Beruflich Dokumente
Kultur Dokumente
CONTEMPORÂNEAS
QUESTÕES
CONTEMPORÂNEAS
PAT R I M Ô N I O
ARQUITETÔNICO
E URBANO
Rosío Fernández Baca Salcedo
Vladimir Benincasa
ORGANIZADORES
1ª edição – 2017
Bauru/SP
CONSELHO EDITORIAL
Profa. Dra. Cassia Letícia Carrara Domiciano
Profa. Dra. Janira Fainer Bastos
Prof. Dr. José Carlos Plácido da Silva
Prof. Dr. Marco Antônio dos Reis Pereira
Prof. Dr. Maria Angélica Seabra Rodrigues Martins
Capa
1. Pátio da Estação de Bauru (SP) – Foto de Rosío F. B. Salcedo
2. Seminário Seráfico de S. Antônio, Agudos (SP)
3. Fazenda do Ribeirão, Dom Joaquim (MG)
4. Casas, Bocaina (SP)
Contracapa
Detalhe da fachada do antigo Banco do Estado de São Paulo, São Paulo (SP)
Abertura de capítulos
Fachadas – Paraty (RJ)
ISBN 978-85-7917-417-9
CDD: 363.69
720.288
APRESENTAÇÃO 5
sua preservação, promovido pela sede brasileira do Centro Internacional
de Conservação do Patrimônio (CICOP-Brasil) e pela Federação Interna-
cional de Centros CICOP e, organizado pelo Programa de Pós-Graduação
em Arquitetura e Urbanismo da UNESP, Campus de Bauru, entre os dias
21 e 24 de outubro de 2014, pretendeu refletir e discutir a problemática do
patrimônio edificado, desde as grandes obras às mais modestas.
Vários especialistas do Brasil, da América Latina e da Europa foram convi-
dados a participar do evento e compartilhar suas experiências com os assis-
tentes. Foram várias palestras cujos conteúdos julgamos importante para
a alimentação do debate atual sobre o patrimônio, e que agora podemos
compartilhar, pois transformadas em textos e revisadas pelos seus autores.
Esperamos que a repercussão, além do âmbito do congresso, seja fecunda e
produza não só debate, mas ações efetivas e coerentes à dimensão cotidiana
que o patrimônio deve, e pode, ter.
PREFÁCIO 7
passado e futuro. Josep Muntañola e Magda Carulla contribuem com uma
precisa reflexão a respeito.
Ramón Gutiérrez traz um conjunto de proposições para uma visão inte-
gradora dos patrimônios edificado, natural e imaterial, e para a adoção de
uma postura crítica que não impeça a abordagem compreensiva das carac-
terísticas regionais e locais do patrimônio. Esta é uma questão importante
para destravar algumas discussões marcadas por divergências que podem
ser superadas. A crítica dos critérios patrimoniais pode ser o caminho para
superar divergências e levar em conta as mudanças na escala patrimonial,
englobando a sua dimensão cultural e territorial. Gutiérrez aponta, ainda, a
importância de dar maior relevância aos aspectos econômicos, administra-
tivos e políticos das questões patrimoniais e da destinação dos bens patri-
moniais e da ação preservacionista. Outra questão significativa abordada é
a da necessidade de a abordagem patrimonial acompanhar as mudanças da
cidade e da sociedade, salientando que a preservação do patrimônio é um
meio para alcançar melhor qualidade de vida, não um fim em si mesmo.
Como entender a questão da construção do patrimônio? Sob a ótica da acu-
mulação de bens ou sob o ângulo do compartilhamento de bens culturais
significativos para a identidade coletiva? Carrión Mena coloca essa questão
para analisar as ações de preservação do patrimônio. Aponta que a lógica
do mercado conduz à destruição e reconstrução das cidades, produzindo
o esquecimento, e que o reconhecimento de múltiplos significados é parte
essencial da condição de patrimônio cultural.
O campo da restauração no Brasil se encontra em meio a críticas prove-
nientes de diferentes origens e com diferentes propósitos. Beatriz Kühl
analisa essa questão apontando que o reconhecimento do restauro como
um campo disciplinar próprio e a adoção de um embasamento teórico e
metodológico bem estruturado possibilitam fazer frente a críticas e atingir
a viabilidade para intervenções bem-feitas.
Andrea Pane apresenta uma contribuição muito importante para a com-
preensão do panorama atual da questão patrimonial na Itália, mostrando
como, desde os anos 2000, está ocorrendo uma tendência de aproximação
de abordagens entre os partidários das três principais correntes teóricas
divergentes e presentes na Itália desde os anos sessenta, pelo menos: do
restauro crítico-conservativo, da pura conservação e da manutenção e res-
tituição a uma integridade e funcionalidade original. Citando o sociólo-
go Zygmunt Bauman e sua crítica da cultura da sociedade de consumo, e
PREFÁCIO 9
SUMÁRIO
■■ APRESENTAÇÃO. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
Rosío Fernández Baca Salcedo
Vladimir Benincasa
■■ PREFÁCIO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
José Eduardo de Assis Lefèvre
SCARROCCHIA, Sandro. Alois Riegl: Teoria e prassi della conservazione dei monumenti.
Bologna: Accademia Clementina di Bologna, 1995.
SOUKEF Jr., Antonio. A preservação dos conjuntos ferroviários da São Paulo Railway em
Santos e Jundiaí. São Paulo: Anna Blume FAPESP, 2013.
