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SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO

PROJETO DE ENSINO EM PEDAGOGIA:


O Brincar e sua contribuição para a aprendizagem na
Educação Infantil

Jaguariaíva
2019

PROJETO DE ENSINO EM PEDAGOGIA:


O Brincar e sua contribuição para a aprendizagem na
Educação Infantil

Projeto de Ensino em Pedagogia


apresentado à Universidade Pitágoras
UNOPAR, como requisito parcial para
obtenção do título de Graduação em
Pedagogia – Licenciatura.

Orientador: Prof.

Jaguariaíva
2019
RESUMO

Este Projeto de Ensino trata da temática sobre o lúdico na educação infantil,


visto que tais atividades são fundamentais na infância, podendo ser
considerados valiosos instrumentos de ensino e de aprendizagem. A
justificativa se dá devido a necessidade de resgatar várias brincadeiras ao
longo de um dia buscando encontrar na criança sua satisfação maior o brincar
faz parte da vida do desenvolvimento de toda criança, e dentro deste
pensamento ela vai encontrar a possibilidade de se descobrir podendo através
do projeto brincar, criar, olhar, entender, experimentar, discutir, fazer e refazer
as escolhas transformando o mundo à sua volta. A problemática demonstra
que toda criança ao descobrir e explorar o mundo que a rodeia faz uso de
brincadeiras como um instrumento, para auxiliá-la em seu desenvolvimento e
na assimilação do meio. Não seria mais estimulador e facilitador para a criança
aprender brincando? Tem como objetivo principal a contribuição para que o
trabalho pedagógico possibilite ludicidade, como um fator motivador,
estimulando a aprendizagem, e aproveitando para fazer uma investigação
aprimorada sobre como eles estão sendo selecionados e conduzidos no
espaço da educação infantil. Projeto desenvolvido no CEMEI Professora Ivani
Pinheiro Zanão em Jaguariaíva/PR. O processo de desenvolvimento,
ilustrações de brincadeiras, desenhos com tons alegres e chamativos e muitas
brincadeiras. Quanto ao material pode se fazer uso de qualquer elemento que
venha levar a criança a desenvolver suas habilidades. No referencial teórico se
destaca pensamentos dos autores: Ferreiro (2000); Freire (2002); Piaget
(1978); Vygotsky (1991) entre outros.

Palavras – Chave: Educação Infantil, recreação, aprendizagem.


SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO.................................................................................................5
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA............................................................................7
2.1 RECREAÇÃO.................................................................................................7
2.2 O BRINCAR E A EDUCAÇÃO INFANTIL......................................................8
2.3 ATIVIDADES LÚDICAS E SUAS POSSIBILIDADES NO AMBIENTE........12
2.4 O LÚDICO NO PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO......15
3. PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO DO PROJETO DE ENSINO..........19
3.1 LINHA DE PESQUISA E TEMA...................................................................19
3.2 JUSTIFICATIVA............................................................................................19
3.3 PROBLEMATIZAÇÃO..................................................................................19
3.4 OBJETIVOS..................................................................................................20
3.4.1 Objetivo Geral............................................................................................20
3.4.2 Objetivos Específicos................................................................................20
3.5 CONTEÚDO.................................................................................................20
3.6 METODOLOGIA...........................................................................................21
3.7 TEMPO DE REALIZAÇÃO...........................................................................22
3.8 RECURSOS HUMANOS E MATERIAIS......................................................22
3.9 AVALIAÇÃO.................................................................................................22
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS...........................................................................24
REFERÊNCIAS..................................................................................................25
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1. INTRODUÇÃO

O presente projeto tem como apresentar a criança que brinca,


desenvolve suas capacidades motoras, linguísticas e cognitivas. É importante
destacar seu valor na aplicação escolar, principalmente no que se diz respeito
à Educação Infantil. A linha de pesquisa utilizada diz respeito aos Processos
Educativos e Linguagem.
A justificativa apresenta as brincadeiras na vida das crianças como
relevante, pois é um processo de mediação entre a criança e a realidade. A
brincadeira é um universo que envolve a criança, apresentar novos elementos
partindo do olhar que ela tem do mundo que a cerca, do mundo que pode ser
criado através do faz-se de conta, oportuniza um maior interesse por estas
novas informações e por consequência possibilita um maior aprendizado.
A problematização faz com que as pesquisas indicam que cada vez
mais, as brincadeiras que favorecem o desenvolvimento da criança estão
sumindo no âmbito escolar, e até mesmo os profissionais da área não buscam
introduzir o lúdico como das ferramentas essenciais para o crescimento
saudável das crianças, em seus conteúdos dados em sala de aula.
Com o objetivo de despertar o interesse pelo o aprendizado dos
alunos, por meio do lúdico, visando uma melhor qualidade de ensino-
aprendizagem e o desenvolvimento social e cultural do educando, formando
sujeitos críticos para o processo de socialização. O desenvolvimento infantil é
todo e qualquer movimento que tem como objeto seja qual for à brincadeira por
mais simples que pareça ajudará a criança no seu desenvolvimento, visando
sempre o processo de aprendizagem de cada um. Sob influência da
brincadeira, a criança é conduzida a auto expressão, a socialização, ao
desenvolvimento dos sentidos, aos movimentos como necessidade primordial
ao seu melhor desempenho e ainda servindo de motivação para facilitar sua
aprendizagem, despertando um interesse ainda maior no decorrer de suas
atividades. As atividades devem ser centradas nos interesses das crianças e
organizadas de modo a respeitar as condições de realização de cada uma
delas pouco a motivação como facilitadora da aprendizagem para despertar o
interesse no decorrer das atividades proposta.
6

