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Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais - FIEMG

Segurança na operação
de guindauto

Vespasiano/MG
2014

1
Presidente da FIEMG
Olavo Machado Júnior

Diretor Regional do SENAI


Lúcio José de Figueiredo Sampaio

Gerente de Educação Profissional


Edmar Fernando de Alcântara

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Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais - FIEMG
Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial - SENAI
Departamento Regional de Minas Gerais
CFP/ Centro de Formação Profissional Luiz Cesar Albertini

SEGURANÇA NA OPERAÇÃO DE
GUINDAUTO

Vespasiano/MG
2014

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SEGURANÇA NA OPERAÇÃO DE
GUINDAUTO

Vespasiano/MG
2014

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Sumário

1. IMPLEMENTAÇÃO DE UM SISTEMA DA QUALIDADE

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1 Introdução

A v i d a d o s e r h u m a n o é o q u e e x i s t e d e m a i o r valor e, por
esta razão, deve-se cuidar bem dela e preservá-la a qualquer custo. Porém, há
realidade, que as pessoas parecem esquecer este importante detalhe.
Colocando sua vida e a demais em risco de acidentes, quando vai executar qualquer
serviço ou m e s m o t r a n s i t a r p e l a s r u a s . C o m o e s t a s e m p r e s e
a r r i s c a n d o d i a r i a m e n t e e n e m s e m p r e acontece algo, cada vez mais
as pessoas não dão importância à sua segurança. Quando o acidente acontece,
colocar a culpa no azar, dizer que foi a fatalidade. Quando o assunto é
prevenção de acidentes, o azar não é considerado, o que
existe efetivamente são fatores, os mais diversos, tais
como: distração, desconhecimento das normas de segurança,
descumprimento de ordens, teimosia, etc., que levam as pessoas a se acidentarem,
muitas das vezes com lesões graves e até levando a morte. P o r t a n t o ,
devemos prevenir-nos em casa, na rua e no trabalho,
tomando cuidado.

2 Acidente do Trabalho

2.1 Conceito Legal

Acidente do trabalho é o que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço


da
em p r e s a , o u a i n d a p e l o e x e r c í c i o d o t r a b a l h o d o s s e g u r d o s e
s p e c i a i s , provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte,
a perda ou redução da capacidade para o trabalho permanente ou temporária". (Art.
139 do Decreto nº 611, de 21/07/92 - Lei n° 8213).
O Decreto nº 611, regulamentou as leis 8.213, de 24/
0 7 / 9 1 , 8 . 2 2 2 , d e 05/09/91,8.422, de 13/05/92 e 8.444, de 20/07/92.

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2.1.2 Conceito Prevencionista

É todo fato inesperado, não planejado, que interrompe o processo normal


deum trabalho, ou nele interfere, podendo resultar em lesão, danos materiais ou
ambos.

Exemplos:

 O contínuo que foi atropelado ao atravessar a rua.


 O motorista que bateu com o veículo.

 O funcionário que pisou em um fio elétrico caído na calçada.


O funcionário que caiu, ao tentar pegar o ônibus em movimento, quando ia para o
trabalho.

 O pingente que caiu, e morreu, ao viajar dependurado no trem, ao sair do


trabalho.

 O carpinteiro que cortou o dedo com o serrote, na obra em que trabalhava.


 O pedreiro que sofreu lesão no olho esquerdo, ao quebrar concreto.

 O auxiliar de manutenção que feriu o dedo no esmeril.

 O marceneiro que cortou o dedo indicador da mão esquerda,


n a s e r r a elétrica.

 O operário que caiu e fraturou o braço, ao escorregar no piso da


oficina, que estava sujo de óleo.

 Queda de um empilhamento defeituoso, sem vítima. Este acidente deve


ser a n a l i s a d o p a r a t e r s u a s c a u s a s e l i m i n a d a s d e m o d o q u e
t a l f a t o n ã o s e repita, com ou sem vítima.

2.1.3 Causas dos acidentes do trabalho

São os motivos, as situações, os comportamentos e as ações geradoras


dos acidentes.
Mas as causas reais dos acidentes são as falhas humanas e as falhas materiais. A s
f a l h a s h u m a n a s s ã o d e n o m i n a d a s d e At o s I n s e g u r o s ( AI ) e a s
f a l h a s materiais, de Condições Inseguras (CI). Existem algumas situações que
escapam do nosso controle, para as quais não podemos fazer a prevenção, que são
os chamados imprevistos.

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3 Ato Inseguro

É a maneira pela qual o indivíduo se expõe, consciente ou inconscientemente, a


riscos de acidentes. “Por exemplo: Um marceneiro cortou o dedo
indicador da mão esquerda, na serra elétrica.”
 Será que o marceneiro prestava atenção a seu trabalho?
 Será que ele conhecia a tarefa que realizava?

Será que o marceneiro trabalhava mais rápido que o necessário? Pode-se fazer uma
série de outras indagações para determinar a(s) causa(s) do a c i d e n t e c o m - o
marceneiro. O fato é que, se ele se acidentou por conta p r ó p r i a ,
dizemos que cometeu um Ato Inseguro, que é toda a
m a n e i r a incorreta de trabalhar ou agir que pode levar ao acidente. Embora fique
constatado o Ato Inseguro como causa do acidente, não se deve responsabilizar
totalmente o trabalhador, pois, na maioria dos casos, o Ato Inseguro é
praticado por desconhecimento das normas de segurança, falta de treinamento e de
conhecimento da tarefa, etc.

4 Condição Insegura

É toda falha existente nos locais de trabalho que pode nos levar a ocorrência do
acidente. Por exemplo: “Um operário escorregou no piso da oficina, que estava sujo
de óleo derramado, caiu e fraturou o braço”. Se ficar comprovado que o
operário não deixou cair o óleo no piso,
emborad e v e s s e p r e s t a r a t e n ç ã o p o r o n d e a n d a v a , v e r i f i c a -
s e q u e e l e n ã o f o i o responsável direto pelo acontecido. Dizemos, então, que
o ocorrido foi devido a uma Condição Insegura, que é tudo que serve de veículo
para o acidente.

