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DMA-C13-521/N

NOV 2013

INSTALAÇÕES AT E MT

Barramentos e ligadores de AT e MT

Características e ensaios

Elaboração: DPC, DTI Homologação: conforme despacho do CA de 2013-11-06

Edição: 2ª. Substitui a edição de FEV 2007

Emissão: EDP Distribuição – Energia, S.A.


DTI – Direção de Tecnologia e Inovação
R. Camilo Castelo Branco, 43 – 1º • 1050-044 Lisboa • Tel.: 210021500 • Fax: 210021444
E-mail: dti@edp.pt
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ÍNDICE

0 INTRODUÇÃO ............................................................................................................................................3
1 OBJETO .....................................................................................................................................................3
2 DOCUMENTOS NORMATIVOS ....................................................................................................................3
3 CARACTERÍSTICAS CONSTRUTIVAS E DIMENSIONAIS DOS CONDUTORES.....................................................3
3.1 Barramento de 60 kV ....................................................................................................................................... 3
3.2 Derivações e ligações entre aparelhagem no andar de 60 kV ......................................................................... 3
3.3 Derivações e ligações entre aparelhagem no andar de MT ............................................................................. 4
4 ACESSÓRIOS DE LIGAÇÃO PARA CONDUTORES NÚS ...................................................................................4
4.1 Acessórios utilizados ........................................................................................................................................ 4
4.1.1 Ligadores .................................................................................................................................................... 4
4.1.2 Restantes acessórios .................................................................................................................................. 4
4.2 Princípios gerais de concepção dos ligadores .................................................................................................. 5
4.2.1 Características elétricas ............................................................................................................................. 5
4.2.2 Características mecânicas .......................................................................................................................... 5
4.2.3 Características construtivas dos ligadores ................................................................................................. 5
4.2.3.1 Ligadores para condutores de alumínio nu ............................................................................................. 5
4.2.3.2 Ligadores bimetálicos .............................................................................................................................. 5
4.2.3.3 Massas de protecção das superfícies de contacto .................................................................................. 6
5 ENSAIOS....................................................................................................................................................6
5.1 Ensaios de tipo ................................................................................................................................................. 6
5.1.1 Ensaios dimensionais ................................................................................................................................. 6
5.1.2 Ensaio de corrosão ..................................................................................................................................... 6
5.1.3 Ensaios mecânicos de tração ..................................................................................................................... 7
5.1.3.1 Ligadores de tração ................................................................................................................................. 7
5.1.4 Ensaios elétricos ......................................................................................................................................... 7
5.1.4.1 Ensaio de envelhecimento ...................................................................................................................... 7
5.1.4.1.1 Condutores e distâncias a respeitar ................................................................................................... 7
5.1.4.1.2 Pontos de medição das resistências ................................................................................................... 7
5.1.4.1.3 Condutor de referência....................................................................................................................... 8
5.1.4.1.4 Medição de temperaturas .................................................................................................................. 9
5.1.4.1.5 Medição das resistências .................................................................................................................... 9
5.1.4.1.6 Execução dos ensaios ......................................................................................................................... 9
5.1.5 Medições .................................................................................................................................................. 10
5.1.6 Resultados a obter ................................................................................................................................... 10
5.2 Ensaios de série .............................................................................................................................................. 10

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0 INTRODUÇÃO
O presente documento anula e substitui a 1ª edição de Fevereiro de 2007.

As alterações agora introduzidas destinam-se a tornar o documento de aplicação a todas as instalações AT e MT,
ficando os eventuais aspetos particulares de cada uma delas definidos na respetiva memória descritiva.

1 OBJETO
O presente documento destina-se a fixar as características construtivas e dimensionais dos condutores que
constituem os barramentos, as derivações para a aparelhagem e as ligações entre aparelhagem, assim como as
características e ensaios dos acessórios de ligação, que asseguram as ligações entre condutores nus e entre estes
e a diversa aparelhagem nas instalações de AT e de MT.

2 DOCUMENTOS NORMATIVOS
Todas as características não especificadas deverão estar em conformidade com as recomendações enunciadas nas
publicações IEC.

