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LOURIVAL CAMARGO PEREIRA

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UMA INT.E RPRETAÇÃO ELEMENTAR DOS


EVANGELHOS À LUZ DO ESOT ERISMO
E · DA FILOSOF I A ROSACR U CIANA

"FRATERNIDA DE ROSACRUCI AN A SÃO PAULO"


SÃO PAULO
1957
O EVANGELHO REDIVIVO
UMA INTERPRETAÇÃO ELEMENTAR DOS EVANGELHOS À
LUZ DO ESOTERISMO E DA FILOSOFIA ROSACRUCIANA

por

LOURIVAL CAMARGO PEREIRA


INSTRUTOR-FUNDADOR DA
"FRATERNIDADE ROSACRUCIANA SÃO PAULO"

Todos os Direitos Reservados à «Fraternidade Rosacruciana S. Paulo»


(Declarada de Utilidade Pública pelo Decreto-Lei n. 9 3.917, de 28/6/1957)

Séde Central: Rua 24 de Maio, 104 - 14.9 and. - S. PAULO (Brasil)


f

DEDI CATó RIA

Dedico êste trabalho a todos os meus Irmãos e Amigos da FRATER NI-


DADE ROSACR UCIANA SÃO PAULO, a êsses incomparáveis Companhei..
ros de Ideal, de qu.em recebemos sempre as mais admiráveis demonstrações
de Amisade, de Cooperação, de Generosidade, de Lealdade e Espírito de
Sacrifleio.

Dedico-o especialmente a duas almas generosas, com quem temos, eu


e a Fraternidade, uma imensa dívida de gratidão: a nossa querida Irmã
Da. Gerda Maria Frey, leal e generosa companheira de trabalhos e de lutas,
dedicada colaboradora e corajosa defensora dos nossos Ideais; e ao nosso
grande Amigo g.... Francisco Dinucci, de uma amisade e lealdade a toda
prova, colaborador generoso e dedicado, e a quem também devemos a publi-
cação dêste trabalho. "

0 AUTOR
LEI DA ANALOGIA
O QUE ESTÁEM BAIXO
É
COM O O QUE ESTA EM CIMA
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ESP. 0 IVI NO ESP. HUMANO
OU SANTO
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UMA PALAVRA AO LE ITOR

E sta obra foi escrita por Amor, e só com Amor ela será
bem compreendida.

Ao menos enquanto a estiver lendo, ponha o leitor de lado


os preconceitos inteletuais, as idéias "estabelecidas". Faça-se
como "um menino", de mente franca e ab.erta, disposto a vêr e
entender o que se lhe apresenta. Abra o seu entendimento. Não
o feche com preconceitos e opiniões exclusivistas.

Considere êste livro como "reservado". Êle não poderá ser


bem compreendido por qualquer pessoa. Sem suficiente preparo
psicológico e esotérico não se alcançará o seu sentido real e
superior.

Para aquêles que têm conhecimento da Filosofia Rosacru-


ciana, exposta por Max Heinde/, êste livro servirá de guia e orien-
tador prático, no Caminho da R,ealização.

S e houver alguma dificuldade em compreender alguma coisa


do que aqui se expõe, pedimos ao leitor que escreva ou se dirija
pessoalmente ao autor, que fará tudo o que estiver ao seu alcance
para prestar-lhe ajuda .

0 AUTOR
UMA PALAVRA DE INTRODU ÇÃO AOS MEU S IRMÃOS E AMIGOS

. Faz s~guramente vinte anos que me ocorreu a idéia de escrever um a


mterpretaçao_ dos Evangelhos. O, estudo do Esoterismo e especialmente das
o bras de Eh~has Levr e de Max Heindel havia aberto pa ra mim uma via
que me parecia maravilhosa e fascinante. Por ela: o meu entendimento ava n-
çava .aceleradamente, impelido pela intuição que me arreb a tava e permitia-
n~e vislumbrar algo p_rof~ndamente misterioso, subtilmente encoberto nas pá-
ginas ~parentemen_te •~genuas dos Evangelhos. Senti semp re, desde a mai~
tenra idade, ~ma 1rres1stível atração pelos ensinos de Cristo , que me encan-
tavam_ e e~ocionav~m. Presentia neles algo de grandioso, de extraordinário~
de m1stenoso, de imensamente importante. Presentia que neles se encon-
trava a solução definitiva de todos os problemas humanos. O estudo do Eso-
terismo veio confirmar o que a intuição me dizia vagamente, mas só com o
estudo das obras de Max Heindel, especialmente com o seu monumental "Con-
ceito Rosacruz do Cósmos" pude completar os meus raciocínios e chegar a
uma conclusão definitiva. Então pude ver, com uma clareza que aumentava
dia a dia, o que a intuição me havia feito presentir. Via agora, através do
simbolismo evangélico uma Realidade grandiosa, ao mesmo tempo consola-
dora e terrível. Consoladora, porque esclarece o maior e o mais import ante
de todos os nossos problemas, porque satisfaz plenamente a mente e o co-
ração, porque desperta o . Entendimento e mostra claramente o camin~o da
Libertação; mas, terrível, porque ao mesmo te~po nos faz v~ r a tnste e
miserável condição em que se encontra a hll:man1~a~e, todos nos. . Mostra-
nos um quadro de decadência, de atr~so, de !gnora~c1a e de perver.s1dade, de
inconsciência. E sentimos que tudo isso esta tambem dentro de nos . Tam-
bém fazemos parte dessa mesma humanidade que sofre , que se de grada e
se arruina .
Porém como escrever essa interpretação? Sentia que me faltava algo ,
- 0 e stava ainda preparado para isso, que algo devia amadurecer dentro
que na . . - d . , . . a "da
de mim . Faltava-me experiência e consohdaçao e pnnc1p10, q~e _so v1
prática e O tempo podem proporcionar. Resolvi esperar, _e _esper_e1 ~mte ª?ºs.-
A d. muita coisa durante êsse tempo, coisas e ssenciais e m_dispensaveis
prtn b~lho que pretendia realizar. Os três últimos anos, es~ec1almente,_ fo.
ao
ram rad ec1s1vos,
. . e as experiências extraordinárias por que passei nesse penodo
1

. detltro de mimd as bases qu e me permi·t·1ran ·


b ,1ecc1 · 1 Inicia
aI11 j)M es ta e .· tacão esotér ica os ensinos evang élicos · r
acabar de interpre "
rsse trabalho l 111<) para os meus Irm ãos e Amigos da F rate, •
,. te trap >ª!" d ·
Escrevo es Espero po er assim pagar -lhes ao
h ' me
ntdad
e
São au l' •
ão que ten o para com êJes. De o nos ern
R11sorruc(ana dívida de gratid
p nho êst e
'"'os como penhor,., de am1sat de,. de reconhec1.ment
Parte, a ,rnensa
suas ma ,
trabalh o ~,11 ~ pe,·o outra coisa senao que es a Interpretação Ih es se·o e de
1

'd.. Nao es d R •·d


grat, ao. . dos e investigações em busca , a ea 1' ade e da pl ena R J_a útil,
em ~~11s e,stuCorn ela lhes ofereço o que ha de melhor em meu co raça e~ltzaç ão
.
Espm tua . 0

Peço aos meus Irmãos e Amigos q~~ sej~n be_nevoJentes e tolera


or· fraqueza de lingua gem ou de gramatica nao fm bastante claro e com ntes, se
P ,., ' t·
ensível nalguma parte de~ta obra. Nª? sou gra~ a 1co_, nem litera to, ne Pre.
nunca preocupar-me mmto com arran1os e enfeites f1terário s . p rocurnre1pude
pressar-me da maneir · a mais · 1es e que me pareceu mais con . ex.
· s1mp
bom entendi mento dos nossos Estudantes. Espero ter consegui·d o~en ,ente a()
isso
Agar~ que completo êste trabalho sinto-me satisfeito co ·
de cumpnr um dever_e uma obrigação. f Que esta obra 'st. moO quem acaba
nas mãos de Deus. ga seu destino
'
"Que as Rosas floresçam sôbre a vossa Cruz" .

LOURIVAL C· p EREIRA
Maio, 1957.
J
PR EFACIO DO AUTOR

Na impossi bili dade de fazermos uma interpretação completa cio Evan-


(re lho de Math cus, que ex igiria um trabalh o im ensamente maior ' e que nã0
b
estaríamos ago ra em condições de publicar, resolvemos fazer um resumo,
tomando como base os pontos essencia is e mais importantes de cada capítul o.
Compreendidos êsses pontos, não haverá dificu ldade em interpretar-se todo
o si mbolis mo eva ngélico.
Ado tamos para êste trabalho a tradução brasil eira da "A merican Bible
Society", de New York, feita do origina] grego, que nos parece a mais
perfeita . Os trechos evangélicos são transcritos ·e m negrito .
Escolh emos para esta interpretação o . Evangelho segundo Matheus por
conside rá-lo como básico e o que mais se adata à mentalidade da grande
maioria dos nossos estudantes . Depois deste estudo poderão dedicar-se com
grande proveito ao exame do mais elevado e transcendental dos evangelhos,
o de São João, preferido pelos mais avançados esoteristas, e especialmente
pelos Rosacruzes .
Cremos que não seria preciso dizer que não temos nenhuma pretensão
à originalidade. Esforçamo-nos. por interpretar e traduzir em linguagem fà-
cilmen te compreensível um simbolismo tradicional, sempre o mesmo em todos
os tempos . Não escrevemos "para todo o mundo", mas para os nossos
Estudan tes da Fraternidade, mais ou menos preparados para os Mistérios
do Cristianismo. Sem as bases da I Filosofia Rosacruciana cremos que será
muito difícil a qualquer estudante compreender corrétamente o que expômos .
Entretanto 1 há estudantes avançados e capazes por toda parte, e êsses saberão
apreciar também a mensagem do Espírito contida nestas páginas .
Aconselhamos aos nossos Estudantes que no exame desta obra tenham
também à mão o Evangelho de Matheus. Convem lêr-se antes cada capítulo
do Evan gelho, depois a interpretação, e logo reserve-se al gum tempo para
a medição. Assim se aproveitará muito mais. f.ste é um livro de estudo,
e não de simples leitura.
Estaremos, como sempre, inteiramente à disposição dos nossos Amigo9
Estud antes, e de todos os instrumentos, para auxiliá-los no estudo e bôa com-
preensão deste trabalho e da Filosofia Rosacruciana exposta pelo excelso e
iluminado In strutor Sr. Max Heindel, a quem humildemente reverenciamos,
com profun do respeito e veneração.
E ago ra, leitor Ami go, inicie. o seu estudo, sem preconce itos, com a mente
ampla e o coração aberto.
Que o Adorável Espírito de Cristo o abençôe e ilumine .

- 7-
INllERPRETAÇÃO ESOTÉRI CA DO EVANGEL HO SEGUNDO MATHEus
CA P ITU L O I

Começa O Evan gelho segundo Ma th eus co m a descr ição da genealogia


de Jesus Cristo.
E ssa genealogia não se refere aos antepassa dos _fí_sicos de Jesus, mas
simbolisa os sucessivos passos por que passou o Esp1nto Humano em sua
longa peregrinação, desde a sua criação e eman~ipação de Deus-Pai, no
P lano dos E spíritos Virginais, até a sua volta e reintegração em Deus, com
a sua Ressurreição Espiritual.
Começa essa genealogia com Abrahão, que significa "Pai de uma mul-
tidão" ,símbolo de Deus-Pai de todos os espíritos humanos.
Como Espíritos Virginais, saímos de Deus, nosso Criador, em estado
de absoluta pureza, mas inconscientes e irresponsáveis.
Eramas apenas indivíduos, distintos em si mesmos, ligados ainda à nossa
origem divina, mas inexperientes e incapazes de agir por nós mesmos, por
iniciativa própria. Não tinhamas livre arbítrio e obedecíamos às Leis Divi-
nas, às quais estavamas absolutamente subordinados. Eramos uma parte
inconsciente das Fôrças Divinas da Criação.
Ness~ époc~, não _podiamas nem mesmo raciocinar por conta própria,
P? r.que an~da nao haviamas recebido o instrumento mental. Os impulsos
d1vmos, criadores, expressavam-se através de nós sem ·obstáculos. Eramos
apenas instrumentos indivi_d ualizados de Deus, mas completamente incons-
cientes de nós mesmos . ·
. Porém, estav~... re_servado aos Espíritos Virginais um plano de desen voI-
vh1m~nto dde dconsc1elnc1a. Estava determinado que êsses Espíritos Virginais
aviam e esenvo ver -em si mesm . ... . · de
pendente. A humanidade e os ,u~a c?ns_c1encia própria, Jtvre e_ in -
mentas conscientes e inteli enctda Espinto Vtrgmal deviam tornar-se m~tru-
foram os Espíritos Vir ina~ es d7 Deus. - E assim, por etapas sucessivas,
cente, que foram gradu~lm~~tenyolvidos por novos veículos de densidade cre~-
no início e os dominava. e 1801 ªnd0 -0s do ambiente divino que os envolvia
Receberam um envoltório .
mental que acentuou mais a sua individuaH·

-8-
ponto
dade e os isol ou da influ ê•ncia absoluta das Fôrç as Divin as . Nêsse
Vir-
surgiu, realm ente, a Huma ni dade . Não eram as mais s imples Espír itos
entad a
ginais ; começamos a ser "h omens", e aí co meça a genealogia apres
por São Math eus .
Su rgimos de Abrah ão, Pai de todos os viven tes .
Divid e São Ma theus a genea logia de Jesus em três per íodos de qua torze
tivo
gerações, mos tran do assi m que estav a bem ciênte de que o plano evolu
ruzes
comp reende u real mente três Perío dos ant erio res, chamados pe]os Rosac
; - de Saturno , Solar e Luna r .
No prime iro períod o de Sa turn o a hu manid ade foi envo1vida pelo corpo
o
mental . No período Solar envolveu-s e com o corpo de desejo s, e no períod
to e
Luna r receb eu o corpo vital . Porém , todo êsse proce sso de envolvimen
iência
isolam ento do Espír ito Virginal devia culmi nar com o despe rta r da Consc
Indivi dual, livre e indep enden te, que obser vamo s no homem a tual.
lo
Com a crista lizaçã o de uma parte do Corpo Vital formou-se o veícu
a sua
denso , o corpo físico, em que a Consciência alcan ça grada tivamen te
, e pelo
mais comp leta expre ssão . O Espír ito Virginal torno u-se um "homem"
menta l,
empre go consc iente de seus veículos de sensibilidade, emocional e
ncia .
adqui re lentam ente toda sorte de exper iência s e desenvolve a sua in teligê
m,
Antes do apare cimen to do Cristo, a Consciência Espir itual, do home
theus _
passa mos por um "exíli o" em Babilônia, diz o Evang elho de São Ma
É o penos o perío do de consc iência relativ a, incom pleta,
mater ial e ilusória
mund o
deste quart o perío do Terre stre, em que o homem se identi fica com o
mater ial e adqui re suas mais amar gas e precio sas exper iência s.
Babilônia signif ica "conf usão ou mistu ra" e indica bem o atual períod o
a
em que se encon tra a Huma nidad e, com sua consciência incompleta, relativ
ial,
e imperfeita, que a isola da vida espiri tual e a manté m nesse exílio mater
num perma nente estad o de confusão, de incerteza, de inseg uranç a.
e
Mas a Consciência huma na deve crescer, comp letar- se, expan dir-se
r
transf ormar -se na Consciência Espir itual, com o nascimento em seu interio
do Cristo -Inter no, no Corpo Espir it~al da Ressu rreiçã o.

* * *
r,
MARIA - simbo liza a "maté ria virgem", o elemento fe minino, for mado
passivo; a Fôrça Criad ora da / maginação .
JOS É - simbo liza o elemento pos itivo, masculino, orient ador, co ntro-
lador e concentrad o da Vontade.
,
Assim como toda a criação fí sica depende de do is eleme ntos conju gados
o positivo e o negativo, o ma sculin o e o feminino, assim ta mbém toda
a cria-
ção espiritual depend e da conju gação dos dois eleme ntos básico
s do Espír ito
Humano, a VONTADE e a IMAGINAÇÃO.

-9-
No homem natural, terrestre, o elemento supe~io! da Vontade não en-
contra ainda suficiente base de expressão e é subst1tu1do pelo_ D E~f:JO, que
atuando sôbre a FANTA SIA , expressão inferior da Imagmaçao, dtng_e t~da
a fôrça das criações humanas para o plan o inferi or das formas e da ilu sao.
Impulsionada pelo Desejo, a Fantas ia gera o PEN SAME NTO , elemento con-
crr to de reali zações materi ais.
No homem mais avançado a Vontade começa a manifes tar-se e domina
0
Desejo; desperta e orienta a Imaginação para finalidad es mai s_ altas, para
idea is i11ais alllplos, sociais, reli giosos e artí sticos, mas presos ainda a inte-
rê~-ses terrestres e egoístas .
Só quando a Fantasia é substituída pela lmaginação , virge m e pu ra, sob
a guarda de uma Vontade virtuosa e casta, pode a santidade do Espírito
11m'na110 fecundá-Ia para a geração do Salvador, do Fil ho, do Libertado r,
do Cristo Interno, da CONSCieNCIA ESPIRITUAL do homem.
O Anjo que apareceu a José é bem o símbolo da faculdade superior da
INTUIÇÃO, que esclarece e orienta a Vontade na compreensão dos problem a~
relacionados com a geração e nascimento da Consciência Espiritual .
A chave de interpretação deste primeiro capítulo vem claramente exposta
na profecia antiga:
"Eis que a Virgem conceberá e dará à luz um filho , e êle será chamado
Emmanuel".
EMMANUEL significa - "Deus conosco", ou, mais acertadamente :
DEUS DENTRO DE NóS.
A interpretação mística não exclue a realidade dos acontecimentos histó-
r~cos que lhe_ serviram. de símbolo. Jesus. de Nazareth, filho de Maria, esoi.
r~tual mente virgem, -e filho de José, nasceu fisicamente em Bethleem na Palês-
tma, de acôrdo com as leis naturais da geração. '

CAPíTULO 2
BETH-LEHEM significa em hebráico "casa do pão" o que vem confir
mar que o nascimento do Salvado , d 1· ' •
de pão: _ o CORPO r so po e r_ea tzar-~e na única casa construída
do homem, como ainda ~~MANO· O pao, 0 tngo, éra o alimento básico
HERóD ES, traduzido literal · t " l, ·
PERSON ALISMO vaid men e g ona da péle", é bem o símbolo do
o homem. _ É ' " oso, orgulhoso, pretencioso e interesseiro que domina
· fí sicos.
0 .
· e extenor,
eu mundano" , SUper f"teia) ' aos cinco
limitado
~ent1dos
Ao nascer o Sal d .
nhecer a t va or, no mterior da AI H
sáb" r~n scendência desse acont . ma_ umana, os primeiros a reco-
, ios e reis, que se apressa ec1mento sao os MAGOS DO ORIENTE
:ig~;~~~rd~ ieth-lehem, 0 ci:a~ã~c~~p:::~1a ntsticaMestrela que os c~ndu~
da Humanidactvangelho os Mestres da Sabedo ·. or G agos do Oriente quer
-u1·as e. I rmaos
e' os Aux·1· na os - ·
Maiores
i iares permanentes d '
a Evoluçao, cu1a capacidade de

-10 -
clarivid ência lhes permit e obse rvar O apa 1ec1 . ·.
. . mento da Estrela FIarn 1,ge ra, que
d
in 1ca o nascim ento de mai s um Salvad o t.
_ . . r en I e os homens
A observaçao clanv1dentc mos tra ue a e _ , .·
da Consc iência Superi or dentro do ho;ne111 pr p~raça o rnt sti ca e o nascimento
• . _ ocasio na como prime· · tA
uma nova d1 spos1çao das co rrentes vitai s do cor o' , . iro sm orna ,
regulares e tomam a forma de uma es trela tu 1{u rap ~1q~co ?ue se torn am
P ENTAGRAMA Mi STII CO tradici ona l do Oculti smo n 1 e ~mco po_ntas , o
responde à cabeça , as pontas laterai o~ a suàpe nor cor-
s aos braço~ , e ·as, .mfpenores
· ·1 .. . . . ' ' s perna s.
Assim , ~~s_sa o. 10111 em esp1 n tua l1 zad o a viver dentro de sua estrela mística
que atrai 1med1a tament ~ .ª atenção dos Ir mãos Maiores, semp re so lícito~ ~
pro~tos a atende r e .auxi li ar a todo homem qu e a tenha fo rmado pelo esfo rco
€ hoa vontad e em viver um a vid a realm ente espiritu alizada
. ·
Ê,s~es s~bios, e reis magos vêem do Orien te Espiritu al, não do orien te
geograf1co, isto e, do lado dond e provêm toda a Luz , do Cristo Cósmico
Solar, a Luz do Mundo.
O nascime nto do Salvad or dentro do homem e as primeiras manifestações
superi ores e espirituais que o anunciam trazem ao reinado de Heródes, o
Egoísmo Humano, uma "profu nda pertur bação" . Presen te o Person alismo
ego is ta, e todas as fôrças inferiores, que dominam a Alma hum ana, que o
seu reinad o está em perigo . A Astúcia, qualidade característica do Perso-
1ia~ ism o, preten de descob rir onde nasceu "Aquele que é consid
erado Salvador" .
com o r, retexto de tam bém adorá-lo, mas com a intenção ún ica de destru i-lo,
a ntes que êle possa desenvolver-se e tornar-se urna ameaça ao seu reinado.
Incapa z de descob rir por si mesmo o lugar interno onde nasce o Salvador
Esp iritual , o Egoísm o procur á orientar-se pelas manifestações espirituais que
acomp anham o fenômeno, mas não consegue nenhuma informação segura ,
pois, "aquel es que sabem afastam-se por outro caminho".
Cheios de júbilo e alegria os Irmãos Maiores aproximam-s e do novo
Salvad or, recém nascido, e oferecem-lhe o tributo de sua veneração.
* * *
O Anjo do Senhor, a Intuição, chama novame~te a Vontad e. e a acon-
selha a fugir com a imaginação e o Salvador pequenmo para o Egito, ª. terra
d o Mis téri o e do Silêncio, para evitar que o Egoísm o e a Perve rsidade .
repres entado s por Heródes, possam apanh ar e destruir o Menin o.
Quand o se desperta o Ideal Superior,, a Co~sci ência E~piri tual I\ª Aln:a
do Aspira nte, só há um meio de conserva-lo vivo e de evitar .que ele se1a
tomad o e des truído pelas Fôrças Inferi ores e Egoístas, que dominam a ah_na
human a e êsse meio é refugiar-se no mais absoluto SIL ÊNCI O. É preciso
que se ~prend a a CALAR , evitand o-se a todo trans~ exp~r o Ideal Sal~~do_r,
ainda frac o e pequ enin o, à sanha des truidora e mexoravel da consc1 enc1a
inferio r e prepot ente, senh ora das almas human as . . . ,
~0 da vês ue expomos uma idéia, que a ext~no~1samo~ atraves das
q 1 • crítica às controvérsia, e a d1scussao dos nossos
palavr as, entreg amo- a ª ' ue dominados pelo mesmo egoísmo cégo,
semelh antes que nos ouvem e q '

-11-
extrêma e manda matar todos os "meninos" de Bethleem com menos de dois
anos, julgando que assim apanhará Aquele que o pertu rba e que teme.
Êsses "meninos" mortos pela sanha do Egoí~m o, representam todos os
ideais mundan os ainda pequeninos e fracos que nao escapam. ao ataque das
fôrças inferiores da alma humana , porque não pode~ refugia r-se neI1: pro.
teger-se. No temor permanente de perder o SP. U reino e a sua aut?nda de,
0 Egoísmo humano, a Consciência Inferior, prepotente e. br~tal , .prefere des-
truir as suas próprias criações melhores, os seus própnos 1dea1s mundanos
ainda pequenos . Essa dolorosa tragédia se ~ealiza realmen te .~en~ro do .~undo
interior de todo homem, por ocasião do nascimento da Consc1ehc1a Espmtu al.
A reação das fôrças egoístas e inferiores destrói todos os fracos e pequenos
ideais da alma humana que se torna por isso desolada e triste. As ilusões,
as fantasias, as pretensões vaidosas, os desejos mundanos de toda espécie,
filhos da consciência terrestre, que não encontram apoio nas fôrças superiores
do Espírito Humano, devem ser aniquilados. Esta fase é dolorosa e triste.
Sem as ilusões, suas vaidades, suas fantasias, sente-se a alma humana num
desolador estado de abandono, de impotência e inutilidade. Parece-lhe que
a vida já não tem nenhum significado, que tudo está perdido , que é inútil
lutar, porque já não sabe por que. Perdendo suas ilusões ~ pretensõ es o
homem já não sabe onde apoiar-se e entregar-se-ia ao desânimo e ao deses-
pero se não fôsse a esperança de um Salvador, ainda pequenino e fraco , mas
que deve crescer no Silêncio e desenvolver -se dentro dêle. Êsse período de
aniquilamento e de esperança é para todo homem uma dura provação, e em
muitos destes casos observam-se as mais extranhas manifestações de aban-
dono próprio, de tristeza, de isolamento e desconfiança nas coisas deste mundo.

* * *

Passado, porém, algum tempo, novamente o Anjo do Senhor, a Intuição,


informa a Vontade que pode voltar, porque já não há perigo por parte dE
Her~des, Cons~iên~ia Inferior , que acaba de morrer . Em companhia de
Mana, a Imagm~çao_ pura e de Jesus, a Consciência Espiritual já crescida,
v?lta da terra stlenc10sa, mas temendo ainda qualquer perigo por parte do
f1lho do Egoísmo, que reina em seu lugar, resolvem afastar-se para os lados
da Galiléia, e se instalam em Nazareth.
" A~C!"f ELAUS, filho de Heródes, significa "príncipe do povo" e também
destrmça
, . o do po vo " . T en do- ongem · , o que Heródes represen
0 prmc,pe do povo no Ego1sm ta
.. . tamb ' e· ego1s
em , ta e sim
· bohsa
· no mtenor
• • da alma humana'
as f orças inferiores a
" ovo" d , go~a .ct·isper_sas , onentad
• as apenas pelos desejos do
q~e ct· ~º os e]hementos ps1qu1cos distintos e separados, dos "Eus" inferiores
moem o ornem neste segundo estado . '
Mas êste reinado termina pela destruição.
Antes que apareça a C .. . . ..
que sejam destruídos mu·t o~sci~~cta Espu_1tua1, una e indivisível, é preciso
dem, que a perturbam e idos eus. que dominam a alma humana , que a divi-
. esorganizam .

- ]2 -
materialista e prepotente, procurarão ani uilá-la -
d,
~ua ncto e.la nao corresponde
aos seus interêsse pessoais e mundan os q As .
cam-se com os in terêsses mesquinhos dos n~ss~:s sup1~tor~s expostas cho-
neles, imediatamente , uma reação contrária qu~, pro~emae , ~ndes e des~ertam
aniquilá-la e destrui- la . A mentalidade in,ferior que u~orª. o os os ;e1os de
faz dos homens com un s seus ins trumen tos cégos ' não pe~~~~ onunca mun o el que
quer
"déia qu e mes m? d e 1eve, rep resente um perigo às suas pretençõesquaexcl u-
1. . . ,
s1v1stas 111 teresse1ras e prepo tentes
t
.
. É por isso q~e tantas idéias melhores, tantos ideais superiores, são ani-
qu1l~dos e destrmdos neste mun do; logo que são expostos prematu ramente .
Se isso acontece com as s im ples idéias melhores, um pouco mais nobres e
altruístas, tanto mais perigosa e inexoráv el é a reação despertada contra 0
Ideal mais alto da Consciência Espiritua l, que a mentalidade materia lista do
mundo não pode, de forma alguma , entender e admiti r. O maior e o verda-
dei ro perigo, entretanto, está dentro do próprio Aspirante, isto é, em sua
própria "consciência inferior" ligada e submetida às mesmas fôrças egoístas
e domina doras que governam a mentalidade mundana. Todo homem comum ,
seja qual fôr a sua posição mundana, inteletualidade, educação ou cultura,
enquan to não se desperta para a Consciência Espiritual e não a desenvolve,
está fatalme nte sujeito à influência dessa Mentalidade inferior, o Príncipe
dêste mundo.
É fácil verificar -se que tudo o que o homem faz ou deixa de fazer está
sempre sob a influência e determinação da massa de sugestões e idéias alheias
que absorveu desde o berço . Vivemos presos, muito mais do que somos
capazes de perceber, a um círculo fatal de determinações que o preconc eito
mundano, as opiniões e idéias alheias, o respeito humano e as "considerações"
nos impõem, de forma inexorável. Somos escravos que se julgam livres,
que não têm nem mesmo consciência da sua escravidão. É por isso que o
, homem precisa de um Salvador, e que as almas mais avançadas chegam a
reconhecer a sua necessidade. Só há realmente uma "salvação" para o ho-
mem: - o despert ar da Consciência Espiritual, o nascimento do seu CRISTO
INTER NO.
E quando Êle nasce quando a Consciência Espfr itual se desperta ~é
' com extremo cm'd ado . Enqu n . a to é pequenm a
preciso que seja protegida
não deve ser exposta não deve exteriorizar-se, para que não se1a ap~n~ad0a
pelas fôrças dissolv~ntes e aniqu.'ila~oras do "Princwe dês.te mun °·
Egoísmo brutal que domina a mentahdade mundana · . . . .
d ote·a o Ideal Supeno r, tugindo
d
A Intuição aconsel_ha ~ Vonta e sitee~~ 1 que permitir á O seu desen-
,
com ete e com a Imagmaçao para o
volvimento em seguran ça.

. . o Ideal Superior, a Consciência


- Vendo-se iludido e incaP.ª: d_e destn:~;smo se exalta brutalmente~ e n~m
Espiritual que se refu~ia _no s ilen~;~; ~ ~:Struir O Salvador, toma uma medida
último esforço para atmgu º. seu
- 18 -
CA PíT U L O 3

"dádiva ou favo r de Deus"' e simbo li sa no Eso terismo


JOÃO signi fica - d I a at ravés rio
evangélico O Amor, a mais alt a e preciosa expressao a a m
homem terreno.
Aparece João pregando no "deserto" o ba tismo do arrependimento, mos-
tr;indo bem que todo esfo rço do Am or nes te mundo, para fazer c?m. qu~ os
homens se arrependam e se regenerem, perde-se num deserto ele indiferença
e de aba ndono.
Batismo significa "purificação", e todo esforço d~ -~mor tende a despertar
110 homem os
sentimentos melhores que podem purificar a alma humana _e
prepará-la pa ra o despertar da Consciência Superior. Toda base da puri-
ficação se assenta no reconhecimento ou "confissão" dos pecados, e só pelo
Amo r é possível chegar-se a êsse estado de reconhecimento dos próprios êrro s.
A apresentação de João é simples e natural . Veste-se com uma simples
túnica de pêlo de camelo e alimenta-se só com elem entos que a Natureza
lhe fornece puros. Assim o Amor não se cobre de nen huma das vaid ades
mundanas, não se enfeita nem se disfarça, e se sustenta apenas com elementos
não contaminados pelas impurêzas humanas. Só o Amor despertado na alma
humana por uma graça divina: pode vislumbrar a Verdade e levar o homem
a reconhecer o seu estado de decadência e de impurêza. Só o Amor pode
levá-lo ao reconhecimento dos seus êrros e à purificação. Só o Amor pode
regenerá-lo e preparar-lhe o ca~inho da emancipação, pelo despertar da Cons-
-ciência Espiritual, do Salvador da Alma Humana .
Mas, com o povo que vinha para o batismo vieram muitos fa riseus e
sad~,ce~s e a e~tes João dirigiu-se de maneira dura e intransigente, di zendo :
- . Ra~a de vrbo~as, quem vos recomendou que fugísseis da ira vin do ura?
Dai, pois, frutos dignos do vosso arrependimento".
· ·
Os fariseus e sadúceos formavam duas seitas do J·uda 1's mo. A pnme1ra
caracteriza a 1 • d
rioridad v -se pe Ao ngor .º .!orm~Iismo e pelo apêgo às aparências e exte-
cionais, e~~ o~t~~~a~~=s ª/~f~ffes~ªº. pas;ava d_e uma série de hábitos tradi-
ostentando O mesmo f . açoes ormahstas • Os sadúceos, embora
gião, isto é, negavamorf%~~sa~~~n~;am ab_so!ut~mente "racionalistas" em reli-
q~e o homem pudesse alcan ar ~, exiS ten~ 1~ ~e uma vida espiritual , ou
c1almente materialistas. ç uma ressurretçao . Eram , portanto~ essen-
Em assuntos religiosos , f .
1ud~ era materialismo. e vi~- nos anseus tudo era hipocrisia; nos sadúceos
~-m_mtermináveis polê~icas ia~ em t1 ª{aºs est udos, em longas controvérsias'
iz1nente . Ainda hoj e as reÚ ... inen a ' ade humana continua a mesma infe,
;eus e pelos Sadúceos, pela hfr~es_ ~opulares _cont!nuam dominadas pelos' Pari:
u:a enfo~[::•~i
PI~:º P~~sorie~tado só ~e!o interesse _material, exclusivamente,
a guiar-lhe os passos no de otr um batismo de arrependimento
ser o deste mundo .,

- ]4 -
Mesm o entre os hipócritas e materialistas a eh,.. d· ·
cura brilhar, mas nestes o seu efeito é violento e aªcma tó 1~111a do A~10r pro-
. usa no, e quas1 sempre
os af asta do recon11ec1111ento dos seus êrros e da urifica - A · ••
e o materialismo interesseiro não suportam e n ~ p d çao . h1pocn~1a
e .·d ade e a f d A ao po em compreender a sin-
c 11 • · e ranqueza _ o m?r,. embora o proc urem, para tirarem dele ai um
partido egoísta, mas sao recriminad os e ex probados publicamente pela
que clama no deserto. oz
t
* * *
, Joã?_, o An~ or ~1u111ano, rec_o~hece s~ a i~ferioridad e e anuncia Aquêle que
ha d~ vu depors dele, que purificará nao simplesmente com a água do arre-
pendimento, mas com o Fogo do Espírito Santificad o .
Mesmo aind_a imperfeito e fa lh o em suas expressões, só o Amor poderá
prepara r o cammho do arrependimen to e da pu rificação, por onde possa
chegar à Alma humana o Cristo Salvador, a Consciência Espiritual .
Ao declarar o Evangelho que "Êle batizará com Fogo, que recolherá
ape~as o trigo e queima rá a palha em fogo inextinguível , escl arece a fo rma
radi cal e completa de purificação que se processa na alma humana com o
nascimento do Salvador. Todos os elementos inferiores e in úteis são dissol-
vidos de uma vês e para sempre pelo fogo do Amor Divino, e só os elementos
superiores, os frutos das experiências melhores, úteis e legítimas são reco-
lhidos e aproveitados.
* * *
Jesus, o Cristo Interno, inanif.~sta o AMOR DIVINO, enquanto que João
simbolisa o amor terreno, ainda inferior, sempre mesclado com o egoísmo .
A primeira manifestação do Amor Divino no homem é feita " no deserto".
dirigindo-se a João, o amor terreno, único que O pode reconhecer e apreciar .
De motu-próprio e expontâneainente submete-se o Amor Divino aos ritos da
purificação tradicional, para indicar que, embora, superior, está sempre pronto
a respeitar os princípios e normas da tradição, confirmadas e estabelecidas
pelas condições da mentalidade mundana.
No · batismo, ou purificação, o ESPIRITO DE VI'DA revela-se à Cons-
ciência Humana, desperta-se na alma o segundo aspecto do Espí rito Humano
que se confirma como SALVADOR INTERNO do homem.
"tste é o meu Filho diléto, em quem me agrado" .
Daí para diante torna-se o homem efetivamente consciênte da existência
do seu próprio Espírito interior, e come_ça a sua vida e~pir_it~~l pública e liv re .
Do Nascimento do Salvador até o Batismo o homem e d1ng1do pela Vontade
e guiado pela Intuição, sabendo apenas que se p~ocessou nele um Misté rio
tran scendente, de que ainda não tem pleno conhecimento.
No Batismo alcança a pl ena revelação do Misté_rio e t~r~a--s~ plena1:1ente
consciênte do seu Ego Espiritual , que daí para diante din~!ra sua y1da e
ao qual se subm ete completamente, num profundo e indescnt_i~el . senhme~to
de confiança e de paz . A Vontade humana cede lugar à c.o~sciencia S~penor,
mais alta qu e a Intuição, e a Im agi~~ção passa ~ se r sabiamente onentada
para as finalidades da Evoluç ão Esp1ntual, exclusivamente .

- ]j -
C A P í TULO 4

De posse de sua Consciência Superior dev_e o homem pass~r por três


terríveis prova s ou "tentações", que lhe são apres~n.tadas pelo D1~bo,_ a sua
natureza egoísta, presa às ilusões mundanas, su1 e1ta às determmaçoes do
Destino, às consequênci as das vidas passadas .
No deserto de sua própria alma, na profun da meditação e no silêncio,
depois de um prolongado jejum, abstendo-se de todo alimen to terr~no, surge
o Tentador, e aconselha-o a empregar os seus conheci mentos su periores e os
seus poderes espirituais para "transformar as pedras em pães" e aplacar a
própria fome . A primeira tentação se refere ao aproveitame nto dos conhe-
cimentos espirituais na conquista de bens materiais, de satisfações, de como-
didades. de fartura, de interêsses pessoais, mas, o Salvador Interno intervem
e .responde ao Tentador: "Não só do pão viverá o homem, mas de toda
Palavra que sai da boca de Deus". Assim deixa o hom em de considera r
as suas necessidades físicas como motivos de preocupações, de temores e de
ambições . Sustentado pela Palavra Divina, sabe que jamais lhe faltará o
necessário a cada dia e elimina de si mesmo toda preocupação dessa espécie .
A segunda tentação refere-se à tendência a empregar os seus poderes
espirituais para exibição vaidosa, para conquistar fama, para ser admirado
pelos homens. A vaidàde humana, representando as fôrças poderosas do
Corpo de Desejos, apresenta a segunda tentação, e faz vêr ao homem
a imensa satisfação que teria em tornar-se famoso, coberto de glórias e de
aplausos da multidão. "Não tentarás ao Senhor teu Deus" .
Libertar-se dos impulsos expansivos do Corpo de Desejos é o segundo
passo absolutamente necessário para tjue a Consciência Espiritual possa agir
no homem com plena. liberdade e av~nçar para a última prova. Os impulsos
do o Corpo de Dese1os devem sublimar-se e submeter -se à di reção superior
da Consciência Espiritual.
. Sem" dú~!da, todo impul~~ do Corpo de Desejos é uma "tentação" diri-
gida.ª? seu Deus, ao Esp1nto Interno do homem, na tentativa de forçá-lo
a su)e1tar-s~. Quanto mais o h~~em cede aos impulsos do seu corpo de
dese1os . mais se compromete espmtualmente e mais se enreda nas tramas
d~ destino, que o escravisam às condições inferiores da vida. Enquanto
ndao ?esperta a sua Consciência Espiritual não lhe será possível libertar-se
os impulsos do Corp d D ·
atrações materiais d I·º1 _e esde1os que. o tenta com todo o seu cortejo de
, e usoes e e fantasias.
Chega finalmente a te rceira· t t - a mais .
região mental cone t en açao, perigosa e mais sutil . Da
seus poderes superi~~e~ surge O
i_mpulso terrível, tentando-o a empregar os
dana, da fama Dia t"ªdconqui st ª do poder terrestre, da autoridade mun-
sociais, dos inte.rêsses ~aeciois. pro_blemas .col~tivos, dos grandes problemas
~e governar as massas d a1si e mte~nac1ona1s, surge sempre a tentação de
o mun do, de fazer dele . - de reorganizar
_ sa 1var a s1tuaçao,
, e serv r de, guia , de
essa terrível tentação de u:r paraa~do . , Nao há nada mais perigoso do que
cons1 erado um grande homem , de d"1ng1r . . os

- 16 -
outros, de tornar-se famoso, de conquistar a admiração e tornar-se impor-
tante, de ser adorad o e considerado um sa]vador .
O orgulho hum ano e a pretensão de ser admirado e obedecido pelas
massas é a mai s alta expressão da naturez a ego ísta do corpo mental do
homem, esperando sempre tirar pa rtido das capacidades espirituais desper-
tadas , emprega ndo-as na sa ti sfação das suas ten dências natu rais de domi-
nação. A Consciência Espi ritual não poderia nunca subordi nar-se aos im-
pulsos da na tureza ego ísta do homem, e a ú1tima tentação é vencida pelo
reconhecimento de que só o Es pírito l nterior deve ser o Senhor, só Êle deve
~er atendido e obedecido, só Êle há de ser ado rado.
"Vai-te, Satanaz; pois está escrito, ao Senhor teu D·eus adorarás e só
a t le darás culto".
Satanaz significa "adversário" e expressa na Bíblia uma alta potência
espiritual que levada pelo orgulho pretendeu ser maior do que Deus, e decaiu
das regiões celestes, para manifestar-se como oposição às fôrças divinas . No
Éden , levou Adão e Eva ao pecado, isto é, fez com que toda a humanidade
já dividida em sexos se afastasse da consciência divina primitiva para entre-
gar-se aos impulsos da sua natureza de desejos. Com o despertar da cons-
ciência exterior, focalizada no corpo físico, que se cristalizou e o empr-ego
ignorante das fôrças criadoras, · impulsionadas pelos desejos, que se tornaram
dominantes, caiu o homem no estado atual de experiências e de provas, de
dôres e de sofrimentos, de decadência e de morte, do qual só poderá libertar-
se com o auxílio do seu Cristo Interno, p.ara o qual há de dirigir-se orientado
pela Consciência Espiritual despertada e estabelecida.
"Então o Diabo o deixou; e eis que vieram os anjos e o serviam".
Quando a derradeira prova é vencida cessam definitivamente os impulsos
da natureza inferior, e então podem manifestar-se todos os benefícios das
fôrças espirituais que jaziam latentes e impossibilitadas de agir dentro do
homem. Daí para diante começa a ser servido, sustentado, protegido e
auxiliado por todas as potências superiores da sua própria natureza divina.

* * *

Ao saber que João fôra preso, partiu Jesus para a Galiléa, deixando
Nazareth foi morar em Capharnaum. CAPHARNAUM significa "coberta
de penitência ou de consolação". O destino de João, o amor terreno, é ser
preso e dominado pelas potências egoista~ que dominam o mundo. Os inte-
rêsses materiais e mesquinhos acabam sempre por dominar o amor, e o Ego
Superior, sabendo disso, cobre o homem com o seu man to de consolação
e de penitência . O homem superior iá não pode expressar êsse amor inte-
resseiro e limitado, baseado só em desej os; já não faz distinções em seus
sentimentos; já não procura exclusivamente o que lhe interessa. Entra em
aç ão em seu interior um sentimento universal de simpatia por todos e por
tudo, o AL TRUf SMO, que substitúe o amor exclusivista, afastado e aprisio-
nado pela fôrça brutal do egoísmo.

17 -
t 1'

"0 povo que jazia nas trévas
viu uma grande luz,
e aos qu e estavam de assento
na região de sombra da morte,
,,
1
1
a estes nasceu a Luz .
l "Desde esse tempo começou Jesus a pregar e a dizer:- "Arrepen dei-vos,

porque está prox1mo ' ".
o re i no d os ceos
Com a vitória da Consciên cia Superior sôbre as tendência s mentais
egoí stas e impulsos do corpo de desejos, com,., a manifest ação do sentimen to
superior de simpatía e altruísmo , começa a açao regenera dora do Ego Supe-
rior sôbre os elemento s formados por meio delas, criados p elo hom~m em seu
mundo in te rior. Ê sses elemento s, antes governad os pelo E u Inten o r, devem
também "arrepe'n der-se", regenerar -se e atender à Voz do Ego Superior , para
que a ordem interna ·se restabele ça e reine unicamen te a vontade do Salvador
interno. Estabelec e-se então, gradativa mente, o "reino dos céos" d entro do
homem , o reinado da paz, da <?rdem, da razão e da justiça.
No simbolísm o tradicion al do Esoterism o o "mar", com su a imensidã o,
suas ondas revoltas, suas calmas e tempesta des, significa o M undo de D e-
sejos, fora e dentro do homem. O "corpo de desejos" é _c onstituíd o de
fôrças vivas, em constante movimen to, formando correntes rápid a s, que cir-
culam em tôdas as direções, num variado e explendo roso cambian te de côres,
que se entremes dam ·dentro dos limites da "aura" que, como um grande
ovoide, se extende para fora da periferia do corpo denso.
O trabalho efetivo do Cristo Interno é feito sôbre o "corpo de desejos" ;
agora já preparad o para uma reorganiz ação de fôrças que devem ser orien-
tari as dirétame nte para o plano de libertaçã o da Consciên cia Superior desper-
tada_. A Voz do_ Cristo Interno despertam -se no corpo de desejos as primeira s
quahdade s supenor..es, represen tadas, pelos primeiro s apóstolo s convoca dos.
SIMÃO significa "ouvir com aceitação ", simboliz a o respeito e a obe-
diência.
PEDRO significa "pedra, ou -rocha", é o símbolo da firmeza da deter-
minação, da persevera nça. '

A_NDRÉ, ou Andrés, significa "homem forte"; simboliz a a fortaleza , a


valentia, a coragem. ·

Tl"'!I,AC?O, ou lago, significa "são'\ saudável , equilibra do; é o símbolo


do equil,bno e da estabilid ade.
_ JOÃO já vim os que s ignifi.ca "dádiva ou favor de Deus" ' porém aqui
nao se trata de Jo~ B f18 t
ma is a lto 0 Alt ~o ª a, 1:'~s de João Evangeli sta, simboliz ando o Amor
, rui smo, 0 Esp1nto de Sacrifíci o.
Armado dessas quatro J' • d , . . . . . .
e conscient e dos se d qua ic1ª ~s basicas m1c1a o homem esptritua hzado
us everes superiore s a sua missão salvadora no mundo.