4.1 Imprevistos

Conforme o próprio nome diz, imprevista é toda a situação inesperada e


não p r e v i s t a p e l o h o m e m .
B o m l e m b r a r q u e , n a v e r d a d e , o c o r r e t o s e r i a “situação especial
(incontrolável), não prevista pelo homem". Essa situação é representada pelas
forças da natureza.

Por exemplo
Inundações, terremotos, ressacas, maremotos, vendavais, vulcões, raios, etc.
É preciso analisar bem, antes de classificar uma situa
ção, c o m o u m imprevisto, pois é tendência natural nossa fazê-lo e,
muitas das vezes, por trás do imprevisto, "existem, na verdade, o Ato
Inseguro e/ou a Condição Insegura. Isso influência na prevenção das causas
dos acidentes.

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5 Consequências dos acidentes

5.1Trabalhador Acidentado
Sofre com dores, ficará mutilado e/ou traumatizado,
podendo até morrer, além de causar problemas à sua própria
família, deixando-
a, às vezes, em total desamparo. Há determinados acidentes,
como explosões, incêndios, etc., que podem lesionar ou
m a t a r colegas de trabalho e/ou terceiros, que nada têm a ver com o causador da
falha, e também pode gerar prejuízo material a empresa (destruição de
prédios, máquinas, equipamentos, matéria-prima, etc.).

5.1.2 Empregador
A empresa ficará sem mão-de-
o b r a q u a l i f i c a d a ( t é c n i c a ) e , consequentemente, paralisará ou
reduzirá a produção. Reduzindo-se o ritmo de produção, pode comprometer a
qualidade e até mesmo o preço do produto. Poderá
sofrer também, danos materiais (máquinas, ferramentas, equipame
ntos e matérias-primas), a empresa pode adquirir má fama junto
a o s ó r g ã o s governamentais e à comunidade.

5.1.3 Sociedade
Sofrerá também os efeitos de um acidente, perdendo o
e m p r e g a d o produtivo na força de trabalho, elevando os custos com o seguro de
acidentes do trabalho. Esse custo é repassado pelo aumento de impostos,
taxas de seguro, etc., o que contribui para aumentar o custo de vida, de
uma maneira geral (alimentação, serviços e produtos, etc.)

5.1.4 Normas de segurança


A norma de segurança é um princípio técnico e científico, baseado e m
e x p e r i ê n c i a s a n t e r i o r e s , q u e s e p r o p õ e a o r i e n t a r e prevenir acidentes
em determinada atividade. Normas de segurança como:

 Cuidar imediatamente qualquer ferimento;


 Manter limpo o local de trabalho.

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6 Equipamentos de proteção coletiva – EPC

São equipamentos instalados pelo empregador, nos locais de trabalho, para


dar proteção a todos que ali executam suas tarefas.
Exemplo:

 Guardas de proteção de máquinas e equipamentos; - fusíveis e disjuntores;

 Andaimes;

 Apara-lixos;

 Balaústres;

 Corrimãos;

 Placas e avisos;

 Aparelhos de ar condicionado;

 Aspiradores de pó e gases;

 Ventiladores e exaustores;

 Tampas;

 Extintores de incêndio;

 Mangueiras;

 Hidrantes;

 Guarda-corpos;

 Sprinklers;

 Barreira de proteção contra luminosidade e radiação;

 Telas, etc.

Atenção
Todo EPC deve ser preservado pelo trabalhador.
A segurança de todos depende do bom estado desses equipamentos.

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7 Equipamentos de proteção individual – EPI

São equipamentos de uso pessoal, cuja finalidade é proteger o


t r a b a l h a d o r contra os efeitos incomodativos e/ou insalubres dos agentes
agressivos. A NR-6 da portaria nº 3.214, de 08/06/78, do Ministério do Trabalho,
regulamenta a atividade, tornando obrigatório o fornecimento gratuito do EPI pelo
empregador e, o uso por parte do trabalhador, apenas para a finalidade a que se
destina.

7.1 Tipos de EPI


Proteção para o crânio é feita com capacete contra impactos e também c o m
t o u c a , r e d e , g o r r o e b o n é , c o n t r a escalpelamento.
A proteção das vias respiratórias é feita com respiradores (filtro mecânico o u
químico) ou máscaras (oxigênio ou ar mandado) contra a ação
d e poeiras, gases e vapores.

 A proteção da audição é feita com abafadores de ruído (tipo concha


ou inserção).
 A proteção dos olhos é feita com óculos, de vários tipos, contra a ação de
impacto e radiação luminosa.
 A proteção da face é feita com viseira ou protetor facial contra a
ação de impacto e radiação luminosa.
 A proteção do tronco é feita com avental, contra a ação de umidade, calor,
cortes, respingos, etc.
 A proteção dos braços é feita com manga (braçadeiras), ou luva de
cano longo contra a ação de umidade, calor, cortes, respingos, etc.
 A proteção das mãos é feita com luva de cano curto, médio
o u l o n g o , contra a ação de umidade, calor, corte, respingos, eletricidade,
etc.
 A proteção das pernas e pés é feita com sapato, botina, bota
de PVC, p e r n e i r a ( p o l a i n a s ) , e calça
b o t a , c o n t r a a a ç ã o d e u m i d a d e , c a l o r , perfuração, respingos,
etc.
 A proteção contra queda de altura é feita com cinto de segurança (comum ou
do tipo alpinista).

7.1.2 Cuidados em Relação aos EPI


Todo EPI deve ser verificado antes de ser usado (EPI defeituoso toma-se uma
condição insegura). Para cada tipo de serviço existe um EPI apropriado, assim
sendo após o uso, o EPI deve ser limpo e guardado em local apropriado.

