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NOV 2013
INSTALAÇÕES AT E MT
Barramentos e ligadores de AT e MT
Características e ensaios
ÍNDICE
0 INTRODUÇÃO ............................................................................................................................................3
1 OBJETO .....................................................................................................................................................3
2 DOCUMENTOS NORMATIVOS ....................................................................................................................3
3 CARACTERÍSTICAS CONSTRUTIVAS E DIMENSIONAIS DOS CONDUTORES.....................................................3
3.1 Barramento de 60 kV ....................................................................................................................................... 3
3.2 Derivações e ligações entre aparelhagem no andar de 60 kV ......................................................................... 3
3.3 Derivações e ligações entre aparelhagem no andar de MT ............................................................................. 4
4 ACESSÓRIOS DE LIGAÇÃO PARA CONDUTORES NÚS ...................................................................................4
4.1 Acessórios utilizados ........................................................................................................................................ 4
4.1.1 Ligadores .................................................................................................................................................... 4
4.1.2 Restantes acessórios .................................................................................................................................. 4
4.2 Princípios gerais de concepção dos ligadores .................................................................................................. 5
4.2.1 Características elétricas ............................................................................................................................. 5
4.2.2 Características mecânicas .......................................................................................................................... 5
4.2.3 Características construtivas dos ligadores ................................................................................................. 5
4.2.3.1 Ligadores para condutores de alumínio nu ............................................................................................. 5
4.2.3.2 Ligadores bimetálicos .............................................................................................................................. 5
4.2.3.3 Massas de protecção das superfícies de contacto .................................................................................. 6
5 ENSAIOS....................................................................................................................................................6
5.1 Ensaios de tipo ................................................................................................................................................. 6
5.1.1 Ensaios dimensionais ................................................................................................................................. 6
5.1.2 Ensaio de corrosão ..................................................................................................................................... 6
5.1.3 Ensaios mecânicos de tração ..................................................................................................................... 7
5.1.3.1 Ligadores de tração ................................................................................................................................. 7
5.1.4 Ensaios elétricos ......................................................................................................................................... 7
5.1.4.1 Ensaio de envelhecimento ...................................................................................................................... 7
5.1.4.1.1 Condutores e distâncias a respeitar ................................................................................................... 7
5.1.4.1.2 Pontos de medição das resistências ................................................................................................... 7
5.1.4.1.3 Condutor de referência....................................................................................................................... 8
5.1.4.1.4 Medição de temperaturas .................................................................................................................. 9
5.1.4.1.5 Medição das resistências .................................................................................................................... 9
5.1.4.1.6 Execução dos ensaios ......................................................................................................................... 9
5.1.5 Medições .................................................................................................................................................. 10
5.1.6 Resultados a obter ................................................................................................................................... 10
5.2 Ensaios de série .............................................................................................................................................. 10
0 INTRODUÇÃO
O presente documento anula e substitui a 1ª edição de Fevereiro de 2007.
As alterações agora introduzidas destinam-se a tornar o documento de aplicação a todas as instalações AT e MT,
ficando os eventuais aspetos particulares de cada uma delas definidos na respetiva memória descritiva.
1 OBJETO
O presente documento destina-se a fixar as características construtivas e dimensionais dos condutores que
constituem os barramentos, as derivações para a aparelhagem e as ligações entre aparelhagem, assim como as
características e ensaios dos acessórios de ligação, que asseguram as ligações entre condutores nus e entre estes
e a diversa aparelhagem nas instalações de AT e de MT.
2 DOCUMENTOS NORMATIVOS
Todas as características não especificadas deverão estar em conformidade com as recomendações enunciadas nas
publicações IEC.
3.1 Barramento de 60 kV
O barramento de 60 kV, disposto em esteira horizontal, deve ter as seguintes características principais:
— execução em tubo de alumínio anelado ∅ 80/70 mm;
— barramento(s) rígido(s) e apoiado(s) em isoladores de suporte;
— dimensionamento para 1500 A;
— afastamento entre fases de 1,5 metros;
— constituição do barramento principal realizada a partir de módulos de 6 metros de comprimento e com as
seguintes características principais mecânicas e elétricas:
Liga Al Mg Si 0,5
2
Resistividade 3,24 μΏ cm /cm
Massa específica 2,7 Kg/ dm3
Dureza Semi - rígido
Nos painéis frente a frente a ligação entre os seccionadores de barramento deve ser executada em tubo idêntico
ao utilizado no barramento de 60 kV.