Para realizar o projeto é necessário alguns recursos como o material


pedagógicos, sucatas, brincadeiras, jogos e atividades viso manuais concretas
(pinturas, desenhos, etc.).
A avaliação se destina a obter informações e subsídios capazes de
favorecer o desenvolvimento das crianças e ampliação de seus conhecimentos.
Nesse sentido, avaliar não é apenas medir, comparar ou julgar. Muito mais do
que isso, a avaliação apresenta uma importância social e política fundamental
no fazer educativo. A distância existente entre o discurso e a prática de alguns
educadores e educadoras, principalmente a ação classificatória e autoria
exercida pela maioria, encontra explicação na concepção de avaliação do
educador/a, reflexo de sua história de vida como aluno/a e professor/a.
7

2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

2.1 RECREAÇÃO

As atividades que o ser humano realiza em seu tempo livre visando sua
satisfação pessoal pode ser chamada de recreação.
De acordo com Lima (2007, p.02), recreação é a toda atividade
espontânea, divertida e criadora que as pessoas buscam para promover sua
participação individual e coletiva em ações que melhorem a qualidade de vida e
para satisfazer sua necessidade de ordem física, psíquica ou mental e cuja
realização lhe proporciona prazer.
O significado da palavra recreação tem origem no latim (recreare) a
recreação é importante para todos, crianças, adultos, idosos. É importante e
necessário que todos nós tenhamos um momento de lazer, de recreação.
Assim, as atividades de recreação devem ser livres, criativas, prazerosas, que
tragam divertimento e alivie as preocupações cotidianas (TOSETI, 1977).
O lazer e o jogo estão inseridos no conceito de recreação. Observa-se
que a recreação, como objeto de estudo tem sido analisado e estudado como
uma combinação do lazer. Assim, quando se observa as citações da palavra
lazer, certamente também a recreação e o jogo estão também incluídos (LIMA,
2007, p.01).
Segundo Carneiro e Dodge (2009, p.19), brincar faz parte da educação
do ser humano. Através do brincar as crianças aprendem a cultura dos mais
velhos, se inserem nos grupos e conhecem o mundo que está ao seu redor.
É na infância que as brincadeiras são mais importantes. A criança
satisfaz suas vontades, seus interesses, se expressa, reflete, constrói e
organiza, destrói e desorganiza seu mundo de acordo com sua vontade no
momento (DALLABONA; MENDES, 2004).
Nesse sentido, a brincadeira é um meio importante de inserção na
realidade, onde a criança tem a possibilidade concreta de transformar, criar,
desorganizar, enfim, ela tem inúmeras maneiras de ver o mundo. A recreação,
portanto, é inerente ao ser humano e é importante para o desenvolvimento
cognitivo das crianças.
8

Para Schneider (2004, p. 56), uma das atividades que pode servir ao
propósito de apropriação da cultura humana é o brincar, pois para o recém-
nascido se tornar humano não basta que ele esteja no meio de humanos, é
necessário que esta criança se aproprie da cultura na relação com os outros
homens. Portanto, a origem das mudanças que ocorrem no homem, ao longo
do seu desenvolvimento, está, segundo os princípios desta teoria, na
sociedade, na cultura e na sua história. Desta forma entendo que o brincar é
uma atividade humana como é o trabalho.
Sendo assim, entende-se que o brincar é necessário e importante para
que a criança aprenda e conheça a cultura da sociedade em que está inserida,
apropriando-se de conceitos e princípios e fazendo com que a brincadeira seja
uma atividade dos homens em todos os tempos.

2.2 O BRINCAR E A EDUCAÇÃO INFANTIL

A criança aprende a brincar tendo contato com as brincadeiras, jogos,


recreações. Nesse sentido o brincar passa a ter uma função de socializar e
integrar a criança na realidade em que vive. E, de fato, muitas atividades
lúdicas permaneceram através dos tempos, passando de gerações a gerações,
entretendo as crianças e tornando-as parte de um meio (CARNEIRO; DODGE,
2009).
De acordo com Almeida (1995, p. 41), a educação lúdica contribui e
influencia na formação da criança, possibilitando um crescimento sadio, um
enriquecimento permanente, integrando-se ao mais alto espírito democrático
enquanto investe em uma produção séria do conhecimento. A sua prática exige
a participação franca, criativa, livre, crítica, promovendo a interação social e
tendo em vista o forte compromisso de transformação e modificação do meio.
Dessa forma, o brincar é elemento de interação social, de
desenvolvimento e de transformação, pois pelo lúdico a criança pode interagir,
aprender e criar. Atualmente, é quase sempre só na Educação Infantil que a
escola abre espaço para o brincar, pois aí sua associação ao desenvolvimento
das crianças é mais reconhecida pela sociedade. Nesse espaço em geral, a
atividade lúdica se realiza sob duas formas bem definidas: a do jogo didático e
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a do jogo espontâneo, embora o primeiro prevaleça sobre o segundo


