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da Ergonomia
SEST – Serviço Social do Transporte
SENAT – Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte
70 p. :il. – (EaD)
CDU 331.101.1
ead.sestsenat.org.br
Sumário
Apresentação 5
1 Ergonomia 7
3 Tipos de Ergonomia 11
Glossário 13
Atividades 14
Referências 15
Unidade 2 | Entendendo a NR nº 17 19
1 Norma Regulamentadora nº 17 20
2 A Ergonomia no Trabalho 21
4 Organização do Trabalho 29
Glossário 32
Atividades 33
Referências 34
3
4 Atividades que Prejudicam a Postura Corporal 45
Glossário 46
Atividades 47
Referências 48
2 Situações Antiergonômicas 55
Glossário 63
Atividades 64
Referências 65
Gabarito 69
4
Apresentação
Prezado(a) aluno(a),
O curso possui carga horária total de 20 horas e foi organizado em 4 unidades, conforme
a tabela a seguir.
Bons estudos!
5
UNIDADE 1 | O QUE É
ERGONOMIA
6
1 Ergonomia
Dessa forma, pode-se entender que a Ergonomia se preocupa com a saúde e o bem-
estar do trabalhador no cumprimento de suas atividades laborais e, também, com o
bom funcionamento de toda a engrenagem que envolve o sistema de produção.
Acrescenta Eugene Merino (2010, p 20) que a Ergonomia se apoia em várias ciências
como: antropometria, fisiologia, psicologia, entre outras. Adotando critérios acerca da
saúde, economia e sociologia para avaliar as suas conclusões. De fato, a Ergonomia é
uma ciência multidisciplinar que possui como objeto de estudo a anatomia humana e
7
sua interação com as formas de produção, com a finalidade de alcançar e desenvolver
meios que possam garantir maior segurança e conforto para o trabalhador, preservando
a sua saúde e evitando doenças e acidentes de trabalho.
O autor ainda aponta que para Murrel, de uma forma secundária, a Ergonomia também
se preocupa com o meio organizacional em que estão inseridos o trabalhador e as
relações entre o trabalhador com os indivíduos de seu convívio, isto é, a sua interação
entre os seus companheiros de trabalho, seus superiores e a sua família. De todo modo,
tomando uma definição mais resumida do conceito de Ergonomia, essa é a ciência
que busca desenvolver aparelhos, métodos técnicos e atividades com a finalidade
de melhorar a segurança, a saúde, o conforto, dentre outros fatores indispensáveis
para evitar doenças ocupacionais e para manter o bom desempenho laborativo (DUL;
WEERDMEESTER, 2008, p. 1).
8
a sua mão para cumprir as suas tarefas diárias e, assim, pudesse desempenhar as
suas atividades de forma mais fácil, segura e mais produtiva. O autor ainda destaca
o desenvolvimento da roda que representou um grande marco para o progresso das
sociedades antigas, pois facilitou sobremaneira o desenvolvimento de milhares de
trabalhos.
9
Nos seus muitos desenhos, resultados das pesquisas de Bélidor, o engenheiro
demonstrava a forma como o ser humano interagia em meio à atividade laboral com
as máquinas. Da mesma forma, ficou demonstrado que o estudioso buscava entender
como as diversas ferramentas presentes no ambiente de trabalho facilitavam o
cumprimento das tarefas mais árduas como o carregamento de cargas e outros
esforços que antes eram realizados pelos próprios trabalhadores. Observam-se em
seus desenhos várias representações de elevadores de cargas, bate-estacas e muitos
equipamentos utilizados com roldanas para facilitar o desenvolvimento de trabalhos e
para as construções da época (SILVA et al, 2010, p.23).
10
Merino (2011, p. 26) ensina que no final do século XVIII, nos Estados Unidos,
começaram a realizar estudos na área do ambiente do trabalho chamado Taylorismo e
que ao mesmo tempo na Europa iniciaram-se as pesquisas sobre a Fisiologia Humana
no trabalho. Além disso, o autor destaca que muitos laboratórios para o estudo da
coordenação muscular e desenvolvimento de aptidões físicas foram feitos ao redor do
mundo. Nesse período, ainda nos Estados Unidos, foi criado o Laboratório de Fadiga
da Universidade de Harvard, que se tornou referência na área.
3 Tipos de Ergonomia
Conforme a Abergo (2000) a IEA considera que a Ergonomia se divide em três eixos de
especialização, quais sejam:
11
2. Ergonomia cognitiva: essa área estuda os aspectos psicológicos do trabalhador,
isto é, e todo o desenvolvimento dos processos mentais no ambiente de trabalho,
entre eles: a capacidade de percepção, memória, decisão e atitudes que possam
interferir na organização como um todo. Os tópicos mais importantes dessa área
estão relacionados com a preocupação com carga mental de trabalho, dentre
outros aspectos que envolvem a psique do trabalhador, como por exemplo,
as tomadas de decisões, os níveis de stress, o seu desempenho, treinamentos
envolvendo a interação humana e os sistemas, etc (ABERGO, 2000).
