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Segurança na operação
de guindauto
Vespasiano/MG
2014
1
Presidente da FIEMG
Olavo Machado Júnior
2
Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais - FIEMG
Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial - SENAI
Departamento Regional de Minas Gerais
CFP/ Centro de Formação Profissional Luiz Cesar Albertini
SEGURANÇA NA OPERAÇÃO DE
GUINDAUTO
Vespasiano/MG
2014
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SEGURANÇA NA OPERAÇÃO DE
GUINDAUTO
Vespasiano/MG
2014
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Sumário
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1 Introdução
A v i d a d o s e r h u m a n o é o q u e e x i s t e d e m a i o r valor e, por
esta razão, deve-se cuidar bem dela e preservá-la a qualquer custo. Porém, há
realidade, que as pessoas parecem esquecer este importante detalhe.
Colocando sua vida e a demais em risco de acidentes, quando vai executar qualquer
serviço ou m e s m o t r a n s i t a r p e l a s r u a s . C o m o e s t a s e m p r e s e
a r r i s c a n d o d i a r i a m e n t e e n e m s e m p r e acontece algo, cada vez mais
as pessoas não dão importância à sua segurança. Quando o acidente acontece,
colocar a culpa no azar, dizer que foi a fatalidade. Quando o assunto é
prevenção de acidentes, o azar não é considerado, o que
existe efetivamente são fatores, os mais diversos, tais
como: distração, desconhecimento das normas de segurança,
descumprimento de ordens, teimosia, etc., que levam as pessoas a se acidentarem,
muitas das vezes com lesões graves e até levando a morte. P o r t a n t o ,
devemos prevenir-nos em casa, na rua e no trabalho,
tomando cuidado.
2 Acidente do Trabalho
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2.1.2 Conceito Prevencionista
Exemplos:
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3 Ato Inseguro
Será que o marceneiro trabalhava mais rápido que o necessário? Pode-se fazer uma
série de outras indagações para determinar a(s) causa(s) do a c i d e n t e c o m - o
marceneiro. O fato é que, se ele se acidentou por conta p r ó p r i a ,
dizemos que cometeu um Ato Inseguro, que é toda a
m a n e i r a incorreta de trabalhar ou agir que pode levar ao acidente. Embora fique
constatado o Ato Inseguro como causa do acidente, não se deve responsabilizar
totalmente o trabalhador, pois, na maioria dos casos, o Ato Inseguro é
praticado por desconhecimento das normas de segurança, falta de treinamento e de
conhecimento da tarefa, etc.
4 Condição Insegura
É toda falha existente nos locais de trabalho que pode nos levar a ocorrência do
acidente. Por exemplo: “Um operário escorregou no piso da oficina, que estava sujo
de óleo derramado, caiu e fraturou o braço”. Se ficar comprovado que o
operário não deixou cair o óleo no piso,
emborad e v e s s e p r e s t a r a t e n ç ã o p o r o n d e a n d a v a , v e r i f i c a -
s e q u e e l e n ã o f o i o responsável direto pelo acontecido. Dizemos, então, que
o ocorrido foi devido a uma Condição Insegura, que é tudo que serve de veículo
para o acidente.
4.1 Imprevistos
Por exemplo
Inundações, terremotos, ressacas, maremotos, vendavais, vulcões, raios, etc.
É preciso analisar bem, antes de classificar uma situa
ção, c o m o u m imprevisto, pois é tendência natural nossa fazê-lo e,
muitas das vezes, por trás do imprevisto, "existem, na verdade, o Ato
Inseguro e/ou a Condição Insegura. Isso influência na prevenção das causas
dos acidentes.
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5 Consequências dos acidentes
5.1Trabalhador Acidentado
Sofre com dores, ficará mutilado e/ou traumatizado,
podendo até morrer, além de causar problemas à sua própria
família, deixando-
a, às vezes, em total desamparo. Há determinados acidentes,
como explosões, incêndios, etc., que podem lesionar ou
m a t a r colegas de trabalho e/ou terceiros, que nada têm a ver com o causador da
falha, e também pode gerar prejuízo material a empresa (destruição de
prédios, máquinas, equipamentos, matéria-prima, etc.).
5.1.2 Empregador
A empresa ficará sem mão-de-
o b r a q u a l i f i c a d a ( t é c n i c a ) e , consequentemente, paralisará ou
reduzirá a produção. Reduzindo-se o ritmo de produção, pode comprometer a
qualidade e até mesmo o preço do produto. Poderá
sofrer também, danos materiais (máquinas, ferramentas, equipame
ntos e matérias-primas), a empresa pode adquirir má fama junto
a o s ó r g ã o s governamentais e à comunidade.
