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O NOSSO BAPTISMO
– Jesus quis ser baptizado. Instituição do Baptismo cristão. Agradecimento.
– Efeitos do Baptismo: limpa o pecado original, nova vida, filiação divina, etc.
O Senhor desejou ser baptizado, diz Santo Agostinho, “para proclamar com
a sua humildade o que para nós era uma necessidade”1. Com o baptismo de
Jesus, ficou preparado o Baptismo cristão, directamente instituído por Jesus
Cristo e imposto por Ele como lei universal no dia da sua Ascensão: Todo o
poder me foi dado no céu e na terra, dirá o Senhor; ide, pois, ensinai a todos
os povos, baptizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo2.
O dia em que fomos baptizados foi o mais importante da nossa vida, pois
nele recebemos a fé e a graça. Assim como “a terra árida não dá fruto se não
recebe água, assim também nós, que éramos como lenha seca, nunca
daríamos frutos de vida sem esta chuva gratuita do alto” 3. Antes de recebermos
o batismo, todos nós nos encontrávamos com a porta do Céu fechada e sem
nenhuma possibilidade de dar o menor fruto sobrenatural.
A nossa oração pode ajudar-nos hoje a agradecer por termos recebido esse
dom imerecido e a alegrar-nos por tantos bens que Deus nos concedeu. “A
gratidão é o primeiro sentimento que deve nascer em nós da graça baptismal”4.
Devemos agradecer a Deus que nos tenha purificado a alma da mancha do
pecado original, bem como de qualquer outro pecado que tivéssemos naquele
momento. Todos nós somos membros da família humana, que foi danificada na
sua origem pelo pecado dos nossos primeiros pais. Este “pecado original
transmite-se juntamente com a natureza humana, por propagação, não por
imitação, e está em cada um como algo próprio” 5. Mas Jesus dotou o Baptismo
de uma eficácia especialíssima para purificar a natureza humana e libertá-la
desse pecado com que nascemos. A água baptismal significa e actualiza de
um modo real o que é evocado pela água natural: a limpeza e a purificação de
toda a mancha e impureza6.
A nossa oração dirige-se hoje a Deus, para que não permita que isso
aconteça. Que bom apostolado podemos e devemos fazer, em tantos casos,
com amigos, colegas, conhecidos...
(1) Santo Agostinho, Sermão 51, 33; (2) Mt 28, 18-19; (3) Santo Irineu, Tratado contra as
heresias, 3, 17; (4) Columba Marmion, Le Christ, vie de l’âme, Abbaye de Maredsous, 1933,
págs. 186 e 203-204; (5) Paulo VI, Credo do povo de Deus, Roma, 1967, 16; (6) cfr. 1 Cor 6,
11; Jo 3, 3-6; (7) São Leão Magno, Homilia de Natal, 3; (8) Colecta da Missa do domingo
depois da Epifania; (9) Jo 3, 3-6; (10) cfr. 1 Jo 3, 1-9; (11) cfr. Rom 8, 14-17; (12) São
Josemaría Escrivá, Caminho, n. 274; (13) Concílio Vaticano II, Constituição Lumen gentium, 9;
(14) cfr. ibid., 14; Decreto Ad Gentes, 7; (15) cfr. ibid., 11 e 42; (16) A. del Portillo, Escritos
sobre o sacerdócio, 5ª ed., Palabra, Madrid, 1979, pág. 111; (17)Dz, 852; (18) Sagrada
Congregação para a Doutrina da Fé, Instrução, 20-X-1980; cfr. Código de Direito Canónico, c.
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