(CARNEIRO;
DODGE, 2009).
Na educação infantil, o professor como mediador do conhecimento,
ocupa um espaço de peso e por isso mesmo, ele deve ter uma postura
adequada para as brincadeiras, oferecendo aos alunos o material, organizando
os espaços, distribuindo tarefas, verificando possibilidades (WAJSKOP, 1995).
Desta forma, o papel do professor como mediador nas brincadeiras e
jogos é de grande importância, facilitando para o aluno condições para a
execução dos mesmos.
É necessário observar que o interesse pela brincadeira envolve a faixa
etária da criança, bem como seu desenvolvimento social, afetivo e também
seus hábitos culturais. “O que importa é que a criança brinque, e experimente
os mais variados tipos de brincadeiras ou jogos, sem preconceitos culturais”
(FALCÃO; RAMOS, 2002).
As emoções podem ser avaliadas e vistas pelo brincar, pois por meio
dele a criança vai achar o equilíbrio necessário para construir a sua
individualidade, seu caráter e personalidade (BITTENCOURT; FERREIRA,
2002).
Para Barbosa (1997, p. 399), a educação infantil é um espaço
privilegiado para falar dessa temática; afinal, dentro do sistema de ensino, a
educação infantil, ou a pré-escola como também é chamada por alguns
autores, é um dos poucos lugares onde o lúdico ainda é visto como apropriado,
ou mesmo "inerente" ou "natural”.
Para Santos (2009, p. 19), “A brincadeira é a situação básica de
experimentação pelas crianças”. Dessa forma o professor também vai aprender
com a criança, pois para ensinar, ele também tem que brincar, isto é, estar
inserido junto com a criança no mesmo espaço, em sintonia e estar sempre
aberto à novas experiências.
Desta forma, o professor deve ter em mente que as situações criadas
pelos jogos e brincadeiras levam a uma interação entre educador/educando
realmente verdadeira, numa troca de experiências mútua e gratificante.
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Entretanto, muitas vezes o professor prepara as brincadeiras e os


jogos de forma a não interessar de forma efetiva seu aluno. As crianças têm
imaginação de sobra para opinar e criar brincadeiras interessantes.
De acordo com Siqueira (2009, p. 58), não seria mais efetivo
perguntarmos às crianças o que elas realmente gostariam de ter para brincar
na escola? Será que as julgamos incapazes de organizar suas próprias
brincadeiras? Porque insistimos nos cenários e na estruturação? Depois
queremos que elas se tornem pessoas criativas.
Assim, com a ajuda do educador, com sua experiência teórica e
prática, pode aproveitar as ideias criativas de seus alunos, tornando o
momento mais agradável e também de aprendizado.
Faz-se necessário que o professor se transporte também para o mundo
infantil, para o mundo de seus alunos, sempre os motivando com brincadeiras
interessantes, divertidas, para conquistá-los, para chamar a atenção, a fim de
que o ensino/aprendizagem seja um sucesso (BANDEIRA, 2001).
A brincadeira sempre traz fatores positivos a criança. É pelo lúdico que
ela pode aprender a ser, a pensar, a agir, pois desenvolve muitas habilidades e
torna a criança capaz de se tornar um cidadão preparado, crítico, observador e
consciente de seus direitos e deveres. O lúdico proporciona ao
desenvolvimento da criança em todos os níveis (DALLABONA; MENDES,
2004).
Para a criança, as brincadeiras trazem muitos e importantes benefícios
para o seu desenvolvimento, tanto do ponto de vista físico, como do intelectual
e do social. Elas possibilitam que a criança aprenda de forma agradável e
interessante. “Como benefício didático, as brincadeiras transformam conteúdos
maçantes em atividades interessantes, revelando certas facilidades através da
aplicação do lúdico” (BITTENCOURT; FERREIRA, 2002).
De acordo com Salomão e Martini (2007, p. 02), o enfoque na
avaliação lúdica é um dos muitos caminhos que nos possibilita ver como a
criança inicia seu processo de adaptação à realidade através de uma conquista
física, funcional aprendendo a lidar de forma cada vez mais coordenada,
flexível e intencional com seu corpo situando-o e organizando-o num contexto
espaço-temporal que lhe é reconhecível, que começa a fazer sentido para sua
memória pessoal.
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Dessa forma, verifica-se que é preciso observar o foco que o professor


deve ter para sua avaliação no que diz respeito ao lúdico. É por meio dele que
se pode acompanhar as conquistas das crianças dentro do processo de
ensino/aprendizagem.
Sempre é preciso focar que brincar e aprender podem caminhar lado a
lado, de forma a interativa, pois a criança desenvolve uma série de habilidades
e competências que lhe serão importantes para uma vivência em sociedade.
Solidariedade, integração, cooperativismo, enfim, são elementos que
farão da criança um ser social politicamente correto (DALLABONA; MENDES,
2004).
Portanto, os jogos lúdicos promovem o desenvolvimento infantil no seu
sentido mais amplo e garantem às crianças um aprendizado mais criativo, mais
interessante, aproximando a criança de situações reais por meio de
brincadeiras e jogos. Pode-se dizer que o jogo é um instrumento pedagógico
que promove o desenvolvimento cognitivo, social e também de lazer. E enfatiza
a importância do educador como aquele que vai definir regras, dando à criança
a ideia de aprender as relações interpessoais e bom convívio como grupo
(ANTUNES, 2003).
Quando se pensa em jogos, brincadeiras e em aprendizagem é
importante também se pensar em psicomotricidade. A psicomotricidade é a
“educação do movimento com atuação sobre o intelecto, numa relação entre
pensamento e ação, englobando funções neurofisiológicas e psíquicas” (LIMA,
2008).
Portanto, a psicomotricidade é importante na Educação Infantil, pois
existe grande relação integrada entre os desenvolvimentos motor, afetivo e
intelectual da criança.
Quando o professor valoriza as atividades lúdicas, ele está
simplesmente colocando em prática aquilo que é direito da criança. E ao unir
ensino com atividades lúdicas é essencial para a formação da criança. Quanto
mais a criança se interessar pela atividade proposta, mais produtividade ela vai
apresentar. O jogo e a brincadeira têm a função de educar, ensinar e fazer com
que a criança aprenda de maneira prazerosa e produtiva (SILVA, 2010).
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Brincando a criança estimula sua inteligência, solta a imaginação, cria,