12
Glossário
Máquinas bélicas: máquinas desenvolvidas com objetivos bélicos, ou seja, para serem
utilizadas em conflitos tanto na defesa quanto no ataque.
13
Atividades
aa
1) Marque a alternativa correta sobre a definição de
ergonomia.
a. ( ) Doenças ocupacionais.
c. ( ) Trabalho repetitivo.
d. ( ) Bem-estar humano.
14
Referências
15
COBERLLINI, Angela Inês. O programa de alimentação do trabalhador e o estado
nutricional do trabalhador na perspectiva da empresa. Universidade Federal do
Rio Grande do Sul. Porto Alegre, 2007. Disponível em: <https://www.lume.ufrgs.br/
bitstream/handle/10183/12294/000602117.pdf?sequence=1>. Acesso em: 5 set. 2016.
IIDA, Itiro. Ergonomia: projeto e produção. São Paulo: Edgar Blucher, 2005.
16
DUL, J.; WEERDMEESTER, B. Ergonomics for Beginners: a quick reference guide. 3ª
ed. Flórida: CRC Press, 2008.
KASSADA, Danielle Satie; LOPES, Fernando Luis Panin; KASSADA, Daiane Ayumi.
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MEDEIROS, Urubatan Vieira de. Lesões por esforços repetitivos (LER) e distúrbios
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br/index.php/sg/article/viewFile/V10N1A10/SGV10N1A10>. Acesso em: 5 set. 2016.
17
ORSELLI, Osny Telles. Análise Ergonômica do Trabalho, Laudo Ergonômico e Social.
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www.cmqv.org/website/artigo.asp?cod=1461&idi=1&moe=212&id=20243 Acesso em:
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PATI, Camila. As 15 profissões mais perigosas para a saúde. Portal da Revista Exame,
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SALVE, Mariângela Gagliardi Caro; BANKOFF, Antonia Dalla Pria. Postura Corporal:
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SILVA, José Carlos Plácido da; PASCHOARELLI, Luís Carlos (orgs). A Evolução histórica
da Ergonomia no mundo e seus pioneiros. São Paulo: Cultura Acadêmica, 2010.
18
UNIDADE 2 | ENTENDENDO A NR
Nº 17
19
1 Norma Regulamentadora nº 17
20
O artigo 198 deixa claro que o peso máximo que pode ser
No parágrafo único do artigo fica estabelecido que no caso de haver o apoio mecânico
de equipamentos para o manejo de cargas o Ministério do Trabalho definirá o peso
individual que pode ser suportado pelo trabalhador.
A seguir, o artigo 199 da CLT dispõe que: “Art.199 - Será obrigatória a colocação de
assentos que assegurem postura correta ao trabalhador, capazes de evitar posições
incômodas ou forçadas, sempre que a execução da tarefa exija que trabalhe sentado”.
2 A Ergonomia no Trabalho
A NR nº 17 tem como finalidade maior definir os critérios que devem ser seguidos
para a eficaz adaptação psicofisiológica do trabalhador às suas atribuições no serviço.
Adotando os conceitos e saberes da Ergonomia a norma busca a melhor forma
de adaptar o trabalho ao trabalhador e dessa forma estabelece regras que visam
proporcionar ao trabalhador a máxima segurança e conforto, oportunizando a este
que desenvolva o seu trabalho em um ambiente capaz de promover o seu rendimento
e melhor desempenho. A norma inicia expressando que tratará das questões de
transportes manuais de cargas, do mobiliário e condições do ambiente de trabalho e
da própria organização do trabalho (art. 17.1.1).
21
E esclarece ainda que, é tarefa do empregador observar o ambiente de trabalho para
adequar às características psicofisiológicas do trabalhador, no sentido de atender
as regras definidas na norma regulamentadora (art. 17.1.2). Esta incumbência do
empregador pode ser cumprida através de avaliações ergonômicas do trabalho que
podem ser realizadas por uma equipe composta por profissionais especialistas no
assunto. Por meio de várias técnicas aplicadas por estes profissionais, podem ser
identificados vários riscos ergonômicos do trabalho que serão enquadrados na lei para
o devido respeito às suas regras. Dessa forma atendendo a mais uma exigência da
norma que consiste na obrigatoriedade das empresas possuírem o Laudo Ergonômico
(ORSELLI, 2014).
22
A norma estabelece que as empresas têm a obrigação de treinar os trabalhadores
para que façam o transporte das cargas mais pesadas da forma mais confortável e
segura possível, para que saibam como devem aplicar técnicas para protegerem a sua
saúde, prevenir acidente e com ferramentas para facilitar o manejo, inclusive reduzir
o uso da força física do trabalhador para desenvolver esses trabalhos (arts. 17.2.3 e
17.2.14). Isso para evitar um desgaste muito grande do trabalhador, pois se sabe que o
serviço que necessita da utilização da força física já costuma desgastar bastante e caso
não sejam aplicadas técnicas ergonômicas para o desenvolvimento de tal atividade o
trabalhador poderá ser acometido de um quadro de dores e fadiga excessiva, papéis
próprios da Ergonomia.
