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Fundamentos

da Ergonomia
SEST – Serviço Social do Transporte
SENAT – Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte

Curso on-line – Fundamentos da Ergonomia – Brasília:


SEST/SENAT, 2016.

70 p. :il. – (EaD)

1. Ambiente do trabalho. 2. Saúde ocupacional -


proteção. I. Serviço Social do Transporte. II. Serviço
Nacional de Aprendizagem do Transporte. III. Título.

CDU 331.101.1

ead.sestsenat.org.br
Sumário
Apresentação 5

Unidade 1 | O Que É Ergonomia 6

1 Ergonomia 7

2 Histórico dos Estudos sobre a Ergonomia 8

3 Tipos de Ergonomia 11

Glossário 13

Atividades 14

Referências 15

Unidade 2 | Entendendo a NR nº 17 19

1 Norma Regulamentadora nº 17 20

2 A Ergonomia no Trabalho 21

2.1 Manual de Manejo de Cargas 22

3 Mobiliário, Equipamentos, Condições Ambientais dos Postos de Trabalho 24

3.1 Mobiliário dos Postos de Trabalho 24

3.2 Equipamentos dos Postos de Trabalho 27

4 Organização do Trabalho 29

4.1 Atividades com Sobrecarga Muscular Estática ou Dinâmica 30

5 O Que É DORT ou LER? 31

Glossário 32

Atividades 33

Referências 34

Unidade 3 | Postura Corporal 38

1 Características Básicas do Ser Humano para o Trabalho Pesado 39

2 Ergonomia do Trabalho na Posição Sentada e com Computador 41

3 Revezamentos de Turnos de Trabalho 43

3
4 Atividades que Prejudicam a Postura Corporal 45

Glossário 46

Atividades 47

Referências 48

Unidade 4 | Doença Ocupacional 52

1 Consequência do Trabalho Físico sem Racionalidade 53

2 Situações Antiergonômicas 55

3 Alimentação Inadequada – Reposição Energética da Máquina 57

4 Prevenção de Falhas Humanas por Falta ou Perda da Aptidão Físico-Mental:


os Instrumentos Administrativos de Adequação do Indivíduo ao Cargo e Função 59

5 Técnicas da Máquina Humana sob o Ponto de Vista Biomecânico 62

Glossário 63

Atividades 64

Referências 65

Gabarito 69

4
Apresentação

Prezado(a) aluno(a),

Seja bem-vindo(a) ao curso Fundamentos da Ergonomia!

Neste curso, você encontrará conceitos, situações extraídas do cotidiano e, ao final de


cada unidade, atividades para a fixação do conteúdo. No decorrer dos seus estudos,
você verá ícones que tem a finalidade de orientar seus estudos, estruturar o texto e
ajudar na compreensão do conteúdo.

O curso possui carga horária total de 20 horas e foi organizado em 4 unidades, conforme
a tabela a seguir.

Unidades Carga Horária


Unidade 1 | O Que É Ergonomia 4h
Unidade 2 | Entendendo a NR nº 17 6h
Unidade 3 | Postura Corporal 4h
Unidade 4 | Doença Ocupacional 6h

Fique atento! Para concluir o curso, você precisa:

a) navegar por todos os conteúdos e realizar todas as atividades previstas nas


“Aulas Interativas”;

b) responder à “Avaliação final” e obter nota mínima igual ou superior a 60;

c) responder à “Avaliação de Reação”; e

d) acessar o “Ambiente do Aluno” e emitir o seu certificado.

Este curso é autoinstrucional, ou seja, sem acompanhamento de tutor. Em caso de


dúvidas, entre em contato por e-mail no endereço eletrônico suporteead@sestsenat.
org.br.

Bons estudos!

5
UNIDADE 1 | O QUE É
ERGONOMIA

6
1 Ergonomia

A Associação Internacional de Ergonomia (IEA) explica que a


Ergonomia consiste na disciplina que estuda a relação do ser
humano com outros elementos do ambiente de trabalho
(sistema), e a profissão. É a ciência que procura aplicar teorias,
princípios, dados e métodos estudados para a otimização do bem-
estar do ser humano e para melhorar o desenvolvimento de toda
a sistemática do trabalho (DUL; WEERDMEESTER, 2008, p. 1).

Dessa forma, pode-se entender que a Ergonomia se preocupa com a saúde e o bem-
estar do trabalhador no cumprimento de suas atividades laborais e, também, com o
bom funcionamento de toda a engrenagem que envolve o sistema de produção.

Acrescenta Eugene Merino (2010, p 20) que a Ergonomia se apoia em várias ciências
como: antropometria, fisiologia, psicologia, entre outras. Adotando critérios acerca da
saúde, economia e sociologia para avaliar as suas conclusões. De fato, a Ergonomia é
uma ciência multidisciplinar que possui como objeto de estudo a anatomia humana e

7
sua interação com as formas de produção, com a finalidade de alcançar e desenvolver
meios que possam garantir maior segurança e conforto para o trabalhador, preservando
a sua saúde e evitando doenças e acidentes de trabalho.

A palavra Ergonomia deriva da união das palavras gregas ergon


(ergo) que significa trabalho e nomos (nomia) que se refere ao
que é lei ou norma (MERINO, 2011, p. 20). Ferreira (2008)
acrescenta que, para o psicólogo inglês K. F. H. Murrel, (o
primeiro que se dedicou ao estudo da referida ciência) a
Ergonomia consistiria no desenvolvimento das pesquisas
científicas sobre a relação entre o trabalhador e todo o sistema
que compõe o seu ambiente de trabalho.

Dessa forma, também considera as ferramentas que estão disponíveis, os métodos


utilizados, à organização geral do serviço. E, ainda, estudando o trabalhador como
indivíduo pertencente a um grupo de trabalho, logo, como o sujeito detentor de
características psicofisiológicas em interação com os diversos fatores.

O autor ainda aponta que para Murrel, de uma forma secundária, a Ergonomia também
se preocupa com o meio organizacional em que estão inseridos o trabalhador e as
relações entre o trabalhador com os indivíduos de seu convívio, isto é, a sua interação
entre os seus companheiros de trabalho, seus superiores e a sua família. De todo modo,
tomando uma definição mais resumida do conceito de Ergonomia, essa é a ciência
que busca desenvolver aparelhos, métodos técnicos e atividades com a finalidade
de melhorar a segurança, a saúde, o conforto, dentre outros fatores indispensáveis
para evitar doenças ocupacionais e para manter o bom desempenho laborativo (DUL;
WEERDMEESTER, 2008, p. 1).

2 Histórico dos Estudos sobre a Ergonomia

Pode-se observar que houve os precursores da Ergonomia com as primeiras aplicações,


desenvolvimento e usos de utensílios e ferramentas pelo homem em busca de exercer
as suas atividades de forma mais fácil e segura, ainda na idade da pedra. Merino (2011,
p. 24) ressalta que na pré-história o homem escolheu a pedra que mais se amoldava

8
a sua mão para cumprir as suas tarefas diárias e, assim, pudesse desempenhar as
suas atividades de forma mais fácil, segura e mais produtiva. O autor ainda destaca
o desenvolvimento da roda que representou um grande marco para o progresso das
sociedades antigas, pois facilitou sobremaneira o desenvolvimento de milhares de
trabalhos.

Um dos maiores estudiosos de todos os tempos, Leonardo da

ee Vinci, dedicou os seus estudos sempre com foco no corpo


humano, na sua fisionomia e anatomia. Da Vinci sempre
desenvolvia as suas máquinas com funções para facilitar a sua
operação e, também, para que se ajustasse da melhor forma ao
corpo humano. Além disso, a sua releitura e o redesenho de “O
Homem Vitruviano”, de Marcus Vitruvius Pollio, se tornaram
uma referência no que diz respeito aos estudos sobre a anatomia
e fisiologia humana, sendo muito importante para o
desenvolvimento da Antropometria e Ergonomia, pois acabou
por avançar no sentido da compreensão das medidas das partes
do corpo humano e suas proporções.

Conforme Franceschi (2013), a primeira publicação sobre as doenças relacionadas ao


trabalho foi o livro do médico italiano Bernardino Ramazzini (1633 - 1714), lançado
em 1700, com o título “De Morbis Artificum” (Doenças Ocupacionais). O autor ainda
explica que Ramazzini procurava conhecer o local de trabalho dos seus pacientes, com
a finalidade de detectar a origem das suas enfermidades. Apesar dessa primeira obra
publicada, que liga o desenvolvimento do trabalho com o surgimento de doenças, o
autor ressalta que o termo ergonomia veio a ser usado, pela primeira vez, somente em
1857, por Wojciech Jastrzebowski, quando publicou um artigo intitulado Ensaios de
ergonomia ou ciência do trabalho, baseado nas leis objetivas da ciência sobre a natureza.

Bernard Forest Bélidor, um engenheiro civil militar hispano-francês que desenvolveu


estudos nas áreas da Engenharia Civil e Mecânica no século XVII é considerado um
dos precursores da ergonomia. O seu trabalho colaborou para o desenvolvimento da
adaptação para uso e operação por humanos de máquinas e ferramentas. O cientista
tentou medir a capacidade física do ser humano nos ambientes de trabalho de sua
época, quando a Revolução Industrial já havia possibilitado o surgimento de grandes
indústrias com numerosos trabalhadores (SILVA et al, 2010, p. 23). Ele desenvolveu
diversos estudos no qual tentava verificar a interação entre a máquina e o ser humano.

