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La terapia con la familia es una intervención

que se propone devolver al sistema en difi-


cultades el manejo de sus problemas de rela-
ción. La familia, por lo tanto, es protagonis-
ta. En los lúcidos exámenes que proporciona
Terapia
este libro, la familia, considerada como uni-
dad sistémica, deja de ser el objeto de una in-
tervención que confía en la clarividencia del
técnico o en la acción externa del fármaco
para hallar una solución a los problemas, y
Familiar
se convierte en el verdadero eje del proceso
terapéutico. El libro de Andolfi incluye
abundantes ejemplos. Todos ellos han sido
Maurizio Andolfi
extraídos de la experiencia clínica del autor
y muestran la posibilidad real de activar las
valencias positivas y autoterapéuticas que to-
do núcleo social posee en su interior. Andolfi,
valiéndose de la experiencia acumulada junto
a algunos de los más destacados terapeutas de
familias: Minuchin, Haley, Zwerling, Framo,
intenta una adaptación y una aplicación crí-
tica del enfoque relacional y ofrece un mo-
delo sistémico que, partiendo de la idea del
grupo-familia, extiende para investigar la re-
lación dialéctica de esta última con realida-
des sociales más complejas. Se trata de una
concepción amplia, circular, donde la fami-
lia no es sino un sistema entre sistemas.

Grupos e Instituciones

PAIDOS
Agradecimientos 10
Palabras liminares, por Carl A. W h i t a k e r 11
Introducción 13

Capitula 1 . La f a m i l i a c o m o s i s t e m a r e l a c i o n a l 17
Premisas metodológicas 17
Del diagnóstico individual al estudio sistémico del
comportamiento perturbado 23
E l e c c i ó n de una i n t e r v e n c i ó n 28

Capitulo 2 . La f o r m a c i ó n del s i s t e m a t e r a p é u t i c o 36
El equipo terapéutico 36
El ambiente terapéutico ( 3 6 ) ; La relación tera-
peuta-supervisor (39)
La primera sesión 41
P r e s e s i ó n ( 4 1 ) ; L a p r i m e r a s e s i ó n ( 4 2 ) ; 1 . Esta¬
dio social ( 4 3 ) ; 2. El estudio del p r o b l e m a ( 4 9 ) ;
3 . E l e s t a d i o i n t e r a c t i v o ( 5 7 ) ; 4 . E l c o n t r a t o te¬
rapéutico (69)

Capítulo 3 . La c o m u n i c a c i ó n no v e r b a l 74
Significadodellenguajeanalógico 74
Relaciones con el m ó d u l o verbal (76)
El espacio en la interacción h u m a n a 80
E s p a c i o y m o v i m i e n t o en la terapia familiar 84
La escultura de la familia 86

Capítulo 4. La p r e s c r i p c i ó n 93
La directividad en terapia familiar 93
C l a s i f i c a c i ó n de las p r e s c r i p c i o n e s 97
A) Prescripciones reestructurantes 98
1. Prescripciones contrasistémicas ( 1 0 0 ) ; 2. Pres-
cripciones de contexto (101); 3. Prescripciones
de desplazamiento ( 1 0 2 ) ; 4. Prescripciones de
reelaboración sistèmica ( 1 0 4 ) ; 5. Prescripciones
de refuerzo ( 1 0 6 ) ; 6. Prescripciones de utiliza-
ción del s í n t o m a ( 1 0 7 )
B) Prescripciones paradojales 112
8 ÍNDICE

1. La paradoja terapéutica (112); 2. Premisas


(113); 3. Significado de la paradoja en la terapia
(114); 4. Prescripción del síntoma (116); 5.
Prescripción de las reglas (119); 6. Cómo elegir
la prescripción (130)
C) Prescripciones metafóricas 132
1. La metáfora como modalidad comunicativa A la memoria de mi hermano Silvano
(132); 2. La prescripción (135)

Capítulo 5. La participación de los niños en la terapia familiar a


través del juego 139
El j u e g o como medio para facilitar la participación
de los niños en la terapia familiar 141
El juego como medio para recoger informaciones so¬
bre el sistema familiar 144
El j u e g o como modalidad reestructurante 146

Capitulo 6. ¿Resolución del síntoma o cambio del sistema? 150


El problema de la desvinculación: el caso Luciano 150
Composición del núcleo familiar (150); Envío y P r e n d e r e il m o n d o a b r a c c e t t o T o m a r a l m u n d o del b r a z o
motivaciones para una terapia relacional (150); carezzarlo d o l c e m e n t e . acariciarlo d u l c e m e n t e .
Fases de la terapia (153) Che follia. Qué locura.
Significado relacional del comportamiento encopré-
Così ho detto a u n o specchio A s í dije a un e s p e j o
tico de Alex 157
che mai riproduce que nunca reproduce
Composición del núcleo familiar (167); Envío y
motivaciones para la terapia familiar (168); Fa¬ l a m i a i m m a g i n e vera. mi imagen verdadera.
ses de la terapia (168) Arrosendo in viso Enrojeciendo
Bibliografía 175 ha a l l a r g a t o le b r a c c i a e x t e n d i ó los brazos
l'uomo nello specchio. el h o m b r e del espejo.
An umbrella maker An umbrella maker
vende u suoi ombrelli v e n d e sus p a r a g u a s
sognando la pioggia s o ñ a n d o c o n la lluvia
c h e b a g n a la terra q u e b a ñ a l a tierra
p e r avere u n b u o n p a n e . para t e n e r u n b u e n p a n .
- S p e r i a m o che piova —Esperemos que llueva
domani mañana
a Dublino— en Dublín—
h o d e t t o allo s p e c c h i o : dije al e s p e j o ,
e lui s o r r i d e v a y él s o n r e í a
di un m i o vero sorriso. c o n u n a v e r d a d e r a sonrisa m í a .

SILVANO ANDOLFI
PALABRAS LIMINARES

El Dr. M a u r i z i o A n d o l f í , " A n d i " para mi p e r r o y para m í , es


u n o de los t e ó r i c o s de cuarta g e n e r a c i ó n de la t e r a p i a familiar. Este
libro, que él llama " r e l a c i o n a l " , quizás a U d . no le caiga bien. P o -
dría r e g a l á r s e l o a un c o l e g a rival en el día de su c u m p l e a ñ o s . R e s u l -
t a c o n f u s o c o m b i n a r las e n s e ñ a n z a s d e Z w e r l i n g y L a p e r r i é r e c o n
F e r b e r . A g r é g u e s e a eso un análisis a lo H o r n e y y bátase c o n d o s
o n z a s d e M i n u c h i n y u n a p i z c a d e H a l e y , y A n d o l f í e s c a p a z d e en¬
l o q u e c e r a sus a m i g o s y c o l e g a s . S u t r a b a j o j u n t o a C a n c r i n i l o r e a -
culturó un p o c o , pero un R o m a n o es siempre un R o m a n o , y, por
s u p u e s t o , n o p o d r í a e n t e n d e r p r o b l e m a s tales c o m o los que noso¬
tros d o m i n a m o s e n los E s t a d o s U n i d o s .
S u p o n i e n d o que un colega rival suyo tenga buena f o r m a c i ó n y
sea u n p e n s a d o r d e c a u s a - y - e f e c t o , U d . p o d r í a e n c o n t r a r m a n e r a s
de ver c ó m o se retuerce. Si él no ha p r o b a d o los m é t o d o s p a r a d o j a -
les, s e g u r a m e n t e se t o m a r á una larga v a c a c i ó n de su t r a b a j o . Si ya
es un buen terapeuta familiar, p u e d e volverse un p o c o h i p o m a n í a -
c o , y q u i z á s s u e q u i p o h a b l e c o n U d . e n p r i v a d o . A l i é n t e l o s a suge¬
rir q u e e l c o l e g a t r a b a j e m á s d u r o y d e j e d e l e e r e l l i b r o , o , m e j o r
aun, q u e lo d o n e a la b i b l i o t e c a de asistentes s o c i a l e s de la e s c u e l a ;
é s o s l e e n t o d o . S i e l e q u i p o s e q u e j a d e q u e e l l i b r o a c o n s e j a ense¬
ñ a r a las f a m i l i a s e n f e r m a s a ser sus p r o p i o s t e r a p e u t a s , r e s i s t a t o d o
i m p u l s o de ir a c o m p r o b a r l o . N i n g u n a familia p o d r í a v o l v e r s e au-
t o r r e p a r a d o r a c u a n d o y a e s d i s f u n c i o n a l . S a b e m o s q u e l a ú n i c a es¬
peranza es la ayuda profesional. T a m b i é n s a b e m o s que el terapeuta
no d e b e interactuar con la familia. Si se quejan de que el d i r e c t o r
d e l e q u i p o s u e l e d e s t e r n i l l a r s e d e risa o q u e l e r e p u g n a l a c o m i d a ,
t r a n q u i l í c e l o s d i c i é n d o l e s q u e s ó l o s e está l i b e r a n d o i n t e r i o r m e n t e
m e d i a n t e a b s u r d a s c h a r l a s y c u e n t o s d e t r i á n g u l o s s o b r e p a u t a s fa-
12 TERAPIA FAMILIAR
INTRODUCCIÓN
miliares de tensión que p r o b a b l e m e n t e Andi leyó en un m a n u a l del
" A n t i c r i s t o " . No muestre ninguna reacción si hablan de enseñar a
la m a d r e e hijos a j u g a r durante la entrevista, m i e n t r a s Andi cu¬
chichea con el padre en el cuarto vecino. Es sólo una patraña. Si
ellos infieren que su sistema de e n t r e n a m i e n t o está c a m b i a n d o y
que el realizar esculturas, tareas creativas y cumplir reglas tontas
hace ameno el trabajo, tenga la precaución de advertirles que con
el tiempo la ciencia corregirá todo eso, pero que ampliar las lectu¬
ras p o d r í a desquiciar largos años de práctica y que las nuevas expe¬
riencias harían oscilar sus puertas y rechinar los goznes o x i d a d o s .
A d e m á s , si su estimado rival se le arrima y le habla de las tres Este libro nació del trabajo realizado en los ú l t i m o s seis años
clases de tareas terapéuticas y de la clasificación de las reglas de la en c o n t a c t o con familias que p r e s e n t a b a n p r o b l e m a s "psiquiátri¬
familia, sugiérale —con gentileza, por supuesto— que las olvide y c o s " . En distintos países he c o n o c i d o familias de diversa extrac¬
t a m b i é n que no debería leer esas historias de un t e r a p e u t a y un ción social y cultural, p e r t e n e c i e n t e s a grupos étnicos y religiosos
m i e m b r o de una familia que c o m p l o t a n a espaldas de la familia. diferentes, y la interacción con ellas me p e r m i t i ó m a d u r a r u n a ex-
Ayudar a un m i e m b r o de una familia sana que está h a c i e n d o de en¬ periencia b a s t a n t e útil en el p l a n o h u m a n o , profesional y s o c i o p o -
fermo es, en última instancia, absurdo y c o n t r a p r o d u c e n t e . lítico. Observando con a t e n c i ó n las dinámicas existentes d e n t r o de
Si su rival dice que según Andi una paradoja es una situación en cada grupo familiar, he c o m p r e n d i d o que si bien puede variar n o -
que una afirmación sólo es verdadera si es falsa, insista por favor t a b l e m e n t e la matriz del malestar, las p r o b l e m á t i c a s , conflictuali-
en que ese sinsentido es m e r a m e n t e un chiste italiano sin ningún dad y c o n t r a d i c c i o n e s son, en cierto s e n t i d o , universales y, en
valor práctico acerca de nuestras t e o r í a s , que tienen u n a n o t a b l e formas diversas entre sí, p u e d e n r e e n c o n t r a r s e d e n t r o de mi fami¬
1
calidad. En forma similar, los relatos de casos sobre la curación del lia o de las de otros trabajadores sociales.
alcoholismo y de depresiones graves son pura p r o p a g a n d a . Cual¬ En la m a y o r í a de los casos he p o d i d o c o m p r o b a r que el verda-
quier profesional bien adiestrado lo haría mejor. Si el rival sigue dero malestar no consiste en la perturbación expresada por una
p r o t e s t a n d o acerca de entrevistas detalladas de caso, rechace cate¬ persona o por t o d o un g r u p o , que más bien t r a d u c e a m e n u d o u n a
góricamente esas grotescas afirmaciones. necesidad de a u t o n o m í a , un p e d i d o de a t e n c i ó n , un deseo de rebe¬
Dicho sea de p a s o , si empieza a proferir exclamaciones respecto lión, un estado de d e p e n d e n c i a , etcétera, sino en los significados
de ese poder de alta presión, semejante a la hipnosis, que Andi en¬ que expresa la perturbación misma. Así, u n a s i n t o m a t o l o g í a a n o -
seña, insista en que guarde ese secreto. Es algo maquiavélico. réxica, un c o m p o r t a m i e n t o delirante, un estado depresivo, una
Esté seguro de que el libro de Andi sólo puede estropear el bien p e r t u r b a c i ó n encoprética, asumen distintos significados según el
fundado e n t e n d i m i e n t o de su rival. Leerlo debería estar p r o h i b i d o m o d o en que nos enfrentamos con ellos; si los vemos c o m o pertur¬
para t o d o s , salvo los más candidos. bación mental, intrínseca a la persona, nos llevarán inevitablemen-
U l t i m o y por lo m e n o s : Ud. no lo lea. Podría despertarlo del
1
t o d o , y entonces su familia comenzaría a quejarse. Sobre la base de tal s u p u e s t o , en la f o r m a c i ó n en terapia familiar he tra-
tado de profundizar las dinámicas interactivas internas del sistema familiar de
C A R L A. W H I T A K E R , M. D. cada terapeuta. La e x p e r i e n c i a directa me ha c o n v e n c i d o de que un trabajo
asiduo en este s e n t i d o c o n s t i t u y e un p u n t o de partida fundamental para un
mayor c o n o c i m i e n t o del propio yo y, en última instancia, para una mayor
Department of Psychiatry sensibilidad en la f o r m a c i ó n de v í n c u l o s t e r a p é u t i c o s vitales y r e s p o n s a b l e s .
University of Wisconsin-Madison
14 TERAPIA FAMILIAR INTRODUCCIÓN 15

te a estudiar la naturaleza del paciente y a buscar en su interior las explorar la relación dialéctica de este ú l t i m o c o n realidades sociales
causas de la perturbación. De esta manera, el malestar se clasifica m á s c o m p l e j a s , s e g ú n u n a m o d a l i d a d circular.
y se inserta en un esquema rígido, que lo vuelve más estático e irre¬ La t e r a p i a con la familia p e r m i t e e n f r e n t a r s e c o n c o n t r a d i c c i o n e s ,
versible, en tanto no capta su significado relacional y las implica¬ roles y e s t e r e o t i p o s s o c i a l e s q u e i n c i d e n p r o f u n d a m e n t e t a n t o s o b r e
ciones propias del c o n t e x t o social en que cobró vida ese comporta¬ e l n ú c l e o familiar c o m o s o b r e e l e q u i p o t e r a p é u t i c o . Tal c o n f r o n ¬
m i e n t o . Con este enfoque la sociedad y la familia, que representa tación constituye un m o m e n t o de reflexión y de esclarecimiento
una de las expresiones fundamentales de aquélla, pueden aislar, respecto de modalidades comunicativas basadas sobre esquemas
estigmatizar, mistificar y confundir, si no tienen en cuenta todos i n a u t é n t i c o s , roles s e x u a l e s y f a m i l i a r e s r í g i d o s q u e o b s t a c u l i z a n
los c o m p o n e n t e s que c o n t r i b u y e n , en una situación dada, a deter¬ un proceso de c a m b i o , ya en acto en otros niveles en el c o n t e x t o
minar o a m a n t e n e r un cierto c o m p o r t a m i e n t o . social.
En este libro he t r a t a d o de describir de un m o d o simple y com¬ M á s p a r t i c u l a r m e n t e , l a t e r a p i a d e b e p e r m i t i r a l p a c i e n t e identi¬
prensible las teorías sistémicas, verificando la utilidad y los límites ficado r e c u p e r a r s u c a p a c i d a d d e a u t o d e t e r m i n a c i ó n e n u n c o n t e x t o
de un discurso relacional en un c o n t e x t o t e r a p é u t i c o . El trabajo di¬ familiar c a m b i a d o , d o n d e s e r e d e s c u b r e n y a c t i v a n p o t e n c i a l i d a d e s
recto con las familias y las actividades de e n s e ñ a n z a de terapia 2 t e r a p é u t i c a s a n t e s i n e x p r e s a d a s y c a p a c e s de dar un s i g n i f i c a d o dis¬
relacional me han p r o p o r c i o n a d o la motivación para elaborar un tinto a una perturbación, no vivida ya c o m o un estigma, sino c o m o
libro de terapia familiar, que puede representar un comienzo de re¬ señal y m o m e n t o d e c r e c i m i e n t o d e u n g r u p o c o n h i s t o r i a . E s t o e n
flexión y de crítica para t o d o s aquellos que, en diversos niveles, ac¬ pro d e u n a p a r t i c i p a c i ó n m á s a u t é n t i c a e n l a v i d a d e l a c o m u n i d a d .
túan en el campo asistencial. Por motivos de claridad he restringido
el campo al análisis exclusivo del sistema familiar, a u n q u e en reali¬
dad un enfoque sistémico, j u s t a m e n t e en razón de los supuestos
conceptuales de los que surge, no puede limitarse a mirar un sistema
sin verlo en relación con los otros que interactúan con él.
Se trata sin duda de un libro técnico (si por ello se entiende en-
trar en lo específico de realidades terapéuticas) que a u n q u e remon¬
te a supuestos teóricos y experiencias clínicas, m a d u r a d a s en los
países anglosajones en los últimos veinte años, representa sin embar¬
go un intento de traducción y de aplicación crítica del enfoque re-
lacional al c o n t e x t o italiano, que nace de la necesidad de ofrecer al
trabajador social un m o d e l o sistémico con el que pueda confrontar
su propio proceder en las situaciones en que debe intervenir.
La familia representa, en este sentido, un terreno i m p o r t a n t e y
prioritario en el que puede ubicarse un discurso relacional que, una
vez asimilado, permite superar los límites del grupo-familia para

2
Ambas actividades se desarrollan en el Centro Studi della Comunicazio¬
ne nei Sistemi-Terapia Familiare nell'infanzia e n e l l ' a d o l e s c e n z a ( R o m a , via
R e n o , 3 0 ) , y en m e n o r medida en el Instituto di Neuropsichiatria Infantile de
la Universidad de Roma.
AGRADECIMIENTOS CAPITULO l

LA FAMILIA COMO SISTEMA RELACIONAL

PREMISAS METODOLÓGICAS

Q u e r r í a agradecer ante t o d o a los p a r t i c i p a n t e s en los c u r s o s de


Para analizar la relación que existe e n t r e c o m p o r t a m i e n t o indivi¬
f o r m a c i ó n en t e r a p i a r e l a c i o n a l , por h a b e r m e e s t i m u l a d o con su
dual y g r u p o familiar en un ú n i c o a c t o de o b s e r v a c i ó n , es n e c e s a r i o
e n t u s i a s m o y sus o b s e r v a c i o n e s c r í t i c a s d u r a n t e el t i e m p o en q u e
c o n s i d e r a r a la familia c o m o un t o d o o r g á n i c o , es d e c i r , c o m o un
t r a b a j a m o s j u n t o s . A g r a d e z c o p a r t i c u l a r m e n t e a mis c o l a b o r a d o r e s
d i r e c t o s , P a o l o M e n g h i , A n n a Nicoló y C a r m i n e S a c c u , con los q u e sistema relacional que s u p e r a y articula e n t r e sí los diversos com¬
he p r o f u n d i z a d o en los ú l t i m o s años en el e s t u d i o de la familia y p o n e n t e s individuales. Por e n d e , si q u e r e m o s o b s e r v a r la interac¬
de la t e r a p i a relacional y q u e a p o r t a r o n una i n e s t i m a b l e contribu¬ ción h u m a n a , y más en p a r t i c u l a r la familia, s i g u i e n d o un e n f o q u e
ción a la e l a b o r a c i ó n de este l i b r o . s i s t é m i c o , d e b e m o s aplicarle las diversas f o r m u l a c i o n e s y las deduc¬
2
c i o n e s de los principios válidos para los s i s t e m a s en g e n e r a l .
Debo agradecer a d e m á s a los q u e c o n s i d e r o c o m o los m a e s t r o s
q u e m á s influyeron sobre m í : Salvador M i n u c h i n y Jay Haley, q u e En el c u r s o del libro el l e c t o r p o d r á darse c u e n t a de la diferencia
en mi p e r í o d o de trabajo en la P h i l a d e l p h i a Child G u i d a n c e Clinic s u s t a n c i a l q u e existe entre los o b j e t i v o s de la i n d a g a c i ó n p s i c o l ó g i c a
me i m p r e s i o n a r o n por su r i q u e z a de p e n s a m i e n t o , su e x p e r i e n c i a t r a d i c i o n a l y los de la i n v e s t i g a c i ó n s i s t é m i c a , en la q u e pierde im¬
clínica y su capacidad d o c e n t e - Kitty L a p e r r i e r e , del A c k e r m a n p o r t a n c i a lo que se refiere a la e s t r u c t u r a i n t e r n a de las diversas uni¬
F a m i l y I n s t i t u t e de Nueva Y o r k , y Andy F e r b e r , del Albert Einstein d a d e s , t o m a d a s a i s l a d a m e n t e , y en c a m b i o a d q u i e r e relieve y es ob¬
College de Nueva York, por la a t e n c i ó n que p r e s t a r o n al p r o c e s o j e t o de b ú s q u e d a lo que o c u r r e entre las u n i d a d e s del s i s t e m a , es
de c r e c i m i e n t o personal y de g r u p o de los t e r a p e u t a s familiares; d e c i r , las m o d a l i d a d e s según las c u a l e s , m o m e n t o p o r m o m e n t o ,
Helen D e R o s i s , de la Karen H o r n e y Clinic, en lo r e f e r e n t e a mi anᬠlos c a m b i o s de una u n i d a d van s e g u i d o s o p r e c e d i d o s p o r c a m b i o s
lisis p e r s o n a l ; Luigi C a n c r i n i , con q u i e n inicié el e s t u d i o y el tra¬ de las o t r a s u n i d a d e s .
bajo de t e r a p i a familiar en 1969, y que me e s t i m u l ó en la profun- A s í , p a r t i e n d o de las a f i r m a c i o n e s de von Bertalanffy (1971),
d i z a c i ó n de la m e t o d o l o g í a relacional.
Mi m a y o r a g r a d e c i m i e n t o lo d e b o , por s u p u e s t o , a mi familia de
1
o r i g e n , en c u y o s e n o , a través de una realidad larga y p e n o s a de Se define como sistema relacional "al conjunto constituido por una o
" e n f e r m e d a d m e n t a l " , a p r e n d í a c o m p r e n d e r y apreciar el c o r a j e , más unidades vinculadas entre sí de modo que el cambio de estado de una
unidad va seguido por un cambio en las otras unidades; éste va seguido de
la d e d i c a c i ó n , el sacrificio, la v o l u n t a d de c a m b i o , y t a m b i é n a
nuevo por un cambio de estado en la unidad primitivamente modificada, y así
c o m p r o b a r la dificultad que implica separar t o d o eso de t e m o r e s sucesivamente" (Parsons y Bales, 1955).
irracionales, angustias, debilidades, estereotipos, etcétera. 2
Para un estudio profundizado de esta materia remitimos al lector a los
Por ú l t i m o , p e r o no de m e n o r i m p o r t a n c i a , vaya mi agradeci¬ textos fundamentales de la Teoría General de los Sistemas de von Bertalanffy
m i e n t o a mi mujer Marcella, q u e s i e m p r e me s o s t u v o y e n r i q u e c i ó y de la Pragmática de la Comunicación Humana, de Watzlawick y colaborado¬
con u n a sensibilidad y un coraje e x t r a o r d i n a r i o s . res.
18 TERAPIA FAMILIAR
LA FAMILIA COMO SISTEMA RELACIONAL 19
para el cual todo organismo es un sistema, o sea un orden dinámico
de partes y procesos entre los que se ejercen interacciones recípro- Se evidenció así que los sistemas familiares en los que se ha es-
cas, del m i s m o m o d o se p u e d e c o n s i d e r a r la familia c o m o un siste- t r u c t u r a d o en el t i e m p o un c o m p o r t a m i e n t o patológico en alguno
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ma a b i e r t o c o n s t i t u i d o por varias u n i d a d e s ligadas e n t r e sí por re- de sus m i e m b r o s , tienden a repetir casi a u t o m á t i c a m e n t e transac-
glas de c o m p o r t a m i e n t o y por funciones d i n á m i c a s en c o n s t a n t e ciones dirigidas a m a n t e n e r reglas* cada vez más rígidas al servicio
i n t e r a c c i ó n entre sí e i n t e r c a m b i o con el e x t e r i o r . De la m i s m a ma- de la h o m e o s t a s i s . " J a c k s o n , al observar que las familias de los pa¬
nera se p u e d e p o s t u l a r q u e t o d o g r u p o social es a su vez un sistema cientes psiquiátricos m o s t r a b a n a m e n u d o repercusiones importan¬
c o n s t i t u i d o por m ú l t i p l e s m i c r o s i s t e m a s e n i n t e r a c c i ó n d i n á m i c a . ' tes (como depresión, p e r t u r b a c i o n e s p s i c o s o m á t i c a s , etcétera) en
el m o m e n t o en que el p a c i e n t e mejoraba, fue u n o de los p r i m e r o s
En este c a p í t u l o me l i m i t a r é a c o n s i d e r a r sólo tres a s p e c t o s de
en postular que estos c o m p o r t a m i e n t o s , y quizás aun antes la enfer¬
las t e o r í a s sistémicas a p l i c a d a s a la familia, ú t i l e s para c o m p r e n d e r
medad del p a c i e n t e , eran m e c a n i s m o s de tipo h o m e o s t á t i c o , desti¬
luego el significado de una t e r a p i a r e l a c i o n a l :
nados a salvaguardar el delicado equilibrio de un sistema perturba¬
d o " (en Watzlawick, 1971).
a) La familia como sistema en constante transformación, o bien
c o m o s i s t e m a que se a d a p t a a las d i f e r e n t e s exigencias de los diver¬ En el curso de los años, sin e m b a r g o , el c o n c e p t o de h o m e o s t a s i s
sos e s t a d i o s de d e s a r r o l l o por los q u e atraviesa (exigencias que ha sido hipertrofiado y utilizado de un m o d o i m p r o p i o o genérico,
c a m b i a n t a m b i é n con la variación de los r e q u e r i m i e n t o s sociales hasta el p u n t o de restringir el á m b i t o de expectativas respecto de
que se le p l a n t e a n en el curso del t i e m p o ) , con el fin de asegurar la capacidad de c a m b i o de las familias " p e r t u r b a d a s " . La terapia
c o n t i n u i d a d y c r e c i m i e n t o psicosocial a los m i e m b r o s que la com¬ misma ha t e r m i n a d o a m e n u d o por consolidar el statu quo, más
p o n e n (Minuchin, 1 9 7 7 ) . bien que activar p o t e n c i a l i d a d e s creativas presentes en el sistema
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familiar, a u n q u e con frecuencia no se e x p r e s a r a n .
Este d o b l e p r o c e s o de c o n t i n u i d a d y de c r e c i m i e n t o o c u r r e a
través de un equilibrio d i n á m i c o e n t r e dos funciones a p a r e n t e m e n t e En efecto, una de las críticas formuladas a la terapia familiar y a
contradictorias, tendencia homeostática y capacidad de transfor- la psicoterapia en general es la relativa al peligro de que el proceso
mación: circuitos r e t r o a c t i v o s a c t ú a n a través de un c o m p l e j o m e - t e r a p é u t i c o , en último análisis, readapte al individuo a modelos de
c a n i s m o de r e t r o a l i m e n t a c i ó n (feed-back) o r i e n t a d o hacia el man¬ c o m p o r t a m i e n t o que responden a estereotipos sociales y a roles y
t e n i m i e n t o de la h o m e o s t a s i s ( r e t r o a l i m e n t a c i ó n n e g a t i v a ) , o bien funciones familiares rígidas, más bien que producir un efecto libe¬
hacia el c a m b i o ( r e t r o a l i m e n t a c i ó n p o s i t i v a ) . rador en el plano individual y grupal.
En efecto, la verificación de la i m p o r t a n c i a de los m e c a n i s m o s
Buckley llegó a invertir c o m p l e t a m e n t e esta tendencia a privile¬
de r e t r o a l i m e n t a c i ó n negativa d e s t i n a d o s a p r o t e g e r la h o m e o s t a s i s
del s i s t e m a , en el á m b i t o de familias con p r o b l e m a s p s i q u i á t r i c o s , ' Por regla de una relación se entiende la estabilización de las definiciones
ha r e p r e s e n t a d o u n o de los giros decisivos en el c a m p o de la terapia
familiar. de la relación misma, a través de un proceso dinámico de ensayo y error.
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"En todas las familias existe un proceso de aprendizaje y de crecimiento
y es justamente allí donde un modelo de pura homeostasis comete los mayo-
res errores, porque estos efectos se hallan más cercanos a la retroacción positi-
3 va" (Watzlawick, 1971). "La diferenciación del comportamiento -prosigue
Se define como abierto un sistema que intercambia materiales, energías
Watzlawick-, el refuerzo, el aprendizaje, el crecimiento definitivo y la partida
o informaciones con su ambiente,
de los hijos, todo eso indica que si bien la familia, desde un punto de vista, es¬
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La unidad, partícula elemental de todo sistema, cambia entonces según tá equilibrada por la homeostasis, desde otro punto de vista intervienen en su
el sistema analizado: por ejemplo, en el sistema molecular la unidad es el áto¬ funcionamiento factores importantes y simultáneos de cambio, por los cuales
m o , pero si el sistema considerado es el á t o m o , el principio de observación el modelo de interacción familiar debe incorporar estos y otros principios en
cambia radicalmente. una configuración más compleja."
20 TERAPIA FAMILIAR
LA FAMILIA COMO SISTEMA RELACIONAL 21
giar los p r o c e s o s h o m e o s t á t i c o s , afirmando que las r e t r o a l i m e n t a -
ciones positivas son los v e h í c u l o s a través de los cuales los sistemas que de otra m a n e r a sería i n e r t e : sólo modifica p r o c e s o s en un sis-
sociales c r e c e n , crean e i n n o v a n y, por c o n s i g u i e n t e , los describe tema a u t ó n o m a m e n t e a c t i v o " .
c o m o p r o c e s o s m o r f o g é n i c o s (en Speer, 1970).
Así, t o d o tipo de t e n s i ó n , sea originada por c a m b i o s d e n t r o de
En realidad, "la t e n d e n c i a h o m e o s t á t i c a por un lado y la capaci¬ la familia (intrasistémicos: el n a c i m i e n t o de los hijos, su c r e c i m i e n t o
dad de t r a n s f o r m a c i ó n por el o t r o , en c u a n t o caracteres funcionales hasta que se i n d e p e n d i z a n , un l u t o , un d i v o r c i o , e t c é t e r a ) o provenga
del s i s t e m a , no son r e s p e c t i v a m e n t e algo mejor ni p e o r " (Selvini, del exterior (cambios intersistémicos: m u d a n z a s , modificaciones
1 9 7 5 ) . A m b a s cosas p a r e c e n indispensables para m a n t e n e r el equi¬ del a m b i e n t e o de las c o n d i c i o n e s de trabajo, c a m b i o s p r o f u n d o s
librio d i n á m i c o d e n t r o del sistema m i s m o , en un continuum circu- en el plano de los valores, e t c é t e r a ) , vendrá a pesar sobre el sistema
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lar. de f u n c i o n a m i e n t o familiar y r e q u e r i r á un p r o c e s o de a d a p t a c i ó n ,
es decir, una t r a n s f o r m a c i ó n c o n s t a n t e de las i n t e r a c c i o n e s familia¬
res, capaz de m a n t e n e r la c o n t i n u i d a d de la familia, por un l a d o , y
b) La familia como sistema activo que se autogobierno, m e d i a n t e
de c o n s e n t i r el c r e c i m i e n t o de sus m i e m b r o s , por o t r o . Y es justa¬
reglas que se han d e s a r r o l l a d o y modificado en el t i e m p o a través
m e n t e en ocasión de c a m b i o s o presiones intra o intersistémicas de
del e n s a y o y el error, que p e r m i t e n a los diversos m i e m b r o s experi¬
particular i m p o r t a n c i a c u a n d o surge la m a y o r í a de las perturbacio¬
m e n t a r lo que está p e r m i t i d o en la relación y lo que no lo está, hasta
nes llamadas p s i q u i á t r i c a s .
llegar a una definición estable de la relación, es decir, a la formación
de u n a u n i d a d sistémica regida por m o d a l i d a d e s t r a n s a c c i o n a l e s Baste observar las p r o f u n d a s t r a n s f o r m a c i o n e s ocurridas en me¬
p e c u l i a r e s del sistema m i s m o " y susceptibles, con el t i e m p o , de nos de un d e c e n i o en n u e s t r o sistema social (acrecentada impor¬
nuevas f o r m u l a c i o n e s y a d a p t a c i o n e s . tancia de lo colectivo r e s p e c t o de lo individual, c a m b i o creciente y
radical en los roles y en las funciones de la pareja t a n t o a nivel de
C o m o t o d o o r g a n i s m o h u m a n o , la familia no es un r e c i p i e n t e la relación i n t e r p e r s o n a l c o m o de la configuración social, progresiva
pasivo sino un sistema i n t r í n s e c a m e n t e activo. Por lo t a n t o , vale disgregación del m o d e l o patriarcal de familia extensa con una auto¬
t a m b i é n para ella t o d o lo que dijo von Bertalanffy (1971) a propó¬ n o m í a y diferenciación cada vez m a y o r de la familia nuclear, cam¬
sito del organismo activo: "El e s t í m u l o (por e j e m p l o , un c a m b i o bio de significatividad de la p r o l e , etcétera) para c o m p r e n d e r la
en las c o n d i c i o n e s externas) no causa un p r o c e s o en un sistema exigencia f u n d a m e n t a l de buscar un equilibrio nuevo entre las ten¬
dencias h o m e o s t á t i c a s y el deseo de t r a n s f o r m a c i ó n .

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Por lo tanto, toda evaluación en términos moralísticos resulta arbitraria
Tal b ú s q u e d a , en el plano de los p e q u e ñ o s g r u p o s , puede llevar,
e inútil, tal como es simplista considerar la homeostasis y la transformación en situaciones p a r t i c u l a r m e n t e e x p u e s t a s , a d e s c o m p e n s a c i o n e s o
c o m o entidades separadas. e n d u r e c i m i e n t o s en u n o o en o t r o s e n t i d o , con el consiguiente ma¬
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Minuchin (1977) afirma que "los modelos transaccionales que regulan el lestar individual, de pareja, y aun más a m e n u d o en el á m b i t o de
comportamiento de los miembros de' la familia se mantienen por obra de dos los hijos.
sistemas coactivos. El primero comprende las reglas que rigen habitualmente
la organización familiar, es decir, la presencia de una jerarquía de poder —en P a r t i e n d o de estos s u p u e s t o s , el primer objetivo del t e r a p e u t a
la cual padres e hijos tienen diferentes niveles de autoridad- y de comple- consistirá en evaluar c o r r e c t a m e n t e la incidencia de los factores
mentariedad de junciones —en la que los miembros de la pareja parental acep- " p e r t u r b a d o r e s " capaces en m u c h o s casos de p r o v o c a r una autén¬
tan una interdependencia r e c í p r o c a - . El segundo está representado funda- tica d e s c o m p e n s a c i ó n en el f u n c i o n a m i e n t o familiar: está claro
mentalmente por las mutuas expectativas de cada miembro de la familia res-
que la utilización de diagnósticos psiquiátricos o de terapias ten¬
pecto de los demás. El origen de estas expectativas está sepultado por años de
negociaciones, explícitas e implícitas, sobre pequeños y grandes eventos co¬ dientes a e t i q u e t a r al individuo en dificultades (ignorando su con¬
tidianos". t e x t o social y los factores de presión i n t e r n o s y e x t e m o s ) t e r m i n a n
por ser un ulterior e l e m e n t o de d e s c o m p e n s a c i ó n , t a n t o más dele-
LA FAMILIA COMO SISTEMA RELACIONAL 23
22 TERAPIA FAMILIAR

D E L DIAGNOSTICO I N D I V I D U A L AL ESTUDIO SISTEMICO


t é r e o p o r q u e s e l o h a c e a c t u a r c o m o t e n t a t i v a d e s o l u c i ó n del p r o -
9 D E L COMPORTAMIENTO PERTURBADO
blema.

c) La familia como sistema abierto en interacción con otros sis- Si se a c e p t a n los s u p u e s t o s s i s t é m i c o s a n t e d i c h o s , resulta clara la
temas (escuela, fábrica, b a r r i o , i n s t i t u t o , g r u p o d e c o e t á n e o s , e t c é -
e x i g e n c i a de que se dirija la a t e n c i ó n no a la p e r s o n a sino a los sis-
t e r a ) . En o t r a s p a l a b r a s , esto significa q u e las r e l a c i o n e s interfami¬
t e m a s r e l a c i ó n a l e s de los q u e p a r t i c i p a : al pasar de lo i n d i v i d u a l a
liares se o b s e r v a n en r e l a c i ó n d i a l é c t i c a con el c o n j u n t o de las rela¬
lo colectivo, el i n t e r é s se t r a s l a d a de h e c h o de la explicación del
c i o n e s s o c i a l e s : las c o n d i c i o n a n y e s t á n a su vez c o n d i c i o n a d a s por
c o m p o r t a m i e n t o individual, t o m a d o aisladamente, a la observación
las n o r m a s y los v a l o r e s de la s o c i e d a d c i r c u n d a n t e , a t r a v é s de un
de las i n t e r a c c i o n e s que o c u r r e n e n t r e los diversos m i e m b r o s de la
equilibrio dinámico.
familia y, en fin, e n t r e la familia e n t e n d i d a c o m o u n i d a d y los
D e e q u i l i b r i o d i n á m i c o habla t a m b i é n L é v i - S t r a u s s c u a n d o afirma,
o t r o s s i s t e m a s q u e i n t e r a c t ú a n con ella.
a p r o p ó s i t o de la r e l a c i ó n e n t r e g r u p o social y familias q u e lo cons¬
En un p l a n o p r á c t i c o , u n a o b s e r v a c i ó n d e d i c a d a a e s t u d i a r los
t i t u y e n , q u e tal r e l a c i ó n " n o es e s t á t i c a c o m o la q u e e x i s t e e n t r e la
d a t o s y a las p e r s o n a s en f u n c i ó n de la d i n á m i c a i n t e r a c t i v a , m á s
p a r e d y los l a d r i l l o s q u e la c o m p o n e n . Es m á s bien un p r o c e s o diná¬
m i c o de t e n s i ó n y o p o s i c i ó n con un p u n t o de e q u i l i b r i o e x t r e m a ¬ bien q u e de los significados i n t r í n s e c o s , es decir u n a óptica r e l a c i o -
d a m e n t e difícil d e e n c o n t r a r , p o r q u e s u l o c a l i z a c i ó n e x a c t a está nal-sistémica, contrasta decididamente con l a h a b i t u a l visión m e -
s o m e t i d a a infinitas v a r i a c i o n e s q u e d e p e n d e n del t i e m p o y de la c a n i c i s t a - c a u s a l de los f e n ó m e n o s , q u e d u r a n t e siglos ha d o m i n a d o
s o c i e d a d " (Lévi-Strauss, 1967). nuestra cultura influyendo sobre n u e s t r a s m o d a l i d a d e s d e pensa¬

P o r c o n s i g u i e n t e , si b i e n es v e r d a d q u e c e n t r a r la o b s e r v a c i ó n en miento más cotidianas.


la familia es u n a o p c i ó n s u b j e t i v a , a r b i t r a r i a y l i m i t a t i v a , sigue s i e n d o Afirmar q u e el c o m p o r t a m i e n t o de un i n d i v i d u o es causa del
sin e m b a r g o c i e r t o q u e "la familia, en t a n t o i n s t a n c i a de socializa¬ c o m p o r t a m i e n t o de o t r o i n d i v i d u o es un error e p i s t e m o l ó g i c o , tal
ción - s e g ú n la d e n o m i n a c i ó n de P a r s o n s - se ubica bastante antes c o m o lo es decir que un n i ñ o es " m a l o " en la escuela p o r q u e la fa¬
de la e s c u e l a , de los m o v i m i e n t o s j u v e n i l e s , de las p a n d i l l a s de ado¬ milia no lo ha e d u c a d o a d e c u a d a m e n t e ( según u n a lógica l i n e a l :
l e s c e n t e s o s i m p l e m e n t e del g r u p o d e c o e t á n e o s , c o m o i n t e r m e d i a ¬ d e f e c t u o s a e d u c a c i ó n f a m i l i a r - > mal c o m p o r t a m i e n t o del n i ñ o e n
ria e n t r e lo que es p r o p i o de lo i n d i v i d u a l , de lo n a t u r a l , de lo pri¬ la e s c u e l a ) .
v a d o , y lo q u e p e r t e n e c e a lo s o c i a l , a lo c u l t u r a l , a lo p ú b l i c o " El e r r o r de p r e s e n t a r los p r o b l e m a s en t é r m i n o s d i á d i c o s de cau¬
(Hochmann, 1973). sa-efecto consiste en p u n t u a r arbitrariamente una situación de por
Por lo t a n t o , si p a r t i m o s de la p r e m i s a de q u e la familia es un sí circular, a i s l a n d o un d a t o del c o n t e x t o p r a g m á t i c o de los q u e lo
s i s t e m a entre o t r o s s i s t e m a s , la e x p l o r a c i ó n de las r e l a c i o n e s inter¬ han p r e c e d i d o y de los q u e lo seguirán i n m e d i a t a m e n t e en el tiem¬
p e r s o n a l e s y de las n o r m a s q u e r e g u l a n la vida de los g r u p o s en los p o . D e n t r o d e u n a p e r s p e c t i v a sistémica p a r e c e b a s t a n t e l i m i t a t i v o
q u e e l i n d i v i d u o está m á s a r r a i g a d o será u n e l e m e n t o i n d i s p e n s a b l e el significado de m u c h a s i n t e r v e n c i o n e s , sean f a r m a c o l ó g i c a s o psi-
p a r a l a c o m p r e n s i ó n d e los c o m p o r t a m i e n t o s d e q u i e n e s f o r m a n c o t e r a p é u t i c a s , f u n d a d a s s o b r e el s u p u e s t o de que el o b j e t o de la
p a r t e de é s t o s y p a r a la r e a l i z a c i ó n de u n a i n t e r v e n c i ó n significati¬ terapia es el i n d i v i d u o " e n f e r m o " . En r e a l i d a d , las m o d a l i d a d e s de
va en s i t u a c i o n e s de e m e r g e n c i a . abordaje q u e se o r i g i n a r o n en la i n v e s t i g a c i ó n psicológica y psi¬
q u i á t r i c a t r a d i c i o n a l , en especial en el á m b i t o de la infancia y la
a d o l e s c e n c i a , se o r i e n t a r o n casi e x c l u s i v a m e n t e a o b s e r v a r al indi¬
viduo como un organismo separado, considerando a b s o l u t a m e n t e
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"En ciertas circunstancias los problemas surgen simplemente porque se m a r g i n a l e s t o d o s los d e m á s c o m p o n e n t e s que i n t e r a c t ú a n con él.
ha intentado erróneamente cambiar una dificultad existente, o bien - lo que El e n f o q u e familiar, en e f e c t o , ha sido a c e p t a d o con m u c h a s re-
es aun más a b s u r d o - una dificultad inexistente" (Watzlawick, 1974).
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TERAPIA FAMILIAR LA F A M I L I A COMO SISTEMA R E L A C I O N A L 25

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l i c e n c i a s en el s e c t o r de la i n f a n c i a , t a n t o en los E s t a d o s Uni¬ la m a y o r p a r t e de los p r o f e s i o n a l e s creen q u e p u e d e n explicar el
d o s , d o n d e se o r i g i n ó , c o m o en E u r o p a y en p a r t i c u l a r en Italia, c o m p o r t a m i e n t o " p e r t u r b a d o " i m a g i n a n d o q u e el n i ñ o o el a d u l t o
d o n d e la p s i q u i a t r í a infantil ha p u e s t o s i e m p r e el a c e n t o s o b r e el que l o m u e s t r a está " e n f e r m o " .
análisis m á s o m e n o s prolijo de los c o n f l i c t o s i n t e r n o s del n i ñ o y En este s e n t i d o la lógica de la internación en un m a n i c o m i o o en
de sus p r o b l e m a s de p e r s o n a l i d a d , p r e s c i n d i e n d o de la o b s e r v a c i ó n un p a b e l l ó n de c r ó n i c o s a p a r e c e d e c i d i d a m e n t e c o m o carcelaria y
p r o f u n d i z a d a de las r e l a c i o n e s familiares y s o c i o a m b i e n t a l e s del ni¬ claramente antisistémica.
ño m i s m o , c o n s i d e r a d a s de p o c a i m p o r t a n c i a o a lo s u m o analiza¬ La intervención sobre la crisis, c u a n d o se la realiza, t e r m i n a in¬
das sólo en el nivel t e ó r i c o . v a r i a b l e m e n t e por c o n d u c i r a u n a fase de a i s l a m i e n t o si el c i r c u i t o
No se a p a r t a m u c h o de este p u n t o de vista, por lo m e n o s en los del t e m o r y de la c o n s i g u i e n t e d e l e g a c i ó n , por un c o m p o r t a m i e n t o
r e s u l t a d o s , e l m é t o d o d e trabajo del e q u i p o m é d i c o - p s i c o - p e d a g ó - c o n s i d e r a d o con excesiva p r e c i p i t a c i ó n c o m o p e l i g r o s o o a n o r m a l ,
gico en el c u a l , a u n q u e se p o n g a t a m b i é n el a c e n t o s o b r e el análisis no se s u s t i t u y e por un e n f o q u e t e n d i e n t e a c a p t a r sus a s p e c t o s
de las r e a l i d a d e s c o n t e x t ú a l e s del n i ñ o , la f r a g m e n t a c i ó n de las in¬ c o n t e x t ú a l e s m á s significativos y a descifrar su lenguaje en térmi¬
t e r v e n c i o n e s y la j e r a r q u i z a c i ó n rígida de los roles p r o f e s i o n a l e s nos r e l a c i ó n a l e s , para e n f r e n t a r luego el real p r o b l e m a q u e reside
lleva m á s a u n a c o l e c c i ó n t e ó r i c a , a r b i t r a r i a y l i m i t a t i v a de los da¬ m u c h o m á s a m e n u d o entre las p e r s o n a s que en la p e r s o n a q u e re¬
t o s , q u e a un real c o n o c i m i e n t o de las n e c e s i d a d e s del n i ñ o y de su sulta ser la m á s i m p l i c a d a .
familia. El n i ñ o en d i f i c u l t a d e s es con frecuencia o b j e t o de o b s e r v a c i ó n
El r e q u e r i m i e n t o de i n f o r m a c i o n e s y la o b s e r v a c i ó n d i r e c t a del según u n a m o d a l i d a d no d i s í m i l de la que aplica el l a b o r a t o r i s t a en
contexto" en q u e se originó un d e t e r m i n a d o c o m p o r t a m i e n t o o sus i n v e s t i g a c i o n e s : su c o m p o r t a m i e n t o " e n f e r m o " o " d e s v i a d o "
la c o n f r o n t a c i ó n e n t r e m o d o s d i v e r s o s de definir el p r o b l e m a por será el p r e p a r a d o que se analizará en el m i c r o s c o p i o en la fase diag¬
p a r t e de los d i r e c t a m e n t e i m p l i c a d o s en él, está en v e r d a d m u y li¬ nóstica.
m i t a d a en los c e n t r o s m é d i c o s , en los a m b u l a t o r i o s n e u r o l ó g i c o s y La t e r a p i a variará a d e m á s s e g ú n las e x i g e n c i a s : u n a s veces se ba¬
p s i q u i á t r i c o s , e n los c e n t r o s d e h i g i e n e m e n t a l , j u s t a m e n t e p o r q u e sará en f á r m a c o s , o t r a s se o r i e n t a r á según t é r m i n o s p e d a g ó g i c o s , o
será más i n t e n s i v a c o m o en el caso de u n a t e r a p i a de j u e g o , p e r o
s i e m p r e t r a s l u c i r á un e n f o q u e d i a g n ó s t i c o dirigido a aislar el órga¬
10 no e n f e r m o del c o n j u n t o de las o t r a s r e l a c i o n e s significativas.
En el curso de este libro dedicaré m u c h o espacio al trabajo realizado en
el á m b i t o de niños y adolescentes, porque en mi opinión la validez de la tera¬ Un m o d o c o m p l e t a m e n t e d i s t i n t o de p l a n t e a r el p r o b l e m a con¬
pia familiar es directamente proporcional a la precocidad del tratamiento, res¬ siste en c o n s i d e r a r a la familia c o m o un s i s t e m a del cual el n i ñ o for¬
p e c t o del proceso de estructuración de un cierto c o m p o r t a m i e n t o "patológi¬ ma p a r t e (que sólo es o b v i a m e n t e u n o e n t r e v a r i o s , c o m o la escue¬
c o " , en sistemas todavía susceptibles de transformaciones significativas. la, el b a r r i o , el clan, e t c é t e r a ) y en c u y o á m b i t o p u e d e asumir un
11
La importancia fundamental del c o n t e x t o en que tiene lugar toda significado e l ' c o m p o r t a m i e n t o " d i v e r s o " . Se p r e s c i n d e así de la
c o m u n i c a c i ó n humana es una adquisición reciente de la indagación socio- necesidad de r e c o n s t r u i r u n a historia y una e v o l u c i ó n clínica con
psicológica. Frases, relaciones, actitudes, estados de ánimo asumen un signifi¬
p u r o s fines a n a m n é s i c o s : se prefiere c o m e n z a r de c e r o , a n a l i z a n d o
cado respecto de una situación específica, o sea, de las circunstancias particu¬
lares que, en un preciso m o m e n t o , circundan a una o más personas e influyen las r e l a c i o n e s que e x i s t e n aquí y ahora e n t r e el n i ñ o y la familia,
en su c o m p o r t a m i e n t o . No evaluar todo esto puede significar atribuir a un en un ú n i c o a c t o de o b s e r v a c i ó n .
c o m p o r t a m i e n t o dado un significado totalmente distinto, hasta llegar a consi¬ Este t i p o de análisis ha sido o b j e t o de m u c h a s c r í t i c a s por p a r t e
derarlo anormal, insensato, malvado, absurdo, delictivo, etcétera. Resultará
de q u i e n e s han visto en él u n a m o d a l i d a d a c r í t i c a y más p a r t i c u l a r :
tanto más incomprensible cuanto más rígida y convencional sea la perspectiva
del observador. "Si un hombre se lava los dientes en una calle llena de gente m e n t e un e n f o q u e que t e r m i n e por d e s i n t e r e s a r s e de la historici¬
en lugar de hacerlo en su baño, es muy fácil que termine en una dependencia dad del i n d i v i d u o . Se t r a t a , sin e m b a r g o , de u n a crítica superficial,
policial o quizás en el m a n i c o m i o " (Watzlawick, 1971). en t a n t o a través del análisis de las r e l a c i o n e s i n t e r p e r s o n a l e s más
26 TERAPIA FAMILIAR L A FAMILIA C O M O SISTEMA RELACIONAL 27

significativas y actuales de los c o m p o n e n t e s de una familia se lle¬ en enviarlas a un g u e t o u r b a n o , asignándoles la tarea de planear có¬
gará n e c e s a r i a m e n t e a vincular los datos o b s e r v a d o s con la evolu¬ mo actuar con familias en dificultades y p r o p o r c i o n á n d o l e s simul¬
ción histórica de la familia m i s m a , en un cuadro s i s t é m i c o , es de¬ t á n e a m e n t e un sistema de información que contenga todo lo que
cir, no l i m i t á n d o s e a una investigación etiológica de claro cuño mé¬ s a b e m o s sobre i n d i v i d u o s , familias y sistemas sociales, incluido el
dico. c o n o c i m i e n t o de la teoría general de los sistemas, de la cibernética,
Hacerlo significa considerar a la familia c o m o un sistema relacio- de la teoría de la i n f o r m a c i ó n , de la a n t r o p o l o g í a cultural, de la
nal, es decir, no c o m o la suma de una serie de c o m p o r t a m i e n t o s in¬ cinética de la e c o l o g í a general y s o c i a l , 13
de la territorialidad hu¬
dividuales s e p a r a d o s , sino c o m o algo q u e , aun i n c l u y e n d o t o d o mana, e t c é t e r a " (Auerswald, 1 9 7 2 ) .
e s o , de alguna manera lo supera y lo articula en un c o n j u n t o fun¬ En la d i m e n s i ó n histórica y s o c i o p o l í t i c a italiana, considero que
12
cional. el m o d e l o sistémico puede asumir significados y perspectivas dis¬
Una vez d e s v i a d o el foco de una óptica individual a una sisté- tintos de los que tuvo en el c o n t e x t o n o r t e a m e r i c a n o , donde glo¬
m i c a , también la i n t e r v e n c i ó n familiar resulta trunca y parcial si no b a l m e n t e las técnicas psiquiátricas aun más avanzadas han termina¬
permite incluir en su c a m p o de indagación las otras realidades sig¬ do por sumergirse en la realidad sin analizarla p o l í t i c a m e n t e , con
nificativas que interactúan con la familia: la escuela, el trabajo de el resultado ú l t i m o de reducir a un ámbito t é c n i c o , s e c t o r i a l i z a d o ,
los padres, el barrio, la v e c i n d a d , el grupo de c o e t á n e o s . toda posibilidad de transformación de la realidad misma. Sólo si
Tal peligro ha sido subrayado por uno de los más geniales tera¬ logramos superar la d i c o t o m í a entre el acto técnico y el acto polí¬
peutas familiares, Salvador M i n u c h i n , cuando afirma que "el cam¬ tico y cerrar la fractura entre las líneas propias de la investigación
po que enfoca la terapia familiar es n e c e s a r i a m e n t e más amplio s o c i o l ó g i c a en el plano de los grandes grupos y las de la investiga¬
q u e el de la psiquiatría infantil t r a d i c i o n a l , pero i n c l u s o la terapia ción interpersonal en el plano de los p e q u e ñ o s grupos (donde es
familiar ha t e n d i d o a limitar sus i n t e r v e n c i o n e s al á m b i t o familiar, más urgente el r e q u e r i m i e n t o de ayuda psicológica y terapéutica),
sin ampliar su c a m p o a la escuela, el barrio, o en algunos casos in¬ p o d r e m o s llegar a mirar al individuo c o m o una unidad; sobre t o d o ,
cluso a la familia e x t e n s a " ( M i n u c h i n , 1 9 7 0 ) . se restituirá la subjetividad al p a c i e n t e , que se sentirá m e n o s dis¬
En tal s e n t i d o , Auerswald divide a los e s t u d i o s o s de los proble¬ tinto y cada vez más parte viva de la colectividad social.
mas familiares en tres c a t e g o r í a s : El c o n c e p t o de enfermedad mental individual ha entrado en cri¬
sis, y j u n t o con él, toda la psiquiatría tradicional. "La respuesta
1) aquellos c u y o m o d o de valorar un p r o b l e m a sigue una epis¬ parece estar implícita en la crisis: es la p s i c o l o g í a social, la psiquia¬
t e m o l o g í a tradicional lineal; tría de las familias, de los grupos, de las c o m u n i d a d e s , la psiquia¬
2) a q u e l l o s que han desarrollado una e p i s t e m o l o g í a e c o l ó g i c a o tría de los trastornos c o l e c t i v o s . Pero en este punto conviene pre¬
han virado hacia ella; guntarse qué le pide el sistema p o l í t i c o a la psiquiatría, y si por
3) a q u e l l o s que están pasando de la primera a la segunda. acaso las nuevas tareas confiadas a esta disciplina no resultan bas¬
tante más i m p o r t a n t e s y, al m i s m o t i e m p o , más peligrosas que en
Y a d e m á s , al describir la manera en que se puede plantear un el p a s a d o " (Jervis, 1 9 7 5 ) .
programa de f o r m a c i ó n para j ó v e n e s terapeutas de la familia, afir¬ La peligrosidad será, en mi o p i n i ó n , particularmente acentuada
ma q u e : "La mejor manera de e x p o n e r a las personas interesadas a si persiste la discontinuidad entre el sistema p o l í t i c o y la satisfac¬
s i t u a c i o n e s en que deban razonar en t é r m i n o s e c o l ó g i c o s , consiste ción de las exigencias de la c o m u n i d a d en lo referente a asistencia