5.1.3 Sociedade
Sofrerá também os efeitos de um acidente, perdendo o
e m p r e g a d o produtivo na força de trabalho, elevando os custos com o seguro de
acidentes do trabalho. Esse custo é repassado pelo aumento de impostos,
taxas de seguro, etc., o que contribui para aumentar o custo de vida, de
uma maneira geral (alimentação, serviços e produtos, etc.)
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6 Equipamentos de proteção coletiva – EPC
Andaimes;
Apara-lixos;
Balaústres;
Corrimãos;
Placas e avisos;
Aparelhos de ar condicionado;
Aspiradores de pó e gases;
Ventiladores e exaustores;
Tampas;
Extintores de incêndio;
Mangueiras;
Hidrantes;
Guarda-corpos;
Sprinklers;
Telas, etc.
Atenção
Todo EPC deve ser preservado pelo trabalhador.
A segurança de todos depende do bom estado desses equipamentos.
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7 Equipamentos de proteção individual – EPI
Atenção
A responsabilidade de usar e conservar o EPI é do empregado, pois a
durabilidade e eficiência do mesmo depende dos cuidados com a sua
manutenção.
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8 Conceito de Guindauto
Existem dois tipos de configurações básicas do Munck, com lança fixa com extensão
manual.
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Figura 3: Guindauto com lança fixa com extensão manual
1-Quadro;
2-Cilindro e estabilizador;
3-Sistema de giro;
4-Cilindro do giro;
5-Comando hidráulico;
6-Filtro de sucção
7-Tanque de óleo;
8-Filtro de ar;
9-Coluna externa;
10-Coluna interna;
11-Braço;
12-Cilindro da lança;
13- Berço;
14-Lança externa;
15-Pino de trava;
16-Lança intermediária;
17-Lança interna;
18-Cilindro telescópico;
19-Gancho;
20-Visor de nível.
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Figura 4: Guindauto com lanças hidráulicas e extensões manuais
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Figura 5: Guindauto Munck com lanças hidráulicas e extensões manuais
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Figura 6: Caminhão guindauto
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9.1 Sistema hidráulico
Possui tomada de força que movimenta uma bomba hidráulica que retira
óleo do t a n q u e , p a s s a p e l o f i l t r o d e a l t a p r e s s ã o , v a i p a r a o s
comandos hidráulicos, passa no sistema de apoio e segue para o
sistema de movimentação de carga. Em seguida, o óleo retorna ao
tanque.
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10 Centro de gravidade da carga
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Carga Instável Carga Estável
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1ª Vertical
1ª Vertical
2ª Vertical
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Figura 10: Princípio da alavanca de foça guindauto(Munck)
Momento útil
D= 3 Metros
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11.1 Momento de carga útil
Ex.: 1
M = 3.000 kg x 2, O m
M = 6.000 kgm.
Ex.: 2
M= DxP
M= 3m x 1000 kg
M= 3000 kgm
Exercícios:
1) 2.000 kg
2) 4.000 kg
3) 5.000 kg
4) 3.0000 kg
5) 6.000 kg
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2) Qual será a carga aceitável do mesmo equipamento, em que o seu momento
de carga é de 10.000 kg/m?
Fórmula
12 Raio de ação
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13 Gráfico de carga para guindauto
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14 Estabilização do guindauto
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14.1.2 Procedimento para estabilizar o caminhão
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Figura 14: Condições do vento
Atenção
É proibido retirar o braço do berço sem estabilizar o caminhão, caso aconteça isso
há risco de acidente fatal. As operações efetuadas em vias públicas e/ou áreas
públicas tem que ter autorização do órgão responsável (policia militar rodoviária
Estadual e federal, órgão de trânsito ou prefeituras).
Cuidado
Os cilindros hidráulicos foram projetados para neutralizar o momento de
basculamento e não para levantar o veículo. Conferir o nível de óleo hidráulico com
equipamento todo recolhido no berço, (posição de transporte).
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14.1.3 Estabilização no solo
Para apoiar o equipamento o solo deve ser nivelado,
compactado e estável o necessário para suportar o peso do
guindauto mais a sua carga sem problema. Faça a seguintes
observações:
1. E v i t a r t r i n c h e i r a s ,
2. E s c a v a ç õ e s ,
3. L o c a i s e s c o r a d o s e declives laterais.
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15 Requisitos para operação
Atenção
O curso e certificado são para provar que recebeu a necessárias informações para
operar o guindaste e que estar ciente das normas de operação e segurança, assim
como familiarizado com o guindaste.