A lei prossegue definindo sobre os limites de peso a serem manejados por mulheres
e jovens (de 14 a 18 anos). A lei não proíbe o transporte de carga individual por esses
trabalhadores, porém deixa claro que o peso máximo que pode ser levantado e
transportado por eles deve ser menor do que aquele estabelecido para um homem
adulto (arts. 17.2.1.3 e 17.2.5).
É definido em lei que o uso de ferramentas e equipamentos não podem exigir uma
força tal do trabalhador que possa prejudicar a sua saúde (arts.17.2.6 e 17.2.7). De
todo modo, a lei procura sempre limitar o peso e adequar técnicas para o melhor
transporte de cargas individuais pelo trabalhador, sempre se preocupando com a
saúde e a prevenção de acidentes. Nesse sentido, os estudos ergonômicos fornecem
técnicas que ajudam a conservar a saúde e o desempenho do trabalhador.
23
3 Mobiliário, Equipamentos, Condições Ambientais dos
Postos de Trabalho
Dessa forma, a Lei em seu artigo 17.3.1 estabelece os critérios que devem ser seguidos
para o desenvolvimento do trabalho na posição sentada. Esse posto de trabalho deve
ser cuidadosamente planejado e adaptado para o trabalhador, pois muitos malefícios
à saúde podem surgir da permanência, por muito tempo, na mesma posição. Nesses
24
serviços que exigem que o trabalhador permaneça sentado, ou mesmo em pé, por
muito tempo, a lei estabelece alguns critérios que os móveis presentes no ambiente de
trabalho (mesas, cadeiras, escrivaninhas, etc) devem seguir para manter a boa postura
do trabalhador.
Nesse sentido, o Portal METRA esclarece que o mobiliário deve possuir regulagens para
que o próprio trabalhador possa adaptá-lo às suas características antropométricas,
como a altura, peso, etc. E, claro, permitindo a mobilidade do trabalhador, afirmando
que não existe uma postura permanente que seja confortável para o trabalhador. Alerta,
ainda, que na população brasileira existem pessoas das mais diferentes estaturas,
pesos, dentre outras características, de modo que o empregador deve disponibilizar
um mobiliário que possa ser regulado e que seja capaz de atender, no mínimo, 90 % da
população brasileira em geral. Desse modo, conforme a Lei o mobiliário deve respeitar
o seguinte:
3. O espaço que o trabalhador deve desenvolver suas atividades deve possuir uma
medição tal, que possibilite ao trabalhador a movimentação das diversas partes
do corpo (art. 17.3.2). A permanência do trabalhador por muitas horas na mesma
posição sem possibilidade de se mexer é altamente prejudicial à sua saúde e,
claro, completamente antiergonômico.
25
Espaço respeitando a mobilidade do trabalhador– Usar como Alt (tirar da apostila)
No que diz respeito aos trabalhos que também necessitam ser desenvolvidos com os
pés, além das exigências anteriores, os pedais e/ou quaisquer outros comandos devem
estar de fácil alcance e com “ângulos adequados entre as diversas partes do corpo
do trabalhador”. A NR nº 17 estabelece ainda que, esse posto de trabalho deverá
ter as seguintes características para que seja proporcionado o conforto mínimo ao
trabalhador:
• o assento deve possuir altura ajustável, conforme o que for necessário para o
trabalho;
• o encosto deve estar de certa forma adequado para proteger à região lombar do
corpo (art. 17.3.3).
26
Dependendo das avaliações ergonômicas do ambiente de trabalho, que inclusive é
obrigatória às empresas, como já citado; equipamentos como os suportes para os pés
poderão ser necessários, claro que, com a devida adaptação ao comprimento das pernas
do trabalhador, como exigido na Lei (art. 17.3.4). Além disso, a NR nº 17 estabelece
a obrigatoriedade da presença de assentos em ambientes de trabalho em que o
empregado deve permanecer em pé, para que sempre que for possível o trabalhador
possa sentar e descansar entre um serviço e outro dentro do seu expediente (art. 17.
3.5).
A lei esclarece como deve ser caracterizado o ambiente de trabalho dos empregados que
desenvolvem as suas atividades com a utilização de equipamentos de processamento
eletrônico, que possuam vídeos, como os computadores. Essas regras somente são
dispensadas para aqueles que utilizam essas ferramentas de forma eventual (art.
17.4.3.1). Nesse sentido, a lei determina que o ambiente de trabalho com equipamentos
eletrônicos deve dispor de:
27
• Teclado: é antiergonômico manter o trabalhador em uma posição fixa, portanto,
a lei determina que o teclado deve estar separado da tela, proporcionando maior
mobilidade ao funcionário que pode posicioná-lo de forma mais confortável.
