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e Democracia no Brasil
Processos Desconstituintes
e Democracia no Brasil
Precisamos de uma nova Constituição?
Organizadores:
Gustavo Ferreira Santos
João Paulo Allain Teixeira
Marcelo Labanca Corrêa de Araújo
φ
Diagramação: Marcelo A. S. Alves
Capa: Lucas Margoni
http://www.abecbrasil.org.br
Processos Desconstituintes e Democracia no Brasil: precisamos de uma nova Constituição? [recurso eletrônico]
/ Gustavo Ferreira Santos; João Paulo Allain Teixeira; Marcelo Labanca Corrêa de Araújo (Orgs.) -- Porto Alegre,
RS: Editora Fi, 2018.
920 p.
ISBN - 978-85-5696-433-5
CDD: 340
Índices para catálogo sistemático:
1. Direito 340
Sumário
Apresentação ............................................................................................... 15
1.................................................................................................................... 17
Democratização do acesso à cultura por novos caminhos da propriedade
intelectual na cibercultura
Alexandre Henrique Tavares Saldanha
Ludmila Lina Nascimento Pontes
2 ................................................................................................................... 41
A promoção das bicicletas no ambiente urbano como instrumento de
concretização do direito à cidade acessível, democrática e sustentável.
Alexandre Moura Alves de Paula Filho
Mayara Nunes Medeiros de Souza
3 ................................................................................................................... 61
O princípio da cooperação: elemento que une o código de processo civil de
2015 à constituição federal de 1988.
Alexandre Moura Alves de Paula Filho
4 ................................................................................................................... 77
Supremo tribunal federal entre autonomia política e direitos fundamentais:
o caso da liberação de verbas do fundo penitenciário
Anne Cristine Silva Cabral
André Felipe de Lima Costa
Lysllem Hellem de Oliveira Pessoa de Sá
5 .................................................................................................................. 95
Mulheres com deficiência: a autonomia sobre seus corpos x a esterilização
compulsória
Ariadne Cavalcanti Valença
Thalyne Rose Cavalcante de Queiroz
Victória Regina das Neves Ferreira
6 ................................................................................................................. 119
A legitimação democrática do poder judiciário: contraditório efetivo e dever
de fundamentação das decisões judiciais.
Bonnyeck Mayk Xavier da Silva
Edilisse Maria de Almeida Rodrigues
7 ................................................................................................................. 133
A permanência ininterrupta dos efeitos do protesto notarial do nome do
devedor de pensão alimentícia no brasil como medida de efetivação do dever
constitucional de prestar alimentos
Bruna Maria Jacques Freire de Albuquerque
Aline Inocêncio de Sousa
Lucas Evangelista Costa
8 ................................................................................................................. 151
Transgeneridade, encarceramento e vulnerabilidade: o direito ao
reconhecimento da identidade de gênero como uma questão de direitos
fundamentais
Carlos Henrique Félix Dantas
Manuel Camelo Ferreira da Silva Netto
Ana Beliza Gomes Lima Vasconcelos
9 ................................................................................................................. 169
Geração Z: um ensaio sobre o empoderamento social presente na atual
política brasileira
Carolina Celestina da Silva
Leila Mitzi Rodrigues Nunes
Victor Matheus Santos Nogueira de Souza
10 ............................................................................................................... 183
O poder judiciário e o sujeito adolescente: ranços menoristas e garantias
constitucionais
Carolina Braga Cavalcanti da Cunha
Elaine Barros de Castro Nunes
Érica Babini L. Do A. Machado
Gisele Vicente Meneses do Vale
11 ............................................................................................................... 209
Redes sociais: um novo caminho para a propaganda eleitoral
Catarina de Sá
Luana Paiva
12................................................................................................................ 219
Direito fundamental a acessibilidade
Cynara Moury Fernandes Barros e Silva Ribeiro
José Renato Pereira Ribeiro Filho
13............................................................................................................... 235
Itinerário da juristocracia brasileira
Edson João de Luna
14 .............................................................................................................. 249
Reforma trabalhista e a extinção da contribuição sindical: manutenção das
entidades e neopeleguismo, pontos para discussão
Emelly Moura da Silva
Fábio Túlio Barroso
15 ............................................................................................................... 265
Pactos quanto à jornada de trabalho após a reforma trabalhista: retrocesso
no constitucionalismo social?
Felipe da Costa Lima Moura
Fábio Túlio Barroso
16............................................................................................................... 285
Inconstitucionalidade por vício de formação de vontade nas votações do
congresso nacional
Fellipe Domingues de Barros Freitas
Letícia Varela de Aragão Farias
17 ............................................................................................................... 299
Protagonismo dos tribunais constitucionais na legalização das uniões entre
pessoas do mesmo sexo: um estudo comparado entre as experiências
brasileira e colombiana
Gustavo Pires de Carvalho
18 ............................................................................................................... 313
Intercâmbio de informações fiscais no âmbito internacional: a necessidade
de harmonização entre o combate à elusão fiscal e a proteção dos direitos
fundamentais dos contribuintes no Brasil
Idalina Cecília Fonseca da Cunha Hinrichsen
19............................................................................................................... 327
Tráfico de drogas e mulheres: entre autoritarismos, seletividades e
permanências
Iricherlly Dayane da Costa Barbosa; Érica Babini L. do A. Machado
20 .............................................................................................................. 347
Tratamento jurídico fornecido aos transgêneros à luz da jurisprudência do
STF
Isabella Torres Monteiro
Luís Felipe Andrade Barbosa
Rayanne de Moura Medeiros
21............................................................................................................... 363
O Princípio do Contraditório nas Ações Possessórias: análise da
constitucionalidade do artigo 557 do Código de Processo Civil
João Carlos Rangel Moreira Filho
22 ...............................................................................................................375
Um diálogo sobre garantismo diante de uma proposta “pós garantista” em
matéria penal e processual penal ..............................................................375
João André da Silva Neto
Thalita Bezerra Souto Maior
Pedro Henrique Ramos Coutinho dos Santos
23 .............................................................................................................. 385
Endividamento dos estados e federalismo fiscal: uma análise sob a
perspectiva da auditoria cidadã da dívida pública
José Lafayette Pires Benevides Gadelha
24 ............................................................................................................... 415
A situação do negro no brasil à luz dos conceitos de igualdade, desigualdade
e diferença e uma análise da ADPF 186
José Lafayette Pires Benevides Gadelha
25 .............................................................................................................. 435
Direito a visita íntima durante o cumprimento da pena privativa de
liberdade
João Firmo Neto
José Lafayette Pires Benevides Gadelha
Keoma Polyenne Mariz Rodrigues
26 .............................................................................................................. 455
Notas sobre o controle judicial do mérito das políticas públicas de saúde:
mínimo existencial, reserva do possível e eficiência administrativa
Flávia Danielle Santiago Lima
José Lázaro Alfredo Guimarães Neto
27 .............................................................................................................. 469
O sindicato como protagonista das relações coletivas
Juliana Teixeira Esteves
Amaro Clementino Pessoa
28 .............................................................................................................. 503
Sigilo bancário: o liame entre as garantias constitucionais do cidadão e uma
arrecadação fiscal justa
Kamilla Michiko Yazawa
29 .............................................................................................................. 523
Direito fundamental de acesso à justiça no Supremo Tribunal Federal
Laís Mattoso
Sergio Torres Teixeira
30 ...............................................................................................................535
Negociado sobre o legislado e a desconstrução do direito do trabalho
Lara Raquel Paulino de Brito
Fábio Túlio Barroso
31............................................................................................................... 549
A anistia e o direito ao esquecimento: uma perspectiva brasileira a partir do
caso Ustra
Luiz Cláudio Cardona
Daniel Guedes Silva Daher
32 ...............................................................................................................567
Reflexos da transnacionalização no direito constitucional contemporâneo
Maria Clara Cruz de Albuquerque
Luísa Castelo Branco Nejaim
33 ............................................................................................................... 581
Análise crítica sobre as razões da instituição do foro por prerrogativa de
função
Maria Helena Lemos do Monte Câmara
34 .............................................................................................................. 593
Cultura policial e direitos fundamentais: paradoxos para o adolescente em
conlfito com a lei
Érica Babini L. do A. Machado
Maria Júlia Moura
35 .............................................................................................................. 607
Vitimização Secundária e Lei Maria da Penha: um grito em silêncio no
processo penal
Maria Júlia Poletine Advincula
36 ............................................................................................................... 621
Política e ativismo judicial: intervenções judiciais nas regras do jogo
democrático
Glauco Salomão Leite
Marina Falcão Lisboa Brito
37 .............................................................................................................. 639
Análise das adis 1351 e 1354: o Supremo Tribunal Federal como corte
contramajoritária?
Marina Falcão Lisboa Brito
38 .............................................................................................................. 653
Democracia judicial e estado de direito: Uma crítica ao ativismo judicial na
ADI 5.081/DF
Glauco Salomão Leite
Marina Falcão Lisboa Brito
Matheus Bezerra de Moura Lago
39 .............................................................................................................. 669
Quanto custa o acesso à justiça? A arbitragem como opção à solução de
conflitos tributários
Mayara Nunes Medeiros de Souza
40 .............................................................................................................. 685
Doutrina da proteção integral na realidade brasileira sob uma perspectiva
decolonial: discricionariedade convertida em autoritarismo
Milena Trajano dos Anjos
José Manoel da Mota Silveira
Érica Babini Lapa do Amaral Machado
41 .............................................................................................................. 699
Os conflitos da capacidade civil dos filhos surdos advindos de familias
ouvintes
Mirella Correia e Sá Cavalcanti
42 ............................................................................................................... 719
Judicialização da política ou politização da justiça: Estaria o direito virando
mero artifício de manipulação política? Análise do julgamento histórico da
cassação da chapa Dilma Temer e seus reflexos para o enfraquecimento da
supremacia constitucional
Mirella Luiza Monteiro Coimbra
43 ............................................................................................................... 737
Autocontenção e ativismo judicial: a arguição de descumprimento de
preceito fundamental (ADPF) 402/DF
Pablo Diego Veras Medeiros
44 ............................................................................................................... 751
Interpretação constitucional garantidora dos dissensos conteudísticos:
análise da atuação do STF no caso da Vaquejada
Pedro de Oliveira Alves
45 .............................................................................................................. 763
O outro lado da questão: análise do conceito de justiça fiscal na despesa
pública
Priscila Emanuele Falcão de Oliveira Menezes
46 ............................................................................................................... 775
A concretização da tutela do direito fundamental do consumidor no plano
estadual brasileiro
Renata Gonçalves Perman
47 ...............................................................................................................795
Jurisdição constitucional e independências entre os poderes: a ADPF 442 e a
crise legislativa
Ricardo Côrte Real Braga Filho
Glauco Salomão Leite
48 .............................................................................................................. 805
Juristocracia e proteção das minorias
Ricardo Côrte Real Braga Filho
Glauco Salomão Leite
49 ............................................................................................................... 817
Medidas provisórias no estado democrátivo de direito: um instrumento para
implementação de políticas públicas
Rosane Andréa Tartuce
Roberto Correia da Silva Gomes de Caldas
50 .............................................................................................................. 837
Soberania e território em processos de (des) construção: caminhos para a
justiça no século XXI em termos de escala global
Rosa Maria Freitas do Nascimento
Arthur de Oliveira Xavier Ramos
Maria Eduarda Matos de Paffer
51 ............................................................................................................... 855
A gênese da teoria do estado de coisas inconstitucional na colômbia: uma
análise à luz da nova separação de poderes
Thays Regina Oliveira Barbosa de Melo
Flávia Danielle Santiago Lima
52 .............................................................................................................. 867
A aplicação dos princípios da insignificância e da proporcionalidade na
política de drogas brasileira
Victor de Goes Cavalcanti Pena
53 .............................................................................................................. 883
(Im)parcialidade do juiz diante da ausência do ministério público à
audiência de instrução: retrocesso ao modelo inquisitório?
Victor de Lemos Pontes
54 .............................................................................................................. 895
Precisamos de uma nova Constituição? La Costituzione “vivente” quale
parametro delle nostre riflessioni
Roberto Pinardi
Apresentação
O presente livro reúne os trabalhos apresentados nos diversos
GTs da edição 2017 do Congresso PUBLIUS que aconteceu entre os
dias 11 e 17 de setembro. O Congresso Publius teve a sua primeira
edição em 2011 sendo realizado anualmente desde então na cidade
do Recife-Pernambuco. O evento é fruto da iniciativa de professores
do Programa de Pós-Graduação em Direito da UNICAP, viabilizando
uma profícua discussão sobre temas emergentes no âmbito do
direito constitucional.
A edição 2017 do Congresso Publius teve como eixo temático
central “Processos Desconstituintes e Democracia no Brasil:
Precisamos de uma Nova Constituição?”. A proposta do evento
consistiu em aprofundar a discussão sobre os processos
desconstituintes em curso no Brasil, abordando os limites externos
e internos de criação do Juiz e a relação entre este e o Legislador. A
problemática teve abordagem no contexto das ações erosivas ao
texto de 1988 e indagando se seria, ou não, necessária uma nova
Constituição.
Os processos desconstituintes atuam desde a promulgação da
constituição, já que ela é um compromisso entre as forças
democráticas e as forças autoritárias. Tais tensões, inerentes à
transição mal-acabada, se intensificaram com as jornadas de junho
de 2013, fazendo com que o debate que se propõe agora ganhe cada
vez mais força e faça-se cada vez mais necessário para descortinar
aspectos que aparentemente fomentam ares de uma crise
institucional como há muito não se via em nosso cenário político-
jurídico.
Ademais, a ideia de Constituição como fruto de um processo
aberto onde diversos intérpretes podem atuar na construção plural
do significado do texto é algo que deve ser trabalhado. Isto porque,
16 | Processos Desconstituintes e Democracia no Brasil
1 Introdução
1
Doutor em Direito pela Universidade Federal de Pernambuco. Professor da Universidade Católica de
Pernambuco e da Universidade de Pernambuco. Membro do grupo de estudos LOGOS.
2
Graduanda em Direito pela Universidade Católica de Pernambuco. Aluna pesquisadora do PIBIC na
mesma instituição.
18 | Processos Desconstituintes e Democracia no Brasil
pagar por aquele valor cobrado pelo titular dos direitos poderá
usufruir da manifestação artístico-cultural em foco.
Se uma pessoa de poucos recursos tiver uma brilhante ideia
com base em uma história, um personagem, uma música de outro
autor, ela só poderá explorar a sua própria ideia se tiver condições
de contratar advogado para pedir autorização a quem detém direitos
autorais, que só liberará mediante pagamento. O que pode não
acontecer e daí a brilhante ideia ou não será desenvolvida, ou seu
criador terá que seguir trilhas que passam por clandestinidade,
pirataria e outras práticas que recebem punição normativa. Deste
simples fato, que pode acontecer inúmeras vezes, surgem
questionamentos como: não seria democrático ter dado
oportunidade para esta pessoa apresentar sua ideia? Será que quem
teve esta ideia não teria um direito fundamental de demonstrá-la e
assim ter sua cota na participação de atividades culturais?
Atualmente, esta questão da detenção do controle de Direitos
Autorais está longe de ser respondida de forma definitiva.
De um lado existem correntes, tanto empresariais quanto
jurídicas, que defendem a manutenção e reforço dos direitos de
controle total a quem detiver a propriedade (a exemplo dos que
arguem por uma revisão “pró-mais fechamento” dos termos
baseados no copyright, principalmente considerando a troca de
conteúdo pela internet), do outro lado há iniciativas empresariais e
movimentos doutrinários que se opõem ao primeiro, defendendo
abertura total, ou parcial, dos direitos autorais patrimoniais (como
o movimento do copyleft, free software etc.).
Neste segundo lado, tanto mais subversivo quanto aos
moldes tradicionais da base normativa dada à propriedade
intelectual, há abolicionistas do direito autoral, como se defendendo
a extinção da propriedade privada do patrimônio cultural, e há
outras que, a despeito de criticar os primeiros, não o fazem de forma
tão radical quanto estes antes mencionados. Nesta posição menos
radical estão aqueles que buscam um sistema alternativo de
detenção de direitos autorais no qual haja a propriedade, mas não
22 | Processos Desconstituintes e Democracia no Brasil
ser pagar pelo direito de criar, e apenas aqueles que podem pagar
têm o direito de criar. (LESSIG, 2005, p. 185).
Por mais definições que lhe caiba, e por mais conceitos a que
esteja associada, a ideia de liberdade está interligada à de
democracia. Isto porque, “Entre os muitos conceitos e categorias do
pensar atingidos pela propagação e arraigamento da democracia e
dos ideais democráticos, está evidentemente a noção de liberdade”.
(SALDANHA, 1969, p. 120).
Porém esta ideia por sua vez não pode ser analisada em
abstrato, sem uma circunstância histórica que lhe dê sentido. “Na
verdade, toda história da liberdade deverá ser história das situações
institucionais de liberdade, permanecendo sempre como algo
aproximativo a compreensão, com base na história das condições,
do sentido próprio da vivência da liberdade” (SALDANHA, 1969, p.
120). E ainda:
5 Considerações Finais
6 Referências
DOUZINAS, Costas. O fim dos direitos humanos. São Leopoldo: Unisinos, 2009.
LESSIG, Lawrence. Cultura Livre: como a Grande Mídia usa a tecnologia e a lei
para bloquear a Cultura e controlar a criatividade. São Paulo: Trama,
2005.
ORTEGA Y GASSET. A rebelião das massas. São Paulo: Martins Fontes, 2007.
SARLET, Ingo Wolfgang. A eficácia dos direitos fundamentais: uma teoria geral
dos direitos fundamentais na perspectiva constitucional. Porto Alegre:
Livraria do Advogado, 2012.
2
1. Introdução.
1
Mestrando em Direito pela Universidade Católica de Pernambuco. Advogado.
2
Bacharela em Direito pela Universidade Católica de Pernambuco. Advogada.
42 | Processos Desconstituintes e Democracia no Brasil
3
O salto populacional foi de 20.956.629 pessoas, com crescimento de 169.799.170 para 190.755.799.
Disponível em:
<http://www.ibge.gov.br/home/presidencia/noticias/imprensa/ppts/0000000847310412201231572748
3985.pdf>
4
Segundo pesquisa mais recente realizada pela Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas,
Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (ABRACICLO). Disponível em:
<http://www.abraciclo.com.br/images/pdfs/producao-mundial.pdf> Acesso em 13 de março de 2015.
Alexandre Moura Alves de Paula Filho; Mayara Nunes Medeiros de Souza | 43
5
Art. 43. Para garantir a gestão democrática da cidade, deverão ser utilizados, entre outros, os
seguintes instrumentos:
I – órgãos colegiados de política urbana, nos níveis nacional, estadual e municipal;
II – debates, audiências e consultas públicas;
III – conferências sobre assuntos de interesse urbano, nos níveis nacional, estadual e municipal;
IV – iniciativa popular de projeto de lei e de planos, programas e projetos de desenvolvimento urbano;
V – (VETADO).
Alexandre Moura Alves de Paula Filho; Mayara Nunes Medeiros de Souza | 47
7
Aqui, merece destaque o caput do art. 182, que dispõe: “A política de desenvolvimento urbano,
executada pelo Poder Público municipal, conforme diretrizes gerais fixadas em lei, tem por objetivo
ordenar o pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade e garantir o bem- estar de seus
habitantes.”. BRASIL. Constituição Federal da República. 1988.
Alexandre Moura Alves de Paula Filho; Mayara Nunes Medeiros de Souza | 55
8
Para melhor tratamento acerca dos benefícios da atividade física no contexto deslocamentos diários,
recomenda-se: SANTOS; BARBOSA; CHENG; WANDERLEY JÚNIOR; BARROS, 2009.
Alexandre Moura Alves de Paula Filho; Mayara Nunes Medeiros de Souza | 57
4. Conclusão.
Referências.
9
Foram citados documentos oriundos de fóruns mundiais que tratam do direito à cidade e propõem
medidas capazes de concretizar este direito, em seus diversos aspectos, a exemplo da mobilidade
urbana.
Alexandre Moura Alves de Paula Filho; Mayara Nunes Medeiros de Souza | 59
6. FÓRUM URBANO MUNDIAL DAS NAÇÕES UNIDAS, 5., 2010, Rio de Janeiro.
Declaração pelo Direito à Cidade como Paradigma para a Existência
de Cidades Democráticas, Justas, Sustentáveis e Humanas. Rio de
Janeiro: ONU, 2010. Disponível em:
<http://www.fenae.org.br/portal/lumis/portal/file/fileDownload.jsp?fil
eId=3DFEE6822964D76B01296535885A7C3D> Acesso em: 14/03/2015.
15. SEN, Amartya. Desenvolvimento como liberdade. São Paulo: Companhia das
Letras, 2007.
3
O princípio da cooperação:
elemento que une o código de processo civil de
2015 à constituição federal de 1988.
1
Mestrando em direito pela Universidade Católica de Pernambuco. Advogado.
62 | Processos Desconstituintes e Democracia no Brasil
2
O formalismo é a expressão do direito processual como ciência própria, independente do direito
material. Entendem por formalismo GOMES NETO e NOGUEIRA: “o plexo de instrumentos e
institutos que delimitam e ordenam as faculdades, deveres dos sujeitos processuais, a organização do
processo e sua marcha para que este atinja seu fim” (2008, p. 330).