12
La totalidad se define como lo opuesto de la sumatividad y es una carac- 13
Para Herry Aponte "el enfoque ecológico-sistémico asegura que todo el
terística fundamental de los sistemas abiertos: el conjunto de las partes cons¬ proceso de planificación para una comunidad responda a las realidades y a las
tituye algo más y distinto de la suma de éstas. necesidades de esa misma comunidad" (Aponte, 1974).
28
TERAPIA FAMILIAR LA FAMILIA COMO SISTEMA RELACIONAL 29

(incluso p s i c o l ó g i c a ) ; la importancia me p a r e c e q u e se vincula con nera se t e r m i n a por reforzar el peso de la p e r t u r b a c i ó n , considera¬


la p o s i b i l i d a d de u n a s u p e r a c i ó n del c o n c e p t o de n e u t r a l i d a d téc¬ da cada vez más i n t r í n s e c a a la p e r s o n a , hasta hacerla inevitable.
nica, por u n a p a r t e , y de que llegue a soldarse lo individual con lo En la mejor de las h i p ó t e s i s una i n t e r v e n c i ó n farmacológica pro¬
social y lo c o m u n i t a r i o , por o t r a . d u c i r í a c a m b i o s m u y t r a n s i t o r i o s , p r o v o c a d o s d e u n m o d o mágico
Lo cual r e p l a n t e a , en ú l t i m o análisis, "la exigencia de c o n s i d e r a r desde el e x t e r i o r , y e x c l u i r í a a Gianni y al c o n t e x t o familiar de
q u e la p r á c t i c a p o l í t i c a y la t e r a p i a ( c o m o i n t e r v e n c i ó n que se rea¬ una b ú s q u e d a y de un e m p e ñ o c o m ú n en superar el p r o b l e m a .
liza r e s p e c t o del p e q u e ñ o g r u p o ) , son i n t e r v e n c i o n e s c u y a h o m o g e -
Proponer a Gianni una psicoterapia individual: p o d r í a llevar a
n e i d a d es f u n d a m e n t a l r e c o n o c e r y r e s p e t a r " ( C a n c r i n i , 1 9 7 4 ) .
una p r o f u n d i z a c i ó n de varios c o m p o n e n t e s de la p e r s o n a l i d a d de
G i a n n i y de sus conflictos i n t e r n o s o i n t e r p e r s o n a l e s , pero exlui¬
ELECCIÓN DE U N A INTERVENCIÓN ría, i n d u d a b l e m e n t e , a los p r o g e n i t o r e s , a la h e r m a n a y al c o n t e x t o
a m b i e n t a l , la b ú s q u e d a del c a m b i o estaría sólo a cargo de G i a n n i
La familia B i a n c h i , en la que G i a n n i , hijo de c a t o r c e a ñ o s , t i e n e o, mejor d i c h o , de la diada G i a n n i - t e r a p e u t a .
un c o m p o r t a m i e n t o r e b e l d e y se ve i m p l i c a d o r e p e t i d a m e n t e en
h u r t o s , t a n t o en su casa c o m o fuera de ella, p a d e c e un e v i d e n t e es¬
Lo que parece criticable en el enfoque individual no es por cier¬
tado de malestar.
to la p r o f u n d i z a c i ó n de conflictualidades internas del i n d i v i d u o ,
T r a t e m o s de o b s e r v a r d i f e r e n t e s p o s i b i l i d a d e s de i n t e r v e n c i ó n
sino la hipótesis c o n c e p t u a l según la cual se deben buscar las cau¬
p a r a p o d e r evaluar la m a n e r a de o b t e n e r un c a m b i o e s t a b l e del es¬
sas del c o m p o r t a m i e n t o disocial de Gianni d e n t r o de su p e r s o n a ,
t a d o de m a l e s t a r , es decir, q u e r e s u l t e l i b e r a d o r para G i a n n i y para
p r e s c i n d i e n d o , por e n d e , de un análisis relacional de los v í n c u l o s
t o d o el g r u p o familiar.
familiares y s o c i o a m b i e n t a l e s .
Mandar a Gianni al colegio: p e r m i t i r í a quizás q u e d i s m i n u y e r a Una m o d a l i d a d de i n t e r v e n c i ó n así c o n c e b i d a p u e d e tener con¬
t r a n s i t o r i a m e n t e el e s t a d o de m a l e s t a r de los p r o g e n i t o r e s ; sin du¬ s e c u e n c i a s n o t a b l e s en el p l a n o familiar y social. Al r e s p o n d e r al
da un m e n o r m a l e s t a r por p a r t e de éstos y de la h e r m a n a m a y o r , r e q u e r i m i e n t o de una familia en dificultades con un d i a g n ó s t i c o in¬
M a r i n a , en el e x t e r i o r , en t a n t o no se s e n t i r í a n s e ñ a l a d o s por los dividual y con una p r o p u e s t a de terapia que se desarrolla igual¬
v e c i n o s y c o n o c i d o s c o m o "la familia que tiene un l a d r ó n en la ca¬ m e n t e en el p l a n o individual, se p r o p o n e una explicación de este
sa". t i p o : G i a n n i se comporta de un m o d o disocial y rebelde p o r q u e es
disocial y r e b e l d e , y se c o r r o b o r a así con la a u t o r i d a d de un "ex¬
G i a n n i vivirá su e n v í o al colegio c o m o un castigo, por ser la
"oveja n e g r a " de la familia; es p r o b a b l e que al volver esté r e s e n t i d o p e r t o " un p r o c e s o de invalidación de la esencia misma de G i a n n i .
c o n t r a sus familiares, y el r e s u l t a d o ú l t i m o será un e m p e o r a m i e n t o A la familia de la que G i a n n i proviene y cuyas dificultades él ex¬
de su c o m p o r t a m i e n t o h a b i t u a l . presa, el d i a g n ó s t i c o y la sucesiva terapia individual p u e d e n p a r e -
cerle una realidad d e s a g r a d a b l e , pero en ú l t i m a instancia tranquili¬
Enviar a Gianni a una institución de reeducación: a c e n t u a r í a la zadora, p o r q u e la " e n f e r m e d a d " de Gianni explica las dificultades
c u l p a b i l i z a c i ó n del m u c h a c h o ; t a m b i é n los familiares s e n t i r í a n de la familia, sin c u e s t i o n a r a esta ú l t i m a , que sólo ha sufrido los
a m e n a z a d a su r e p u t a c i ó n social a r a í z de u n a m e d i d a m á s grave y efectos. 11

e s t i g m a t i z a n t e , que sólo s e t o m a p o r q u e s e vuelve " i n e v i t a b l e " .

Suministrar fármacos a Gianni: sería un i n t e n t o de c o n t e n c i ó n


" Esto resulla particularmente evidente en el caso de familias en las que
de un c o m p o r t a m i e n t o s o c i a l m e n t e i n a c e p t a b l e , al que se le aplica uno de los hijos esta afectado por una enfermedad orgánica; en estos casos se
u n a e t i q u e t a diagnóstica (caracterialidad, p e r t u r b a c i o n e s de la per¬ asiste a menudo a una limitación significativa de la autonomía del niño y a
s o n a l i d a d , e t c é t e r a ) para justificar el uso del f á r m a c o . De esta ma- tina amplificación del problema (bastante más allá de las características pro-
30 TERAPIA FAMILIAR
L A FAMILIA COMO SISTEMA RELACIONAL 31

En el plano del c o n t e x t o social, por ú l t i m o , el d i a g n ó s t i c o y la


zante de defensor del que parece débil (es decir, deberá conjurar
terapia individual de Gianni legitiman una praxis y una organiza¬
un deslizamiento de contexto desde su p r i m e r í s i m o c o n t a c t o con
ción de la asistencia basada en el m o d e l o m é d i c o de la enfermedad
el sistema familiar).
y en roles p r o f e s i o n a l e s que acentúan los de la tradición m é d i c o -
Una gran m a y o r í a de las familias es derivada a terapia con un
quirúrgica; el resultado ú l t i m o de tal proceder es n e c e s a r i a m e n t e
d i a g n ó s t i c o , ya formulado de a n t e m a n o , referente a una disfun¬
un p r o c e s o gradual de m a r g i n a c i ó n y de amplificación de la diver¬
ción de uno de sus m i e m b r o s . Los familiares m i s m o s , por otra
sidad; la disocialidad de Gianni, una vez etiquetada, será el órgano
parte, aun en ausencia de tal circunstancia, se muestran fuerte¬
e n f e r m o que hay que curar y devolver curado. Familia y comuni¬
mente c o n d i c i o n a d o s a razonar según la lógica de la delegación ab-
dad no se sentirán p a r t í c i p e s , en ningún nivel, de un p r o c e s o vivi¬
soluta al técnico, que deberá modificar lo que no funciona en el
do c o m o m á g i c o , y en t o d o caso realizado sin que se requiera una
paciente identificado, o, a lo s u m o , proporcionarles algunas indi¬
i m p l i c a c i ó n directa de aquéllas.
caciones de c o m p o r t a m i e n t o para salir del problema, sin esperar,
O b s e r v e m o s ahora una intervención sistémica, partiendo de al¬ por lo d e m á s , ningún requerimiento de participación directa de
gunas premisas g e n e r a l e s . El terapeuta convocará a la familia en ellos en la s o l u c i ó n .
p l e n o , tratando de establecer desde el primer m o m e n t o una atmós¬
Es s o r p r e n d e n t e observar c ó m o una redefinición clara y oportu¬
fera confidencial y colaborativa. Muchas familias, en e f e c t o , ya
na de las c o m p e t e n c i a s en j u e g o puede llevar a m e n u d o a una
han e n s a y a d o varios c a m i n o s en busca de la solución del problema,
transformación radical de la terapia. Esta ya no se basará sobre un
sin o b t e n e r ningún resultado. Pedir ayuda externa quizás signifique
estereotipo de intervención técnica, orientada a buscar una solu¬
para ellas una c o n f i r m a c i ó n de su incapacidad para resolver autó¬
ción sea en la habilidad o en la reputación del m é d i c o o del traba¬
n o m a m e n t e sus propias dificultades. Es fácil que piensen que que¬
jador social en general, sea en la acción milagrosa del fármaco, sino
darán u l t e r i o r m e n t e e x p u e s t a s a las críticas del terapeuta. El h e c h o
que se fundará sobre el análisis sistémico de los problemas reales
m i s m o de que se las llame a la consulta c o m o grupo resulta con
de la familia y sobre la activación de todas las valencias positivas y
frecuencia e m b a r a z o s o ; alguno de los familiares p u e d e sentirse
autoterapéuticas que t o d o n ú c l e o social posee en su interior. Será
arrastrado contra su voluntad a una empresa de la que no piensa
e n t o n c e s el sistema familiar el que tomará a su cargo la gestión de
o b t e n e r m u c h o s b e n e f i c i o s , e incluso quizás resulte perjudicado.
los p r o b l e m a s relaciónales que se van e v i d e n c i a n d o y se constitui¬
En particular, el niño o el a d o l e s c e n t e " p e r t u r b a d o " es general¬
rá en el eje del proceso t e r a p é u t i c o .
m e n t e el más r e s e n t i d o , en tanto lo llevan a la terapia porque él es
el " p r o b l e m a " de la familia. Siguiendo esta lógica, ya no tiene sentido razonar según una
modalidad diagnóstica tradicional, y por ende es también inútil
Será m i s i ó n del terapeuta crear un c o n t e x t o terapéutico tran¬
el uso de c o n c e p t o s y términos inherentes al m o d e l o m é d i c o . El
q u i l i z a d o r y c o l a b o r a t i v o evitando asumir el rol de j u e z que debe
terapeuta relacional podrá en cambio ubicarse en una primera fase
p r o n u n c i a r una s e n t e n c i a , o el de aliado de alguno, o el rol parali-
c o m o consultor de los problemas que la familia trae a la terapia, y
en seguida c o m o supervisor de los esfuerzos realizados por ésta en
pias del mal), ambas ligadas tanto a los supuestos culturales y al prejuicio so- el curso sucesivo de la terapia.
cial respecto de ciertas enfermedades (epilepsia, espasticidad, retardo mental, Para realizarlo el trabajador social debe entrar a formar parte del
mongolismo) como a la utilización de la perturbación orgánica, que se realiza
sistema familiar con su bagaje técnico de experiencias, pero tam¬
en el ámbito del sistema familiar. Un tratamiento centrado únicamente sobre
el niño que presenta una de estas afecciones termina oficializando su rol de bién con su personalidad, su fantasía, su sentido del humor, su ca
enfermo y explicando a los familiares el origen de sus conflictos, sin cuestio¬ pacidad para participar en las e m o c i o n e s de los demás, renuncian
nar en lo más mínimo el prejuicio social. La perturbación orgánica será enton¬ do al atavío mágico y falso del "curador" 15

ces un pozo donde vendrán a confluir las tensiones familiares y extrafamilia-


res y de donde todos se sentirán autorizados a extraer lo que les plazca. 15
"Cuando el terapeuta se permite transformarse en un 'curado', la fa-
I:
< TERAPIA FAMILIAR
LA F A M I L I A C O M O SISTEMA R E L A C I O N A L 33
Así, deberá estar t a m b i é n en c o n d i c i o n e s de evaluar si una inter¬
vención t e r a p é u t i c a es correcta o no lo es, negando la terapia en Rechazo por parte de la escuela y frustración de las expectativas
los casos en que el " p r o b l e m a " sea la resultante de c o n t r a d i c c i o n e s parentales, negados en el nivel paternal, terminan por llevar a Gianni
sociales, e n m a s c a r a d a s d e t r á s de un s í n t o m a p s i q u i á t r i c o , o bien al ú n i c o c o m p o r t a m i e n t o a u t ó n o m o de que dispone: el s í n t o m a .
c u a n d o la familia se vea forzada a aceptar, sin q u e r e r l o , una inter¬ Otra fuente de malestar extrafamiliar, b a s t a n t e más grave, puede
v e n c i ó n p o r q u e se la i m p o n e algún otro (la escuela, i n s t i t u t o , etcé¬ ser la d e s o c u p a c i ó n del p a d r e y una consiguiente inseguridad social;
tera). en este caso los h u r t o s de Gianni funcionan como campana de alar¬
V o l v i e n d o ahora a la familia Bianchi, querría señalar que los ro¬ ma de una disfunción social de alcance más amplio, y la atención
bos de Gianni se t o m a r á n de t o d o s m o d o s en c o n s i d e r a c i ó n ; el te¬ deberá centrarse n e c e s a r i a m e n t e en el nivel sociopolítico más que
r a p e u t a indagará e m p e r o sobre el p r o b l e m a en t é r m i n o s relacióna¬ en t é r m i n o s e s t r i c t a m e n t e t e r a p é u t i c o s . Esto significa que al traba¬
les: saber c ó m o , d ó n d e , c u á n d o , con quién, por qué Gianni roba j a d o r psiquiátrico se le requiere un c o n o c i m i e n t o profundizado
no será i m p o r t a n t e para hacer un diagnóstico de e s t r u c t u r a de la del c o n t e x t o social, que es d o n d e nace la necesidad específica, para
personalidad del m u c h a c h o , sino más bien para observar y explorar c o m p r e n d e r los límites y el significado de su propia acción técnica;
los efectos de estos c o m p o r t a m i e n t o s sobre los otros m i e m b r o s de c o n o c i m i e n t o t a n t o más indispensable si se quiere ver la situación
la familia y también fuera de ella (profesores, c o e t á n e o s , parientes, en t é r m i n o s correctos de relaciones entre sistemas.
e t c é t e r a ) , y en seguida para ver c ó m o el c o m p o r t a m i e n t o de estos Misión del t e r a p e u t a es por lo tanto c o m p r e n d e r el p r o b l e m a en
ú l t i m o s incide sobre el de Gianni y, en fin, el c o n t e x t o general en t é r m i n o s relaciónales m e d i a n t e la c o n t r i b u c i ó n de t o d o s los miem¬
que o c u r r e n estas i n t e r a c c i o n e s . bros de la familia, y trazar en su mente un " m a p a " de la estructura
Por ejemplo, siguiendo una óptica relacional, los h u r t o s de Gian¬ familiar, es decir, como resultante de las interacciones más signifi¬
ni p o d r á n r e p r e s e n t a r una m o d a l i d a d más o m e n o s explícita me¬ cativas, t a n t o intra c o m o extrafamiliares.
d i a n t e la cual la m a d r e puede criticar el m o d e l o educativo p a t e r n o E n t o n c e s el terapeuta podrá pedir a cada u n o de los m i e m b r o s
o su a u s e n t i s m o en la gestión familiar; o para el padre, la confirma¬ de la familia, incluido Gianni, que definan j u n t o s un objetivo que
ción de la " j u s t a " rebelión del hijo ante una actitud materna p r o d u z c a un c a m b i o estable y dé solución al problema. T a m b i é n
aprensiva y perfeccionista, o para Marina una fácil c o b e r t u r a ten¬ pedirá a cada u n o que defina en términos concretos su propia con¬
diente a o b t e n e r m a y o r a u t o n o m í a en el exterior, d e n t r o de un tribución para lograr el objetivo c o n c e r t a d o . En estos términos la
a m b i e n t e familiar rígido y a u t o r i t a r i o ; para Gianni, por ú l t i m o , un terapia ya no es algo m i s t e r i o s o , venido de lo alto, sino que repre¬
m o d o , a u n q u e agresivo, de i m p o n e r sus propias " r e g l a s " a sus pro¬ senta más bien el fruto de un c o m p r o m i s o de colaboración, ratifi¬
g e n i t o r e s , con el fin de o b t e n e r m a y o r l i b e r t a d ; en o t r o s casos los cado por t o d o s , j u n t o con un extraño privilegiado, que desempeña
h u r t o s del m u c h a c h o p u e d e n cumplir una función p r o t e c t o r a res¬ así la función de activador y mediador de la familia.
p e c t o de los conflictos conyugales, que podrán así ser desviados Por otra p a r t e , si los c o m p o n e n t e s extrafamiliares del problema
m e d i a n t e el rol delictivo d e s e m p e ñ a d o por Gianni. que presenta Gianni fueran los de m a y o r gravitación, será tarea del
En un análisis sistémico los h u r t o s de Gianni p u e d e n indicar tam¬ t e r a p e u t a , por ejemplo, p r o p o n e r una intervención basada en una
bién un malestar respecto del m u n d o e x t e r n o , o traducir un pro¬ confrontación más clara y activa entre escuela y familia c o m o ins-
16
blema más c o m p l e j o . Gianni repite el a ñ o , se ve r e c h a z a d o por la tituciones o denunciar un estado de disfunción social insosteni-
escuela y a d e m á s siente que ha frustrado las expectativas de sus pa¬
dres a causa de su mal r e n d i m i e n t o escolar.
16
"Una contradicción que el terapeuta tiene a menudo que manejar. es la
de aceptar en terapia problemas cuyo mandante no está representado por la
müia entra en disfunción para esperar que éste cumpla su trabajo" (Bowen, familia, sino por otras instituciones, por ejemplo la escuela. Son frecuentes
1966). los casos en que los padres son objeto de una especie de chantaje, "por el bien
del niño', por ejemplo cuando la aceptación en la clase o la promoción están
14 TERAPIA FAMILIAR LA FAMILIA COMO SISTEMA RELACIONAL 35

b l e ; su acción p o d r á consistir de n u e v o en u n a tarea de m e d i a c i ó n e v i d e n t e s de sus m i e m b r o s y a liberar al p a c i e n t e identificado de las


y a c t i v a c i ó n de los i n t e r l o c u t o r e s más d i r e c t a m e n t e i m p l i c a d o s en t e n s i o n e s v i n c u l a d a s con su c o n d i c i ó n de chivo e m i s a r i o , y la inter¬
el p r o b l e m a , para salir luego d e f i n i t i v a m e n t e del c a m p o . vención en la c o m u n i d a d a evidenciar la relación e x i s t e n t e e n t r e
A n a l i z a r en t é r m i n o s s i s t é m i c o s resulta sin duda m á s difícil que los p r o b l e m a s de esa familia específica y los de o t r o s n ú c l e o s socia¬
f o r m u l a r d i a g n ó s t i c o s i n d i v i d u a l e s , así c o m o i n t e r v e n i r e f i c a z m e n t e les, en un i n t e n t o de r o m p e r el c í r c u l o vicioso del o s t r a c i s m o social.
en t é r m i n o s r e l a c i ó n a l e s es m á s c o m p l e j o que s u m i n i s t r a r f á r m a c o s ,
p e r o p a r e c e ser el c a m i n o j u s t o para una c o m p r e n s i ó n m á s h o n d a
del p r o b l e m a .
Un e n f o q u e r e l a c i o n a l - s i s t é m i c o r e q u i e r e e n t o n c e s una formación
seria y p r o f u n d a en c o n t a c t o con la c o m u n i d a d , que p e r m i t a supe¬
rar un m e r o c o n o c i m i e n t o a c a d é m i c o y t e ó r i c o de las p r o b l e m á t i c a s
i n t e r a c t i v a s , m e d i a n t e la s u p e r a c i ó n de viejos y r í g i d o s e s q u e m a s
de roles p r o f e s i o n a l e s , para asumir una c o m p e t e n c i a nueva y efec¬
tiva.
Por lo t a n t o , si bien las m o t i v a c i o n e s para una o p e r a t i v i d a d así
o r i e n t a d a p a r e c e n a l e n t a d o r a s , p r e o c u p a sin e m b a r g o la posibilidad
de q u e s o b r e la o n d a de una euforia suscitada por el d e s c u b r i m i e n t o
de un i n s t r u m e n t o o p e r a t i v o i n d u d a b l e m e n t e eficaz, se t e r m i n e
por recaer en un d i s c u r s o lineal de causa-efecto, en el cual la familia
venga a r e p r e s e n t a r el m o t i v o " c u l p a b l e " de las dificultades expre¬
s a d a s por u n o de sus m i e m b r o s . Hn este caso se c o r r e r í a el riesgo
de hacer pesar s o b r e la familia aquel m i s m o d i a g n ó s t i c o de enfer¬
m e d a d , p r e c e d e n t e m e n t e f o r m u l a d o respecto del p a c i e n t e indivi¬
d u a l . Y t o d o ello pese a un e n f o q u e que en el p l a n o t e ó r i c o finca
j u s t a m e n t e su originalidad en una observación circular de las reglas
ínter e intrasistémicas.
La t e r a p i a familiar y relacional, si se la capta y c o n d u c e de un
modo c o r r e c t o en el á m b i t o de la c o m u n i d a d , p u e d e c o n s i d e r a r s e
como una forma de psiquiatría social," en la cual la i n t e r v e n c i ó n
sobre la familia en p a r t i c u l a r t i e n d e a i l u m i n a r los conflictos más

sujetas a un tratamiento psicoterapéutico. En estas circunstancias el trata-


m i e n t o , sea con inclusión del niño o con la familia sola, resultaría incorrecto
por el simple hecho de que si una dificultad surge en un c o n t e x t o , también és-
te debe ser tomado en cuenta" (Andolfi-Menghi, 1976).
17
"La psiquiatría comunitaria es sólo un instrumento, no un fin, para lle¬
gar a la extinción de la enfermedad psiquiátrica entendida como etiqueta,
marginación y opresión, evitando crear un ídolo en la comunidad" (Andolfi y
otros, 1976).
LA FORMACIÓN DEL SISTEMA TERAPEUTICO 37

CAPITULO 2
i n m e d i a t o , en el " a q u í y a h o r a " de la s i t u a c i ó n , el e n t r e l a z a m i e n t o
de i n t e r a c c i o n e s familiares, la c o n g r u e n c i a entre mensajes verbales
LA FORMACIÓN DEL SISTEMA TERAPEUTICO y a n a l ó g i c o s , la u t i l i z a c i ó n del espacio y su significado p r a g m á t i c o ,
y m á s aun c o m p r e n d e r la relación t e r a p e u t a - s i s t e m a familiar de un
m o d o r e a l m e n t e más c o m p l e t o que el que se o b t i e n e con la mera
g r a b a c i ó n de a u d i o o con una simple discusión sobre el caso. Es
decir, facilita al t e r a p e u t a la posibilidad de " v e r " en t é r m i n o s sis-
t é m i c o s y m u e s t r a con fría objetividad qué difícil es el arte de la
EL EQUIPO T E R A P É U T I C O terapia.
Ú t i l í s i m a en m u c h o s casos es la r e p e t i c i ó n (playback/, es decir,
volver a ver y c o m e n t a r con la familia el v i d e o t a p e de alguna sesión
EL AMBIENTE TERAPÉUTICO
c o n s i d e r a d a crucial para el p r o c e s o t e r a p é u t i c o .

C r e o q u e es o p o r t u n o d e s c r i b i r el a m b i e n t e y las m o d a l i d a d e s P o r e j e m p l o , la familia T o z z i a c u d i ó a la terapia a raíz del mutis¬


1
con q u e a c t u a m o s c o n las f a m i l i a s , a n t e s de analizar el p r o c e s o mo de Marcella y la m a d r e trata por todos* los m e d i o s de hacer ha¬
terapéutico propiamente dicho. blar a la n i ñ a . Cada vez q u e ésta está a p u n t o de t o m a r una iniciativa
o s i m p l e m e n t e de abrir la b o c a , la m a m á se a n t i c i p a y la s u s t i t u y e ;
El a m b i e n t e t e r a p é u t i c o está c o n s t i t u i d o por u n a sala de t e r a p i a
la niña se vuelve cada vez más v a c i l a n t e y la m a d r e r e a c c i o n a esfor¬
m á s bien g r a n d e , p r o v i s t a de u n o s p o c o s o b j e t o s e s e n c i a l e s : un gru¬
z á n d o s e cada vez más en a l e n t a r l a ; así prosigue sin fin un c í r c u l o
p o d e sillas d i s p u e s t a s e n c í r c u l o , u n p i z a r r ó n m u r a l , u n a p e q u e ñ a
vicioso ( a d e m á s , si el m a r i d o le hace n o t a r algo, el r e s u l t a d o final
b i b l i o t e c a y una caja de j u e g o s , s i e m p r e p r e s e n t e c u a n d o se a t i e n d e
es un e n d u r e c i m i e n t o u l t e r i o r de la s i t u a c i ó n ) .
a familias con n i ñ o s . En esa sala están i n s t a l a d o s un espejo unidi¬
r e c c i o n a l y un e q u i p o a c ú s t i c o , q u e p e r m i t e n la visión y a u d i c i ó n C u a n d o se vuelve a ver el v i d e o t a p e de una s e c u e n c i a de esta clase,
d i r e c t a , d e s d e una h a b i t a c i ó n v e c i n a , por p a r t e del s u p e r v i s o r y del se le ofrece a la m a d r e u n a nueva posibilidad de c o m p r o b a r direc¬
g r u p o d e los o b s e r v a d o r e s .2 t a m e n t e q u e el efecto de su " a y u d a " es inhibir, en lugar de alentar,
a la n i ñ a , y por lo t a n t o , de imaginar s o l u c i o n e s diversas y b u s c a r
O t r o i n s t r u m e n t o técnico a nuestra disposición es una telecámara
alternativas de c o m p o r t a m i e n t o .
q u e p e r m i t e filmar las s e s i o n e s : de esa m a n e r a el c o n t e n i d o de éstas
p u e d e v o l v e r l o a ver y analizar el e q u i p o t e r a p é u t i c o y a v e c e s la fa¬ Una ventaja u l t e r i o r de volver a ver el v i d e o t a p e con la familia
milia m i s m a , m e d i a n t e u n a p a r a t o d e televisión d e c i r c u i t o c e r r a d o . c o n s i s t e en el efecto c o h e s i v o que esto p u e d e p r o d u c i r , de m o d o
que el " s i s t e m a familiar" se t r a n s f o r m a o p e r a t i v a m e n t e en un
El u s o de los m e d i o s a u d i o v i s u a l e s ha r e s u l t a d o m u y eficaz en la
" s i s t e m a t e r a p é u t i c o " , en el m o m e n t o en que la familia y el tera¬
f o r m a c i ó n del t e r a p e u t a r e l a c i o n a l : p e r m i t e e s t u d i a r d e u n m o d o
p e u t a e s t á n e m p e ñ a d o s e n u n esfuerzo c o m ú n .
D u r a n t e el p r i m e r e n c u e n t r o se informa a la familia de estas mo¬
1
Me refiero al trabajo con familias desarrollado en Roma, en el Centro d a l i d a d e s o p e r a t i v a s ; en la m a y o r í a de los casos no manifiesta nin¬
Studi della Comunicazione nei Sistemi-Terapia Familiare nell'Infanzia e nell' guna dificultad en a c e p t a r este p r o c e d i m i e n t o , que en ciertos aspec¬
A d o l e s c e n z a , y, en m e n o r medida, en el Instituto di Neuropsichiatria Infanti¬
t o s p u e d e p a r e c e r un p o c o i n v a s o r ; s u p e r a d o el m o m e n t o inicial, la
le de la Universidad de R o m a .
2
Más allá del aspecto asistencial, parte de nuestro trabajo tiende a la for-
3
m a c i ó n de trabajadores sociales en el campo de la terapia relacional; los ob¬ El uso de la repetición es un método para introducir en el curso del pro¬
servadores son en general estudiantes en formación que aprenden a "mirar" ceso terapéutico retroalimentaciones específicas para ese sistema, de m o d o
según una óptica sistémica. que puedan ocurrir correcciones o cambios y se prefiguren soluciones nuevas
para ese sistema particular (Alger, 1973).
LA FORMACIÓN DEL SISTEMA TERAPEUTICO
38 TERAPIA FAMILIAR

f a m i l i a o l v i d a q u e es o b s e r v a d a a t r a v é s de un e s p e j o , q u e la o y e n o g r o s y e r r o r e s q u e p u e d e n e s c a p a r a q u i e n no t i e n e la o p o r t u n i d a d
4
la filman; en el c u r s o de la terapia t e r m i n a por sentir la p r e s e n c i a de d i s p o n e r de u n a v i s i ó n g l o b a l y d e s a p e g a d a .
del s u p e r v i s o r y de los o b s e r v a d o r e s c o m o una forma de i n t e r é s y S e l v i n i y o t r o s ( 1 9 7 5 ) a f i r m a n q u e en las f a m i l i a s en t r a n s a c c i ó n
d e c o l a b o r a c i ó n a c t i v a p o r p a r t e d e u n e q u i p o q u e trata d e l o g r a r esquizofrénica la p r e s e n c i a del supervisor es conditio sine qua non
lo m i s m o que ella; que se resuelva el e s t a d o de malestar a raíz del para el é x i t o t e r a p é u t i c o , tal es la f a c i l i d a d c o n q u e e s t e t i p o de fa¬
cual se requirió la i n t e r v e n c i ó n . m i l i a i m p l i c a a l t e r a p e u t a e n sus p r o p i a s reglas d e c o m p o r t a m i e n t o .
A m e n u d o a l o s n i ñ o s , q u e e s t á n c u r i o s o s p o r el e s p e j o y p o r "lo Pero yo p i e n s o que este peligro está s u s t a n c i a l m e n t e presente c o n
q u e se ve d e s d e a t r á s " , se l o s lleva a la sala de o b s e r v a c i ó n , d o n d e c u a l q u i e r t i p o de f a m i l i a y q u e la c o m b i n a c i ó n t e r a p e u t a - s u p e r v i s o r
pueden familiarizarse c o n el supervisor y c o n el e q u i p o de observa¬ es la más indicada en una terapia estratégica de breve duración.
ción.
En el c u r s o de la t e r a p i a p u e d e o c u r r i r t a m b i é n q u e se le p i d a a LA RELACIÓN TERAPEUTA-SUPERVISOR
a l g u n o s m i e m b r o s d e l a f a m i l i a q u e o b s e r v e n d e s d e a r i a s del e s p e j o
a los otros c o m p o n e n t e s e m p e ñ a d o s en alguna actividad común?
La r e l a c i ó n e n t r e el t e r a p e u t a y el s u p e r v i s o r es el eje de u n a te¬
En algunos casos puede suceder que el supervisor, evaluada la rapia e s t r a t é g i c a a b r e v e p l a z o . La c a l i d a d de la r e l a c i ó n q u e se esta¬
u t i l i d a d d e s u p r e s e n c i a d i r e c t a e n u n c i e r t o p u n t o del t r a t a m i e n t o ,
b l e c e en la s e s i ó n e n t r e el t e r a p e u t a y la f a m i l i a es p r o p o r c i o n a l a
e n t r e en la sala de t e r a p i a y se u n a al t e r a p e u t a , c o n el fin de l l e g a r
la f l u i d e z de la r e l a c i ó n q u e e x i s t e en el s e n o de la pareja t e r a p é u t i c a .
j u n t o s a un d e t e r m i n a d o objetivo.
T a n t o en el caso en que el supervisor tiene más experiencia que el
E n o t r a s p a l a b r a s , e l e s p e j o u n i d i r e c c i o n a l r e p r e s e n t a u n diafrag¬
terapeuta (por e j e m p l o , en un programa de formación) c o m o cuando
ma permeable entre el sistema familia-terapeuta, e m p e ñ a d o en una
no e x i s t e n diferencias sustanciales de preparación entre a m b o s , se
acción directa sobre el t e r r e n o , y el s i s t e m a s u p e r v i s o r - g r u p o de
requiere un n o t a b l e grado de respeto y de m u t u a adaptabilidad; no
observación que, menos implicado emotivamente, puede tener una
e x i s t e , e n e f e c t o , u n a j e r a r q u í a d e n t r o d e l a pareja t e r a p é u t i c a , p e r o
v i s i ó n d e c o n j u n t o d e l o q u e e s t á o c u r r i e n d o , a l a n a l i z a r las s e c u e n ¬
e s n e c e s a r i a u n a d e f i n i c i ó n d e las r e c í p r o c a s r e s p o n s a b i l i d a d e s .
cias c o m u n i c a t i v a s que se efectúan entre los m i e m b r o s de la familia
Sus funciones son complementarias y en algunos aspectos se
y e n t r e é s t o s y el t e r a p e u t a . Es i n t e r e s a n t e n o t a r c ó m o el s u t i l dia¬
p a r e c e n a las d e l e n t r e n a d o r y el j u g a d o r , en el c u r s o de un p a r t i d o
f r a g m a del e s p e j o , q u e s e p a r a a l t e r a p e u t a del s u p e r v i s o r , l o g r a c r e a r
de fútbol.
una distancia tan significativa respecto de la emotividad presente
El e n t r e n a d o r o b s e r v a el c l i m a g e n e r a l del p a r t i d o , las j u g a d a s de
en la s e s i ó n , y p e r m i t e a l o b s e r v a d o r i n d i v i d u a l i z a r c o n m a y o r cla¬
6
c a d a u n o , p o n i é n d o l a s en r e l a c i ó n c o n las de los d e m á s , y t i e n e la
ridad redundancias comunicacionales, mensajes no verbales, peli-
posibilidad de hacer sugerencias, tanto más eficaces si se realizan
e n e l m o m e n t o j u s t o , e n e l c u r s o del p a r t i d o . Del m i s m o m o d o e l
s u p e r v i s o r i n c l u y e a la familia y al t e r a p e u t a en su c a m p o de obser¬
4
v a c i ó n p a r a f a v o r e c e r la f o r m a c i ó n y el m a n t e n i m i e n t o de un con¬
A las familias se les pide una autorización escrita para filmar las sesiones,
garantizándoles la estricta reserva profesional del material filmado y explicán¬ t e x t o c o l a b o r a t i v o , sugiriendo directivas al terapeuta, según un plan
doles las ventajas terapéuticas del método. m á s g e n e r a l de i n t e r v e n c i ó n . El j u g a d o r tiene a su c a r g o h a c e r ope¬
5
Volveré aún sobre este aspecto, cuando hable del significado estratégico r a t i v a s las s u g e r e n c i a s r e c i b i d a s , teniendo en debida cuenta la pre-
de la división de la familia en subsistemas, en los capítulos siguientes. míento. "La tendencia a circunscribir al máximo dentro de una configuración
6
Se definen como redundancias pragmáticas las secuencias comunicativas redundante los comportamientos posibles de cualquier dimensión particular,
que tienden a asumir carácter de repetitividad. Por ejemplo si B sigue siempre ha llevado a Jackson a caracterizar a las familias como sistemas regidos por
a A, entonces B es redundante, como también es redundante que A acepte
reglas" (Watzlawick, 1971).
siempre que B lo siga; esto puede informarnos sobre una regla de comporta-
4 0
TERAPIA FAMILIAR
LA FORMACIÓN DEL SISTEMA TERAPEUTICO 41

sencia de los d e m á s en el c a m p o y la situación de realidad en que


utilización, en calidad de coterapeuta temporario, de uno de los
debe a c t u a r en ese p r e c i s o m o m e n t o . En forma similar, c o r r e s p o n d e
m i e m b r o s de la familia, sea u n o de los progenitores, el paciente
al t e r a p e u t a t r a d u c i r en acción las directivas recibidas, sin renunciar
identificado, un adolescente o incluso u n o de los abuelos. Se trata
por ello a la p r o p i a e m o t i v i d a d y libertad de i n t e r v e n c i ó n , que re¬
en estos casos de una coterapia, no oficial, pero no por ello m e n o s
p r e s e n t a n una p a r t e esencial de la relación t e r a p é u t i c a .
útil, p o r q u e es m u c h o más significativo que la terapia se ejerza desde
Un t á n d e m de este t i p o , para que funcione bien, debe estar en
dentro que desde fuera del sistema. Haber e n c o n t r a d o un cotera-
c o n d i c i o n e s de resolver en cada o p o r t u n i d a d los p r o b l e m a s relació¬
peuta en la familia quiere decir haber entrado en ese sistema, y re¬
nales q u e i n d e f e c t i b l e m e n t e se p r e s e n t a n en el curso de un trabajo presenta un paso decisivo en el progreso t e r a p é u t i c o .
en c o m ú n .
Por lo t a n t o , hay que reservar m u c h o t i e m p o en la presesión y la
postsesión para discutir, en e q u i p o , estrategias, formular prescrip¬
LA PRIMERA SESIÓN
ciones, i n t e r c a m b i a r e s t a d o s de á n i m o , evaluar la eficacia dé las di¬
rectivas r e c i b i d a s , o b s e r v a r r e t r o a c c i o n e s , etcétera. ,
La primera sesión tiene una importancia fundamental, p o r q u e
D u r a n t e la sesión el t e r a p e u t a y el supervisor p u e d e n comunicarse
representa el primer e n c u e n t r o entre el sistema familiar y el tera¬
d i r e c t a m e n t e a través del i n t e r c o m u n i c a d o r o todas las veces que el
peuta y es paradigmática para la c o m p r e n s i ó n de un enfoque rela-
t e r a p e u t a c o n s i d e r e o p o r t u n o salir de la sala de terapia. Esto permite
cional.
un útil i n t e r c a m b i o de i n f o r m a c i o n e s y una puesta a p u n t o de la
Establecer un c o n t e x t o de abierta colaboración y confianza recí¬
s i t u a c i ó n , d e t e r m i n a n d o a l m i s m o t i e m p o una entrada o p o r t u n a
proca desde el inicio representa el objetivo central de esta sesión y
del t e r a p e u t a en el sistema supervisor-observadores, con la consi¬
7 el sustrato sobre el que se construirá una terapia válida.
guiente posibilidad de s e p a r a r s e e m o t i v a m e n t e de la s e s i ó n .
La diferencia sustancial r e s p e c t o de u n a relación de supervisión PRESESIÓN
indirecta, reside en la o b s e r v a c i ó n directa de lo que está s u c e d i e n d o
en la sesión y en la c o n s i g u i e n t e realización de intervenciones tera¬
En realidad, en la gran m a y o r í a de los casos, el primer e n c u e n t r o
p é u t i c a s que serán eficaces j u s t a m e n t e p o r q u e se efectúan de inme¬
colectivo va precedido por un c o n t a c t o telefónico, o por un breve
d i a t o : a d e m á s , intervenir "en c a l i e n t e " en la situación p e r m i t e evi¬
coloquio con alguno de los familiares o con un trabajador social (si
tar o corregir fácilmente errores t e r a p é u t i c o s que de otra manera
es este último el que aconseja la intervención). Es e x t r e m a d a m e n t e
t e r m i n a r í a n por a c r e c e n t a r , a n t e s que mejorar, el malestar de la
raro que el p r i m e r í s i m o c o n t a c t o ocurra con t o d o el grupo familiar.
familia.
En cada una de estas circunstancias, el terapeuta tiene m o d o de
Esta m o d a l i d a d t e r a p é u t i c a se diferencia de una coterapia en recoger informaciones útilísimas que luego deberán ser analizadas
t a n t o t e r a p e u t a y supervisor desarrollan misiones diversas de las en t é r m i n o s relaciónales: lo que refiera u n o de los familiares por
que d e s e m p e ñ a una pareja c o m ú n de t e r a p e u t a s , que actúan con¬ teléfono o en un coloquio individual preliminar o, más a m e n u d o ,
t e m p o r á n e a m e n t e en una sesión. Entre otras cosas, la experiencia el trabajador social (que actúa dentro de una institución), deberá
con este m o d e l o t e r a p é u t i c o nos ha d e m o s t r a d o qué eficaz es la ser considerado como una versión del problema y no como el pro-
blema, acerca del cual, en ese m o m e n t o , no se sabe a b s o l u t a m e n t e
7
nada.
"El supuesto principal de una supervisión directa parte de la comproba¬
ción de que toda familia puede absorber al terapeuta en los módulos de inte¬ El terapeuta relacional recibe, m e d i a n t e el llamado telefónico o
racción, impidiéndole actuar en favor del cambio; en otras palabras, el tera¬ el coloquio individual, una serie de informaciones que van más allá
peuta termina comportándose con la familia de m o d o de reforzar las mismas
de los c o n t e n i d o s específicos y que le permiten enterarse de algu¬
modalidades transaccionales que la llevaron a la terapia" (Montalvo, 1973).
nos aspectos transaccionales de indudable importancia.
42 TERAPIA FAMILIAR
LA F O R M A C I Ó N DEL SISTEMA T E R A P E U T I C O 43
El que telefonea, por e j e m p l o , puede ser e l m á s m o t i v a d o para
1) el e s t a d i o social, en q u e se recibe a la f a m i l i a y se la u b i c a
una i n t e r v e n c i ó n t e r a p é u t i c a , pero t a m b i é n el que quiere "arrastrar"
cómodamente;
a l o s o t r o s a la t e r a p i a . En a l g u n o s c a s o s el q u e l l a m a se p r o p o n e ,
2) el estadio de focalización d e l problema;
mediante un primer c o n t a c t o e x c l u s i v o , establecer con el terapeuta
una coalición' aun antes de c o n o c e r l o en p e r s o n a . Esto lo colocará 3) el estadio interactivo, en q u e se p i d e a los familiares q u e ha-

en una situación privilegiada y a c o n t i n u a c i ó n h a r á q u e se s i e n t a b l e n e n t r e sí;


autorizado para p r e s e n t a r s e c o m o el interlocutor más i m po rta nte e 4) el ú l t i m o estadio, en que se c o n c i e r t a el objetivo de la terapia.
i n f o r m a d o de la f a m i l i a .
Dando por entendido que esta esquematización pretende ser
Puede suceder, en cambio, que éste se u b i q u e en seguida en una
una s i m p l i f i c a c i ó n , v á l i d a s ó l o para f a c i l i t a r a l l e c t o r l a c o m p r e n s i ó n
situación c o m p e t i t i v a con el t e r a p e u t a m e d i a n t e u n a serie d e ma¬
del d e s a r r o l l o d e l a e n t r e v i s t a , a n a l i z a r e m o s a h o r a e n p a r t i c u l a r c a d a
niobras destinadas a ponerlo en g u a r d i a e i n f o r m a r l o del h e c h o de
uno de los e s t a d i o s .
q u e , si q u i e r e c o n o c e r a la f a m i l i a , d e b e r á s o m e t e r s e a sus r e g l a s : él
d e c i d i r á a q u i é n llevará c o n s i g o , la h o r a y el d í a del e n c u e n t r o , el
verdadero diagnóstico (en tanto formulado por él) del hijo, por
ejemplo cómo comprender e l p r o b l e m a sin i n c u r r i r e n errores de
evaluación, etcétera. I. ESTADIO SOCIAL
El que telefonea, mediante el t o n o de la v o z o los c o n t e n i d o s
verbales m i s m o s puede querer c o m u n i c a r que la s i t u a c i ó n es deses¬ En esta fase inicial el terapeuta se p r o p o n e ubicar a t o d o s los
p e r a d a , q u e en r e a l i d a d t o d a la c u l p a es d e l - h i j o o del c ó n y u g e o de miembros de la familia de m o d o que se sientan cómodos, y esta¬
u n h e c h o h i s t ó r i c o del p a s a d o , y q u e u n e n c u e n t r o t e r a p é u t i c o s ó l o blecer un primer c o n t a c t o con cada u n o de e l l o s .
servirá, en el mejor de los casos, para confirmar o f i c i a l m e n t e lo
Los hace s e n t a r c o m o les p l a z c a , s e p r e s e n t a y les i n f o r m a s o b r e
que é l e x p o n e por t e l é f o n o .
la existencia del espejo unidireccional, del s u p e r v i s o r y del grupo
Otras v e c e s , en c a m b i o , el que t e l e f o n e a s i e n t e e m b a r a z o a l re¬ de escucha, familiarizándolos con el a m b i e n t e ; también les comu¬
querir una intervención que él y a vive c o m o e s t i g m a t i z a n t e o, por nica su deseo de establecer una atmósfera confidencial y en nada
lo m e n o s , como una d e r r o t a de la familia. O bien alimenta expec¬ profesional (por l o m e n o s en lo que respecta a una m o d a l i d a d de
tativas m á g i c a s r e s p e c t o del" t e r a p e u t a e i n t e n t a , ya d e s d e ese mo¬ relación oficial y distante). Después pide que cada uno diga su
mento, d e l e g a r el problema al experto, con el fin de Librarse en nombre y formula una serie de p r e g u n t a s que pueden activar res¬
s e g u i d a de la c u e s t i ó n . p u e s t a s p a r t i c i p a n t e s e i n t e r e s a d a s por parte de t o d o s .