Atenção
A responsabilidade de usar e conservar o EPI é do empregado, pois a
durabilidade e eficiência do mesmo depende dos cuidados com a sua
manutenção.

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8 Conceito de Guindauto

São equipamentos móveis montados em transportadores (caminhõ


e s ) , n ã o projetados exclusivamente para o serviço de guindastes, porém
montados em chassis comerciais que foram reforçados para o trabalho de
levantamento e ou movimentação de pequenas cargas.

Figura 1: Caminhão guindauto com lanças hidráulicas e extensões manuais

8.1 Tipos de guindauto

Existem dois tipos de configurações básicas do Munck, com lança fixa com extensão
manual.

Figura 2: Guidauto com lança fixa com extensão manual

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Figura 3: Guindauto com lança fixa com extensão manual

8.1.2 Guindauto (Munck), com lança:

1-Quadro;
2-Cilindro e estabilizador;
3-Sistema de giro;
4-Cilindro do giro;
5-Comando hidráulico;
6-Filtro de sucção
7-Tanque de óleo;
8-Filtro de ar;
9-Coluna externa;
10-Coluna interna;
11-Braço;
12-Cilindro da lança;
13- Berço;
14-Lança externa;
15-Pino de trava;
16-Lança intermediária;
17-Lança interna;
18-Cilindro telescópico;
19-Gancho;
20-Visor de nível.

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Figura 4: Guindauto com lanças hidráulicas e extensões manuais

Guindauto com lança telescópica,


a s s e ç õ e s d a l a n ç a s ã o e n g a v e t a d a s hidraulicamente.

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Figura 5: Guindauto Munck com lanças hidráulicas e extensões manuais

8.1.3 Conhecendo o equipamento

1. Alavancas hidráulicas lanças


telescópicas
2. Alavancas dos estabilizadores. 12. Cilindro de elevação.
3. Cilindro de estabilizador. 13. Braço anterior (inclinação).
4. Braço da sapata. 14. Cilindro de inclinação.
5. Reservatório de óleo hidráulico. 15. Braço posterior.
6. Pinos e fixação. 16. Cilindros das lanças telescópicas.
7. Braço oscilatório. 17. Lanças hidráulicas.
8. Base do equipamento. 18. Lanças manuais.
9. Distribuidor hidráulico. 19. Gancho.
10. Cilindro do giro. 20. Guincho.
11. Coluna giratória. 21. Gancho de retenção.

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Figura 6: Caminhão guindauto

9 Descrição do sistema guindauto (Munck)

Guindauto é constituído de braços e lanças, articulados, sapatas


estabilizadoras e sistema hidráulico, contém também
b o m b a h i d r á u l i c a e acessórios opcionais, dentro das necessidades de
cada operação (tais como caçamba isolada, lança suplementar metálica e garra
pantográfica para movimentação de postes). De forma esquemática é constituído
por:
 Sistema hidráulico
 Sistema de apoio
 Sistema de movimentação de carga
 Controles

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9.1 Sistema hidráulico
Possui tomada de força que movimenta uma bomba hidráulica que retira
óleo do t a n q u e , p a s s a p e l o f i l t r o d e a l t a p r e s s ã o , v a i p a r a o s
comandos hidráulicos, passa no sistema de apoio e segue para o
sistema de movimentação de carga. Em seguida, o óleo retorna ao
tanque.

Figura 7: Esquema hidráulico

9.1.2 Componentes do sistema hidráulico


1- Comando hidráulico;
2- Filtro de Alta pressão;
3- Tanque hidráulico;
4- Bomba hidráulica;
5- Alavancas de acionamento cilindros;
6- Cilindro estabilizador (patola);
7- Cilindro de giro.

9.1.3 Sistema de apoio


Conhecido como “patolamento”, tem a finalidade de estabilizar o caminhão
guindauto no solo, livrando de sobrecargas (esforços), no chassi do caminhão, nivela
o equipamento e garantir a estabilidade durante toda a movimentação
(operação). Quando o caminhão guindauto tem menor capacidade possui um
conjunto de patolas com d o i s c i l i n d r o s h i d r á u l i c o s c u j a s e x t r e m i d a d e s
são apoiadas no solo por meio d e u m a p e ç a , a “ p a t o l a ” , e s t e
c o n j u n t o d e p a t o l a s t a m b é m c o n h e c i d o c o m o estabilizadores. Há
al g u n s m o d e l o s m a i o r e s d e caminhão guindauto que p o s s u e m u m
r e c u r s o p a r a a u m e n t a r a distância entre as patolas, aumentando
com isto a estabilidade do equipamento e, assim permitindo aumentar sua
capacidade de carga.

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10 Centro de gravidade da carga

10.1 Centro de gravidade (CG)


Centro de gravidade de qualquer objeto é o ponto onde pode-se supor
estar concentrado todo o seu peso. Se o corpo for apoiado sobre um objeto cujo
centro de gravidade (CG1) estiver diretamente abaixo do centro de gravidade
(CG) deste corpo, ele estará em equilíbrio.

Figura 8: Princípio da alavanca para levantar carga

10.1.2 Determinação do centro de gravidade


Para corpos homogêneos e regulares, isto é, com a mesma
densidade em qualquer ponto e formato regular, o centro de
g r a v i d a d e c o i n c i d e c o m s e u centro geométrico. Este é encontrado,
procurando-se o cruzamento de suas diagonais. P a r a c o r p o s n ã o
h o m o g ê n e o s e / o u n ã o r e g u l a r e s , d e t e r m i n a - s e o c e n t r o d e gravidade
do seguinte modo: Suspende-se o corpo e sobre o mesmo traça-se uma
vertical a partir do ponto de suspensão na situação de equilíbrio. Muda-se a
posição e traça-se uma nova vertical, o centro de gravidade estará localizado no
cruzamento das duas linhas.

