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Balanço Patrimonial

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SUMÁRIO
Balanço Patrimonial. ........................................................................... 3

Conceito ......................................................................................... 3
A Importância do Balanço ................................................................. 4
Elaboração e Publicação .................................................................... 4

Estrutura ........................................................................................ 6
Classificação das Contas no Balanço Patrimonial .................................. 7

Ativo .............................................................................................. 9

Ativo Circulante ........................................................................... 10


Ativo Não Circulante ..................................................................... 16

Realizável a longo prazo................................................................ 16


Investimentos.............................................................................. 19
Imobilizado ................................................................................. 21

Intangível ................................................................................... 23
Contas Redutoras do Ativo ............................................................ 26
Passivo .......................................................................................... 31

Passivo Circulante ........................................................................ 32

Passivo Não Circulante .................................................................. 34

Patrimônio Líquido .......................................................................... 35


Capital Social ............................................................................... 37

Reservas de Capital ...................................................................... 38


Ajustes de Avaliação Patrimonial .................................................... 39
Ações em Tesouraria .................................................................... 39
Reservas de Lucros ...................................................................... 40

Notas Explicativas ........................................................................... 44


LISTA DE QUESTÕES ....................................................................... 51

GABARITO ..................................................................................... 56
REFERÊNCIAS................................................................................. 57

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Balanço Patrimonial.
Esta é mais uma aula do Professor Geovanni Silva onde serão abordados
assuntos referentes ao título supracitado de uma forma simples, direta e de
fácil compreensão e, é claro, com resolução de diversas questões, o que
possibilitará a você melhor entendimento sobre os assuntos aqui expostos.

Conceito

O Balanço Patrimonial (BP) é a principal Demonstração Financeira existente


(relatório contábil obrigatório por Lei). Ele mostra como de fato está
o patrimônio da empresa, refletindo sua posição financeira em um determinado
momento (no fim do ano ou em qualquer data predeterminada).

No Balanço, o Patrimônio se encontra em equilíbrio, equilibra os bens e direitos


com as obrigações e as participações dos acionistas. Desta forma, ele é a
igualdade patrimonial. O BP mostra o Patrimônio da entidade tanto quantitativa
quanto qualitativamente (apresenta cada item que faz parte do Patrimônio e
quanto se tem de cada um).

O termo "Balanço" origina-se do equilíbrio: Ativo


= Passivo + PL; Aplicações = Origens; Bens +
Direitos = Obrigações. Parte da ideia de uma
balança de dois pratos, onde sempre há a
igualdade de um lado com o outro (se não estiver
em igualdade, significa que há erros na
contabilidade da entidade). É formado pelo
ATIVO, que são os bens e direitos em posse da
empresa, e o PASSIVO que é formado pelas dívidas de curto prazo (aquelas
que devem ser pagas em até 12 meses) e de longo prazo (aquelas que serão
pagas por mais de 12 meses), lembre-se que quanto maior o seu patrimônio
líquido, maior será a sua riqueza.

O BP demonstra, de maneira organizada, quais são (aspecto qualitativo) e


quanto valem (aspecto quantitativo) os bens, direitos e obrigações.

Em suma, o BP é a demonstração contábil que tem por finalidade apresentar a


situação patrimonial da empresa em um dado momento. É destinado a
evidenciar, quantitativa e qualitativamente, numa determinada data, a posição
patrimonial e financeira da entidade.

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A Importância do Balanço

A grande importância do Balanço reside na visão que ele dá das aplicações de


recursos feitas pela empresa (Ativos) e quanto desses recursos são devidos a
terceiros (Passivos). Isso evidencia o nível de endividamento, a liquidez da
empresa, a proporção do capital próprio (Patrimônio Líquido) e outras análises
a serem vistas em Análise de Balanços. Saiba que a visão de dois balanços
consecutivos mostra facilmente a movimentação ocorrida no período e como a
estrutura patrimonial e financeira se modificou ao período.

Elaboração e Publicação

O exercício social terá duração de 1 (um) ano e a data do término será


fixada no estatuto (Lei das Sociedades Anônimas nº 6.404/76, art. 175). Na
constituição da companhia e nos casos de alteração estatutária o exercício
social poderá ter duração diversa (LSA, art. 175, parágrafo único).

Ao término do exercício, as companhias devem fazer com que sejam


publicadas as suas demonstrações contábeis.

Não há exigência de que o exercício social se inicie em 01 de janeiro e


termine em 31 de dezembro. Todavia, por questões fiscais, é muito difícil que,
na prática, as sociedades adotem data diversa. Mas, repito, para concursos, o
exercício pode começar e terminar em qualquer dia do ano. Cuidado! Tenha
atenção com questões que dizem ser a duração do exercício social de 12
meses, juridicamente falando, 12 meses e 1 ano são termos distintos.

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Segundo o art. 176, parágrafo primeiro, as demonstrações de cada exercício
serão publicadas com a indicação dos valores correspondentes das
demonstrações do exercício anterior.

Ainda conforme o teor do art. 176, no seu §2º:


“§ 2º Nas demonstrações, as contas semelhantes poderão ser agrupadas; os
pequenos saldos poderão ser agregados, desde que indicada a sua natureza e
não ultrapassem 0,1 (um décimo) do valor do respectivo grupo de contas; mas
é vedada a utilização de designações genéricas, como "diversas contas" ou
"contas-correntes"”.

A finalidade de tal dispositivo é de facilitar o entendimento das demonstrações


contábeis, evitando que o excesso de detalhes prejudique o entendimento.

As demonstrações financeiras serão assinadas


pelos administradores e por contabilistas
legalmente habilitados (LSA, art. 177, §4º). Este
inciso estabelece que as demonstrações financeiras
são assinadas por contabilista legalmente habilitado
(e não contador). A expressão contabilista abrange
tanto o técnico em contabilidade, como o bacharel
em ciências contábeis.

LEMBRE-SE! As demonstrações serão complementadas por notas explicativas


e outros quadros analíticos ou demonstrações contábeis necessários para
esclarecimento da situação patrimonial e dos resultados do exercício (LSA, art.
176, parágrafo quarto).

Ativo é um recurso controlado pela entidade como resultado


de eventos passados e do qual se espera que resultem
futuros benefícios econômicos para a entidade;
Passivo é uma obrigação presente da entidade, derivada de
eventos já ocorridos, cuja liquidação se espera que resulte em
saída de recursos capazes de gerar benefícios econômicos;
Patrimônio Líquido é o valor residual dos ativos da entidade
depois de deduzidos todos os seus passivos.

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Estrutura

Antes de esclarecer o assunto referente a cada um dos grupos patrimoniais


que compõem o BP, veja como ele se divide:

Ativo Passivo
Ativo Circulante Passivo Circulante
Ativo Não Circulante Passivo Não Circulante

Patrimônio Líquido

Em suma, o Balanço Patrimonial possui três grandes classes de contas:


ATIVO, PASSIVO e PATRIMÔNIO LÍQUIDO. Têm em sua constituição duas
colunas: a coluna do lado esquerdo é a do Ativo e a coluna do lado direito é
a do Passivo (determinado por convenção).

No lado esquerdo são discriminados os bens e direitos, especificando-se


qualitativamente cada componente e indicando seu valor monetário (aspecto
quantitativo). No lado direito são discriminadas as obrigações (dívidas) que a
empresa possui para com terceiros, por sua natureza e por sua expressão
monetária.

Também no lado direito são discriminadas as contas do Patrimônio Líquido,


sendo as obrigações para com a empresa. São os recursos que os acionistas,
sócios investiram na entidade.

Os conceitos abaixo são de extrema importância para o seu aprendizado:

- Curto prazo: Todos os bens e direitos realizáveis em moeda ou passíveis de


conversão e as obrigações com vencimento até o término do exercício social
(ano) seguinte. OBS.: pode acontecer de a entidade ter o ciclo operacional com

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duração maior do que o período de 12 meses, dessa forma a classificação
como curto ou longo prazo terá por base o prazo desse ciclo.

- Longo prazo: Todos os bens e direitos realizáveis em moeda ou passíveis de


conversão e as obrigações com vencimento após o término do exercício
social (ano) seguinte.

- Grau de liquidez: É o maior, ou menor, prazo no qual os Bens e


os Direitos podem ser transformados em dinheiro. Ex.: conta Caixa é a de
maior liquidez, por já ser dinheiro. Já a conta Veículos possui menor liquidez
que a conta Caixa, pois demora um tempo superior para se transformar em
dinheiro (primeiro precisa-se vender o veículo para depois ter o dinheiro em
mãos).

- Nível de exigibilidade: É o maior, ou menor, prazo existente para que as


Obrigações sejam pagas. As contas que deverão ser pagas mais rapidamente
(curto prazo) têm um maior nível de exigibilidade do que as contas que serão
liquidadas (pagas) em um prazo maior (longo prazo).

- Realizável: Representa tudo o que se pode mudar, converter, transformar em


disponibilidade (dinheiro), sendo uma expressão usada no Ativo. Exemplo: uma
duplicata de cliente é um direito realizável e em um determinado momento ela
se transformará em dinheiro.

Classificação das Contas no Balanço


Patrimonial

As contas do Ativo encontram-se, como visto anteriormente, no lado esquerdo


do Balanço Patrimonial e são classificadas em ordem decrescente do grau
de liquidez dos elementos patrimoniais que representam. Ou seja, de acordo
com a rapidez com que podem ser convertidas em dinheiro (ordem de liquidar
as dívidas, de pagar os compromissos). Os itens de maior liquidez aparecem
no começo do Ativo, já os de menor liquidez aparecem em último lugar.

As contas do Passivo encontram-se discriminadas no lado direito do Balanço


Patrimonial e são classificadas segundo a ordem decrescente de
exigibilidade. As contas são originadas de recursos de terceiros e são
classificadas de acordo com o seu vencimento, isto é, aquelas contas que
serão liquidadas mais rapidamente (curto prazo) aparecem no topo da coluna
do Passivo, e as que serão pagas em um prazo maior (longo prazo) aparecem
mais para o final.

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Já no Patrimônio Líquido (PL), também do lado direito do Balanço
Patrimonial, as contas são originadas de recursos próprios, como
investimentos feitos pelos proprietários (dinheiro aplicado) para abertura da
empresa, por reserva de lucros, prejuízos ou lucros acumulados, etc. Quando o
saldo do PL aumenta, significa que a empresa ficou “mais rica”. Quando o
saldo do PL diminui, significa que ela ficou “mais pobre”.

De acordo com o art. 178 da Lei 6.404/76 (Lei das Sociedades por Ações), as
contas são classificadas nos seguintes grupos, segundo os elementos do
patrimônio que representam:

BALANÇO PATRIMONIAL
ATIVO PASSIVO
Ativo Circulante Passivo Circulante

Ativo Não Circulante Passivo Não Circulante


Realizável a Longo Prazo
Investimentos
Imobilizado PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Intangível Capital Social
Reservas de Capital
Ajustes de Avaliação Patrimonial
Reserva de Lucros
Ações em Tesouraria
Prejuízos Acumulados
TOTAL DO ATIVO R$ TOTAL DO PASSIVO R$

Já o art. 179 da Lei 6.404/76 (Lei das Sociedades por Ações) é referente à
classificação das contas. Podemos classificá-las da seguinte forma para um
melhor entendimento:

BALANÇO PATRIMONIAL
ATIVO PASSIVO
Ativo Circulante Passivo Circulante
Disponibilidades Fornecedores
Créditos Obrigações Trabalhistas
Estoques Empréstimos e Financiamentos (Curto
Prazo)
Outros Créditos Obrigações Tributárias
Despesas Antecipadas Provisões e encargos das provisões
Outras Obrigações

Ativo Não Circulante Passivo Não Circulante


Realizável a Longo Prazo Exigível a Longo Prazo
Investimentos
Imobilizado PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Intangível Capital Social
Reservas de Capital
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Ajustes de Avaliação Patrimonial
Reserva de Lucros
Ações em Tesouraria
Prejuízos Acumulados
TOTAL DO ATIVO R$ TOTAL DO PASSIVO R$

Ativo

O Ativo faz parte das Contas Patrimoniais e compreende o conjunto de Bens e


Direitos da organização (entidade, empresa), possuindo valores econômicos e
podendo ser convertido em dinheiro (proporcionando ganho para a empresa).