64 | Processos Desconstituintes e Democracia no Brasil
3
O autor explica esses modelos, presentes, ora um, ora outro, no CPC de 1973, da seguinte maneira:
“Na primeira hipótese (forma dispositiva ou adversarial), há de maneira mais acentuada a
concorrência (maior participação das partes relativamente à marcha processual, ao passo que no
segundo caso (modelo inquisitorial) é o magistrado, por sua vez, quem desponta como protagonista
(tem maior participação) na condução do mesmo processo onde as partes figuram, d'outra banda,
como coadjuvantes” (ibidem, p. 75)
Alexandre Moura Alves de Paula Filho | 65
4. Conclusões.
Referências.
DIDIER JR., Fredie, BRAGA, Paula Sarno, OLIVEIRA, Rafael Alexandria de. Curso
de direito processual civil: teoria da prova, direito probatório, ações
probatórias, decisões, precedente, coisa julgada e antecipação dos efeitos
da tutela. 10. ed., Salvador: Jus Podivm, 2015. v. 2.
1 Introdução
1
Advogada. Professora Universitária. Doutoranda em Direito – UFPE. Mestre em Direito Político e
Econômico pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Membro da Comissão de Direitos Humanos
da OAB/PE.
2
Advogado. Professor Universitário. Especialista em Direito Constitucional e Direito Eleitoral.
Mestrando em Ciências Jurídicas Políticas pela Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa.
3
Advogada. Professora Universitária. Especialista em Direito Civil e Processual Civil.
78 | Processos Desconstituintes e Democracia no Brasil
4
Importante ressaltar que fora aberta divergência menor pelo Ministro Edson Fachin no sentido de
conceder à União o prazo de 60 dias para se adequar à decisão judicial, divergência essa acompanhada pelos
Ministros Luís Roberto Barroso e Rosa Weber, porém vencidos pela integralidade do voto do relator.
Anne C. S. Cabral; André F. de L. Costa; Lysllem Hellem de O. P. de Sá | 79
3 A problemática jurídica
5
Referência à elaboração teórica de Guido Calabresi e Philip Bobbit na obra Tragic Choices que, em
suma, numa abordagem superficial, pode ser entendida como multiplicidade crescente de obrigações
de entregar política pública versus finitude de recursos levam a escolhas administrativas trágicas no
Estado Social.
Anne C. S. Cabral; André F. de L. Costa; Lysllem Hellem de O. P. de Sá | 81
5 Separação de poderes
6 Ativismo judicial
6
Carlos Alexandre de Azevedo Campos (2015) esclarece que a declaração do “Estado de Coisas
Inconstitucional” se dá na excepcionalidade a fim de retomar o sistema constitucional, para tanto são
necessários que estejam presentes os seguintes pressupostos: omissões estatais estruturais, em regra,
tanto do Poder Legislativo, quanto dos Poderes Executivo e Judiciário, e um quadro de violações
massivas ao sistema constitucional de direitos fundamentais.
90 | Processos Desconstituintes e Democracia no Brasil
7 Conclusão
Referências
CALABRESI, Guido; BOBBIT, Philip. Tragic Choices. Editora Norton & Company.
1ª Edição. New York, 1978. Arquivo de pdf.
Introdução
1
Graduada em Letras, UNICAP. Bacharel em Direito, UNICAP. Advogada.
2
Bacharel em Direito, UNICAP. Cursando Serviço Social, UNICAP.
3
Bacharel em Direito, UNICAP.
96 | Processos Desconstituintes e Democracia no Brasil
1. Conceito
(...) a mulher com deficiência, por este seu duplo aspecto de não
reconhecimento pleno na sociedade, seja em função de gênero, seja
em defunção dos impedimentos sensoriais, físicos, e/ou cognitivos,
com interação com o meio ambiente e a cultura local prevalecente,
tem um plus de vulnerabilidade, necessitando de uma proteção
maior e mais eficaz do Estado (FERRAZ, 2013, p. 404).
Esta lei não se refere apenas a ações para que sejam limitadas
as proles, mas também, ações que possibilitem o exercício da
natalidade (CASTANHO, 2014, p. 67).
3.5. A esterilização
Conclusões
Referências
Araujo, Luiz Alberto David; Costa Filho, Waldir Macieira da. A lei 13.146/2015.o
estatuto da pessoa com deficiência ou a lei brasileira de inclusão da pessoa
com deficiência e sua efetividade. UNIPÊ – Centro Universitário de João
Pessoa. Disponível em: https://periodicos.unipe.br/index.
php/direitoedesenvolvimento/article/view/298. Acesso em: 15 setembro
2017.
_______. Constituição Federal de 1988. Art. 226, § 7º. Disponível em: www.
jusbrasil.com.br/topicos/10644841/paragrafo-7-artigo-226-da-
constituicao-federal-de-1988. Acesso em: 10 agosto 2017.
Diniz, Maria Helena. O Estado atual do biodireito. 9. ed. são Paulo: Editora
Saraiva, 2014.
FERRAZ, Carolina Valença. Manual dos direitos da pessoa com deficiência. São
Paulo: Saraiva, 2012.
Fonseca, Ricardo Tadeu Marques da. o novo conceito constitucional de pessoa com
deficiência: um ato de coragem. Revista do TRT da 2ª Região. São Paulo,
n. 10/2012.
Leite, George Salomão; Leite, Glauber Salomão; Valença Ferraz, Carolina. et al.
Manual dos Direitos da Mulher - Série Idp. São Paulo: editora Saraiva,
2013.
Ariadne C. Valença; Thalyne R. C. de Queiroz; Victória R. das N. Ferreira | 117
Luca, Renata de. Inclusão: Normalização? An. 4 Col. LEPSI IP/FE-USP Oct. 2002.
Disponível em:
http://www.proceedings.scielo.br/scielo.php?pid=MSC00000
00032002000400018&script=sci_arttext. Acesso em: 07 junho 2017.
1. Apresentação temática.
1
Acadêmico de Direito da Faculdade de Direito do Recife da Universidade Federal de Pernambuco
(FDR-UFPE), estagiário da Procuradoria Regional da República da 5ª Região – MPF. Monitor da
cadeira de Direito Processual Civil II
2
Acadêmica de Direito da Universidade Católica de Pernambuco (UNICAP). Estagiária da Defensoria
Pública da União. Voluntária do PIBIC.
120 | Processos Desconstituintes e Democracia no Brasil
Considerações finais
Referências
DIDIER JR., Fredie. Curso de Direito Processual Civil: teoria da prova, direito
probatório, ações probatórias, decisão, precedente, coisa julgada e
antecipação dos efeitos da tutela / Fredie Didier Jr., Paula Sarno Braga
e Rafael Alexandria de Oliveira – 17 ed. - Salvador: Ed. Jus Podivm, 2017
MARINONI, Luiz Guilherme. Novo Curso de Processo Civil: tutela dos direitos
mediante procedimento comum, volume II/Luiz Guilherme Marinoni,
Sérgio Cruz Arenhart, Daniel Mitidiero. – São Paulo : Editora Revista dos
Tribunais, 2015.
Introdução
1
Advogada, Doutora em Direito do Trabalho pela Universidade de Salamanca – Espanha – USAL,
Mestra em Direitos Humanos pela Universidade de Salamanca – Espanha – USAL, Especialista em
Processo Civil pela Universidade Federal de Pernambuco – UFPE, Especialista em Direito do Trabalho,
Direito Ambiental e em Ciências Políticas pela Universidade de Salamanca – Espanha – USAL,
Professora do Núcleo de Práticas Jurídicas da Autarquia do Ensino Superior de Garanhuns – AESGA,
Professora de Direito Civil e Empresarial da AESGA e da UNIFAVIP DeVry, Conselheira da Subseção
Regional de Garanhuns da OAB-PE. E-mail: brunamariaj@gmail.com.
2
Graduanda em Direito pela Faculdade de Direito de Garanhuns – FDG/AESGA. E-mail:
alline.inocencio@hotmail.com
3
Graduando em Direito pela Faculdade de Direito de Garanhuns – FDG/AESGA. E-mail:
lucasaa@bol.com.br
134 | Processos Desconstituintes e Democracia no Brasil
Art. 5º [...]
LXVII - não haverá prisão civil por dívida, salvo a do responsável
pelo inadimplemento voluntário e inescusável de obrigação
alimentícia e a do depositário infiel; (grifo nosso)
Conclusão
Referências
DIAS, Maria Berenice. Manual de Direito das Famílias. São Paulo: Revista dos
Tribunais, 2017.
DINIZ, Maria Helena. Curso de direito civil brasileiro, volume 5: direito de família.
26 ed. São Paulo: Saraiva, 2011.
PIRES, José Paulo Leal Ferreira; PIRES, leda Maria Ferreira. Comentários à nova
lei de protesto cambial e de documentos de dívida (Lei nº 9.492, de
10.9.97). São Paulo: Malheiros, 1998.
Tartuce, Flávio, Impactos do novo CPC no Direito Civil. Rio de Janeiro: Forense;
São Paulo: MÉTODO, 2015.
VENOSA, Sílvio de Salvo. Direito Civil: Família. 17 ed. São Paulo: Atlas, 2017.
8
Transgeneridade, encarceramento
e vulnerabilidade:
o direito ao reconhecimento da identidade
de gênero como uma questão
de direitos fundamentais
Introdução
1
Graduando em Direito pela Universidade Católica de Pernambuco (UNICAP). Integrante do Grupo
Frida de Gênero e Diversidade. Voluntário na Iniciação Científica (PIBIC/UNICAP). E-mail:
carloshenriquefd@hotmail.com
2
Advogado. Mestrando em Direito pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Graduado em
Direito pela Universidade Católica de Pernambuco (UNICAP). Integrante do Grupo Frida de Gênero e
Diversidade. E-mail: manuelcamelo2012@hotmail.com
3
Advogada. Graduada em Direito pela Universidade Católica de Pernambuco (UNICAP). Integrante do
Grupo Frida de Gênero e Diversidade. E-mail: ab.vasconcelos6@gmail.com
152 | Processos Desconstituintes e Democracia no Brasil
4
Segundo as lições de Enézio de Deus (2011, p. 98), transgêneros são indivíduos que
independentemente da orientação sexual ultrapassam as fronteiras de gênero construídas ou
esperadas culturalmente para um ou para outro sexo. Assim, são indivíduos que mesclam nas suas
formas plurais de feminilidade ou masculinidade traços que vão além das questões de gênero comum,
por isso, a expressão “transgênero” pode englobar travestis, transexuais, drag queens, drag kings, os
cross-dressers, os transformistas entre outros(as).
5
A igualdade material não se confunde com a igualdade meramente formal, compreendida pura e
simplesmente como a aplicação de medidas iguais para indivíduos com necessidade diferentes –
medida ineficaz para a tutela jurídica de grupos vulneráveis, no nosso sentir. A igualdade material, por
outro lado, se preocupa em atender, a partir da ótica da diferença e da hipervulnerabilização, a
redistribuição dos recursos sociais, em prol de romper as diferenças. Busca-se garantir em meios
eficazes, assim, as necessidades diferenciadas dos grupos que não são iguais a partir de suas
especificidades; afinal, garantir a mesma prestação jurisdicional para indivíduos que possuem
necessidades diferenciadas não proporcionaria a garantia plena e efetiva de inserção destes indivíduos
no locus de proteção social a que cabe o Estado enquanto garantidor.
154 | Processos Desconstituintes e Democracia no Brasil
6
A adoção do sufixo “ismo” na palavra transexualidade reflete a concepção de patologização da
identidade transexual, a qual ainda hoje é entendida como um transtorno mental e de comportamento.
Carlos H. F. Dantas; Manuel C. F. da S. Netto; Ana B. G. L. Vasconcelos | 155
7
Inclusive, dentro do próprio movimento LGBT, muitas das pessoas transexuais e travestis não se
enxergam como “trangêneros”, pelo que, há debates no sentido de alterar a sigla para LGBTTT, onde
cada um dos três T’s representaria cada uma das identidades trans, quais sejam transexuais, travestis
e transgêneros.
156 | Processos Desconstituintes e Democracia no Brasil
8
A Lei de Execução Penal, Lei n º 7.210/1984, em seu Título IV, Dos Estabelecimentos Prisionais,
mostra-se claramente alicerçada a partir de uma ótica heterocisnormativa e biologizante do gênero,
dividindo as penitenciárias em masculinas e femininas, com base no sexo biológico dos internos, sem
haver disposições específicas no tocante a identidade de gênero desses indivíduos.
9
Em que pese o fato de tal instrumento não possuir força vinculante, cumpre destacar que o Supremo
Tribunal Federal já fez referência aos referidos preceitos no julgamento do Recurso Extraordinário nº
477.554 de relatoria do Ministro Celso de Mello.
Carlos H. F. Dantas; Manuel C. F. da S. Netto; Ana B. G. L. Vasconcelos | 163
Considerações finais
Referências
ALMEIDA, Aline. Evasão escolar entre travestis é bem maior. Flacso na mídia,
Cuiabá, 23 maio 2016. Disponível em: <http://flacso.org.br/?p=15833>
Acesso em 04 dez 2017, às 00:30.
Geração Z:
um ensaio sobre o empoderamento social
presente na atual política brasileira
1. Introdução
que resultou desse conflito foi sentida por gerações e mesmo não
havendo um confronto direto todos podiam sentir a vulnerabilidade
que pairava no mundo. Nos anos que sucederam o fim desse conflito
militar, a política mundial tentou inovar e trouxe a paz como o foco
de sua nova geração de direitos, mas ela não foi a única
consequência dessa transição pois foi nesse espaço de tempo entre
guerras civis, o holocausto e bombas atómicas que uma nova onda
sonora surgiu, a voz popular agora queria ser ouvida e dessa vez ela
também desejava se perpetuar.
A vontade de justiça pode ter sido forte demais ou talvez,
como explica a própria psicologia, a sensibilidade nessa fase da vida
seja maior e por isso foram eles, os jovens daquela época, os mais
influenciados pelos fatos. Existem várias explicações para o
narrativo pós-guerra, mas a que melhor representa esse sentimento
de mudança foi transcrita pelo autor Douglas Coupland em seu
romance Geração X: Contos de uma cultura acelerada. O fato é que
a preocupação dos jovens saiu do espaço da futilidade e alcançou
patamares mais interessados com a política nacional.
restrições e é exatamente por isso que acabou sendo tão bem aceita.
Entretanto, por serem movimentos bem marcantes e com um
objetivo bem delimitado é comum que ocorram ocasionais
consequências sociais, seja pelo que lutam, seja por quem luta.
6. Conclusão
possui muita garra para enraizar de forma mais ativa os seus ideais,
porém não pode-se esquecer que assim como essa já surgiram
muitas outras e por isso tomar atitudes drásticas imaginando ser ela
o término das demais é algo muito perigoso. A geração Z veio para
reativar a ideia de que o poder está nas mãos do povo e foi através
dela que eles conseguiram sentir, mesmo que brevemente, o sabor
da liderança.
Os manifestos e a sede por visibilidade não foram o fim, mas
apenas o começo de mais um ciclo, pois vale ressaltar que do mesmo
jeito que elas findam-se outras gerações são capazes de surgir.
Referências
1. Introdução
1
Graduanda em Direito pela Universidade Católica de Pernambuco – UNICAP. Pesquisadora do
Programa de Iniciação Científica – PIBIC/UNICAP.
2
Graduanda em Direito pela Universidade Católica de Pernambuco – UNICAP. Pesquisadora Bolsista
do Programa de Iniciação Científica – PIBIC/CNPQ.
3
Doutora em Direito Pela Universidade Federal de Pernambuco- UFPE. Professora da Universidade
Católica de Pernambuco - UNICAP
4
Graduanda em Direito pela Universidade Católica de Pernambuco – UNICAP. Pesquisadora do
Programa de Iniciação Científica – PIBIC/UNICAP.
184 | Processos Desconstituintes e Democracia no Brasil
5
É que as formulações da criminologia científica de “inferioridade física e moral contribuíram para
reforçar a ideologia a ideologia dominante e para justificar a desigualdades de uma sociedade que se
proclamava fundamentalmente igual”. DEL OLMO, 2004, p. 45.
186 | Processos Desconstituintes e Democracia no Brasil
6
Art. 227. É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança, ao adolescente e ao jovem,
com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à
profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e
comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração,
violência, crueldade e opressão.
Carolina Cunha; Elaine Nunes; Érica Machado; Gisele Vale | 201
Considerações finais
paternalista do juiz. E, como ele faz parte dessa sociedade, acaba por
ser muito difícil sucumbir ao clamor público.
Porém, cabe ponderar a respeito de qual tipo de justiça se está
buscando, se realmente a está buscando, ou se não há apenas um
sentimento de “vendeta” coletiva, na qual é desenhada uma espécie
de divisão maniqueísta, em que o bem e o mal estão em constante
conflito.
Aparecem os chamados “inimigos sociais”, os quais não são
tidos como verdadeiros seres humanos, valendo-se, assim, de
qualquer meio para que sejam neutralizados. Reflete-se se a
sociedade não estaria numa frenética busca de contenção social,
como na época da difusão da “segurança nacional” na qual existia
um tipo de “inimigo” que precisava ser detido, em vez de um Estado
Democrático de Direito que preza pelo ordenamento vigente.
Referências
COSTA, Cruz. Contribuição à história das ideias no Brasil. 2 ed. Rio de Janeiro:
Civilização Brasileira, 1967.
Carolina Cunha; Elaine Nunes; Érica Machado; Gisele Vale | 205
DEL OLMO, Rosa. A América Latina e sua criminologia. Rio de Janeiro, Revan,
2004.
LOPES JR, Aury; ROSA, Alexandre Morais da. Crise de identidade da "ordem
pública" como fundamento da prisão preventiva. Consultor Juridico. 6 de
fevereiro de 2015. Disponível em: https://www.conjur.com.br/2015-fev-
06/limite-penal-crise-identidade-ordem-publica-fundamento-prisao-
preventiva Acesso em: 21 jan. 2018.
MARTINS, Hélio. Maioridade Penal: Por que 18 anos? Jusbrasil, 2015. Disponível
em:<https://helioflavio.jusbrasil.com.br/artigos/191316975/maioridade-
penal-por-que-18-anos>. Acesso em 28 jan. 2018.
SILVA, José Maurício da. O lugar do pai: uma construção imaginária. Dissertação
(Mestrado) – Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, Programa
de Pós-Graduação em Psicologia. Belo Horizonte, 2007.
Redes sociais:
um novo caminho para a propaganda eleitoral
Catarina de Sá
Luana Paiva
1
Segundo Leonardo Souza: “O apoio de especialistas como Caio Túlio Costa, fundador do Uol, e João
Ramirez, especialista em mídias sociais, a candidata Marina Silva investiu nas suas redes e conseguiu
um grande apoio da juventude e dos internautas, onde se mostrou mais consolidada do que seus
oponentes na internet”.
Catarina de Sá; Luana Paiva | 211
2
“Chama-se de “correia de transmissão” em que os partidos políticos buscam através de constantes
pesquisas, saber as necessidades e desejos das demandas da sociedade”. (GOMES, Neusa Demartini, p.139).
3
Ao fazer criticar a duvidosa eficiência dos “chatbots” Amir Shevat, “Chatbots são bons martelos, mas
nem tudo é prego”
Catarina de Sá; Luana Paiva | 213
4
“Se antes as comunicações políticas eram mais ou menos equilibradas, agora elas são abundantes –
em termos de fontes, variedades de gênero e de dispositivos, localidades e momentos de recepção. A
dominação de um único meio (televisão) deu lugar a uma multiplicidade de plataformas de
comunicação. O que antes era um sistema de comunicação política piramidal, de cima para baixo,
tornou-se uma via de mão dupla, recíproca, que perpassa todos os lares. As relações entre os principais
atores de comunicação foram reconfiguradas. A política em si é hoje situada de outra forma nos
sistemas sociocomunicacionais” (BLUMER, COLEMAN, 2017 p. 2).
214 | Processos Desconstituintes e Democracia no Brasil
5
Giovanni Sartori, em seu artigo “Vídeopolítica” de 2003, comenta sobre a forma de exposição das
informações na televisão agregam pouco conhecimento e impossibilitam a reflexão individual do
espectador - na nossa leitura, acontece o mesmo com a informação disposta na internet, pois mesmo
quando o material é escrito, está disposto num formato imediatista - a dificuldade de filtrar, entre as
informações, as de válida abstração é um dos maiores empecilhos para a eficácia das redes sociais em
agregar conhecimento. As redes sociais, devemos compreender, são um meio amplo de comunicação
entre as pessoas, contando com eventos de viralização de conteúdos e com uma impessoalidade que
somente uma tela de computador poderia conferir a um diálogo direto.
Catarina de Sá; Luana Paiva | 215
Conclusão
Referências
Oliveira, Marlon Lelis. DE OLHO NAS ELEIÇÕES - REGRAS BÁSICAS PARA UMA
CAMPANHA DENTRO DA LEI - ELEIÇÕES 2012. Guarulhos-SP. José Maria
Editores, 2012.
1 Introdução
1
Enfermeira estomaterapeuta com especialização pela Universidade de Pernambuco-UPE, aluna do
Curso de Bacharelado em Direito pela UNICAP
2
Aluno do Curso de Bacharelado em Direito pela UNICAP
220 | Processos Desconstituintes e Democracia no Brasil
4 Considerações finais
Referências
AGÊNCIA IBGE NOTÍCIAS. Pessoas com deficiência: adaptando espaços e
atitudes. 20/09/2017. Disponível em:
<https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/2012-agencia-de-
noticias/noticias/16794-pessoas-com-deficiencia-adaptando-espacos-e-
atitudes.html> Acesso em: 12 nov. 2017.