Figura 9: Princípio da alavanca de foça guindauto(Munck)

18
Carga Instável Carga Estável

19
1ª Vertical

1ª Vertical
2ª Vertical

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Figura 10: Princípio da alavanca de foça guindauto(Munck)

Momento útil

É o produto da carga a ser levantada pela distância entre o centro da coluna e o


centro da peça içada. Mostra a capacidade de levantamento do guindauto (Munck).

D= 3 Metros

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11.1 Momento de carga útil

Considera-se momento de carga o produto da carga pela distância entre o centro da


coluna e o centro da peça elevada.

Ex.: 1

Momento de carga (M) = d x P

M = 3.000 kg x 2, O m

M = 6.000 kgm.

Ex.: 2

M= DxP
M= 3m x 1000 kg
M= 3000 kgm

Exercícios:

1) Qual seria a distância que um equipamento guindauto com 10.000 kg/m de


capacidade de elevação consegue pegar para içar uma carga de:

1) 2.000 kg

2) 4.000 kg

3) 5.000 kg

4) 3.0000 kg

5) 6.000 kg

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2) Qual será a carga aceitável do mesmo equipamento, em que o seu momento
de carga é de 10.000 kg/m?

Distância (d)= 1,80m

Distância (d) = 2,50m

Distância (d) = 4,00m

Distância (d) = 6,00m

Fórmula

Para achar o momento de carga é preciso utilizar a formula MC=Distância x Peso, e


a distância basta aplicar D=Momento Carga/Peso.

12 Raio de ação

Figura 11: Raio de ação do guindauto(Munck)

12..1 Raio de ação no guindauto


Será a distância horizontal entre o centro de gravidade do guindauto
(Munck), e a vertical, baixada na extremidade da lança passando pelo centro
da carga.

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13 Gráfico de carga para guindauto

O gráfico de carga representa as capacidade de carga do guindauto levando-se em


consideração o comprimento do braço independentemente de sua inclinação.
O operador deverá obedecer rigorosamente as informações sobre o gráfico antes de
usar o equipamento para uma operação segura.

Figura 12: Gráfico de capacidade para guindauto(Munck)

24
14 Estabilização do guindauto

Figura 13: Situação de tombamento do guindauto(Munck)

14.1 Estabilidade do guindauto


A estabilidade do guindauto é a capacidade que ele possui de operar sem tombar. A
m e s m a é r e d u z i d a q u a n d o o r a i o d e o p e r a ç ã o c r e s c e e / o u quando o
peso da carga altera para mais. Caso o piso tenha capacidade de suportar a
carga, pode-se tornar o guindauto mais estável estendo mais o ponto de
apoio para centro de gravidade. Essa operação ocorre no caso do guindauto possui
os recursos de aumentar a distância entre os estabilizadores.
A sobrecarga no guindauto pode causar o seu tombamento, são vários os
motivos pelos quais o guindauto pode sofre uma sobrecarrega.
 Erguer uma carga mais pesada que o especificado em tabelas.
 Abaixar a lança aumentando o raio de operação.
 Estender a lança aumentando o raio de operação.

25
14.1.2 Procedimento para estabilizar o caminhão

 Antes de iniciar a operação inspecionar a área para posicionar o caminhão.

 Verificar as condições do solo.


 Ligar o pisca alerta e luz baixa (faroletes).
 Acionar os freios e calçar as rodas.
 Ligar a tomada de força.
 Isolar a área de operação.
 Retirar os pinos de segurança (travas);
 Verificar se está dentro da sua área de visão (ambos os lados).
 Abrir os braços das sapatas (toda a extensão).
 Travar os pinos de segurança (travas).
 Abrir os cilindros das sapatas.
 Veículo equipado com cilindros de sapatas adicionais, o procedimento
adotado será o mesmo.
 Fazer o movimento individual (para que seja bem visível a área de risco).
 Fazer uso de pranchões e/ou dispositivos que aumente a área de apoio, evitar
que as sapatas penetrem no solo durante o serviço.
 Proibido apoiar o veículo sobre tampas de esgoto e caixas de inspeção.
 Verificar se não há cavidades (sempre usar apoio sobre as sapatas).
 Não elevar as rodas do solo (as mesmas têm que compartilha o peso com a
suspensão);
 As sapatas não são projetas para suportar a carga, o peso do caminhão e do
equipamento;
 Somente retirar o braço do berço com o veículo estabilizado.
 Final de operação recolher os braços e sapatas usar as travas de segurança
(proibido transitar sem travar os braços e as lanças).

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Figura 14: Condições do vento
Atenção
É proibido retirar o braço do berço sem estabilizar o caminhão, caso aconteça isso
há risco de acidente fatal. As operações efetuadas em vias públicas e/ou áreas
públicas tem que ter autorização do órgão responsável (policia militar rodoviária
Estadual e federal, órgão de trânsito ou prefeituras).

Cuidado
Os cilindros hidráulicos foram projetados para neutralizar o momento de
basculamento e não para levantar o veículo. Conferir o nível de óleo hidráulico com
equipamento todo recolhido no berço, (posição de transporte).

27
14.1.3 Estabilização no solo
Para apoiar o equipamento o solo deve ser nivelado,
compactado e estável o necessário para suportar o peso do
guindauto mais a sua carga sem problema. Faça a seguintes
observações:

1. E v i t a r t r i n c h e i r a s ,
2. E s c a v a ç õ e s ,
3. L o c a i s e s c o r a d o s e declives laterais.

Figura 15: Estabilização no solo

28
15 Requisitos para operação

Existem alguns requisitos para a operação de guindaste que os operadores devem


possuir e desenvolver como:
 Perícia.
 Habilidades.
 Experiência.
Neste caso a operação do guindaste deve ser confiada apenas à pessoa que esteja:
 Física e mentalmente capazes de executar o trabalho (tranquilo, sem
influência de álcool, drogas ou medicamentos).
 Trabalhe com o guindaste de forma responsável e segura.
 Seja devidamente qualificado (curso de operação e certificado de operação
de guindaste).
 Respeita as normas de operação e segurança (pois há risco de acidente fatal
para operador e terceiros).