É a parte positiva da posição patrimonial e identifica onde os recursos foram


aplicados. Representa os benefícios presentes e futuros para a empresa.

As contas são classificadas em ordem decrescente do grau de liquidez (de


acordo com a rapidez com que podem ser convertidas em dinheiro). É um
recurso controlado pela entidade como resultado de eventos passados e do
qual se espera que resultem, no futuro, benefícios econômicos para a entidade.
Ou seja, deve ser compreendido como o conjunto de recursos financeiros e
econômicos que são administrados de forma a gerarem mais recursos
financeiros e econômicos. A finalidade de uma empresa é o lucro, e o Ativo é a
aplicação de bens e direitos de modo a produzir lucro.

Para que algo possa ser considerado um ativo, é


necessário que ele cumpra quatro requisitos:

✓ Constituir bem ou direito para a empresa;


✓ Ser de propriedade, posse ou controle da
sociedade;
✓ Ser mensurável monetariamente, e
✓ Trazer benefícios (ou expectativa de benefícios)
para a empresa.

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O dinheiro é ativo por excelência, pois é o meio de troca da economia e sua
liquidez é plena.

As contas deste grupo não se encerram com a apuração do resultado do


exercício e podem ser debitadas ou creditadas, sendo o saldo
sempre devedor (com exceção das Contas redutoras do ativo). E, como
você já sabe, o Ativo se divide em duas partes: Ativo Circulante e Ativo Não
Circulante.

Ativo Circulante

O Ativo Circulante agrupa dinheiro e tudo o que será transformado em dinheiro


rapidamente. São contas que estão constantemente em giro, movimento,
circulação. Neste grupo são registrados os bens e direitos que a empresa
consegue realizar (transformar) em dinheiro até o final do exercício seguinte,
ou seja, no curto prazo. Segundo a Lei 6.404:

“Art. 179. As contas serão classificadas do seguinte modo:


I - no ativo circulante: as disponibilidades, os direitos realizáveis no curso do
exercício social subsequente e as aplicações de recursos em despesas do
exercício seguinte;”

Agora, vamos analisar a parte conceitual dos grupos do Ativo Circulante:

DISPONIBILIDADES: Compreendem valores existentes em Caixa e Bancos,


assim como as aplicações de curtíssimo prazo e liquidez absoluta. Significa o
que está disponível para a empresa, podendo ser utilizado a qualquer momento
e para qualquer fim. As contas deste grupo estão a todo instante sendo
movimentadas (entra e sai dinheiro). São elas:

- Caixa: dinheiro existente (em espécie) na empresa, sendo o item de maior


liquidez (rapidez com que pode ser convertido em dinheiro). Quando for
necessário usar este dinheiro, ele estará à disposição na
própria empresa.

- Banco conta movimento: nessa conta são registrados os


recursos depositados em contas-correntes de livre
movimentação. As contas de livre movimentação são as contas
bancárias cujo saldo pode ser sacado imediatamente pelo cliente, no todo ou
em parte. São as contas que a empresa usa para fins de compras (com cheque
ou cartão), vendas (recebimentos de compras parceladas), empréstimos, etc.
OBS.: Também pode existir a conta Poupança (se a empresa tiver).

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- Aplicações financeiras: em curto prazo,
representam os investimentos efetuados pela
empresa em títulos de liquidação imediata (que
sejam prontamente conversíveis em dinheiro). Ou
seja, são investimentos por um curto período,
pois assim que a empresa necessitar do dinheiro, ela
pode se desfazer da aplicação e usá-lo.

- Aplicações com rendimentos prefixados: a


empresa fica sabendo, no dia da aplicação, o valor dos seus rendimentos, que
correspondem à correção monetária prefixada mais os juros.

- Aplicações com rendimentos pós-fixados: a empresa somente fica


sabendo quanto ganhou com a operação no dia do seu resgate.

- Depósitos bancários à vista: para cheques e/ou transferências que entrarão


na conta da entidade.

FGV/Auditor Fiscal/ISS Cuiabá/2016


Em 31/12/2015, uma entidade possuía as seguintes contas em seu ativo:

Além disso, sabe-se que, na data, o Banco Beta estava em liquidação.


Com base nas contas acima, o saldo das Disponibilidades, em 31/12/2015, foi
a) R$ 150.000,00.
b) R$ 180.000,00.
c) R$ 190.000,00.
d) R$ 220.000,00.

RESOLUÇÃO:

As contas Caixa e Conta bancária no Banco Alfa entram nas disponibilidades.

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A conta bancária no Banco Beta não entra, pois como o Banco está em
liquidação, o valor da conta bancária deve ser transferido para Contas a
Receber no Ativo Circulante ou no Ativo não circulante, a depender do prazo de
recebimento.

Depósito vinculado à liquidação de empréstimo de curto prazo também não é


disponibilidade, pois não estão imediatamente disponíveis para pagamentos
normais da empresa.

Numerário em trânsito decorrente de remessa para filial entra como


disponibilidade, enquanto estiver em trânsito. E por fim, aplicações de curto
prazo no mercado financeiro, prontamente conversíveis em caixa e com risco
considerável de mudança de valor não entra.

Conforme o CPC 03:


“Equivalentes de caixa são aplicações financeiras de curto prazo, de alta
liquidez, que são prontamente conversíveis em montante conhecido de caixa e
que estão sujeitas a um insignificante risco de mudança de valor.”

Assim, o disponível fica com as seguintes contas:


Caixa .........................................R$ 100.000,00
Conta – Alfa ..............................R$ 50.000,00
Numerário em trânsito..............R$ 40.000,00
(=) TOTAL .................................R$ 190.000,00

GABARITO: C

CRÉDITOS: São direitos que a empresa tem a receber. Fazem parte deste
grupo as contas:

- Duplicatas a receber ou Clientes: valores a receber decorrentes das vendas


efetuadas pela empresa. Esta conta é usada quando o cliente compra e leva o
produto ainda sem ter pago o valor total que deve (compra a crédito com cartão
ou com cheque pré-datado, compra parcelada a curto prazo). Ou seja, são
valores ainda não recebidos decorrentes de vendas de mercadorias.

- Perdas Estimadas para Créditos de Liquidação Duvidosa: conta redutora


do ativo.

- Títulos a receber: são representados, na maioria das vezes, por notas


promissórias. Esses títulos podem ser originários de duplicatas não pagas no
vencimento, cujos valores renegociados passam a ser representados por notas
promissórias ou por outro título equivalente com prazo de vencimento dilatado,
conforme acordo entre as partes. Representam também valores de

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empréstimos a receber de terceiros e de vendas não ligadas às operações
normais da empresa, tais como vendas de investimentos como ações,
debêntures, imóveis, etc.

- Outras contas a receber: são valores ainda não recebidos, decorrentes da


prestação de serviços a prazo (no curto prazo). São os serviços prestados e
ainda não faturados, sendo um direito a receber que a empresa possui. Fazem
parte as contas:

1) Juros a receber: são os juros a receber de terceiros originários de


empréstimos, bem como de outras operações nas quais os juros não sejam
agregados aos próprios títulos.

2) Adiantamento a fornecedores: os adiantamentos efetuados a fornecedores


de matéria-prima ou produto para revenda são registrados nessa
conta. OBS.: A baixa será efetuada por ocasião do efetivo recebimento,
registrando-se o custo total na correspondente conta de Estoques, e caso haja
saldo a pagar, na conta Fornecedores, no passivo circulante.

ESTOQUES: São as mercadorias para serem revendidas que a empresa


possui. Essa conta registra o valor dos estoques na data do fechamento do
balanço. Veja algumas contas deste grupo:

- Estoque de produtos acabados: produtos cujo processo de fabricação foi


concluído e já se encontram em condições de venda.

- Estoque de mercadorias para revenda: compreende


as mercadorias adquiridas para comercialização.

- Estoque de produtos em elaboração: são


classificados todos os produtos que, no fechamento do
balanço, ainda se encontram em fase de produção.
Compreende todos os custos aplicados nesses produtos.

- Estoque de matéria-prima: quando se trata de produtos que ainda não


tenham sofrido qualquer tipo de uso para produção de novos produtos. No
comércio, esse estoque é chamado de Material de Revenda.

- Estoque de materiais: compreende todo tipo de material existente na


empresa, tanto aquele que se incorpora ao produto como aquele auxiliar da
produção, administração e entregas. OBS.: a conta Estoque de materiais pode
ser dividida em outras contas, como por exemplo:

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Estoque de matéria-prima
Estoque de materiais secundários
Estoque de embalagens
Estoque de peças para reposição.

OUTROS CRÉDITOS: São as contas a receber que não se enquadram nos


grupos anteriores, sendo contas de curto prazo, assim como as demais do
Ativo Circulante. Deve-se observar a relevância de cada conta do balanço e
decidir se vale a pena considerá-las como um item isolado ou não. Se não,
deve-se agrupá-las com outras contas. Fazem parte deste grupo:

- Impostos a recuperar: impostos pagos no ato da compra de mercadorias,


incidentes sobre as compras realizadas. Denomina-se a recuperar, pois
quando ocorrer a vendas das mercadorias, o valor de imposto pago será
reduzido dos Impostos a recolher (referente à venda de mercadorias). Desta
forma, a empresa pagará apenas a diferença de valor, diminuindo o imposto
das compras do imposto das vendas. São contas de impostos a recuperar:

ICMS a recuperar
PIS a recuperar
COFINS a recuperar
IPI a recuperar

OBS.: A empresa apenas não irá recuperar o imposto quando o valor de


compras for maior que o valor de vendas (o que raramente acontece).

- Adiantamento a terceiros: pagamentos ou parcelas de pagamentos


antecipadas a terceiros, mas sem vinculação específica ao fornecimento de
bens, produtos ou serviços predeterminados. Ou seja, se for adiantamento
relacionado a produtos para revenda ou que fazem parte do produto, se
classificará na conta Adiantamento a fornecedores. Já os demais
adiantamentos, de coisas que a empresa adquire (sem um tipo determinado),
classifica-se nesta conta.

- Adiantamento a funcionários: nesta conta devemos juntar todas as


operações de créditos a funcionários por adiantamentos concedidos por conta
de salários, de despesas, de empréstimos e outros. Quando chegar o dia de
pagamento de cada um destes itens, o valor que constar de adiantamento
deverá ser reduzido do valor a ser pago pela empresa. São contas de
adiantamento a funcionários:
Adiantamento para viagens
Adiantamento de salários
Adiantamento de 13º salário

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Adiantamento de férias

- Aluguéis ativos a receber: valor de aluguel que a empresa tem a receber,


sendo um direito.

DESPESAS ANTECIPADAS: Aqui são classificadas as aplicações de recursos


em despesas cujos benefícios para a empresa ocorrerão no exercício seguinte.
Ou seja, são valores relativos a despesas já pagas e que beneficiarão o
exercício seguinte aquele da data de encerramento do balanço (contas
realizadas em aproximadamente 12 meses, dependendo do ciclo operacional
da empresa).