ARAUJO, Luiz Alberto David; NUNES JÚNIOR, Vidal Serrano. Curso de direito
constitucional. 9. ed. São Paulo: Saraiva, 2005
GABRILLI, Mara. Vozes e sinais da democracia. In.: BRASIL. LBI – Lei Brasileira de
Inclusão. Estatuto da Pessoa com Deficiência. Lei 13.146/15. Disponível
em: <http://maragabrilli.com.br/wp-content/uploads/2016/03/Guia-
sobre-a-LBI-digital.pdf>. Acesso em: 12 nov. 2017
MARTINS, Lilian Pinto. Artigo 2 – definições. In.: RESENDE, Ana Paula Crosara;
VITAL, Flavia Maria de Paiva (Coords.). A Convenção sobre Direitos das
Pessoas com Deficiência Comentada. Brasília: Secretaria Especial dos
Direitos Humanos; Coordenadoria Nacional para Integração da Pessoa
Portadora de Deficiência, 2008.
PAULA, Ana Rita de. Artigo 3 – princípios gerais. In.: RESENDE, Ana Paula
Crosara; VITAL, Flavia Maria de Paiva (Coords.). A Convenção sobre
Direitos das Pessoas com Deficiência Comentada. Brasília: Secretaria
Especial dos Direitos Humanos; Coordenadoria Nacional para Integração
da Pessoa Portadora de Deficiência, 2008.
REZENDE, Ana Paula Crosara de. Artigo 8 – Conscientização. In.: RESENDE, Ana
Paula Crosara; VITAL, Flavia Maria de Paiva (Coords.). A Convenção
sobre Direitos das Pessoas com Deficiência Comentada. Brasília:
Secretaria Especial dos Direitos Humanos; Coordenadoria Nacional para
Integração da Pessoa Portadora de Deficiência, 2008.
Introdução
1
Graduando no Curso de Direito na Associação Caruaruense de Ensino Superior – ASCES – Avenida
Portugal, 584. Bairro Universitário - Caruaru - Pernambuco. CEP: 55016-400. Monitor em Teoria da
Constituição, ministrada pelo Prof. Msc. Fernando Gomes de Andrade e Direito Constitucional I, ministrada
pelo Prof. Msc. Luiz Felipe Andrade. Integrante dos projetos de pesquisas: A grande família: Os clãs políticos
nordestinos no Congresso Nacional, coordenada pelo Prof. Dr. Vanuccio Medeiros Pimentel, O Sistema
Interamericano de Proteção aos Direitos Humanos e o processo de justiça de transição no Brasil, Argentina
e Chile, coordenada pelo Prof. Msc. Emerson Francisco de Assis e Jurisdição Constitucional, coordenada
pelo Prof. Msc. Luis Felipe Andrade Barbosa. Aluno pesquisador do Projeto INICIA: A era Cunha e a
judicialização da agenda legislativa: O STF na encruzilhada do ativismo e da autocontenção; coordenada
pelo Prof. Msc. Luis Felipe Andrade Barbosa. E-mail: edson.luna@hotmail.com.
236 | Processos Desconstituintes e Democracia no Brasil
Juristrocracia brasileira
Considerações finais
Referencias
HIRSCHL, Ran. Towards juristocracy: The origins and consequences of the new
constitutionalism. First Harvard University Press, 2004.
Introdução
1
Graduanda em Direito pela Universidade Católica de Pernambuco. Pesquisadora do Programa
Institucional de Bolsas de Iniciação Científica – PIBIC, UNICAP. Integrante do Grupo de Estudos
Latino-americano de Direitos Humanos – EELAS.
2
Pós-Doutor em Direito pela Universidad de Granada, Espanha. Doutor em Direito pela Universidad
de Deusto, Bilbao, Espanha. Especialista em Direito do Trabalho pela Universidade Católica de
Pernambuco-UNICAP. Presidente Honorário e fundador da Academia Pernambucana de Direito do
Trabalho - APDT. Membro do Instituto dos Advogados Brasileiros - IAB. Membro do Instituto de
Advogados de Pernambuco – IAP. Membro da Asociación Española de Salud y Seguridad Social.
Professor da Universidade Católica de Pernambuco–UNICAP (Graduação e PPGD). Professor da
Faculdade de Direito de Recife - FDR, da Universidade Federal de Pernambuco - UFPE. Professor da
Faculdade Integrada de Pernambuco - FACIPE. Membro do Grupo de Estudos Latino-americano de
Direitos Humanos -EELAS. Advogado. E-mail: fabiotulioadv@gmail.com
250 | Processos Desconstituintes e Democracia no Brasil
3
Decreto-Lei Nº 229, de 28 de fevereiro de 1967.
4
Art. 580. A contribuição sindical será recolhida, de uma só vez, anualmente, e consistirá: (Redação
dada pela Lei nº 6.386, de 9.12.1976) (Vide Lei nº 11.648, de 2008)
I - Na importância correspondente à remuneração de um dia de trabalho, para os empregados,
qualquer que seja a forma da referida remuneração; (Redação dada pela Lei nº 6.386, de 9.12.1976)
Il - para os agentes ou trabalhadores autônomos e para os profissionais liberais, numa importância
correspondente a 30% (trinta por cento) do maior valor-de-referência fixado pelo Poder Executivo,
252 | Processos Desconstituintes e Democracia no Brasil
vigente à época em que é devida a contribuição sindical, arredondada para Cr$ 1,00 (um cruzeiro) a
fração porventura existente; (Redação dada pela Lei nº 7.047, de 1º.12.1982)
III - para os empregadores, numa importância proporcional ao capital social da firma ou empresa,
registrado nas respectivas Juntas Comerciais ou órgãos equivalentes, mediante a aplicação de
alíquotas, conforme a seguinte tabela progressiva: (Redação dada pela Lei nº 7.047, de 1º.12.1982)
5
https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2018/05/desalento-recorde-limita-alta-na-taxa-de-
desemprego-diz-ibge.shtml Acesso em 18 de maio de 2018.
254 | Processos Desconstituintes e Democracia no Brasil
6
38. CONTRIBUIÇÃO SINDICAL - É LÍCITA A AUTORIZAÇÃO COLETIVA PRÉVIA E EXPRESSA PARA
O DESCONTO DAS CONTRIBUIÇÕES SINDICAL E ASSISTENCIAL, MEDIANTE ASSEMBLEIA GERAL,
NOS TERMOS DO ESTATUTO, SE OBTIDA MEDIANTE CONVOCAÇÃO DE TODA A CATEGORIA
REPRESENTADA ESPECIFICAMENTE PARA ESSE FIM, INDEPENDENTEMENTE DE ASSOCIAÇÃO E
SINDICALIZAÇÃO.
II - A DECISÃO DA ASSEMBLEIA GERAL SERÁ OBRIGATÓRIA PARA TODA A CATEGORIA, NO CASO
DAS CONVENÇÕES COLETIVAS, OU PARA TODOS OS EMPREGADOS DAS EMPRESAS
SIGNATÁRIAS DO ACORDO COLETIVO DE TRABALHO. III - O PODER DE CONTROLE DO
EMPREGADOR SOBRE O DESCONTO DA CONTRIBUIÇÃO SINDICAL É INCOMPATÍVEL COM O
CAPUT DO ART. 8º DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL E COM O ART. 1º DA CONVENÇÃO 98 DA OIT,
POR VIOLAR OS PRINCÍPIOS DA LIBERDADE E DA AUTONOMIA SINDICAL E DA COIBIÇÃO AOS
ATOS ANTISSINDICAIS
47 - CONTRIBUIÇÃO SINDICAL: NATUREZA JURÍDICA TRIBUTÁRIA. NECESSIDADE DE LEI
COMPLEMENTAR PARA SUA ALTERAÇÃO
A CONTRIBUIÇÃO SINDICAL LEGAL (ART. 579 DA CLT) POSSUI NATUREZA JURÍDICA TRIBUTÁRIA,
CONFORME CONSIGNADO NO ART. 8º C/C ART. 149 DO CTN, TRATANDO-SE DE CONTRIBUIÇÃO
PARAFISCAL. PADECE DE VÍCIO DE ORIGEM A ALTERAÇÃO DO ART. 579 DA CLT POR LEI
ORDINÁRIA (REFORMA TRABALHISTA), UMA VEZ QUE SOMENTE LEI COMPLEMENTAR PODERÁ
ENSEJAR SUA ALTERAÇÃO
Emelly Moura da Silva; Fábio Túlio Barroso | 255
Considerações finais
Referências
BARROSO, Fábio Túlio. Manual de direito Coletivo do trabalho. São Paulo: LTr, 2010.
DELGADO, Maurício Godinho. Curso de direito do trabalho. 7. ed. LTr: São Paulo,
2008, p. 1350
Disponível em:
<http://www.gostodeler.com.br/curriculo/487/Pedro_Agostinho.html>.
Acesso em: 14 nov. 2017.
Disponível em:
<http://www.stf.jus.br/portal/cms/verNoticiaDetalhe.asp?idConteudo=
231447>. Acesso em: 14 mai. 2018.
Disponível em:
<http://www.stf.jus.br/portal/cms/verNoticiaDetalhe.asp?idConteudo=
373080 >. Acesso em: 14 mai. 2018.
Introdução
1
Mestre em Direito na Universidade Católica de Pernambuco. Graduado em Direito pela Faculdade
Escritor Osman da Costa Lins - FACOL, com Especialização em Direito Público e Privado pela Escola
Superior da Advocacia (ESA) e em Gestão de Pessoas pela Faculdade Osman Lins FACOL.. Professor
Titular de Direito do Consumidor e Coordenador do Núcleo da Prática Jurídica na Faculdade Osman
Lins – FACOL. Advogado. E-mail: felipeclima@hotmail.com
2
Pós-Doutor em Direito pela Universidad de Granada, Espanha. Doutor em Direito pela Universidad
de Deusto, Bilbao, Espanha. Especialista em Direito do Trabalho pela Universidade Católica de
Pernambuco-UNICAP. Presidente Honorário e fundador da Academia Pernambucana de Direito do
Trabalho - APDT. Membro do Instituto dos Advogados Brasileiros - IAB. Membro do Instituto de
Advogados de Pernambuco – IAP. Membro da Asociación Española de Salud y Seguridad Social.
Professor da Universidade Católica de Pernambuco–UNICAP (Graduação e PPGD). Professor da
Faculdade de Direito de Recife - FDR, da Universidade Federal de Pernambuco - UFPE. Professor da
Faculdade Integrada de Pernambuco - FACIPE. Membro do Grupo de Estudos Latino-americano de
Direitos Humanos -EELAS. Advogado. E-mail: fabiotulioadv@gmail.com
266 | Processos Desconstituintes e Democracia no Brasil
pessoas e apresente uma das suas faces mais cruéis, que é a transformação do ser humano em coisa,
não se pode olvidar que o trabalho também era realizado por trabalhadores livres, no sentido de
trabalhadores que não eram legalmente considerados escravos (ALMEIDA e ALMEIDA, 2017, p. 37).
4
Cléber Lúcio de Almeida e Wânia Guimarães de Almeida consideram que o Direito do Trabalho
apenas surge como ramo autônomo do Direito em 1943 com a edição da Consolidação das Leis do
Trabalho. ALMEIDA, Cléber Lúcio de; ALMEIDA, Wânia Guimarães Rabêllo de. Direito do Trabalho e
Constituição. A constitucionalização do Direito do Trabalho no Brasil. São Paulo: LTR, 2017.
5
BRAGHINI, Marcelo. Reforma Trabalhista. Flexibilização das normas sociais do trabalho. São Paulo:
LTR, 2017, p. 32.
6
Amauri Mascaco do Nascimento destaca, ainda, que a greve passou por uma trajetória constitucional
que vai desde “sua omissão na Constituição de 1934, sua proibição em 1934, sua autorização como
direito em 1946, sua proibição nos serviços públicos e atividades essenciais em 1967, até sua ampliação
em 1988”. NASCIMENTO, Amauri Mascaro. Curso de Direito do Trabalho. 26ª ed.. São Paulo: Saraiva,
2011, p. 1242.
7
NASCIMENTO, Amauri Mascaro. Curso de Direito do Trabalho. 28ª Ed. São Paulo: Saraiva, 2013, p. 105
268 | Processos Desconstituintes e Democracia no Brasil
8
Arnaldo Süssekind comenta “que o Decreto Legislativo nº 24.694, expedido por Getúlio Vargas às
vésperas da promulgação da Constituição, frustrou a pluralidade sindical preconizada, ao exigir um
terço do grupo de trabalhadores para a formação do sindicato.” SUSSEKIND, Arnaldo, MARANHÃO,
Délio, VIANNA, Segadas, TEIXEIRA, Lima. Instituições de Direito do Trabalho. 21ª ed. Vol. II. São
Paulo: LTR, 2003, p. 1112
9
SUSSEKIND, Arnaldo, MARANHÃO, Délio, VIANNA, Segadas, TEIXEIRA, Lima. Instituições de Direito
do Trabalho. 21ª ed. Vol. II. São Paulo: LTR, 2003, p. 1111.
10
SILVA, Sayonara Grillo Coutinho Leonardo da. O reconhecimento das Centrais sindicais e a criação
de sindicatos no Brasil: Antes e depois da Constituição de 1988. In: HORN, Carlos Henrique; SILVA,
Sayonara Grillo Coutinho Leonardo (Org.). Ensaios sobre Sindicatos e Reforma Sindical no Brasil.
São Paulo: LTR, 2009, p. 17
11
BRAGHINI, Marcelo. Idem.
12
ALMEIDA, Cléber Lúcio de; ALMEIDA, Wânia Guimarães Rabêllo de. Direito do Trabalho e
Constituição. A constitucionalização do Direito do Trabalho no Brasil. São Paulo: LTR, 2017, p. 105.
13
PAMPLONA FILHO, Rodolfo. Pluralidade Sindical e Democracia, LTR, São Paulo, 1997, pág.. 21.
Felipe da Costa Lima Moura; Fábio Túlio Barroso | 269
14
Cléber Lúcio de Almeida e Wânia Rabêllo destaca ainda que “é neste contexto, inclusive que foi
editado o Decreto n. 8.740, de janeiro de 1946, que alterou a organização sindical brasileira,
restabelecendo a liberdade sindical, como se vê da nova redação que conferiu o art. 511 da CLT, e,
alterando o art. 530 da CLT, afastou a vedação de eleição para cargos administrativos ou de
representação econômica ou profissional, de pessoas que “professarem ideologias incompatíveis com
as instituições ou os interesses da nação. Tal decreto, no entanto, foi revogado pelo Drecreto-lei n.
8.987-A, de fevereiro de 1946, restando restabelecida, assim, a organização sindical estabelecida pela
CLT. ALMEIDA, Cléber Lúcui de; ALMEIDA, Wânia Guimarães Rabêllo de. Direito do Trabalho e
Constituição. A constitucionalização do Direito do Trabalho no Brasil. São Paulo: LTR, 2017.
15
Art 139 - Para dirimir os conflitos oriundos das relações entre empregadores e empregados,
reguladas na legislação social, é instituída a Justiça do Trabalho, que será regulada em lei e à qual não
se aplicam as disposições desta Constituição relativas à competência, ao recrutamento e às
prerrogativas da Justiça comum. A greve e o lock-out são declarados recursos antissociais nocivos ao
trabalho e ao capital e incompatíveis com os superiores interesses da produção nacional. BRASIL, 1937.
CONSTITUIÇÃO DOS ESTADOS UNIDOS DO BRASIL (DE 10 DE NOVEMBRO DE 1937). Disponível
em: < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao37.htm>. Acessado em: 27 de
novembro de 2017.
16
NASCIMENTO, Amauri Mascaro. Curso de Direito do Trabalho. 28ª Ed. São Paulo: Saraiva, 2013. p. 107.
17
BARROSO, Fábio Túlio. Manual de Direito Coletivo do Trabalho, São Paulo, LTr, 2010, p. 63.
270 | Processos Desconstituintes e Democracia no Brasil
25
NASCIMENTO, Amauri Mascaro. Curso de Direito do Trabalho. 26ª ed.. São Paulo: Saraiva, 2011, p.
1248.
26
Ainda sobre o tema Amauri Mascaro Nascimento, destaca que houve a desativação da Comissão de
Enquadramento Sindical – CES tripartite (art. 576 da CLT) a qual era composta por representantes do
governo, das categorias econômicas e das categorias profissionais, por indicação destas e designados
pelo Ministério do Trabalho, com atribuição principal de classificar as atividades econômicas e
profissionais e subdividi-los em um Quadro de Atividades e Profissões. NASCIMENTO, Amauri
Mascaro. Curso de Direito do Trabalho. 26ª ed.. São Paulo: Saraiva, 2011, p. 1248.
27
ALMEIDA, Cléber Lúcio de; ALMEIDA, Wânia Guimarães Rabêllo de. Direito do Trabalho e
Constituição. A constitucionalização do Direito do Trabalho no Brasil. São Paulo: LTR, 2017, p. 117.
28
Sobre a organização sindical disposta na Constituição de 1988, Amauri Mascaro do Nascimento, tece
duras críticas: “Reconheça-se, no entanto, que o sistema de organização sindical que acolheu é
contraditório; tenta combinar a liberdade sindical com a unicidade sindical imposta por lei e a
contribuição sindical oficial. Estabelece o direito de criar sindicatos sem autorização prévia do Estado,
mas mantém o sistema confederativo, que define rigidamente bases territoriais, representação por
categorias e tipos de entidades sindicais”. NASCIMENTO, Amauri Mascaro. Curso de Direito do
Trabalho. 26ª ed.. São Paulo: Saraiva, 2011, p. 1248.
272 | Processos Desconstituintes e Democracia no Brasil
29
SUSSEKIND, Arnaldo, MARANHÃO, Délio, VIANNA, Segadas, TEIXEIRA, Lima. Instituições de
Direito do Trabalho. 21ª ed. Vol. II. São Paulo: LTR2003, p. 1124.
30
CASTRO, Maria do Perpétuo Socorro Wanderley de. Terceirização: Uma expressão do direito
flexível do trabalho na sociedade contemporânea. 2012. 188 f., p. 31 Dissertação (Mestrado em
Direito)- Universidade Católica de Pernambuco, Universidade Católica de Pernambuco, Recife, 2012.
Disponível em:<http://www.unicap.br/tede/tde_arquivos/4/TDE-2012-04-25T160607Z-
482/Publico/dissertacao_maria_do_perpetuo.pdf>. Acesso em: 19 jan. 2018
31
Sayonara Grillo lembra que durante a ditadura militar (1964) era comum verificar frequentes
intervenções sindicais, destituição de diretorias eleitas, prisões e interferências no cotidiano das
entidades, com o objetivo de afastá-las das demandas e questões cotidianas dos trabalhadores. SILVA,
Sayonara Grillo Coutinho Leonardo da. O reconhecimento das Centrais sindicais e a criação de
sindicatos no Brasil: Antes e depois da Constituição de 1988. In: HORN, Carlos Henrique; SILVA,
Felipe da Costa Lima Moura; Fábio Túlio Barroso | 273
Sayonara Grillo Coutinho Leonardo (Org.). Ensaios sobre Sindicatos e Reforma Sindical no Brasil. São
Paulo: LTR, 2009, p. 21.
32
Ibid. p. 22
274 | Processos Desconstituintes e Democracia no Brasil
33
PRADO, Roberto Barreto. Curso de Direito Sindical. 3.ed. São Paulo: LTR, 1991, p.99.
34
SILVA, Sayonara Grillo Coutinho Leonardo da. O reconhecimento das Centrais sindicais e a criação
de sindicatos no Brasil: Antes e depois da Constituição de 1988. In: HORN, Carlos Henrique; SILVA,
Sayonara Grillo Coutinho Leonardo (Org.). Ensaios sobre Sindicatos e Reforma Sindical no Brasil. São
Paulo: LTR, 2009, pp. 15-16.
35
Neste modelo, os sindicatos se constituíam livremente e sem a autorização da lei, bastando apenas
o depósito dos seus atos constitutivos no cartório de registro de hipotecas para gozar de personalidade
civil. BRASIL, 1907. Decreto Nº 1.637, de 5 de janeiro de 1907. Disponível em:
<http://www2.camara.leg.br/legin/fed/decret/1900-1909/decreto-1637-5-janeiro-1907-582195-
publicacaooriginal-104950-pl.html> . Acessado em: 22 de dezembro de 2017.
36
SILVA, Sayonara Grillo Coutinho Leonardo da. O reconhecimento das Centrais sindicais e a criação
de sindicatos no Brasil: Antes e depois da Constituição de 1988. In: HORN, Carlos Henrique; SILVA,
Sayonara Grillo Coutinho Leonardo (Org.). Ensaios sobre Sindicatos e Reforma Sindical no Brasil. São
Paulo: LTR, 2009, p. 16
37
SUSSEKIND assenta opinião no sentido de que não pode o Estado tutela os sindicatos, sob pena de
burocratizar o sindicato. SUSSEKIND, Arnaldo, MARANHÃO, Délio, VIANNA, Segadas, TEIXEIRA,
Lima. Instituições de Direito do Trabalho. 21ª ed. Vol. II. São Paulo: LTR, 2003, p. 1100.
Felipe da Costa Lima Moura; Fábio Túlio Barroso | 275
38
BARROSO, Fábio Túlio. Manual de Direito Coletivo do Trabalho. São Paulo: LTR, 2010b, p. 32.
39
BARROSO, Fábio Túlio. Manual de Direito Coletivo do Trabalho. São Paulo: LTR, 2010b, p. 33.
40
Ibid. p. 129.
41
NASCIMENTO, Amauri Mascaro. Curso de Direito do Trabalho. 26ª ed.. São Paulo: Saraiva, 2011, p. 1305.
