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Segundo Bandler (1982), uma âncora pode ser uma palavra ou uma frase, um toque ou
um objeto.
Pode ser alguma coisa que vemos, ouvimos, provamos, sentimos, ou cheiramos. As
âncoras têm grande poder, porque podem instantaneamente acessar estados poderosos.
Porém, nem todas as âncoras são associações positivas. Algumas são muito
desagradáveis. Uma das coisas que afeta o poder da âncora é a intensidade do estado
original. Em geral, recebemos âncoras o tempo todo. Somos bombardeados com
mensagens de televisão, rádio e da vida diária. Algumas tornam-se âncoras, outras não.
Se uma pessoa está num estado forte, seja bom ou mau, quando entrar em contato com
um estímulo em particular, há possibilidade de tornar-se ancorado. Podemos, através da
PNL, aprender a controlar o processo de ancoragem e, portanto, instalar âncoras positivas
e afastar as negativas.
Um famoso exemplo de uma pessoa que dominava a técnica da ancoragem era Hitler,
pois ele vinculou estados específicos de mente e emoção à suástica, tropas com passo de
ganso e comícios de massa. Ele colocava o povo em estados intensos e, enquanto os tinha
assim, proporcionava coerentemente estímulos específicos e únicos até que tudo que tinha
a fazer mais tarde, era oferecer aqueles mesmos estímulos, como levantar a mão aberta
no gesto de "Heil", para fazer surgir toda a emoção que havia vinculado a eles. Ele usava
constantemente esses instrumentos para manipular as emoções e, assim, os estados e
comportamentos de uma ação.
Podemos criar âncoras para nós e para os outros, da seguinte forma; Deve-se, em
primeiro lugar colocar a pessoa que vai ancorar no específico estado que deseja ancorar.
Então se deve proporcionar consistentemente um estímulo específico, único, enquanto a
pessoa experimenta o auge deste estado. Por exemplo, quando alguém está rindo, está
num estado congruente específico naquele momento, seu corpo todo está envolvido. Se
apertarmos sua orelha com pressão única e específica e simultaneamente emitir certo som
muitas vezes, você pode voltar mais tarde, providenciar o estímulo (o aperto e o som) e
ela começará a rir novamente.
Outra maneira de criar uma âncora em alguém é pedir-lhe que se lembre de uma época
em que sentiu o estado que agora deseja ter disponível, sob sugestão. Fazendo a pessoa
voltar para aquela experiência, de maneira que fique totalmente associada e possa sentir
aquelas sensações em seu corpo. Enquanto ela faz isso, podemos começar a ver
mudanças em sua fisiologia, expressões faciais, postura, respiração. Quando esses
estados estiverem se aproximando do auge, devemos providenciar rapidamente um único
estímulo específico, diversas vezes.
Você talvez já tenha ouvido uma música e sentido alguma emoção especialmente
agradável. Ou tenha escutado algum timbre de voz que o incomodou. Pode ser que se
emocione com certa palavra, ouvida ou pensada, ou se irrite às vezes ao ver alguma coisa
aparentemente insignificante.
O que você, eu e todos temos é uma capacidade de criar associações entre estímulos e
processos internos, sejam emocionais ou mentais, e depois reproduzi-los quando na
presença dos mesmos estímulos. Este é o mesmo mecanismo do aprendizado de palavras
e da linguagem em geral. Se eu disser "barata", você provavelmente verá internamente a
imagem de uma. Se você já teve alguma experiência desagradável com baratas, pode ser
que a palavra lhe provoque sensações relacionadas. Já se eu lhe disser uma palavra
desconhecida, como "agorizar" (se você não leu o respectivo artigo), nenhuma
representação interna é ativada: você não "entendeu". Quando há uma ligação
estabelecida, dizemos que o estímulo funciona como uma âncora.
Uma âncora pode ser estabelecida de várias maneiras; a repetição é uma delas.
Experimente repetir algumas vezes a seqüência: por o dedo na ponta do nariz/lembrar do
rosto sorridente de uma pessoa de que goste. Fez? Agora ponha o dedo na ponta do
nariz, o que vem em seguida?