No que tange às condições ambientais de trabalho (art. 17.5) a Lei determina que
tais condições do ambiente de trabalho devem estar conformadas as características
psicofisiológicas do trabalhador, além de condizer com a natureza do trabalho a ser
desenvolvido (art. 17.5.1). Além disso, nos ambientes de trabalho onde seja necessário
o trabalho do intelecto a Lei recomenda que:
• que a umidade relativa do ar não seja menor que 40% (art. 17.5.2).
Nos serviços que se assemelham ao descrito anteriormente, mas não são equivalentes
ou correlatos com aqueles descritos na NBR 10152, são:
• hospitais;
• escolas;
• hotéis;
• residências;
• auditórios;
• restaurantes;
• escritórios;
• igrejas e Templos;
28
O nível de ruído deve ser de até 65 dB (A) e a curva de avaliação de ruído não maior que
60 dB (art. 17.5.2.1). As medidas referentes ao ruído devem ser auferidas no ambiente
de trabalho, próximos ao ouvido e tórax do trabalhador (art. 17.5.2.2). A Lei prossegue
estabelecendo que toda área de trabalho deve possuir uma boa iluminação, seja ela
artificial ou natural, ou de quaisquer outras formas, mas que estejam adequadas ao
desenvolvimento das atividades. E que, ainda, a iluminação geral deverá ser uniforme
e bem difundida, sendo que a claridade geral ou suplementar deve ser planejada e
construída de uma forma que evite quaisquer incômodos para o trabalhador (art.
17.5.3, 17.5.3.1 e 17.5.3.2).
4 Organização do Trabalho
• as regras da produção;
• a forma de operacionalização;
• o ritmo de trabalho;
29
Essas especificações da lei são importantes para promover um ambiente confortável,
com vistas à produtividade e ainda assegura a saúde do trabalhador. Caso não sejam
seguidas, a empresa poderá, além de sofrer com déficits de produção, ser notificada
pelas autoridades que fiscalizam o cumprimento da lei.
30
• O limite de toques reais que podem ser exigidos pelo empregador não pode ser
maior de 8.000 por hora, considerando-se como toques reais qualquer pressão
exercida sobre as teclas.
• Para essas atividades a cada hora (60 minutos) deverá haver uma pausa de 10
minutos, isto é, 50 minutos trabalhos e 10 minutos de descanso.
Essas são determinações da lei para os trabalhos que exigem sobrecarga dos
músculos ou de alguma parte do corpo, sejam os músculos dos membros inferiores
e superiores ou mesmo os tendões e ligamentos, também, das mãos; como no caso
dos trabalhadores que fazem o serviço de digitação, entre outros. Esses esforços
repetitivos podem resultar em doenças ocupacionais que hoje são muito comuns no
país e que estudaremos a seguir.
Oliveira e souza (2015) afirmam que a sigla LER significa Lesões por Esforços Repetitivos e
DORT quer dizer Distúrbio Osteomuscular Relacionado ao Trabalho. Os autores explicam
que essas doenças ocupacionais desencadeiam inflamações nos músculos e ossos das
partes do corpo mais sobrecarregadas pelo serviço desenvolvido pelo trabalhador, que
podem, muitas vezes, incapacitá-lo para o desempenho das atividades que cumpria
anteriormente às lesões.
31
Ramazzini é citado por Chiavegato Filho e Pereira Júnior (2004) ao trazer exemplos de
lesões provenientes de esforços repetitivos que remetem, até mesmo, às civilizações
antigas como foi o caso dos escribas e notários. Os autores ainda revelam que,
nas últimas décadas, ocorreram muitas mudanças acerca da gestão do trabalho e
tarefas que eram unicamente exercidas por escribas, artesãos e digitadores, hoje são
estendidas para diversas áreas. Destacam também Dwyer ao afirmar que a sociedade
pós-industrial tem mudado bastante o seu principal produto, consistindo na produção
de informações, não mais apenas de bens, e, ainda, acrescentam que para Araújo et
al, essas lesões têm se tornado epidêmicas em algumas partes do mundo inclusive no
Brasil.
Não há um entendimento único quanto às medidas que devem ser tomadas para o
tratamento dessas enfermidades dependendo de cada caso, recomendando-se, ainda,
a fisioterapia, medicamentos, entre outros tratamentos alternativos que podem ajudar
no alívio das lesões. Para evitá-las é indispensável à prática de exercícios, o consumo
de uma alimentação balanceada e a adoção dos princípios ergonômicos no dia a dia do
trabalho (MEDEIROS, 2012, p. 53).
Glossário
32
Atividades
aa
1) Sobre a NR nº 17, é correto afirmar que:
33
Referências
34
COBERLLINI, Angela Inês. O programa de alimentação do trabalhador e o estado
nutricional do trabalhador na perspectiva da empresa. Universidade Federal do
Rio Grande do Sul. Porto Alegre, 2007. Disponível em: <https://www.lume.ufrgs.br/
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IIDA, Itiro. Ergonomia: projeto e produção. São Paulo: Edgar Blucher, 2005.
35
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36
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19 set. 2016.
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perigosas-para-a-saude#16>. Acesso em: 5 set. 2016.