1
To rn a-se um "pescador d e homen s" um gu ia e or' t
lutam ente d cs in te ressacio. pronto a sa~ rif icar tud o pa '. en ac1?~ es piritual , abso-
. - . , a aux1ltar a ra h
a a 1canç ar a mesma conel 1ç;i.o superior que êlc atingiu . ça umana
Uma vez r1lc a11çada a Consc iênci a Es pi r itua l e cn c ua .
clrve o homem aplicar as sua s co nqui s tas es pirit ua is I tto v_iv_e no munc\o
ni d ade . Tôdas as s11r1 s q11alidacl es sup eri ores dev~ 1_cm ?ene ficio da huma-
1
da r ege neraç ão e salvaçflo do gênero lniman o, po / L~e, ê P0st ª s ao se rviço
ins trum ent o co11 sc ie11tc ele Cr i sto" no mund o um i q t le tornou.se " um
dns l1 0111c11s . ' ns rumento do Salvador
Já 11ifo lll c
·d · ·
é p <.)Ssívc l diri g ir-se pnr cIu alqu er intc-. --. .
· 1sta.
· Ja, não fa r á co isa alguma em. _ resse pessoal
que r Iria cxc 1us1v _ . , por qual-
, seu exclusivo int "
pesso a !. nem se preoc upar ;\ co m aparências e vaidades Ab erec;;c;e
di ent c aos impu lsos do se u EU SUPER IOR torna s · _solutam ente obc-
e e_ntusiasta dos mais altos ideais de altruísmo e -dee ufmt rns~r ume_nto ativo
- d , l ra ern1 c1ade humana 1
e nao per era ne n 1uma oportunidade de auxiliar os seu
1 . t" . s seme Ih antes em
ç;'~ quer c1:ctns ~nc1a. . e em qu~Iquer momento, porém sempre e unica~ente
en ode m_ v1sd? o mteresse esp1ntual de cada indivíduo, que reconhece e com
preen e 1me ia tamente. -
Coisa alguma.....ext.erior P??erá obrigá-lo a fazer ou deixar de faz er aquilo
que a sua Consciencia Espintual o aconselha, mesmo ar rostando alaumas
v~ zes a repr~vação e a c. .ríti_ca da mentalidade mundana que só vê 0 ~ inte-
resses pessoais e as aparenc1as exteriores.
* * *
O trabalho do homem superior e espiritualizado, em que a Consciência
Crística se manifesta, aplica-se em duas direções principais: - ensinar o
Evangelho e curar os enfermos, e êste foi exatamente o conselho que Jesus
Cristo deu aos seus discípulos e seguidores.
Naturalmente, o primeiro trabalho, ensinar o Evangelho do Reino Inte -
ri or, é o mais importante, porque sem êsse ensi!10 e essa orientação nenhuma
cura poderia ser definitiva e permanent_e, ao pa~so que a ~011_1p_reens~o do
Evan gelho e a obediência aos seus preceitos levara qualquer mct1v1duo a cura
de todos os seus males e à Libertação Espiritual.
T odo verdadeiro cristão isto é todo indivíduo que se orienta si nc1:r1-
' ' · •·t 1 te pod,'-
m ente pelos preceitos superiores do Evangelho, torna-se esp1n ua rnen , . , -,
roso capaz de transmitir aos seus semelhantes poderosas corren tes pSiquic.1~ .
' · . . d . d alma O seu senti-
capazes de curar qualquer enfermidade O coipo e . ª e· desinte ress.1do
men~o su perio_r. de amo~ pelos que sofrem! 0 seu, intei;s~ontade. tr:rnsmiti r
deseJo de au xiliar, p~rm1tem-lhe, com ,um ~,.mpl~s :l ~t~õ~-as capaz de afas!M
a um enfermo uma 111tensa e poderosd cot rent e . e e \ urb.1nd o as funç oes
dêle quaisquer elemento s inferi ores qu e lhe estejam pei
e ca us and o a enfermidade. ,. . . c,nferrnidade se
. 1 . onstra que 1oc1d e -
A observação espiritual e interna e cm · ' . . to"iiias e rnanifestaçoes
. ,, . . t·e e que os s1n ., e
manifesta no "corpo vital pnmeiram en . ' . 7 as condições em que Jª s
físicas são somente um refl exo ou ex ten onzaç.io d

19 -
·mentas ou contusões causados por
d d ens
. I" Salvo os f en . d
encontra o "corp o vita · _ sao~ causados por anormalt da - es e p e~~r
f a -
, ·
. nao
· res, que
es exterw essa sem a necessa na reaçao e un IC çao
acident cura se proc Tôda -- cura começa e se processa nesse corpo
psíquicas, nen1mma 5 . .
do "corp o vita l" ou p iqwco. 1 t e" a saúde de tod o o ·tcorpo fí sico. Qualquer
ta e garaJ )" d
psíqui·co, que susten . ·t a i" se dirige ao "corp o vI a e quan o emp rega .
me'todO de "cura .•
esp1
f' •con utoma-o como aux11 ,.
. .tar e f 1' xa d or d as f orças VI·tais
qualqu er mate;1~ªint~::1amente. Al gun s ma teriais fí sicos são poderosos con-
1
que dev~m dag f ,. çà vital e quand o bem empr egad os, to rn am-se preciosos
densadores e or . .' . ·
.,.11.ares na cura das enfenntdades. , I d 1. d .
aux
Evang elho aconselha o uso do o _eo . e o •~a, consagra. º. e _1manta9o
0 seculos el o bCnst1 an1 smo nao
,. ça ,síquica do curador, e ,nos prim eiros • h t ,
pe1a f or 1 outro sistema. A agua e o v1~ o er~m am em empr~~ad o\
se empregava
por serem também fàc ilmente carregados de força vital qu e se. transm1 tt a a0s
.
enfermos. Muitas ervas medicinais possuem realm ente propn edad es excep
cionais e são poderosos auxiliares nos tratamentos pe.Ias essências especiais
que contêm e que agem diretamente sôbre o corpo vital dos enfermos.
Três são as alterações que pode sofrer o corpo vital e que se mani fes-
tam como enfermidades ou desordens no organismo físico . A prime
ira é o
que poder íamos chamar de "enfraquecimento do corpo vital ", ou quéda co
seu tonus vibratório. Neste caso j.á não se pode reagir contr a a invas ão de
elemen tos estranhos perigosos nel]1 se podem expulsar· os maus elementos que-
invadiram a aura psíquica. Tôdas as invasões microbianas pode m- ser inclui
das neste caso. O debilitamento do corpo vital afeta especialme
nte ce rtos
de
pontos distintos do organismo físico, os pontos fracos de cada indivíduo '
acôrdo com a sua constituição e o seu destino.
,, A segunda fo_r~a de alteração do corpo vital é a que chamaríam os
de
excesso de energia , e nesse caso o tonus vibratório ultra passa O s eu arau ~
normal e perturba, por excesso, tôdas as funções. orgân icas.
A terceira f?rma de alteração psíquica é causa da pela atuaç ão de maus
lementos mentais ou emoci·o nais
edos · ena · dos pe1o propn , •o indiv• . iduo, ou apanha-
d t .
nervoio!x :~?r, 9ue penetram a aura e se localizam: especialmente nos centr os
tsses elemen~~s l~~i~r~fa~:es, perturbando-os e altera ndo-l hes as funçõ
es.
mados ''larvas" e causam toda '... criados pelos desre gramentos humanos são cha-
. . manias d a exte , . d
v,cios, • nsa sene e males que conh ecemos como
1 personaltdades, loucuras, possessões além de tôda
e~pfcie de des~ rd~npsas '
c1dad nervosas que se mam'f estam como pertu rbaçõ es, incapa-
es, paralí zias, ataqu es t
A sugest~ ' e c.
a sua •ª.º e ª auto.sugestão I
1
humanap~s~/b _lidacte na cura da/e vef am _aqui o seu tremendo poder, e tôda
pressões emi~~ado~a" , tanto para O e~ ermidades dessa espécie. A
palav ra
rosas, que pen1eotna1s fo rtes criam "elemen em como para o Mal e tôdas as ex- ·
ções ram a tas psi quico · s ,, mais . ' ou menos pode-
, ser exterio • aura do seu e · d
e agem d nzados na or ou pod em, em determinadas condi-
de tod e acõrcto com e penetrar a aura d e outro ind 1'v1'd uo, onde se fixam .
os os enf e1t1"am
.. ea tsua na t ureza mal e' t·
)' n os" ' se1am · tca ou be. ne· f tca. Essa é a; razão
conscientes
ou inconscientes, que tantos
-20 _
males causam aos in di víduos qu e por io-n orân c·
proteger-se e li vrar-se dêsses eleme nt os t,p síq~ ic<i)a ou_ fraqu eza não pocl
s, cri ados e _exteriorizados em
.
pe 1os piores sen t·1111 en t os h um anos,- O <'> DIO e O M ÊD
causadores de maus element os ps,quicos qu e pocle O _sao _os maiores
I
criadores, e eventualm ent e a out ro s indi víduos atac: I0 evar . ª. . rullla os seus
r xteriorízados. _Tôda exaltação emoc ional excessiv~ ~ Ps~' esses el~me ntos
pode causar séna s desorden s pelos clc111 entos demas· d mpre peri gosa e
que podem con gestionar e desorga ni za r todo O sistem , 'ª os fo rtes que cria e
. , , a ne rvoso. '
Em estado de excess iva ex altação emocional c
ira de ódio ou de mêdo, em que o indivíduo parece' "p~mdo nos momento<; de
1

Superior é lit~ralmente expu lso do organismo pela violê~ c1~ ~ cab~ç a", ~ Ego
corpo de deseJO , e nesse estado perde o hom em tôda a su a roas ~ibraç?~s elo
fican do exposto ao ataque de qualquer elemento infe~ior ~ teça~ espmtu al ,
cm sua aura e fixar-se em seu corpo psíquico antes que ~e po e penetrar
e retomar o seu organismo. Êsses baixos elementos ps~ ui~ p~ssa vt tar
mais inferiores do mundo de dese1· os são uma tri ste reali'dad s, dos Panos
·t . .. ' e e evem ser
toma d os mm o em conta, pois a eles se devem todos os casos de pe t b -
r.J d b - , r ur açoes
l1esoit· ens nervf~sas e o ~esds.o~ds. A atuação dêsses elemen tos inferiores qu~
pene ram e se ixam em m iv1 uos nas condições antes descritas é verdadei~
ramente tunesta, porque constituen_i u.m~ vont.ade ~stranha, um impulso cons-
tante e mcontrolavel, dentro do mdividuo, impehndo-o a praticar as mais
baixas e bárbaras ações, até o crime ou suicídio.
A indivíduos nessas condições o Evangelho chama "endemon inhados",
ou possessos do demônio. , Muitos indivíduos considerados simplesmente
loucos são, na realidade, possessos ou . obsedados por elementos estranhos.
Nestes casos já não é o próprio indivíduo que age. O Ego legítimo está
afastado do seu corpo, e embora ligado ainda a êle pelo "cordão prateado",
não pode retomá-lo nem controlá-lo, enquanto o elemento obsessor domin a
e controla o organismo desordenadamente. A possessão nunca pode ser com-
pleta, mas apresenta às vêzes características tão acentuadas que difi ci!mente
podem ser reconhecidas. Especialmente os olh~s_, nunca podem_ ser dommados
por uma entidade obsessora. No obsedado a ins dos olhos nao se al!e ra, as
pupilas não se dilatam nem se contraem, _como n~s pess?as normais. Os
olhos tomam uma expressão dura, fixa e vidrada, 1mpress1onante. - - . _
A cura de obsedados depende da expulsão da entidade obsessora, edisso
em determinadas condições pode ser conseguido pe.la Vo~tade ae~~cib:es~
consciente de um indivíduo espiritualmente desenvolvi~o. r c~~a às vêzes,
sões tem sido realizada em todos os tempos, ~ ª. Igt·reJ~ , repao~z um' sacerdote
com o seu rito de exorcismo, eficaz quando e P a ,ca 0 1

realmente digno · dêsse título. . t·ctade


I
obses-
. · · ,
Diante de um md1v1duo esp1ntua men . · · 1 te . _ oderosa da aura de
desenvolvido, a en
sora sente-se dominada e constrangida. .A. irradia~ao ~ra restringir e impe-
-~f
um indivíduo consciente do seu pode.r espintual ~as 1 m O obsedado, m,as a
0
dir as manifestações das baixas entidades que ,~0 de Vontade, que so em
sua expulsão definitiva depende de ~m poderoso ª .
determinadas condições pode ser aphcado.

- 21 -
e :\ p í T U L O 5
M ti eus co ntém as primeiras
o quint o cap ítu lo do ~vangcll! 0 segundº lh is \u ~ 0 Esp írito de Cristo,
norm as superiores, os pri11~e1ros cnsir_1~se eS~~;!~or da Human idade, ~!er~ce_ a
.á integrad o em suas funço es de Ou , 'd e atentam ente que o Cn st1a-
J , E' ·so que ~e co11
PRÁT JCA cons tan t e, d e
todos o~ homens. ~ prec1 :;- ~ , O de vida s1 er, urna
ni ~mo" e u111.1 REG l, A, um ML OD 1
todos os dias, cic t()das as horas. ·a de que só a PRÁ-
d t
E' preciso que se espcr e ,w ~- . ~
Es tudante a consctenc1
•A

d, , modificar as condi ções da


TICA, sincera e firme , dessas REORAS, po era , icos e des pertar em
sua alma_. c,rga ni za r _e r~gcneri1.r_. os se us_ veí~~1 ~~á p;~~~en te ao Cristo Sal-
seu intenor a Co11sc1ênc1a Esp111tual qtte o g
vador na-scido em seu coração. , " . . _ ,,
OCristia nismo não é uma simples questão de "crença", ou oe opm!ªf- ·
Não basta acreditar em Cristo, conhecer a sua histó ria, ou declarar-se cns ao
e pertencer a um movimento intitulado cristão. _. .
Ser "Cristão" é SENTIR-SE LIGADO A CRISTO, e tsso depende ele
uma cond ição de alma, um estado mental e em?cional abso!utamente :ect:r=
minado, que desperta no indivíduo certas capac1da?~s supeno;es de P r ~
cão e sensibilidade. Enquanto não se alcança prat,camente e:se estado ae
; !ma não podem manifestar-se os centros espirituais de percepçao_. .
Só a prática absolutamente determinada dessas Regras de Vida Superior
pode elevar as vibrações do "corpo psíquico" e forçar o despertar dos cen tros
espirituais, estabelecendo o contato da consciência humana com o seu Ego
Superior, seu próprio Espírito.
As oito bemaventuranças são consideradas como os alicerces de tôda a
prática do legítimo Cristianismo; devem ser realizadas de forma efetiva,
porque delas depende a regeneração e estabilização das condições an ímicas.
Para expôr êstes primeiros· ensinos, Jesus "subiu ao monte", express ão co-
nhecida na terminologia esotérica como indicando um lugar alto de Iniciação,
uma Escola Superior.
Sàmente aquêles que por seus próprios esforços sobem das planícies e
lugares baixos para os montes ou as montanhas colocam-se em condicões de
receber êsses ensinos e compreendê-los. Enquanto o homem se conse~va nas
baixas e egoístas condições de sua natureza inferior, enquanto não se eleva
para ~s regiões mais altas de sua natureza superior, não pode compreend er
os ensmos e conselhos do Ego Superior, do seu Cristo Interno.
* *
_1 • . '~Bem~~ent~rados os h.umildes de espíri~o ( os simples, modestos, ctes pre-
~::c,o~os, ~Lb111 1ssos; :espe1to.sos ), porque deles é- o Reino dos Céos, porq ue
az q~!tarao O dom1111.o_ de s1 mesm os, e es tabelecerão o rein o dos céos ( da
E ' "Be10rd em, d_a feltc1dade) dentro de s i mesmos.
eh 1
: aventu 1ados os que ch oram, porque se rão consolados". Os que
po~r:~~;~º ~~iq~e sofr ~m, e o _so frimento alivia as cargas do des tino. Chorar
0
çoes, po, suas faltas e erros, por suas fraquezas e defeitos, é

')')
':lemonstrar verdade iro arrcpcndi111 e11to, e só se redime e se corr ige quem
prova o .arrepend im ento cn lll lé1grimas.
3. "Bemaventurad os os mansos, porq ue ll erclar ão a ter ra". Manso é o
homem q ue se dom ina , que não se alte ra qu e não se torna violento iracivel,
1 1

prepotente, ex igente e in submi sso. São os man sos ciu e he rd arão, que domi-
narão e se rão se nh ores de tôda sua na tureza terrena.
4. ''Bemaventurad os os que têm fo 111 c e sêde de just iça, porque êles se rão
fa :-tos". O mais elevado e prec ioso sentim ento é o se ntim ento de justiça.
Sentir fo me e sêde de justiça é rccon l1 cccr a necess idad e abso lu ta do RE S-
PEITO, da ORDEM, do DlREIT:O, da DI SC IPLI NA; é res peitar os direitos
al!1cios, é respeitar os interêsses humano s ; é defe nd e r a ordem e o bem soci al.
Ser justo é res peitar, em absoluto, os direitos alh eios e defendê-los decidi-
dam ente. como s•e fôssem os seus próprios direitos . Ser justo é não explorar
e nãoabusar nunca da fraqueza, da ignorância e das falhas dos seus seme-
lhantes, mesmo que sejam injustos para conosco. Só os que são verdadeira-
mente justos são apoiados pela Justiça Divina, e serão fartos da mais preciosa
essência emanada do seu próprio Espírito Interior.
5. "Bemaventurados os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia".
Misericórdia é a virtude de sentir-se compaixão pela miséria alheia, é a dispo-
sição de perdoar, de não se ofender, de não querer vêr as falhas e erros
alheios. E' um estado ·de alma que "não considera o mal", que se baseia no
princípio de Amor e de Altruísmo. Só quando se coloca o homem nesse
estado de alma pode sentir-se aliviado e descarregado de suas próp rias mi-
sérias, porque eleva sua consciência acima das regiões inferiores do mundo
de desejos, onde vibram as fôrças repulsivas, chocantes e destrutivas, que
exigem "ô lho por ôlho e dente por dente'?.
Só quando a consciência se eleva e escapa da brutal imposição das fôr-
ças repulsivas pode receber a benção inestimável das fôrças atrativas das
regiões superiores do mundo de desejos, que proporcionam alívio e harmonia
interior. Enquanto se mantém a consciência prêsa às fôrças repulsivas dos
planos inferiores e se vive como instrumento cégo do egoísmo e dos senti-
mentos· brutais que não reconhecem nem admitem a misericórdia e o perdão,
continua-se sujeitos às reações e repulsões dessas fôrças fatais, causadoras de
tôdas as desarmonias, desordens e misérias, que desorganizam e aniquilam,
que desvirtuam e arruínam a alma humana.
Alcançar misericórdia para si mesmo é elevar-se acima dessa região
f atai, em que predominam as fôrças repulsivas, é libertar a consciência das
leis da fatalidade.
6. "Bemaventurados os limpos de coração, porque êles verão a Deus". Da
mesma forma, a limpeza de coração é um estado de alma que se estabelece
quando a consciência se afirma definitivamente nos planos superiores do
corpo de desejos, o que permite que a sua ação regeneradora e purificadora
domine e regenere tôda alma humana.

- 23
· - , 1 h " a Deus" ou melhor perceber
S? entao torna-se poss1vc ao omem ver
A

, .· ' , ·t '
e senttr a presença do seu Deus Interno, do seu propuo Esptn º·
7. "Bemaventurados os pacificadores, porque êles serão ch~ma~?sA fi!,hos
de Deus". O que mais importa estabelecer na alma humana e a , P Z ; a
HARMONIA, o equilíbrio interior. Só nesse e~t~do de alma e poss~vel
influir sôbre o ambiente exterior e tornar-se um pac1f1cador das almas alheias
A influência espiritual de um homem em tal estado supe_rior de alma é ve~da-
deiramente excepcional. Em qualquer lugar que esteja, mes~o sem dizer
. . .":' , uma palavra, só com sua presença, influirá pode~osamente,.. sobre to?~s ~s
; que o rodeiam , pela irradiação amorosa e harmon10sa_ ~as forças esp1ntuais
da sua aura . Junto de tal homem todos se sentem allv1ados ,_ ~eguros e cal -
mos. Com facilidade, sem esforços especiais, consegue pac1~1ca,r . as al mas
dos outros, restabelecer a calma e o equilíbrio, despertar o rac1 oc1mo e o en-
tendimento. Todo mundo admita e se submete, instintivamente, aos verd a-
deiros pacificadores, às almas equilibradas· e harmoniosas que conquistara m
a paz interior. Serão considerados realmente "filhos de Deus".
8. "Bemaventurados os que têm sido perseguidos por causa da justiça, por-
que dêles é o reino dos céos". A eliminação dos elementos inferiores da
alma humana não se processa sem lutas interiores, e para manter-se a linha
ju~ta é preciso sofrer as reações dos impulsos inferiores criados anteriormen-
te, que procuram, a ·todo transe, _dominar o homem e desviá-lo dos seus ideais
d~ justiça, de ordem ~ de harmoriii Nessa perseguição esgotam-se as ener-
gias dêsses elementos inferiores~. quando o · homem resolutamente se neo-a a
~tendê-los,_ e. com_ o tempõ exting-4-em-se completamnte, dando lugar à P~az e
a _Harmonia mterior, ao completo domínio de tôdas as fôrças da Alma esta-
h:}ec~ndo o reino dos :éos ct...entri do . .hotnem, o Império completo da 'Cons-
c1enc1a e ~a Vontade sobre toda~ as forças superiores e inferiores.
. _ "B~maventurados sois quando -~_os injuri~rem, vos perseguirem e men-
tindo disserem _tpdo o mal contra vos por mmha causa" o 1·d · "
riores do e. ristiànismo jamais- serão ,comp· reendido·s pela me · t l~d d.eais s~pt.
· 1· d • • n a 1 a e ego 1s ta
ma t ena 1za a- e m1usta do homem comum incapaz de rb t .,.. '
eia dos planos inferiores de desejos. Os ;e-rdadeiros e· . t t~r ar _sua c~nsc1en-
preendidos no mundo e, embora se·am os mais - st ns aos nao serao com-
mesmo, despertarão a desconfiança Ja reaç~
portanto sofrer injúrias calúnias ~ ªº. e~
'
an
i~ º.s . do homens, por isso
tpaha de muitos. Poderão
exemplos dessa espéci/ persegmçoes. A História está cheia de
Todo homem sinc_ero e justo ue d f . .
dade, a liberdade, está sempre su'·e9t , e ende o direito, a justiça, a igual-
o. egoísmo prepotente e tirânico] ~~ ~ pe~seguição, à calúnia e à mentira.
vaidosas qu_e dominam a mentálid d tnte~esse~ mesquinhos, as pretensões
nenhuma atitude contrária e a e social nao perdoam nenhuma voz e
Jh:s pareça um obstáculo 'ou ~;f:uram Jªt~lmente eliminar todo aquêle que
ate mes_m,? a mentira e a calúnia rvoN nisso empregarão tôdas as armas
~:;s:g~~çr~°a:d!mboraV não desejass~
, e a erdade nunca é be
ne:~~;1~:::::-
b.
~risto pôde escapar des~~
into neste mundo. Mas ê'e
m rece ida neste mundo. i

- 24-
Sofrer perseguição e injustiças pela causa de Cristo é a mais alta prova
do "cristão" , é a sua "prova de fo go ", porque só quando se está disposto .ao
sacrifício e ao sofrim ento prova-se que se tem realm ente valor, que se tem
um Ideal.
E' impossível demonstrar que se am a a Verdade sem estar disposto a
sacrificar -se por ela. Enquanto tememos o sac rifício, não demonstramos
nenhum valor, nem provamos a sincerid ade.
"Alegrai-vos e exultai, porque é grande o vosso galardão nos céos; pois
as~im perseguiram aos Profétas que existi ram an tes de vós".
* * *
''Vós sois o sal da terra".
O sal tem no Esoterismo o significado de "sabedori a" ou ENTEN DI-
MENTO , e nesse sentido é aplicado aqui.
Os verdadeiros cristãos guardam a Sabedoria e não podem deixar que
esta Sabedoria se corrompa, ou não haveria mais possibilidade de regeneração.
"Vós sois a luz do mund'o".
Sem a luz do conhecimento cristão só haveria trévas e se paralizaria a
marcha da evolução. Não é possível esconder-se essa Luz, porque o mundo
tem absoluta necessidade dela. "De tal modo brilhe a vossa luz diante dos
homens, que êles vejam as vossas bôas obras e glorifiquem o vosso Pai que
está nos céos".
"Não penseis que vim revogar
. .
a Lei, ou o,s Profétas; não vim revoga r,
• li
mas cumprir .
O verdadeiro Cristianismo é o cumprimento da Lei. Não se é cristão
sem levar à prática o ensino da Lei, em primeiro lugar; essa mesma lei que
se ensina às crianças, mas que depois ninguém se lembra dela.
Aqui se refere Cristo. às Leis de Moisés, às bases e o fundamento da
salvação e regén_eração humana. O grande mal e o grande perigo da nossa
época é a quase absoluta falta de respeito e de obediência às Leis de Deus.
O mais extraordinário e assombroso é que todos se julgam cristãos, justos e
bons; todos se con,sideram justificados, todos aparentam piedade, para irn..
pressionar o próximo apenas. Todos são teoricamente cristãos, mas na prá-
tica fracassam desgraçadamente, porque não se preparam nunca inte rio r..
mente, nunca chegam a compreender a inutilidade das suas belas teorias que
jamais se confirmam por átos.
O cristianismo popular não passa hoje de um sonho, de uma fantasia
religiosa, para uso externo apenas. Com a decadência religiosa dos últimos
séculos, o cristianismo da nossa gente tornou-se apenas um formalis mo, um <

hábito social, que se sustenta por uma série interminável de interêsses ma-
teriais e sociais, unicamente.
"Enquanto não passar o céo e a terra, de modo nenhum pas.sará da
Lei um só "i", ou um só "til", sem que tudo se cumpra".
O que rege a evolução espiritual do homem e do mundo é uma Lei da
qual ninguém escapa. Procurar conhecer e-ssa Lei e respeitá-la é o Cami-

- 25
nho Reto da Rege neraç ão, da purificação, ela ilum in ação. É q,ue .ª ação dessa
Lei se manifesta primeiramente dentro do homem, em sua propn a Alma, e se
confi rma em tôdas as sua s expressões.
O prin cípio da Lei é sim ples, mas in vari ável. "Cada um colhe o que
semeia''. Cri ados à im agem e se me lh ança de Deus, _SOMOS CRI_ADO RES,
e temos de suporta r AS NOSSAS PRó PRI AS CR IAÇoES , e o clestm o ~e raclo
por nossos próp ri os átos. Tudo o qu e pensam os, fa lamos e f~z emos e uma
exteriorização de fôrças aním icas, que uma vez pos tas em mov imento pro du-
zem fat al men te suas -"conseqüências" . Ass im se es tabelece o "destino". De
forma algu ma escapa remos da Lei de Conseqüê~cia, que ~e~ermin a a justa
retribuição de todos os átos, certos ou errados, JUStos ou mJu-s tos, bon~ ou
maus. Importa comp reende r que teremos de suportar a reaçao da pro pria
fô rça que empregamos; ESSA E' A LEI.
As condições da nossa Alma depen dem inteiram en te do emp rêgo que
fi zermos das "fôrças espirituais" que dinamizamos e movimentamos, at ravés
dos pensament<?s, das palavras e das ações. Somos responsáveis pelos
"elementos" psíquicos que criamos em nosso interior e exterio rizamos pelas
nossas palavras e pelos nossos átos. Nossos estados mentais e emociona is
s e materializam desta forma, e são êles que determinam as condições inte-
riores e exteriores em que vivemos;
. "Pois vos digo que se a vossa justiça não éxceder a dos escribas e
faraz'!us, de modo nenhum entrareis no reino dos céos".
. . Por "es.cribas" quer o Evangelho, indicar a classe dos Intelectuais ma te-
nahstas, dos que estudam m~ito, dos que forjam idéias e as exploram, mas
que nunca chegam ao conhecimento qa Verdade. São os sofistas os ar gu-
~entadores, ~s inventores de filosofias e de planos salvadors, qu~, em rea-
hdade1 nunca salvam a ninguém.
. São os "~ábios dêste mundo", que interpretam tudo ao sabor das influên-
cias de cada ~po_ca, que se servem de tudo para conquistar fama e dinhe iro
Exploram as 1dé1as como o negociante explora as suas mercadorias Ca -ac~
tenzam-se pela VAIDADE e pela INVEJA. . r
"Fari~eus" sã? os que .se esf~rçam em parecer religiosos. A eaam-se
:~ ] 0 rrnahf.m~ mais exagerado; sao intransigentes, conservadore/ "c onsi-
c \ m ª re igiao - "uma necessidade social", que deve ser sustentada a todo
f
e~~1~'rf;r~u:el~~ante s seus próprios. interêsses mesquinhos. São os que
HIPOCRISIA. 1g1ao, e .azem dela negócio. A característica dessa classe é a
A juS tiça de ambas estas I .
é personalista, interesseira fal~ asses, tan_to. dos escnbras como dos farizeus,
como no campo reli ioso de ª e n~a~enahsta. Tanto no campo da idéias
o~asional, fugindo s~mpre }:n~:% unicamente o seu interêsse mesquinho e
disfarçar a todo custo. ade, que temem e procuram encobrir e
O domínio interior r
ceito mais alto de Justiç:.prexej~~~f fel~ "Reino dos C~os", exige um con-
ç nao se altera, nao se torce, nem se

- 26 -

l
. A Lei Divina qu e rege o des tino
age ita aos interêss es egoístas e mesquinhos o dentro elo homem é inva riável.
açã
human o é absolu tamente JUSTA e a suames mo, porqu e não pod e ser apo iado
O qu e é injusto está condenado em si o se u apf>io ca i no domín io elas
pela Lei Sup eri ()r, e aq11ilo qu e não recebe ínam. Não há NE NH UM A GA -
Fôrças Inferiores, de Repul são, qu e o arrul -fôr o campo el e ação.
RANTIA naquilo qu e 0 IN JUS TO , seja qua
* * *
u irm ão esta rá suje ito a julg ame nto ".
"To do aqu ele que se ira con tra o se
Tôd a emoção violenta, a ira, a cólera,
chegue ou não a manifestar-se em
a humana , que sempre pro -
da alm
.:Hcs, são exaltações de ene rgia s in ferio res ind ivíduo . Cad a vez que nos deixa-
d11zem seus efeitos dan osos ao próprio esp écie podemo s chegar a um áto
mos arre bat ar po r uma exaltaç ão des sa dominemos a tempo e recalquemos
de violência e selva geria . Mesmo que nsci ênte êsse germ e de violência
essa exaltação, guardamos em nosso sub-co
e de ódi o, que pro cur ará desenvolv
er-se em nosso interior como um ELE -
O DE PER TU RB AÇ ÃO , DE \DE SO RD EM e de DE STR UIÇÃO, em
MENT -se. O ó DIO recalcad o, em qual-
procura sempre de um meio de exteriorizar A, de INVEJA, de MÊDÜ, trans-
quer das suas expressões, de IRA , de CóLER igosos . Cria es tados de al ma de
forma-se em COMPLEXO, dos mais per r ao desequilíbrio psíquic o e à
tal forma per turb ado res , que podem
leva
loucura.
ta no altar e aí te lembra res-
11
Se esti ver es pois apresenta-ndo a tua ofer
ti deixa ali a tua ofe rta dia nte
1 1

que teu irmão tem alguma coisa contra 1 irmão e d'e poi s vem apr ese nta r
o teu
do altar vai primeiro reconciliar-te com
1
1
11
a tua oferta •

Se cometemos uma falta contra alguém e


temos consciência disso, se nas
persiste, é de extrema conveniên -
nos sas prá tica s espirituais essa lembrança
com o nosso ·irmão ofe ndido, ou se
cia que pro cur emo s reconciliar-nos antes s rea liza das nesse esta do de
o inú teis e pre jud icia is tôd as as prá tica
torn arã
' a Deus, não se mo vim ent am fôrc as
alma. Com ódi o no cor açã o não se ora
acio nar as fôrças da nat ure za in'fe -
espirituais, e todo esfôrço feito só pod e
arru ina r.
rior, que aumentam o mal e aca bam por
* * *
ele que põe seus olhos em U'm a
'Eu, porem, vos digo, que todo aqu
1

o adulterou com ela".


mulher, para a cobiçar, já no seu coraçã
pod e-se tira r as ma is ext rao r-
Des sa terrível afir maç ão dos Eva nge lho s
s con clus ões , que con vém exa min ar aten tam ent e. A que stão sex ual
-din ária
P:e ~de ape nas ao_s áto s físi cos , mas esp ecialmente aos esta dos psí qui -
não se
do é um elemento psíq uic o dos ma is.
cos _e amm1cos. O desejo sexual rec alca
um limite, ma s aos des ejo s sex uai s
pen gos os. Aos áto s físicos há sem pre
olver-se des me did am ent e e cau sar
ocultos e recalcados, não. Pod em desenv
ões psí qui cas e me nta is.
as mais estr anh as per turb açõ es e abe rraç

27
. ·to de possuir, e persistir nesse
-0 se tem o direi , · com essa mulher
Cobiça_r uma ~t~:; ~i\~:
1
1 estado de ~iga~ã~ef;;d~~~a anímica, capaz d~
desejo é cnar e~ do de permanente alt~raça~ cobiça é um estado de alma
é viver. num e1sa~ terríveis conseqüências. ró rio indivíduo e acaba por
produzir as ,p, or perturbar co1nptetame,nte ºobp1·çado como elemento psíquico
que conreça ôb . 0 a vo c ' h •
. . ai· se e projetar-se s 1e h a a êsse extremo, entra-se em e e10
extenonz - . . Quando se c eg
extremamente perigoso.
na Magia Negra. . 'd ,. da extensão dos males causados uni-
Em geral não se faz a menor 1, e,~ os derivados de cobiças e desejos
camente pelos desrcgram':nt?s P~~~~tc das desordens nervosas, pertu rbaçõe:s
sexuais recalcados. A m:iort~, t~ . ~berrações e desordens mentai s, tem
psíquicas, descontro~es . cmoc_t0n~~s~lcados que naturalmente procura-se sem-
como fundo os dese1os se~uais r cionar a extrema facilidad e com que
pre encobrir e disfarç~r. Acresce m~~ se transforma em 6010, quando não
êsse sentimento e des~JO
alcança nenhuma
d: amor
s~t~sfaçao, ed
se:~
enta
eram-se no interior da alma huma na
·fs conseqüências serão desastrosas.
condições ainda mais desgraça as, CUJ
* * *
- . . ,,
"Eu, porem, vos digo que·absolutamente _nao 1ure1s .
Jura-se pelo passado, para confirmar algo, ou para o futuro, assumindo
um compromisso. . , . _ ,
Jurar pelo passado é supérfluo e .inútil, porque,º. Juramento nao afetara
em nada a verdade dos fatos . ~egistrados . n~ Mem?r!a da N ª!urez~ To~o
juramento dessa espécie leva em si o .ger~em da. duvida,_ e mm tas vezes nao
passa 1cte <:apa à mentira. A Verdacie , nao precisa de 1uram:ntos para se.r
Verdade. Juramos quase sempre para :agradar aos outros, nao por amor a
Verdade.
Se o ique juramos n·ão é Verdade, e disso temos consciência, então entra-
mos em cheio na fraude, no engano, na mentira, ou· na calúnia, e seremos
moral e espiritualmente responsáveis por tôdas as conseqüências da mentira
que fizemos aceitqr como verdade. Uma afirmação mentirosa não tem onde
se apoiar espiritualmente e inicia, imediatamente, a sua auto-destruição, e
destróe no seu criador a potência moral.
Jurar pelo futuro é assumir um compromisso de sérias conseqüências,
~orque o e~emento psíquico criado pélo juramento exigirá o cumprimento do
ato prometido e, se. não fôr atendido, constituirá um elemento de constan te
pertur?ação da consciência, que não darã mais sossêgo ao seu criador. Quan-
to mais O indivíduo fôr sensível e consciênte mais perturbador e peri 0 oso
f 'do efe't
será 1 0 d" ·
esse eIemento criado '
pelo juramento que não cessará a::, sua
ª 1v1 ade, enquanto não fôr realizado ou transform~do em áto. .
isso Ne' u_nca sadbemos exatamente º. que o futuro, o destino nos reserva· por
1mpru ente e perigoso a · • ' ·
f.;iremos isso ou a uilo ssum1r_ compromissos formais, ou jurar que
elemento psíquico iiad~ ~ufr, talvez nao possa~1?s, mais tarde cumprir. O
um impulso constante e for~a~ 0 cegament_e, e exigira o seu cumprimento, com
ç , que tera de ser atendido, ou se transformará

-28 -
rm an en te de pe rtu rba çõ es int ernas, ele desassossego, de alte-
numa fonte pe e.
rações e desordens de tôda espéci
* * *
.
"Não resistais ao- homem mau"
antagonismo e ód io. Resistir é provocar
Resistir ao mal é provoc,ar luta, l maior.
almente um ma
a violência, e a violência gera fat ão aquilo que o_ seu destin o e a
sof rer á · '!u nca , sen
Ninguém sofre, _11~ 111
111 1am . O ho mem mau nao passa
de um
esp irit ua l deter11
511 a necess
ida de
o, qu e no s faz res ga tar as no ssas dívidas es pir ais e
itu
in strumento do de stin isões do
resistên cia só de mo nst ra qu e não querem os aceitar a dec
a nossa a Justiça de Deus .
destino ) e nos revoltamos contra O, é
rda de iro "cr ist ão " sab e qu e tudo o que lhe ac ontece é JU ST com
O ve à po rta
M e NE CE SS ÁR IO . Ac eit a ·o mal que porventura Jhe ba ta rta é que se
BO
dêle, nem o teme. O que impo
absoluta confiança e · não foge mau que nos faz sofrer. Es sa é a questão
aprenda a não odiar o homem o sofrimento, que nos ca us are m como um a
principal. Aceitemos o mal, ou es e de paciência, porque, na verd ade o é.
tud
provação e um exercício de vir e resistir ao mal é perpetuá-l o, é fraca ssa r
Revoltar-se diante da 'provação , é forjar maiores males futuros.
perante a consciência e o destino
* * .*
s ini mi go s e orai pe·l os qu e vos pe rse gu em , para qu e
"Amai aos vosso
que est á nos céos".
vos torneis filhos do vosso Pai pri o Eg o e
sp ert ar a Co nsc iê.n cia Su pe rior e ligar-se ao seu pró
Pa ra de
AM AR A TO DO S E A TU DO . Se excluím os os
Criador, só há um meio: de mo s a am ar completamente, nã o sabem os
nossos inimigos, ain da nã o ap ren tos
ssa alm a no ma is alt o sen tim ento_ e est are mo s sem pre sujei
estabilizar a no
a uma queda fatal.
s são , sem o sab ere m, os no ssos pro va do res , os co n-
Os nossos inimigo tua is, os nossos tre ina do res , e embora
ssa s co nd içõ es esp iri
firmadores da s no OS NO SS OS VE RD AD EI RO S AMIGOS
isso pa reç a um pa rad ox o, são
ESPIRITUAIS. e nos aceitam e toleram tais
ram os "a mi go s"? Ao s ·qu
A quem cnnside ou co nv en iência pro cu ram ai no ssa com-
s qu e po r int erê sse
como somos? Ao os e ob rig aç õe s continuam ao nosso lad
o;
qu e po r co mp rom iss era m
pa nh ia? Aos e po r isso nos ag rad am ? Os qu e esp os
m os no sso s fav ore s,
-os que ·espera va gâ nc ias ; os que ocultam e dis
far ça m
hia no s víc ios e ex tra
nossa co mp an
ez as; os qu e se ap oia m em nós po rqu e pro cu ram pro -
nossos defeitos e fra qu e ex alt am a no ssa va ida de e o nosso am
or
qu e no s lou va m
teção e auxílio; os
nossos interêsses e pre ten sõ es?
pró pri o; os que favorecem os êss es, ex ata me nte , qu e difi-
"a mi go s". Ma s, são
A êsses consideramos l, que im pe de m os no sso s
I

sso de sen vo lvi me nto esp iri tua


-cultam, pe rtu rba m o no ex alt am e ali me nta m as no ssa s fra qu ez as ,
su pe rio r, qu e
pa sso s no . caminho

- 29 -
ontos fracos; que nos impedem de
. I os nossos·ntenções
P . , . - d .
m e est1111t1 a111 · d 1 mais senas; que nao a m1tem
ta
·da cle. qu e nos afastam .d as. ·qtic es tão prontos a cn. tear e condenar
·t·
q ue sus t en
, e êlcs desejam . •
e es pe1am que se. jamos.
vêr a rea l1 a que
-e,i, ,
mu dc111o,s de .vt1 aclu
e se opo - . 1cs daqu i o . 1 . ct· ,
se~te11faJ11 0S ser d1fcrc11 , . ade é un1 comprorms so qu_e prenc e o m _1v1cluo a
,E. ·ca ra o·eral , cada 311112 . e' muito difícil desligar-se. P or isso di sse
111 , :::- :::, d' - ' S das quais . ct·.i:· ·1 l l
., ·111i11ada s con ,çoc ' ,d . ele flôr es é mai s t i1c1 e e romp er-se e o que
de t e, ~ . _ "U ma ca eia
Eliphas L_cvy. . ·o "
uma cadeia ~e fe1, . ~ ern sua carta incluí da nos Eva,~ gel hos : - "Não
d , ,·ni'mizade contra Deu s? Procura r a ami
.
Disse Sao Thtaºo,
sabeis que a amtz e
· a ie °do mun
d . e ,
. dar a todos e submeter-se a mentalidade
) • ·-
zade do rnundo, ~rete 11 ei . agi_~a O mundo 'é ·fatalmente indispôr- se contra
ea-oísta e interesseira que .gove11 e' 'con'lprom'eter- se espiritualment e. Se nos
::,
todos os pnncipt0s
· , · supenores 111
. ad'e do mundo teremos de abandonar os nossos
deixamos absorver pe 1a an11z '
ideais superiores. · rocurar e cultivar AMIZAD ES , escolhendo crJm
~ntretda~to, P.rec1staomoos~ ~ossos amigos entre_ aquêles que demonstram as
atençao e iscermmen
·ct d . d e. e, aque1a que
a melhor , conduta. A me Ih or am1za
melhores qua l1 a es e ' lh 1·
é franca, sincera e desinteressada; que exalta em nos as me ~res qu_a ida-
1
. os encoraJ·a , nos anima e aumenta- o nosso valor.A As boas amizades
~l
d es, que n . . . . , . · S,
são raras neste mundo; é mutto d\f1c1l enc~ntrar-se um ~1go. o aqu_e _es
que despertaram em si O AMOR e o ,~~7R~IS~?: os que vivem pelo Esp1nto
1

de Fraternidade podem ser realm~~te . amigos .


O que é preciso considerar, se-riatne_nte, ' é que DEVEMOS AMAR A
TODOS, sem distinção; sejam. ou não amigos, até mesmo ·aquêles que deixam
de ser nossos amigos, que se declaram. inimigos. Não podemos exi gir de
ninguém que seja nosso amigo, que ' nos ofereça amizade, que concorde
conosco. Nosso 'Dever é oferecer nossa amizade, é AMAR, sem exi gir
retribuição.
. Se amamos só os que nos arriam, que vantagem temos? Que superio-
ndade demonstramos? T;odos fazem isso,, até os maus e pecadores.
O v:rdade!rp _AMOR não espera nunca retribuição, não exige paga-
mento, nao se 1mpoe, nem se restringe. Vê-se, pois, que só provamos 'que
apr:ndemos a_ amar realmente, quando amamos também aos nossos inimigos,
~q~eles que nao nos amam ' e, talvez, nos odeiam. Só o Amor pode vencer o
odio. Só ~odemos nos proteger e evitar qualquer má influência daquêles
que nos od~1am, amando, êsse é o segrêdo.
. Amar os nosso · · · ..
podermos evitar a ~ 10!mtg~s ~ aq~ele~ que _nos odeiam é a única forma de
Consideremos se •a8 ª ;nfluencia ps_1qmca, e isso é extremamente importante.
n men e que é perigosa a influência psíquica do ódio.
eontra as correntes i fe ·
AMOR. As correntes n nore~ do
. .
º?10.
só há uma 'proteção segura: - o
p~netrar a couraça de pero~:~naçoes ps1qmcas do ódio não poderão nunca
v!brações superiores do A çao. que se forma na aura daquêle que ama. As
v1br~ções inferiores. mor isolam completamente o indivíduo de tôdas a5

- 30-
CAPíTU LO 6

"Não façais as vossas bôas oblias diante do s ho mens, para se rdes vishls
//
por e 1es .
Há duas espécícs tk lJôos obras . A que se faz ap enas " para ·ser-se visto
pelos homens", is1o é, para satisf~zer os co stumes, hábitos e trad ições sociai s;
a gue se faz apcn;is pélra conqui sta r fama el e bom entre os homens. Essas
bôas obras n.7io se fazem por amor, ma s sim por simples interêsse, muitas
vêzes mesquinho. Queremos o louvor, a fama, a consid eração social.
A seg..unda forma ?e fazer-se o be~11 é atender o in terêsse superi or e legí-
timo daqueles a quem fa zemos o bem; e fazer o bem por amor ao BEM. Não
se faz realmente o Bem a não ser quando se ama, e por amor procura-se
atender os interêsses mais altos dos nossos semelhantes.
Todos consideram como bem aquilo que lhes agrada, mas o que nos
agrada ou agrada aos outros ipode realmente não ser um bem, pode até se r
um mal. Todo o bem que fazemos apenas para agradar os outros para con- 1

quistar a sua con~ideração ou obter o louvor social, não tem sentido espiritua l,
porque fazemô-lo esperando uma recompensa imediata do mundo, e a temos.
Tôda ação é expressão de fôrças do nosso corpo de desej os, e quando 0
motivo das ações é inferior, não importa que tenha a aparência de superi or,
não passa de expressão de fôrças negativas e repulsivas do plano inferior de
desejos. · ·
E' assim que a aparente bôa ação, feita com intenção egoísta, expressa
fôrças inferiores, . cujas reações serão sempre da mesma natureza nega tiva e
repulsiva.
Só quando a ação é feita desinteressadamente, por amor ao Bem, é real-
mente bôa e expressa fôrças dos planos superiores do mundo de desejos. no
qual a lei de atraç~o, harmoniosa e construtiva, garante a germinação e .::1
frutificacão de tôdas as intencões melhores.
> >

As bôas ações podem ser feitas, portanto, por astúcia e interêsse, el nesse
caso são movidas apenas pelas fôrças egoístas e exigentes do personalismo.
Uma das maiores preocupações do homem mundano é "parecer ser bom", e
em geral faz o que pode para conservar êsse bom conceito dos seus seme-
lhantes. Só lhe interessa a opinião dos seus sen1elhantes e o seu louvor. Nem
sequer se lembra ou chega a comprender que a única coisa que realmente
vale é a opinião do seu próprio Espírito, do seu Deus interior. Pouco impor-
ta que todo mundo nos aprove, nos considere ou nos louve, que sejamos até
mesmo considerados heróis ou santos, isso nada significará se não fôr confir-
mado pelo nosso estado de alma, se não houver sido realizado interiormente.
Convém observar que sistemàticamente o homem procura enganar-se nesse
sentido. Cada indivíduo acredita- se bom, es pera e exige que o considerem
bom, mas, em realidade, não tem nenhuma segurança das qualidads que se
arroga. Eventualmente , se o ambiente e as circunstâncias forem favoráveis,
pode-se aparentar bôas qualidades e passa r uma vida melhor, ao menos na
aparência, mas. . . com que facilidade muda-se de sentimentos, de atitudes,

- 81-
. ·da uma pequena ofensa, real ou imaginária,
de opiniões! . . . Basta uma , o' ara perde r-se o cont rôle e a capa cte
d~v.
uma desconsidera ção, um pre~ ~~! deifa s cond ições internas. Oom!nad_o s por
dignidade que oc. ultavam ~s fv ·te por um pouco de ra iva ou de ~mve1a, nos
uma emoçao - qualquer, ,na, sº' ' .
capa zes de es ma g ar e des truir , se nao
~
f osse o
tornamos maus e seriam os
mêdo das co nseqü ências. .~
AI e e· bo m em ce rtas ocas ,oes e ma u nou tra s , que pode
I t f f · ·1
. Ora ' a qu ebe qua qualquer momento qu e se a tera e se ran s orma ac1 -
deixar de ser - º':!m estabilidade e firr~eza interna, em reali dade. não é, e
~~e;ct:,
-
t2tso~ Está sempre em perigo de a1terar-se, de se r dom mado por
. ás de exteriorizar o mal e até mesmo o aparente bem que fa z
emoçoes m , · ' -
pode ser apenas a capa que oculta o Mal.
• * *
"Não saiba a tua mão esquerda o que fa.z: a direita".
T emos em nosso interior )duas espécies de estímulos: as fôrças atrativas,
positivas e expansivas das regiões superiores do co~po de desejos, e as fôr9as
neoativas repulsivas e destrutivas das regiões inferiores do corpo ·de dese1os.
braços as -
d uas maos.
h
Nas nossas ações físicas empregamos os
' dois e
Espiritualmente, empregaJnos como braços essas duas correntes psíquicas,
de Atração e de, Repulsão, que devemos controlar e dirigir com a nossa Von-
tade, po.rêm, importa estar bem çiénte . de que não é possível misturar-se
essas correntes sem· qu~ se ponh.a tudo a p-erder espiritualmente. Quando nos
dispomos a agir ' com a :mão </ireita, com ·as .fôrças positivas e superio res do
corpo de desejos, é preciso que· dei'~emos: completamente de lado a corrente
negativa da mão ;esquerda, . ou tüdo-,_s~'rá prejudicado e inutilizado.
Em geral, agimos_ coris_tant~~ente at'terna~do_ e misturando o emprêgo
dessas_ cor~entes, .s~p:nor e mfenor. O~a extenonzamos a corrente superior.
ora a m~enor, _e as vezes .procurat?os misturar ambas essas fôrças , conforme
as emoçoes que eventualmente surgem e nos dominam.
_ O que Cristo ensina neste trecho extraordinário - "não saiba a tu a
mao esq~erda_ o que faz a_ dir~ita" ~ que n_ão devemos nunca permitir que a
co~rente t~!enor de repuisao, negativa e dissolvente se intrometa em nossas
aç0:s positivas e ~up~~iores, sem o que todos os nossos esfôrços e sacrifícios
s~rao fatalmente muhhzados.
~or melhores que sejam as nossas ações, se deixarmos que as fôrcas
repu.]s1vas da "mão es d " 1 •1 · ,
mente os resultad i~er} ne as se ~trom_etam e se exterio rizem junta-
mais ;esultará. os icarao comprometidos, porque espiritualmente nada
Caridade é Amor exterio .2 ad 0 . .. - .
quando nas bôas ações se d"·18 {'1 em atos, ~as Jª nao haverá Caridade
rêsse mesquinho. Então já ! ª ~á vlneno da htpo~risía, da malícia, do inte-
resuJtados espirituais. nao mor verdadeuo, e também não haverá
~ote..se que o Amor, como t Od .
puro, isto é, sem mistura. Tudo O os os sentimentos superiores, deve ser
que é puro tem sempre mais valor.
* * *

- 32-
"Tu, porem, quando orares, entra em teu quarto, e fechada a porta,
ora a teu Pai em secreto, e teu Pai que te vê em secreto, te retribuirá".
Todo ritual exte rn o, feito simpl es mente por tradição, por hábito , para
satisfazer sup ersti ções reli giosas, tem em reali dade uma ún ica intenção: -
são feitos "para serem vistos e louvados pelos homens". Essas práticas
não alcançam nenhuma resposta espiritual porqu e não passam de manifes-
tações de fôrças psíquicas inferiores, ne ga tiv as, incap azes de elevar-se acima
dos planos inferiores do mundo de desejo~ .
Se compreendemos a inutilidade dessas orações para fins espirituais e
superiores e desejamos iniciar a mais importante e preciosa das práticas espi-
rituais1 a ORAÇÃO CIENTIFICA, então devemos acompanhar os conselhos
de Cristo: - procurar um lugar reservado, e co m a po rta fechada, orar ao
nosso Pai, secretamente. Note-se com muita aten ção o que Cristo diz: -
" óra a teu Pai, que está errl secréto".
A ·oração superior deve ser dirigida a "teu Pai", ao teu Cri ador, ao teu
Espírito, ao teu Senhor e teu Deus Interno. "1::le" está dentro de nós, como
o mais precioso dos tesouros e a mais terrível das reali dades.
Nossas orações terão realmente valor espiritual se forem feitas em tal
estado de alma que possam alcançar e movimentar as fô rças superiores do
nosso próprio Espírito, êsse é o grande segrêdo de tôdas as reali zações espi-
rituais. Tudo depende unicamente do nosso estado de alma. Se pelo esfôrço
e dedicação conseguimos no§ colocar no estado de alma requerido, conse-
guiremos acionar as fôrças do nos_so Espírito, de um pode r incalculável , e
alcançaremos os resultados mais extraordinários, em qualquer direção que
desejemós, contando que nos •conservemos firmemente na mesma condição
anímica superior.
Bssa condição anímica, êsse estado de alma, pode ser traduzido por : -
ABSOLUTA SINCERIDADE, ABSOLUTA CONFIANÇA e P UREZA DE
INTENÇÕES.
A oração feita nessas condições movimenta seguramente as fô rças supe-
riores do Espírito interno, que se exteriorizam então pelas palavras pronun-
ciadas na oração, em forma de ELEMENTOS VIVOS, ATIVOS, DINA1'A I-
COS e PODEROSOS que, embora invisíveis aos olhos físicos , são uma abso-
luta realidade nos planos espirituais que nos rodeiam. í:sses "elementos"
se dirigirão ao alvo determinado e agirão com todo. o seu potencial , eliminan-
do os elementos contrários, até a plena realização do fim almejado.
E' preciso !'}Otar, portanto, que tôda oração é uma exteriorização de fôr-
ças, superiores ou inferiores. Pela oração criamos elementos reais, definidos,
da mesma espécie do nosso estado de alma, ou explicando mais claramente,
a nossa própria condição anímica se exterioriza como ELEMENTOS VIVOS
e independentes , que entram a agir imediatamente no ambiente psíquico que
nos rodeia ou se dirigem ao alvo determinado, a qualquer distância que êle
esteja.
Se o nosso estado de alma não é definidamente superior, se a oração é
ditada por qualquer desejo inferior, se leva em si qualquer intenção egoísta
..
ed ~xclusivistae_, s e nao
~ • •
e JU S! a e lco- íti111 a cnt ~ .. , .
os planos 11,-feriorcs de deseJ.() Sn o11 cl~ _;rn c~11 ega-sc u111 ca111 entc de fô1·c""
nes ' · S<tO ativas a
1:.. f" · , n ,~
se, c_aso o element o exteriorizado entra em 1 , s o1ças de repulsão, e
contran os _q11 c rodeiam o alvo a que f oi d es f utt co m todos os elementos
suas energias e se aniquil a, se m cnnsc<T uir r~a;:1zaac o, e ne~sa luta esgota as
E, , • n e · · r o se u 111 tento
poss 1vcl cri ar-se elementos in-fc ri nres odernso .
e prc p~rada , e alcança r-se co m êles os ob' eti f os r , s, se a Vo~tacle é fo rte
0 0st os, mas isso é entrar
em cheio na prfllica da baixae. magi·ae, de· eonscqu J .. "P . r
t' t· , cnc,as fun esta
. t\an e tera" de supo rtar, i11 cvi tflve l111 cn te, as co nse .: ~ . , s, porque o pra-
Ju1zo s qu e esses ele mentos ca usa rern ext cnrnme n t'e. qu enc ,as ele tnclos os prc-

A única oração aconselh ada e ens·l llél u,1J por Cri sto fo i O PAI-NOSSO.
E' f' l
~ ~ u~ na orm~ a admiràvelment e organizada, que atende com absoluta preci-
~ao as _neces s1 dades de todos os veículos human os, como se explica bem no
Conceito Rosacruz do Cosmos".
Convém notar que a oração é um áto que deve ser livre expontâneo
_ ~~ural, e "preferivelmente sem a preocupação de procurar- se f~ ases fei tas ~
11
to1 mul as consagradas pelo uso" e pela superstição.
, Orar é, primiramente, falar natural e simplesmente com o nosso Deus
h_1 terno, e para isso não é necessário procurar frase s especiais. A expressão
-s mcera e expontânea dos sentimentos é o essencial. Devemos nos acostumar
a falar com o nosso Espírito, tão .naturalmente como uma criança tala a seu
pai, sem preocupação e sem afetação.
Sob outro aspecto, também altamente importante, orar é projetar um
el emento psíquico criado pela nossa"vontade, para um determi nado fim .
"Se não perdoardes ao,s homens, tão pouco vosso Pai perdoará as vossas
li
o f ensas .
A eliminação dos elementos inferiores da alma humana está, como tudo.
-su_i eita a leis naturais, justas e irrevo gáveis.
Enquanto a consciência humana se mantém nos planos inte riores co
mundo de desejos, sob o regime do "ôlho por ôlho e dente por dente" , afetada
portanto pelas fôrças de repulsão, reacionárias e dissolventes, não pode6
evitar a justa retribuição de todos os seus átos e expressões. Não poderá,
de forma al guma, escapar das conseqüências de seus átos, das suas fal tas,
dos seus erros e pecados . Está sujeita à leis que regem os planos inferio~es.
Nessas con.dições nJo pode haver para ela perdão de pecados, ou mel~or chto,
elim inação dos elementos inferiores criados pelas suas ações desvir tuadas .
Dominada pelas fôrças repulsivas dos pl anos inferiores, onde tem fix~
da a sua consci ênci a, não pode escapar das reações fatais dos elementos Pst·
quicos in fe riores qu e cria, e el eve sofr er suas reações inevitáveis. Seus peca-
dos e ofen sas não lh e podem ser perdoados, mesmo que eventualmente o peç~)
·nos seus raros momentos de reco nhecimento de suas faltas e de arrep__endt-
mento, mas que em ge ral nunca são co mpletamente sinceros, porque nao ~e
confirmam por átos.