Figura : Cartão de identificação do operador

Atenção
O curso e certificado são para provar que recebeu a necessárias informações para
operar o guindaste e que estar ciente das normas de operação e segurança, assim
como familiarizado com o guindaste.

Cuidado
Caso os dispositivos de segurança sejam adulterados e/ou operador não é
qualificado há risco de acidentes graves podendo ser fatal.

29
16 Procedimentos de operação

 Operação deve ser realizada por pessoas qualificadas.


 Proibido alterar qualquer dispositivo de segurança.
 Respeitar sempre as distâncias de segurança recomendada.
 Respeitar sempre as distâncias de segurança dos cabos elétricos (risco de
acidente fatal).
 Antes de operar o guindaste inspecionar visualmente.
 Verificar sempre os dispositivos de segurança para evitar possíveis acidentes.
 Utilizar na operação somente os óleos hidráulicos corretos conforme as
temperaturas (ver manual do fabricante).
 A inclinação do veículo não pode ultrapassar 5º em qualquer direção.
 Os braços das sapatas devem fica totalmente abertos.
 Abrir os braços das sapatas e cilindros, observando e respeitando as
distâncias de segurança.
 Aumentar se necessário à superfície de apoio conforme as condições do
solo.
 Não elevar o veículo totalmente utilizando os cilindros das sapatas, a
suspensão deve compartilhar o peso (as sapatas não são projetas para
suportar carga, guindaste e peso do caminhão).
 Travar corretamente os braços das sapatas, utilizar os pinos de segurança.
 Deve-se evitar que o apoio (sapatas), enterre no solo.
 Nivelar os cilindros das sapatas durantes a carga e descarga de acordo com o
solo.
 Todos os movimentos e pontos de carga e descarga têm que ficar no campo
de visão constantemente.
Caso não possa ver a área o operador deverá fazer uso de uma pessoa qualificada
para sinalizar a operação usando sinais legalmente aprovados.

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Figura 16: Condições do vento

Atenção
Não adulterar os dispositivos de segurança, pois são para a sua proteção e foram
projetados para evitar acidentes e também servem para garantir a sua segurança
durante o trabalho.

Cuidado
A condição adversa para operação pode comprometer a segurança, condição como:
Velocidade do vento chegar a 50 km/h ou superior não haverá segurança no
trabalho pare imediatamente.

31
17 Operação

 Fazer check-list (verificação diária).


 Conferir nível de óleo hidráulico com o equipamento todo recolhido no berço
(suporte), posição de transporte.
 Certificar se o guindaste é utilizado dentro das especificações.
 Inspecionar a área de trabalho.
 Proibido permanecer na área de risco do guindaste.
 Isolar a área de trabalho (fazer uso de EPCS).
 Operar da plataforma de comando correta.
 Segurar totalmente a alavanca de comando.
 Comprimir a alavanca até ela responder.
 Operar o guindaste com movimento suave.
 Evitar parada brusca e/ou movimento rápido.
 Evitar fazer balanços com a carga.
 Mover a carga elevada para evitar bater no guindaste ou em obstáculos.
 Para aumentar a velocidade no guindaste comprimir e descomprimir para
reduzir.
 Não operar o guindaste na velocidade máxima provoca desgaste prematuro e
reduz a vida útil.
 Parar de forma lenta e uniforme.
 Fazer amarração e elevação de forma adequada.
 Remover e/ou fixar a carga somente com o guindaste estiver parado.
 Proibido qualquer operação de elevação desaprumada.
 Transportar pessoas somente em plataformas construídas para essa
finalidade.
 Respeitar as tabelas dos fabricantes de acessórios todas as vezes que usar
cordas, cabos, correntes e cintas.
 Usar gancho de elevação de carga e acessórios (especificado e aprovado
pelos órgãos competentes).
 Deve-se respeitar a capacidade máxima de elevação do guindaste,
acessórios e gancho de elevação de carga.

32
 Não ultrapassar o momento de carga quando baixar a carga ou subir.
 Operar usando o menor raio possível aumentar a segurança e a durabilidade
do guindaste.
 Utilizar o guindaste somente para manusear cargas.
 Elevar a carga sempre por cima do centro da gravidade.
 Fazer a fixação da carga para não escorregar.
 Movimentar com cuidado cargas molhadas ou congeladas.
 Nunca ultrapassar o limite de carga indicado nos acessórios e/ou
equipamentos de elevação.
 Não empurrar, arrastar, puxar ou pressionar o braço sobre a carga.
 Não elevar cargas em pontos diferentes dos indicados pelo gráfico de
capacidade.
 Caso haja risco da queda de objetos da carga durante a operação isolar a
área de perigo, sinalizar (cerca), com sinais de aviso.

17.1 Escolha a área de trabalho

Possibilite movimentar o guindaste sem que seja obstruído por:


 Árvores;
 Mastros;
 Cabos e outros objetos.
Na área de movimento do guindaste não pode efetuar outro serviço, para evitar
acidentes com operador e/ou terceiros.

17.1.2 Evitar obstruir com o guindaste:


 Estradas;
 Avenidas;
 Lugares públicos (que ficar na área de trabalho).

Cuidado
É proibido transitar sem travar os braços e lanças telescópicas (risco de acidente
fatal).

33
18 Fim da operação do guindaste

 Posicionar o braço do guindaste no berço para transporte.


 Observar as distâncias de segurança ao recolher os braços as sapatas e
cilindros.
 Travar corretamente os braços das sapatas com os pinos de segurança antes
do transporte.
 Inspecionar o dispositivo de fixação do braço da sapata antes transportar.
 Desligar o sistema da tomada de força (bomba hidráulica).
 Recolher todas as ferramentas e dispositivos usados na operação;
 Observar a altura máxima nas pontes, viaduto e túneis (risco de colisão).