Designadamente deve ser respeitado, no aplicável, o enunciado nas seguintes normas:


— IEC 60068-2-11 – Environmental testing - Part 2: Tests. Test Ka: Salt mist.
— IEC 61284 – Overhead lines - Requirements and tests for fittings.

3 CARACTERÍSTICAS CONSTRUTIVAS E DIMENSIONAIS DOS CONDUTORES


Os condutores que materializam o esquema elétrico da instalação devem ser dimensionados para o trânsito das
correntes nominais, para os aquecimentos máximos admissíveis e para resistirem aos esforços eletrodinâmicos
das correntes de curto-circuito suscetíveis de os percorrerem.

3.1 Barramento de 60 kV
O barramento de 60 kV, disposto em esteira horizontal, deve ter as seguintes características principais:
— execução em tubo de alumínio anelado ∅ 80/70 mm;
— barramento(s) rígido(s) e apoiado(s) em isoladores de suporte;
— dimensionamento para 1500 A;
— afastamento entre fases de 1,5 metros;
— constituição do barramento principal realizada a partir de módulos de 6 metros de comprimento e com as
seguintes características principais mecânicas e elétricas:

Liga Al Mg Si 0,5
2
Resistividade 3,24 μΏ cm /cm
Massa específica 2,7 Kg/ dm3
Dureza Semi - rígido

3.2 Derivações e ligações entre aparelhagem no andar de 60 kV


As ligações da aparelhagem entre si devem ser executadas em cabo de alumínio nu multifilar simples ou
geminado. Todas estas ligações devem apresentar um afastamento entre fases de 1,5 m, exceto quando a
aparelhagem condiciona uma distância diferente.

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Nos painéis frente a frente a ligação entre os seccionadores de barramento deve ser executada em tubo idêntico
ao utilizado no barramento de 60 kV.

De acordo com o tipo de painel as características dimensionais dos condutores devem ser as seguintes:

Ligações do painel de Secções das ligações


2
Linha / Transformador de Potência AT/MT 1 x 366 mm
2
Linha 2 x 366 mm
2
Transformador de Potência AT/MT 1 x 366 mm
2
Interbarras AT 2 x 366 mm
2
Potencial de Barras AT 1 x 366 mm

3.3 Derivações e ligações entre aparelhagem no andar de MT


As ligações do secundário do transformador de potência às caixas terminais devem ser executadas em tubo de
alumínio anelado de 7 metros de comprimento, no caso de ligações rígidas, e em cabo de alumínio, no caso de
ligações tendidas.

De acordo com o nível de tensão do andar de MT as características dimensionais dos condutores devem ser as
seguintes:

Nível de tensão Características dimensionais

Ligações rígidas - ∅ 100/90 mm


10 kV 2
Ligações tendidas - 2 x 570 mm
Ligações rígidas - ∅ 80/70 mm
15 kV 2
Ligações tendidas – 2 x 570 mm
Ligações rígidas - ∅ 80/70 mm
30 kV 2
Ligações tendidas - 2 x 366 mm

4 ACESSÓRIOS DE LIGAÇÃO PARA CONDUTORES NÚS

4.1 Acessórios utilizados

4.1.1 Ligadores
As ligações entre os condutores e entre estes e os terminais da aparelhagem devem ser executadas por ligadores
de junção, de derivação ou de extremidade de acordo com o tipo de ligação a assegurar.

Estes ligadores devem ser fixos, elásticos e deslizantes de acordo com as ligações a efetuar, sendo aconselhável a
adoção de ligadores elásticos em todas as situações em que seja necessário absorver dilatações e/ou vibrações.

Os planos de ligadores para os diversos painéis de cada instalação são apresentados na respetiva memória
descritiva:

4.1.2 Restantes acessórios


O aperto dos ligadores deve ser efetuado por parafusos1) ou estribos de aço inoxidável, com rosca métrica, de alta
resistência mecânica e possuidores de características técnicas, tais que os aquecimentos admissíveis não

1) Parafusos de devidamente referenciados - qualidade não inferior a A4.


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conduzam a afrouxamento ou solicitações de aperto de contacto que ponham em perigo a segurança de


funcionamento dos ligadores.