Andrea Pane
Università degli Studi di Napoli Federico II
Le radici del nostro discorso possono essere collocate al 1964, anno di ap-
provazione della celebre Carta di Venezia, di cui proprio quest’anno ricorre
il cinquantenario (DI BIASE 2014; PANE 2014). E’ fondamentale inoltre
richiamare – insieme con la Carta di Venezia – la pubblicazione del testo
di Cesare Brandi Teoria del restauro, apparso nel 1963 come compendio
e sintesi delle lezioni da lui stesso svolte per circa vent’anni in qualità di
direttore dell’Istituto Centrale del Restauro, da lui stesso fondato nel 1941
(BRANDI 1963).
Dando per scontati i contenuti tanto della Carta di Venezia quanto del vo-
lume di Brandi, possiamo iniziare la nostra riflessione a partire dalla di-
versa ricezione che tali testi hanno conosciuto nell’ambito delle scuole di
restauro italiane.
Proprio a partire dagli anni Sessanta, infatti, hanno iniziato a definirsi in
Italia, in maniera molto più netta di quanto accaduto in precedenza, diverse
scuole di pensiero in materia di restauro, che hanno proposto orientamenti
teorici e operativi diversi. Tali scuole hanno avuto un confronto molto ser-
rato durante alcuni decenni, così come è accaduto, in parallelo, nel campo
della progettazione architettonica. Come per le teorie sull’architettura con-
temporanea, anche nell’ambito del restauro si è dunque prodotta una dia-
lettica tra orientamenti opposti, spesso sostenuta da fondamenti ideologici,
che oggi appaiono, nel bene e nel male, in parte dimenticati. L’Italia, in par-
ticolare, paese tradizionalmente incline all’elaborazione teorica in materia
di architettura più di altre nazioni europee, ha visto un dibattito intenso e
serrato anche per la notevole presenza di patrimonio, costruito nell’arco di
molti secoli sul suo territorio, benché la ricchezza del paese in termini di
beni culturali sia più qualitativa che quantitativa (SETTIS 2010).
Questo confronto è stato particolarmente intenso negli anni 1970-2000, e ha
dato luogo – molto schematicamente – a tre orientamenti, benché tali posizio-
ni appaiano oggi un po’ più sfumate di quando furono formulate (VARAG-
NOLI 2010). L’attenuarsi dei conflitti tra i diversi orientamenti disciplinari
può collocarsi all’inizio degli anni 2000, in coincidenza con l’esplicita inten-
zione – manifestata dal Ministero per i Beni Culturali e le Attività Culturali
– di inserire una definizione condivisa del termine “restauro” all’interno del
nuovo strumento legislativo allora in gestazione (art. 29 del Codice dei Beni
2.3 La manutenzione-ripristino
4 CONCLUSIONI
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS
BONELLI, R. Restauro dei monumenti: teorie per un secolo. In PEREGO, F. (org.), Anasti-
losi. L’antico, il restauro, la città, Laterza, Roma-Bari 1986,
BULIAN, G. Memoria e innovazione. Dal restauro del monumento al recupero dello spazio
urbano. Il complesso monumentale delle Terme di Diocleziano a Roma. In BALZANI, M.
(org.).Restauro, recupero, riqualificazione. Il progetto contemporaneo nel contesto storico,
Milano: Skira 2011.
CARBONARA, G. Restauro fra conservazione e ripristino: note sui più attuali orientamenti
CERRI, M.G. Il Castello e la Manica Lunga. Storia e restauro. In: La residenza sabauda. La
collezione. Milano: Skira, 2008.
CERVELLATI, P.L. L’ex Oratorio di San Filippo Neri restituito alla città. Bologna: Studio
Costa, 2000.
DI BIASE, C. La Carta de Venecia: cinquanta años después / The Venice Charter: fifty years
on. Loggia. N. 27, 2014.
FRISCH, G.J. (org.). L’Aquila. Non si uccide così anche una città?. Napoli: Clean edizioni,
2009.
GREGORI, M. Per la tutela dei beni artistici e culturali. Paragone, XXII, 257, 1971.
MARCONI, P. Progettare il restauro architettonico: mestiere per architetti, non per conser-
vatori, Ricerche di storia dell’arte, 93, 2007.
MENNA, G. Il cortile degli scalpellini. Architettura e città nella storiografia delle Annales.
Napoli: Edizioni Scientifiche Italiane, 2001.
PANE, A. Las raíces de la Carta de Venecia / The roots of the Venice Charter. Loggia. N.
27, 2014.
PANE, G. Storia e metaprogetto nell’incontro tra antico e nuovo. In: FERLENGA, A., VAS-
SALLO, E., SCHELLINO, F. (orgs.). Antico e nuovo. Architettura e architetture, vol. I. Ve-
nezia: Il Poligrafo, 2007.
TOMASELLI, F. Roberto Pane e Franco Minissi: accostamento del nuovo all’antico nell’am-
bito del restauro archeologico. In: CASIELLO, S., PANE, A., RUSSO, V. (orgs.). Roberto
Pane tra storia e restauro. Architettura, città, paesaggio. Venezia: Marsilio, 2010.
TORSELLO, P. (org.). Che cos’è il restauro? Nove studiosi a confronto. Venezia: Marsilio,
2005.
VARAGNOLI, C. Il culto dei monumenti. In: XXI secolo. Appendice della Enciclopedia
Italia di Scienze, Lettere ed Arti, vol. IV, Gli spazi e le arti. Roma: Istituto della Enciclopedia
Italiana, 2010.
VARAGNOLI, C. Lacune, vuoti, progetti: il posto del restauro. Confronti, a. III. n. 4-5,
giugno-dicembre 2014.