9
Nos seus muitos desenhos, resultados das pesquisas de Bélidor, o engenheiro
demonstrava a forma como o ser humano interagia em meio à atividade laboral com
as máquinas. Da mesma forma, ficou demonstrado que o estudioso buscava entender
como as diversas ferramentas presentes no ambiente de trabalho facilitavam o
cumprimento das tarefas mais árduas como o carregamento de cargas e outros
esforços que antes eram realizados pelos próprios trabalhadores. Observam-se em
seus desenhos várias representações de elevadores de cargas, bate-estacas e muitos
equipamentos utilizados com roldanas para facilitar o desenvolvimento de trabalhos e
para as construções da época (SILVA et al, 2010, p.23).

Nesse sentido, observa-se ainda que há uma preocupação de não sobrecarregar e


não tornar o serviço tão penoso para a saúde do trabalhador. Entendia Bélidor que
se um trabalhador não cumpria o seu trabalho de forma tão prejudicial e extenuante
e não desenvolvesse nenhuma doença devido à ocupação seria um trabalhador muito
mais eficiente. E por entender dessa forma, e pelos diversos estudos desenvolvidos
no intuito de melhorar a atividade laborativa para o trabalhador, é que Bélidor é
considerado um dos grandes precursores da Ergonomia. Por isso, muitos dos seus
estudos foram utilizados e continuados por outras pessoas que também se dedicavam
para descobrir formas e meios pelos quais o trabalho poderia ser desempenhado de
forma mais confortável e segura para o trabalhador (SILVA et al, 2010, p. 26).

Ao chegar a Segunda Guerra mundial houve a preocupação com as características


técnicas e organizacionais da operação de materiais bélicos (tanques, submarinos,
etc.). Isso para melhorar a operacionalização e o desempenho e diminuir o cansaço e os
acidentes, por isso foram utilizados muitos conhecimentos científicos e tecnológicos,
que hoje pertenceriam à área da Ergonomia, na projeção de submarinos, tanques, aviões,
dentre outros. A situação da guerra em si já gerava um ambiente de operacionalização
das máquinas bélicas extremamente perigosas e insalubres, se tornando urgente o
desenvolvimento de técnicas e métodos que facilitassem e promovessem a segurança
e o conforto dos soldados. Para evitar, então, um nível muito grande de stress e fadiga
que quase sempre resultavam em acidentes fatais (MERINO, 2011, p. 27).

Franceschini (2013) ainda ressalta que a primeira organização para o estudo da


Ergonomia foi criada pelo engenheiro Murrel, em 1949, na Universidade de Oxford,
a denominada Ergonomics Research Society. Nesse mesmo ano, conforme Pequini
(2005), em 12 de julho reuniram-se na Inglaterra diversos cientistas e pesquisadores
determinados a conhecerem mais sobre essa temática e dispostos a discutir e
formalizar o novo ramo multidisciplinar da ciência, essa data se tornaria o marco oficial
do nascimento da Ergonomia.

10
Merino (2011, p. 26) ensina que no final do século XVIII, nos Estados Unidos,
começaram a realizar estudos na área do ambiente do trabalho chamado Taylorismo e
que ao mesmo tempo na Europa iniciaram-se as pesquisas sobre a Fisiologia Humana
no trabalho. Além disso, o autor destaca que muitos laboratórios para o estudo da
coordenação muscular e desenvolvimento de aptidões físicas foram feitos ao redor do
mundo. Nesse período, ainda nos Estados Unidos, foi criado o Laboratório de Fadiga
da Universidade de Harvard, que se tornou referência na área.

Hoje a Ergonomia está presente em praticamente todo o mundo.

cc No Brasil a ciência está em expansão. Alguns ergonomistas


estão sendo formados nas grandes empresas. Diversos
profissionais estão sendo contratados pelas empresas para se
dedicarem à saúde dos trabalhadores. Além disso, atualmente o
país já dispõe de uma associação que cuida da divulgação e
organização de eventos para discutir métodos e aplicações da
Ergonomia e da saúde do trabalhador.

3 Tipos de Ergonomia

Conforme a Abergo (2000) a IEA considera que a Ergonomia se divide em três eixos de
especialização, quais sejam:

1. Ergonomia física: cuida dos aspectos anatômicos do ser humano, antropométricos


(área da Antropologia que trata das medições do corpo humano e suas partes),
fisiológicos (área da Biologia que estuda as funções mecânicas, físicas e
bioquímicas do ser humano) e biomecânicos partindo da atividade física que
deve ser desenvolvida pelo trabalhador. É nesse ramo da Ergonomia que serão
estudadas as posturas corretas que devem ser adotadas no trabalho, manuseio
adequado dos materiais disponíveis no ambiente de trabalho, exercícios para
prevenir doenças por movimentos repetitivos, as alterações músculo-esqueletais
resultantes do desenvolvimento do trabalho, aspectos indispensáveis para a
segurança e a saúde (ABERGO, 2000).

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2. Ergonomia cognitiva: essa área estuda os aspectos psicológicos do trabalhador,
isto é, e todo o desenvolvimento dos processos mentais no ambiente de trabalho,
entre eles: a capacidade de percepção, memória, decisão e atitudes que possam
interferir na organização como um todo. Os tópicos mais importantes dessa área
estão relacionados com a preocupação com carga mental de trabalho, dentre
outros aspectos que envolvem a psique do trabalhador, como por exemplo,
as tomadas de decisões, os níveis de stress, o seu desempenho, treinamentos
envolvendo a interação humana e os sistemas, etc (ABERGO, 2000).

3. Ergonomia organizacional: esse ramo trata do aspecto de dinamização e


otimização dos diversos sistemas componentes do ambiente de trabalho,
como: sistemas sócios técnicos, estruturas organizacionais, políticas e dos
vários processos pertencentes ao desenvolvimento de determinado trabalho.
Entre os pontos mais importantes tratados por essa área da Ergonomia estão
as comunicações propriamente ditas, e toda a organização do sistema de
trabalho que somente pode ser provida pela interação e divulgação de ideias e
determinações. É por meio dessa que os projetos de trabalho são desenvolvidos,
a cultura organizacional é criada e muitos outros processos são formados
(ABERGO, 2000). Dessa forma, a Ergonomia Organizacional se relaciona com o
andamento dos processos de comunicação dentro do ambiente de trabalho para
o bom e eficaz desenvolvimento dos serviços no dia a dia.

Essas três divisões devem ser consideradas na elaboração do

cc projeto de trabalho ou para futuras adaptações nas empresas.


Cada trabalhador tem uma composição física e mental distinta
dos demais e, obviamente, cada trabalho tem as suas
peculiaridades para o seu bom cumprimento.

Em vista disso, é importante fazer as avaliações ergonômicas do ambiente de trabalho


de uma forma adequada, na busca de evitar distúrbios no clima organizacional, na
saúde do trabalhador, no desenvolvimento do trabalho da empresa e para a solução
de possíveis problemas detectados. A Ergonomia com cada uma das suas divisões leva
em conta as diferentes características psicofisiológicas de cada trabalhador (MORAES,
2014, p. 1357).

12
Glossário

ABERGO: Associação Brasileira de Ergonomia.

IEA: International Ergonomics Association (Associação Internacional de Ergonomia).

Máquinas bélicas: máquinas desenvolvidas com objetivos bélicos, ou seja, para serem
utilizadas em conflitos tanto na defesa quanto no ataque.

13
Atividades

aa
1) Marque a alternativa correta sobre a definição de
ergonomia.

a. ( ) A ergonomia é uma área da ciência econômica que aborda


tópicos relacionados com o contexto moderno de trabalho,
sobretudo na economia industrial.

b. ( ) Uma disciplina científica relacionada ao entendimento


das interações entre os seres humanos e outros elementos da
natureza.

c. ( ) Ergonomia consiste na disciplina que estuda a relação do


ser humano com outros elementos do ambiente de trabalho
(sistema) e a profissão.

d. ( ) A ergonomia é a disciplina científica relacionada ao


entendimento das interações entre seres humanos e outros
elementos de um sistema

2) O que significa o termo ergonomia?

a. ( ) Doenças ocupacionais.

b. ( ) Lei natural do trabalho.

c. ( ) Trabalho repetitivo.

d. ( ) Bem-estar humano.

14
Referências

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18
UNIDADE 2 | ENTENDENDO A NR
Nº 17

19
1 Norma Regulamentadora nº 17

As normas regulamentadoras reúnem o conjunto de exigências e procedimentos


relacionados à segurança e à Medicina do Trabalho, que devem ser seguidos e
respeitados, obrigatoriamente, pelas empresas privadas, públicas e órgãos que
possuam trabalhadores regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) no
desenvolvimento e cumprimento das suas atividades.

Dessa forma, entende-se que a Norma Regulamentadora nº 17 tem sua existência


jurídica baseada nos artigos 198 e 199 da Seção XIV intitulada “Da Prevenção da
Fadiga”, da Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT), contém dispositivos que devem
ser seguidos pelos empregadores para que sejam garantidos o conforto, a segurança e
o bom desempenho dos trabalhadores.

20
O artigo 198 deixa claro que o peso máximo que pode ser

ee suportado por um empregado é de 60 kg, independente de que


ele mesmo declare que pode carregar um peso acima do
estabelecido por lei: “Art. 198 - É de 60 kg (sessenta quilogramas)
o peso máximo que um empregado pode remover
individualmente, ressalvadas as disposições especiais relativas
ao trabalho do menor e da mulher”.