Devem ser utilizados parafusos do maior diâmetro possível, para uma melhor repartição de esforços, permitindo
que os parafusos trabalhem a uma carga mais reduzida (longe do limite elástico). Os estribos e parafusos devem
ser em aço inoxidável e ser equipados com porcas e anilhas de retenção do mesmo material.

Os parafusos devem ter cabeça sextavada na qual conste a seguinte informação:


— fabricante;
— qualidade do aço;
— classe de resistência.

4.2 Princípios gerais de concepção dos ligadores


Os ligadores devem ser concebidos de forma a facilitar a sua montagem e obedecer às características elétricas e
mecânicas a seguir descritas.

4.2.1 Características elétricas


— assegurar uma distribuição uniforme da corrente elétrica nos condutores a ligar;
— não aumentar a resistência elétrica dos elementos do circuito em que estiverem inseridos em relação ao
condutor de referência;
— não originar aquecimentos suplementares em qualquer ponto do circuito durante a passagem de corrente
elétrica;
— não dar origem a uma queda de tensão superior à queda de tensão observada num comprimento equivalente
de condutor da mesma capacidade, quando percorrido pela mesma intensidade (condição a respeitar após
um ensaio de 25 ciclos de aquecimento a 120 ˚C e arrefecimento até à temperatura ambiente);
— assegurar a existência do menor número possível de eflúvios e de perturbações radioelétricas.

4.2.2 Características mecânicas


— ser imune aos balanços e às vibrações dos condutores, assim como às variações de tensão mecânica e de
temperatura;
— resistir, em serviço, aos fenómenos de corrosão e aquecimento;
— não provocar a deterioração, mesmo ao longo do tempo, dos condutores por ele ligados;

Após a montagem, o ligador deve possuir uma carga de rutura superior ou igual à dos condutores, exceto nas
derivações de tração mecânica reduzida, onde a sua carga de rutura pode ser na ordem dos 10% da carga de
rutura dos condutores.

4.2.3 Características construtivas dos ligadores


Os metais e as ligas usados na fabricação de ligadores para condutores nus devem ser inalteráveis ao tempo, quer
por natureza quer em consequência de tratamento efetuado durante ou após o fabrico. Devem, por outro lado,
ter uma textura homogénea e apresentar superfícies regulares e contínuas, devidamente maquinadas.

Os ligadores não podem apresentar deficiências de fundição, porosidades e chochos.

4.2.3.1 Ligadores para condutores de alumínio nu


Os ligadores a utilizar nas ligações entre condutores e entre estes e a diversa aparelhagem devem ser construídos
por vazamento em coquilha e com tratamento térmico.

4.2.3.2 Ligadores bimetálicos

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Em todas as situações que surjam ligações entre condutores de alumínio e cobre, estas devem ser executadas por
meio de ligadores bimetálicos.

4.2.3.3 Massas de protecção das superfícies de contacto


Os ligadores devem ser concebidos de tal modo que as massas de proteção das superfícies de contacto garantam
que o aquecimento resultante da corrente nominal ou da corrente de curto-circuito seja igual ou inferior ao dos
condutores por eles ligados. As características mínimas a que essas massas devem obedecer são as seguintes:
— a massa deve ser neutra em relação aos metais em presença, devendo o seu índice de alcalinidade ser inferior
ou igual a 1;
— o ponto de gota não deve ser inferior a 100 ˚C;
— a massa deve ser estável.

5 ENSAIOS

5.1 Ensaios de tipo


Os ensaios devem ser realizados numa amostra constituída por ligadores completos e novos montados de acordo
com as instruções detalhadas fornecidas pelo fabricante em troços de condutores novos para os quais os
ligadores foram previstos.

Os ensaios devem ser efetuados à temperatura ambiente (compreendida entre 15 ˚C e 25 ˚C) se outra
temperatura não for especificada no respetivo ensaio.

A EDP reserva-se o direito de assistir, através de um representante por ela designado, à totalidade ou parte dos
ensaios a realizar. A EDP pode solicitar a realização destes ensaios, assim como requerer os respetivos relatórios
de ensaios, sempre que julgar conveniente.

Os ensaios a realizar nos ligadores devem ser ensaios dimensionais, mecânicos e elétricos.

