
Consideré que Alex era la persona más indicada para t o m a r con-
quiátrico, utilizada a menudo c o m o pretexto para justificar la au-
tacto con el padre: me encontré así con él en el bar de la Child
sencia de casa.
Guidance y le pregunté si p o d í a rastrear al padre e invitarlo a una
Pregunté entonces a Bárbara si no consideraba que los hijos eran sesión en presencia de los chicos. Alex se m o s t r ó casi incrédulo an-
bastante grandes como para poder hablar con ellos de una manera te la propuesta y me confió con orgullo que sabía d ó n d e se encon-
más exhaustiva y directa acerca del padre. La madre aceptó la pro- traba el depósito de los camiones en que trabajaba el padre. Este
puesta y en una entrevista sucesiva ella y los hijos hablaron abierta- aceptó la invitación de Alex y a la semana siguiente se produjo el
mente del padre. Se redimensionó así la historia del hospital psi- encuentro con los hijos. Le expliqué sumariamente la marcha de la
quiátrico y tanto Bárbara como los niños se mostraron interesados terapia y las motivaciones que habían llevado a la propuesta de
y respetuosos de sus recíprocos sentimientos. A la madre esta ma- convocarlo.
yor confianza debió costarle indudablemente m u c h o en un plano Harold manifestó que había aceptado con g u s t o ; se m o s t r ó muy
emotivo, pero terminó teniendo un efecto liberador de su senti- afectuoso con los niños, aunque decididamente i n c ó m o d o por su
174 TERAPIA FAMILIAR
largo silencio respecto de ellos. La última vez que los había visto BIBLIOGRAFÍA
era casi un año antes, cuando Alex aún no presentaba ninguna
perturbación. Le hice presente que los niños ya habían examinado
Ackerman, N. W.: "Child participation in family therapy". Family Process,
precedentemente algunas de sus expectativas respecto de él, y que
9, 1970, pàgs. 403-410.
estarían dispuestos a expresárselas directamente, si estaba de Alger, J.: "Audio-visual techniques in family therapy", en D. Block (comp.),
acuerdo. Harold se declaró decidido a comprometerse de un m o d o Techniques of family psychotherapy, Nueva York, Crune & Stratton,
concreto y solicitó a los hijos que le presentaran sus aspiraciones. 1973.
Se dedicaron entonces algunas sesiones a negociar j u n t o s nuevas Andolfi.M.: "Paradox in psychotherapy", American Journal of Psychoanalysis,
modalidades de encuentro, con el fin de consolidar el lazo afectivo 34,1974, pàgs. 221-228.
entre padre e hijos. En el curso de éstas los dejé a m e n u d o solos, Andolfi, ML: "I fattori sociologici della farmacodipendenza dei giovani",Dife-
sa Sociale, 3, 1975, pàgs. 3-32.
porque me proponía subrayar con mi ausencia que el compromiso
Andolfi, M.: "A structural approach to a family with an encopretic child"
era entre ellos y no conmigo. La última sesión se dedicó exclusiva- Journal of Marriage and Family Counseling, 4, 1978, pàgs. 25-29.
mente a Harold y Bárbara: esta última había apreciado la partici- Andolfi, M.: "Redefinition in family therapy", American Journal of Family
pación del marido en las sesiones con los hijos y señalado que los Therapy, primavera, 1979.
había visto más contentos después de esos encuentros. Parecía aún Andolfi, M. y Menghi, P.: "La prescrizione in terapia familiare: Parte prima",
escéptica sobre cuánto duraría el compromiso del marido, pero dio Archivio di Psicologia, Neurologia e Psichiatria, 4, 1976, pàgs. 434-456. (a)
Andolfi M. y Menghi, P.: "La terapia con la famiglia",Neuropsichiatria infan-
su consentimiento para llevar adelante el plan. Por mi parte, aun
tile, 180,1976, pàgs. 487-498. (b)
comprendiendo el escepticismo de Bárbara, di también apoyo al Andolfi, M. y Menghi, P.: "La prescrizione in terapia familiare: Parte seconda",
marido, que nunca en el pasado había asumido sus responsabilida- Archivio di Psicologia, Neurologia e Psichiatria, 1, 1977, pàgs 57-76.
des de un m o d o tan claro. Andolfi, M., Stein, D. y Skinner, J.: " A system approach to the child, school,
family and community in an urban area", American Journal of Community
Volví a ver a la familia tres meses después de concluida la tera-
Psychology, diciembre de 1976.
pia, en una entrevista domiciliaria antes de que yo volviera a Italia,
Anzilotti, J. y Giacometti, K.: "Presentation to the Italian translation of C.
y un año después recibí una carta de Alex. La encopresis había de- Whitaker, 'Psychotherapy of the absurd'", Terapia Familiare, 1, 1977,
saparecido. Alex veía a su padre domingo por medio, cuando éste pàgs. 111-113.
estaba de turno en el depósito de los camiones. Bárbara había Aponte, H. J.: "Psychotherapy for the poor: An eco-structural approach to
encontrado un nuevo trabajo menos pesado y más remunerativo y treatment", Delaware Medical Journal, marzo de 1974.
seguía su relación amorosa, de la que había puesto al corriente tan- Aponte, H. J.: "The family-school interview: An eco-structural approach",
Family Process, 15,1976, pàgs. 303-312.
to a Sandra como a Alex. El padre había cumplido los compromi-
Auerswald, E. H.: "Interdisciplinary vs. ecological approach", Family Process,
sos pactados con los hijos y se sentía m u y gratificado por las visi- 7, 1968, pàgs. 202-215.
tas periódicas de Alex, al que estaba enseñando a reparar camio- Auerswald, E. H.: "Families, change and the ecological perspective", en A.
nes. Ferber, M. Mendelsohn y A. Napier (comps.), The book of family therapy,
Nueva York, Science House, 1972.
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