No parágrafo único do artigo fica estabelecido que no caso de haver o apoio mecânico
de equipamentos para o manejo de cargas o Ministério do Trabalho definirá o peso
individual que pode ser suportado pelo trabalhador.

A seguir, o artigo 199 da CLT dispõe que: “Art.199 - Será obrigatória a colocação de
assentos que assegurem postura correta ao trabalhador, capazes de evitar posições
incômodas ou forçadas, sempre que a execução da tarefa exija que trabalhe sentado”.

No caso do trabalho sentado o artigo 199 define a obrigatoriedade de haver assentos


que mantenham a postura correta do trabalhador. E para os serviços que precisam
ser executados de pé, a lei expressa que o ambiente de trabalho deverá possuir
assentos para que os trabalhadores possam descansar sempre que as pausas do
serviço permitirem. Essas determinações presentes na lei mostram a importância dos
estudos da Ergonomia para a prevenção de acidentes e doenças ocupacionais, além da
manutenção da saúde e da produtividade do trabalhador.

2 A Ergonomia no Trabalho

A NR nº 17 tem como finalidade maior definir os critérios que devem ser seguidos
para a eficaz adaptação psicofisiológica do trabalhador às suas atribuições no serviço.
Adotando os conceitos e saberes da Ergonomia a norma busca a melhor forma
de adaptar o trabalho ao trabalhador e dessa forma estabelece regras que visam
proporcionar ao trabalhador a máxima segurança e conforto, oportunizando a este
que desenvolva o seu trabalho em um ambiente capaz de promover o seu rendimento
e melhor desempenho. A norma inicia expressando que tratará das questões de
transportes manuais de cargas, do mobiliário e condições do ambiente de trabalho e
da própria organização do trabalho (art. 17.1.1).

21
E esclarece ainda que, é tarefa do empregador observar o ambiente de trabalho para
adequar às características psicofisiológicas do trabalhador, no sentido de atender
as regras definidas na norma regulamentadora (art. 17.1.2). Esta incumbência do
empregador pode ser cumprida através de avaliações ergonômicas do trabalho que
podem ser realizadas por uma equipe composta por profissionais especialistas no
assunto. Por meio de várias técnicas aplicadas por estes profissionais, podem ser
identificados vários riscos ergonômicos do trabalho que serão enquadrados na lei para
o devido respeito às suas regras. Dessa forma atendendo a mais uma exigência da
norma que consiste na obrigatoriedade das empresas possuírem o Laudo Ergonômico
(ORSELLI, 2014).

2.1 Manual de Manejo de Cargas

A Norma Regulamentadora nº 17 expõe a partir do seu art. 17 e seguintes as normas


que as empresas devem seguir quando o assunto for o manejo de cargas no trabalho,
isto é, o levantamento de pesos, o transporte e descargas individuais de pesos. Esse tipo
de trabalho é um dos mais antigos das civilizações, provavelmente surgiu mesmo antes
do antigo Egito, com o transporte de grandes pesos para a construção das pirâmides,
até os dias de hoje com o transporte de cargas em uma distribuidora de alimentos,
o transporte de cargas faz parte da rotina de grande parte dos trabalhadores. A
Ergonomia buscou estudar e estabelecer regras para evitar os esforços excessivos dos
trabalhadores que são bastante prejudiciais à saúde.

A NR nº 17 adotando uma visão ergonômica do trabalho aplica diversas regras para o


levantamento e transporte de cargas. Entendendo que o manejo de cargas compreende
no manejo manual de cargas individual pelo trabalhador, mas a lei entende que o
trabalhador está inserido nessas regras quando o serviço de transporte de cargas é
regular, desse modo, devendo fazer parte das suas atribuições, não devendo as cargas
possuir um peso muito excessivo. É importante ressaltar que o trabalhador e seu
empregador deverão respeitar as regras ainda que o manejo das cargas não ocorra
todos os dias (arts. 17.2.1.1, 17.2.1.2 e 17.2.2). Além disso, recomenda-se que, para
prevenir dores na coluna, por exemplo, os pesos a serem transportados não devem ser
excessivos a ponto de causar dor ou demandar uma energia exagerada do trabalhador.

22
A norma estabelece que as empresas têm a obrigação de treinar os trabalhadores
para que façam o transporte das cargas mais pesadas da forma mais confortável e
segura possível, para que saibam como devem aplicar técnicas para protegerem a sua
saúde, prevenir acidente e com ferramentas para facilitar o manejo, inclusive reduzir
o uso da força física do trabalhador para desenvolver esses trabalhos (arts. 17.2.3 e
17.2.14). Isso para evitar um desgaste muito grande do trabalhador, pois se sabe que o
serviço que necessita da utilização da força física já costuma desgastar bastante e caso
não sejam aplicadas técnicas ergonômicas para o desenvolvimento de tal atividade o
trabalhador poderá ser acometido de um quadro de dores e fadiga excessiva, papéis
próprios da Ergonomia.

A lei prossegue definindo sobre os limites de peso a serem manejados por mulheres
e jovens (de 14 a 18 anos). A lei não proíbe o transporte de carga individual por esses
trabalhadores, porém deixa claro que o peso máximo que pode ser levantado e
transportado por eles deve ser menor do que aquele estabelecido para um homem
adulto (arts. 17.2.1.3 e 17.2.5).

É definido em lei que o uso de ferramentas e equipamentos não podem exigir uma
força tal do trabalhador que possa prejudicar a sua saúde (arts.17.2.6 e 17.2.7). De
todo modo, a lei procura sempre limitar o peso e adequar técnicas para o melhor
transporte de cargas individuais pelo trabalhador, sempre se preocupando com a
saúde e a prevenção de acidentes. Nesse sentido, os estudos ergonômicos fornecem
técnicas que ajudam a conservar a saúde e o desempenho do trabalhador.

De toda a forma, o manejo de cargas muito pesadas e de um modo inadequado sem


a utilização de técnicas e desrespeitando as determinações legais são prejudiciais à
saúde do trabalhador.

Ao efetuar o transporte de carga manual o trabalhador deverá

ee usar as pernas e não as costas, utilizando grande parte da força


para erguer o objeto com os músculos da coxa e não das costas,
para apoio e sustentação do peso. Os ombros devem ficar
posicionados para trás, nunca curvados ou para frente, a coluna
deve estar ereta e então o trabalhador deve flexionar os joelhos
para alcançar a carga e para erguê-la. Os músculos frontais das
coxas devem ser enrijecidos, mantendo a carga sempre próxima
ao corpo, como na figura a seguir.

23
3 Mobiliário, Equipamentos, Condições Ambientais dos
Postos de Trabalho

3.1 Mobiliário dos Postos de Trabalho

A NR nº 17 nos artigos 17.3, 17.4 e 17.5 tratam sobre os mobiliários ergonomicamente


adequados para os ambientes de trabalho, dos equipamentos à disposição do
trabalhador para o desenvolvimento das suas atividades e das condições ambientais
nas quais devem cumpridas as tarefas laborais.

Dessa forma, a Lei em seu artigo 17.3.1 estabelece os critérios que devem ser seguidos
para o desenvolvimento do trabalho na posição sentada. Esse posto de trabalho deve
ser cuidadosamente planejado e adaptado para o trabalhador, pois muitos malefícios
à saúde podem surgir da permanência, por muito tempo, na mesma posição. Nesses

24
serviços que exigem que o trabalhador permaneça sentado, ou mesmo em pé, por
muito tempo, a lei estabelece alguns critérios que os móveis presentes no ambiente de
trabalho (mesas, cadeiras, escrivaninhas, etc) devem seguir para manter a boa postura
do trabalhador.

Nesse sentido, o Portal METRA esclarece que o mobiliário deve possuir regulagens para
que o próprio trabalhador possa adaptá-lo às suas características antropométricas,
como a altura, peso, etc. E, claro, permitindo a mobilidade do trabalhador, afirmando
que não existe uma postura permanente que seja confortável para o trabalhador. Alerta,
ainda, que na população brasileira existem pessoas das mais diferentes estaturas,
pesos, dentre outras características, de modo que o empregador deve disponibilizar
um mobiliário que possa ser regulado e que seja capaz de atender, no mínimo, 90 % da
população brasileira em geral. Desse modo, conforme a Lei o mobiliário deve respeitar
o seguinte:

1. Os móveis como mesas, cadeiras, balcões devem ter a altura e a superfície


adequadas para que o trabalhador possa desenvolver as suas atividades
mantendo uma boa postura. Além disso, a distância estipulada para os olhos em
direção ao campo de trabalho deve ser ideal para evitar fadigas visuais e a altura
do assento deve manter a coluna confortável e ereta para evitar dores lombares.

2. O espaço de trabalho deve ser de fácil visualização e acesso para o trabalhador.

3. O espaço que o trabalhador deve desenvolver suas atividades deve possuir uma
medição tal, que possibilite ao trabalhador a movimentação das diversas partes
do corpo (art. 17.3.2). A permanência do trabalhador por muitas horas na mesma
posição sem possibilidade de se mexer é altamente prejudicial à sua saúde e,
claro, completamente antiergonômico.