São despesas a vencer, a apropriar, a transcorrer, antecipadas. Elas serão


futuramente apropriadas decorrente dos pagamentos feitos antecipadamente,
sendo direitos da empresa. Contas que fazem parte deste grupo:

OBS.: Por se tratar de aplicação antecipada de


recursos financeiros em despesas a serem
incorridas no exercício seguinte, a sua
apropriação às contas de resultado terá lugar à
medida que os benefícios forem auferidos
(obtidos).

- Prêmio de seguros a vencer (ou a apropriar): quando a empresa faz um


contrato de seguro, o segurador se obriga com a segurada mediante
pagamento de um prêmio, a indenizá-la de prejuízo decorrente de riscos
futuros, previstos no contrato. Ex.: Seguro de vida dos funcionários, Seguro de
automóvel, Seguro da empresa, etc.

- Aluguéis passivos a vencer (ou a apropriar): pagamento antecipado de


aluguéis pela empresa, mas que ainda não foram usados pelo tempo
contratado. Sendo assim, é direito da empresa usufruir dos aluguéis pelo
tempo que foram pagos. OBS.: Tem a denominação “passivos”, pois é uma
conta que se relaciona a eventos que importam em redução do patrimônio da
entidade. Por isso, é uma conta de despesa.

- Assinaturas e anuidades a apropriar: são títulos de assinaturas que a


empresa compra por "x" meses ou por um ano, seja de jornais, revistas, TV a
cabo, etc.

- Antecipação de comissões e prêmios: referente às comissões e prêmios


recebidos pela venda de contratos, venda de produtos, etc.
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- Juros passivos a vencer: são juros diversos pagos antecipadamente pela
empresa. A realização é proporcional ao tempo. Aparece, por exemplo, em
empréstimos bancários feitos pela empresa, como encargo financeiro. Ex.:
Juros de 3% ao semestre. OBS.: Assim como na conta Aluguéis passivos a
vencer, tem a denominação passivos, pois é uma conta que se relaciona a
eventos que importam em redução do patrimônio da entidade, sendo uma
conta de despesa.

- Variações monetárias passivas a vencer: quando a empresa faz um


empréstimo bancário, há encargos financeiros que deverão ser realizados
(pagos) de acordo com o contrato firmado (realização proporcional ao tempo).

Ativo Não Circulante

Nesse subgrupo, são registrados os direitos que serão realizados


(transformados em dinheiro) após o final do exercício seguinte (longo prazo),
assim como os bens de uso (veículos, máquinas, etc.) e de renda da empresa
(aluguéis, imóveis para vendas, etc.).

Ou seja, no Não Circulante são incluídos todos os bens de natureza duradoura


destinados ao funcionamento normal da sociedade e do seu empreendimento,
assim como os direitos exercidos com essa finalidade.

O Ativo Não Circulante está dividido em 4 grupos: Realizável a longo prazo,


Investimentos, Imobilizado e Intangível.

Realizável a longo prazo

São classificadas neste grupo as contas de bens e direitos da empresa cujas


realizações se darão no longo prazo (após o término do exercício seguinte).
Também estão inseridas neste grupo as contas de direitos sem prazo de
vencimento. Ou seja, quando não se determina o prazo de vencimento do
direito, em contabilidade, entende-se como de longo prazo. São contas de
natureza devedora, assim como as do Ativo Circulante.

Segundo o inciso II do artigo 179 da Lei 6.404/76, as contas no Ativo Realizável


a Longo Prazo serão classificadas do seguinte modo:

"Os direitos realizáveis após o término do exercício seguinte, assim como os


derivados de vendas, adiantamentos ou empréstimos a sociedades coligadas
ou controladas (artigo 243), diretores, acionistas ou participantes no lucro da
companhia, que não constituírem negócios usuais na exploração do objeto da
companhia.”

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Segundo a Lei das Sociedades por Ações (6.404/76), o
ativo não circulante realizável a longo prazo é composto por:
a) direitos realizáveis após o término do exercício seguinte;
b) direitos realizáveis derivados de vendas, adiantamentos
ou empréstimos a sociedades coligadas ou controladas,
diretores (administradores em geral), acionistas (ou sócios), ou participantes no
lucro da companhia, que não constituírem negócios usuais na exploração do
objeto (atividade) da companhia.

Como exemplo do item a), temos o balanço que é elaborado ao término do


exercício social. Por exemplo, vamos supor, a data de 31.12.2013, o exercício
social seguinte é 2014, os direitos a receber em 2015 e exercícios posteriores
são classificados no ANC – RLP. Esses direitos também podem ser reais
(animais em criação ou bens que exijam longo período de produção) ou
pessoais (duplicatas a receber).

Quanto ao item b), é necessário ficar atento para que os três requisitos sejam
atendidos, a espécie do direito, a operação ser não usual e pessoa ligada
(devedor). Caso não se perfaçam, o crédito deve ser classificado conforme o
prazo.

São algumas contas existentes deste grupo:

- Aplicações financeiras de longo prazo: aplicações que a empresa faz, mas


que só terá o direito de retirar o dinheiro aplicado após um prazo de 12
meses. Ex.: Aplicação financeira de 18 meses.

- Depósitos bancários a longo prazo: cheques e/ou transferências a receber


que entrarão na conta da empresa a longo prazo (após o período de 12 meses
ou dependendo do ciclo operacional da empresa, se este for superior a 12
meses).

- Duplicatas a receber de longo prazo: também conhecida como Clientes de


longo prazo, são valores a receber decorrentes das vendas efetuadas pela
empresa a longo prazo. Ex.: Um cliente comprou uma mercadoria no valor de
R$3.600,00 e parcelou-a em 36 vezes, sendo cada parcela de R$100,00. Uma
parte destas parcelas será classificada na conta Duplicatas a receber de curto
prazo, já a outra parte será classificada na conta Duplicatas a receber de longo
prazo (pois serão pagas após o final do exercício seguinte).

- Despesas antecipadas de longo prazo: tem a mesma função que as


despesas antecipadas do Ativo circulante, porém, as que aqui são
classificadas, irão trazer benefícios para a empresa somente após o final do
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exercício seguinte (no longo prazo). Elas serão futuramente apropriadas
decorrentes dos pagamentos feitos antecipadamente, sendo direitos da
empresa.

- Empréstimos, adiantamentos ou vendas: independentemente do prazo de


realização, por determinação legal, devem ser classificados no Realizável a
longo prazo os valores a receber (desde que não constituam negócios usuais
na exploração do objeto da empresa) provenientes de:

Empréstimos, adiantamentos ou vendas a sociedades coligadas


Empréstimos, adiantamentos ou vendas a sociedades controladas
Empréstimos, adiantamentos ou vendas a diretores
Empréstimos, adiantamentos ou vendas a sócios
Empréstimos, adiantamentos ou vendas a acionistas
Empréstimos, adiantamentos ou vendas a participantes no lucro da companhia

OBS.: No caso dos empréstimos, eles apenas serão classificados de acordo


com a operação (Ativo Circulante se for receber até o final do curto prazo
ou Ativo Realizável a Longo Prazo se for receber após o término do curto
prazo) se a atividade da empresa que fez o empréstimo for efetivamente
essa, ou seja, de fazer empréstimos, pois este é o produto que ela
oferece. Ex.: Financeiras, bancos, etc.

- Empréstimo compulsório: é um tributo estabelecido por lei, onde o


contribuinte adquire uma determinada quantia de dinheiro em forma de
empréstimo para depois resgatá-lo, conforme as determinações estabelecidas
por lei. Serve para atender a situações excepcionais, e só pode ser instituído
pela União. OBS.: O Empréstimo compulsório está previsto no Artigo 15
do Código Tributário Nacional, onde diz:

"Somente a União nos seguintes casos excepcional, pode instituir empréstimos


compulsórios:
I – guerra externa, ou sua iminência;
II – calamidade pública que exija auxílio federal impossível de atender com os
recursos orçamentários disponíveis;
III – conjuntura que exija a absorção temporária de poder aquisitivo.”

- Empréstimo para incentivo fiscal: incentivo fiscal é um mecanismo pelo


qual o governo estimula a parceria público-privada para o financiamento de
projetos. Sendo assim, o governo abre mão do recebimento de um imposto
(podendo ser uma redução de alíquota, isenção, compensação, etc.) e permite
que o pagador (empresa) invista diretamente em atividades que geram algum
tipo de ganho social.
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Investimentos

No grupo Investimentos são classificadas as participações e aplicações


financeiras de caráter permanente, com o objetivo de gerar
rendimentos para a empresa de forma que esses bens e direitos não sejam
destinados à manutenção das atividades normais da companhia.

Segundo o inciso III do artigo 179 da Lei 6.404/76, as contas do


grupo Investimentos serão classificadas da seguinte forma:

"As participações permanentes em outras sociedades e os direitos de qualquer


natureza, não classificáveis no ativo circulante, e que não se destinem à
manutenção da atividade da companhia ou da empresa.”

Portanto, neste subgrupo classificam-se as participações permanentes em


outras sociedades, isto é, aqueles investimentos em sociedades cujo caráter
não seja o especulativo. Esses investimentos podem ser avaliados por dois
métodos: o método de custo e o método da equivalência patrimonial.

A equivalência patrimonial é o método que consiste em atualizar o valor


contábil do investimento ao valor equivalente à participação societária da
sociedade investidora no patrimônio líquido da sociedade investida, e no
reconhecimento dos seus efeitos na demonstração do resultado do exercício.

O valor do investimento, portanto, será determinado mediante a aplicação da


porcentagem de participação no capital social, sobre o patrimônio líquido de
cada sociedade coligada ou controlada.

Suponha que o patrimônio líquido da empresa controlada é de R$ 100.000,00,


o percentual de participação é de 65% e o valor contábil do investimento é de
R$ 45.000,00. No cálculo da equivalência, temos que o investimento é de R$
65.000,00, ou seja, 65% de R$ 100 mil. Como o valor contábil do investimento
era de R$ 45 mil, para sabermos o valor da equivalência subtraímos o valor
total do investimento menos o valor contábil. No presente exemplo, a
equivalência, portanto, é de R$ 20.000,00.

Ainda, são classificáveis como Ativo não Circulante – Investimentos, os direitos


que não sejam classificáveis em outros grupos. Os exemplos clássicos são:
obras de arte, casas e edificações mantidas para aluguel e terrenos. Veja
algumas contas que fazem parte deste grupo:

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- Obras de arte: as obras de arte existentes na empresa são um tipo de
investimento, sendo elas desvinculadas da atividade principal da empresa.
Para que uma obra de arte seja classificada como investimento, a empresa não
deve ter a intenção de vendê-la. OBS.: Poderá haver na empresa outros tipos
de investimentos, como por exemplo, antiguidades (quadros, cerâmicas,
louças, estatuetas, antiguidades em ouro e prata, etc.). Todos estes
investimentos poderão, em um futuro ainda não previsto, gerar renda caso a
empresa opte por colocá-los a venda.

Caso a empresa venha a ter intenção de vender algum bem ou direito não
relacionado a atividade da empresa e saiba quando pretende colocá-lo a venda
(no curto ou longo prazo), deverá classificar o bem no Ativo circulante (se for
no curto prazo) ou no Realizável a longo prazo (se for no longo prazo), não
sendo mais classificado no grupo Investimentos.

- Investimento em ouro: uma forma de investimento (aplicação) que tem por


objetivo gerar lucro para a empresa.

- Propriedades para investimento: também conhecido como bens de renda,


são usadas como forma de gerar renda (lucro) para a empresa, sendo
propriedades que não são utilizadas para o desenvolvimento de atividades da
própria companhia. Ex.: Imóveis alugados a terceiros, terrenos alugados e
edificações alugadas.