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Ocupacional, 2003. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_
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SILVA, José Carlos Plácido da; PASCHOARELLI, Luís Carlos (orgs). A Evolução histórica
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37
UNIDADE 3 | POSTURA
CORPORAL
38
1 Características Básicas do Ser Humano para o Trabalho
Pesado
Nesse sentido, Leão (2013) cita que o disco intervertebral é um dos pontos mais fracos do
organismo, que depois dos 20 anos a artéria que o nutre desaparece, passando a ser nutrido
por embebição dos tecidos dos arredores e está sujeito a uma degeneração precoce. E trata
desse assunto para colocar os riscos de aparecimento de lombalgias, um dos problemas mais
comuns entre os trabalhadores que manuseiam cargas. Com isso, destaca um quadro da
capacidade suportada pelo ser humano para o carregamento individual de cargas:
Tabela 1: Tabela carga para levantamento
39
Conforme o Portal Ergonomia do Trabalho, além do problema de aparecimento
lombalgia, outros problemas relativos à coluna vertebral e às articulações podem
ser evitados respeitando a lei (Vide arts.198 e 199 da CLT) e o peso indicado por
especialistas como os descritos na tabela anterior. No que diz respeito ao sistema
ligamentar, os músculos dependendo das contrações durante o trabalho podem
aumentar ou diminuir o consumo de oxigênio, nas contrações dinâmicas ocorre o
relaxamento, enquanto que nas contrações estáticas (sustentar um peso por muito
tempo) pode acarretar o aumento da produção de ácido lático e consequentemente
ocorrem as dores musculares. Acerca dos tendões é importante saber que o seu limite
de tensão é facilmente ultrapassado, podendo haver rompimentos que são de difícil
recuperação.
É importante destacar que Leão (2013) ressalta fatores de risco no manejo de cargas
que podem trazer prejuízos para o corpo e a saúde do trabalhador, quais sejam:
• peso do objeto;
40
Outras características nas quais o ser humano precisa estar atento para desenvolver
um bom trabalho são citadas pelo professor Edgar Martins Neto, tais como: a distância
máxima de 60 metros que é aceitável para os transportes de sacas, com auxílio de
ajudante para descarregamentos; o nível de ruído do local não poderá ultrapassar a
65 dB (A), com curva de avaliação de ruído menor de 60 dB; o ajuste das temperaturas
entre frio/calor para que não haja a perda do desempenho ou risco de acidentes
de trabalho; valores de iluminação adequados e a prevenção contra o surgimento
de doenças relativas aos trabalhadores que desenvolvem o seu trabalho em meio a
vibrações (por exemplo, britadeira).
Guimarães et al (2011) ainda destaca a importância, para quem trabalha neste ramo,
das constantes mudanças na postura durante a jornada de trabalho. Nesse sentido,
Silva e Guimarães (2005) afirmam que a postura sentada não deve ser mantida por
grandes períodos de tempo, isso porque as mudanças na postura são capazes de aliviar
as pressões sobre os discos das vertebras e o tensionamento dos músculos dorsais,
41
dessa forma, promovendo um certo relaxamento das partes tensionadas e evitando o
cansaço. O professor Edgar Martins Neto ensina que na posição sentada o trabalhador
deve:
• Apoiar os pés: quando o trabalhador não puder apoiar os pés no chão (dependendo
do assento que usa) deve dispor de um suporte para apoiar os pés. Esta medida,
explica o estudioso, evita o aparecimento de dores lombares, stress, varizes, etc.;
42
3 Revezamentos de Turnos de Trabalho
Wadt e Monezi citam Costa (2000) para explicar que o trabalho em turnos é uma forma
de organização de horário de trabalho, no qual a jornada de trabalho se estende para
além das oito horas, atingindo 24 horas ininterruptas de funcionamento da empresa,
essa que necessitará da utilização de turnos de revezamento de trabalhadores.
Acrescentam, ainda, a posição de Rutenfranz (1989) sobre a existência desse tipo
de jornada de trabalho quando afirma que tais revezamentos existem por diversas
questões, sejam elas, tecnológicas, que impedem a paralisação dos serviços ou
econômicas, pois o custo das instalações é demasiadamente alto e o produto se torna
obsoleto rapidamente que não é possível o investimento sem que se mantenha a
empresa funcionando continuamente.
Os autores são unânimes em relatar diversos males para a saúde do trabalhador que
desempenha a suas funções em turnos de revezamento de trabalho. Nesse sentido, o
Portal Ergonomia do Trabalho destaca que todo ser vivo possui os seus ciclos temporais,
que são responsáveis pelas suas funções biológicas. E com as pessoas não é diferente,
dessa forma, o ciclo chamado de Circadiano é responsável por ações involuntárias do
43
organismo do indivíduo, o que se convencionou a chamar informalmente de “relógio
biológico”. Pode-se entender o relógio como os processos biológicos periódicos que
temos, como o horário de sentirmos fome, sono, cansaço, entre outros.