- 34 -
E' prec iso considera r-se ser iam ente qu e tud o o qu e nos acontece é deter-
minad o r eios elementos psíquico~ qu e cr,iar~ os e qu e nos rodeiam , que cir.
culam li vremente em nosso ambi ente ps1qu1co, em nossa "aura". Criamos
a iodo momento, com tod os os nossos átos , co m as nossas palavras, os ele-
mentos psíqui cos qu e reagirão fatalment e sôbre nós mesmos, dentro de um
tempo maior 0 11 menor, determinando assim tôclas as nossas condições inter-
nas e ex ternl\s. Nossos estad os ele alm a, nossas cond ições psíquicas , as
situacõcs em que nos vc111os etwolvidos, nossa forma de reação diante dos
accint.ecimcntos, tudo em firn é cons,,.eqli ência ·fat a.1 ~os elemento s ~síquicos que
críamos, que preparam e atraem todas as cond 1çoes da nossa vid a.
Nossas infelicidades, desgos tos, aborrecim entos, complica ções, dHicul-
dadcs. fracassos, chóques, ambiente s desfavorávei s, tudo é co nseqüência
dêsscs elementos inferiores que criamos e exterioriz amos em nossa aura psi-
ouicJ . A se u devido tempo êles materializam-se em no ssa p rópria vida. Por
~ma lei natural, necessária e justa, tudo o que o hom em cria psiquicam ente
nos planos internos deve "materializar-se" no pla no físico . Essa ''mate-
rialização" deve operar-se com fôrças e materiais fornecid os pelo criador do
referido elemento, e em seu próprio corpo. E' assim que o homem se torn a
material e corporalmente a expressão exata e justa do seu am biente psíquico,
do seu "estado de alm~". Até mesmo o nosso estado de saúde é também
afetado por êsses mesmos elementos psíquicos. Muitas alterações orgânicas
e- perturbações funcionais devemos a êsses elementos da nossa criação e que
lentamente vão-se materializando em. riosso próprio co rpo. Grande parte das
nossas doenças, dores, perturbações e desordens digestivas, se m considera r
agora outros estados mais gràves, são causados e provocados por elemento s
psíquicos inferiores, até hoje muito pouco considerados, porque não são vi-
síveis e não podem ser apanhado s nos aparelhos de laboratório. A medicina
psico-somática começa agora a perceber o efeito, real e insofismá veli dos
"estados emocionais" sôbre todo o organismo, mas ainda não pôde alcançar
todo o sentido de sua "descobe rta", que hoje empolga os meios científicos
Em última análise poderíamos dizer que tôda doença é conseqüência do
"pecado", ou melhor, do emprêgo erroneo e desvirtuado de fôrças inferiores,
da dinamização e exteriorização dessas fôrças, da materiali zação dêsses "ele-
mentos psíquicos".
Quand·o não sabemos ou não queremos "perdoar " aos nossos semelhan -
tes as suas faltas e ofensas, quando somos duros de coração, quando não que-
r~mos saber o que é tolerânci a e paciência , quando admitimos e exigimos a
vmgança, então estamos certamen te debaixo da influênci a excl usiva das
1

F(,RÇAS' DE REPULSÃO, e a nossa consciência mantem-se enfocada e prêsa


ª ?s. plan os inferiores do mundo do desejo. Nesse caso não há nenhuma pos-
sib1ltdade de alívio ou eliminação dos elementos inferiores criados e susten-
tados em nosso ambiente psíquico. i)lesse caso, para nós não haverá perdão.
Teremos de sofrer as reações fatais dêsses elementos, porque não fazemos
outra coisa senão alimentá-los, desenvolvê-los e favorecê-los.
Há, porém, para todo homem uma maravilh osa possibilidade e-um grande
consolo. Se conseguir elevar sua consciência aos .planos !superior es do

35 -
mundo de desejos se decididamente abandonar a lei fatal do "_ôlho por ôlho
e dente por dente':, se despertar em seu i~terior as fôr~as sup~rtores d~ At~a-
ção, de Amor, de Simpatia, de Tol~rânc1a e de Per,dao, e_nt~o pode~a cnar
"elementos superiores" com os quais ~he será p~ss1vel ehmmar e d1ssol~er
os elementos inferiores e perigosos cnados anterw,_rm~nte, ;scapan?o a~s1m
de suas conseqüências funestas. Enq~an_to a_ conscie~cta es~a presa as baixas
condições dos planos inferiores a ehmmaçao ou d1ssoluçao dos elementos
inferiores é impossível.
Enquanto não se alcança ~ma perfeita estabilidad~ e não se, tem uma
vontade positivamente desenvolvida, sempre haverá o pengo de recair e voltar
a consciência aos planos inferiores, e então yol_ta-se a cair sob a !nfl_u~nc ia
dessas fôrças repulsivas que procuram exteriorizar-se através do rnd1v1du o,
impelindo-o a novos · átos de ordem inferior.
Estamos. no presente estado evolutivo exatamente nessa situação. Come-
çamos a elevar a consciência acima dos planos inferiores e alguns já se afi r-
mam, ao menos temporàriamente, nos planos superiores, mas, em geral, de-
caímos com facilidade e deixamos que a consciência volte aos planos inferio-
res; deixamo-nos arrastar pelas suas terríveis fôrças repulsivas. Nosso
"corpo de desejos", como o Mundo de Desejos, compõe-se de sete planos ou
regiões: três inferiores, uma região central neutra, e três superiores.
As fôrças nat.urais das três regiões inferiores são .repulsivas, dissolventes,
reativas. Na região central há um relativo equilíbrio e nela se estabelecr
ê~se estado neutro que chamamos - Indiferença. Nas três superiores rna-
mfestam-se as fôrças atrativas, construtoras e expansivas de todos os senti-
mentos superiores.
Vivemos en:i_ nosso a!ual ~stado com a "~onsciência" enfocada em qual-
quer d~ssas regioes, or~ mfenores, ora superiores, mas a grande maioria da
hun:i~mdade pende mais pa~a ·as inferiores, mantendo-se dificilmente na
reg1ao central neutra ou nas superiores. ·
A Co~sciê~cia humana. . muda assim constantemente de plano, manifes-
1and_? e d1~am1zando ora. forças repulsivas, ora atrativas. Somos, em tudo,
mamfes!açao de fôrças vivas que dinamizamos e exteriorizamos através dos
nossos atos, das nossas palavras, das nossas expressões.
. Prec!samos, portanto, aprender como dissolver e eliminar elementos infe-
nores, cna?os em ~ossas quédas de consciência, antes que êles possam pro-
fatais e perigosa,s '. an tes que possam produzir seus frutos e
causar reaçoes
vocar danos e sofri
perdão dos nossos p~~:J~~·,,_ E isso que podemos entender por "alcançar o
11 d d
No atual estado de inst bTd
sionalmente descer de )ano ª . ª. e ~ fóco. de ~onsciência, podemos oca-
nem mesmo termos te~ 0 c1/tnamizar forças, mfenores e exteriorizá-Ias, sem
queza da vontade faz f
co ~eco~hecer O fato. Qualquer descuido ou fra-
fôrças cégas que de ois se nsciên~ia_ descer de plano e então exaltam-se as
~istas. Só elevandopdepois ~xtenon.~a~ em átos egoístas, injustos, exclusi-
hdo, então, se somos prudentes con_s~1 teia podemo s reconhecer o êrro come-
. e tn e •gentes, compreenderemos a conveniên-

- 36 -
eia de procura r eliminar, o mais depressa poss ível, o mau elemento p • .
ena • •t ave)
· d o, an t es qu e e... ,e nos t ra ga o f a t a 1 e mev1 , s1qu1co
"chóque de retôrno" .
Precisamos de perdão para nossas faltas, para os nossos erros p 1
so f n mentos causa dos a ou t rem,
. .
e para isso . t .
emos primei e os
ramente de ' eleva
a nossa consciência ao~ planos superiores, e então podemos "pedir O perct~ .~
e obtê-lo seguramente, desde que o pedido seja expresso por palavras. ao
esse pedido a~oiado em fôr~~s ~up e~iores e exp resso francamente cria
um elemento superior, que reagira imediatamente contra O mau elemento
criado pel?, êrro_ e o dissolver,~ seg~ramen~e. . Êsse é o "segrêdo" funda-
rnental do perdao dos pecados . N ao se ehmma um elemento inferior senão
- dissolvendo-o com as fôrças de um elemento contrário e superior. N ÃO SE
ELIMINA o MAL SENÃO CRIANDO O BEM.
Compreenda-se também que não se criam elementos melhores sem
apoiar-se em fô tças dos planos superiores, sem fixar-se a consciência nos
planos mais elevados do corpo de desejos.
Em outras palavras; só alcançamos o perdão das nossas faltas quando
reconhecemos o êrro; quando sentimos verdadeiro arrependimento, quando
amamos e PEDIMOS PERDÃO, por palavras ·e por átos.
O nosso pedido de perdão deve ser dirigido à nossa vítima, porque só
assim provaremos a nossa sinceridade, e mesmo que ela não nos perdôi,
teremos eliminado a possibilidade do "chóque de retôrno" da fôrça inferior
criada.
Se de todo fôr impossível nos dirigirmos à vítima da nossa ofensa, então
poderemos nos dirigir ao nosso próprio Espírito, a Deus dentro de nós, e
o resultado será o mesmo.
Tenha-se bem em vista que se nos negarmos a pedir perdão à nossa
vítima, para não nos rebaixarmos, ou "para não darmos o braço a torcer".
também será inútil pedir ao nosso Espírito que nos perdôe, porque já não
estaremos com a nossa consciência nos planos superiores, e o nosso pedido
levará unicamente mais uma dose de energias inferiores, que, em lugar de
dissolver as fôrças más do êrro praticado, irá reforçá-las ainda mais.
Para alcançar perdão E' -PRECISO PERDOAR. Só perdoa reaI1:1~n!e
aquêle que está disposto a amar e fazer o bem, até mesmo a quem lhe d1ngm
o mal.
* * *
"Quancl·o jejuardes não tomeis um ar triste, como os hipócritaS" · · ·
Em todos os tempos considerou-se o jejum como uma prática de p~ri!i•
cação e preparação religiosa. Cristo mesmo, antes de começar o ~eu mmts-
tério público jejuou quarenta dias, demonstra_ndo o seu reconhecimento do
valor excepcional e' da importância dessa prática.
Considerado como purificação orgânica o jejum tem sido experi~e~-
tado e aproveitado, mas o seu efeito sôbre a constituição psíquica é am ª
pouco conhecido.

- 37-
t um período de tempo determi-
. . • dcix 1 r de alimentar-se ~uran e,, ao sistema digestivo deixa as
1
Jc.1ua, rl~sc;ins~) comp leto qu e ass~ 111 ,;~a~l:s para efetuarem uma elimina ..
n;1( o, edoº o' tr~- 'q ffimirn li vres e descn1 ·:ª,1', os org, ân icos, dos venenos e toxinas
f orcas
ç?ío · raprda
. • e e-r·,e~ ,cn· te de 1nc-1Os eis• ·rcsrc ,
acumulados. ··t· arn entc como fôrça de ass imilação
. ·fe sta se pos1 ,v(. - O t ..
O éter q"ím1co 111a111 • -, - e climinaç ao. ur an e r) JeJu111 1

negativ:1mc11t c, como fôrça de_:, cxc r~~~~ cl c;carrega ràpid am ente do orcra _

e ._ f ·1·v· a e a élÇélO negc l :--,


cessa a ativid.1c e posid , , ·fltws e prejudiciai s q~,e se ac~mu ara~1 tllai <:;
s . e extravagâncias el e al 1mcntaçan tão
11 ismo todos os elrmen tos upe i - 1
ou 111 eno~. devido aos erros, ex,ccsso~tc cl']s doenças são devidas a ê)ses r--._
- . i Grance pai c1- --
comuns e gcneral1za< os. • • r1e,Jos mas CJU e permanecem nri (Jr r; a _
. ';- {'veriam ser e11111 tna . , ' . cJ . .- -, .
síduos tóxicos que__ e e ' - do éter químico não po em agir cm trid a
nismo, porque as forças de excreç~do - pPrturbadas em suas func õcs pclr,)
• d ~ · terrompt as e -- ,
a sua cápactda e, sao m 1 rio descanso. As. cons ta ntes e excc~si-
excessos alimen t~res e falta ~o ne~~~~~s e carr-eoados de impurezas. não cl ã0
vas cargas de alimentos, ma es_c~ 1 liminação que sempre é incrJm-
pleta
f
às fôrçaos :xcretot ras - tend1potasnutofrsci:r:~:n~~~ óxicos qu~ se dep osita m em Vá-
a1 a re ençao e _ d d
. · d
nas partes o 01 gamsmo e. . · começam
. sua
.. . açao .envenena
. ora,
d ca usa n ..o,._ uma.
· · de per t UI·I) aç~es
sene o .e desordens oraamcas
º . p1ogressivas, e consequenc1as
cada vez mais perigosas. . ~ .,.
1
Só O jejum, inteligentemente ·pratic~do, p~d_e hberta r a aç~o oas fnrc~:
excretoras que então efetuarão a sua açao purificadora num, cm to ~spaço _e.:
tempo, proporcionando ao o"rg,anismo Uf!I tal e~ta,d? de e~fona, , d_e libertaç a 1 •
de fôrca e satisfação que é realmente extraord_tnano. So a pratica do JeJu ri1
pode proporcionar êsse estaqo de re~oyação- fí~ica e ~s!quic~, em que_ o indi-
víd.uo sente-se tão profundamente diferente, tao eufonco, hvre e reJuvenes-
cido que lhe dá a impressão de ter-se transfor"mado numa nova criat ura.
muito mais poderosa, mais sensível, mais consciente, mais inteli gente. mJi'-
equilibrada: Sem ·experimentar-se o jejum ·não se pode fazer a menor ici éi1
dêsse estado admirável que êle proporciona. Os órgãos de percepção e a
sensibilidad_e em geral à~uçam-:e d~ tal maneira que parecem ultra passa r d:-:
suas capacidades -normais. Nao ha, entre.tanto, nesse estado mais do que
uma condição que dev·eria ser normal no indivíduo não fôra o efeito clé1s
impurezas e toxinas que amortecem e rebaixam a s~nsibilidade que dific ul-
tam as funções dos centros nervosos e reduzem as expressões ct~ intel igênci.1.
~--en~itma prática pode proporcionar melhores condições de expansão de
consci~nc,~ do que O Jejum, e, em todos os tempos êle foi aproveitado com 0
um _pnmeiro passo, em muitos casos de absoluta 'necessidade como prepJ-
raçao para os esforços espirituais superiores. '
Com o JEJUM e a CASTIDADE " . -
libertadas em lar a t _ as forças dos éteres químico e vital sao
centros nervosos ~10 ~;r:2 s:o e \e~orçam e. xtraordinàrian:ente
. as fun\ões dos
percepção, a memória et s:n s ittvos. Todas as capacidades superiores de
nando o estado anín~ico c.íd~~~gem O seu má:imo de ex~ressão, propor~io-
superior. para um esforço excepcional para a vida

- 3R --
qu e ·e· d
Deve-se, entretanto, considerarservandOo-s]e ]~~~ e!~~- ser pr~ticacto com
muita prudência e entendim enprá to, ob
in teli ge nte ·De
1 ita a_tençao as regras
s pa ra sua tic a vemos fnzar que· 0 ..
bem determinada t. d d. be m d ete
. ina da
rm JeJum
, d eve ser pra .1ca o em co n 1c6 es
so fô r feito co m cui ;Ía ~oq~t e po~e
t_orna r-se
e_ pe rig oso à saú de , se nã o l
pr~judicia1 ar ch óq ue s e cl eso rdenc- .v1·t aiprnclencia.sasMa ele
nte po d e ca us s e ner vo
orientado e imprude e ta 1vez a mo rte. . ,)
consequenc ••
1as
A •
1m •
pre v1s

1ve
,
1s,

fins bem deter min ado s : _ p AR


Ac onsel11a-s<:_ o jejum pa ra doisgrande núm ero de enf erm·d d A PURl-
1

de
FICAÇAO ORGANICA e cura UI CA S, ne ces sá ri as aos ~r!n ~! ; ees'.yA RA
RÇ AS PS íQ s orç os
LIBERTAÇÃO DE Fü
espirituais.
un s nã o ap res en tam nen hu m inconveniente Ou pe n· go e
Os pequenos jej · . S ao
, t eis ~
os
, .
un tco s qu e recomendamos d e ·líl •lCIO ·
t am en t e u
pod em ser ex rem . ) n f e, os JeJ · · s de VINT E E QUATRO HORAS~
un
Recon~en amosd , esp ec1 a me rente
_de Lu a-N ov a e Lu a-C he ia. Nesses dias a mudan ça da cor lu-
nos ?ias viv os inc
ica ca us a um ce rto tra ns tôr no psíquico em todos os sêr es ess~s ne; -
cósm então dificuldades di gestiva s, falta de coo r-
exc
e nos ~o me ns. Ob ser va -se
siv ssoas sensitivas, e em geral uma
vosos, mwto ac en tua do s nas pe s humanos. O jejum nesses dia s deixa o
áto
denação e de seg ura nç a nos do ass im qu e a mu dança da corrente cós -
organismo em descans o, pe rm itin
ilidade em nossa aura psíquica.
mica se processe com maior fac
iro be ne fíc io da jej um é o sen timento qu e se des perta
O altíssimo e prime tos , de lib ert ação da imposição brutal e
ert aç ão do s ins tin
no indivíduo, de lib la, do desejo desordenado de comer)
do
éte r qu ím ico , da gu
sistemática do na ho ra ... Aprendemos então a verda de
do
co me r, po rqu e est á
"h ábito" de viv er, e não viver pa ra comer".
ce ito : - "C om er pa ra
sábio pre
e co m êx ito o cam inh o da Ini ciação é preciso que se liberte
Pa ra iniciar-s fun ções instintivas mais enraiza das
,a
do mi na çã o de su as du as as,
o homem da fôr esc ravo das suas funções instin tiv
a sex ua l. En qu an to
digestiva e lso s me cân ico s do s éteres inferi ore s, não
los im pu
enquanto fôr dominado pe pa cid ad es superiores , nem elevar sua
cons-
en tar -se . e dir igi r su as . ca
poderá ori
ciência e expandí-Ia.
da hu ma nid ad e ma l ch eg a a perceber que tôda a sua vidas só
A maioria
: o dig est ivo e o sen su al, e em tôrno dêles gira tôda ~ ua
tem dois sentidos , tod o o seu interêsse, tôda a sua razao
de
os os seu s esf orç os
atividad e, tod
sêr.
ia pr ês a ao s ins tin tos , ê inc apaz de elev~r-se acima do
Com a consciênc os os seus átos. N ªº. pod~ perce~
qu e ma nif est a em tod
materialismo crasso ên cia , nã o pode ter o menor interesse poi
pe rio res da ex ist
be r as razões su
ideais superiores. si-
me ira lib ert aç ão é ind isp en sável, e _correspon_de a uma con i-
Es sa pri desenv olv
ex pa ns ão de co ns ciê nc ia, da mais alt a 1mportanc1a no
derável
mento espiritual.
* * *

--: d
'
')9 -
li

. "Não junteis para vós tesouros na terra ·


A ambição e O desejo insaciável de riquezas, de P?sses, mater_iais, c,om
f f os ·nstintos e perversões que a domina, e a mais ternvel
9lue....Pºdssa sa_,s ·ªazderos ho'mens e a leva a tôda sorte de átos egoístas , injustos
1 usao · a mamn , t · 1·
e contr,ários às leis espirituais da evolução. Ju~tar tes?uros dn~ - erra et t~~r-
se da forma mais deplorável ao mundo,. é escrav1~ar..se as con tçoes ma ena1s,
é exaltar em si mesmo as fôrças infenores ego1stas e prepo~:nt~s, q~e ac~.
barão, inevitàvelmente, por dominar todo o campo da consc1enc1a e 1mped1r
qualquer avanço espiritual. .
Há uma profunda diferença entre TER e _SER. P?de-se ter muitas
coisas até mesmo cultura e conhecimento, sem de1xar .. se de, ser nunca o mes.
mo indivíduo mundano limitado materialista e espiritualmente nulo. O valor
de um indivíduo não ~stá naquilo que ê~e tem, mas naquilo que êle é..,. S~u
valor está na sua capacidade de entendimento, no seu grau de consc1enc1a,
no domínio que possua sôbre si mesmo.
As necessidades da- vida física obrigam o homem a lutar pela sua exis-
tência, a proteger-se contra a fome, a sêde e o frio, a atender às1necessidades
de sua família. E~ verdade, temos de comer o pão com o suor do nosso
rosto, como diz a Bíblia, nessas -condições é que temos de procurar a nossa
Libertação Espiritual: Mas, se levados pelo' egoísmo e. pela ambição nos
atiramos à conquista de bens de ·fortuna, se pretendemos juntar tesouros na
terra, acabaremos fatalmenfe dominados p·elos nossos próprios tesouros, ou
melhor, pelos sentimentos ambiciosos e egoístas que despertamos e alimen-
tamos em nossa alma. O perigo real não está no dinheiro em si, ou nos bens
que se possua, mas no estado de alma que se forma por causa dêsses
tesouros ...
O aspect? mais perigoso .' dessa questã_?, que o ·homem .comum é incapa 7
de percebe~, ~ ? t~rnvel ~e_nt1mento_ de apego e de escravidão que se desen-
volve no md1v1duo amb1c1oso, CUJa alma ~e prende .realmente aos seu s
tesouros, como uma ostra ao casco1 de um navio.
"Onde está o teu te.ouro. aí estará tambem O . "
teu coracão .
. Rev~}a Cristo_ com estas palavras a terrivel verdade de uma lei psí qui-
ca mvanavel, de imensas consequencias na. vida hUt~ana. o homem LIGA
A SUA ALMA AO SEU TESO
ama e dá maior importancia . . URO, àqmlo que mais o interessa, que mais
A figura simbólica adotada po e · t
~ntidos: --:- representa· todas a 8 r ns o ,ne~e caso, o cor~ção, tem doig
vital, CUJO centro principal é O e fo~ças animtcas que constituem o corpo
cional, gerada pelos sentimentos oraçao; _e representa também a Alma Emo-
. e emoçoes. ,
. Conftrmando O que foi dito
ngos espirituais a que O ho no trech? _pre~edente, um dos maiores pe-
t
sas mat~ria-is, aos seus tesou~ :~ eS á SUJetto _e o apego demasiado a coi-
g~ .ª coJSas materiais, se faz dos e:;eStres, quaisquer que sejam. Si se ape-
dinge toda a sua atenção e se dedi~~uros te~restres o ideal da sua vida, se
exclusivamente aos seus tesouros ma-

-40 -
~~riais, cria um_estado de alm~ ca?a vês maies ness ligado e dependente dos ob-
e caso tornará impossível
Jetos que c?nstituem o seu_ ma1_or mteresse, r impulso superior e espiritual
o desenvolvimento em seu mtenor de qualque ão, nem haverá para "I~
Nesse caso não lhe será possível atingir a Libertaç
nen1~u~ia expans. .ão de c_onsciência.,. ~elo contrári?, quanto maior fôr a !s-
nngida.
crav1dao e o apego, mais a conscienc1a será rest
Qualquer avanço espiritual e expansão e consciê ncia depedende da aplL
cação decidida de todas as forças disponíveisdem em direção ao Alvo Superior
asiado preso a coisas ma~
e isso é impossível fazer-se quando se está
teriais, quando todas as forças da alma são or dirigidas à conquista e conser-
importancia do que ao Ideal
vação de tesouros terrestres, a que se dá mai
_!:spiritt~al de Li_bertação.. ~ que a maioria nem siquer compreende é que
sorte de sofrimentos de
esse apego a co1Sas matena1s, além de causar todadências e de ruínas n~sta
desilusões, de perturbações, de restrições, de deca terá o indivíduo atado por
vida ,_ co1_1ti~ú~ !ambem _depois da morte, e man deixou na terra, o obri-
cad:1as mv1s1ve1s, mas potentes,. aos tesouros que. s relacionados com "os seus
garao a suportar todos os futuros acontecimentoátos praticados na terra pa.
tesouros", além de todas as consequências dos
ra conquistá-los e conservá-los. ,
será a situação de-
Quanto maior foi o apêgo, mais difícil e dolorosa
que parece interminável.
pois da morte, durante um tempo talvês longo,
* * *
"A candeia do corpo são osi olhos".
ende da maneira como ve-
Tudo em nossa vida e ·em nosso destino depuram os vêr o Bem, o Bem
mos, ou como consideramos, ~as coisas. Se proc
nós melhores condições de
crescerá em nossas vidas e estabeleceremos em os em tudo o mal, e admi-
alma. Se consideramos mal as coisas, e só vem mente desgraçado em que
timos o mal, criaremos um estado de alma lizesreal
s infe , perigosas e desastrosas.
podem desenvolver-se as condições mai o e alma às corren-
Vêr sómente o m~l em tudo é entregar-se de corpriores, que levam in-
infe
tes mais baixas, às fôrças repulsivas dos planosnessas condições torna-se o
variàvelmente à decadência e à ruína, porque se manifestarão em todos os
homem um instrumento cégo dessas fôrças, que
seus átos, com impulso irresistível. ·
vêr o BEM em tudo,
Nada há mais importante . do que aprender-se a TIDO ESPIRITU~L
SEN
porque, em realidade, TUDO É BOM E TEM UM s, o Supremo Bem, nao
JUSTO E NECESSARIO. No Universo de Deu "aparente" mal, há sempre
existe nem poderia existir o Mal. Mesmo noainda não possamos vê-la e
uma ;azão espiritual sempre bôa, mesmo que
compreendê-Ia.
êle admite, que acei~
Entretanto para o homem existe o "mal": - o que
ta, que vê, que cria, que alimenta em si mesmo.
• • •
-4 1-
. dois sen hor es " .
"Mingue"' po de se1v1r a est ão sernp re ern aça-o d uas _f orças ps
cper· ,· or atr ativ a, co nst rutiva e libe iqui-
A

. de todo 11on1 clll


·
No in te, 1,1or u1·1ibra 11tes, · u111 a ·t· su a ani' qu il ado rad o
e cq • d t t·
ra e es ru iva. U ma i· •
res tn 1v , e
cas opos t a~ .· , rc1J11l e-
ra . ou tra , 18 nfer 101out, ra os1Ma va , l
. .
, t c1 t1 e ex ige um a so 1uça- o, a gra nde c1ue
Jrcsen a tJ d"c 111JJi·o,
ble nW e1o
110111 e1n , -1
. de • - D h "
J g1 ·an e
ser di sso lvH a, · pen
. 1 de B
.1
u
às
e urn a ctec 1sao ..
eved o ornc:rn e\··,)-
- _qOuc deve . fôr ças Su alma ' ela
a sen •ir unr.cam ente . ao·ument en1'o conscient d peri ore.fs te sua
1..-
ta,,
c1d1~-sed ' ~ tor nar-se um ~nSif e e man 1 es ~ça- o, ant ' s
gur ança qu e lhe per m1tirao conquies qut•
ua1 s cve . ullí bt"JO e a se - '-it ar
q ~1;sa alca nçai , 0 _e~
·P '
~•r ento Esp 1ntua1 e , a Ub erta çao. ,. o
0
Entcno1·ese ·ori ·a dos hom ens ess e -
EQU IL1BRI O e: eS\ ;\
11 nte men te, f. a1ta a 111a . 1 , r" a· s for . . ças superi•ore
~EGPr URANÇA intenla . Servim osd 0 ª · s, ora
, , m
as • teri,J
d d ·
~ e coi11 isso cna· m os estad os e alm a cho can tes e esvirtuad os, -
nte que nos cau sam as mai·s estr que nrJ-,
re Si - lt rn profun ame , anha'> e
ertu rba m e · ª- era·nterna
difíceis cond1ç
P o~s 1 . · s e ex rnas ·
ctet erisa m-se por sua ten d enc . . 1a · repu 1s1 ·va, ex-
As fôrças mfenores cabra va na ma
ior ia dos áto s hu man os. O mêdri
c1usiv1· sta, ,ego 1.·sta, •que se O ser •ais a Juta pela conquts
do futu ro, os mte · ta de garant·tas pes
1
resses ma ectr·~~des as preocupaçõe. -
. de van
soais, _ tacrb ens e. como erd s excess ivas: a dE:feq
t er-se, ' que
de preten soes, 0 reâ:10 !~e ~ O se tem ou de f azer ma, t1~ .. ura
"bo m con ceito" e a "di gnida de", tud o Je-
ct,ante dos outrohs, 0
pcontinua a ser "servo do mu nd o" e
monstra fque· o orn
A •
Ra ramente faz-· algum. bem " po r am or . b ins"trumenn de
em
for ças bem
mo m eno res.se pratica tem sempre ao " , rr,es -
em . .-\te
que um fundo d e mt · ere,. sse pes soa l.
O que 1
desvirtua.
C A Pí T U L Ü 7
"Não julgueis, para que não se jais
jul gad os, po rqu e com o juí zo que
julgais, sereis julgados".
Nada há mais seguro, tnais verdadeir
o, e .mais ex ato nas leis que r~-
gem o destill-0 do homem do que o princí
pio da Justiça. T-0da a Criação re-
pousa sôbre êsse princípio de Justiça,
Quando julgamos a outrem, estabedolecqual nenhum sêr pode escapar.
emos em nós mesmos, em nossa
pró~ria alma, um PADRÃO DE JULG
AMENTO pelo qual nós teremos de
ser Julgados, com o mesmo rigor usado
no julgamento qu e fazem os do no>·
so semelhante.
•t· JuIgar e condenqr é estabelecer
um estado de alma qu e provocar á,
v1
perave mente ' uma rea çao
igo1so - seme1bante e· propo . ine-
~
defeitos pt orque em nosso atual
est ado de
rcw
evo
nal. Todo 1ul
luç ão
• ganien t é
todos ternos falhas e
°
que ·empregareremos de ·suporta
r O mesm o pa. drã o de jul aam ent o e
O .'.11ºs para com outros. conden ac,'ão
e conden que
andnao
o a se dnota ' e· nt re t anto, e, qu e estam "
os constantemente JU· 1gan
· do
tomatismo do qu~ I I os e ª tud o, por
fôrça c\e um erron eo hábito, de um
nern temos quase consci ência. Adotamos às vêzes um au-
a

- 42 -
essa atitude julga~lora, e dizem os _9~e es~a-
palavra esp ecial, para disfar çar·,r·t,·ca" . s a e, it ,ca
ma ·s em rca l1 dad c. a nos
nao
. 1es me nte fa zc,id<) "c . o
mos s1111p ês p eor e mai s r en goso ci o que
passa mu ita s vêscs de j ulg J111 c111 0, talv
j ulgam cnto form al.
* * *
nem lan cei s vos sa s pe ro las dia nte
"Não dei s aos cãe s o que é san to,
,,
d os porcos . lmente, a dua s catego -
, na tura
Por ''cães" e ''po rcos" rcfé re-sc Cri sto
hom en s, co m os qua is néi o é aco nse lh áve l trat ar-se de assu nto s espi-
rias de
tran sm itir con lJ ecir n ent os sup erio res , porqu e fa ta lmen te se revolta-
rituais e
rA o con tra aqu ele que lh es ensina
r alguma coisa ele ord em sup erio r.
os cãe s se not a um a car act erís tica estranha; cos tu ma m "voltar ao
Com
ingerir o liment o que vom itar am. Es-
seu própri o vómito" , isto é, voltam a
a uma categoria de hom ens que, por
sa característica serve de símbolo a tod ma em abandonar e perder aqui-
for
es tranho sentimento egoísta não se con
lo que sua própria natureza repéle
como inconveniente e inadeq uado. Em
emoções melhores, aband ona m e ex-
circunstâncias favoraveis, debaixo de
se estabeleceram em su~s al mas, ma sr
pulsam de si os elementos impuros que ependem de tê-los expelid o, e, como
arr
depois de algum tempo, parece que se a atr aír os mesmos elementos infe -
o cão , que vol ta ao se vóm ito, torn am
es que hav iam aba ndo nad o, e torn am-se então peores do que antes.
rior
por cos rep res ent am out ra cla sse , a daqueles que nunca podem per -
Os s, ati-
necer lim pos e lav ado s, por que ao menor descuido dos seus gua rda
ma
ram-se novamente na lama.
, revoltar-se contra os seus guias
Essas duas classes costumam, por fim inados inteiramente pela fôr-
cur and o des truí -los . São dom
e instrutores, pro m cégamente, quando surge uma
iva dos pla nos infe iror es, e age
ça repuls
opGrtunidade par a sua reação violenta.
alg um tem po sen tem -se atra ído s, fascinados, por alaum ensi-
Durante
erio r, que ace itam cég am ent e, sem poder assimilá-lo realn~ente, até
no sup
se sat ura m e se can çam . Vo ltam então às suas antio·as condicões ma-
que
de revolta, de ave rtã o e de ódio con-
nifestando o mais profundo sentimento s preten-
t~! os ~eu s mestres, quesuapro vavelmente não concordaram com sua
soe s vaidosas, com as s fantasias e egoísmos.
i-
É extremam~n.te peri~oso tran
smitir conhecimentos superiores a indos
,
u que não se fizesse isso. Todos
~iduos dessa espec1e, e Cnsto aconselho todos os tempos, estiveram sujei-
em
rnstrutores _e mest~es. d,o Cristianimo, egorias, e muitos foram vítimas da
tos a reaçoes de rnd1v1duos dessas cat rm ar
revolta .~es~ertada entre os seus .
próprios discípulos, incapazes de afi
a consc1enc1a nos planos superiores
* * *

4.•)
)
. "Porta~t o, !udo quanto quizer des que os homen s vos facam, fazei-o
assim tambe m .-os a eles; porque ésta é a Lei e os Profétas". ~

. Esta _é, sem dú~ida , a Regra de Ou ro do Cristi an ismo, a sua prática


mais preciosa , a mais segura e legítima "norma de condut a".
Em geral, todo homem julga que a sua conce pção das coisas é melho r
do que a dos outros. Imagina e discute como as coisas deveriam ser. T o-
dos acham que têm o direito de ser tratados e con side rados de maneira me-
lhor, mas o . que raram ente percebem é que nunca, talvês, emp regam essa
mes~1~ maneira melhor , quando tratam com os se us semelhan tes. Queremos
e ex1g1mos que nos tratem bem, que sejam sincero s conosco , que nos consi-nos
d~rem , que rlos an~em , que nos respeit em, que não nos enganem , que for-
a1udern , mas, quas1 nunca percebemos que tambem não agi mos dessa
ma com os outros. Pouco importa, também, que às vêses tenham os a in-
tenção de fazer isso, se os nossos atos não a confi rm am, porque são os ato,;
que determinam as condições da nossa alma, e não das belas teorias e bôas
intenções, que nunca se realizam. Diz-se, com muita razão, que "de bôas
intensões o inferno está cheio".
Todos esperam sempre que os outros lhes trate m bem , pa ra, depois,
também tratá-los melhor, e, muitas vêses, nem assim resolvem mudar de
atitute.
Todo áto confirma e estabelece na alma humana um estado ou con-
dição absolutamente correspondente. A idéia e o sentimento manifestado
por átos são fôrças que se fixam .e se determinam, que se transfo rmam em
elementos inexoráveis do próprio destino do indíviduo. Por uma lei justa
e irrevogável o homem atrái e recebe do ambiente que o rod~ia os elemen-
tos e reações que correspondem exatamente aos seus próprios estados de
alma.
O que mais dificulta as bôas relações human as é a DESCONFIANÇA,
que sempre alimentamos, em maior ou menor escala. Em geral não acre-
ditamos nos outros, e êles, por sua vês, não confiam em nós. Por fôrça de
um hábito só vemos o "mal" que há nos outros, e não queremos vêr o "bem"
que há .neles, e em consequencia despertamos e atraím os dos outros o seu
lado mau. Há nisso um dos segredos da mais alta psicologia humana. Re-
cebemos sempre dos nossos semelhantes aquilo que tivermos despertado ne-
les e ·atraído.
Devemos ter sempre em vista que não são as "bôas intenções", teóri-
c~s e hipócritas que determinam os resulta dos em nossos seme!hentes, mas
~ '!1. 0 estado mental e anímico que lhes aprese ntamo
1 s. É por isso qu;, no
micio, 0 camin~o da espiritualidade, do verdadeiro Bem, e do Am?r e do-
loroso. Proporciona decepções e desilusões sem conta. É que amda du•
r!rte. alg~m t~mpo teremos de suport ar as reações dos antigos elementos
P quicos mferiores que ainda carreg amos e que continuam a afetar os ou•
!:º~ Ma s, se defintivamente êles não forem mais alimentados, exgotam·
entro de algum tempo e são substi tuídos pelos novos elementos melho-

-44-
res que estam os criando com os nossos bons átos e co rreto pensamento do
presente. Precisamos aprender a agir bem, f} or amor ao Bem, não impor-
ta o que os outros façam ou pensem.
A Lei do progresso espiritual é essa. Só há efetiva evolução e supe-
rioridade quando externamos em átos a nossas intenções mel ho res, sem
nos impressionarmos absolutamente com as circunstâncias e condições ex-
teriores.
Quando Cristo se refére aos Profétas, indica que êsse é o Caminho úni-
co da Realização do Espírito de Profecia, ou melhor, da plena realização
espiritual a que chega rão aquel es que atendem à Lei da Aç ão Réta e Justa.

* * *

"Estreita é a porta e apertada a estrada que conduz à vida, e pouco.


são os que acertam com ela."
Nas condições atuais e no estado evolutivo em que nos encontramos não
é fácil entrar no caminho da verdadeira realização espiritual. Não é fácil
nem mesmo encontrar êsse Caminho, e mais difícil é permanecer nêle, quan-
do temos a sorte de encontrá-lo. Só podemos encontrar essa Porta quando
somos capazes de "percebê-la" e de "sentí-la", porque não será nunca com
os olhos físicos que a veremos. Para isso é preciso algum estudo, ·expe-
riência e preparo, que só um grande e sincero esforço pode realizar. Se
pelo nosso esforço e dedicação nos preparamos suficientemente, então po-
deremos éntrar pela Porta Estreita e iniciar a nossa marcha: pelo Caminho da
legítima espiritualidade, mas, de qualquer forma, devemos estar ciêntes e
prevenidos de que êsse caminho é "estreito e difícil".
Se temos a felicidade de encontrar a Porta, então com uma firme de-
terminação podemos iniciar a marcha por essa Estrada interior que a nos-
sa Consciência, o nosso EU, deve percorrer, em direção ao Alvo, o nosso
próprio Espírito, que nos espera no fim dessa Estrada. ~le mesmo decla-
rou que éra "o Caminho, a Verdade, e a Vida", dentro do homem.
Como homens, somos apenas um fóco de consciência, que persiste en ..
quanto a constituição humana funciona regularmente. Para podermos con-
tinuar a existir p.ermanentemente, como Eus conscientes e independentes, tal
como na vida física, é necessário que tenhamos constituído, com o nosso
próprio esfôrço consciente, um veículo espiritual, em que a Vida Real do
nosso Espírito possa fixar-se, e para o qual possamos transferir a nossa
atual consciência e perpetuá-la, quando tivermos de passar os humbrais da
morte.
Os Evangelhos acentuam e necessidade de construir-se um TRAJE DE
BôDAS, sem o ·qual não poderemos participar da Vida Espiritual. 'Deve-
mos compreender que não há nenhuma garantia de eternidade para a ''cons-
ciência humana" que não tenha construido e se fixado nesse "traje de bô-
das", nesse "corpo psíquico", formado pelos éteres superiores do Corpo Vi-

-45-
e libertad os pelos métodos su peri ores el e rea li zac~
tal; preparados , ao espi..
ritual . - ..
11 e enco ntra m esse Cam ·mho, nao - porqu e êle .
P ot,cos 'sao os q·a 1_1de 111 a 1.ona
. ~ " b ,,
nao o perc e e , nao faz a - esteja 1on..
•que a g1 d "J
ae, mas Pº ' . _ . e 11 50 0 proc ura on e e e realm ente está e lllenor ·
tcléia
t-, "' Jc scia porqu r ~ ,- 1 quanc1 O
do que e ; ' 1 a a vi slurnb ra-lo nao tem, ta ves , nem lllcsi770
A )

P:ir
-
vc ntu 1a
alguem e ,eg ( "I ·, .· .
,. , r an ent rar nc e e pr eci so at ravessar rl " P
co rao-
t:ieni
· ·. 11 élr-se (1C1e.
L _

e. e. • • " r Orta''
de ap 1() XII . . . p 1·obleJ11 a difí ctl. Reco nhece r a ex ,stencia d(J SEU , e
,. \ 0 p r1111 e 11 o PR·
~s!c t ESP[R ITÜ IN TE RJ O~ , prcpara,r sua a 1r:1ª p~ra (J "nasci111ento'' <J.
I f,I O . S ador e depois sustenta-lo e alt menta-lo para ciue ÊI elo
-~eu Cns to e . a I1Va ofe ' recendo-lhe to ·"d as. as suas me,Jh oi.es
, . torca
.,. n ns· e cres. .
Ç
a e se dcsenvo v , . . , .;) ,, . 1qu1ca·;
·ais eis o verdadeiro traba 1ho do Aspi rante a G ,
emocionais e 111 ei1 t ' ' J rancle
Obra. ...
-· , outi·o meio_ de formar-se . esse~ CORP O E SP I RIT UAL, (; "tra,e.
Nao 11a ,
1 -
1 , V •t , .
de bôdas ", e sem êle nao .havera ~ea izaçao, _nao ia~~ra_ i ona_, e continuã.
remos pt_esos a, Roda dos, .Renascimentos
. . e a consc1 enc1a rela tiva , que n~?o
pode subsisti r, porque e efemei a.

* * *

"Guardae-vo,s do-s falsos pro,f étas, que vêm a vós com vestes de ovel has,
mas por dentro são lobos vor'azes". ,
Aqui aponta Cristo . uma questã_o muito . séria, para a qual. co~vém que
se esteja sempre prevenido, ~ara nao se. . cair ~m amargas destl usoes, para
não se perder um tempo precioso e, talves, a fe em tudo.
Há, e sempre houve, falsos profétas, falsos guias, fals os mestres, es-
sa é a verdade apontada por Cristo. Se essa é a verdade, importa que o
Aspirante se previna e tenha muito cuidado, para não ser iludido, enganado
e explorado por êles. É necessario usar o DISCERNIMENTO, e não se ilu-
dir. . Embora se vistam "com péles de ovelha", diz Cristo, são lobos vora-
zes, isto é, só têm um único intúito, devorar as vítimas que apanham. ~o-
brem-se_ com uma_ capa de espiritualidade, exigem largos conhecimentos 1~-
te}ectuais, e co1;11sso encantam os incáutos e ignorantes, para depois domi-
na-los e explora-los da maneira mais astuciosa e interesseira.
'd É assombroso, hoje em dia, o número de indivíduos que, por excessiva
~adi ade, p~r. pretensões e ambições desmedidas por compl exo de gra nd eza
e e supenondade ' 'à
nica ' arvoram-se em guias e mestres tomam atitudes messi ·
s e sa1vadoras of - • ' · ab-
surdas ' ei ecem as maiores "garantias" e faz em as mais
pro messas.
, Querer ser mestre , · . , ' ·a
e o gra nde peri d ' conquistar disci pulos e formar uma escola pr?pn
cuja vaidade e ago b' e_ um grand e número de estudantes do espirituallsrno,
tos intelectuais
· adm içao
• . pess 1 ci•esce com os seus pretensos conhec1me
ºª · n-
' qu1ndos em 11·v ros e mais. livros, que .devoram e decor arn '

- 46 -
e r ep éte111 depo is, mecâ ni cam ente. Cl 1cios de idéias al hei as qu e apa nham
aqui e ali, que a 111 011 tna111 com simp l es i11tcrr êsse intelec tual , não ch eaam
nun ca ao e11te11 di 111 c11t o r eal. M as, qu an to mai s se so b rec arregam de S'l ei-
t u ras" mai s se j 11l g am ca pa zes de ensin ar e de or ientar d isc íp ul os, de acôr-
d o co m as suél s opini ôes. que reput am in f;i lí ve is e ind isc ut ív ei s.
UM S() É O VOSSO MES T IU: , E TODO S V<'>S SO IS IRMÃOS, cl i s-
se C r isto, e nes ta s suas pa lav r.1 s c s t{t a cl1avc d a questão .
Pode mos ter ab so luta ce rt eza el e qu e nenh um verda d eiro instrut or es-
pi ritua l toma r á ati tu des m css i fi ni ca s e imp onentes ; não p ro cur ará domi nar e
contro lar os se us di scí p u los ; n 5n imporá nunca a sua op ini ão e a sua von-
t ade; não ex ig irá n ada , ab solut am ent e nad a, dos seus di scíp ul os ; e, acim a
d e t udo, ja m ais far á d o se u tr aba lh o 11 111 negóc io , um a explo ração, ou um
meio de fa zer fa ma e fo rtun a .
Não há , e não haverá nunca , qua lquer exceç ã.o a esta Regra, que pode
ser seg ui da com absoluta confiança. Quem tem a lgo de superi or e de ver-
da deiro pa ra ensinar jamais cobrará por suas li ções, seja em dinh ei ro ou
em conside rações e exigências pessoais, mas tamb ém ninguém poder á ob ri-
gá-!c., a dar aquil o que êle não jul gue oport un o e conveni ente oferecer.

* * *

"Pelos seus frutos os conhecereis".


Tôd a á rvo re se classifica pelos seus fru tos; basta espe ra r um pouco
d e tempo para que êles surjam. Se estivermos atentos e exami narmos com
atenção e discernime nto os frutos que aparecem, isto é, os átos, a titudes ç
reações do indivíduo, frente às situações da vida, então poderemos fàci l-
mente reconh ecer a sua qualidade e o seu valor. Desgraçad amente, uma
grande parte dos estudantes não sabe discernir e vêr a realidade dos fátos;
o utros deixam-se fanatizar de tal maneira que tornam-se incapazes de ra-
ciocinar; outros ainda não querem vêr a realidade , e aceitam tudo, desde
,qu e correspond a aos seus interêsses mesquinho s.

* * *

Nem todo o que me diz: - Senhor! Sen ho,r!, entrará no reino dos
11

.céos, mas aquele que faz a vontade de meu pai que está no,s céos".
Há g rand e diferença entre orar simplesme nte e " clamar pelo Senho r",
entre andar com o nome de D eus na boca, cumprir a Sua Vontade. O
q ue imp orta não é que and emos clamando por D eus, mas que a tenda mos à
Su a Vontad e e inici emo s o · traba lh o de rea li zação interna . N ão entra remo s
no rein o dos céos s impl es mente po r clamarmos , mas se tivermos " construí-
·do" o no sso Traj e de Bôda s . A Vo ntad e do nosso Espírito, do nosso Deus
Interior, só p ode se r um a - qu e preparemo s e co mpletemos o nosso "cor-
_po espiritual" . Clam_o res apenas e o rações poderão melhorar as nossas con-

- 47 -
•nceras e justas; - pode rão estabelece r
. e forem s1 h . tne]h ores
Tar muito a nossa marc a, mas, por s1 sós n~
diçõe·s anímicas, s
ª~~, ,, e sem êle a Vontade do nosso Pai nã~ seªº cun, for ..
1
t dos mentais e 1
es a - o "corpo espmtua ' ..
marao
prirá. . ores e pedidos não edificam o ."corp o es . .
_ apenas e am 1 . - f . . Pi ritual''
Oraçoes•tos e pe d' I'd os de um pedre iro nao anam os• tlj olos coloc aren, ,
. •
como os gn T . s de construu- o nosso temp 1o mteri or, com as no~se
ares emo . . f"orças vitais .
nos seus .u J g .. · s oferecei1do as nossa s prop nas , em áto s..
sas própnas 111,ªº ' de sacrifício ' e isso todos os dias, a tôdas as h s de
. . Oras,
amor de altrmsmo, Pai intern o, do nosso Espír it .
' t a vontade do t1osso 0 e a
Naturalmen e, é a que deve . ser aten · d"d t a.
-/'JJ
e, e espera que éd if'
·
e deve preva 1 ecer ,, . . . 1que_
" po espiri tual ; foi para isso que nos cnou . t:le espe
qu _ N . ra a
mos O nosso cor Noivo esper a a 01va, como a mãe um f'lh
.... c·a "como O 1 0
nossa "consc1en 1
ausente.
* * *
profe-
"Naquele dia muitos hão de dize r-me :_- Senh~r, Senhor, ~ão
10s, e em
tizamos em teu nome, · e ~m te~ nome nao _ expe hm~s ~emon
teu nome não fizemos "'.'~•tos mal~~res? Entao •~~ dar_e,_ cl~ram~~te: _
1cfade .
Nunca vos conhéei; apartai-vos de mim, os que praticais a 1n1qu
o emprego da fôrça psíquica· na produção de fenômenos tais como pre~
para
dição do_futuro ou visão do p~ssado, pr~j~ção de ele!11entos psíqu icos ortes
diversos fins; o emprego da força magnet1ca em fenomenos de transp
tismo,
físicos, etc. tão comumente observados nos meios negativos do espiri em-
da baixa m~gia e da feitiçaria, em todos os casos, enfim, em que são mes-
pregadas fôrças psíquicas para finalidades mundanas e interesseiras,
gam
mo quando os seus praticantes ingenuamente, ou ignorantemente, empre
o nome de Cristo e julgam-se autorizados a falar em seu nome, pode- se afir.
não se
mar, positivamente, segundo Suas próprias palavras, que nisso :ele
envolve, absolutamente. ·
s,
Todo emprego de fôrças psíquicas para fins mundanos ·e interesseiro
io,. ou
para. pr~duç~o de fen~menos de exibição, para conquista de prestíg erro
de _d!nhe1ro, e, como diz Cristo, uma "iniquidade", uma injustiça e um
espmtu~I grave, que Êle, em absoluto, não pode aprovar.
Tais fenômenos psíquicos são anormais e irregulares. Dependem sem·
f.r~ de uma condição de desequilíbrio interno, de um desajuste de consci~n
.
·
.ªct' dque tr~~ st0 rna e ·impéde a evolução espiritual do indivíduo. A "medtU
1
e esp1nta". ' e1ogiada e proclamada como prova de espiritualidade, ap • re
m a da
s~nta
to e com rotulas de "caridade" e em nome de Crist. o ' é um sintôma c~r-
segur o de -anormalidad , .ca, de consequências perigosas e preJU-

diciais à . . e ps1qm
evo1uçao supenor do indivíduo. ·
Chamamos a at ençao - • t que
dos Estud antes para a decla ração de ~ns o, e-
não pode ser f
so ismada, nem tem duas interpretações. É possivel apr

- 48-
sentar-se muitos fenôn1en os e maravilhas, por meio de fôrças psíquicas exal-
tadas e exteriorizadas, mas isso não é nenhuma prov a de superioridade e~-
piritual. Psiquismo não é prova de Espiritualidade, pelo contrário, pode-
mos estar seguros de que tôda apresentação de fenômenos dessa espécie
atesta uma condição desviada e anormal , que não apresenta nen huma ga-
rantia ante as leis superiores da evolução.
As mais avançadas investi gações da psicologia demonstraram, sem som-
bra de duvida, que toda a produção de fenômenos dessa espécie depen-
de de um deslocamento e desajuste de consciência que permi te o aflo ramen-
to e exteriorização das fôrças sub-consciente s, que começam a manifestar-se
independentemente, e pouco a pouco se subtraem à direção do ind ivíduo e
acabam por desorganizar-lhe tôdas as funções.
Provado está, por fenômenos incontestáveis de tôda espécie, observa-
dos em todos os tempos, que as fôrças sub-consciente s podem ser exalta-
das e exteriorizadas, e até projetadas à distância para produção de fenô-
menos físicos, mas para isso é necessário, em todos os casos, que a cons..
ciência do indivíduo se reduza e se aniquile. Todos êsses fenômenos exi-
gem um estado <Je transe, que é provocado por diferentes métodos: sons rít-
micos, melodias, orações cantadas, danças, etc. que servem unicamente pa-
ra amortecer a consciência e provocar o seu deslocamento dos centros ner-
vosos cerebrais. Com essas manobras físicas e impactos vibratórios, o Ego,
o EsJ?írito Humano é expulso do corpo, fica·ndo êste a mercê do sub-cons-
ciente, ou melhor, do "corpo de desejos", que. entra a manifestar-se sem ne-
nenhum controle superior, levado exclusivamente pelas sugestões que o domi-
nam, pelas influências do ambiente, ou de qualquer entidade do mundo de
desejos que deseje dominá-lo. Os centros nervosos superiores são invadi-
dos e dominados por fôrças psíquicas estranhas, que manobram então todo
o organismo como senhoras absolutas do homem. 'Êsse estado deplorável,
em que o Ego -Superior está afastado do corpo e impossibilitado de dirigi-
lo e protegê-lo, é a base de tôdas as manifestações psíquicas e a maior pro-
va da anormalidade do fenômeno.
Para o indivíduo em estado de transe negativo, seja qual fôr o méto-
do empregado, cessam .todas as garantias espirituais e de évolução. Tor-
na-se uma porta aberta a tôdas as influências dos planos inferiores do mun-
do de desejos, e, em quasi todos os casos, a obsessão mais desastrosa aca-
ba por arruiná-lo completamente para toda esta vida.
Quando a Consciência, o Ego, abdica de suas funções, quando aban-
dona ou é obrigado a abandonar o controle dos centros nervosos superio-
res, quando é expulso do or'ganismo, já não existe mais o homem; resta
apenas uma "maquina" sujeita apenas a impulsos cégos de sugestões guar-
dadas, ou à denominação de uma vontade estranha, que pode fazer dela o
que quizer.
Viemos ao mundo para conquistar uma Consciencia, para desenvolve-la
e expandí-Ia, para uni-la, finalmente, ao nosso Espírito, para imortalizá-la.