recria e ao mesmo tempo é exigida a concentração bem como sua participação
efetiva ao jogar e ao brincar (COSTA; LOBATO, 2001).
O lúdico promove o crescimento, o aprendizado e oferece
possibilidades de conhecimento. O desenvolvimento da criança acontece
através do lúdico ele precisa brincar para crescer” (FALCÃO; RAMOS, 2002).
Portanto, por meio do jogo e da brincadeira a criança irá obter
elementos essenciais que a tornarão um cidadão crítico e consciente e
cooperativo.

2.3 ATIVIDADES LÚDICAS E SUAS POSSIBILIDADES NO AMBIENTE

Nos tempos atuais, as propostas de educação infantil dividem-se entre


as que reproduzem a escola com ênfase na alfabetização e no ensino de
números (escolarização) e as que introduzem a brincadeira, valorizando a
socialização e a recriação de experiências. Neste âmbito, a brincadeira e o jogo
são as melhores maneiras de uma criança comunicar-se, sendo um
instrumento que ela possui para relacionar-se com outras crianças. É por meio
de atividades lúdicas que a criança pode conviver com diferentes sentimentos
que fazem parte de sua realidade interior. Ela irá aos poucos se conhecendo
melhor e aceitando a existência do outro, estabelecendo assim suas relações
sociais. O brincar está presente no dia a dia da criança, por meio dele, parte de
seu conhecimento, caracterizado pelo aspecto lúdico, prazeroso e a interação
com o outro, ocorre de maneira espontânea. As atividades lúdicas no ambiente
escolar, se bem dirigidas, permitem à criança fazer suas próprias tentativas,
estimula a criatividade, aguça a curiosidade, aumenta sua autoestima, trazendo
a oportunidade de arriscar-se a montar seus próprios jogos, melhorando assim
suas habilidades. Proporciona à criança diferentes habilidades motoras, sendo
motivada a se superar pelo auto desafio.

O jogo é um caso típico das condutas negligenciadas pela escola


tradicional, dado o fato de parecerem destituídas de significado
funcional. Para a pedagogia corrente, é apenas um descanso ou o
desgaste de um excedente de energia. Mas essa visão simplista não
explica a importância que as crianças atribuem aos seus jogos e
muito menos a forma constante de que se revestem os jogos infantis,
simbolismo ou ficção, por exemplo, (PIAGET, 1978, p. 145).
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A pedagogia tradicional exclui o jogo de qualquer atividade educativa


séria ou formal, é preciso que a escola se apoie nos jogos pedagógicos, pois a
melhor forma de conduzir a criança à criatividade, à auto expressão e à
socialização é por meio dos mesmos. As atividades lúdicas são fundamentais
na formação das crianças e é um facilitador nos relacionamentos e nas
vivências dentro e fora da sala de aula. Os professores devem estimular as
crianças para que as mesmas construam os seus jogos e façam as suas
regras.
Na educação infantil o jogo está constantemente presente, pois
segundo Macedo (2005) “o jogo tradicional infantil é um tipo de jogo livre,
espontâneo no qual a criança brinca pelo prazer de o fazer [...] o jogo
tradicional infantil tem fim em si mesmo e preenche a necessidade de jogar da
criança” Deixando as crianças brincarem somente na educação infantil,
esquecendo assim, que ao chegarem na 1ª série do ensino fundamental, que
ainda são crianças e sentem necessidade de jogar, brincar, se desenvolver, o
educador não estará oportunizando aos alunos uma aprendizagem que
favoreça o seu desenvolvimento integral, pois como já se pode constatar o jogo
acompanha o homem durante toda a sua vida. O jogo é algo que já existe na
criança não podendo ser retirado da mesma, pois este se encontra desde seu
nascimento, aperfeiçoando-se durante toda a vida, pois causa alegria e prazer
para quem o desenvolve. É importante notar também que no jogo a criança faz
coisas que não consegue realizar no cotidiano. Nas atividades cotidianas a
criança em idade pré-escolar age de acordo com o meio, os objetos e as
situações concretas, tendo dificuldades em controlar voluntariamente seu
comportamento e submetê-los as regras.
Segundo Brougére (2010), brincar é fundamentalmente a ideia que se
tem dessa atividade; ideia inserida na cultura e, portanto, no tempo histórico e
social do grupo em questão. É necessário que haja um entendimento
abrangente do que é brincar na escola, para não se perder o valor que se tem
do mesmo, pois este é muito eficaz na aprendizagem quando desenvolvido no
contexto escolar com a participação ativa de todos, desde que não se deixe
perder o foco de sua utilização. Quando é inserido no ambiente escolar com
finalidades de alfabetizar, o jogo é de grande importância para o ambiente, traz
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excelentes oportunidades para o professor se aproximar e conhecer melhor o