5.1.1 Ensaios dimensionais


A verificação das dimensões dos acessórios de ligação deve ser feita a partir dos desenhos fornecidos pelo
fabricante, devendo estes conter as cotas suficientes para o efeito, bem como as respetivas tolerâncias.

5.1.2 Ensaio de corrosão


Este ensaio diz respeito quer a ligadores bimetálicos quer a monometálicos e deve ser realizado em ligadores que
tenham previamente sido submetidos ao ensaio de envelhecimento referido na secção 5.1.4.1 do presente
documento.

Os ligadores devem ser montados como em uso normal, de forma a ficarem expostos a uma atmosfera de
nevoeiro salino, obtido pela pulverização de uma solução aquosa de cloreto de sódio a 5% +- 0,5% e à
temperatura de 35 ˚C +- 2 ˚C nas condições indicadas na norma IEC 60068-2-11: Ensaio ka - Nevoeiro salino.

A duração do ensaio deve ser de 500 horas, tempo findo o qual os ligadores e os troços dos condutores expostos
são submetidos a um exame visual.

O ensaio considera-se positivo se, após o período de exposição, tanto os ligadores como as partes dos condutores
situadas no interior dos ligadores não apresentarem sinais visíveis de picadas locais profundas ou zonas de
corrosão.

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5.1.3 Ensaios mecânicos de tração

5.1.3.1 Ligadores de tração


Os ligadores previstos para suportarem a plena tração devem ser ensaiados com troços de condutores de
comprimento total igual a:
— 900 vezes o seu diâmetro, entre dois ligadores de extremidade;
— 450 vezes o seu diâmetro, entre um ligador de junção e um ligador de extremidade.

O esforço de tração deve ser aplicado progressivamente e sem esticões por meio de uma máquina de tração
apropriada até se atingir 65% do valor nominal da carga de rutura do condutor.

Consideram-se positivos os resultados do ensaio se os valores medidos para a carga de rutura não forem
inferiores aos indicados para os condutores. Não se devem verificar ruturas do condutor na vizinhança imediata
do ligador, nem arrancamento ou deslizamento do condutor, para quaisquer valores de tração inferiores ou iguais
aos atrás indicados.

5.1.4 Ensaios elétricos

5.1.4.1 Ensaio de envelhecimento


Este ensaio consiste na aplicação sucessiva de:
— uma primeira série de ciclos térmicos, constituídos por um período de aquecimento provocado pela passagem
de uma corrente elétrica, seguido de um período de arrefecimento de duração sensivelmente igual;
— sobreintensidades de curta duração (equivalentes a correntes de curto-circuito);
— uma segunda série de ciclos térmicos idêntica à primeira.

Durante o ensaio devem ser medidos os valores das resistências de ligação elétrica dos ligadores e os
aquecimentos dos ligadores durante os períodos de passagem de corrente.

5.1.4.1.1 Condutores e distâncias a respeitar


O comprimento total de cada condutor livre proveniente do ligador deve ser igual a 100 vezes o diâmetro do
condutor, com um mínimo de 1 m.

O banco de ensaios deve ser colocado num local fechado e abrigado de correntes de ar de forma a que o
envelhecimento se processe em atmosfera calma.

Devem ser respeitadas as seguintes distâncias mínimas:


— entre dois condutores paralelos: 20 cm;
— entre um condutor e uma parede vertical do local: 30 cm;
— entre os ligadores e o solo: 60 cm.

5.1.4.1.2 Pontos de medição das resistências


Cada ligador deve ser montado entre dois dispositivos destinados a assegurar um bom contacto elétrico com o
condutor e a permitir a medição das resistências, devendo esses dispositivos ser constituídos por abraçadeiras
cravadas ou aparafusadas ou outros sistemas de qualidade equivalente.

Os pontos de medição das resistências devem ser colocados às distâncias L, L1 e L2, contadas a partir da
extremidade do condutor, conforme se indica nos quadros a seguir.