34
19 Mantenha distância dos Cabos de alta tensão

Manter sempre as distâncias mínimas de seguranças obrigatória dos cabos de alta


tensão, conforme NR10, manter as linhas desligadas.
Caso não conheça a tensão das linhas elétricas manterá distância mínima de 5
metros entre o guindaste e a linha, se aplica o mesmo para todos os equipamentos
de elevação de carga e acessórios.

Figura 17: Situação de descarga elétrica

Atenção
Fique atendo, numa ventania os cabos elétricos podem balançar ou o braço do
guindaste movimenta-se repentinamente.

35
19.1 Procedimentos em caso de descarga elétrica

Caso o guindaste toque no cabo de alta tensão, haja corretamente para evitar um
grave acidente.
Essa situação é altamente perigosa se tocar no guindaste, veículo, carga ou
abandonar seu posto, então:
 Mantenha a calma;
 Mantenha as pessoas ao redor numa distância mínima de 10 metros do
veículo, guindaste e carga (área de resistência);
 Caso o cabo de alta tensão tiver partido e tocado no chão, deve-se manter da
mesma forma a distância de 10 metros (área de resistência);
 Caso existir pessoa dentro da área de 10 metros, esta deverá sair
imediatamente da área de risco, saltando com as duas pernas juntas para
reduzir o rico de continuidade;
 Não pode tocar no guindaste, veículo e carga;
 Informe a todos para não tocar no veículo, guindaste, carga e não se
aproximarem da área;
 Não tente abandonar o seu posto e não toque em nenhuma parte metálica;
Se uma pessoa estiver no circuito elétrico, a corrente elétrica deve ser desligada
antes que a mesma seja retirada, se alguém aproximar poderá ocorrer acidente fatal.

36
20 Sinalização manual

1. Içar
Com o antebraço na vertical e o dedo indicador para cima, mova a mão em
pequenos círculos horizontais.

2. Abaixar
Com o braço esticado para baixo, dedo indicador apontado para baixo, mova a mão
em pequenos círculos horizontais.

3. Levantar a lança
Braço esticado, dedos fechados, polegar apontando para cima.

4.- Baixar a lança


Braço esticado, dedos fechados, polegar apontando para baixo.

37
5. Pare
Braço esticado, palma da mão para baixo, mantendo esta posição firme.

6. Parada de emergência
Braço esticado, palma para baixo, mova a mão rapidamente para direita e esquerda.

7. Deslocamento da máquina
Braço esticado para frente, mão aberta e erguida, faça movimento de empurrar na
direção do deslocamento.

8. Trava tudo
Junte as duas mãos em frente do corpo.

38
9. Movimento lento
Use uma das mãos para dar o sinal do movimento desejado, e coloque a mão
parada em frente da outra. O desenho mostra "Içar lentamente".

10. Levantar a lança / baixar a carga


Com o braço esticado, polegar para cima, flexione os dedos (abrindo e fechando)
enquanto durar o movimento de carga.

11. Baixar a lança / levantar a carga


Com o braço esticado, polegar para baixo, abra e feche os dedos enquanto durar o
movimento de carga.

12. Girar a lança


Braço esticado, aponte com o dedo a direção do giro da lança.

39
13. Acione uma esteira
Travar a esteira no lado indicado pelo punho erguido. Acione a esteira oposta na
direção indicada pelo movimento circular do outro punho, que gira verticalmente em
frente ao corpo.

14. Acione ambas esteiras


Use os dois punhos em frente ao corpo, fazendo um movimento circular, indicando a
direção do movimento para frente ou para trás.

15. Estender a lança


Ambos os punhos em frente ao corpo, com o polegar apontando para fora.

16. Recolher a lança


Ambos os punhos em frente ao corpo, com um polegar apontando para outro.

40
17. Use o guincho principal
Coloque o punho na cabeça e use os outros sinais.

18. Use o guincho auxiliar


ponha a mão no cotovelo e use os outros sinais.

41
21 Cabos de aço

Os cabos de aço são elementos flexíveis, constituintes básicos dos aparelhos de


suspensão de carga. São compostos de arames de aço de alta resistência.
Compondo pernas, as quais, envolvem um núcleo central chamado de alma.

Figura 18: Composição do cabo de aço


21.1 Condição do cabo
 Todo cabo de aço se desgasta progressivamente até certo ponto, além do
qual se torna inútil, por não mais apresentar qualquer segurança. Os
cabos de aço usados em talhas e pontes rolantes têm um coeficiente de
segurança alto (“5). Isto significa que a condição do cabo em resistir a
carga é 5 vezes à nominal permitida ( isto para um cabo de aço novo).
 Os cabos que têm contato direto com as cargas estão sujeitos a rápido
desgaste no ponto de contato, principalmente, se a superfície for irregular
ou as quinas vivas; recomenda-se neste caso o uso de manilhas,
“Canaletas”, dispositivos auxiliares ou similares.
 Os choques de paradas, tanto na elevação como na descida, devem ser
evitados, pois influem, e muito, na vida dos cabos.
 Havendo alguma espécie de torção, ou qualquer outra irregularidade, deve
ser providenciado o seu alinhamento, quando possível, ou sua troca
imediata.

42
 Cabos de aço fabricados em espiral (cordoalhas) ou uma perna simples,
não devem ser utilizados para movimentação, pois tem uma estrutura
muito rígida e são feitos apenas para tensionamento.

21.1.2 Passo de um cabo


• O passo de um cabo é a distância na qual uma perna dá uma volta
completa em torno da alma do cabo.
• O tipo mais flexível é o cabo de aço que é composto de diversas
pernas e da alma. A alma no interior e a diferença de área metálica
fazem com que num mesmo diâmetro, a cordoalha tenha uma
maior capacidade de carga que o cabo.