LA PRIMERA SESIÓN E s o b v i o q u e será d i s t i n t o e l m o d o d e e n t r a r e n c o n t a c t o y reci¬


bir i n f o r m a c i o n e s de niños o de adultos, y también variarán los
S u p o n i e n d o que el primer e n c u e n t r o se desarrolle con la familia
c o n t e n i d o s de las p r e g u n t a s y la a c t i t u d del t e r a p e u t a si se e n c u e n ¬
en p l e n o , he dividido e s q u e m á t i c a m e n t e esa s e s i ó n e n c u a t r o esta¬
9
tra d i a l o g a n d o c o n u n c a m p e s i n o o c o n u n m a e s t r o , c o n u n adoles¬
dios sucesivos:
cente en fase o p o s i c i o n a l o c o n u n niñito a s u s t a d o , c o n una m a d r e
orgullosa de su rol de e d u c a d o r a de sus h i j o s o con una q u e e s t á
1
Por coalición se entiende "un acuerdo de alianza establecido para ventaja c a n s a d a d e h a c e r las t a r e a s d o m é s t i c a s , e t c é t e r a .
mutua de los aliados frente a una tercera parte" (Sluzki, 1 9 7 5 ) .
Un terapeuta familiar debe aprender a entrar en el mundo del
9
Este esquema remonta al presentado por Jay Haley en el curso de los otro a d a p t a n d o su p r o p i o lenguaje, su estilo personal y su e x p e r i e n ¬
seminarios realizados para el equipo clínico de la Philadelphia Child Guidan- cia a la p e r s o n a de q u e se trate; también debe aprender a respetar
c e , e n 1972.
las "reglas" de esa e s p e c í f i c a f a m i l i a y a e n c u a d r a r la r e a l i d a d y las
44 TERAPIA FAMILIAR LA FORMACIÓN DEL SISTEMA TERAPEUTICO 45

n e c e s i d a d e s de ese g r u p o en el m a r c o más a m p l i o del c o n t e x t o so- e j e m p l o , los p a d r e s j u n t o s , o u n o de los d o s , s i e n t e n la exigencia


1 0
cial. de e x p o n e r el p r o b l e m a q u e les p r e o c u p a ya al e m p e z a r a h a b l a r ,
En este p r i m e r e s t a d i o el t e r a p e u t a se p r o p o n e c o m u n i c a r a los en c u y o caso la a t m ó s f e r a se c a r a c t e r i z a de g o l p e por un e s t a d o de
c o m p o n e n t e s de la familia q u e cada u n o de ellos es para él igual¬ m a l e s t a r g e n e r a l , hasta a s u m i r a v e c e s un t o n o d e c i d i d a m e n t e acu-
m e n t e i m p o r t a n t e y q u e se i n t e r e s a en ellos no sólo p o r q u e presen¬ s a t o r i o . O b i e n se p u e d e p e r c i b i r de i n m e d i a t o q u e el p a c i e n t e
t a n un e s t a d o de m a l e s t a r . Por lo t a n t o , el c o l o q u i o versa s o b r e i d e n t i f i c a d o (caso b a s t a n t e f r e c u e n t e con los a d o l e s c e n t e s ) ha sido
t e m a s n e u t r o s r e s p e c t o del p r o b l e m a q u e ha t r a í d o a la familia a la llevado a la sesión con un s u b t e r f u g i o , s u b r a y a d o por u n a a c t i t u d
c o n s u l t a : é s t e será un m o d o eficaz de e s t a b l e c e r un c o n t e x t o cola¬ de c o m p l i c i d a d de los p r o g e n i t o r e s . En o t r o s casos se t i e n e en se-
b o r a t i v o d e s d e el c o m i e n z o , y de p r e s e n t a r una p r i m e r a regla de la guida la i m p r e s i ó n de que la familia no ha v e n i d o e s p o n t á n e a m e n ¬
terapia: cada uno es igualmente importante y digno de atención- te, sino e n v i a d a , c o n t r a s u v o l u n t a d , por alguna a u t o r i d a d e x t e r n a
Corresponde al t e r a p e u t a la tarea de c u i d a r esta p r i m e r a regla (escuela, i n s t i t u c i o n e s v a r i a s , e t c é t e r a ) , p o r lo cual la a c t i t u d se
d u r a n t e t o d o el c u r s o de la t e r a p i a , p r e v i n i e n d o y b l o q u e a n d o , ni m u e s t r a f u e r t e m e n t e defensiva y plena de s o s p e c h a s .
b i e n surja, t o d o i n t e n t o de i n f r a c c i ó n , en interés m i s m o de la familia.
E n t o n c e s , si por u n a p a r t e el t e r a p e u t a d e b e e n t r a r en el u n i v e r s o Relaciones entre los padres y los hijos
de la familia y a d a p t a r s e a é l , por otra la familia d e b e e n t r a r en las Los p a d r e s p u e d e n m o s t r a r s e m u y s e v e r o s con los n i ñ o s , preocu¬
reglas de la t e r a p i a . Este c o n c e p t o de m u t u a a d a p t a c i ó n es funda¬ p a d o s p o r su a c t i t u d formal ( c ó m o se s i e n t a n , si r e s p o n d e n con
m e n t a l , p o r q u e representa una modalidad de encuentro sobre un lenguaje a p r o p i a d o , e t c é t e r a ) o , por e l c o n t r a r i o , a b s o l u t a m e n t e
p l a n o c o n c r e t o , q u e h a c e q u e t o d o s s e s i e n t a n r e s p o n s a b l e s e igual¬ d e s p r e o c u p a d o s . En o t r o s c a s o s dan la i m p r e s i ó n de u n a e x t r e m a
m e n t e c o m p r o m e t i d o s e n u n trabajo c o m ú n . i n c o m p e t e n c i a al e n f r e n t a r un c o m p o r t a m i e n t o d e c i d i d a m e n t e ex¬
En esta p r i m e r a fase el t e r a p e u t a recoge una serie de observacio¬ t r a v a g a n t e o r e b e l d e , q u e un hijo m a n i f i e s t a en el curso de la se¬
nes ú t i l e s para e n f r e n t a r las fases sucesivas de la s e s i ó n : sión. A m e n u d o , d e s d e el c o m i e n z o , d e s t a c a n las diferencias que
e x i s t e n e n t r e e l hijo " p r o b l e m á t i c o " ( d e s c r i p t o c o m o i n c a p a z , in-
Tono general de la familia seguro y e n g a ñ o s o en la r e l a c i ó n ) y o t r o hijo q u e en c a m b i o "es t o -
U n a familia p u e d e p r e s e n t a r s e " c o n g e l a d a " : cada u n o r e s p o n d e do lo o p u e s t o " ( c o m p e t i t i v o , s e g u r o de sí y p l e n a m e n t e ajustado a
a las p r i m e r a s p r e g u n t a s del t e r a p e u t a con m o n o s í l a b o s , observan¬ las e x p e c t a t i v a s de sus p a d r e s ) , y s u b r a y a n la i m p o s i b i l i d a d de col¬
do largos s i l e n c i o s . O t r a p u e d e a p a r e c e r jovial y c o n t e n t a de en¬ mar l a diferencia e n t r e a m b o s . "
c o n t r a r u n a a t m ó s f e r a c o n f i d e n c i a l los n i ñ o s son m u y m o v e d i z o s El t e r a p e u t a observa t a m b i é n c ó m o los hijos r e s p o n d e n a las so¬
y c o m i e n z a n a j u g a r c o m o si estuvieran en su casa. En o t r a , por l i c i t a c i o n e s de los p r o g e n i t o r e s y c ó m o éstos activan a su vez tran¬
s a c c i o n e s con los hijos. O c u r r e con frecuencia que el p a c i e n t e iden¬
tificado pide c o n f i r m a c i ó n a los p a d r e s ( m e d i a n t e la m i r a d a , un co¬
10
Esto confirma una vez más la necesidad de que el terapeuta relacional
m i e n z o d e r e s p u e s t a s u g e r i d o p o r u n o d e ellos, e t c é t e r a ) , incluso
c o n o z c a el ambiente sociocultural y el contexto específico donde vive y actúa
la familia. Por lo tanto con mayor razón, según el enfoque relacional, el tera-
peuta se ve forzado a conoce antes y a intervenir después en el c o n t e x t o del " A propósito de la elección del chivo emisario, Vogel y Bell afirman
que proviene la familia y en el cual ésta expresa sus propias realidades de rela¬ que una modalidad de selección frecuente nace de la identificación de un hijo
ción más significativas. La metódica relacional podría resultar particularmente con el progenitor al que se parece. Se ven así en el hijo "características" deci-
útil para los trabajadores de los servicios socio-asistenciales, que actúan en la didamente negativas, y aunque en realidad el progenitor también las posea, la
trama misma de la comunidad, donde un c o n o c i m i e n t o de las relaciones inter- atención se centra siempre en el hijo, nunca sobre el padre. Así, puede suce¬
sitémicas, además de una dimensión sociopolítica correcta, puede resultar der que un progenitor reproche al hijo por todas las características que re¬
fundamental para e n m a c a r un determinado fenómeno y para proponer luego chaza en su cónyuge, frente al cual, sin embargo, es incapaz de expresar direc-
una intervención específica. tamente sus sentimientos (Vogel y Bell, I 9 6 0 ) .
47
LA FORMACIÓN DEL SISTEMA TERAPEUTICO
46 TERAPIA FAMILIAR

c u a n d o el t e r a p e u t a lo interroga sobre su n o m b r e o sus amigos en lectura, qué i m p o r t a n t e es la observación y el uso de los procesos
1 2
la escuela. de coalición en el trabajo t e r a p é u t i c o con las f a m i l i a s .
En o t r o s casos un c o m p o r t a m i e n t o e x t r a v a g a n t e , p e r t u r b a c i o n e s
m u y visibles c o m o tics, b a l b u c e o s , estereotipias m o t r i c e s p u e d e n Relación entre los hijos
asumir un r i t m o y una frecuencia m u y particular y variar notable¬ Es i m p o r t a n t e observar t a m b i é n las i n t e r a c c i o n e s en el nivel de
m e n t e d u r a n t e la sesión, según que el n i ñ o se sienta a c u s a d o , o lo¬ la generación de los hijos, en c u a n t o "el subsistema de los herma¬
gre, en c a m b i o , r e c u p e r a r un espacio de a u t o n o m í a y los padres nos es el p r i m e r l a b o r a t o r i o social en que los hijos p u e d e n experi¬
d e s t a q u e n algún a s p e c t o positivo de su p e r s o n a l i d a d . m e n t a r con relaciones entre c o e t á n e o s . Dentro de este c o n t e x t o
los hijos s o s t i e n e n , aislan, e s t i g m a t i z a n y a p r e n d e n u n o s de o t r o s "
(Minuchin, 1 9 7 7 ) .
Relaciones entre los padres A nivel de los hijos, la capacidad o la falta de capacidad para
Si hay un niño p e r t u r b a d o , los p a d r e s tienen a m e n u d o opinio¬ unirse en un j u e g o , para m o s t r a r intereses c o m u n e s o sostenerse
nes c o n t r a s t a n t e s acerca de c ó m o encarar el p r o b l e m a . A veces r e c í p r o c a m e n t e frente a los a d u l t o s , dará la m e d i d a del grado y de
m u e s t r a n un d e s a c u e r d o p a t e n t e ya desde esta fase, y otras se pre¬ la rigidez del rol de chivo emisario d e s e m p e ñ a d o por el niño-pro¬
s e n t a n u n i d o s al c o m i e n z o , para criticarse más tarde en el curso de blema y, en ú l t i m a instancia, será p r o p o r c i o n a l al grado de tensión
la t e r a p i a . y de molestia e x p r e s a d o s p o r el sistema familiar.
Con frecuencia la relación entre los p r o g e n i t o r e s resulta media¬
da p o r un hijo, por lo general el p a c i e n t e identificado, que es utili¬
Relación entre los miembros de la familia y el terapeuta
z a d o c o m o v e h í c u l o de c o m u n i c a c i ó n e n t r e a m b o s . De tal manera
La actitud de los niños r e s p e c t o del t e r a p e u t a , en esta fase ini¬
cada c ó n y u g e e x p r e s a su crítica r e s p e c t o del o t r o sin hacer peligrar
cial, p u e d e reflejar, por e j e m p l o , la modalidad con que los padres
la relación c o n y u g a l . P u e d e suceder, por ejemplo, que m i e n t r a s el
los han p u e s t o al c o r r i e n t e de la c o n s u l t a . Si un niño parece atemo¬
p a d r e , a r e q u e r i m i e n t o del t e r a p e u t a , habla con interés de su acti¬
rizado en el p r i m e r c o n t a c t o con el t e r a p e u t a , a veces eso indica
vidad laboral, m a d r e e hija de once años i n t e r c a m b i e n guiños y
que vive su presencia en ese c o n t e x t o c o m o un castigo y t e m e que
s o n r í a n e n t r e sí con c o m p l i c i d a d , c o m o para descalificar el i n t e n t o
lo dejen a b a n d o n a d o allí. Si los niños se m u e s t r a n joviales y curio¬
del p a d r e , de p r e s e n t a r s e c o m o un h o m b r e c o m p e t e n t e . O t a m b i é n
sos por la presencia del t e r a p e u t a y por el a m b i e n t e , es posible que
que m i e n t r a s la mujer habla de sí misma, el m a r i d o sienta la nece¬
los p a d r e s h a y a n p r e s e n t a d o el e n c u e n t r o c o m o una cosa agrada¬
sidad de " d i s t r a e r s e " (por ejemplo, j u g u e t e a n d o con el hijo de tres
ble y d i v e r t i d a , lo que hace prever u n a disposición optimista y co-
a ñ o s ) , a p a r e n t e m e n t e de un m o d o t o t a l m e n t e casual, p e r o en reali¬
laborativa por p a r t e de estos ú l t i m o s .
dad con una r e c u r r e n c i a precisa, es decir todas las veces que el in¬
O b s e r v a n d o el c o m p o r t a m i e n t o de los niños el t e r a p e u t a nota
t e r l o c u t o r privilegiado es la mujer.
a d e m á s si la familia se ha s e n t i d o forzada a aceptar la consulta por
El t e r a p e u t a p u e d e t a m b i é n observar c ó m o la presencia de una
p e d i d o de alguna a u t o r i d a d escolar ( m a e s t r o , d i r e c t o r , psicólogo).
abuela en la sesión congela la relación entre los padres r e s p e c t o de
En estos casos los n i ñ o s , en particular el p a c i e n t e identificado, p o -
la e d u c a c i ó n a i m p a r t i r a los hijos, o refuerza, en o t r o s casos, la po¬
sición central y la c o m p e t e n c i a del m a r i d o ( r e s p a l d a d o visiblemen¬
12

te por su m a d r e ) a e x p e n s a s de la mujer, que aparece c o m o distan¬ "Es el cuándo y el cómo de su formación (de las coaliciones) lo que tie¬
ne importancia fundamental; la estructura, el orden secuencial, la intensidad,
te y d e p r i m i d a , c o m o si quisiera c o m u n i c a r su posición " m a r g i n a l "
la persistencia y el estilo de las coaliciones observadas en el curso de una en¬
en la c o n d u c c i ó n de la familia. trevista familiar proporcionan informaciones-clave para determinar zonas de
Es obvio que se observan n o r m a l m e n t e alianzas y coaliciones en conflicto familiar, descubrir las funciones de la homeostasis familiar, y orien¬
t o d a s las familias. El lector p o d r á c o m p r e n d e r , en el curso de la tar la estrategia terapéutica" (Sluzki, 1975).
48 TERAPIA FAMILIAR LA FORMACIÓN DEL SISTEMA TERAPEUTICO 49

d r á n a d o p t a r u n c o m p o r t a m i e n t o r e a c t i v o , d a n d o signos d e i n q u i e - II. EL ESTUDIO DEL PROBLEMA


tud y de fastidio desde el p r i m e r i n s t a n t e .
R e c u e r d o un caso en que el t e r a p e u t a asistió a un v e r d a d e r o des- En este p u n t o el t e r a p e u t a pasa de un estadio de c o n o c i m i e n t o
c a l a b r o de la sala de t e r a p i a por obra de R o b e r t o , un m u c h a c h o de general de la familia a una e x p l o r a c i ó n más directa del p r o b l e m a
d o c e a ñ o s , sin q u e los p a d r e s i n t e r v i n i e r a n en lo más m í n i m o ; al que llevó a la familia a la c o n s u l t a .
c o n t r a r i o , m a n t u v i e r o n una a c t i t u d d e s p r e o c u p a d a , casi subrayan¬
do su tácita a p r o b a c i ó n de la actividad d e s t r u c t i v a del c h i c o . Cómo pedir informaciones sobre el problema
S ó l o c u a n d o el t e r a p e u t a , en el c u r s o de la e n t r e v i s t a , se d e c l a r ó La m a n e r a en que se formulan las p r e g u n t a s sobre el p r o b l e m a
d i s p u e s t o a c o l a b o r a r a c t i v a m e n t e con ellos para p r o m o v e r u n a re¬ es i m p o r t a n t e y s u s c e p t i b l e de o r i e n t a r la entrevista de m o d o s dis¬
l a c i ó n m á s positiva e n t r e la escuela y la familia (sin refrendar, por tintos. El terapeuta puede comenzar diciendo: "¿Qué problema
c i e r t o , la e v a l u a c i ó n de " c a r a c t e r i a l i d a d " del chico q u e la escuela t i e n e n ? " Una p r e g u n t a formulada así parece dirigida a la familia en
h a b í a p r e s e n t a d o a través de los p a d r e s ) , R o b e r t o dejó de r o m p e r general y define una s i t u a c i ó n en que se hablará del p r o b l e m a que
j u g u e t e s y se s e n t ó cerca de sus p a d r e s , p a r t i c i p a n d o en la discu¬ ha m o t i v a d o la visita. Cada u n o de los p r e s e n t e s p u e d e sentirse in¬
s i ó n . D e b e m o s o b s e r v a r a d e m á s que al final de la c o n s u l t a los pa¬ v i t a d o a r e s p o n d e r ; por lo c o m ú n , si el p r o b l e m a se refiere a un ni¬
d r e s q u i s i e r o n q u e R o b e r t o r e o r d e n a r a t o d o bajo s u g u í a , c o m o ñ o , la m a d r e será la p r i m e r a en recoger la invitación y proporciona¬
para c o r r o b o r a r con u n a acción c o n c r e t a su d i s p o s i c i ó n a llevar a rá i n f o r m a c i o n e s sobre la historia de esa d e t e r m i n a d a p e r t u r b a c i ó n
c a b o el plan c o n c r e t a d o en la e n t r e v i s t a . y quizás de las " c a u s a s " que c o n s i d e r a r e s p o n s a b l e s . A veces el pa¬
dre se asocia a la d e s c r i p c i ó n de algún a s p e c t o del p r o b l e m a , y
El t e r a p e u t a , ya en esta fase de c o n o c i m i e n t o , p u e d e observar
cuál es el m i e m b r o de la familia que i n t e n t a , de un m o d o m á s o otras p u e d e asentir i m p l í c i t a m e n t e a lo que refiere su mujer. Rara¬
m e n o s e x p l í c i t o , c a u t i v a r sus s i m p a t í a s y su i n t e r é s . m e n t e una p r e g u n t a p r e s e n t a d a así solicita r e s p u e s t a s diferenciadas
por parte de los p a d r e s o del p a c i e n t e i d e n t i f i c a d o : este ú l t i m o ,
S i u n a m a d r e , por e j e m p l o , q u i e r e e s t a b l e c e r desde e l c o m i e n z o
c o m o c o n s i d e r a que él es la causa de un p r o b l e m a para sus familia¬
un c o n t a c t o especial c o n el t e r a p e u t a , sea m o s t r á n d o l e en seguida
res, no se sentirá g e n e r a l m e n t e ni i n t e r r o g a d o ni con d e r e c h o a ex¬
e x á m e n e s de l a b o r a t o r i o o t e s t s t o m a d o s al n i ñ o , o p i d i é n d o l e u n a
presar su o p i n i ó n al r e s p e c t o .
e n t r e v i s t a a solas o r e s p o n d i e n d o por los hijos, t o d o eso p e r m i t e
e n t r e v e r el peligro de q u e el t e r a p e u t a t e r m i n e e n v u e l t o en u n a co¬ Es d i s t i n t o formular la p r e g u n t a en un nivel más individual: el
alición con ella en el c u r s o de la sesión, en d e t r i m e n t o de los de¬ t e r a p e u t a p u e d e dirigirse a cada u n o p r e g u n t á n d o l e , por e j e m p l o :
m á s familiares. " ¿ C u á l es el p r o b l e m a , en tu o p i n i ó n ? " , y recibir una respuesta
Si los p a d r e s , a d e m á s , m i r a n con abierta e x a s p e r a c i ó n a un hijo más p e r s o n a l . Esto asegura, en ú l t i m o análisis, que cada uno dis¬
y en s e g u i d a v u e l v e n la vista hacia el t e r a p e u t a c o m o s o l i c i t á n d o l e ponga de un espacio a u t ó n o m o de respuesta, y refuerza el proceso
a s e n t i m i e n t o , es p r o b a b l e que lo estén i n v i t a n d o a t o m a r p o s i c i ó n de diferenciación ya iniciado en la lase social. Para fomentar esto
j u n t o a ellos " c o n t r a " el m u c h a c h o , y es posible que el t e r a p e u t a el t e r a p e u t a debe ser capaz de c o n d u c i r el i n t e r r o g a t o r i o de un mo¬
se vea i m p l i c a d o en o t r a c o a l i c i ó n , d e n t r o de un c o n t e x t o clara¬
1 3
do c o h e r e n t e , t a n t o en el plano verbal c o m o a n a l ó g i c o : puede ha¬
mente acusatorio.
cer uso del espacio y, e v e n t u a l m e n t e , del c o n t a c t o físico, despla¬
z á n d o s e y d e s p l a z a n d o su c e n t r o de atención de un m i e m b r o de
13
Debido al proceso de coalición y a la posición del terapueta, Sluzki la familia a otro y e v i t a n d o así r e s p u e s t a s " i n d u c i d a s " o de corn-
( 1 9 7 5 ) afirma que "pese a sus esfuerzos, el terapeuta no podrá evitar que lo
tido, y sólo con fines tácticos, he podido experimentar muchas veces que una
envuelvan en una serie de tratativas en torno al proceso de coalición. Pero la
regla principal del terapeuta será establecer sólo coaliciones intercambiables, coalición oportuna con un miembro de la familia puede ser útil y producir a
instrumentales, sin ligarse a coaliciones estables y apriorísticas". En este sen- veces el efecto de una verdadera coterapia.
51
LA FORMACIÓN DEL SISTEMA TERAPÉUTICO
50 TERAPIA FAMILIAR

p r o m i s o . Esto resulta t a n t o más cierto en el caso de a d o l e s c e n t e s o t e r a p e u t a c o n v e n c e r l a de que la cosa no es tan grave c o m o ella la
n i ñ o s q u e t e r m i n a n a m e n u d o por r e p e t i r lo que los padres esperan presenta o p o n e r en evidencia la d e s p r o p o r c i ó n que existe e n t r e el
q u e digan, m á s bien q u e e x p r e s a r lo que r e a l m e n t e piensan decir. p r o b l e m a referido y el estado de á n i m o de la m a d r e . Es i m p o r t a n t e
El t e r a p e u t a p u e d e dirigir t a m b i é n la p r e g u n t a en o t r o nivel y pre¬ que el t e r a p e u t a a c e p t e t o d o lo que le dicen y c o m i e n c e a " v e r " las
g u n t a r l e a cada u n o : " ¿ Q u é esperas al venir a q u í ? " Una formula¬ informaciones recibidas en t é r m i n o s r e l a c i ó n a l e s , f o r m u l a n d o qui-
ción de este tipo r e d u c e sin duda el á m b i t o de r e s p u e s t a ; se propo¬ zás ulteriores p r e g u n t a s de e s c l a r e c i m i e n t o sobre ese comporta¬
ne, en v e r d a d , p u n t u a l i z a r las e x p e c t a t i v a s de la familia r e s p e c t o de m i e n t o específico, para c o m p r e n d e r la relación que existe entre el
la t e r a p i a , más bien que verificar d i r e c t a m e n t e el p r o b l e m a emer¬ t o q u e t e o de la niña y las relaciones familiares más significativas.
g e n t e . O t r o m o d o de p l a n t e a r la p r e g u n t a p u e d e ser: " ¿ Q u é cam¬
bios q u e r r í a s ver en tu f a m i l i a ? " En este caso la a t e n c i ó n se desvía b) Dar consejos p e d a g ó g i c o s . Si se acepta el plano del consejo
de c o n s i d e r a r la " p e r t u r b a c i ó n " a formular j u n t o s hipótesis sobre pedagógico se t e r m i n a i n e v i t a b l e m e n t e r e c a y e n d o en u n a modali¬
p o s i b l e s t r a n s f o r m a c i o n e s en el á m b i t o familiar. Si por una p a r t e , dad de i n t e r v e n c i ó n t e n d i e n t e a proveer desde el exterior solucio¬
al h a c e r l o así, se p o n e en seguida el a c e n t o sobre la posibilidad de nes mágicas para el p r o b l e m a ( t a n t o más gratuitas p o r q u e se las
un c a m b i o c o n s t r u c t i v o y sobre la disponibilidad del g r u p o para ofrece al c o m i e n z o de la terapia, c u a n d o el t e r a p e u t a aún ignora
b u s c a r l o ( e v i t a n d o d e s d e el c o m i e n z o u n a a t m ó s f e r a de t i p o acu¬ t o t a l m e n t e las d i n á m i c a s del g r u p o ) . A u n q u e lo solicite alguno de
s a t o r i o ) sin e n t r a r e s p e c í f i c a m e n t e en el m é r i t o del p r o b l e m a , por los familiares o lo j u s t i f i q u e una s i t u a c i ó n de malestar, a veces in¬
la otra se corre el riesgo de enfrentar el objetivo del c a m b i o en tér¬ s o s t e n i b l e , la sugerencia pedagógica impide a la familia reapropiar-
m i n o s g e n é r i c o s o a b s t r a c t o s , sin que se c u e s t i o n e nada en el nivel se de su historia o sentirse artífice del c a m b i o .
de las r e l a c i o n e s intra o e x t r a f a m i l i a r e s . E s t o , por otro l a d o , es to¬
do lo q u e la familia a m e n u d o espera de b u e n a fe al iniciar u n a te¬ c) P e r m a n e c e r i m p l i c a d o en las e m o c i o n e s de alguno de los fa¬
r a p i a : asistir a un c a m b i o sin tener que c a m b i a r nada del status miliares r e s p e c t o del p r o b l e m a . Esto no quiere decir que el tera¬
peuta no tenga en cuenta lo que cada u n o e x p e r i m e n t a subjetiva¬
m e n t e , pero en este m o m e n t o debe interesarse más en recoger he¬
Cómo recibir lo que la familia refiere en torno al problema chos y o p i n i o n e s de cada u n o .
En esta fase en que se recibe la i n f o r m a c i ó n , hay cosas que el te¬
rapeuta no debería hacer:
Es experiencia frecuente que familias que p r e s e n t a n problemá¬
ticas graves, con e x o a c t u a c i o n e s (acting-out) r e c u r r e n t e s del pacien¬
a) Dar i n t e r p r e t a c i o n e s o formular c o m e n t a r i o s para a y u d a r a
te i d e n t i f i c a d o , t e r m i n a n por sacudir el temple del t e r a p e u t a me¬
u n a p e r s o n a a ver el p r o b l e m a de una m a n e r a distinta de c o m o lo
diante c o m p o r t a m i e n t o s m u y d r a m á t i c o s y e m o t i v o s que se pro¬
está p r e s e n t a n d o . Por e j e m p l o , si u n a j o v e n m a d r e parece trastor¬
ducen d u r a n t e la sesión. Si el t e r a p e u t a se deja arrastrar por el cli¬
nada y habla de u n a p o s i b l e " d e p r a v a c i ó n " de la hijita de cinco
ma e m o c i o n a l de la familia, tendrá escasas posibilidades de esta¬
a ñ o s , p o r q u e ésta "se t o c a c o n t i n u a m e n t e " , no le c o r r e s p o n d e al
blecer un c o n t e x t o t e r a p é u t i c o será fácilmente pasivizado y mani¬
p u l a d o por las fuerzas h o m e o s t á t i c a s más rígidas del sistema fami¬
14
El terapeuta, como agente de cambio, podría encontrarse en el papel liar, sin ninguna posibilidad de acceso a las energías positivas de la
bastante i n c ó m o d o de quien al pretender forzar las reglas homeostáticas de la familia.
familia en bien de la transformación, termina colocado en la situación del que
debe juzgar. Si esto le ocurriera, se ubicaría prácticamente en una relación Este riesgo resulta p a r t i c u l a r m e n t e evidente en el caso de inter¬
fuertemente simétrica o por lo menos de descalificación respecto de la familia, v e n c i o n e s a m b u l a t o r i a s o d o m i c i l i a r i a s , en el curso de una crisis
y se reducirían mucho sus posibilidades de entrar en el sistema familiar. aguda: p o d e m o s p r e g u n t a r n o s , por ejemplo, c u á n t a s i n t e r n a c i o n e s
52 TERAPIA FAMILIAR LA FORMACIÓN DEL SISTEMA TERAPEUTICO 53

de u r g e n c i a en h o s p i t a l e s o p a b e l l o n e s p s i q u i á t r i c o s ( q u e a m e n u d o to e x p e r i e n c i a s familiares, referidas como fundamentales para la


r e p r e s e n t a n e l i n i c i o d e u n a carrera m a n i c o m i a l ) p o d r í a n evitarse c o m p r e n s i ó n del p r o b l e m a .
si el t e r a p e u t a lograse p e r m a n e c e r fuera del r e m o l i n o e m o t i v o de la A d e m á s , en el caso de p r o b l e m á t i c a s de pareja es f r e c u e n t e asis¬
crisis y si i n t e r v i n i e r a d e c i d i d a m e n t e para r o m p e r el c í r c u l o v i c i o s o tir a la i n v a s i ó n del e s p a c i o p e r s o n a l del p a c i e n t e i d e n t i f i c a d o por
q u e la r e f u e r z a , una vez a n a l i z a d a s las t r a n s a c c i o n e s d i s f u n c i o n a l e s parte del o t r o c ó n y u g e , que con buena intención se s i e n t e con de¬
más f l a g r a n t e s en q u e se v e n e n v u e l t o s el p a c i e n t e i d e n t i f i c a d o y r e c h o a definir o p i n i o n e s , s e n t i m i e n t o s y p e n s a m i e n t o s del partí¬
sus f a m i l i a r e s . T o d o e s t o , p o s i b l e e n e l p l a n o t é c n i c o , una v e z ad¬ c i p e , e v i t a n d o s i s t e m á t i c a m e n t e hablar de los p r o p i o s . En estas
q u i r i d a u n a c o m p e t e n c i a e s p e c í f i c a , e s t o t a l m e n t e u t ó p i c o e n una c i r c u n s t a n c i a s es tarea del t e r a p e u t a p r o b a r la r i g i d e z de e s t o s me¬
d i m e n s i ó n d e a s i s t e n c i a p ú b l i c a dirigida, c o m o o c u r r e a m e n u d o , c a n i s m o s , f a v o r e c i e n d o y a d e s d e ese m o m e n t o una e x p r e s i ó n más
hacia u n a pura y s i m p l e contención de la crisis, y s o s t e n i d o por un libre de las ideas de cada u n o y una d e m a r c a c i ó n más neta de las
m o d e l o p s i q u i á t r i c o que l l e v a , en la p r a x i s , al a i s l a m i e n t o y a la es- recíprocas autonomías.
t i g m a t i z a c i ó n del "sujeto e n c r i s i s " .
E n t r e las cosas que el terapeuta debería hacer, en esta fase de re¬ b) Si a l g u n o i n t e r r u m p e , a n o t a r l o ( o b s e r v a n d o de qué estaba ha¬
c e p c i ó n d e i n f o r m a c i ó n , e s t á n las s i g u i e n t e s : b l a n d o el o t r o o a q u i é n se dirigía, en el m o m e n t o de la interrup¬
c i ó n , e t c é t e r a ) e i m p e d i r que eso ocurra de n u e v o . A v e c e s se lo
a ) Q u e c a d a u n o e x p r e s e s u o p i n i ó n s o b r e e l p r o b l e m a , para p u e d e realizar de un m o d o s i m p l e , con una o b s e r v a c i ó n verbal o
p r o b a r el n i v e l de a u t o n o m í a y de r e s p e t o de los m i e m b r o s de la c o n un g e s t o de la m a n o ; en o t r o s c a s o s , s o b r e t o d o c u a n d o la re¬
familia. En t o d a familia h a y p e r s o n a s que h a b l a n con gran facili¬ gla familiar es la d e s c a l i f i c a c i ó n s i s t e m á t i c a de t o d o lo que el o t r o
dad y a v e c e s lo h a c e n i n c l u s o por o t r o s que t i e n e n d i f i c u l t a d o d i c e , la m i s i ó n del t e r a p e u t a es similar a la del v i g i l a n t e en un cru¬
que prefieren no definirse. c e b l o q u e a d o por e l t r á n s i t o ; d e b e r á u t i l i z a r t o d o s sus r e c u r s o s para
En esta fase el t e r a p e u t a c o m i e n z a a analizar el nivel de diferen¬ e s t a b l e c e r u n c o n t e x t o d e r e s p e t o r e c í p r o c o , por l o m e n o s míni¬
c i a c i ó n de c a d a m i e m b r o de la familia y l u e g o de la familia c o m o m o , p u e s en caso c o n t r a r i o se verá e n v u e l t o en una o p e r a c i ó n sin
sistema, 1 S
s i r v i é n d o s e del e s p a c i o , de la propia i n v e n t i v a y creativi¬ esperanzas.
dad p e r s o n a l , y del p o d e r t e r a p é u t i c o . D e b e evitar a d e m á s que a l g u n o r e s p o n d a por o t r o s o que u t i l i c e
Por e j e m p l o , hablar c o n un n i ñ o no significa s ó l o p e d i r l e que s i s t e m á t i c a m e n t e el " n o s o t r o s " , en un i n t e n t o de dar r e s p u e s t a s
r e s p o n d a , s i n o usar s u l e n g u a j e a c e p t a n d o m o d a l i d a d e s a n a l ó g i c a s g e n é r i c a s o de c o b e r t u r a .
de r e s p u e s t a , entrar en su e s p a c i o p e r s o n a l , hablar m i e n t r a s n o s in¬
t e r e s a m o s c o n él en un j u g u e t e o s e n t á n d o n o s a su l a d o , i m p e d i r
c) S o l i c i t a r a los m i e m b r o s de la familia que se refieran al pro¬
que los p a d r e s p u e d a n interferir c o n palabras o c o n la mirada en b l e m a e n t é r m i n o s c o n c r e t o s , c i r c u n s c r i p t o s , n o a c e p t a n d o defini¬
sus r e s p u e s t a s . A s í t a m b i é n , al c o m u n i c a r s e c o n un a n c i a n o no se c i o n e s abstractas o g e n e r a l e s del t i p o : "Se ha e n c e r r a d o en si mis¬
p u e d e p e d i r l e que dé r e s p u e s t a s e l a b o r a d a s o a b s t r a c t a s , desgajadas ma, ya no se c o m u n i c a con n o s o t r o s " , o bien "Está d e c i d i d a m e n t e
de sus h á b i t o s c o t i d i a n o s ; m u c h o m e n o s m i n i m i z a r o pasar por al¬ c a m b i a d o , a n t e s estaba p r e s e n t e en la familia, ahora esta, pero es
l5
El c o n c e p t o de diferenciación ha sido minuciosamente descripto por c o m o si no e s t u v i e r a " , "Mi p r o b l e m a es que mis padres ya no me
Murray Bowen (1966), para quien el nivel de patología familiar es proporcio- e n t i e n d e n " , " N u e s t r o m a t r i m o n i o e s u n total fracaso", etcétera.
nal a la mayor o menor diferenciación del Yo de la familia {undifferentiated
family ego mass). C u a n t o más se e x p r e s e un p r o b l e m a de un m o d o c o n c r e t o y cir¬
Según el enfoque estructural descripto por Minuchin (1977) la situación de c u n s t a n c i a d o , t a n t o más p o s i b l e será c o n f r o n t a l las o p i n i o n e s de
gravedad se evalúa sobre la base de la permeabilidad o impenetrabilidad de los t o d o s en sus e l e m e n t o s s u s t a n c i a l e s , e s t a b l e c i e n d o l u e g o un obje¬
límites personales e interpersonales que existen dentro del sistema familiar. tivo t e r a p é u t i c o .
TERAPIA FAMILIAR LA F O R M A C I Ó N DEL SISTEMA T E R A P E U T I C O 55
54

Observaciones del terapeuta moja la cama, golpea a sus h e r m a n i t o s , tiene m i e d o de la oscuridad


Mientras el terapeuta plantea preguntas y alienta a hablar, debe o de estar s o l o , rechaza la escuela, etcétera. Es probable que al de¬
observar c ó m o se c o m p o r t a cada u n o , qué dice, y, en fin, analizar finir el p r o b l e m a en uno cualquiera de estos m o d o s , esa madre es¬
la c o n g r u e n c i a entre c o m p o r t a m i e n t o y c o n t e n i d o verbal. té también c o m u n i c a n d o al terapeuta que no se siente c o m p e t e n t e
A d e m á s , mientras alguno está hablando con él, observa las reac¬ c o m o m a d r e : es incapaz de resolver por sí misma el problema de
c i o n e s de los o t r o s ; éstos podrán c o m u n i c a r , a veces de un m o d o su hijo y nadie en la familia parece estar en c o n d i c i o n e s de ayudar¬
e x p l í c i t o y más a m e n u d o en forma e n c u b i e r t a , s e n t i m i e n t o s de la. El padre podrá asociarse a la mujer y ambos enumerarán al tera¬
h o s t i l i d a d , de fastidio, de a c u e r d o o d e s a c u e r d o , de c o m p l a c e n c i a peuta los i n t e n t o s realizados para resolver ese problema e s p e c í f i c o .
o de indiferencia. Es probable que el resultado de los fracasos e x p e r i m e n t a d o s por
En particular, son significativas las r e a c c i o n e s del niño o del los padres sea la c o n v i c c i ó n de que hay algo dentro del niño que lo
a d o l e s c e n t e " p r o b l e m á t i c o " mientras los padres hablan de é l : en lleva a c o m p o r t a r s e de una manera anormal; y es j u s t a m e n t e esta
este p u n t o un análisis relacional de los estados de á n i m o y del c o n v i c c i ó n lo que ha m o t i v a d o a la familia a buscar ayuda.
c o m p o r t a m i e n t o m a n i f e s t a d o por el m u c h a c h o en la sesión p u e d e Concebir el problema en estos t é r m i n o s no ha sido de mucha
p r o p o r c i o n a r una serie de i n d i c a c i o n e s para c o m p r e n d e r el pro¬ ayuda para esa familia hasta ahora. Si el terapeuta acepta observar
b l e m a de un m o d o más c o m p l e t o . "qué está r o t o " dentro del n i ñ o , es probable que e x p e r i m e n t e las
El t e r a p e u t a observa con a t e n c i ó n las r e a c c i o n e s del padre mien¬ mismas frustraciones ya sentidas por la familia. Pero si el terapeuta
tras habla la madre y viceversa, porque es probable que tarde o logra pensar en t é r m i n o s d e : "Qué es lo que en esta situación pue¬
t e m p r a n o deba enfrentarse con algún d e s a c u e r d o : también es posi¬ de motivar al niño a comportarse de esta manera", esto lo llevará a
ble que el d e s a c u e r d o pase a través del n i ñ o , de un m o d o explíci¬ escuchar los discursos de los padres con un o í d o "relacional".
to o a n a l ó g i c o . Es casi la regla que una p e r t u r b a c i ó n que se mani¬ Por e j e m p l o , una madre dice: "Ve, Mario (el hijo de 9 años) es
16
fiesta en un niño sea reflejo de los p r o b l e m a s de la p a r e j a . El te¬ c o m o un p o l l i t o a s u s t a d o : tiene m i e d o de salir de casa y se pasa
rapeuta, por lo t a n t o , p u e d e recoger i n f o r m a c i o n e s i m p o r t a n t e s t o d o el día e s c o n d i d o detrás de mis polleras". Mientras la madre
17
o y e n d o c ó m o los padres presentan el p r o b l e m a del h i j o . habla, Mario está s e n t a d o detrás de ella, con la cabeza baja, c o m o
e s c u d á n d o s e en el cuerpo de la madre. Esta última afirma además
que Mario es m e n t i r o s o y no quiere hacer nada, pero vuelve en se¬
¿Dónde reside el problema, dentro del niño o en la situación que
guida al p r o b l e m a central, es decir, que el niño tiene m i e d o , que
lo circunda?
nunca se separa de ella y que ella no ve remedio alguno a la situa¬
Una madre define a un niño c o m o p r o b l e m á t i c o ; las perturba¬
ción.
c i o n e s p u e d e n ser m u y v a r i a d a s : presenta tics, dice mentiras, roba,
El niño llega al e x t r e m o de querer dormir en la cama de la ma¬
dre, y por lo tanto el padre tiene que trasladarse al living. Los
16
Vogel y Bell han estudiado a fondo las modalidades de asignación del otros n i ñ o s , de 13 y de 5 años, según la madre nunca presentaron
rol de chivo emisario en la familia, y han establecido que en todas las familias c o m p o r t a m i e n t o s de este tipo y son a b s o l u t a m e n t e n o r m a l e s .
examinadas un hijo en particular quedaba envuelto en las tensiones entre sus Interrogada sobre la c o n d u c t a de Mario en la escuela, la madre
padres. En las familias perturbadas, éstos viven con un profundo temor su re¬
r e s p o n d e que no está bien informada; que el maestro le ha dicho
lación conyugal y el hecho de ser padres. No creen poder prever con certeza
cómo responderá el otro a su comportamiento. Y sin embargo la respuesta que el niño es muy lento en el aprendizaje; se detiene sobre t o d o
del otro se siente como muy importante y potencialmente peligrosa (Vogel y en describir el m o m e n t o " d r a m á t i c o " en que el niño debe separar¬
Bell, 1960). se de ella, en el umbral del aula, para entrar a clase.
17
A propósito del escuchar de un modo metafórico, véase en el capítulo 4 Cuando el terapeuta recibe i n f o r m a c i o n e s c o m o éstas no sabe
el parágrafo sobre "La metáfora como modalidad comunicativa". por cierto cuál es en realidad el problema y m u c h o m e n o s c ó m o
56 TERAPIA FAMILIAR L A F O R M A C I Ó N DEL SISTEMA T E R A P E U T I C O 5 7

p r o c e d e r . Ha recibido s ó l o la versión de la madre, o más bien su para separarse de ella. Podrá ampliar luego su ámbito de observación
idea de que el p r o b l e m a está " d e n t r o " del niño y que nadie puede ( e s decir, pensar e n términos d e tríadas"). imaginando q u e el niño
h a c e r nada. está a y u d a n d o al padre y a la madre j u s t a m e n t e con su comporta¬
O b t e n e r ulteriores i n f o r m a c i o n e s , e v i d e n c i a r m o d e l o s transaccio- miento "anormal".
nales h a b i t u a l e s , l í m i t e s p e r s o n a l e s e i n t e r p e r s o n a l e s , canales fun¬ Si por ejemplo los padres no p u e d e n estar j u n t o s sin pelearse,
c i o n a l e s y d i s f u n c i o n a l e s , c o n s t i t u y e n m o d a l i d a d e s operativas ten¬ sobre t o d o en el l e c h o , e n t o n c e s los t e m o r e s de Mario servirán para
1
d i e n t e s a construir un m a p a * de las relaciones familiares más sig¬ m a n t e n e r l o s separados y, en última instancia, tendrán una función
nificativas, para definir l u e g o un plan t e r a p é u t i c o . protectora.
Es p o s i b l e que en el curso del e n c u e n t r o surjan tesis contrastan¬ Los padres podrán afirmar con m u c h a tranquilidad que Mario es
tes. Por e j e m p l o , el padre no está de a c u e r d o con la madre, sino que el p r o b l e m a (porque de h e c h o los m i e d o s de éste son reales), más
piensa más bien que "ella está m u y e n c i m a de Mario y nunca lo deja bien que p r o b l e m a t i z a r su propia relación de pareja.
s o l o " . Podrá t a m b i é n dar a e n t e n d e r que no le gusta tener que irse
a d o r m i r en el living, a u n q u e siempre lo haya a c e p t a d o para "pre¬
venir" los m i e d o s de Mario.
El t e r a p e u t a deberá e s c u c h a r t a m b i é n a la hermana y al h e r m a n i t o , III. EL ESTADIO INTERACTIVO
p r e g u n t á n d o l e s q u i z á s si alguna vez d e s e a r o n dormir por turno en
el l e c h o de su m a m á , o bien i n t e r r o g á n d o l o s sobre las responsabili¬
Hay dos m o m e n t o s s u c e s i v o s cuando se indaga sobre el p r o b l e m a .
dades que los padres c o n f í a n r e s p e c t i v a m e n t e a sus tres hijos (esto
En el p r i m e r o , ya d e s c r i p t o , cada uno refiere su o p i n i ó n ; en esta
p e r m i t i r á p o n e r a p r u e b a las r e l a c i o n e s i n t e r p e r s o n a l e s en el nivel
fase el terapeuta es d e c i d i d a m e n t e la figura más central y responsa¬
del s u b s i s t e m a de los hijos, y qué f u n c i o n e s d e s e m p e ñ a n éstos res¬
ble; a él le c o r r e s p o n d e asegurar a cada u n o el espacio para que
p e c t o de sus p r o g e n i t o r e s ) . En esta i n d a g a c i ó n el terapeuta incluirá
pueda expresarse en forma a u t ó n o m a , y también es el i n t e r l o c u t o r
t a m b i é n a Mario, para observar las t r a n s a c c i o n e s entre los tres her¬
privilegiado al que se dirige cada u n o de los familiares.
manos.
Ver a la familia c o m o un c o n j u n t o y recibir i n f o r m a c i o n e s sobre
el p r o b l e m a d e s d e el p u n t o de vista de los padres y de los hijos pro¬
" Jay Haley es el estudioso de la comunicación humana que ha enfocado
p o r c i o n a al t e r a p e u t a e l e m e n t o s útiles para evaluar si el padre está más profundamente el significado de la unidad triádica y el profundo cambio
en c o n d i c i o n e s de a y u d a r a la madre y al niño a "separarse" u n o de óptica que se obtiene con el paso del análisis del individuo al de la relación
de o t r o , o qué e s p a c i o ha q u e d a d o d i s p o n i b l e , en el nivel de los dual y luego al de unidades que incluyen por lo menos a tres personas en cada
hijos, para reincorporar a Mario al clan de los n i ñ o s . secuencia comunicativa. Un lenguaje adecuado para describir individuos o
diadas, resulta insuficiente para definir una relación entre tres. Las relaciones
Al p r o s e g u i r la s e s i ó n el terapeuta podrá observar (en t é r m i n o s
diádicas, por ejemplo, pueden describirse como simétricas (cuando dos perso-
d i á d i c o s ) que la madre tiene las m i s m a s dificultades que t i e n e Mario nas interactúan con el mismo tipo de comportamiento) o complementarias
(cuando el comportamiento de uno completa el del otro), pero este lenguaje
ya no resulta exhaustivo si la unidad a describir está formada por tres personas:
11
El mapa de la familia, según Minuchin (1977), es sólo un esquema de en el caso de la tríada se hablará más bien de procesos de coalición, es decir,
organización. "No representa la riqueza de las transacciones familiares, así de alianzas entre dos personas contra una tercera. Una vez superadas las limi¬
como un mapa no representa la riqueza de un territorio. Es estático, mientras taciones de un análisis de tipo individual o dual para pasar a uno triádico, el
que la familia está constantemente en movimiento. El mapa, sin embargo, es terapeuta relacional llegará casi automáticamente a ampliar el campo de obser-
un poderoso instrumento de simplificación, que ayuda al terapeuta a organizar vaciones, incluyendo en él el ámbito familiar del individuo y en seguida la
el vasto material que va recogiendo y a formular hipótesis sobre sectores fami¬ unidad más amplia: la familia extensa y el contexto social del que la familia
liares que funcionan bien o pueden ser disfuncionales." sólo representa un eslabón entre otros.
58 TERAPIA FAMILIAR
LA FORMACIÓN DEL SISTEMA TERAPEUTICO 59

El segundo m o m e n t o es el estadio interactivo, en el cual el tera-


del chico. En seguida agrega que no cree que el marido " d i s p o n g a
peuta se p r o p o n e :
de t i e m p o " , y, en último análisis, no parece abrigar m u c h a s e x p e c ¬
tativas sobre esta entrevista; insiste largamente en que no se h a b l e
a) activar intercambios comunicativos directos entre los miem¬ 20
de epilepsia delante de Sandro, " p o r q u e el niño no debe s a b e r " .
bros de la familia sobre el problema o sobre alguna otra temá¬
No obstante los t e m o r e s m a t e r n o s , participa de la sesión la fami-
tica vinculada con él, asumiendo una posición menos central;
lia Valeri c o m p l e t a : padre, madre, Sandro, Piero (hermano de 17
b) recibir de esta manera ulteriores informaciones sobre las rela¬
años) y tía materna (que vive con los Valeri desde que quedó v i u d a ) .
ciones interpersonales, con el fin de visualizar la estructura de
Después de poco más de media hora el cuadro se percibe c o m o
la familia y las reglas que rigen las transacciones de sus miem¬
m u c h o más amplio y complejo de lo que podía parecer en la con¬
b r o s ; es decir, el terapeuta observa cómo éstos se ponen en
versación telefónica con la madre. Esta última ratifica t o d o lo dicho
relación entre sí, recoge y selecciona las informaciones verbales
por teléfono, pero con el agregado de que al describir el c o m p o r t a ¬
y no verbales más significativas, formula hipótesis sobre las
miento tiránico y a la vez d e p e n d i e n t e de Sandro respecto de ella,
secuencias comunicativas funcionales y disfuncionales que se
parece mostrarse r e i t e r a d a m e n t e complacida por ello, y u t i l i z a la
entrecruzan en el curso de la sesión;
enfermedad como única justificación aceptable.
c) preparar el camino para la sucesiva definición de un objetivo
La tía adora a Sandro y está dispuesta a secundarlo en t o d o ,
terapéutico.
duerme en la habitación con él "porque el niño puede tener crisis
de n o c h e " (que nunca t u v o ) , y por lo tanto no puede d o r m i r solo,
V e a m o s mediante un ejemplo cómo puede desarrollarse concreta¬
y m u c h o menos con el h e r m a n o Piero, porque los dos son c o m o
mente este estadio interactivo. "perro y g a t o " .
Piero, a su vez, es descripto por la madre como un chico p a c i e n t e ,
El caso de Sandro: ¿dónde está la epilepsia? j u i c i o s o y m a d u r o . Sandro y Piero parecen comportarse en verdad
como perro y gato, se lanzan ojeadas plenas de d e s c o n f i a n z a , y se
Sandro es un chico de doce años que ha sufrido perturbaciones
provocan en varias o p o r t u n i d a d e s en el curso de la sesión. T o d a otra
epilépticas desde los cuatro años. Las crisis se controlan bien con
relación a nivel del subsistema de los hijos parece o b s t a c u l i z a d a en
la terapia farmacológica, al p u n t o que hace varios años que no se
ese m o m e n t o por la necesidad de m a n t e n e r una fuerte a l i a n z a , res¬
repitieron manifestaciones clínicas. Lo envían para una consulta
pectivamente con la tía y con la m a d r e .
familiar, después de haber sido tratado en repetidas o p o r t u n i d a d e s ,
aunque sólo por breves p e r í o d o s , como paciente individual. Motivo El padre, empleado municipal, se describe como t o t a l m e n t e ab¬
de la derivación es su c o m p o r t a m i e n t o descripto por la madre como sorbido por el trabajo en obra, pero se muestra en s e g u i d a c o m o
rebelde, tiránico y p r e p o t e n t e , que se agravó en los últimos dos persona concreta y c o m p e t e n t e . Es la primera vez que se en c u e n t r a
años, desde que Sandro comenzó a salir más a m e n u d o de casa. implicado en primera persona, en la terapia de Sandro, y no parece
de ninguna manera renuente para ofrecer su colaboración. Afirma
Es la madre la que telefonea al terapeuta. Ya en este primer
en forma explícita que la " e n f e r m e d a d " de Sandro sólo es r e s u l t a d o
contacto telefónico se declara exhausta y desconfiada respecto de
una "enfermedad" que considera casi como incurable: se siente 20
El terapeuta debe evitar verse envuelto en los llamados secretos a voces
impotente frente al c o m p o r t a m i e n t o de Sandro, que exige que ella
de la familia, es decir, aceptar como "secretos" cosas de las que t o d o s tienen
lo bañe, lo vista, le haga comidas especiales, tiranizándola de todas conocimiento. Establecer desde el inicio un contexto franco y leal, evitando
las maneras. todo tipo de complicidad, hace caer la fachada y permite acceder a la interio¬
Dice que el tratamiento familiar le fue aconsejado por un neuró¬ ridad de las realidades y de las necesidades de la familia. En caso contrario, es
fácil que el terapeuta sea manipulado por las fuerzas más rígidas del sistema y
logo que desde hace un tiempo se ocupa de la terapia farmacológica
pierda el poder terapéutico.
60 TERAPIA FAMILIAR LA FORMACIÓN DEL SISTEMA TERAPÉUTICO 61

de que la tía y la madre lo c o n s i e n t e n ; la madre se lamenta constan¬ He a q u í un t r a m o de la p r i m e r a s e s i ó n , r e l a t i v o al e s t a d i o inte¬


t e m e n t e por el c o m p o r t a m i e n t o del n i ñ o , pero termina secundán¬ ractivo.
d o l o en t o d o ; la tía lo m i m a y lo p r o t e g e p o r q u e lo c o n s i d e r a más
débil que los otros n i ñ o s de su edad. Es e v i d e n t e que el p a d r e , al Terapeuta (dirigiéndose al El terapeuta palmea el hom-
expresarse en estos t é r m i n o s , está h a b l a n d o no s ó l o de Sandro sino padre): T e n g o la i m p r e s i ó n de bro al padre, como para refor-
t a m b i é n de la mujer y de la cuñada e i m p l í c i t a m e n t e de su relación que Ud. tiene i d e a s m u y claras zar su requerimiento de colabo-
con ellas. sobre el p r o b l e m a de S a n d r o . ración con un gesto amistoso.
S a n d r o , interrogado por el terapeuta sobre las afirmaciones del ¿Qué le p a r e c e si me a y u d a
padre, parece c o n c o r d a r con la tesis presentada por este ú l t i m o . El t a m b i é n a mí a t e n e r l o m á s en
h e c h o de que el niño a c e p t e una r e d e f i n i c i ó n de su " e n t e r m e d a d " claro?
en t é r m i n o s relaciónales (el ser c o n s e n t i d o por la madre y la tía)
parece i m p o r t a n t e , p o r q u e p e r m i t e entrever un primer e s p a c i o
Padre: Claro, ¿por qué n o ?
o p e r a t i v o para la terapia: si por una parte extrae de sus c a p r i c h o s
Si eso p u e d e ser útil. . .
una fuente de poder para tiranizar a la familia y recibir una serie
de ventajas secundarias, por otra parece d e s e o s o de e n c o n t r a r una
i d e n t i d a d más a d e c u a d a a su edad.
Terapeuta: Mire, Sandro dijo Esta acentuación positiva sir-
Es o b v i o que e n c u a d r a d o en t é r m i n o s relaciónales el p r o b l e m a que está de a c u e r d o c o n su ve para reforzar la probable
ya no es la epilepsia, de la cual, por lo d e m á s , n i n g u n o de los fami¬ " d i a g n ó s t i c o " , o sea que él es alianza entre padre e hijo,
liares volverá a hablar en el curso de la terapia, ni la maldad de un c o n s e n t i d o . Este ya es un y antes de pedirles que se en¬
Sandro (hasta e n t o n c e s racionalizada en t é r m i n o s lineales c o m o hecho muy positivo, encontrar frenten directamente.
c o n s e c u e n c i a de la e p i l e p s i a ) , sino que el c o m p o r t a m i e n t o inadap¬ que un padre y un hijo e s t á n
tado de Sandro aparece más bien c o m o la resultante de una serie d e a c u e r d o . Quisiera q u e U d . El terapeuta no sólo solicita
de i n t e r a c c i o n e s y de c o n f l i c t o s i n t e r p e r s o n a l e s en el nivel de los ahora d i s c u t i e s e c o n Sandro a ambos un análisis teórico de
a d u l t o s significativos de esta familia, y t a m b i é n en el nivel de los sobre esta c u e s t i ó n de ser con¬ la situación, sino también los
hijos. s e n t i d o , sobre t o d o qué signifi¬ compromete en una propuesta
El fin principal de la terapia es, por lo t a n t o , ofrecer alternativas ca c o n c r e t a m e n t e en su familia operativa, que califica como
a la familia, a c e p t a n d o lo que se presenta c o m o el p r o b l e m a pero y si hay un m o d o de salir de la importante la tarea que se les
c a m b i á n d o l e la e s e n c i a o a m p l i a n d o su s i g n i f i c a d o , según una mo¬ situación. asigna.
21
dalidad t r a n s a c c i o n a l .