De acordo com o tipo de painel as características dimensionais dos condutores devem ser as seguintes:
De acordo com o nível de tensão do andar de MT as características dimensionais dos condutores devem ser as
seguintes:
4.1.1 Ligadores
As ligações entre os condutores e entre estes e os terminais da aparelhagem devem ser executadas por ligadores
de junção, de derivação ou de extremidade de acordo com o tipo de ligação a assegurar.
Estes ligadores devem ser fixos, elásticos e deslizantes de acordo com as ligações a efetuar, sendo aconselhável a
adoção de ligadores elásticos em todas as situações em que seja necessário absorver dilatações e/ou vibrações.
Os planos de ligadores para os diversos painéis de cada instalação são apresentados na respetiva memória
descritiva:
Devem ser utilizados parafusos do maior diâmetro possível, para uma melhor repartição de esforços, permitindo
que os parafusos trabalhem a uma carga mais reduzida (longe do limite elástico). Os estribos e parafusos devem
ser em aço inoxidável e ser equipados com porcas e anilhas de retenção do mesmo material.
Após a montagem, o ligador deve possuir uma carga de rutura superior ou igual à dos condutores, exceto nas
derivações de tração mecânica reduzida, onde a sua carga de rutura pode ser na ordem dos 10% da carga de
rutura dos condutores.
Em todas as situações que surjam ligações entre condutores de alumínio e cobre, estas devem ser executadas por
meio de ligadores bimetálicos.
5 ENSAIOS
Os ensaios devem ser efetuados à temperatura ambiente (compreendida entre 15 ˚C e 25 ˚C) se outra
temperatura não for especificada no respetivo ensaio.
A EDP reserva-se o direito de assistir, através de um representante por ela designado, à totalidade ou parte dos
ensaios a realizar. A EDP pode solicitar a realização destes ensaios, assim como requerer os respetivos relatórios
de ensaios, sempre que julgar conveniente.
Os ensaios a realizar nos ligadores devem ser ensaios dimensionais, mecânicos e elétricos.
Os ligadores devem ser montados como em uso normal, de forma a ficarem expostos a uma atmosfera de
nevoeiro salino, obtido pela pulverização de uma solução aquosa de cloreto de sódio a 5% +- 0,5% e à
temperatura de 35 ˚C +- 2 ˚C nas condições indicadas na norma IEC 60068-2-11: Ensaio ka - Nevoeiro salino.
A duração do ensaio deve ser de 500 horas, tempo findo o qual os ligadores e os troços dos condutores expostos
são submetidos a um exame visual.
O ensaio considera-se positivo se, após o período de exposição, tanto os ligadores como as partes dos condutores
situadas no interior dos ligadores não apresentarem sinais visíveis de picadas locais profundas ou zonas de
corrosão.
O esforço de tração deve ser aplicado progressivamente e sem esticões por meio de uma máquina de tração
apropriada até se atingir 65% do valor nominal da carga de rutura do condutor.
Consideram-se positivos os resultados do ensaio se os valores medidos para a carga de rutura não forem
inferiores aos indicados para os condutores. Não se devem verificar ruturas do condutor na vizinhança imediata
do ligador, nem arrancamento ou deslizamento do condutor, para quaisquer valores de tração inferiores ou iguais
aos atrás indicados.
Durante o ensaio devem ser medidos os valores das resistências de ligação elétrica dos ligadores e os
aquecimentos dos ligadores durante os períodos de passagem de corrente.
O banco de ensaios deve ser colocado num local fechado e abrigado de correntes de ar de forma a que o
envelhecimento se processe em atmosfera calma.
Os pontos de medição das resistências devem ser colocados às distâncias L, L1 e L2, contadas a partir da
extremidade do condutor, conforme se indica nos quadros a seguir.
S ≤ 50 150
50 < S ≤ 120 200
120 < S ≤ 240 250
240 < S ≤ 400 300
400 < S ≤ 1000 350
1000 < S ≤ 1600 400
Comprimentos
Tipo de ligador Ligadores Condutor de referência
L e L'
L L’
l h l l’ h' l’ L = 2l + h
S S
De d d l´ = l + 5 d
ρ ρ
Junção L' = 2 l' + h
R R’
L
L’
l1
L = l1 + l 2 + h
l’ h' l’
De S S
Extremidade h d d
ρ ρ
l´1 = l1 + 5 ⋅ d1
Com
R’ ρ 2 ⋅ S1
Derivação l2 l '2 = l2 ⋅ + 5⋅ d2
ρ1 ⋅ S 2
L' = l'1 + l'2 + h
L
l1 L’
S l’ h' l’ l´1 = l1 + 5 ⋅ d1
h d S
De ρ d ρ 2 ⋅ S1
ρ l '2 = l 2 ⋅ + 5⋅d2
Extremidade ρ1 ⋅ S 2
l2
R’
L' = l'1 + l'2 + h
S2 d2 ρ2
Cada ligador deve ser munido em cada uma das suas extremidades de pelo menos um termopar cuja soldadura
esteja disposta tão próxima quanto possível da zona de passagem da corrente entre o ligador e os condutores a
ligar. O termopar destinado à medição da temperatura de cada um dos troços de condutor a ligar deve ser
colocado no meio do troço e na camada exterior dos fios constituintes do condutor. O termopar destinado à
medição da temperatura do local de ensaio deve ser colocado a uma distância dos ligadores e dos condutores por
forma a que a medição não seja influenciada pelo aquecimento da montagem.