Figura 19: Passo

21.1.3 Flexibilidade
 A flexibilidade está condicionada ao número de arames que o compõe.
 São os cabos classificados em:
21.1.4 Pequena flexibilidade
 Construção 3 x 7, 6 x 7, 1 x 7 (cordoalha);
21.1.5 Flexíveis
 Construção 6 x 19, 6 x 21, 6 x 25, 8 x 19, 18 x 7;
21.1.6 Extra-flexível
 Construção 6 x 31, 6 x 37, 6 x 41, 6 x 43, 6 x 47, 6 x 61.

21.1.7 Tipos
 Warrington - Pernas do cabo construídas com duas bitolas de arames;
bastante flexível e menos resistente ao desgaste, pois os arames mais
finos encontram-se na periferia.

43
 Seale - Pernas do cabo construídas com três bitolas de arame, sendo
o cabo menos flexível da série, porém mais resistente ao desgaste à
abrasão.
 Filler-Pernas do cabo construídas com vinte e cinco arames (seis de
enchimento) apresentando boa flexibilidade.
 Comum - As pernas do cabo são construídas por um só tipo de arame.
É um termo intermediário entre a flexibilidade e resistência ao
desgaste, dos outros tipos acima.

6 x 19 + AF Warrington

6 x 19 + AF Seale

6 x 25 + AACI Filler

6 x 19 + AF Comum

44
Para definir a carga de trabalho de um cabo pelo seu diâmetro é preciso medir,
conforme demonstrado na figura abaixo.

16 Medição do cabo de aço

Figura 20: Paquímetro

 Cabos já usados em guindastes ou outros meios de elevação não podem


ser reaproveitados numa composição de Linga. O mesmo pode ter sofrido
um grande desgaste interno que não é visível externamente.
 A carga de trabalho de um cabo em movimento é 1/5 (um quinto) de sua
carga de ruptura mínima.
16.1 Laços
 Um cabo de aço é tão bom quanto o laço que é feito com ele.
 Laços para formação de olhais são feitos por trançamento ou prensagem.
 Presilhas de alumínio devem deixar a ponta à mostra para controle e
devem ter a marca da firma que executou a prensagem, que normalmente
é composta por duas letras.
 Presilha de alumínio com indicação da firma que executou a prensagem.

45
16.1.2 Nó em cabos de aço é estritamente proibido
 A norma DIN 1142 prescreve que somente grampos com porcas auto-
travante e uma grande área de apoio podem ser utilizados. Todos os
grampos devem ser montados de forma que o mordente se prenda a
perna portante (mais comprida).
 No mínimo 3 grampos são necessários (grampo pesado) para se fazer um
laço com cabo de aço fino. Quanto maior o diâmetro do cabo mais
grampos são necessários.
Atenção:
Laços feitos com grampos devem ser usados apenas para uma única aplicação,
devendo ser desfeitos logo após a utilização, para que não sejam utilizadas
erroneamente.

Figura 21: Montagem correta do laço

17 Situação de desgaste do cabo

Figura 22: Situação para trocar cabo de aço

46
17.1 Abrasão e desgaste

É a raspagem que o cabo sofre em contato com a as roldanas, com peças, ou ainda
durante o manuseio. Pode ser combatida com uma lubrificação adequada.

17.1.2 Corrosão ou oxidação

É a deterioração e perda do cabo devido a exposição (ataque), químico.

17.1.3 Fadiga

A fadiga dos cabos de aço é em função da tensão, curvatura sobre roldanas e


esmagamento devido às forças aplicadas ao cabo de aço durante seu serviço
normal ou operação irregular, veja tabelas abaixo, a carga de ruptura de um cabo
de aço tipicamente usado em talhas e ponte rolantes.

17.1.4 Quando substituir o cabo

Os arames rompidos visíveis no trecho mais prejudicado atingirem os seguintes


limites:

 6 fios rompidos em um passo;


 3 fios rompidos em uma única perna;
 Aparecer corrosão acentuada;
 Os arames externos se desgastarem mais do que 1/3 de seu diâmetro
original;
 Diâmetro do cabo diminuir mais do que 5% em relação ao seu diâmetro
nominal;
 Aparecerem sinais de danos por alta temperatura no cabo;
 Aparecer qualquer distorção no cabo (como dobra amassamento ou “gaiola
de passarinho”).

47
17.1.5 Distorções mais comuns

Figura 23: Situação para trocar cabo de aço

18 Inspeção e substituição dos cabos de aço em uso

18.1 Inspeção

Os cabos de aço quando em serviço, devem ser inspecionados periodicamente, a


fim de que a sua substituição seja determinada sem que seu estado chegue a
apresentar o perigo de uma ruptura. Em geral, uma inspeção correta, compreende
as seguintes observações:

18.1.2 Número de arames rompidos

Deve - se notar o número de arames rompidos em 1 passo ou em 5 passos do cabo.


Observar se as rupturas estão distribuídas uniformemente ou se estão concentradas
em uma ou duas pernas apenas. Neste caso há o perigo dessas pernas se
romperem antes do cabo. É importante também observar a “localização das
rupturas, se são externas, internas ou no contato entre as pernas”.

48
18.1.3 Arames gastos por abrasão

Mesmo que os arames não cheguem a se romper, podem atingir um ponto de


desgaste tal, que diminua consideravelmente o coeficiente de segurança do cabo de
aço, tornando seu uso perigoso. Na maioria dos cabos flexíveis, o desgaste por
abrasão não constitui um motivo de substituição se os mesmos não apresentarem
arames partidos. Quando se observa uma forte redução da seção dos fios externos
e, consequentemente, do diâmetro do cabo, deve-se verificar periodicamente o
coeficiente de segurança, para que este não atinja um mínimo perigoso.