Terapeuta (dirigiéndose a Modo implícito de prevenir


Sandro, que está sentado entre posibles interrupciones de la
la madre y la tía): ¿Por qué no madre y de la tía e incluso qui¬
21
"Los esfuerzos del terapeuta, tendientes a cambiar procesos comunica¬ corres tu silla y te p o n e s frente zás del hermano mayor; al mis¬
tivos disfuncionales, incluyen también la capacidad de proporcionar a los a papá, para que n o s o t r o s (di¬ mo tiempo el terapeuta valoriza
miembros de la familia modelos nuevos y más diferenciados en los que pueda
rigiéndose a los demás familia¬ la importancia de oír lo que se
enmarcar sus propias experiencias. El modelo de evaluación que un miembro
de la familia utiliza en una determinada situación puede modificarse a veces res) p o d a m o s o ir sin molestar¬ va a decir y se ubica él mismo
de modo de promover la exploración de nuevas dimensiones" (Minuchin, 1967). los a U d s . ? entre los espectadores, con el
SS TERAPIA FAMILIAR LA FORMACIÓN DEL SISTEMA TERAPÉUTICO

fin de oficializar de un modo Madre (se mete de prepoten-


evidente todo lo que está por cia en este punto): Y si no co-
ocurrir." rro en s e g u i d a , c u a n d o me lla-
ma del baño (se dirige al tera-
Sandro (sonriendo): ¿Debo
peuta), es capaz de estar en el
ir c o n silla y todo? (Se corre
"trono" gritando c o m o un lo-
hacia el padre, mientras el tera¬
c o , c o m o s i y o fuese s u sirvien-
peuta se ubica entre la madre
ta.
y la tía).

Padre: Bueno, veamos un Terapeuta (dirigiéndose a El terapeuta trata de blo¬


poco de dónde se puede co- la madre): ¿Por qué no deja¬ quear las intervenciones de la
menzar (con un tono cordial- m o s q u e S a n d r o y su papá se madre sobre un tema en que
mente solemne). Ante todo, las arreglen e l l o s s o l o s , por a h o - ésta parece particularmente im¬
no me gusta que andes con ra? Yo quisiera que U d . me plicada y resentida: la interrup¬
a y u d a s e a observar a d o n d e pue¬ ción materna produce el efecto
v u e l t a s c o n la c o m i d a . Tu ma¬
den llegar S a n d r o y su papá de darle a Sandro en un punto
dre t i e n e que d e s e s p e r a r s e por¬
c u a n d o d i s c u t e n entre sí, c o m o sensible, en un terreno que lo
q u e verdura no q u i e r e s , no ha¬
dos a d u l t o s . descalifica en su rol de interlo¬
b l e m o s del q u e s o , la carne nun¬
ca está b i e n c o c i d a para ti. ¿ N o cutor "adulto" y al mismo
es así? tiempo parece destinada a im¬
pedir que se prolongue la se¬
cuencia padre-hijo.
Sandro: Es así, pero yo la
achicoria n o l a c o m o , a u n q u e
Sandro (visiblemente contra-
me m a t e s . . .
riado): Basta. Quiero irme.

Padre: Punto d o s : la higiene,


Padre (dándole un golpecito El padre está asumiendo, en
¿me entiendes: ¿ Q u é significa
en la rodilla): ¡Cómo, qué ha- esta fase, la función del cotera-
q u e tu m a m á tenga que estar a
c e m o s ! ¿ V a s a hacer c a p r i c h o s peuta y se muestra muy eficaz
tu d i s p o s i c i ó n y servirte c o m o
también aquí? El doctor nos ha con Sandro.
si fueras un n e n i t o ?
p e d i d o que d i s c u t a m o s c o m o
d o s a d u l t o s , ¿qué figura m e
haces h a c e r ?
* Reestructurar el espacio es una técnica tan simple como eficaz para ex¬
plorar o activar relaciones privilegiadas en el grupo familiar, y también para
recibir informaciones sobre los modelos comunicativos preferenciales de la fa¬ Sandro: Dale, sigue.
milia en cuestión. Sobre el uso del espacio volveremos a menudo en el curso
de este libro, porque representa uno de los pilares de la comunicación humana Padre: D e s p u é s está la cues¬ El padre está proporcionan¬
no verbal: también su comprensión puede permitir una activación, a veces tión del dinero. Tu m a d r e te do ahora ulteriores informa¬
dramática, de energías terapéuticas presentes en el sistema familiar.
da cien liras por día a d e m á s del ciones sobre los adultos signifi-
TERAPIA FAMILIAR L A F O R M A C I Ó N D E L SISTEMA T E R A P E U T I C O 65
64

a l m u e r z o ; ¿por qué tienes que cativos de la familia: él querría Padre (dirigéndose a su mu¬
ir a molestar a la tía al n e g o c i o limitar la injerencia de la tía jer): ¿Estás de acuerdo en que
y llenarte la panza de porque¬ en la educación dé Sandro; es Sandro debe dejar de hacerse
rías? posible que hable de injeren¬ el nenito? Pero tú no debes se¬
cias también a nivel de su rela¬ guir permitiendo que siempre
ción de pareja, pero no parece se salga con la suya, c o m o de
oportuno indagar sobre ese as¬ costumbre. El tiene que co¬
pecto en este momento. mer lo que c o m e Piero, debe
higienizarse solo y no andar
Sandro: 100 liras no me al¬ con historias, ¿entendiste?
canzan, y además Piero, con la
excusa de la m o t o c i c l e t a , se
agarra 500 (mira a Piero con ai¬ Madre (ofendida): Estoy
re un poco provocativo). m u y c o n t e n t a de que Sandro
"crezca", pero tú te las tienes
Padre: Podremos discutir que arreglar con él. Si no estás
con m a m á y aumentar a 2 0 0 . nunca, la que debe soportar
Basta que luego dejes de ir al sus caprichos soy siempre y o .
n e g o c i o de la tía. Y ya estoy harta. ¿Está claro?
¡Me contesta siempre c o m o
un carrero, tu hijo! No sé dón¬
Terapeuta (dirigiéndose al
de puede haber aprendido cier¬
padre): V e o que Ud. sabe m u y
tas palabras. No hablemos ade¬
bien lo que quiere de Sandro: Sandro parece visiblemente
más de pedirle que haga nada
estoy p e n s a n d o en la posibili¬ gratificado por la idea de firmar
en casa: hasta se niega a ir a
dad de pedirle a Ud. y a su hijo un "contrato " con el padre.
comprar el pan. Si no estuviera
que hagan un contrato sobre
Piero para darme una m a n o ,
estos p u n t o s , quiero decir escri¬
no sé c ó m o me las arreglaría
bir un acuerdo y luego firmar¬
(vuelta hacia Piero, con mirada
lo l o s d o s .
complacida).
Pero antes querría que Ud. Ahora el terapeuta sepropo-
discutiera con su mujer y con ne activar la interacción padre-
su cuñada los aspectos que les madre y madre-cuñada para Se reabre la alianza madre-
Tía (con voz angelical): Ada,
c o r r e s p o n d e n en relación con explorar otros aspectos de las
mira, Piero tiene cuatro años Piero y tía-Sandro, que parece
estos p u n t o s . Sin su colabora¬ relaciones familiares.
más que Sandro y además al servir para evitar una confron-
ción el contrato con Sandro
" p e q u e ñ o " hay que saberlo tación directa entre las dos her-
corre el riesgo de fracasar. ¿No
tomar. manas.
le parece?
66 TERAPIA FAMILIAR LA F O R M A C I Ó N DEL SISTEMA T E R A P E U T I C O 67

Piero (en voz alta): ¡Vamos! tavos para gastártelos, pero a


Para "saberlo t o m a r " hay que c o n d i c i ó n de que no vayas más
darle c a r a m e l o s y c h o c o l a t e s , a fastidiar a tu tía y que tu ma¬
c o m o tú le das t o d o s los d í a s . má no me diga que la has exas¬
perado, c o m o d e c o s t u m b r e .
Sandro: Mira quién habla,
el santito de la casa . . . ¿y tú Padre (dirigiéndose a su cu¬
qué c o m p r a s c o n las q u i n i e n t a s ñada): Tú, Eleonora, no d e b e s
liras que te papas t o d o s los darle más c h o c o l a t e s y carame¬
días? los, p o r q u e sobre t o d o le arrui¬
nan el e s t ó m a g o .
Terapeuta (dirigiéndose al El terapeuta ha observado
padre): He p e r d i d o el h i l o : ¿en un entrelazamiento de interac¬ Tía: No veo qué mal le hace
qué h a b í a q u e d a d o c o n su mu¬ ciones muy útiles para visuali¬ un p o c o de c h o c o l a t e con le¬
jer? zar algunas coaliciones familia¬ che, de t a n t o en t a n t o .
res: ahora prefiere reconducir
la discusión a los carriles inicia¬ Piero (en voz alta): ¡De tan-
les, porque se propone enfren¬ to en t a n t o ! ¡Pero Sandro está
tar al padre con Sandro en un siempre m e t i d o en tu k i o s c o
terreno concreto. llenándose la b o c a de c h o c o l a t e
y caramelos!

Padre (dirigiéndose a su mu¬ El padre está ofreciendo una Sandro (con rabia, al herma¬
jer): De ahora en adelante me mayor "presencia " a condición no): ¡No e c h e s leña al f u e g o !
las arreglo yo c o n Sandro: tú de que su mujer colabore con (es decir, métete en tus asun-
d e b e s referirme m i n u c i o s a m e n ¬ él no "consintiendo" más a
tos).
te t o d o lo que urde en casa. Sandro.
Pero d e b e s terminar c o n eso
Tía (dirigiéndose al padre): ¿Alusión a la epilepsia y ala
de darle siempre el g u s t o .
De t o d o s m o d o s , a mí ya no necesidad de que los adultos
me m e t a n en e s t o . Tú eres el protejan más a Sandro? La tía
Madre: No veo ía hora de padre, pero p i e n s o que no hay parece en verdad necesitada de
que estés m á s presente en casa. que agarrársela con Sandro: es que Sandro siga siendo peque¬
Estoy m u y c o n t e n t a de "pasar¬ una criatura m á s sensible que ño para mantener su rol en este
te la b a t u t a " . los d e m á s n i ñ o s . sistema familiar; si Sandro cre¬
ce y se desvincula, es inevitable
Padre (dirigiéndose a San¬ El padre ha absorbido el el enfrentamiento entre los
dro): Tu e s t i p e n d i o subirá a mensaje del terapeuta sobre el adultos de la familia.
d o s c i e n t a s üras por día, p o r q u e contrato con su hijo y ya está
es j u s t o que tengas algunos c e n - esbozando un programa.
69
68
TERAPIA FAMILIAR LA FORMACIÓN DEL SISTEMA TERAPEUTICO

V e a m o s qué e l e m e n t o s r e l a c i o n a l e s han i m p r e s i o n a d o más l a la familia, en o t r o s p l a n o s . La m a y o r " p r e s e n c i a " del padre parece


a t e n c i ó n del t e r a p e u t a en este f r a g m e n t o de s e s i ó n . c o n s t i t u i r un f a c t o r a c t i v a n t e , pero no s u f i c i e n t e para r e c o n s t r u i r
El a p a r e n t e p r o c e s o de c o a l i c i ó n entre la m a d r e y P i e r o , por una s o b r e b a s e s m á s s a t i s f a c t o r i a s una u n i d a d de pareja, que ya no ne¬
p a r t e , y e n t r e la tía y S a n d r o , por otra, p a r e c e tener por lo m e n o s c e s i t e de un p a c i e n t e i d e n t i f i c a d o . En el curso de la terapia será
cuatro aspectos p r a g m á t i c o s : n e c e s a r i o actuar en este s e n t i d o , m e d i a n t e una p r o f u n d i z a c i ó n de
las d i n á m i c a s f a m i l i a r e s , y t a m b i é n habrá que f o m e n t a r una m a y o r
a) D i f i c u l t a un c o n t a c t o p o s i t i v o en el nivel del s u b s i s t e m a de
f l u i d e z de la r e l a c i ó n P i e r o - S a n d r o (Piero p o d r í a a y u d a r a Sandro
los hijos y da p o r r e s u l t a d o q u e Piero y S a n d r o se c o m p o r t e n entre
en el p r o c e s o de d e s v i n c u l a c i ó n , si a m b o s no e s t u v i e r a n c o m p r o ¬
sí c o m o perro y g a t o , s i g u i e n d o una d i s t i n c i ó n e s t e r e o t i p a d a de ro-
m e t i d o s en d o s alianzas que t i e n d e n a d i s t a n c i a r l o s , más que a
l e s , r e s p e c t i v a m e n t e de c h i c o s a n o y de c h i c o e n f e r m o . La epilep¬
aproximarlos).
sia en este s e n t i d o j u s t i f i c a y refuerza el e s t e r e o t i p o .
Es e v i d e n t e , a d e m á s , que la t í a , para renunciar a las gratificacio¬
b) M a n t i e n e al padre fuera de un gran s e c t o r de la vida familiar, n e s que le v i e n e n de p r o t e g e r a su "criatura", d e b e r á e n c o n t r a r una
r e l e g á n d o l o a un rol " p e r i f é r i c o " . Es p r o b a b l e que su a c t i t u d habi¬ c o n f i r m a c i ó n e m o t i v a e n o t r o s p l a n o s , por e l m o m e n t o d e s c o n o c i ¬
tual h a y a f a v o r e c i d o el m a n t e n i m i e n t o de a l i a n z a s familiares de las dos.
que p e r m a n e c e e x c l u i d o , s e g ú n un continuum circular. Y, en este
IV. EL CONTRATO TERAPÉUTICO
c a s o , su "no p r e s e n c i a " no p a r e c e ligada a d a t o s c o n v i n c e n t e s de
realidad l a b o r a l , p u e s al c o m i e n z o , en la fase s o c i a l , ha p r e s e n t a d o
Un e l e m e n t o e s e n c i a l para la f o r m a c i ó n de un s i s t e m a t e r a p é u t i -
s u trabajo c o m o a b s o r b e n t e , p e r o con a m p l i o s e s p a c i o s d e t i e m p o
libre que transcurre g e n e r a l m e n t e c o n los a m i g o s o y e n d o a cazar co es el acuerdo sobre un contrato terapéutico, es decir, la defini¬
d u r a n t e el fin de s e m a n a . c i ó n de un o b j e t i v o .
El c o n t r a t o t e r a p é u t i c o da la m e d i d a del c o m p r o m i s o de cada
c) Impide la d e s v i n c u l a c i ó n de S a n d r o (cosa que no parece ha¬ u n o para el l o g r o de los c a m b i o s a p e t e c i d o s . C u a n t o más c l a r o , cir¬
ber o c u r r i d o c o n P i e r o , q u e d i s p o n e e n c a m b i o d e a m p l i a libertad c u n s t a n c i a d o y c o n c r e t o sea, t a n t o más eficaz y fructífera será la
i n d i v i d u a l ) . En este s e n t i d o la e p i l e p s i a , c o m o p e r t u r b a c i ó n orgáni¬ terapia. C u a n t o m á s vaga y abstracta sea su f o r m u l a c i ó n , tanto ma¬
ca, p u e d e haber r e p r e s e n t a d o u n p r e t e x t o s u f i c i e n t e m e n t e v á l i d o y o r será la p o s i b i l i d a d de m a l e n t e n d i d o s y de c o n f u s i ó n en el curso
c o m o para justificar la i m p o s i b i l i d a d , o, por lo m e n o s , un retardo de la t e r a p i a : la v a g u e d a d de las m e t a s será j u s t a m e n t e lo que difi¬
en el p r o c e s o de a u t o n o m í a de Sandro hacia la a d o l e s c e n c i a . cultará a l c a n z a r l a s . A d e m á s , c u a n t o más claro sea el o b j e t i v o tera¬
p é u t i c o , t a n t o m e j o r podrá el t e r a p e u t a evaluar a d i s t a n c i a el é x i t o
d ) Evita, c o m o h e m o s d i c h o , u n e n f r e n t a m i e n t o d i r e c t o entre o fracaso de la i n t e r v e n c i ó n .
l o s a d u l t o s de este g r u p o familiar, m e d i a n t e la i d e n t i f i c a c i ó n de un
Si la p r i m e r a s e s i ó n no ha p r o p o r c i o n a d o e l e m e n t o s s u f i c i e n t e s
hijo c o m o c h i v o e x p i a t o r i o .
para llegar a definir un primer o b j e t i v o , se podrá c o n c e r t a r la con¬
t i n u a c i ó n c o n u n a o d o s s e s i o n e s e x p l o r a t o r i a s , a fin de evaluar to¬
P r o p o n e r d i r e c t a m e n t e en la s e s i ó n una relación privilegiada pa¬
dos juntos la situación.
d r e - S a n d r o , sugerida, por lo d e m á s , por los m e n s a j e s i m p l í c i t o s de
a m b o s (el estar de a c u e r d o s o b r e la d e f i n i c i ó n del p r o b l e m a , p o r U n a v e z e s t a b l e c i d o un primer o b j e t i v o t e r a p é u t i c o (que p o d r á
e j e m p l o ) , p u e d e p r o p o r c i o n a r i n f o r m a c i o n e s útiles para evaluar e n o b v i a m e n t e m o d i f i c a r s e o ampliarse en el curso de la t e r a p i a ) , será
q u é m e d i d a el padre es c a p a z de favorecer la d e s v i n e u l a c i ó n de p o s i b l e e s t a b l e c e r un a c u e r d o general sobre la d u r a c i ó n del trata¬
S a n d r o . En t é r m i n o s r e l a c i ó n a l e s , e s t o no es realizable si algo no m i e n t o : fijar d e s d e el c o m i e n z o el n ú m e r o de s e s i o n e s hará que
c a m b i a c o n t e m p o r á n e a m e n t e en las r e l a c i o n e s i n t e r p e r s o n a l e s de t o d o s s e s i e n t a n m á s c o m p r o m e t i d o s y c o r r e s p o n s a b l e s ; producirá
en la práctica el e f e c t o de un refuerzo p o s i t i v o t a n t o para el tera-
70
TERAPIA FAMILIAR LA FORMACIÓN DEL SISTEMA TERAPEUTICO 71

peuta como para la familia; esta última no deberá esperar un tra¬ Definir un contrato terapéutico no siempre es tan simple, como
t a m i e n t o interminable e imprevisible, sino que podrá verificar paso no siempre es posible planear un programa de terapia a breve pla¬
a paso el cambio realizado en un lapso definido. Eso no excluye, zo.
obviamente, que cumplido el término, se pueda reformular un nue¬ Esto resulta particularmente cierto con familias en transacción
vo c o n t r a t o terapéutico con otros objetivos y plazos diversos. 25
esquizofrénica, en que la desconfirmación de sí y del otro apare¬
1
Es justamente esta perspectiva de terapia a breve plazo' lo que ce en forma sistemática y en que el terapeuta debe recurrir a una
en muchos casos resulta decididamente productivo para la familia; serie de tácticas para modificarlas (sin ser a su vez desconfirmado)
representa en realidad un modo de asimilar energías positivas de la y para entrar en el sistema familiar. El mismo discurso parece apli¬
relación terapéutica, más bien que del número de las sesiones. cable a las familias con paciente identificado anoréxico y, más ge¬
Por otra parte, este enfoque terapéutico no es pura y simple in¬ neralmente, a los núcleos familiares considerados por Minuchin
tervención tendiente a eliminar el síntoma o el malestar momentᬠ(1977), según su estilo transaccional, como ubicados en los extre¬
neo, sino más bien, como dice Mordecai Kaffman (1963) hablando mos de dos polos opuestos, caracterizadas unas —las familias desli-
del fenómeno de la bola de nieve, el comienzo de cambios positi- gadas— por límites particularmente rígidos e impenetrables, y las
vos en el c o m p o r t a m i e n t o y en las actitudes tanto del niño como otras —las familias aglutinadas— por límites inexistentes o particu¬
de los padres, que "induce ulteriores modificaciones recíprocas en larmente laxos.
la relación padres-hijo con consecuencias positivas adicionales. La La formulación de un contrato terapéutico permite también
terapia ha servido para romper un círculo vicioso, y desde ese mo¬
esclarecer dónde es más oportuno reunirse: según los casos o las
m e n t o los cambios clínicos no son paralelos a la intensidad de la
circunstancias, la terapia podrá desenvolverse en un consultorio ex¬
terapia".
terno, a domicilio, en la escuela o en un Instituto, o pasar de una
A las mismas conclusiones llega Minuchin (1977) cuando afirma sede a otra, de acuerdo con las exigencias del m o m e n t o . Una vez
que "el sistema familiar tiene propiedades que se autoperpetúan. identificado el objetivo, el sistema terapéutico puede sentirse moti¬
Por lo t a n t o , los procesos que el terapeuta activa dentro de la fami¬ vado para intervenir sólo en los problemas intrafamiliares, o bien
lia se m a n t e n d r á n , en su ausencia, por obra de los mecanismos de activar intercambios más productivos entre la familia y las realida¬
autorregulación de la familia misma". des exteriores a ella.
A través de mi experiencia con las familias he podido compro¬ No es raro, en realidad, que en el curso de la primera sesión se
bar que la crítica formulada a menudo contra la terapia breve, de llegue a un acuerdo para una intervención en otro nivel que, si
que es necesariamente superficial y de cortos alcances, carece de bien excluye de entrada la oportunidad de una terapia para la fa¬
fundamento y contradice la evidencia del rol importante que de¬ milia, permite a veces una toma de conciencia mayor respecto de
sempeña el sistema familiar en el proceso t e r a p é u t i c o .21
otras instituciones y la activación de una relación más fluida y pro¬
ductiva entre la familia y las realidades exteriores. He aquí un bre¬
vísimo tramo tomado de un primer encuentro con una familia, que
23
me parece suficientemente ilustrativo.
Por terapias breves se entienden las de una duración promedio de tres a
cinco meses, a razón de una entrevista por semana.
21
Terapeuta: ¿Quién quiere empezar diciendo en qué consiste el
"La persona no es un organismo pasivo, sino que participa de su propio
universo (como afirmaron Ruesch y Bateson al desarrollar la idea de 'entropía
problema?
negativa'). La terapia es un intercambio continuo entre paciente y terapeuta
sistema abierto de codificación, evaluación, formulación de hipótesis— que 25
La desconfirmación no tiene nada que ver con la veracidad o la falsedad
hace posible el desarrollo de actitudes nuevas y alternativas por parte del pa- de la definición que alguien da de sí mismo o de otro, sino que niega más bien
ciente" (Barten M., Barten S., 1973). la existencia de éste como emisor de tal definición.
72 TERAPIA FAMILIAR LA FORMACIÓN DEL SISTEMA TERAPEUTICO 73

Madre: Mire, el problema es que me llamaron de la escuela para


4) Una vez desencadenado un mecanismo relacional distinto
decirme que Giorgio es agresivo con sus compañeros y no está
respecto de la escuela, activar a la pareja parental para que man-
atento en la clase.
tengan una relación clara con los miembros de la escuela, y solici-
Terapeuta: ¿Están de acuerdo sobre eso?
tar una mayor intervención del padre en la actividad escolar del
Madre: Bueno, yo no estoy en la escuela... No puedo saber... es
hip-
cierto que con la maestra anterior nunca se quejaron... pero ahora
me aconsejaron que lo hiciera ver por un especialista, que le hiciera
hacer quizás un electroencefalograma.
Terapeuta: Pero en casa y con sus amiguitos, ¿cómo le parece
que se porta Giorgio?
Madre: Es muy despierto, eso sí... pero me parece que a su
edad... bah, los hay también más traviesos.
Padre: En t o d o caso, en este período está más nervioso, quizás
con esos e x á m e n e s se pueda determinar... sabe, estamos un poco
p r e o c u p a d o s de que tenga algo anormal. Si resulta que no tiene na¬
da —dirigiéndose al hijo— ya vas a ver conmigo.
Durante esta parte del coloquio Giorgio se ha quedado con la
cabeza baja, enojado, sin intervenir.
"El problema es que la escuela dice": por estas pocas frases es
evidente la confusión en que se encuentra la familia, preocupada
por un lado de que pueda existir realmente una patología que
afecte al hijo, y por el otro resentida contra el maestro y a la vez
sancionadora con Giorgio, que representa una "deshonra" para la
familia.
Se puede observar también c ó m o el padre no interviene hasta el
final: su escasa participación quedará evidenciada mejor en el cur-
so de la sesión; entre otras cosas, se mostrará completamente ex¬
traño a la vida escolar de Giorgio. En esta situación, como en otras
análogas, la terapia puede desarrollarse sobre distintos planos:
1) Evitar la formación de una vivencia de enfermedad para
Giorgio y el resto de la familia.
2) Negar la terapia c o m o intervención psiquiátrica en las "per¬
turbaciones de Giorgio": es decir, negar la existencia de cualquier
tipo de problema dentro de la familia y proyectar las energías de
los familiares hacia el exterior, donde aparece clara la matriz del
malestar.
3) Concertar una intervención en otro nivel, es decir, represen¬
tar sólo el m e d i o inicial para el logro de una relación efectiva entre
la familia y la escuela, y salir luego definitivamente de la situación.
LA COMUNICACIÓN NO V E R B A L 75

CAPITULO 3 Esta tiene sus raíces en p e r í o d o s mucho más arcaicos de la evo-


l u c i ó n ; su validez es m u c h o más general que el m ó d u l o verbal, y es
significativa si se la considera incluso entre personas de raza, origen
LA COMUNICACIÓN NO V E R B A L
y cultura distintos. En este ú l t i m o sentido Ekman, Sorenson y
Friesen ( 1 9 6 9 ) , en una investigación realizada en Nueva Guinea,
B o r n e o , los Estados Unidos, Brasil y Japón, observaron c ó m o las
m i s m a s fotografías estándar en que un sujeto manifestaba determi-
n a d a s e m o c i o n e s fundamentales mediante la expresión del rostro,
eran interpretadas igualmente en las diversas naciones y culturas.
SIGNIFICADO DEL LENGUAJE ANALÓGICO
D e l m i s m o m o d o , si o í m o s por la radio o por una grabación el
discurso de u n a persona que habla una lengua que nos es absoluta¬
Comunicar es una conditio sine qua non de la vida humana y de m e n t e d e s c o n o c i d a , aunque escuchemos durante un rato no logra¬
las relaciones sociales; sin embargo, cuando hablamos de comuni¬ r e m o s c o m p r e n d e r nada: pero mirando directamente a la persona
cación a m e n u d o p e n s a m o s automáticamente en el lenguaje. En m i e n t r a s habla p o d r e m o s indudablemente deducir alguna informa¬
e f e c t o , la expresión verbal ha sido considerada durante mucho c i ó n por la expresión de su rostro, por los gestos y por los llama¬
t i e m p o , en las más diversas profundizaciones teóricas, casi c o m o el d o s m o v i m i e n t o s de atención que inevitablemente acompañan al
ú n i c o v e h í c u l o significativo de c o m u n i c a c i ó n . lenguaje.
Sólo en estos ú l t i m o s decenios m u c h o s estudios trataron de T o d o esto corrobora la hipótesis de que los m o d e l o s analógicos
ahondar los m ó d u l o s de c o m p o r t a m i e n t o que constituyen la co¬
de c o m u n i c a c i ó n poseen un fuerte c o m p o n e n t e instintivo que se
m u n i c a c i ó n no verbal, y el análisis de sus correlaciones con el len¬
a p r o x i m a a una señal universal, además de un c o m p o n e n t e imitati¬
guaje verbal.
vo y cultural, aprendidos del c o n t e x t o social.
Si a c e p t a m o s con Watzlawick (1967) c o m o principal axioma de
En la actualidad, en el campo de las ciencias del comportamien¬
la c o m u n i c a c i ó n que en toda situación de interacción todo el com¬
to, existen dos modalidades distintas de lectura del lenguaje no
portamiento tiene valor de mensaje, de ello deriva la imposibilidad
verbal:
de no comunicar, por más que nos esforcemos en no hacerlo.
Hasta dos d e s c o n o c i d o s que se encuentran casualmente por la El enfoque psicológico, según el cual la comunicación no verbal
calle y no se hablan, se comunican algo. Existe de hecho toda una se considera como la expresión de emociones en este sentido nos
serie de mensajes no verbales —desde mirar fijamente algo que uno v e m o s llevados a creer, p o r ejemplo, que entrecruzar las piernas
tiene frente a sí, apartando la vista del rostro del otro después de p u e d e significar temor de castración, o que una particular expresión
haberlo mirado fugazmente hasta el apurar un poco el p a s o - d e l rostro quiere expresar un estado depresivo interior o, al contra¬
c o n s t i t u t i v o s de ese ritual de "desatención civil" (Goffman, 1971) r i o , un estado de bienestar.
que significa claramente: no quiero detenerme a hablar, sigo mi ca¬
mino. El enfoque comunicacional (adoptado en particular por los an¬
La c o m u n i c a c i ó n analógica, o no verbal, no incluye sólo los mo¬ t r o p ó l o g o s y los etólogos), que estudia e interpreta los comporta¬
v i m i e n t o s del cuerpo ( c o n o c i d o s con el nombre de cinética), sino m i e n t o s posturales, el contacto físico y el movimiento en relación
también el que uno toque al otro, la gcstualidad, la expresión del c o n el c o n t e x t o social, con la cohesión y la regulación de las rela¬
rostro, el t o n o de la voz, la secuencia, el ritmo y la cadencia de las c i o n e s en el grupo; en este ú l t i m o caso, por ejemplo, la observa¬
palabras m i s m a s , y también la utilización del espacio tanto perso¬ c i ó n de u n a familia cuyos miembros están sentados j u n t o s puede
nal c o m o interpersonal. p r o p o r c i o n a r una serie de informaciones increíble, simplemente
77
LA COMUNICACIÓN NO VERBAL
76 TERAPIA FAMILIAR

por el m o d o en que sus m i e m b r o s mueven los brazos y las piernas. fio de m o d o e x p l í c i t o y e x h a u s t i v o , transcribiéndolas en el piza¬
Si la madre es la primera en cruzar las piernas y luego el resto de la rrón. El pizarrón se llena rápidamente: Alfio se divierte echando
familia la imita, repitiendo la misma acción, es verosímil que la fósforos e n c e n d i d o s en el tanque de la m o t o , arrojó a una niña en
madre tenga el poder de iniciar las interacciones de la familia, aun¬ el estanque de los peces, r o m p i ó un vaso de cristal de gran valor en
que ella misma y los demás familiares no tengan conciencia de ese la casa, trató de incendiar la casa aplicando fuego a una silla de
h e c h o . Sus palabras p u e d e n negar directamente su función de guía, paja, roba revistas de historietas en el k i o s c o , etcétera. Lo que so¬
cuando se dirige al marido y a los hijos c o m o para recibir consejo. bre todo impresiona al observador, más allá de las singulares em¬
presas que a c o m e t e Alfio, es el m o d o en que el padre y la madre
En realidad estos dos p u n t o s de vista no son m u t u a m e n t e e x c l u - c o m e n t a n estos c o m p o r t a m i e n t o s en el plano no verbal, asumien¬
y e n t e s , p u e s t o que los c o m p o r t a m i e n t o s h u m a n o s pueden ser al do una actitud entre complacida y cómplice, que contrasta decidi¬
1
m i s m o t i e m p o expresivos y sociales o c o m u n i c a c i o n a l e s . d a m e n t e con el sentido de turbación e impotencia referido verbal¬
mente.
La complicidad parece más manifiesta cuando el marido pide a
RELACIONES CON EL MODULO VERBAL
la mujer que muestre al terapeuta la última hazaña del niño: la
compra de cinco navajitas. La madre saca de su cartera el "cuerpo
Está claro que una vez definido el c o n t e x t o en el que ocurre una
del d e l i t o " : las navajitas son presentadas ya abiertas, semienvueltas
determinada interacción, el lenguaje no verbal puede contradecir o
en un b o l s o , y depositadas sobre la moquette de la sala de terapia,
confirmar la c o m u n i c a c i ó n verbal: el dicho francés c'est le ton
c o m o para invitar i m p l í c i t a m e n t e al niño a la acción. Mientras los
qui fait la musique— es una frase trivial, pero está incorporado a la
padres hablan con el terapeuta de esta última compra "impruden¬
experiencia corriente de t o d o s n o s o t r o s ; así por ejemplo, un repro¬
te" del n i ñ o , Alfio toma las navajitas y comienza a cortar la mo¬
che o una frase agradable pueden tener distinto eco según el t o n o ,
quette sin que los padres den ninguna señal de quererlo detener.
la actitud y la expresión con que se los pronuncia; del mismo mo¬
Si el terapeuta se limitara a analizar los c o n t e n i d o s de lo que los
d o , p o d e m o s mostrar de muchas maneras a un interlocutor que
padres escribieron en el pizarrón y luego narraron verbalmente
nos habla, que no t e n e m o s interés en él, aun respondiéndole cor-
a t r i b u y é n d o l o esencialmente a Alfio, terminaría reduciendo el pro¬
tésmente.
blema al simple análisis de los c o m p o r t a m i e n t o s inadecuados del
Si referimos ahora a un c o n t e x t o terapéutico todo lo dicho res¬
niño, perdiendo de vista el significado relacional de toda la secuen¬
pecto de situaciones corrientes de la vida cotidiana, la contraposi¬
cia y la incongruencia entre m ó d u l o verbal y no verbal, que él
ción entre modalidad comunicativa verbal y no verbal resulta parti¬
m i s m o presenció en el curso de la sesión.
cularmente i m p o r t a n t e .
En una visión más general es fundamental el supuesto según el
He aquí una breve secuencia comunicativa respecto de una se¬
cual todas la veces que las personas se comunican entre sí, infor¬
sión de terapia a la que asistió una familia compuesta por los pa¬
man al otro no sólo en términos de contenido, sino también en tér¬
dres y un ú n i c o hijo, Alfio, de 8 años.
m i n o s de relación. Lo cual significa que toda c o m u n i c a c i ó n afirma
Al indagar sobre el problema el terapeuta pide a los padres que
algo también a propósito de la relación entre quien la emite y el
e n u m e r e n las "malas a c c i o n e s " (el término es de la madre) de Al- 2
que la recibe. Es e n t o n c e s de esperar que el aspecto de conte¬
nido y el de relación no sólo coexistan, sino que sean c o m p l e m e n -
1
Si el observador centra la atención sobre un miembro de un grupo y
considera únicamente el pensamiento y las manifestaciónes de esa persona, 2
verá su comportamiento como expresión. Pero si considera e1 comportamiento Si quienes se comunican son más de dos, la situación resulta más com¬
mismo en función de los efectos que "produce" en el grupo más amplio, en- pleja porque es posible que una persona envíe un mensaje de relación a otra,
tonces aplica un "enfoque comunicacional" (Scheflen, 1972). mediante un aparente mensaje de contenido dirigido a una tercera.
7 8
TERAPIA FAMILIAR LA C O M U N I C A C I Ó N NO V E R B A L 79

tarios en t o d o mensaje, donde el primero tiene más probabilida¬ cho, el lenguaje analógico es bastante más útil y significativo en la
des de ser transmitido con el módulo verbal y el segundo con el comunicación sobre relaciones. 3

analógico.
En realidad integrar estos dos lenguajes y traducir de uno a otro c) Claridad o ambigüedad
puede crear grandes dificultades: cuanto más sana sea la interac¬ La comunicación verbal, basada en el principio del sí o del no,
ción, t a n t o más la definición de la relación se correlacionará de un transmite informaciones que pueden comprenderse o no según la
modo fluido y abierto con el cambio del c o n t e n i d o ; cuanto más sintaxis del módulo lingüístico y únicamente de un modo simbóli¬
perturbada sea una interacción, tanto más se caracterizará por ten¬
co (comunicando, por ejemplo, sobre las propias necesidades, de¬
siones constantes para definir la naturaleza de la relación, mientras
seos y emociones mediante las palabras). La comunicación analó¬
el aspecto de c o n t e n i d o resultará cada vez m e n o s importante.
gica, más allá de su componente instintivo, transmite informacio¬
La distinción entre m ó d u l o verbal y no verbal tiene gran impor¬ nes que se comprenden de una manera diferente cuando las reci¬
tancia en la pragmática de la comunicación humana. Se puede afir¬ ben personas distintas en culturas distintas; basta pensar en las di¬
mar que los dos módulos difieren sustancialmente entre sí en lo ferentes sensaciones evocadas por un mismo comportamiento ana¬
que respecta a: lógico, como un abrazo, una carcajada, un apretón de manos. Es,
sin embargo, de difícil interpretación, porque no tiene propieda¬
des que especifiquen cuál de las posibles interpretaciones es exac¬
a) Relación con el objeto al que se refiere la comunicación
ta, ni indicadores que permitan distinguir pasado, presente y futu¬
La relación entre el objeto y la palabra que lo denomina es de
r o ; posee sin embargo una semántica adecuada para definir la rela¬
tipo convencional y arbitrario. La comunicación analógica, en
ción.
cambio, aparece ligada de un m o d o inmediatamente inteligible y
significante con el objeto que quiere definir. Esta diferencia entre
m ó d u l o verbal y analógico es particularmente evidente en el curso
de la terapia cuando se recogen informaciones sobre la historia de d) Utilización predominante en subculturas y edades distintas
la familia y sobre las relaciones efectivas entre sus componentes. Numerosas investigaciones, entre las cuales se encuentran las
Contar hechos, emociones, así como describir las relaciones más realizadas por Minuchin (1967) y Bernstein (1960), corroboran la
significativas del propio ámbito familiar resulta a m e n u d o difícil, y hipótesis de que el módulo verbal tiene un uso relativamante ma¬
a veces incluso anónimo y convencional; mientras que actuar las yor en las clases sociales medias y medio-superiores.
mismas cosas en una especie de escultura familiar, sin el uso del
medio verbal, proporciona una imagen inmediata, extremadamente 3
Son interesantes, a este respecto, los estudios efectuados sobre modali¬
vivaz e inteligible, de todo lo que el sujeto en acción desea comu¬ dades comunicativas analógicas de los animales, cuando se trata de definir la
nicar. relación. Baste mencionar la danza-lenguaje de las abejas o los comportamien¬
tos simbólicos con que los perros esquimales definen el territorio, o el modo
en que las aves migratorias concuerdan, por así decirlo, acerca de cuál debe
ser la dirección de la bandada en vuelo o se informan recíprocamente sobre
b) Posibilidad de transmitir informaciones sobre los objetos eventuales peligros; o los estudios realizados por varios etólogos sobre el com¬
Tales informaciones se transmiten con el lenguaje verbal me¬ portamiento de los primates cuando establecen en grupo las estructuras de
poder. Igualmente significativo en el plano de la relación es el diálogo entre
diante la utilización de los c o n c e p t o s ; se puede afirmar a propósito
hombre y animal: el dueño de un perro, por ejemplo, está convencido de que
que la transmisión de la cultura está confiada en la práctica sobre el anima! entiende lo que él le dice y responde en consecuencia; lo que carac¬
t o d o a la comunicación verbal, así como, más en general, el as¬ teriza la interacción entre ambos es evidentemente la riqueza del contenido
pecto de noticia de un mensaje cualquiera, mientras, como he di- analógico que acompaña al discurso.
B1
LA COMUNICACIÓN NO VERBAL
80 TERAPIA FAMILIAR

En lo que respecta a la utilización p r e d o m i n a n t e de un m ó d u l o dera c o m o p r o p i o , donde uno se encuentra a sí m i s m o y al mismo


en c o m p a r a c i ó n con el otro, el e l e m e n t o diferencial importante es t i e m p o negocia relaciones con otros seres humanos.
la cultura de pertenencia. Al observar familias de cultura latina, an¬ Es bastante fácil observar que si por un lado el espacio responde
glosajona y negra, he p o d i d o comprobar personalmente el distinto a la necesidad del sentir individual, por el otro está ligado a una se¬
uso y significado de las palabras respecto del código analógico. rie de c o n d i c i o n a m i e n t o s sociales y culturales, que pueden expre¬
Una observación de este tipo es obviamente generalizable (puede
sarse en las formas más variadas.
referirse igualmente a grupos sociales de un m i s m o país que pro¬
Antes de pasar a describir el uso del espacio en un c o n t e x t o tera¬
vienen de tradiciones históricas y culturales diferentes, con la con¬
p é u t i c o , me parece o p o r t u n o proporcionar al lector una distinción
siguiente diversidad dialectal); va de suyo que toda intervención te¬
del espacio en términos dinámicos de proximidad o distancia emo¬
rapéutica puede resultar impropia o insuficiente, si antes no se ha
tiva, siguiendo la clasificación propuesta por Hall ( 1 9 6 6 ) :
captado la "gramática" del lenguaje no verbal de un grupo y su re¬
lación con la lengua hablada, viviendo y participando en el contex¬
a) distancia íntima, es decir, una distancia de cercanía, que pre¬
to social en cuyo ámbito t o m a n forma y adquieren significados el
supone un c o n t a c t o : es la distancia que usa la madre, por ejemplo,
lenguaje y los c o m p o r t a m i e n t o s .
para tener en brazos a su niño o la distancia a que se colocan dos
En lo referente a las edades, parece predominar claramente lo personas en la relación amorosa. En estos casos el c o n t a c t o físico
analógico en la infancia y la preadolescencia, donde el j u e g o y la tiene un notable valor pragmático de refuerzo de la intimidad de la
creación fantástica representan uno de los m e d i o s comunicativos relación espacial.
más ricos y a u t é n t i c o s , propios de esa fase evolutiva.

b) distancia personal, o sea, una distancia más o m e n o s cercana,


en que es e v e n t u a l m e n t e posible tocar a otra persona, por ejemplo
EL ESPACIO EN LA INTERACCIÓN HUMANA e x t e n d i e n d o el brazo, pero donde están más claramente definidos
los límites de un espacio personal propio. Esta distancia caracteriza
Un a s p e c t o particularmente fascinante de la c o m u n i c a c i ó n hu¬ relaciones de tipo interpersonal c o m o las que existen entre dos ami¬
mana es la observación de las reacciones del individuo en relación g o s , dos c o m p a ñ e r o s de trabajo interesados en algo que les es c o m ú n ;
con el espacio circundante y su m o d o de utilizarlo y de comunicar también me parece la distancia más adecuada para una relación
a través de él estados de ánimo y señales a otros seres humanos. terapéutica.
El espacio no se reduce e n t o n c e s a una secuencia de relaciones
g e o m é t r i c a s , sino que es la expresión de nuestro vivir y de nuestro c) distancia social, que es aquella en que el único contacto direc¬
ser: cualquier acción es un cambio de nuestro espacio corporal en to es de tipo visual; aun no siendo todavía necesariamente indicati¬
el espacio circunstante y una progresiva definición de nuestro va de una relación impersonal, el espacio actúa en este caso c o m o
m u n d o interior; también el proceso que lleva al reagrupamiento de una defensa potencial contra eventuales intromisiones desde el ex¬
la propia identidad es un progresivo diferenciar y delimitar el terior. Un ejemplo de distancia social es aquella en que se pueden
espacio interno respecto del e x t e r n o . discutir los n e g o c i o s , o más en general, en que existe una clara je¬
rarquía de c o m p e t e n c i a s y de responsabilidades entre los interlo¬
El espacio aparece, por lo t a n t o , c o m o una dimensión innata y
cutores. En estos casos el espacio sirve para separar más que para
universal del h o m b r e , sea en el nivel expresivo c o m o en el social;
representa la definición de un territorio,' de un lugar que se consi-
de un organismo en el espacio. La territorialidad proporciona el esquema sobre
el cual se insertan las acciones de cada individuo de una determinada especie
' La etología define la territorialidad como la expresión de la extensión o cultura, respecto de su contexto o de otro individuo en particular.
5 8 3
LA COMUNICACIÓN NO VERBAL
82 TERAPIA FAMILIAR

unir, y está ocupado por objetos (un escritorio, una mesita, un q u e ñ o círculo y excluir a los otros de su ámbito espacial y
m u e b l e , etcétera), que tienden a confirmar la distancia que se con¬ visual: el gesticular, la inclinación del cuerpo o pequeñas rota¬
sidera más apropiada para este tipo de relación. ciones de éste pueden representar una defensa del pequeño
Profundizando el estudio del espacio, se puede observar, por grupo frente a eventuales intromisiones desde el exterior. En
ejemplo, que la relación tradicional del m é d i c o con el paciente en este sentido es interesante observar cómo la distancia íntima
entre dos personas se reestructura c o m p l e t a m e n t e con la in¬
situaciones de consulta psiquiátrica ambulatoria está dispuesta de
clusión de una tercera persona en la relación.
m o d o de mantener una distancia de protección respecto del pacien¬
t e ; el espacio en que se desarrolla la entrevista está ocupado gene¬ 2) P o s i c i ó n vis-á-vis u orientación paralela del cuerpo: dos perso¬
ralmente por un escritorio, la camilla, guardapolvos, carpeta clínica, nas pueden ponerse en relación ubicándose una frente a la otra,
recetario, armarios con remedios, etcétera, objetos todos que tien¬ o bien sentándose juntas, en paralelo, eventualmente en direc¬
den a establecer una barrera, de modo que la relación termina sien¬ ción a una tercera. En el primer caso la relación se potencia
por un c o n t a c t o visual c o m p l e t o y por una espacialidad que
do necesariamente estática, impersonal y rutinaria. Por consiguiente,
permite la entrada de uno en el territorio del o t r o . Es probable
igualmente estática e impersonal será la recolección de información
que la mayor o menor distancia entre los dos se module según
y la sucesiva elección de la técnica a emplear.
su grado de c o n o c i m i e n t o y de efectiva intimidad o de expec¬
tativas con respecto a la relación; podrá señalar además el de¬
d) distancia pública, la que se utiliza en las relaciones formales,
seo de incluir a otras personas, o, en cambio, el de excluirlas.
una especie de distancia de seguridad, d o n d e se pierde todo carác¬ En la disposición en paralelo puede señalarse una situación en
ter de relación interpersonal directa: es típica la del conferenciante la que dos o más personas prefieren mantener entre sí una rela¬
o la de un profesor en una clase académica. ción neutra o por lo m e n o s indiferente; en otros casos, se in¬
dica un interés mayor en la relación mediante m o v i m i e n t o s
Ya he aludido al significado del contacto físico, a propósito de de a c e r c a m i e n t o del cuerpo, gestos y pequeñas rotaciones que
la distancia íntima. Así como es obvio que la experiencia táctil es permitan un c o n t a c t o visual.
fundamental y prioritaria en el desarrollo de los sentidos durante 3) Posición de congruencia o incongruencia: si en un grupo, por
los primeros años de vida del niño, tambien es claro incluso en e j e m p l o , existe una relación de afinidad y de aceptación recí¬
la edad adulta, como en cualquier otra edad, tocar y tocarse repre- proca, las actitudes y las posiciones de cada uno resultarán
sentan una modahilad comunicacional muy de sentido me¬ casi especulares con las del o t r o : si uno se aparta, los otros se
diante la cual puede transmitirse una infinidad de mensajes: amor, apartan c o n s e n s u a l m e n t e ; si uno inclina el busto hacia adelan¬
coincidencia, amistad, superioridad, dependencia, etcétera. El con¬ te c o m o para entrar en un espacio más í n t i m o , es probable
tacto físico, c o m o la traslación del cuerpo en sentido más general, que lo sigan los demás c o m p o n e n t e s del grupo, etcétera. Opera¬
c o n s t i t u y e n un m o d o de definirse y de definir los propios movimien¬ ciones de mimesis c o m o las descriptas están generalmente im¬
tos en el espacio, y también una elección de relación con los demás. plícitas o son espontáneas en una situación de congruencia.
Por el contrario, una persona que quiera demostrar su disenso
Scheflen ( 1 9 7 2 ) , al poner más acento sobre el significado comu- puede asumir deliberadamente una posición incongruente res¬
nicacional que sobre el expresivo del body language. distinguió tres p e c t o del grupo; tal disenso es en algunos casos casi incons¬
modalidades de p o s i c i ó n : ciente e incluso directamente negado de palabra; pese a ello,
la d i s p o s i c i ó n espacial lo confirmará de una manera evidente
1)Posición inclusiva o no inclusiva: es el m o d o en que los miem¬ e incontestable.
bros de un grupo incluyen o excluyen a otra persona. Por ejem¬
p l o , en una reunión algunas personas pueden formar un pe-
TERAPIA FAMILIA LA COMUNICACIÓN NO VERBAL 85