Âncoras não precisam ser necessariamente "lógicas". Anthony Robbins, no livro Poder
sem Limites, conta que vivenciou uma experiência desagradável no saguão de um hotel
por conta de algumas malas. Ao subir para o quarto, notou que estava irritado com a
esposa, aparentemente sem motivo. Mas logo descobriu que o motivo era ela estar
presente no contexto onde sentiu as emoções! Você ja pensou se alguém se irrita com o
barulho dos filhos e cria uma âncora de irritação com toda a categoria "crianças"?
Além disto, âncoras não duram para sempre. A tendência é, se não foram ativadas, irem
diminuindo sua intensidade e até desaparecer.
Aplicações
Podemos usar as âncoras às quais as pessoas estão habituadas. É mais provável acalmar
alguém falando em um tom de voz calmo do que gritando. Se uma pessoa ancorou tensão
ao verbo relaxar, não irá adiantar pedir a ela para fazer isto, pode ser melhor mostrar-lhe
uma imagem bonita de um pôr-do-sol ou massagear-lhe as costas. Talvez você mesmo já
tenha visto pessoas que ao ouvir um pedido em certo tom de voz, simplesmente não
conseguem dizer não!
Já vi mães que quando os filhos brigam, colocam-nos abraçados durante algum tempo;
pense no potencial de criação de âncoras dessa situação. Já Virgínia Satir, uma
psicóloga famosa pelos resultados que conseguia com seus pacientes, ao tratar casais
primeiro fazia com que eles se lembrassem de bons momentos que viveram juntos e de
bons sentimentos, para então fazer com que olhassem um para o outro, ancorando aquele
estado ao rosto de cada um.
Outra aplicação é o uso ou criação deliberada de âncoras para alguma finalidade. Por
exemplo, quando estiver bem animado, posso ouvir a música We are the champions. Um
dia em que acordar meio sonolento, posso ouvir a música para me animar. Uma vez fiz
um treinamento em que foram despertadas muitas boas emoções; enquanto estava no
estado, molhei o rosto com água (o que naturalmente já me dá muito prazer) para poder
ativar aquele estado depois. Você pode também experimentar entrar em relaxamento e
pronunciar palavras como "paz" e "alegria", ativando em si essas experiências.
E quando você sentir água na boca ao ver uma propaganda de refrigerante ou creme
dental, lembre-se de que muitos publicitários também conhecem essa sua capacidade!
Site: http://paginas.terra.com.br/educacao/mauro.laruccia/trabalhos/pnl.htm
Ocorre que o estado em que estamos pode ou não ser apropriado para o que estamos
fazendo. Há estados mais adequados para criar (por exemplo, liberdade de pensamento),
para aprender (receptividade, curiosidade, interesse), para fazer amor (excitação, desejo,
afetividade), para planejar (realismo), dormir (sono) e assim por diante.
4) Quebra do estado - Saia do estado: olhe em volta, pense em algo que tem a fazer,
pense em algo que não tenha nada a ver com o que fez, sacuda o corpo ou mexa as mãos
à frente dos olhos. Isto permitirá um melhor teste.
5) Teste - Acione o estímulo e verifique se entra no estado a ele associado. Se achar que
não está satisfatório, retome o procedimento a partir do passo 3.
Daí em diante, quando quiser entrar no estado desejado, basta acionar a âncora
reproduzindo o estímulo. Para reforçar uma âncora, repita o procedimento para o mesmo
estado desejado e estímulo, mas revivenciando outra situação. Você pode também
empilhar âncoras, associando estados diferentes ao mesmo estímulo, como motivação,
curiosidade, interesse e disposição. E você pode ter várias âncoras: para usar na escola,
no trabalho, no namoro e nos contextos que quiser.
4) O estado atual - uma âncora pode não ser suficiente para fazer a transição do estado
atual diretamente para o desejado. Neste caso podem ser necessárias algumas transições
intermediárias, como por exemplo, um estado mais calmo, relaxado ou neutro.
Conteúdo disponível em livros variados de PNL