25
Espaço respeitando a mobilidade do trabalhador– Usar como Alt (tirar da apostila)

No que diz respeito aos trabalhos que também necessitam ser desenvolvidos com os
pés, além das exigências anteriores, os pedais e/ou quaisquer outros comandos devem
estar de fácil alcance e com “ângulos adequados entre as diversas partes do corpo
do trabalhador”. A NR nº 17 estabelece ainda que, esse posto de trabalho deverá
ter as seguintes características para que seja proporcionado o conforto mínimo ao
trabalhador:

• o assento deve possuir altura ajustável, conforme o que for necessário para o
trabalho;

• não deverá haver conformação na base do assento, ou ao menos pouca


conformação;

• as bordas frontais devem ser arredondadas;

• o encosto deve estar de certa forma adequado para proteger à região lombar do
corpo (art. 17.3.3).

26
Dependendo das avaliações ergonômicas do ambiente de trabalho, que inclusive é
obrigatória às empresas, como já citado; equipamentos como os suportes para os pés
poderão ser necessários, claro que, com a devida adaptação ao comprimento das pernas
do trabalhador, como exigido na Lei (art. 17.3.4). Além disso, a NR nº 17 estabelece
a obrigatoriedade da presença de assentos em ambientes de trabalho em que o
empregado deve permanecer em pé, para que sempre que for possível o trabalhador
possa sentar e descansar entre um serviço e outro dentro do seu expediente (art. 17.
3.5).

3.2 Equipamentos dos Postos de Trabalho

Os equipamentos de trabalho são àqueles que estão disponíveis no ambiente de


trabalho para o desenvolvimento das tarefas e atribuições diárias dos trabalhadores.

Conforme a NR nº 17 é importante que os equipamentos disponíveis no ambiente de


trabalho estejam adequados e conformes à finalidade do serviço. Sempre se lembrando
da necessidade da observância das características psicofisiológicas dos trabalhadores
(art. 17.4.1). Para os serviços a serem desenvolvidos pela leitura e digitação, ou afins, o
empregador deve providenciar:

• Um suporte para os documentos capaz de garantir a postura adequada para o


desenvolvimento das atividades, evitando a constante movimentação do pescoço
e o cansaço visual.

• Devem ser disponibilizados papéis com boa legibilidade, evitando o uso


de materiais brilhantes e quaisquer outros que possam dificultar a leitura,
provocando cansaço visual (art. 17.4.2.a).

A lei esclarece como deve ser caracterizado o ambiente de trabalho dos empregados que
desenvolvem as suas atividades com a utilização de equipamentos de processamento
eletrônico, que possuam vídeos, como os computadores. Essas regras somente são
dispensadas para aqueles que utilizam essas ferramentas de forma eventual (art.
17.4.3.1). Nesse sentido, a lei determina que o ambiente de trabalho com equipamentos
eletrônicos deve dispor de:

• Mobilidade: é necessária para que o trabalhador possa adequar a tela do


equipamento eletrônico à luz do ambiente para evitar o cansaço visual.

27
• Teclado: é antiergonômico manter o trabalhador em uma posição fixa, portanto,
a lei determina que o teclado deve estar separado da tela, proporcionando maior
mobilidade ao funcionário que pode posicioná-lo de forma mais confortável.

• Para não causar desconforto visual os equipamentos, seus acessórios e


documentos devem estar mais ou menos na mesma distância dos olhos do
trabalhador (art. 17.4.3).

No que tange às condições ambientais de trabalho (art. 17.5) a Lei determina que
tais condições do ambiente de trabalho devem estar conformadas as características
psicofisiológicas do trabalhador, além de condizer com a natureza do trabalho a ser
desenvolvido (art. 17.5.1). Além disso, nos ambientes de trabalho onde seja necessário
o trabalho do intelecto a Lei recomenda que:

• os níveis de ruídos estejam dentro do recomendado pela norma NBR 10152;

• a temperatura do ambiente esteja entre 20º C e 23º C;

• velocidade do ar de até 0,75 m/s;

• que a umidade relativa do ar não seja menor que 40% (art. 17.5.2).

Nos serviços que se assemelham ao descrito anteriormente, mas não são equivalentes
ou correlatos com aqueles descritos na NBR 10152, são:

• hospitais;

• escolas;

• hotéis;

• residências;

• auditórios;

• restaurantes;

• escritórios;

• igrejas e Templos;

• locais para esportes.

28
O nível de ruído deve ser de até 65 dB (A) e a curva de avaliação de ruído não maior que
60 dB (art. 17.5.2.1). As medidas referentes ao ruído devem ser auferidas no ambiente
de trabalho, próximos ao ouvido e tórax do trabalhador (art. 17.5.2.2). A Lei prossegue
estabelecendo que toda área de trabalho deve possuir uma boa iluminação, seja ela
artificial ou natural, ou de quaisquer outras formas, mas que estejam adequadas ao
desenvolvimento das atividades. E que, ainda, a iluminação geral deverá ser uniforme
e bem difundida, sendo que a claridade geral ou suplementar deve ser planejada e
construída de uma forma que evite quaisquer incômodos para o trabalhador (art.
17.5.3, 17.5.3.1 e 17.5.3.2).

A iluminação mínima do local de trabalho deve respeitar o disposto na NBR 5413,


registrada no INMETRO (art. 17.5.3.3). Essas medições, da mesma forma que o ruído,
devem ser feitas no ambiente de trabalho, utilizando como ferramenta o luxímetro,
adequado para verificar a sensibilidade da visão e do ângulo de incidência da luz (art.
17.5.3.4). A norma esclarece, ainda, que, caso não seja possível a determinação do local
de trabalho, a aferição da claridade deve ser realizada no plano horizontal e setenta e
cinco centímetros (0,75 cm) do piso.

4 Organização do Trabalho

Do artigo 17.6 e seguintes, a NR nº 17 vai cuidar dos aspectos da organização do


trabalho. Para que o ambiente de trabalho esteja de acordo com a Lei o empregador
deve observar, no mínimo, as seguintes especificações:

• as regras da produção;

• a forma de operacionalização;

• a imposição do tempo de cumprimento das atividades;

• o que foi definido para produção em determinado espaço de tempo;

• o ritmo de trabalho;

• o conteúdo de cada serviço (art. 17.6.2).

29
Essas especificações da lei são importantes para promover um ambiente confortável,
com vistas à produtividade e ainda assegura a saúde do trabalhador. Caso não sejam
seguidas, a empresa poderá, além de sofrer com déficits de produção, ser notificada
pelas autoridades que fiscalizam o cumprimento da lei.

4.1 Atividades com Sobrecarga Muscular Estática ou


Dinâmica

Dentro do tópico que trata da Organização


do Trabalho a NR nº 17 estabelece as
regras para o desenvolvimento dos
trabalhos com sobrecarga muscular
estática (digitação, datilografia,
mecanografia, etc) ou dinâmica
(levantamento e transporte individual
de cargas) que podem acarretar diversas
doenças ocupacionais, tais como a DORT
e/ou a LER. A norma se preocupa com
as atividades que exigem a sobrecarga
do pescoço, ombros, braços, pernas e dorso, e determina que sejam feitas análises
ergonômicas para que sejam verificados os seguintes pontos:

• os efeitos do trabalho no corpo, para determinação do salário e pagamento de


vantagens;

• as pausas necessárias para descanso;

• reinserção de forma gradativa do trabalhador às atividades depois do afastamento


de 15 dias ou mais. Essa deve levar em consideração as quantidades de serviço,
peso, etc.; utilizadas antes da licença (art. 17.6.3).

Para as atividades que desenvolvam processamento eletrônico, respeitando as


convenções e acordos coletivos de trabalho, a lei define que:

• Está proibido ao empregador a definição de salários e quaisquer outras vantagens


utilizando o critério de maior número de toques no teclado.

30
• O limite de toques reais que podem ser exigidos pelo empregador não pode ser
maior de 8.000 por hora, considerando-se como toques reais qualquer pressão
exercida sobre as teclas.

• O trabalho de digitação, ou semelhantes, não podem ultrapassar de 5 horas, no


resto da jornada de trabalho o trabalhador poderá desenvolver outras atividades
que não exijam o esforço mental e/ou visual.

• Para essas atividades a cada hora (60 minutos) deverá haver uma pausa de 10
minutos, isto é, 50 minutos trabalhos e 10 minutos de descanso.

• Depois de receber licença de 15 dias ou mais, ao retorno ao trabalho os níveis de


produção exigidos deste profissional devem ser menores do que o estabelecido
no segundo tópico citado acima e, gradativamente, ser aumentado (art. 17.6.4).

Essas são determinações da lei para os trabalhos que exigem sobrecarga dos
músculos ou de alguma parte do corpo, sejam os músculos dos membros inferiores
e superiores ou mesmo os tendões e ligamentos, também, das mãos; como no caso
dos trabalhadores que fazem o serviço de digitação, entre outros. Esses esforços
repetitivos podem resultar em doenças ocupacionais que hoje são muito comuns no
país e que estudaremos a seguir.

5 O Que É DORT ou LER?

Oliveira e souza (2015) afirmam que a sigla LER significa Lesões por Esforços Repetitivos e
DORT quer dizer Distúrbio Osteomuscular Relacionado ao Trabalho. Os autores explicam
que essas doenças ocupacionais desencadeiam inflamações nos músculos e ossos das
partes do corpo mais sobrecarregadas pelo serviço desenvolvido pelo trabalhador, que
podem, muitas vezes, incapacitá-lo para o desempenho das atividades que cumpria
anteriormente às lesões.