ESPACIO Y MOVIMIENTO EN TERAPIA FAMILIAR q u e p u e d a n generalizarse a o t r o s e s p a c i o s y fuera del c o n t r o l del


t e r a p e u t a . Observar la d i s p o s i c i ó n espacial de la familia en la sesión
El p s i c o a n á l i s i s y, en g e n e r a l , la terapia p s i c o d i n á m i c a u t i l i z a n es i m p o r t a n t e para un t e r a p e u t a r e l a c i o n a l . El m o d o en que cada
p r i n c i p a l m e n t e l a palabra c o m o i n s t r u m e n t o t e r a p é u t i c o y m e d i o u n o está s e n t a d o p u e d e p r o p o r c i o n a r i n d i c a c i o n e s ú t i l e s para veri¬
de t r a d u c c i ó n de e s t a d o s de á n i m o p r o f u n d o s ; las libres asociacio¬ ficar alianzas, i d e n t i f i c a c i o n e s , centralidad o a l e j a m i e n t o : la geo¬
n e s —verbales— r e p r e s e n t a n , p o r e j e m p l o , u n a m o d a l i d a d para en¬ grafía de la familia en el e s p a c i o n u n c a es c a s u a l ; es m i s i ó n del e q u i p o
trar en el m u n d o i n t e r i o r del p a c i e n t e . El a c e n t o cae sobre el hablar terapéutico estudiarla correctamente.
en t o r n o a e m o c i o n e s y c o n f l i c t o s del a n a l i z a d o , para l u e g o inter¬
En a l g u n o s c a s o s ésta p u e d e r e s p o n d e r a reglas familiares p r e c i s a s :
p r e t a r l o s , s o b r e la base de la h i s t o r i a y de los t r a u m a s del p a s a d o .
es decir, p u e d e ser la radiografía de d e f i n i c i o n e s de r e l a c i ó n codifi¬
E n terapia r e l a c i o n a l las s e ñ a l e s , e l c o n t a c t o f í s i c o , e l m o v i m i e n t o , cadas d e n t r o del g r u p o y r e p r e s e n t a d a s d e s d e el c o m i e n z o de un
la a c c i ó n , la p r e s e n c i a de o t r o s p r o v o c a n s i m u l t á n e a m e n t e asocia¬ m o d o a n a l ó g i c o . N o e s i n f r e c u e n t e , por e j e m p l o , que l a d i s p o s i c i ó n
ciones, significados y c o m p o r t a m i e n t o s en un c o n t e x t o dado. El e s p a c i a l del p a c i e n t e i d e n t i f i c a d o difiera de la asignada a los d e m á s ;
a c e n t o cae s o b r e el a c t u a r y d r a m a t i z a r e s t a d o s e m o t i v o s y conflic¬ a v e c e s , c u a n d o el m e c a n i s m o de d e s v i a c i ó n del c o n f l i c t o c o n y u g a l
t o s en el p r e s e n t e , para verificar e f e c t i v a s p o s i b i l i d a d e s de c a m b i o es el h i p e r p r o t e c c i o n i s m o , o b s e r v a r e m o s que el n i ñ o i d e n t i f i c a d o
en el i n t e r i o r del s i s t e m a familiar, m e d i a n t e la i n t e r v e n c i ó n activa o c u p a un e s p a c i o p a r t i c u l a r m e n t e r e s t r i n g i d o , en m e d i o de los pa¬
del t e r a p e u t a . dres, c o n lo q u e resulta n e t a m e n t e s e p a r a d o de los o t r o s h i j o s ; si
M i e n t r a s q u e u n t e r a p e u t a p s i c o d i n á m i c o desarrolla una a p t i t u d e s t a m o s , en c a m b i o , frente a un r e c h a z o familiar p o r el comporta¬
e s p e c í f i c a para o b s e r v a c i o n e s pasivas y a p r e n d e a m e d i r sus inter¬ m i e n t o " r e p r o b a b l e " de un a d o l e s c e n t e , n o t a r e m o s una visible dis¬
v e n c i o n e s c o n c a u t e l a , u n t e r a p e u t a relacional h a c e u n uso c o m p l e ¬ t a n c i a e n t r e el p o r t a d o r de la p e r t u r b a c i ó n y los d e m á s , c o m o para
t a m e n t e d i s t i n t o de sí m i s m o ; se c o n s i d e r a m i e m b r o agente y reac¬ e x p r e s a r a n a l ó g i c a m e n t e la n e c e s i d a d de " m a n t e n e r las d i s t a n c i a s " .
tivo d e l s i s t e m a t e r a p é u t i c o e i n t r o d u c e en el creatividad e inventiva En el c a s o de u n a pareja, la d i s p o s i c i ó n espacial a s u m i d a por los d o s
p e r s o n a l , s e n t i d o del h u m o y e x p e r i e n c i a s p e r s o n a l e s y profesio¬ c ó n y u g e s p u e d e p r o p o r c i o n a r n o s i n f o r m a c i o n e s e n varios n i v e l e s :
nales, c o n t a c t o t í s i c o , u t i l i z a c i ó n del e s p a c i o y del m o v i m i e n t o re¬ q u i é n s o l i c i t ó la terapia, q u i é n se siente arrastrado a una " o p e r a c i ó n "
p r e s e n t a n I n s t r u m e n t o s operativos i n d i s p e n s a b l e s para un t e r a p e u t a que no aprueba, quién ha a c o m p a ñ a d o al cónyuge "enfermo",
de la lamilla, que se vale de ellos con el fin de o b s e r v a r s e c u e n c i a s e t c é t e r a . T a m b i é n e s p r o b a b l e que l a d i s p o s i c i ó n espacial i n d i q u e
c o m u n i c a t i v a s f u n c i o n a l e s y disfunsionales, l i m i t e s p e r s o n a l e s e u n a d i v i s i ó n de f u n c i o n e s y roles familiares. La s i m p l e o b s e r v a c i ó n
interpersonales, disponibilidades de cambio, etcétera. del e s p a c i o o c u p a d o por cada m i e m b r o del grupo p u e d e informar¬
Descifrar el lenguaje a n a l o g i c o de u n a familia es f u n d a m e n t a l n o s e n t o n c e s sobre q u i é n tiene el rol de guía, de p o r t a v o z oficial o
d e n t r o de una lógica r e l a c i o n e a l : significa entrar en ese sistema espe¬ de m i e m b r o p e r i f é r i c o de la familia, e t c é t e r a .
c í f i c o , o sea, a p r e n d e r las reglas a m e n u d o i m p l í c i t a s de ese g r u p o Una o b s e r v a c i ó n i m p o r t a n t e , s ó l o a p a r e n t e m e n t e e n contraste
y evaluar la m a y o r o menor coherencia entre m e n s a j e s verbales y c o n lo d i c h o m á s arriba y que escapa a m e n u d o al terapeuta inex¬
n o v e r b a l e s ; o b v i a m e n t e , t a m b i é n e l t e r a p e u t a terminará por comu¬ p e r t o , es q u e la p o s i c i ó n espacial de los m i e m b r o s de la familia, so¬
nicar de un m o d o analógico o dónde se sitúa respecto de ellos, o sea, bre t o d o en la fase de f o r m a c i ó n del s i s t e m a t e r a p é u t i c o , está siem¬
en qué m e d i d a está d i s p u e s t o a dejar entrar a los m i e m b r o s de la
pre c o n d i c i o n a d a por la presencia del terapeuta, o sea por la inte¬
familia e n s u p r o p i o s i s t e m a .
r a c c i ó n c o n un i n t e r l o c u t o r e x t r a ñ o a la familia, r e s p e c t o del cual
Para m u c h a s familias s e g ú n Duhl y Kantor ( 1 9 7 3 ) el s i s t e m a el s i s t e m a familiar d e b e e n c o n t r a r la a d a p t a c i ó n m á s a d e c u a d a .
t e r a p é u t i c o y el e s p a c i o a c t ú a n c o m o un resorte y el terapeuta c o m o No es así i n f r e c u e n t e ver en la s e s i ó n que m u c h a s a c t i t u d e s s o n
un i n t e r m e d i a r i o q u e facilita el d e s a r r o l l o de n u e v a s i n f o r m a c i o n e s c o m o i n d u c i d a s , m á s vinculadas con la i m a g e n que la familia c o m o
y c o m u n i c a c i o n e s . Tarea de la terapia es p r o v e e r c o n o c i m i e n t o s c o n j u n t o , o a l g u n o s de sus m i e m b r o s en particular, q u i e r e n dar de
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LA COMUNICACIÓN NO VERBAL
86 TERAPIA FAMILIAR

sí al terapeuta, que con la realidad de posiciones y comportamien¬ emotivos, mediante una representación tridimensional de las rela¬
tos habituales. Mostrar determinados estados de ánimo resulta, en ciones entre los miembros de la familia. La escultura puede definirse
estos casos, una modalidad de realimentación homeostática del sis¬ como la representación simbólica de un sistema, pues en ella se
tema frente a un extraño sentido genéricamente como peligroso. enfocan los aspectos comunes a todo sistema —espacio, tiempo,
Sólo cuando el terapeuta ha logrado acceder plenamente al seno energía—; de este modo las relaciones, los sentimientos, los cambios
del sistema familiar, le resultarán claras las reglas relaciónales de sus pueden representarse y experimentarse simultáneamente.
miembros, sean éstas funcionales o disfuncionales, y el contexto Explicar en qué consiste de hecho una escultura presenta, sin
será decididamente terapéutico. Tan relevante como la disposición embargo, los mismos límites que existen al describir una obra escul¬
espacial asumida por la familia en la sesión, resulta la del terapeuta, tórica sin poderla observar directamente. Así, tampoco es fácil re¬
que deberá ponerse en relación con el sistema familiar como un producir con palabras la riqueza expresiva y relacional del proceso
interlocutor privilegiado y al mismo tiempo neutral. Es increíble la de formación de la escultura misma, que es tan significativo c o m o
facilidad con que un operador inexperto puede perder incisividad e su representación final.
imparcialidad, simplemente porque se ubica en forma inadecuada "Esculpir" es una modalidad creativa, dinámica y no verbal me¬
en términos espaciales. diante la cual el escultor puede representar las relaciones mas signi¬
Muy importante para evaluar el proceso terapéutico es la utiliza¬ ficativas que lo ligan con los otros, que ligan a estos últimos entre
ción del espacio por parte de los miembros de la familia y del tera¬ sí, en un contexto y en un m o m e n t o histórico determinados. Ter¬
peuta, en el curso de la terapia. Los movimientos que se realizan mina así dando vida a una composición espacial, a menudo drama
en la sesión no son nunca casuales y constituyen indicadores extre¬ tica, que expresa visualmente sus emociones y las de los familiares
madamente válidos de secuencias interactivas. El movimiento, la en apropiada interacción. Por lo tanto, hace asumir a cada uno una
acción, el j u e g o , el enfrentamiento son por lo tanto observados y posición, una relación de cercanía o distancia, una mirada y una
solicitados por el terapeuta relacional según una estrategia destinada actitud del rostro que replanteen simbólicamente sus vivencias
a recoger informaciones, a dramatizar y reestructurar relaciones personales respecto de ellos y de su relación recíproca, y al colo¬
inadecuadas, a activar canales de interacción nuevos o en todo caso carse, por último, él mismo en la escultura, representa cómo y
inexpresados, que produzcan un efecto liberador sobre el paciente dónde se ve en relación con los otros. De esta manera la esencia
identificado y sobre los que interactúan con él. misma de sus experiencias familiares, sean relativas al presente o al
pasado, se condensa y proyecta en una imagen visual.
Por lo común es el terapeuta el que elige a la persona que actua¬
LA ESCULTURA DE LA FAMILIA rá como escultor, mientras los demás se transformarán en la "arci¬
lla" a plasmar y colocar en el espacio. En la elección tendrá en
5
La escultura de la familia, una de las más nuevas y activas téc¬ cuenta el m o m e n t o terapéutico y la realidad de cada familia espe¬
nicas no verbales, permite la expresión de ideas y emociones me¬ cífica, activando, por ejemplo, al que considera más capaz de ex¬
diante el uso del cuerpo y del movimiento. Esta técnica se propone presar espontáneamente vivencias emotivas; en otros casos, en
recrear simbólicamente en el espacio estados de ánimo y vínculos cambio, invitará justamente a la persona que dentro del grupo pa¬
rece ser la más inhibida e incapaz de comunicar con palabras lo
5
Peggy Papp, del Nathan W. Ackerman Family Institute de Nueva York, que siente, de modo de promover, a través de un canal no verbal,
y Duhl y Kantor, del Boston Family Institute, pueden ser considerados como una participación activa de esa persona en el proceso terapéutico.
verdaderos pioneros en la experimentación de esta novísima modalidad de
intervención relacional, que parece susceptible de integrar las teorías sistémicas Podrá elegir incluso a un niño que mediante la acción y el movi¬
con una dimensión histórica y a la vez interior del individuo y de la familia de miento está habitualmente más dispuesto a representar con vivaci¬
la que éste proviene. dad y en forma espontánea conflictos y malestares familiares.
88 TERAPIA FAMILIAR LA COMUNICACIÓN NO VERBAL 89

Una vez elegido el escultor, el terapeuta lo ayudará activamente


sual, sensorial y simbólica, donde hay m a y o r e s posiblidades de co¬
en la fase inicial de su esfuerzo creativo, pues a m e n u d o la novedad
municar e m o c i o n e s en t o d o s los niveles.
de la cosa puede provocar dificultades emotivas y consiguientes
Otra ventaja de la escultura es sin duda e1 efecto cohesivo" que
situaciones de bloqueo. Establecidas las reglas generales y comen¬
provoca en la familia: j u s t a m e n t e este aspecto) es lo que lleva a los
zado el proceso, el terapeuta asumirá un rol de observador partíci¬
miembros de la familia a pensar en sí m i s m o s en t é r m i n o s de uni¬
pe, c o m e n t a n d o sólo esporádicamente lo que está s u c e d i e n d o . Du¬
dad sistémica, de la que cada uno es parte integrante e influye a su
rante la ejecución de la escultura se hace m u y p o c o uso de pala¬
vez sobre los demás. Al m i s m o t i e m p o , representarse o ser repre¬
bras, salvo en lo referente a indicar la posición que cada uno debe
sentados c o m o parte de un sistema es un m o d o de p r o m o v e r una
asumir (y, naturalmente, los estados de ánimo que el e s c u l t o r de¬
progresiva individuación de cada u n o respecto de los demás. Esta
sea expresar al elegir determinadas posturas y actitudes). A d e m á s ,
es una experiencia a m e n u d o eficaz e inusitada en familias "agluti-
los participantes deben entrar en la representación sin sugerir a su 7

vez miradas, posiciones del cuerpo o actitudes, en el m o m e n t o en nadas", en las que la fusión, la falta de identidad y el espacio
que se los dispone en el espacio. personal parecen las matrices del malestar.
En los ú l t i m o s años la utilización de la escultura c o m o m e d i o
La escultura es significativa j u s t a m e n t e porque constituye una auxiliar terapéutico ha ido a u m e n t a n d o progresivamente; más en
representación espacial de una situación emotiva actuada y no ver- particular, se llegó a hacer amplio uso del m o v i m i e n t o dentro de
balizada: c o m o tal, supera los límites expresivos de las palabras y ella. Así, el término m i s m o de escultura parece h o y insuficiente
permite la liberación de estados e m o t i v o s y de modalidades comu¬ para describir una modalidad que si bien tiende siempre a enfocar
nicativas a m e n u d o adormecidas o inexpresadas. Esculpir las rela¬
el aspecto visual-espacial de la relación m e d i a n t e una representa¬
ciones permite percibir "de una o j e a d a " todo el cuadro familiar, 8
ción precisamente e s c u l t ó r i c a , quiere al m i s m o t i e m p o traducir
sea in toto o en sus partes individuales; ver la relación es el primer
las energías emotivas en t é r m i n o s de m o v i m i e n t o , de a p r o x i m a c i ó n
paso hacia el cambio.
o alejamiento en el espacio. Si el primer paso en dirección a un
Sólo una vez terminada la escultura podrá expresar cada u n o cambio consiste en ver la relación, el paso sucesivo es moverse de
verbalmente lo que experimentó al participar en ella: es extraordi¬ un lugar a otro. Así, en la fase final de la escultura, el terapeuta
nario observar que, en este p u n t o , el intercambio verbal se produce puede preguntar al escultor o a o t r o s participantes c ó m o se sienten
sobre la base de una disponibilidad recíproca acrecentada y en un
nivel de mayor intimidad y comprensión.
6

La escultura se propone visualizar toda la red de relaciones, tan¬ Con este término no quiero referirme a que sea más valioso unir a la fami¬
lia que dividirla, objetivos éstos que no deberían entrar entre los que se propo¬
to dentro c o m o fuera de la familia y, además, los vínculos entre
ne un terapeuta familiar; deseo en cambio subrayar la importancia de que los
generaciones presentes y pasadas, con el fin de promover una ma¬ miembros de la familia se sientan actores participantes y determinantes de un
yor diferenciación de cada u n o en el ámbito de su propia realidad sistema que les es propio y cuya vida y reglas dependen de las decisiones de
contextual, mediante la renuncia a roles y m o d e l o s estereotipados. cada uno respecto de los demás.
A propósito de las ventajas inherentes a esta técnica no verbal, 7
Según la distinción propuesta por Minuchin (1974) entre familias aglu¬
Papp y otros ( 1 9 7 3 ) subrayan, entre otras cosas, la posibilidad de tinadas y desligadas, cuya aglutinación y desligamiento se refieren al estilo
evitar racionalizaciones, resistencias y estigmatizaciones: median¬ transaccional del sistema familiar.
8
te la escultura se priva a las familias de sus canales verbales usuales El punto culminante del aspecto estático es el instante central: el escul¬
y se las hace comunicarse en un nivel más significativo. En e f e c t o , tor, después de haber construido su escultura, inmoviliza la escena unos segun¬
las triangulaciones, alianzas y conflictos se representan de un mo¬ dos, durante los cuales se fijan en el espacio emociones y relaciones, con el fin
de amplificar su intensidad y permitir así a los participantes asimilar sus carac¬
do coreográfico, es decir, se concretizan y ubican en la esfera vi-
teres esenciales.
90 TERAPIA FAMILIAR LA COMUNICACIÓN NO VERBAL 91

en una d e t e r m i n a d a p o s i c i ó n , invitarlos a desplazarse hacia una po¬ c ó m o p i e n s a que lo desearía el o t r o . U n a vez d e f i n i d o s en a c c i o n e s


sición que les guste m á s , a asumir una actitud distinta si la a c t u a l e s t o s m o m e n t o s , las reglas de la r e l a c i ó n resultarán m á s claras para
e s i n s o s t e n i b l e : t o d o ello resultará c o m o u n e s t í m u l o para produ¬ a m b o s ; e l e s c u l t o r recibirá n u e v a s i n f o r m a c i o n e s - s o b r e e l m o d o e n
cir un p o s i b l e c a m b i o , e i n m e d i a t a m e n t e d e s p u é s c o m o una verifi¬ que su c o m p o r t a m i e n t o influye de h e c h o s o b r e el o t r o , y vicever¬
c a c i ó n del m o d o en que el s i s t e m a familiar percibe ese c a m b i o en sa; la r e p r e s e n t a c i ó n física y espacial de e s t a d o s e m o t i v o s hasta en¬
el nivel a n a l ó g i c o . En e f e c t o , e x p e r i m e n t a r el c a m b i o de u b i c a c i ó n t o n c e s d e s c o n o c i d o s , o por lo m e n o s v a g o s y c o n f u s o s , se p o d r á
y realizarlo p r o m u e v e la f o r m a c i ó n de un canal d i s t i n t o de c o m u ¬ utilizar e n t o n c e s para aprender m o d a l i d a d e s c o m u n i c a t i v a s m á s
n i c a c i ó n en el cual se e v i d e n c i a n las c o n e x i o n e s entre la e s t r u c t u r a a d e c u a d a s para a m b o s .
(las p o s i c i o n e s r e c í p r o c a s ) , las i n t e r a c c i o n e s (los m o v i m i e n t o s en
La escultura ha resultado ser un m e d i o i n d u d a b l e m e n t e eficaz
relación c o n la estructura) y los e s t a d o s e m o t i v o s (los s e n t i m i e n t o s
para incluir a los n i ñ o s en el trabajo t e r a p é u t i c o . Les p r o p o r c i o n a
s u s c i t a d o s por las p o s i c i o n e s y los m o v i m i e n t o s ) .
un canal casi natural para expresar e m o c i o n e s y r e l a c i o n e s signifi¬
Una vez en claro los s u p u e s t o s en que se funda la escultura co¬ cativas, que d i f í c i l m e n t e se e v o c a r í a n c o n el m e d i o verbal. Por aña¬
mo m o d a l i d a d de análisis y de i n t e r v e n c i ó n no verbal, su utiliza¬ didura, les da la s e n s a c i ó n c o r r e c t a de qué i m p o r t a n t e s s o n sus per¬
ción p u e d e ser m u y variada, sea en el c u r s o de la terapia o en el c e p c i o n e s t a m b i é n para los a d u l t o s (lo que a u m e n t a , a d e m á s s u
p r o c e s o de f o r m a c i ó n del t e r a p e u t a relacional. El terapeuta p u e d e d i s p o s i c i ó n a c o l a b o r a r ) ; t a m b i é n p e r m i t e la v i s u a l i z a c i ó n , a v e c e s
pedir a los m i e m b r o s de una familia que e s c u l p a n las r e l a c i o n e s in- dramática, de la relación e x i s t e n t e entre el s í n t o m a y la interac¬
trafamiliares más significativas o que r e p r e s e n t e n el p r o b l e m a p o r c i ó n familiar.
el cual se requirió la terapia; t a m b i é n p u e d e p e d i r al p a c i e n t e iden¬ La escultura p u e d e utilizarse t a m b i é n para r e p r e s e n t a r a la fami¬
tificado que esculpa el rol que ha a s u m i d o en la familia y c ó m o se lia en u n a d i m e n s i ó n histórica, m e d i a n t e una r e a c t i v a c i ó n de su vi¬
u b i c a n los d e m á s r e s p e c t o de ese rol: e s t o p e r m i t i r á ver c ó m o ac¬ da desde el p a s a d o hasta la a c t u a l i d a d . El t e r a p e u t a s o l i c i t a e n t o n ¬
túan a b i e r t a m e n t e d e t e r m i n a d o s e s t e r e o t i p o s y ayudará al e s c u l t o r ces que las p e r s o n a s e s c u l p a n su familia n u c l e a r ; pide l u e g o a los
a liberarse de una etiqueta rígida y limitativa, y a la familia a bus¬ padres que e s c u l p a n su familia de o r i g e n ; t o d o e s t o p r o p o r c i o n a r á
car nuevas e x p r e s i o n e s de relación que ya no n e c e s i t e n p e r p e t u a r una v i s i ó n m á s c o m p l e t a de la vida e m o t i v a de la familia en el
estereotipos o comportamientos sintomáticos. t i e m p o , y p e r m i t i r á individualizar c a n a l e s r e l a c i ó n a l e s f u n c i o n a l e s
En una terapia de pareja en que el p u n t o crucial es el c o n f l i c t o o d i s f u n c i o n a l e s en el lapso de m á s de una g e n e r a c i ó n .
sobre q u i é n define las reglas, el terapeuta p u e d e invitar a l o s cón¬ En fin, la escultura se utiliza a m p l i a m e n t e en el c u r s o de la for¬
9
y u g e s a crear una escultura en la que se r e p r e s e n t e el c o n f l i c t o mación del terapeuta relacional, c o m o m o d a l i d a d no verbal, me¬
y en seguida se e x p e r i m e n t e n m o d a l i d a d e s de c a m b i o . Es p o s i b l e diante la cual el futuro t e r a p e u t a p u e d e r e p r e s e n t a r en g r u p o 1 1
las
hacerlo p i d i e n d o a los d o s que definan por turno su e s p a c i o perso¬ r e l a c i o n e s de m a y o r gravitación relativas a su p r o p i o s i s t e m a fa¬
10
nal y el del otro r e s p e c t o del s u y o . Pide s u c e s i v a m e n t e a am¬ miliar; c u a n t o m á s sea capaz de c o m u n i c a r a l o s d e m á s sus p r o p i a s
b o s , u n o por vez, que acojan al otro d e n t r o de su p r o p i o e s p a c i o v i v e n c i a s , t a n t o m e j o r p o d r á c o m p r e n d e r a la familia en el curso de
personal, u t i l i z a n d o m o d a l i d a d e s diversas: c ó m o s i e n t e q u e eso la terapia y percibir las d i f i c u l t a d e s de esta ú l t i m a , a m e n u d o simi-
ocurre h a b i t u a l m e n t e , c ó m o querría que ocurriera, y , por ú l t i m o ,
11
Nuestros grupos de formación, constituidos en general por trabajadores
9
sociales que desarrollan su actividad en la estructura asistencial misma, son
La escultura de pareja ha sido definida por Dulh y Kantor (1973) como pequeñas unidades de 8-10 personas. La pertenencia a un mismo grupo ope¬
boundary sculpture, es decir, escultura de límites. rativo permite un potenciamiento del trabajo de formación y una verificación
10
Hall (1966) definió como personal el espacio que circunda a cada indivi¬ concreta sobre el terreno; el número relativamente restringido facilita la rapi¬
duo y que supone la existencia de una frontera invisible, y que es reconocido dez de los procesos de aprendizaje y una mayor profundización del enfoque
como tal justamente a consecuencia de que existe. relacional.
92 TERAPIA FAMILIAR

lares a las suyas, y, en última instancia, considerarlas comunes y CAPITULO 4


reversibles, una vez que esté libre de superestructuras y estereoti¬
pos profesionales.
LA PRESCRIPCIÓN
Siempre en el ámbito de un programa de enseñanza, el equipo
terapéutico puede utilizar la escultura para dramatizar los conflic¬
tos que presenta una familia en el curso de la terapia, y para eva¬
luar las posibilidades de cambio que tiene el sistema. Más particu¬
larmente, se ha hecho amplio uso de esta técnica no verbal, des¬
pués de haber asistido a estados de crisis aguda (en el ámbito de LA DIRECTIVIDAD EN TERAPIA FAMILIAR
sesiones domiciliarias), o sea, cuando el sistema familiar se ve fuer¬
temente sacudido por una situación de descompensación de gran
compromiso. La representación escultórica permite así "fijar" la Impartir directivas parece ser un c o m p o r t a m i e n t o por lo menos
crisis en una secuencia espacial y visualizar sus diversos componen¬ tan antiguo como el concepto de curación. Más complejo es reco¬
tes en términos relaciónales, por lo que proporciona una contribu¬ nocer y a veces aceptar que hay que impartirlas en una relación te¬
ción no indiferente al proceso terapéutico que se está realizando. rapéutica: no hay duda de que toda forma de terapia es, en su
La escultura también sirve para representar la relación terapeu- esencia misma, directiva.
ta-supervisor que, como hemos dicho, implica un proceso dinámi¬ También es directivo prescribir psicofármacos a una persona
co de crecimiento entre dos personas empeñadas, aunque sea a ni¬ presa de un estado de ansiedad, mantener silencio hasta que el pa¬
veles diversos, en la misma operación. Puede ofrecernos, por lo de¬ ciente comienza a asociar libremente, aconsejar la colonia de vaca¬
más, informaciones útiles sobre la relación que de hecho existe ciones para un niño inhibido, enseñar a una pareja el modo de lle¬
entre ambos, su grado de intimidad y sus recíprocas expectativas. gar al orgasmo, prescribir un c o m p o r t a m i e n t o paradoja!, y hasta
Del mismo modo, la escultura es un medio muy eficaz para repre- negar una terapia cuando los componentes del problema no son de
sentar la red de relaciones presentes dentro de un grupo de tera- naturaleza psicológica.
peutas en formación; se ponen así en evidencia problemáticas in¬ Si es cierto que bajo la influencia del psicoanálisis, de la terapia
teractivas, nivel de maduración y de diferenciación del grupo, en¬ rogersiana y de la terapia psicodinámica en general se ha llegado a
tendido como sistema. la convicción de que debe ser el paciente quien determine todo lo
que ocurre en la sesión, también es cierto que el contexto terapéu¬
tico, las reglas implícitas en la relación, la disposición espacial mis¬
ma, la actitud y las intervenciones del terapeuta, indican una rela¬
ción en que la directividad y el poder por parte de este último son
innegables y oficialmente aceptados por el paciente.
También en la terapia familiar, como en general en toda terapia
estratégica, la directividad es igualmente innegable, aunque el modo
en que toma forma sea totalmente distinto de la praxis psicodiná-
mica. El terapeuta está empeñado activamente con la familia en
determinar el contexto que se desarrolla, en establecer los objetivos
a alcanzar, en proyectar las intervenciones, en evaluar las respuestas
del grupo a sus directivas modificándolas en caso necesario, en pro¬
mover la separación de la familia al final del proceso terapéutico,
TERAPIA FAMILIAR LA PRESCRIPCIÓN 95
94

etcétera. Todo esto lo consideran manipulatorio quienes perciben Si en una terapia familiar se pide al terapeuta que asuma inicial-
en esta modalidad terapéutica el peligro de que la familia pierda su mente una posición de control, en el momento terminal el cuadro
capacidad de autodeterminación o se vea envuelta en responsabili¬ relacional habrá cambiado por c o m p l e t o : el terapeuta y la familia
dades que no le competen. En efecto, si eso ocurriera estaría justi¬ estarán entonces en una posición de igual poder, porque ésta habrá
ficada la crítica de manipulación, y es posible que, en realidad, esto readquirido la plena autodeterminación en sus acciones y ya no
pueda ocurrir si en la terapia relacional (como, por otra parte, en tendrá necesidad de ayuda desde afuera.
todo otro contexto terapéutico) se aventuraran terapeutas que, más Viene al caso preguntarse ahora de qué manera es directivo un
allá de una seria preparación específica, carecieran de un profundo enfoque relacional y qué objetivos se propone alcanzar. La primera
sentido de respeto por la libertad del individuo y de una aguda sen¬ expresión de directividad está implícita en el acto mismo de reunir
sibilidad para comprender las dificultades de la familia dentro del a toda la familia, es decir, en implicar a todo el núcleo familiar en
tejido social. una operación que requiere un enfrentamiento directo y una toma
de conciencia común. Igualmente directivo resultará pedir a los
La terapia relacional se propone en realidad hacer que adquiera miembros del grupo un empeño activo en resolver un problema in¬
una mayor capacidad de determinación un grupo familiar que a terno del sistema familiar o externo a él, negando la posibilidad de
menudo está varado en una situación de dificultad de la que no pa¬ una solución fundada en la delegación al técnico.
rece en condiciones de salir por sí mismo, como no sea mediante la Es bastante fácil intuir, además, cómo un terapeuta que utiliza
formación y el mantenimiento de chivos emisarios. Es justamente ampliamente en la sesión el espacio, el movimiento, la prescripción,
la imposibilidad de cambiar, experimentada en el tiempo por la fa¬ está comunicando claramente que toma la guía del proceso tera¬
milia, que sigue los modelos habituales de pensamiento y de com¬ péutico; tanto más directivo resultará su modo de conducir la tera¬
portamiento, lo que lleva al terapeuta a la convicción de que su pia, en cuanto él mismo podrá consultar al supervisor o ser consul¬
tarea fundamental consiste en abrir brechas en el sistema familiar tado por él durante las entrevistas.
para permitirle el redescubrimiento de valencias autoterapéuticas
en su interior, que liberen al paciente identificado y a la familia de Analicemos ahora cómo el objetivo del cambio, finalidad común
una situación de malestar que se ha perpetuado en el tiempo, y les a todo tipo de terapia, se ubica en una óptica sistémica-familiar. Lo
restituyan la iniciativa de sus propias acciones. Una operación de que se nos propone es obtener un cambio que vaya más allá de la
esta clase requiere necesariamente una posición de poder por parte resolución del síntoma individual y que incida a nivel de todos los
del terapeuta, el cual debe enfrentarse en seguida con las fuerzas más miembros del sistema proporcionándoles modelos transaccionales
rígidas del sistema. Esto lleva en muchos casos a lo que Whitaker nuevos que ya no tengan necesidad de comportamientos sintomá¬
(1973) llama la lucha por el control. El terapeuta debe estar desde ticos. En este sentido el síntoma es solamente el indicador de una
el comienzo en condiciones de mostrar a la familia que es bastante perturbación a nivel comunicativo. Actuar sobre el síntoma quiere
fuerte como para controlarla con éxito, manteniendo constante¬ decir automáticamente intervenir en las reglas de relación de ese
mente una posición de estar arriba. sistema.
En esta lucha por el poder el sistema familiar puede evaluar si el Interrogado sobre qué era lo que consideraba fundamental para
terapeuta es bastante sólido y seguro para sostenerla en un eventual producir un cambio terapéutico, Milton Erickson dijo que la res¬
proceso de cambio: si éste no es capaz de conducir, es decir, de puesta es comparable a "cuando se enseña a un n i ñ o : no es suficien¬
dictar con continuidad las reglas de la relación, es inevitable que te explicarle que uno más uno son dos. Hay que darle un trozo de
termine englobado en los modelos transaccionales habituales de la tiza y hacerle escribir 1 y otro 1, dibujar el signo de suma y de igual,
familia, la cual no lo sentirá eficaz como agente de cambio y termi¬ y luego hacerle escribir 2. Así, no es suficiente explicar un proble¬
nará, con frecuencia, interrumpiendo la terapia. ma al paciente, ni siquiera cuando el paciente logra explicarlo por sí
50 TERAPIA FAMILIAR LA PRESCRIPCIÓN 37

m i s m o ; lo importante es hacer que el paciente haga algo " (en Haley, CLASIFICACIÓN DE LAS PRESCRIPCIONES
1976).
Similar es la posición de Papp, Silverstein y Cárter cuando se
preguntan c ó m o se traducen en acción las introvisiones (insights). Una prescripción se puede construir sobre la base del trabajo
Estos autores afirman que las introvisiones que no han producido realizado en la sesión, de los datos relaciónales recogidos, y utilizan¬
un cambio en el comportamiento, o en todo caso en el sistema fa¬ do los contenidos que aportaron los miembros del sistema familiar.
miliar, carecen de significado. A veces ocurren cambios en las rela¬ Se trata e n t o n c e s de asignar una tarea que implique directa o indi¬
ciones familiares como resultado de los que se producen en las rela¬ rectamente a toda la familia o a alguno de sus m i e m b r o s , en la
ciones emotivas o a raíz de nuevas tomas de conciencia; otras veces sesión o en el intervalo entre una sesión y la siguiente.
1
no ocurren en absoluto.
Dar prescripciones en el curso de la terapia es una intervención
Un error común a varios tipos de terapia es el supuesto de que si
estratégica realizada por una serie de motivos. En líneas generales,
alguien comprende algo, actuará necesariamente en consecuencia.
constituye una modalidad técnica dirigida a promover un cambio,
En la práctica terapéutica es más frecuente que si alguien cambia en
o sea, a activar m o d e l o s relaciónales distintos que no tengan nece¬
algo, eso le permita experimentar y, por lo tanto, aprender alterna¬
sidad de la formación y del m a n t e n i m i e n t o de chivos expiatorios.
tivas nuevas a nivel cognoscitivo, emotivo y conductal. Wittgenstein
2
Más particularmente, es un m o d o de establecer un contexto tera-
(1971) afirma que la reestructuración no atrae la atención hacia
péutico, es decir, un clima colaborativo en el cual se respetan algu¬
algo, es decir, no produce una introvisión, sino que enseña otro
nas reglas generales, evitando caer en situaciones improductivas en
j u e g o y hace que el viejo resulte obsoleto. Si es cierto que haciendo
las que el victimismo, la acusación, la opresión, la delegación, o el
actuar en la misma situación modalidades diversas de solución del
uso de roles estereotipados puedan desempeñar una función deter¬
problema se induce a m e n u d o un cambio, mi impresión es que no
minante. Utilizando un c o m p o r t a m i e n t o directivo el terapeuta
debe excluirse que éste está vinculado con una introvisión. Por otra
termina adquiriendo importancia a los ojos del grupo familiar, en
parte, no parece fácil decidir si el cambio está determinado por la
virtud de su función de garante de la a u t o n o m í a y de la subjetividad
introvisión o si esta última es contemporánea o sucesiva respecto
de cada miembro. Esto le permite entrar en el sistema familiar y
de aquél.
ser aceptado por todos, porque se mantiene ajeno a complicidades
o a coaliciones más o m e n o s explícitas con este o aquel personaje
de la familia. La prescripción mediante la asignación de "tareas a
domicilio" es una modalidad dirigida a amplificar el proceso tera¬
péutico, más allá de la hora semanal de la reunión de grupo, pro¬
moviendo una "presencia" del terapeuta en la familia aun en el ám¬
bito de las actividades cotidianas. De esta manera la familia puede
experimentar modalidades nuevas de comunicación; si logra utili¬
zarlas "para la terapia" se sentirá cada vez más capaz de funcionar
1
Aunque pueda ocurrir que la familia en terapia no esté en condiciones a u t ó n o m a m e n t e hasta que ya no tenga necesidad de a p o y o s tera¬
de emprender un nuevo camino que percibe como demasiado riesgoso o com¬ péuticos.
prometedor, sin embargo el hecho de haber verificado concretamente la exis¬
tencia de alternativas negadas anteriormente o bien desconocidas, tiene de por
sí valor terapéutico. La prescripción permite además la recolección de informaciones
2
Podríamos definir muy sintéticamente este término como la reelabora¬ relaciónales en torno a la estructura de la familia y a las reacciones
ción de esquemas relaciónales diferentes mediante la utilización de elementos de sus c o m p o n e n t e s frente a los requerimientos de c a m b i o . En
ya existentes. muchos casos no es importante la correcta ejecución de la prescrip-
LA PRESCRIPCIÓN 99
9 8 TERAPIA FAMILIAR

ción por sí misma, sino más bien el análisis de los comportamientos


interactivos de los miembros empeñados en una tarea común. CLASIFICACIÓN DE LAS PRESCRIPCIONES
De esta manera se impide que la familia comience a defenderse
aun antes de haber podido experimentar algo "distinto".
Mediante la prescripción, que se debe cumplir pero no interpre¬
tar, se lleva al grupo familiar a vivir una situación relacional opera¬ A) PRESCRIPCIONES REESTRUCTURANTES
tiva, reduciendo las posibilidades de utilizar la defensa verbal y ra¬
cional que podría prolongar inútilmente el trabajo terapéutico. — Prescripciones contrasistémicas (tendientes a contrastar abier-
Con esto no queremos decir que al hacer que la acción preceda a tamente la homeostasis del sistema familiar)
la verbalización se eviten las resistencias; por el contrario, de esta — Prescripciones de contexto (tendientes a establecer o mante-
manera pueden surgir con mayor rapidez y evidencia. ner un c o n t e x t o terapéutico)
Más allá del análisis de los diversos usos de la prescripción, es — Prescripciones de desplazamiento (tendientes a desplazar arti¬
obvio que siempre tiene valor de comunicación para los miembros ficialmente el problema del paciente identificado a otro miem¬
de la famiüa, que se preguntarán qué tipo de mensaje se oculta tras bro de la familia o a una s i n t o m a t o l o g í a nueva)
los requerimientos del terapeuta y formularán hipótesis respecto — Prescripciones de reelaboración sistémica (tendientes a rees-
de sí mismos y de los otros. El terapeuta debe tener debida cuenta tructurar directamente los esquemas relaciónales presentes,
de ello al formular la prescripción, y también al realizar sus obser¬ mediante la utilización de e l e m e n t o s ya existentes)
vaciones luego de la ejecución de la tarea. — Prescripciones de refuerzo (tendientes a reforzar m o v i m i e n t o s
En la página siguiente puede verse un cuadro sinóptico de los ya presentes en el sistema familiar y que se consideran útiles
diversos tipos de prescripción, elaborado sobre la base de mi expe¬ para el cambio)
riencia directa del trabajo con familias y sistematizado con ayuda — Prescripciones de utilización del síntoma: prescripciones de
3
de mis colaboradores. ataque y prescripciones de alianza

B) PRESCRIPCIONES PARADOJALES
A) PRESCRIPCIONES REESTRUCTURANTES
— Prescripciones del síntoma (tendientes a prescribir el "com-
portamiento enfermo")
Se entiende por reestructuración un proceso tendiente a modifi¬ — Prescripciones de las reglas (tendientes a implicar directamente
car los esquemas relaciónales habituales de la familia mediante el a t o d o el sistema familiar mediante la prescripción de reglas
uso de elementos y energías ya presentes en el sistema, al m e n o s a "peculiares" de la familia)
nivel potencial.
El edificio asume así nuevas perspectivas, se modifica, pero los C) PRESCRIPCIONES METAFÓRICAS
ladrillos que lo forman son siempre los mismos.

3
Agradezco en particular a Paolo Menghi, con el cual he discutido y ela¬
borado mucho material relativo a las prescripciones. Del trabajo clínico reali¬
zado con mis colaboradores -Menghi, Nicoló, Saccu- han sido tomado mu-
ChOl de los casos descriptos en este capítulo.
TERAPIA FAMILIAR LA P R E S C R I P C I Ó N

Este c o n c e p t o , que representa un p u n t o central de n u e s t r o m o d o 2. PRESCRIPCIONES DE CONTEXTO


de operar en la familia, es de h e c h o también válido para las pres¬
cripciones paradojales. La distinción surge a lo s u m o de que en Son p r e s c r i p c i o n e s de c o n t e x t o todas las m o d a l i d a d e s actuadas
estas últimas el p r o c e s o de reestructuración es subsiguiente a las en el curso de la sesión, que t i e n d e n & promover la formación y el
m o d i f i c a c i o n e s determinadas por la paradoja terapéutica, mientras mantenimiento de un contexto terapéutico.
que en las primeras la reestructuración provoca en seguida c a m b i o s . Se trata de tareas c u y o o b j e t i v o es g e n e r a l m e n t e introducir una
Cabe interrogarse respecto de los parámetros que hay que evaluar c o n n o t a c i ó n de operatividad c o n c r e t a en el á m b i t o de la entrevista;
se las utiliza a m e n u d o para o b t e n e r el cambio de una atmósfera
para elegir un tipo de prescripción más bien que otro.
que el terapeuta considera inapropiada en esa fase terapéutica. Las
Esto podrá tener respuesta luego de haber analizado en detalle
prescripciones de c o n t e x t o se utilizan, por e j e m p l o , para modificar
aspectos particulares de las prescripciones reestructurantes y de las
una situación acusatoria o h i p e r p r o t e c t o r a , al c o m i e n z o de la tera¬
paradojales.
pia; se e n t i e n d e así velar por el respeto de la a u t o n o m í a de cada in¬
dividuo, igualmente responsable y significativo d e n t r o de la fami¬
lia.
En realidad, no es infrecuente que el p a c i e n t e i d e n t i f i c a d o , en
1. PRESCRIPCIONES CONTRASISTEMICAS virtud de las dificultades de las que es p o r t a d o r , termine s i e n d o
privado o privándose e s p o n t á n e a m e n t e de su capacidad de a u t o a -
Esta modalidad, más que una eficaz estrategia de i n t e r v e n c i ó n , firmación y de libertad individual. Si se trata de un niño o de un
es a m e n u d o paradigmática de la inexperiencia del terapeuta, que a d o l e s c e n t e , es posible que ni siquiera se le c o n s u l t e para concu¬
demasiado ligado a valoraciones de los contenidos más bien que de rrir a la terapia, para responder a preguntas que le atañen directa¬
las relaciones s u b y a c e n t e s , tenderá a contrastar abiertamente la m e n t e , para expresar lo que querría por sí m i s m o .
h o m e o s t a s i s del sistema familiar. Se encontrará e n t o n c e s comba¬ El terapeuta puede prescribir el silencio a q u i e n intenta inte¬
t i e n d o con una m o d a l i d a d escasamente productiva contra una ten¬ rrumpir al o t r o , o c o m p r o m e t e r a c t i v a m e n t e a q u i e n parece ubi¬
dencia c o m ú n a t o d o s los sistemas: la de preservar el statu quo. carse periféricamente respecto del p r o c e s o t e r a p é u t i c o , proporcio¬
Entran en este grupo t o d o s los consejos terapéuticos t e n d i e n t e s nándole espacio y garantías suficientes. Puede dividir a la familia
a ver de una manera simplista la realidad de una s i t u a c i ó n . Tales en subgrupos si esto c o n d u c e a la expresión m á s libre de a l g u n o , o
c o n s e j o s apuntan a solicitar c a m b i o s en el paciente i d e n t i f i c a d o , al asignar a una figura intrusiva un rol de o b s e r v a d o r , u b i c á n d o l o de¬
que se le pide que apele a esas mismas energías cuya carencia siente, trás del espejo.
o a interrumpir un d e t e r m i n a d o c o m p o r t a m i e n t o en los familiares, T a m b i é n puede solicitar d e t e r m i n a d a s i n t e r a c c i o n e s , prescri¬
considerado i m p r o d u c t i v o o c o n t r a p r o d u c e n t e . Esto significa opo¬ biendo a dos o más personas que discutan o actúen j u n t a s en algu¬
nerse a las dinámicas sistémicas de ese grupo, o por lo m e n o s igno¬ na cosa, en el curso de la sesión. Esta quizás sea una e x p e r i e n c i a re¬
rarlas. lativamente nueva para la familia, y favorezca un c o n t e x t o colabo¬
rativo preparando el terreno para las i n t e r v e n c i o n e s sucesivas.
Resultado último puede ser la creación de un c o n t e x t o acusatorio No es infrecuente que en el curso de la terapia, una vez produci¬
o inútilmente c o m p e t i t i v o ; esto terminará por repercutir negativa¬ do un c a m b i o p o s i t i v o , se d e t e r m i n e una r e t r o a c c i ó n negativa c o n
m e n t e sobre el paciente identificado y sobre los d e m á s m i e m b r o s un intento de recuperar los niveles h o m e o s t á t i c o s p r e c e d e n t e s . Las
de la familia, y en última instancia sobre la credibilidad respecto prescripciones de c o n t e x t o p u e d e n p r o m o v e r , en este caso, una es¬
de la terapia. tabilización del c a m b i o , incluso en una fase t e r a p é u t i c a avanzada.
1 0 3
L A PRESCRIPCIÓN
1 0 2 TERAPIA FAMILIAR
se solo. I n t e r r u m p i ó los estudios en segundo año del s e c u n d a r i o ,
3. PRESCRIPCIONES DE DESPLAZAMIENTO nunca tuvo una actividad laboral, aunque a m e n u d o manifieste de
palabra que está dispuesto a iniciarla.
Si se acepta el supuesto de que el rol de chivo emisario es fun¬ Pasaron 5 m e s e s d e s d e el c o m i e n z o de la terapia familiar y el
cional para el sistema en ese m o m e n t o , se puede conjeturar que la p r o b l e m a de la a u t o n o m í a de L u c i a n o se p l a n t e a de un m o d o par¬
presencia de un segundo paciente o de una nueva s i n t o m a t o l o g í a t i c u l a r m e n t e u r g e n t e . D e s p u é s de una s e s i ó n c e n t r a d a s o b r e el te¬
sea susceptible de crear movimientos significativos. Tales prescrip¬ ma del d o r m i r , los t e r a p e u t a s se dan c u e n t a de que redefinir los lí¬
ciones de desplazamiento se proponen desplazar artificialmente el m i t e s g e n e r a c i o n a l e s en este á m b i t o ( r e c o n d u c i e n d o a L u c i a n o a su
problema del chivo emisario a otro miembro de la familia. Se ba¬ rol de hijo y o p e r a n d o c o n t e m p o r á n e a m e n t e sobre la p a r e j a ) es un
san en la evidencia de que una vez descentralizado el paciente o b j e t i v o p r e m a t u r o . L u c i a n o v c r b a l i z a , por otra parte, t o d o l o q u e
identificado y desensibilizada la zona sintomática, es más fácil de¬ i n t u y e n los t e r a p e u t a s , c u a n d o m a n i f i e s t a : "El p r o b l e m a del dor¬
sencadenar un proceso de cambio, promoviendo la acción de mo¬ mir será el ú l t i m o paso hacia la c u r a c i ó n : p r i m e r o superaré yo to¬
dalidades relaciónales más sanas. do el r e s t o ; ése será el ú l t i m o e s c a l ó n " .
Esto representa, en ciertos aspectos el tránsito de una situación de Es en este p u n t o de la terapia cuando p e n s a m o s en e n f r e n t a r el
anormalidad, por la cual la familia requirió la intervención a una si¬ problema de la a u t o n o m í a de Luciano fuera de la familia utilizan¬
tuación de anormalidad nueva y artificial, creada t e m p o r a r i a m e n t e do una estrategia que desplace m o m e n t á n e a m e n t e las perturbacio-
por el terapeuta para promover un cambio, mediante una descom¬ nes haciéndolas pasar de Luciano al padre. Para poner en a c t o la
pensación del sistema y por consiguiente un aumento de las varia¬ prescripción utilizamos el único ámbito de actividad del padre ex¬
bles y de las alternativas posibles. La evaluación de un p r o b l e m a terior a la familia, su trabajo, d e s p l a z a n d o el p r o b l e m a del hijo al
varía si de él surge otro, quizás más agudo y urgente. Este nuevo padre.
acontecimiento lleva a un redimensionamiento de las fuerzas ac¬ Este, empleado desde hace más de 20 años en una gran empresa,
tuantes y del significado mismo del problema precedente para no faltó nunca un día a su trabajo. Su actividad laboral representa
quienes están implicados en él. Se requiere a u t o m á t i c a m e n t e una una zona, quizás la única, de la cual éste o b t i e n e notables satisfac¬
redistribución de las funciones familiares, lo que hace más fácil po¬ ciones y en la cual es apreciado por su c o m p e t e n c i a por t o d o s ,
ner en actividad modelos interactivos diferentes. Para producir el incluidos su mujer y su hijo.
desplazamiento el terapeuta puede partir de una leve p e r t u r b a c i ó n
U n o de los dos terapeutas habla por s e p a r a d o con el padre y le
referida por un familiar y amplificarla, o bien crear un p r o b l e m a
p r o p o n e una colaboración directa, con el fin de estimular a Lucia¬
ex novo. El nuevo problema, j u s t a m e n t e por ser artificial, tiene
no a asumir alguna responsabilidad fuera de la familia. La prescrip¬
una misión limitada en el tiempo y puede fácilmente desaparecer
ción consiste en ausentarse del trabajo d u r a n t e 15 d í a s , a s u m i e n d o
una vez desencadenado el cambio. La prescripción se realiza me¬
en su casa un c o m p o r t a m i e n t o insólitamente d e p r i m i d o y negligen¬
diante la alianza partícipe con el "segundo p a c i e n t e " preelegido, o
te, y rehusando t o d o c o n t a c t o con sus familiares. Al presentarle la
sin que éste lo sepa.
prescripción, el terapeuta le preanuncia que no le será difícil depri¬
mirse p o r q u e al pasar 15 días enteros en su casa podrá t o m a r con¬
T o m e m o s el caso de Luciano. Luciano tiene 16 años, es hijo
ciencia de aspectos i m p o r t a n t e s y p e r t u r b a d o r e s en lo referente a
ú n i c o , sufre de fobias desde hace años, tiene un comportamien¬
los roles y funciones familiares.
to tiránico y agresivo en la familia, que corresponde a una tre¬
La iniciativa terapéutica, aceptada de pleno por el padre, no
menda preocupación de enfrentarse con el m u n d o e x t e r n o . Siem¬
puede dejar de provocar una fuerte reacción, en particular en Lu¬
pre durmió en el lecho de los padres; en los últimos años t o m ó el
ciano que, en la sesión siguiente, agrede a los t e r a p e u t a s , a los que
lugar del padre, que se vio obligado a trasladarse al living, mien-
considera responsables de la enfermedad de su padre, c o m u n i c a n -
tras el hijo duerme con la madre, p o r q u e tiene miedo de quedar-
104 TERAPIA FAMILIAR LA PRESCRIPCIÓN 105

do al m i s m o t i e m p o su decisión de ubicarse c o m o e l e m e n t o válido el é x i t o de un plan que las implica, con m a y o r razón p o r q u e están
alternativo: "Si él está r e d u c i d o a este e s t a d o , ¡me c o r r e s p o n d e a d e s e o s a s de d e m o s t r a r que su actitud r e s p e c t o de Sandro es ade¬
mí tomar las riendas de la casa!" cuada y en a b s o l u t o p r o t e c t o r a , c o m o s o s t i e n e el padre.
La prescripción ha p r o v o c a d o de h e c h o un d e s e q u i l i b r i o tempora¬ Una vez i n i c i a d o un p r o c e s o de reelaboración s i s t é m i c a es más
rio del sistema familiar, que permite p o n e r en marcha p r o c e s o s fácil ampliar el c a m p o de a c c i ó n e incluir en él p r o b l e m á t i c a s y
n u e v o s . Luciano, después de una serie de c o n t a c t o s que realiza per¬ e x i g e n c i a s cada vez m e n o s vinculadas con el p r o b l e m a i n d i v i d u a l
s o n a l m e n t e , inicia una actividad laboral; no se presenta a las sesio¬ por el cual se s o l i c i t ó i n i c i a l m e n t e la terapia; ésta termina s i e n d o
n e s , aunque envía a los terapeutas, por vía de sus padres, mensajes un m o m e n t o de notable i m p o r t a n c i a en el p r o c e s o de c r e c i m i e n t o
tranquilizadores a su r e s p e c t o , y se inserta p r o g r e s i v a m e n t e en las de t o d o el grupo familiar.
actividades recreativas de un grupo. C o n t e m p o r á n e a m e n t e la pare¬ V e a m o s otro e j e m p l o , muy s i m p l i f i c a d o , de reelaboración sisté-
ja, sin Luciano, c o m i e n z a a enfrentarse a p r o b l e m á t i c a s conyu¬ mica, que p r o m u e v e un rápido r e d i n i e n s i o n a m i e n t o del p r o b l e m a
gales, adormecidas durante largo t i e m p o . La prescripción ha pro¬ que m o t i v ó la i n t e r v e n c i ó n .
m o v i d o en este caso, de un m o d o i n d u d a b l e m e n t e inhabitual pero La señora Maggi viene a la terapia con su hija de 5 a ñ o s , acom
eficaz, el c o m i e n z o de un p r o c e s o de e m a n c i p a c i ó n de Luciano y pañada por la baby sitter. Esta última se q u e d a en la sala de espera
de c o n f r o n t a c i ó n a nivel c o n y u g a l . La señora está separada desde hace dos años del m a r i d o y vive con
la niña y la baby sitter. El p r o b l e m a surgido se refiere a Silvia, des
cripta por la madre c o m o i n c o n t r o l a b l e e i n m a d u r a en relación con
4. PRESCRIPCIONES DE REELABORACION SISTEMICA su edad. En breve t i e m p o e m e r g e el p r o b l e m a de f o n d o , relativo a
una relación a m b i v a l e n t e de la madre r e s p e c t o del m a r i d o (del cual
no ha llegado a separarse e m o t i v a m e n t e ) y de su s i t u a c i ó n actual
Con este tipo de prescripción se tiende a reestructurar los mode¬
de mujer sola. Al hablar se e x p r e s a con t e a t r a l i d a d , s u p e r p o n i e n d o
los c o m u n i c a t i v o s usuales de la familia, s u s t i t u y é n d o l o s por o t r o s
c o n t i n u a m e n t e los p r o b l e m a s de la hija con su p r o p i a p r o b l e m á t i c a
n u e v o s y más funcionales, m e d i a n t e la r e e l a b o r a c i ó n de e l e m e n t o s
e x i s t e n c i a l . Las zonas de a u t o n o m í a de la niña sufren la c o n t i n u a
y energías ya presentes en el sistema familiar.
invasión de la madre que termina e n v o l v i é n d o l a t o t a l m e n t e en sus
El caso de Sandro, de que h e m o s h a b l a d o a p r o p ó s i t o del esta¬
c o n f l i c t o s . El c o m p o r t a m i e n t o de Silvia es e f e c t i v a m e n t e despóti¬
dio interactivo de la primera sesión (pág. 5 8 ) , ofrece varios e j e m p l o s
co e i n c o n s t a n t e , pero pese a las j e r e m i a d a s de la m a d r e , se n o t a
de prescripción de reelaboración sistémica. Prescribir en la sesión
entre ellas una e s p e c i e de c o m p l i c i d a d . María, la baby sitter, que
una n e g o c i a c i ó n entre padre e hijo para p r o m o v e r la e m a n c i p a c i ó n
t e ó r i c a m e n t e debería permitir una m a y o r a u t o n o m í a de la m a d r e ,
de este ú l t i m o , representa un m o d o c o n c r e t o de reestructurar los
aliviándola al m e n o s p a r c i a l m e n t e de una serie de c u i d a d o s rela¬
m o d e l o s de c o a l i c i o n e s y de s e p a r a c i o n e s e x i s t e n t e s dentro del sis¬
c i o n a d o s con la hija, no tiene n i n g ú n p o d e r sobre la niña, que in¬
t e m a . Un acuerdo dirigido a revalorar la m a d u r e z de Sandro debe
cluso se niega a jugar con ella y da así origen a otro p r o b l e m a . Co¬
tener en cuenta no sólo al m u c h a c h o , sino t a m b i é n t o d o s los as¬
mo con la hija, t a m b i é n con la baby sitter la madre tiene una rela¬
p e c t o s funcionales desarrollados a partir de su frustrado creci¬
ción que oscila entre la camaradería y la i n t r u s i v i d a d , con algunas
miento.
p r e o c u p a c i o n e s por la " r e s p o n s a b i l i d a d " q u i z á s mal d i s t r i b u i d a
r e s p e c t o de la baby sitter, que t a m b i é n es una mujer j o v e n .
La evaluación sesión por sesión de los r e s u l t a d o s c o n c r e t o s de
este acuerdo es un m o d o de hacer o p e r a t i v o en casa el p r o c e s o La primera s e s i ó n , que distó de ser significativa en lo referente a
de reelaboración iniciado en la entrevista. Padre e hijo d e b e n em¬ los p r o b l e m a s p r e s e n t a d o s por la m a d r e , lo fue sin e m b a r g o para
peñarse c o t i d i a n a m e n t e y tener fe en un a c u e r d o oficial sanciona¬ n o s o t r o s p o r q u e nos p e r m i t i ó aclararlos y e n f r e n t a r l o s a continua¬
do ante t o d o s ; pero t a m b i é n la madre y la tía d e b e n colaborar en ción con m a y o r eficacia. Se p i d i ó a Silvia y María que prepararan
106 TERAPIA FAMILIAR LA PRESCRIPCIÓN 107

en el cuarto vecino una pequeña canción y un ballet para represen¬


6. PRESCRIPCIONES DE UTILIZACIÓN DEL SÍNTOMA
tarlo luego ante la madre. Entretanto, el terapeuta habla con esta
última de problemas que no tienen que ver con los demás. Después Una utilización terapéutica del c o m p o n e n t e sintomático puede
del tiempo convenido, María y Silvia entran en la sala de terapia realizarse tanto en términos de ataque directo c o m o de alianza.
y presentan su "número", mientras la madre, aparte con el tera¬ Tratemos de explicarlo mejor:
peuta, observa interesada y divertida.
En este caso el terapeuta, con una prescipción muy simple, ha
trazado límites entre madre e hija, reestructurando los espacios re¬
cíprocos en función de necesidades diferenciadas. El síntoma de la a) Prescripciones de ataque al síntoma
niña, por otra parte muy esfumado, fue indirectamente redimen- Mónica es una muchacha de 24 años que desde hace 10 meses
sionado mediante una activación divertida de la niña y de la baby está diagnosticada como esquizofrénica y a la que una sola interna¬
sitter en un juego creativo; modalidad que podrá ahora repetirse ción no ha encaminado aún definitivamente a la carrera m a n i c o -
también fuera de la terapia. La problemática de la madre, que has¬ mial. La muchacha, aunque lo niegue en un plano verbal, muestra
ta ahora había sido desconocida y confundida con el comporta¬ un cierto interés en la sesión, pero pretende la centralidad absolu¬
miento de la hija, adquiere una dimensión propia. Se comienza así ta recurriendo a veces a su "papel" de delirante. De la entrevista,
a desplazar el objetivo de la intervención. aparte de la paciente identificada, participan el padre, la madre, la
hermana mayor y el hermano de 17 años.
Los familiares hablan de la gravedad del comportamiento de
Mónica en términos genéricos y parecen pedir una confirmación
5. PRESCRIPCIONES DE REFUERZO 4
oficial al terapeuta para una nueva internación, si bien la situa¬
ción objetiva no parece particularmente dramática. El terapeuta,
Con este término nos referimos a todas las prescripciones ten¬
ignorando las provocaciones de Mónica (que parece apoyar la tesis
dientes a reforzar movimientos ya en acto en el sistema familiar y
de los familiares, acentuando las "rarezas" en la sesión), le comuni¬
considerados útiles para el cambio.
ca analógicamente que si quiere un espacio no lo podrá obtener
Va de suyo que las prescripciones de contexto, de desplazamien¬
mediante los canales del comportamiento s i n t o m á t i c o ; luego dirige
to o de reelaboración sistémica pueden tener un efecto de refuerzo
un pedido a todos los familiares:
en el m o m e n t o en que potencian un intento de "solución ya inicia¬
do dentro del grupo familiar.
En estos casos al terapeuta le basta alentar lo que el sistema ya
está realizando, en virtud de las valencias autoterapéuticas que to¬ Terapeuta: Querría que cada uno de ustedes me dijera concreta¬
do núcleo posee en su interior. En un m o m e n t o en que, por moti¬ mente en qué consiste la gravedad de Mónica.
vos no siempre identificables, la tendencia al cambio está prevale¬ Madre: La gravedad de Mónica consiste en que, si sigue de este
ciendo temporariamente sobre la tendencia homeostática, el tera¬ modo, podría volverse loca... furiosa.
peuta no debe hacer otra cosa que organizar una prescripción que
incluya, de una manera más extensa y articulada, lo que ya está
ocurriendo. El hecho de que los miembros de la familia adviertan
una conformidad entre sus propios movimientos y las indicaciones
terapéuticas no hace sino aumentar el nivel de colaboración y las Es frecuente que el trabajador psiquiátrico se vea enfrentado con una
delegación de responsabilidades cuando se le ratifica oficialmente una decisión
posibilidades de éxito, además de abreviar notablemente el lapso ya delineada por el sistema familiar, necesitado de descargarse del peso de un
de la intervención. compromiso vivido como culpabilizante.
LA P R E S C R I P C I Ó N 109
1 0 8 TERAPIA FAMILIAR

Una regla a la cual siempre nos atenemos es la de que mientras


Terapeuta: Es un término que no es claro. ¿Seguir de qué mo-
se golpea con decisión la manifestación sintomática y el poder ma-
do?
nipulativo vinculado con ésta, se buscan contemporáneamente zo¬
Madre: Llega c o n l o s cabellos que da miedo, podría de un mo¬
nas de autonomía para sostenerlas y p o t e n c i a r l a s . Esto puede ocu¬
mento a otro ir a lo del vecino con los cabellos todos despeinados, rrir si el terapeuta, aun ateniéndose al síntoma, está en condiciones
como hace ella... de cambiar su significado en términos relaciónales.
Ménica (de pie, llevándose las manos a la cabeza): Estoy cansa¬
da, quiero irme... También en el caso referido, esta doble línea de intervención
5 nos pareció incisiva Y bien aceptada por la familia y por el paciente
Terapeuta: Hoy, Mónica, perdiste una hora de reposo ( s a l e de
identificado. Ya hacia el final de la sesión descripta, Mónica empe¬
la sala y vuelve con una buena cantidad de almohadones), y es jus¬
zó a manifestar un comportamiento más sintónico y emotivamente
to que descanses... acuéstate...
participante, transmitiendo analógicamente su confianza respecto
Mónica: Pero qué dice... Acuéstese Ud.... del terapeuta.
Terapeuta: A mí me parece importante que descanses... no en¬
tiendo realmente... de todos modos, haz como quieras... (Vuelve a
sentarse, y dirigiéndose a la madre) ¿Ud. conoce bien a su hija? b) Prescripciones de alianza sobre el síntoma
Madre: Creo que s í , aunque... Las prescripciones de alianza sobre el síntoma se revelan parti¬
Terapeuta: Bueno, quisiera que por un momento Ud. fingiese cularmente eficaces con jóvenes en la preadolescencia, o bien en si¬
ser Mónica y me mostrara cómo Mónica se vuelve furiosa. tuaciones de transformación del sistema familiar en una de las fases
Madre (con resistencia): Mónica se tira los cabellos... más delicadas de su ciclo de desarrollo: la de la desvinculación del
Terapeuta: Muéstreme cómo hace. adolescente.
La madre, en este punto, comienza a soltarse los cabellos y a No es infrecuente que aparezcan síntomas cuya función consiste
imitar la hipotética situación con el vecino de la casa. El padre mi¬ en mantener al muchacho en casa, en una edad en que normalmen¬
ra con aire de suficiencia, mientras los hijos, incluida Mónica, con¬ te se definen espacios más amplios de autonomía individual y de
tienen con dificultad la risa. participación social. Puede ocurrir que el problema que motivó la
De este trozo de sesión resulta claro qué se entiende p o r ataque intervención sea la aparición de fobias o de tics muy visibles o de
o desafío al síntoma. perturbaciones alimentarias (anorexia u obesidad), si no directa¬
mente la reanudación de un comportamiento de tipo enurético
El comportamiento sintomático del paciente identificado es en
o encoprésico. En estos casos es a menudo útil establecer una
estos casos objeto de agresión o de ridículo en su naturaleza mis¬
alianza c o n el muchacho justamente sobre el comportamiento per¬
ma, mediante su acentuación o anticipación; mientras en la secuen¬
turbado, c o n el fin de modificar su significado relacional. El ori¬
cia referente al cansancio de Mónica el terapeuta enfatiza directa¬
narse en la cama, el tic, la anorexia misma se vuelven así parte de
mente su "diversidad", en la parte en que la madre se manifiesta
un entendimiento con el terapeuta y ya no se los usa para confir¬
preocupada por la locura de la hija, se ataca sobre todo el manejo
mar una relación agresiva, dependiente o protectora respecto de
del síntoma por parte de la familia y, más particularmente, de la uno de los padres o de un hermano.
madre.