seu aluno, a sua realidade de vida. Através do jogo pode se ter um começo
para o docente interagir com o educando; é preciso compreender que, ao
serem utilizados jogos na escola, os mesmos não podem tornar-se
enfadonhos, ou seja, cansativos.
Vygotsky (1991, p. 17) afirma que a criança ”quanto mais vê, ouve,
experimenta, mais aprende e assimila, mais elementos reais dispõe em sua
experiência, mais considerável e produtiva será a atividade de sua imaginação.
Por meio do jogo é que a criança revela comportamentos bons ou
maus, a sua vocação, as suas habilidades e o seu caráter. Percebe-se que
quando os alunos estão brincando soltam a imaginação, fadas madrinhas e
bruxas passam a fazer parte de suas brincadeiras, assim como castelos e
príncipes, tudo depende da situação do momento oportuno para eles. O jogo
tem um fator importante na relação professor aluno, devemos estar sempre
preparados para brincar, e este fator é muito importante, é o que promove a
motivação, gerando maior conhecimento, proporcionando uma aprendizagem
de qualidade e o professor deve estar motivado para motivar. As atividades
lúdicas criam interesse e, se postas em prática com uma finalidade e com
eficiência, podem tornar-se a moldura na qual se desenvolverão todas as
outras atividades, pois a criança não brinca quando ou como o adulto quer. No
ambiente escolar, ela precisa sentir-se à vontade para brincar, precisa de
materiais variados, adequados e organizados de forma clara e acessível, de
local apropriado ao desenvolvimento de sua imaginação, de ter o adulto como
elemento integrante das brincadeiras (observador, organizador, personagem) e
mediador entre as crianças e o conhecimento, além de ter as atividades lúdicas
incorporadas ao currículo em geral.
Para Vygotsky (1991, p. 103) “a aprendizagem e o desenvolvimento
estão estritamente relacionados, sendo que as crianças se inter-relacionam
com o meio social, internalizando o conhecimento advindo de um processo de
construção”. Na perspectiva Vygotskyana, brincadeira é coisa séria, pois
brincando as crianças representam aquilo que não são, mas gostariam de ser,
isto é, um constante faz de conta. Dessa maneira, as maiores aquisições de
uma criança são adquiridas na brincadeira.
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No que se refere ao jogo, Teixeira (1995, p. 49) enfatiza que o jogo é


um fator didático altamente importante, mais do que um passa tempo, ele é
elemento indispensável para o processo de ensino aprendizagem. Educação
pelo jogo deve, portanto, ser a preocupação básica de todos os professores de
educação infantil. O lúdico nas séries iniciais é uma estratégia insubstituível
para ser usada como estímulo na construção do conhecimento humano e na
progressão das diferentes habilidades operatórias, como as capacidades
cognitivas de analisar, criticar, explicar, justificar, que são aptidões que
possibilitam a compreensão e intervenção das crianças nos fenômenos sociais
e culturais, estabelecendo conexões entre eles.
Além disso, o lúdico é uma ferramenta de progresso pessoal e de
alcance de objetivos institucionais. […] a formação lúdica deve
possibilitar ao futuro educador conhecer-se como pessoa, saber de
suas possibilidades e limitações, desbloquear suas resistências e ter
uma visão clara sobre a importância do jogo e do brinquedo para a
vida da criança, do jovem e do adulto. (SANTOS, 2009, p. 14).

Portanto é importante priorizar a formação do educador para poder


entender como a sociedade evolui na histórica visão sobre o aspecto lúdico,
sendo que as mesmas eram vistas nós séculos passados como sendo apenas
brincadeiras fúteis, sem explicação e a criança era vista como um adulto em
miniatura sendo privada de desenvolver suas capacidades através do brincar.
Quando se repensa a questão da formação do educador infantil percebe-se o
quanto é importante priorizar, entre outros, o aspecto lúdico nessa formação.
Devido às grandes transformações que estão ocorrendo na sociedade faz-se
necessário pensar em um perfil de profissional capaz de atender às
necessidades das crianças do terceiro milênio, isto é, um ser extremamente
ativo, dinâmico, curioso, construtor do seu conhecimento, possuidor de uma
lógica infantil, um cidadão. Estudos realizados por Piaget, Vygotsky e Brougère
na área da Educação Infantil sinalizam a criança como uma criatura que
apresenta características e especificidade própria, que encontra nas atividades
lúdicas uma forma de mostrar sua criatividade, sua emoção, seu
descontentamento, sua maneira de pensar e agir.