- 49 -
ncia pl en am ente exp .
)an o evo lu t ivo . Com .a consciêh . , anc1 1-
1:::ss a é. a base e1o P a 1111 orta li da cl e e
p 1·ó JJrÍ O Esp írito , con qui sta o o rnem con1-
da e li gad a ao seu •

leta a evo lução terr cst, e.


z_ e aniq ui l a. qu e inipé.
p Tu do O qu e diminuc a consci ~ncia, que a redu o cio .in d',_
.,v,·e cx, 11a11 s;'ío t' um peri go par a a cvo luçao e ,sal vacã ,
- , ' , . . 1
de J. sua 1 nada e 111 a1 s des as troso e o qu e o t,an se nega tivo, Ol(
.
v,d uo, e. ncss
e sentido
. . . , ' '1 e .. •

. on sc1cnc 1a, ainclae C'X poc


A •


d(' que alem de red11 z11 e a11 1 qu1 ar a
. .d{l . ' ,., ·
A~ ()
à O BS ESS
ll/C' dlllf1f
(ic sco n trolc el e Wdas ;i s -f 11 11ço cs sup eri ores e ' ' à
o l1nmc lll 110 , ,
cscr avid fio .1 um .1 vo ntade cs(ra11h.1.
lo pe los métr>clo) hipnri-
Devemos aind a lem bra r que o tran se pr<:vocac
ticos enquadram-se ness as mes ma s reg
ras, se1a provocado pelo pr6prirJ in_
r íduo. no au to-llip11 otis 111 0, seja provoc
ado ~ur. ou tre':1 . O h ipnotísmr, é
um aniqu ilam ento de consciência, de con
sequ en ctas perigosas e fa c: ais, ta n-
to para o paciente como par a o ope_rador.
_d os mftodo5 psíquicos
Não há nada mais absurdo do que o emprêgo
sob a capa de cristianismo, invocando_ o
non~e de Cnsto, com a irresponsá.
Iza9os em _Seu N_~me_. De bfia
,·el afirmação de que êsses traba!hos sao rea1 ao de 111consc1 enc1a e irres -
ou má fé, mas sempre numa tnst e demonstraç
e a b~ixa,- magia . com rótu -
pon sabilidade, apresenta-se hoje ,o psiqu_ísmo com o intu ito de Justificarem
los de cristianismo, com invocações a Cns to,
ele um número sem conta de
sua deplorável e ruinosa atividade, _cau sad ora
perturbações mentais por toda parte.
s pala vras cl aras e m-
Convém observar o que disse Cristo, nestas sua
sofismáveis:
os que prat icais a ini-
"Nunca vos conheci. Apartai-vos de mim, vós
quid ade".

"Mas todo aquele que ouv e esta s minhas


palavras, e não as observü,
fico,u a sua casa sob re ê1 areia ".
será comparado a um homem nescio, que edi
uma "construcão" de uma
O Mistério Magno do Cristianisn1to é o de
:nova "e~~ª": de um !e.mplo psíquico, wm
novo Corpo Espiritual: para o qual
o assim a sua con-
an tind
a Consc1 enc1a podera transferir-se e fixar-se 0aar
tinuidade depois da Morte, a sua Imortalidad~.
o fí sico, como um reflexo
_~ _c~nsciê ~cia terrestre, manifestada no corp
subsi stên cia em si mesma, as-
d:) Esp mt o, nao tem nenhuma ga rantia de
ida num espe lho, quand0 nos
sim como desapar ece a nos sa imagem refl et
afas tam os dêle.
alte rar a consciência huma-
. Todos sabemos com que facilidade pod e-se
aniquilar-se Uma forte emo-
n~, que ,P ode reduzir-se, tran stor nar -se e até · iterar
cao , o a1cool e outro s en t orpecentes, a sugestão hipnótica, podem ª
,

- 50 -
\
completamente o estado consciente e reduzir o homem a uma máquina des-
controlada e irresponsável. No homem comum , tudo depende do estado dos
seus corpos físico e vital, e se estes são alterados ou prejudicados de alguma
maneira, a consciência se altera em consequ ência, pode reduzir -se e desa-
pa recer.
Que gara ntia temos.~de. que a~ perdermo_s os co rpos ·físico e vital , com
a morte, a nossa Consc1e11c1a yers1sta e continue a fun cionar como na vida
física ? Ao quebrar-s e e arru mar-se o espelho, pode continuar a refleti r 0
seu dono?
Que o Espírito Humano continua a existir, não temos a menor dúvida.
Mas a consciência terres tre é o Esp írito? O homem terrestre, a consciên ..
eia exterior. tal como a conhecemos aqui , conti nuará a existir realmente, com
a mesma liberdade de ação, de raciocínio e de inteligência? O artista, sem
os seus instrumentos, pode executar uma sinfonia?
O que ensina o Ocultismo e a Filosofia Rosacruciana é que o Espírito
Humano, depois da morte, é consciente apenas dos registros da vida terres-
tre que acabou de viver, e .não pode desenvolver outras atividades, não é li-
vre como era na terra, está preso a um destino determin ado pelos registros
que levou desta vida, e ao terminar a ação mecânica -fatal desse registro na-
da mais conserva das condições humanas e terrestres. É apenas um Espí ..
rito, um Ser Divino, ligado às Inteligências Superiores que dirigem a evolu--
ção. Não é mais um "homem", na expressão da palavra.
Nessas condições espera uma nova encarnação, para, com novos instru-
mentos, desenvolver uma nova "consciência" e experimentar mais uma opor-
tunidade. Cada vida terrestre é assim uma nova "oportunidade", em que o
Espírito Humano tenta a conquista de uma CONSCIÊNCIA PERMANENTE.
Cada homem terrestre, cada consciência, é uma tentativa do Espírito para con-
quistar a vitoria definitiva. Ma& essa "vitoria" depende do reconhecimento da
consciência e da sua expontânea colaboração, já que o "corpo espiritual " em
que ela há de fixar-se e eternizar-se depende da sua ação e do inteligente
aproveitamento das energias psíquicas que o Espírito Interno lhe oferece.
A construção do "corpo psíquico" é o grande problema do Espiritualis-
mo, o único meio de perpetuar-se a consciência humana depois da morte. Es-
tamos nesta vida para esta conquista, e se não chegarmos a constituir êsse
instrumento superior de expressão, não teremos onde fixar a nossa consciên-
cia depois da morte e caimos, novamente, sob o domínio das fôrças da fata-
lidade, que levamos nos registros do Sub-Consciente.
Chama o Evangelho de "nescio" ao homem que constróe a sua casa sô-
bre a areia, deixando-a assim entregue à fatalidade e à ruína. É o que acon..
tece a todo homem que, por ignorância ou abandono de st mesmo, aplica suas
fôrças psíqui_cas sôbre a areia movediça e a insegurança das coisas terrestres
e efêmeras, em lugar de aplicá-las na construção do seu "corpo psíquico", da
sua casa espiritual, sôbre a ROCHA DO SEU PRóPRIO\ ESPiRITO. ·
* * *

- 51-
ira va
. Jes us est e dis ~ur so, as tur bas admorid adeft1- se dos se
nsi nav a com o qu em tin ha aut
"Tend o ter nun ado e nã0 con"'
ele as e ,0
ens ino s, porque o" ..
ibas do pov · do E van gel ho pod e-s e ver ificar que há d
Cri sto. Os ensin os dos es~~~ espNA.
os esc:r écies
Pª'i;~?:scribas'', e AoL,de por
Por estas
de ensino: - o
AV ~O RlD
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ESP JRJ TIU
rod uto de
que lhe s falta o en ten r )as
esp ecu laç ão me nta l, de
o
exp eriê ~
1
~ento das
TtM agi n açã o e da f anta sia . Po r mc,_ as terr es
Leis Sup erro res .. St ª,ºc tua
p l da jm ais be1os ,e,
orç o 111 e e , - " . h um a base na rea l ida
tres, de es f .- p rese ntem nao tem nen I
interes santes que_se s bas es reais do pfa
~ no evolutivo. Falta- lhe~ e superi() r
es inte lec tua is e men taJ ist~sº ~ntencti~
porque desco_nhece~~-iores que os simplum vislumbre, nun ca ch eg; · nar> che_
mento das lets sup der e 'se de las têm - rn a Perce_
gam nun c8 a ent en '
o seu val or. · ·t ua 1 so' pode ex1·s t·1r no Entendirn
1n
be r .d de de um ens ino esp ten J.11
to da
est are m afirm ado s nes te En
~ au ton ªLeis da Evolução. Sem , e produ zir ão ain dai des v10s e cont0
· irne
Rea hda de d~s s- ser ão prà tica me nte inú teis
• d ev1'd o ao exc esso de pseud0 ~-
t0 dos os ens ino
v·,v~:anloS num a épo ca pen gos a, • r, baseado -ens
t 'd ad e sup erio t...
__
tusoes · . •tua • e sem au on ,
listas sem- entendime'dntod . t J t 1 d .rn d'1v1'd uos que a s·s un1-
. a esp. ecu, laçao e na vai aJ e m •e ·tec ua at·1v1•ct ad e em pro pala I mes -
nos esp tri e
t
camen e •uia n am mestres e desenvo vem m ·ensa r suas
• 1'd d a êles mes mos
mos se J ::, mas, que, em rea 1 a e, nem
exa ltadas e complicadas teonas,
craran tem coisa alguma. an!ir a. sua_ continuid~de de cons-
:, 0 _que poderá "salvar" ? ~ornem, ga~
ciência não é O excesso de 1dé1as
e d~ vas 1magm~çoes, mas sim a forma-
E A QUE~T'.AO .. As especulações in.
ção do' seu "corpo espirit~aJ" .. ES_SÂ as pretensoes vaidosas, e até mesmo
telectuais os esforços da 1magmaçao, êsse veículo superior, e sem êle não
os títul~s e diplomas, não construirão
haverá nenhuma garantia. tendimento e na experiên-
aut orizad o, bas ead o no ver dad eir o En
O ensino aut enticidade, de fôrça e de
trazem em · si me smos um cun ho ·de
cia própria, ira ção e encantamento. Mesmo
autoridade; pro voc am um a mis terios a adm
s não pos sam per ceb er a sua rea lidade , sentem em seu interior
que os ouvinte
a fôrça de uma autoridade real.
ensino, porque o seu próprio
Instintivamente, percebem a autoridade .do
Espírito Interior o rec9nhece como realid
ade
torizados não encontrem oposito-
· Isso não quer dizer que os. Ensinos Aue as pretensões intelectuais se er-
res e_ detratores. A mentalidade mundàna e como filhas da f ataJidade, P~0-
guera.? sempre c?ntra os legítimos Ensinos, do mundo. · A história do Cns-
os
~ur~rao ofuscá-los e desvirtuá-los aos olh de exemplos dessa reação con tra
hamsmo; dos e~sinos de Cristo~ está ·che
ia
a Verda~e, muitas vêses céga e brutal. DESTE
O _Jegítimo Cristianismo é lutar contra o PRíNCIPE
MUNt:;On ar
tr~ ª ~m ent alid ade cég a, ego ista e bru tal que governa êst e rnun-
do e qu~ c~n doa nunca -
, nao per denar os
Os escribas e f a nze· ·... ticar e con
ensinos superiores u_s sao serppre. os primeiros a cri
' que nao chegam nunca a entender.

- 52 -
C A Pi T U L O 8

. A série de curas descritas n~ início dêste capí tul o mostra que a fôrça psí-
q~u.ca acumulada _para a fo rm açao do "corpo espiritu al" também pode ser le-
g1t1ma~1.ente_ emp1 egad~ na cura ele en fermidades. Todos us homens realmen-
te esp1ntuah zados rea li zara m cura s, até sem nenhum esfo rço consciênte.
Importa, porêm, considerar que quem cura não é o homem a sua cons-
ci_ê~c_ia terrestre, mas,~ fô_rça psiquica acumu lada em seu corpo espi ritual,
chn~~da pelo seu Esp1n t? 1_n tenor. Es_sa mes ma fôrça que constróe O corpo
espiritual pode ser extenon zada e proJetada sôbre o doente, restabelecend(J-
lhe as fu nções orgân icas ràp ida mente. Da mesma form a, não seria preciso
que o doente procurasse alguém para curá-lo, se se ap1icasse em desenvolver
o seu próprio "co rpo espiritual", aplicando a si mesmo o método de espiritua-
lização ensinado por Cristo.
Si pelo seu próprio esforço consciente o enfermo desenvolver em si mes-
mo as fôrças do seu "corpo espiritual", obterá naturalmente a cura de to-
dos os seus males e conquistará a sua emancipação espiritual.
Toda doença é consequência de êrros contra as Leis Natu rais da Evo-
lução, mas a fôrça fatal de reação pode ser sustada e eliminada por uma fôr-
ça superior, mais poderosa. Si o indivíduo desenvolve e acum ula em si mes-
mo essa fôrça superior, instrumento do seu próprio Espírito, pode com ela
eliminar todos os efeitos reativos e restabelecer o seu pleno equilíbrio orgâ-
nico e a perfeita saúde. ,
O leproso foi curado, porque "adorou" a Cristo e pediu-lhe que o curas-
se. Sem duvida não O- teria "adorado" e não teria lhe pedido nada se não
tivesse reconhecido internamente que estava diante do Filho de Deus que po-
1

dia salvá-lo. Não se "adora" sem absoluta confiança, e sem fé, e foi essa
fé, confirmada por átos, que o curou.

* * *
Na cura à distância do servo do centurião, oficial romano, pode-se ob-
servar mais alguns detalhes da admiravel ação das fôrças psíquicas acumula-
das, que podem ser projetadas à distância e orientadas pela fé, mesmo que o
pedido não seja do próprio enfermo, . .
Note-se que, neste caso, o centurião não pedia para si mesmo, mas pa-
ra um servo, que, naquele tempo não era mais do. que um ~~cravo. Dava
assim uma prova de altruísmo e de caridade, des_e1ando aux1l_~ar o seu ser-
vo. Deu a Cristo uma prova excepcional de respeito e, de confiança, quere~-
do evitar ao Mestre O trabalho de ir à sua casa. Demonstrou umi alto espi-
rita de humildad e, declarando que não era digno de que Êle entr~sse em sua
casa. Deu assim as melhores provas de que estava num excepc10nal estado
de alma , perfeitamente relacionado psiquicamente com º. seu servo, podendo,
portanto, servir de um canal para que as fôrças de Cnsto pudessem alcan-
çá-lo, à distância. . ·
· Qualquer indivíduo que se coloque nu~ estado de al~a se~elhante, de
amor, de respeito, de humildade e de confiança, pode servir de instrumento

- 53 -
. ·t ais de Cristo e conseg uir a cura de seus semel h
às ~ôrça s Espirti _ubalho de altruísmo, com absoluta fé . antes, si se
dedicar a êsse , a . - ,
enturiã o causou adm1raçao ate -mesm o a Crist o, esp .
A fé desse C tí d ec,a,_
. e tratava de um gen o, e um pagao, que nem me smo conh
mente porque s . , e_
·a as Leis de Mo1ses.
Cl * * *

"Ele mesmo tomou as nossas enferm idade s e carregou con, as


doenças li . . "º''ª'
É preciso que se considere qu~ t?do s~fn,m ento do ho121em é também cl
reaçao das fô rcas ps·o
, e . com fa .
, so e. poss1v
. . •o Espírito , e toda cura
seu p1 opn
quicas acumuladas. Si_ não ha lenertg1a pts!qm~a sh~ tc1ent_ eb.º1·u se ela· é det
•ada e impedida de ae11r natura men ."e, en ao naot a poss1 1 idade de cura e-
vi º . t
nesse caso, tanto O ~o~em, a consc1encd1a edr~es _re, como, o Espírito têrn 'c1e
suportar as consequenc1as, as dores, a eca enc1a e a ruma dos instru rnen-
tos físicos.
De qualquer forma, seja. para sofrer ~om ~ hom~m, seja para curá-lo, é
sempre O Espírito que s~~orta todas as s1tuaçoes cnadas pelo homem e su-
jeita-se a todas as cond1çoes.
·Em .verdade, quem mais sente e mais sofre os estados da decadência do
homem é o seu Espírito interior, que se vê muitas _vezes impossibilitad o de
reagir e restabelecer a saúde e a normalidade do organismo, devido às con-
dições de desordem, de impureza, de fraqueza é decadência que o homem
estabelece em seus próprios veículos vital e físico.
Para que a reação espritual possa efetuar-se é preciso que o homem
estabel~ça em seus veículos a condição mínima necessária, que liberte as suas
fôrças superiores e permita que elas sejam acumuladas suficientemente.
É preciso que fique bem conpreendido que só a reação das
própria s
fôrças psíquicas pode curar uma enfermidade, qualquer que seja.
* * *
"Chegou-se um escriba e disse-lhe: - Mestre, seguir-te-ei para onde
quer que fôres. Respondeu-lhe Jesus: - As raposas têm covis, e as aves
do céo -pousos, mas o· Filho d·o homem não tem ond·e reclinar a cabeça".
. A resp?sta d:: Cristo ao escriba que pretendia seguí-lo não foi en~ora-
Jadora. Cristo nao aceitou o seu oferecimento mas propôs-lhe um enignia
que, certamente o escriba não poude compreender pois esqueceu a sua pro-
messa e afastou-se. '
·
Se. o es cn·b a tivesse te teria
podido compreender êsse enigma ' certam·enma sen·a
cumprido a p
1 ; Jogo co roi:nessa e poderia continuar a acompanhá-lo. O eni~ . 5 se
1 pudesser:~~:~~~tdo s~ 0 escriba estivesse versado nos ensinos es~tet~fe~t~al,
cheio de conhe ~ ª hnguagem de Cristo, mas êle era apenas umdtn 1·ntuição,
do seu própri·ocEtme~t?s mundanos, mas incapaz de ouvir a voz ª
sp1nto.

- 54-
O que Cristo quiz dizer-lhe é qu e O " F'H1
no, não encont ra ai nda dentro do home 111 10 do homem" , o Espírito Huma-
para afirmar-se, um pont o de apoio pa um./ onto para fixar.se, uma base
tava também o escriba que não poderi~a marn eS lar-se. f Nessas condições es-
tava o "corpo espirtu ; l", onde O seu
garantir-lh e a expa nsão da co nsciência: P
~~º;IPª ª,r.
O
11h
a Cristo, porque lhe fal-
espmto pudesse afirmar-se e
Incapaz de entender a lin guagem e · 1 d ,.
su rda , o escrib a esqueceu sua pro messa eJL~fa~~ 0 i:~. talves, estranha e ab-
0 mesmo tem acontecido e acontecerá com tod .
os tempos, para os quais só tem valor e só interessa os os escri~as? de todos
encantados e orgulho sos de suas "m áquin as intele t ~,.e~pecu laçao mtelectu_a1,
. f ~ . , e Ua ts que lhes proporc\O
11 am t antas sa t 1s açoes pesso ai s ma s qu e os afa t f t 1 -
dimento e da Realização. ' ' ' s am ª ª mente do Enten-
* * *
"S~nhor, deixa-me ir P!imeiro enterrar meu pai. Porem, Je.sus respon-
deu-lhe. - Segue-me, e deixa que os mortos enterrem os seus mortos".
. A inten5~0 dêsse discípulo justificava-se; estava de acôrdo com os há-
b1t?s e trad1çoes; era uma obrigação filial, mas as condições do trabalho de
Cnsto naquele t~mpo exi&iam uma consideração mais alta. O tempo que lhe
restava para ensmar publicamente era curto, e se o discípulo se afastasse na-
que_Ie momento,A tal~ês por um tempo longo, perderia pontos essenciais dos
ensinos, e talves nao houvesse outra oportunidade de serem expostos por
Cristo.
Se êsse discípulo pudesse avaliar a grandeza e o previlégio que tinha de
estar junto a Jesus-Cristo, de ouvir-lhe a Voz, de receber dirétamente os seus
ensinos, de acompanhar a ·sua obra, de sentir tão de perto o Seu Amor, de
assistir aos seus milagres, certamente teria compreendido que não poderia per-
der nem um dia, nem uma hora, longe do Mestre, e que nada no mundo po.
deria justificar o seu afastamento, nem mesmo o cumprimento de um deve,
filia] terrestre, porque, afina], acima de todos os deveres comuns está o 'De-
ver Espiritual. .,
Nisso muitos homens se enganam. Não se recomenda o abandono dos
deveres familiares, das obrigações sociais, mas é preciso que se reco~~eça que
se para atender êsses deveres terrestres abandonamos o Dever Esp1ntual, se
nos esquecemos do nosso próprio Espírito e abandonamos o trabalho de ~ons-
trução do nosso "corpo espiritual", perderemos ~ertament~ esta oportunidade
de garantir a nossa vitória; e fracassaremos mais uma ves. . _
Enquanto cqnsideramos os apegos sentiment~is, as leis_ ~ tr~dtçoe~~a:~~-
danas mais importantes do que as nossas necessidades espirituais, e -
te não estamos preparados para o trabalho de construção do corpo da res_sur-
reição. Se por respeitos humanos, por temor do que os outros possam d~~er, 1
referimos atender à opinião do mundo, abandonando, por qualquer m?d vdo,
P · ,· · · t"' sacr1'ficaremos a oportum a e
a companhia do nosso Esp1nto mten_or _en ªº. _
que Deus nos deu nesta vida para atingir a Itbertaçao.

- · GG -
coni as fatalida cl rs d
Mas ,_ porqu e ha vemos de nos preocupar tanto " enterrem seus m~r~un ª-
rtos
nas ? Aftnal, bem pod emos deixar que os "mo os.
. ·se uma expansão mai or de consciên cia o hom em é con side radn COJ
" .. · m terr es tre não é uma vida verd ade· 110
espu itualmente mor to". A vida
, efêmera. Os que só ~~~~~ob
n~nhum ª.sp_ecto. _ É parcial, li_mi_tada, ilusória co nstituição mat erial d ª
vida terrestre estao pres os e l11111tados por umare lativo e passage iro . ,Ar~o ~!-
d_~s ~e um mundo de apa rências, em que tudo é e perceber da ve rdadeira vida-
crenc~a que empreg a nessas condições nada pod
~ª Vida Re~ J. Como n~m . espe lho, o reflexo não vive um a vida própria '
1eaf, e só exrs te em aparencra
enquanto o indivídu o perm anece em sua frente~
despertar da Con sciência Espiri-
<?1110 .m_ a Oexpansão da _consciência, coa mdéo ser
homem a vida rea l, deix um morto vivo ' uma 'sombra
tual , 1!dciad
d a rea I a e.
" _Le~1~ramos ago~a que um dos pod erescham que alca nça o homem supe rior
ar à verdadeira vida outro<:;
e vivo e ? _ressuscitar os mortos, isto é, com o construi r os seus cor os
hon_1ens . espintualm~nte mortos,sciê ensinando-os p
esp1rtua1s e exp and ir suas con ncias.
tar.
Só um "vivo" pode ensinar os mortos a ressusci
* * *
a tempes tade e salv a a bar-
Na pas sag em seguinte, em que Jesus acalma
lição preciosa , que mais um a
ca e os ame nâro tado s discípulos, há mais uma
te.
vês confirma o que foi exposto anteriormen
humanas, qua ndo a bar-
Quando se I~vantam as tempestades das paixões nos parece que tudo es-
quando
"ca da nossa vida pare ce prestes a naufragar, ça, quando perdemos o con-
eran
tá perdido e que já não pá mais ·nenhuma /esp
do nosso coração, quando não
trole das nossas emoções e o mêdo se apo ssa
coisa a fazer: DESPERTAR
sabemos nêm mais raciocinar, então só há uma
ador interno! Só Êle pode-
O NOSSO PRó PRI O ESP íRI TO , o nosso salv ltas e a ventania, para que
rá acalmar a tempestade, dominar as ond
as revo
chegar em seg urança ao seu
o barco da nossa éonstituição hum ana pos sa
destino.
o e legítimo salv~dor jaz
Em todo homem, o Espírito Interior, o seu. únic s
vida, nas lutas e sofnmento .
- adormecido. Nas tempestades e pro vas da ndo nad o à fatalidade~ com o
aba
nas tentações e fraquezas, sente-se o homem
num barco sôbre o oceano revolto.
a isso deve ser "desperta-
,, Só o E...spírito interior pode salvá-lo, mas par em, certamente, perden-
o hom
do · Se nao puder despertá-lo, nau frag ará
do O barco e a vida , o corpo e a consciência.

1itnguagem simbólica do Esoterismo Tradicional o mar, com suas· on-


os
Na
das revo1 as sua '
·t - , suas calmas, sua s tempestade peng '
s e os seus
é bem O s· 'b OIO agi açao desejos" do homem.
im do Mundo de Des-ejos, e do "co rpo de

- 56 -
As emoções, pa,xoes, sentim entos e desej os do homem são movimentos e vi-
brações dêsse seu corpo de desejos. Os ventos simbolizam as correntes men-
tats, que agem sobré as ond as do mar de desejos, levantando suas emoções
e sentimentos.
Só a Consciência Espiritual pode do minar e acalmar as fôrças mentais
e emocionais. Só o domínio próprio, o domínio das correntes mentais e emo-
cionais pode atestar que se alcanço u a Consciência Superior, que se desper-
tou o Cristo Interno. Então não haverá mais tempestades e nem o peri go de
naufragar, de fracassar.
* * *
O fato ocorrid o na terra dos gadarenos, em que Cristo realizou a cura
de dois endemo niados, reafirma uma triste realidad e. Levada pelo ultra-
materialismo de hoje, a maioria dé\S pessôas não acredita na realidade
das obsessõ es por entidades inferiores do mundo de desejos. Êsses dois in-
divíduos de que trata o Evangelho eram realmente obsedad os. Entidades in-
feriores do mundo de desejos haviam penetrado em suas auras , dominado as
suas fôrças, e expulso · dos seus corpos os. legítimos donos, que embora liga-
dos aos corpos, não podiam retomá-los. Só a destruição dos corpos poderia
libertar êsses desgraçados, tanto . as entidades obsessoras como os obsedados,
mas Cristo empregou um expediente salvador para todos. Transferiu as bai-
xas entidades para uma manada de porcos que ali havia, e com a morte des-
tes, puderam aqueles libertarem-se dos laços que os prendiam ao plano ter-
restre. Ficaram assim livres os dois gadarenos, cujos espíritos pudera m vol-
tar aos seus corpos e despertarem-se à consciência terrestre novamente.
O expediente empregado por Cristo só em caso extremo se j.ustifica .
Houve justos motivos para Cristo empregá-lo, mesmo à custa do sacrifício
de vários porcos.

CAP íTU LO 9
'~Para que sa-ibais que o Filho ·do homem tem sob·re a terra autoridade
para perdoar pecados, disse ao paralítico: - Levanta-te, toma o teu leito
e vai para tua casa".
Mais uma vez exemplifica Cristo a verdade de que tôda enfermidade é
consequência do pecado, da ação contrária às leis da Natureza e da evolução
espiritual. Para que haja cura, é preciso que haja o perdão do respectivo pe-
ca~o. Enquanto o homem permanece no pecado, continua a sofrer os seus
efeitos, as enfermidades e perturbações vitais e orgânicas.
Ao mesmo tempo declara Cristo a mais consoladora das verdades: - o
ESPiRITO DO HOMEM tem na terra o poder de perdoar pecados, pois só
assim pode êle eliminar os elementos inferiores criados pelas errôneas ações
humanas e restabelecer o estado de saúde.
A primeira coisa a notar-se é que Cristo VIU A FÉ QUE TODOS
TINHAM, inclusive o paralítico. Essa FÉ COLETIVA produziu certamente
uma CORRENTE p'QDEROSA, que Cristo pôde na ocasiã-0 aproveitar e diri-

- 57 -
. . ,
gir para elimina ção dos elementos infenoi es gro<luz, de
idos pelos erros dêsse
homem restabelecendo -se assim o seu eS tªd o e sau ·. b
, d . ensa importãn c1a, qu e nos a re um
Isso nos faz lembrar um fato . e 1111 d xtraordinário demonst rado
vasto campo de possibilidades prá ticas : o po er ~ ºdades do corpo e da
das CORRENTES COLET IVAS, na cura de en ermt~m-se verificado curas
alma. ~m, ~odos os tempos, e en~ todos os lugare~TE COLETIVA DE FÉ,
extraordmanas, quando se estabelece uma CORRE .
e os resulta dos são tanto mais maravilhosos quanto mais ª fé e, exaltad a e
positiva , isto é, confirmada por átos.
Quando um enferm o tem al guma fé e se liga a uma C:OR REN~ ~ COLE-
TIVA SUPERIOR recebe imedia tament e um poderoso estimulo es~i ntual q~e
despertará seguramente as suas próprias fôrças i~tern ~s d~ reaçao . Entao
torna-se possível a eliminação dos elementos psíquicos mfenores e o reS tªbe-
Jecimento do equilíbrio psíquico e da saúde. I
A formação de uma Corrente Coletiva S~perior sempre foi um pr?ble,,,kna
difícil e exige preparas especiais, que só mui raramente podem ser rea!tza fJ
os.
Em primeiro lugar é preciso que se constitúa um grupo ~e pessoas . °!~1to/"bem
harmonizadas, absolutamente amigas, dispostas a fazer 1ustos sacnf1c10s, C?m
a intenção única de auxiliar e curar os seus semelhantes. Depois, é 1
i; reciso
que êsse grupo seja orientado, e instruído com segurança, para que cac1a uma
se coloque nas melhores condições1internas possíveis, para que possa~'1tere-
cer à corrente as suas fôrças livres e desembaraçadas. •
Naturalmente, tudo depende de um elemento diretor e orientadl r, com
suficiente experiência e autoridade, para manter e garantir a segura ~ça dos
trabalhos. - \
O essencial é que se desperte e se desenvolva a FÉ, a CONF IA~ ÇA e o
ESPIRiTO DE CARID.NDE. \
11
Jesus, partindo dali, viu urm homem chamado Matheus, senJado na
Coletoria, e disse-lhe: - Segue-me. Ele se levantou e o seguiu." ,
Matheus era um publicano, fiscal de impostos, condição essa cá' nsidera-
da, naquela época, de baixa categoria. Ao chamado de Cristo, Matheus
abandonou tudo, e sem mesmo fazer a menor pergunta, sem pedir qualquer
-explicação, prontificou-se imediatamente a acompanhar o Mestre .
Sem ~úvida, Cristo chamou-o para o seu ministério porque viu nêle algo
de excepc10nal, que lhe demonstrava que Matheus poderia de fáto acompa-
nhá-Lo, que se achava em condições espirituais de poder compreendê-Lo e
seguí-Lo.
A obedi ência imediata de Matheus provou que, realmente, êle estava pre-
parado. A sua atitude foi de absoluta confiança. Sem nenhuma objeção,
levantou-se e seguiu a Cristo daí para diante, abandonando todos os seus
interêsses particulares, seus negócios e até mesmo a sua família. Não exigiu
explicações, nem garantias.

- 58 -
à vo z de Cristo, despertou-se em Matheus a consciência inabal ável e
absoluta de que devia obedecer a essa Voz que o chamava, e assim o fez.
A questão essencial de todo homem semp re fo i, e sempre será, ouvir essa
VOZ INTERIOR, e atendê-la , e ela repete o mesmo apêlo, o mesmo chamado:
- "Segue-me". Como que fa scinado, o homem segue atrás de tu do, de tôdas
as ilusões e de tôdas as fantasias. Deixa-se fàcilmente levar e absorver por
tôdas as suas criações efêmeras, prende-se à vida material com as mais terrí ..
veis cadeias, para sentir-se depois mais infeliz e mais desgraçado. Engana
a si mesm o, depois de cada desilusão e de cada novo fraca sso, mas, jamais se
convence de que deve tomar um rumo diferente. Está sempre pronto a seguir
uma nova ilusão e uma nova fantasia.
Só depois de muitas e amargàs experiências, depois de muito sofrime nto,
chega por fim a compreender que as muitas vozes que ouviu e atendeu eram
falsas , e sempre o enganaram. Nesse,: estado está o homem em condições de
ouvir e de atender à VOZ DE CRISTO, de seu Espírito Interior. Talvez ainda
por muito tempo relute e duvide, enquanto se abandona ao pessimismo e à
dúvida, mas, mais cêd_o ou mais tarde, perceberá que só lhe resta um caminho
seguro, o do seu póprio Espírito, e, com renovada esperança, abrirá os seus
ouvidos internos à Voz da Realidade, dentro de si mesmo.
"Por que come o vosso Mestre com os publicanos e pecadores?"
Há néste mundo três categorias de indivíduos, de acôrdo com a classi-
ficação evangélica: - os "pecadores", desviados, dominados pelos piores sen-
timentos; - os "mornos", indiferentes, nem bons nem maus, mas que em geral
se julgam bons; e os realmente bons, que se esforçam em praticar todo bem
possível, e que, emt>ora fracassem muitas vêses, procuram sempre melhorar.
Os da primeira categoria, dominados por impulsos inferiores demasiado
fortes, já não conseguem restabelecer o seu relativo equilíbrio anímico. Já
não são indivíduos normais e correm o perigo de ca,ir- em extremos. São
enfermos da alma. Êsses, mais d,o que ninguém, precisam do auxílio de al-
guem que os ajude a libertar-se da sua decadência anímica, assim como os.
enfermos de doenças graves precisam do auxílio do médico.
Os "mornos", os da segunda categoria, mantêm-se em relativo equilíbriot
evitam os excessos por conveniência e por astúcia, ou por mêdo de serem
apanhados e desclassificados. -esses constituem a imensa maioria. Susten-
tam uma aparência de bondade e de superioridade, e em geral orgulham-se de
serem "melhores do que os outros". O que caracteriza essa imensa classe de
indivíduos é a facilidade com que julga e condena os que pecam. Estão sem-
pre horrorizados com os pecados dos outros, e não perdem uma oportunidade
de mostrar o seu desgôsto e a sua aversão pelos erros e fraquezas alheias.
Condenando o pecado alheio, parece que se sentem mais puros e mais santos~
esse é o maior problema espiritual dessa imensa categoria, que constitúe a
maioria dos homens.
São negativamente bons, porque não chegam nunca a compreende17 que a
sua atitude intransigente e intolerante, de crítica e de condenação, é apenas a

- 59 -
expres são de fôrças repul sivas, brnta is e infcr i<!rcs. Mc~nt(! qu e não _prat i-
quem átos in ferio res, e sejam até co ns iderad os 1rrepreens1ve1~ pela soc1e. .da~e
e, talvez elogiados por s11 a conduta correta. falta -l lte: .º esse nctal_: a toleranc ,a
e o am or por aquêles que pecam , falta-l hes o Espmt o de Caridade.
Sem o Espírito de Carid ade não há Cristian ismo, não h~ progresso espi-
r i tual , não há desdobramento de co11sc iê11cia, não há sa lvaçao.
Em todos os tempos, os hott1e11s que sentiram êsse Espírit o de Carida de,
q ue se torn am positi11amente bons, que como médicos da alma , procuram
auxiliar os que pecam e sofrem, que sentiram pena e compaixão, que não
fugiram do pecador, fo ram sempre criticados, como foi Cristo, por aquêles
que se julgam melhores do que os outros, que fogem dos que pecam: e erram,
mas que nâ.o sabem o que é caridade.
"Os sãos não precisam de médico , mas sim os enferm os".
É lógico que o Sacrifício e o trabalho de Cristo não foi determinado em
razão daquêles que dêle não precisavam. Foram os pecadores e o_s pecados
do mundo que exigiram a sua vinda . Foi para atender às necess idades es-
pi rituais daquêles que precisavam de um auxílio especial que o seu Sacrifí-
fício tornou -se indispensável.
São os pecado res, os desamparados, os condenados, os desprezados, os
perseguidos e desclassificados, os que mais próximos estão de Cristo, porque
_todo o seu sofrimento e tôda a sua desgraça são um apêlo perman ente à Sua
imensa Vontade de Amparar e de Auxiliqr a, todos aquêles que sofrem.
Todo ind ivíduo que ama . a seu semelhante, que sente compa ixão pelo
sofrimento alheio, que é lev.ado pelo espírito de caridade, que extende a sua
mão e abre a sua alma ao seu irmão que peca e sofre, já não age sozinh o. E'
um instrumento consciênte do Espírito de Cristo. Torna-se um ·médico da
alma, e pode exteriorizar as fôrças de Cristo em grau excepcional e ma:.
ravilhoso.
É verdade, também, que todos aquêles que se tornaram instrumentos
de
Cristo serão incomp reendidos, criticados e condenados. Embora o nosso
mundo se considere cristão, ainda não sabe o que é Espírito de Caridade, não
sabe ainda amar, não compreende que o pecador é um enfermo da alma ; é o
que mais necessita de amparo, de carinho, de amor, de estímul o e de auxílio,
para poder libertar-se da ignorância, do êrro e do pecado.
Ê preciso que nos convençamos de que a critica, o julgamento intolerante,
o desprêzo pelo pecador, a condenação, a repulsa e a intransigência não
passam de form as de egoísmo repulsivo, que jamais pode riam ser aprovadas
pelo Espírit o de Cristo.
Ê por isso _que os int olerantes e intrans igentes, os críticos e condenado-
re~, embor~ se JU~guem puros. e melhor es, não contarão nunca com a compa-
.nh1a de Cnsto, nao recebem a Sua Visita, nem O vêem sentado à sua mesa.

- 60-
"Misericordia quero, e não holocaustos; pois não vim chamar os
justos, . mas os pecadores".
Cristo não veio por ca usa daqu êles que/ já estavam justificados. Êle bem
sabia que muitos não precisavam do Seu Auxí li_o espec ia} , e poderia1:1 elevar-
se no cam inh o norma l da evolução, se m a Sua intervençao; mas, muitos tam-
bém já nã o poderiam aco mpanh a r a marcha norma l e não se salvariam sem
Seu auxíl io direto.
Estam os no fin al de um a Época, num ponto crucial da evol ução, num a
ocasião de provas defi ni tivas para mui tos, e se m o auxílio direto de Cristo
mui tos fraca ssariam e pe rderiam o con tacto co m a nossa Onda evolutiva.
O próximo passo exige um a EXPANSAO DE CONSCIÊNCIA, a Mente
de Cristo, como di z o Evan gelho, e para isso é necessário que seja agora
tecido o "manto nu pcial ", o corpo- alma. Os qu e não conseguirem isso nestas
próximas vidas terrestres poderão vêr-se impossibil itados de reencarnar-se,
depois das tra nsfor mações espirituais e materiais que o mund o te rá de passar
em breve.
Impossibilitados de reencarnar-se, não poderão continua r em nosso plano
evolu tivo, e terão de ser deixados atrás, para um novo plan o fu turo, perdendo,
en tretanto, tõda experiência adquirida neste plano.
"Ninguem põe remendo de pano novo em vestido ve lh o; pcH·qu e o
remendo tira parte do vestido, e fica maior a rotura. Ninguem põe vinho
novo em odres velho,s". ·
Com êsses exemplos típicos procura Cristo chamar a atenção dos Aspi-
rantes para uma questão espiritual de extrema import_ância e ~de graves
consequências. ,
Todo indivíduo que, por ingenuidade ou pretensão, procura acomodar
conhecimentos de ordem superior em sua alma çheia de velhos elementos já
ãesgasfados e inutilizados, dos quais não quer descartar-se por apêgo ou
vaidade, faz como aquele que remenda roupa velha com pedaços de pano
·nov_o. Estraga ainda mais a roupa velha e perde o remendo.
Os conhecimentos superiores do Cristianismo não se ajustam às velhas
e tradicionais concepções, nem podem servir de remendos aos antigos conhe-
cimentos que já perderam o seu viço e a sua atualidade. Muitos, hoje, pre-
tendem utilizar-se dos ensinos superiores do Cristianismo como remendos de
velhas filosofias e antigos ensinos, já tão gastos e usados que nenhuma pro~
teção oferecem. Tiveram o seu tempo e sua época; foram úteis e necessá-
r ios, mas, a humanidade avançou e êsses ensinos já não satisfazem mais.
Do cristão se exi ge qu e prepare "um novo traje de bodas" , um "novo"
manto nupcial", sem o qual não poderá ser admitido à festa de bôdas do
Cordeiro. Com a roupa velha, mesmo remendada, não haverá possibilidade
<le entrar. Já vimos que, sem constituir-se o novo "corpo espiritual", não
poderá haver transferência e perpetuação da consciência nos planos espiri-
tuais. Não haverá desdobramento de consciência sem êsse novo traje, êsse
novo corpo.

- Gl -
d · h , rnis profun do e mais impressionante. Num
O exemp1o ~ vm o e n e corrompe e se trans ódre
velh o e usado o vtt~ho novo .s form a em vinag re. Todo
conhecim ento supe rior depositad o num a ªIma J·á embebida e, satur ada, em sua
t t a por an tigos elementos que lhe penetraram as propnas . fb
con _exhournovo
' 1_ras, como
o vm em ód 1·e velho, se arruin ará in evità velm ente. O vinh o novo,
como o eon 11ec1m · ento Supe i·i·or semp re novo so, pode conservar-se num
, , novo
veícu lo um a nova vasilha, UMA ALMA NOVA.
1mp' 0 ·ta a1•11cta considera r que os con heci mentos superiore
1 • •
s corro mpid os,
levarão o homein aos mais peri gosos d~SVI OS do r~c1•octn
, • , • b
10, as e10res a erra-
ções da inteligência, às mais abs~rd~s mt~rpreta çoes e con.clusoe
encranos de tôda espécie, e po r fim a mai s abso luta desonent _s, a erros e
açao.
::, Vê-se, por aí, porque o estudo do Oculti smo e
rico é perigoso, sem preparo sério, prévio e determinado.
?º Cristianismo Esoté ~
comp reender que espécie de "preparo" é êsse. Tem -se queAgor a p~de-se
constru1r um
novo CORPO ANiMICO, um NOVO INSTRUMENTO SU
PERIOR DE
EXP RESSÃO .
Sem o preparo dêsse "corpo espiritual" · todo esfôrço em busc
nhecimento Superior e do Entendimento será inútil, e poderá a do Co-
ser perigoso e
desastroso.