Nesse aspecto, o mesmo portal especializado pontua que o sono possui dois estágios
iniciais que são as fases leves, com qualidade variável e por isso é fácil de acordar. Após
os dois estágios iniciais, ocorrem outros dois, mais profundos, com melhor qualidade
para recuperação, em que é difícil de acordar. Nesses estágios, o corpo e a mente
se recuperaram do cansaço causado pelo cumprimento das atividades. Esse ciclo do
período de sono e de estar acordado durante o dia é controlado pelo hipotálamo,
localizado no centro do cérebro e que comanda as mais diversas sensações e partes do
corpo humano. Dessa forma, o ponto alto do sono é por volta da meia noite e da vigília
é meio dia.
44
ainda, o trabalhador terá o direito de um adicional de 20% em cima da hora noturna
trabalhada, por determinação da Constituição Federal, independentemente, do que
diz a Consolidação das Leis do Trabalho.
As conclusões de Barreira (1989) acerca das atividades do trabalho são citadas por
Salve e Bankof (2003) para explicar que as atividades podem se tornar potencialmente
prejudiciais para a postura corporal e podem provocar sérios problemas osteomusculares
para a coluna vertebral, entre eles estão:
• A permanência, por um longo período, em uma única postura, comum para quem
trabalha na posição sentada.
45
Essas são algumas das atividades que
podem causar prejuízos à postura
corporal, acarretando diversos problemas,
principalmente, para a coluna vertebral.
Por isso, é importante seguir as orientações
ergonômicas para o desenvolvimento
do trabalho, particularmente, para os
serviços de levantamento e transporte
manual de cargas e os desenvolvidos na
posição sentada.
Glossário
Embebição: absorver.
Iluminância: iluminamento.
46
Atividades
aa
1) Um dos problemas mais comuns entre os trabalhadores
que manuseiam cargas é:
a. ( ) DORT
b. ( ) Cefaléia
c. ( ) Lombalgia
47
Referências
48
COBERLLINI, Angela Inês. O programa de alimentação do trabalhador e o estado
nutricional do trabalhador na perspectiva da empresa. Universidade Federal do
Rio Grande do Sul. Porto Alegre, 2007. Disponível em: <https://www.lume.ufrgs.br/
bitstream/handle/10183/12294/000602117.pdf?sequence=1>. Acesso em: 5 set. 2016.
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49
DUL, J.; WEERDMEESTER, B. Ergonomics for Beginners: a quick reference guide. 3ª
ed. Flórida: CRC Press, 2008.
KASSADA, Danielle Satie; LOPES, Fernando Luis Panin; KASSADA, Daiane Ayumi.
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fadiga, antropometria, biomecânica e concepção do posto de trabalho. 2002.
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MEDEIROS, Urubatan Vieira de. Lesões por esforços repetitivos (LER) e distúrbios
osteomusculares (DORT) em dentistas. Revista Brasileira de Odontologia, Rio de
Janeiro, v. 69, n. 1, 2012.
OLIVEIRA, Ricardo Araújo de; SOUZA, Sueli Tavares de Melo. Lesões por esforços
repetitivos / Distúrbios Osteomusculares relacionados à atividade bancária. Vol. 10
N. 1 a 10. Londrina, Sistemas & Gestão, 2015. Disponível em: <http://www.revistasg.uff.
br/index.php/sg/article/viewFile/V10N1A10/SGV10N1A10>. Acesso em: 5 set. 2016.
50
ORSELLI, Osny Telles. Análise Ergonômica do Trabalho, Laudo Ergonômico e Social.
Portal da Câmara Multidisciplinar de Qualidade de Vida - CMQV. Disponível em: http://
www.cmqv.org/website/artigo.asp?cod=1461&idi=1&moe=212&id=20243 Acesso em:
19 set. 2016.
PATI, Camila. As 15 profissões mais perigosas para a saúde. Portal da Revista Exame,
s.d. Disponível em: <http://exame.abril.com.br/carreira/noticias/as-profissoes-mais-
perigosas-para-a-saude#16>. Acesso em: 5 set. 2016.
RESENDE, Ricardo. Direito do Trabalho Esquematizado. 3ª ed. Ver. Amp. At. São
Paulo: Método, 2013.
SALVE, Mariângela Gagliardi Caro; BANKOFF, Antonia Dalla Pria. Postura Corporal:
um problema que aflige os trabalhadores. Vol. 28. São Paulo: Rev. Bras. Saúde
Ocupacional, 2003. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_
arttext&pid=S0303-76572003000100010>. Acesso em: 5 set. 2016.
SILVA, José Carlos Plácido da; PASCHOARELLI, Luís Carlos (orgs). A Evolução histórica
da Ergonomia no mundo e seus pioneiros. São Paulo: Cultura Acadêmica, 2010.