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Secção condutora S (mm2) L, l1 e l2 (mm)

S ≤ 50 150
50 < S ≤ 120 200
120 < S ≤ 240 250
240 < S ≤ 400 300
400 < S ≤ 1000 350
1000 < S ≤ 1600 400

Comprimentos
Tipo de ligador Ligadores Condutor de referência
L e L'

L L’
l h l l’ h' l’ L = 2l + h
S S
De d d l´ = l + 5 d
ρ ρ
Junção L' = 2 l' + h
R R’

L
L’
l1
L = l1 + l 2 + h
l’ h' l’
De S S
Extremidade h d d
ρ ρ
l´1 = l1 + 5 ⋅ d1
Com
R’ ρ 2 ⋅ S1
Derivação l2 l '2 = l2 ⋅ + 5⋅ d2
ρ1 ⋅ S 2
L' = l'1 + l'2 + h
L

l1 L’

S l’ h' l’ l´1 = l1 + 5 ⋅ d1
h d S
De ρ d ρ 2 ⋅ S1
ρ l '2 = l 2 ⋅ + 5⋅d2
Extremidade ρ1 ⋅ S 2
l2
R’
L' = l'1 + l'2 + h
S2 d2 ρ2

5.1.4.1.3 Condutor de referência


Os valores relativos aos ligadores indicados na alínea anterior devem ser comparados com valores idênticos
determinados num condutor denominado condutor de referência, em cujas extremidades devem ser colocados
dispositivos de medição da resistência. No quadro anterior estão indicados os comprimentos L' do condutor de
referência em função do comprimento do ligador (h), bem como do comprimento (L), do diâmetro (d), da secção
(S) e da resistividade (ρ) dos condutores ligados. Nos ligadores com derivação o condutor de referência usado
deve ser o condutor principal.

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5.1.4.1.4 Medição de temperaturas


A medição das temperaturas deve ser feita com uma precisão de pelo menos 1˚C, por meio de termopar ou de
outros processos apropriados, colocados nos ligadores, nos condutores e no local de ensaio.

Cada ligador deve ser munido em cada uma das suas extremidades de pelo menos um termopar cuja soldadura
esteja disposta tão próxima quanto possível da zona de passagem da corrente entre o ligador e os condutores a
ligar. O termopar destinado à medição da temperatura de cada um dos troços de condutor a ligar deve ser
colocado no meio do troço e na camada exterior dos fios constituintes do condutor. O termopar destinado à
medição da temperatura do local de ensaio deve ser colocado a uma distância dos ligadores e dos condutores por
forma a que a medição não seja influenciada pelo aquecimento da montagem.

5.1.4.1.5 Medição das resistências


As resistências dos ligadores e dos condutores de referência devem ser medidas fazendo-os percorrer por uma
corrente contínua de intensidade no máximo igual a 1/10 da corrente alternada utilizada no aquecimento e
medindo as quedas de tensão entre os dispositivos referidos na anterior secção 5.1.4.1.2. Simultaneamente com a
referida medição de resistências, deve proceder-se à medição das temperaturas dos condutores ligados e dos
ligadores, as quais não devem ser superiores à temperatura ambiente acrescida de 5 ºC.

5.1.4.1.6 Execução dos ensaios


Os condutores devem ser submetidos a um esforço de tracção de valor igual a 20% do esforço mínimo referido na
secção 5.1.3.1 do presente documento, devendo o esforço de tração ser mantido nesse valor durante todo o
ensaio com uma tolerância de ± 20%. Os condutores derivados, quando existirem, devem permanecer sem tensão
mecânica durante todo o ensaio.

5.1.4.1.6.1 Ciclos térmicos de envelhecimento


Cada ciclo é constituído por um período de aquecimento seguido de um outro de arrefecimento, sendo o
aquecimento provocado pela passagem de uma corrente alternada, dita permanente, de intensidade (em valor
eficaz) tal que a temperatura do condutor mais quente estabilize em 150 ˚C, com uma variação máxima
admissível de ±2 ˚C.

A duração de cada período de aquecimento deve ser escolhida por forma a manter, durante 30 minutos, uma
temperatura estabilizada. Considera-se que a temperatura dos ligadores está estabilizada quando não aumenta
mais de 2 ˚C durante esse período.