A duração de cada período de aquecimento deve ser escolhida por forma a manter, durante 30 minutos, uma
temperatura estabilizada. Considera-se que a temperatura dos ligadores está estabilizada quando não aumenta
mais de 2 ˚C durante esse período.
Com vista a reduzir a duração dos ensaios, pode acelerar-se o aumento da temperatura dos ligadores no início do
período de aquecimento, através de uma sobreintensidade no máximo igual a 130% do valor da corrente
permanente, até que o condutor mais quente atinja uma temperatura de 140 ˚C.
Durante o ensaio deve a temperatura ambiente do local estar compreendida entre +15 ˚C e +30 ˚C. A duração de
cada período de aquecimento deve ser escolhida de forma a que a temperatura do ligador e dos condutores
ligados atinja uma temperatura igual à ambiente, com uma aproximação até 5 ˚C.
O arrefecimento, após o período de aquecimento, pode ser acelerado por meio de sopragem de ar.
5.1.4.1.6.2 Sobreintensidade
A temperatura dos condutores, antes da aplicação da primeira sobreintensidade, deve ser igual à ambiente.
Após os primeiros 50 ciclos de aquecimento, os ligadores devem ser submetidos a 8 sobreintensidades com uma
duração de 1 segundo cada, sendo a corrente escolhida de acordo com o indicado no quadro a seguir.
As sobreintensidades devem ser aplicadas consecutivamente, devendo o intervalo de tempo entre elas ser o
suficiente para que os ligadores atinjam a temperatura ambiente, para condutores de secção não superior a
300 mm2, ou a temperatura 75 ˚C ± 5 ˚C, para condutores de secção superior a 300 mm2.
5.1.5 Medições
As resistências dos ligadores e dos condutores de referência devem ser medidas nas seguintes condições:
— à temperatura ambiente antes da aplicação do 1º ciclo de envelhecimento;
— de 10 em 10 ciclos;
— antes e depois da aplicação das sobreintensidades;
— devendo ser corrigidas para a temperatura de 20 ˚C pela aplicação da fórmula [em que Rθ é a resistência
medida à temperatura θ e α20˚C é o coeficiente de variação da resistência com a temperatura (valendo
4x10-3˚C-1 para o cobre e o alumínio e 3,6x10-3˚C-1 para as ligas de cobre)]:
— R20˚C=Rθ / [1+α20˚Cx(θ-20˚C)].
As temperaturas dos ligadores, dos condutores ligados e do local onde se realiza o ensaio devem ser registadas
durante todo o tempo de duração do ensaio ou, em alternativa, medidas de 10 em 10 ciclos no final dos períodos
de aquecimento.
Além disso, deve a diferença entre o valor de k1 (correspondente à última medição da primeira série de ciclo de
envelhecimento - 50˚ciclo) e o valor de k2 (correspondente ao valor de k medido antes da segunda série de ciclos
de envelhecimento) ser, no máximo, e em valor absoluto, igual a 0,05.
Durante a segunda série de ciclos de envelhecimento, nenhum dos valores de k calculados deve diferir mais do
que 0,05 do valor de k2 já referido.
• Temperatura
A temperatura medida nos ligadores não deve ser superior à temperatura medida no mesmo instante no
condutor mais quente. A diferença entre a temperatura θ50 do ligador, medida no final da primeira série de ciclos
de envelhecimento (50˚ciclo) e a primeira temperatura θ60, medida durante a segunda série de ciclos de
envelhecimento (60˚ciclo) deve ser, no máximo e em valor absoluto, igual a 10˚C. Durante a segunda série de
ciclos de envelhecimento, nenhum dos valores medidos da temperatura do ligador deve diferir mais de 7˚C do
valor de θ60 já referido.