El terapeuta puede utilizar modalidades diversas para alcanzar


este objetivo. En todos los casos actúa siempre en dos niveles: por
5 una parte, provoca al muchacho sobre el comportamiento sintomá¬
Últimamente Mónica pasa algunas horas por día acostada, con grave
tico, por otra, lo sostiene en sus potencialidades de adolescente.
consternación de sus familiares.
LA PRESCRIPCIÓN 111
1 1 0 TERAPIA FAMILIAR

Basándose en el interjuego entre estos dos niveles, constantemente Por parte de Carla, proteger a los padres, operación obviamente
correlacionados, el terapeuta puede promover el proceso de cam- negada por los tres, pero no por ello menos evidente, es un m o d o
bio. de permanecer dentro del sistema y de evitar la toma de conciencia
de los espacios de mayor autonomía y responsabilidad propios de
Tomemos a modo de ejemplo el caso de una chica de 14 años,
su edad.
Carla, que desde hace alrededor de un año ha recomenzado a m o -
jar la cama, provocando preocupación y turbación en los padres. Romper el círculo vicioso de la protectividad nos parece el ca¬
En otros aspectos no presenta problemas, todo lo contrario, los pa¬ mino para obtener un cambio. En una primera fase, nos propone¬
dres se prodigan en elogios por el comportamiento escolar y por la mos promover la rebelión de Carla, con la expectativa de que la
sensatez de Carla, su única hija. actitud de los padres cambie de protectora a resentida. Con esta
finalidad el terapeuta divide a la familia en el curso de las sesiones,
La chica los confirma en todas sus expectativas y si no fuese por
este asunto de la enuresis, que limita indudablemente su libertad reservándose entrevistas individuales con Carla. Le propone que
de acción, "todo andaría sobre ruedas". trabajen j u n t o s en el problema de la enuresis, pero a condición de
que esto se mantenga como un secreto entre ambos. Carla debe
Después de unas pocas entrevistas se ve claramente que la enure-
sis constituye el mejor recurso para mantener unidos y al mismo llevar un diario íntimo (y traerlo siempre consigo a la sesión), le¬
tiempo divididos a los padres, y que la sensatez de Carla consiste j o s del alcance de los padres, en el que referirá el ritmo, la cantidad
justamente en limitar su autonomía, con el fin de protegerlos. La y horario de la enuresis, cantidad y tipo de líquidos ingeridos des¬
madre logra encubrir todas sus desilusiones prodigándose de todas de las 17 h s . en adelante. Si alguna noche le ocurriera de no ha¬
las maneras posibles para ayudar a la chica a superar el problema. cerse pis, deberá describir todo lo que ocurrió en el día preceden¬
Le ha impuesto el uso de bombachas de goma, un hule bajo la sᬠte. El terapeuta justifica el pedido explicándole que sólo con un
bana y otros mil recursos ingeniosos. En la práctica gran parte de cuadro exacto de la situación se puede esperar un resultado posi¬
su tiempo y de sus pensamientos giran en torno del pis de Carla y tivo y que sin su colaboración todo esfuerzo sería inútil.
de cómo encontrarle una solución. El padre, por su parte, desem¬ Esta prescripción de alianza sobre el síntoma tiene una serie de
peña un papel aparentemente neutral, y cuando se ve envuelto en objetivos. Ante todo, tiende a crear un lazo intenso entre el tera¬
primera persona tiende a minimizar el problema o a criticar dis¬ peuta y la chica, partiendo justamente del s í n t o m a , cuyo significa¬
cretamente, pero sin reservas, el m o d e l o educativo de su mujer. do afectivo ha sido modificado; ya no se realiza para la familia, si¬
Carla afirma que no siente tanto desagrado por sí misma (en el no que representa más bien un pretexto para sellar un pacto con
fondo puede tener amistades sin revelar este problema de la enu- un adulto importante, valorizando así las potencialidades adoles¬
resis), como "por la madre, que sufre tanto por eso, y por el padre, centes de Carla, que irán encontrando espacio para c o n t e n i d o s
que se pone de mal humor por su culpa". nuevos y más importantes.
Nos parece que los tres, a través de la enuresis, han encontrado Al mismo tiempo, el hecho de acordar m u c h o espacio al tema
una modalidad que si bien es disfuncional en lo referente a la ener¬ de la enuresis, tanto en el coloquio como en la prescripción a do¬
gía utilizada, permite el mantenimiento de la homeostasis familiar, micilio, es una manera de desensibilizar el campo y de promover
es decir, de un equilibrio en el cual las tensiones interpersonales no una rebelión de Carla frente al terapeuta. Cuanto más valorada se
alcanzan nunca niveles demasiado elevados y los conflictos conyu¬ sienta en sus capacidades de adolescente, tanto más le pesará ha¬
gales encuentran una vía de expresión indirecta a través del proble¬ blar de hacerse pis en la cama, en un c o n t e x t o cambiado. La posi¬
ma de Carla. Proteger a la chica representa una modalidad para te- bilidad de quitar espacio a este argumento en favor de otros más
nerla dentro del sistema, para evitar una desvinculación aparente¬ importantes sólo puede realizarse, sin embargo, si el síntoma pier¬
mente insoportable o por lo menos penosa, que obligaría a los de realmente significado.
cónyuges a enfrentarse entre sí y con el ambiente exterior. Es ilusorio pensar que se obtendrá una solución definitiva del
112 TERAPIA FAMILIAR LA PRESCRIPCIÓN 113

problema sin producir contemporáneamente cambios también en 2. PREMISAS


el plano parental, donde se sentía particularmente la necesidad de
mantener a Carla en un rol de chivo emisario. Una primera fase Para comprender el significado de un enfoque paradojal, es
puede consistir en hacer que los padres se sientan resentidos y no oportuno definir qué se entiende por paradoja y los efectos que és-
4
protectores respecto del síntoma de Carla, que, a su vez, estará ta provoca en la interacción humana.
ahora más dispuesta a rebelarse. Se puede definir como "paradojal" una situación en que una
Al prescribir a los padres que ejerzan un mayor control sobre afirmación es verdadera si es falsa, y solo si lo es, esto deriva del
hecho de que se emiten contemporáneamente dos mensajes que re-
la enuresis, se volverá más difícil la tarea de Carla: esta última de¬
sultan p r á c t i c a m e n t e incompatibles entre sí.
berá empeñarse activamente para excluir a los padres de la diná¬
mica de mojar la cama. A los padres, y en particular la madre, la El uso de la paradoja en el comportamiento humano es la cosa
reserva de la hija les resultará desagradable e imprevista, de modo más difundida, aunque a menudo se lo desconozca. Nuestra vida
cotidiana de padres, esposas, maridos, hijos, amigos, empleados,
que la enuresis ya no será moneda de intercambios protectores, si¬
empleadores, está toda penetrada por eslabones de comunicación
no más bien terreno de enfrentamiento y choque.
paradojal que pueden aparecer en las formas más diversas.
Una vez aceptada por todos, incluida Carla, la realidad de su Bateson, Jackson, Haley y Weakland (1956) han estudiado los
adolescencia, la acción del terapeuta se orientará hacia los reales importantes efectos de la paradoja en la interacción humana, a
problemas de la familia, que no tiene un chivo emisario de que ser¬ propósito de familias en transacción esquizofrénica. A esos autores
virse para enmascararlos. se debe la identificación de particulares interacciones a partir de
las cuales se derivó y acuñó el término doble vinculo, descripto
más tarde por Sluzki y Verón (1971) como teoría patogénica uni¬
versal, no esclusiva ya, por lo tanto de las transacciones esquizofré¬
nicas, sino aplicable en términos más generales.
B) PRESCRIPCIONES PARADOJALES
No hay duda de que al analizar las relaciones entre personas vin¬
culadas por lazos particularmente tenaces, como familias, peque¬
1. LA PARADOJA TERAPÉUTICA
ñas comunidades, grupos de trabajo, grupos políticos o religiosos,
instituciones, deberemos llegar a la conclusión de que de una u

La paradoja en psicoterapia se realiza mediante la prescipción


paradojal, que sólo adquiere real eficacia si entra en el más vas¬ 6
Véase un intento de definición teórica en Watzkwick (1971), cap. 6.
to ámbito de un enfoque paradojal. Tal enfoque se extiende a 7
Los "ingredientes" que forman un doble vínculo pueden sintetizarse así:
toda una modalidad de manejo de determinados procesos terapéu¬
1) La presencia de una relación intensa de alto valor de supervivencia física y
ticos, incluida la prescripción paradojal. El terapeuta puede, en psicológica entre dos o más personas (vida familiar, dependencia económica,
verdad, organizar y realizar todas sus intervenciones analógico-ver- encarcelamiento, fidelidad a una causa o ideología, situación psicoterapéutica,
bales, siguiendo una técnica paradojal (que no implica necesaria¬ etcétera). 2) La emisión de un mensaje estructurado de modo que: a) afirma
mente una prescripción), que ponga al sistema familiar en una dis¬ algo, b) afirma algo sobre la propia afirmación, c) estas dos afirmaciones se
posición forzosa al cambio. Las modalidades de utilización de un excluyen recíprocamente. Si el mensaje, por ejemplo, es una orden, la orden
debe ser desobedecida para ser obedecida; de modo tal que el significado del
enfoque de este tipo son muchísimas y se hallan estrechamente mensaje resulta inexpresable. 3) La imposibilidad en que está el receptor del
vinculadas con la creatividad del terapeuta y con los puntos de ar- mensaje, de salir del esquema establecido por este mensaje y, por lo tanto, de
dar una respuesta adecuada a un mensaje paradojal.
ticutación que ofrezca la familia.
114 TERAPIA FAMILIAR
LA PRESCRIPCIÓN 115
9

otra manera cada uno de nosotros se encuentra expuesto a situa- ca, preponderante, que impulsa a la familia a repetir sus secuen-
10

ciones de doble vínculo. Lo que cambia es el hecho de que muchas cias habituales de comportamiento, que a veces terminan envol-.
de estas experiencias son probablemente aisladas e incompletas, viendo al terapeuta "en la misma lógica: ayúdame a cambiar, pero
aunque puedan tener a menudo un efecto traumático; véase, por sin modificar nada.
ejemplo, la frecuencia de situaciones de crisis que se revelan como Esta modalidad pone al terapeuta en una especie de doble víncu¬
una respuesta a una lógica paradojal. lo: todo intento de su parte tendiente a cambiar algo es boicotea¬
Una situación muy distinta es la que se presenta a quien se en- do en algunos niveles, mientras en otros la familia persevera en su
11

cuentra expuesto a un doble vínculo durante largo tiempo, y poco requerimiento de ayuda.
a poco termina por adaptarse a él hasta considerarlo como la única En estos casos el terapeuta, en lugar de continuar con intentos
modalidad comunicativa disponible, y llega a formar parte activa inútiles de cambio, puede aceptar (más bien que tolerar) la contra-
12

de él en un juego sin fin! Resulta claro que en este último caso dictoriedad frente a la cual lo ponen, estimulando de este modo
no se trata de un trauma aislado, sino más bien de un modelo de la tendencia al cambio presente en otros niveles en la familia. Es
interacción patológica que difícilmente permite alternativas de decir, al aceptar el "doble vínculo", se ubica en la relación de un
cambio y que a menudo termina fijando a los participantes en un modo exactamente inverso de aquel en que la familia espera verlo.
círculo vicioso que se autoalimenta en el tiempo. Su respuesta al requerimiento paradojal de esta última es a su vez
una paradoja (una contraparadoja), porque utiliza la contradicción
13
comunicativa propia del doble vínculo. Esto se puede obtener
3. SIGNIFICADO DE LA PARADOJA EN LA TERAPIA

La paradoja utilizada en psicoterapia nace de características 9


En esta primera parte mantendré rígidamente separados los conceptos
contextúales distintas; no obliga al paciente a responder según una de homeostasis y de cambio, a fin de presentar la materia de un modo más
modalidad patológica, sino que determina, en todo caso, la inte¬ comprensible. En realidad, los dos temimos no pueden separarse tan simple-
rrupción de un círculo vicioso. mente, ni por otra parte pueden tolerar una connotación de tipo moralista, en
El uso de la paradoja terapéutica está motivado por el hecho de la que la homeostasis se identifique con las valencias negativas y el cambio
con las valencias positivas del sistema. Tal distinción de valor la realiza ame¬
que existen con frecuencia familias que solicitan ayuda pero que al nudo arbitrariamente el terapeuta al definir la relación entre el sistema tera¬
mismo tiempo parecen rechazar todo ofrecimiento en este sentido; péutico y el familiar, y considera "mejor" la tendencia al cambio en forma
el terapeuta termina por lo tanto envuelto en un juego en el cual bastante mecánica, porque la percibe como sintónica con sus propósitos, aun¬
su intento de ubicarse como agente de cambio es anulado por el que en sí no sea mejor ni peor que la homeostática.
grupo familiar. En términos sistémicos, esta actitud aparentemen¬ 10
Debe tenerse presente que éstas tienen valor comunicativo entre los di¬
te contradictoria se vincula con el equilibrio dinámico entre dos versos miembros del sistema familiar y respecto del terapeuta.
capacidades opuestas e interactuantes, la tendencia al cambio, 11
La familia replantea en el contexto terapéutico el modelo comunicativo
presente en el requerimiento mismo de ayuda, y la homeostáti- preponderante en sus relaciones más significativas, en el cual cada uno niega o
boicotea en un nivel, lo que acepta y da señales de favorecer en otro nivel.
12
Aceptarla conscientemente significa ubicarse fuera de la implicación
improductiva propia de esta situación.
13
Para que esto ocurra el terapeuta deberá haber establecido una relación
8
Por juego sin fin se entiende una situación de irreversibilidad en la que a intensa con el paciente y, en los casos en que están presentes, con los miem¬
los participantes en el juego les resulta imposible, aunque lo deseen, cambiar bros de la familia. Además, su poder dentro de la terapia deberá ser real y
las reglas de relación que dieron origen al juego mismo.
continuo.
LA P R E S C R I P C I Ó N
TERAPIA FAMILIAR 117
116

mediante la prescripción del síntoma para el paciente identificado 14


provocativa definiéndola como intención paradojal y experimen¬
y de las reglas disfuncionales para el sistema familiar. tándola ampliamente con pacientes fóbicos y obsesivos. Esta se
basa en la práctica en la prescripción del síntoma fóbico hasta que
4. PRESCRIPCIÓN DEL SÍNTOMA el paciente llega a anticiparlo y a exagerar su intensidad. Tal ope¬
ración termina provocando un cambio en la naturaleza misma del
Un ejemplo de paradoja es el relativo a la prescripción del sínto¬ síntoma, que comienza a perder su carga ansiógena, termina a veces
ma. En estos casos la paradoja representa una respuesta terapéutica por colorearse de ridículo, y lleva en ultima instancia al paciente a
a la lógica ayúdame a cambiar, sin cambiar nada, en la cual el pa¬ poner distancia entre él mismo y su comportamiento neurótico.
ciente o todo el sistema familiar parece entrampado. Así, si el pa-
15
En la psicoterapia de la esquizofrenia Rosen (l953) repropuso
ciente acude al terapeuta para curarse, éste le aconseja practicar
algo similar con su análisis directo, que imponía al paciente retomar
* el "comportamiento enfermo" que lo llevó a la consulta.
masivamente los síntomas cuando éste estaba al borde de una real
Es probable que la técnica consistente en prescribir el síntoma recaída. Mediante la prescripción del empeoramiento lograba pre¬
haya sido utilizada durante mucho tiempo de un modo casi intui¬ venirlo, bloqueando una nueva ocurrencia de los sintonías. La im¬
tivo por los psiquiatras. Ya en 1928 Dunlop habla de ella a propó¬ posición del terapeuta terminaba entonces llevando al paciente a
sito de la sugerencia negativa: su método consiste en provocar al una mayor conciencia de sus perturbaciones: "Si estaba en condi
paciente diciéndole que "no puede hacer una determinada cosa ciones de aumentar voluntariamente sus síntomas, probablemente
16
para estimularlo a hacer justamente esa cosa". Frankl (1957) ha también podía controlarlos".
vuelto a proponer más recientemente una intervención igualmente
Don D. Jackson (1963) describe una técnica similar a propósito
de la interacción con pacientes que presentan rasgos paranoides.
14
Veremos más adelante cómo una prescripción del síntoma incide tam- consistente en enseñar al paciente el modo de ser más suspicaz.
bién sobre las reglas familiares y qué importante es evaluarlo. Haley (1976), partiendo de algunas observaciones de Milton Erick-
15
"Nos urge subrayar en este punto que no se establece un modelo de ob¬ son, ha puesto en evidencia cómo las prescripciones paradojales
servación y de intervención relacional mediante la mera convocatoria de toda desempeñan un papel esencial en hipnoterapia. En esta situación,
la familia a la sesión en lugar de tratar sólo al paciente; la presencia de los otros "el hipnotizador se comunica con el paciente simultáneamente en
miembros de la familia ofrece únicamente la posibilidad, a quien esté en con-
dos niveles: por un lado le está diciendo: Haz como yo digo, y
diciones de utilizarla en términos relaciónales, de activar directamente todos
los elementos entre ellos y en el ámbito de los diversos subsistemas, ofreciendo
dentro de este contexto también le está diciendo: No hagas como
a su evaluación y a la de la familia la verificación inmediata de las múltiples te digo, compórtate espontáneamente. El modo en que el paciente
retroalimentaciones evocadas. Por ende, aparte de contribuir considerablemen¬ se adapta a estas directivas, aparentemente contradictorias, consiste
te a la incisividad de la terapia, la presencia del grupo familiar en la sesión no en experimentar un cambio que se define como comportamiento
constituye de por sí la garantía de un correcto enfoque relacional; más aun, la de trance" .
inducción a una evaluación lineal puede verse fomentada por el contexto acu¬
satorio mismo, que a menudo se crea si el terapeuta se presenta con las moda¬ En nuestro trabajo hemos utilizado la prescripción del síntoma
lidades aparentemente neutrales del abordaje médico-psiquiátrico tradicional. cuando nos pareció que podía constituir un antídoto eficaz para
Lo mismo puede decirse, inversamente, cuando las entrevistas se organizan en romper redundancias conducíales y entrar así en el mundo relacio-
función de diadas terapeuta-paciente; este supuesto no excluye de por sí un nal del paciente, aun en ausencia de los miembros significativos del
discurso relacional, sino que constituye simplemente una limitación a ciertas sistema familiar.
activaciones y verificaciones inmediatas con las figuras significativas para el
paciente, sin impedir, sin embargo, que el trabajo se plantee según una clave
sistémica" (Andolfi-Menghi, 1976). nos ocupamos de adolescentes, en que el nivel de provocación realizada por el
16 terapeuta fue eficaz para la utilización constructiva de los rasgos oposiciona-
Esta modalidad, simple de proponer aunque sea compleja de controlar
les propios de esta edad.
en el tiempo, nos ha resultado particularmente útil en nuestra práctica cuando
TERAPIA FAMILIAR LA PRESCRIPCIÓN 119
118

Prescribir el síntoma a un paciente individual, lejos de ser una solar a una persona desalentada siguiendo la máxima: "Después de
intervención que resuelva de por sí un estado de dificultad, repre- todo, no es tan grave como parece, verás que todo se resolverá",
senta en nuestra opinión una modalidad táctica tendiente a abrir constituye en la mayoría de los casos un modo eficaz de acentuar
una brecha en sistemas particularmente rígidos, para promover la su estado de desaliento, aunque se lo realice con una finalidad total-
liberación de potencialidades inexpresadas. En este sentido, alentar mente opuesta. En cambio, si el terapeuta va más allá del paciente
el comportamiento enfermo constituye un m o d o de renunciar sólo en la definición del estado depresivo, es decir, si actúa alentando o
aparentemente al rol de activador del cambio, aceptando por entero prescribiendo la tendencia a no cambiar del paciente, este último
la "positividad" del comportamiento perturbado, hasta el p u n t o se verá necesariamente forzado a "corregir" todo lo que el terapeuta
de prescribirla o de poner el acento sobre los lados positivos ínsitos ha sostenido "erróneamente", y, en última instancia, a demostrarle
en el "estar m a l " . que se equivoca al considerarlo demasiado deprimido.
Entra en el cuadro más amplio de un enfoque paradojal lo que
con M. Erickson llamamos incitación a la recaída. Cuando parece
5. PRESCRIPCIÓN DE LAS REGLAS
previsible una recaída en los síntomas, o cuando un mejoramiento
da escasas garantías de estabilidad, y también en los casos en que
En terapia familiar se puede utilizar una técnica paradojal prescri-
el comportamiento sintomático parece utilizado en términos parti-
biendo a la familia la aplicación exasperada de las reglas de relación
cularmente manipulativos por el paciente (y por los familiares), el
individualizadas como disfuncionales, que corresponden al com-
terapeuta puede prever y alentar un agravamiento, justamente con
ponente más rígido de la homeostasis sistémica. Esta modalidad
la finalidad de prevenirlo. Esta actitud terapéutica termina parado-
produce el efecto de hacer posible un proceso de transformación,
jalmente estimulando alternativas de conducta en el paciente, pre-
es decir, de promover la ruptura de las reglas de relación que lleva-
cisamente porque niega su posible expresión autónoma: cuanto más
ron al problema y que tienden a mantenerlo.
la niega el terapeuta, tanto más la buscará el paciente.
Para aclarar mejor el significado de la prescripción de las reglas,
Debemos observar, a este propósito, que el no quiero cambiar del
partiremos de dos hipótesis:
paciente representa a m e n u d o la no aceptación de que "alguien"
pueda cambiar algo. En el caso del terapeuta, por lo tanto, el men-
— En el sistema familiar, como en cualquier otro sistema, existe
saje podrá significar: no deseo que "" tú" me cambies en algo. Es
un equilibrio dinámico entre tendencia homeostática (que lla-
decir, se reproduce, también en el contexto terapéutico, esa tensión
mamos H) y tendencia a la transformación (que llamamos T).
simétrica exasperada, existente en las relaciones intrafamiliares en
— El sistema terapéutico se propone, por definición, promover
que ninguno puede aceptar una redefinicion que le concierna, 17
el c a m b i o en un grupo familiar disfuncional, caracterizado
mientras busca a su vez, constantemente. imponer la suya a los de-
en general por un rígido predominio homeostático.
más.
También apoyándose en esta relación simétrica puede el tera-
Si el sistema terapéutico activa a un sistema familiar en el cual la
peuta esperar que el paciente inicie algún cambio significativo, con
tendencia a la T ya está libre y disponible, es decir, cuando no pre-
el fin de "demostrarle qué equivocada estaba su evaluación".
domina la tendencia a un endurecimiento homeostático, las dos T
Aceptar, p o r ejemplo, la depresión de un paciente, y el compor-
se integran fácilmente y se potencian permitiendo una solución del
tamiento que de ella deriva, sin tratar de mitigarla o minimizarla,
favoreciendo quizás su más libre expresión, produce una serie de
efectos. Ante t o d o , el paciente puede sentirte "comprendido" en
17

su depresión; no debe por lo tanto enfrenta al terapeuta para mos- El cambio fundamental consiste en reestablecer un nuevo equilibrio di-
trarle que se equivoca al subvalorar su problema. El intento de con- námico entre H y T.
120 TERAPIA FAMILIAR LA PRESCRIPCIÓN 1 21

problema en breve tiempo (esto ocurre, por ejemplo, en algunas Se trata, en la práctica, de sustituir el juego sin fin (el realizado
situaciones de crisis aguda que logran conmover al sistema, confi- hasta entonces por la familia) por un juego nuevo, en el cual el tera-
riéndole características de inestabilidad). peuta, mediante la negación de alternativas, pone en acto una mo-
Si el sistema terapéutico activa, en cambio, con su propia T a un dalidad provocativa y a la vez liberadora respecto de un grupo fa-
sistema familiar en el cual la tendencia hacia la T está sofocada por miliar que puede ahora responder mediante una contraprovocación
una rígida reglamentación interna, la T terapéutica se verá como "terapéutica" (te demostraré que te equivocas). Esta contraprovo-
una gran amenaza y terminará encerrada por la homeostasis fami- cación, más allá del significado relacional que contiene, permite a
18
liar. El terapeuta se encontrará envuelto en una interrogación la familia experimentar modalidades de relación y de solución del
paradojal, similar a la que tiene apresados en un doble vínculo a problema hasta entonces negadas o en todo caso no expresadas.
los miembros de la familia entre sí: querría cambiar pero no puedo;
¿por qué no me ayudas a cambiar, pero sin cambiar nada? i9 La intervención terapéutica, justamente porque la familia la vive
20
como un desafío productivo, termina quitándole al sistema familiar
En estos casos en que la T terapéutica resulta amenazadora
el peso de una responsabilidad sentida inicialmente como demasiado
para la familia, el terapeuta puede promover el cambio, es decir, gravosa: cambiar sólo para sí (y no en función de otro, y en parti-
utilizar la propia T camuflándola de H y secundando así la H del cular de uno cuya misión es estimular el cambio). Cambiar para el
sistema familiar hasta el punto de prescribirla y de sugerir su poten- terapeuta (o sea, para demostrarle que se ha equivocado) se trans-
ciamiento. Este es un modo de responder a la paradoja planteada forma en un nuevo estado de anormalidad, que representa en mu-
por la familia: ayúdame, pero no me uyudes, con una contrapara- chos casos un paso obligado y eficaz para ayudar a los miembros
doja terapéutica: sí, te ayudo no ayudándote, es decir, confirmando de la familia a liberarse de una realidad agobiante de enfermedad y
la rigidez homeostática familiar. La familia, al no poder enfrentar a reelaborar un esquema de relaciones más aceptable, que ya no
la T del terapeuta, porque éste la ha hecho sintónica con la H fami- necesite de chivos emisarios para mantenerse.
liar, se verá forzada a cambiar, o sea, a liberar la propia T, para de-
mostrar al terapeuta que se equivoca cuando confirma su tendencia La familia se encuentra así en el trance de tener que elegir entre
a no cambiar. la ejecución de lo que el terapeuta ha prescripto (pero esto signifi-
caría aceptar de un modo completo la posición de poder de este
último) o la transgresión de la prescripción, lo que significa un cam-
18
bio de reglas. Los miembros de la familia, además, sea realizando la
La homeostasis familiar sólo se considera patológica cuando es demasia-
prescripción o resistiendo a ella, advierten de un modo más o menos
do rígida. En verdad, también la tendecia al cambio, si se distinguiera por la
incompatibilidad con cualquier recuperación de la homeostasis, entraría en el
preciso que el juego subterráneo del que son actores y prisioneros
ámbito de las interacciones disfuncionales. se está volviendo más explícito, y que esta mayor evidencia quita
19
La frase "Sin Cambiar nada" constituye el resultado final de un mensaje
eficacia y significado a sus habituales esquemas de relación.
complejo: "Para ayudarme a cambiar deberías ser lo que habría debido ser al-
gún otro que en cambio no fue como habría debido ser" (Selvini y col., Querría presentar un último aspecto que se refiere a la relación
1975). que se establece entre el sistema terapéutico y el familiar. En una
20
"En sistemas de calibración rígida como son las familias que presentan relación de este tipo el sistema familiar no sólo hace funcionar sus
un miembro esquizofrénico, todo cambio se ve como un peligro, una amena- propias valencias homeostáticas más rígidas, sino que a menudo las
za. Se trata de requerimientos de cambio que llegan al sistema familiar sea de
exhibe ante el terapeuta, al cual ofrece la posibilidad de ponerse a
afuera (solicitaciones sociales, políticas, culturales) o de su interior (nacimien-
to,'muerte de un miembro o su alejamiento, crisis de adolescencia de un hijo, prueba, como si quisiera verificar sobre el terreno las reales capaci-
etcétera). Ante tales cambios el sistema retroactúa negativamente, con un ul- dades de éste. El sistema familiar, al poner en funcionamiento sus
terior endurecimiento" (Selvini y col., 1975). propias tendencias homeostáticas, no sólo indica al terapeuta el
122 TERAPIA FAMILIAR LA PRESCRIPCIÓN 123

21
camino a s e g u i r , sino que evalúa la credibilidad y la seguridad de formaciones, no considerando las otras y su relación circular, lleva
este ú l t i m o , enfrentándolo r á p i d a m e n t e con la rigidez de sus propias inevitablemente a una serie de peligros; primero entre todos es el
reglas. En nuestra experiencia h e m o s n o t a d o un considerable au- 22
de ser absorbidos p o r las reglas de un juego sin fin, inútil y exte-
m e n t o de confianza y de disponibilidad activa p o r parte de los miem- n u a n t e ; un segundo riesgo es el de t o m a r posición sobre los conte-
bros de la familia en relación con la pericia demostrada por el tera- nidos, aportados p o r u n o de los cónyuges, estableciendo rápida-
p e u t a en el descubrimiento de sus juegos y en su capacidad para no m e n t e alianzas desequilibradas y fuertemente culpabilizantes para
dejarse envolver p o r ellos. quien queda excluido.
He a q u í algunos ejemplos explicativos de la precedente discusión. Estas consideraciones nos convencieron de la utilidad de una in-
El primero se refiere a u n a pareja que hemos seguido en terapia tervención paradojal, destinada a provocar lo que la pareja no pare-
p o r cerca de tres meses. El m o t i v o por el cual se requirió la inter- cía en condiciones de producir, o sea, el cambio de sus reglas. La
vención es el " a l c o h o l i s m o " del m a r i d o ; así lo define la mujer con paradoja terapéutica debía facilitar el cambio de las reglas interac-
m u c h o énfasis y así parece aceptarlo el marido, que implícitamente tivas de la pareja, mediante la prescripción de las mismas reglas que
le reprocha q u e ella es la causa principal. Después de algunas entre- habían puesto en movimiento el juego. Promover el cambio, p o r lo
vistas la dinámica del beber, vista en términos relaciónales, aparece t a n t o , prescribiendo no cambiar. Al prescribir el control del que
de la siguiente m a n e r a : cada uno parecía tener necesidad respecto del o t r o , se llegaba a
Ninguno de los dos quiere definir la entidad del beber; se entrevé impedir j u s t a m e n t e el control recíproco, puesto que en la relación
así una especie de complicidad en t o r n o del problema, que parece terapeuta-pareja sólo el primero t e n í a la competencia y el poder de
servir para m a n t e n e r al sistema en un determinado nivel de equili- controlar toda la secuencia.
brio. El m a r i d o no bebe casi n u n c a en casa, pero a m e n u d o la mujer La prescripción se confeccionó de la siguiente manera. La mujer
lo " s o r p r e n d e " en el bar, mientras se t o m a u n o tras o t r o algunos debía perfeccionar el control sobre el marido, sin dejar escapar nin-
vasitos de licor. Este hace t o d o lo posible para que la mujer se dé guna ocasión de "pescarlo in flagranti". Esto sólo era posible a con-
cuenta y p u e d a luego " r e g a ñ a r l o " . Por ejemplo, va al bar en com- dición de que ella misma estableciese una cantidad máxima diaria
p a ñ í a de su p e q u e ñ o hijo, que luego le cuenta a la madre, o habla de alcohol (tal que el marido no pudiera realmente superarla) y
con los amigos de la mujer, etcétera. (Debe tenerse presente que el asumiera la responsabilidad de suministrárselo al marido, acompa-
padre de ella m u r i ó de cirrosis hepática y que el beber representa ñándolo incluso en persona al bar. El terapeuta explicó que esto le
p o r ende un aspecto que afecta a la mujer de un m o d o particular.) eliminaría la angustia de pensar en el marido como un " d e p r a v a d o "
La mujer, a su vez, exagera el problema, para ejercer una acción de envuelto en los vapores del alcohol en algún b a r d e R o m a : obten-
control sobre el m a r i d o , hasta el p u n t o de olerle el aliento cuando dría así el control absoluto de la situación. Al mismo tiempo, ella
vuelve a casa y de rehusarse decididamente a tener relaciones sexua- debía mantener sólidamente sus "principios morales", abstenién-
les con un h o m b r e "vicioso". Esta actitud de la mujer excita toda dose de tener relaciones sexuales con el marido cuando su aliento
la furia del m a r i d o , que sueña con los buenos tiempos prematrimo- oliera a alcohol.
niales: bebe entonces "para desahogarse", y luego proporciona la
pista a la mujer para que lo agarre en falta.
Creemos q u e utilizar en términos lineales cualquiera de estas in-
22
"Cada uno se ve en el acto de responder al otro, pero ninguno de los
dos sospecha nunca que también constituye un estímulo para las reacciones
del otro. No se dan cuenta de la naturaleza profunda de su juego, de su ver-
21
Nótese al respecto cómo el paciente identificado es a menudo el porta- dadera circularidad. Estos puntos de vista discrepantes se transforman en el
voz implícito de algunas contradicciones familiares y puede señalar en la tera- material para una ulterior escalada simétrica... y esto constituye una nueva
pia el camino para salir de ellas. partida del mismo y viejo juego" (Watzlawick y col., 1967).
124 TERAPIA FAMILIAR
LA PRESCRIPCIÓN 125

El marido, a su vez, debía " c o n t r o l a r " que la mujer, una vez es- les sin tener para nada en cuenta la prescripción, y él habla con
tablecida y escrita la dosis cotidiana de alcohol, no lo embrollase gran satisfacción de la carga afectiva de ella, que le resultó muy
aumentando la cantidad o, peor aun, disminuyéndola. Esta even- agradable e inesperada.
tualidad demostraría la "mala fe" y la escasa voluntad de coopera- La actitud que asumió el terapeuta fue la de alguien que había
ción de la mujer en la solución del problema. También debía con- previsto el fracaso de una tarea indudablemente ardua, pero por
trolar que la mujer no se permitiese de ninguna manera formular cierto no de un modo tan total. Los puso por lo tanto en guardia
requerimientos sexuales cuando el aliento del marido oliera a al- contra el peligro de que al sabotear de un modo tan visible las pres-
23
cohol. cripciones con comportamientos como los referidos, no quisie-
La prescripción, así formulada, se ofreció a los cónyuges, que ran superar sus problemas de pareja. Dicho esto, confirmó decidi-
parecieron interesados en una tarea concreta que los ayudara a salir damente la prescripción de la semana precedente, acentuando algu-
de una situación de exasperación y constantes reproches. Al ofrecer nos puntos y rogando a cada uno que trajera una nota escrita sobre
la prescripción el terapeuta anticipó las dificultades implícitas en las eventuales "transgresiones" del o t r o . 24

la realización exitosa de esta tarea, insistiendo sobre la extremada El resultado de esta intervención paradojal es que los dos se
dificultad que supone obtener un completo y satisfactorio control sienten unidos en sabotear nuevamente las prescripciones del tera-
recíproco. peuta, hasta el extremo de que el alcohol, problema irremediable
A la semana siguiente los dos cuentan lo que ocurrió con la pres- hasta poco antes, parece haberse desvanecido; los dos cónyuges es-
cripción: ella acompañó al marido al bar, pero una cantidad de ve- tán en condiciones de recuperar potencialidades positivas de rela-
ces mucho menor que la establecida; ahora que ella lo acompaña, ción, justamente en el momento en que cada uno habría debido
toda su angustia vinculada con el alcohol parece desvanecida como ejercer un control despiadado respecto del otro.
por encanto. El se muestra orgulloso del coraje manifestado por En este caso, la paradoja consistente en la prescripción de las re-
la mujer al acompañarlo (cosa que nunca había ocurrido anterior- glas disfuncionales de la pareja ha producido, por la naturaleza
mente en su vida en común) y lo verbaliza con evidente compla- misma de la intervención, un efecto liberador respecto de los dos
cencia de ella. También el " c o n t r o l " del marido sobre la correcta cónyuges que, una vez salidos de un juego sin fin, pueden descu-
ejecución de la tarea de la mujer parece parcial; surge que en algu- brir alternativas nuevas o aun inexpresadas de relación.
nas circunstancias él mismo se negó a ir al bar con ella, porque "no Referiremos otro ejemplo de prescripción de las reglas que abar-
sentía ninguna gana de beber". Ella le hizo requerimientos sexua- ca a todo un grupo familiar. Renzo (14 años) evitó la internación
en un pabellón neuropsiquiátrico infantil gracias a una terapia fa-
25
miliar que sirvió para devolver a la familia la confianza en su
2J
capacidad de solucionar el problema, conjurando la cristalización
Aprovecho este primer ejemplo para subrayar cómo la prescripción pa-
radojal, incluso a causa de la deliberada obsesividad con que se definen los de la "enfermedad" de Renzo en un contexto de internación. La
detalles de la ejecución, y de la exasperación de ciertos comportamientos
habituales, asume características extravagantes susceptibles de provocarle di-
ficultades al terapeuta inexperto. Este puede impartir la prescripción sin la
convicción necesaria, si está ansioso de asegurarse credibilidad en la familia e Es útil reforzar la prescripción tan pronto como se tiene noticia del
incluso ante sí mismo. Naturalmente esta escasa seguridad es siempre perci- comienzo de un cambio. Al negar prácticamente la realidad de este último, se
bida y utilizada por el sistema familiar en detrimento de la incisividad y de las obliga a la familia a reforzarlo para demostrar una evidencia que en ese punto
posibilidades de éxito. El terapeuta debe entonces tomar distancia emocional ya perciben sus miembros.
respecto de la situación, para poder manejar una intervención paradojal que 25
Renzo llega a la consulta traído por los padres a los que se ha aconseja-
derive de una observación imparcial y atenta de lo que se oculta detrás de
do una internación "de observación" para el muchacho luego del diagnóstico
ciertos mensajes y ciertas relaciones.
de neurosis caracterial en un adolescente con rasgos paranoides.
126 TERAPIA FAMILIAR
LA PRESCRIPCIÓN 127

sexta sesión se destinó principalmente a verificar la relación asig- no. El terapeuta bloquea la interrupción sin responder y prosigue:
nada a la pareja en ese sistema familiar. Ya la internación no se
siente como una necesidad inevitable y el terapeuta, mediante una c) El papá debe ir a la biblioteca con Renzo para documentarse,
serie de activaciones entre subsistemas, se da cuenta de algunas re- mediante una prolija investigación, acerca de la neurosis caracte-
dundancias que parecen sostener parte de las dificultades relació- rial. Los resultados de su trabajo deberán ser transcriptos y traídos
nales de la familia. Tratemos de resumirlas: a la siguiente sesión.

1) Los padres hablan entre sí casi exclusivamente del chico, y En este caso, centrado sobre la problemática de la desvincula-
sólo en función de sus problemas. ción del adolescente y sobre las dificultades que en algunos grupos
2) Renzo activa metódicamente a los padres para que su preo- familiares se oponen a la realización de un proceso gradual de este
cupación se mantenga viva. Logra estar constantemente entre tipo, el terapeuta ha "confeccionado" una serie de requerimientos
los dos miembros de la pareja parental. utilizando los contenidos aportados por los familiares mismos; esos
3) Renzo subraya constantemente la responsabilidad de los pa- requerimientos tienen como denominador común el prescribir el
dres respecto de sus temores de ser un "enfermo mental". control recíproco, ejercido por cada miembro respecto de los de-
Cuenta que buscó en las secciones psicológicas de los periódi- más, que parece constituir uno de los elementos más limitativos de
cos una respuesta a estos temores. la autonomía del paciente identificado y de toda la familia. Más
4) Si uno de los padres contraría de alguna manera a Renzo, éste particularmente, mediante la primera tarea se acepta y potencia el
se las toma con el hermano menor, golpeándolo. control recíproco entre madre e hijo, que parece, entre otras cosas,
5) Renzo delega a menudo en la madre la tarea de encontrar al- sostener una coalición entre ambos, en detrimento del padre y de
guna excusa para evitar a los compañeros que lo buscan. Esto una presencia más efectiva de éste con su mujer. La motivación
parece perfectamente sintónico con la exigencia de control proporcionada por el terapeuta, "para que no salga demasiado de
de la madre. casa", constituye de hecho un estímulo para el chico y un primer
intento de desafío respecto de su adolescencia inexpresada.
El terapeuta, poco antes del término de la sesión, entrega una Con el segundo requerimiento el terapeuta hace ridicula y ab-
hoja a cada miembro de la familia y dicta la prescripción: surda la modalidad extorsiva de Renzo respecto de sus padres. En
efecto, él evita un enfrentamiento directo con ellos (lo que es re-
forzado por la actitud de los padres), y prefiere asumir el rol la-
a) La mamá debe recibir todos los llamados telefónicos, evadien- mentable de "loco irresponsable", más bien que una actitud más
do los destinados a Renzo con una excusa. Esto, para que él no adulta, que le resulta demasiado difícil. La voluntariedad de su
salga "demasiado" de casa. Si Renzo infringe de alguna manera la comportamiento extravagante queda entonces ridiculizada por la
regla, la madre debe anotarlo en un cuaderno destinado a ese fin. prescripción que, aceptándolo como tal, descubre el juego y lo
Si es ella la que la infringe, corresponderá a Renzo anotar la trans- vuelve pueril e insostenible. Como el hermano menor debe contro-
gresión. lar la corrección del cumpümiento, una modalidad de acción hasta
poco antes justificada por el ineluctable comportamiento del "neu-
b) Todas las veces que Renzo esté enojado con su papá y su ma- rótico caracterial" resultará ahora mucho más injustificable.
má, en lugar de tomársela con ellos, deberá "desahogarse" con el La tercera prescripción se diferencia de las precedentes porque
hermano menor. Este último debe señalar todas las veces que Ren- si bien tiende a centralizar la enfermedad de Renzo, introduce una
zo transgreda la regla. En este punto Renzo interviene enérgica- variante significativa que permitirá desmitificar el concepto de
mente preguntando si no sería mejor que él no se enoje con ningu- "neurosis caracterial" (paralizante para toda la familia) haciéndola
128 TERAPIA FAMILIAR LA PRESCRIPCIÓN 129

objeto de u n a investigación cultural. Al mismo tiempo, la tarea Terapeuta (toma el auricular, comienza a hablar con Anna):
asignada p r o p o r c i o n a r á indicaciones útiles para verificar la dispo- ...de todos m o d o s , si no quieres venir, no hay motivo para obligar-
nibilidad del sistema respecto de una relación más directa entre te. Oye, Anna, ahora haré u n a pregunta a tus familiares; querría
R e n z o y su p a d r e en un plano c o n c r e t o . En este sentido se intro- q u e oyeras la respuesta, pero sin intervenir. (Dirigiéndose a los pa-
duce u n a variante relacional q u e termina excluyendo temporaria- dres y a los hermanos.) Cada u n o de Uds. debería responderme te-
m e n t e a la m a d r e de la relación entre el hijo y el o t r o cónyuge. La niendo en la m a n o el auricular y hablando por el micrófono. Uds.
exclusión de la m a d r e en esta c o y u n t u r a no responde a una regla también tienen u n a regla: no deben hablar con Anna, sino dirigirse
evidenciada p o r el t e r a p e u t a , sino a un i n t e n t o de su parte de " p r o - exclusivamente a m í . La pregunta es ésta: ¿cuál es el problema en
b a r " el sistema p a r a establecer u n a posibilidad de redistribución esta familia? (Los familiares, por turno, responden a la pregunta
de relaciones y de alianzas. Será j u s t a m e n t e la precocidad de tal hablando junto al micrófono y Anna oye sin intervenir. El primer
intervención, en ese m o m e n t o demasiado "contrasistémica", lo intento de la madre, de solicitar la opinión de la hija, es "blo-
q u e desencadenará u n a serie de retroacciones p o r parte de la fami- queado" inmediatamente por el terapeuta. No aparecen otras
lia, e x t r e m a d a m e n t e vivaces p e r o igualmente útiles para las inter- "transgresiones" en este sentido. Por último, el terapeuta plantea
26

venciones sucesivas. la misma pregunta a Anna a través del teléfono).


En lo q u e respecta a los o t r o s requerimientos, en cambio, ya Terapeuta: Dentro de diez m i n u t o s , Anna, querría hacerte otra
en la sesión siguiente se percibe que la familia comienza a encon- pregunta a ti y a tus familiares, ¿puedes volver a llamarme?
trarse con dificultades para proseguir con sus habituales modelos Anna: Sí.
relaciónales y se ve forzada a buscar modalidades alternativas. Terapeuta: Bueno, te doy el número... hasta luego.
El t r o z o de sesión q u e presentaremos más abajo se refiere a una Queremos subrayar, de paso, c ó m o el terapeuta está realizando
familia c u y o paciente identificado de 21 años, Anna, presenta el en esta fase movimientos exploratorios en función de su propia
c o m p o r t a m i e n t o c o m ú n m e n t e definido c o m o esquizofrénico. El relación con Anna y de los márgenes de contractualidad que el te-
" c a s o " es particularmente difícil por la peculiaridadad de las in- rapeuta y la paciente identificada se conceden recíprocamente. To-
teracciones propias de este tipo de grupo familiar. En la sesión pre- do esto en beneficio de una m a y o r inserción del terapeuta en el
cedente resultó evidente la función protectora ejercida p o r Anna sistema familiar. Después de 10 m i n u t o s exactos llega la llamada
respecto de toda la familia, y más particularmente respecto de los de Ana.
padres. En esta última, la ausencia de Anna en la sesión parece Terapeuta: Hola, Anna. Querría que por ahora te quedaras es-
confirmar lo i m p l í c i t a m e n t e : todos se sienten con derecho a hablar c u c h a n d o , c o m o antes. (Dirigiéndose a los familiares.) La pregunta
de ella y por ella, fuente de graves preocupaciones para todos. es ésta: ¿qué tiene Anna? (Extendiendo el auricular.) ¿Quién
quiere comenzar?