"Nes te momento acaba de expirar minha filha; mas vem


, põe a tua
mão sobre ela, e viverá".
Na morte, o desligamento dos vículos superiores não se processa
tinamente, salvo nos casos em que o corpo físico é destruído. repen-
Os corpos vital e de desejos desligam-se lentamente, ficando
ao físico por um cordão fluídico, conhecido e mencionado na ainda presos
"cordão prateado", o qual só se rompe depois de um certo tempBíblia como
em cada indivíduo, mas, em geral, permanece ainda durante dois o, que varia
Só quando o cordão prateado se rompe, o corpo físico está "mo ou três dias.
rto" realmente.
Enquanto o cordão prateado liga o Ego ao corpo, estando
dições, é possível fazer-se o Ego voltar e retomar o corpo. êste em con-
cordão não haverá mais nenhuma possibilidade de ressureição. Rompido o
Em todos os tempos, desde a .mais remota antiguidade, têm-se
do casos de ressureição; entre os primeiros cristãos houve vário observa-
seus discípulos cons~guiram fazer voltar vários indivíduos cuja s. Cristo e
começado, e que tenam certamente morrido, não fôsse a sua morte havia
intervenção.
. Aind~ hoje, nos nossos tempos, a mesma possibilidade exist
seJam mmto raros o~. cas~ de q_ue se tem conhecimento. É e, embora
sos tempos os Aux1hares Superiores preferem, nestes casos, que nos º?~-
1ualmente, em s~us corpos psíquicos, invisíveis para a maio agir esp1ri-
ria, evitando
d~~sa !orma atrair a atenção do povo, o sensacionalismo e exce
fato desses causaria. ssos que um
É. lóg!co, e seria .fatal, que uma ressureição feita hoje publicame
causaria tao grandes inconveniências e dificuldades ao seu nte,
operador que

- 62 -
nenhum indivíduo capaz se sentiria autorizado a realizá-la. Entretanto, em
casos excepcionais tem-se sabido de casos dessa es pécie. Ainda hoje reali-
zam-se muitas autênticas "ressurreições", em maior núm ero do que se imagi-
na, mas o processo perman ece oculto. Em muitos casos de enferm idades
graves e acidentes, em qu e parece ter havido milagres, que espantam os mé-
dicos, o que houve realmnte foi a intervenção es piritual e invi sível dos Auxi-
liares Superiores que fê z o enfermo voltar à vida . Não fôsse essa interven-
ção a morte teria se completado, e não haveri a volta.
É preciso co nsiderar qu e, em todos os casos des ta espécie, são necessá-
rias certas condições, especiais, sem o qu e nem mesmo a intervenção e au-
xílio de um Auxiliar Invisível seria poss ível.
Em primeiro lugar, é necessário que haja urna forte e intensa corrente
de confiança, de afeto e esperança, por parte daquêles que rodeiam a pessoa,
que estão mais ligados à ela pelos laços de família e de amizade.
Se essa "corrente" se estabelece e as condições es pirituai s o permitem , a
ressurreição é possível, se o corpo ainda está em condições, com o aux ílio
de um Auxíliar espiritual.
Ao dirigir-se à Cristo, Jairo manifestou essa corrente de fé , de absoluta
confiança. Suas palavras foram a expressão de uma fé inabalável, que não
admitia dúvidas, e seu apêlo não podia deixar de receber de Cristo a única
resposta legítima Daquêle que havia dedarado sempre: - "Para aquêle que
têm fé, tudo é passivei".
* * *
No caso dos dois cégos, deu Cristo mais uma demonstração do PODER
DA FÉ, da absoluta confiança, sôbre tôdas as condições orgânicas.
Era preciso que ê]es "testificassem" a sua fé, e perguntou-lhes: -
"Crêdes que posso fazer isso?" Responderam êles: - "Cremos, Senhor".
Essa declaração formal externou e consolidou a sua fé, permitindo a inter.
venção direta de Cristo.
Então, tocou-lhes os olhos, dizendo: - "Faça-te conforme a vossa fé,
e abriram-se-lhes os olhos.
Vê-se, pois, sem nenhuma dúvida, pela própria declaração de Cristo, que
foi a fé dos cégos que, em realidade, curou-os. Realizou-se aquilo que êles
creram.
Na mente SUB-CONSCIÊNTE está a "vara dos milagres", e, quando o
homem consegue impôr-lhe uma determinada sugestão, força tôdas as ener-
gias da sua natureza psíquica a realizá-la. Subordinadas a êsse misterioso
SUB-CONSCii:NTE estão tôdas as fôrças psíquicas de ação e reação, que
constróem, sustentam e movem todo o organismo. Tôdas as condições or-
gânicas são determinadas pelo sub-consciênte, e êste, por sua vez, é afetado
pelas SUGESTÕES que recebe do ambiente e do próprio indivíduo. Com
absoluta precisão, o sub-consciênte grava e guarda tôdas as impressões e
sugestões recebidas durante a vida, e essas impressões transformam-se em
impulsos mecânicos e fatais. É assim que criamos nosso destino.
í
l
I
e I Nos sas cond· ~ t

. lllpr essõ içoes orgânic ~


.
ina as sao determinadas el . r
tiva s e es que dom
nica s con!rários aos ver m o. sub~con sciênte, e se ss~! f ~mpuJsos su e
impulsos sã~ Shvos
.
razã o e ps1quica s são a1f ade1ros interêsses do indivíduo
r~~dcondições ~~g~­
se tra~ at ura J de tôdas as ~~~das, cong~s tiona?as e pert~ as. Essa fª.
fora a de consequência s d nças, devida f_e,tos e mca pacidades M
m sugestõe · e uma ante rior d · esmo ª
cons~iêntes de im: ,~1pr es~ões que as determinar~m .eve~ os" co~s
vida , sobr e os quai s se determinam a s re~1~tros'' s~~e
ider~~ªndo
d_epo1 s da morte _cond1çoes da Vid-
toes. O sub-consci , ~-- as consequência s na próxima vida , ssao tamb • a
- ente age n . . . lso de r-Jm suges .
g
._ es 1oes e imp ressões - b"d iecanicamente, sob o impu
e segue-ai f~~ats su.
em seus im pulsos. J ece J as durante a vida terestre, rnente
Quan do um in d· 'd .,
ência ou fr a
qua ndo é colocado ,v, uo .1ª nasce com um a defici e exatamentqueza, ou
sequências de co d.e1:1 amb_iente familiar sinfer ior, receb
ante riores e as con..
ed . n içoes cnad as em vida
tade d~ ~ ~l!1~ulso mental ou emocional age como SUG
ESTÃO
mas a ~~s~~1duo pode impe_dir de manifestar-se em
átos, qua~d~u: ~/on.
sub-consciênte d ~az,
min arão t" d dessas s_u~estoes acumuladas em seu e/taedr-
de sa-u·de oe animas . a~ cond1çoes psíquicas e físicas do indivíduo ' o. seu' o
1co.
cégos verifica-se ue
de No cas? descr~to no Evangelho da cura dos dois amente declaricta '
dqual q~e r _manena, a _fé ou a confiança abso1uta, franc reforma complet~
e a
pdo fe PT_? uzir uma modificação radica] de condições
e unçoes.
"J esus adverh.u-os com energia, dizendo: - Vêd e que ninguem O saiba".
dos pela fé que não
. Vár ias vê~es ~ecomendou C:isto aos enfermos cura , e havia nessa reco-
dissessem a nmguem como haviam a1cançado a cura ia.
men daçã o uma razão psicológica de extrema importânc
m das sugestões
~ra neces~ário que _os recém_-curados ~e resguardasse que procurariam
negaflvas daqueles que nao quereriam -acreditar no
caso, ou
ação sugestões con-
fatalmente desacreditar as suas afirmações, pondo em
a dos recém-curados,
trárias, capazes, talvez, de abalar e anular a confianç
negativa.
faze ndo com que recaíssem na antiga situação anímica
o do indivíduo
Nas curas psíquicas dessa espécie há sempre o perig
sugestões de pess oas
recém-curado deixar-se novamente afetar por fortes
de si mesmas, da sua
descrentes que o rodeiam, chegando então a duvidar
a fé e recaem nova-
capa cida de de conservar a cura, e nesse caso perdem
men te nas mesmas condições anteriores.
Assim como foi a fé exaltada e confirmada que _
permitiu a cura ou a
faz com que os mes-
reforma funcional o abandono dessa fé logo a seguir,
, especialmente porque
mos esta dos de desordens e deficiência reapareçam · _
não estão ainda completamente consolidados.
e se ex)oe
Se um doente é curado por meios psíquicos, pelo poder da fé,ndo-se ª vo
rentes, torna
a suge stõe s negativas e pessimistas d,e _pessoa~ des~
ente afetado.
de uma corrente de dúvidas e descred1to, sera perigosam

- 64 -
Convém, portanto, que não se espalhe nunca a notícia de curas dessa 1
espécie, e que se procure conservar em segredo os fáto s, ao menos durante.
algum tempo, até que se conso lidem as novas condições e a confiança da-
quêles que se curaram .
* * *
"Quando se retiravam, foi -lhe trazido um mudo ende moninhado. Exp ulso
0 demonio, falou o mudo".
Vê-s-e por essa passagem, mais um a vez , que se ad mitia a possessão do
enfermo por uma entidade estranh a, que nes te caso, o imped ia de falar.
A palavra "demonio", traduzid a do grego "daimonion '\ significa li te ral-
mente - entidade inferior dos planos psíquicos. São e]ementos deQ"enera-
dos, produtos da degeneração humana, fôrça s exteriorizadas pel a p~rversi-
dade e pelo ódio, algumas vêzes demasiado fortes, sempre em busca de um
meio de fixarem-se em organismos vivos, para garantirem a contin uidade de
sua existência e exteriorizarem os impulsos cégos que os criaram.
As entidades obsessoras, na maioria dos casos não são sêres humanos
desencarnados, como se acredita, mas apenas criações psíquicas inferiores~
impulsos anímicos inferiores de indivíduos humanos degenerado s. Êsses
impulsos cégos continuam a agir também depois da morte dos seus criadores,
e como não dispõem de um corpo físico para manifestarem-se, procuram
ávidamente introduzir-se e fixar-se em qualquer outro sêr vivo, do qual se
apossam quando lhes é possível.
Entretanto, é preciso considerar que a verdadeira "obsessão" só rara-
mente acontece, porque tôdas as fôrças psíquicas e espirituais de qualquer
indivíduo reagem contra isso, até o extremo . de suas capacidades. Num
individuo normal e equilibrado não haverá nunca possibilidade de penetração
de entidades baixas obsessoras. As fôrças de sua aura psíquica repelem
instintivamente o ataque e afugenta·m êsses elementos atacantes, dos quais o
indivíduo nem mesmo chega a tomar conhecimento.
Quanto mais o indivíduo é JUSTO, NOBRE e CARIDOSO, mais livre
estará de qualquer influência desta espécie.
Essas entidades obsessoras podem, em determinados casos, ser expulsas
pela vontade forte de uma pessoa que tenha suficiente fé e conhecimento. O
segredo da cura das absessões pode ser resumido no seguinte: - confiança
absoluta em seu próprio Espírito ·e vontade positiva demonstrada pela pa-
lavra de fé.
"Mas os fariseus afirmavam: - É pelo principe dos demonios que êle
expulsa os demonios".
. Em todos os tempos, os "farizeus", os líderes da men_talidade psêud~-
rehgiosa, o·s profissionais da religião, procuraram desacreditar e desmorah--
zar aquêles ·que conseguem curar por meio de métodos psíquicos e espirituais.
Naturalmente, em sua incompetência espiritual e disfarçado materialismo sãQ

- 65 -
ão lhes convém que se desenvolva
. d realizar curas semelhantets~n:is privilégios de curas "divinas''.
incapazes e ,. . ,, aos seus pre . ._
a]quer "concorrencia . itual em que se encontram as rehg1oes
qu N 1nateríalismo e a~andono espr,!;uais tornaram -se quase desconhecidas
as curas psi'qmcas de espi
0
das d e " ar tes do de~'
popu la res
' 1• adas fora as 1•greJ· as ' são logo taxa
, · mcapac1
· 'd a de esp1-
·
e uando são rea ,z . uram disfarçar a sua propna
minio". Dessa ~orma profh dos seus fiéis aqueles que, fora de suas cor•
ritual, e de~~cre~1tar 1cª~~ç~ra~: algum poder espiritual.
ren tes trad1cw11
. , a1s, a . da conseguem encobrir . e d.1s f arçar as pa lavras
É admtra~el como ;m declarou que essa seria a característica daquêle~
°,
textuais de Cn st qttJan s~us discípulos: _ EXPULSARIAM OS DEMO-
ue fôssem rea 1men e,
i10s, CURARIAM os ENFERMOS, etc.
* * *
"Vendo ele as turbas, compad eceu-se delas, porque estavam afl itas e
exaustas, como ovelhas sem pastor".
As condições espirituais e mentais da Humanidade_ não se m_odific~ram
muito desde que estas palavras foram ditas. A Humanidade continua ainda
aflita' e exausta, como ovelhas sem pastor. Não obstante a ação direta e
permanente de Cristo nestes últimos dois mil anos, não obstante o aparen te
cristianismo que disfarça, o triste materialismo dos nossos tempos, a verdade
é que a Humanidade ainda continua em profunda aflição, sem poder reco-
nhecer o seu Mestre e o seu Pastor, agora tão perto.
O Cristianismo ainda não foi compreendido e os verdadeiros discípulos
de Cristo, os seus legítimos seguidores, são tão incompreendidos, desacredi-
tados e perseguidos como nos primeiros tempos.
São tantos hoje os falsos discípulos, os que com a bandeira de Cristo
pervertem e exploram os seus ensinos, que já não há confiança em coisa
alguma, e as massas humanas, abandonadas a um materialismo crasso estão
mais do que nunca aflitas e exaustas. '
As_ antigas práti~as de uma religiosidade pervertida e supersticiosa vol-
tar:i a imperar por toda parte, e se alastram da forma mais alarmante. O
ba1xo-psíquismo mais degradante, as práticas idólatras. mais deo-eneradas vão
re~surgindo, agora com rótulos de coisa "cristã", empregand~ o nome de
Cnsto, para mais fàcilmente se imporem à crença do mundo.
* * *
"Â seára, na verdade, é grande, mas os trabalhadores sa-
o poucos." .
O número de homens realmente superiores que .,..
mente no trabalho espirtual de Cristo é ai d coope_ram consc1ente-
festar-se publicamente, porque as condições nes~·p-~qu~no. Nao podem mani-
permitem. Só indiretamente podem agir no m Jrá uais do mundo ainda não o
n~nh~f!I~ oportunidade de auxiliar O desenvol~f o, mas também não perdem
çao m1c1ado por Cristo, e sob Sua direç~
ao. mento do plano de regenera..

- 66-
_traba lh o e niio co mp ree nde m por que não
Muit ?s há qu ~ des_crêe m dêssc para acabar definitivamente
com os
de Crist o,
há uma 111tervença o direta . ~squecem-se se_mpre de que os processos espi-
erros e maldades d_o m__undo n~o ~odem coagir a lih erdade humana. o livre
rituais não podem 1111por_-se, 111te1ra~1ente_, .se m_ o qu e não haveria evolução
arbítrio há de ser respeitadoch eg ~c ~ esp 1rttua l1 zaçao dos se us veículos deve
no rm al. Para que o hom_e mcol1sc1e11 c1a , po r sua pr ópria determi nação, sem
aplicar-se por_ sua própriaa na o se r AQU ELA QUE ÊLE ME SM O TE NHA
nenhmna coaçao externa ,
CRIADO. na
e ain da ho je sã o po ucos os qu e trabalha m rea lmente a-
A verdad e é qu s ((tr ab
os "s e jul ga m cooperadores " de Cristo e seu
seára de Cr isto. M uit
em Seu No me , ma s, em rea lidad e, nã o estão na Su a
lhadores ", muitos falam , nem faz em a menor idéia do que el a sejta-
a.
a co nh ec em
Seára , porque não as op ini õe s sôbre o cri stianism o, po r su
as fan
las su
Trabalham ap en as pe
os as, po r su as va nta ge ns sociais ou políticas. Tr a-
sias rn osó ficas ou religi s, po r su as va idades e pr ete nsões, por su ,
as
ias pr óp ria ndanas
balham por sua idé su as su pe rstições, por suas glórias mu
os as , po r
organüações rel igi
tam ad ep tos e segu ido res , nã o pa ra ,Cristo, mas
uis
mas não por Cristo. Conq colas e organizações, qud se dizem cristãs e que
para si mesmos, pa ra suas. escomo grandes negócios, cada vez mais ricos e
crescem e se desenvolvem nada tem que vêr com o trabalho de Cristo .
poderosos. Mas isso tudo
C A P í T U L -O 1O
re
Je s
- us s
o, se-u s do z
, e dis cípulos, deu-lhes poder sob
"D ep ois de reunir lir em , e para curare·m todas as
doenças
s, para 'os ~x pe
os es pí rit os im un do
e en fer mi da de s" . e fát os ~x-
eir o tra ba lh o do s ap ós tol os t!nha de s~r. apoiado sôbr tavam in-
O prim e e~
ári os , qu e co nf irm as se m a autonda?e esp1~1t~al de quconsiderad os e
traordin ser
der_iam <?_S ensm?s cnsta os mendou nenh ufl!a
ve stidos~ sem o qu e nã o po co
r~
e Cnsto nao autonzou nem
aceitos. Note-se~ porem, qu o, senão a cura de enferm1dad~s e a exp uls.10
çã
outra -espécie de demonstra deve ser muito be,1;1 compreen91ct~, porque nos
o
de espíritos obsessores. Isso muitas. formas de demonstra9oes e provas de
nossos tempos têm aparecid apresentados em no_me de Cnsto, mas que, de
poderes psíquicos, que são ao s seus segu1do:es. _
.
a, foram au to riz ad os
forma algum de Cnsto n_ao ~utonza , :~ so~~;
en te, qu e o Ev an ge lho q
Note-se, especialm ito s de mo rtos para a reahzaçao de qu
tamente, a inv oc ação de es pír
curas.
atividades nem mesmo pa ra · · ·cos, qu e hº.J~ · se_ aPresentam t·
' e fen ôm en os ps ,qw nu nca
, aria em o-
As "demonstrações" d ua1sch
ealidbadesse espuemtdia
como provas pa ra convence
r O mun
d
° as r
m so ~a :!s 6
eg
siquísmo de hoje
em bo ra Êle _ be
ram autorizados por Cristo, se tor7a r~ am po p~ eríodo cn fcial e difícil. em
iam e
que essas coisas reaparec nossa evo. u~~o, um e a a ret omar O contacto
marca uma etapa fat al da
ente sens1b1ltzada, com ç
que a hurnanidade, parcialm
Natureza.
com as fôrças internas da
- 67
. ,., . ·fica superioridade espiritual, nem oferece
O psiquísm?, porem, nao0 ~~~I't~ir O mais perigoso e terrív~I obstáculo à
nenhuma garantia, pode nd ~ c d fôrças psíquicas sem entendimento espiri,
rvo]ução normal. O emprego as poderá produzir as mais terríveis calami,
tual será fatalmente desastroso e I t· ·dade
indivíduo e para a co e ivi · . . ,
dades, para o . esseira ropaganda que se faz hoJe do ps1qu1smo
. ~om a extensa e mt~~ioso clm aparências de religi~sidade, cheio de
mais !gnorante e super::• mas;as humanas vão sendo desviadas dos ensinos
fantas1~. e de r?n~an~e, ao mesmo tempo que aumenta assustadoramente a
stJ
do le~1tt;no_ Cn ª;~:;qo~ilíbrios psíquicos e mentais, e vai desaparecendo a
~=~~~,i~:~;a~~-ºJi~cernimento, de lógica, de bom senso, de moralidade, de
respeito e de Justiça.
* * *
Ve ·amos O sentido esotérico dos nomes dos D?ze __Apóstolos de Cristo :
SIMÃOJ _ significa literalmente "ouvir com aceztaçao". Para P?der-se
compreender a Cristo é preciso, primeiramente, SABER OUVI-LO e
ESFORÇAR-SE POR COMPREENDER O QUE BLE ENSINA.
PEDRO - significa "pedra" ou "rocha".
SIMÃO PE'DRO pode, pois, ser fàcilmente interpretado _como a primeira
qualidade requerida do verdadeiro discípulo de Cnsto: - SABER
OUVIR, ACEIT!AR E PERMANECER FIRME NA DOUTRINA, CO-
MO NUMA ROCHA.
ANDRÉ - · significa: "homem forte"; é o síbolo da fôrça de alma, necessá-
ria ao discípulo de Cristo.
TIAGO - é o símbolo da coragem e da valentia.
JOAO - significa "dádiva de Deus"; é o símbolo do Amor e do Altruísmo.
PHILIPPE: ~ significa literalmente "domador de cabalas"; simboliza a habi-
lidade e a paciência, que dominam as fôrças inferiores. ·
BARTHOLOMEU - significa "filho que levanta as águas" simboliza o
poder de mover e elevar as fôrças do "corpo de deséjos~'. As águas
se~pre correm para baixo, mas o ~.spirante há de aprender a fazê-la
subir; em outras palavras, deve positivar as suas fôrças negativas deve
sublimá-las. '
THOMÉ - é o símbolo da investigação, do exame profundo e consciênte
que geram o Entendimento e a convicção. '
MATHEUfS - -signif!ca "dado", ou "prêmio". É O símbolo do fruto de todos
os es orços realizados o maior de tod ,. ·
tual", que é conquistado pelo Aspirante~s os prem1os, o "corpo espiri-
TIAGO (2.º) - Ressurgem a Valentia C
plano espiritual, em que se desd b e ª or_a~em, porém agora sôbre o
THADEU - significa "aque·1 o ram as atividades do Aspirante.
dou t rm · e o ensino oe A
· á na · ·
que • confessa" · Inicia-se agora a atividade
e torna-se um Auxilia~ diretospd~ait~~:~~á preparado para o Ministério,

-- 68-
SIMÃO (2.º) - Voltam a confirmar-se as qualidades superiores de SABER
OUVIR COM ABS~LUT~/ R!=-~PEITO E ACATAMENTO a orientação
de Cristo, agora direta e md1v1dual.
JUDAS _ é o símbolo da naturez a . i~f.erio~, sempre pronta a traír O As-
pirante, mas que o leva ao Sacn f 1c10 Fin al e à Libertação.
Essas doz_e figuras _s imbólicas se relacionam. também com os Doze
Signos do Zod1aco. Rep1 ~se!1ta~11 as Doze Jerarqu 1as Espirituais Criadoras

d:~
que se reunem para dar e x1stenc 1a ao homem e a tôda a criacão No hom '
terrestre, síntese de todo o trabalh o .<:_ria?or de~s~s Jerarqu ias ·Divinas
surgir o EU SUPERIOR, a Consc1 encia Esp1nuta], o Cristo Interno, 0
FILHO do Homem.
As instruções da~as por Cristo aos seus Doze Apóstolos se referjam
especialmente às condições daquela época e à s itu ação espiritual e mental
do povo judeu.
Entretanto, as bases fundamentais dessas in struções continuam a ser
sempre as mesmas. A mentalidade do nosso mundo ocidental mudou muito
pouco no sentido espiritual; por outro1 lado o crescimento da persona1idade e
do materialismo trouxe outros problemas, que antes não existiam. Pode-se
observar, por tôda parte, os mesmos problemas espirituais, as mesmas dúvi-
das e perplexidades, as mesmas falhas, agora com novos rótulos e disfarces.
Porém, nos tempos atuais acrescentou-se um novo fator que na anti guidade
não encontrava campo para expandir-se: - o materialismo crasso, com pre-
tensões científicas; o apêgo quase absoluto às ilusões da forma ; o abandono
de quase todo interêsse pelas coisas espirituais. O intelectualismo, fran-
camente materialista, dominou o nosso mundo ocidental, e o homem julgou-
se auto-suficiente, capaz de compreender e explicar tudo sob um prisma abso-
lutamente material. Com o desenvolvimento das ciências acadêmicas e a
descoberta de alguns dos mistérios mais simples, da Natureza julgou o ho-
mem poder dispensar a religião e a fé em algo superior e espiritual.
As próprias reJigiões, embebidas do materialismo intelectual e acadê-
mico da nossa época, relegaram os seus princípios de fé-viva e operante, para
transformarem-se em méros formalismos sociais, em hábitos tradicionais, que
se atende apenas por conveniência e por interêsse.
As correntes pseudo-cristãs de hoje já não proporc~onam um meio _ct_e
cre~cimento, ,de expansão de consciência; já. não_ são mais ferment~~ esp1n-
tua1s. Não passam agora de grandes orgamzaçoes mundanas, soc1a1s e po-
líticas, sem qualquer outra significação. Aliadas ~os. g~andes e. poder?sos
da terra, afastaram-se dos princípios básicos do Cnshamsmo, CUJOS enSmo~
já não são capazes de entender.
Mas, algumas dessas instruções aos primeiros Apóstolos merecem nossa
especial consideração.
* * *
"P d · ho pregae que está próximo o reino dos céos".
ne:~e º;v:i~~ac~~Cristo vamos nos aproxi~~n~o ràpidamente do Reino
dos Céos, isto é, das novas condições que perm1hrao a todo homem a con-

- 69-
. pleno domínio dos planos su-
'" d a natureza interna e o
quista consciente ª su , interno.
periors que constituem o seu ~~o _ Es iritual não estava ab erta para todos.
Até a vind a de Cri ~to a In1c1aç~o ai ~n s poucos era m preparado~ para
S, com excepcional a1uda ext~rn g obj etivo~ defin idos e determinados.
r~n er O véo dos. mundos supen? re~~c;:mum não permitiam o desdobramen-
As fondiçõe~ in_ternas _d~ _hu~1an;d: tend ência que já vinh a de longe era pa~a
to de conscienc1a e a mtcta_ç ao , . . A continuar nessa ma rcha a evoluçao
uma decadência e per~ers?o 111 ª1ºt1. Foi isso que tornou absolutamente ne-
. t d co11s1derave 1men e. ,. •
ter-se-ia a r~sa O • eu oderoso aux1lto direto.
cessária a vinda de Cnsto, _e o }raspou-se ao meio o véo do T em plo", e as
Con1 a c~~ga9a dedCnsto er franqueadas a todo homem que quiser
portas da I111c1açao pu eram s
procu rá-las.
* * *
"Eu vos envio como ovelhas no meio d~ lobos, sêde, pois, prudentes
1
como as serpentes e simples como as pombas •
Ainda hoje êsses conselhos se aplicam com a mesma re~li~a? e. O Aspi-
rante à Vida Espiritual há de tornar-se, antes de tudo, um 1ndiv1duo ab solu.
tamente ·sincero, justo, inofensivo, bem simbolizado por uma ov:lha, ou um
cord éiro. No meio do egoísmo, dos personalismos, das pretensoes, da pre-
potência que governam a mentalidade mundana, vê-se o Aspirante corno _no
meio de lobos, prontos a devorá-lo. A história do · Cristianismo foi a maior
demonstração dessa terrível realidade. Desde o tempo dos Apóstolos tem-se
-verificado que todo aquêle que se dispõe a viver como verdadeiro cristão
atrái logo a antipatía, a reação, o desgôsto e a crítica, até mesmo daquêles
que julgava seus melhores amigos.
Enquanto vivemos c_omo ''lobo", entre _os lobos, tudo caminha aparente-
mente bem. Somos mais ou menos respeitados e até considerados. 1\1as,
desde_ o momento que pretendemos "deixar de ser lobos" e começamos a ser
co~de1ros, vemos logo como se desperta o apetite dos lobos que nos rodeiam.
. Em outras palavras_: desde que ·elevamos a consciência às regiões supe-
nore.s. do corpo ?e d~seJo_s, desde que nos negamos a ·oontinuar empreoando
as forças repu~~1va~ mfenores e de1x~mos de nos identificar com elas, \ enti-
mos log~ que Ja nao estamos harmonizados no meio ambiente pelas reações
e choques que começam a surgir de todos os lados '
A mentalidade mundana se apoia i te· t · ,
pessoais, e não pode admitir nem n tramen e em ego1smos e interêsses
ponto de vista. Está pronta a co!11preeo der absolutamente qualquer outro
corde com as suas pretensões ~eag1~ cont_ra qu_a!quer opinião que não con-
contra tudo e contra todos o p ssoa1s. S1stemahca e invariàvelmente reage
vamente, levanta-se a mentali~ictuee se c~locarem em campo oposto. Instinti-
quer forma, se manifeste contrár' mun ana co_ntra . .todo aquêle que, de qual-
ou que se negue a considerá-lo 8 to aos s_eL!s interesses egoístas e pessoais
A mentalidade d e respeita-los. ,
interêsses mesqu!nho~u~e ~~L~R1~~\11z~ t~Ni7~E¼~ª _perman~nte de
ÇoES reciprocas,
- 70 -
e assim sentem-se "' todos satisfeitos
. e
h aparentemente harmonizados . Mes mo
quando os interesses
· é ·
pessoais se e ocam e brotam as inimisades ningu, ·
]eva isso mmto a s no, e as par t es_se ~ f astam simplesmente,
· em
para ' continuar
suas atividades no ~~smo _pi a~ º -de interesse~ próprios. Há , entre os egoístas,
um entendim ento tac1to, ms1111t 1vo,_ no sent ido de adm itirem tudo, contanto
atte cada um conceda ao o~tro a li berd ade de se r ego ista. o que O ego ísta
não ~ompreende e •~ão adm ~te é qu e alg_u ém não seJa tão _? U_mai s egoísta do
que ele. O que mais teme_ e que o at~1b1ente e as c1rcun stancias lhe impeçam
de manter o seu personal~smo e a, li berdade_de co nse rva r seus mesquinhos
interêsses. Qu~n d? respeita o ego1smo alh eio,, o ·faz uni camente na defesa
dos seus próprios mteresses. Num mundo ego 1sta, êle pode ter a liberdade
de continuar egoísta.
Quando ~Iguém se ?_ecl ~ra _" altr~ísta" e demonstra por seus átos que
repudía o ego1 smo, que Jª nao e ego1sta ; quando se coloca fra ncamente ao
lado da Justiça, do Direito, da Razão e da Lógica ; quando defe nde a Ver-
dade, sem considerações pessoais, vê fatalmente levantar-se em volta de si
uma onda de indignação e de protestos, capaz de. chegar a extremos de vio-
lência e de perversidades. O homem comum, medíocre e egoísta não perdôa
nunca, quando se julga atingido em seu persona1ismo e em seus interêsses.
É por isso que Cristo declara que o cristão se verá como uma ovelha
entre lobos.
Para poder escapar das garras dos lobos, só resta à ovelha ser PR U-
DEN'DE como as SERPENTES . A serpente sempre foi o símbolo da Sabe-
doria e, necessàriamente, se não agir com Sabedoria, isto é, com Entendi-
mento Espiritual, fatalmente provocará uma onda de reações violentas~ que
poderá _levá;.Jo ao desespêro e ao fracasso.
Simples, como . as pombas, ·é outra atitude necessária. Simples neste
caso, significa inofensivo.
Por compreendermos uma realidade mais alta, por termos maiores. ra-
zões, por sabermos algumas verdades e alcançarmos maior consciência, nem
por isso temos o direito de ACUSAR, de CONDENAR ou de FE RIR. Se to-
mamos uma atitude forte, se pretendemos ser "palmatórias do mundo", cer-
tamente atrairemos contra nós uma corrente impiedosa de antipatías e de
ódios, que poderá arruinar todos os nossos esforços e acabará por impedir
nossas próprias possibiJidades superiores.
* * *
"Não é o discipulo mais do que o seu, Mestre, nem o servo mais do que
o seu senhor''.
Uma das características mais acentuadas da mentalidade mundana é .º
orgulho e a pretensão ele saber mais do que realmente s~b~, ou de ser mais
do que é. O orgulho intelectual a domina, e julga-se sabia, porque apren-
deu alguma coisa. · . .
Baseado em conhecimentos parciais e quase sempre mteuam~nte espe-
culativos, o orgulho intelectual cria em todo homem comum um circulo aca-

- 71 -
nhado e restrito de idéias, que lhe apri siona a consciência e impede tôda
evolução superior. . ,. , . . .
Encerrado em uma cadeia de 1de1as propnas e alheias, denvadas de
princípios parciais e incompreendidos, fica o homem impossibilitado de vêr
e de compreender a Realidade, e o que é pior, torna-se. incapaz de aproveitar
as suas próprias capacidades mentais superiores.
Mais do que nunca, em nossos tempos verifica-se o perigoso e terrível
efeito dêsse orgulho intelectual, na dificuldade e aversão que demonstram os
discípulos em ouvir e acompanhar os seus mestres. E11_1 assuntos espirituais,
notadamente, são raros · os estudantes que sabem ouvir com respeito, para
aprender realmen te; ninguém quer sujeitar-se ao estudo sério e disciplinado;
todos se satisfazem com uma idéia vaga e superficial, também porque a maio-
ria não pretende fazer nenhum esfôrço, nem mesmo o de estudar.
Quando aprenderam alguma coisa, mesmo vagamente, julgam-se togo
sábios, e estão sempre prontos a dar palpites e a criticar, até mesmo àqueles
que o ensinam.
O que hoje se procura não é realmente aprender, mas simplesmente
confirmar opiniões próprias, quase sempre extremamente superfi ciais e aca-
nhadas, porque se baseiam em estudos parciais e limitados e em expe-
riência pessoal interna, de pouca profundidade. O orgulho intelectual sente-
se até ofendido, quando se lhe depara -algo que contrarie as suas opiniões
estabelecidas. Discute-se interminàvelmente, não para esclarecer as ques-
tões, mas para convencer os outros de opiniões formadas e consideradas como
a última palavra sôbre o assunto.
Não há na História maior exemplo do perigoso efeito do orgulho inte-
lectual do que o que se vem observando no campo do estudo e investigação
dos Evangelhos, as bases do Cristianismo. Anda o mundo ocidental com
os Evangelhos de Cristo nas mãos há quase dois mil anos. : Foram lidos,
estudados, comentados e discutidos por milhões de indivíduos que se consi-
deravam cristãos, mas que só ·puderam vêr nêles a letra morta. Não se pôde
entrar no espírito do Cristianismo, porque nunca se procurou a Palavra de
Cristo para aprender realmente, para alargar-se o campo da consciência.
Cada indivíduo vê nos Evangelhos apenas aquilo que interessa às suas
opiniões pessoais; usa e abusa da palavra de Cristo para reforçar as suas
ar~u~entações intelectuais que considera muito mais importantes do que os
propnos Evangelhos.
É por isso que êles continuam a ser os livros mais misteriosos do mundo,
tã~ misteriosos que até mesmo aquêles que se consideram representantes de
Cnsto na terra não o compreendem.
Os cris!ãos julgaram-se maiores do que o seu Mestre, e por isso deixa-
ra_m. de ouvi-lo e de e~tendê-Io. Foram poucos, muito poucos, aquêles que
, ehmmaram o orgulho intelectual e romperam as cadeias de idéias próprias,
para ESTUDAR E APRENDER REALMENTE O CRISTIANISMO. esses
venceram a prova e conquistaram a maior Vitória.
O homem·. comum diflcilme~te_ ch:ga a compreender o imenso prejuiízo
que causa a s1 mesmo com a hm1taçao mental a que se impõ,e com O seu

-72 -
orgulho intelectual, e o maior causador dêsse estado de coisas f • .
... . · t 'f ' d os nossos t empos, .mcapaz de elevar-se ac·0 1 od ensmo .
1· 1 1co
academico e .c1en t - ima ol'dmais
mas que, em rea 1 a de
crasso matena ismo e com · pret d V a saber tudo,
ensoes
,
nunca chega ao conhec1men o a erdade.
o homem encantou-se com , - uma ciência
d que
. lhe pareceu capa
. z de exp 1t-.
ear tudo, mas. que até a gora . nao passa e mais um laço de escravi'da- 0 t
. l'b dd d e consc1 .... .a, tornando-o incapa d men ba1'
que lhe restnn gm a I er e enc1 2
sentido espiritual da vida. e perce er
0
Com o materialismo científico de hoje a men te hum ana limitou-se d en t ro
, Io de fe rro , 110 qua · I
a ·"enc1a
consc1 ...
· ve-se anrisionada v·1ve-se
de um c1rcu ,
· t I t 1, nos registros t' •
apenas no campo m e ec ua . de uma memória endeusad
a, no
. . d ed u t·1vo, no mecanismo menta l que se espraia no sentido de super~
racioc11110
fíci e, e parece resolver tudo. q que se procura é encher-se de idéias e mais
idéias, que . se argumenta, se discute, se critica, e que, dia a dia , torna m 0
homem mais orgulhoso dos seus grandes "conhecimentos".
. "Portanto, todo aquele que me confessar diante dos homens tambem
Eu o confessarei diante d·e me•u Pai que está nos céos; mas aquel~ que me
negar , d.iante
,, dos homens, tambem Eu o negarei diante d·e meu Pai que está
nos ceos .
Confessar, aqui, significa simplesmente RECONHECER, TER CONS-
c1eNCIA. O maior e mais sério problema do homem se resume, afinal, em
ter ou não consciência do seu próprio Espírito, do seu Cristo interior, e
CONFESSAR ISSO AOS HOMENS, ou melhor, demonstrar essa verdade
ao mundo, pelos átos de sua própria vida.
Não bastaria apenas ter consciência dessa Realidade; é preciso que o
homem manifeste essa realidade, deixando que se exteriorize e se manifeste
a Luz do seu próprio Espírito, através dos seus átos, das suas/ palavras, das
suas atitudes. Assim, CONFESSARA a Cristo e se tornará um instrumento
consciênte de ~Sua manifestação.
Êsse é o Grande Mistério cfo Cristianismo. Cada homem descobrirá, um
dia, o seu tesouro interior; tornar-se-á consciênte do seu próprio Espírito, d~
sua Luz Divina. Expressando essa realidade, tornar-se-á uma nova mani ..
festação de Cristo . no mundo, e iniciará sua atividade redentora, aplicando-se
à salvação dos, seus irmãos, ensinando, curando e auxiliando.
s,m a consciência do seu próprio Espírito, s~m poder sentir e~sa Reali-
dade Espiritual dentro de si mesmo, o homem nao pod~ fazer mais ~o que
NEGA-LA. Seu átos, suas palavras, sua maneira de viv~r, tudo _sera uma
negação da Realidade Espiritual, que êle não pode senhr e muito menos
expressar.
Pouco importa que se adote urna atitude convencional, ou que s~ _use
hábitos de uma religiosidade tradicional, para acomp~nhar 0 ?rmas sociais e
satisfazer interêsses mundanos, se o homem continua mconscient~ dessa ma-
ravilhosa Realidade dentro de si mesmo, se é incapaz de sentir e de ex-
pressar a Luz do s;u próprio Espírito.

- 7-3 _,..
'm trazer a paz à terr a; não vim traz er
paz, "'ªs
.
"Não penseis que v,
,, - · t h
f· mais
esp a d a • ,. todo O Evangelho a 1rmaçao ma is es ran a e ia
União e de Harmon
Não há , talve~,.temde Am or, de Fraternidade, de
a. O _Esp in o t ·aze r paz à terr a , ma s sim a espada das lutas, da;
espa ntos
declara que nao vem i . • - t-
separações e da desarm oma. .., d
nao vem . 1a;er paz à
Note--se, prim eiramente, su~ _deciaraçao e q_ue
terra t:Je bem sabia que a pratica dos seu_ s ednsrnos , ptrovocanta . a t.almente
· .s d•uras e vi·otentas reações da mentaltda
e -ego1s a e ma ena 11sta que
as mai
governa êste mundo.
de ~como?ar ~u torn~r
Seus ensinos não foram apresentados com o fim a mai or satis.
. "fel i'z" a vida do homem sôbre a terra; não seI. destma,m ·1 - d
mais terrestr e; nã-o pod_ em sery ir .d_e a t~· e nto as I uso es _e um
façã o do hom em
c,.,umuI? da expressao, da
paraíso terrestre, em que o\ ~ersona.hsmo _at!ng_1na onao . fo1, apresenta_do para
auto-satisfação e da comodidade. O Cnshamsmo as1a, as ~r~tens oes mte-
f an~
servir de alimento à imàginação materializada, à hdade esp1ntual.
lectuais do homem mundano, desviado de tôda rea
írito Humano da sua
O Cristianismo apresentou-se para "salvar" o Esp
abrir-lhe os olhos para a
própria criação material e degenerada. ·veio -para
ilusões e: de fantasias em
Realidade Espiritual; para libertá-lo da cadeia de
ho da m~rte, em que jaz,
que se aprisionou, para acordá-lo do terrível son
de habitante de um mundo
desde a sua quéda das condições de espírito livre,
nado de Sua Luz Eterna.
espiritual, em que se se'ntia ligado a D/eus e impreg
é deste mundo" . É
Bem disse Cristo mais tarde: - "O meu reino nãoo Prático, semp re foi
nism
por i_sso que o. Verda?eiro Cristia_nismo, o Cristia talidade do homem terres-
repehdo, da forma mais brutal e v10lenta, pela men seus interêsses materiais,
tre, qu: sempre vê, nêle um perigo e uma ameaça
aos
incapaz ainda de desper-
mesquinhos e eg~1stas. A ~rande _,~assa humanaa, presa: à bár bar a il usão de
tar-se para a re~hdade da vida espintual, continu
um sonh o -matenaJ ' que Jhe perve rte a ima · gm · aça-o e lhe arruína a vontad e e
d0 necessidade de f azê-Ío.
qua1 nao quer despertar porque não compreende a
O Cristianismo Prático e ve dad etro •.. .
vão se tornando suficiente r e para poucos, par a· os poucos que
para compreendê-lo; para aqu ê-
Jes que, pelo seu esfôrço ment~ .._prep~rados -se da Ilusão e do Egoísmo.
A consciente, libertam
espada que Cristo traz. re. fere-s: pnm • . ,
e1ra men te a luta que se trava na
terra do próprio homem
mentos in-feriores que Jh "â se~ própno, mundo interior, contra todos; os: ele-
C~nsciência Superior des~erf :;ª1 :
a alma e que hão de ser vencidos pela
uma luta terrível e sem quartel em que
nao pode haver tréguas ne da de Cristo e ~om mão
de ferro é preciso conquista~ ac?rd?s. Com a -espa sôbre as fôrças internas
desencadeadas do Egoísmo eª dv1tó lrl1a !º~ai e _absoluta
. eom o último 1· a usao.
retém O eorpo Espiritu go pe dess a Espad a rbe 1 rtadora corta-se a cadeia que
al e a e ..
onsciencia nêle se liberta definitivamente. O
,., À
desligamento dos éteres superiores, que formam o C_orpo ~spiritual, depende
de um golpe dessa Espada de Cristo, e é a razao mais profunda dêsse
símbolo libertador.
11
Assim, os inimigos do homem serão os da sua propria casa".
No sentid o exteri or e rnu hda 11 0, referente às relações do Aspi rante
seus fam1·1·1ares, compreend e-se que a s1tuaçao
. - nun ca pode realmente com.
se r muit
harmoniosa e feli~ . Não há !alvez m?i_or prova par~ todo Aspirante do qu~
ter de sup? rta r a mcompreens~o, as. . crit1 cas, as co nd~ nações dos seus próp ri os
parentes, p1 capa ze~ de com p1 ee11 ?e-lo e aco mpa nh a- lo no se u avanço espi-
ritual. Nesse ~enttd o ~l gun s Asp1 ~a~tes cae~ num a última ilusão, sem maio-
res consequ enc1as, a nao ser uma 11lt1111a des il usão, am arga e do lorosa. Sem-
pre esperamos que, ao menos, os nossos pa re_ntes mais chegados, a que, es ta-
mos ligados pelos _laços do san gue, do cannh o e do sacrifício, ao me nos
êsses, nos pro porcionem um pouco de consolo, de satisfação, de alegria .
1
É ~empre do!o~os~ recon~ecer-se que nessa questão do espiritualismo;
na prática do Cnsttamsm_o, nao seremos compreendid os nem mesmo pelos
nossos parentes, que provàvelmente, serão os que nos causarão as maiores
decepções e os maiores desgostos.
Entretanto, há um sentido mais importante nessa afir mação de Cristo .
Os maiores inimigos do homem estão dentro de si mesmo, na própria casa do
seu. corpo. Êste é o sentido esotérico, e o que mais importa.
Os maiores inimigos do homem não são os de fora , mas sim os que
estão dentro de -sua própria alma; são os elementos psíquicos inferiores que
permitiu desenvolverem-se em seu interior; são os baixos sentimentos cris-
talizados, os ódios, a inveja, o orgulho, a vaidade, os vícios e perversões;
é o EU INFERIOR, o "homem-anim al", . cheio de desejos brutais.
Êsses são, em realidade, os seus maiores inimigos, porque lhe arruín am
a felicidade, lhe roubam a paz, lhe transtornam a inteligência, perturbam-lhe
a vida, restringem-lhe· a consciência e lhe impedem o avanço espi ritual.
Aos inimigos de fora, aos que se julgam seus inimigos, há uma maneira
de vencer: - a do AMOR, da TOLERANCIA e do PERDÃO.
Mas, aos inimigos de dentro não há outra ~aneir! de ~encer. se_n ão a
luta decidida e implacável, a luta sem. quartel, ate 9ue e~es seJ~m ehmm ~dos
e dissolvidos. Só com a espada de Cnsto e pulso: firme e possivel conquistar
a Vitória. ·
* * *
"Que,m ama a seu pai ou à sua mãe mais do que a mim, não é digno
de mim".
Somos espíritos encarnados não sêres terrestres. Na presente f~se da
'
evolução necessitamos do concurso dos nossos pais · para f orm a ~ um ms tru
d-
.
mento terrestre e por isso contra1mos para com e"l es um a d 1'vtda , quan o
·
aceitamos o seu concurso para o nosso nasc1men· °,
t dívida essa que devemos
r~.sgatar com amor, bondade, tolerância e s...acrifício. ~a~, nossos pai~e!ª~;
.
bem são espíritos que evolucionam e estao em condiçoes semel han

- 75 -
I ,
. . ,, talvez em condições mais avançadas,
nossas. São nossos "companh eo osserao, ' - provàvelm ente, incapazes de com.
neste caso
ou menos avan çadas, e .
s ideais superiores.
preender os nosso . 'b' tos mund anos é provável que pretendam
11
Presos aos pr~co nc_eitos e .~i~es. julgando 'em sua bôa fé e com seu
nos im pôr seus pnn~fptos ed º!e'm orientar a n~ssa vida, para que sejamos
equivocado amor po em .e ull~o da família e da sua velh ice. . . Se os aten.
talvez grand~s hont~~sdeº'Je suas pretensões e opiniões mundanas, se não
dermos, na mget~UI libertar da cadeia dos interêsses de fa mHia e de
for mos capa:es a11e1a1·nmooss mais aos ideais superiores e ao nosso Espírito do
sangue se nao apêgos interêsses e opmwes .. ,. , . ·1·1ares, nao
f am1 · mos
- consegwre
· · os ' nossos
que , . .
libertar a nossa consciência para a vida superior.
o que mais desejam nossos pais é que sejamos "~m f! Jho exemp~ar",
um motivo de orgulho da família, um defensor dos seus interesses, um digno
continuador do bom nome que nos legaram, e talvez um grande homem, pro
4