2.4 O LÚDICO NO PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO


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As brincadeiras, a hora do parque, os desenhos e a roda da conversa


presentes na pré-escola agora estão ausentes na escola, pois, o 1º ano marca
o início da postura de seriedade. A escola passa ser uma coisa séria, com
tarefa de casa, prova, exame e até, repetência. As crianças chegam às escolas
ansiosas para aprender, para escrever. Já convivem com a escrita há algum
tempo, sabem que têm algum conhecimento sobre ela, mas sabem
também que desconhecem muita coisa. Elas dizem que tem algo escrito no
livro, jornal e panfletos, porém não sabem ler o que está escrito ali. Com isso
esperam que os adultos lhes ensinem.
 Para Ferreiro (2000) a maioria das escolas apresenta a escrita como
um objeto em si, importante dentro da escola para promoção ao ano seguinte,
e também importante para quando crescer, sem que se saiba como esse saber
fazer estará ligado à vida adulta. Mas nem sempre a escola se dispõe a ensinar
a elas o que desejam. Esse desencontro entre as crianças e a escola nos
mostra que a escrita não serve para coisa alguma a não ser ela mesma. Pois
não trabalhando a escrita de forma funcional, a escola faz com que se perca o
sentido real de sua aprendizagem, que passa a ser apenas o de cumprir as
exigências da própria escola (boa nota, passar de ano) ou de ajudar no futuro. 
Sabe-se que a criança tem pouco espaço para construir as coisas, para
confeccionar os brinquedos. Hoje os brinquedos e jogos são apresentados
prontos. Uma grande parte delas usam o seu tempo livre diante da televisão,
do vídeo game e dos brinquedos eletrônicos. Com isso não tem tempo para
criar, nem inventar, não constrói nada, não arrisca experiências novas, não tem
oportunidade de conhecer alguns de seus potenciais criativos por falta de
tempo, espaços disponíveis e porque tudo já está pronto. Portanto, cabe ao
professor desafiá-la neste sentido fazendo com que se sinta capaz de criar,
errar, acertar, copiar e construir coisas, aumentando assim sua autoestima,
compreendendo que é capaz, que pode usar o pronto, mas também pode
construir coisas para si própria. (SANTOS,2000)
A criança, ao construir o jogo ou o brinquedo manipula vários materiais
como: tesoura, massa, dobraduras, colagens, pinturas, desenhos que
contribuirão para o exercício motor, favorecendo assim essa habilidade tão
importante para a alfabetização. Os jogos e as brincadeiras também
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desenvolvem a autonomia da criança. Muitas são medrosas, não se arriscam,


esperam sempre que alguém faça por elas e para elas.
A criança começa com uma situação imaginária, que é uma reprodução
da situação real, sendo a brincadeira muito mais lembrança de alguma coisa
que realmente aconteceu, do que uma situação imaginária nova.
Freire (2002) a esperança de que professor e alunos juntos podemos
aprender, ensinar, inquietar-se produzir e juntos igualmente resistir aos
obstáculos à nossa alegria.
Por isso a escola deve facilitar o aprendizado de modo que se utilizem
as atividades lúdicas para criar um ambiente alfabetizador que favoreça o
processo ensino-aprendizagem e que a alfabetização ocorra como um
processo dinâmico e criativo.
Acredita-se que o lúdico pode influenciar todo o desenvolvimento da
aprendizagem, pois, o professor enquanto mediador junto com a criança pode
construir um ambiente alfabetizador, criando oportunidades para que ela possa
interagir, falar, ouvir, pensar e nesta perspectiva provavelmente irá facilitar a
aprendizagem e favorecer o processo de alfabetização .A ludicidade tem o
poder sobre a criança de facilitar tanto o progresso da sua personalidade, de
cada uma de suas funções pedagógicas, assim como favorecer o
desenvolvimento da linguagem oral e escrita. (FREIRE,2002)
Os jogos e as brincadeiras transformam-se pouco a pouco em
construções adaptadas e por meio delas a criança assimila a realidade
intelectual, desde que receba condições para isso. Os jogos e as brincadeiras
são meios que contribuem para o desenvolvimento integral. O interesse da
criança é maior quando ela está participando e interagindo na construção do
conhecimento, tornando o processo da aprendizagem e da alfabetização mais
atrativo e mais prazeroso.
Para Ferreiro (2000) as atividades lúdicas contribuem e são
indispensáveis em todo o processo de alfabetização, desde que estas
atividades estejam organizadas e planejadas com o objetivo de alfabetizar. É
função não somente do professor, mas da escola, oferecer condições para que
o conhecimento seja construído pela criança com a mediação da professora. A
participação da criança, seu envolvimento na vida escolar e o seu desejo de
18

aprender, é que dará sentido, aumentando o sucesso de todo o processo de


alfabetização.
Acredita-se que brincando, a criança explora o mundo, constrói o seu
saber, aprende a respeitar e a conviver com os seus colegas nessa interação.
Sabe-se que o jogo em grupo propicia a interação, que é um fator importante
no avanço cognitivo. Durante o jogo a criança estabelece decisões, entra em
conflito com seus adversários e reexamina seus conceitos, pois observamos a
diversidade de comportamento das crianças para construir estratégias tanto
para a vitória como para a derrota. A presença do outro e importante para a
troca de experiências, para desenvolver atitudes de cooperação e
solidariedade necessários para sua vivência, tanto na escola como na
sociedade. (FREIRE,2002)
A criança do ensino fundamental ao trabalhar em grupo necessita
compartilhar suas ideias, desejos; não prevalecendo somente sua opinião. É
necessário que ela compreenda que, terá de repartir, ceder, acompanhar o
raciocínio de seus colegas, e desenvolver estratégias para continuar a
brincadeira. Essa interação em grupo é que justamente enriquece e contribui
significativamente para o processo de ensino e aprendizagem. Sabe-se que o
jogo, o brinquedo e a brincadeira podem ser uma ferramenta ideal para que
haja aprendizagem. Brincando a criança aprende melhor, é mais divertido e
mais atraente para ela.
Os conteúdos escolares podem ser trabalhados através de jogos e
brincadeiras. É importante que o professor crie oportunidades para que o
brincar aconteça de maneira educativa, procurando inovar para não deixar
suas aulas se tornarem cansativas, exaustivas para a criança.
Portanto, os jogos e brincadeiras podem e devem ser introduzidos na
escola como recursos didáticos, pois, a tendência da criança será aprender
com alegria, prazer, e certamente haverá aumento significativo na qualidade do
saber.
O professor ao fazer uso das atividades lúdicas, cria um ambiente
alfabetizador que vai favorecer o processo de aquisição da linguagem escolar,
bem como a motricidade, a atenção e a inteligência. Esse processo tem que
ser prazeroso, pois ela ao ser estimulada irá querer descobrir os significados
19