- Participações societárias: são participações (investimentos) em outras


sociedades (coligadas e controladas) que não são destinadas à venda. A
empresa não deve ter a intenção de se desfazer destes investimentos em um
horizonte previsível. Ou seja, são participações em outras empresas obtidas
com o objetivo de mantê-las em caráter permanente para se obter o controle
societário ou por interesses econômicos, como por exemplo, fonte permanente
de renda. Se a empresa comprar a participação esperando sua valorização
para vendê-la, ela deve ser registrada no Realizável a longo prazo. São elas:

- Investimentos em Coligadas: uma sociedade é considerada Coligada


quando a empresa investidora possui influência significativa na administração
dela mas não a controla. A lei não estabelece um percentual mínimo, mas ela
prevê que toda participação acima de 20% é significativa o suficiente para ser
considerada uma Coligada. OBS.: Percentuais menores de participação podem
levar uma sociedade a ser considerada coligada, bastando que a empresa
detenha ou exerça o poder de participação nas decisões das políticas
financeiras ou operacionais da investida, sem controlá-la.

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- Investimentos em Controladas: quando a empresa investidora controla
uma companhia na qual ela participa, esta é chamada de Controlada. Ou seja,
é uma sociedade controladora aquela que, direta ou indiretamente, for titular
dos direitos acionários que assegurem, de modo permanente, preponderância
nas deliberações sociais, bem como o poder de eleger a maioria dos
administradores (conselho de administração e diretores), tomando as principais
decisões na vida da empresa (este poder fica assegurado quando a empresa
investidora possui mais de 50% do capital votante da investida). OBS.: Se
todas as ações de uma empresa pertencerem à outra, ela não é apenas
controlada. Ela passa a ser uma subsidiária integral (empresa cujo capital
pertence).

Imobilizado

No Imobilizado são classificados os bens e direitos de natureza permanente


que serão utilizados para a manutenção das atividades normais da
empresa, servindo para a sua estrutura e funcionamento. A
empresa não pretende vender os seus bens e direitos, ou seja, não há
intenção de transformá-los em dinheiro. Caracterizam-se por se apresentarem
na forma tangível (bens corpóreos).

OBS.: Bens corpóreos, tangíveis ou materiais são os bens que constituem uma
forma física, bens concretos, que podem ser tocados.

Segundo o inciso IV do artigo 179 da Lei 6.404/76 (redação dada pela Lei nº
11.638/07), as contas do Ativo Imobilizado serão classificadas da seguinte
forma:

"Os direitos que tenham por objeto bens corpóreos destinados à manutenção
das atividades da companhia ou da empresa ou exercidos com essa finalidade,
inclusive os decorrentes de operações que transfiram à companhia os
benefícios, riscos e controle desses bens.”

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Já a definição de Ativo Imobilizado no CPC 27 é:

Ativo imobilizado é o item tangível que:


(a) é mantido para uso na produção ou fornecimento de mercadorias ou
serviços, para aluguel a outros, ou para fins administrativos; e
(b) se espera utilizar por mais de um período.

São contas do grupo Imobilizado:

- Imóveis: são os imóveis que fazem parte da empresa e que podem ser
usados para o desenvolvimento das atividades necessárias. Como por
exemplo:

• Terrenos: terrenos de uso da empresa.


• Edificações: são construções de uma forma geral, como por exemplo,
casas, prédios, viadutos e indústrias. É uma forma genérica de se referir
às construções.

- Máquinas e equipamentos: são as máquinas e equipamentos que a


empresa usa para desenvolver as suas atividades.

- Móveis e utensílios: são os móveis e utensílios usados na companhia, como


por exemplo, as mesas e cadeiras da sala da administração de uma empresa,
os utensílios de uma empresa de restaurante (garfos, facas, pratos, colheres),
entre outros.

- Veículos: são os carros, motos, camionetes, caminhões, etc. que são usados
para o desenvolvimento da companhia, seja para entrega de produtos,
deslocamento dos funcionários e para qualquer outra atividade da empresa.

- Minas e jazidas: exploração de minas e jazidas de minério e pedras


preciosas, por exemplo, de uma empresa que trabalha com este devido fim.

- (-) Depreciação, exaustão e amortização acumulada: contas redutoras do


ativo.

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Intangível

São Intangíveis os bens que não podem ser tocados ou vistos, já que são
incorpóreos (não tem corpo). Eles possuem valor econômico, mas carecem de
substância física (material), tendo o valor patrimonial nos direitos de
propriedade imaterial que são conferidos a seus possuidores.

Segundo o inciso VI do artigo 179 da Lei 6.404/76 (incluído


pela Lei nº 11.638/07), as contas no Intangível serão
classificadas da seguinte forma:
"Os direitos que tenham por objeto bens incorpóreos
destinados à manutenção da companhia ou exercidos
com essa finalidade, inclusive o fundo de comércio
adquirido.”

Ativo Intangível – Lei 6.404/76


Direitos que tenham por objeto bem incorpóreo
Destinado à manutenção da companhia
Ou exercício com essa finalidade
Inclusive o fundo de comércio adquirido

Por meio do Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC), o CPC 04 que trata


de Ativos Intangíveis foi aprovado. Esta norma diz que as entidades devem
seguir as novas definições para o novo tratamento contábil dos ativos
intangíveis, assim como também seguir os critérios para seu o reconhecimento
e mensuração, bem como analisar e efetuar as divulgações específicas
referentes a esses ativos (empresa deve reconhecer um ativo intangível
somente se determinados critérios forem atendidos, além de especificar como
devem ser avaliados e quais são as divulgações necessárias para esse novo
subgrupo do Ativo).

Em resumo, o conceito de ativo intangível de acordo com a norma é:


“Ativo Intangível é um ativo não monetário, identificável e sem substância
física.”

Os exemplos de itens que se enquadram nessas categorias amplas são:


softwares, patentes, direitos autorais, direitos sobre filmes cinematográficos,
listas de clientes, direitos sobre hipotecas, licenças de pesca, quotas de
importação, franquias, relacionamentos com clientes ou fornecedores. OBS.: O
Intangível passou a existir e fazer parte do Balanço Patrimonial com a chegada
da Lei 11.638 de 2007.

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Caso um item não atenda à definição de ativo intangível, o gasto incorrido na
sua aquisição ou geração interna deve ser reconhecido como despesa
quando incorrido. No entanto, se o item for adquirido em uma combinação de
negócios, passa a fazer parte do ágio derivado da expectativa de rentabilidade
futura (goodwill) reconhecido na data da aquisição.

O ágio por expectativa de rentabilidade futura é o excesso de preço pago pela


compra de um empreendimento ou patrimônio sobre o valor de mercado de
seus ativos líquidos. Vejamos um exemplo. Suponha que uma empresa seja
avaliada pelo valor de mercado em $ 100.000. Todavia, um comprador,
interessado no negócio, examinando a situação da empresa resolve pagar $
120.000. Nesta situação temos um goodwill de $20.000. Não podemos
identificar individualmente os itens que compõem este ágio. O ágio, neste caso,
pode ser considerado como o somatório de vários itens não identificáveis
como, por exemplo, capital intelectual, marca, tecnologia, lealdade dos clientes.

No intangível serão lançadas todas as aplicações em conhecimento técnico


(investimentos na formação dos participantes da empresa, bolsas de estudos,
etc.). Lançamos também o valor referente ao goodwill (fundo de comércio)
adquirido junto a terceiros.

Goodwill é a capacidade que o empreendimento tem de gerar lucros. É o


conjunto de características, qualidades e diferenciais de uma empresa
expressos através de sua capacidade de produzir riquezas. São exemplos de
características que compõe o goodwill: marcas registradas, conhecimento
organizacional, credibilidade de mercado, etc.

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Uma das principais características do goodwill é a de que ele não está refletido
no Balanço Patrimonial, não sendo depreciável ou amortizável. Devido a isso,
quanto maior a identificação dos ativos intangíveis como marcas e patentes, na
contabilidade menor será o valor do goodwill no momento de sua avaliação, e
vice-versa, justamente porque ele não é identificável no balanço e os ativos
intangíveis são (Marcas, Pesquisas e Desenvolvimento e Goodwill são
exemplos de ativos que não possuem existência limitada ou duração
determinada).

Teste de Impairment (Teste de Recuperabilidade): Tem por objetivo


apresentar de forma prudente o valor real líquido de realização de um ativo.
Esta realização pode ser de forma direta ou indireta, respectivamente, por meio
de venda ou de utilização nas atividades. A essência do teste de
recuperabilidade é evitar que um ativo esteja registrado por um valor maior que
o valor recuperável.

O teste busca verificar se o ativo não está desvalorizado em relação ao valor


real. Um ativo estará desvalorizado quando o valor contábil registrado for maior
que o valor recuperável, por venda ou por uso.

CESPE - Auditor de Contas Públicas (TCE-PB)/Demais Áreas/2018


A Lei n.º 11.638/2007, que introduziu alterações na forma de elaboração e de
apresentação das demonstrações contábeis das companhias, determinou a:
a) extinção da demonstração de origens e aplicações de recursos.
b) adoção do procedimento de redução ao valor recuperável dos ativos.
c) segregação do ativo fixo no grupo físico e no grupo imaterial.
d) vedação de lançamentos em contas de ativo diferido.

RESOLUÇÃO

A questão trata dos conhecimentos a respeitos das mudanças na contabilidade


trazidas pelas Leis 11.638/2007 e 11.941/2009, aprovadas pela resolução n°
1.152 do CFC, a qual aprovou a adoção inicial da Lei 11.638/07 e da Medida
Provisória n° 449/2008 (convertida na Lei 11.941/09).

Vamos aos comentários das alternativas.


a) extinção da demonstração de origens e aplicações de recursos. Errado
Não ocorreu a extinção da demonstração de origens e aplicações de recursos
(DOAR), ocorreu apenas sua desobrigação, o que, a meu ver, foi o mesmo que
extinguir, mas não briguemos com a banca. Podemos essa alteração pelo item
51 da resolução do CFC:

“51. De acordo com o art. 7º da Lei nº 11.638/2007 , as demonstrações dos


fluxos de caixa e do valor adicionado podem ser divulgadas no primeiro ano de
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vigência dessa Lei, sem a indicação dos valores correspondentes ao exercício
anterior. Tendo em vista a descontinuidade da apresentação da Demonstração
das Origens e Aplicações de Recursos em função da alteração da Lei nº 6.404
provocada pela Lei nº 11.638/7 , fica dispensada a sua apresentação para o
exercício anterior à data de transição.”

b) adoção do procedimento de redução ao valor recuperável dos ativos.


Correto
Realmente o teste de recuperabilidade dos ativos foi incluído pela Lei
11.638/07. Veja o que dispõe o § 3o do Art. 183 da Lei 6.404/76.
“§ 3o A companhia deverá efetuar, periodicamente, análise sobre a
recuperação dos valores registrados no imobilizado e no intangível, a fim de
que sejam: (Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009)
I – registradas as perdas de valor do capital aplicado quando houver decisão
de interromper os empreendimentos ou atividades a que se destinavam ou
quando comprovado que não poderão produzir resultados suficientes para
recuperação desse valor; ou (Incluído pela Lei nº 11.638, de 2007)”

c) segregação do ativo fixo no grupo físico e no grupo imaterial. Errado


Não existe tais grupos no Balanço Patrimonial.

d) vedação de lançamentos em contas de ativo diferido. Errado


Essa alteração foi introduzida pela Lei 11.941/09. Vejamos o item 20 da
resolução do CFC

“20. A Lei nº 11.638/2007 restringiu o lançamento de gastos no ativo diferido,


mas, após isso, a Medida Provisória nº 449/2008 extinguiu esse grupo de
contas.”
Como se vê, a restrição de lançamentos se deu com a 11.638/2007.