276 | Processos Desconstituintes e Democracia no Brasil
42
SUSSEKIND, Arnaldo, MARANHÃO, Délio, VIANNA, Segadas, TEIXEIRA, Lima. Instituições de
Direito do Trabalho. 21ª ed. Vol. II. São Paulo: LTR, 2003, pp. 1150-1151.
43
DELGADO, Maurício Godinho. Direito Coletivo do Trabalho. São Paulo: LTR, 2017, p. 129.
44
NASCIMENTO, Amauri Mascaro. Compêndio de Direito Sindical. 8ª Ed. São Paulo: LTR, 2015, p. 1305.
45
BRASIL, 1943. Decreto-Lei N.º 5.452, de 1º de Maio de 1943. Disponível em: <
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del5452.htm>. Acessado em: 22 de dezembro de 2017.
Felipe da Costa Lima Moura; Fábio Túlio Barroso | 277
46
DELGADO, Maurício Godinho. Direito Coletivo do Trabalho. São Paulo: LTR, 2017 p. 99.
47
Maurício Delgado Godinho pondera, ainda, que os empregadores “são seres com aptidão natural de
produzirem atos coletivos em sua dinâmica regular de existência no mercado econômico e laborativo”.
Esta conclusão tem definição na própria forma de organização coletiva das empresas, como também
no texto legal disponível no art. 611, §1º, que dispensa a participação dos sindicatos na hipótese de
ajuste de acordo coletivo do trabalho, ocasião pela qual as empresas poderão negociar diretamente
com os sindicatos profissionais. DELGADO, Maurício Godinho. Direito Coletivo do Trabalho. São
Paulo: LTR, 2017, p. 99.
278 | Processos Desconstituintes e Democracia no Brasil
48
DELGADO, Maurício Godinho; DELGADO, Gabriela Neves. A reforma Trabalhista no Brasil: Com os
comentários à lei N. 13.467/2017. São Paulo: LTR, 2017, p. 254.
49
Ibid, p. 255.
50
LIMA, Francisco Meton Marques de; LIMA, Francisco Péricles Rodrigues Marques de. Reforma
Trabalhista: Entenda ponto a ponto. São Paulo: LTR, 2017, p. 104.
Felipe da Costa Lima Moura; Fábio Túlio Barroso | 279
51
PÉREZ, José Luis Monereo. La Metamorfosis del derecho del trabajo. Albacere- Espanha: Editorial
Bomarzo S. L, 2017, p. 137.
52
SOUZA JÚNIOR, Antônio Umberto de et al. Reforma Trabalhista: análise comparativa e crítica da
Lei nº 13.467/2017. São Paulo: Rideel, 2017, p. 278.
280 | Processos Desconstituintes e Democracia no Brasil
Conclusão
53
DELGADO, Maurício Godinho; DELGADO, Gabriela Neves. A reforma Trabalhista no Brasil: Com os
comentários à lei N. 13.467/2017. São Paulo: LTR, 2017, p. 258.
54
BRASIL, 1943.
Felipe da Costa Lima Moura; Fábio Túlio Barroso | 281
Referências
ALMEIDA, Cleber Lúcio de; ALMEIDA, Wânia Guimarães Rabêllo de. Direito do
Trabalho e Constituição. A constitucionalização do Direito do Trabalho no
Brasil. São Paulo: LTR, 2017.
BARROSO, Fábio Túlio. Manual de Direito Coletivo do Trabalho, São Paulo, LTr,
2010.
BRASIL, 1943. Decreto-Lei N.º 5.452, de 1º de Maio de 1943. Disponível em: <
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del5452.htm>.
Acessado em: 22 de dezembro de 2017.
DELGADO, Maurício Godinho. Direito Coletivo do Trabalho. São Paulo: LTR, 2017.
LIMA, Francisco Meton Marques de; LIMA, Francisco Péricles Rodrigues Marques
de. Reforma Trabalhista: Entenda ponto a ponto. São Paulo: LTR, 2017.
Felipe da Costa Lima Moura; Fábio Túlio Barroso | 283
PÉREZ, José Luis Monereo. La Metamorfosis del derecho del trabajo. Albacete-
Espanha: Editorial Bomarzo S. L, 2017.
PRADO, Roberto Barreto. Curso de Direito Sindical. 3.ed. São Paulo: LTR, 1991.
1. Introdução
1
Bacharel em direito pela Universidade Católica de Pernambuco e mestrando pela mesma instituição.
2
Graduanda em direito pela Universidade Católica de Pernambuco.
286 | Processos Desconstituintes e Democracia no Brasil
4. Conclusão
5. Referências
COELHO, Fábio Ulhoa. Para entender Kelsen. São Paulo: Saraiva, 2012.
SILVA, José Afonso da. Curso de direito constitucional positivo. São Paulo:
Malheiros Editora, 1990.
1 Notas introdutórias
1
Graduando em Direito pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e vinculado ao programa de
iniciação científica da Fundação de Amparo à Ciência e Tecnologia de Pernambuco (FACEPE). Pesquisador
do Grupo Asa Branca de Criminologia e extensionista do Grupo Robeyoncé de Pesquisa-ação.
300 | Processos Desconstituintes e Democracia no Brasil
5 Considerações finais
Referências
BRASIL. Código civil. Org. Juarez Oliveira. 46 ed. São Paulo: Saraiva, 2002.
BRASIL. Supremo Tribunal Federal. ADI 4277, Relator(a): Min. AYRES BRITTO,
Tribunal Pleno, julgado em 05/05/2011. Diário de Justiça da União.
Brasília, DF, 14 out. 2011. Disponível em:
http://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=AC&docID=6
28635 Acesso em: 10 dez. 2017.
1 Introdução
1
Mestranda em Estado e Regulação pela Universidade Federal de Pernambuco (PPGD/UFPE), pós-
graduanda em Direito Tributário pelo Instituto Brasileiro de Estudos Tributários (IBET) e graduada
em Direito pela Universidade Católica de Pernambuco (UNICAP), com período sanduíche na
Universidad de Salamanca (USAL). E-mail: idalinacfcunha@gmail.com.
314 | Processos Desconstituintes e Democracia no Brasil
pelo projeto Base Erosion and Profit shifting (BEPS)2. Contudo, tal
adesão, desde que bem desenhada e implantada, pode trazer
contribuições importantes para um maior controle sobre os
planejamentos fiscais abusivos de transnacionais, tornando possível
a recuperação dos níveis de arrecadação tributária, tão importante
para a manutenção de um Estado Fiscal saudável.
2
Embora o tema do BEPS seja muito interessante e bastante profícuo para ser trabalhado,
devido à necessidade de delimitação do assunto, ele não será aqui tratado.
322 | Processos Desconstituintes e Democracia no Brasil
6 Considerações finais
Referências
BECKER, Alfredo Augusto. Teoria geral do direito tributário. 5. ed. São Paulo:
Noeses, 2010.
SANCHES, José Luís Saldanha. Justiça Fiscal. Lisboa: Fundação Francisco Manuel
dos Santos, 2010.
TORRES, Heleno Taveira. O Brasil inova como fisco global na luta contra a evasão
fiscal. Jornal GGN, [S.l.], 2015. Disponível em:
<https://jornalggn.com.br/sites/default/files/documentos/heleno_torre
s_-_trocas_de_informacoes_com_eua.2015.pdf>. Acesso em: 2 nov. 2017.
19
1
Graduada em Direito pela Universidade Católica de Pernambuco e integrante do Grupo Asa Branca
de Criminologia.
2
Doutora em Direito pela universidade Federal de Pernambuco – UFPE. Professora da Universidade
Católica de Pernambuco.
328 | Processos Desconstituintes e Democracia no Brasil
3
As oposições políticas continuam a ser perseguidas, no entanto, dentro do regime democrático, essa
perseguição não é organizada diretamente pelo Estado. Formalmente, não é ele que coordena as
violências ilegais cometidas pelos seus agentes.
Iricherlly Dayane da Costa Barbosa; Érica Babini L. do A. Machado | 341
Considerações finais
Referências
FLAUZINA, Ana Luiza Pinheiro. Corpo negro caído no chão: o sistema penal e o
projeto genocida do Estado brasileiro. Rio de Janeiro: Contraponto
Editora, 2008, p. 104.
ZORDAN, Paola Basso Menna Barreto Gomes. Bruxas: figuras de poder. Estudos
feministas, v. 13, n. 2, Florianópolis, maio-agosto, 2005
20
Introdução
1
Acadêmica do Curso de Direito no Centro Universitário Tabosa de Almeida (ASCES-UNITA);
2014101409@app.asces.edu.br
2
Doutorando em Ciência Política e Professor do Curso de Direito no Centro Universitário Tabosa de
Almeida (ASCES/UNITA); luisbarbosa@asces.edu.br
3
Acadêmica do Curso de Direito no Centro Universitário Tabosa de Almeida (ASCES-UNITA);
2014101410@app.asces.edu.br
348 | Processos Desconstituintes e Democracia no Brasil
- Criminalização da homo-lesbo-bi-transfobia;
- Fim da criminalização da homossexualidade (e
consequentemente das punições previstas pelas leis que
criminalizam a prática);
- Reconhecimento da identidade de gênero (que inclui a questão
do nome social);
- Despatologização das identidades trans;
- Fim da “cura gay”;
- Casamento civil igualitário;
- Permissão de adoção para casais homo-afetivos;
- Laicidade do Estado e o fim da influência da religião na política;
- Leis e políticas públicas que garantam o fim da discriminação em
lugares públicos, como escolas e empresas;
- Fim da estereotipação da comunidade LGBT na mídia (jornais e
entretenimento), assim como real representatividade nela.
Considerações finais
Referências
BALAN, Mariana. STF avalia se mudança no registro civil de transexual pode ser
feita sem cirurgia. Gazeta do Povo, 20 de novembro de 2017. Disponível em:
<http://www.gazetadopovo.com.br/justica/stf-avalia-se-mudanca-no-
registro-civil-detransexual-
podeserfeitasemcirurgiaf3ft5kcu7xxvsy3b5allmdlii>. Acesso em: 02 dez. 2017.
1. Considerações Iniciais
1
Graduando em Direito pela FDR-UFPE
364 | Processos Desconstituintes e Democracia no Brasil
6. Considerações Finais
para essas ações no qual a questão da posse seria decidida como uma
tutela provisória, enquanto o debate em torno da propriedade
continuaria até a decisão final (Baptista, 2004).
No entanto, deve-se ponderar que, ao menos nas ações de
usucapião, o espaço cedido pelo contraditório no processo para a
efetividade do provimento jurisdicional pode resultar em um
aumento da conflituosidade no meio social, distanciando a aplicação
do Direito de sua função de pacificação social. Inclusive, quando
consideramos que, em geral, o público que adquire propriedade por
esse meio está nas camadas mais desfavorecidas da população, cuja
capacidade de adaptação às incertezas é deveras difícil, o provisório
pode ser eterno.
7. Referências
ALVIM, José Eduardo Carreira. Teoria Geral do Processo. 16ª ed. Rio de Janeiro:
Forense, 2014.
OLIVEIRA, Carlos Alberto Alvaro de. Comentário ao art. 5º, LV. In:
CANOTILHO, J. J. Gomes; MENDES, Gilmar; SARLET, Ingo; STRECK,
Lenio (Coords.). Comentários à Constituição do Brasil. São Paulo:
Saraiva/Almedina, 2013. Pg. 432-437.
como haver uma cisão entre moral e direito, mas ao mesmo tempo
a moral tem de ser afastada para uma boa compreensão do objeto
da decisão e, mais importante ainda, as consequências para a pessoa
que praticou a conduta definida, em primeira análise (normalmente
a análise da autoridade policial), como criminosa.
Referências
PINHO, Ana Cláudia Bastos de. Para além do garantismo: uma proposta
hermenêutica do controle da decisão penal. Porto Alegre: Livraria do
Advogado, 2013.
PINHO, Ana Cláudia Bastos de. ALBUQUERQUE, Fernando da Silva. O dress code
do garantismo penal de Luigi Ferrajoli. Revista Consultor Jurídico.
Junho de 2017. Disponível em: <https://www.conjur.com.br/2017-jun-
28/opiniao-dress-code-garantismo-penal-luigi-ferrajoli>. Acesso em: 13
fev. 2018.
ROSA, Alexandre Morais da. Constitucionalismo garantista: notas lógicas. In: ROSA
et al. Garantismo, hermenêutica e (neo)constitucionalismo: um debate
com Luigi Ferrajoli. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2012, p. 133-143.
STRECK, Lenio. Aplicar a “letra da lei” é uma atitude positivista? Revista NEJ -
Revista Novos Estudos Jurídicos (Online), vol. 15, n. 1, p. 158-173, jan-abr
2010.
23
1 Introdução
1
Graduado em Direito pela Universidade Federal de Campina Grande. Especialista em Direito
Administrativo e Gestão Pública pelas Faculdades Integradas de Patos. Mestre em Direito pela
Universidade Católica de Pernambuco.
386 | Processos Desconstituintes e Democracia no Brasil
2 Federalismo fiscal
2
Para compreender melhor esses fenômenos históricos, recomenda-se a leitura de A História do
Petróleo (SHAH, 2007).
3
Em 1973, o valor do barril saltou de US$ 3 para US$ 12. Já entre 1979 e 1981, o preço nominal do
barril aumentou de 13 para 34 dólares (SHAH, 2007).
394 | Processos Desconstituintes e Democracia no Brasil
4
Muitos Estados utilizaram desse mecanismo de maneira irregular, violando o princípio da publicidade e
ampliando a interpretação sobre o conceito de “precatório” para emitir mais títulos do que o efetivamente
necessário, de maneira que, através disso, esquivaram-se dos instrumentos de controle recém-inaugurados,
para ampliar o endividamento. Esses fatos desencadearam uma série de denúncias que culminou com a
criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (a conhecida CPI dos Precatórios) que funcionou entre
1996 e 1997, atestando inúmeras ilegalidades e crimes cometidos e enumerando uma série de agentes,
dentre os quais 161 (cento e sessenta e uma) instituições financeiras (FATORELLI, 2013).
José Lafayette Pires Benevides Gadelha | 399
5
Diga-se “inicialmente”, em função das setenta reedições da Medida Provisória do PROES, desde a MP
1.514 (SALVIANO JUNIOR, 2004).
402 | Processos Desconstituintes e Democracia no Brasil
7 Conclusão
Referências
ANDRADE, Cesar Augusto Seijas de. O controle do endividamento público e a
autonomia dos entes da federação. Dissertação de Mestrado, São Paulo,
Faculdade de Direito, Universidade de São Paulo, 2012.
410 | Processos Desconstituintes e Democracia no Brasil
ASSONI FILHO, Sérgio; BLIACHERINE, Ana Carla; ANDRADE, Cesar Augusto Seijas
de. Dívida pública. In: OLIVEIRA, Régis Fernandes de. et. al. (coord.). Lições
de direito financeiro. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2016.
FURTADO, Celso. O ABC da dívida externa: o que fazer para tirar o país da
crise financeira. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1989.
OLIVEIRA, Régis Fernandes de. Curso de direito financeiro. 7 ed. São Paulo:
Revisa dos Tribunais, 2015.
SILVA, José Afonso da. Curso de Direito Constitucional Positivo. 35 ed. São
Paulo: Malheiros, 2012.
1 Introdução
1
Graduado em Direito pela Universidade Federal de Campina Grande. Especialista em Direito
Administrativo e Gestão Pública pelas Faculdades Integradas de Patos. Mestre em Direito pela
Universidade Católica de Pernambuco.
416 | Processos Desconstituintes e Democracia no Brasil
7 Conclusão
Referências
CARVALHO, José Murilo de. Cidadania no Brasil: o longo caminho. 10ª ed. Rio
de Janeiro: Civilização Brasileira, 2008.
SOUZA, Beatriz. 8 dados que mostram o abismo social entre negros e brancos.
Exame.com, nov. 2014. Disponível em
<http://exame.abril.com.br/brasil/noticias/8-dados-que-mostram-o-
abismo-social-entre-negros-e-brancos>. Acesso em 05 Jun. 2016.
TRAMONTINA, Robison; SILVA, Rogério Luiz Néri da. O debate em torno das
cotas raciais como critério para o ingresso no ensino superior:
considerações acerca da Ação por Descumprimento de Preceito
Fundamental (ADPF) 186. Direitos Fundamentais & Justiça, ano 8, nº
28, p. 190-208, jul./set. 2014. Disponível em
<http://www.dfj.inf.br/Arquivos/PDF_Livre/28_Doutrina_Nacional_07.
pdf>. Acesso em 06 Ago. 2016.
1 Introdução
1
Advogado. Graduado em Direito pelo Centro Universitário de João Pessoa. Pós-Graduado em Direito
Penal e Direito Processual Penal pela Fundação Escola Superior do Ministério Público do Estado da
Paraíba – FESMIP-PB.
2
Advogado. Graduado em Direito pela Universidade Federal de Campina Grande. Especialista em
Direito Administrativo e Gestão Pública pelas Faculdades Integradas de Patos. Mestre em Direito pela
Universidade Católica de Pernambuco.
2
Graduanda em Medicina pela Faculdade de Ciências Médicas de Campina Grande.
436 | Processos Desconstituintes e Democracia no Brasil
2 Da dignidade do preso
3
Organismo sanitário internacional integrante da Organização das Nações Unidas (ONU),fundado em
1948 (SÁ JÚNIOR, 2004).
4
Há, porém, muitas críticas até mesmo a essa conceituação mais moderna. Sá Júnior (2004)
compreende que esse entendimento não contempla os outros seres vivos e Segre e Ferraz (1997)
questiona a própria amplitude da noção de “bem estar”.
440 | Processos Desconstituintes e Democracia no Brasil
5
Segundo Rúpolo, Mira e Kantor Junior (1998, p. 433), “a imunoglobulina A (IgA) foi identificada pela
primeira vez em 1959 por Heremans e cols., e está presente no soro e líquidos orgânicos de todos os
mamíferos1. É um monômero composto de glicoproteínas produzido por plasmócitos, quando estes
são estimulados por linfócitos B. Representa 15 a 20% das imunoglobulinas e é dividida em subclasses,
IgA 1 (90%) e IgA 2 (10%). A principal função biológica da IgA é a proteção contra microorganismos
invasores como vírus e bactérias nas superfícies das mucosas, inibindo o mecanismo de aderência
desses às células epiteliais”.
João Firmo Neto; José Lafayette P. B. Gadelha; Keoma P. M. Rodrigues | 441
que ao agente é permitido fazer tudo o que a lei não proíbe. Sendo
assim, apesar de não gozar de previsão legal, tal direito não pode ser
negado, tendo em vista, que não consta em qualquer rol da Lei de
Execuções Penais, ou, outro regulamento legal, a sua expressa
vedação.
3 Considerações finais
Referências
MARCAL, Eliane Subtil. Por que a abstinência sexual não faz bem? Disponível
em <https://www.portaleducacao.com.br/educacao/artigos/11261/por-
que-a-abstinencia-sexual-nao-faz-bem>. Acesso em 10 Dez. 2016.
MARCÃO, Renato. Curso de Execução Penal. 13 ed. São Paulo: Saraiva, 2015.
SEQUEIRA, Vania Conselheiro. Uma vida que não vale nada: prisão e abandono
político-social. Psicol. cienc. prof., Brasília , v. 26, n. 4, p. 660-671, dez.
2006. Disponível em
<http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-
98932006000400012&lng=pt&nrm=iso>. Acesso em 15 dez. 2016.
SILVA, José Afonso da. A dignidade da pessoa humana como valor supremo da
democracia. Revista de Direito Administrativo, Rio de Janeiro, v. 212, p.
89-94, mar. 2015. ISSN 2238-5177. Disponível em:
<http://bibliotecadigital.fgv.br/ojs/index.php/rda/article/view/47169/4
5637>. Acesso em: 16 Dez. 2016.
26
1
Doutora e Mestre em Direito Público (Faculdade de Direito do Recife). Professora da Universidade de
Pernambuco (FCAP, campus Benfica) e da Universidade Católica de Pernambuco (UNICAP). Advogada
da União.
2
Graduando do Curso de Direito da Universidade Católica de Pernambuco (UNICAP). Pesquisador do
PIBIC/UNICAP.
456 | Processos Desconstituintes e Democracia no Brasil
3
Trata-se de ação judicial analisada pelo Tribunal Constitucional Alemão, no qual analisou a
possibilidade ingresso de aluno no curso de medicina nas Universidades de Hamburgo e da Baviera.
Na citada decisão julgada em 18/07/1972, BVERFGE 33, 303, ficou verificada a impossibilidade da
exigência por parte do individuo em face da coletividade, além das questões de impossibilidade
orçamentária. (FARIAS, 2017, p. 96)
Flávia Danielle Santiago Lima; José Lázaro Alfredo Guimarães Neto | 463
5 Conclusões
Referências
Introdução
1
Professora Adjunta de Direito do Trabalho da Faculdade de Direito do Recife/UFPE, doutora em
neoconstitucionalismo e mestre em ciência política pela Universidade Federal de Pernambuco.
Advogada trabalhista
2
Professor de Direito do trabalho da Universidade Católica de Pernambuco – UNICAP. Mestre em
Direito. Advogado trabalhista
3
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constitui%C3%A7ao.htm>. Acesso em: 30 abr.
2012.
470 | Processos Desconstituintes e Democracia no Brasil
4
GIANNOTTI, Vito. História das Lutas dos trabalhadores no Brasil. Rio de Janeiro: Mauad X, 2007.
p. 131. E acrescenta: BARROSO, Fábio Túlio. Neocorporativismo e concentração social: análise
político-jurídica das atuais relações coletivas de trabalho no Brasil. Recife: Universitária da UFPE, 2010.
p. 35. Sustenta que: “o sistema sindical brasileiro se organizou historicamente graças à mão
intervencionista do Estado. Pode-se afirmar que a cultura sindical do país está pautada em um
atrelamento aos desígnios do poder público para com a atividade sindical”.