dos escritos e produzir o seu próprio ambiente alfabetizador, onde poderão


ocorrer as mais diversificadas situações de aprendizagem. (SANTOS,2000)
A professora ao preparar um ambiente atrativo, dinamizador e vivo, a
criança aprende de maneira ativa na interação com outras crianças e adultos,
utilizando-se do lúdico e materiais diversos, neste sentido, a ludicidade tem
uma função preponderante influenciando no processo de alfabetização.

3. PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO DO PROJETO DE ENSINO

3.1 LINHA DE PESQUISA E TEMA

A linha de pesquisa utilizada: Processos Educativos e Linguagem e o


tema: O Brincar e sua contribuição para a aprendizagem na Educação Infantil.

3.2 JUSTIFICATIVA

A justificativa do projeto se faz devida a necessidade de resgatar várias


brincadeiras ao longo de um dia buscando encontrar na criança sua satisfação
maior. A condição cultural, social ou então a época em que a criança vive, não
deve interferir no projeto porque o brincar faz parte da vida do desenvolvimento
de toda criança, e dentro deste pensamento ela vai encontrar a possibilidade
de se descobrir podendo através do projeto brincar, criar, olhar, entender,
experimentar, discutir, fazer e refazer as escolhas transformando o mundo à
sua volta. Quando se resolve colocar o Brincar dentro desta visão o foco foi a
prioridade em que para a criança brincar é algo sério e necessário não ficando
só como passatempo.
Todas as atitudes assumem uma importância porque promove as
ações para que cada momento seja valorizado buscando neste contexto o
conhecimento enquanto cultura e sociabilidade. Não dá para separar a vivência
infantil das brincadeiras porque é através delas que as crianças compreendem
o mundo onde estão inseridas. Brincando vivenciam os momentos, as
oportunidades, as cores, a contagem, o equilíbrio e vários outros elementos
20

que irão se intercalando levando-as a descobrirem a cada passo, a cada etapa


uma nova visão do que podem fazer.

3.3 PROBLEMATIZAÇÃO

Toda criança ao descobrir e explorar o mundo que a rodeia (que ela


vive) faz uso de brincadeiras como um instrumento, um veículo, para auxiliá-la
em seu desenvolvimento e na assimilação do meio. Não seria mais estimulador
e facilitador para a criança aprender brincando? E não seria satisfatório para o
(a) professor (a) conhecer o uso de um instrumento que lhe facilitará na
construção do conhecimento e ver que seus (suas) alunos (as) estão
aprendendo de forma prazerosa? Se o lúdico é uma característica humana e as
crianças se desenvolvem a partir de brincadeiras, seria importante refletirmos
sobre a eficiência do lúdico no processo de ensino aprendizagem.

3.4 OBJETIVOS

3.4.1 Objetivo Geral

- Contribuir para que o trabalho pedagógico possibilite ludicidade, como


um fator motivador, estimulando a aprendizagem, e aproveitando para fazer
uma investigação aprimorada sobre como eles estão sendo selecionados e
conduzidos no espaço da educação infantil.

3.4.2 Objetivos Específicos

- Compreender as atividades lúdicas como fator importante no


processo de ensino e aprendizagem.
- Analisar a contribuição do brincar e do educar no processo de
desenvolvimento das crianças.
- Identificar se existe preocupação, por parte dos educadores, quanto à
seleção das brincadeiras utilizadas na educação infantil.
- Compreender como o lúdico pode influenciar na aprendizagem.
21

- Identificar as diferentes alternativas de trabalho que podem ser


desenvolvidas no contexto educativo através das brincadeiras.

3.5 CONTEÚDO

Movimento: utilização expressiva intencional do movimento nas


situações cotidianas e em suas brincadeiras. Percepção de estruturas rítmicas
para expressar-se corporalmente por meio de brincadeiras.
Natureza e Sociedade: Participação em brincadeiras, jogos e canções
que digam respeito às tradições culturais de sua comunidade e de outros
grupos.
Música: participação em situações que integrem músicas, canções e
movimentos corporais.
.
3.6 METODOLOGIA

O Projeto foi aplicado na CEMEI Professora Ivani Pinheiro Zanão com


alunos da turma do Infantil IV.
Jogo, brinquedos e brincadeiras na construção do processo de
aprendizagem na educação infantil, revelam que as atividades pedagógicas
promovem simultaneamente o desenvolvimento de conhecimento, de atitudes e
de habilidades necessárias à preservação e melhoria da qualidade do ensino
aplicado.
A aprendizagem infantil se torna efetiva se a atividade lúdica estiver
ligada às situações da vida real e do meio em que a criança vive. Baseando-se
na importância do lúdico com as crianças, este projeto proporciona uma boa
recordação e aprendizagem acerca dos jogos, brinquedos e brincadeiras, para
a construção de uma aprendizagem coesa, e faz reportar ao tempo em que era
mais valorizado o processo de construção e reconstrução de brinquedos e das
brincadeiras, onde o mais importante não era o produto final, aquele pronto e
acabado, mas o resgate da cultura e praticado o lúdico na constituição de
grupos.
1ª aula: Confecção com os alunos de uma lista de brincadeiras atuais,
colocando-as em ordem alfabética; Confecção de brinquedos com sucatas.
22