Como consequência disso, o trabalhador poderá sofrer psicologicamente pela


diminuição da produtividade, faltas no trabalho, dentre outras reações que podem
provocar o mau andamento dos serviços e comprometimento dos lucros da empresa
para a qual presta seus serviços, levando em consideração os altos custos para o
tratamento e a reabilitação do trabalhador.

31
Ramazzini é citado por Chiavegato Filho e Pereira Júnior (2004) ao trazer exemplos de
lesões provenientes de esforços repetitivos que remetem, até mesmo, às civilizações
antigas como foi o caso dos escribas e notários. Os autores ainda revelam que,
nas últimas décadas, ocorreram muitas mudanças acerca da gestão do trabalho e
tarefas que eram unicamente exercidas por escribas, artesãos e digitadores, hoje são
estendidas para diversas áreas. Destacam também Dwyer ao afirmar que a sociedade
pós-industrial tem mudado bastante o seu principal produto, consistindo na produção
de informações, não mais apenas de bens, e, ainda, acrescentam que para Araújo et
al, essas lesões têm se tornado epidêmicas em algumas partes do mundo inclusive no
Brasil.

Não há um entendimento único quanto às medidas que devem ser tomadas para o
tratamento dessas enfermidades dependendo de cada caso, recomendando-se, ainda,
a fisioterapia, medicamentos, entre outros tratamentos alternativos que podem ajudar
no alívio das lesões. Para evitá-las é indispensável à prática de exercícios, o consumo
de uma alimentação balanceada e a adoção dos princípios ergonômicos no dia a dia do
trabalho (MEDEIROS, 2012, p. 53).

Glossário

dB (Decibel): unidade utilizada na medida da intensidade do som.

INMETRO: Instituto Nacional de Metrologia Normalização e Qualidade Industrial.

Escribas: na antiguidade eram os responsáveis por escrever, tomar notas, registrar


números, redigir leis, entre outas atribuições.

Luxímetro: medidor de intensidade de luz no ambiente.

Notários: também conhecido como tabelião, é um profissional regido pela Lei nº


8.935/94, que é dotado de fé pública a quem compete a garantir a publicidade,
autenticidade, segurança e eficácia de atos jurídicos.

32
Atividades

aa
1) Sobre a NR nº 17, é correto afirmar que:

a. ( ) É de 60 kg (sessenta quilogramas) o peso máximo que um


empregado pode remover individualmente, ressalvadas as
disposições especiais relativas ao trabalho do menor e da
mulher.

b. ( ) Será obrigatória a colocação de assentos que assegurem


postura correta ao trabalhador, capazes de evitar posições
incômodas ou forçadas, sempre que a execução da tarefa exija
que trabalhe sentado.

c. ( ) Quando o trabalho deva ser executado de pé, os


empregados terão à sua disposição assentos para serem
utilizados nas pausas que o serviço permitir.

d. ( ) Todas as afirmativas estão corretas.

2) Conforme a lei (NR nº 17), o mobiliário deve respeitar o


seguinte:

a. ( ) O espaço de trabalho deve ser de fácil visualização e difícil


acesso para o trabalhador.

b. ( ) A distância estipulada para os olhos não deve ser levada


em consideração, pois não afeta a coluna.

c. ( ) Os móveis como mesas, cadeiras, balcões devem ter a


altura e a superfície adequadas para que o trabalhador possa
desenvolver as suas atividades sem se preocupar com a
postura.

d. ( ) A permanência do trabalhador por muitas horas na mesma


posição sem possibilidade de se mexer é altamente prejudicial à
sua saúde.

33
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37
UNIDADE 3 | POSTURA
CORPORAL

38
1 Características Básicas do Ser Humano para o Trabalho
Pesado

No que diz respeito às características


básicas do ser humano para o trabalho
pesado, conforme o Portal Ergonomia
no Trabalho, o profissional da ergonomia
avalia os aspectos relativos ao Sistema
Locomotor (músculos, ossos, etc.), ao
sistema sanguíneo (artérias, veias e
capilares) e respiratório e, ainda, explana
que os órgãos dos sentidos são estudados
em conjunto com a matéria de Ciência
do Trabalho. No que diz respeito aos
aspectos do primeiro sistema, o Locomotor, rapidamente vem à mente a capacidade
de suporte de peso dos ossos e músculos, principalmente os da coluna vertebral.

Nesse sentido, Leão (2013) cita que o disco intervertebral é um dos pontos mais fracos do
organismo, que depois dos 20 anos a artéria que o nutre desaparece, passando a ser nutrido
por embebição dos tecidos dos arredores e está sujeito a uma degeneração precoce. E trata
desse assunto para colocar os riscos de aparecimento de lombalgias, um dos problemas mais
comuns entre os trabalhadores que manuseiam cargas. Com isso, destaca um quadro da
capacidade suportada pelo ser humano para o carregamento individual de cargas:
Tabela 1: Tabela carga para levantamento

CARGAS PARA LEVANTAMENTO


(EM Kg)
ADULTOS ADOLESCENTES
JOVENS APRENDIZES
Homem Mulher Homem Mulher
Raramente 50 20 20 15

Frequentemente 18 12 11-16 7-11

Fonte: Grandjean,1980, apud Leão, 2013.

39
Conforme o Portal Ergonomia do Trabalho, além do problema de aparecimento
lombalgia, outros problemas relativos à coluna vertebral e às articulações podem
ser evitados respeitando a lei (Vide arts.198 e 199 da CLT) e o peso indicado por
especialistas como os descritos na tabela anterior. No que diz respeito ao sistema
ligamentar, os músculos dependendo das contrações durante o trabalho podem
aumentar ou diminuir o consumo de oxigênio, nas contrações dinâmicas ocorre o
relaxamento, enquanto que nas contrações estáticas (sustentar um peso por muito
tempo) pode acarretar o aumento da produção de ácido lático e consequentemente
ocorrem as dores musculares. Acerca dos tendões é importante saber que o seu limite
de tensão é facilmente ultrapassado, podendo haver rompimentos que são de difícil
recuperação.

É importante ainda saber que o sistema circulatório age na

ee nutrição dos músculos e na cura de machucados e cortes. Além


disso, o sistema respiratório tem a função primordial de
conseguir oxigênio para nutrir o sistema sanguíneo e então
manter a produtividade do trabalhador nos serviços pesados.

É importante destacar que Leão (2013) ressalta fatores de risco no manejo de cargas
que podem trazer prejuízos para o corpo e a saúde do trabalhador, quais sejam:

• peso do objeto;

• as formas, o volume, entre outras características do que deve ser transportado;

• posição do objeto no corpo relativo à coluna que define o comprimento e o


movimento de alavanca e o momento que a coluna deve suportar o peso;

• deve-se levar em consideração o momento da força aplicada na região mais abaixo


da coluna (L4/L5), além do peso de outras partes do corpo (cabeça, membros,
etc.);

• é importante considerar a localização de onde se levantará a carga. Levantar algo


a partir do chão é diferente de pegar esta mesma coisa a partir de um lugar mais
alto. Ao retirar algo de um lugar mais alto, primeiramente, você fará força para
evitar que o item caia, depois terá que carregá-lo ao seu destino;

• e, ainda, o risco de combinar o levantamento de peso e a torção do tronco é


extremamente elevado.

40
Outras características nas quais o ser humano precisa estar atento para desenvolver
um bom trabalho são citadas pelo professor Edgar Martins Neto, tais como: a distância
máxima de 60 metros que é aceitável para os transportes de sacas, com auxílio de
ajudante para descarregamentos; o nível de ruído do local não poderá ultrapassar a
65 dB (A), com curva de avaliação de ruído menor de 60 dB; o ajuste das temperaturas
entre frio/calor para que não haja a perda do desempenho ou risco de acidentes
de trabalho; valores de iluminação adequados e a prevenção contra o surgimento
de doenças relativas aos trabalhadores que desenvolvem o seu trabalho em meio a
vibrações (por exemplo, britadeira).

2 Ergonomia do Trabalho na Posição Sentada e com


Computador

O professor Edgar Martins Neto destaca


que a postura sentada no trabalho pode
acarretar a ocorrência de lombalgias caso
não seja preservada a posição adequada.
Portanto algumas precauções devem ser
tomadas pelos profissionais que passam
o dia sentado trabalhando em frente ao
computador. Ressalta Guimarães et al
(2011) que esse trabalho obriga o corpo
a permanecer com posturas paradoxais
entre uma parte do corpo e a outra, isto
é, enquanto os membros inferiores permanecem imóveis durante todo o trabalho, os
membros superiores trabalham de forma contínua, provocando uma regeneração e
recuperação desigual entre os tecidos do corpo.

Guimarães et al (2011) ainda destaca a importância, para quem trabalha neste ramo,
das constantes mudanças na postura durante a jornada de trabalho. Nesse sentido,
Silva e Guimarães (2005) afirmam que a postura sentada não deve ser mantida por
grandes períodos de tempo, isso porque as mudanças na postura são capazes de aliviar
as pressões sobre os discos das vertebras e o tensionamento dos músculos dorsais,

41
dessa forma, promovendo um certo relaxamento das partes tensionadas e evitando o
cansaço. O professor Edgar Martins Neto ensina que na posição sentada o trabalhador
deve:

• Garantir o seu conforto visual posicionando o computador a uma distância entre


45 e 70 cm da linha de visão. Além disso, deve utilizar suportes para apoiar o
computador ou utilizar mesas dinâmicas (com controle de altura) e sempre que
o trabalho permitir deve desviar o olhar da tela do computador e visualizar
quadros, plantas, objetos ou paisagens com mais de 6 metros de distância, assim
você descansa os músculos dos olhos e, também, ajuda em sua lubrificação.

