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Formação
Introdução
A Crise Romana
O Colono
O colono é o trabalhador rural, colocado agora em uma nova situação. Nas
regiões próximas à Roma a origem do colono é o antigo plebeu ou ainda o ex-
escravo, enquanto nas áreas mais afastadas é normalmente o homem de origem
bárbara, que, ao abandonar o nomadismo e a guerra é fixado à terra
O colono é um homem livre por não ser escravo, porém está preso à terra.
A grande propriedade passou a dividir-se em duas grandes partes, ambas
trabalhadas pelo colono; uma utilizada exclusivamente pelo proprietário, a outra
dividida entre os colonos. Cada colono tinha a posse de seu lote de terra, não
podendo abandona-lo e nem ser expulso dele, devendo trabalhar na terra do
senhor e entregar parte da produção de seu lote.
Dessa maneira percebe-se que a estrutura fundiária desenvolve-se de uma
maneira que pode ser considerada como embrionária da economia feudal
É importante notar que durante todo o período de gestação do feudalismo ainda
serão encontrados escravos na Europa, porém em pequena quantidade e com
importância cada vez mais reduzida.
As Invasões Bárbaras
cavaleiro medieval
O Império Carolíngeo
Economia Feudal
A sociedade
A sociedade feudal era composta por duas classes sociais básicas: senhores e
servos. A estrutura social praticamente não permitia mobilidade, sendo portanto
que a condição de um indivíduo era determinada pelo nascimento, ou seja, quem
nasce servo será sempre servo. Utilizando os conceitos predominantes hoje,
podemos dizer que, o trabalho, o esforço, a competência e etc, eram características
que não podiam alterar a condição social de um homem.
O senhor era o proprietário dos meios de produção, enquanto os servos
representavam a grande massa de camponeses que produziam a riqueza social.
Porém podiam existir outras situações: a mais importante era o clérigo. Afinal o
clero é uma classe social ou não?
O clero possuía grande importância no mundo feudal, cumprindo um papel
específico em termos de religião, de formação social, moral e ideológica. No
entanto esse papel do clero é definido pela hierarquia da Igreja, quer dizer, pelo
Alto Clero, que por sua vez é formado por membros da nobreza feudal.
Originariamente o clero não é uma classe social, pois seus membros ou são de
origem senhorial (alto clero) ou servil (baixo clero).
A maioria dos livros de história retrata a divisão desta sociedade segundo as
palavras do Bispo Adalberon de Laon: “na sociedade alguns rezam, outros
guerreiam e outros trabalham, onde todos formam um conjunto inseparável e o
trabalho de uns permite o trabalho dos outros dois e cada qual por sua vez presta
seu apoio aos outros” Para o bispo, o conjunto de servos é “uma raça de infelizes
que nada podem obter sem sofrimento”. Percebe-se o discurso da Igreja como uma
tentativa de interpretar a situação social e ao mesmo tempo justifica-la,
preservando-a. Nesta sociedade, cada camada tem sua função e portanto deve
obedece-la como vontade divina.
O poder
No mundo feudal não existiu uma estrutura de poder centralizada. Não existe a
noção de Estado ou mesmo de nação. Portanto consideramos o poder como
localizado, ou seja, existente em cada feudo. Apesar da autonomia na
administração da justiça em cada feudo, existiam dois elementos limitadores do
poder senhorial. O primeiro é a própria ordem vassálica, onde o vassalo deve
fidelidade a seu suserano; o segundo é a influência da Igreja Católica, única
instituição centralizada, que ditava as normas de comportamento social na época,
fazendo com que as leis obedecessem aos costumes e à “ vontade de Deus”. Dessa
forma a vida quase não possuía variação de um feudo para outro.
É importante visualizar a figura do rei durante o feudalismo, como suserano-
mor, no entanto sem poder efetivo devido a própria relação de suserania e a
tendência á auto-suficiência econômica.
A economia sofreu uma retração das atividades comerciais, as moedas perderam seu
espaço de circulação e a produção agrícola ganhara caráter subsistente. Nesse período, a
crise do Império Romano tinha favorecido um processo de ruralização das populações
que não mais podiam empreender atividades comerciais. Isso ocorreu devido as
constantes guerras promovidas pelas invasões bárbaras e a crise dos centros urbanos
constituídos durante o auge da civilização clássica.