51
UNIDADE 4 | DOENÇA
OCUPACIONAL
52
1 Consequência do Trabalho Físico sem Racionalidade
53
• Anestesiologistas, fiscais de imigração e alfândega e podólogos: da mesma
forma, ficam em contato com várias doenças e infecções, também correm o
risco de contaminação, e, os médicos anestesiologistas, ainda ficam expostos à
radiação durante os procedimentos cirúrgicos ou de diagnóstico.
Nesse sentido, Monteiro et al (2005) cita as ideias de Chiavenato (1989) para afirmar
que todo e qualquer efeito prejudicial do trabalho à saúde, a prevenção e agravamento
de doenças e lesões, a eliminação de surgimento de doenças ocupacionais, entre
outras, pode ser evitada respeitando-se as medidas preventivas de segurança e saúde.
Para isso, é importante o comprometimento e organização da empresa para que tais
medidas sejam efetivas e cumpridas por todos os colaboradores, com treinamentos,
conscientização, distribuição de informativos, dentre outros.
54
síndrome cervicobraquial, várias lesões do ombro e outras enfermidades, que podem
ser evitadas se as medidas simples orientadas pela ergonomia forem tomadas por
empregadores e empregados.
2 Situações Antiergonômicas
• excesso de ruído;
• trabalhos em turno;
• trabalho noturno;
• monotonia;
• repetitividade;
55
• pressão expressa ou tácita para a manutenção do ritmo de trabalho;
Acrescenta Kassada et al. (2011) que esses aspectos do ambiente de trabalho podem
causar diversos prejuízos às empresas como:
• diminuição da produtividade;
• possíveis indenizações;
56
É importante que a empresa promova um ambiente de trabalho
57
Cunha (2000) afirma que a alimentação do trabalhador deve ser
Cita Corbelli (2007) que a Portaria nº 193, de 5 de dezembro de 2006, que alterou
os padrões que devem ser seguidos pelo Programa de Alimentação do Trabalhador
(PAT) e traz em seu texto as regras de uma alimentação considerada ideal, mais
especificamente, do almoço, jantar e ceia. Explica a autora que a lei definiu que essas
refeições devem corresponder de 30 a 40% do Valor Energético Total (VET) diário que
o trabalhador deve ingerir, correspondendo em torno de 600 a 800 calorias, podendo
ainda ser acrescida de 400 calorias (20%) do VET diário relativo a 2000 calorias. Os
lanches e café da manhã devem conter entre 300 a 400 calorias, da mesma forma,
podendo-se acrescentar mais 400 calorias (20%) do VET de 2000 calorias, essas
refeições mais leves devem corresponder de 15 a 20% do VET diário. Conforme
estabeleceu a portaria, a autora ainda ressalta que o índice de consumo de proteínas
(carnes variadas, ovos, etc) deve ficar em torno de 6 a 10% em cada refeição.
A Portaria nº 193 traz em seu texto uma tabela que demonstra os índices ideais para
uma alimentação balanceada, o quadro de distribuição de macronutrientes, a seguir.
58
Carboidratos Proteínas Gorduras Gorduras Fibras Sódio
Refeições
(%) (%) (%) (%) (g) (mg)
Desjejum/ 360-
60 15 25 <10 4-5
lanche 480
Almoço/
720-
jantar/ 60 15 25 <10 7-10
960
ceia
Cunha (2000) alerta que uma boa refeição deve observar outros aspectos como a
textura, o sabor, temperatura, volume, aroma, cor, higiene com que é preparada, bem
como a forma como é transportada. A autora destaca que o controle da temperatura do
alimento é extremamente eficaz para o combate da proliferação de micro-organismos
que podem causar doenças relacionadas com a intoxicação alimentar (ETAS). Além
disso, os alimentos não devem permanecer em temperaturas abaixo de 60º C até o
momento do seu consumo, já para esquentar novamente um tempo depois a comida
deve permanecer a uma temperatura de 4º C, o reaquecimento deve perdurar por 2
minutos a uma temperatura de 70º C. Para uma maior segurança é importante que
no reaquecimento haja a certeza de que o alimento alcançou uma temperatura tal e
suficiente para esquentá-lo por completo.
59
existe um sistema complexo de desenvolvimento das atividades laborativas dentro da
empresa, considerando a organização do trabalho e as medidas que essa utiliza para
manter a segurança.
1. Uma boa seletiva: nesse ponto o responsável pelo setor deve verificar se o
candidato ao trabalho possui as qualificações não só técnicas, mas, também,
médicas e psicológicas para desenvolver determinada função.
2. Acompanhamento: essa medida requer que todo o ano o trabalhador passe por
um processo de acompanhamento, feito pelo departamento médico e da área da
Psicologia.
7. Falha humana por falta de capacidade: essa questão é definida pela ausência
do treinamento básico do trabalhador.
60
9. Erro por motivos incorretos: esse realmente é o mais difícil de detectar, pois
o trabalhador tem a qualificação, as informações, os instrumentos corretos,
mas erra. O ser humano é bastante complexo possui diversas características
psicofisiológicas, por vezes tentar definir o motivo de um erro se torna impossível
às técnicas ergonômicas e aos conhecimentos multidisciplinares dessa ciência.