GABARITO: B

Contas Redutoras do Ativo

Também chamadas de retificadoras, as contas redutoras são contas que,


embora apareçam num determinado grupo patrimonial (Ativo ou Passivo), têm
saldo contrário em relação às demais contas desse grupo. Desse modo, uma
conta redutora do Ativo terá natureza credora, bem como uma conta redutora
do Passivo terá natureza devedora. As contas retificadoras reduzem o saldo
total do grupo em que aparecem. A seguir, veremos algumas contas
retificadoras do grupo Ativo:

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- Perdas Estimadas para Créditos de Liquidação Duvidosa (PECLD)
Quando uma empresa vende a prazo, ela corre o risco de receber ou não o
dinheiro devido pelo cliente. Certamente, ela não irá receber 100% do valor em
haver, ocorrendo assim à inadimplência.

A Perda Estimada para Créditos de Liquidação Duvidosa (PECLD) existe para


reconhecer essa parcela que a empresa não receberá de forma onerosa em
seu resultado, representando uma "perda" de valor nos seus títulos a receber,
afetando o seu Patrimônio Líquido. Ou seja, é a parcela estimada pela empresa
que não será recebida em decorrência dos maus pagadores.

É uma conta de natureza credora, fazendo parte do Ativo Circulante, grupo


Disponibilidades. É uma conta redutora, ou seja, entra com saldo negativo no
Ativo, deduzindo os valores a receber dos clientes (conta Duplicatas a receber).

- Depreciação acumulada: É a diminuição do valor de um bem, resultante do


desgaste pelo uso, ação da natureza e obsolescência normal. Ou seja, é o
motivo de perda de valor ao passar do tempo, por ter surgido um melhor
(desvalorização). A depreciação é o registro da perda de materiais da empresa
(desgaste de bens materiais/tangíveis).

A depreciação ocorre apenas nos bens materiais classificados no Ativo


Imobilizado e nos bens de renda classificados no grupo
de Investimentos do Ativo Não Circulante (ex.: imóveis alugados). Ela pode ser
calculada mensalmente ou no final do ano, por ocasião da Apuração do
Resultado do Exercício (ARE).

OBS.: Obsolescência se dá em função de novos inventos. Um bem obsoleto é


um bem antiquado, ultrapassado, fora de moda (na Legislação Tributária é
fixado métodos, prazos e critérios para tal).

Taxa de depreciação: percentual fixado em função do tempo de vida útil do


bem.

Conta Taxa (ao ano) Vida útil


Veículos 20% a.a. 5 anos
Imóveis (prédios) 4% a.a. 25 anos
Móveis e utensílios 10% a.a. 10 anos
Computadores e periféricos 20% a.a. 5 anos
Máquinas e equipamentos 10% a.a. 10 anos
Terreno Não deprecia -----------
OBS.: Softwares têm taxa de AMORTIZAÇÃO de 50% a.a.
(sofrem amortização e não depreciação).

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- Exaustão acumulada: É a importância referente à diminuição do valor dos
recursos naturais (minérios e outros), resultantes da sua exploração. Toda e
qualquer jazida de minério possui uma capacidade produtiva, ou seja, uma
produção limitada de minérios, e a exaustão é o valor da parcela que reduz
essa produção. À medida que se extraem os minérios, a jazida vai se
exaurindo.

- Amortização acumulada: É o valor correspondente à recuperação de um


investimento feito em bens intangíveis, ou de valores aplicados em despesas
que contribuam para a formação de resultados de mais de um exercício
contábil e que serão lançados como custo ou encargo em cada exercício.

Ou seja, é a perda do valor econômico do capital aplicado em bens intangíveis


do Ativo, necessários a manutenção da empresa. É o desgaste de bens
imateriais (tem o mesmo sentido que a depreciação).

Os principais bens sujeitos à amortização pertencem ao Ativo Não


Circulante (grupo Imobilizado e Intangível). Ex.: marcas e patentes, ponto
comercial ou fundo de comércio, benfeitorias executadas em prédios de
terceiros, direitos autorais, etc.

O valor total da amortização não poderá ser superior ao custo de


aquisição do bem ou do direito.

FGV - Auditor do Ministério Público (MPE AL)/2018


O Balancete de uma entidade apresentava os seguintes saldos, em
31/12/2017:

• Disponibilidades: R$ 50.000;
• Estoques com previsão de vendas em 420 dias: R$ 80.000;
• Clientes com vencimento em 390 dias: R$ 40.000;
• Perdas estimadas com estoques: R$ 8.000;
• Perdas estimadas com crédito de liquidação duvidosa de clientes: R$ 2.000;
• Contas a receber pela venda de um terreno em 90 dias: R$ 60.000;
• Veículo: R$ 50.000;
• Seguro do veículo pago antecipadamente, em 01/01/2017, apropriado
mensalmente de forma linear por dois anos: R$ 12.000;
• Depreciação acumulada do veículo: R$ 10.000;
• Perda por teste de recuperabilidade do veículo: R$ 5.000.

Assinale a opção que indica o valor do ativo circulante no balanço patrimonial


da entidade, em 31/12/2017:
a) R$ 110.000.
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b) R$ 116.000.
c) R$ 121.000.
d) R$ 154.000.

RESOLUÇÃO

ATIVO CIRCULANTE:
Disponibilidades........................................................................................50.000
Contas a receber pela venda de um terreno em 90 dias..........................60.000
Seguro do veículo pago antecipadamente, em 01/01/2017, apropriado
mensalmente de forma linear por dois anos......6.000 *
TOTAL.....................................................................................................116.000
(GABARITO: B)

* Cálculo do seguro:
Valor = 12.000
Tempo = 2 anos (24 meses)
Apropriação Mensal = 12.000 / 24 = 500 a.m
Logo, será registrado, até 31/12/2017, o valor de 6.000 (500 a.m * 12 meses)

Segue a classificação das outras contas:


• Estoques com previsão de vendas em 420 dias: R$ 80.000 (Ativo Não
Circulante - Ativo Realizável a Longo Prazo)
• Perdas estimadas com estoques: R$ 8.000 (Retificadora No Ativo
Realizável a Longo Prazo)
• Clientes com vencimento em 390 dias: R$ 40.000 (Ativo Não Circulante -
Ativo Realizável a Longo Prazo)
• Perdas estimadas com crédito de liquidação duvidosa de clientes: R$
2.000 (Retificadora No Ativo Realizável a Longo Prazo)
• Veículo: R$ 50.000 (Ativo Não Circulante - Imobilizado)
• Depreciação acumulada do veículo: R$ 10.000 (Retificadora No Ativo Não
Circulante - Imobilizado)
• Perda por teste de recuperabilidade do veículo: R$
5.000 (Retificadora Ativo Não Circulante - Imobilizado)

GABARITO: B

FGV - Analista de Planejamento e Finanças (SEPOG RO)/2017


Uma empresa apresentava, em 31/12/2016, os saldos a seguir.

• Clientes (60 dias): R$ 50.000;


• Contas a receber (180 dias): R$ 100.000;

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• Fornecedores (540 dias): R$ 40.000;
• Aluguel pago antecipadamente, com apropriação linear e mensal por 24
meses: R$ 48.000;
• Estoques previstos para serem vendidos em 90 dias: R$ 120.000;
• Provisão para Perdas nos Estoques: R$ 20.000;
• Caixa e Equivalentes de Caixa: R$ 60.000;
• Empréstimo a sócio com vencimento em 60 dias: R$ 35.000;
• Venda para empresa controlada decorrente da atividade operacional da
empresa (120 dias): R$ 70.000;
• Adiantamento de salários de janeiro a empregados: R$ 46.000;
• Provisão para 13º salário: R$ 92.000;
• Receita de vendas recebida antecipadamente: R$ 110.000.
• Computador utilizado na empresa: R$ 30.000;
• Depreciação acumulada do computador: R$ 6.000;
• Participação em outras empresas: R$ 60.000; e
• Fundo de investimento com resgate em 720 dias: R$ 88.000.

Com base somente nos dados acima, o Ativo Realizável a Longo Prazo,
apresentado no Balanço Patrimonial da sociedade empresária, em 31/12/2016,
era de
a) R$ 112.000.
b) R$ 147.000.
c) R$ 171.000.
d) R$ 182.000.

RESOLUÇÃO

Vamos primeiro relembrar quais ativos são classificados no Ativo Realizável a


Longo Prazo, segundo os preceitos da Lei 6.404/76:

“os direitos realizáveis após o término do exercício seguinte, assim como os


derivados de vendas, adiantamentos ou empréstimos a sociedades
coligadas ou controladas (artigo 243), diretores, acionistas ou
participantes no lucro da companhia, que não constituírem negócios usuais
na exploração do objeto da companhia”.
Visto isto, temos as seguintes contas que atende a classificação:
- Aluguel pago antecipadamente, com apropriação linear e mensal por 24
meses: R$ 48.000;
- Empréstimo a sócio com vencimento em 60 dias: R$ 35.000;
- Fundo de investimento com resgate em 720 dias: R$ 88.000.

Todavia, perceba que o aluguel pago antecipadamente tem apropriação


mensal por 24 meses, ou seja, o valor que será realizado após o término do

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exercício seguinte (realizável a longo prazo) refere-se apenas a 12 meses,
devendo, portanto, ser lançando no Realizável a Longo Prazo apenas metade
do valor: R$ 24.000.

Cabe aqui reforçar que uma despesa paga antecipadamente é um direito para
com o fornecedor, ou seja, é um ativo, considerando ainda o princípio da
Competência.

Assim, temos:
Ativo Realizável a Longo Prazo: 24.000 + 35.000 + 88.000 ==> 147.000

GABARITO: B

Passivo

O conceito de passivo envolve todas as obrigações, dívidas e os deveres


financeiros de uma empresa. Quando consideramos o patrimônio da
organização – e seu Balanço Patrimonial - os passivos são apresentados como
a conta credora, ao contrário dos ativos, que formam a conta devedora. É
comum ouvir falar em passivos, assim, no plural, seja porque a empresa possui
mais de uma obrigação ou dever ou pelo fato de haver mais de uma
classificação para os passivos.

O Passivo faz parte das Contas Patrimoniais e


compreende as obrigações da organização,
entidade ou empresa para com terceiros, por sua
natureza e por sua expressão monetária.

Identifica a origem dos recursos aplicados. As contas representam


os recursos de terceiros que foram usados e são classificadas segundo
a ordem decrescente de exigibilidade (são classificadas de acordo com o
seu vencimento, através do curto e longo prazo). Ou seja, o Passivo se
classifica de acordo com o prazo de realização das obrigações.

As contas do Passivo podem ser debitadas ou creditadas, mas o seu saldo


será sempre credor, com exceção das contas redutoras do Passivo. Essas
contas não se encerram com a apuração do resultado do exercício.

O Passivo, como dito anteriormente, compreende as origens de recursos


representados pelas obrigações para com terceiros, resultantes de eventos
ocorridos que exigirão ativos para a sua liquidação. É uma obrigação exigível,

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isto é, no momento em que a dívida vencer, será exigida (reclamada) a
liquidação da mesma. Por isso é mais adequado chamá-lo Passivo Exigível.
O passivo exigível basicamente pode ser dividido em passivo circulante e
não circulante. Segundo a Lei das Sociedades por Ações:

“Art. 180. As obrigações da companhia, inclusive financiamentos para


aquisição de direitos do ativo não circulante, serão classificadas no passivo
circulante, quando se vencerem no exercício seguinte, e no passivo não
circulante, se tiverem vencimento em prazo maior, observado o disposto no
parágrafo único do art. 179 desta Lei.”

Como exemplos de obrigações temos: Impostos a pagar, provisão para


contingências, salários a pagar, ICMS a recolher, provisão para IR, FGTS a
recolher, duplicatas a pagar, fornecedores, entre outros.