Terapeuta: Me gustaría q u e cada u n o de Uds. preguntara telefó-


Cada u n o responde por t u r n o a la pregunta planteada por el te-
nicamente a Anna si está dispuesta a venir el martes próximo a la
sesión. rapeuta, mientras Anna oye t o d o lo que se dice. Por último, el te-
rapeuta formula la misma pregunta a Anna y los familiares parti-
Padre: Yo soy m u y pesimista. (La madre sacude la cabeza con
cipan escuchando.
una triste sonrisa de resignación. Escépticos se muestran también
el hermano y la hermana mayor. Traen un teléfono a la sala. Los
familiares, por turno, preguntan a Anna, que responde invariable- 26
La aplicación de un amplificador al teléfono - c o n conocimiento de
mente que el problema no tiene que ver con ella.) Anna— permite que oigan todos los presentes.
130 TERAPIA FAMILIAR LA PRESCRIPCIÓN 131

En este caso el terapeuta responde en términos paradojales nuidad, puede suceder que una evaluación respecto del sistema
a una situación extremadamente precaria, o sea, la ausencia del pa- familiar se base no sobre las características peculiares de éste, sino
27
ciente identificado. La paradoja consiste en este caso en reque- más bien sobre la inexperiencia del terapeuta, el cual preferirá con-
rir a la familia que no se comunique con Anna aunque esté comu- fiar en el efecto "mágico" de una prescripción paradojal, más bien
nicándose con ella, y a Anna que no participe en la sesión, aunque que en un análisis más profundizado de las relaciones y en un ma-
esté participando. Es decir, el requerimiento se formula y se niega nejo directo de la sesión. Puede ocurrir, de hecho, que la aparente
a la vez, poniendo a los miembros de esta familia en la situación simplicidad de ciertos ejemplos y de su repetición, impulse a al-
de hacer aquello a lo que se habían prácticamente opuesto, y ne- guien a experimentar fórmulas memorizadas sobre el "pellejo" de
gando, al mismo tiempo, el hecho de que esto esté ocurriendo. Por los pacientes y de sus familias. Esto puede llevar al deterioro de
último, Anna ha sido paradojalmente alentada a concurrir a la pró- una metodología de estudio y de intervención que es seria y pro-
xima sesión, con una serie de dobles mensajes, juntamente al acep- funda, y que, en cuanto tal, no puede ser improvisada.
tar y apoyar que no haya asistido a ésta. En lo que respecta a los efectos "milagrosos" que se adjudican a
Uno de los mecanismos homeostáticos utilizados por la familia menudo a la paradoja terapéutica, no se pueden adoptar posiciones
ha sido esta vez superado con una técnica paradojal: todos partici- tan optimistas, aunque se le atribuya una importancia fundamental
paron en la sesión mediante una presencia negada y pudieron fluir para el tratamiento de las familias más graves, y en particular de las
muchos mensajes a través de la negación del valor comunicativo de que presentan modalidades transaccionales de tipo esquizofrénico.
los mensajes mismos. La vez siguiente Anna concurrirá a la terapia, Resulta evidente que la importancia de la tendencia a la homeosta-
participando activamente en el proceso terapéutico en curso. sis de algunos sistemas es directamente proporcional a su gravedad,
y es sobre todo una modalidad paradojal lo que puede determinar
6. COMO ELEGIR LA PRESCRIPCIÓN momentos de ruptura en esquemas rígidos, con la consiguiente cre-
ación de un terreno más fértil en el que se puede ubicar el trabajo
En este p u n t o se plantea un interrogante respecto de los pará- sucesivo.
metros a evaluar cuando se trata de elegir una prescripción parado- Por lo tanto, la contraparadoja terapéutica no constituye una
jal más bien que una reestructurante. La respuesta a esta pregunta fórmula resolutiva general de un estado de malestar individual o fa-
no es simple, incluso porque depende mucho de la personalidad y miliar, aunque se la considere una intervención muy eficaz, que
del estilo del terapeuta, que podrá sentirse llevado a un tipo de en- justamente porque la realiza una persona significativa, exterior al
foque más bien que a otro. En todo caso, un elemento de elección sistema (el terapeuta), puede provocar lo que el sistema mismo no
en favor de la prescripción paradojal está dada por la modalidad parece estar en condiciones de producir: un cambio de sus propias
paradojal misma con que se presentan algunas familias, con las cua- reglas.
les resulta ya clara de entrada la inutilidad de actuar sobre el plano En la literatura, en verdad no muy rica, referente a la paradoja
de la congruencia y de la inteligibilidad directas. terapéutica, parece darse por descontado que ésta sea y deba ser,
Debemos subrayar a este propósito que como es más fácil apren- por sí misma, inteligible a todo nivel. Sin embargo, esta evalua-
der a repetir una fórmula que a manejar una situación con conti- ción no comparece con nuestra experiencia, en la cual vemos en
cambio que muy a menudo, a través de la realización de la tarea
27
paradojal o del simple pensar en cómo realizarla, se produce una
No pensamos que la ausencia del paciente identificado o de un miem-
bro de la familia sea por sí misma crucial o paralizante para la prosecución de
toma de conciencia más o menos precisa del significado implí-
una terapia relacional; en este caso la ausencia parecía más resultado de un im- cito de la prescripción. Esto resulta tanto más evidente en las tera-
pedimento "protector" utilizado por el sistema familiar, que una libre elec- pias de adolescentes en fase de desvinculación, que aceptan plena-
ción negativa de Anna. mente el juego provocativo inherente a las prescripciones o al enfo-
132 TERAPIA FAMILIAR LA PRESCRIPCIÓN 133

que paradojal, pero discuten sus detalles con aparente seriedad y dre describen el problema de un hijo. El terapeuta puede oír cómo
gravedad, comunicando a su vez, en otro nivel, cómo esta modali- uno de los padres se refiere al problema del niño en dos niveles:
dad es muy eficaz para cambiar "salvando la cara" frente a sí mis- como afirmaciones sobre el hijo, pero también como declaracio-
mos y a sus familiares. nes concernientes al otro cónyuge y al matrimonio. Si una madre
describe a su hijo como terco y obstinado, es verosímil que esté
dando también a entender que el marido es terco y obstinado. Si
un padre afirma que el hijo amenaza con escaparse de casa, es
PRESCRIPCIONES METAFÓRICAS probable que la mujer esté amenazando con dejarlo. Si ambos
progenitores hablan de los desórdenes alimentarios de una hija
1. LA METÁFORA COMO MODALIDAD COMUNICATIVA adolescente que pasa del rechazo total de la comida a una gloto-
nería desenfrenada, puede ocurrir que, en otro nivel, estén comu-
28
El lenguaje m e t a f ó r i c o puede constituir un medio para comu- nicando que en la relación matrimonial no existe ningún orden.
nicarse con un individuo, una pareja o toda una familia, y también También si dos cónyuges subrayan la violencia de un hijo, respec-
para recibir comunicaciones. Un terapeuta relacional debe habi- to del cual abrigan temores de carácter delictivo, es verosímil que
tuarse a hablar y a escuchar de un m o d o metafórico. en un nivel metafórico estén hablando de su propia relación y de la
Ya he descripto el significado metafórico del lenguaje no verbal, violencia de sus intercambios interpersonales.
a m e n u d o determinante en la comprensión de relaciones, alianzas,
distancias emotivas, tendencias al cambio, etcétera. También es- El uso activo de la metáfora por parte del terapeuta se efectúa
tá claro que el comportamiento sintomático en su esencia misma de varias maneras. Puede hablar con metáforas o activar a la fami-
puede tener significado de comunicación; 29
no es infrecuente, lia siguiendo una modalidad metafórica, en particular con el uso de
por ejemplo, que una variación en la sintomatología presentada la prescripción.
por el paciente identificado indique al terapeuta la línea terapéuti- Hablar con metáforas es una manera eficaz de recoger informa-
ca a seguir. ciones, de otro m o d o difícilmente obtenibles, de un grupo que se
Querría detenerme ahora sobre la importancia de un enfoque muestra particularmente rígido o defendido. En algunos casos co-
metafórico, es decir, hacer notar cómo el terapeuta puede com- municar con metáforas promueve un cambio, a través de tomas de
prender o emitir mensajes metafóricos múltiples, por el modo de conciencia, a veces dramáticas. Se puede hablar con metáforas eli-
escuchar y observar el comportamiento de un grupo, y también giendo un argumento que se asemeje a la situación-problema, evi-
por su modalidad de establecer la relación. Cuando oye a alguien tando en todo caso hacer explícita la conexión.
que habla del problema, tiene presente que éste está refiriendo he- En una pareja muy rígida en que existía una problemática se-
chos y opiniones al respecto, pero que al mismo tiempo está comu- xual y un auténtico tabú que impedía hablar del asunto, la situa-
nicando indirectamente algo que no se puede decir de un modo ex- ción sólo comenzó a desbloquearse cuando el terapeuta preguntó
plícito. al marido (que había mantenido una actitud pasiva en el curso de
Esto resulta particularmente evidente cuando la madre y el pa- 30
las sesiones) si sabía cocinar. A este se le iluminó el rostro y
comenzó a enumerar su repertorio gastronómico, mientras la mu-
jer se mostraba incrédula y curiosa al mismo tiempo. Luego el tera-
28
El lenguaje metafórico puede definirse como un modo de comunicar
respecto de una cosa que se parece a otra distinta. 30
Haley refiere diversos ejemplos tomados de la práctica clínica de Mil-
29
Esto resulta particularmente evidente con pacientes psicóticos, en que ton Erickson, en los que la relación sexual de la pareja se enfrenta en el plano
la metáfora parece ser un canal de comunicación privilegiado. de la metáfora, utilizando un contexto alimentario (Haley, 1976).
134 LA PRESCRIPCIÓN 135
TERAPIA FAMILIAR

p e u t a p r e g u n t ó a la mujer q u é prefería de lo q u e cocinaba su mari- para la pareja en la búsqueda de alternativas de c o m p o r t a m i e n t o


do y la alentó a e n t r a r más detalladamente en el tema, p e n s a n d o q u e no los obliguen a un inútil juego de dependencia o de com-
q u e la cuestión t e n í a afinidades con su actividad sexual, sin arries- petencia recíproca.
garse, sin e m b a r g o , a ponerlos a la defensiva hablando de ello ex-
p l í c i t a m e n t e . Así, p r e g u n t ó a la mujer si le gustaban las entradas 2. LA PRESCRIPCIÓN
antes del p l a t o principal; si él pensaba, c o n o c i e n d o los gustos de la
mujer, en p r e p a r a r algo simple o sofisticado; c ó m o dispondrían la Aunque impartir directivas en terapia constituye un m o d o de
m e s a ; si les gustaba u n a atmósfera íntima, etcétera. Al final los in- promover el cambio, también es cierto que muchas personas se
citó a prepararse u n a cena especial: alentó al m a r i d o a prepararle a m u e s t r a n renuentes a seguir prescripciones, incluso c u a n d o se dan
la mujer un platillo exquisito, q u e la dejara sin aliento. Ella d e b í a c u e n t a de la utilidad q u e éstas tienen. A veces están más dispuestas
hacer ios h o n o r e s a la mesa y c o n t a r luego si t o d o había sido de su a realizar tareas si no perciben conscientemente que lo s o n o si 3 1

agrado. La prescripción de la cena funcionó maravillosamente: los éstas no se refieren directamente a la situación problemática.
d o s volvieron satisfechos, p o r q u e habían logrado realizar concreta- Dar prescripciones metafóricas es sin duda u n a manera de pro-
m e n t e u n a cosa agradable para a m b o s , y comenzaron a hablar cada mover este resultado. Así, si el terapeuta relacional considera útil
vez m á s a b i e r t a m e n t e de sus conflictos sexuales, sin ninguna solici- q u e alguien se c o m p o r t e de un cierto m o d o y prevé dificultades en
tación p o r p a r t e del t e r a p e u t a . esta operación, p u e d e enfrentar el problema metafóricamente:
elegir, p o r ejemplo, algún aspecto análogo y provocar un cambio
en él; el resultado será la inducción espontánea de un cambio de la
O t r o m o d o de comunicarse c o n metáforas consiste en atribuir a
situación de dificultad por la que se requirió la intervención. Una
algún o b j e t o ( u n a silla, u n a m u ñ e c a , un m a l e t í n profesional) con-
tarea metafórica puede asignarse a u n a persona en forma indivi-
notaciones emotivas propias de un individuo o de varias personas.
d u a l , a u n a pareja o a toda u n a familia.
Así, p o r ejemplo, u n a silla q u e q u e d ó desocupada p o r ausencia de
un m i e m b r o de la familia puede personificar al ausente: el terapeu- De particular interés es el uso de la metáfora para promover un
ta hablará él m i s m o o invitará a alguno a " c o m u n i c a r " sus emocio- c a m b i o a nivel de t o d a la familia. La pareja Righetti ha pedido u n a
nes a la silla del personaje faltante. Así también, a u n a madre intervención por los dos hijos, Giacomo de 4 años y Bibi de 3, a
opresiva respecto de un hijo puede ofrecérsele un m u ñ e q u i t o para causa de un c o m p o r t a m i e n t o " a n o r m a l " . Los esposos Righetti,
q u e lo tenga en su regazo e interrogársela sobre su necesidad de te- m u y jóvenes y aparentemente colaborativos, se declaran impo-
ner siempre "a alguien" entre sus brazos, o pedir a los m i e m b r o s t e n t e s y resignados ante la "furia d e s t r u c t o r a " de los dos niñi-
de la familia q u e hablen con el maletín del padre, más bien q u e t o s , absolutamente incontrolables. Describen la habitación de los
c o n él, " q u e no está n u n c a " . niños como un campo de batalla d o n d e sillas, muebles y juegos
son destrozados a porfía p o r Giacomo y Bibi, que no contentos
En particular, si d o s terapeutas c o n d u c e n j u n t o s terapias de pa- c o n ello han t o m a d o la costumbre de orinar dentro del guardarro-
reja, p u e d e n activarse en u n a especie de juego de roles y represen-
tar, bajo la atenta mirada de la pareja, un conflicto entre ellos
( p o r ejemplo, la recíproca necesidad de protección o de competi-
31

ción simétrica), m e d i a n t e la utilización de temáticas análogas a las Esto es lo que ocurre, por ejemplo, en la inducción hipnótica, en que
un enfoque metafórico es particularmente eficaz con sujetos que oponen re-
referidas p o r la pareja en terapia; de esta manera se intenta repro-
sistencia, pues es difícil resistir a una orden que se recibe sin estar consciente
ducir e m o t i v a m e n t e y verbalizar el mismo sentimiento de incapa- de ello. Para una más amplia comprensión del uso de la metáfora en la hipno-
cidad de cambiar q u e los dos viven en la relación conyugal. Esta sis, remitimos al lector a los brillantes estudios de Milton Erickson, referidos
técnica " p r o y e c t i v a " resultó a m e n u d o un elemento motivante en Haley, 1976.
136 TERAPIA FAMILIAR LA PRESCRIPCIÓN 137

pa. La medida final que adoptaron los padres, en el colmo de la hacerle ver o comprender la conexión. En verdad, al discutir acerca
desesperación, fue eliminar casi todos los objetos del cuarto de los del cuarto de juguete y de las modalidades con que se dan reglas de
niños, que ahora duermen en colchoncitos en el suelo. comportamiento a los dos muñequitos, el terapeuta está hablando
Lo que sorprende sobre t o d o al observador es el contraste entre implícitamente de cómo educar a Giacomo y Bibi, activando a
la destructividad descripta por los padres y el comportamiento sin nivel analógico modalidades nuevas de relación y de competencia
duda travieso, pero adecuado a la edad, de los niños en la sala de entre padres e hijos. Será más fácil pasar de la competencia y de la
terapia. Estos juegan vivazmente, parecen bien integrados entre aceptación de reglas "jugadas" a su efectiva aplicación en la realidad.
sí y dispuestos a aceptar las explicaciones proporcionadas por los Otro ejemplo puede ilustrar el uso de la prescripción metafórica
padres acerca de algunos objetos de la sala de terapia (micrófono, en una terapia de pareja. La intervención fue requerida por una
espejo unidireccional, etcétera), que les atraen particularmente. El serie de dificultades; en particular, los dos están desilusionados y
terapeuta puede observar, en todo caso, que cualquier alusión, resentidos por su relación sexual, descripta como fracasada. En
aun indirecta, a lo que sucede en la casa, provoca un sentimiento realidad, el problema parece ser más general y consistir en una mo-
de depresión y de incomodidad en los padres y desencadena en los dalidad redundante de relación, en la que él siempre debe vencer y
dos niños carreras desenfrenadas por la sala de terapia. Decide por ella siempre debe dejarlo vencer. Enfrentar directamente la relación
lo tanto no enfrentar el problema directamente y comienza a pen- sexual parece una operación escasamente productiva porque los
sar en situaciones análogas, en que sea posible verificar concreta- dos, aunque insatisfechos, actúan en perfecta sintonía perpetuando
mente la competencia de los padres, por una parte, y la aceptación el "juego sin fin". El terapeuta recurre a la metáfora, en un intento
de reglas de comportamiento por parte de los niños, por otra. Pres- de romper el círculo vicioso en que están aprisionados, para pro-
cribe entonces a los padres que adquieran en una juguetería un mover un cambio, siguiendo una modalidad analógica. Toma un
cuarto de juguete, con dos camitas, dos sillas, un ropero, juegos y, mazo de cartas y los invita a jugar con ellas en el curso de la sesión.
obviamente, dos " n i ñ o s " que lo habitan. Regalarán el juego a Gia- Pueden elegir un juego a su gusto, pero ateniéndose a una regla es-
como y Bibi, que deberán aprender, con ayuda de los padres, cómo pecial: el marido siempre debe resultar vencedor y la mujer siempre
atender a dos "niñitos" y cómo hacerles ordenar los objetos en el perdedora. La pareja acepta la tarea con alguna perplejidad, pero
cuarto de juguete. con el correr del tiempo terminan por implicarse fuertemente y se
ponen nerviosos por la rigidez del juego. Al final de la sesión el te^
rapeuta prescribe a la pareja que jueguen en la cama todas las no-
Después de una semana de entrenamiento, habrá una prueba
ches, antes de dormirse, por lo menos durante diez minutos, respe-
general en la sesión: se observará la competencia de los padres para
tando escrupulosamente la regla. Para concluir, les señala la impor-
enseñar a los dos niños el modo de utilizar el cuarto de juguete, y a
la vez la capacidad de Giacomo y Bibi para asumir la responsabilidad, tancia de esta prueba, preanunciándoles todos los peligros que pue-
33

aunque sea a nivel lúdico. En la sesión siguiente los padres llegan den surgir de una infracción.
con un gran paquete: Giacomo y Bibi están muy ansiosos por de- En la sesión siguiente los dos llegan visiblemente aliviados y re-
senvolverlo en seguida y comenzar el juego. Padres e hijos se empe- fieren que lograron respetar la tarea sólo por tres días, porque al
ñan en la prueba con entusiasmo y están contentos de mostrar al cuarto día venció la mujer, infringiendo la regla. Más sorprendente
terapeuta los resultados concretos de un trabajo común.
Este último comunica su complacencia por el resultado final, mente reductivas -afirma tírickson , es como resumir una obra de Shakes-
32
pero evita traducir la metáfora a la familia, porque no le interesa peare en una sola frase" (llaley, I 976).
33
Explicar la importancia de la prescripción y preanuneiar los peligros
de realizarla en forma incorrecta es simplemente un modo de reforzar su efec-
32
"Las interpretaciones de comunicaciones inconscientes son absurda- to práctico, es decir, de promover una resistencia de pareja.
138 TERAPIA FAMILIAR

es el hecho de que el marido no la dejó vencer y al final pareció sa- CAPITULO 5


tisfecho p o r la inesperada victoria de la mujer (aunque esta victoria
representase u n a "transgresión" respecto de la regla impuesta por el
terapeuta). Después del cuarto día los dos se rehusaron a jugar a las LA PARTICIPACIÓN DE LOS NIÑOS
cartas a la hora establecida, p o r q u e la mujer experimentó, justo a EN LA TERAPIA FAMILIAR A TRAVÉS DEL JUEGO
esa hora, un fuerte impulso sexual respecto del marido, hasta el
p u n t o de t o m a r la iniciativa y de tener una relación sexual satisfac-
toria (iniciativa y resultado que aparecen como un hecho nuevo, si
se tienen en cuenta las precedentes descripciones al respecto). Ya hemos hablado de la importancia de considerar a la familia
El haber activado un juego metafórico resultó, en este caso, una como un sistema de relación: por lo tanto, la presencia del grupo
modalidad eficaz para iniciar un proceso de cambio en las reglas de familiar en pleno, incluidos los niños, es esencial para comprender,
relación de esta pareja: esto permitirá enfrentar con mayores garan- en una dimensión sistémica, el desarrollo histórico de la familia y
34
tías de éxito su problema s e x u a l y, más en general, la dinámica la situación actual. El niño, que es a menudo el barómetro de los
de su relación. Con la prescripción nos habíamos propuesto romper afectos reales de t o d o el grupo, es capaz de expresar abiertamente
las resistencias de la pareja al cambio, realizando una intervención emociones o tensiones que los padres están experimentando pero
que justamente al reforzar en un nivel metafórico las reglas disfun- que no llegan a revelar, y con frecuencia está dispuesto a ofrecer
cionales de a m b o s , terminaba promoviendo una alianza de la pareja sostén a un hermano en dificultades o a indicar al terapeuta el ca-
contra el terapeuta. Si al comienzo la pareja se presentaba unida y mino que lleva al progreso terapéutico.
sintónica para perpetuar un juego sin fin, ahora debe buscar una La participación de los niños en la terapia plantea, sin embargo,
unión distinta para resistir al terapeuta, que parece oponerse a todo una serie de problemas que distan de ser simples y pueden inducir
posible cambio. Tal unión debe fundarse sobre la capacidad de prac- al terapeuta inexperto a excluirlos precozmente del proceso tera-
ticar alternativas de relación, más bien que perpetuar los modelos péutico. Ante t o d o , la presencia de uno o más niños en la entrevista
actuales, lo que representa un progreso terapéutico, tanto más válido puede provocar fácilmente un estado de desorden o de confusión.
porque se realiza con recursos internos de la pareja. Si el terapeuta no logra tolerar que los niños se muevan o hagan
ruido (por lo menos dentro de ciertos límites), será fácilmente
presa de la ansiedad, al temer que "se esté perdiendo el tiempo sin
llegar a nada serio", o incluso que los padres lo estén desaprobando
p o r la misma razón. La experiencia de trabajo con familias nume-
rosas nos ha demostrado que la actividad motriz y la vivacidad de
los niños resultan, en la mayoría de los casos, un medio eficacísimo
para entrar en el sistema familiar, a condición de que el terapeuta
esté en condiciones de utilizar la acción y el movimiento en térmi-
nos relaciónales, promoviendo así la constitución de un terreno de
encuentro activo entre los adultos y el clan infantil.
Es sin embargo innegable que interactuar apropiadamente con
un grupo familiar resulta particularmente difícil, debido a la dispa-
En el breve trozo transcripto he querido poner de relieve el aspecto me-
ridad de edades, de intereses de sus componentes, y de las necesi-
tafórico de esta prescripción, que por otra parte contiene en sí todas las ca-
racterísticas de las prescripciones paradojales, porque lo que se prescribe son
dades a las que el terapeuta debe estar en condiciones de propor-
las reglas disfuncionales mismas del sistema. cionar una respuesta adecuada, adaptándose en cada caso a lengua-
140 TERAPIA FAMILIAR LA PARTICIPACIÓN DE LOS NIÑOS A TRAVÉS DEL JUEGO 141

jes, c o m p o r t a m i e n t o s y modalidades transaccionales diferentes. de los adultos, rico en conceptos abstractos y en comunicaciones
Ocurre con frecuencia que la ansiedad de controlar una situación verbales, y el m u n d o de los niños, vibrante de expresiones no ver-
demasiado imprevisible quede encubierta por la justificación racio- bales y de imágenes concretas.
nal de que si se resuelve el problema conyugal, desaparecerá luego De hecho el interés científico por el juego infantil nació en el
la función sintomática del niño. Sucede también a veces que el tera- momento en que se reconoció en el niño una individualidad propia y
peuta se resiste a incluir a los niños en la terapia debido a una acti- ya no se lo consideró como un adulto en miniatura, a la espera de
tud protectora, sea respecto de ellos o de los padres mismos. En el asumir un rol social. Si bien es cierto que en los últimos cincuenta
primer caso, se verá llevado a excluir precozmente a los niños, si- años se ha manifestado un creciente interés respecto de la psicolo-
guiendo una tradición terapéutica que prefiere mantenerlos afuera, gía infantil y muchas escuelas psicoanalíticas y psicoterapéuticas
más bien que exponerlos a situaciones ansiógenas o escabrosas (esto han formulado teorías y realizado estudios sobre la actividad lúdica
no hace sino reforzar el mito de los secretos de la familia); en el del niño en una dimensión psicodinámica, fue muy poco lo que se
segundo, llegará a la misma decisión, por temor a que la espontanei- experimentó o escribió sobre el juego como modalidad comunica-
dad de los niños descubra demasiado pronto zonas disfuncionales cional según una óptima sistémica. El juego ha sido considerado
de relación dentro de la familia y provoque así bruscos contragol- principalmente como una modalidad expresiva del niño, de sus
pes a nivel conyugal. En ambos casos el terapeuta terminará traba- emociones y de sus conflictos intrapsíquicos; se dedicó poca aten-
jando en forma unilateral con la pareja, sin considerar al niño como ción al juego como lenguaje relacional propio de la edad evolutiva
1
parte necesaria e integrante del problema y de su solución. y a la relación lúdica entre niño y adulto, entendida no tanto en
Un peligro ulterior, una vez incluidos los niños, es el de estable- términos pedagógicos (como medio con que el adulto transmite
cer un c o n t e x t o netamente adulto en la sesión, donde se requiere sus propias expectativas al niño), sino como capacidad de adapta-
al niño que asuma una actitud no natural para su edad; que com- ción y de intercambio entre los adultos y el clan infantil; en este
prenda conceptos demasiado abstractos o dé respuestas perfecta- sentido, tiene gran importancia el rol que el adulto asume en el
mente lógicas; que esté sentado y quieto durante toda la entrevista. contexto de juego y las oportunidades lúdicas que ofrece al niño.
Esto puede suceder si el terapeuta no ha tenido la precaución de
promover un c o n t e x t o en el que le sea posible al niño expresarse
con su lenguaje preferencial y a los adultos comunicarse con él,
EL JUEGO COMO MEDIO PARA FACILITAR LA PARTICIPACIÓN
también en ese nivel.
DE LOS NIÑOS EN LA TERAPIA FAMILIAR
Por una parle, el terapeuta debe ser capaz de promover el enfren-
tamiento entre los adultos y su colaboración en el proceso terapéu- El juego es el elemento fundamental que hace posible incluir a
tico, y por otra debe considerar al niño como una persona, que tiene los niños en la terapia de la familia sin tratarlos como adultos en
pleno derecho a manifestar y transmitir pensamientos, sentimientos miniatura. Las palabras son sólo uno de los modos en que se comu-
y opiniones de un modo personal y por cierto no subalterno o cua- nica el sistema familiar. Los niños, aunque posean un vocabulario
litativamente inferior a los adultos. La suya será entonces una acción muy rico, se expresan mucho más que los adultos según una moda-
2
de traducción de modalidades distintas de pensamiento: el m u n d o lidad analógica. El juego representa entonces un canal comunica-

1
"Si el terapeuta familiar renuncia a la contribución del niño, como regu-
lador de la velocidad de la terapia, como moderador del ritmo del cambio 2
Ya he descripto en el capítulo relativo a la comunicación no verbal qué
mediante el 'cuándo y el cómo' de la intensificación o de la disminución importante es el lenguaje no verbal y la variedad de formas que éste puede
de los síntomas-, el niño no logrará cambiar" (Montalvo-Haley, 1973). asumir en la interacción humana.
142 TERAPIA FAMILIAR LA PARTICIPACIÓN DE LOS NIÑOS A TRAVÉS DEL JUEGO 143

cional de primordial importancia en los niños, aunque no pueda E L JUEGO COMO M E D I O


3
decirse q u e sea exclusivo de esta e d a d . P A R A E N T R A R E N E L SISTEMA FAMILIAR
Mediante el j u e g o el niño p u e d e encontrarse c ó m o d o ; percibir
c o m o familiar el c o n t e x t o t e r a p é u t i c o ; expresarse a sí mismo y
Ya he dicho, a propósito de la fase social de la primera sesión,
comunicar necesidades y estados de ánimo a los o t r o s ; también
qué importante es entrar en contacto con todos los miembros de la
puede utilizar el juego para aislarse, si la situación se vuelve dema-
familia, haciendo en lo posible que todos se sientan cómodos. Esto
siado ansiógena. Sobre t o d o al comienzo del tratamiento es funda-
no siempre es fácil, porque la familia puede presentarse en una ac-
m e n t a l e n t r a r en c o n t a c t o c o n el niño mediante el j u e g o ; esto le
titud m u y rígida o preocupada p o r perturbaciones graves de un hijo,
permitirá sentir que hay espacio para él, y así estará dispuesto a
o, a veces, de u n o de los padres: también en estos casos, el juego
colaborar en el curso de la terapia. El ambiente físico mismo debe
p u e d e ser un instrumento muy eficaz que permitirá al terapeuta ser
favorecer la participación infantil. Una habitación sin juegos, sin
aceptado d e n t r o del grupo familiar. El juego servirá en estos casos
un pizarrón o sin hojas de dibujo o, en t o d o caso, objetos familiares
al niño, es un p o c o c o m o una casa sin muebles: resultará fría y lo para redefinir el c o n t e x t o terapéutico y para cambiar el t o n o afec-
hará sentir e x t r a ñ o a lo que está sucediendo. Obviamente, más allá tivo de la familia o de alguno de sus miembros.
de los objetos, es i m p o r t a n t e que el terapeuta sepa jugar, es decir, Recuerdo una visita a domicilio que hice a una familia ítalo-
q u e esté en condiciones de establecer u n a relación p o r medio del americana que vivía en Nueva Jersey. Se había invitado también a
j u e g o . T o d o esto p u e d e parecer algo que se da p o r descontado, pero la entrevista a la abuela paterna, descripta por los cónyuges en entre-
lo es m u c h o m e n o s de lo q u e parece. Es m u y distinto, en realidad, vistas precedentes como un personaje tiránico, que interfería fuer-
jugar en u n a relación diádica, exclusiva entre el n i ñ o y el terapeuta, t e m e n t e en las problemáticas de la pareja y en la educación de los
q u e realizar u n a actividad de j u e g o con el niño frente a t o d a la familia hijos. El problema que había motivado la terapia era el comporta-
o, más a m e n u d o , estimular a adultos y niños a jugar en común. m i e n t o rebelde y casi delictivo del hijo de 14 años, que se había
Por o t r a p a r t e , p r o m o v e r la participación activa de los niños en convertido obviamente en el catalizador de todas las tensiones fa-
el j u e g o es un m o d o indirecto, p e r o m u y eficaz, de favorecer la miliares; en particular, era objeto de las iras de la abuela, que no
participación activa de los adultos en el logro del objetivo terapéu- p o d í a explicarse c ó m o ocurrían cosas semejantes en su familia. En
tico. Así, si un p a d r e logra quitarse el saco en la sesión y ponerse a el curso de la visita, mi m o d o de entrar en el sistema familiar y so-
jugar en el suelo con los niños, si una madre siempre lista para la- b r e t o d o de congraciarme con la abuela, fue juguetear largamente
m e n t a r sus p e n a s logra divertirse c o n los hijos en un juego de m o - con la pequeña Stefania, de 3 años; la niña era el tesoro de la casa,
vimiento, es p r o b a b l e q u e esos mismos padres sean luego más opti- y respecto de ella todos experimentaban un sentimiento de orgullo
mistas y estén motivados para un compromiso terapéutico, e incluso y un afecto incondicionado. La senté sobre mis rodillas y comencé
que los niños se hallen m á s dispuestos a colaborar. a comer un helado con ella, jugando a " u n a cucharita para ti, una
para m í " , hasta incluir también a la abuela, divertidísima, en el
jueguito del helado, mientras los otros observaban la cosa con inte-
rés. Terminado el helado, la actitud de la abuela, al comienzo áspera
y suspicaz, había cambiado visiblemente; dijo que estaba dispuesta
a colaborar p o r el bien de la familia y comenzó a proporcionar in-
Ln terapia de pareja hemos utilizado a menudo el juego como modalidad formaciones útiles respecto de la historia familiar y de sus preocu-
comunicacional alternativa, en particular en situaciones en las que la expre- paciones ante el problema. Esto no quería decir que la abuela ya
sión verbal llevaba constantemente a intelectualizaciones y racionalizaciones no interferiría en los asuntos conyugales o en la educación de los
y, en última instancia, terminaba constituyendo un elemento de notable mani-
nietos, ni que fuera fácil restablecer un equilibrio generacional
pulación por parte de la pareja respecto del contexto terapéutico.
144 TERAPIA FAMILIAR LA PARTICIPACIÓN DE LOS NIÑOS A TRAVÉS DEL JUEGO 145

pensable para conocer las reglas de funcionamiento real del sistema.


dentro de la familia. Sin embargo, se había establecido una acepta-
ción implícita del terapeuta en el sistema familiar, incluso por parte Reconstruir la historia de un grupo familiar y analizar sus particu-
de la persona más autorizada del grupo, con la consiguiente forma- lares elementos en términos sistémicos es muy distinto de recoger
ción de un clima emotivo positivo para iniciar un proceso terapéu- datos anamnésicos de un m o d o frío e impersonal. Además, no
tico con m a y o r e s garantías de éxito. siempre el canal verbal es la fuente más rica de noticias e infor-
maciones significativas, así como es emotivamente m u y distinto
Otro ejemplo para ilustrar la utilidad del juego en una dimensión
para cualquiera describir eventos y situaciones delicadas a una per-
relacional es el de una familia q u e había requerido la intervención
sona percibida como extraña más bien que a un amigo.
a causa de los temores del hijo de 13 años. Desde las primeras frases
aparece claro el resentimiento del padre, un mecánico de la Fiat, El terapeuta se presentará bajo un ropaje amistoso y tenderá a
hacia el chico definido c o m o un verdadero "desastre", porque es privilegiar canales comunicativos no verbales, sobre t o d o cuando
inseguro y está lleno de complejos. En ese c o n t e x t o , interrogar al hablar sirve más para esconder que para revelar hechos y opiniones
chico sobre los temores referidos p o r el padre habría aumentado importantes. En este sentido, el juego, como la metáfora, el uso
decididamente su sentimiento de inadecuación y endurecido aun del espacio, la dramatización, la escultura de las relaciones, puede
más la situación. Redefinir el c o n t e x t o de la sesión parecía ser una fomentar la observación de transacciones familiares particularmente
exigencia prioritaria. El terapeuta se propuso llegar a este objetivo significativas, en un contexto, como es el lúdico, que en general es
utilizando las energías del padre (empleadas hasta entonces en u n a bien aceptado p o r los niños y no expone a los padres al peligro de
acción improductiva de mera preocupación verbal) y las del chico sentirse juzgados.»
(que actuaban sobre t o d o en forma de resistencia pasiva) de u n a Hacer jugar j u n t a a la familia o promover determinadas relaciones
manera constructiva mediante un juego, que promoviera un enfren- p o r el medio lúdico es un m o d o de recibir una serie de informacio-
tamiento abierto y leal entre ambos, eliminando así de la situación nes Sobre t o d o , el e m p e ñ o de los participantes en la tarea asignada
toda connotación acusatoria o victimizadora. Decidió por ello acti- da la medida de la credibilidad adquirida por el terapeuta respecto
var mediante el juego de la pulseada un enfrentamiento físico basado de la familia, que puede intuir la relación existente entre el juego
sobre el desafío entre padre e hijo, que permitiese a la vez una ex- y el requerimiento de colaboración activa en el proceso terapéutico,
presión activa, aunque mediada por el juego mismo, de las agresivi- o que, en cambio, puede sentir c o m o ridicula y fuera de lugar una
dades recíprocas, y un c o n t a c t o físico que posibilitara un análogo invitación al juego en una situación de malestar, como lo es aquella
contacto afectivo. El padre podía comunicar su " c o m p e t e n c i a " al p o r la cual se solicitó la intervención. Es obvio que el juego, activado
hijo por medio de una acción a la cual el chico respondía de un en la sesión, nunca es un fin en sí mismo y encierra en sí los gérme-
m o d o activo, aceptando el desafío y dando pruebas de mayorsegu- nes de una estrategia terapéutica de más amplio alcance, tendiente
ridad de sí mismo. El terapeuta en su función de arbitro del juego a perseguir el objetivo del cambio.
entraba más directamente en el sistema familiar en un rol de me- El juego permite también observar la rigidez de la identificación
diación, aceptado sin resistencia p o r el padre y el hijo. de enfermedad y las relaciones a nivel subsistémico y transgenera-
cional. Si una familia se organiza en un juego de movimiento en el
que participan todos, excepto el chico portador de las perturbacio-
nes, que se mantiene aparte mudo y aburrido, es probable que la
EL JUEGO COMO MEDIO PARA RECOGER INFORMACIONES
identificación sea particularmente inflexible y que la familia como
SOBRE EL SISTEMA FAMILIAR sistema (incluido el paciente identificado) tema que un cambio,
aun temporario, en su modalidad de definirse, resulte amenazador.
Si se acepta considerar a la familia c o m o un sistema de relación, Una división rígida de los hijos (necesaria para evitar enfrentamien-
resulta evidente que recoger informaciones es una operación indis- tos directos a nivel conyugal) con las consiguientes alianzas trans-
146 TERAPIA FAMILIAR LA PARTICIPACIÓN DE LOS NIÑOS A TRAVÉS DEL JUEGO 147

generacionales, puede reflejarse en la sesión en una actividad lúdica siempre vencer y la mujer debía dejarlo vencer siempre, repitiendo
caracterizada por la exclusión recurrente de alguno al que no se así de un modo exasperante la modalidad interactiva habitual de la
incluye en el juego, o más a menudo por una neta separación del clan pareja.
infantil. En estos casos el niño termina eligiendo constantemente El juego constituye también un medio eficacísimo para eviden-
al adulto, en lugar de un hermanito, como compañero de juego. ciar el carácter contradictorio de ciertos mensajes, en los cuales
Mediante una simple actividad lúdica el terapeuta puede recibir in- el nivel literal está decididamente en contraste con el analógico. El
formaciones sobre la permeabilidad del sistema* sobre la presencia terapeuta puede en estos casos utilizar en el juego el único mensaje
de lazos diádicos progenitor-hijo y sobre la mayor o menor rigidez verbal explicitado, fingiendo ignorar el implícito, que tiene casi
a nivel subsistémico. siempre el poder de descalificar al primero. Durante el juego la am-
bigüedad del mensaje entrará en crisis y quedará ridiculizada, la
mistificación pasará de un nivel subterráneo a uno más claro, evi-
dente para todos: se requerirá así un enfoque distinto, más pro-
ductivo y menos falso, que lleve a modalidades de relación más sa-
EL JUEGO COMO MODALIDAD REESTRUCTURANTE nas y auténticas. Al mismo tiempo el juego, igual que el humoris-
m o , evidenciará con extrema eficacia la matriz del malestar, sin
Hemos descripto en varias ocasiones, en el curso de este libro, la llevar sin embargo a los participantes a escaladas simétricas inúti-
función terapéutica del juego, sea por el significado metafórico im- les y exasperantes, porque como se trata de un juego, no hay por
plícito en la actividad lúdica, o porque es parte integrante de una qué tomárselo demasiado en serio.
prescripción o de una estrategia más amplia y articulada, destinada Trataré de aclarar este último concepto con un ejemplo. La fa-
a provocar un cambio de reglas dentro del sistema familiar. milia Lucarelli ha solicitado un tratamiento porque la hija Dáme-
En este p u n t o querría detenerme sobre la eficacia reestructurante la, de 10 años, fue sorprendida varias veces en los últimos meses
del juego, partiendo de la consideración de que éste tiene el poder haciendo pequeños hurtos en su casa y en una gran tienda. Sobre
de la simplicidad y de la inmediatez. Si se transmuta en un juego la la definición del problema los padres muestran estados de ánimo
conflictualidad de una pareja, la ambivalencia o la rigidez de una y pareceres diversos. Mientras el padre habla del asunto como de
relación, se asiste a menudo, a través de la visualización espacial algo bastante grave y difícilmente curable, la madre tiende a mini-
del juego, a una dramática toma de conciencia de estados de ánimo mizarlo todo y a defender abiertamente a la hija. El marido pare-
y comportamientos reiteradamente negados en el plano verbal, o ce ser la figura central y autoritaria: si por un lado teje amplios
por lo menos ignorados. Además, el juego requiere, por definición, elogios de su mujer, describiéndola como la encarnación de ia mu-
respetar algunas reglas fundamentales a las que ninguno puede jer ideal y la madre competente, por otro la boicotea sin reservas a
oponerse si quiere participar en él. nivel analógico. La definición desproporcionada misma de la grave-
Si el terapeuta logra evidenciar algunas de las reglas disfunciona- dad del problema de Danicla parece ser un pretexto para acusar
les del sistema y está en condiciones de convertirlas en reglas del implícitamente a la mujer de incompetencia educativa con los hi-
juego, éste ya no será una simple actividad lúdica, sino que pondrá jos y, por lo tanto, para proponerse como exclusiva с incontestable
al desnudo con extrema claridad los límites y la inutilidad de cier- autoridad de la familia. La mujer parece insegura en sus funciones
tos comportamientos relaciónales, impulsando, en fin, a los parti- maternales (hablará ampliamente de ello en una entrevista en que
cipantes a redescubrir modalidades transaccionales nuevas o, en el marido estuvo ausente) e incapaz de enfrentarse abiertamente
t o d o caso, una mejor distribución de roles y funciones familiares. con el cónyuge para obtener un espacio propio de autonomía. Más
El lector recordará a este propósito el ejemplo del juego de naipes aun, termina por secundarlo aceptando por buenas, al menos en el
(véase el capítulo sobre las prescripciones) en que el marido debía plano formal, las adulaciones de éste.
148 TERAPIA FAMILIAR
L A P A R T I C I P A C I Ó N D E LOS N l N O S A T R A V É S D E L JUEGO

Daniela y su hermano mayor, de 11 años, son dos niños vivaces ser negado a nivel explícito. Se asistía así a una primera entrada en
y extravertidos, que toman a menudo la iniciativa de jugar juntos
crisis de un nivel de contradictoriedad que impedía toda posibili-
en el curso de las entrevistas. El terapeuta piensa entonces en
dad de cambio y requería un chivo emisario para mantener una fal-
adoptar una técnica que sirviéndose del juego tienda a confirmar el
sa armonía a nivel conyugal. Por otra parte, el juego había permiti-
nivel literal del mensaje paterno (la competencia de la mujer), fo-
do a la mujer experimentar en concreto la posibilidad de una rela-
mentando empero la expresión autónoma de esta última (lo que
ción competente y bien recibida por los niños, lo que le proporcio-
debería contrastar con el aspecto analógico de ese mismo mensaje
naba energías nuevas para rechazar un rol sometido y complacien-
—la negación de la competencia—). Sugiere así un juego en que
te, que hasta entonces había producido el efecto práctico de refor-
puedan evaluarse concretamente las dotes de la mujer tan pregona-
zar la necesidad de control del marido y de perpetuar un auténtico
das por el marido. Pide a este último, como una colaboración espe-
círculo vicioso.
cial, que observe desde atrás del espejo el modo de poder referir
detalladamente todas las cualidades positivas mostradas por la
mujer en el juego con los hijos. El marido no puede por cierto
4
negarse a esta tarea de observador privilegiado.
Los niños están muy excitados ante la perspectiva de organizar
un juego junto con la madre. Esta, alentada por el terapeuta, ter-
mina por tranquilizarse y divertirse en un juego creativo, inventado
por los niños. La mamá y el terapeuta son dos parroquianos que al-
muerzan juntos en un restaurante, mientras los niños actúan pri-
mero como mozos, y organizan luego un espectáculo de danzas y
cantos para los clientes. El padre, detrás del espejo, está nervioso y
para nada satisfecho de lo que ocurre; los niños se divierten muchí-
simo con la mamá, la cual se muestra desenvuelta, divertida y des-
preocupada de los juicios de su marido. Al final del juego, cuando
se le pida su parecer sobre las dotes mostradas por su mujer, el ma-
rido permanecerá en silencio, como paralizado.
Al tomar por bueno y valorizar el nivel literal del mensaje del
marido (mi mujer es competente), se ridiculizó e hizo insostenible
el analógico (que niega la competencia de la mujer) por medio de
una actividad que de hecho confirmaba el primer mensaje y que no
podía ser refutada, porque el segundo mensaje, para existir, debía

4
En nuestra práctica utilizamos con frecuencia la división de la familia en
la sesión con fines tácticos. El espejo unidireccional resultó en verdad un dia-
fragma permeable, ideal para favorecer determinadas interacciones, sin el ries-
go de interacciones o intervenciones indeseables. Además de permitir la explo-
ración de determinadas secuencias a nivel subsistémico, y de bloquear intru-
siones inoportunas por parte de algún miembro de la familia, ofrece a estos úl-
timos la posibilidad de escuchar las exigencias de los otros y de buscar implí-
citamente una modalidad de relación más correcta.
¿RESOLUCIÓN DEL SÍNTOMA O CAMBIO DEL SISTEMA? 151

CAPITULO 6
zar un discurso relacional, me propone seguir a Luciano y a su fa-
2
milia en coterapia.
¿RESOLUCIÓN DEL SÍNTOMA O CAMBIO DEL SISTEMA? Antes de encuadrar la situación en términos relaciónales, que-
rría referir someramente algunos datos relativos a la evaluación
diagnóstica de Luciano, tal como nos han llegado: "El cuadro sin-
tomático se caracteriza por la presencia de una ansiedad acentua-
da, que tiende a descargarse a través de una notable inestabilidad
psicomotriz, hasta llegar a verdaderas crisis de destrucción genera-
EL PROBLEMA DE LA D E S V I N C U L A R O N : EL CASO LUCIANO lizada, con agresividad dirigida sobre todo a objetos, rasgos hipo-
condríacos y fóbicos (no subir al autobús, no salir solo, etcétera)
e ideas de referencia respecto de compañeros y familiares. En el
COMPOSICIÓN DEL NÚCLEO FAMILIAR
plano expresivo Luciano presenta conductas exhibicionistas, agre-
sividad verbal, lenguaje obsceno que alterna con actitudes cauti-
La familia Rocci está constituida p o r : el padre, Attilio, de 43
vadoras y seductoras. Se ubica él mismo en el centro de todo acon-
años, e m p l e a d o desde hace casi 20 años en un gran establecimiento
tecimiento, a m e n u d o con compensaciones mitomaníacas. Tiende
comercial de R o m a ; la m a d r e , Laura, de 4 2 , ocupada sobre t o d o
a sustraerse de situaciones ansiógenas mediante la risa, el mutismo
en su casa, y Luciano, único hijo, de 16 años, q u e interrumpió los
o la agresividad verbal. A la incapacidad de moverse con conductas
estudios en segundo año del colegio secundario y en ese m o m e n t o
no desarrolla ninguna actividad específica. Luciano es el paciente activas en el exterior, se contrapone una actitud dominante en el
identificado y tiene sobre sus h o m b r o s una historia de tratamien- seno de la familia, que paraliza toda posibilidad de intervención de
1
tos psicoterapéuticos individuales que se prolongan, si bien de un los padres, aunque pida continuamente su ayuda. El elemento fun-
m o d o d i s c o n t i n u o , desde q u e el chico tenía trece años. damental del condicionamiento familiar es su temor de estar solo,

He elegido referir la terapia de esta familia por una serie de razones:


a) Porque desde un punto de vista histórico (la intervención remonta a
ENVIÓ Y MOTIVACIONES PARA UNA TERAPIA RELACIONAL 1971), ésta fue una de las primeras terapias familiares que dirigí y la prime-
ra para el coterapeuta, Carmine Saccu, que es hoy mi más valioso colabora-
Luciano llega a nosotros en una fase de paso de un terapeuta in- dor. En el curso de ese tratamiento nos enfrentamos, aparte de nuestra escasa
dividua, a o t r o ; e s t e último, sin embargo, interesado en profundi- experiencia, con una serie de conflictos y contradicciones entre un modelo
tradicional de intervención psiquiátrica (el que nos habían enseñado durante
varios años en la Universidad) y un modelo relacional de enfoque del pro-
blema, en aquella época desconocido o a lo sumo considerado con extremo
escepticismo en los ambientes académicos.
1
A este propósito, querría notar que el caso de Luciano es similar al de b) Porque me parece una situación paradigmática para sostener la validez
muchos adolescentes, seguidos en psicoterapia de un modo discontinuo y lue- de un enfoque familiar del problema: la desvinculación de Luciano sólo pare-
go "pasados" a otros terapeutas. Esta "carrera psicoterapéutica" debe vincu- ce realizable, en efecto, a condición de que los padres puedan "separarse" de
larse con una praxis institucional en que la continuidad de una relación tera- él y establecer un límite conyugal más neto, que impida a Luciano ser absor-
péutica entra en crisis a raíz de una política de servicio, regida por reglas y je- bido por el subsistema parental.
rarquías rígidas, que se agota a menudo en una rutina más bien que llegar a c) Porque hemos reelaborado y sistematizado recientemente el material
una curación con la consiguiente formación de vínculos terapéuticos poco vi- relativo a esta terapia, pero sobre todo porque disponemos de un seguimiento
tales, cuando no directamente dañinos. a 4 años de distancia de terminado el tratamiento. Esto parece fundamental
para evaluar la estabilidad de ciertos cambios terapéuticos, o la falta de ella.
152 TERAPIA FAMILIAR ¿RESOLUCIÓN D E L SÍNTOMA O CAMBIO DFI SISTEMA? ,'53

lo que lo obliga a dormir con la madre, mientras el padre duerme I AS! S Di, LA TERAPIA
en el living. Es evidente la desarmonía entre requerimientos de
autonomía y extrema necesidad de dependencia...". Me pareció oportuna una distinción en fases, no tanto para sub-
dividir cronológicamente el proceso terapéutico, sino más bien pa-
Cuando Saccu citó por primera vez a Luciano junto con sus pa- ra ayudar al lector a una más fácil comprensión de las dinámicas
dres, le llamó la atención el comportamiento del muchacho, arro- familiares y del desarrollo del tratamiento, que se realizó en entre-
gante y por momentos casi furioso sin ningún motivo aparente; vistas semanales durante ocho meses.
sin embargo, tal comportamiento resultaba cada vez más compren-
sible, a medida que el terapeuta lograba verlo en relación con el de
los padres y con el contexto en que éste adquiría forma. Revelador 1. La triada rígida
para iniciar la observación en términos sistémicos fue el ejemplo de En las primeras sesiones el sistema familiar se presenta casi uni-
la sopa, que los padres refirieron para mostrarnos la irracionalidad 3
formemente como una tríada rígida; todos los temas se centran
del muchacho "también en nimiedades", y terminó por hacer com- sobre Luciano, el muchacho enfermo al que los padres acompañan
prensible su comportamiento. He aquí los pasajes esenciales: a la curación: él se sienta entre ellos mientras exponen sus pro-
blemas; durante esta presentación los padres aparecen unidos y en
— Luciano se enoja con la madre porque la sopa está muy perfecta armonía entre sí. Luciano, por su parte, confirma plena-
salada. mente la definición que ellos dan del problema: en efecto, si por
- La madre descalifica el juicio de Luciano porque lo considera un lado todas sus manifestaciones, aun las más adecuadas, son sen-
sólo expresión de un " s í n t o m a " ("A él nada le va nunca tidas y referidas por los padres como sintomáticas, por otro Lucia-
bien"). no se empeña en presentarse como el problema de la familia y en
El padre, emotivamente de acuerdo con su hijo (da de hecho exhibir un comportamiento arrogante y prepotente que ratifica lo
señales visibles de que no le gusta la sopa), defiende a la ma- que los padres dicen de él. En esta fase de la terapia prevalece la
dre y afirma que la sopa está exquisita. descripción de los aspectos irracionales y violentos del muchacho.
Luciano, en un acceso de rabia, vuelca la sopa sobre la mesa, Sucesivamente se irán tomando más en consideración los aspectos
apostrofando a sus padres. de dependencia y de necesidad de protección de Luciano.
Todo el sistema termina así presentándose como sintónico por-
Es obvia la banalidad del ejemplo, y también es obvio que la co- que trata de proporcionar a los terapeutas una definición única del
sa puede ocurrir en la casa de cualquiera, sin que tenga por ello im- problema: los padres se refieren a la prepotencia y la irracionalidad
plicaciones psiquiátricas. Es menos obvio pensar que Luciano sirve de Luciano, declarándose en consecuencia impotentes para enfren-
para evitar que los dos cónyuges se enfrenten directamente con tarla, y este último la exhibe visiblemente en la sesión y en la casa.
respecto al problema del exceso de sal en la sopa. Si bien evitar en- Luciano participa en el mantenimiento de este rígido equilibrio
frentarse por una cuestión alimentaria puede no causar problemas homeostático, reivindicando en la sesión una centralidad absoluta,
importantes en una familia, evitar el enfrentamiento, como moda- que se expresa en la necesidad de dictar las reglas de la relación
lidad de relación habitual, conduce frecuentemente a la formación
de un chivo emisario y, más en general, a una disfunción sistémica.
" Siguiendo el enfoque estructural descripto por Minuchin (1977) pode-
mos definir a la triada rígida como un tipo de estructura familiar donde exis-
ten problemas crónicos de límites generacionales. Es decir, nos referimos a
los sistemas familiares en los cuales la rígida utilización de un hijo en los con-
flictos de pareja se transforma en una "norma".
154 TERAPIA FAMILIAR ¿RESOLUCION DEL SÍNTOMA O CAMBIO DEL SISTEMA? 155

con los terapeutas. Los padres participan en la sesión aceptando, cuencia interactiva que no se refiera a Luciano-problema, el siste-
impotentes, la enfermedad del hijo y tratando de atraerlo todas las ma familiar retroactúa con el muchacho, que comienza a vociferar
veces que el terapeuta tiende a descentralizarlo. y a lanzar invectivas contra los terapeutas porque no se ocupan de
La rigidez del sistema resulta particularmente evidente cuando él, y con los padres que, aunque inicien alguna transacción entre
u n o de los terapeutas pregunta a los padres cuál podría ser un se- ellos, terminan luego inevitablemente hablando del muchacho y de
gundo problema a resolver, en el caso de que se normalizara el
la gravedad de la situación.
comportamiento de Luciano. Después de un largo silencio, inte-
Sobre la base de las informaciones relaciónales que los terapeu-
rrumpido sólo por gestos de intolerancia del muchacho, he aquí lo
tas van recogiendo en esta primera fase de la terapia, el sistema se
que manifiestan los padres:
presenta estructuralmente como una tríada rígida, cuyo mecanis-
mo preferencial parece ser la desviación del enfrentamiento conyu-
Madre: Bueno... entre mi marido y yo grandes problemas nunca gal y la consiguiente utilización rígida de Luciano, tanto más rígi-
han habido. El problema es nuestro hijo, si va a volver a estudiar o
da porque es realimentada constantemente por el comportamiento
no. 5
de éste, según una modalidad circular. Esto explica no sólo la ar-
Padre: Se refiere a él, bajo otra perspectiva.
monía ilusoria de la pareja, que así no necesita enfrentarse como
Madre: Sí, bajo otro aspecto.
tal, sino también la función protectora desempeñada por Luciano
Después de otra solicitación de u n o de los terapeutas y de un
en su calidad de chivo emisario, que se replantea constantemente
nuevo silencio, sigue la madre.
como el único problema de la familia para mantener en equilibrio
Madre (dirigiéndose al terapeuta): Bueno, el problema, no lo sé,
el sistema.
quizás exista, pero por ahora no llego a ubicarlo. A lo mejor hay
En el curso de la terapia vemos que la desviación del enfrenta-
tantos. Me haría falta un ejemplo para saber si sería o no un pro-
blema m í o . Así no puedo. Todo gira en torno de él... Ya no pue- miento conyugal tomará alternativamente forma a través del ata-
do... no sé...