Nesse caso, deve-se considerar a natureza humana, que é passível de erro.
Além dos pontos destacados acima, uma boa organização e adequação do trabalho às
características do trabalhador é essencial para o bom andamento dos serviços e evitam
falhas e acidentes de trabalho, isto é, medidas simples orientadas pela Ergonomia
podem evitar muitos transtornos e, até mesmo, fatalidades. Nesse sentido, destacam
Assunção e Lima (2003) que o princípio da Ergonomia é adequar as várias características
do ser humano ao trabalho e não o contrário e deste princípio deve partir a organização
do trabalho como: rodízio, férias, folgas, etc. Os autores alertam que alternativas
devem ser buscadas na falta de instruções mais técnicas sobre determinada situação
e jamais esperar que essas sejam elaboradas. E, ainda, acrescentam que a ideia de
organização ergonômica do trabalho sem mudanças na forma como se procede ao
andamento do trabalho só acarreta o retardamento na tomada de novas posturas e
pode gerar a obrigação da adoção de mudanças mais profundas.
É importante salientar que a lei garante ao trabalhador, no artigo 166 da CLT, o direito aos
instrumentos que devem ser usados para que seja preservada a segurança do trabalho:
Nesse sentido, Monteiro (2015) destaca que os parágrafos 1º e 2º, do artigo 19, da Lei
Previdenciária nº 8213/91, determina que o empregador seja responsabilizado no caso
de não cumprir a determinação da CLT sobre o fornecimento de equipamentos para a
segurança no trabalho, além disso o parágrafo 3º define que é obrigação da empresa
prestar as informações necessárias para o manejo das matérias de trabalho:
61
§ 2º Constitui contravenção penal, punível com multa, deixar a
empresa de cumprir as normas de segurança e higiene do trabalho.
Assunção e Lima (2003) destacam que na Ergonomia não há espaço para apontar
culpados, mas também a benesse das experiências de vida, de mundo e de uma
mudança positiva de comportamentos. Muitas vezes, somente as técnicas não são
suficientes para suprir as dificuldades do dia a dia da empresa. De fato, há experiências
que podem ajudar na resolução de problemas.
• Ectomorfo: consistente
em um tipo físico mais
alongado, com o corpo e
os membros mais finos,
pouco índice de gordura e músculos, com ombros mais largos, porém caídos.
O pescoço é fino e comprido, rosto magro, queixo mais recuado, testa alta e
abdômen estreito e fino.
62
Partindo do conhecimento dos modelos físicos básicos, necessário para a adequação
do local de trabalho e da própria atividade às características do trabalhador, partimos
para as especificações mais técnicas da máquina humana. Conforme o professor
Eduardo Barros, da Universidade Federal de Pernambuco, a postura ideal para o ser
humano desenvolver os seus trabalhos é aquela que se pode manter a flexibilidade
corporal, isto é, o trabalhador deve se manter em movimento durante o dia alternando
as posições em pé e sentado. Explica, ainda, que as posturas diferentes dessas, precisam
de pausa para recuperação do corpo.
Nas suas lições, o professor ainda explica que o corpo humano está bem adaptado para
movimentos com uma velocidade mais elevada e de uma maior amplitude, entretanto,
a resistência oferecida deve ser pequena.
hh
É importante destacar que o corpo humano é capaz de aguentar
bem os esforços dinâmicos (dirigir, serrar, cortar, etc), mas a
máquina humana não aceita bem esforços estáticos, na qual o
ser humano desenvolve uma concentração contínua, podendo
exigir do trabalhador o olhar voltado para baixo. Sobre esta
postura de trabalho, os ergonomistas em geral indicam que
deverá ser evitada, pois é altamente fatigante.
Glossário
63
Atividades
aa
1) O trabalho físico pesado, as posturas incorretas e as
posições incômodas podem acarretar uma série de problemas,
tais como:
a. ( ) Câncer
b. ( ) Hiperacusia
c. ( ) Hanseníase
d. ( ) Virose
64
Referências
65
COBERLLINI, Angela Inês. O programa de alimentação do trabalhador e o estado
nutricional do trabalhador na perspectiva da empresa. Universidade Federal do
Rio Grande do Sul. Porto Alegre, 2007. Disponível em: <https://www.lume.ufrgs.br/
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Portal da Câmara Multidisciplinar de Qualidade de Vida - CMQV. Disponível em: http://
www.cmqv.org/website/artigo.asp?cod=1461&idi=1&moe=212&id=20243 Acesso em:
19 set. 2016.
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s.d. Disponível em: <http://exame.abril.com.br/carreira/noticias/as-profissoes-mais-
perigosas-para-a-saude#16>. Acesso em: 5 set. 2016.
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Ocupacional, 2003. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_
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da Ergonomia no mundo e seus pioneiros. São Paulo: Cultura Acadêmica, 2010.
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Gabarito
Questão 1 Questão 2
Unidade 1 C B
Unidade 2 D D
Unidade 3 C A
Unidade 4 B B
69