• Ajustar a altura da mesa do computador aos seus cotovelos: essa posição o


professor chama de pulso neutro. É de extrema importância que o trabalhador
mantenha os seus braços suspensos e no caso de não haver uma mesa na linha do
seu cotovelo, deve ser providenciado o apoio de punho.

• Apoiar os pés: quando o trabalhador não puder apoiar os pés no chão (dependendo
do assento que usa) deve dispor de um suporte para apoiar os pés. Esta medida,
explica o estudioso, evita o aparecimento de dores lombares, stress, varizes, etc.;

• Apoiar-se em um encosto de tamanho médio: é necessário para descansar as


costas.

• Permanecer em ambientes de trabalho com uma temperatura ambiente de 20 a


22º C e a umidade do ar girando em torno de 40 a 60%.

• Com níveis de ruído que não ultrapassem a 65 dB (A).

• Possuir tela refletiva no computador e evitar aproximar o computador de janelas


e luminárias.

• Humanizar o ambiente de trabalho: levar objetos como quadro, vasos de plantas


etc, neste ponto o professor destaca a importância para a saúde psíquica do
trabalhador a socialização e a interação entre os colegas de trabalho.

42
3 Revezamentos de Turnos de Trabalho

Wadt e Monezi citam Costa (2000) para explicar que o trabalho em turnos é uma forma
de organização de horário de trabalho, no qual a jornada de trabalho se estende para
além das oito horas, atingindo 24 horas ininterruptas de funcionamento da empresa,
essa que necessitará da utilização de turnos de revezamento de trabalhadores.
Acrescentam, ainda, a posição de Rutenfranz (1989) sobre a existência desse tipo
de jornada de trabalho quando afirma que tais revezamentos existem por diversas
questões, sejam elas, tecnológicas, que impedem a paralisação dos serviços ou
econômicas, pois o custo das instalações é demasiadamente alto e o produto se torna
obsoleto rapidamente que não é possível o investimento sem que se mantenha a
empresa funcionando continuamente.

Os autores são unânimes em relatar diversos males para a saúde do trabalhador que
desempenha a suas funções em turnos de revezamento de trabalho. Nesse sentido, o
Portal Ergonomia do Trabalho destaca que todo ser vivo possui os seus ciclos temporais,
que são responsáveis pelas suas funções biológicas. E com as pessoas não é diferente,
dessa forma, o ciclo chamado de Circadiano é responsável por ações involuntárias do

43
organismo do indivíduo, o que se convencionou a chamar informalmente de “relógio
biológico”. Pode-se entender o relógio como os processos biológicos periódicos que
temos, como o horário de sentirmos fome, sono, cansaço, entre outros.

Nesse aspecto, o mesmo portal especializado pontua que o sono possui dois estágios
iniciais que são as fases leves, com qualidade variável e por isso é fácil de acordar. Após
os dois estágios iniciais, ocorrem outros dois, mais profundos, com melhor qualidade
para recuperação, em que é difícil de acordar. Nesses estágios, o corpo e a mente
se recuperaram do cansaço causado pelo cumprimento das atividades. Esse ciclo do
período de sono e de estar acordado durante o dia é controlado pelo hipotálamo,
localizado no centro do cérebro e que comanda as mais diversas sensações e partes do
corpo humano. Dessa forma, o ponto alto do sono é por volta da meia noite e da vigília
é meio dia.

Ante a esses fatores biológicos a jornada de trabalho com

cc revezamento de turnos pode se tornar bastante prejudicial à


saúde se não for cumprida de forma moderada. Wadt e Monezi
(2005) destacam o entendimento de Ferreira (1987) e Couto
(1995) para descrever os efeitos nocivos à saúde desse tipo de
jornada que consiste, principalmente, na alteração do ritmo
biológico. Os autores esclarecem ainda que, uma pessoa cansada
já começa o seu turno com baixo rendimento, além do
desencadeamento de diversas doenças relacionadas ao trato
digestivo pela falta do sono regular, causa eventos de déficits
de atenção e problemas ligados à vida familiar e social do
trabalhador.

Entretanto a lei brasileira pensando nessas questões e adotando um entendimento


ergonômico da questão garantiu algumas vantagens para os trabalhadores que
desempenham os seus trabalhos nesses moldes. Isso para evitar, conforme Resende
(2013) o acúmulo muito grande de cansaço físico e psicológico pelo trabalhador. Dessa
forma, dispõe o art. 7º da Constituição Brasileira que o trabalhador inserido em uma
jornada de revezamento trabalhará somente 6 horas. Além disso, o autor ainda ressalta
que, tendo em vista a nocividade da jornada de trabalho noturna, o sistema jurídico
também estabeleceu que os turnos trabalhados à noite teriam as horas “diminuídas”,
isto é, a hora noturna trabalhada, conforme a CLT, é de 52 minutos e 30 segundos. E,

44
ainda, o trabalhador terá o direito de um adicional de 20% em cima da hora noturna
trabalhada, por determinação da Constituição Federal, independentemente, do que
diz a Consolidação das Leis do Trabalho.

4 Atividades que Prejudicam a Postura Corporal

As conclusões de Barreira (1989) acerca das atividades do trabalho são citadas por
Salve e Bankof (2003) para explicar que as atividades podem se tornar potencialmente
prejudiciais para a postura corporal e podem provocar sérios problemas osteomusculares
para a coluna vertebral, entre eles estão:

• A permanência, por um longo período, em uma única postura, comum para quem
trabalha na posição sentada.

• A manutenção de um membro do corpo sustentado sem apoio externo ou acima


do nível do coração.

• Situações de compressão de membros que, por conseguinte, pressionam vasos


sanguíneos, por meio de uma atividade muscular sustentada ou pelo apoio em
uma única parte do corpo.

• Atividades que possam gerar compressão dos ligamentos, inserções musculares,


tendões, etc; ligadas ao excesso de força exercido nos trabalhos mais pesados.

• Aumento excessivo da pressão entre os discos da coluna vertebral, no


levantamento e transporte manual de cargas.

• Levantamento e transporte manuais de cargas com flexão de tronco.

• Puxar e empilhar objetos muito pesados.

45
Essas são algumas das atividades que
podem causar prejuízos à postura
corporal, acarretando diversos problemas,
principalmente, para a coluna vertebral.
Por isso, é importante seguir as orientações
ergonômicas para o desenvolvimento
do trabalho, particularmente, para os
serviços de levantamento e transporte
manual de cargas e os desenvolvidos na
posição sentada.

Glossário

CLT: Consolidação das Leis Trabalhistas.

Embebição: absorver.

Iluminância: iluminamento.

Sistema Ligamentar: sistema de tecidos que conectam os músculos aos ossos.

46
Atividades

aa
1) Um dos problemas mais comuns entre os trabalhadores
que manuseiam cargas é:

a. ( ) DORT

b. ( ) Cefaléia

c. ( ) Lombalgia

d. ( ) Deve-se evitar o manuseio de cargas.

2) Na posição sentada, o trabalhador deve:

a. ( ) Ajustar a altura da mesa do computador aos seus


cotovelos. Essa posição é chamada de pulso neutro.

b. ( ) Quando o trabalho não exigir força física, a mesa deve


estar à altura do cotovelo do trabalhador.

c. ( ) Quando o trabalhador exigir empenho visual, a bancada


deve estar a 30 cm dos olhos

d. ( ) Permancer sentado com os pés suspensos.

47
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51
UNIDADE 4 | DOENÇA
OCUPACIONAL

52
1 Consequência do Trabalho Físico sem Racionalidade

Conforme Gomes e Masculo (2011), o trabalho físico pesado, as posturas incorretas


e as posições incômodas podem acarretar uma série de problemas, tais como: fadiga,
dores musculares, fraquezas, doenças do sistema nervoso, problemas de coluna,
hipertensão arterial, úlcera, entre outros. As situações antiergonômicas podem afetar
a produtividade, a saúde e o aspecto psicológico do trabalhador. De acordo com a
revista Exame, as quinze profissões mais prejudiciais à saúde são:

• Dentistas: apesar de ser desempenhado em um consultório, em estabelecimento


e horários fixos, os dentistas ficam expostos todos os dias a diversos fatores de
risco como a contaminação por vários meios, o contato com doenças e infecções,
além de passar muito tempo sentado.

• Comissários de bordo, aeromoças e engenheiros/operadores de maquinário


industrial e caldeiras: a tripulação das aeronaves fica exposta a diversos fatores
de periculosidade, entre eles a contaminação devido ao contato com doenças e
infecções no trato com dezenas de passageiros, além dos riscos de ferimentos.

53
• Anestesiologistas, fiscais de imigração e alfândega e podólogos: da mesma
forma, ficam em contato com várias doenças e infecções, também correm o
risco de contaminação, e, os médicos anestesiologistas, ainda ficam expostos à
radiação durante os procedimentos cirúrgicos ou de diagnóstico.

• Veterinários: os veterinários, tais quais os dentistas estão em contato constante


com infecções, doenças, estão expostos à contaminação e também correm riscos
de ferimentos.

• Técnicos em histologia, assistentes/técnicos em cirurgia e operadores de estação


de tratamento: que estão expostos a vários perigos inerentes ao seu trabalho,
além de riscos de contaminação e de contrair doenças e infecções.

