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A reprodução deste livro, na íntegra ou em parte, é a maior contribuição que você pode dar
para que nós, brasileiros, deixemos novamente de ter uma bibliografia sobre design.
www.2ab.com.br
Impresso no Brasil. Printed in Brazil.
M636g
Miguel, Rodrigodraw.
Design de Mascotes: Guia Rápido: personagens para
identidades visuais, propaganda e HQ / Rodrigodraw Miguel. Teresópolis,
RJ: 2AB, 2012.
128 p; 18 cm.
Inclui bibliografia.
ISBN 978-85-86695-65-0
Folha de rosto
Créditos
Agradecimentos
Introdução
A mascote cosmopolita
Referência Bibliográfica
Sobre o Autor
Introdução
Mascote: definição e breve história
Copa do Mundo. FIFA & Jogos Olímpicos. Ilustrações: FIFA & Mauricio de Sousa. Divulgação.
Um case atraente foi de um shopping carioca: para uma campanha
de marketing, em pleno verão do Rio de Janeiro, o Rio Sul e suas
empresas associadas encomendaram um pinguim como mascote
“provisória”. A mascote foi criada especificamente para uma
temporada de patinação no gelo. O carismático pinguim veranista
desaparecerá quando o ringue de patinação for removido.
Agora chegou a hora de por a mão na massa. Dica: uma boa
aplicação de personagem é a criação promocional das tabelas dos
Jogos Olímpicos e da Copa, com datas e horários oficiais,
padronizadas com a própria mascote da empresa. Você pode oferecer
essa ideia a seus clientes. É um material que pode ser rodado em
offset e que toda clientela gosta muito de obter nos períodos desses
eventos. É uma alternativa de marketing bacana que pode ser
aplicada a cada dois anos.
Mascote do Shopping Rio Sul. Propriedade: Shopping Rio Sul. Divulgação.
A personagem oriental Hello Kitty também não tem boca, mas isto
não a impede de externar as informações de que os criadores
necessitam, uma vez que sua inteligência nas atitudes e expressões
corporais são transmitidas perfeitamente.
Temperamento – descreva as emoções e humores da criatura.
Eles podem se enquadrar como: expansivo e otimista, sonhador,
pacífico e dócil. No caso de mascotes antagonistas, ambiciosos e
dominadores ou pessimistas e solitários. Personagens antagonistas
são atraentes em campanhas publicitárias, nas quais a mascote
principal enfrenta um arqui-inimigo com ações contrárias à sua
prestação de serviço. Tão significativo quanto o detetive Bond Boca, da
Cepacol, eram seus inimigos, a gangue da cárie. Você pode brincar
com esses traços e até misturá-los. Eles são uma descrição básica da
teoria de Hipócrates. Como será uma produção para mercado pense
sempre em atributos positivos.
Sabedoria – esse conceito às vezes é confundido com esperteza ou
inteligência. É a capacidade de entender seus erros e corrigi-los.
Conta também se o personagem é experiente ou não.
Caráter – são os traços morais e os escrúpulos. É um fator útil
quando se trata de anti-heróis e vilões.
Criatividade – essa descrição vai mostrar se a mascote terá
soluções inovadoras na criação de ideias e diferentes soluções para
problemas.
Após essa fase, fica mais fácil definir as etapas seguintes:
Rosto e expressão facial – “A face e os olhos são o espelho da
alma.” Esta frase também cabe ao design de mascotes. O principal
padrão de reconhecimento estético é o rosto. Mesmo sendo de um
boneco. Construa uma face sempre simétrica com expressões faciais
alegres e confiantes.
Biotipo e postura – mesmo sendo estilizada, a mascote de uma
marca necessita de uma estrutura muscular. O biotipo é referência
visual para dimensão física, sexo, idade, etnia e tudo mais. Você
escolhe se a mascote será gorda, magra, esbelta ou musculosa. Em
relação à postura, é necessária ser marcante e otimista. Você
provavelmente usará a silhueta em peças publicitárias, por isso, uma
pose de vencedor ajuda muito.
Vestuário ou roupa – muito mais que uma camisa e par de tênis,
refere-se a estilo. Como estamos falando de personagens para
empresas e instituições, grande parte será relacionada à profissão ou
ao serviço prestado pela empresa.
Tabela de cor – é imprescindível que as cores sejam derivadas da
identidade visual. Procure criar esquemas da mesma colorização em
palhetas de cores diferenciadas, como CMYK, RGB e Pantone. Isso
facilitará muito na aplicação do personagem por outros profissionais.