tetor dos seus parentes, etc. ·


Para a mentalidade comum e mundana dos · nossos pais êsse será o
m:tior e mais digno programa que possamos reaJizar, e esperam que o reali-
zemos. Não poderá entrar na sua cogitação outra coisa quê não seja o
interêsse da família, que hão de colocar, naturalmente, em primeiro lugar.
Cristo não disse que devemos deixar de amar nossos pais ou a nossa
família, mas que o nosso amor pelos ideais superiores, pelo nosso Espírito,
DEVE SER MAIOR. Se considerarmos mais importantes os interêsses fa-
miliares do que os interêsses espirituais, se amarmos mais os nossos pais
terrestres do que o nosso Criador Interno, então não seremos capazes de rea-
lizar os esforços necessários para a nossa própria libertação. É impossível
"servir a dois senhores". Os ideais de família e dos nossos pais são terres-
tres, e constituem apenas uma condição passageira, mais uma ilusão terrestre,
um dos mais terríveis obstáculos à realização espiritual.
. É P?~ isso q~e t~~o _Aspira~te encontrará! provàvelmente, em sua p ró-
pna fam1ha os mais d1f1ce1s obstaculos no cammho da sua realização e deve
enfrentá-los com extrema paciência e coragem. '
"Quem ama seu filho ou sua filha mais do que a Mim, não é digno
de Mim''.
. Com os. nossos filhos a questão se torna ainda mais delicada. Como
pais, ~os deixamo~ ~nvolver por uma cadeia de sentimentalismos, de preo-
~~~!i~e;Úh~: ~~g~~ta~, ~e obri,gáaç~es, que acaba por nos escravizar aos
, rm que J nao somos senhores de nós mesmos
Nossos filhos, por melhores • d . .. ·
mulheres como todos os outros e e mais e ucados _que seJ~m, sao homens e -
acompanhar em nossos ideais ; ' P?ssfvelmente, nao estarao dispostos a nos
der e admitir. Também não odenoreS, .q~e, talvez, não possam compreen-
opiniões e e~forços. E' prová~el ~~s ex1g1r que nos acompanhem em nossas
' t -~º• que com o tempo . se revelem
tamente desinteressados ou ate' con .
absolu-
ranos aos
· no 'd
ssos 1 ea1s superiores,. )eva-

- 76-
dos pelas ilusões, fanta sias e interêses mundanos que os arrastam natural-
mente.
Pelos nossos filh os som~s, em geral, duramente experi mentados . Mesmo
que nos esforcemos por educa-los d: ntro d_e_um padrão superior, não podemos
esperar que compre~ndam a questao espiritual como a co mpreendemos nós,
ainda mai s na sua Juve ntu de, em qu e lh es fa ltam ex periência e ple na capa-
cidade mental.
E' possível mesmo que não cheguem nun ca a compreender os nossos
ideais superiores e for~1em de ~ós uma opi~ião pouco lisonjeira, porque não
vêmos o mundo como ele~ dese1am que ?.ve1amos. A maioria dos pais teme
não ser aprovada pelos filhos , ou ser criticada por êles, e por isso esforca-se
por agradá-los, ~c?m panhando-os . até nas opini~es mais estravagantes e
injustas, ou perm1tmdo-lhes uma hberdade excessiva, que depois não con-
seguem mais controlar, de forma alguma.
E' muito possível que o Aspirante à Vida Superior encontre nos seus pró-
prios filhos tremendos obstáculos àos seus esforços, e se o seu amor aos
Ideais Superiores não fôr maior do que o que tem aos fi lhos, se não souber
libertar-se dos preconceitos sentimentais e do apêgo aos fi lhos, se não elim i-
nar o mêdo da opinião dêles, se não deixar de ser um escravo das pretensões
e interêsses mesquinhos dos filhos, certamente se verá impossibilitad o de rea-
lizar o esfôrço necessário à sua própria libertação espiritual.
Nossos filhos não são nada mais do que · espíritos em evol ução~ abso lu-
tamente semelhantes a nó~ A êles oferec~mos o meio de reencarnar-se e por
isso assumimos o dever e a obrigação de auxiliá-los e orientá-los, até que
possam conduzir-se sózinhos. Somos seus primeiros "mestres" e deveriamos
ensiná-los a "viver bem" e conservarem-se livres das ilusões, para que possam
iniciar também a sua marcha consciênte para a Vida Espiritual. Se soubes-
semas fazer isso inteligentemente, sem dúvidas e sem temôres, sem nos im-
pressionarmos com opiniões e interêsses falsos, conquistariamos um alto me-
..tecimento, que serviria de poderoso auxílio à nossa própria realização.
* * *
"Aquele que não toma a sua cruz e não Me segue, não é d-igno de Mim''.
Viemos ao mundo por fôrça de um destino, que nos impõe obrig~ções e
deveres, dos quais não podemos fugir sem conseqüências graves ,e ~engos~s.
"Tomar a sua cruz" significa simplesmente aceitar o seu proprw destino
e procurar cumprí-lo com coragem e resignação. .
Entretanto, o homem mundano é quase sempre um ~eyoltado, especia~-
mente quando O destino não O favorec e e lhe apresenta d1f1cul?ad:s e so~r~-
mentos, e então procura todos os meios de escapar de suas obrrgaçoes esp1rt-
tuais, dos seus deveres e dos seus compromissos, de qualquer forma , sem
nem mesmo medir conseqüências.
A maioria só sabe queixar-se de todos e_ de tudo, procurando se'!1 pre
culpar alguem pelo seu insucesso, pelos seus fracassos> sof~i_mentos e ~ores,
sem nunca procurar compreender, sem nunca querer adm1hr CJ;Ue atras de

-77 -
f d eu próprio destino, forjado por
I
todos os acontecime ntos está a ação ata o s
suas próprias mãos. t d tudo temos obrigaçõe s e de-
Sempre nos esquec~mosd deb~ue, ~7a~se ee cump'rí-los exatament e, sem o
veres que devemos ace1tar e oa vo . _
ue ~om licare111os ainda mais as nossas cond1çoes f u t uras . . . .
q· p •- . t - e vaidades as fraquezas e negativida des, pro-
As amb1çoes, p1 e ensoes , , .. ,
curam afa staí-nosdas obrigações e deveres. Pensamos , as vezes, que so
temos DIRE.ITOS , até mesmo O direito ~e abando~ar os de~eres , e nos envol-
·t - cada vez mais difíceis Depois nos qu eixam os, no s revol-
vemos em s1 uaçoes ·, , · , Jpad d
tamos, sem admitir jamais que somos nos mesmos os un1cos cu os a
nossa infelicidade ou da nossa desgraça. . .
Em geral, tôdas as nossas dificulda? es e problemas se ong!nam da n~ssa
fuga das obrigações e deveres, determina dos pelo nosso ~estmo_, por ton~a
das nossas necessidad es espirituais . Não reconhece mos, nao aceitamos , nao
queremos compreender essas necessidades superiores , e por isso não quere-
mos aceitar a nossa cruz, e nos revoltamos .
Empregam os nossa relativa liberdade, o nosso livre arbítri o, con tra as
decisões do destino, e acabamos por complicar as C(?isas de tal forma que já
não sabemos nem mesmo como sair das embrulhad as que criamos. Para en-
contrar uma solução qualquer e escapar das responsab ilidades que tememos,
empregam os a astúcia e tôdas as armas da inteligênci a, todos os meios possí-
veis, mesmo os mais injustos e desumanos para justificar- nos e salva r as
aparencias .
Essa é, em geral, a maneira de agir do homem comum, e a principal
causa do seu fracasso espiritual. Dessa forma, não cumpre as determin acões
do _destino e p~ep~ra condições ainda piores para o futurb. Não quêrer
aceitar, a ~ua pr~pna cruz, os seus d~veres e obrigaçõe s; revoltar-s e contra o
s~u. propno destino, procurand o fugir à responsab ilidade, é condenar- se es-
puttualmen te .
.,.,A ~ealização e~piri!ual exige, _antes de tudo, que saibamos cumprir, com
p~c1enc1a e ?e_termmaçao, as obngações e deveres impostos pelo Destino
E ab nossa d1v1da · ' que há de ser sald a d a, para _que nos veJamos
· livres e de-·
::~ araçados pa~a UT trabalho. superior. As determina ções do destino fo-
110ss!ª~! ~::s~~J~t ~~~: _exclusivo daf nossas conveniên cias espirituais , das
que, na nossa atual situa r~ores,_ e se e as nos parecem uma restrição é por-
oculta atrás de todos osçai~ nfo _nos eSforçamo~ por vêr a realidade que se
rêsses mundanos e ocasiona·º º ecimentoS.. Dominado s pelas ilusões e inte-
todo custo, não queremos r~~~J;r f antaSias. e aparência s que sustentam os a
gações, e a absoluta necessidad edcer ªt re~ltdade dos nossos deveres e obri-
p d e e a ende-los
.. ara po erm os seguir a Cristo a .
esp1ntual, é preciso que ap 't ' P ra despertarm os em nós a consciênci a
desf
, mo nos oferece reconhece rovei
d emos integral men t e a oportunid ade que o
as s~as _sábias det~rminações." 0 e enfrentand o com firmeza e determiÓação
~ss1m tomaremos a noss 6 .
Cammho da Realização Esptif:af rta cruz, e poderemo s seguir a Cristo no

-. 78-
"O que acha a sua vida, perde-la-á., mas o que d
, 1 , ,,
minha causa, ac h a- a-a . , per e a sua vida por
A vida humana é uma questão de co n .,. .
... . sctencta A v·ct t
dade ou consc1enc1a que empregamos neste rnund ; . 1 a errestre, a sei-
físicos que usamos, não tem nenhuma segura , desp~rt~da nos veículos
essél consciência terre stre dos corpos fí sico cnç~t1 ~ e cont in uidade. Depende
1
1
f]étem os ímpuls~s do corpo de desejos. ' Êsse ~ r~le~~ ,; , , como es ~: lh~s. re-
restre que expenmentam os por um pouco ele tempo e a Consc1enc1a ter-
Com a morte perdemos êsses cor1Jos e con, e~1es ·d esaparece o " fl "
.
... . ef"emera • '
a consc1enc1a e re1ativa que usamos neste m d0 re exo ,
um registro dessa vida passada, que O Ego Sup u~ · Gu~rda-se apenas
. - • t· enor examina e supor t a,
como uma Iiçao pr.1 ,ca, qu e deve aprend er e abso rv er.
Terminada essa lição,·dnão resta ao Espírito sena~o a vo lta a uma nova
-
encarnaçao, a uma nova Vt a terrestre, para formar nova consci ênc·1a
rimentar nova oportunidade.. E assim continuará , ate' que na SL!a consc1enc1a e -~xp~-
terrestre recon heça a necessidade de sacrificar esta vida ' a consciênc 1·a relat·tv a
. .t d f ~ d
e 11m1 a a, p~ra a ~r!llaçao e espertamento de uma nova Consciência de
uma Nova Vida Esp1ntual. . '
. . O d~sfertar da vi~a . espi~itual, da Consciência Superior, exige O sacri-
f!~~o da vida t~rrestr~ , !s~o e, do ab~ndono definitiv~ de tudo ? que cons-
htue o personalismo 1lusono, dos ego1smos e pretensoes pessoais , das vai-
dades e ambições que constituem o "homem terrestre", a consciência mundana.
Só nestas condições pode-se formar -O "corpo espiriutal", em que ambas
as consciências, a terrestre e a espiritual se juntam definitiva e permanente-
mente. Então já não haverá morte e a saída final do corpo denso será o
início de uma Vida Superior, em plena consciência. Também, j á não haverá
necessidade de reencarnação neste mundo, salvo para alguma missão especial,
expontâneamente aceita, no interêsse exclusivo da Evolução da Humanidade.
Convém notar que a "consciência terrestre", é algo ainda imperfeito e
incompleto. Como tudo neste mundo, a consciência que aqui empregamos
também é "relativa". Estamos presos a cinco sentidos limitados; é só atra-
vés dêles que podemos vêr e sentir o mundo. Estamo_s "adorme_ci_dos" para
tôda a reaJidade que está presente, · mas escapa aos sentidos matenats que e~-
pregamos. Acima de tudo o que podemos "perceber" há um n1L~ndo_de realt~
dad es, que nos rodeiam, que estão_ dentro de n~s ,_mas da~ q\1a 1s ~ao perc~;
bem os nada. A consciência relativa que ernp1 egarnos nao e mais do q
UMA CONTINUAÇÃO DO SONHO, - UM SONHO ACORDADO.
* * *
, J ~ profetizaram; e se quereis
"Pois, todos os profétas e a Lei adte . 0,~ 0
:recebe-los, e·le mesmo é Elías que havia e var · .
, . - . sos profétas do povo Judeu, e
~Ií~s. foi um dos mais n~taveis e coi~jO da Bíblia. Acreditava o povo
~ua h1stona é contada no capitulo ~os R~i sb tado ao céo, e que voltaria no
Judeu que Elías não morrêra, mas fora arr e ªM ·as
Jim d os tempos para preparar o eamt'nho
-4'.•
· ao esSL ·

- 79 -
. . sa em Cristo declara simples e claramente que
Nessa . extraordinána pas . •r" Como os Evangelhos
Elias que gd év1a v1 . . _ declaram
"João Bapttsta era.º . 'd 0 de Izabel parenta de Mana, mae de Jesus
"João Baptista ha~ia nalstc, lo cami~ho normal de reencarnação. /oã~

cone 1ue-se que .Ehas
. vot ou pe reencarnado.
Elias · d a volt a de EI ias
A pro f ec1a ·
Batista éra, p osrfl vamen e, ~ d J - Baptista.
realizou-se de f áto na pessoa e ºª.º , .
, d ·t1·cai· sem dúvidas e sofismas, que Cnsto estava per ..
. Por ai po e-se d vert '
L · da Reencarnação, que os EvangeIh os con f 1' rmam.
fe itamente a par a ei . .
'd n dos ti·echos mais discutidos e torcidos dos Evangelhos '
t:sse tem s1 o ut - d
. ,. ·a religiosa dos nossos tempos, que nao po e compreender e
P ela 1gnoranc1 . . · t h d " t· -
admitir a reencarnação, que procura nd1cu 1anzar e ac ar e , supers,. 1çao . de
· antes do oriente". Todos os argumentos e sofismas te m sido
povos 1gn0 r 'd' d d -
empregados para encobrir a realidade men !ana, mas a ver a e n~o se en.
cobre por muito tempo e um dia volta a bnlhar como o sol, depois que as
nunvens se desfazem.
Os primeiros cristãos conheceram b~m. . a Lei de ~eencarnação e ~ en~i-
naram nos seus ensinos reservados. Foi esse conhecimento que os fez tao
corajosos e resistentes, mesmo diante dos maiores sofrimentos .
"O que tem ouvidos, ouça".
* * *
"Aquele que vos recebe, a mim me recebe; e aquele que me recebe,
recebe aquele que me env~ou".

No caminho espiritual, o primeiro passo importante é saber receber o


ensino de um Instrutor. Não se chega ao Entendimento, que permite a
Realização, sem uma Escola, um instrutor, um mestre, um guia, que também
pode ser um Livro. Neste sentido, o Novo Testamento, os Evangelhos, podem
ser considerados como um "Escola" e um Mestre, porque nos apresentam as
próprias bases da evolução e os mistérios da realização espiritual, da forma
mais admirável. ,
~ão obsta~te, para a maiori~ n~o bas~ari_am 3s Evangelhos, porque não
podena entende-los, sem as expltcaçoes e md1caçoes de um Instrutor habili-
tado e autorizado.
O _mais difícil, no iníc~o, é sab~r como receber a palavra de um mestre,
ou do ms~rut?r. Saber ouvir e considerar os ensinos externos de um instru-
tor é ? pnme_ir? passo, e sem êsse primeiro passo, a que nos obriga a nossa
própna cond1çao terrestre, não se chega ao Entendimento que é O segundo
passo. '
Depois, já não é necessário nenhum ensino externo porque o Entendi-
mento se desenvolverá pradativame t d • '
ção e à Consciência Espiritual ao sn e e co~ uz1_rá o Aspirante à Realiza-
eu própno Cnsto Interno, com o qual se
unirá e se identificara' d f'm1·t'·1vamente.
e
* * *

- 80-
"Bemaventurado é aquele que não achar em • .
m,m mohvo de tropeco".
Cristo não se engan ou quando fêz essa estranha decla - ~
dade {:.]e tem sido, e sempre foi, um a "ped ra de tropeço" raçao. Em reali-
' " •.. . I•e1a t·1va "
Para a consc1t enc1a , para o homem "ado rmecidopara " todo homem ,
· e · t· ·
mundo de f an as1a , em que o n s 1an1smo se ap resenta com, que sonha d um
· d · ' 1 O C · t· · · I
n s iani smo e um mé todo para ª J. do a go d esagra -
dável e m ese1ave .
, •
d
do homem · o seu son o f an tasttco,
h mas o homem não queru ar od espertar
· · t d ·
revolta-se mst111ttvamen e, e o eia tudo o que pode arrancá -loserd espertado '·
· e nstl
· ·ani.smo é odiado pelo seuh sonho
de morte. É por isso · que o Ver d a de1ro
·
que dormem, como os cnmmosos o etam as leis· d · . sociais os omens
que os condena
~1
m.
feli z, "bem~venturado':, ?iz_ o Evangelho, é o homem capaz de perceber
0 valor dos ensinos do Cnsttanismo, que pode recebê-los sem revoltar -se e
escanda li zar-se, que não encontra nêle motivo de tropeço. Só as almas avan-
çadas ou purificadas p~lo .Amor poderão fazê-lo, e nesse ponto não devemos
nos iludir. Para a maioria, mesmo daquêles que se julgam sábios e inteli-
o-entes nêste mundo , os ensinos do legítimo Cristianismo constitu irão motivo
de tropeço e de escândalo, e isso tem-se visto desde o início da Éra Cristã.
Cristo e o Cristianismo sempre foram uma pedra de tropeço à mentali-
dade de todo homem mundano; motivos de . escândalos, de desharmonias, de
discórdias, de revoltas e de confusões. O mundo seria muito mais "feliz'?
sem os Evangelhos, sem os ensinos de Cristo, sem a Sua Palavra , e sem o seu
exemplo, porque seria então completamente inconsciênte da sua própria con-
dição de decadência espiritual, de sua loucura e da desgraça. A menta-
lidade mundana tem nos Evangelhos e em Cristo espelhos que refletem a
sua própria imagem grotesca e desfigurada, falsa e irresponsável. Os Evan-
gelhos amarguram a consciência relativa do homem comum, que se sente
chocado e infeliz diante das suas afirmações •e dos seus ensinos.
No fundo da consciência de todo homem há o reconhecimento, embora
abafado e oculto, de que acompanhando as norma_s da mental,ida_de comum~
entregando-se ao egoísmo e às perversões, ~stá tra1_ndo. sua propna natu_reza
superior. Para abafar e disfarçár êsse sentimento mtenor , que o torna m:e-
Jiz e inseguro cria um mundo de sofísmas, de opiniões falseadas, de teona:
esp'eculativas 'e muito próprias com que pretende justificar-se perante s•
mesmo e os seus semelhantes. ' Trabalho muh · ' ·1, porque nesse "'ogo"
J cada,
um só se preocupa consigo mesmo. A gran de t ragédia do- homem comum
T dos sonhame
que está sempre absolutamente convencid~ de que tem ra~:~tasi;s e loucuras.
que vivem uma realidade e estão convencidos de qu~ as _
do seu sonho são a úmca . ' coisa . que mere cem cons1deraçao.
. , t . de teorias e interêsses pes-
Mas, neste mundo de fantasias mtelec ua is, d Realidad e do Cristia-
. . . -
s~a1s, de sofisma s ,e 11usoes, na- 0 cabe a Pa 1avra e
Vem daí a revolta e o escân-
nismo, que se ergue como pedra de trop~ç.O· nsinos cristãos que se nega
dalo-da mentalidade mundana ante os legitunos e _ '
a aceitar e admitir.

- 81 -
.
Pode-se afirmar, sem re~e~o. de
errar ue os maiores esforços da men-
s~niido de desacreditar, de anular e
r
talidade mundana têm sido. dmg1do~ ~~ que têm sido deturpados, torcidos,
eliminar os verdadeiros ensinos de dns o, te interpretados que se desvalori-
- sofismados e absur amen se diz cristã.'
alterados e tao d 1. . anidade que
erante a massa a rnm
zaram P . _ Bíblias e de Novos Testamentos que se
Não obstante os milhoes de , cio a ricas emprêsas publicadoras para
vendem hoje e que servem d~ alt~ irgfe também a atividade missionária de
O
aumentar sua:. fortu~a~; nao : 11:~nam O cristianismo a seu modo, o nosso
centenas de seitas ~ehgiosa_s que . d nunca e mais aferrado aos seus
mundo cristão continua mais desci e~t~ 0 que
loucos e interesseiros sonhos matena1s. ,
das_ noss~s. m~ssas humanas, e apenas uma
0 Cristianismo popular,
sombra, uma paródia do verdadeiro Cnsttantsmo. ,.
Estava reservado ao nosso século XX o ressurgimento ?ºs leg,timos en -
de transfor-
.
smos cns aos. Esta mos
· t- no final · de uma época
, ' num penodo · - d
e
- f d de renovações . Coube ad Ordem Rosacruz a m1ssao
maçoes pro un as, . t I p eens~ o d
preparar a mentalidade do nosso mu~d_o ?ci en a para ~ _com r . a os
princípios básicos do Verdadeiro Cnsttamsmo, que servtrao de alicerces à
Religião Universal do futuro.
* * *
"O reino dos céos é tomado à força, e os que se esforçam são os que
. t am ,, .
o conqu1s

No estado em que nos . encontramos, a realização espiritual exige um


,esfôrço excepcional e uma coragem a tôda prova.
O Cristianismo Prático é uma luta terrível e permanente em duas frentes,
a interna e a externa. Temos que empregar tôdas as nossas capacidades 'no
domínio da nossa natureza interna, ao mesmo tempo que nos protegemos dos
.ataques da mentalidade mundana, sempre procurando desviar e dividir as
nossas fôrças para arruinar os nossos esforços e impedir a nossa vitória.
Como um_animal astucioso e forte, a natureza inferior do homem não
se sujeita senão à força, e não reconhece! outro argumento, ainda mais porque
se sente apoiada por tôdas as fôrças da mentalidade egoísta, astuciosa e ma.
-teriali-sta que governa o mundo.
A conquista interna é uma série de violências contra si mesmo, que, no
entanto, há de ser levada a efeito com ENTENDIME NTO e extrema PRU·
DÊNCIA. Trata-se de uma luta que tanto pode levar à vitória como à
derrota e à ruína.
_Temos de lutar contra uma hoste aguerrida violenta astuciosa que não
"
· , todas '
' as armas' para manter
considera . alguma
d , . . coisa . , , e que em~regara o seu
omimo mtei no, e nao se entregara senão quando estiver arrazada.

- 82 -
Temos ~e lutar co~tra o EGOI SMO , EM TODOS ~S SE_US ASPEC-
TOS: o ego1smo matenal , o egoísmo sentimental ' O ego ,smo tntelectual, 0
egoísmo religioso, e até o amo r egoí sta .
IST .
Temos de lutar contra a IMAGINAÇÃO FAN TAS
de lut~r e deso nentada ;
contra as suas c,ria~ões il~só rias e absurdas . Temos ia t .c~ntra a massa
de elementos ps1 qmc os cnad os em nossa ignorânc
a er~a! ismo. Temos
de lutar contra os nossos maus hábi tos, cont ra os n~sm sos v,cios, contra as
nossas fraqu ezas.
AN D -
E, compree nda- se bem , Ê NESSA· LUT A QUE SE EXP de E A C~ N~-
1

CltNCIA GRADATIVAME NTE. Tud o o que temos ho'e


riores para a conquista dla nosscons cienc1a
dependeu das nossas lutas ·. .ante · é a 1uta contra a natureza i f . . _ reza
a natu
interna. O preço d a e-
o~sc 1enc1a n enor, nao há
outro meio dela expandi r-se.
numa vida terrestre
O m!todo de re~liz~ção espiritual permite alcançar se· cons egu· ·
3 exp_ansao de consc1enc1a que sbmdente em muitas vida s 1na com
.,. bt
·1as que se o em · no esenvolvimento comum.
as expenenc
É poss ível ant~cipa_r a v~tória definitiva,
com um esfôrço total e inteli-
absoluta determi--
gente. Mas , para isso e preciso estar disposto à luta, comum reino, mas que
nação, como um gu~r.r~iro que sai para a conquista
de
sabe que uma vez m1c1ada a lu~a. ~ão p~derá voltada, r atrás. Mes mo que a
porq ue o Reino que
morte o surpreen~a, na luta, a V 1tona esta assegura
êle procura conqmstar não é dêste mundo, é o Rein
o ,dos Céus em seu próprio
eira lhe abrirá as
interior, e que a Morte, como última aliada e companh
portas, quando soar a ho~a da Libertaçã9.
O que vale ness a _luta não é uma vitória imediata, que
aliás nunc a alcan-
confi ança e a deter-
çaremos completamente neste mundo, mas a firmeza, a ota tota l das fôrç as
minação com que continuamos lutando. Não será'. a derr contínua, que con-
e
inferiores que nos dará a Vitoria, mas a luta paciente
a.
quista o terreno pass o a passo, com firmeza e seguranç
r sôbre a sua na-
Que ninguém se engane, julgando que poderá consegui
vêze s a vitória parece
tureza inferior uma vitória rápida e espetacular. As
guerreiro impru~ente
fácil , demasiado fáeil; parece que não há oposição , e o
e acaba por ver-se
vai-se internando demasiadamente : em território inimigo
base e reab astecer-s e.
envolvido completamente, sem meios de voltar à sua
As derrotas são sempre perigosas, porque no_s· escravis
am a~nda : ais aos
e mais exibente_s.
nossos vencedores, que com isso se tornam mais fo rtes
. . . Se na conquista do Reino Interno temos de empabso regar a fô rça, .~ ate ª
lu:a men te ,ct.iferente.
violencia, a luta exterior deve processar-se de forma
eensao, as c~~'~bt ~~
Na nossa luta contra a oposição, a antipatia, a inc~mpr do AMOR,
nossos semelhantes, só podemos empregar as armas
, ·
R.~NCIA e do PERDÃO. ntes so podena
Tôda reação forte e violenta contra nossos sem~lha d
mao o, talvez, todos
prejudicar a situação, aumentando as dificuldades e arru
os nossos esforços.
-8 3 -
pro voc ar questões, ·e perf turbar o · arn ..
- nos conve , 'm abs olutam ente ' ~
Nao viv em os, me smo que êle se mostre contrario e aça opos1çao.
biente em que
os nossos sem elhant es só nos res ta ter a mais absoluta paciência e
Com , de pretender conven _cer os outros;
• Se deixarmos de falar demais ·d a " e sig · am o seu dsttn_o co m lI'b er..
toJeranc1a.
A

se deixarmos que êles "vivam a sua v1


tempo, se convencerao que devem
dade, então êles também , depois de algum
nos deixar em paz. um a atitud e legítima: amá-l os com o
Com os nos sos sem elhant es só há
e aju dá- los em tud o o que pud ~~m os, sem levar em conta a sua ma-
a irmãos
ica.
lícia, a sua incompreensão e a sua crit
* * *

te dou a ti, Pai, Sen hor do céo e da terra, porque escondest e


"Graças
as revelaste aos pequeninos".
estas coisas aos sábios e ente·ndidos, e
elado
Mais uma vez decJara Cri sto que o Entendimento Espirtual é rev
aos que sabem tornar-se "pequenos".
hecimento que tanto enche o ho--
O saber intelectual dêste mundo, o con
org ulh o e. de vaidad e, que o faz julg ar-se "sábio" ~ entendido, que o
mem de po o mais terrível obstáculo
gra nde e imp ort ant e, é ao me sm o tem
faz julgar-se
ão da consciência.
ao desenvolvimento espiritual e à expans
coisas mundanas, mas nos sen-
O perigo não está no conhecimento das
os que se des per tam no hom em por causa dêles. Por ter obtido algum
timent
imento , por ter apr een did o "m uita s coisas" e conseguido uma grand e
conhec deixa-se dominar pelo orgu-
lec tua l, julg s
a-· e o hom em "su per ior ",
cultura inte
personalismo e o seu egoísmo.
lho, que aumenta absurdamente o seu
tão satisfeitos com a sua "sabe-
Os "sábios dêste mundo" estão em geralidade" diante da ignorância dos
ior
doria~', tão exaltados com a sua "super suas posições, do seu prestígio,
das
outros, tão preocupados com a defesa eria m nem mesmo levar a sério a
dos seus inte rês ses pes soa is, que não pod
iritual . · De poi s, tra tar dês se ass unt o poderia, talvez, prejud icar-
questão esp inte lectual e a opinião munda na,
io per ant e o pod ero so mu ndo
lhes o prestíg tudo.
que êles temem e respeitam, acima de
o materialista e orgulhoso dos
A sabedoria mundana, o intelectualism
lidade profundamente egoísta e pre-
nos~os tempos cria no homem uma mentades pertar da Consciência Espiritual
tencwsa. Em tal estado de alma o
torna-se impossível.
rna r-se "pe que no" é des pir -se dês se personalismo, dêsse Eu artificial
To
em se identif ica e se ilud e. É abandonar o orgulho intelec-·
com que m o hom
fals as pre!en sõe~, é rec onh ece r que , afinal, por maior que seja o
tual e _as êle não chegaremos nunca a reso l-
conhecime nto das co1sas des te mu ndo , com
ver dad eiros pro ble ma s int ern os e espirituais. Poderemos co-
ver os nossos os a nós mesmos.
nhecer a todo mundo, e não conhecem

- 84 -
Com a sabedoria do mundo poderemos sei. grandes
con qw
.
star em os honra rias e gló na . nes tet mundo e diant e
d vs hom ens ; , s, pod er e f
ver tera em nad a com tem po. or una , talvez, mas
tudo isso se con O

A revelação espirit ual , o des dobrament o e.1e consc ,encia · A

. t E ·· ta d ,.1uso_es e fa , que ab re ao
homem o Ent. end1men, o s p1n tual e O li ber as n
t .
as1a s dês te
ten a 1 vem agu e1e qu e procur a torn "
ar-s pequeno"
Inun do ma e 't , q~e se des pe
a lism o cég o, que se livr a do org ulh o int 1 1
do person e ec ua ' que deixa de lado
as pre tensões vai dos as e inúteis .

* * *
meu Pa i".
''Todas as coi sas me fo,ram ent reg ues por
nidade está entreg-ue a- t res " exa tados
A di reção. esp iritual .da Hu . ma o _ Pai , Filh
1
o e 0
hec ido s na term ino log ia cris tã pop ula r com 0 0
Sêr~ s,_ con
Esp1 rrto Santo.
éra dirigida pelo _ Espírito
Até a vinda, de Crist?,. º. Filho, a evolução
ana em trib us, raças e nacões
Santo, ou Jehova, que d1v1dm a massa hum
parar-lhes a natureza emocio~ al. '
dando-lhes religiões e leis que deviam pre
a vin da de Cri sto a dire ção evo luti va foi-lhe entr egue pelo Pai, e
Com
da mentalidade hu man a fo ram-se
desde essa época as condições do mundo e
ificand o ràp ida me nte . Ne stes dois mil anos, sob a direção de Cristo, a
mod
idos e as transformações e mud an-
marcha evolutiva se pro ces sa a passos ráp
causando apreensões e perplexi-
ças são tão pro fun das e evidentes que vêm
me nta Jid ade mu nda na, que ago ra já não se sente segura e firm e em
dades à
coisa alguma.
destinos da humanidade, _com
Com a atu açã o dir eta de Cristo sôbre os
o seu poderoso e irreprimível. impulso
, atravessa o mundo_ atual um per~odo
rma çõe s rad ica is, e o Seu ma ior trab alh o se realiza no c~mpo mte-
de transfo
que o h~mem atual mars avança-
JectuaJ, da inteJigência .e· da consciência, em
expressao.
do, do ocidente, ass ent a sua maior base de
É preciso con sid era r que por mais
incrível e desconhecido que seja, há
manidade, ao qual nada_do f~e
um Govêrno Superior do M~ndo e daA Hu Humanidade egaO Muhom ílcto nao es ªº
acontece pode pas sar desp·ercebido. J'ul O em comum.
seus azares , c ao mun o e na- 0 force .as
0 n10 d
abandonados a si . . mesmos, aos · r nao- se apresente . h os acontecimento s,
F bora ess .,._ e Governo Sup eno
,m de enca~àn dar
coisas, nunca deixa de est ar presente e r
de acôrdo com os interêsses superiores
da Humani ª e. .
em rea
- ,.l ue diri gem as cois as, t-
t aça dos pelo Gov êrno Su-
Embora os homens julguem que soo e esl q
da~e e1as se desenrolam de acôrdo com ?s ~o~~os o~erá convencer-se exami-
cmda P
penor, e disso qua lqu er observador nd
nando atentamente a história do mu º· - Deus dispõe".
em poe -e
É bem ver dad e o ditaç,fo: - "O hom

- 85 -
marc ha de nossa evo lução
espiritual es tá e11 _
r
Desd e a vinda de Cri sto ::t
segurança.
e em Suas Mãos, e Êle diri ge tud o, co m ab so luta
tre gu

o qu ize ,
e o Pai 1e11ão o Filho e aquele a quêm o Filho
HNinguem co nh ec
revelar".
ntro do ho me m, co nh ece a ~e~s, porqu e é de ori gen,
Só o Espírito, de A rev ela ç~o. espm tual só pode ser alc
an-
o à sua Fo nte .
divina e está lig ad
do seu própri o Es pm to. O co nhecimen to de us
De
çada pelo homem atrav és
l de pe nd e do Espírito de ntr o do homem . t l~,_Pº?e reae.l-
e da vida espiritua do en ten dim en to, de sp ertar-lhe a cons c1enc1a sup
mente abrir-lhes as po rta s
restres.
rior e lib ertá-lo das ilusões ter rior, êsse tesouro espi ritual que f
pri o Es pírito ·inte
Descobrir o seu pró criad o e do qual depende tôda a su a ga-
m, pe lo qu al foi
sua própria oríge o ma gn o trabalho de todo Aspirante.
rantia e tod o os seu fut uro , é

* * *
carre gados,
mim tod os os qu e andais em trabalhos e vos achais
"Vinde a
e eu vos aliviarei".
s a um de sti no cer to e ne cessano, às consequê ncias dos-
Estamos preso err os , da nossa ignorância, das nass far do
as fra
an ter ior es, do s no sso s um
nossos átos reetre tornou-se um trabalho
pesado,
s. A vid a ter it- lhe
qu ez as hu ma na
o ho me m ca rre ga sô bre os hombros , sem jamais da
miserável qu e
descanso. do ~ a
ez a, as dú vid as, as pre cc up ações, as desconfianças, o mêe não
A incert interna
nça, e po r fim o esp ec tro da Morte, roubam-lhe a paz a. As lut as
insegura repouso. Não há paz em sua ancieda des, de
alm
lhe dão nunca um momento de a vida terrestre enchem-no
de
desesperadas para garantir que jamais terminam . Os poucos momentos de
preocupações, de desgostos, o lhe aproveitam realmente, porque em sua
descanço exterior aparente nãz. Nem mesmo o seu sono é um repouso com~
mente, em sua alma, não há pa onscientes continuam a perturbar-lhe a al ma.
pleto, porque os registros subc pro-
co mu m é um a vít im a de si me smo, e a vida humana umtiv is-
O homem en ça o materialismo 1 o ne b cra
ão co ntí nu a. A de scr
cesso de au•to-• destruiç a humana um fardo terriv elmçã o,
ent e
1

o e o mê do tor na m a vid
mo, o pess1m1sm ra fug ir pela porta das ilusões , da
imagina
pesado, d? qu al o ho me m pro cu ios .
fan tas1a, do s pra ze res lou cos, da sensualidade, dos víc
da
~ po ssí ve is pro cu ra am ortec~r a própria cons ciência,
D~ todas as_ forma ad e da su a situação de absoluta insegura
n-
na o sen tir a rea lid sen -
para nao ver e e dis far ça r a su a nulidade interna. Para
ça. e também para enco bri r
!o de ar- se _de fan tas ias, de aparências, que, _ao menos,
ti!-se "algué~" te.!11 de
sfa ça o de Ju lga r-s e im po rta nte, de ser alguma coisa.
dao-Jhe a sah
- 86-
t

para compensar e_ disfar çar a sua pobreza de ai


irituaJ, procura _conqm star_a ferro e a fogo uma fo rt ma, a sua nulida de es-
poder para sentir-se depois m ais sobreca rreg ªd0 mais u~ a terres tre, a fama 0
'
P que' nun ca. p ouco im porta qu e se encha de ·i' _ d es1·1ud"ido e infeliz
cio
·
fícios. para desviar a mente da realidade. Tudo is~~oes, de fan_tasias e
arti-
te do· que se espéra, e em breve só a realidade permapassa, mais rapidamen-
. _ , h, nece
d
Nessas • con 1çoes, so a um• meio de aliviar -se d · .
·... . · essa
E. .carga
. • - expan -
dir a própna consc1 enc1a , conqui sta r O Entendime t0
se do seu próprio Espírito. Não há outro meio. -~ spintual, aproximar.
Só o Cristo Int~rno, a Con sciência Espi ritual ue e . . O Entend1men .
rmite
ores da existência traz à alm'a qhumpana a verdade ira .
10 das· razões supen · a onent
'l 1'b no, - e 'a segurança.
· açao paz,
0 alívio, o eqm

''Tomae sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim porque sou manso
ºld d - h . d , meu
e hunn e e coraçao, e ac areis escanço para vo,ssas almas. Pois O
jugo é suave, e o meu fard·o le·ve".
Com o Entendimento Espiritual torna-se o home m manso e humild e de
coração: Ma~so, _porq~e aceita cal1!1amente e sem revolta as determinações
do des~no. lª na? se Ilude com va1da~es e prgulhos mundanos; já nãoé tem
pretensoes, nao _exige, nem força as c01sas. Torna-se paciente, calmo to-
lerante. É humilde, porque reconhece sua verdadeira situaç ão, e não preten --
de ser mais do que realmente é. Não procura ostentar uma capa de aparên
<:ias, um personalismo tolo e pretencioso.
Tomar o jugo de Cristo é libertar-se da escravidão do mundo , pesada,
opressiva desgraçada, que acaba por aniquilar. Quando mais. se entrega ao
mundo, quanto mais _se subordina e se escravisa ao jugo da mentalidade cé-
ga, materiaJista e prepotente que governa o mundo, mais iludido e incapa z
de encontrar uma saída se torna o homem.
Subordinar-se a Cristo é atender ao seu próprio Espír ito, é sujeitar-se
à Lei Espiritual, é atend er à Voz da Consciência Superior despe rtada.
Por fôrça de sua consciência relativa e limitada, ,º. homen_i sujeita-se 0
ao mundo, que, na sua· cegueira e ilusão, pa~e~e-lhe a _unica re~hdade. ~ -
deado , desde o bêrço, de um ambiente matenahsta, c~et? de va1d_ades e t~n-
tasias educado num ineio social brutalmente matenahzado e ~nte~esseudo,
' e competências mesqmnha . en'sias , nao e de a -
s de fals1'd·a des e h'·1Pºcte·
deiutas tamen to que
• ' az de romper O veo ' encan . ,. • ex
muar que o homem se1· a quasi incap . •t I Só em c1rcunstanc1as -
. . uma escola
é espt~t _ua · ensino s de
0
e _ga para as realidades da vida .
f.~
8
cepc1~na1s, depois de um preparo muito seno, e 1 de' e liberta r-se do ju-
supenor pode o homem chegar a perceber a Rea ª
go de escravidão da menta1idade mundana. d
" . dO leve" disse Cristo, representan o a
~eu Jugo é suave, e meu far 1 i·b ta O homem do jugo opres-
e_onsc1ência Superior, e realmente com e a se er 1

s1 vo e mortal que o escravisava.

- 87-
CA Pí TU LO 12
r
d t em p 1o " .
,,Aqui está o que é ma1·o·r o que o
que nele habita.E São Paulo
, . Iiuman o & 0 "templo" do EspíritoA1 , , ·t
san-
O eo rpo . t1 ss1m o, e que o sp in o
·
. : - Na- 0 sabeis que sois templos do .
.1z1a
d .
to habita em vós? " po que ~ab,ta. O corpo serv e.
Certamente O Espírit o é superior ao cor
uma o instrumento pode ri a ser
lhe de instrumento apenas, e de forma ~l&o que o emprega.
maior ou mais importante do que o operan
o templ o, indica . q_u e o Es-
Quando Cristo declara que é maior do. q11e ento, ao maqutn1 smo que
instrum
pírito do homem é superior ap corpo, ao
utiliza. se identifica com o co rpo, e
A consciência relativa do homem comum scende ao corpo e lan ça-se
r tran
perece com êle, mas a Consciência Superio
na eternidade.
* * *
que sign ific a: - Mis eric crd ia q iie ro
"Mas se vós tive sse is con hec ido o em
ad·o ino cen te-s. Pois o Filh o do hom
e não hol oca ust os, não teri eis con den
é sen hor do sabado".
e da condenação, sem miseri-
Sustentar os mandamentos pela brutalidad tado pela mentalida de fr ia
odo ado
córdia e compaixão,, foi, e ainda, é, o mét
e materialista do mundo.
mais avançado de consciênci a
Assim, aqueles que conquistam um grau pre apontados como transgr es-
sem
e procuram libertar-se da letra da lei, são na, egoísta e conservadora, não
sores, e condenados. A mentalidade munda normas rígidas que sustenta por
às
perdôa nunca àqueles que não se sujeitam ca importância a êsses costum es
interêsses, por hábitos e tradições. Dar poua antipatia, a crítica e o ódio.
e normas tradicionais é atrair fatalmente
a que lhe dita a Consciência
Para o Homem Superior só há uma lei - prio Entendimento , e porque
pró
que êle segue e obedece por fôrça do seu Superior. O Espírito do ho-
sabe que está atendendo ao seu próprio Bem as as regras e ordenança s, não
tôd
mem é senhor de todos os mandamentos, de las, mas porque pertence a um
pri-
porque possa revogá-las ou deixar de cum nunca sujeitar-se a condicõ es
nível sup erior de existência, e não pod eria ,
inferiores.
* * *
apagará a tor cid a que fum éga ".
"Não esmagará a cana quebrada, nem
de manifestar o mais profundo
~ Consciênc!a_ Superior não_ pode deixaradência e infelicidade do homem
respeito e compa1xao pelas condições de dec
reconhece as razões do egoismo,
comum. Não. critica e não condena,_porque ue como juiz nem como crítico.
erg
do_s erros e fi_aquezas human~s. Nao se a mentalidade do fraco, daquel e
Nao pro curara nunca confundir e preocupar

- 88 -
Cltj·a
vontade é tão debil que •se curva ao mundo como a cana s
vento. - Mes11;0
ta do seu pe.
tt , . ' e curva ao
essa cana Jª esteJ~ 9uebrad~, não a esmagará sob a plan-
esmo que . ~ ~eu prox1mo este1a alquebrado e vencido _
erguerá a sua voz para cnttca-lo ou cond~ná- lo. , nao
Mesmo que estej a o seu próxi mo com a fé tão frac a como O fo
·d
extingue n~ to:ci a qu e um ega_, nao procura rá apagar os últimos go que se
f ~
Iam e·o
que ainda Jlummam o seu coraçao. PJ s
o mais absoluto
.,. · respeito à li berdade dos outros é a caract , t·
E · ·t I erts 1ca es-
sencial da eonscien~1a spin ua , que nunca tripud_ia sôbre a fraqueza do
homem comum e evita sempre perturbar- lh e a confiança e a esperança.

* * *

''Todo reino dividido contra si mesmo será desola do, e toda cidade ou
casa dividida contra si mesma, não subs-istirá".
Aqui faz Cristo uma r~ferência às condições da al ma hu mana, que de-
ve ser observada com a ma10r atenção. A alma humana é também um "rei-
i~o", n?,.. q~a,! muitas, fôrças e P?tências se manifestam, e onde surge urn a
'consc1enc1a , que ha de gradativamente desenvolver-se e con quistar a su-
prema autoridade e dominação, como "senhor" e rei.
No atual estado de evolução a alma humana é ai nda um reino dividido.
A consciência relativa do -homem comum é ainda fraca e incapaz de domi-
nar a situação. As fôrças e elementos que compõem êsse reino dividido lu-
tam incessantemente pela conqúista do poder supremo , pelo domínio comple-
to do homem, e · para isso procuram envolver a consciência e dominá-Ia.
O resultado dêsse estado de coisa, dessa desordem e divisão, é a deso-
lação de todo o reino, pois qualquer nação estrangeira poderá invadí-lo e con-
quistá-lo. É o que acontece também com a alma hu mana; acaba por ser in-
vadida e conquistada pelas fôrças brutais da mentalidade mundana, que lhe
impõe seu jugo e escravidão, ~ vando-a por fim à rui na.
Em sã consciência o homem comuµ, não chega ném mesmo a perceber que
é um escravo em sua terra, que não age por si mesmo, que não tem vontade
própria e só obedece a vontades alheias, que não é senhor de si mesmo, que
é levado por impulsos estranhos, brutais e irresponsáveis.
O que chamam educação não é · mais do que uma massa de sugestões
mais ou menos errôneas e falsas qué se recebe desde o berço e -~e t_o rna!11
podero sas e senhoras do homem. Na maioria do s casos a consc1enc1a nao
chega nem mesmo a reconh ecer a situação e deixa-se levar, sem nenhuma
reação.
Diante das sugestões estranhas a consciência do h?1~ 1e_m com um é ind e-
fesa e não sabe como agir. Com as fôrça s da al ~a ?1v1d1da~ e desordena-
das, com a vontade fraca e ·abatida, com a consc1enc1a deso nentada, torna-
se o homem comum um a presa fact·1 , um campo aberto
A

. a toda sorte de suges-


tões q_ue nêle se fixam e o impélem num automatismo fatal.

- 89 -
. ,., momentos de lucidez, de momentânea liber..
.., Muitos sao_ ..ºs _que, eer~~~::s a terrível realidade do seu reino dividido e
taçao da consc1en:1a, ~--n ·a e da sua escravidão. Aí se tornam, em geral
deso~a~o, da sua •~pode c1 com tendência a abandonar-se completamente ao~
P ess1m1stas e desanima os, ·d · ,·
. , f em abandonar-se nessa Juta que cons1 eram mutil.
impulsos cegos e pre er . _
. omentos de lucidez são prec16s0s, porque os Ievarao um
Mas, esses m . f .. . .
. ao recon hec1·mento da necessidade de reorganizar as suas orças mter-
d1a . . .
• • · a luta consciente para a conqmsta do seu remo interno,
nas e m1c1ar . expu) ..
sando as fôrças invasoras que lhe dominam a a]ma e a desorganizam.

• * *
..
"Quem não é comigo, é contra mim; e quem co,m igo não ajunta, espalha".

Só podemos agir contra o nosso Espírito, qu~ndo _não agimos a seu fa_
vor· se não favorecemos os nossos interêsses esp1rtua1s, estaremos, segura-
me~te, prejudicando-os. O que não favorece a nossa evolução e não corres-
ponde às nossas necessidades superiores será sempre um prejuízo, de cons~-
quências fatais.
J:>or outro lado, no campo do espiritualismo têm aparecido uma imensa
variedade de escolas, de ensinos. e de mestres que ignoram e desdenham a
Cristo, que desprezam os Evangelhos e os seus métodos, e pretende m subs-
tituí-los por séries intermináveis de ensinamentos e teorias, com que encan-
tam os ingênl)os e desprevenidos.
Não seria preciso dizer-se que tudo o que nos afasta das realidades do
Cristianfamo é contra todos os nossos legítimos interesses espirituais. O que
mais impor.ta é que procuremos compreender a Cristo e o trabalho de reden-
ção que ele realiza.
Todo ensino que exalta a "personalidade", que ·aumenta as vaidades e
pretensões, que promete "poderes" e vantagens sôbre os outros que aarante
v~ntage~s materiais. e conquistas fáceis, afasta-se perigosamente do êristia-
msmo; e contra Cristo
_O método Cr!s~ão é_ INTE~IOR, e não exterior. Aplica-se a o desen-
volvimento da Jnd1v1dualtdade, nao da personalidade É di · ·ct • ·
ta da CONSCI~NCIA SUPERIOR da U ·- ·. ngi o a conqms . .
terior, o Espírito dentro do homem: mao consciente com o Cristo ln-
Cristo veio para unir a todos os hom
Amor e de Fraternidade, e isso só será • ens, num mesmo sentimento de
ci_a e c~m o entendimento espiritual qp ss~vel com ~ expansão da consciên-
O

mdade esse sentimento universal d , ~ef' e~pertara novamente na Huma-


fraternal. e UnJ 1caçao, de amor e d _
. e cooperaçao

-, 90 -
''Todo pecado e blasfêmia ser·ão perdoados ao h
, tra OEspírito não lhe .será perdoada. Ao que diS:e~e~, mas a blasfêmia
,on Filho do homem, isso lhe será perdoada m ª guma pafavra con-
tra í~to Santo, não lhe se,rá perdoado, nem ne'ste ~uºn que falar contra 0
Esp O Espírito Santo represent~ e dirige tôdas as fôrças
e do homem. O homem e tambem um sêr criado
d~ri:;:,
no outro".
. as _da Natu.
re~a O seu ambiente psíquico, emocional e mental . cria ar. Cna flsi~~mente;
ena . , s suas condiçoes e 0
seu destino. . . _ ,
0 princíplO de toda cnaçao e a palavra, 0 moviment 'b , .
stitue a fôrça interna e oculta de coesão e materia1izaçãoodv e1 t!ªcttono, que
eOns Por "bl as f,emta
. • ,, en t endemos
.. t oda pa Iavra ofensiva aos . o ,as. as for:
ma · , .· à •· , • d _ pnnc1p10s espi-
rituais e co~tra11a ~; 1eis suP,ert~re~ . a evolu~ao. A palavra gre a LOGO
aqui traduzida por palavra , s1gntf1ca tambem: - PENSAME~TO,
80 e AÇÃO. __
VEi~
A blasf..êmiaJ ou ~ecado, contra o Espírito Santo, pode expressar-se, por-
1

tanto, de tres f~r~as. -. pelo pensamento,. pela palavra, e pela ação. Em-
pregando ª. su~ forç~ cn~dora, o home~ ena os ~lementos mentais e psíqui-
cos que o impelem a açao e se concretizam em atos no plano material.
Uma vês exteriorizados, êsses elementos estabelecem em reclor do indi-
víduo as condições que lhe são corresponden tes. Sendo contrários e opos-
tos às leis da ·evoluç_ão espiritual, constituem um obstáculo ao desenvolvimen-
to normal do indivíduo, de graves consequências futuras.
Pecar contra o Espírito Santo é empregar erroneamente e mal as pró-
prias fôrças criadoras, é desviá-las dos seus legítimos propósitos. No pla-
no mental, é dedicar-se à criação de um ambiente de fantasias, de, ilusões, de
idéias falsas e estravagantes, de pretensões intelectuais, de vaidades, de pre-
potência e dominação.
Pecar contra o Espírito Santo é empregar erroneamente e maldosam~n-
te o poder da PALAVRA, para semear a dúvida, a discórdia, a desharmoma~
o ódio. .
Pecar contra o Espírito Santo é, em outro sentido, a perversão e desper-
dício das fôrças criadoras nos excessos sexuais, que enfraquecem e deg~ne-
ram o~ mais importantes 'instrumentos de expressao ,., .... ·
da consciencia, 0 cere-
bro e o sistema nervoso. , f, to apontado
A ligação entre o cérebro e os órgãos gerador~s e um -~ . 0 es-
peJo Ocultismo em todos os tempos e constata?º ~ote ~elae ~~n~~~ a evo-
gotamento sexual degenera as faculdades da mtehgenc,i~ , pb é deve
lução -espiritual. Uma parte das fôrças sexuais conSírot O cere rO
prepará-lo para maior expressão da consciência. . • ·to 1·ndispensáveJ
6 • •
e. por isso que a castidade racwna e o pn 1 , ·metro requ1s1
a todo" Aspirante. ,. .. d as atraza a evolução,.
Toda perverção e desperdício das forças ena or eriores de expres-
f~ºrque impéde o desenvolvimento normal dos ~ículo~
~o, podendo ainda degenerá-los, a ponto de "ªº'
s~fr possível ao io di-
mais ntra O Espírito Sa~ta
~~duo continuar em nosso plano evolutivo. O pecad~ c~s suas consequências
ao pode ser perdoado porque produzirá fatalmen e
nesta '
e nas próximas vidas terrestres.

- 91-
"Reconhecei que a ª"º'e é bôa e o seu fruto bom, ou que a arvore é
má, e O seu fruto mau; porque, pelo fruto se conhec e a arvore".
Como a árvore , o homem produz seus "frutos ", - suas palavra s e seus
áfos e pelos seus frutos será classificado. Embor a em sua pretens ão e em
sua 'vaidade todo homem se julgue "bom" e se considere melhor do que os
outros só os seus frutos o classificarão realmente, só as suas PALAVRAS
e os s~us ATOS determinarão as suas condições e o seu destino .
Como as palavras e ações depend em dos pensamentos e sentim entos, se-
gue-se que, em realidade, o homem é bom ou mau conforme os pen samentos
e sentimentos que alimenta, e que o levarão aos átos que lhes correspondem .
Alimentar maus pensamentos e maus sentim entos é obriga r-se a reali-
zá-los fataHnente , mais cêdo ou mais tarde, porque constituem impulsos in-
ternos cada vês mais poderosos, que acabar ão por impeli r o homem à ação,
até mesmo contra a sua vontade.
* * *
"Pelas tuas palavras serás justificado e pelas tuas palavras serás con-
denado".
i:: a CONSCIÊNCIA que determina a RESPO NSAB ILIDAD E. Só so-
mos responsáveis por aquilo que temos consciência, e o pecado é toda ação
cometida contra os ditames da Consciência.
É a própria Consciência, portanto, o único Juiz do homem , que o jus-
tificará ou o condenará, e o seu juizo é inexorável.
Fàcilmente julgamos os outros, com -a consciência que temos e o con-
ceito ique faz·emos do bem e do mal, e a: nossa "palav ra de julgamento" alheio
será a medida fatal do nosso próprio julgamento, porque com ela determina-
mos o grau da nossa consciência e da nossa responsabi lidade. Por outro
lado, verifica-se que não temos nenhum direito de julgar os outros, porque
nunca poderemos avaliar exatamente o grau de consciência de cada indivíd uo
e a sua responsabilidade real.
Importa compreendermos que, espiritualmente, somos responsabilisados
e seremos julgados de acôrdo com o nosso grau de entendimento e na exa-
ta méd ida da nossa PALAVRA DE JULGAMENTO DOS OUT ROS. E'
êsse julgamento interno permanente que determina as nossas condiçõ es ps í-
quicas e o nosso destino , o nosso bem ou o nosso mal , a nossa felicida de
o u desgraça.
* * *