A definição prevista no CPC 00 para passivo é:

“Passivo é uma obrigação presente da entidade, derivada de eventos


passados, cuja liquidação se espera que resulte na saída de recursos da
entidade capazes de gerar benefícios econômicos.”

Passivo Circulante

Neste grupo, classificam-se as contas que representam obrigações da empresa


para com terceiros no curso do exercício seguinte. Ex.: Salários a Pagar,
Fornecedores, Impostos a Pagar, Empréstimos Bancários etc.

São as obrigações (dívidas) exigíveis que deverão ser pagas até o fim do
exercício seguinte. Neste grupo são escrituradas as obrigações da entidade,
inclusive financiamentos para aquisição de direitos do ativo não circulante,
quando se vencerem no exercício seguinte.

No caso de o ciclo operacional da empresa ter duração maior que a do


exercício social, a concepção terá por base o prazo desse ciclo. Veja algumas
contas:

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(*)OBS.: Tem a denominação ativos, pois se trata de uma conta relacionada a
fatos que contribuem para o aumento do patrimônio da entidade. Por isso, é
uma conta de receita.

Há ainda outras contas que merecem atenção:


- Comissões Ativas a Vencer – Comissões Ativas são receitas; a Vencer são
“antecipadas”. Portanto, trata-se de conta de receita antecipada classificada no
passivo exigível.

- Aluguel a pagar, Lucros a distribuir, Adiantamento de clientes (A


empresa pode receber de seus clientes adiantamentos por conta de
encomendas de bens ou serviços a serem produzidos ou executados.
Enquanto não for entregue o bem ou executados os serviços contratados, tais
adiantamentos assumem a característica de uma obrigação, devendo ser
registrados em conta do Passivo Circulante ou no Exigível a Longo Prazo,
conforme o prazo previsto para a entrega do bem ou execução do serviço).

FGV - Técnico Portuário (CODEBA)/Apoio Administrativo/2016


Assinale a opção que indica um Passivo Circulante.
a) Salários pagos no exercício anterior.
b) Dividendos reconhecidos no exercício anterior e que deverão ser pagos no
presente exercício.
c) Causa judicial cuja perda é considerada possível no presente exercício.
d) Empréstimo obtido de sócio da empresa para pagamento em três anos.

RESOLUÇÃO
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Vamos analisar as alternativas:

a) Errado. Salários pagos de exercício anterior é uma despesa, uma conta de


resultado.

c) Errado. Lembram da diferença entre passivo contingente e provisão? No


caso de ''possível'', estamos diante de um passivo contingente. Ele não é
reconhecido no balanço.

d) Errado. Pessoal, a regra para circulante é até o final do exercício seguinte.


Nesse caso, é um passivo não circulante, pois foge a regra.

GABARITO: B

Passivo Não Circulante

Neste grupo são escrituradas as obrigações da entidade, inclusive


financiamentos para aquisição de direitos do ativo não circulante, quando se
vencerem após o exercício seguinte. No caso de o ciclo operacional da
empresa ter duração maior que a do exercício social, a concepção terá por
base o prazo desse ciclo.

Ou seja, é um subgrupo do passivo exigível do Balanço Patrimonial e é


composto das contas antes agrupadas no Passivo Exigível a Longo Prazo, ou
seja, de registro de todas as obrigações que devem ser quitadas cujos
vencimentos ocorrerão após o final do exercício seguinte ao encerramento do
balanço patrimonial. Dentre essas contas é possível destacar:

• Financiamento e empréstimos de instituições financeiras;


• Debêntures a pagar;
• Fornecedores de equipamentos de grande porte.
• Financiamento a longo prazo;
• Fornecedores (LP);
• Provisão de contingência trabalhista;
• Provisão para processos judiciais;
• Arrendamentos mercantis financeiros;
• Planos de pensão e saúde;
• Outras contas a pagar.

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DUPLICATAS DESCONTADAS.

Com a implantação das Normas Contábeis Internacionais, através do Pronunciamento


Técnico CPC 38, validada pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), por meio
da Deliberação CVM nº 604/2009 e pelo Conselho Federal de Contabilidade (CFC),
por meio da Resolução CFC nº 1.197/2009 (NBC TG 37), a conta passa a ser
CLASSIFICADA NO PASSIVO.

Na operação de duplicatas descontadas, duplicatas a receber são oferecidas em troca


de valores antecipados. Em essência, toma-se um empréstimo oferecendo as
duplicatas como garantia. O valor recebido pelo adiantamento (empréstimo) deve ser
contabilizado como passivo e os encargos cobrados pelo banco devem ser
reconhecidos como despesa (VPD) financeira.

Patrimônio Líquido

O patrimônio líquido é considerado como sendo o capital dos sócios (capital


próprio) empregado nas atividades empresariais. Ou seja, o Patrimônio
Líquido (PL) ou Capital Próprio representa os valores que os sócios ou
acionistas têm na empresa em um determinado momento. No balanço
patrimonial, a diferença entre o valor dos ativos e dos passivos representa
o Patrimônio Líquido, que é o valor contábil devido pela pessoa jurídica aos
sócios ou acionistas, baseado no Princípio da Entidade.

De acordo com a Lei 6.404/76:

“Art. 178. No balanço, as contas serão classificadas segundo os elementos do


patrimônio que registrem, e agrupadas de modo a facilitar o conhecimento e a
análise da situação financeira da companhia.
III – patrimônio líquido, dividido em capital social, reservas de capital, ajustes
de avaliação patrimonial, reservas de lucros, ações em tesouraria e prejuízos
acumulados. (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009).”

Vamos analisar como era e como está agora a divisão do grupo do patrimônio
líquido:

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PATRIMÔNIO LÍQUIDO
ANTES DA LEI Nº 11.638/07 APÓS A LEI Nº 11.638/07 E
11.941/09
Capital Social Capital Social
(-) Capital a Realizar (-) Capital a Realizar
Reserva de Lucro Reserva de Lucro
Reserva de Capital Reserva de Capital
Reserva de Reavaliação Ajuste de Avaliação Patrimonial
+ - Lucro ou Prejuízo Acumulado (-) Prejuízo Acumulado
(-) Ações em Tesouraria (-) Ações em Tesouraria

CESPE - Auditor do Estado (CAGE RS)/2018


No início de sua constituição, determinada empresa possuía patrimônio líquido
composto por um capital integralizado no valor de R$ 12.000. No primeiro ano
de atividade, a sociedade obteve R$ 4.000 de lucros: R$ 1.000 foram
destinados para o pagamento de dividendos, e o restante, para a constituição
de reservas. No segundo ano, a sociedade apurou um prejuízo de R$ 2.000.

Com referência a essa situação hipotética, é correto afirmar que o valor do


patrimônio líquido da empresa no final do segundo ano foi de
a) R$ 15.000.
b) R$ 14.000.
c) R$ 13.000.
d) R$ 12.000.

RESOLUÇÃO

A questão pede o valor total do patrimônio líquido (PL) após os fatos contábeis
descritos no enunciado. Senão vejamos:

Apuração do lucro líquido


D Apuração do resultado do exercício 4.000
C Lucro líquido 4.000 (PL)

Pagamento de dividendos
D Lucro líquido 1.000 (PL)
C Dividendos a pagar 1.000 (PC)

Constituição de reservas
D Lucro líquido 3.000 (PL)
C Reservas de lucros 3.000 (PL)

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Apuração de Prejuízo
D Prejuízo do exercício 2.000 (PL)
C Apuração do resultado do exercício 2.000

Apuração TOTAL do PL no final do segundo ano:

Capital Social ..........................................................R$ 12.000,00


Lucro Líquido .......................................................... R$ 4.000,00
Pagamento de Dividendos ......................................(R$ 1.000,00)
Apuração de Prejuízo ............................................ (R$ 2.000,00)
(=) Total do PL .......................................................R$13.000,00

A destinação de lucros para as reservas não afeta o total do PL, pois é


um fato permutativo dentro do PL, isto é: um fato contábil qualitativo.

GABARITO: C

Capital Social

Quando os sócios resolvem iniciar uma atividade, um dos requisitos para o


início é a existência do chamado capital social. Os sócios precisam aportar
bens para que essa companhia possa aplicar e dar início às atividades.

O capital social é a conta do PL composta pelas ações subscritas na


constituição da sociedade ou com o aumento de capital. É dividido em capital
social e capital social a realizar. A lei das S.A’s dispõe que:

“Art. 182. A conta do capital social discriminará o montante subscrito e, por


dedução, a parcela ainda não realizada.”

No balanço fica representado da seguinte maneira:


Capital Social _____________________________________R$ 10.000,00
(-) Capital Social a Realizar __________________________(R$ 4.000,00)
(=) Capital Social Realizado __________________________R$ 6.000,00

Ainda segundo a Lei 6.404, o capital social poderá ser formado com
contribuições em dinheiro ou em qualquer espécie de bens suscetíveis de
avaliação em dinheiro.

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Reservas de Capital

As Reservas são valores que representam elementos patrimoniais sem


qualquer característica de exigibilidade atual ou futura. São como o próprio
nome indica, reservas. Basicamente, temos duas espécies de reservas,
ambas classificadas no patrimônio líquido: as de lucros e as de capital.

As reservas de capital são valores recebidos pela empresa (dos sócios ou


de terceiros) que não se configuram como receita, isto é, não transitam pelo
resultado do exercício, sendo contabilizadas diretamente à conta de Patrimônio
Líquido.

Conforme o artigo 182 da Lei das S.A´s:


“Art. 182. § 1º Serão classificadas como reservas de capital as contas que
registrarem:
a) a contribuição do subscritor de ações que ultrapassar o valor nominal e a
parte do preço de emissão das ações sem valor nominal que ultrapassar a
importância destinada à formação do capital social, inclusive nos casos de
conversão em ações de debêntures ou partes beneficiárias;
b) o produto da alienação de partes beneficiárias e bônus de subscrição;”

RESERVAS DE CAPITAL
Ágio na emissão de ações
Produto da alienação de partes beneficiárias
Produto da alienação de bônus de subscrição

O item a) corresponde à chamada “Reserva para ágio na emissão de ações”.

Já o item b), partes beneficiárias são títulos negociáveis, sem valor nominal e
estranhos ao capital social, criados a qualquer tempo pela sociedade por ação.

As partes beneficiárias conferirão aos seus titulares direito de crédito eventual


contra a companhia, consistente na participação nos lucros anuais – no
máximo 10% (LSA, art. 46, caput, e §1º). Por seu turno, os bônus de
subscrição são títulos de credito emitidos no limite do capital social autorizado
no estatuto e dão aos titulares o direito de subscrever ações da companhia.

Com as modificações recentes ocorridas na contabilidade (Leis 11.638 e


11.941) as doações e subvenções para investimento e os prêmios na
emissão de debêntures não serão mais classificados como reservas de
capital, devendo ser registrados como receitas do exercício, de acordo com o
Princípio da Competência.

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Ajustes de Avaliação Patrimonial

Antes das alterações da Lei das S.A, havia no patrimônio líquido a conta
reserva de reavaliação. Esta conta foi suprimida, surgindo então o ajuste de
avaliação patrimonial. Contudo, não se trata de mera alteração de nome. A
reavaliação que se aplicava aos bens tangíveis do ativo permanente e que
poderia ser ou não realizada, pelos os acionistas, deixou de existir.

Ou seja, o ajuste de avaliação patrimonial serve tanto para aumentar como


para reduzir valores de ativos e de passivos, enquanto que a reavaliação
servia apenas para o aumento de bens do permanente. A nova redação
prescreve o seguinte:

“Art. 183, § 3o Serão classificadas como ajustes de avaliação patrimonial,


enquanto não computadas no resultado do exercício em obediência ao regime
de competência, as contrapartidas de aumentos ou diminuições de valor
atribuídos a elementos do ativo e do passivo, em decorrência da sua avaliação
a valor justo, nos casos previstos nesta Lei ou, em normas expedidas pela
Comissão de Valores Mobiliários, com base na competência conferida pelo §
3o do art. 177.”