Um bom designer de mascotes elabora suas obras pensando em várias
plataformas: impressos, sign design (sinalização: placas, frotas de
carro, outdoors), web, animação para televisão, entre muitas outras
mídias.
Fala e voz – em futuros anúncios, principalmente de animações,
seu personagem poderá falar, o que já abrange conceitos de
animação e processos de dublagem. No Rio de Janeiro e em São
Paulo há estúdios respeitados com preços de produção bem
acessíveis. Voz grave ou aguda, com timbre ou potência moderados
“falam” muito de seus personagens. A dica é usar a “estética” dos
desenhos animados, em que a voz acompanha o estilo cartunesco do
visual.
No caso de desenvolvimento para quadrinhos, games, cinema,
animação e livros, esses taços devem se estender ainda mais e de
forma bem mais complexa. Na ocorrência de personagens para
marcas, essas qualificações já estão de bom tamanho. Já podemos
passar para a linguagem gráfica, que, no caso do design, vai falar –
pelo menos à primeira vista – mais que mil palavras. Voltando à
questão inicial: qual a diferença entre character design e model sheet?
Character Design – é a primeira etapa da concepção visual. Esse
passo é a construção dos aspectos gráficos. Nesse processo,
rascunhos soltos são fundamentais. São traços mais livres do rosto,
biotipo, vestimenta, acessórios, características gráficas e físicas.
Além desses traços, descrições como o tipo da angulação de postura,
expressões faciais das mais variadas reações e muito mais.
Além das descrições gráficas, é importante conter características
descritivas de feitura para produção industrializada. Nesta parte, a
expansão entra em cena, funcionando como um subdiretório. Mesmo
que você continue contratado para desenhar a figura por anos a fio,
essa criação pode atingir o gosto do público e do inconsciente coletivo
gerando, por exemplo, um convite para um jogo em uma grande rede
social. Game é como cinema, faz-se necessária uma grande equipe:
direção, programadores, direção de arte e afins. Não há como você
fazer tudo sozinho. Aí entra o character design, que servirá de manual
para toda a equipe e para quem for trabalhar com a franquia
posteriormente.
Character Design de Expansão – para que a mascote possa ser
adaptada para mídias físicas como brinquedos (bonecos), fantasias e,
principalmente, animações 3D, é necessário criar o desenho do
personagem no mesmo tamanho e escala, em ângulos diferentes.
Aplicada nas angulações frontal, perfil, dorsal e superior, a
personagem poderá ser industrializada facilmente em esculturas
físicas ou virtuais. Esse registro das poses do(a) boneco(a) precisa ter
uma representação gráfica bem técnica, no qual o personagem
apareça na mesma metragem dos ângulos retratados, ou seja, todos
os desenhos dele devem ter os mesmos idênticos centímetros de
altura.
Model Sheet – são todas as atribuições contidas no character design,
porém mais definidas, em ângulos diferentes, com escala de
proporção, e o que é mais imprescindível: tabela e escala de cores,
que devem dialogar com as mesmas cores da marca. A apresentação
da model obrigatoriamente deverá ter um layout melhor editorado,
com arte final limpa, pois é este material que será demonstrado ao
cliente. É como se fosse um manual de aplicação de marca. Nas
imagens da página 34 temos um exemplo claro, dos estúdios Disney,
da diferença entre ambos. No entanto, esses modelos são para
cinema, especificamente para a equipe de animação. É quase um
material de endomarketing.
Uma model sheet de mascote coorporativa ou empresa precisa ter
informações mais técnicas do desenho para perfis de impressão e
bureaus gráficos, diferente do character design, em que essas
informações serão mais artísticas. É fundamental que os contornos
do desenho sejam bem definidos (se for a proposta da criação) e
tenham cor uniforme. Quando a marca cresce, o mundo da criação
expande. Hora de criar novos seres.
“Batman”. Criação: Bob Kane & DC Comics. Ilustrações: Garcia Lopez e Bruce Timm.
Divulgação.
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Desenho
Televisão 2D Digital Pais
Animado
Exemplo 2
• Público-alvo = consumidor + comprador
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Desenho
Televisão 2D Digital Pais
Animado
Exemplo 3
• Público-alvo = comprador
Produto
Mascote Adulta “Loja B” Proprietário de Automóvel
Automotivo
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Desenho
Televisão 3D Digital Homens acima de 18 anos
Animado
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Twitter, Rede Social + Micri Blog. Divulgação. Vivo, Operadora de Celular. Divulgação.
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Cepacol | Bond Boca: Divulgação.