• Operadores de gruas e torres de perfuração (dos setores de óleo e gás): esses


profissionais ficam constantemente expostos a condições perigosas de trabalho,
à contaminação e corre risco de ferimentos.

• Pilotos, copilotos e engenheiros aeronáuticos: ficam muitas horas sentados, e


ainda expostos à radiação solar e à contaminação.

• Técnicos e operadores de equipamentos e materiais nucleares: a exposição


à radiação é um perigo iminente da profissão, que acompanha os perigos de
contaminações diversas e o perigo de manusear material nuclear.

• Coletores de resíduos recicláveis e não recicláveis: ocorre nessa profissão os


perigos de contaminação, a exposição de fatores que podem causar doenças e
infecções, além de, no caso do motorista, passar muitas horas sentado.

Nesse sentido, Monteiro et al (2005) cita as ideias de Chiavenato (1989) para afirmar
que todo e qualquer efeito prejudicial do trabalho à saúde, a prevenção e agravamento
de doenças e lesões, a eliminação de surgimento de doenças ocupacionais, entre
outras, pode ser evitada respeitando-se as medidas preventivas de segurança e saúde.
Para isso, é importante o comprometimento e organização da empresa para que tais
medidas sejam efetivas e cumpridas por todos os colaboradores, com treinamentos,
conscientização, distribuição de informativos, dentre outros.

A falta de zelo pelas medidas preventivas e orientações ergonômicas pode gerar


uma série de doenças ocupacionais. A lista das doenças ocupacionais está enumerada
na Portaria nº 1339/99 do Ministério da Saúde, que traz mais de trinta doenças, tais
como a perda de audição, hiperacusia, hipertensão arterial, ruptura dos tímpanos,

54
síndrome cervicobraquial, várias lesões do ombro e outras enfermidades, que podem
ser evitadas se as medidas simples orientadas pela ergonomia forem tomadas por
empregadores e empregados.

2 Situações Antiergonômicas

Acerca das situações antiergonômicas que podem se apresentar no ambiente de


trabalho, Kassada et al. (2011) conclui que os riscos, dependendo do sistema de
trabalho ao qual os trabalhadores estão expostos, podem ocorrer em médio, curto ou
em longo prazo. Os autores ainda citam os principais riscos presentes no ambiente de
trabalho, quais sejam:

• trabalhos físicos muito pesados;

• trabalhos desenvolvidos em lugares muito frios ou muito quentes;

• excesso de ruído;

• iluminação inadequada do espaço onde o trabalho deverá ser desenvolvido;

• questões biomecânicas como – adoção de posturas inadequadas para o trabalho,


a inadaptação das cadeiras às necessidades do corpo, o cuidado incorreto com a
coluna, o inadequado zelo com os membros superiores e inferiores e com a visão,
no que se refere, também, à tela do computador;

• treinamento insuficiente ou, simplesmente, a inexistência de treinamento


para a orientação dos cuidados ergonômicos que devem ser adotados no
desenvolvimento das atividades;

• trabalhos em turno;

• trabalho noturno;

• monotonia;

• repetitividade;

• ritmo de trabalho exageradamente excessivo;

55
• pressão expressa ou tácita para a manutenção do ritmo de trabalho;

• metas de produção definidas sem participação dos trabalhadores;

• metas definidas sem a utilização de critérios de adequação e o oferecimento de


suporte para atingi-las;

• o incentivo à uma sempre crescente produtividade, por meio da diferenciação


de salários e prêmios, incentivando com que as pessoas ultrapassem do horário
da sua jornada de trabalho, extrapolando os seus limites biológicos de forma
perigosa;

• imposição do aumento da jornada de trabalho;

• impossibilidade de o trabalhador fazer pausas durante o seu expediente, sempre


que necessário;

• permanência de postura por períodos muito prolongados;

• mobiliário inadequado para o exercício das atividades;

• ambiente de trabalho sem nenhum conforto para o tranquilo desempenho das


atividades (muito frio ou muito quente, muito seco ou muito úmido, etc).

Acrescenta Kassada et al. (2011) que esses aspectos do ambiente de trabalho podem
causar diversos prejuízos às empresas como:

• as recorrentes ausências do trabalhador ao serviço (absenteísmo);

• diminuição da produtividade;

• afastamentos desnecessários, que poderiam ser evitados com a adoção de um


ambiente de trabalho seguro, confortável e mais humanizado;

• possíveis indenizações;

• desgaste do clima organizacional (das relações entre trabalhadores, entre


trabalhadores e seus superiores);

• o surgimento de casos de LER/DORT e pode-se considerar, também, em meio a


um ambiente de trabalho ruim o aparecimento de outras doenças ocupacionais.

56
É importante que a empresa promova um ambiente de trabalho

ee seguro, saudável e confortável para o desempenho das suas


atividades diárias, respeitando as necessárias medidas para o
bom cumprimento de cada uma das tarefas presentes na sua
empresa e, da mesma forma, as características psicofisiológicas
de cada colaborador, na tentativa de preservar a produtividade
e evitar transtornos desnecessários. De outro lado, é importante
que o trabalhador respeite as orientações ergonômicas e tome
os devidos cuidados e precauções para evitar problemas para a
sua saúde física e mental.

3 Alimentação Inadequada – Reposição Energética da


Máquina

É importante que o trabalhador tenha


uma boa alimentação para a adequada
reposição de energética da máquina
humana. Afonso e Sonati (2007)
advertem que a escolha de uma boa dieta
está ligada as perspectivas de saúde em
longo prazo. As autoras ressaltam que as
doenças se dividem em degenerativas e
infecciosas, essas estariam relacionadas
com as condições de vida da pessoa como
higiene, abastecimento de água, etc. E,
ainda, que alimentação tem papel fundamental na saúde geral do ser humano, pois
as pessoas que sofrem com desnutrição têm dificuldade para manterem-se saudáveis,
pois não possuem um sistema imunológico fortalecido. Por outro lado, as doenças
degenerativas são aquelas que estão mais ligadas às questões de hábito e estilo de
vida, fatores esses que podem influenciar no aparecimento de doenças como também
o seu agravamento.

57
Cunha (2000) afirma que a alimentação do trabalhador deve ser

cc de tal forma que supra as suas necessidades diárias de calorias,


deve proporcionar, da mesma forma, a quantidade correta e
completa de nutrientes necessários. Além disso, é importante
observar que as necessidades específicas do trabalhador como
o sexo, idade, hábitos alimentares, etc. Corbelini (2007) explica
que no Brasil ainda ocorre a carência de programas e o
desenvolvimento de atividades que conscientizem a população
sobre alimentação saudável, com o intuito de incentivar a
adoção de hábitos de vida saudável.

Destaca Cunha (2000) que a carência de fonte de energia para o desenvolvimento do


trabalho pode desencadear a fadiga física. Dessa forma, podendo gerar resultados
prejudiciais à saúde do trabalhador, pois esse vai ultrapassar os limites de sua
capacidade física ou desenvolver o seu trabalho de forma menos produtiva e de forma
ineficiente. Esclarece a autora que diversos fatores que desfavorecem o trabalhador
como a falta de uma organização do trabalho adequada, meio ambiente de trabalho
em condições precárias ou ruins, jornadas de trabalho com horários inadequados,
além da condição financeira reduzida do trabalhador podem afetar as suas reservas de
energia para desenvolver o seu trabalho.

Cita Corbelli (2007) que a Portaria nº 193, de 5 de dezembro de 2006, que alterou
os padrões que devem ser seguidos pelo Programa de Alimentação do Trabalhador
(PAT) e traz em seu texto as regras de uma alimentação considerada ideal, mais
especificamente, do almoço, jantar e ceia. Explica a autora que a lei definiu que essas
refeições devem corresponder de 30 a 40% do Valor Energético Total (VET) diário que
o trabalhador deve ingerir, correspondendo em torno de 600 a 800 calorias, podendo
ainda ser acrescida de 400 calorias (20%) do VET diário relativo a 2000 calorias. Os
lanches e café da manhã devem conter entre 300 a 400 calorias, da mesma forma,
podendo-se acrescentar mais 400 calorias (20%) do VET de 2000 calorias, essas
refeições mais leves devem corresponder de 15 a 20% do VET diário. Conforme
estabeleceu a portaria, a autora ainda ressalta que o índice de consumo de proteínas
(carnes variadas, ovos, etc) deve ficar em torno de 6 a 10% em cada refeição.

A Portaria nº 193 traz em seu texto uma tabela que demonstra os índices ideais para
uma alimentação balanceada, o quadro de distribuição de macronutrientes, a seguir.

58
Carboidratos Proteínas Gorduras Gorduras Fibras Sódio
Refeições
(%) (%) (%) (%) (g) (mg)

Desjejum/ 360-
60 15 25 <10 4-5
lanche 480

Almoço/
720-
jantar/ 60 15 25 <10 7-10
960
ceia

Fonte: Portaria nº 193/03, com adaptações.

Cunha (2000) alerta que uma boa refeição deve observar outros aspectos como a
textura, o sabor, temperatura, volume, aroma, cor, higiene com que é preparada, bem
como a forma como é transportada. A autora destaca que o controle da temperatura do
alimento é extremamente eficaz para o combate da proliferação de micro-organismos
que podem causar doenças relacionadas com a intoxicação alimentar (ETAS). Além
disso, os alimentos não devem permanecer em temperaturas abaixo de 60º C até o
momento do seu consumo, já para esquentar novamente um tempo depois a comida
deve permanecer a uma temperatura de 4º C, o reaquecimento deve perdurar por 2
minutos a uma temperatura de 70º C. Para uma maior segurança é importante que
no reaquecimento haja a certeza de que o alimento alcançou uma temperatura tal e
suficiente para esquentá-lo por completo.