5
GOMES, Orlando. Curso de direito do trabalho. 2. ed. Rio de Janeiro: Saraiva, 1986. p. 166.
6
ROMITA, Arion Sayão. Direito sindical brasileiro. Rio de Janeiro: Brasília, 1976. p. 21.
7
MARTINS, Sergio Pinto. Direito do trabalho. 27. ed. São Paulo: Atlas, 2011. p. 731.
472 | Processos Desconstituintes e Democracia no Brasil
8
GIANNOTTI, Vito. História das lutas dos trabalhadores no Brasil. Rio de Janeiro: Mauad X, 2007.
p. 130.
Juliana Teixeira Esteves; Amaro Clementino Pessoa | 473
Funções
9
GARCIA, Gustavo Filipe Barbosa. Curso de direito do trabalho. 5. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2011.
p. 832.
474 | Processos Desconstituintes e Democracia no Brasil
10
GARCIA, Gustavo Filipe Barbosa. Curso de direito do trabalho. São Paulo: Médoto, 2007. p. 803.
Juliana Teixeira Esteves; Amaro Clementino Pessoa | 475
11
BARROS, Cássio Mesquita apud FREDIANI, Yoni. Liberdade Sindical. Revista de Direito do
Trabalho. São Paulo, nº 114, 2004. p. 154.
476 | Processos Desconstituintes e Democracia no Brasil
12
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constitui%C3%A7ao.htm>. Acesso em: 30 abr.
2012.
Juliana Teixeira Esteves; Amaro Clementino Pessoa | 477
13
BRASIL. Súmula do Supremo Tribunal Federal. Vade mecum. 9. ed. São Paulo: Rideel, 2009. p. 1108.
478 | Processos Desconstituintes e Democracia no Brasil
14
BARROSO, Fabio Túlio. Manual de direito coletivo do trabalho. São Paulo: Ltr, 2010. p. 84.
15
FREDIANI, Yoni. Liberdade Sindical. Revista de Direito do Trabalho. São Paulo, nº 114, 2004. p. 155.
Juliana Teixeira Esteves; Amaro Clementino Pessoa | 479
16
TRENTO, Ângelo. Do outro lado do Atlântico um século de imigração italiana no Brasil. São
Paulo: Nobel, Instituto di cultura Italiana, 1988.
17
ANDRADE, Everaldo Gaspar Lopes de. As Antinomias do artigo 8º. Da Constituição Federal. Um
contraponto à doutrina dominante. Revista do TRT 8ª Região. Belém, v. 44, n. 86, 2011. p. 1445.
480 | Processos Desconstituintes e Democracia no Brasil
18
ACQUAVIVA, Marcos Claúdio. Teoria geral do estado. 3. ed. São Paulo: Manole, 2010. p. 52.
Juliana Teixeira Esteves; Amaro Clementino Pessoa | 481
19
O’ROUKER, P. J. A riqueza das nações de Adam Smith: uma biografia. Tradução, Roberto Franco
Valente. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2008. p. 23.
482 | Processos Desconstituintes e Democracia no Brasil
20
NASSIF, Elaine Noronha. Fundamentos da flexibilização: uma análise de paradigmas e paradoxos
do direito e do processo do trabalho. Dissertação de Mestrado da Universidade Católica de Minas
Gerais, 2000. Disponível em: <http://server05.pucminas.br/teses/Letras_NassifEN_1.pdf>. p. 29.
21
CHOMSKY, Noamy. O lucro ou as pessoas? Neoliberalismo e a ordem global. Rio de Janeiro:
Bertrand Brasil, 2002. p. 39.
Juliana Teixeira Esteves; Amaro Clementino Pessoa | 483
22
Ibidem. p. 40.
484 | Processos Desconstituintes e Democracia no Brasil
O direito vive uma crise sem precedentes, no plano geral das relações
laborais. Aponta-se, como causa fundamental, a transformação por
que passa o sistema econômico mundial, caracterizada pela
globalização da economia, que traduz uma das facetas do
neoliberalismo. Apregoa-se o caos nas relações de trabalho, com o fim
da estabilidade no emprego e do próprio contrato de trabalho, o
completo esvaziamento dos sindicatos, dos organismos nacionais e
internacionais, incumbidos da proteção do trabalhador, a extinção da
Justiça do Trabalho e até do direito do trabalho23.
23
SOARES FILHO, José. Elementos da ordem jurídica internacional e comunitária. Curitiba: Juruá,
2003. p.158-159.
24
CATHARINO, José Martins. Neoliberalismo e sequela: privatização, desregulação, flexibilização,
terceirização. São Paulo: LTr, 1997. p. 49.
Juliana Teixeira Esteves; Amaro Clementino Pessoa | 485
25
REALE, Miguel. Lições preliminares de direito. 8. São Paulo: Saraiva, 1980. p. 37.
26
DAUBLER, apud REALE, Miguel. Ibid. p. 41.
486 | Processos Desconstituintes e Democracia no Brasil
27
SUSSEKIND, Arnaldo. Curso de direito do trabalho. 2. ed. Rio de Janeiro: Renovar, 2002. p. 57.
28
ARRUDA, Kátia Magalhães. Direito constitucional do trabalho: sua eficácia e o impacto do
modelo neoliberal. São Paulo: LTr, 1998. p. 104.
29
CATHARINO, José Martins. Neoliberalismo e sequela: privatização, desregulação, flexibilização,
terceirização. São Paulo: LTr, 1997. p. 51.
Juliana Teixeira Esteves; Amaro Clementino Pessoa | 487
30
DANTAS, Ivo. Constituição federal: teoria e prática. Rio de Janeiro: Renovar, 1994. p. 105.
488 | Processos Desconstituintes e Democracia no Brasil
31
SOUZA, Sérgio Alberto de. Direito, globalização e barbaria: estudos críticos de temas de direito do
trabalho e de direitos humanos sob a ótica de uma leitura não liberal. São Paulo: LTr, 1998. p. 67.
Juliana Teixeira Esteves; Amaro Clementino Pessoa | 489
32
ANTUNES, Ricardo. Os sentidos do trabalho. 5. ed. São Paulo: Boitempo, 2002. p. 165.
490 | Processos Desconstituintes e Democracia no Brasil
Com efeito, na prática assim não parece ser. Tanto assim que
Dallegrave Neto, assinala com muita propriedade que:
33
DALLEGRAVE NETO, José Affonso. Transformações das relações de trabalho à luz do
neoliberalismo. Acervo eletrônico doado ao Tribunal Regional do Trabalho da 9ª Região em
03/12/2010. Disponível em: <http://www.trt9.jus.br/apej/artigos_doutrina_jadn_16.asp>. Acesso
em: 22 set. 2012.
34
SUSSEKIND, Arnaldo. Curso de direito do trabalho. 2. ed. Rio de Janeiro: Renovar, 2002. p. 56.
Juliana Teixeira Esteves; Amaro Clementino Pessoa | 491
35
SUSSEKIND, Arnaldo. Curso de direito do trabalho. 2. ed. Rio de Janeiro: Renovar, 2002. p. 57.
492 | Processos Desconstituintes e Democracia no Brasil
36
DALLEGRAVE NETO, José Affonso. Transformações das relações de trabalho à luz do
neoliberalismo. Acervo eletrônico doado ao Tribunal Regional do Trabalho da 9ª Região em
03/12/2010. Disponível em: <http://www.trt9.jus.br/apej/artigos_doutrina_jadn_16.asp>. Acesso
em: 22 set. 2012.
37
SILVA, José Afonso da. Curso de direito constitucional positivo. São Paulo: Malheiros, 1995. p. 173.
Juliana Teixeira Esteves; Amaro Clementino Pessoa | 493
38
DANTAS, Ivo. Constituição federal: teoria e prática. Rio de Janeiro: Renovar, 1994. p. 105-106.
39
DANTAS, Ivo. Constituição federal: teoria e prática. Rio de Janeiro: Renovar, 1994. p. 105-106.
494 | Processos Desconstituintes e Democracia no Brasil
40
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constitui%C3%A7ao.htm>. Acesso em: 30 abr.
2012.
41
SOUZA, Sérgio Alberto de. Direito, globalização e barbaria: estudos críticos de temas de direito do
trabalho e de direitos humanos sob a ótica de uma leitura não liberal. São Paulo: LTr, 1998. p. 36.
Juliana Teixeira Esteves; Amaro Clementino Pessoa | 495
42
SUSSEKIND, Arnaldo. Curso de direito do trabalho. 2. ed. Rio de Janeiro: Renovar, 2002. p. 57.
496 | Processos Desconstituintes e Democracia no Brasil
43
DALAZEN. Oreste João. Reflexões sobre o poder normativo da justiça do trabalho e a EC nº 45/2004.
Revista de Direito do Trabalho. São Paulo, v. 120, 2005. p. 100
Juliana Teixeira Esteves; Amaro Clementino Pessoa | 497
44
SOARES FILHO, José. Elementos de direito coletivo do trabalho. São Paulo: Ltr, 2011. p. 48.
45
GIGLIO, Wagner D. O sindicalismo diante da crise. Revista Jurídica de Direito do Trabalho. Porto
Alegre, v. 20, nº 235, 2003. p.7-14.
498 | Processos Desconstituintes e Democracia no Brasil
Referências
ACQUAVIVA, Marcos Claúdio. Teoria geral do estado. 3. ed. São Paulo: Manole,
2010.
46
ANDRADE, Everaldo Gaspar Lopes de. Direito do trabalho e pós-modernidade: fundamentos para
uma teoria geral. São Paulo: LTr, 2005. p. 92-94.
500 | Processos Desconstituintes e Democracia no Brasil
ANDRADE, Everaldo Gaspar Lopes de. Curso de direito do trabalho. 2. ed. São
Paulo: Saraiva, 2002.
BRASIL. Súmula do Supremo Tribunal Federal. Vade Mecum. 9. ed. São Paulo:
Rideel, 2009. p. 1108.
BARROSO, Fabio Túlio. Manual de direito coletivo do trabalho. São Paulo: Ltr,
2010. p. 84.
MARTINS, Sergio Pinto. Direito do trabalho. 27. ed. São Paulo: Atlas, 2011. p. 731.
REALE, Miguel. Lições preliminares de direito. 8. São Paulo: Saraiva, 1980. p. 37.
502 | Processos Desconstituintes e Democracia no Brasil
ROMITA, Arion Sayão. Direito sindical brasileiro. Rio de Janeiro: Brasília, 1976.
p. 21.
SILVA, José Afonso da. Curso de direito constitucional positivo. São Paulo:
Malheiros, 1995. p. 173.
Sigilo bancário:
o liame entre as garantias constitucionais do
cidadão e uma arrecadação fiscal justa
1. Introdução
1
Bacharel em Direito pela Universidade Católica de Pernambuco. Email: kamillamichiko@gmail.com.
504 | Processos Desconstituintes e Democracia no Brasil
2. Princípios constitucionais
2
Tal entendimento se assemelha à ementa proferida pelo STF no RE 601.314 / SP, com o relator Sr.
Ministro Edson Fachin. “As informações prestadas ou os dados apurados pela fiscalização encontram-
se amparados pelo sigilo fiscal (§ 5º do artigo 5º), ficando a quebra do sigilo bancário fora das
hipóteses autorizadas, assim como o uso indevido das informações cobertas pelo sigilo fiscal, por
servidores públicos, sujeitos às sanções penal, civil e administrativa”. (BRASIL. Supremo Tribunal
Federal – STF. Recurso Extraordinário 601.314/SP. Relator Ministro Edson Fachin, São Paulo, 21 de
junho de 2016).
Kamilla Michiko Yazawa | 505
A lei tributária deve ser igual para todos e a todos deve ser aplicada
com igualdade. Melhor expondo, quem está na mesma situação
jurídica deve receber o mesmo tratamento tributário. Será
inconstitucional – por burlar o princípio republicano e ao da
isonomia – a lei tributária, que selecione pessoas, para submetê-
las a regras peculiares que não alcançam outras, ocupantes de
idênticas posições jurídicas (CARRAZA, 1999, p. 59).
[...] o Fisco tem que ter acesso aos dados patrimoniais, entre os
quais se incluem as informações bancárias, para dar efetividade ao
princípio da capacidade tributária. O sigilo de dados do art. 5º, XII,
da Constituição, não se aplica ás informações bancárias, já que o
dispositivo deste inciso se refere a transmissão de dados e não aos
dados em si. No que diz respeito ao inciso X do mesmo art. 5º, que
protege a intimidade e privacidade, entende-se que o acesso a
informações de valores relativos ao patrimônio do contribuinte
não fere a privacidade, mormente se o contribuinte for pessoa
jurídica, já que a intimidade é um atributo da pessoa natural. Veja-
se que as informações bancárias de interesse do Fisco não revelam
como foram gastos ou obtidos os recursos, mas sim o seu
quantum, e dados numéricos não apontam para a intimidade ou
privacidade das pessoas (VALADÃO, 2011, p.425-426).
3
Art. 148 do Código Tributário Nacional da Lei 5172/66: Quando o cálculo do tributo tenha por base,
ou tome em consideração, o valor ou o preço de bens, direitos, serviços ou atos jurídicos, a autoridade
lançadora, mediante processo regular, arbitrará aquele valor ou preço, sempre que sejam omissos ou
não mereçam fé as declarações ou os esclarecimentos prestados, ou os documentos expedidos pelo
sujeito passivo ou pelo terceiro legalmente obrigado, ressalvada, em caso de contestação, avaliação
contraditória, administrativa ou judicial.
512 | Processos Desconstituintes e Democracia no Brasil
4
A sonegação fiscal também causa prejuízo na concorrência de mercado, uma vez que isso estimula a
fuga de capital para outros países.
Kamilla Michiko Yazawa | 513
Considerações finais
5
Lato senso: recai sobre as medidas elisivas e elusivas.
Kamilla Michiko Yazawa | 519
Referências
ABRÃO, Nelson. O sigilo bancário e direito falimentar. São Paulo: Revista dos
Tribunais, 1986.
CAMBI, Eduardo. Jurisprudência Lotérica. Revista dos Tribunais. São Paulo: RT,
ano 90, v. 786, p. 108-128, abr. 2001.
COSTA JÚNIOR, Paulo José da. O Direito de Estar Só: Tutela Penal da
Intimidade. 2ª ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 1995.
MORAES, Alexandre. Direito constitucional. 13. ed. São Paulo: Atlas, 2003.
TORRES, Ricardo Lobo. Normas gerais antielisivas. In: TORRES, Ricardo Lobo.
(Org.). Temas de interpretação do direito tributário. Rio de Janeiro.
Renovar: 2003.
Laís Mattoso1
Sergio Torres Teixeira2
1. Introdução
2. Acesso à justiça
havia-se uma igualdade formal, mas não efetiva, já que uma parte
da sociedade não exercia esse direito. Porém, esse sistema laissez-
faire se tornou insuficiente, pois não atendia aos direitos sociais,
somente aos individuais. Com essa insatisfação, iniciou-se uma
exigencia do povo para que o Estado agisse, excercendo uma função
positiva. No preâmbulo da Constituição Francesa de 1946, tem-se
que o direito para ser efetivo, deve-se, primeiramente, atender a
todos, o que foi recepcionado pela Constituiçao de 1958, adicionando
os direitos sociais e economicos:
3
Preambulo da Constituição Francesa. Disponível em
http://www.google.com.br/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=1&ved=0ahUKEwiI6cjw9
-HJAhVLF5AKHZFmCHUQFggcMAA&url=http%3A%2F%2Fwww.conseil-
constitutionnel.fr%2Fconseil-
constitutionnel%2Froot%2Fbank_mm%2Fportugais%2Fconstitution_portugais.pdf&usg=AFQjCN
G94onApkpRNQ_YEvM6zaoKz4C2OA&sig2=syk8Ydh4LgHAc9h2VDTJ9w&bvm=bv.110151844,d.Y2I
, Acessado em: 17 de dezembro de 2015.
4
CANOTILHO, J. J. Gomes abud FERREIRA, Francisco Martins. Acesso à Justiça e o processo judicial
na perspectiva do Estado Democrático de Direito e à luz dos princícios constitucionais do processo,
2007. Disponível em: www.univali.br/direitoepolitica. Acessado em: 17 de dezembro de 2015.
Laís Mattoso; Sergio Torres Teixeira | 525
5
HESSE, Konrad abud FERREIRA, Francisco Martins. Acesso à Justiça e o processo judicial na
perspectiva do Estado Democrático de Direito e à luz dos princícios constitucionais do processo, 2007.
Disponível em: www.univali.br/direitoepolitica. Acessado em: 17 de dezembro de 2015.
6
SARLET, Ingo Wolfgang abud FERREIRA, Francisco Martins. Acesso à Justiça e o processo judicial na
perspectiva do Estado Democrático de Direito e à luz dos princícios constitucionais do processo, 2007.
Disponível em: www.univali.br/direitoepolitica. Acessado em: 17 de dezembro de 2015.
7
CAPELLETTI, Mauro; GARTH, Bryan; Acesso à Justiça, 1978, p. 12.
8
CAPELLETTI, Mauro; GARTH, Bryan; Acesso à Justiça, 1978, p. 13.
9
CAPELLETTI, Mauro; GARTH, Bryan; Acesso à Justiça, 1978, p. 15-73.
526 | Processos Desconstituintes e Democracia no Brasil
10
Lei n° 1060/50. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L1060.htm , Acesso em:
17 de dezembro de 2015.
11
CANOTILHO, J. J. Gomes. O Direito Constitucional, p. 654
Laís Mattoso; Sergio Torres Teixeira | 527
12
CAPELLETTI, Mauro; GARTH, Bryan; Acesso à Justiça, 1978, p. 67-68
528 | Processos Desconstituintes e Democracia no Brasil
13
CINTRA, Antonio Carlos de Araújo; GRINOVER, Ada Pellegrini; DINAMARCO, Cândido Rangel;
Teoria geral do processo, 30° edição, p.98.
Laís Mattoso; Sergio Torres Teixeira | 529
14
FAVOREU, Louis et al adub MORAES, Alexandre de. Direito Constitucional, 2014, p.581 e 582
530 | Processos Desconstituintes e Democracia no Brasil
15
Constituição Federal de 1988, Art. 102.
16
Constituição Federal de 1988, Art. 102.
Laís Mattoso; Sergio Torres Teixeira | 531
17
Constituição Federal de 1988, Art. 102.
18
Constituição Federal de 1988, Art. 102.
19
Constituição Federal de 1988, Art. 102.
20
Lei 10628/02. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/L10628.htm. Acesso
em: 17 de dezembro de 2015.
21
ADIN n°2797-2. Disponível em:
http://www.stf.jus.br/portal/peticaoInicial/verPeticaoInicial.asp?base=ADIN&s1=2797&processo=2
797. Acesso em: 17 de dezembro de 2015.
532 | Processos Desconstituintes e Democracia no Brasil
22
Constituição Federal, Art. 102, II, b.
23
Constituição Federal, Art. 102, II, a.
24
Constituição Federal, Art. 102, III.
25
Repercussão geral. Disponível em:
http://www.stf.jus.br/portal/glossario/verVerbete.asp?letra=R&id=451. Acesso em: 17 de dezembro
de 2015.
26
Jurisprudencia do STF. Disponível em:
http://www.stf.jus.br/portal/jurisprudencia/listarJurisprudencia.asp?s1=%28recurso+extraordin%
E1rio%29&base=baseRepercussao&url=http://tinyurl.com/h6bjtg3. Acesso em: 17 de dezembro de
2015.
Laís Mattoso; Sergio Torres Teixeira | 533
27
MORAES, Alexandre de. Direito Constitucional, 2014, p. 618.
534 | Processos Desconstituintes e Democracia no Brasil
Conclusão
28
Supremo julga muitos processos, e mal, afirma ministro Barroso. Disponível em:
http://www.conjur.com.br/2015-nov-10/supremo-julga-processos-mal-afirma-ministro-barroso.
Acesso em: 30/01/2016.
30
3
ARIGÓN, Mario Garmendia. Ordem Pública e Direito do Trabalho, São Paulo: LTr, 2004.
Lara Raquel Paulino de Brito; Fábio Túlio Barroso | 537
4
BAUMAN, Zygmunt (1999), Globalização: As Consequências Humanas. Rio de Janeiro: Editora Jorge
Zahar. Tradução de Marcus Penchel, p. 15.
Lara Raquel Paulino de Brito; Fábio Túlio Barroso | 539
5
http://www.valor.com.br/politica/5176096/reforma-trabalhista-vai-gerar-6-milhoes-de-empregos-
diz-meirelles. Acesso em 10 de maio de 2018.
6
LÚCIO, Clemente, Ganz. Primeiros resultados da reforma trabalhista indicam precarização do
emprego https://www.poder360.com.br/opiniao/brasil/primeiros-resultados-da-reforma-
trabalhista-indicam-precarizacao-do-emprego/. Acesso em 17 de abril de 2018.
540 | Processos Desconstituintes e Democracia no Brasil
7
Disponível em: <https://www.cartacapital.com.br/politica/das-reformas-de-temer-a-
mexicanizacao-do-brasil> Acessado em: 17 de nov. de 2017
8 7
Disponível
em:<https://brasil.elpais.com/brasil/2017/04/27/internacional/1493296487_352960.html>
Acessado em: 17 de nov. de 2017
9
https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-noticias/2012-agencia-de-noticias/noticias/20995-
desemprego-volta-a-crescer-no-primeiro-trimestre-de-2018.html. Acesso em 10 de maio de 2018.