"Então alguns escribas e farizeus disseram:- "Mestre, queremos ver
algum milagre feito por ti".
Os escribas e farizeus, já vimos, representam as duas classes mundana-
mente mais elevadas, dos intelectuais e religiosos, que "estud am muito, mas
nunca chegam ao conhecimento da verdad e"; nunca se libertam do materia-
. Iismo e do apego às ilusões da forma.

- 92 -
São êsses, _em g_eral, que sustentam a opinião de ue _
a que nao seJa demonstrado e provado mat . ql nao se deve crêr
ern na d . - . . ena mente NA
· esse senti-
intelectuais sao os mais exigentes e nos n
do . os. sos nao- passam d e m . te1ectua1s '
. di sfarçados ossost tempos , tam bem . os ·
reitgtoniência uma tradição religiosa que lh es ga;a;~s entan.d~ apenas por
contve a terrestre, as únicas coisas que realm ente lhee prtes tt g10, posição e
for un . s in eressam.
São êsses que ex1 gem provas, demonstrações e mil a res .A
oodem perceber que as provas materiais por ma· g para crer, sem
nunca t ") ~ • ' tores quP fosse d
da valeriam para aqu e es que nao estivessem em condi ç~ d - m, e
11
ª - comot uma experiênci a de fí sica ou quí mica nada oes e ente~dê-l as,
representaria para
asst111
11111 ignoran e.
Um "milagre" pode cau sar admiração, pode embasbacar e confund'1r
·1 · · d e um arti sta de ci rco mas na~o " 0
·gnoran te, como os 1 us10111smos
1 . "b . , o con ven-
cerá", nem o esc1arecera so re as rea 1idad es espi rituais, para as quais não
está preparado.
Provas e. milagres jat?ais "convencerão" a al guém, como não poderiam
da r-lhe capacidades superiores de entendimento, que se conquistam com ár-
duo esfo rço próprio, investigação e sacrifício.
Em__ todos o~ tempo_s. a I?entalidad~ mundana pediu provas e milagres
para_crer_ em co~sas esp1ntua1s, _e com isso demonstrou semp re a sua igno-
rância e incapacidade de entendimento.
Cristo não atendeu e não poderia atender ao absurdo ped ido que lhe
fizeram os escribas e farizeus , como. jamais qualquer Adepto ou Iniciado con-
sentirá em fazê-lo.
Tem aparecido, entretanto, quem pretenda dar provas, por meio de um
psiquismo ignorante e pretencioso, que nada tem de "espiritual". Por toda
parte tem surgido uma pretensa "ciência", que procura empregar para efeitos
físicos as fôrças psíquicas mais inferiores, e as consequências dessas igno-
rantes tentativas têm sido desastrosas. O· hipnopismo e o espiritismo entram
nessa categoria de meios. de demonstrações, de provas e de mil:i gres, assim
como a baixa-magia e a feitiçaria.
. Não importam as aparências intelectuais e científicas com que se reves-
tt m essas demonstrações e milagres; são como moedas fals as,_ que pretet1dem
substi tuir as verdadeiras. Tôdas essas provas e de monstr~çoes sa?Asempr_e
pr?dutos de anormalidades psíquicas, de desordens e desv io~ das forças vt-
ta,s, que acabam por causar as mais desastrosas perturbaçoes.

* * *
· 1 1·he será
· 1, e nenh um sina
dad
"U rn~ geração má e adultera pede um sma
o, senao o do pr·o feta Jonas".
O . · 0 MATE RI ALI SMO,
'a DE que mais caracteriza a nossa época Aevolut\va J ida Espiritual. A hu-
·. . SCRENÇA, o abandono de todo interesse pe ª 0
de todo idea-
rnan1ctacte tornou-se "materialista" e "terrestre". O abandon

- 93 -
lan_çou ~ humanidade nas
lismo espiritual e dos . Jegítimos ensinos supe~ores ena deixar de acontecer.
malhas de um egoísmo brutal, qu e, como nao pod
tornou-a má e perversa.
À proporção que a "~ersonalidade" se
desenv~lvia e se libertava de
rn cap~ z de sent ir e de
toda direção espiritual, mais ~ homem se tornav_a Esp1nto , que não mais
acompanhar os impulsos superiores do seu pró pno
reza espiritual, o ~omern
podia dirigi-lo. Em_ lugar de atender à sua natu do que o escrav1sa. t:
abandonou-a, para hga r-se de corp o e alma ao mun "ad últe ra". A alma hu-
por isso que Cristo considera esta geração como
mana abandonou seu Esposo Divino par a entrega
r-se ao Mundo de Ilusões
uada. '
que a encantou , numa ligação ilegítima e desvirt
A história de Jonas é um símbolo da história
do próp rio Espírito Hu.
no ventre de um gran.
mano. Assim como Jonas esteve três dias e três noites Épocas evolutiv as pas.
de peixe, assim o Espírito Humano permaneceu três es do mundo material,
sadas encerrado e aprisionado nas coercitivas
condiçõ
agora vivendo.
mas deve libertar-se na quarta _Época, a que estamos
noites no coracão da
"Assim, o Filho do homem estará três dia• e três -
terra•.
* * *
1'Ma1, quando o espírito imu~do tiver saído de um homem, anda por
". Então diz: Volta·rei para
lugares aridos1 bqscando repouso, e não o acha cupada, varrida e ornada.
minha casa donde saí; e ao chegar acha-a deso do que êle e ali entram
res
Depois vai, e leva consigo mais sete espíritos peo
fica sendo peor do que o
e habitam; e o ultimo est.ado daquele homem
ção perversa''.
~ r o . Assim tambem acontece·rá a esta gera
ade. Com sua ima•
O homem é CRIADOR, com maior ou menor capacid s. Cria com suas pa-
ginação cria idéias que se concretizam em pensamento riorizam dinamiz ados
lavras e seus átos os elementos psíquicos que se exte
pelos seus desejos, sentimentos e emoções.
feito mais do que
Nas condições atuais da evolução o homem não tem
ência do seu ego ism o, da
exteriorizar CRIAÇõES INFERIORES, em consequ o seu amb ient e psíquico
sua ignorãncia, da sua perversão. Tem povoados inferior es e pervertidos,
das mais baixas e bárbaras criações, de elemento
que Cristo chama de "espíritos imundos".
psíquicos exte rioriza ..
Mas, por uma lei natural e fatal, êsses elementos consumir-s e através
dos pelo homem voltarão a êle, inevitàvelm,ente; COdevem
NSEQUtNCIA e fa z a
do seu criador. É o que determina a LEI DE
fõr~a do Destino.
com a carga de to-
Porém~ ? maJ exteriorizado volta sobrecarregado, a exteriorização de
a
dos os pr~JUIZ~s causados fóra do seu criador . Tod
mais tarde, uma carga de fôrças in-
ele!11entos J~fenor~s traz, mas cêdo ou izad
fenores muito mawr do que a exterior a.
Cristo declara que é sete vêzes maior.

- 94 -
''Extendendo a mão para seus discípul os
irmãos! Pois aque·le que faz a vontade dexclamou:- Eis n,· h
e rne~sn1eu irmão, irmã e mãe". e meu Pa i que está•: ª ~ãe
esse e . E . . 1 _ os. ce01
A eonsciênc1a sp1ntua nao pode faze r dis tin .. '
•eitar-se aos laços do sangue, porque é supe . çoes especiais não po-
de sUJ , rtor a todas ,
terrestres. . - . .. . as condições
Pais ' mães· e dirmaos1 s1gn1f1c
am apenas re laço"' e t
·cões atuais . a evo ~
uçao, mas, em realidad e s errestres , por fôrça das
os
dl
con , d " , · t ,, Ih , encarnad ou desencar-
dos somos to os esp1 n os seme an tes lutan do 1
na m~s. Sob o concei to espiritual só pode 'haver u ped~ ~o~quista de nós
rne~espertaram para a vida espiritu al e são mais .amua menos tSitnçao: - os que
se . • d ,., d consc·e t
eu Espínto, e os que a1n a nao pu eram desperta r-se . 1 n es do
~o da morte. , e continuam no sô~
Os primei ros estão realtnente uni~os espiritualmente por laços
sob a proteção diréta de Cristo e cam111ham para O seu Reino. eternos,

CAP ITUL O 1 3

"Naquele dia, saindo Jesus de casa, sentou-se junto ao mar".


No simbolismo esotérico o "mar" representa o Mundo de Desejos ou
Astral, ~ também o corpo de desejos do homem, constituído de forças da-
quele mundo.
E' sôbre o mundo de desejos que atuam as Fôrças Régeneradoras de
Cristo, isto é nas frês Regiões Superiores, da Vida An ímica, da Luz Aními-
ca e do Poder Anímico, assim como é sôbre as correntes mais elevadas do
corpo de desejos do homem que se manifesta a influência salvador a do Cris-
to Interno.
Para que o homem se torne consciente dessa influênci a superior e pos-
sa orientar-se por meio dela é preciso que eleve sua consciên cia acima das
correntes do corpo de dese1· os que se liberte das suas ilusões, dos seus en-
' t ' · da sua
ca~tos, das . suas f a Isas Iuzes, dos seus egoismos, da sua as ucia e
animalidade.
L'b • - d f õ ças do corpo de de-o
se' ~ ertar a consciên cia da terrível dommaç ao as r "libertaçã
ctlº 8
e º. . ma_is importante passo, indispensável,,__ porque se~a~f;~om as fôr-
consci~nc1a" não será possível elevá-la e po-la em con
ças salvad ,. ciência fôr do-
oras do Esp1nto Interno.
mina! preci~~ 9ue reconheçamos que enquanto. a nosJ~s c~~:ejos, pelas ilu-
sõe a e d1r!g1da pelos impulsos cégos d_as forças l egoísmos e apegos
de s e fantasias de uma imaginação desonentada, pe os 6s um mundo de
apau1!1 personalismo vaidoso e prepotente, que cri~m e;~o~pan har a voz do
no rencias e falsidades não nos será possível ouytr egoz ar a luz do Sol e
sso Esp· •to Interior ' assim como nao e - , poss1vel f ndo do
aprec· tn onservamos no u
tnar iar as belezas de' um dia iluminado, se nos e
ou nas profundezas de uma gruta escura.
, s de subir à superfície do mar e tirar nos ..
Para perceber a luz_ ter1a,~10 10 s O Sol em todo o seu explendor. Em
. , entao ver1a11
d d . d
,a ca beça d a a·gua. .,.. c·a afogada num mar e eseJOS, e senti.
realidade, vive_ a nossa_ c?~scien_e'•Julsões de amor próprio, de egoísmos) do
mentos pessoais, de atJ açoe? e i t '
- sa 1va dora de
. do qu e nunca, da M ao
q ual há de libertar-se um _dia. a,s
É para isso que precisamos, 111
Cristo. * * *
râbolas, dizendo: - O semeador saiu
"Muitas coisas lhes f a Io·u em Pa
li
a semear .
.. d d' ~es da evolução do estado mental do homem, da
f
_Por º~ctçad ads coanc1·01çco1·nar abstratame~te foram os ensinos cristãos apre-
sua mcapac1 a e e r ' , h , · d h0 ·
sentados em símbolos e parábolas. Havia tambem,. como . ~ am ª Je, a
quasi impossibilidade de se expôr as questões da vida esp1ntual em termos
da nossa pobre linguagem humana. .
Não há termos nas línguas terrestres que possam expre~sar os c~nce1-
tos superiores, e todo esfôrço riesse sentido têm_ ~ausado ~a~s confu~a o do
que compreensão, e nas línguas modernas e~sa d1flculd~de ~ _amda rna10r. O
Ocultismo e o Esoterismo adotaram uma linguagem s1mbohca, baseada em
figuras, capazes de despertar no investigador as idéias superiores que, dou-
tra forma, seriam impossíveis -de se apresentar.
Por outro lado, procurava-se ocultar e preservar os ensinos espirituais
em épocas passadas, em que a apresentação de ensinos diferentes das tra-
dições e costumes era considerada crime.
Durante séculos os próprios ensinos cristãos foram considerados pe ri-
gosos à sociedade, que se intitulava cristã, e só a posse de uma Bíblia ou do
Evangelho era motivo de condenação. Cristo e os cristãos primitivos, au-
tores dos Evangelhos, bem sabiam que a única forma de preservar os seus
ensinos e garantir a sua perpetuidade era apresentá-los de uma forma si m-
bólica. Todo o Evangelho não é mais do que um maravilhoso símbolo] e a
compreensão completa dêsse Símbolo é a Chave dos Mistérios do Cristianis-
mo, e a Porta para a Realização.
Vê-se, pois, que a interpretação literal e materialista, mesmo com bases
de ,~oral utilitária, tal como é feita pelas seitas cristãs de hoje, não pode pro-
duzir outros resultados senão a confusão, a desharmonia e a dúvida.
A compreensão do sentido superior dos Evangelhos depende de prepa-
r?, de esforço e de sacrifício. Depente de um estado de alma especial, que
so pode est abeJecer-se por um MÉl10DO DE VIDA PRÁTICA, ou melhor,
per UM TiRABALHO DE PREPARAÇÃO.
. ,É. êsse m!todo de vida práticaJ que garante o bom entendimento dos seus
m1stenos
f... e nao ,.
1 t a de de avanço e de compreensão sem esse
. havera' poss1'b'l'd
es orço consciente em seguir fielmente êsse Método.
t d O ~ntelnddimento Espiritual não é uma questão intelectual mas o resul-
a O na ura e um estado superior de alma. Na parábola ctc/-semeador dá- ·
'

- 96-
ma clara
se uutificaçao
idéia de que só o estado d 1
- de b oa semente. e a 111 a pode garantir
A .
.
e fr - ' a germina -
uma alma nao preparada é como um t çao
daninhas e espinhos, onde não é poss ' e;reno ped regoso eh .
vapsiritualidade germine e cresça, para pro~vue . quf e a semente' da e~oe dde h~r-
es •• d · z1r rutos Q r ade1ra
terra superftc1a 1' po e germinar, mas a planta não te , . . uan?o lançada na
po rq ue O calor do sol a mata. m garantia de sub s1stir
. .
o fruto abundante da bôa terra é O ENTENDI . '
MENTO ESPIR ITUAL.
* * *
"Po,rque a vós é dado co,n hecer o,s mistérios d0 .
eles não lhes é isso dado". reino dos céos, mas 3

O homem é chamado . ... . a tudo conhecer · Os mi·st,erios · da sua onge .


iritual, da dsua ex. . 1stenc1a
1 como espírito ' dos seus podere s e capacidades. m su es-
P.
penares, po -em . serd a cançados,1 ·1 - desde que se prepare para isso. · E .-
nquanto
se man t em d·om1na o pe as 1 usoes e fantasias da sua criaça- 0 t ·
- I·b t d · " . ma ena1, en-
quan to nao. se 11· er·ta d a 1gnoranc1a e ...dos preconceitos mundanos da men ta1·1-
dade re Ia t 1va e. 1m1 a a _q~e ~overna este mundo, não encontrará possibilida-
des de expandtr a consc1enc1a e alcançar o entendimento das coisas espiri-
tuais, dentro e fóra de si mesmo. Embora todos os homens tenham as mes-
mas possibi_Iidades, sua capacidade de atingh o Entendimento dependerá úni-
ca e exclusivamente do estado de sua alma, das suas condições "internas"
A consciência é envolvida e limitada pela massa de elementos psíquicos
que o homem cria e alimenta em seu interior. Completamente envolvida por
essa massa de elementos psíquicos e mentais fica a consciência ofuscada e
restringida, torna-se incapaz de atravessar e escapar dessa massa escura e
compacta, que a impéde de sentir e responder às vibrações mais elevadas e
mais subtis de sua própria natureza superior, que. ª~?rtecem e. abafan: .ª
Voz do seu próprio Espírito. A penetração nos M1st:,nos d~ Rein~ Espm~
tual é um processo de libertação interna; é urna questao de hbe rtaçao e ex
pansão da consciência, de maior sensibilidade, de refinamento de alma, que
só se obtem por um esforço prático, efetivo e perseverante. . _ ,. .·
, . t sa cond1çoes, esse p1 l-
os que se esforçam lhes é passivei conqws ar es ve"s desper-
me· A · . ·~· . - . . . · que por sua ,
iro estado supenor de hbertaçao da consciencta, ' · sentido nada
ta O Entendimento Espiritual. Os que não se esforçam nesse
de valor poderao - a Icançar.
, . e enco bte
. r1essas
- ~
simplesS
A grande questão do Cristianismo Esotenco s_RIOS do REINO DO
palavras, tão pouco consideradas: - OS MISTE ta r DENTRO DO
~eos, êsse mesmo reino dos céos que Cri lo declan~_'.(s~:rio O MISTÉRIO
5
OMEM. Certamente há dentro de todo, ~ornem um r~ ria Divindad~. Ca-
no SEU PRóPRIO ESPíRITO '. o ,misteno
da h .
da_ sua p p quando e5 tiver su-
devido tempo,
f' . ornem descobrirá êsse seu M1ster10, no
tcientemente preparado.
* * *

(\l'Í
"Pois ao que tem, dar-se-lhe-~, .ª te~~ em abundancia; mas ao que
não tem, até aquilo que tem ier-lhe-a tarado .

Cada vida terrestre é uma oportunida de que se concede ao Espírit_o Hu,


mano de constituir um NOVO "VEIC~L( ? PSIQUI~,o , onde poss~ f1_xar e
garanti r a perpetuidade da sua consc1~nc1a terrestr_e , para sua propna _Li-
bertação. Se fracassa nesse empreendimento, se nao _chega durante a vida
terrestre a organizar e libertar êsse novo corpo psíquico, perd e necessària~
mente com a morte tôda a capacidade de expressão independente e livre e
também a próp ria consciência - terrestre, que não tem onde fixar -se, depois de
abandonar o corpo denso. Por isso é obrigado a reencarnar -se pa ra fazer
uma nova tentativa, até que conquiste a vitória, a té que consiga organizar
e libertar o seu novo "corpo espiritual'' , o seu "traje de bôdas", no qual sua
consciência se expandirá e se fixará definitivamente.
Assim como um ôvo, sob um calor apropriado prod uz um novo sêr, de-
senvolvendq o germem de uma vida mais alta, assim também os corpos fí-
sico e vital do homem, em determinadas condições, podem desenvolver den-
tro de si mesmo um novo "corpo psíquico", constituído com os éteres supe-
riores, orgélnizados ·e libertados do corpo denso. Em condições especiais,
êsse corpo psíquico pode formar~se, como o pinto se forma dentro do ôvo,
e a seu devido tempo é desligado da constituição física que o retem, para
iniciar uma vida livre e independente. Para que o ôvo germine e se forme o
pinto é preciso que seja colocado sob certo calor uniforme, durante um tem-
po determinado. A germinação, organização e libertação . do CORP O PS í-
QUICO depende de uma condição semelhante - depende do CALOR DO
AMOR VERDADEIRO, POR TODOS E POR TUDO. Tanto o frio exces-
sivo da. ~ndif~rença como o ,-calor excessivo da paixão, destruiriam O germern
da esp1ntuahdade humana.
_ Costuma-se falar no "calor do amor", porque há realmen te uma el eva-
çao · de temperatur a quando. se. ama · Quando O amor e' alt ruis · t a, generoso,
d
d esmteress.a o, pode. realizar
, algo superior e so' sob a m . . · d"'esse amor
· fl uenc1a
o homem pode realizar atos que confirmam e consolida f ··
tuais do seu próprio Espírito. m as orças espm-
Poré"!, sem êsse Amor nada t , . .
psíquico "não fôr edificado a se C?ns roe esp1nt~almente, e se .º "corpo
tará perdida e será preciso oportum d ade que a vida terrestre oferece es-
carnação. ' recomeçar tudo novamente, numa próxima en-
tsse é o mais importa t d
que tiver êsse "corpo sí u~i" os M!STÉRl~ S DO CRISTIANISMO. Ao
oportunidades superiorpes qe t , ºt rgdamzado e libertado dar-se-lhe -á tôdas as
. era o os, os. be ns esp1rt · mas ao que não
· ·t ua1s;
o t 1Ver, até o pouco que te Ih '
m e sera tirado.

• * •

- 98 -
que
''Mas ditoSOS são os vos.s·os olhos porque vee·m•
ou1'elll •
O
,,
homem mundano e "adormecido" só pode vê
, e os vossos ouvidos
por-
·
"l 1

. com seus ouvidos materiais. Seus sentidos r co.~ se~s olhos físicos • 1 11

e ouvir não lhe podem servir. esp1ntua1s estão parali~


zadoscome a formaçao , . "
- d ? "e orpo ps1qu1co , ou espiritual
. os sentidos supenores, que lhe permitirão vêr O '. recomeç.am a fun-
cio~ar espirituais. Abre-se então ao homem um im~ns~vt r e sentir as real ~
d~ ,e\s e maravilhosas possibilidades. Começa para êle campo de .extraor-
r
din~dr~ real livre e independente do seu corpo físico ln·ª · ve ctade!ra vida,
a v1 ' . b f' . d humamdade . . teta-se entao o s_eu
b afho supenor, em ene 1c10 a dos seus •·r· ~
transcientes, b d' ~ ct· ' t d C . ' maos cégos e m-
eO so a 1reçao líe a e nsto, o Salvador do Mund o.
* * *
"Ajuntai primeiro o joio e atai-o em fe·i xes para O queimar, mas re~
colhei o trigo no meu celeiro".
Nessa curi~sa parábola do trigo e do joio, semeados no mesmo terre-
no1 conffrma Cnsto o método de purificação da alma humana, após a mo r-
te, tão claramente exposto pela Filosofia Rosacruciana.
O terreno em que se plantou bôas e más sementes é a alma humana.
Enquanto o homem é consciente do bem e se esforça em agir de maneira
melhor, semeia em sua alma, ou melhor, GRAVA NOS REGI STIROS do seu
éter refletôr as impressões melhores, simbolizadas pelo trigo, mas, quando
a consciência adormece e se abandona, os impulsos inferiores do seu corpo
de desejos forçam-no a átos injustos e maus, que TAMBÉM SÃO REGIS-
TRADOS no mesmo éter refletor.
Depois da morte entram êsses registros a produzir seus fru tos, mas pri-
meiramente se consomem as gravações inferiores, na passagem do Espírito
pelas regiões mais baixas do Mundo de Desejos. Primeiramente se juntam
e se queimam os feixes de joio, depois se recolhe o tri go, que representa os
resultados melhores dos átos bons, nobres, altruístas e generosos.
Compreenda-se, entretanto, que o fruto que se aproveita é ~p_e~as a E~-
P.ERieNCIA, que permitirá. ao Espírito maior possibilidade de v1to~1a na pro-
xima vida terrestre. Dessa forma nenhuma vida é perdida em realtd_a~~, por-
que sempre se conquista maior experiência e portanto maiores posSibilldades
de sucesso futuro. . -
, ·t se
co
Se fracassarem , os intentos superiores do Espin nes
. ·° ta vida·
' "
nao
- do seu cor-
nsegue onentar a sua consciência terrestre para a organizaçao • de
po ps'1 1• ,, · a· uma dose maior
e · ,3u co , se falha novamente, ao menos consegmr .d
xpenencia, que lhe facilitará mais; na próxima oportum ade.
* * *
"O . - d tarda que um homem
t reino dos céos é semelhante a um grao e mos .
0111011 e plant
- ou no seu campo" . seu campo e,
· h ode semear no . ·
a p6O mais precioso elemeno que o ornem P · or menor que sep,
i:..
Sernpre
Conformada por átos constitúe a semente que, P
·
· produz resultados maravilhosos. .

- 99 -
A fé pode ser céga e ignorante, . mas SE FôR CONFIRMAD~ POR
ATOS será sempre uma semente prec10sa que, com o tempo, levara o ho_
mem à fé inteligente, baseada no Entendimento: Ass~m camin~am aqueles
que não tiveram a oportunidade de conhecer as leis da vida superior, mas pro_
curam expressar e confirmar sua fé por átos. . .
Mais seguramente caminham aqueles qu e por seu esforço mteltgente
procuram compreender as bases da verdadeira espiritualidade e plantam a
semente de uma fé inteli gente e consciente.
• • *
"O reino dos céos é semelhante ao fermento".
O Entendimento Espiritual, como um fermento da alma, pode, em pou-

co tempo, infl uir poderosamente sôbre todos os elementos_ _al ma huma-
na, modificá-los e prepará-los, para que se torn_e~ aprove1~ave1s e comple-
tamente assimilados, como alimentos sãos e nutnttvos. Assim como a mas-
sa de fari nha se torna melhor pão quando é lévedada, assim os elementos
absorvidos pela alma tornam-se preciosos alimentos psíquicos, quando rece-
bem o fermento do Entendimento Espiritual.
Assim como o pão não levedado é de difícil digestão e pode causar
males e fermentações perigosas ao organismo, também os conhecimentos,
estudos e idéias absorvidos sem Entendimento Espiritual não poderão ser
corretamente assimilados e muitas vêzes provocarão graves prejuízos a tôda
constituição anímica. ·
Os aliméntos da alma hão de ser levedados, isto é, preparados devida-
mente pelo Entendimento Espiritual, para que sejam benéficos e úteis. Não
temos dúvida em afirmar que o maior perigo por que passam os estudan-
tes de Ocultismo é justamente êsse: - "excesso de conhecimentos, de estu-
dos e de idéias, sem Entendimento Espiritual".
* * *
1
"O que semeia a bôa semente é o Filho do homem '.
O Filho do homem é o Ego Superior Interno, o Homem Real, que
procura expressar-se e guiar a consciência humana na execução de átos
bons, que são a sua bôa sementeira.
Enquanto o homem é consciente do Bem e procu ra agir atendendo aos
impulsos da sua Consciência faz uma bôa sementeira, e cria em sua alma
os elementos melhores que produzirão bons frutos.
O campo é o seu mundo interno, a sua alma. Porém, ao mesmo tempo
que _se registram em ~eu interior tôdas as condições criadas, exterioriza no
ambiente que o rodeia os elementos psíquicos, que afetarão o seu próximo e
o mundo .

_ Qua~do esta Consci ência Superior já não pode expressar-se quando ·á
nao é mais o~v!qa e sentida) quand~ o homem se abandona à con;ciê • J _
r~stre, matenahsta, mundana e egotsta, então seus átos são dº . . neta ter
sivamen!e pelos impulsos mais inferiores de sua natureza d ~n~idos exclu-
sementeua torna-se
. tôda má , de conseqüênc 1·as desas t rosas e paes1os •e a sua
e para o ambiente que o rodeia. Nesse caso a . ' ra. s1 mesmo
sementeira provém tôda do
- 100 -
inferior de desejos, o persona1is 1110 ego· t
corp O ... d t d 1s a que .
impulsos a to a sor e e erros e perversões. ' o impéle com terríveis
* * *
''A ceifa é o fim do mundo, e os ceifeiros -
sao os anjos".
0 homem terres~re e natural é apenas u M F O. C
ressando-se a traves de um co rpo fí sico . é ape O DE CONSCieNCIA
ex P
rito Humano, o d HOMEM REAL ' re eti do no espelhoumdo ''refJ exo " do Espí-'
fl ' nas
ando O espelho se quebra e se destrói desapare corpo denso mas
q•uênóa ferrest re de1xa· d e ex1s
· t tr.
· p ara a consciênci·
' ce
. t
O " refl e "
. . xo , a cons-'
·eaJmente " o f 1m
c1 . d
o mun d o ,, , e a segutr .
começa aa errestre
Ih . . isso
. representa
i •
elos "anJOS "
, as f...o iças
• . supe11o . li.gen tes da ,Ncot e1ta fmal , rear1zada
.· res e inte
P ". a ureza.
Quem entra em JU 1gamento" não é realmente a cons .... .
· , · E , • · c1enc1a terrestre •
0 E.go Supenor, o propno sp1nto Humano, que deve responde '. e
1
tros da vida passada do "homem" que Êle criou Sôbre os er pet os reg1s.
· I t · r g1s ros guar-
dados se proce~sa o JU .gamen o, ou melhor a revisão de tudo quanto- foi ra..
vado e transfen?o oo. eter. refleto! para_ o corpo de ~esejos, no processog da
morte. Os registros 1nf~~10res sao revisados em pnmeiro lugar, e sentidos
profundamente .rei~ Esp1nto Hum~no, que deles extrái uma dose correspon-
dente de exp~nenc1a, sempre prectosa, que lhe aumentarão a capacidade de
resistência ao mal, na próxima vida. _ Abandonado êsse "corpo de pecado",
a parte inferior do corpo de desejos, depois dessa primeira parte da revisão,
encontra-se o Espírito Humano no plano superior do Mundo de Desejos,
onde revisa e aproveita todos os registros melhores, consolidando suas ex-
periência no bem,. Chamamos a e~sa região - "o primeiro céo".
Terminada essa segunda revisão, abandona o Espírito o co rpo superior
de desejos e penetra no Mundo Mental Concreto,. o ~'segundo _céo", o~de re-
força e consolida suas mais altas aparições e cnaçoes ,., mentais.. Dai passa
ao "terceiro céo", e já nada mais guarda das impr~s.soes da ~ida . t~r~~st :e.
Já não é mais "um homem"· volta a ser um ser divino, um ~spinto , u~-
teiramente sujeito às Leis E~pirituais e às Inteligências S~per:ores quea~
rigem a Evolução. Já não é LIVRE, INDEPENDENTE, Jª nao pode t,
por sua conta.
. . d em suas vidas terrestres,
Continúa, entretanto, ligado ao destino ena O encarnação quando
e por êle será atraído ao mundo físico, para uma noya '
os Senhores do Destino julgarem oportuno e conveniente.
* * * oculto no campo,
f . "O reino dos céos é semelhante a um t~s::;d:u;~ goi:o, foi, vendeu
t 01 achado e esco·ndido por um homem, 0 q,~ª
11
do o que poss·uia e comprou aque,le campo · a humana, por
, 1
h d no íntimo da ª m • 1nas só
t
oºdo aquele que se esforça, · que e st uda, ê~~:
O "Eu Superior" é o tesouro; e ac ª 0 trabalha e inve s tiga, ... 0 per-
"tesouro". O ca~p~cfaª ainda
t Entendimento pode. auxiliar a encontr~r de no início a Consc1e
ence ao investigador, porque em reahda '

_ 101-
não é dona da sua natureza
de pagar O
, não pode dominá-la. Para conquistá-la tem
0 te seu preço; deve "vender tudo o que tem", para poder comprar
rreno e o tesouro que contém.
. Vender fud? o qu e se tem é transfo rmar em valores reais tôdas as qua~
hdade~ e capacidades e oferecê- las em troca de todo o campo da alma ; é
conquistar, com tôdas as fôrças acumuladas e concentradas, o direito de
pus~~ absoluta de toda a sua natureza, para poder apropriar-se do tesouro
espiritual que descobriu . Mas, enquanto não é senhor do terren o da sua
alma, deve manter em segredo o tesouro que encontrou.
* * *
"O reino dos é tambem se·m elhante a um negociante que buscava
Ci!OS
bôas perolas, e te·ndo achado uma de grande valor, foi, vende u t udo o q ue
possuia e a comprou".
Aqui se torna ainda mais claro o simbolismo. Assemelha-se o Aspirante
à um negociante, que para adquirir a mais preciosa das pérolas teve de ~en-
der tudo o que possuía de valores menores. Tudo o q~e temos de qua lid~-
des e de capacidades custou-nos um preço, tanto mais alto q:1anto mais
valor elas têm. Porém, a pérola mais preciosa tem um preço tao alto qu_e
· exige o sacrifício de todos os bens de menor valor, de tudo o. qu~ possu1-
mos. A Vida Espiritual, a, Consciência Superior, exige o sacnf1 c10 de tu-
do o que possuímos. A Vida Espiritual, a Consciênci_a✓ Superior, ex ig~ o
sacrifício de tudo o que consideramos · importante e valioso em nossa vida.
Exig~ o sacrifício do Egoísmo e do Personalismo, em todos os seus aspec-
tos. Só o sacrifício do que __temos pode ,exaltar o que somos.
* * *
"Finalmente, o reino dos céos é semelhante a uma rêd•e que foi fancada
ao mar, e apanhou peixes de toda especie". J

. Com essa última comparação compléta o Evangelho a explicação dês-


se Mistério Espiritual.
Cada vida hu~Aan~ é como uma r~~e lançada ao mar do mundo, pa ra
colher novas expenencras, que os Esp1ntos Humanos aproveitam como no-
vas experiências, novas lições preciosas. Os maus peixes são deitados fóra.
como os elementos inferiores formados na vida terrestre são abandonados à
ação da~ fôrças repulsivas e dissolventes dos planos mais baixos do Mundo
de Dese1os.

* * *
. "Por i.•~, todo ei,criba instruido no reino dos céos é se . Ih t 11m
pai de famd1a, que do seu tesouro tira coisas novas e velhas". me an e a
Aqui refére-se O Evangelho , 'bTd
intelectual que chega a alcançar O ª~ poss! 1 1 ades, ~~rtamente maiores, do
os seus conhecimentos ampla t fntend1mento Espiritual e pode emp regar
men e, azendo uso de tudo quanto tem acumu-

- 102 -
r eu tesouro, para maior benefício daquele
1ado em ~1 um guia, e o~ientador dos seus semelha~tq_ue o cercam. Torna.
se um Pªd e'senvolvimento mtel ectual facilita e é indi'spees., Deve-se notar que
S , nsave] à b"
0 111a
·10 r

. .
espintua1s. em um preparo suficiente at, ºª exposição
dos_:º ~f 5 05
nrente consciente dos mi~térios do Cristia~ism: ~:smo_ u~ i~divíduo
esptr1fU transmissão do Conhecimento. Sem dúvida t d veria ltm1tado no
ensin? ~os e mestres do Cristianist11 0, os que maiore~ ºr ~s os instrutores
autorizªcontaram com uma grand e base intelectual, qu e 1~;vidades_~e-senvol-
,,eram , seu trabalho de forma efici ente e proveitosa s permitiu desen~
volver O • •
em que vivemos, e no estado m t 1 .
No mundo ·intelectual
· d '" d · en ª em que v1
rande 111a1ona os nossos povos oc1 enta1s O trabalho do ut rmano
. , . -
ve a gr desenvo]v1·ct o em b ases 1n . porque
• . t e1ectua1s, ' só quando a . t . ,.. tem.
de Se • f · pode o hornem convencer-se da necessidade · m e11genc1a
t
se S
ente satts e1ta • h d R . ~ d
e en rar ,
pràticamente, no camm o a e.a 11zaçao.

* * *

"Um p·roféta não deixa de receber honra, senão na sua terra e na


n
sua casa •
Essa afirmação tem dois sentidos; o interior, e o exterior. No sentido
exterior, refére-se à tendência natural do homem comum de nunca consi-
derar e dar valor àquefes que conhece muito de pe rto, ou a que está ligado
por laços de família e viu crescer junto de si. Nunca pode admitir, tal-
vez por uma espécie de ciume ou amor próprio, que êsse ·seu próximo te-
nha algo melhor do que êle, que tenha mais direito à consideração e res-
peito, e assim nega-se a aceitar o ensino e conselho de um homem espiritual-
mente desenvolvido com o qual tenha convivido. A História está cheia de
fatos dessa espécie. Em gera) os verdadeiros espiritualistas nunca foram
bem considerados e ouvidos em sua terra, pela sua família e pela sua gente.
nd
No sentido interior essa afirmação é bem faci l de ser compre~ ida
Tornar-se "proféta" é despertar a Consciência Espiritual, é falar ª hngua-
r;em do E , . . V dade Nessas con-
._ sp1nto, é ser capaz de perceber e ensinar a er · · • fe
d1coes t , . d sua natureza m ..
riÔ ' era de sobrepôr-se e dominar os elementos e menor
lo r, dos quais nunca poderá receber o menor reconhecimento, ne.m ºca opo--
uvor• m •t - mpre em tran ·
si".. ' ui.o ao contrário êsses elementos estarao se d embora
"ªº
se·
aos . . ' .
· seus 1dea1s supenores que nunca po era
d -o compreen er,
Jam do . '
. minados e obrigados a servir. . os seus de-
Ass1m • ·s a servi rem a .
signio como o homem domina e obriga os animai seus desígnios e
finalid~ct mas não pode esperar que êst~~ c?mpree~~arnl ~sespertada serve-se
dos elernes e º. lou~em, assim a C_ onsc1~nc1a Espintu;e ação e de trab~lho
no rnu dentas mfenores da alma como instrumentos d ra""_o nem cons1de-
n o s
• · b que êstes -
nao compreen e · , ·
rarã 0 as s' a endo . ! entretanto , -
uas fmahdades superiores.

1
- 103 -
14
C A P íT U L O

lo da s condições eni
_ f t , um maravilhoso símbo
s :e~ tir ne nto s hu ma no s na ter ra , o Amor. Joã o
A história deO Joa~ Bdo~ ain da eg oí sta e se mp re apeg ad o às
wl Hu ma no
que se encontra tama o mor '
Baptista rep res en Joa-o, e o conserva
d
for ma . a pr en er a
ilusões da, , 1 bolo do Egoísmo, mand mo sempre domina o melhor de
st0
.. He rod es, . . ue na terra O egoís mulher ,
ostl tao1s qe po r fim ma nd a matá-lo, a pedid o de uma
preso , ospara t1~ ,
todos sen 1men · , , . , . ..
a, ex igi u su a ca be ça a
que, por vin ga nç
ia de am or hu ma no há sem p_re uma tra ge d1a ; ele acab-
Em tôda histór sim tem acontec.ido sempreb. O
melho. r. sen
rder a C ab eç a. As a
sempre po r Pe -se lig ad o
·
a qu es tõe s ~e ns uais, que aca am p~r po-lo
tim ento humano vê se ns ua hdade, o am or hu man~ !tga-
se aos
su pe rio r à mé ra
perder. Embo r~
e ins tintiv a, qu e o ho me m comu m e mc apaz de
impulsos da fôrça criadora
periores.
controla r e dirigir para fins su ja o amor humano, gu ar da semp
re um
ro e ine lho r qu e se
Por mais pu
ita e res tri ng e, até qu e ca i na s g~ rra_s da sen .
fundo · de egoísmo, que o lim , escravisa-se, e, po r fim, se aniq wla.
sualidade. Ent-ão se desorienta ou os
nd a~ o à m. u ltid ão qu e se as se nt as se sobre a relva, tom pa r-
''Tendo ma cé os , de u graças, e
1

erguendo os olhos aos


cinco pães e dois peixes, e dis cip ulo s e os di sci pu los en tre ga
ram- nos à
go u- os aos am doze
tindo os pães entre far taram , e do qu e sobejou levantar
dos come ra m e se
multidão. To
cestos clie,ios de pedaços". o à precessão dos eq uin ócios
,
ente, devid
_Cada 2. 600 anos aproximadamsegundos por ano, ao cru za r o Equa dor,
50
no atrazo sistemático do Sol de va me nte de signo, em ordem inversa. são pe-
Assim,
nos equinócios , mu da su ce ssi eces
Cr isto su rgi u no ce ná rio do mundo, o Sol pa ssa va po r pr Po r iss o fo i
quando oposição o signo de Libra. da term ina va
9 grau de Aries, tendo por
lo 7
"C ord eir o de De us ", e "S ol de Justiça". Com sua vin seis e Vir-
chamado
de po is ini cia va -se a inf luê ncia dos signos de Pi
uma época, e log o
rol óg ico sig nif ica m "p eix es " e a "viro-em qu e re-
go , que no simbolismoe ast se faz o pão. b

colhe o tri go " com qu


ma rca -se po r êss es do is sím bolos, peixes e pão, qu e
A no_ssa atua_l ~poc a do
1g1 oso ad oto u em su as prá tic as. Nos primeiros tempos
o !º~m~hsmo rel_ era rep res entado. por um PEIXE ' e a o ou-se, a con-
d t
Cn sh am sm o, Cn sto CO
selho dêle o costumeu da CEIA ~O , em que era partido o pão,
"
, :\U NH
como s,ímbolo de Se CorPO· Amda hoje contmua a tradição, no Sa cram en-
' ?U

to da Comunhão em ece o Clh orp o de Cr isto, so b a forma de uma


se eo fer
Hóstia de farinh~ de 1~iego ' se aconse a o uso do peixe nos dias de ab s1 ;
4

tinência. ' ! ,\

, •
. A atu al ép oc a de Pis eis -V ir
~O
ap rox

im a.se do seu termino, e dentro de
mais, uns seicen tos an os remos pa ra a época de
r~a 1r ox 1m ad am en te, pa ssa
Aquario e Leo, que ma su rpr ee nd en te e extraordinário avanço na
Hu ma ~i d~ :.
marcha evolutiva da

-1 04 -

j
ímbolos desta atual Época de Piseis-Virgo representa
s que e ns
. to of erece à Humanidade e comm os e1emen-
O S
. s'rituais bas1co
, .
.
tos espi futura Época de Aquário. ' os quais se
prepara a
* * *
"Disse Pedro: ; Se és ~u, Senhor, ordena que eu vá por cima das
aguas, até onde foi
estas. Ele disse: - Vem . E Pedro saindo da barca d
J ,, an ou
sobre as aguas e para esus •
Explicou-se já que o mar rep resenta no simbolismo Esotérico M d
d Desejos , ou Astral, no qual o homem evoluído espiritualmente pode O

~ nar consciê ntemente, quando organiza e liberta o seu corpo psíquico .


~:n~
Vê-se, nesta passage!ll, _que p ed ro f 01_. .º ~mco
CIO , .
dos discípulos que, nessa.
ocasião , recebeu o pnmetr~ grau da lntctaçao. Vendo sua bôa disposição e
coragem , chamou-o para f?!ª da "barca ", o corpo físico, e permitiu-lhe dar
os primeiros passos conscientes no mundo de desejo s.
tsse é um vislumbre do que acontec,erá um dia com todo Aspira nte
que se esforça em preparar o seu "corpo psíquico". Ao chamado de Cristo,
poderá deixar temporàriamente o corpo denso e caminhar livremente pelo
mundo de -desejos, conquistando com essa experiência a absoluta convicção i
da sua vida espiritual e da sua independência do ·corpo físico.
"Quando, porem, sentiu o vento, teve mêdo e, começando a submer-
gir-se, gritou: - Salva-me, Senhor! No · mesmo instante Jesus., e·xtende ~do a
1

mão, segurou-o, e disse-l he: - Por que duvidaste, home,m de pouca fé?"
Nas primeiras experiências de desdobramento consciênte é necessá ria a
orientação e auxilio de um Instrutor, porque o Aspirante não poderia por si
só manter-se em segurança no ambiente astral que ainda desconhece, e que
apresenta características espantosas e inexperadas. É natural e inevitável o
mêdo, mesmo nos mais valentes e preparados, não porque haja um perigo
real, quando o Aspirante está bem preparado, mas pelas aparências gran-
diosas e absolutamente novas das fôrças e elementos dêsse plano maravilhoso.
que dif-érem de tudo quanto estamos habituados neste mundo fí sico .
A falta de um ponto sólido de apôio, a movimentação constante das suas
correntes vivas e- inteligentes, as formas e fi~uras estr~nhas qu~ s_urg~~1 e
desaparecem, com incrível rapidez, o seu colondo marav1lhos_o, e ind1scnti~el,
a beleza e o horror de certos $.êres que o povôam, tudo conshtur uma ternvel
Pr?va_ de coragem, de confiança e de fé, e não é de. admira r~i,e que nesses
pr_1me1ros passos 1 n. esmo O Aspirante bem preparado smta-se, ele repente , d_?-
mmado pelo mêdo e perca a coragem . Mas, há sempre ness 1ts casos a mao
protetora do In-strutor, que o auxiliará e o orientará, com absC'lutaA segurança ·
A únic.:1 coisa a evitar: é a dúvida, que abre ~s portas ao me. do,.
. e nes~e
caso poct,, -se sofrer uma perigosa comoção psíquica, de consequenc1a s mais
ou menos graves.
A única coisa realmente perigosa é forçar o estudante O seu desdobra-
mento consciênte antes de estar suficientemente prepa~c1do, a~tes q~: p~s~a
contar com a orientação e auxílio de um legítimo Instrutor· Sao mui os o1e
1.
• ·rr
~
-105 - 1
os que tentam a experiência, sem compreenderem em absoluto os perio-os
que se expõem, e alguns ainda tent!m o desd_obrame~to para fi ns indigno:
e egof stas que os colocam contra todas as leis superiores e expostos a .
fluências dos planos mais inferiores, que se. deve evita: a todo tran se . 111 -
Todo esfôrço, neste caso, e~tra em cheio na 1:"~g_1a N~~?ª, e se O estu.
dante não se desorganiza psiqmcamente logo de _m1c10, c_ai mvar iàvelmente
sob a influência perversa de alguma corrente de baixa magia , e então as con.
sequências serão desastrosas.
Nos planos internos só a fé, a mais ª?soluta f'É e CONFIANÇA, pode
manter o equilíbrio e a estabilidade. É ah que se demonstra, em tôc.la sua
extensão, o poder maravilhoso da Fé; é aJi que se aprende realm ente a ter fé.
A Fé em seu Espírito Interior, em seu Instrutor, no Bem qu e tud o rége , em si
mesmo, é a FORÇA ULTRA-POT ENTE que garantirá o pleno e absoluto
sucesso.
* * *
"Os que nela tocaram ficaram sãos";
Há no "corpo psíquico" organizado, no instrumento do Cris to interno,
um poder regenerador e purificador, que pode restabelecer imedi atamente a
harmonia e a saúde, em qualquer caso. Não pá doenças incuráveis, e qual-
quer indivíduo qué procure· -organizar- o seu "corpo psíquico, ou espiritual ,
pode obter por rrieio dele a cura certa e segura de toda e qualquer enfe rmi -
dade. Tôdas as curas chamadas "espirituais" baseiam-se nesse poder rege-
nerad~r, que pode exteriorizar-se e agir sôbre outros.
Qualquer pessôa que tenha desenvolvido o seu corpo psíquico, ao menos
em certo grau, pode auxiliar extraordinària mente os enfermos, bas tando en trar
em contacto com êles, externa ou intei:namente. Assim, a sua fôrça espiri tu al
acumulada transmite-se aos enfermos e atua maravilhosame nte, regenerand o-
lhes tôda a constituição e expulsando dêles tôda influência maléfica.

CAPITU LO 15

"Por que transgr·idem os teus discipulos a tradição cios anc1aos, pois


não lavam as mã~ quando comem pão? Respondeu-lhes: - E vós, por que
transgredis o mandamento de Deus, por causa da vossa tradição?"
Com o tempo, todos os. ensinos superiores são torcidos, alterados e des-
virtuados neste mundo, em consequência fatal da ação astuciosa e egoísta cio
Personalismo mundano, _que procura sempre escapar de qualquer orientaçâ.L)
superior. Por essa razao, de tempos em tempos, é necessário renovar-se o
ensino com uma nova revelação dos princípios básicos e essenciais sem o
que não poderia a humanidade continuar o seu avanço e progresso espiritual.
A tendê~cia fatal da mentalidade mundana é de abandonar pouco a
~ouco os ensmos melhores e substituí-los por 1etradições" e "opiniões" con-
sideradas em. cada époc a " mais · praticas
· · " . É assim
· ·que pouco a pouco
' os
m~ Ih ores ensrnos se materiaJ1' a f · ·
. f..
f im 'd z m e se a astam da sua base ongmal que por
t: esqueci a e abandonada. '

- 106 -
Com O Cristianismo deu-se a me~ma coisa. Se compararm os hoje cons-
cienciosamente, o que se faz e se en ~ma com o nome de "cristianism o", com
~ simples te~m9 s dos ~vang :_lhos, ~1care rn ?? do!o~o
s~rnente impre ssiona.dos.
0
As igrejas cristas de ho1e estao cheia s_ de trad ,çoes , de háb itos , ele costu-
nos
mes, de man~a mentos e regr~ sd ~ude nao en,codntr am apoio e justifi caçãoções'r
ensinos de Cristo, 11_1:smo con_s1 e, a os ao pe a etra . As muita
1 s "tradi
bstituiram os leg1tim os ens1110s: e regra s recomend ados pelo Divin o Mestre ·
]~ não se pratica o Cristianis1~ 0 de C~i ~to.
No tempo _d,e Jesus as mmt~s ttad1ç_o~~ afas!av_am a reli gião judaica dos
ensinos de Mo1ses, tal como hoJe as rehg1 oes cristas se afastam dos ensinos
de Cristo. Com~ naqueles tempos, d~-~e h~je demasiado valor a coisas insig-
nificantes, a hâb1tos e costumes trad1c1011êlls, formados ao sabor de ci rcuns-
-
tâncias e in terêsses ocasionais, e deixa -se ao aband ono os pri ncípios funda
menta is do Cristianismo, que nem siquer são lem brados .
Os próprios ensinos de Cristo são torcidos e interpretados ao sabor dos
desejos e interêsses de cada grupo, e êsse mal vem de lon ge, pois já era
apontado por São Paulo .
* * *
"Hipócritas! Bem profetizou de vós lzaias: - Este povo hon ra-me com
os labios, mas o seu coração está longe de mim; adoram-me porem em
vão, ensinando doutrinas que são preceitos de homens".
Usando palavras de Isaías, dà Antigo Testamento , apont a Cristo a ver-
a,
dadeira situação religiosa daquela época, mas ainda hoje a situação é a mesm
apenas com um novo rótulo. As palavras de Izaías ainda hoje são uma
terrível realidade.
Dentro do cristianismo a história se repete. Procura-se a todo transe
encobrir e disfarçar a realidade dos ensinos de Cristo, subst ituind o-os por
e
idéias "práti cas" e oportunas, forjadas por um intelectualismo astucioso
interesseiro, cheio de pretensões e de considerações .
Essa tendência não afeta apenas as religiões tuais; ela se manifesta com
muito maior in:tensidade nos meios "espiritualistas" da nossa época , que pre-
tendem orientar e guiar os homens com uma quantidade imens a de doutrinas
a
e de filosofías especulativas, de "altos conceitos tradicionais" , forjados pel
e~uberância imaginativa dos seus mestres, para os quais os ensino s de Cristo
sao de menor importância. Incapazes de compreender a grand eza e o valor
real dos ensinos de Cristo , contra os quais se chocam, prefér em forjar dou-
trinas e filosofías mais atrativas e convenientes aos seus interêsses intelectuais
e mundanos. Cbm seus adeptos e seguidores, desprevenidos e de bôa fé1
formam legiões, conquistam fortuna e prestígio.
* * *
. "Não é o que entra pela boca o que contamina o homem, mas o que
sai da sua boca, é isso o que contamina o homem".
O que entra pela boca, o alimento e a bebida, não podem , em realidade
contaminar o HOMEM REAL, O ESPI RITO DO HOMEM, mas podem con-

107 -
/
I

taminar O
seu corpo. Note-se bem que _a que stão. tem aqui dois aspectos ?is-
.t. t M ·to se tem discutido sôbre isso e mmtos erros se tem cometido
tn OS. UI '" · C· t · - '
afirmando al guns que com estas palavras autorizou n s o aos cnstaos que
-comessem e bebessem tudo o que bem ent~ndes~em, sem temer ~en~um pre-
juízo . Seguramente não fo i isso que Cristo disse, nem poderta te-lo dito
com êsse sentido .
o alim ento e a bebida afétam e pode m contaminar o CORPO . o
"homem " não é o co rpo; o que entra pela bôca, portanto, não con tam ina 0
Homem essa é a ve rdade, e Cristo afirmou-o. Porém, o homem é respon-
sável p~lo que come e bebe, perante as leis de sua própria natureza, e
todo descu ido nesse sentido traz consequências funesta s . Ali mentos e be-
bidas anti-natu rais são perigosos à saúde, contaminam, envenenam e preju-
rlicam a própria expressão da vida humana. Ningué m pode duvidar qu e
o mau al ime nto e· a má bebida, como o álcool, por exemplo, sejam prejudi-
c1a1s . A maioria das enfermidades e das deficiências orgânicas e até men.
tai s tem sua origem na alimentação errônea e nas bebidas alcoól icas.
Mas não era a isso que Cristo se referia. O que contamina o HOMEM
REAL é o que sái de sua boca: - A PALAVRA. É com a MÁ PALAVRA
que o homem real se . contamina, se prejudica, se arruína e se des tró i espi-
ritualmente. O seu destino está pendente da sua PALAVRA, da fôrç a cria-
dora que emite pela sua boca. Da mesma forma, a PALAVRA pode elevar,
dignificar, espiritualizar e salvar o Homem· Real.
De tôdas as questões bem · esclarecidas pelo Esoterismo -Rosacrucia no
n~n?uma é _tão i1:1po~tante e tão necessária. . Saber empregar a Palavra
s~bta~ente e o pnme1ro passo do Esoterismo Prático e da verdadeira espi-
:'t~ahdade. Para o ~ornem que é capaz de dominar sua palavra, e fa la
unicamente o que çonvem, o sucesso está assegurado, seja qual fôr a direcão
que escolha. Em qualquer circunstância é sempre a palavra, o poder ciia-
dor expresso, que determinará o sucesso ou o fracasso.
* * *
"Sabes que os farizeus, ouvindo o qu_e disseste, ficaram escandalizados?"
Em _todos os tempos a Palavra da Verdade :escandalizou O home
comum , mcapaz de compreendê-la. Já nos tempos de Jesus os fa · e m
os mestres do formalismo religioso, não suportavam as palavras d ns us.
verdade superior, para as quais não estavam preparados e uma
tece n - t . · O mesmo acon -
. os nossos empos. Os ensmos superiores chocam-se c t
conceitos, hábitos e tradições dos . "fariseus" de ho. e on ra os . pre-
e se revoltam instintivamente. J , que se escandali zam
A maior preocupação do homem mundano .
mas me~íocre e interesseiro, é que a ,erdade só me~mo tntelectu_al e culto,
e, para isso emprega tôda a astúcia e inteli . . _bre ele_ mesmo nao apareça,
que atinja os seus pontos fracos O seu " genca~ · Diante de uma verdade
n_aturalmente, ofend.ido, escandaiizado e ~!~~~nahsmo•: e interêsses, sente-se,
smos su:Periores não podem, e não deve tado · E por isso que os en-
m, ser expostos senão a homens

- 108 -
Preparados ePem .condições .de compreend ê-los , sem ocrrandes e·h oques e per
turbações. or 1sso os ensm os esotéricos foram , em todos os te :
d f a lad , mpos, apre-
senta dos e udma orm tved " ª1, parüa qu ~ ~o~ ente aqueles que estivessem
preparados pu ess_em en en e- os. Cnst1an1smo seguiu a mesma re ra
e desde a sua ongem con~ervou-se velado sob figuras e símbo los
estudante preparado pode 111terprei ar.
u! °
' 9
Os E_vangMe11~os sã~ oH maio~d exdempl o desse sábio método empregad o
pelos Irm aos a10 res a u111a111 a e, os nossos Guias Espiri tuais .
Ainda hoje a Pal avra de Cristo escand aliza ' e a maior parte dos cri.s-
tãos se,~te-se cho_cada, quando a ouve ou a lê . Mesmo sem nada perceber
do sentido supeno r dos Evangelhos, o homem comum sente instin tivamen te