4 Prevenção de Falhas Humanas por Falta ou Perda da


Aptidão Físico-Mental: os Instrumentos Administrativos de
Adequação do Indivíduo ao Cargo e Função

Normalmente, ensina Monteiro (2015), quando ocorrem falhas no andamento dos


trabalhos se culpa o trabalhador que, apesar de ter recebido as instruções corretas para
o seu desenvolvimento, foi negligente e descuidado e por isso veio a ocasionar algum
acidente, por exemplo. Alertam os autores que esse tipo de pensamento é bastante
limitante, uma vez que essas situações envolvem um número enorme de fatores que
colaboraram para o seu acontecimento. E ainda que, por traz daquele trabalhador,

59
existe um sistema complexo de desenvolvimento das atividades laborativas dentro da
empresa, considerando a organização do trabalho e as medidas que essa utiliza para
manter a segurança.

Entre os instrumentos administrativos disponíveis para as empresas, foram eleitos


alguns dos mais eficazes na prevenção das falhas humanas, a seguir:

(PORTAL DE CURSOS ON-LINE, 2016)

1. Uma boa seletiva: nesse ponto o responsável pelo setor deve verificar se o
candidato ao trabalho possui as qualificações não só técnicas, mas, também,
médicas e psicológicas para desenvolver determinada função.

2. Acompanhamento: essa medida requer que todo o ano o trabalhador passe por
um processo de acompanhamento, feito pelo departamento médico e da área da
Psicologia.

3. Avaliação da aptidão física e mental do trabalhador: a empresa deve adotar


técnicas que permitem com que os trabalhadores sinalizem como se encontram
em termos físicos e mentais naquele determinado dia, podendo adotar cores
para sinalizar sobre aspectos do próprio ambiente de trabalho e questões físicas
e mentais do trabalhador.

4. Remanejamento: são os passos que devem ser seguidos pelos trabalhadores


para que demonstrem uma inaptidão física e mental para determinada função.

5. Medidas sobre o ambiente de trabalho: verificar o caso em que é necessária a


redução de iluminação, ruídos, reduzir o calor, entre outros fatores, para tornar
o ambiente de trabalho mais seguro e confortável.

6. Acompanhamento de fatores estressantes: é importante que a área médica


da empresa fique atenta ao acompanhamento periódico dos trabalhadores.
Conforme a escola, o certo é não ultrapassar os limites do corpo.

7. Falha humana por falta de capacidade: essa questão é definida pela ausência
do treinamento básico do trabalhador.

8. Falha humana por falta ou insuficiente recebimento de informação: pode-


se considerar o acontecimento de falhas humanas por falta ou insuficiente
comunicação.

60
9. Erro por motivos incorretos: esse realmente é o mais difícil de detectar, pois
o trabalhador tem a qualificação, as informações, os instrumentos corretos,
mas erra. O ser humano é bastante complexo possui diversas características
psicofisiológicas, por vezes tentar definir o motivo de um erro se torna impossível
às técnicas ergonômicas e aos conhecimentos multidisciplinares dessa ciência.
Nesse caso, deve-se considerar a natureza humana, que é passível de erro.

Além dos pontos destacados acima, uma boa organização e adequação do trabalho às
características do trabalhador é essencial para o bom andamento dos serviços e evitam
falhas e acidentes de trabalho, isto é, medidas simples orientadas pela Ergonomia
podem evitar muitos transtornos e, até mesmo, fatalidades. Nesse sentido, destacam
Assunção e Lima (2003) que o princípio da Ergonomia é adequar as várias características
do ser humano ao trabalho e não o contrário e deste princípio deve partir a organização
do trabalho como: rodízio, férias, folgas, etc. Os autores alertam que alternativas
devem ser buscadas na falta de instruções mais técnicas sobre determinada situação
e jamais esperar que essas sejam elaboradas. E, ainda, acrescentam que a ideia de
organização ergonômica do trabalho sem mudanças na forma como se procede ao
andamento do trabalho só acarreta o retardamento na tomada de novas posturas e
pode gerar a obrigação da adoção de mudanças mais profundas.

É importante salientar que a lei garante ao trabalhador, no artigo 166 da CLT, o direito aos
instrumentos que devem ser usados para que seja preservada a segurança do trabalho:

Art. 166 - A empresa é obrigada a fornecer aos empregados,


gratuitamente, equipamento de proteção individual adequado
ao risco e em perfeito estado de conservação e funcionamento,
sempre que as medidas de ordem geral não ofereçam completa
proteção contra os riscos de acidentes e danos à saúde dos
empregados.

Nesse sentido, Monteiro (2015) destaca que os parágrafos 1º e 2º, do artigo 19, da Lei
Previdenciária nº 8213/91, determina que o empregador seja responsabilizado no caso
de não cumprir a determinação da CLT sobre o fornecimento de equipamentos para a
segurança no trabalho, além disso o parágrafo 3º define que é obrigação da empresa
prestar as informações necessárias para o manejo das matérias de trabalho:

§ 1º A empresa é responsável pela adoção e uso das medidas


coletivas e individuais de proteção e segurança da saúde do
trabalhador.

61
§ 2º Constitui contravenção penal, punível com multa, deixar a
empresa de cumprir as normas de segurança e higiene do trabalho.

§ 3º É dever da empresa prestar informações pormenorizadas


sobre os riscos da operação a executar e do produto a manipular.

Assunção e Lima (2003) destacam que na Ergonomia não há espaço para apontar
culpados, mas também a benesse das experiências de vida, de mundo e de uma
mudança positiva de comportamentos. Muitas vezes, somente as técnicas não são
suficientes para suprir as dificuldades do dia a dia da empresa. De fato, há experiências
que podem ajudar na resolução de problemas.

5 Técnicas da Máquina Humana sob o Ponto de Vista


Biomecânico

Para uma melhor adaptação


psicofisiológica do ser humano
ao ambiente de trabalho Ilda
(2005) explica as estruturas
corporais dos indivíduos, que
se dividem em:

• Ectomorfo: consistente
em um tipo físico mais
alongado, com o corpo e
os membros mais finos,
pouco índice de gordura e músculos, com ombros mais largos, porém caídos.
O pescoço é fino e comprido, rosto magro, queixo mais recuado, testa alta e
abdômen estreito e fino.

• Mesomorfo: apresenta um corpo mais musculoso com formas angulosas, ombros


e peitos largos e abdômen pequeno.

• Endomorfo: com um corpo arredondado, maior quantidade de gordura.

62
Partindo do conhecimento dos modelos físicos básicos, necessário para a adequação
do local de trabalho e da própria atividade às características do trabalhador, partimos
para as especificações mais técnicas da máquina humana. Conforme o professor
Eduardo Barros, da Universidade Federal de Pernambuco, a postura ideal para o ser
humano desenvolver os seus trabalhos é aquela que se pode manter a flexibilidade
corporal, isto é, o trabalhador deve se manter em movimento durante o dia alternando
as posições em pé e sentado. Explica, ainda, que as posturas diferentes dessas, precisam
de pausa para recuperação do corpo.

Nas suas lições, o professor ainda explica que o corpo humano está bem adaptado para
movimentos com uma velocidade mais elevada e de uma maior amplitude, entretanto,
a resistência oferecida deve ser pequena.

hh
É importante destacar que o corpo humano é capaz de aguentar
bem os esforços dinâmicos (dirigir, serrar, cortar, etc), mas a
máquina humana não aceita bem esforços estáticos, na qual o
ser humano desenvolve uma concentração contínua, podendo
exigir do trabalhador o olhar voltado para baixo. Sobre esta
postura de trabalho, os ergonomistas em geral indicam que
deverá ser evitada, pois é altamente fatigante.

Glossário

ETA: Enfermidade Transmitida por Alimentos.

Hipercausia: audição excessiva, em alguns casos o indivíduo com hiperacusia tem


dores ao ouvir sons altos, em especial os agudos.

PAT: Programa de Alimentação do Trabalhador.

Síndrome Cervicobraquial: Doença causada pela fadiga neuromuscular, pode causar


dor, dormência, fraqueza e inchaço na região afetada.

VET: Valor Energético Total.

63
Atividades

aa
1) O trabalho físico pesado, as posturas incorretas e as
posições incômodas podem acarretar uma série de problemas,
tais como:

a. ( ) Fadiga, câncer, fraquezas, infarto, estresse e hipertensão


arterial.

b. ( ) Fadiga, dores musculares, fraquezas e doenças do sistema


nervoso.

c. ( ) Fadiga, câncer, gastrite, infarto, stress, hipertensão


arterial.

d. ( ) Fadiga, câncer, lombalgia, infarto, estresse e hipertensão


arterial.

2) A Portaria nº 1339/99, do Ministério da Saúde, traz mais de


trinta doenças, tais como:

a. ( ) Câncer

b. ( ) Hiperacusia

c. ( ) Hanseníase

d. ( ) Virose

64
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68
Gabarito

Questão 1 Questão 2

Unidade 1 C B

Unidade 2 D D

Unidade 3 C A

Unidade 4 B B

69

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