Lara Raquel Paulino de Brito; Fábio Túlio Barroso | 541
10
Art. 611-A. A convenção coletiva e o acordo coletivo de trabalho têm prevalência sobre a lei quando,
entre outros, dispuserem sobre: (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
I - pacto quanto à jornada de trabalho, observados os limites constitucionais; (Incluído pela Lei
nº 13.467, de 2017)
II - banco de horas anual; (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
III - intervalo intrajornada, respeitado o limite mínimo de trinta minutos para jornadas superiores a
seis horas; (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
IV - adesão ao Programa Seguro-Emprego (PSE), de que trata a Lei no 13.189, de 19 de novembro de
2015; (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
V - plano de cargos, salários e funções compatíveis com a condição pessoal do empregado, bem como
identificação dos cargos que se enquadram como funções de confiança; (Incluído pela Lei nº
13.467, de 2017)
VI - regulamento empresarial; (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
VII - representante dos trabalhadores no local de trabalho; (Incluído pela Lei nº 13.467, de
2017)
VIII - teletrabalho, regime de sobreaviso, e trabalho intermitente; (Incluído pela Lei nº 13.467,
de 2017)
IX - remuneração por produtividade, incluídas as gorjetas percebidas pelo empregado, e remuneração
por desempenho individual; (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
X - modalidade de registro de jornada de trabalho; (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
XI - troca do dia de feriado; (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
XII - enquadramento do grau de insalubridade; (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
XIII - prorrogação de jornada em ambientes insalubres, sem licença prévia das autoridades
competentes do Ministério do Trabalho; (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
542 | Processos Desconstituintes e Democracia no Brasil
XXX - as disposições previstas nos arts. 373-A, 390, 392, 392-A, 394, 394-A, 395, 396 e 400 desta
Consolidação. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
Parágrafo único. Regras sobre duração do trabalho e intervalos não são consideradas como normas de
saúde, higiene e segurança do trabalho para os fins do disposto neste artigo. (Incluído pela Lei
nº 13.467, de 2017)
15
Art. 545. Os empregadores ficam obrigados a descontar da folha de pagamento dos seus empregados,
desde que por eles devidamente autorizados, as contribuições devidas ao sindicato, quando por este
notificados. (Redação dada pela Lei nº 13.467, de 2017)
16
Art. 578. As contribuições devidas aos sindicatos pelos participantes das categorias econômicas ou
profissionais ou das profissões liberais representadas pelas referidas entidades serão, sob a denominação
546 | Processos Desconstituintes e Democracia no Brasil
5. Conclusão
de contribuição sindical, pagas, recolhidas e aplicadas na forma estabelecida neste Capítulo, desde que
prévia e expressamente autorizadas. (Redação dada pela Lei nº 13.467, de 2017)
Lara Raquel Paulino de Brito; Fábio Túlio Barroso | 547
Referências
Disponível em:
<http://www.trtsp.jus.br/geral/tribunal2/Informa/2004/11C_2004.htm
l> Acessado em: 17 de nov. de 2017
Disponível em:
<https://brasil.elpais.com/brasil/2017/04/27/internacional/1493296487
_352960.html> Acessado em: 17 de nov. de 2017
Disponível em:
<http://repositorio.ufsm.br/bitstream/handle/1/473/Fagundes_Jeferson
_ Mandracio.pdf?sequence=1 >Acessado em: 18 de nov. de 2017
1. Introdução
1
Advogado. Bacharel em Direito pela UFPE. Pós-graduando em Processo Civil Contemporâneo pela UFPE.
2
Acadêmico de Direito do Centro de Ciências Jurídicas da UNICAP; Bolsista PIBIC UNICAP; Membro do
Grupo REC – Recife Estudos Constitucionais.
550 | Processos Desconstituintes e Democracia no Brasil
2. Anistia3
3
Texto adaptado de artigo ainda não publicado de um dos autores, ao qual se remete para maiores
informações: CARDONA, L. C. A Lei da Anistia e as Ações Declaratórios: o direito à memória.
Luiz Cláudio Cardona; Daniel Guedes Silva Daher | 551
3. A anistia no Brasil
concessão por aquele que estava para ser destituído com a mudança
de regime político vindoura. Após um movimento nacional em prol
da anistia geral àqueles que lutaram contra o regime militar,
desenhou-se uma anistia recíproca, cujo perdão atingia tanto
aqueles que lutaram contra o regime, quanto aqueles que atuaram
enquanto seus agentes.
4. Anistia e esquecimento5
5 Texto adaptado de artigo ainda não publicado de um dos autores, ao qual se remete para maiores
informações: CARDONA, L. C. A Lei da Anistia e as Ações Declaratórios: o direito à memória.
6
Finda a guerra do Peloponeso, restaram os trinta magistrados, conhecidos como tiranos, os quais,
com o apoio de Esparta, governaram em sucessão à democracia através da qual se houvera regido a
polis até aquele momento.
7
Não obstante essa exclusão do Decreto geral da anistia, afirmada por Aristóteles e confirmada por
Nicole Loraux (2001:104), previu-se uma possibilidade de se valerem esses indivíduos dos benefícios
da anistia caso fossem submetidos a um julgamento comum pelos magistrados da polis, circunstância
na qual se poderia, inclusive, optar pela secessão (ARISTOTALES, 1912:73).
554 | Processos Desconstituintes e Democracia no Brasil
5. Direito ao esquecimento
11 CF/88 – Art. 5º, IX: é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação,
independentemente de censura ou licença
Luiz Cláudio Cardona; Daniel Guedes Silva Daher | 557
12 “O simples fato da pessoa se relacionar com a notícia ou fato histórico de interesse coletivo já é suficiente
para mitigar seu direito à intimidade, tornando lícita a divulgação de seu nome e de sua imagem
independentemente de autorização” (REsp 1334097 RJ 2012/0144910-7, Min. Luis Felipe Salomão).
13 “à liberdade de informação, a veracidade da notícia não confere a ela inquestionável licitude, muito
menos transforma a liberdade de imprensa em um direito absoluto e ilimitado” (REsp 1334097 RJ
2012/0144910-7, Min. Luis Felipe Salomão).
560 | Processos Desconstituintes e Democracia no Brasil
6. O Caso Ustra
14 Lei Nº 6.683, Art.1º. É concedida anistia a todos quantos, no período compreendido entre 02 de
setembro de 1961 e 15 de agosto de 1979, cometeram crimes políticos ou conexo com estes, crimes
eleitorais, aos que tiveram seus direitos políticos suspensos e aos servidores da Administração Direta
Luiz Cláudio Cardona; Daniel Guedes Silva Daher | 561
e Indireta, de fundações vinculadas ao poder público, aos Servidores dos Poderes Legislativo e
Judiciário, aos Militares e aos dirigentes e representantes sindicais, punidos com fundamento em Atos
Institucionais e Complementares.
562 | Processos Desconstituintes e Democracia no Brasil
15 REsp 1.334.097/RJ, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, 4ª Turma, DJe de 10/09/2013.
Luiz Cláudio Cardona; Daniel Guedes Silva Daher | 563
7. Conclusão
Referência
LORAUX, Nicole. The divided city: on the memory and forgetting in Ancient
Athens. Tradução: Corinne Pache; Jeff Fort. New York: Zone Books, 2001.
Introdução
1. O processo de transnacionalização
2. O processo de desconstitucionalização
4. O controle de convencionalidade
Conclusão
Referências
DOUZINAS, Costas. O fim dos direitos humanos. 1. ed. Trad. de Luzia Araújo.
São Leopoldo: Editora Unisinos, 2009.
1. Introdução
1
Graduanda em Direito-Universidade Católica de Pernambuco. E-mail:
monte.mariahelena@gmail.com
582 | Processos Desconstituintes e Democracia no Brasil
2. Natureza jurídica
justiça, uma vez que vem sendo utilizado como manobra para a
escolha da jurisdição. Assim, conclui-se que há um verdadeiro
desvio de finalidade no uso do foro por prerrogativa, uma vez que
as autoridades é quem estão decidindo a jurisdição, decisão essa
atribuída a poucos, àqueles que têm o poder.
5. Considerações finais
6. Referências
CAPEZ, Fernando. Curso de Processo Penal. 11. ed. São Paulo: Saraiva, 2004.
LIMA, Renato Brasileiro de. Manual de Processo Penal. 5ª ed. Salvador: Editora
Juspodivm, 2017.
LIMA, Marcellus Polastri. Curso de Processo Penal. 8. ed. Brasília: Gazeta Jurídica,
2014.
MACHADO, Antônio Alberto. Curso de Processo Penal. 2. ed., São Paulo: Atlas,
2009.
_____. Manual de Processo Penal e Execução Penal. 3. ed. São Paulo: Revista dos
Tribunais, 2007.
OLIVEIRA, Eugênio Pacelli. Curso de Processo Penal. 11. ed. Rio de Janeiro: Editora
Lumen Juris, 2009.
SALOMÃO, Lucas. Brasil está em 79º lugar entre 176 países, aponta ranking da
corrupção de 2016. G1, Brasília, 25 jan. 2017. Disponível em:
<https://g1.globo.com/mundo/noticia/brasil-esta-em-79-lugar-entre-
176-paises-aponta-ranking-da-corrupcao-de-2016.ghtml>.
1
Doutora em Direito pela Universidade Federal de Pernambuco – UFPE. Professora da Universidade
Católica de Pernambuco – UNICAP.
2
Graduanda em Direito pela Universidade Católica de Pernambuco – UNICAP. Pesquisadora Pibic-
UNICAP
594 | Processos Desconstituintes e Democracia no Brasil
não por fatos, mas por uma suspeição que baseia-se em pilares
preconceituosos onde a pobreza e a raça agem como determinantes
para delinquir ou não.
A desproporcionalidade das penas tem presença marcada,
literalmente, pois como os procedimentos penais preliminares, ou
seja, a fase de inquérito policial é excessivamente discricionária,
verificam-se inúmeras violações, onde o suspeito é punido pelo fato
de ser quem é e morar onde mora. Não existe direito a defesa,
quando se é somente, suspeito, pois, o sistema inquisitório não
afirma o fato, mas supõe sua possibilidade (KANT DE LIMA, 1985,
p. 28). E apenas com a possibilidade, já se verifica punição. Que é
como uma pena também preliminar. Pois, caso seja confirmada a
responsabilização pelo delito, esse corpo continuará a ser infrigido
das mais diversas formas dentro do sistema de justiça criminal, e
cumprirá então a pena real. Como se ainda não tivesse sofrido nada.
Dessa forma, é impossível deixar de mencionar os princípios
canônicos que permeiam nosso processo, e que exigem
arrependimento, penitência. (KANT DE LIMA, 1985, p. 38) A culpa
cristã se desloca da esfera pessoal e é imposta aos “desviantes”,
independente de sua escolha religiosa, e, na maioria das vezes sem
que sequer se perceba essa necessidade exarcebada do castigo, da
remissão do pecado. É “natural” exigir, indiretamente, que quem
errou, para que seja perdoado, pelo menos, se arrependa. Enquanto
isso não acontece, flexibilizam-se suas garantias no processo penal,
desconsidera-se sua personalidade, torna-se tão somente sinônimo
de perigo e pertubador da ordem e da paz social. Estes, que não
podem nem se render a oração e pedir que sejam livrados de todo o
mal, pois, seus defensores se confundem na figura de algozes.
Mesmo com a CF/88, o poder dado à polícia é forte e
praticamente desmedido. O que há, são práticas policiais
desreguladas e descontroladas, submetidas a pouca formalização e
exercida sem transparência.
O princípio da legalidade que segue o Estado Democrático de
direito, é aviltado com tais práticas, que, apesar de estarem
598 | Processos Desconstituintes e Democracia no Brasil
3
Disponível em: <http://www.sds.pe.gov.br>. Acesso em 01 de outubro de 2017.
602 | Processos Desconstituintes e Democracia no Brasil
Considerações finais
Referências
2
Para mais informações sobre o tema, vide Lombroso, 2007, e sua obra traduzida sobre os ideais
positivistas-higienistas a respeito do “homem delinquente”.
Maria Júlia Poletine Advincula | 609
3
Trabalho recém finalizado e enviado ao CNJ, de título “Entre práticas retributivas e restaurativas: a
Lei Maria da Penha e os avanços e desafios do Poder Judiciário” (vide
http://www.unicap.br/assecom1/?p=58057 para detalhes).
614 | Processos Desconstituintes e Democracia no Brasil
Referências:
CALHAU, Lélio Braga. Vítima e Direito Penal. 2 ed. Belo Horizonte: Mandamentos,
2003.
CAMPOS, Carmen Hein de; CARVALHO, Salo de. Violência doméstica e Juizados
Especiais Criminais: análise a partir do feminismo e do garantismo. Revista
Estudos Feministas, Florianópolis, v. 14, n. 2, p.409-422, maio/set. 2006.
CHRISTIE, Nils. Los Conflitos como Pertencia. In: Eser et al. (Orgs.). De Los
Delitos Y de Las Victimas. Buenos Aires: ADHOC, 1992, p. 157-182.
HOYLE, Carolyn. Victims, the Criminal Process, and Restorative Justice. In:
MAGUIRE, Mike; MORGAN, Rod; REINER, Robert (orgs.). Oxford
Handbook of Criminolog y. 5. ed. Oxford: Oxford University Press, 2012.
ZEHR, Howard. Justiça Restaurativa. Tradução de Tônia Van Acker. São Paulo:
Palas Athena, 2012.
Introdução
1. A redemocratização e a judicialização
3
Após 4 meses da decisão da suspensão proferida pelo STF, a Câmara dos Deputados votou pela
cassação de Eduardo Cunha – com 450 votos a favor – motivada por quebra do decoro parlamentar.
O deputado foi acusado de mentir na CPI da Petrobrás.
Glauco Salomão Leite; Marina Falcão Lisboa Brito | 629
Considerações finais
Referências
BARROS, Rodrigo Janot Monteiro de. Petição inicial referente a ação cautelar n°
4.070/DF. Disponível em <http://www.slideshare.net/lcazenha/pgr-
pede-afastamento-de-cunha> Acesso em 08 fev. 2017.
Glauco Salomão Leite; Marina Falcão Lisboa Brito | 635
BICKEL, Alexander M. The least dangerous branch: the Supreme Court at the Bar
of Politics. Indianapolis: Bobbs-Merrill, 1962.
BOBBIO, Norberto. O futuro da democracia: uma defesa das regras do jogo. Trad.
Marco Aurélio Nogueira. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1986. p.17.
BRASIL. STF. RTJ 173/806, Rel. Min. CELSO DE MELLO. Disponível em: <
http://www.stf.jus.br/portal/jurisprudencia/visualizarEmenta.asp?s1=0
00020700&base=baseAcordaos > Acesso em 08 jun. 2017.
OLIVEIRA, Rafael Tomaz. Decisão do STF que suspendeu mandato de Cunha foi
juridicamente correta. Disponível em:
<https://www.conjur.com.br/2016-mai-07/diario-classe-decisao-stf-
suspendeu-cunha-foi-juridicamente-correta> Acesso em 03 jun. 2017.
Introdução
1
Acadêmica do Curso de Direito da Universidade Católica de Pernambuco. Bolsista do Programa de
Iniciação Científica (PIBIC/UNICAP).
640 | Processos Desconstituintes e Democracia no Brasil
Em suas palavras:
Considerações finais
Referências
BICKEL, Alexander M. The least dangerous branch: the Supreme Court at the Bar
of Politics. Indianapolis: Bobbs-Merrill, 1962.
BOBBIO, Norberto. O futuro da democracia: uma defesa das regras do jogo. Trad.
Marco Aurélio Nogueira. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1986. p.17.
650 | Processos Desconstituintes e Democracia no Brasil
RODRIGUES JUNIOR, Otavio Luiz. Magistrado não pode atuar como um "juiz do
povo". Disponível em: <https://www.conjur.com.br/2013-jan-
09/direito-comparado-mgistrado-nao-atuar-juiz-povo> Acesso em: 20
dez. 2017.
Introdução
1
Doutor em Direito Público pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Mestre em Direito
Constitucional pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC/SP). Professor de Direito
Constitucional da Universidade Católica de Pernambuco, onde também leciona, na condição de
Professor Permanente, em seu Programa de Pós-Graduação em Direito (Mestrado e Doutorado).
Professor Adjunto de Direito Constitucional e Administrativo da Universidade Federal da Paraíba
(Campus João Pessoa) e Professor de Direito Público da Universidade de Pernambuco (UPE). Membro
do grupo Recife de Estudos Constitucionais – REC (CNPq).
2
Acadêmica do Curso de Direito da Universidade Católica de Pernambuco. Bolsista do Programa de
Iniciação Científica (PIBIC/UNICAP).
3
Acadêmico do Curso de Direito da Universidade Católica de Pernambuco.
654 | Processos Desconstituintes e Democracia no Brasil
Conclusão
Referências
BARROSO, Luís Roberto. Ano do STF: Judicialização, ativismo e legitimidade
democrática. Revista Consultor Jurídico, 22 de dezembro de 2008.
Disponível em < http://www.conjur.com.br/2008-dez-
22/judicializacao_ativismo_legitimidade_democratica?pagina=4> Acesso
em 08 fev. 2017.
BOBBIO, Norberto. O futuro da democracia: uma defesa das regras do jogo. Trad.
Marco Aurélio Nogueira. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1986. p.17.
KELSEN, Hans. Teoria Pura do Direito. 8. ed. São Paulo: Saraiva, 2009.
MONTESQUIEU, Charles de Secondat Baron de. O Espírito das Leis. São Paulo:
Marins Fontes. Pág. 181. 1993.
1- Acesso à Justiça
1
Advogada. Bacharel em direito pela Universidade Católica de Pernambuco.
670 | Processos Desconstituintes e Democracia no Brasil
Figura 1. Fonte: Relatório Justiça em Números 2017, CNJ, figura 85, p. 108
Figura 2. Fonte: Relatório Justiça em Números 2017, CNJ, figura 146, p. 167
4- Os Custos e Benefícios
5- Considerações Finais
Referências
COUTO, Mônica Bonetti; OLIVEIRA, Simone Pereira de. Acesso à Justiça e Maiores
Litigantes no Brasil: Os Métodos não Convencionais de Solução de
Controvérsias como Instrumento de Redução dessa Litigiosidade
Específica. In Formas consensuais de solução de conflitos, Maillart,
Oliveira, Beçak (coord.). Florianópolis: CONPEDI, 2016.
Mayara Nunes Medeiros de Souza | 683
MELLO, Celso Antônio Bandeira de. Curso de Direito Administrativo, 32ª ed.
São Paulo: Malheiros, 2015.
1. Introdução
1
Mestranda em Direito pela Universidade Católica de Pernambuco – UNICAP
2
Graduando em Direito da pela Universidade Católica de Pernambuco – UNICAP. Pesquisador de
Programa de Iniciação Científica – PIBIC/UNICAP
3
Doutora em Direito pela Universidade Federal de Pernambuco. Professora da Universidade Católica
de Pernambuco – UNICAP
686 | Processos Desconstituintes e Democracia no Brasil
4. Considerações finais
Referências
1. Noções introdutórias:
1
Mestranda no Programa de Pós-Graduação em Direito pela Universidade Católica de Pernambuco,
Linha de Pesquisa: Jurisdição e Direitos Humanos. Graduada em Direito pela mesma instituição.
mirellacavalcanti2@gmail.com
700 | Processos Desconstituintes e Democracia no Brasil
5. Considerações finais
Referências
DINIZ. Maria Helena. Dicionário Jurídico Universitário. 1 ed. Ed. Saraiva, 2010.
1 Introdução
1
Advogada. Graduada em Direito pela Universidade Católica de Pernambuco
720 | Processos Desconstituintes e Democracia no Brasil
Não, o juiz nem pode pretender ser neutro. Cada ser humano não
é uma tábula rasa, ou seja, traz a julgamento sua visão de mundo,
sua ideologia, suas percepções. O que não seria adequado ao juiz é
abrir mão de sua imparcialidade e decidir apenas com base no
senso comum, sem fundamentar sua decisão em argumentos
amparados no Ordenamento Jurídico. Logo, um juiz pode sim dar
entrevistas, mas não afigura uma conduta adequada que antecipe
um futuro julgamento em entrevista, por exemplo. Ou que se
mostre enviesado para uma interpretação antes mesmo de receber
a ação e analisar as provas e argumentos trazidos pelas partes.
Caso contrário, não há contraditório material, isto é, as pessoas
estarão participando de “um jogo de cartas marcadas” em que
724 | Processos Desconstituintes e Democracia no Brasil
5 Conclusão
Referências
MARINONI, Luiz Guilherme. Técnica processual e tutela dos direitos. 2. ed. São
Paulo: Ed. Revista dos Tribunais, 2008.
1
Mestrando em Direito pela Universidade Católica de Pernambuco. Pós-graduando em Direito
Processual pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais. Advogado.
738 | Processos Desconstituintes e Democracia no Brasil
4. Considerações finais
2
O Ministro Dias Toffoli se referiu ao voto do relator, que defendia o afastamento de Renan Calheiros
das funções de Presidente do Senado Federal.
Pablo Diego Veras Medeiros | 747
Referências
______. Supremo Tribunal Federal. ADPF pede que réu não ocupe linha de
substituição da Presidência da República. Disponível em:
<http://www.stf.jus.br/portal/cms/verNoticiaDetalhe.asp?idConteudo=
315877>. Acesso em 15 out. 2017
______. STF recebe denúncia por peculato contra senador Renan Calheiros.
Disponível em:
<http://www.stf.jus.br/portal/cms/verNoticiaDetalhe.asp?idConteudo=
330979&caixaBusca=N>. Acesso em: 08 ago. 2017
______. Supremo Tribunal Federal. Inteiro teor do voto do ministro Dias Toffoli.
Disponível em:
<http://www.stf.jus.br/arquivo/cms/noticiaNoticiaStf/anexo/referendo
ADPF402DT.pdf>. Acesso em: 14 set. 2017.
