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Nos dia de hoje, o que temos vivido é essencialmente uma situação de força
maior, e o que tem sido invocado a nível domestico, mas também a nível
internacional, tem sido a chamada força maior decorrente de uma epidemia,
que para alem de per si bloquear a economia, a capacidade das pessoas
agirem e desempenharem a sua atividade, e tem provocado que os Estados
emitam ordens de confinamento, estados de emergência, bloqueios de
fronteiras e aeroportos. Enfim, as coisas não podem acontecer, e portanto, é
impossível ao devedor executar e cumprir as suas obrigações nos termos do
programa obrigacional.
Em certas circunstâncias tem havido uma procura na força maior uma forma de
permitir às partes essencialmente uma situação de suspensão do cumprimento.
O Covid-19 é uma situação de natureza temporária e que determina
incumprimentos de natureza temporária. Não sabemos qual o tempo, esta
impossibilidade temporária tem feito com que muitas partes, no âmbito das
suas relações contratuais, invoque uma suspensão do cumprimento das suas
obrigações.
A experiencia da lei inglesa é que estas situações não são de força maior,
porque quando foi o 11 setembro, e com todo o terramoto económico, nunca os
tribunais ingleses declararam força maior, depois quando houve as outras
epidemias, também não o fizeram, essencialmente porque para os ingleses a
força maior tem que ser uma situação de frustation, ou seja, por causa dessa
força maior fica irremediavelmente frustrada essa finalidade do contrato. O que
não é o caso, pois mais uma vez é uma situação que recuperará porque é
temporária.
Deixar a situação de força maior à sorte das regras locais pode-nos dar
dissabores, como é o caso da lei inglesa, onde a força maior é uma situação
restritiva. Portanto, quando falamos de força maior é muito recomendável que
se adota clausulas standard do comercio internacional.
PROCEDÊNCIA PARCIAL