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ARQUITETURA E URBANISMO
HISTÓRIA DA TÉCNICA E CRÍTICA DA ARQUITETURA E DO PAISAGISMO VI
Em meio a névoa
São Paulo
2017
As fronteiras conceituais e historiográficas que esboçavam limites entre
arquitetura e arte contemporânea se diluíram gradativamente nos últimos anos,
estreitando questões disciplinares e lidando com uma compreensão e debate
relativos a um mundo contemporâneo muito mais intenso.
“Os modelos nos quais eu me inspirei para entender a exploração do aço como
material de construção foram Eiffel, Roebling, Maillart, Mies van der Rohe.
Desde que eu decidi construir com o aço se tornou necessário saber quem
lidou com esse material da forma mais significativa, mais inventiva e mais
econômica” (RICHARD SERRA, In. Forster, p162)
“Do ponto de vista das artes o pavilhão representa uma expansão da instalação
para um todo espacial que passa a envolver também o edifício e, quando
tomado como meta arquitetura, opera também como plataforma de
afrontamento crítico.” (TONETTI, 2013)
Figura 1
Além disso, há uma busca por uma arquitetura que beira o imaginável –
chamado de “arquitetura da atmosfera” pela arquiteta Elizabeth Diller – que não
tem paredes, tetos ou objetos que intercedam nossas relações. A massa de
água é usada não apenas como contexto, mas, sobretudo, como material
primária que intercede a experiência.
Figuras 2 e 3
“Dentro do nevoeiro nós não estamos mortos. Estamos, talvez, com um misto
de temor e encantamento, tateando caminhos incertos através de outros
sentidos que não a visão, já muito comprometida pela nitidez excessiva que,
paradoxalmente, caracteriza o mundo atual. A propósito, e não é exatamente a
nebulosidade – na mão contrária da nitidez atual – a característica
determinante da paisagem moderna desde o Impressionismo, consumando a
vitória do sfumato sobre a perspectiva?” (WISNIK, 2012)
Figuras 4 e 5
KRAUSS, Rosalind, Sculpture in the expanded Field. In: October, vol. 8, Spring,
1979, p.30-44