Después de este sondaje sobre otras zonas posibles de conflictos


familiares, por otra parte totalmente negadas, Luciano retoma el
predominio, comienza a dar vueltas nerviosamente, amenaza con damental: si bien es cierto que objetivamente un sistema fuertemente disfun-
irse si no se habla de él. Manifiesta que está mal y quiere que los cional puede presentar un notable grado de rigidez al cambio, también lo es
terapeutas se concentren únicamente en él, en lugar de perder que la impermeabilidad de un sistema, sobre todo en las fases iniciales de la
tiempo con "otras historias". Comienza así a hablar de sus temores terapia, debe evaluarse en relación directa con la formación del sistema tera-
péutico y de su crecimiento. En otras palabras, cuando la familia acude a
de quedarse solo, de ir en ómnibus, de adelgazar demasiado y del
la terapia tiene necesidad de "garantías emotivas" para volverse permeable, de
insomnio, que lo obliga a tener despiertos a los padres casi todas modo de permitir la entrada del terapeuta en su interior: esto significa que
las noches. Mientras habla con énfasis de sus perturbaciones, los este último debe adquirir poder contractual y credibilidad sobre el terreno
padres permanecen en silencio, comunicando analógicamente a los para que lo acepten los miembros del sistema familiar como activador del
terapeutas su total impotencia frente a la situación. cambio.
5

Los terapeutas se dan cuenta de la efectiva impenetrabilidad del Otra modalidad de utilización rígida de un hijo en los conflictos conyu-
4 gales es la triangulación, ésta difiere de la desviación del enfrentamiento,
sistema: ante cada intento de implicar a los padres en alguna se-
porque en este caso cada progenitor pide al hijo que establezca con él una
alianza contra el otro. Cuanto más rígida es la utilización del hijo, tanto más
4 paralizado se sentirá éste, porque todos sus movimientos serán percibidos por
Este aspecto de la impenetrabilidad es un elemento de importancia fun-
cada progenitor como un ataque por parte del otro (Minuchin, 1977).
¿ R E S O L U C I O N D E L SÍNTOMA O CAMBIO D E L SISTEMA? 157
156 TERAPIA FAMILIAR

bla de él en el curso de la sesión y se recogen en cambio informa-


que al hijo, causa de los problemas familiares porque es malo (por ciones útiles para comprender algunas de las reglas del sistema.
su comportamiento violento, rabioso e irracional), o bien a través Nos sorprende particularmente la inmediata reacción de la ma-
de la protección de los padres respecto de Luciano porque está en- dre: toma la palabra y comienza un largo relato sobre su infancia y
fermo, o sea, es distinto. ("Yo siento que a su edad todos los mu- la de su marido, sobre la soledad de ambos y sobre el matrimonio.
chachos quieren a sus padres, todos quisimos a nuestros padres, Luciano esta vez no interrumpe. Aunque en el curso de la semana
pero cuando u n o se vuelve grande se separa, el afecto cambia, ¿me
el comportamiento del muchacho se hará más turbulento y será
explico? En muchas manifestaciones suyas Luciano es como si fue-
objeto de discusión en la sesión siguiente, nos parece que la pres-
ra un niño chiquito que todavía tiene necesidad de protección...
cripción comenzó a desequilibrar el sistema. La madre comunica
no lo sabría explicar, pero lo veo hacer los mismos gestos, las mis-
ahora, tanto verbalmente como en el plano analógico, que su acti-
mas cosas de cuando era chico...", dirá la madre en una de las pri-
tud respecto del hijo es contradictoria: por una parte se muestra
meras sesiones).
exasperada por sus problemas ("Me siento ahogada por su despo-
En ambos casos, tanto el ataque a la maldad como la protección tismo, me tiene atada a él con sus perturbaciones", etcétera), pero
de la enfermedad, llevan al mismo resultado: la negación de todo por otra lo alienta implícitamente. Al hacerlo así, termina de he-
conflicto de pareja a través de una constante alimentación de fun- cho reprochando al marido por pretender demasiado del hijo,
ciones disfuncionales a nivel de la relación padres-hijo. Lo que, en
mientras debería tener más paciencia y respetar su ritmo de creci-
último análisis, sirve para el mantenimiento del único equilibrio
miento. Esta actitud de la madre, de crítica por un lado y de re-
sistémico aceptable en ese momento por parte de todos sus com-
fuerzo del comportamiento sintomático del hijo por otro, encara-
ponentes.
da en términos relaciónales, parece vincularse con una necesidad
de mantener una coalición estable con el muchacho a expensas del
marido.
En el curso de una sesión Luciano verbaliza claramente la con-
1. Hacia el desequllibramiento del sistema tradictoriedad de la madre, confirmando nuestras intuiciones so-
Ya hemos aludido a las dificultades con que tropezaron los tera- bre la existencia de una coalición estable entre madre e hijo:
peutas para recoger informaciones que no se refirieran directamen- "Ahora me haces recordar otra cosa, que lo hiciste sin darte cuen-
te a Luciano: la observación de un comportamiento redundante ta, porque dentro de ti hay una parte que quiere que yo no me cu-
del tipo "solo se puede hablar con autorización de Luciano y sólo re. Como hay una parte de mí que quiere que siga como estoy. A
acerca de el", representa un obstáculo para la terapia que habrá mí me gustaría curarme. En realidad, cuando digo que gané alguna
que superar mediante una prescripción. Los terapeutas, más bien batalla, la ganó la parte de mí que quiere curarse. Llego al 51 por
que oponerse a la tendencia preponderante del sistema, prefieren ciento, porque ahora las dos partes se equilibran. En mi madre hay
secundarla, convencidos de que un enfoque paradojal puede rom- una parte que es como y o : si yo me curo (soy un nene, estoy afe-
per el circulo vicioso y proveer espacios más amplios para entrar rrado a mi madre) y me separo de ella, quizás a ella no le caiga
en el sistema familiar. Así, en una sesión comienzan diciendo que bien. Pero yo ya estoy aferrado a mi madre, y si ella me agarra to-
por el momento es tranquilizador para todos hablar de Luciano y davía más, ¡no hay nada que hacer!"
que sólo concentrando los esfuerzos sobre el muchacho se podría
En esta fase de la terapia asistimos a una serie de choques entre
obtener alguna mejoría. Prescriben luego a los tres componentes
Luciano y su madre sobre el tema de la autonomía, que nos pare-
de la familia que SE atengan a la descripción minuciosa del compor-
cen, por el momentto, destinados más bien a confirmar una rela-
tamiento de Luciano, fuente de tan graves malestares familiares. El
ción de alianza entre ambos, que a enfrentar concretamente el te-
resultado de la prescripción consiste en el hecho de que no se ha-
158 TERAPIA FAMILIAR ¿RESOLUCIÓN DEL SÍNTOMA O CAMBIO DEL SISTEMA? 159

ma de la desvinculación. Pese a ello, hacer explícita en la sesión como amenazadores, en lugar de dirigirla contra la familia, tal co-
una regla familiar es ya de por sí una modificación sistémica: esto mo era su costumbre. Esta situación, si por una parte requiere una
significa que cuanto más se descubra la alianza entre la madre y notable dosis de control emocional de los terapeutas (Luciano lle-
Luciano, t a n t o más difícil les resultará mantenerla. Por detrás de ga incluso a realizar amenazas físicas en la sesión blandiendo un ce-
los contrastes aparentes entre la madre y el hijo, se configura cada nicero de hierro sobre la cabeza de uno de los dos terapeutas), por
vez más claramente la exclusión del marido, sobre t o d o en lo re- otra representa un notable paso adelante en el proceso terapéutico
ferente a las dinámicas de pareja (Luciano logra, en todos los sen- y un acceso estable al sistema familiar.
tidos, mantener separados a sus padres). En la sesión el padre se
muestra incómodo, y si bien los terapeutas le piden que diga su En términos sistémicos, el enfrentamiento entre los cónyuges se
p u n t o de vista, prefiere dar respuestas evasivas: parece ocupar la vuelve posible ahora que la coalición madre-hijo queda sustituida
posición de segundo chivo emisario. por un enfrentamiento abierto entre el terapeuta y el adolescente
En consonancia con cuanto hemos dicho está la descripción que (aunque la motivación del enfrentamiento sea distinta: para Lu-
la mujer hace de su marido, en la que descalifica las cosas positivas ciano representa un intento de retomar su función protectora en
que dice respecto de él. casa, y para el terapeuta, en cambio, un modo de promover la des-
vinculación y, por lo tanto, la salida de la casa). Está claro que pro-
Si bien verbalmente expresa su estimación porque él siempre mover el enfrentamiento de la pareja no es una operación fácil,
trabajó con dedicación, porque nunca tuvo otros intereses aparte incluso porque ambos cónyuges están habituados a desviarlo regu-
de ella y del hijo, con el tono de la voz y con la mímica comunica larmente mediante la utilización del hijo y carecen de modelos
hastío y fastidio respecto de este hombre gris y m o n ó t o n o que transaccionales alternativos. En este sentido resulta particularmen-
desde hace años no le ofrece nada nuevo. Respecto de la aparente te significativa, como confirmación de nuestra línea terapéutica de
armonía de la pareja, manifestada en las fases iniciales de la tera- enfrentamiento, la toma de conciencia del padre, que se ve frente
pia, se asiste ahora a una situación distinta, caracterizada por las a las recurrentes lamentaciones de la mujer. Para ilustrar este as-
variaciones emotivas de la madre que se desahoga en varias oportu- pecto vamos a referir los pasajes esenciales de algunas secuencias
nidades contra el hijo que quiere ser el centro, y aun más a menu- interactivas entre los dos cónyuges, parte destacada de la sesión:
do contra el marido, silencioso y m o n ó t o n o .
Marido: Hoy hablo y o ; sucedió una cosa excepcional, ayer la úl-
tima frase de mi mujer fue: "Hace veinte años que vivimos juntos
En este p u n t o esperamos que ante el desequilibramiento del sis- y del él mucho no sé". Yo digo: qué extraño, no sé, y sin embargo
tema provocado por el cambio de estado de uno de sus elementos, no hay ningún secreto, debería saberlo t o d o ; quizás no me ha en-
el sistema retroaccione para restablecer un nivel homeostático de tendido, quizás no me explico y haya estado rumiando las cosas.
seguridad. Luciano, en verdad, tiende a negar el cambio de la acti-
Así llegó el domingo a la tarde la hora de salir, como de costum-
tud materna, y a restablecer la "armonía conyugal" mediante la
exasperación de sus síntomas. Sin embargo, algo ha cambiado tam-
bién respecto de las modalidades habituales de recuperación ho-
anormalidad del sistema, etapa intermedia, a menudo necesaria antes de la
meostática, porque ahora Luciano se ve obligado a canalizar su solución real del problema. Si bien es cierto que nada ha cambiado aún en el
6
agresividad contra los terapeutas, a los que percibe cada vez más comportamiento perturbado del muchacho, también es cierto que ahora éste
se ve obligado a realizarlo en función de los terapeutas, y cada vez menos
6
para con los padres. En términos estructurales, el efecto práctico es de perme-
Llevar al paciente identificado a enfrentarse con los terapeutas mediante abilizar los confines generacionales, de modo que Luciano debe abandonar el
una modalidad provocativa representa, en mi opinión, un nuevo estadio de territorio de la pareja para ir a enfrentarse con los terapeutas.
160 TERAPIA FAMILIAR ¿RESOLUCIÓN DEL SÍNTOMA O CAMBIO DEL SISTEMA? 161

bre. Teníamos que ir al cine, c o m o es nuestra vieja c o s t u m b r e . Di- Marido: Debías haber insistido . . . pero no es q u e no te atendiera.
go: " ¡En vez de eso vamos al m a r ! " , así hablé, hablé y ella lloraba; No es que no te atendiera. Quizás no e n t e n d í a , quizás no veía. De-
h u b o una explicación que en veinte años no había tenido, larga, bías haber insistido, debías haber insistido.
dos, tres, cuatro horas. La cosa fue interesante p o r q u e salieron co-
sas; quizás yo me había adormecido, me había a c u n a d o , había cre- Attilio, que en el curso de la terapia siempre había t e n i d o una acti-
ído que t o d o andaba m u y bien. Quizás el trabajo me había agarra- tud blanda y sometida, durante este arranque e m o t i v o habla con
do de tal manera que no llegué a pensarlo, no c o m p r e n d í a , era cie- un t o n o de voz vibrante y decidido. Durante t o d a la sesión m a n t i e n e
go, era como los caballos con anteojeras. No sé (dirigiéndose al te- una posición central e impide t o d o i n t e n t o de interferencia de Lu-
rapeuta) si a Ud. le interesa lo que se dijo en la explicación, pero ciano. A continuación recaerá de nuevo, varias veces, en la posición
salieron varias respuestas a las preguntas que Ud. hizo y para las habitual de marido y padre silencioso y marginado, p e r o esta t o m a
que entonces no tuvo contestación. ¿Los problemas? Problemas de conciencia, de la que ahora habla con t a n t a vehemencia, consti-
había a m o n t o n e s , no habían sido enfrentados en el m o m e n t o tuye un primer paso hacia una redefinición más a d e c u a d a de roles
o p o r t u n o , p o r q u e yo pensaba p o r mi cuenta, p o r q u e ella soporta- y funciones familiares.
ba, porque yo soportaba después, en suma, p o r q u e dejaba pasar. El desahogo del padre y el intercambio d i r e c t o e n t r e los c ó n y u -
Quizás me había adormecido, no sé, me engañaba satisfaciéndome ges representan u n a amenaza más para el p r e c e d e n t e equilibrio sis-
con lo que había logrado. Esta es también u n a cosa que me da témico. Luciano, enfrentado t a n e x p l í c i t a m e n t e c o n las proble-
vueltas por la cabeza, una pregunta, pero ahora e n c u e n t r o todas las máticas parentales, intenta recuperar su función de catalizador de
respuestas a las preguntas que Ud. me hizo y a las cuales respondí las tensiones familiares agravando sus s í n t o m a s , sea en el plano de
entonces al t u n t ú n , respondí mal o quizás no respondí para nada. las ansiedades abandónicas y de las fobias, o en el de las reacciones
Problemas había, había a m o n t o n e s y quizás cada u n o se los guar- violentas contra sus padres, e i m p o n e de un m o d o bien visible en la
daba para sí, no los habíamos considerado j u n t o s . Por ejemplo, sesión su condición de " e n f e r m o " , en el m o m e n t o en q u e el discurso
aquella pregunta que Ud. le hizo a mi mujer. Laura no encontra- tiende a focalizarse sobre sus progenitores. T o d o esto surge de un
ba respuesta. Me dijo. " N o lo dije para no o f e n d e r t e " . (Dirigién- m o d o claro de algunas frases de la m a d r e y de L u c i a n o , que referi-
dose a la mujer) Debes decirlo. Venimos a q u í no de casualidad. Si m o s a continuación:
la verdad es que yo era chato, que era descolorido, que no era el
ideal, dilo, no me ofendes. Tú dijiste: "Tienes buenas cualidades,
Madre (dirigiéndose a los terapeutas): Hay algo q u e se ha m o v i d o ,
pero quizás esperaba algo m á s " . ¡Dilo, dilo, si no es cierto!
pero es algo que no le agrada. Se la agarró a m u e r t e con Uds., q u e
son los que lo provocaron, ¿entienden? Si n o , no me explico t o d o
Mujer (dirigiéndose al terapeuta): Cuando Ud. me preguntó qué lo que dijo estos días en casa c o n t r a Uds. dos. Es u n a señal de q u e
sentimientos tenía por mi marido, dije: "Menos que p o r mi hijo". provocaron algo en él q u e no le agrada q u e salga.
Pero no habría debido contestar a esa pregunta, porque para ser
sincera tendría que decir ninguno, absolutamente ninguno. Luciano (en el curso de la misma sesión llegará a expresar per-
fectamente su temor de cambiar): Querría colaborar con Uds., p e r o
Marido: Es c o m o una línea de montaje. los veo c o m o enemigos, o sea, en síntesis, no es q u e lo pienso y o ,
Uds. tratan de curarme, ¿no? Y o , sin embargo, t r a t o de o p o n e r m e
Mujer (dirigiéndose al marido): Pero yo estas cosas siempre las a Uds. y no dejarme curar. He pensado en estas cosas, sólo q u e no
he sentido así. Sólo que . . . he t r a t a d o de decírtelas, pero te ofen- las quiero admitir d e n t r o de m í , ¿entienden? El a s u n t o está t o d o
diste y por dos o tres días ni me miraste la cara. Entonces abandoné ahí. Quererlas admitir d e n t r o de mí me provoca ansiedad. Y así es-
el asunto. tallo hacia afuera.
162 TERAPIA FAMILIAR
¿ R E S O L U C I Ó N DE L S Í N T O M A O C A M B I O D E L S I S T E M A ? 163

3. Hacia una demarcación más neta de los límites generacionales t o d o s , incluidos la mujer y el hijo. U n o de los d o s t e r a p e u t a s , en
Si bien Luciano sigue t r a t a n d o de ubicarse c o m o " p r i m e r a c t o r " u n c o l o q u i o individual, l e p r o p o n e u n a c o l a b o r a c i ó n d i r e c t a , c o n
en la sesión, m o n o p o l i z a n d o t o d a v í a la a t e n c i ó n de t o d o s sobre sí, el fin de estimular a Luciano para q u e a s u m a alguna r e s p o n s a b i l i d a d
las resistencias del sistema al c a m b i o parecen m u c h o m e n o s rígidas exterior. La prescripción consiste en q u e falte al t r a b a j o p o r q u i n c e
q u e en la fase inicial de la terapia. La m e n o r rigidez p u e d e relacio- d í a s y asuma en casa un c o m p o r t a m i e n t o i n s ó l i t a m e n t e d e p r i m i d o
narse, sin d u d a , con el h e c h o de q u e los padres lograron c o n q u i s t a r y d e s c u i d a d o , r e h u s a n d o t o d o t i p o de c o m u n i c a c i ó n c o n sus fami-
u n a m a y o r seguridad y un espacio c o n c r e t o para e n f r e n t a r las reali- liares.
d a d e s propias de la pareja, no sólo en la sesión, sino t a m b i é n en la Al p r e s e n t a r l e la prescripción el t e r a p e u t a le a n t i c i p a q u e p r o b a -
vida cotidiana. A u n q u e en los ú l t i m o s t i e m p o s los s í n t o m a s de Lu- b l e m e n t e no le será difícil d e p r i m i r s e , p o r q u e al p a s a r q u i n c e d í a s
ciano h a n " a u m e n t a d o " d e c i d i d a m e n t e , p a r e c e n , e n t o d o caso, c o m p l e t o s e n casa p o d r á t o m a r c o n c i e n c i a d e a s p e c t o s i m p o r t a n t e s
h a b e r p e r d i d o incisividad ( p o r lo m e n o s en lo referente a la impli- y a la vez p e r t u r b a d o r e s r e s p e c t o de los roles y f u n c i o n e s familiares.
cación e m o t i v a en ellos), p e r o sobre t o d o h a n c a m b i a d o de direc- L a iniciativa t e r a p é u t i c a n o p u e d e n o p r o v o c a r u n a fuerte r e a c c i ó n ,
c i ó n : se p r o y e c t a r o n desde d e n t r o del n ú c l e o , hacia afuera; un sobre t o d o en L u c i a n o , q u e en la siguiente sesión agrede a los tera-
"afuera" representado momentáneamente por el equipo terapéu- p e u t a s a los q u e c o n s i d e r a r e s p o n s a b l e s de la e n f e r m e d a d de su pa-
t i c o . Sobre la base de estas consideraciones, los t e r a p e u t a s estudian d r e , c o m u n i c a n d o a l m i s m o t i e m p o s u decisión d e u b i c a r s e c o m o
u n a estrategia q u e empuje a L u c i a n o a adquirir u n a m a y o r a u t o n o - e l e m e n t o válido en el e x t e r i o r ("Si él está r e d u c i d o a este e s t a d o ,
m í a , necesaria para f o m e n t a r u n a d e m a r c a c i ó n m á s n e t a de los lími- me c o r r e s p o n d e a mí t o m a r las riendas de la c a s a " ) -
tes generacionales. Si la t r í a d a ya no es t a n rígida, es decir, si el en-
f r e n t a m i e n t o conyugal ya no es vivido c o m o algo a m e n a z a d o r e L a p r e s c r i p c i ó n , d e c i d i d a m e n t e p r o v o c a t i v a r e s p e c t o del m u c h a -
insostenible p o r t o d o s , s i L u c i a n o y a n o tiene q u e funcionar c o m o c h o , favorece d e u n a m a n e r a insólita, p e r o p o r c i e r t o eficaz, e l c o -
catalizador de las tensiones familiares y p o r lo t a n t o p u e d e p e r d e r mienzo de un proceso de mayor a u t o n o m í a de Luciano, y de una
su rol p r o t e c t o r , parece posible u n a redefinición de las relaciones c o m p l e t a r e e s t r u c t u r a c i ó n de las reglas familiares. L u c i a n o no se
e n t r e los c ó n y u g e s y su hijo. p r e s e n t a a las sesiones de t e r a p i a d u r a n t e un c i e r t o p e r í o d o , p e r o
Por lo t a n t o , nos p r o p o n e m o s fomentar tal p r o c e s o c o n u n a envía a los t e r a p e u t a s , a través de sus p a d r e s , mensajes tranquiliza-
prescripción de desplazamiento de chivo emisario, o sea, practican- dores r e s p e c t o de él, y de i m p l í c i t a c o n f i r m a c i ó n de la línea tera-
do u n a estrategia destinada a transferir m o m e n t á n e a m e n t e las per- p é u t i c a , i n d i c a n d o q u e e l t e r r e n o y a está m a d u r o p a r a e n f r e n t a r
7
turbaciones de Luciano al p a d r e . Para realizar la prescripción, u t i - los p r o b l e m a s de la pareja, sin m á s necesidad de q u e él a c t ú e c o m o
lizamos el ú n i c o á m b i t o de actividad e x t e r n a a la familia q u e reali- i n t e r m e d i a r i o . D e h e c h o , los p a d r e s , y a n o b l o q u e a d o s p o r los s í n -
za el p a d r e , su trabajo, d e s p l a z a n d o artificialmente el p r o b l e m a del t o m a s de L u c i a n o , c o m i e n z a n a a c t u a r sus p r o p i o s c o n t r a s t e s y sus
hijo hacia él. propias conflictualidades m e d i a n t e i n t e r a c c i o n e s m á s d i r e c t a s y
El p a d r e , e m p l e a d o desde hace m á s de veinte a ñ o s en u n a gran m á s a u t é n t i c a s , q u e p e r m i t e n verificar e n c o n c r e t o l a posibilidad
empresa comercial, n u n c a se a u s e n t ó de su trabajo. Su actividad de llegar a un e n t e n d i m i e n t o n u e v o . A u n a m a y o r a u t o n o m í a de
laboral representa u n a zona, quizás la única, de la q u e o b t i e n e n o - Luciano en el e x t e r i o r , c o r r e s p o n d e un r e d e s c u b r i m i e n t o de i n t e r e -
tables satisfacciones y d o n d e es apreciado p o r su c o m p e t e n c i a p o r ses c o m u n e s de la pareja, q u e a h o r a está b u s c a n d o u n a relación
conyugal distinta y m á s a u t é n t i c a . Este es el p e r í o d o en q u e a m b o s
e x p e r i m e n t a n , después de veinte a ñ o s , la posibilidad de estar j u n t o s
7
sin L u c i a n o .
Para un análisis más detallado de esta prescripción remitimos al lector al
capítulo sobre las prescripciones, pág.93 y sigs., donde tratamos ampliamente
el asunto.
164 TERAPIA FAMILIAR ¿RESOLUCIÓN DEL SÍNTOMA O CAMBIO DEL SISTEMA? 165

4. La negociación de autonomías recíprocas El trabajo terapéutico se ve favorecido por la proximidad del


A través de las fases descriptas, la terapia parece encaminarse período estival, que ofrece ocasiones para enfrentar el problema de
hacia el logro de su objetivo central, o sea, la creación de una sepa- la separación de un m o d o concreto, verificable a breve plazo, en la
ración entre las unidades generacionales de la familia. Tal proceso realidad. Luciano anuncia que irá a Cerdeña a visitar a su chica,
de diferenciación, promovido prácticamente por la ausencia de mientras en el mismo período los padres harán un viaje por su
Luciano a varias entrevistas, es reforzado luego por los terapeutas cuenta. Ambos planes resultan absolutamente nuevos para Luciano
que dividen a los padres y al hijo en la sesión, encontrándose sepa- y los padres, que se quedan perplejos y sorprendidos al producirse
radamente también con el muchacho. la emancipación. Es justamente la contemporaneidad de tal sepa-
Las sesiones con Luciano pierden todo tinte provocativo, porque ración lo que favorece que ambos subsistemas p u e d a n iniciar un
él se muestra ahora disponible para una relación distinta que lo camino nuevo, más auténtico; el sistema familiar puede enriquecerse
ayude a consolidar su movimiento de emancipación. Las entrevistas ahora con experiencias y enfrentamientos hasta ahora inusitados,
versan sobre su trabajo, nunca interrumpido después de la depresión con un efecto liberador para los tres, lo que permite que haya u n a
paterna, sobre los amigos y sobre la chica con la que ha iniciado mayor armonía del núcleo y una participación más efectiva en el
una relación sentimental, y más generalmente sobre su m o d o de contexto social.
enfrentarse con la realidad. Pese a que oscile con frecuencia entre
una valoración grandilocuente de sí mismo y una escasa estimación
de sus reales capacidades para ubicarse de un m o d o válido entre
5. Cuatro años después
sus coetáneos, sin embargo ahora es Luciano mismo el que busca
La terapia concluyó con el verano, después de alrededor de o c h o
su espacio de adolescente para enfrentar sus problemas de madura-
meses. La familia permaneció en c o n t a c t o con u n o de los terapeu-
ción individual, perdiendo progresivamente su rol de chivo emisario
tas, con entrevistas periódicas (más o menos u n a p o r a ñ o ) destina-
de la familia.
das a recibir informaciones sobre la marcha general de la familia y
La pareja, superado el temor de la intimidad y la consiguiente a verificar en el tiempo la estabilidad de los cambios iniciados du-
confusión de roles y competencias generacionales, está en condi- rante la terapia. El terapeuta asumió en estas sesiones la fisonomía
ciones de enfrentar un problema que hasta pocos meses atrás pare- de un amigo de la familia interesado en conocer las etapas evoluti-
cía insuperable: el relativo a una reestructuración familiar que de- vas del grupo familiar. Con él Luciano habla abiertamente de su
vuelva a Luciano a su lugar de hijo y a la pareja a su espacio conyu- chica sarda y de las costumbres de la isla, mientras los padres refie-
8
gal. Ahora es posible una geografía familiar distinta: los padres ren con orgullo sus viajes por la alta m o n t a ñ a .
son los que toman la iniciativa en este sentido, de m o d o que Lucia-
Personalmente he vuelto a ver a la familia a c u a t r o años de dis-
no pueda abandonar también físicamente el cuarto matrimonial,
tancia desde la finalización de la terapia. La familia ha aceptado
permitiendo al padre retomar su lugar. También el muchacho par-
con buena disposición este e n c u e n t r o , en el curso del cual cada
ticipa activamente en el proceso de redefinición de las autonomías
uno recordaba con extrema claridad las etapas fundamentales de la
recíprocas: ahora ya no tiene miedo de dormir solo, más aun, rei-
terapia y el e m p e ñ o de todos en alcanzar los objetivos terapéuticos.
vindica su espacio incluso en casa, ya que los padres también exigen
Recordando los tiempos en que Luciano monopolizaba la atención
el suyo de un m o d o claro y decidido.
con la participación cómplice de sus padres, me impresionó la dis-
tinta modalidad de disposición del grupo familiar, caracterizada
ahora por el respeto y la estimación recíproca. Interrogados sobre
Anteriormente había fracasado todo intento de enfrentar el problema los hechos más significativos de esos cuatro años, los padres comien-
del "dormir", porque surgía más de la ansiedad de los terapeutas que del exac- zan hablando de sí mismos, de sus relaciones, que sienten c o m o
to timing terapéutico. más maduras y vitales. La mujer aparece rejuvenecida y deseosa de
¿RESOLUCIÓN DEL SÍNTOMA O CAMBIO D E L SISTEMA? 167
166 TERAPIA FAMILIAR

comunicar su satisfacción al sentirse más libre y autónoma. El ma- sus miembros y sobre una mayor confianza recíproca. La familia
rido se detiene también sobre la relación conyugal, describiéndola se presenta ahora como un conjunto constituido por unidades dis-
como un "reencuentro" después de tanto tiempo, y se muestra de- tintas y diferenciadas. La desviación del enfrentamiento conyugal
cidido y seguro de sí, Luciano es ahora para ellos otro adulto, con y la consiguiente necesidad de un chivo emisario fueron sustituidas
el cual es posible y agradable hablar e interactuar. por la posibilidad de enfrentarse más libremente, en todos los nive-
Luciano se sienta lejos de los padres y habla largamente de los les, y sobre todo por una auténtica emancipación por parte de los
cambios ocurridos en estos años. Se comporta como un joven adulto adultos, incluido Luciano.
capaz de enfrentar las realidades propias de su edad de un modo
autónomo, sin tener ya necesidad de actitudes exhibicionistas o de
dependencia. Habla de una manera tranquila de los acontecimientos SIGNIFICADO RELACIONAL
significativos de los últimos tiempos, mientras los padres lo escu- DEL COMPORTAMIENTO ENCOPRETICO DE ALEX
chan con interés. Describe su actividad laboral en un negocio de
confecciones, interrumpida solamente en ocasión del servicio mili- La familia de Alex fue seguida por el« autor en terapia familiar
tar. Se detiene a hablar de la experiencia militar, terminada desde durante más o menos cuatro meses en la Philadelphia Child Guidance
hace pocos días, respecto de la cual había estado muy preocupado Clinic. En el curso de la terapia se profundizó el significado rela-
al comienzo temiendo no hallarse emotivamente en condiciones de cional del comportamiento encoprético de Alex, que mediante el
sobrellevarla. De hecho, una vez enrolado fue capaz de adaptarse "cuándo" y el " c ó m o " del variar del síntoma ha indicado el camino
de un modo crítico a una realidad ni fácil ni agradable, de la que hacia el progreso terapéutico y hacia la solución de malestares fa-
salió sin repercusiones negativas. Más aun, esta primera experiencia miliares de otra naturaleza.
lejos de su casa le permitió valorar mejor sus capacidades reales.
Anudó muchas amistades, de las que sus padres hablan con satis-
facción; algunos amigos, licenciados con él, lo invitaron a pasar las COMPOSICIÓN DEL NÚCLEO FAMILIAR
próximas vacaciones de verano en Cerdeña junto con Paola, su chica
sarda. Inmediatamente después del verano deberá tomar servicio La familia se compone de la madre, Bárbara, de 35 años, y de
en el servicio de correos, donde tiene la posibilidad de desarrollar cuatro hijos, Sandra de 13, Alex de 12, Rosalind de 7 y Oliver de 6.
una actividad estable. La idea de un trabajo definitivo, así como Desde hace varios años los padres están separados y el padre, Harold,
más en general el tener que asumir responsabilidades en primera camionero, vive con otra mujer en un barrio periférico de Filadel-
persona, producen indudablemente ansiedad a Luciano; se trata, fia y mantiene relaciones muy saludables con los hijos. La familia,
sin embargo, de preocupaciones que cualquier adolescente podría de raza negra, vive en una zona extremadamente pobre de Filadel-
sentir, es decir, que han perdido todo carácter de extrañeza en un fia. No obstante la situación de estrechez económica, Bárbara hace
sistema familiar sin duda cambiado. todo lo posible para que no falte lo esencial a los niños y parece
En efecto, se ha modificado decididamente el clima emotivo de muy orgullosa de su rol de madre. Ha rechazado la asistencia del
la familia, donde reina ahora un profundo respeto recíproco. Está Welfare (proporcionada por el Estado a las familias pobres) y con
vigente ahora en la familia la filosofía de la abuela materna que, su trabajo (se ocupa de limpieza en locales de una compañía aérea)
como dice la madre, consiste en que cada uno se las arregle por su logra mantener a su familia de un modo digno, lo que permite a
cuenta. La individualización de zonas de autonomía personal ha sus cuatro hijos asistir a la escuela. Los niños, por otra parte, han
permitido sustituir el círculo vicioso de la protectividad, fuente de aprendido a ser autosuficientes y a asumir muchas responsabilida-
notables malestares durante largo tiempo, por una modalidad nueva des cuando la madre está ausente por razones de trabajo.
de relación, fundamentada sobre una mayor conciencia de " s í " en
168 TERAPIA FAMILIAR
¿ R E S O L U C I Ó N D E L SÍNTOMA O C A M B I O D E L S I S T E M A ? 169
ENVIO Y MOTIVACIONES PARA LA TERAPIA FAMILIAR
de juego entre la madre y los niños. En efecto, Bárbara, urgida por
La familia fue enviada p o r un pediatra del hospital infantil a las tareas del trabajo y por las responsabilidades de llevar adelante
quien la m a d r e consultó p o r q u e Alex, desde hace m á s o m e n o s un a la familia, no estaba en condiciones de encontrar pausas de dis-
a ñ o , ha r e c o m e n z a d o a "ensuciarse en los p a n t a l o n e s " varias veces tensión ni momentos para alternar agradablemente con sus hijos.
al día, incluso en la escuela. Por lo demás, el c o m p o r t a m i e n t o de A estos últimos se les requirió entonces que organizaran en la se-
Alex es absolutamente a d e c u a d o a su e d a d : es un chico jovial y sión un juego, que resultó agradable y fue bien recibido incluso por
responsable, q u e nunca tuvo p r o b l e m a s de ninguna clase. Realiza- la madre.
dos una serie de exámenes clínicos en el hospital, t o d o s p o r o t r a Además de promover una actividad. lúdica entre la madre y los
parte negativos, el pediatra aconsejó un breve t r a t a m i e n t o de t i p o niños (éstos dirán después que repitieron el juego también en ca-
familiar en la anexa Child Guidance Clinic. sa), la cosa sirvió para entrar más directamente en contacto con la
familia y para explorar las relaciones a nivel del clan infantil: den-
tro de éste existían de hecho dos subgrupos: el de los grandes,
FASES DE LA TERAPIA Alex y Sandra, y el de los pequeños, Rosalind y Oliver. En reali-
dad, la aparición del comportamiento encoprético había llevado a
Las primeras sesiones se emplearon en explorar más detallada- un estado de confusión en la jerarquía infantil, relegando a Alex al
mente el problema de la encopresis, en comprender qué represen- sector de los pequeños, es decir, de aquellos a los que había que
taba eso para la madre, para Alex y la hermana mayor, Sandra, y cuidar, y trasladando a Sandra al subsistema parental.
en qué medida cada uno estaba dispuesto a colaborar a fin de supe- Partiendo de estas consideraciones traté desde el comienzo de
rar el actual estado de malestar. concertar una alianza con Alex utilizando para ello mis dificulta-
1

Los tres coincidieron en considerar inadecuado y preocupante el des lingüísticas; le pedí que me ayudara a entender algunas expre-
comportamiento encoprético, que no parece tener ninguna motiva- siones del dialecto negro que me resultaban incomprensibles.
ción. Bárbara tenía que asumir un trabajo extra para lavar todos Aceptó la tarea de buen grado, pues se sentía valorado en un rol
los días la ropa interior del chico, pero sobre todo temía que la importante de asesor lingüístico.
perturbación pudiera ser de naturaleza mental. (Esta preocupación La redistribución de competencias en el nivel del subsistema de
pareció más comprensible cuando luego, en una entrevista indivi- los hijos y la alianza con Alex fueron las dos operaciones de rees-
dual, la madre habló de una internación del padre en un hospital tructuración realizadas en esta primera fase. En lo referente a la
psiquiátrico, hecho que remontaba a la época en que ambos aún primera, se empleó en una sesión para verificar las tareas realizadas
vivían juntos.) Las perturbaciones de Alex le ofrecían a Sandra por Sandra y por Alex en casa. Las responsabilidades de la chica
una oportunidad para sentirse aun más vice-mamá y responsable de resultaban netamente mayores que las de Alex, con gran decepción
la marcha de la casa en ausencia de la madre. Alex, por su parte, se de este último. Interrogados sobre cómo evaluaba cada uno esta
mostraba turbado por su propio comportamiento, aparentemente distribución desproporcionada de tareas, ambos coincidieron en
incomprensible, y a raíz del cual experimentaba un sentimiento de preferir una situación de mayor paridad. También Bárbara se ex-
vergüenza porque se daba cuenta de que no correspondía a su edad. presó de la misma manera. Se pidió entonces a los dos que renego-

a) Exploración del subsistema de los hijos y alianza con Alex 1


Es sorprendente la utilidad terapéutica de expresarse con dificultad en
Recogidas las primeras informaciones relaciónales sobre el pro- una lengua extranjera; esto permite al terapeuta fingir que no ha comprendido
blema, la intervención terapéutica tendió inicialmente a crear un cuando quiere subrayar alguna secuencia o interacción importante, además
contexto sereno y jovial en el que pudieran establecerse espacios de promover espontáneamente la colaboración de la familia, siempre dispues-
ta a ayudar al terapeuta en dificultades.
170 TERAPIA FAMILIAR ¿RESOLUCION D E L SÍNTOMA O CAMBIO D E L SISTEMA? 171

ciaran en la sesión sus responsabilidades, sobre t o d o en lo referente b u í a a favorecer la necesidad de a u t o n o m í a de Alex, hacía q u e la
al cuidado de Rosalind y Oliver en ausencia de la m a d r e , mientras perturbación resultara cada vez más intolerable. Le dije al chico
esta última debía actuar como mediador imparcial en esta redistri- que en este p u n t o , visto el secreto de nuestro programa, era insos-
bución de tareas. Durante varias sesiones sucesivas se discutieron tenible que la madre siguiera lavando su r o p a interior c o m o se ha-
luego los resultados obtenidos en casa. ce con un n i ñ o p e q u e ñ o . Coincidimos entonces en un plan q u e
Esta operación de reestructuración no t a r d ó en dar los primeros presentaríamos a Bárbara: ella t e n d r í a que enseñarle a Alex c ó m o
frutos: Bárbara ofreció su plena cooperación en la terapia p o r q u e lavar su ropa, m a n u a l m e n t e o en lavarropas, y despreocuparse de
sentía que recibía una ayuda efectiva respecto de los hijos, a u n q u e su ropa sucia. La m a d r e a c e p t ó de buen grado y Alex luego mejo-
ésta no abordara aún el problema por el que h a b í a pedido la inter- ró. Después discutimos sobre las posibilidades q u e aún le q u e d a b a n
vención. Al actuar como arbitro imparcial proporcionaba en últi- a la madre de controlar la p e r t u r b a c i ó n de su hijo (le bastaba, en
ma instancia un refuerzo positivo a Alex, que resultaba revalora- realidad, observar c u a n d o el chico lavaba su r o p a interior para ver
d o , y a la vez un sano redimensionamiento de las obligaciones de que se h a b í a ensuciado de n u e v o ) , y llegamos a la conclusión de
Sandra, que en caso contrario corría el riesgo de asumir un rol de- que la única manera de resolver la dificultad consistía en que Alex
masiado exigente, casi maternal, y p o r lo t a n t o dañino para su cre- lavara su ropa t o d o s los días, incluso c u a n d o no se ensuciaba, de
cimiento de adolescente. m o d o que la madre perdiera c o m p l e t a m e n t e el rastro. Esta le pare-
La alianza con Alex, en este p u n t o , se selló de un m o d o un p o c o ció a Alex u n a solución extraordinaria, y de h e c h o reforzó los p r o -
singular. En el curso de las sesiones sucesivas separé a la familia, re- gresos ya logrados. Si bien a primera vista ésta p o d í a parecer u n a
servándome tiempo para tener breves coloquios individuales con el tarea "punitiva", tenía sin embargo el significado pragmático de
alentar a Alex a superar el p r o b l e m a adquiriendo m a y o r confianza
m u c h a c h o . Le ofrecí mi ayuda para resolver el problema de la en-
en sí mismo.
copresis, a condición de que la cosa quedara en secreto entre él y
y o : a Alex se le iluminó el rostro y se m o s t r ó m u y complacido p o r
Una estrategia provocativa respecto del s í n t o m a resultó en m u -
la propuesta. Entonces le prescribí que llevara un diario personal
chos casos un factor d e t e r m i n a n t e para la superación de p e r t u r b a -
d o n d e anotara día a día cuándo y c ó m o le o c u r r í a ensuciarse. En
ciones incluso graves de niños y adolescentes. Es decir, se trata de
el curso de las entrevistas sucesivas debía traerlo consigo; lo anali-
una modalidad de enfoque del p r o b l e m a en la q u e se halla i n d u d a -
zaríamos j u n t o s para tener un cuadro c o m p l e t o de la situación.
blemente presente un elemento de desafío p o r p a r t e del t e r a p e u t a
En pocas semanas disminuyó progresivamente la magnitud del
respecto del c o m p o r t a m i e n t o p e r t u r b a d o , y al m i s m o t i e m p o u n a
problema: por una parte, se había modificado de hecho el signi-
acción constante de valorización de la persona m e d i a n t e un traba-
ficado afectivo del síntoma, que ya no era realizado para la fami-
jo de aliento y de refuerzo de t o d o s los aspectos positivos presen-
lia, sino que representaba más bien el p r e t e x t o para establecer un
tes en ella. También en el caso de Alex la alianza terapéutica, cen-
pacto secreto con un adulto privilegiado, respondiendo así a las
trada inicialmente sobre el p r o b l e m a emergente, se trasladará p r o -
primeras exigencias de un espacio privado, propias de la fase prea-
gresivamente a los planos más i m p o r t a n t e s de la p r o b l e m á t i c a re-
dolescente; por otra parte, la amplificación del síntoma, del que se
lacionada con la adolescencia, u n a vez e n t e n d i d o lo q u e el s í n t o m a
hablaba c o m o se puede hablar de un programa de trabajo, con h o - 2
representaba.
rarios, plazos, intensidad, etcétera, terminaba paradojalmente ridi-
culizándolo y haciéndolo cada vez más insostenible, a la vez que
iba dejando espacio para nuevos contenidos q u e se p o d í a n ofrecer 2
Me interesa de nuevo subrayar qué importante es en terapia relacional
a la relación.
comprender el significado metafórico del síntoma y su función de indicador
Pero el verdadero golpe de gracia que sufrió el s í n t o m a se pro- del progreso terapéutico y del camino a recorrer para alcanzar el objetivo fi-
dujo a raíz del plan de las tareas de limpieza, que si bien contri- nal de la terapia.
172 TERAPIA FAMILIAR ¿RESOLUCION DEL SÍNTOMA O CAMBIO DEL SISTEMA? 173

b) De la encopresis al problema de la familia miento de culpa. Alex participó en la entrevista con particular in-
El mejoramiento sintomatológico de Alex se encuadra en una terés, evidenciando implícitamente el deseo de reanudar el con-
dimensión sistémica: la alianza con Alex y la estrategia provocativa tacto con el padre. Sandra se m o s t r ó m u y cerca de la madre y
descripta sólo representaban una parte de un plan más amplio, que compartió sus emociones. Oliver y Rosalind, al c o m p r e n d e r que el
había requerido ante todo una redistribución de los límites y res- padre ya no estaba en el hospital se manifestaron c o n t e n t o s , pero
ponsabilidades a nivel del subsistema infantil, y que debía comple- entonces no supieron explicarse p o r qué no iba a verlos.
tarse ahora con un trabajo de reestructuración en el nivel parental. En este p u n t o resulta claro el significado relacional de la enco-
En este caso las cosas se habían complicado por el hecho de que presis y su función de campana de alarma respecto de un malestar
los padres vivían desde hacía tiempo separados, pero no obstante profundo que la familia experimentaba a diversos niveles desde ha-
ello la terapia debía dirigirse ahora hacia Bárbara, para analizar cía tiempo, aunque nunca lo hubiera enfrentado abiertamente. La
más a fondo la situación de los adultos. He aquí algunos elementos disminución misma del síntoma, aun no desaparecido del t o d o , pa-
importantes surgidos de algunos coloquios individuales con Bárba- recía indicar que el camino terapéutico era j u s t o , p e r o que aún ha-
ra. bía trabajo que hacer. El problema ya no era la encopresis, sino
más bien la exigencia de encontrar un remodelamiento de las rela-
Se tuvo primero una confirmación implícita del mejoramien-
ciones familiares más satisfactorio para todos.
to de Alex, porque Bárbara se mostraba visiblemente aliviada y
Esto pareció confirmado de un m o d o explícito d u r a n t e una se-
ya ni siquiera aludía al problema de la encopresis. Parecía más
sión en la cual Alex se mostró m u y adulto y deseoso de encontrar
bien buscar ayuda para sí misma, y se la ofrecimos en seguida.
un espacio distinto en la familia. Examiné con la m a d r e las posibi-
Surgieron así algunos de sus conflictos: en particular, una rela-
lidades de fomentar una nueva modalidad relacional entre el padre
ción amorosa establecida desde hace tiempo con un hombre, le
y los hijos, sin implicarla de ninguna manera a ella en un nivel con-
hacía abrigar un profundo sentimiento de culpa hacia los niños.
yugal, ya definitivamente concluido. Mediante la realimentación
Por una parte, sentía la necesidad de un afecto y de un sostén per-
de una relación positiva entre padre e hijos, a Bárbara le habría sido
sonal, y por otra no quería que los hijos pudieran reprocharle no
más fácil aceptar su propio vínculo con el o t r o h o m b r e sin sentirse
haberlos educado con todas sus energías. Surgió también el proble-
culpable por ello. Bárbara consintió, aunque t e m i e n d o que el mari-
ma del marido, por el cual no sentía ya ningún interés, pero cuya
do no estuviera dispuesto a encontrarse con los niños c o m o no lo
falta sentían los niños, sobre t o d o Alex. A las preguntas de sus hi-
había estado en el pasado, y que esto pudiera repercutir negativa-
jos respecto del padre respondía siempre con evasivas, y hacía lo
mente en los hijos.
mismo con respecto a la internación de éste en un hospital psi-
Consideré que Alex era la persona más indicada para t o m a r con-
quiátrico, utilizada a menudo c o m o pretexto para justificar la au-
tacto con el padre: me encontré así con él en el bar de la Child
sencia de casa.
Guidance y le pregunté si p o d í a rastrear al padre e invitarlo a una
Pregunté entonces a Bárbara si no consideraba que los hijos eran sesión en presencia de los chicos. Alex se m o s t r ó casi incrédulo an-
bastante grandes como para poder hablar con ellos de una manera te la propuesta y me confió con orgullo que sabía d ó n d e se encon-
más exhaustiva y directa acerca del padre. La madre aceptó la pro- traba el depósito de los camiones en que trabajaba el padre. Este
puesta y en una entrevista sucesiva ella y los hijos hablaron abierta- aceptó la invitación de Alex y a la semana siguiente se produjo el
mente del padre. Se redimensionó así la historia del hospital psi- encuentro con los hijos. Le expliqué sumariamente la marcha de la
quiátrico y tanto Bárbara como los niños se mostraron interesados terapia y las motivaciones que habían llevado a la propuesta de
y respetuosos de sus recíprocos sentimientos. A la madre esta ma- convocarlo.
yor confianza debió costarle indudablemente m u c h o en un plano Harold manifestó que había aceptado con g u s t o ; se m o s t r ó muy
emotivo, pero terminó teniendo un efecto liberador de su senti- afectuoso con los niños, aunque decididamente i n c ó m o d o por su
174 TERAPIA FAMILIAR

largo silencio respecto de ellos. La última vez que los había visto BIBLIOGRAFÍA
era casi un año antes, cuando Alex aún no presentaba ninguna
perturbación. Le hice presente que los niños ya habían examinado
Ackerman, N. W.: "Child participation in family therapy". Family Process,
precedentemente algunas de sus expectativas respecto de él, y que
9, 1970, pàgs. 403-410.
estarían dispuestos a expresárselas directamente, si estaba de Alger, J.: "Audio-visual techniques in family therapy", en D. Block (comp.),
acuerdo. Harold se declaró decidido a comprometerse de un m o d o Techniques of family psychotherapy, Nueva York, Crune & Stratton,
concreto y solicitó a los hijos que le presentaran sus aspiraciones. 1973.
Se dedicaron entonces algunas sesiones a negociar j u n t o s nuevas Andolfi.M.: "Paradox in psychotherapy", American Journal of Psychoanalysis,
modalidades de encuentro, con el fin de consolidar el lazo afectivo 34,1974, pàgs. 221-228.
entre padre e hijos. En el curso de éstas los dejé a m e n u d o solos, Andolfi, ML: "I fattori sociologici della farmacodipendenza dei giovani",Dife-
sa Sociale, 3, 1975, pàgs. 3-32.
porque me proponía subrayar con mi ausencia que el compromiso
Andolfi, M.: "A structural approach to a family with an encopretic child"
era entre ellos y no conmigo. La última sesión se dedicó exclusiva- Journal of Marriage and Family Counseling, 4, 1978, pàgs. 25-29.
mente a Harold y Bárbara: esta última había apreciado la partici- Andolfi, M.: "Redefinition in family therapy", American Journal of Family
pación del marido en las sesiones con los hijos y señalado que los Therapy, primavera, 1979.
había visto más contentos después de esos encuentros. Parecía aún Andolfi, M. y Menghi, P.: "La prescrizione in terapia familiare: Parte prima",
escéptica sobre cuánto duraría el compromiso del marido, pero dio Archivio di Psicologia, Neurologia e Psichiatria, 4, 1976, pàgs. 434-456. (a)
Andolfi M. y Menghi, P.: "La terapia con la famiglia",Neuropsichiatria infan-
su consentimiento para llevar adelante el plan. Por mi parte, aun
tile, 180,1976, pàgs. 487-498. (b)
comprendiendo el escepticismo de Bárbara, di también apoyo al Andolfi, M. y Menghi, P.: "La prescrizione in terapia familiare: Parte seconda",
marido, que nunca en el pasado había asumido sus responsabilida- Archivio di Psicologia, Neurologia e Psichiatria, 1, 1977, pàgs 57-76.
des de un m o d o tan claro. Andolfi, M., Stein, D. y Skinner, J.: " A system approach to the child, school,
family and community in an urban area", American Journal of Community
Volví a ver a la familia tres meses después de concluida la tera-
Psychology, diciembre de 1976.
pia, en una entrevista domiciliaria antes de que yo volviera a Italia,
Anzilotti, J. y Giacometti, K.: "Presentation to the Italian translation of C.
y un año después recibí una carta de Alex. La encopresis había de- Whitaker, 'Psychotherapy of the absurd'", Terapia Familiare, 1, 1977,
saparecido. Alex veía a su padre domingo por medio, cuando éste pàgs. 111-113.
estaba de turno en el depósito de los camiones. Bárbara había Aponte, H. J.: "Psychotherapy for the poor: An eco-structural approach to
encontrado un nuevo trabajo menos pesado y más remunerativo y treatment", Delaware Medical Journal, marzo de 1974.
seguía su relación amorosa, de la que había puesto al corriente tan- Aponte, H. J.: "The family-school interview: An eco-structural approach",
Family Process, 15,1976, pàgs. 303-312.
to a Sandra como a Alex. El padre había cumplido los compromi-
Auerswald, E. H.: "Interdisciplinary vs. ecological approach", Family Process,
sos pactados con los hijos y se sentía m u y gratificado por las visi- 7, 1968, pàgs. 202-215.
tas periódicas de Alex, al que estaba enseñando a reparar camio- Auerswald, E. H.: "Families, change and the ecological perspective", en A.
nes. Ferber, M. Mendelsohn y A. Napier (comps.), The book of family therapy,
Nueva York, Science House, 1972.
Barten, H. H. y Barten, S. S.: Children and their parents in brief therapy,
Nueva York, Behavioral Publications, 1973.
Basaglia, ¥.: L'istituzione negata, Torino, Einaudi, 1968.
Bateson, C: Steps to an ecology of mind, Nueva York, Ballantine Books, 1972.
Bateson , C, Jackson, D. D., Haley, J. y Weakland, J.: "Toward a theory of
schizophrenia", Behavioral Science, 1, 1956, pàgs. 251-264.
Bernstein, B.: "Language and social class", British Journal of Sociology, 11,
1960, pàgs. 271-276.

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