Com vista a reduzir a duração dos ensaios, pode acelerar-se o aumento da temperatura dos ligadores no início do
período de aquecimento, através de uma sobreintensidade no máximo igual a 130% do valor da corrente
permanente, até que o condutor mais quente atinja uma temperatura de 140 ˚C.

Durante o ensaio deve a temperatura ambiente do local estar compreendida entre +15 ˚C e +30 ˚C. A duração de
cada período de aquecimento deve ser escolhida de forma a que a temperatura do ligador e dos condutores
ligados atinja uma temperatura igual à ambiente, com uma aproximação até 5 ˚C.

O arrefecimento, após o período de aquecimento, pode ser acelerado por meio de sopragem de ar.

5.1.4.1.6.2 Sobreintensidade
A temperatura dos condutores, antes da aplicação da primeira sobreintensidade, deve ser igual à ambiente.

Após os primeiros 50 ciclos de aquecimento, os ligadores devem ser submetidos a 8 sobreintensidades com uma
duração de 1 segundo cada, sendo a corrente escolhida de acordo com o indicado no quadro a seguir.

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Material S ≤ 300 mm2 S > 300 mm2


2
Alumínio 100 A/mm 30 kA
2
Liga de alumínio 95 A/mm 30 kA
2
Cobre 160 A/mm 30 kA

As sobreintensidades devem ser aplicadas consecutivamente, devendo o intervalo de tempo entre elas ser o
suficiente para que os ligadores atinjam a temperatura ambiente, para condutores de secção não superior a
300 mm2, ou a temperatura 75 ˚C ± 5 ˚C, para condutores de secção superior a 300 mm2.

5.1.5 Medições
As resistências dos ligadores e dos condutores de referência devem ser medidas nas seguintes condições:
— à temperatura ambiente antes da aplicação do 1º ciclo de envelhecimento;
— de 10 em 10 ciclos;
— antes e depois da aplicação das sobreintensidades;
— devendo ser corrigidas para a temperatura de 20 ˚C pela aplicação da fórmula [em que Rθ é a resistência
medida à temperatura θ e α20˚C é o coeficiente de variação da resistência com a temperatura (valendo
4x10-3˚C-1 para o cobre e o alumínio e 3,6x10-3˚C-1 para as ligas de cobre)]:
— R20˚C=Rθ / [1+α20˚Cx(θ-20˚C)].

As temperaturas dos ligadores, dos condutores ligados e do local onde se realiza o ensaio devem ser registadas
durante todo o tempo de duração do ensaio ou, em alternativa, medidas de 10 em 10 ciclos no final dos períodos
de aquecimento.

5.1.6 Resultados a obter


• Resistências
A relação k entre os valores das resistências do ligador (R) e do condutor de referência (R'), corrigidas para 20˚C
por meio da fórmula indicada na alínea anterior, deve ser quando muito igual a 1 para cada uma das medições
referidas nessa secção.

Além disso, deve a diferença entre o valor de k1 (correspondente à última medição da primeira série de ciclo de
envelhecimento - 50˚ciclo) e o valor de k2 (correspondente ao valor de k medido antes da segunda série de ciclos
de envelhecimento) ser, no máximo, e em valor absoluto, igual a 0,05.

Durante a segunda série de ciclos de envelhecimento, nenhum dos valores de k calculados deve diferir mais do
que 0,05 do valor de k2 já referido.

• Temperatura
A temperatura medida nos ligadores não deve ser superior à temperatura medida no mesmo instante no
condutor mais quente. A diferença entre a temperatura θ50 do ligador, medida no final da primeira série de ciclos
de envelhecimento (50˚ciclo) e a primeira temperatura θ60, medida durante a segunda série de ciclos de
envelhecimento (60˚ciclo) deve ser, no máximo e em valor absoluto, igual a 10˚C. Durante a segunda série de
ciclos de envelhecimento, nenhum dos valores medidos da temperatura do ligador deve diferir mais de 7˚C do
valor de θ60 já referido.

5.2 Ensaios de série


Os ligadores objeto desta especificação devem ser sujeitos aos seguintes ensaios de série:
— verificação dimensional;

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— ensaio mecânico dos parafusos;


— verificação da conformidade funcional.

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