BOBBIO, Norberto. O futuro da democracia; uma defesa das regras do jogo. Rio
de Janeiro: Paz e Terra, 1986.
1. Introdução
1
Mestrando em Direito pela UFPE, integrante da linha de pesquisa “Teorias da decisão jurídica”.
Bacharel em Direito pela UFRN (2017). Advogado e pesquisador colaborador na UFRN e na UFPE.
752 | Processos Desconstituintes e Democracia no Brasil
5. Considerações finais
Referências
NEVES, Marcelo. Entre Têmis e Leviatã: uma relação difícil. São Paulo: Martins
Fontes, 2013.
SILVA, José Afonso da. Comentário contextual à Constituição. 6. ed. São Paulo:
Malheiros, 2009.
Introdução
1
Mestre em Sociologia pela Universidade Federal de Alagoas. Doutoranda em Ciências Jurídicas pela
Universidade Federal da Paraíba. Professora da Universidade Federal de Alagoas.
764 | Processos Desconstituintes e Democracia no Brasil
2
Para a autora, “a Despesa Pública também pode ser encarada modernamente como um dever
fundamental dado o carácter complexo da relação jurídica de Despesa Pública. A boa execução e a boa
realização da Despesa Pública é um direito-dever de todos; os direitos fundamentais sociais assumem-
se como direitos de solidariedade” (MAGALHÃES, 2011, p. 136).
766 | Processos Desconstituintes e Democracia no Brasil
3
“Defendendo uma visão substancialista da despesa pública, derivada da promoção do
desenvolvimento humano, e advogando a existência de um conteúdo mínimo mesmo nos direitos
fundamentais não determináveis, sustentamos que o reconhecimento do conteúdo mínimo dos
direitos sociais só faz sentido se esses mesmos direitos puderem ter uma leitura dinâmica, reeditando
de novo uma certa ideia de proibição de retrocesso: não hesitamos, assim, em afirmar que sempre que
o legislador dê passos na concretização da Justiça Social, no sentido de prover melhorias nas situações
concretas das pessoas e de as tirar de situações de vulnerabilidade, deve ficar impedido de colocar as
pessoas que estavam protegidas por essa medida numa situação pior do que aquela que já tinha sido
encontrada ou até de desprotecção” (MARTINS, 2016, p. 457).
Priscila Emanuele Falcão de Oliveira Menezes | 767
realização de uma despesa pública justa, que atenda aos fins sociais
constitucionalmente propostos.
No entanto, o que se percebe é que ainda existe uma falta de
debate público nas questões que envolvem a atividade financeira do
Estado. Os espaços de discussão são ainda dominados pelos grupos
de interesses que buscam se beneficiar em detrimento da maioria da
população. É de fundamental importância o exercício da cidadania
na definição das políticas públicas e consequentemente, na definição
dos gastos públicos (SALDANHA SANCHES, 2010, p. 42-47).
4
http://www.cnj.jus.br/noticias/cnj/61987-o-seculo-xxi-marca-a-era-dos-direitos-e-do-poder-
judiciario-afirma-ricardo-lewandowski
Priscila Emanuele Falcão de Oliveira Menezes | 769
Considerações finais
Referências
BENTO, Messias José Caldeira. Reflectindo sobre o poder dos juízes. In: Estudos
em homenagem ao conselheiro José Manuel Cardoso da Costa. Coimbra
Editora: Coimbra, 2003.
GOMES, Emerson Cesar da Silva. O direito dos gastos públicos no Brasil. São
Paulo: Almedina, 2015.
1. Introdução
1
Graduanda em Direito-Universidade Católica de Pernambuco. E-mail: renata.perman@hotmail.com
776 | Processos Desconstituintes e Democracia no Brasil
2. Considerações finais.
Referências
Jurisdição constitucional
e independências entre os poderes:
a ADPF 442 e a crise legislativa
1
Estudante de Direito da Universidade Católica de Pernambuco. Bolsista por dois anos (PIBIC
UNICAP/CNPq).
2
Professor Doutor do Curso de Direito do Centro Ciências Jurídicas da Universidade Católica de
Pernambuco.
796 | Processos Desconstituintes e Democracia no Brasil
3
Manoel Gonçalves Ferreira Filho, PODER JUDICIÁRIO NA CONSTITUIÇÃO DE 1988: Judicialização
da política e politização da justiça. Revista de Direito Administrativo, 1994.
Ricardo Côrte Real Braga Filho; Glauco Salomão Leite | 797
4
Montesquieu, Espírito das Leis, livro Xl, capo VI. 15
798 | Processos Desconstituintes e Democracia no Brasil
Pedidos
Três meses
1
Estudante de Direito da Universidade Católica de Pernambuco. Bolsista por dois anos (PIBIC
UNICAP/CNPq).
2
Professor Doutor do Curso de Direito do Centro Ciências Jurídicas da Universidade Católica de
Pernambuco.
806 | Processos Desconstituintes e Democracia no Brasil
Referências
FILHO, José dos Santos Carvalho. Ativismo Judicial e Política. Revista jurídica
Consulex, Seção Ciência Jurídica em Foco. Edição 307, de 30/10/2010.
GOMES, Luiz Flávio. STF – ativismo sem precedentes? O Estado de São Paulo,
2009, p.A2. Disponível em:<
http://www2.senado.leg.br/bdsf/bitstream/handle/id/339868/noticia.h
tm?sequence=1>. Acesso em: 01/07/2017.
MENDES, Gilmar; Branco, Paulo Gonet. Curso de Direito Constitucional. 10. ed.
São Paulo: Saraiva, 2015.
Medidas provisórias
no estado democrátivo de direito:
um instrumento para implementação de
políticas públicas
Introdução
3
A tal expressão liga-se à ideia de um Estado sob um modelo de governo finalista, em busca de metas,
de resultados, objetivos socialmente prementes.
Rosane Andréa Tartuce; Roberto Correia da Silva Gomes de Caldas | 825
4
Segundo o qual as normas jurídicas, já devidamente unidas ao ordenamento com grande grau de
generalização e abstração, impõem a verificação de regras intercalares que conduzem a normas
individuais e concretas em que se inserem os fatos (jurídicos, isto é, tal qual previstos no Direito
legislado), dos quais, ao seu turno, decorrem as relações jurídicas em função da eficácia (jurídica)
existente.
826 | Processos Desconstituintes e Democracia no Brasil
Considerações finais
Referências
BONAVIDES, Paulo. Ciência Política. São Paulo: Malheiros, 14ª. ed., 2007.
834 | Processos Desconstituintes e Democracia no Brasil
MONTESQUIEU, Barão de. Do Espírito das Leis. São Paulo: Martin Claret, 2007.
Rosane Andréa Tartuce; Roberto Correia da Silva Gomes de Caldas | 835
MORAES, Alexandre de. Direito Constitucional. São Paulo: Atlas, 31ª ed., 2015.
1. Apresentação
1
Professora da Universidade Católica de Pernambuco (Unicap) e Doutora em Direito Internacional
Privado.
2
Pibicando voluntário de Iniciação Científica (PIBIC/Unicap).
3
Pibicanda voluntária de Iniciação Científica (PIBIC/Unicap).
838 | Processos Desconstituintes e Democracia no Brasil
4
Para Aftalion, o governo é o elemento do Estado. (AFTALIÓN, 1988), mesmo entendimento de
Alessandro Gropalli (Gropalli, 1974).
5
Potestade é elencado dentre os elementos caracterizadores do Estado por Carré de Malberg (Malberg,
1998).
6
Soberania é a tida como elemento do Estado por Norberto Bobbio (BOBBIO, 1987).
840 | Processos Desconstituintes e Democracia no Brasil
7
Seria a potestade segundo Malberg, “Lo que constituye un Estado es el elemento estabelecimiento,
en el seno la nación, de una potestad pública que ejerce autoritariamente sobre todos los individuos
que forman parte del grupo nacional. De esta suerte, dicha voluntad de direción y dominación se ejerce
con doble fin: por una parte se relaciona con la comunidad, y de otra parte realiza actos de autoridad
que constituen ya en emitir preceptos imperativos y obligatorios, ya en la obligar tales
preceptos”(MALBERG, 1998, p. 26)
Rosa M. F. do Nascimento; Arthur de O. X. Ramos; Maria E. M. de Paffer | 841
8
CAPELLETI, Mauro; GARTH, Bryant. Acesso à Justiça. 1. ed. Porto Alegre, RS - Brasil: Sergio Antônio
Fabris Editor, 1988. 168 p. v. 1.
9
Utiliza-se o termo simbólico na acepção utilizada por Neves, assim, o simbólico cumpre a função de
oferta a ‘falsa’ percepção subjetiva por parte dos sujeitos de referência que lhe seriam dados os bens
civilizacionais, mesmo que de fato, sua realização seja precária e simbólica (NEVES, 2012).
842 | Processos Desconstituintes e Democracia no Brasil
10
Sinteticamente, podem ocorrer três relações entre a soberania e o direito; (a) soberania limitada,
para os quais a lei é uma ordem justa que limita a ação arbitrária do Estado sobre o povo, esta é a
concepção da doutrina clássica de direito natural racional ou divino – Locke e Radbruch; (b) soberania
absoluta, segundo a qual lei é a ordem que fundamenta o Estado e que se sobrepõe a vontade
individual, advém do ‘príncipe’ ou do ‘povo’ – Hobbes e Rousseau; e (c) soberania arbitrária, para a lei
é o capricho do mais forte, rei ou povo – Austin e Tocqueville. Obviamente todos os três significados
comportam seus uso, no caso, considera-se mais adequado o termo no sentido de Hobbes e Rousseau,
em que a vontade estatal se sobrepõe a individual.
11
Para Jorge Miranda pode-se definir as funções do Estado em três ordens básicas: (a) funções políticas
(legislativa e governista ou política stricto sensu), (b) funções administrativas e (c) funções de
administração jurisdicional. (MIRANDA, p. 237)
12
NABAIS, José Casalta. A face oculta dos direitos fundamentais: Os deveres e os custos dos direitos.
Revista da AGU, Brasília, v.1, 2001b. Disponível em
http://www.buscalegis.ufsc.br/revistas/index.php/buscalegis/article/view/15184/14748. Acesso em
10/07/2017;
Rosa M. F. do Nascimento; Arthur de O. X. Ramos; Maria E. M. de Paffer | 843
Conclusão
Referências
ENSINO JURÍDICO OAB: 170 anos de cursos jurídicos no Brasil. Brasília: OAB,
1997.
FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido. 12ª ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1983.
Rosa M. F. do Nascimento; Arthur de O. X. Ramos; Maria E. M. de Paffer | 853
1 Introdução
1
Graduanda do Curso de Direito da Universidade Católica de Pernambuco (UNICAP). Pesquisadora do
PIBIC/UNICAP. E-mail: thaysolliveiira@hotmail.com
2
Professora da Universidade Católica de Pernambuco (UNICAP) e da Universidade de Pernambuco
(UPE). Doutora e Mestre em Direito Público (UFPE). Pesquisadora Visitante na Universitat de València.
Advogada da União. E-mail: flavia-santiago@uol.com.br
856 | Processos Desconstituintes e Democracia no Brasil
5 Considerações finais
A teoria do Estado de Coisas Inconstitucional é uma grande
inovação para o ordenamento jurídico. Embora se deva respeito ao
princípio da separação de poderes, a Corte Constitucional não pode se
omitir diante de tamanha inércia dos demais poderes públicos, inércia
esta que viola grandemente o que está expresso na Constituição.
Diante de situações extremas, a atuação do Judiciário se faz
necessária. É preciso uma comunhão de esforços por parte dos
poderes estatais para que direitos fundamentais deixem de ser
flagrantemente violados. O ativismo por parte do Judiciário,
portanto, se justifica diante de situações excepcionais.
No caso das decisões colombianas de declaração de ECI,
demonstrou-se tanto situações de fracasso, no caso do sistema
penitenciário, como de sucesso, no que se refere ao caso de
deslocamento forçado da população por conta da violência. Os
demais exemplos mostrados só reforçam o quanto a Corte
Colombiana tem sido de fundamental importância na resolução de
grandes problemas sociais.
A aplicação do ECI pelo Brasil ainda é muito recente e não teve
grandes resultados concretos, pouca coisa mudou desde a
declaração em 2015 e o cenário atual. É preciso aguardar para
observar os desdobramentos da questão.
Portanto, conclui-se que é necessário manter um equilíbrio
entre a defesa dos direitos fundamentais e o princípio da separação
de poderes, para tanto, entende-se que o judiciário deve continuar
intervindo na aplicação dos direitos fundamentais e das políticas
públicas, mas com um caráter fiscalizador para dar efetividade a
aplicação destes.
Thays Regina Oliveira Barbosa de Melo; Flávia Danielle Santiago Lima | 865
Referências
ACKERMAN, Bruce. A nova separação dos poderes. São Paulo: Lumen Juris,
2009.
1
Acadêmico de Direito na Universidade Católica de Pernambuco, integrante do Grupo Asa Branca de
Criminologia, e-mail: victor_goess@hotmail.com
868 | Processos Desconstituintes e Democracia no Brasil
que não poderiam ser alterados pela realidade em que vivem. Maria
Lúcia Karam em um de seus textos aborda o tema (2009, p.03):
2. Princípios
A. Princípio da insignificância
B. Princípio da proporcionalidade
I - admoestação verbal;
II - multa.
que aquela droga seria para uso próprio, mas infelizmente no Brasil
temos condenações por tráfico por conta desta quantidade de drogas.
Como exemplo, trago o seguinte julgado:
4. Jurisprudências exemplificativas
5. Conclusão
Por todo o exposto, podemos chegar ideias já debatidas
durante toda o artigo. Nossa legislação precisa ser alterada no
sentido de proporcionar ao que apreende e ao que julga uma forma
mais clara de diferenciar traficantes e usuários, já que não se
diferenciam de maneira palpável as duas categorias de conduta.
Ter um critério numérico não resolveria nossos problemas,
até porque nem sempre a questão se dá pelo número de drogas
apreendida, estabelecer uma tolerância em forma de números
apenas, acabaria por levar ao poder punitivo criar mais casos
anômalos de prisões.
O necessário é um estudo médico e jurídico, o qual leve em
consideração os aspectos químicos dos entorpecentes e da afetação
social. Pois com um estudo aprofundado sobre o tema que poderia
haver um melhor diálogo do magistrado com a aplicação dos
princípios da insignificância e proporcionalidade.
Se houvesse uma lei na qual teríamos para cada tipo de droga
um parâmetro de quantidade aceitável e um parâmetro de
quantidade prejudicial poderíamos começar a controlar melhor as
prisões que ocorrem diariamente. Com essas categorizações
poderíamos colocar certas quantidades em relação com a conduta
de tráfico ou uso.
Mas tudo isso ocorreria com um exame toxicológico no agente
apreendido, para que fosse possível auferir se havia ou não o
consumo. Não deixar apenas na questão da conduta do agente e na
quantidade de droga que carregava.
Unindo essa ideia de uma diferenciação legislativa que
pudesse basear o apreendedor e o julgador, sem nunca esquecer das
questões envolvidas na situação (como: situação do agente, como
ocorreu a apreensão, condutas do agente, o momento da apreensão
e sua narrativa), trazemos a aplicação do princípio da insignificância
e da proporcionalidade.
Esses princípios devem ser levados em conta quando, no
momento da apreensão ou do julgamento, se observar que a mistura
880 | Processos Desconstituintes e Democracia no Brasil
Referências
KARAM, Maria Lucia. Revisitando a sociologia das drogas. ANDRADE, Vera Regina
P. de. Verso e reverso do controle penal: (des) aprisionando a sociedade da
cultura punitiva. Florianópolis: Fundação Boiteux, 2002.
1
9º período da Graduação em Direito pela Universidade Católica de Pernambuco - UNICAP. Voluntário
no Programa Institucional de Iniciação Científica da UNICAP – Período 2017-2018.
884 | Processos Desconstituintes e Democracia no Brasil
2
COUTINHO, Jacinto Nelson de Miranda. O Papel do Novo Juiz de Processo Penal. In: Crítica à
Teoria Geral do Processo Penal. p. 23.
3
LOPES JR., Aury. Direito Processual Penal/ Aury Lopes Jr. – 10. ed. – São Paulo: Saraiva, 2013. p. 112.
4
COUTINHO, Jacinto Nelson de Miranda. O papel do novo juiz no processo penal. In: COUTINHO,
Jacinto Nelson de Miranda (org). Crítica à teoria geral do direito processual penal. Rio de Janeiro:
Renovar, 2001. p. 37.
Victor de Lemos Pontes | 885
5
NERY JÚNIOR, Nelson, RIBEIRO, Sérgio Luiz de Almeida. Novo código de processo civil comentado,
São Paulo, Lualn, 2017. p. 208.
886 | Processos Desconstituintes e Democracia no Brasil
6
ABBOUD, Georges. Discricionaridade Administrativa e Judicial. RT, 2014.
7
SOUZA, Artur César de. A parcialidade Positiva do Juiz. São Paulo: RT, 2008.
8
NERY JÚNIOR, Nelson, RIBEIRO, Sérgio Luiz de Almeida. Novo código de processo civil comentado,
São Paulo, Lualn, 2017. p. 214.
Victor de Lemos Pontes | 887
9
Idem. p. 187.
888 | Processos Desconstituintes e Democracia no Brasil
10
GOMES FILHO, Antônio Magalhães. O Direito à Prova no Processo Penal. p.59-60.
890 | Processos Desconstituintes e Democracia no Brasil
11
PRADO, Geraldo. Sistema Acusatório: A Conformidade Constitucional das Leis Processuais
Penais. Lumen Juris. 3 ed. São Paulo. p. 220.
12
Limite Penal. Quando o juiz já sabia: a importância da originalidade cognitiva no Processo Penal.
Revista Eletrônica Consultor Jurídico. http://www.conjur.com.br/2016-abr-29/limite-penal-quando-
juiz-sabia-importância-originalidade-cognitiva-processo-penal. Acesso em 12 de dezembro de 2017.
Victor de Lemos Pontes | 891
Referências
FERRAJOLI, Luigi. Direito e razão: teoria do garantismo penal. 3 ed. rev. e atual.
São Paulo: Revista dos Tribunais, 2010.
Victor de Lemos Pontes | 893
LOPES JR., Aury. Direito Processual Penal/ Aury Lopes Jr. – 10. ed. – São Paulo:
Saraiva, 2013. p. 112.
SOUZA, Artur César de. A parcialidade Positiva do Juiz. São Paulo: RT, 2008
54
Roberto Pinardi 1
1
Professore dell´Università di Modena e Reggio Emilia.
896 | Processos Desconstituintes e Democracia no Brasil
2
Che si deve a M. DOGLIANI, Introduzione al diritto costituzionale, Bologna, 1994, pag. 179 (ma v. anche,
del medesimo Autore, la voce Interpretazione, in S. CASSESE (diretto da), Dizionario di diritto pubblico,
IV, Milano, 2006, pagg. 3181 ss.).
3
Non è questo, peraltro, il caso della fase oggi attraversata dall’ordinamento brasiliano cui la domanda,
come s’è detto, è riferita.
4
Non mi soffermerò, in questa sede, perché ininfluente ai fini dell’analisi che mi sono prefisso, sul
problema di cosa debba intendersi, in questo caso, per “popolo” e di quale debba essere la percentuale
dello stesso cui affidare scelte del genere.
Roberto Pinardi | 897
5
Ai limitati fini dell’indagine che verrà condotta nelle pagine successive, infatti, non mi pare sussistano
valide ragioni che inducano a tenere distinte le due fattispecie menzionate nel testo (pur
manifestazioni nell’un caso di potere costituente e nell’altro di potere costituito). Per cui, salvo diversa
indicazione, le riflessioni che seguono saranno dedicate sia all’ipotesi di sostituzione integrale della
Costituzione vigente sia all’ipotesi di semplice revisione della stessa.
898 | Processos Desconstituintes e Democracia no Brasil
6
Si dovrebbe precisare: a prescindere da quei rari casi in cui uno Stato risulti privo di una Costituzione
scritta, ovvero di un documento costituzionale unitario, distinto dalle altre leggi. Esempio classico ed
assai noto: la Gran Bretagna.
7
Il quale, tuttavia, rinviava ad un successivo plebiscito la scelta tra monarchia o repubblica e tra forma
di governo presidenziale o parlamentare (art. 2 delle norme transitorie). Siffatto plebiscito, com’è noto,
si tenne il 21 aprile del 1993.
Roberto Pinardi | 899
8
Come avvenne, in Italia, sul finire del secolo scorso, con l’istituzione delle Commissioni bicamerali
De Mita - Jotti (l. cost. n. 1 del 1993) e D’Alema (l. cost. n. 1 del 1997). Sull’illegittimità, tuttavia, di leggi
costituzionali di “rottura” (rectius: di sospensione) della procedura normalmente prevista per le
modifiche della Carta costituzionale cfr., ex plurimis – in lingua italiana – F. MODUGNO, Il problema dei
limiti alla revisione costituzionale, in Giur. cost. 1992, pagg. 1652 ss.; ed A. RUGGERI, Fonti e norme
nell’ordinamento e nell’esperienza costituzionale, Torino, 1993, pagg. 236 ss.