Cuidado
Caso os dispositivos de segurança sejam adulterados e/ou operador não é
qualificado há risco de acidentes graves podendo ser fatal.
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16 Procedimentos de operação
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Figura 16: Condições do vento
Atenção
Não adulterar os dispositivos de segurança, pois são para a sua proteção e foram
projetados para evitar acidentes e também servem para garantir a sua segurança
durante o trabalho.
Cuidado
A condição adversa para operação pode comprometer a segurança, condição como:
Velocidade do vento chegar a 50 km/h ou superior não haverá segurança no
trabalho pare imediatamente.
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17 Operação
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Não ultrapassar o momento de carga quando baixar a carga ou subir.
Operar usando o menor raio possível aumentar a segurança e a durabilidade
do guindaste.
Utilizar o guindaste somente para manusear cargas.
Elevar a carga sempre por cima do centro da gravidade.
Fazer a fixação da carga para não escorregar.
Movimentar com cuidado cargas molhadas ou congeladas.
Nunca ultrapassar o limite de carga indicado nos acessórios e/ou
equipamentos de elevação.
Não empurrar, arrastar, puxar ou pressionar o braço sobre a carga.
Não elevar cargas em pontos diferentes dos indicados pelo gráfico de
capacidade.
Caso haja risco da queda de objetos da carga durante a operação isolar a
área de perigo, sinalizar (cerca), com sinais de aviso.
Cuidado
É proibido transitar sem travar os braços e lanças telescópicas (risco de acidente
fatal).
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18 Fim da operação do guindaste
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19 Mantenha distância dos Cabos de alta tensão
Atenção
Fique atendo, numa ventania os cabos elétricos podem balançar ou o braço do
guindaste movimenta-se repentinamente.
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19.1 Procedimentos em caso de descarga elétrica
Caso o guindaste toque no cabo de alta tensão, haja corretamente para evitar um
grave acidente.
Essa situação é altamente perigosa se tocar no guindaste, veículo, carga ou
abandonar seu posto, então:
Mantenha a calma;
Mantenha as pessoas ao redor numa distância mínima de 10 metros do
veículo, guindaste e carga (área de resistência);
Caso o cabo de alta tensão tiver partido e tocado no chão, deve-se manter da
mesma forma a distância de 10 metros (área de resistência);
Caso existir pessoa dentro da área de 10 metros, esta deverá sair
imediatamente da área de risco, saltando com as duas pernas juntas para
reduzir o rico de continuidade;
Não pode tocar no guindaste, veículo e carga;
Informe a todos para não tocar no veículo, guindaste, carga e não se
aproximarem da área;
Não tente abandonar o seu posto e não toque em nenhuma parte metálica;
Se uma pessoa estiver no circuito elétrico, a corrente elétrica deve ser desligada
antes que a mesma seja retirada, se alguém aproximar poderá ocorrer acidente fatal.
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20 Sinalização manual
1. Içar
Com o antebraço na vertical e o dedo indicador para cima, mova a mão em
pequenos círculos horizontais.
2. Abaixar
Com o braço esticado para baixo, dedo indicador apontado para baixo, mova a mão
em pequenos círculos horizontais.
3. Levantar a lança
Braço esticado, dedos fechados, polegar apontando para cima.
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5. Pare
Braço esticado, palma da mão para baixo, mantendo esta posição firme.
6. Parada de emergência
Braço esticado, palma para baixo, mova a mão rapidamente para direita e esquerda.
7. Deslocamento da máquina
Braço esticado para frente, mão aberta e erguida, faça movimento de empurrar na
direção do deslocamento.
8. Trava tudo
Junte as duas mãos em frente do corpo.
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9. Movimento lento
Use uma das mãos para dar o sinal do movimento desejado, e coloque a mão
parada em frente da outra. O desenho mostra "Içar lentamente".
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13. Acione uma esteira
Travar a esteira no lado indicado pelo punho erguido. Acione a esteira oposta na
direção indicada pelo movimento circular do outro punho, que gira verticalmente em
frente ao corpo.
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17. Use o guincho principal
Coloque o punho na cabeça e use os outros sinais.
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21 Cabos de aço
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Cabos de aço fabricados em espiral (cordoalhas) ou uma perna simples,
não devem ser utilizados para movimentação, pois tem uma estrutura
muito rígida e são feitos apenas para tensionamento.
21.1.3 Flexibilidade
A flexibilidade está condicionada ao número de arames que o compõe.