Ações em Tesouraria

As ações em tesouraria são ações da empresa adquiridas pela própria


empresa e mantidas na tesouraria. A aquisição de ações de emissão própria
e sua alienação são também transações de capital da entidade com seus
sócios e igualmente não devem afetar o resultado da entidade.

A conta “ações em tesouraria” é redutora do Patrimônio Líquido (PL).

A regra geral é que a empresa não pode negociar as próprias ações, para
evitar negociação com informações privilegiada. Ou seja, a empresa não pode
negociar suas próprias ações de forma habitual. É permitida, entretanto, a
aquisição, para permanência em tesouraria, sem a diminuição do Capital
Social. Para isso, a compra é suportada pelo saldo das reservas, exceto a
Reserva Legal.

Vale ressaltar que é permitida a compra quando, resolvida a redução do


capital mediante restituição, em dinheiro, de parte do valor das ações, o
preço destas em bolsa for inferior ou igual à importância que deve ser
restituída. Nesse caso, ocorre a diminuição do Capital Social.

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As ações em tesouraria não têm direito a dividendos e nem a voto. Os
custos de transação incorridos na aquisição de ações de emissão da própria
entidade devem ser tratados como acréscimo do custo de aquisição de
tais ações.

De acordo com a Lei nº 6.404/76:

“Art. 182. § 5º As ações em tesouraria deverão ser destacadas no balanço


como dedução da conta do patrimônio líquido que registrar a origem dos
recursos aplicados na sua aquisição.”

LEMBRE-SE: A COMPRA E A ALIENAÇÃO DE AÇÕES EM TESOURARIA É


TRANSAÇÃO ENTRE SÓCIOS!

Reservas de Lucros

São retenções de parcelas provenientes de ganhos do período, com o objetivo


de preservar o Patrimônio Líquido de uma sociedade, e posterior
destinação. São, em suma, lucros que a empresa não entrega aos
acionistas, mas guarda para si, seja para investir em projetos, seja para
resguardar o capital social.

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Segundo a Lei das S.A’s:

“Art. 182, §4º Serão classificados como reservas de lucros as contas


constituídas pela apropriação de lucros da companhia.”

Ao final do exercício social as contas de resultado (receitas e despesas) são


zeradas. O saldo, lucro ou prejuízo, é transferido para o PL. No PL, podem ter
três destinações:

Dividendos Reservas de Aumento do


(para os sócios) Lucro Capital
Social

Ou seja, se a empresa tem Receitas de R$ 5.000,00 e despesas de R$


2.500,00, terá um lucro de R$ 2.500,00 (5000-2500). Esse lucro pode ser
distribuído para os sócios, para aumento do Capital Social ou pode ir para
Reserva de Lucros.

Com a alteração da Lei das S.A a conta antigamente denominada lucros ou


prejuízos acumulados passa a ser denominada prejuízos acumulados, ou
seja, haverá de existir uma destinação para este lucro, não podendo ficar em
conta específica do PL. As reservas de lucros hoje existentes são:

Reserva Legal;
Reservas Estatutárias;
Reservas para Contingências;
Reservas de Incentivos Fiscais;
Reservas de Retenção de Lucros;
Reserva de Lucros a Realizar;
Reserva especial para dividendos obrigatórios não distribuídos;
Reserva de Prêmio na Emissão de Debêntures.

O artigo 199 da lei 11.638/2007, nos informa que existe um certo limite para
essas reservas:

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“O saldo das reservas de lucros, exceto as para contingências, de incentivos
fiscais e de lucros a realizar, não poderá ultrapassar o capital social. Atingindo
esse limite, a assembleia deliberará sobre aplicação do excesso na
integralização ou no aumento do capital social ou na distribuição de
dividendos.”

FCC - Analista Executivo (SEGEP MA)/Contador/2018


A empresa Sucesso S.A., durante o exercício social de 2017, apresentou os
saldos nas contas abaixo, faltando apenas o saldo das despesas com vendas e
das administrativas do período.

Com base nas informações acima, o total do Patrimônio Líquido do período


era, em reais,
a) 60.000,00.
b) 130.000,00.
c) 125.000,00.
d) 160.000,00.

RESOLUÇÃO

Nessa questão o examinador não nos forneceu todas as contas de resultado, já


que está faltando apenas o saldo das despesas com vendas e das
administrativas do período. Assim, não poderemos achar o saldo do PL pelo
clássico "Resultado + Contas patrimoniais do PL".

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Assim, deveremos encontrar através da equação patrimonial: Ativo = Passivo
+ PL

Senão vejamos:

215.000 = 90.000 + PL
PL = 125.000

GABARITO: C

CESPE - Analista Judiciário (TRE TO)/Administrativa/Contabilidade/2017


Adiantamentos recebidos de clientes, ajustes de avaliação patrimonial,
despesas antecipadas, obrigações em moeda estrangeira e ações em
tesouraria são itens que devem ser classificados, respectivamente, como:

a) receita operacional, patrimônio líquido, passivo, passivo e ativo.


b) ativo, patrimônio líquido, ativo, passivo e ativo.
c) passivo, patrimônio líquido, despesa operacional, passivo e patrimônio
líquido.
d) passivo, patrimônio líquido, ativo, passivo e patrimônio líquido.

RESOLUÇÃO

De acordo com a lei 6.404/76 (art. 178, § 2º III), o patrimônio líquido é dividido
em:

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Portanto, a conta Ações em Tesouraria é classificada no patrimônio líquido.
Assim, eliminamos as letras A e B. Da mesma forma, a conta Ajustes de
Avaliação patrimonial é classificada no patrimônio líquido.

O art. 179, I, da mesma lei, determina que a despesa do exercício seguinte


(também chamada de despesa antecipada) seja classificada no ativo circulante
do Balanço Patrimonial. Portanto, correta letra D.

GABARITO: D

Notas Explicativas
O patrimônio societário sofre constante movimento, haja vista que sofrem atos
de gestão contínua. Esses acontecimentos podem ser divididos basicamente
em dois grandes grupos:
A) Atos contábeis.
B) Fatos contábeis.

Os atos contábeis são acontecimentos que ocorrem na entidade e não


provocam alterações do patrimônio, tais como admissão de empregados,
assinatura de um contrato de compra, venda, o aval de um título de crédito,
uma fiança prestada em favor de terceiros. Os atos relevantes que façam parte
das atividades da empresa devem ser apresentados em notas explicativas,
como ordena a Lei 6.404/76:

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Além das demonstrações contábeis (Balanço Patrimonial, DRE, DMPL, DFC,
DVA), são necessárias outras informações complementares para enriquecer os
relatórios e evitar que os mesmos se tornem enganosos.

Essas informações são veiculadas para auxiliar os usuários das


Demonstrações Financeiras a entendê-las melhor. Visam apresentar
esclarecimentos aos usuários externos.

As explicações devem ser relevantes quantitativa e qualitativamente, e podem


estar na forma descritiva, na forma de quadros analíticos suplementares ou em
outras formas. Normalmente, tais explicações são feitas através das Notas
Explicativas, que acompanham as Demonstrações.
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CPC 00 – ESTRUTURA CPC 26 – APRESENTAÇÃO DAS
CONCEITUAL BÁSICA DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS.

112. As notas explicativas devem:


4.43. Um item que possui as (a) apresentar informação acerca da
características essenciais de base para a elaboração das
elemento, mas não atende aos demonstrações
critérios para reconhecimento pode, contábeis e das políticas contábeis
contudo, requerer sua divulgação específicas utilizadas de acordo
em notas explicativas, em material com os itens
explicativo ou em quadros 117 a 124;
suplementares.
(b) divulgar a informação requerida
Isso é apropriado quando a pelos Pronunciamentos,
divulgação do item for considerada Orientações e
relevante para a
Interpretações que não tenha sido
avaliação da posição patrimonial e apresentada nas demonstrações
financeira, do desempenho e das contábeis; e
mutações na posição financeira da
entidade por parte dos usuários das (c) prover informação adicional que
demonstrações contábeis não tenha sido apresentada nas
demonstrações contábeis, mas que
seja relevante para sua
compreensão.

As notas devem ser apresentadas, tanto quanto seja praticável, de forma


sistemática. Cada item das demonstrações contábeis deve ter referência
cruzada com a respectiva informação apresentada nas notas explicativas.

É importante que os usuários estejam informados sobre a base ou bases de


mensuração utilizada(s) nas demonstrações contábeis, porque a base sobre a
qual as demonstrações contábeis são elaboradas afeta significativamente a
análise dos usuários. Quando mais de uma base de mensuração for utilizada
nas demonstrações contábeis, por exemplo, quando determinadas classes de
ativos são reavaliadas (se permitido legalmente), é suficiente divulgar uma
indicação das categorias de ativos e de passivos à qual cada base de
mensuração foi aplicada.

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Ao decidir se determinada política contábil deve ou não
ser divulgada, a administração deve considerar se sua
divulgação proporcionará aos usuários melhor
compreensão da forma em que as transações, outros
eventos e condições estão refletidos no desempenho e
na posição financeira relatadas.

As entidades devem divulgar informações que permitam aos usuários das


demonstrações contábeis avaliar seus objetivos, políticas e processos de
gestão de capital. A entidade deve divulgar nas notas explicativas informação
acerca dos principais pressupostos relativos ao futuro, e outras fontes
principais da incerteza das estimativas à data do balanço, que tenham risco
significativo de provocar modificação material nos valores contábeis de ativos e
passivos durante o próximo. Com respeito a esses ativos e passivos, as notas
explicativas devem incluir detalhes informativos acerca:
(a) da sua natureza; e
(b) do seu valor contábil à data do balanço.

ESAF - Contador (FUNAI)/2016


Contas do balanço patrimonial da empresa XYZW Ltda.:

Com base nas informações das contas acima, é correto afirmar que:
a) o passivo circulante é de 48.000.
b) o ativo circulante é de 62.000.
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c) o patrimônio líquido é de 90.000.
d) o ativo não circulante é de 106.000.

RESOLUÇÃO
Vamos, primeiramente, classificar as contas:

Totalizando os grupos temos:

Passivo Circulante = 15.200+20.800+10.000 = 46.000


Ativo Circulante = 48.000+32.000 = 90.000
Patrimônio líquido = 48.000+14.000 = 62.000
Ativo Não Circulante = 32.000+14.000+8.000+52.000 = 106.000

Obs.:
- Antigamente, a ESAF classificava a conta Duplicatas Descontadas como
retificadora do Ativo Circulante. Porém, desde a prova da STN em 2013 a
banca superou seu apego com a forma antiga e passou a cobrar o novo
entendimento, ou seja, classificando no Passivo Exigível.
- O termo "Debêntures" representa título de crédito. É a expressão do tipo
"Debêntures a Pagar" ou "Debêntures a Receber" que designa saldo contábil
figurando nos demonstrativos contábeis.