18.1.4 Corrosão

Durante a inspeção deve-se verificar cuidadosamente se o cabo de aço não está


sofrendo corrosão. É conveniente também uma verificação do diâmetro do cabo em
toda sua extensão, para investigar qualquer diminuição brusca do mesmo. Esta
redução pode ser devida à decomposição da alma de fibra por ter secado e
deteriorado, mostrando que não há mais lubrificação interna no cabo, e
consequentemente poderá existir também uma corrosão interna no mesmo. A
corrosão interna representa um grande perigo, pois ela pode existir sem que se
manifeste exteriormente.

18.1.5 Desequilíbrio dos cabos de aço

Em cabos com uma só camada de pernas e alma de fibra (normalmente cabos de 6


ou 8 pernas + AF) pode haver uma avaria típica que vem a ser uma ondulação do
cabo provocada pelo aprofundamento de 1 ou 2 pernas do mesmo, o que pode ser
causado por 3 motivos:

a) Fixação deficiente, que permite o deslizamento de algumas pernas, ficando as


restantes super tensionadas.

b) Alma da fibra de diâmetro reduzido

c) Alma da fibra que apodreceu, não dando mais apoio às pernas do cabo.

49
No primeiro caso, há o perigo das pernas super tensionadas se romperem. Nos
outros dois casos não há perigo iminente, porém haverá um desgaste desuniforme
do cabo, e por tanto um baixo rendimento.

Nos cabos de várias camadas de pernas, como nos cabos não rotativos e cabos
com alma de aço há o perigo da formação de “gaiolas de passarinho” e “hérnias”,
defeitos estes que podem ser provocados pelos seguintes motivos:

a) Fixações deficientes dos cabos, que possibilitam deslizamentos de pernas ou


camadas de pernas, permitindo que uma parte do cabo fique super tensionada e
outra frouxa.

b) Manuseio e instalação deficiente do cabo, dando lugar a torções ou distorções do


mesmo.

Estes defeitos são graves, obrigando à substituição imediata dos cabos de aço.

18.1.6 Maus tratos e nó: Deve-se inspecionar todo o comprimento do cabo para
verificação da existência ou não de nós ou qualquer anormalidade no mesmo que
possa ocasionar um desgaste prematuro ou a ruptura do cabo, principalmente às
fixações

50
19 Correntes

19.1 Lingas de Correntes

19.1.2 Lingas simples - Em aço forjado usadas em fundições, Pontes rolantes,


Empreiteiros de Construção e para todos os trabalhos onde se tornam
necessários Guindastes para remoção de material, como cargas e descargas
de navios e caminhões.

Correntes são fabricadas em diversas formas e qualidades. Primeiramente os


elos são dobrados e depois soldados. Posteriormente é feito o tratamento
térmico (correntes de grau) e ensaio de tração. Diversos testes são feitos
durante e após a fabricação para que as correntes sejam certificadas. Durante
a produção, alguns elos são dobrados em diversos sentidos para verificar a
solda e após a produção e tratamentos térmicos, são realizados testes de
tração e ruptura. O passo de um elo é o seu comprimento interno. Somente
correntes que tenham elos com passo igual a 3 vezes o seu diâmetro podem
ser utilizadas para movimentação e amarração de cargas. Esta regra se explica
pelo fato de que correntes assim construídas, quando aplicadas em ângulos
retos, os elos se apóiam nos elos vizinhos, evitando assim que a corrente se
dobre. Para a movimentação de cargas temos alternativas para melhorar a
durabilidade, facilitar o manuseio e também poupar a carga. Podemos
conseguir isso combinando diversos materiais.

Figura 24: Situação para trocar cabo de aço

51
19.1.3 Tipos de cintas

Cintas de polipropileno

 Tem uma baixa capacidade de carga,


 São pouco flexíveis.
 Têm uma boa resistência química.

Cintas de NYLON

 Fibras sintéticas com alta capacidade de absorção de força,


 Excepcional resistência a sucessivos carregamentos

Cintas de poliéster

 Elas têm uma boa resistência quanto à luz, calor, ácidos e solventes.
 Têm boa elasticidade.

Cintas de poliamida

 São resistentes a bases.


 Elas absorvem muita água o que reduz sua capacidade.
 Esta água pode também fazer com que em dias muito
 Frios ela possa se enrijece.

Figura 25: Cinta com proteção

52
20 Situação para troca de cintas

Figura 26: Cinta com proteção

Figura 27: Cinta com proteção

53
Exercícios

1) Qual é a cinta que tem uma baixa capacidade de carga, é pouca flexível e tem
uma boa resistência química?
( ) Cinta de polipropileno.
( ) Cinta de nylon.
( ) Cinta de poliéster.
( ) Cinta de poliamida.

2) Qual cinta que é resistência à base, absorve muita água o que reduz sua
capacidade e pode também fazer com que em dias muito frios ela possa se
enrijecer?
( ) Cinta de polipropileno.
( ) Cinta de nylon.
( ) Cinta de poliéster.
( ) Cinta de poliamida.

3) Que cinta tem uma boa resistência quanto a luz, calor, ácidos e solvente e tem
boa elasticidade?
( ) Cinta de poliéster.
( ) Cinta de poliamida.
( ) Cinta de nylon.
( ) Cinta de polipropileno.

4) Que cinta tem fibras sintéticas com alta capacidade de absorção de força e
excepcional resistência a sucessivos carregamentos?
( ) Cinta de poliéster.
( ) Cinta de poliamida.
( ) Cinta de nylon.

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5) Qual é o tempo de validade do cartão?
( ) 2 anos.
( ) 3 anos.
( ) 1 ano.

6) Quais os cuidados para iniciar a operação com o caminhão?

7) Quais os procedimentos para verificar o nível de óleo hidráulico?

8) Cite 06 procedimentos do check-list?

9) Quais os cuidados para iniciar a operação com o caminhão?

10) Como devem ser acionadas as alavancas de comandos hidráulicos?

11) Definir itens?

55
Bibliografia

Apostila Almeida Araújo Treinamentos

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