São os cabos classificados em:
21.1.4 Pequena flexibilidade
Construção 3 x 7, 6 x 7, 1 x 7 (cordoalha);
21.1.5 Flexíveis
Construção 6 x 19, 6 x 21, 6 x 25, 8 x 19, 18 x 7;
21.1.6 Extra-flexível
Construção 6 x 31, 6 x 37, 6 x 41, 6 x 43, 6 x 47, 6 x 61.
21.1.7 Tipos
Warrington - Pernas do cabo construídas com duas bitolas de arames;
bastante flexível e menos resistente ao desgaste, pois os arames mais
finos encontram-se na periferia.
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Seale - Pernas do cabo construídas com três bitolas de arame, sendo
o cabo menos flexível da série, porém mais resistente ao desgaste à
abrasão.
Filler-Pernas do cabo construídas com vinte e cinco arames (seis de
enchimento) apresentando boa flexibilidade.
Comum - As pernas do cabo são construídas por um só tipo de arame.
É um termo intermediário entre a flexibilidade e resistência ao
desgaste, dos outros tipos acima.
6 x 19 + AF Warrington
6 x 19 + AF Seale
6 x 25 + AACI Filler
6 x 19 + AF Comum
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Para definir a carga de trabalho de um cabo pelo seu diâmetro é preciso medir,
conforme demonstrado na figura abaixo.
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16.1.2 Nó em cabos de aço é estritamente proibido
A norma DIN 1142 prescreve que somente grampos com porcas auto-
travante e uma grande área de apoio podem ser utilizados. Todos os
grampos devem ser montados de forma que o mordente se prenda a
perna portante (mais comprida).
No mínimo 3 grampos são necessários (grampo pesado) para se fazer um
laço com cabo de aço fino. Quanto maior o diâmetro do cabo mais
grampos são necessários.
Atenção:
Laços feitos com grampos devem ser usados apenas para uma única aplicação,
devendo ser desfeitos logo após a utilização, para que não sejam utilizadas
erroneamente.
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17.1 Abrasão e desgaste
É a raspagem que o cabo sofre em contato com a as roldanas, com peças, ou ainda
durante o manuseio. Pode ser combatida com uma lubrificação adequada.
17.1.3 Fadiga
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17.1.5 Distorções mais comuns
18.1 Inspeção
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18.1.3 Arames gastos por abrasão
18.1.4 Corrosão
c) Alma da fibra que apodreceu, não dando mais apoio às pernas do cabo.
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No primeiro caso, há o perigo das pernas super tensionadas se romperem. Nos
outros dois casos não há perigo iminente, porém haverá um desgaste desuniforme
do cabo, e por tanto um baixo rendimento.
Nos cabos de várias camadas de pernas, como nos cabos não rotativos e cabos
com alma de aço há o perigo da formação de “gaiolas de passarinho” e “hérnias”,
defeitos estes que podem ser provocados pelos seguintes motivos:
Estes defeitos são graves, obrigando à substituição imediata dos cabos de aço.
18.1.6 Maus tratos e nó: Deve-se inspecionar todo o comprimento do cabo para
verificação da existência ou não de nós ou qualquer anormalidade no mesmo que
possa ocasionar um desgaste prematuro ou a ruptura do cabo, principalmente às
fixações
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19 Correntes
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19.1.3 Tipos de cintas
Cintas de polipropileno
Cintas de NYLON
Cintas de poliéster
Elas têm uma boa resistência quanto à luz, calor, ácidos e solventes.
Têm boa elasticidade.
Cintas de poliamida
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20 Situação para troca de cintas
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Exercícios
1) Qual é a cinta que tem uma baixa capacidade de carga, é pouca flexível e tem
uma boa resistência química?
( ) Cinta de polipropileno.
( ) Cinta de nylon.
( ) Cinta de poliéster.
( ) Cinta de poliamida.
2) Qual cinta que é resistência à base, absorve muita água o que reduz sua
capacidade e pode também fazer com que em dias muito frios ela possa se
enrijecer?
( ) Cinta de polipropileno.
( ) Cinta de nylon.
( ) Cinta de poliéster.
( ) Cinta de poliamida.
3) Que cinta tem uma boa resistência quanto a luz, calor, ácidos e solvente e tem
boa elasticidade?
( ) Cinta de poliéster.
( ) Cinta de poliamida.
( ) Cinta de nylon.
( ) Cinta de polipropileno.
4) Que cinta tem fibras sintéticas com alta capacidade de absorção de força e
excepcional resistência a sucessivos carregamentos?
( ) Cinta de poliéster.
( ) Cinta de poliamida.
( ) Cinta de nylon.
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5) Qual é o tempo de validade do cartão?
( ) 2 anos.
( ) 3 anos.
( ) 1 ano.
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Bibliografia
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