Analisando as alternativas:

a) o passivo circulante é de 48.000. Errado, o valor será 46.000


b) o ativo circulante é de 62.000. Errado, o valor será 90.000
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c) o patrimônio líquido é de 90.000. Errado, o valor será 62.000
d) o ativo não circulante é de 106.000 . Correto

GABARITO: D

FCC - Auditor Fiscal da Receita Estadual (SEFAZ MA)/Administração


Tributária/2016
No Balanço Patrimonial de 31/12/2014, o Patrimônio Líquido da empresa
Comércio de Produtos A Granel S.A. estava composto pelas seguintes contas
(valores em reais):

Capital Social ................................................................................ 8.000.000,00


Reserva Legal ............................................................................... 1.400.000,00
Reserva Estatutária ......................................................................... 500.000,00
Reserva de Capital........................................................................... 300.000,00
Total do Patrimônio Líquido ........................................................ 10.200.000,00

No ano de 2015, a empresa apurou um lucro líquido de R$ 4.800.000,00 e


constituiu as seguintes reservas:

− Reserva Legal, de acordo com os critérios e limites estabelecidos na Lei das


Sociedades por Ações (Lei nº 6.404/1976 e alterações posteriores).
− Reserva Estatutária no valor correspondente a 10% do Lucro Líquido
deduzido do valor destinado para a constituição da Reserva Legal.

O estatuto da empresa estabelece que o dividendo mínimo obrigatório é


calculado pela alíquota de 30% sobre o saldo remanescente de lucro líquido do
período, após a constituição das reservas legal e estatutária. O valor dos
dividendos que deveria ser evidenciado no passivo e o valor total do Patrimônio
Líquido, ambos no Balanço Patrimonial de 31/12/2015, eram respectivamente,
em reais:

a) 1.242.000,00 e 13.758.000,00
b) 1.231.200,00 e 13.768.800,00.
c) 1.368.000,00 e 13.632.000,00.
d) 1.380.000,00 e 13.620.000,00.

RESOLUÇÃO

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Cálculo da Reserva Legal:

Limite obrigatório (Reserva Legal <= 20% do Capital Social) = 20% x


8.000.000,00 = 1.600.000,00
Limite facultativo (Reserva Legal + Reserva de Capital <= 30% do Capital
Social) = 30% x 8.000.000,00 = 2.400.000,00

Reserva Legal (5% do Lucro Líquido) = 5% x 4.800.000,00 = 240.000,00

Como a diferença entre a reserva legal já constituída e o limite obrigatório é de


200.000,00, a empresa deve obrigatoriamente constituir reserva legal no valor
de R$ 200.000,00, sendo os R$ 40.000,00 restantes facultativos.

Cálculo da Reserva Estatutária:


10% (Lucro Líquido - Reserva Legal)
4.800.000,00 - 200.000,00 = 4.600.000,00
10% x 4.600.000,00 = 460.000,00

Cálculo dos dividendos a pagar - conta de passivo:


30% (Lucro Líquido - Reserva Legal - Reserva Estatutária)
30% x (4.600.000,00 - 460.000,00) = 1.242.000,00

Cálculo do Patrimônio Líquido


Capital Social = 8.000.000,00
Reserva Legal = 1.400.000,00 + 200.000,00 = 1.600.000,00
Reserva Estatutária = 500.000,00 + 460.000,00 = 960.000,00
Reserva de Capital = 300.000,00
Lucros Retidos = 4.800.000,00 - 200.000,00 - 460.000,00 - 1.242.000,00 =
2.898.000,00
Patrimônio Líquido = 13.758.000,00

GABARITO: A

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LISTA DE QUESTÕES

(1º) FGV/Auditor Fiscal/ISS Cuiabá/2016


Em 31/12/2015, uma entidade possuía as seguintes contas em seu ativo:

Além disso, sabe-se que, na data, o Banco Beta estava em liquidação.


Com base nas contas acima, o saldo das Disponibilidades, em 31/12/2015, foi
a) R$ 150.000,00.
b) R$ 180.000,00.
c) R$ 190.000,00.
d) R$ 220.000,00.

(2º) CESPE - Auditor de Contas Públicas (TCE-PB)/Demais Áreas/2018


A Lei n.º 11.638/2007, que introduziu alterações na forma de elaboração e de
apresentação das demonstrações contábeis das companhias, determinou a:
a) extinção da demonstração de origens e aplicações de recursos.
b) adoção do procedimento de redução ao valor recuperável dos ativos.
c) segregação do ativo fixo no grupo físico e no grupo imaterial.
d) vedação de lançamentos em contas de ativo diferido.

(3º) CESPE - Auditor do Estado (CAGE RS)/2018


No início de sua constituição, determinada empresa possuía patrimônio líquido
composto por um capital integralizado no valor de R$ 12.000. No primeiro ano
de atividade, a sociedade obteve R$ 4.000 de lucros: R$ 1.000 foram
destinados para o pagamento de dividendos, e o restante, para a constituição
de reservas. No segundo ano, a sociedade apurou um prejuízo de R$ 2.000.
Com referência a essa situação hipotética, é correto afirmar que o valor do
patrimônio líquido da empresa no final do segundo ano foi de
a) R$ 15.000.
b) R$ 14.000.
c) R$ 13.000.
d) R$ 12.000.
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(4º) FCC - Analista Executivo (SEGEP MA)/Contador/2018
A empresa Sucesso S.A., durante o exercício social de 2017, apresentou os
saldos nas contas abaixo, faltando apenas o saldo das despesas com vendas e
das administrativas do período.

Com base nas informações acima, o total do Patrimônio Líquido do período


era, em reais,
a) 60.000,00.
b) 130.000,00.
c) 125.000,00.
d) 160.000,00.

(5º) FGV - Auditor do Ministério Público (MPE AL)/2018


O Balancete de uma entidade apresentava os seguintes saldos, em
31/12/2017:

• Disponibilidades: R$ 50.000;
• Estoques com previsão de vendas em 420 dias: R$ 80.000;
• Clientes com vencimento em 390 dias: R$ 40.000;
• Perdas estimadas com estoques: R$ 8.000;
• Perdas estimadas com crédito de liquidação duvidosa de clientes: R$ 2.000;
• Contas a receber pela venda de um terreno em 90 dias: R$ 60.000;
• Veículo: R$ 50.000;
• Seguro do veículo pago antecipadamente, em 01/01/2017, apropriado
mensalmente de forma linear por dois anos: R$ 12.000;
• Depreciação acumulada do veículo: R$ 10.000;
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• Perda por teste de recuperabilidade do veículo: R$ 5.000.

Assinale a opção que indica o valor do ativo circulante no balanço patrimonial


da entidade, em 31/12/2017:
a) R$ 110.000.
b) R$ 116.000.
c) R$ 121.000.
d) R$ 154.000.

(6º) CESPE - Analista Judiciário (TRE TO)/Contabilidade/2017


Adiantamentos recebidos de clientes, ajustes de avaliação patrimonial,
despesas antecipadas, obrigações em moeda estrangeira e ações em
tesouraria são itens que devem ser classificados, respectivamente, como:

a) receita operacional, patrimônio líquido, passivo, passivo e ativo.


b) ativo, patrimônio líquido, ativo, passivo e ativo.
c) passivo, patrimônio líquido, despesa operacional, passivo e patrimônio
líquido.
d) passivo, patrimônio líquido, ativo, passivo e patrimônio líquido.

(7º) FGV - Técnico Portuário (CODEBA)/Apoio Administrativo/2016


Assinale a opção que indica um Passivo Circulante.
a) Salários pagos no exercício anterior.
b) Dividendos reconhecidos no exercício anterior e que deverão ser pagos no
presente exercício.
c) Causa judicial cuja perda é considerada possível no presente exercício.
d) Empréstimo obtido de sócio da empresa para pagamento em três anos.

(8º) FGV - Analista de Planejamento e Finanças (SEPOG RO)/2017


Uma empresa apresentava, em 31/12/2016, os saldos a seguir.

• Clientes (60 dias): R$ 50.000;


• Contas a receber (180 dias): R$ 100.000;
• Fornecedores (540 dias): R$ 40.000;
• Aluguel pago antecipadamente, com apropriação linear e mensal por 24
meses: R$ 48.000;
• Estoques previstos para serem vendidos em 90 dias: R$ 120.000;
• Provisão para Perdas nos Estoques: R$ 20.000;
• Caixa e Equivalentes de Caixa: R$ 60.000;
• Empréstimo a sócio com vencimento em 60 dias: R$ 35.000;
• Venda para empresa controlada decorrente da atividade operacional da
empresa (120 dias): R$ 70.000;
• Adiantamento de salários de janeiro a empregados: R$ 46.000;

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• Provisão para 13º salário: R$ 92.000;
• Receita de vendas recebida antecipadamente: R$ 110.000.
• Computador utilizado na empresa: R$ 30.000;
• Depreciação acumulada do computador: R$ 6.000;
• Participação em outras empresas: R$ 60.000; e
• Fundo de investimento com resgate em 720 dias: R$ 88.000.

Com base somente nos dados acima, o Ativo Realizável a Longo Prazo,
apresentado no Balanço Patrimonial da sociedade empresária, em 31/12/2016,
era de
a) R$ 112.000.
b) R$ 147.000.
c) R$ 171.000.
d) R$ 182.000.

(9º) ESAF - Contador (FUNAI)/2016


Contas do balanço patrimonial da empresa XYZW Ltda.:

Com base nas informações das contas acima, é correto afirmar que:
a) o passivo circulante é de 48.000.
b) o ativo circulante é de 62.000.
c) o patrimônio líquido é de 90.000.
d) o ativo não circulante é de 106.000.

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(10º) FCC - Auditor Fiscal da Receita Estadual (SEFAZ MA)/Administração
Tributária/2016
No Balanço Patrimonial de 31/12/2014, o Patrimônio Líquido da empresa
Comércio de Produtos A Granel S.A. estava composto pelas seguintes contas
(valores em reais):

Capital Social ................................................................................ 8.000.000,00


Reserva Legal ............................................................................... 1.400.000,00
Reserva Estatutária ......................................................................... 500.000,00
Reserva de Capital........................................................................... 300.000,00
Total do Patrimônio Líquido ........................................................ 10.200.000,00

No ano de 2015, a empresa apurou um lucro líquido de R$ 4.800.000,00 e


constituiu as seguintes reservas:

− Reserva Legal, de acordo com os critérios e limites estabelecidos na Lei das


Sociedades por Ações (Lei nº 6.404/1976 e alterações posteriores).
− Reserva Estatutária no valor correspondente a 10% do Lucro Líquido
deduzido do valor destinado para a constituição da Reserva Legal.

O estatuto da empresa estabelece que o dividendo mínimo obrigatório é


calculado pela alíquota de 30% sobre o saldo remanescente de lucro líquido do
período, após a constituição das reservas legal e estatutária. O valor dos
dividendos que deveria ser evidenciado no passivo e o valor total do Patrimônio
Líquido, ambos no Balanço Patrimonial de 31/12/2015, eram respectivamente,
em reais:
a) 1.242.000,00 e 13.758.000,00
b) 1.231.200,00 e 13.768.800,00.
c) 1.368.000,00 e 13.632.000,00.
d) 1.380.000,00 e 13.620.000,00.

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GABARITO

1. C 5. B 9. D
2. B 6. D 10. A
3. C 7. B
4. C 8. B

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REFERÊNCIAS

http://socontabilidade.com.br/conteudo/conceito.php
https://www.tecconcursos.com.br
http://blog.procenge.com.br/entenda-o-que-e-um-balancete-contabil/
http://www.socontabilidade.com.br/conteudo/patrimonio.php
https://www.dumonttreinamentos.com.br/representa%C3%87%C3%83o_gr
%C3%81fica_do_patrim%C3%94nio_34
http://www.assescrip.com.br/capa.asp?infoid=3977
https://blog.cefis.com.br/regime-de-competencia-regime-de-caixa/
https://www.tecconcursos.com.br
http://www.ftaquisicoes.com.br/artigos/tratamento-contabil-para-fusao/
http://www.blbbrasil.com.br/artigos/combinacao-de-negocios/
https://pt.slideshare.net/zeramentocontabil/apostila-06-balanco-
patrimonial
http://www.socontabilidade.com.br/conteudo/BP.php
Estratégia Concursos
CPC 00
CPC 26

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