Exposição dos brinquedos confeccionados. Hora da brincadeira – brincar com


brinquedo criado.
2ª aula: Fazer um cartaz com as crianças, de um lado, os nomes das
brincadeiras de hoje e, de outro, das brincadeiras de antigamente.
Organizar a divulgação do cartaz na escola.
Confecção de um gráfico com os nomes de brincadeiras de hoje e de
antigamente.
Fazer com as crianças uma brincadeira de ontem e uma de hoje, deixar
que eles escolham as preferidas.
3ª aula: Gincana
Jogos e Brincadeiras

Corrida de saco
Corrida da bexiga
Cabo de guerra
Ovo na colher
Corrida do Canguru
4ª aula: culminância
Foi feito um auditório onde pais, professores e alunos foram
convidados, onde serão mostrados os brinquedos confeccionados, exposição
de brinquedos antigos, todos os trabalhos feitos pelos alunos.

3.7 TEMPO DE REALIZAÇÃO

4 aulas de 4 horas realizadas de 12 a 15 de agosto.

3.8 RECURSOS HUMANOS E MATERIAIS

Os recursos humanos a serem usados serão os educadores e toda a


equipe que compõe uma instituição educacional porque a interação entre a
equipe de trabalho irá proporcionar o melhor desempenho das atividades a
serem aplicadas e todos devem estar inseridos. Os diversos tipos de
brinquedos pedagógicos e afetivos contidos no ambiente escolar, fantoches,
livros, experiências, leitura de imagens, jogos de quebra-cabeça com figuras,
23

dominó das imagens, jogo da memória com alimentos, boliche de garrafas pet,
produção de massinha, entre outras atividades.

3.9 AVALIAÇÃO

Espera-se sempre a melhor ação diante do que é proposto, mas temos


que visionar os conteúdos dados diante da realidade de cada grupo de
crianças criado para participar deste projeto visando a melhor qualidade de
aprendizagem a ser colocada dentro do que se espera de um Projeto de
Ensino.
O que pode ser aproveitado de todo o trabalho exposto, as
consequências que o projeto apresentou no sentido do que pode ser mudado
para melhorar ainda mais o aprendizado.
A experiência do brincar deverá ser analisada pelos educadores no
sentido de ser melhorado o relacionamento e se valeu a pena investir nas
ações, nos gastos, nas medidas tomadas dentro de uma situação onde o foco
foi o experimento que acontece naturalmente na fase infantil de uma criança
que é seu tempo para brincar e que foi usado como recurso para qualificar o
desenvolvimento educacional dentro de um espaço aonde todos puderam
interagir diante dos desafios apresentados.
Após colocar todas as tendências os educadores irão colocar os pontos
positivos e negativos pesando em uma balança e torcendo para que ela possa
pender para o lado positivo de todas as situações e pessoas que se
envolveram neste Projeto de Ensino no sentido de encontrar soluções dentro
de situações comuns, como a de Brincar e Aprender dentro de várias faixas
etárias.
24

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Nas brincadeiras, a criança se revela aos outros e a si própria,


estabelecendo um elo entre o mundo real e o mundo imaginário. Daí a
importância do mesmo para o processo de alfabetização. Se ao brincar, a
criança sofre intensa influência da cultura, na qual ela está inserida, pode-se
dizer que brincando ela possui maiores oportunidades de desenvolver a sua
aprendizagem. Nesse sentido, as atividades lúdicas são de extrema
importância no processo de alfabetização.
Contudo, é preciso lembrar que não basta apenas inserir as atividades
lúdicas no currículo, se o professor não estiver comprometido com o ensino-
aprendizagem, se ele não tiver uma relação favorável com os alunos, pautada
no respeito e na solidariedade, bem como se não existir um ambiente
alfabetizador condizente para que essa aprendizagem aconteça. Porém vale
ainda ressaltar que o professor precisa estar ciente de seu papel enquanto
mediador da construção do conhecimento do aluno, estimulando e motivando
seus alunos nas mais diferentes atividades. As atividades lúdicas permitem a
adaptação de ações individuais, a coerência e as regras do grupo bem como o
respeito às diferenças que são pré-requisitos para a convivência harmoniosa
entre os indivíduos. Daí a fundamental importância de incorporar os jogos aos
procedimentos pedagógicos. Ao entrar na escola, a criança inicia uma
25

adaptação e regras diferentes às que estava acostumada a seguir no ambiente


familiar. Na escola, ela tem que ajustar-se às regras impostas pela instituição e
pelos professores. A atividade lúdica é mais um auxílio na alfabetização e não
um mero passatempo, precisando que nos professores estejamos em
constante aperfeiçoamento para realizarmos um trabalho de qualidade, desta
maneira conseguiremos tornar a vida das crianças mais feliz e proporcionar
uma educação recheada de momentos agradáveis, em consequência
acontecera o desenvolvimento integral das mesmas.

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