900 | Processos Desconstituintes e Democracia no Brasil
9
L’ultima, nel 2012, recante: «Introduzione del principio del pareggio di bilancio nella Carta
costituzionale» (per un elenco completo delle leggi di revisione costituzionale nonché delle altre leggi
costituzionali approvate nell’ordinamento italiano cfr., volendo, R. PINARDI, Elementi di diritto
pubblico, Torino, 2017, pagg. 41-44).
10
Per queste ed ulteriori informazioni in materia rinvio al sito:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/ConstituicaoCompilado.htm.
11
È questo il caso, si noti, sia della Costituzione italiana (ad esempio: artt. 3, comma 2; e 4, comma 1)
sia, soprattutto, della Costituzione brasiliana (di cui v., significativamente, l’elenco di «obiettivi
fondamentali della Repubblica» che si legge nell’art. 3) se è vero che in quest’ultima sono in effetti
presenti «in forte numero le norme programmatiche» (come non manca di porre in rilievo G. VAGLI,
La Costituzione brasiliana del 1988, in Quad. cost. 1998, pag. 528, richiamandosi espressamente, sul
punto, alle riflessioni svolte da M. GONÇALVES FERREIRA FILHO, Sobre A Constituição de 1988, in Revista
da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa 1990, pagg. 73-74).
Roberto Pinardi | 901
12
È quanto è avvenuto, in Italia, nel periodo successivo all’entrata in vigore della Costituzione
repubblicana, dal momento che necessitarono ben otto anni per il concreto funzionamento della Corte
costituzionale, dieci per la costituzione del Consiglio superiore della magistratura e che solo nel 1970,
da un lato, vennero istituite le Regioni a statuto ordinario e dall’altro fu adottata la disciplina di
attuazione che rese finalmente possibile la presentazione di disegni di legge di iniziativa popolare
nonché di richieste di referendum abrogativo ed approvativo (ai sensi, rispettivamente, degli artt. 75 e
138 Cost.).
902 | Processos Desconstituintes e Democracia no Brasil
13
E cioè: che ai sindacati potesse venire imposto l’obbligo di registrazione; che condizione
imprescindibile per tale registrazione fosse che i sindacati fossero dotati di «un ordinamento interno
a base democratica»; che i sindacati così registrati acquisissero personalità giuridica; ed infine che i
contratti di lavoro collettivi stipulati da tali sindacati-persone giuridiche avessero efficacia non solo
per gli iscritti, ma anche «per tutti gli appartenenti alle categorie alle quali il contratto si riferisce».
14
Le ragioni di tale atteggiamento sono bene sintetizzate da G. U. RESCIGNO, Corso di diritto pubblico,
Bologna, 2017, pag. 656.
Roberto Pinardi | 903
15
Su tale fenomeno, per tutti – con riferimento all’ordinamento italiano – rinvio a G. U. RESCIGNO, Le
convenzioni costituzionali, Padova, 1972; mentre sulle convenzioni costituzionali nell’elaborazione
della dottrina inglese cfr. G. MARSHALL, Constitutional Conventions. The Rules and Forms of Political
Accountability, Oxford, 1984.
16
Su cui v., da ultimi, gli scritti di A. CELOTTO, A. MORRONE, G. M. SALERNO, S. BARONCELLI, A. CHIUSOLO,
A. FERRARA, E. A. IMPARATO, A. PIRAINO e S. STAIANO pubblicati in www.federalismi.it, 14 febbraio del
2018.
904 | Processos Desconstituintes e Democracia no Brasil
17
Diversa, quindi, è la premessa da cui muove l’interprete quando procede all’esegesi di un codice o
della Carta costituzionale. Il primo, infatti, si presenta come un insieme di regole tendenzialmente
completo ed internamente coerente. La seconda, invece, proprio per il suo contenuto tipico, non
fornisce, di norma, soluzioni applicative bell’e pronte, ma richiede, al contrario, bilanciamenti e
dunque reciproci contemperamenti tra i diversi interessi in gioco: per ulteriori riflessioni, in tema, cfr.,
tra gli altri, R. BIN, Ordine delle norme e disordine dei concetti (e viceversa). Per una teoria quantistica
delle fonti del diritto, in G. BRUNELLI - A. PUGIOTTO - P. VERONESI (a cura di), Scritti in onore di Lorenza
Carlassare, I, Napoli, 2009, pag. 41 ss.
18
Cfr., a titolo meramente indicativo, i riferimenti bibliografici forniti, infra, nelle note 18, 19 e 25. Più
in generale, per un’attenta ricostruzione del dibattito dottrinale sull’interpretazione costituzionale
rinvio a C. PINELLI, Il dibattito sull’interpretazione costituzionale fra teoria e giurisprudenza, in AA.VV.,
Scritti in memoria di Livio Paladin, III, Napoli, 2004, pagg. 1663 ss.
19
Il che non significa, si noti, voler negare qualsivoglia rilievo all’intenzione dei Costituenti ai fini di
una corretta esegesi degli enunciati costituzionali, ma affermare, piuttosto, in maniera assai meno
impegnativa, che la stessa va attualizzata: in ordine alla vexata quaestio relativa all’importanza che
deve essere attribuita al canone originalista nell’interpretazione costituzionale cfr., ex multis, in lingua
italiana, L. PESOLE, L’intenzione del legislatore costituente nell’interpretazione del parametro
costituzionale, in F. GIUFFRÈ - I. NICOTRA (a cura di), Lavori preparatori ed original intent nella
giurisprudenza della Corte costituzionale. Atti del seminario svoltosi a Catania il 5 ottobre 2007,
Torino, 2008, pagg. 140 ss. e dottrina ivi citata; cui adde, con riferimento all’ordinamento statunitense
– nel quale, com’è noto, tale dibattito risulta assai ampio ed articolato – A. BRUNO, La neutralità
assiologica dell’originalismo. Gli Stati uniti nella dead hand of the past, ivi, pagg. 303 ss., anche per gli
opportuni richiami alla letteratura ed alla giurisprudenza nordamericana.
Roberto Pinardi | 905
20
Sui cambiamenti nella coscienza sociale quale fattore che può incidere sull’interpretazione resa dai
tribunali costituzionali del parametro costituzionale di giudizio cfr., di recente, N. ZANON, Corte
costituzionale, evoluzione della “coscienza sociale”, interpretazione della Costituzione e diritti
fondamentali: questioni e interrogativi a partire da un caso paradigmatico, in www.rivistaaic.it, 21
novembre 2017, specialmente paragrafi 9 e 10.
21
Cfr., in tal senso, M. DOGLIANI, La codificazione costituzionale. Diritto costituzionale e scrittura, oggi,
in L. CARLASSARE (a cura di), Il diritto costituzionale a duecento anni dall’istituzione della prima
cattedra in Europa, Padova, 1998, pag. 50.
22
Riprendo qui la definizione di sintesi che si legge in M. S. GIANNINI, Il pubblico potere. Stati e
amministrazioni pubbliche, Bologna, 1986, pag. 35.
23
Ossia di «volontà concrete plurime, tutte misurabili e verificabili» (così, efficacemente, M.
FIORAVANTI, Il legislatore e i giudici di fronte alla Costituzione, in Quad. cost. 2016, pag. 16).
24
In termini G. ZAGREBELSKY, La giustizia costituzionale, Bologna, 1988, pag. 27 – ma v. anche, nel
medesimo senso, G. ZAGREBELSKY - V. MARCENÒ, Giustizia costituzionale, Bologna, 2012, pag. 50 – al
quale si rinvia (pagg. 25 ss.) per un’analisi più approfondita dello stretto rapporto che intercorre tra
pluralismo sociale e carattere rigido della Costituzione.
906 | Processos Desconstituintes e Democracia no Brasil
25
Il processo storico che porta a siffatto mutamento radicale è ricostruito compiutamente da M.
FIORAVANTI, Il legislatore, cit., pagg. 13 ss.
26
Su alcune specificità, tuttavia, che caratterizzano l’interpretazione della Costituzione rispetto a quella
di altri atti-testi-documenti normativi cfr. almeno, nella dottrina italiana – per un ventaglio di opinioni
diverse – R. GUASTINI, Specificità dell’interpretazione costituzionale?, in P. COMANDUCCI - R. GUASTINI
(a cura di), Analisi e diritto 1996. Ricerche di giurisprudenza analitica, Torino, 1996, pagg. 169 ss., con
posizione poi parzialmente modificata in ID., L’interpretazione dei documenti normativi, in A. CICU - F.
MESSINEO - L. MENGONI (già diretto da) P. SCHLESINGER (continuato da), Trattato di diritto civile e
commerciale, Milano, 2004, pagg. 268 ss.; A. BALDASSARRE, L’interpretazione della Costituzione, in A.
PALAZZO (a cura di), L’interpretazione della legge alle soglie del XXI secolo, Napoli, 2001, pagg. 215 ss;
A. RUGGERI, Principio di ragionevolezza e specificità dell’interpretazione costituzionale, in Ars
interpretandi 2002, pagg. 308 ss.; nonché gli scritti di G. U. RESCIGNO, M. LUCIANI, F. MODUGNO e A.
PACE raccolti in G. AZZARITI (a cura di), Interpretazione costituzionale, Torino, 2007, rispettivamente
pagg. 17 ss., 41 ss., 51 ss. e 83 ss.
Roberto Pinardi | 907
27
Cfr. ad esempio, al riguardo, le informazioni fornite da P. CARETTI, I diritti fondamentali. Libertà e
diritti sociali, Torino, 2005, pag. 383.
28
Con un provvedimento, si potrebbe aggiungere, che immediatamente la dottrina (quasi) unanime
ha giustamente collocato nella categoria degli atti (non soltanto formalmente ma anche)
908 | Processos Desconstituintes e Democracia no Brasil
sostanzialmente presidenziali e dunque affidati alla piena discrezionalità del Capo dello Stato: cfr. tra
i primi, in questo senso, G. GUARINO, Presidente della Repubblica italiana, in Riv. trim. dir. pubbl. 1951,
pag. 966; e P. BARILE, I poteri del Presidente della Repubblica italiana, ivi 1958, pag. 320 (per un’isolata
opinione di segno contrario v. invece M. RUINI, Controfirma, in Foro pad. 1952, IV, pag. 30). In
quest’ottica, pertanto, la controfirma affidata al Presidente del Consiglio dei ministri svolge, in questo
frangente, una funzione meramente notarile di accertamento della costituzionalità formale dell’atto e
della autenticità della sottoscrizione (cfr. tra gli altri, sul punto, P. FRANCESCHI, Commento all’art. 59,
in G. BRANCA (già diretto da) A. PIZZORUSSO (continuato da), Commentario della Costituzione (artt. 55-
63), Bologna-Roma, 1984, pagg. 113 ss.).
29
Ritenendo quindi corretta l’interpretazione restrittiva dell’art. 59, comma 2, Cost. «anche in virtù
della sua esperienza in Assemblea Costituente» (come ricorda A. CHIMENTI, Commento all’art. 59, in
R. BIFULCO - A. CELOTTO - M. OLIVETTI (a cura di), Commentario alla Costituzione, II, Torino, 2006, pag.
1173).
Roberto Pinardi | 909
30
Per un adeguato sviluppo delle argomentazioni cui si accenna nel testo rinvio, per tutti, a G.
D’ORAZIO, Il numero dei senatori a vita nell’interpretazione del Capo dello Stato, in Quad. cost. 1985,
pagg. 131 ss. Si osservi, del resto, che la lettura estensiva del limite previsto dall’art. 59, comma 2, Cost.,
ha avuto, in dottrina, rari sostenitori: a quanto consta, ante litteram, G. FERRARI, Problemi nuovi del
nuovo Parlamento bicamerale, in Annuario dir. comp. 1949, spec. pagg. 252 ss.; ID., Nomina di senatori
vitalizi e numerus clausus, in AA.VV., Studi in onore di Emilio Crosa, I, Milano, 1960, pagg. 787 ss.;
nonché, in seguito, F. MODUGNO, Noterelle (anacronistiche?) sull’interpretazione dell’art. 59, 2°
comma, della Costituzione, in Riv. trim dir. pubbl. 1984, pagg. 671 ss.; ID., Numerus clausus dei senatori
a vita, in Parlamento 1984, pagg. 8 ss.
910 | Processos Desconstituintes e Democracia no Brasil
31
Laddove, tuttavia, veniva stabilito che: «Tali senatori durano in carica sette anni e non possono
essere nuovamente nominati».
32
Si potrebbe ricordare, nel medesimo ordine di idee, che l’art. 5 del disegno di legge costituzionale
recante: «Modifiche alla parte II della Costituzione», che venne approvato in via definitiva dalle
Camere nel 2005 e venne poi respinto dal corpo elettorale col referendum del 25 e 26 giugno del 2006
(riforma Berlusconi), sostituiva il testo dell’attuale art. 59, comma 2, Cost. con il seguente: «Il
Presidente della Repubblica può nominare deputati a vita cittadini che hanno illustrato la Patria per
altissimi meriti nel campo sociale, scientifico, artistico e letterario. Il numero totale dei deputati di
nomina presidenziale non può in alcun caso essere superiore a tre» (corsivo non testuale).
Roberto Pinardi | 911
33
Prescindo, in questa sede, dal discutere se e in quali termini i Tribunali costituzionali possano essere
ricompresi nel genus degli organi giurisdizionali: di recente, sul tema, cfr., volendo, R. PINARDI, Il
problema dell’impatto della declaratoria d’incostituzionalità alla luce del ruolo della Corte nel sistema,
in https://www.gruppodipisa.it/rivista/sfoglia-la-rivista, 10 luglio 2017, pagg. 2 ss. ed Autori ivi
richiamati.
34
E questo nonostante la naturale tendenza degli stessi a mascherare od addirittura a negare
revirement del genere, in nome della comprensibile volontà di avvalorare l’idea secondo cui la propria
giurisprudenza riveste un carattere sistematico e dunque procede evitando soluzioni di continuità.
35
Il riferimento è alle sentt. nn. 10 del 1972 e 251 del 1975.
36
Id est: leggi tributarie e di bilancio, di amnistia e di indulto e di autorizzazione alla ratifica di
trattati internazionali.
912 | Processos Desconstituintes e Democracia no Brasil
37
Così Corte costituzionale, sent. n. 16 del 1978, in Giur. cost. 1978, I, pag. 88.
38
In termini ancora Corte costituzionale, sent. n. 16 del 1978, cit., pag. 89.
39
Giudizi del genere sono assai diffusi nella dottrina italiana. Nella fattispecie, il rilievo che si legge nel
testo è ripreso da V. ONIDA, Corte costituzionale e sviluppi della forma di governo: il conflitto tra poteri
e il giudizio di ammissibilità dei referendum, in Quad. ass. per gli studi e le ricerche parlamentari,
Seminario 1999, Torino 2000, pag. 121.
40
Ancora da V. ONIDA, Relazione di sintesi, in R. PINARDI (a cura di), Le zone d’ombra della giustizia
costituzionale. I giudizi sui conflitti di attribuzione e sull’ammissibilità del referendum abrogativo. Atti
del seminario di Modena svoltosi il 13 ottobre 2006, Torino 2007, pag. 393.
41
Secondo una proposta da tempo formulata da G. U. RESCIGNO, Corso, cit., pag. 474 (ma v. già, nel
medesimo senso, le edizioni precedenti dello stesso manuale) e da me ripresa, di recente, in La
Consulta e i referendum sul lavoro, in Studium iuris 2018, pag. 186. Da notare, incidentalmente, che
il recente tentativo di riforma costituzionale Renzi-Boschi nulla disponeva al riguardo.
42
Sul rapporto che intercorre tra l’interpretazione della Costituzione resa dalla Corte costituzionale e
dai giudici comuni cfr. ad esempio le riflessioni di F. MANNELLA, Giudici comuni e applicazione della
Costituzione, Napoli, 2011, pagg. 40 ss. ed Autori ivi citati.
Roberto Pinardi | 913
51
V. già, sul punto, V. ONIDA, L’attuazione della Costituzione fra Magistratura e Corte costituzionale,
in AA.VV., Scritti in onore di Costantino Mortati, IV, Milano, 1977, pagg. 578 ss.
52
Per l’indicazione di ulteriori casi di applicazione diretta di regole (ma anche di principi) costituzionali
cfr. tra gli altri R. ROMBOLI, L’attività creativa di diritto da parte del giudice dopo l’entrata in vigore
della Costituzione, in G. CAMPANELLI (a cura di), Controllare i giudici? (cosa, chi, come, perché). Atti del
Convegno di Studi - Lecce, febbraio 2008, Torino, 2009, pagg. 30-33.
53
Ora art. 111, comma 7. Esso dispone che: «Contro le sentenze e contro i provvedimenti sulla libertà
personale, pronunciati dagli organi giurisdizionali ordinari o speciali, è sempre ammesso ricorso in
Cassazione per violazione di legge».
54
In termini Cass., Sez. Un., sent. n. 838 del 9 aprile 1949, in Giur. it. 1949, I, pag. 637.
55
Così ancora Cass., Sez. Un., sent. n. 838 del 9 aprile 1949, cit., pag. 637. Successivamente, sul
medesimo tema, v. anche le sentenze delle Sezioni unite civili della Cassazione del 1° giugno del 1949,
n. 1398 e del 30 luglio del 1953, n. 2593, con la quale la Suprema Corte, riconoscendo al secondo
comma dell’art. 111 Cost. «un carattere “precettivo”», affermò che tale disposizione, «a termini dell’art.
15 delle preleggi, ha abrogato, dalla sua entrata in vigore, qualunque altra norma incompatibile con
essa».
916 | Processos Desconstituintes e Democracia no Brasil
56
Come già espressamente riteneva ammissibile A. PIZZORUSSO, Indirizzi politici della magistratura, in
U. SPAGNOLI (a cura di), La riforma dell'ordinamento giudiziario e i problemi della giustizia: atti del
convegno nazionale organizzato dal Centro di studi e iniziative per la riforma dello Stato: Roma, 10-12
dicembre 1976, I, Roma, 1977, pag. 343, in assenza di un’esplicita previsione normativa. Più in
generale, sulla nota distinzione tra regole e principi v. almeno, nella letteratura italiana, oltre al classico
V. CRISAFULLI, La Costituzione e le sue disposizioni di principio, Milano, 1952; R. GUASTINI, Teoria e
dogmatica delle fonti, in A. CICU - F. MESSINEO (già diretto da) L. MENGONI (continuato da), Trattato di
diritto civile e commerciale, Milano, 1998, pagg. 271 ss. ed Autori ivi menzionati.
57
Sul concetto, le tipologie ed i problemi di ordine teorico ricollegabili alla nozione di “lacuna” del
diritto, ed al correlato dogma giuspositivista della “completezza” dell’ordinamento normativo, il rinvio
d’obbligo è a H. KELSEN, Reine Rechtslehre. Einleitung in die rechtswissenschaftliche Problematik,
Wien, 1934 (trad. it. a cura di G. Losano, La dottrina pura del diritto, Torino, 1966, spec. pagg. 276
ss.); nonché, nella dottrina italiana, a N. BOBBIO, voce Lacune del diritto, in Nov.mo dig. it., IX, Torino,
1963, pagg. 419 ss.; più di recente, in tema, cfr. G. D’ALESSANDRO, voce Lacuna, in S. CASSESE (diretto
da), Dizionario, cit., pagg. 3331 ss. ed ivi ulteriore letteratura richiamata; cui adde, da ultima, G.
SORRENTI, Il giudice soggetto alla legge… in assenza di legge: lacuna e meccanismi integrativi, in
www.costituzionalismo.it, 12 febbraio 2018, pagg. 59 ss., anche per ulteriori esempi di utilizzo diretto
di principi costituzionali oltre a quelli tra un attimo menzionati nel testo.
58
Determinando, in tal modo, quei «vuoti non sopportabili alla coscienza collettiva» di cui parla P.
GROSSI, Crisi del diritto oggi, in Dir. e soc. 2011, pag. 45.
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61
In termini, rispettivamente, Corte costituzionale, sent. n. 11 del 1998, in Giur. cost. 1998, pag. 61; e
sent. n. 347 del 1998, ivi, pagg. 2635-2636.
62
Cfr. tra le altre, in tal senso, le sentenze della Cassazione n. 1184 del 1951 e n. 461 del 1952. Ricordo
che in seguito la stessa Consulta, a partire dalla sent. n. 156 del 1961, avallò l’interpretazione dell’art.
36, comma 1, Cost. resa dalla Corte di cassazione.
63
Il riferimento è a Tribunale penale di Roma (nella persona del G.U.P.), sent. n. 2049 del 23 luglio
2007, depositata il 17 ottobre dello stesso anno, che si legge, ad esempio, in Riv. fam. pers. 2008, pagg.
343 ss.
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5. Per concludere
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Secondo tale modello, infatti, mentre la Costituzione sarebbe dovuta rientrare nell’ambito esclusivo
di operatività della Corte, il giudice si sarebbe dovuto muovere solamente sul piano della legge. Si è
tuttavia correttamente evidenziato, in senso contrario a questo modo di vedere, che esso si basa su un
«insensato dualismo tra (semplice) legalità e costituzionalità, […] secondo una risalente
contrapposizione, forse immaginata dal Costituente, ma giustamente criticata per tempo in nome
dell’unità dell’ordinamento e della pervasività e superiorità della Costituzione» (così F. MODUGNO, Sul
problema dell’interpretazione conforme: un breve excursus, in Giur. it. 2010, pag. 1962, corsivo
testuale, richiamandosi espressamente ai rilievi formulati, in proposito, da C. MEZZANOTTE, La Corte
costituzionale: esperienze e prospettive, in AA.VV., Attualità ed attuazione della Costituzione, Bari,
1979, p. 160).