na sua li nguagem fran~a e simples algo que o fere, qu e o reprova, que 0
desgosta . Embora se1am os Evangelhos os livros mais espalhados no
mundo, pode-se dizer, sem receio de errar, que são os mais desconside rados.
e os mais temidos.
É que êles continuam sendo motivos de escândalo para fariseu s do
nosso tempo, os que vivem de tradições e preconceitos mas que sabem en-
cobrir e disfarçar o que sentem, para que não sejam prejudicados os seus
vastos interêsses.
* * *
"Toda planta que o meu Pai Celestial não plantou será arrancada pe la
raiz''.

Toda doutrina ou ensino forjado pela especulação intelectual, pela ima-


ginação e fantasia, por mais belo .e curioso que seja, nada sign ifica diante
do Plano Superior, traçado, determinado e dirigido pelos Guias Espirituais .
É preciso que compreendamos que a evolução espiritual do homem é diri-
gida por Leis Superiores, invariáveis e irrevogáveis, e dentro dessas Leis
organizou-se um Plano, sàbiamente orientado pelos Irmãos Maiores, agora
dirigidos por Cristo. Não há dois caminhos, nem duas formas , nem dois
métodos. Há apenas UM CAMINHO de espiritualização e de salvação,
O CAMINHO DE CRISTO.
Êle mesmo_ o declarou: - - "Todo aquele que não aj unta Com igo ,
esoalha"
• .
Vivem os numa época extraordinária, em que se oferecem as mais va-
riadas e contraditórias doutrinas e ensinos, prometendo tôdas elas " mara-
vilhosos resultados" espirituais. Outras, ainda mais estranhas, só p~omete1:1
resultados francamente "materiais", não se importando com a 9uestao e~pt-
ritual, que relegam como de menor importância. ~ que l?es interessa e ?
engrandecimento do Personalismo. O que caractenza, pore11;, essas d~utn-
nas e ensinos, é o desconhecimento dos Evangelhos e dos ensinos de Cnsto.
Pela declaração de Cristo pode-se compreender que tôda doutrina ~u
ensino que não contribúe para o desenvolvimento do Seu Plano de Salvaçao

-- 109 -
só podera, pro d uzir • maior confusão e desh armo nia entre os homens ct·~·

· d . da mais a sua marc ha eva 1ut1va. , 111.
cu!tan o a111 . ,, . ,
. t a""o de ser "arra ncad as pe]a raiz , isto e, logo chega
Por 1sso er . h' ,_. d m a
.. rá ido e violento . Se ex amm armo s a 1sto11a o mundo, especialo
seu fimd, dp a vinda de Cristo, veremos que êsse foi realmente
mente es e o fim d.
tôd as as doutrinas apresen~ª ?ª s. ao mun d o oc1'd en t a 1, con t, . 1 e
I anan c o os prin.
cípios fundamentai s do Cnst1a111smo .

* * *
"Deixai--os; são cégo s, guias de cégo s. Se um cégo guiar outro cégo,
,,
cairão ambos no barranco .
A falta de Entendimento Espiritual é uma cegueira, e nêsse sentid o
pode.
se afirmar que a humanidade caminha às cégas, porq ue é incap
az de vh a
Realictade.
A imaginação e a inte1igência volta das quas_e exclusivamente
para o
lado materia] da existência não permitem que a consciência se
eleve além
dos acanhados limites de um raciocínio concreto, e o home m torno
u-se cégo
a tôda realidade espiritual.
Hã muito tempo já que a humanidade céga vem sendo guiad a por
cégos,
pelo frio raciocínio intelectual e materialista, pela astúc ia e vaida
de
sonalismo, sem Entendimento Espiritual, e essa é a caus a principal do Per-
de todos
os males e sofrim~ntos da nossa época. ·
Apenas para constatar um fáto, não podemos deixar de reconhecer
o
materialismo que domina a orientação religiosa dos nossos temp
os. Guia s
cégos pretendem guiar outros cégos, -e certamente acontecerá o
que Cristo
predisse, cairão todos no barranco, ou melhor, caminharão todos
para um
desastre, de proporções incalculáveis. ,.,
Porém, isto estava previsto pelos Irmãos Maiores, e suas providênci
sábias e justas se farão sentir em tôda oportunidade e quando fôr as
necessário .
A humanidade precisa dessa s experiências; deve suportar as
consequências
do seu destino, criado pelas suas próprias mãos, e deve aprender
suas lições
livremente.
O 9ue nos i~po rta, porém, p~rceber, é qu: a nossa época,
nunca, e carac tenza da pelo aparecimento, por toda parte, de mest mais do que
res e auias
cégos, pretende_ndo guiar e ori~n-~ar os outr?s para um pseudo-esp
baseado exclusivamente em opimoes pessoais, em pretensõe~ inteleiritualismo
vaidades e interêsses de tôda ordem. ctuais em
'
Na Fantasia, na Imaginação e no Romance apoiam se ·
tres desse pretenso espiritualismo que hoJ· e conduz um - os gmas
de estuda te , . ' .de 11;es-
.. nume ro cons1
_n s, P!¼ra, um caos ainda maior, para desilusões de tôda sorte erave 1
E~p1ntuahsmo nao e fantasia não é imag,·n -- - e, roma
, açao , nao nce. ·
* * *

-11 0 -
"Ele respondeu: - Não é bom tomar o pão dos filhos e lança-lo aos
horrinhos. Ela porem rep.ficou: - Assim é Senhor; mas até os cachorrinhos
cac
comem das miga. Ih as que caem da mesa dos seus donos,, .

A aparente dureza dêste trecho mostra bem que a ação salvadora das
fôrças de C!·i~to não pod: aplica!·-se ~enão àquel:s cujo g!'au de desenvol~
vimento esp1ntual, o pe1;m1ta. So Pº' uma. . exceça_o,. por }orça de. u~a, Lei
ainda mais alta, e poss,vel a atuaçao da Força Cn st, ca sob re um in d1v 1duo
de condição espiritual inferi or.
Ainda nos nossos tempos uma grand e parte da humanidade não pode
ainda receber a influência diréta de Cristo. Não atingiu ainda o grau de
evolução que permita uma influ ência superi or, e deve preparar-se aind a por
algum tempo.
'-' Contudo, uma grande fé demonstrada, uma sincera demonstração de
confiança , pode colocar um indivíduo pouco desenvolvid o em condições de
receber o auxílio diréto de Cristo, como aconteceu com a mulhe r can anéa,
ainda mais porque ela não veio pedir para si mesma, mas para uma fil ha
enferma.
Cristo não faz exclusão de ninguém, mas Sua Ação só pode aplicar-se
àquelrs qu e se colocam em condições de recebê-la. Os que não atingiram
ês5e grau devem continuar o seu preparo. Tudo é uma questão de ele-
vação de consciência, e os que nào alcançaram certa expansão e libe rtação
de consciência não podem entrar em contacto com a -influência cristica.
O plano superior de evolução segue por etapas absolutamen te determi-
nadas, e cada indivíduo evolúe por grái.ts que não podem ser saltados. A
Filosofia Rosacruciana mostra bem como se desenvolve o plano evol utivo.
Antes de tornar-se possível a intervenção de Cristo, deve o indivíduo libe rtar-
se, ao menos em certa extensão, da influência de Jeh,ová e dos Esp íritos de
Raça, que dominam o homem através do seu corpo de desejos . Para rece-
ber-se o auxílio diréto de Cristo é preciso libertar-se a consciência, elevan-
do-a acima dessas regiões de desejos em que impéra a dura Lei de Repulsão,
-do personalismo egoísta, do "Olho por olho e dente por dente".
* * *
"Oh! mulher! Grande é a tua fé. Faça-se contigo como queres. E
<lesde aquela hora sua fil'ha ficou sã."
Essa passagem extraordinária nos ensina preciosas lições. A primeira
,é que mesmo um indivíduo de pouca evolução pode ter muita fé , e com ela
.alcançar resultad os excepcionais, mas note-se que sempre na proporção d€
.sua própria fé. A segunda lição é que a fé não poude agir e prod uzi r
resultados superiores antes de apoiar-se em Cristo. Assim acontece real -
mente. Por maior que seja a fé, ela só se torna operante quando se apoia
firmemente no Cristo Interior, no próprio Espírito do indivíduo. Então
torna-se um poder excet;Jcional e extraordinário, em qualquer direção.
A terceira lição é que não seria possível o apoio do Cristo Interior se
:não houvesse no pedido um elemento superior: o Amor, e a quarta lição

- ]11 -

1 ',

1
.
q_ue daqui se pode tirar é que a Fé, apoiad a por Cristo, pelo Espírito Int
nor, pode curar enferm idades , até mesmo quand o se trata de experimente-
dores de pouca evolução espiritual, como aliás êste mundo está cheio ;-
exemp los, por tôda parte. e

* * *

"Partiu Jesu1 daquele lugar e voltou ao mar da Galile·ia, e tendo subido


ao monte, ali se assentou".
No simbolismo esotéri co - "subir ao monte ", ou à montanha, signi~
fica dirigi r-se a um alto centro de iniciação, a um Escola Super ior. É na-
tural e lógico supor-se que o trabalho de Cristo não se efe tua isoladamente.
~ IP é o Guia Super ior e Orientador de tôdas as Escolas de Iniciação que
dirigem a, evolução dos nossos povos ocidentais, e o princi pal tr~ba1ho _des~a$
Es colas é o de ensinar os homens a libertarem-se das suas cade1as de 1Jusoes
terrest res e curar- se de suas enfermidades. espirituais.
Note-s e que Cristo curou os ' mudos, os aleijados, os coxos, e os cégos.
Essas quatro enfermidades ou deficiências não se reférem aqui a estados
físicos, mas . a condições espirituais.
MUD OS são os incapazes de pronunciar a palavr a de fé, são aq ueles
que não aprend eram ainda e são incapazes de empre gar conscientemente o
poder da Palav ra Criadora e Regeneradora. São aqueles cuja palavr a é
espirit ualme nte impotente, e inútil, sempre anulad a pela dúvida , pela des-
confiança, pela falta de fé. ·
ALEIJ ADOS , são aqueles cujo poder espiritual foi mutilado e perde-
ram uma parte do seu poder de ação espiritual, em consequência natural-
mente de êrros graves do passado . .
· COXO S são aqueles que ainda estão espiritualmente incapacitados de
locomover-se -nos mundos internos, e mesmo quando fóra do corpo físico
conse rva~-s e paralisados junto ao corpo material, como paralí ticos ador-
mecidos.
CÉGO S são aqueles cujos olhos espirituais ainda não se abrira m. A
quasi totalidade dos espíritos humanos está nessas condições e precisa ser
auxiliada.
E:se_ é o t~abalho das Escolas de Iniciação, dos Auxiliares Invisíveis e
dos Irmaos Mawres.
* * *
"Tenho compaixão deste pov porque hª três dias estão sempre co-
migo e nada têm' que comer". o,

evolução espiritual vem se proces d


A
samos três no atual Período Terrest san °
por ~tapas, das quais já pas-
as _embrionárias capacidades ad uir~~ e que recapt!~laram e desenvolveram
penodos anteriores, intitulados n~ p·1 as pelos esp1ntos humanos nos três
turno, Solar e Lunar . , osofia Rosacruciana: Períod os de Sa-

- 1] 2 -
Nêsses períodos passados recebeu o Espírito hu
s instrumentos de expressão individual : 0 corpo ~-ª~º e desenvolveu os
se~orpo de desejos. No atual Período Terrestre comp;s;co, 0 corpo vital e
0
reorganizou-se o vital e de desejo , tornando-se pot s?u-1se O corpo físico
e h ,. tve a conquista d
Mente, 0 que tornou o ornem um ser consciente e responsável . a
Nas três épocas anteri ores o homem não era um se"r consciente . e ind
endente. Faltava-.li,e a men te, e nessas condições não poct · t e-
p , · li · · J · ta er uma cons
ciência pr?~na ~ nem ·t· , e e, a passive o a~adurecim ento das suas capaci-
dades esp1ntuars pos1 1vas, como acontece ain da hoje com os an imais. -
A falta do i~dstrdu~1 ento . n_,tent_al e da -c~nsciência impedi a-lhe O aproveita-
mento das capac1 a es esp1n ua1s, que nao podiam nel e expressar-se.
Essa passagem dos Evangelhos refere-se a essa condição do remoto
passado .
Nos tr~s dias anteriores, _ou. nos Três . Períodos passados, êste povo
esteve Com~go ( c~m o seu propno E~pírito), mas de uma fo rm a passiva,
negativa e mconsc1ente. No quarto dia, no atual Período Terrestre perdeu
0 homem o contacto negativo com os planos espirituais ; tornou-se um sêr
terrestre, independente, pouco a pouco consciente e livre, responsável pelos
~eus próprios atos. Nessas condições, devia receber um "auxílio adicional",.
para não desfalecer pelo caminho, e foi-lhe dado o auxílio das fôrças espi-
rituais de Piseis e Virgo, Peixes e Pães, signos zodiacais, que simbolizam
a nossa Época.

CAPíTULO 16

1
'Olhai,_e guardai-vos do fermento dos farizeus e do·s saduceos".
Olhai! - recomenda Cristo. Prestai atenção, para não serdes afeta-
dos pelo fermento dos fariseus e dos saduceos, isto é, pela hipocrisia e pelo
materialismo, dos pseudos guias religiosos e espiritualitas, que fa zem d3
religião um negócio .
Nem mesmo o cristianismo dos nossos tempos poderia escapar da ação
dêsse terrível fermento, que desvirtúa e artruí~a. as_ organizações que se inti-
tul~m cristãs, mas que só conhecem do cnsha~1smo a letra . morta . Os
ensmos religiosos tornaram-se meios de exploraçao e de negócios, de pres-•
1ígio social, de fama e de fortuna.
Contra êsse perigoso fermento, aconselha Cristo que est ~jamos ~re~:~
nidos e atentos, porque êle pode fàcilmente penetrar e arrumar qu q
organização religiosa ou espiritualista. . . , .
"Hipocrisia" como se poderá verificar em qualquer dicwnano, i·ctqu~r
• ' - d sentimentos que em rea t aL e
l t1zer - impostura, fingimento, expressao e
não existem, falsos sentimentos.
* * *

113 -
·
"Respo n deu S . - Pedro·· Tu és o Cristo, o filho de Deus Vivo"·
,mao
- Simão Pedro revela a identidade
- é · 1
real do Espírit o de
·
r
Nesta dec araçaoum simples proféta, nao
1
u~ s,m~ es instrutor de u
. N- é Êle
Cristo· ao e' um sêr humano, porque nao hfazia parte da Oncta llla de
nação nem mesmo d o ornem , porque perten
. 'H É muito mais elevad o o que
Vida Oumdanad. V'da muito anterior e muito mai s avançada do que a nossce a
a uma nmais
Como o
ª eelevado Iniciado do p er!ctº
1 ' d SoIar t ra b ªt·t
do
Ih
a ago ra co mo un~
,. Gwa • s Superiores da humani a e, que co ns 1 uem a Santíss ,·.,,11é\ 1

{Jos 1res
Trindade. o · e. d'ire' t o so" b re a, h umani·c1 ade tomo
efetivo
·a ·ni·ciar O seu trabalh t, Q ,I li
Pa t 1 e
.
empre gou-os a e o _ o go ta, e atravh
corpos denso e vital de Jesus
do sangue de Jesus ligou-se permanentemente com ? _san gue da raça humana )
05

e dela só poderá libertar-se quando todos ~s esp1nt os. h_u:11an os frHem por
Êle liberta dos. O compromisso que assumm e º. sacrtf1c10_ que fe z foram
tão grandes que nunca se _P?derá ne~ mesmo ava! tar. _ E nao se pe~s_e. que
por ser um aspect? da D1vm~ade nao tenha havido nesse seu Sacnflc10 0
mais extremo sofnmento e dor. Compreenda-se que, penetrando comple -
tamente as condições humanas desta época, terá de sofrer , como homem,
iôdas as provas por que passa a humanidade, individual e coletivamente ,
sentindo tôdas as angústias e todos os sofrimentos human os.
Em realidade, cada coração humano é para Cristo um campo de provas,
.e a isso se expôs em seu supremo sacrifício. Mas, com Êle teremos a
-garantia absoluta de salvação. Desde a vinda de Cristo a human idade está
pràticamente salva, iniciou a sua libertação espiritual, que irá se conso..
lidando com o andar do tempo, e chega presentemente a uma fase de ex-
trema importância.
* * *
''Tambem eu te digo que tu és Pedro, e sobre essa pedra edificarei
.a minha igreja; e as portas do Hades não prevalecerão contra ela".
Cristo deu a Simão o título de Pedro, pedra ou rocha, e disse que· sôbre
essa pedra edificaria a sua Igreja. Lógicamente, não seria sôbre a "pes-
·sôa" de Simão, que Cristo poderia realizar sua obra de salvação, mas sôbre
a "Rocha da Verdade" que Simão havia realizado em si e declarado. Com
-sua declaração tornou-se o símbolo dessa Rocha Viva, sôbre a qual se ini-
.ciava realmente a Igreja de Cristo.
Essa Igreja de Cristo, essa Congr,egação de Fiéis Seouid ores de Cristo
com~çava a organizar-se, m~s ainda hoje é pequena e p~àticamente ctesco~
nh~cida •.. Amparada ~or Cns~o, desenvolve sua maravilhosa atividade, cujos
efeitos sobre a humanidade vao se fazendo sentir oradat ivamente. mas com
.absoluta segurança. b ,

ao E~;fr~~o l ~:ej~rf:t~en :;ª:~a todo~ a~uel es que se ligaram definitivamente


-Cristo e da humankl~de se to~n~;~~1n~,s eal~as; ,,~quêles que por amor de
nalismo e o egoísmo. que se libe t Pd qu .nos_ , que venceram o perso-
, r aram as tlusoes munda nas; que desper~

-114 -
OLIVRO
DA
VERDADE

O Livro Selado com 7 Selos.

O "CORDEIRO DE DEUS" .
As Chaves Misteriosas
a sua Consciê ncia Superio r ; qu e vivem co nsc1·entemen te em seu espí-
tara m , ·t
·+ e pelo seu esp1 n o.
r1.o
Embora desconh ecid_os , são os maiores da hu manida de , e com Cristo
. tarão e transfo rmarao o mund o .
)1 1Jer
* * *
"Então ord·e nou a seus discipu los que a ningue m dissesse m que Ele
e. t ,,
éra o ris o .
Extraor dinária foi essa recomendação de Cri sto, mas ainda ho ·e 1 ,
importante e ...válida . Aqueles _que desenv ol~eran:i sua Cons~íência ~upee:io~
sabem que nao devem nem .~,e~mo ten tar di zer isso a alguem , se não qui-
zrrem sofre r amargas expenenc1as.
Par~..º ~ornem. comum, ain_da inc,a~az _de sentir as realidad es espiritu ais,
de consc1enc1a relativa e es_crav1sada a 1lusao da forma, toda explicação nesse
~entido parecerá absurd~, •~compreensível, e provoca rá nele, inevitàvelmente,
repulsa, desgosto. e antipat ia. O Aspiran te deve guardar-se bem de tocar
nas questões mais elevadas da Realização Espiritual diante daqueles que
não têm nenhum preparo, para que não se levante ao seu redor, logo de
in ício, um terrível obstáculo à sua própria realização.
Só mais tarde, quando estiver seguramente estabilizado e sentir-se auto-
rizado, poderá ensinar essas verdades mais altas, quando julgar conveniente
e oportuno.
De qualquer forma, devemos ter sempre present e a recomendação de
Cristo, porque a declaração da mais alta verdade produz sempre uma pro-
funda comoção, que a mentalidade mundana não pode suportar sem abalo,
e se reação.
* * *
''Mas, Ele, voltand o-sé, disse a Pedro: - Sai de diante de mim, Satanaz:;
tú és para mim uma ped'ra de tropeço, porque não cuidas das coisas de
Deu,, mas sim das dos home-ns".
. Tentando impedir que se realizasse o plano superio r determinado por
Cnsto e que se consumasse o Seu Sacrifício,, Pedro tornou-se nesse n:1º-
mento a expressão da mentalidade céga, egoista e interesseira que do~ ina
0 mundo. Voltou a ser um instrumento do materialismo, que só conSidera
os seus interêsses mundanos e ocasionais . Não podia concordarO em per.der
ª companhia "material" do seu Mestre· não podia admiti r que seu Cns! o
tivesse de curvar-se e sacrificar-se p:rante os poderes dêSíe mu~do ; nao
st
queria admitir as razões superiores que exigiam o sacrifí ci~ de Crt º' para
que pudesse realizar Sua Obra de Libertação e de Salvaçao · " .
. Atr~vés das palavra s contrárias de Pedro revelava-se a voz do prm-
cide deste mundo" senhor das consciências mundanas, a voz do ~gois1!1o,
que Cristo chama _' Satana z. Satana z vem de Satan, e Saturno; e o S1_m-
bolo de tôdas as fôrças desviadas e degeneradas pelo homem, que gover-

- 115 -
ndo-se sistemàticamente a todos os ideais superiore
11am ~ .m c\t~po Essa mentalidad e sempre foi e sempre será uma Pe~ e
11
_
nd
ao propt e,1 t1-~balho de Cristo, porque nunca poderá perceber e nu ra
10

de t.r?peço ª-º Os interêsses de ordem material e ego ísta. Assim vivenca


reconhece, nem tem o meno r interês
adm1t1rá
. . senao
. ··a dos homens, que nao - • a
g rande m a 101 1 • ,..
- espiri tuai s da ex1stenc1a.. I ncap
. - a d ec he e . se.I
elas ra zoes z. e r on e r os interê)s(
. · d -
P ~.. . do seu próprio espfnto, que am a nao pode sent·tr e percebe'~-
supe1101es , . . t b . 1
· d ego,·sticamente à umca c01sa que sen e e perce e, as suas llusõe,

pren e-se
• d d · · é .,
• seu personalismo, que defen e e maneira mai s e ga e obstinada
ma tenats, 0 . . 'd ~ ·
É preciso que o Asparante esteJa sempre preveni o, po_rq ue nao falta rão
sugestões . e insinu~ções, até mesmo daquele~ a quem . .mais ar_na_, dos seus
companhetros e amigos d~~t~ mundo, no ~enttdo de faz e-lo des1st1r dos seus
ideais superiores de sacnf1c10 e de altru1smo. .
Que cada- Aspirante se lembre sempre desta mag1~tral passagem e se
conserve em guarda, para reconhecer no mo?1en~o preciso es_sa voz. de Sa-
tanaz~ sempre doce e insinuante, repassada as vezes de se_nttmental~smos e
de simpatia, mas que no fundo traz o veneno do personaltsmo ego1 sta, do
materialismo interesseiro, dos desejos mesquinhos.
* * *
"Se alguem quer vir após mim, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz,
e siga-me".
A conquista do Eu Superior, da Consciência Espiritual, depende, em
primeiro lugar, do sacrifício do "personalismo". Enquanto o "eu" pessoal.
relativo, exclusivista, materialista, dominar a natureza humana, a Consciên-
cia Superior não pode manifestar-se, nem orientar o homem. O "eu pes-
soal" é expressão das fôrças mentais concretas, por meio das quais a cons-
ciência relativa do homem comum aparenta sua realidade. Enquan to c1
consciência for dominada por essas forças que alimenta ,e exalta com sua
tendência materialista e exclusivista, não haverá possibilidades espirituais e
superiores .
O primeiro passo necessário ao Aspirante é NEGAR êsse "eu pessoal'' .
isto é, libertar a sua consciência dêsse estado mental exclusivista, ilusório
e falso, que criou com a educação mundana, por fôrça das condições e
necessidades exteriores .
Negar êsse EU PESSOAL é ceconhecer que é um Espírito encarnado,
que a sua "personalidadeº ou aparência mundana deve ser apenas um ins-
trumento do trabalho superior, que há de desenvolver conscientemente. Ne-
gar-se a ~i mesmo_ é libertar-se da mascara do "personalismo", do eu mun-
dano, che10 de vaidades e pretensões . Negar-se a si mesmo é abandonar
as falsas ~parências, forjadas por interêsses mesquinhos e materiais. Ne-
gar-se a s1 n:iesmo é. reconhecer que nada de superior se pode esperar de
uma pe!sonahdade_ cnada pelo mundo, que se impõe pelo egoísmo e pela
pretensao, pela va1qade e pela mentira.
Toma: sôbre_ si a s~a cruz é aceitar pacientemente as determinações do
seu própno destmo. E saber suportar, com absoluta confiança as suas

-116 -
, rias lições espirituais, mesm o que elas se.
prop dever, em quaisquer circunstâncias, sem ~:~ dolorosas. Ê _cumprir o
~eu, ]o sôbre os homb ros de outre m . ca procurar fugir dêle ou
Joga-Tomar a sua cruz é dispôr-se a cumprir
· as. ,
E recon hecer que tudo O queseu destin o, sem escândalos
0
em queix
~;CESSÃRIO, porqu e é consequência do nosso pn~s ~conte~e é JUSTO e
no~sos próprios atos . ropno desti no, criado por
finalm ente, para acom panha r a Cris to é precis o seguir os seus
]!los e praticar os seus ensin os . , conse-
* * *
"Pois o que qui.zer salvar a sua vida, perde -la-á; mas que IMll,rder a
sua vida, por minha causa, acha-la-á". O
,....,
Salvar e garan tir a sua ~ida pessoal e mundana é que todo homem
O
se esforça por fazer , e ~om isso perde sua oportunida de espiritual porqu·
0 "eu p~~soal", se~ ~po1~ do Eu. Superior não pode subsis
tir, e se ~ondena
Sem o corpo esp1ntual organizado e completado a consc iência human ea
não tem onde fixar ~se e garantir-se depois da morte. Mesmo durante a
vida terrestre a sua garan tia é muito relativa. -
Sacrificar o "eu pessoal", para permitir a formação e desenvolvim ento
do "corpo espiritual", ê a única forma de garantir a continuidade da cons-
ciência , depois da perda do corpo físico :
Só pode haver VIDA, real e permanente , para aqueles que conqu istam
a CONSCIÊNCIA SUPE RIOR , e o seu preço é o sacrifício do person alismo .
Se examinarmos a vida humana com os olhos da realidade espiri tual, ve-
remos que o homem mundano não faz outra coisa do que defender e garantir
sua vida personalista, mund ana e falsa, mesmo diante da maior da tôdas
as realidades: a Mort e.
Todos os seús esforços, toda a sua luta, seus desejos e aspirações co~-
centram-se nas coisas deste mundo , que o absorvem completa~ ent: · ~~­
das as suas fôrças mentais psíquicas e físicas, desejos e aspuaçoes dtn-
' mem na
grm-se ao exterior e se conso conqm·s t a de sensa
. _ ções ',. de· ºo-ozos
d
sensuais de praze res de satisfações mundanas, de cnaçoes efeme
'
sonhos e fantasias ' . . ,.,
É lógico que a exten onzaç ao de f'Odas as
ras,
suas energ1 s
·a:
t · d ·a t·orrriar-~e
orna impossível a• construção do "corpo espin • ·t l" que po en,
ua ' · , .
com essas mesmas fôrças se fossem conservada s e sabiamen te ctiriaic º
tas
ao ·mtenor· '
. . deixa-se absorver pelo
A maior parte dos homens, a quasi totalidade, si uer tem tempo para
mundo , que lhe consome tôdas as energias, e nem q
tratar de assuntos espirituais . . .
* * *
" . . e perder a sua
Que aproveitará o homem se ganhar O mund 'd·
o intearo
,,,,
a1111 > O
ª· - o ·
u, que dará homem em troca d'a su a v1 elo
·ar
Evangelho · ,. as
Essa_é a mais terrível verdade ap?n tad; ~ do mundo , de todas ·
O
Que adian tará aplicar-se à conqmsta e 0

- 117 -
. de todo O
conhecimento mundan o, se aca ba rá pe
aspirações ter res tI es, ?u .d ? r.
dendo a sua consciénc1a e a sua vr a. . .
ão pretendem sofismar, nem s1mples1nente .impressionar
Os Evange lhos n
uando declaram que a consciência •
que se de,xa
·
a b sodry,er pe Iast I·1usoes
~
ma~'

q •. ersonalismo mundano condena-se rrreme 1ave 1men e. A con s


tena1s e pe 1o P ~ , .. J ~
.....
c1enc1 ·a que se escravisa a forma , perde-se com e a.
. ,. . . .
A vida terrestre é apenas um estado ! e con_sc1enc1a, muito relativo. Sem
. . s estado d·e consciência o hom em nao se na homem. Com a ação do
es
Espírito e do Homem Real, sôbre os corpos f ,s,co . . 1 b rota essa "cons.
e v1ta
ciência terrestre" que chamamos Personalidade, e que poderá perpetuar.se
vencendo- a Mo rte, se conseguir organizar com suas fôrças criadoras 11 ~
novo "corpo psíquico", na qual possa transferir-se e afirmar-s e definitiva.
mente, mesmo depois do aniquilamento do corpo físico. •
Não é preciso esperar a morte para provar-se a rea lidade dêsse mara-
vilhoso corpo espiritual que garante a libertação da consciência humana e
a sua continuidade dépois da morte. Depois de algum tempo de prepa ro
todo Aspirante obterá as mais absolutas provas de que pode realm ente vive r
plenamente consciente fóra do seu corpo físico.
E poderá dizer, como São Paulo: - "O' Morte, onde está a tua v1~
tória?". "O último inimigo a vencer será a morte".

CAPíTULO 17

_ "Seis ·dias depoi~ tomou Jesus consigo a Pedro e aos irmãos Tia O e
Joao, e levou-os consigo a um alto monte. Foi transfigurado diante -d !les·
o seu. rosto resplandeceu como o sol, e as suas vestes tornara · _ b '
como a luz:". m se rancas

A alta Iniciação é aqui claramente indicada D t d d' ,


foram escolhidos Pedro, Tiago e João, que estava~ . e o ~s os isc1pul os
um. grau mais alto de iniciação espiritual. Dirigirapt epara os para receber
penar, um "alto monte". m-se a uma Escol a Su-
Com sua visão espiritual puderam enC Ob .
do Cristo Cósmico, no corpo de Jesus cu· ao servar a figura maravilh osa
e suas. vestes apareciam brancas co ' JOI rosto resplandecia como um so l
realmente todo Luz. mo ª uz · O Seu Corpo Espiritual é
.· A ~omparação de sua face iluminad. ,
CPsto e um Espírito Solar· pertence , ~ ~omâ um_ sol e bem determinada.
Porém, êsse espetáculo' t t a n a e V ida dos Arcanj os .
síml J
. JO O d a Firmeza e da Confi ambém
• em . um sen t'd · •
I o 111tenor. Pedro é o
eia. João é o símbolo do An~~;ª~ Tiago_ re~resenta a Valentia, a Audá,
da~les se afirmam, pode O As ira do Altruismo. Quando essas quali-
quistar a REVELAÇÃO DO ~E tJ1te a~ançar no c~minho superior e con-
do seu Sol Interior. PRüPRIO ESPIRITO, do seu Cristo,

* * *
- 118
"Eis que apareceram Moisés e Elías falando co EI ,,
me .
Moisés representa aqui a Lei, pois foi por seu · t , d.
judeu recebeu a orientação e diretri zes que deve/~ erme ~ que o povo
r;
representa o "espí rito de profeci~", que havia de 1 a~~~ uzi-lo .. Elias
Cristo e apareceu como Joao Batista, que simboli zoi PAmo r O cam,.nho a
0
dos sentimento s humanos. , 0 mais alto
A revelação do Cristo Interno é realmente acompanha da des .
atributos: - o pleno reconhecimento e respeito à Lei e a pl !bes do is
,· d
do esp1nto e pro fec1a,
·
qu~ penetra. nos m1.stenos
. . ,
do fu turo. ena 11 erdad~
~

* * *
"A ninguem conteis esta visão, até que o Filho do homem ressuscite
dentre os mortos".
Mais uma vez recomenda Cristo que não se exponha os mistérios da
inici~ção àqueles. qu~ não tenham despertado a sua consciência superior.
O Filho do h?mem e o segundo aspecto do espírito humano, que começa
agora a germmar, mas na maioria dos home·ns não encontra meios de ex-
pressar-se, por falta de um instrumento de manÜestação, de um "corpo"
ap ropriado . A palavra "Filho" é bem empregada , corno indicando Algo
que deve "nascer" e _desenvolver-se dentro do homem, Algo maior, mais alto.
afinal ,. do que ·º· próprio homem . .
Compreendamos que a ·Consciência que empregamos neste mundo não
é a Consciência Espiritual. Embora sejamos ·sustentados pelo Espírito in-
terior e empreguemos as suas energias em tôdas as nossas atividades, Êle
mesmo não pode expressar- se diretamente, não pode . revelar-se, nem atuar,
porque lhe falta um instrumento pelo qual possa mamfe star-se.
Preparar .êsse instrumento, êsse "corpo espiritual" é o trabalho real de
todo Aspirante.
* * *
"Declaro--vos que Elías já veio, e não o conheceram , antes fi%eram
dele tudo O que quizeram. Então 05 discipulos entenderam que lhes fa lara
de João Batista".
Esta foi uma das mais extraordin árias afi rmaçõ~s de J~sus Cri st~ · Ao
declarar que João Batista era o Elías, que devia vir, conft.rmo~ -~ nsto,·tde
forma insofi smável a Lei da Reencarnaç ão , pois Elías h_avia vttvt O tmm os
, Ios antes e foi um dos mais
secu · ·s pro fé tas do
notave1 °·
· antt bO'o tes arnen • d 1
O principal trabalho de Elías foi prepara~ a mentalidad e do_Pºr~~ ~L~ ;;
1
para . ª vinda do Cris to, e êsse trabalho culmlllj~l~ ºc~11~trst: u~oF1~iías, con;~
na_ ftgura de João Batista, o P rec urso r · Se ª d de reencarnação, por
~firmo~ _Cristo catego ricamente, a sua volta ~~pe;me~ua llleridiana clareza .
mterrned10 de Izabel, como conta O Evan ge 1 _ a reconhecida e ensinada
Por aí se demonstra que a Lei. de Reen~arnaç a~ e\oltar e reencarnar-se, o
entre os primeiros cristãos, po.1 s_, se Ehas y~uae evolução natural de todos
.fez por meio de uma Lei Esp1ntual que reg
os espíritos humanos.

- 119 -
1
1

entretanto, foi em certo sentido necessári


Com o correr do tempo, àr1·amente "esquecida" pelos povos ocidentats'
e fosse tempor f .d . ,
que essa ver da d . exigia que se aplicassem a un o na conquista do
cujo estado evolutivo
mundo material. . d R -
C • tO fc i O ensino da Let e eencarnaçao suspenso e
Por ordem de 1 ns 1 o~sa mentalidade ocidental tornou-se mais e mais
oculto, e com O te~ Pº ª ~ 0 e da influência poderosa desse con hecimento
libertada de toda i:a;es;:i.ceava a liberdade do homem, e não lhe permiti~
nd 1
que, _em ~ra e me ' contece ainda hoj e com os povos orientais, presos
t
indiv1dua~1zar-se, ~omo talista que fazem da Lei da Reencarnação . Esta.
ao conceito ~eg:~v~in~I ªdeste período de restrição do en sino público, e a
mos cheg~n . o Lei da Reencarnação começa novamente a ser exp?sta ao
ve~dade sob, e_ a a pouco se infiltrando nas massas humanas, nao obs-
oc1dentt e vai pouco · · d · a tes
tante a ,manifesta antipatía das classes reltg1osas omm n .
As o-randes Religiões do Oriente, sempre ensinara!11 a _verdade da reen-
- h e O Espiritismo sob influência de ensinos onenta1s, fe z novamente
carnaçao, '
apresentação dêsse princípio espiritual no Oct·d en te, em bora não tenha po·
dido nunca explicá-la satisfatoriamente.

"Senhor, compadece-te do meu filho, porque é epilético e vai mal;


pois muitas vezes cai no fogo, e mui•tas ou t ras na agu a".
A o

Nesta curiosa passagem há muitas coisas que seriam impossíveis de


perceber-se sem as luzes do esoterismo.
A epilepsia é aqui encarada como um caso de obsessão, mas o que mais
interessa observar é que o enfermo "caía ora no fogo, ora na água" . Êsses
termos indicam que a interpretação dêste trecho deve ser mais profunda .
Já vimos antes que a humanidade, ne~ta presente fase da evolução, deve
escolher entre as duas correntes que se esforçam por conquistá-Ia e orientar
exclusivamente a sua marcha evolutiva: a dos Fi1hos do Fogo, e a dos Filhos
da Água. A Corrente do Fogo é constituida pelos elementos positivos, in•
dependentes, que procuram conquistar o mundo pela fô rça de sua audácia.
que desenvolvem a vontade, são ambiciosos e trabalhado res; - a Corrente
da Agua é constituída pelos elementos negativos, sem vontade e sem deter-
minação própria, que preférem submeter-se e obedecer passivamente, que
esperam receber o auxílio divino pela submissão. Os filhos do Fogo são
a~vos co_nstrutores, e conquistam sua espiritualidade pelo esfôrço própri~;
na__o admitem que possam receber algo por favor. Os filhos da Água n~o
creem que se possa alcançar a espiritualidade senão por uma submissao
absoluta, ou por compaixão de Deus.
Essa diferença de opiniões divide a humanidade em duas grandes clas-
ses: a dos "positivos" e a dos "negativos". Ambas adotam métodos dife-
rentes e aspiram conquistar a classe oposta e finalmente uma das duas
deverá prevalecer. '

- 120 -
Os Filhos do Fogo criaram e desenvolveram t''Od
riores de Esoterismo, e adotam métodos positi vos d das as E~col as Supe-
1
ritual. Os Filhos da Agua constituem tôdas as cl as~e €senv o~v m:nto . espi-
rentes religiosas, que procuram domina r e orientar as m~s~aascerhuman otais, as cor~
ovelhas. as, como
Em certo ponto da evolu'tção -
o home m fica indeciso e nao b
, d d 1 ,
. e que me o o 1a de ado ta r e como sa e que cor-.
rente h a e tsegui. r ep'l ' t·
. . e nessa s cond1.çoes
t Ia, ~ ' O ' e ico, t ora cat
numa con en e, 01 a nou nem mesm o os M
·1 , 1o . S,o n s o po e curar essa "epilépsia espfritual".es res po-
·ta- C · t d · ·
dem aux1
. Convé m esclarecer que o Movim ent? Rosac ruciano foi in iciado pelos.
filh os do ~ogo, e deve mante r-se pr,even1do, para impedir a ação pertur ba-
do ra dos Filhos ?ª A&ua , que procurarão, de qualq uer forma , di ficultar os
seus, t_rabalhos e _1mped1 r a sua _marc~a. O maior peri go para as instituições
esotencas de_ hoJ~ e verem-se mvad1das pelos Filhos da Agua, e transfor-
madas em "tgre Jmha s".
* * *
",Por que não pudemos nós expulsa-lo? Re•spondeu-lhes : - Por causa-
da vossa pouca fé".
A vara mágica de t0dos os milagres e de tôda autoridade chama-se FÉ~
É preciso que o Aspirante compreenda"o · que seja essa
Fé, êsse poder extra-
ordinário, capaz de realizar todos os milagres.
É preciso não confundir Fé, com simples crença. Acred
itar simples-
mente em alguma coisa, ou aceitar negativamente um ensino qualquer não
a
é, em absoluto, TER FÉ, e essa crença não pode por si só garantir algum
coisa no sentido espiri tual. A crença negativa não é criadora; só os ele-
mentos positivos podem criar.
Crer simplesmente que Deus existe, ou que Cristo foi crucificado
para salvar os pecadores, não faz ninguém melhor, nem garante nenhuma
salvação.
Ter fé é EMPREGAR POSITIVAMENTE a sua FôRÇA ESPIRITU.AL
para "realizar alguma coisa "; é concentra_r e di~igir as ~róprias _energ 1ast
com absoluta determinação para um determinado ftm escolhido e ~:'-C?
D~S-
f~ e NA~
VIA-LAS MAIS, até que o fim proposto seja ~ti.n~ido. Te~ c1as . Tei
DUVIDAR MAIS sejam quais forem as circunstancias e aparen
fé é SUSTENTAR UMA úNIC A CORRENTEduvid DE PENS AMEN~OS, "?n-
. a que se desvia a d1re-
f1!mada por todos os átos. Cada ve~ que se TA-SE A CORRENTE
çao da vontade, que se pensa negati vamen te, COR
DE FÉ, e anula-se a sua potência -• d E , .,·to
f" Itra potent es o spu
Ter fé é forçar a manifestaçao d~s orçªJ0 ~ 6 c~ncentra toda a Von-
Interior, que entrarão certament~ ~m a~ao q~a~ a ndo-se todos os eleme ntos
tade, toda a Imaginação num umco ftm, ,. eltmm I'

negativos de fraqueza, de dúvida e de medo· ,.d !


fôrças mentais, de to as·
o de tô~as _as nu1n t'mico ponto. Essa
A "fé" começa na concentraçã
•t •
as forças emoc10na1s e vt ais, n
A • • uma t'mica d1reça o, . ..
•'
~.,
1'

- 121 -
é, põe em ação as
,concentração de energias desperta o poder da fé , isto
a _possível. Com.
fôrças superiores do Espírito Humano, e então tudo se torn
10nal e .limitada,
_preenda-se que o simples "des ejo" , _o u uma vontade ocas
pode r reahzador.
não consegue despertar o poder da Fe, nem tem nenhum
pre de um
Vê-se, portanto , que a Fé não se improvis a; depende se!11
persistente.
preparo, de uma educação especial , de um esfôrç o lon go e
* * *
homens; ti rar-
"O Filho do homem ha de ser entr egue às mãos dos
lhe-ão a vida, e ele ao terceiro dia ressuscitará".
cende ntes
Muito mais alto que o sentido histórico estão os · fáto s trans
do Esp írito Hu-
que estas afirmações indicam. Referem- se às condições
o Cri sto Interno,
man o neste Período Evolutivo. Em realidade, há muito que
ho mens", como
o Espírito do Homem, se encontra "entregue às mãos dos
terre na, cont ra
prisioneiro dentro da alma humana, sujeito à consciência
a qual não pode reag ir. Para que o homem poss
a surgi r, en trega-se o
vez en.carnado,
Espírito Humano ao mais assombroso dos sacrifícios. Uma
ral, que sus-
torna-se um escravo da consciência terrena, do homem natuas consequê n-
s
ten ta e suporta durante toda a vida terrena, sofrendo tôda em , sem podeí
cias dos erros e da ignorância da pers onalidade livre do hom
impedí-lo.
; todos os
Não foi só o Cristo Cósmico entregue às mãos dos homens
reali dade, o ho-
Espíritos Humanos estão _em idêntica situação, porque, em o reconhecer a
mem faz do seu Espírito o que quer, sem poder nem mesm
sua existência, em si mesmo.
e pervertida)
Com sua man~i~a de viver materialista, egoísta, ignorante
rito, reduzind o-o
,o homem tem sacnf1cado ba~ba:amente o seu próprio Espí
não pode nunca
a um estado de mo:te e ~n!qmlamento. O Eu Superiorhuman a dom inada
,expressar-se na ternvel prtsao em que se torna a alma
pelo PeíSonalismo egoísta e degenerado.
fi m . Che-
Êsse período de escravidão e de morte está chegando ao
liber tado pelo
ga~o~ agora ao temp? em que o Espírito Humano deve ser Sacrifício e da
propno homem• A?s!m con:io para Cristo, houve depois do Human o uma
Morte U~1<: Ressu~r.e1çao, assim também haverá para o Éspíritoizaçã o o Nas-
R_essurretç~o _Espiritual. O Rena scimento Espiritual a Real
- re erem-se a êsse mesm' o processo. '
,c,mento M1sttco , a Inici·a çao, f

* * *
· vai· ao mar, lança o anzo l, e o
"M as para que não os .es can da I"1ze1s,
1>rimeiro eix . um stater.
•y P e que subar, tara-o; abri ndo- lhe a boca , acha rás
oma-o e entr ega- lhes por mim e por ti" .
. O respeito e obediência à b · . çoes-
~~ste mundo nao devem ser esquc-
-

s .º n_?;a
A

cidos pelo Aspira t A ra


possam parecer : 1; • s obngaçoes soc1a1s devem ser atendidas, embo
en ° perante as leis superiores. mesm o não

o
A

Crist

- 122 -
Se negou a pagar os impos tos~ ex igidos pel as le,·s 1.-,1u ma nas e e b
tivesse na d a d e seu, Iançou mao de um exped iente · Conseg , '. m ora não
, · po1· me1· e) de um peixe, · u1u o ct·1n h e1· ro
necessano pescad o por Sim~ao .
o Aspirante, não . deve nunca preocu pa r-se se por se,. pobre· , lhe pa rece

difícil aten d er as ex1gen c1as soc1a1


A
s do me io em qu
• •
.· ,

, .· • • , ~
•- es necess a 1tas, 111e vira as mao s tud o e vive mesmo porque~
nas ocas1o O que ' .
talvês estran ha . necess ita r, de fo rma
Por outro lado, o Aspira nte tem o direito de re tirar da b d " .
ue apa nha, no ma r de desejo s e ilusões qu e do min am es . . otca os peixes "
q · necess
·ita . E s t a mos passa ndo a época de p ·sc·e mundo '. o cl i-
nheiro que I . 1 1s, os peixes e
, símb~ lo
f oi nesta epoca qu ~ ods 1omen s se escrav 1sara m ao dinh ei ro, como
de um poder meta 11za o .

CAP í1'U L O 1 8

"Em verdade vos digo que se não vos conve rterdes e não vos fizerdes
como meninos, de modo algum entrareis no reino dos céos".
N~o haverá n~nhu ma possib ilidad e d e avanço espiritual, enqua nto não
se reahza r no aspira nte uma conve rsão, urna mudança, uma transfo
rmaçã o
de consci ência. Conve rter-se é aqui empre gado no sentid o de deixar de ser
o que se é, para ser algo diferente. No processo natura l o indivíduo cami-
nha de " rúenino" para homem fei to ; no pr0ces so espiritual há transfo rmação
semelhante, mas e•m sentido contrário : É preciso renunciar, aband onar, dei-
xar de empre gar, aquilo que se obteve no processo natural de crescimento.
É preciso conve ncer-s e de que só pode haver üma, Consc iência· Superi
or quand o
se renuncia ao Perso nalism o Mund ano, quand o se deixa de ser um "fi lho
do mundo" para tornar -se um Filho de Deus .
Converter-se é compr eende r a realidade de um desti no e_spi ri_tual, reco-
nhecer a sua própr ia respon sabilid ade perant e o seu Deus m~eno r, o seu
~róprio Espíri to; é compr eende r que está, e se~1 pr~ .este_ve nas lv\aos ?e .Deu,: :
€ perceber que o seu Perso nalism o não tem s1.gmf1 caçao
algu ma, diante da:s
razões supe_riores da éxistê ncia.
Então pode o Aspira nte tornar-se como menin o, pode aband onar 0as pre-
tensõe s vaidos as, as opiniõ es precon cebida s, o orgulh o in te_lectL~ al ~ . '~
111 0
(

Própri o, que constituem os mais terríve is obstác ulos à Realtzas açao . -~ptn ua·
, 1· nd ano e opm10es pre-s
E preciso co nsid erar que o intelec tu a ismo mu G ~ hábito
<:onceb.d • • • d eri ências terrest res nos
1 as, foqad a s no maten alt smo as exp . _ fa ntas ias de um
e tradiçõ es de tôdas as épocas, basea da s em tlus~es e en,~enhum a o·ara ntia
ego_ís_íno prepot ente e intere sseiro , não podem
O erecer º
~sp1ntual • d
, . . , t ntas ias intelec tuais, quan .º
So quand o a consci ênci a se liberta das ª 1
. as espiri tuais, por meio
recon~-ece sua incapa cidade de resolv er os prob em suas idéias e opiniõ es
~lo fno raci ocínio materiali sta, quan do _perce~e fqu ~ e acanhados, limitados
st
intelectuais não passam de pontos de vi .ª _re adiv~~e itar de bôa fé os prin-
€ sempre duvido sos então estará em condiçoes e
'
- 123 -
poderia alcança r
. . s d e uma reali'dade espiritual ' que o intelecto não . •~
c1p1o P:econcebidas:
Quanto mais sobrecarregado se acha o _intelecto de opma1oes Reahdade Espir•, ·
·ct.. , pr,·as pretenciosas ' men os. e capa.z, de1 ver b t · ] A
de I eias orgu pro intele ctual semp re foi um tern ve o s ,ª e~ o·. __sabed oria
tual lho
O
·t· · .. d'zi·a . _ "O Homem que reconh ece sua prop na 1gnorancia deu
a1 1 1ga Jª
1 • • t " . . ,
rime iro pass o para o Conhec1111en o . . l _h ~- de o Aspi.
0
p Ao iniciar a sua marcha para o Ente nd11n ento Esp1 ntua
convencid o de que deve desapega r-se de suas .op1111 o oes e idéias
estar . , . d
r a net . eve apr_en ..
preconcebidas, bas_eadas em Arac1oc11110~ mun anos pessoa1;' e, ~em fantasi as
der, como uma cnan ça , a ver a Re~ltdade, tal como .ela
hvre, para que
sem coloridos estranhos . Deve abrir sua mente e de1xá-2a Numa ment e
a verdade espiritual possa nela revelar-se sem deformaçoes.
livre e aberta a verdade surge claramente . r que seja
Por fi m, é preciso que o Aspirante compreenda que por. maio
as coisas além
sua capacidade mental, ela é sempre limitada, e que há mmt
nhece r que êle,
do seu poder de raciocínio atua l. Deve humildemente reco
evolução. Só
e a humanidade toda, estão num grau ainda rudi men tar de
sta e mundana .
dispomos de uma base de experiências demasiado mate riali a maior parte
e
Nossa mente é ainda fraca, rudimentar e deso rgan izad a,
que, em verdade,
dos homens não sape ainda raciocinar. Deve reconhecer que não se co~
não conhece nada sôbre a sua própria realidade espiritual,
facu ldades espi-
nhece a si mesmo, nem ao seu próprio Espírito. Com suas
ecimento interno
rituais latentes e adormecidas não pode penetrar no conh
são sempre exte-
e real das coisas, e portanto suas opiniões e conhecimentos
riores e superficiais. ·
Diante ~a R_eal!,da~e Espiritual,_ não pass a de uma crian ça igno rante,
os seus pass os
e como um menmo , simples, atencioso e docil, deve iniciar
no caminho do Entendimento Espiritual.
lhe abrirá
Então poderá ser iluminado pelo seu próprio Espírito ' que
as portas do templo da Verdade e da Vida.
* * *
será O maior
"Quem, pois, se tornar humilde como este menino, esse
no reino dos céos".
nad a sabe
O ~ais difícil problema do homem mundano é reconhecer que ecim entos
da Reahdad:, que a sua sabedoria mundana , todos os seus conh
"realidad e" e _nao- po d erao - d ar-lh e nenhuma
stresa, nao tem nenh
terreran
segu . uma .
çlh · O conh~cimento exterior ,das coisas mundanas ench e o hom em
de orgu o e de vaidade• · 1ga-se sa b'to, porque apre ndeu alguma coisa .
Todo conhecime t d' JU
s e profissio-
nais, ou são si;p7 esm u:tfn o ~rende-se a - interesses _materiai
e o homem se
orgulha a tal onto d~ s vos e os_tentaç_ao e de vaidade,julga saber tudo,
com o direito ~ o . uas c?nqu1sta~ intelectuais que
ntos, até mesm_o
sôbre questões :spi~•t~~~s e dde Julg~r s~bre todos os assu
nenhum conhec1-
mento. O orgulho e a ~aidas qu_ais nao tem realmente
fessar que não sabe nada --~d_e mtelectu~l não . ~ermitem ao homem con·
so 1 e a questao esp1ntual, e então surgem as

-12 4 -
os palpites-. , a s f anta s,as
.
oP
iniões gratuitas,
. d~ . smas,
os sofi .. . t _
ria que p1 eten em 1111po1 -se co mo co isas ~ . e pre ensoes à sab e-
da , ... . "b , , se n as. Pa ct· f
luta ianorancta so re os assuntos espirit ua is c·t 1
ra 1s arçar a ab so-
opiniõ~s "abalizadas" de abali zados mes tre; a-se autores, fr ases fe itas
. - · · ' que se encont ravam, talvés, ''
nas mesmas cond 1ç~es.
Tornar-se humild e e , reconhecer a próp ria 1·g noranc1a " . é e
espiritualmente, porque so en tão a Consciência Sup . ngrandecer-se
e mostrar a Realida de. · eri or pode fazer -se ouvir
* * *
"Ai do mundo por causa dos tropeços' Porque , .
• ·d h · e necessa rao que
reçam tropeços, mas, a1 o omem por quem vem O trope ,, apa 9

ço .
Para o homem comum , tudo são. tropeços e escandal os. sua falta de
· · ·t ] egoísta e infraternal .
en tend11nen to esptn ua , seu personaltsmo
. , sua mcapa-
. ct d " I
c~cla e e ver os va ores reais, sua falta de respeito por si mesmo e, mais
;unda, pelos _seus semelhantes, tudo faz com que cada in divíduo se· a um
tropeço e motivo de escandalo para todos os demais. J
Especi~lmente ao iniciar ? caminho da sua espiri tuali zação consciente
deve o Aspirante estar prevenido de que surgirão tropeços e dificul dades.
Não podemos avançar sem provas, e os nossos semelhantes servirão de ins-
trumentos de provação do nosso destino.
Não devemos nos queixar dos tropeços que surgirem, porque é possível
que também estejamos servindo de tropeço a outrem, sem mesmo compre-
ender como. Os déstinos humanos estão tão entrelaçados que estamos cons-
tantemente nos afetando, muito mais do que imaginamos.
Em realidade, porém, os nossos tropeços não estão nos outros, não
estão fóra de nós mas sim dentro de nós mesmos . São as nossas cond i-
'
ções internas e anímicas, as nossas condições mentais, que prepa ram e le-
vantam os nossos tropeços. Chocamo-nos contra ~od?s e contra tud_o, por-
que vivemos num estado permanente de amor propno, de preve~ç_oes~ de
dúvidas, de mêdo e de defesa. Tememos, acima de tudo,, a . cnttca _dos
nossos semelhantes, que despertam sempre em nós as mais ternve ts emoçoes ·
O que importa porém é que deixemos de ser um tropeço ?º 5 outros,
' ' - sarn .atetar neo-a-
ºcte
que deixemos toda crítica e tôdas as insinuaçoes que pos
. t 1·ct de fraca e incapazes
hvamente os outros especialmente os de men a 1 ª
dominar-se. ' lo podem servir de
A nossa palavra, as nossas atitudes o nosso exemp ·'
g~~ndes tropeços aos outros,· e nesse c~so assumimos uma
dura responsa-
bihdade espiritual .
* * *
,, . . m ovelhas, e uma dela.s se
Que vos parece? Se um homem t,~er e~ montes procurar a que
extravi-ar, não deixa as nove,nta e nove e nao va• aos
se extraviou?" .
·sto lembrar urna das mais
. . eom essa expressiva . para'boIa qu iz Jesus e,rt reconhecida pelos hornen s ·
senas qijestões espirituais que, em geral, nunca e

- 125 -
. erram os que caem em desgraça e condenação , os
. decaen
Os· que . se extraviam 't'e ca , e a persegu1ça . - o, os que mais
O
desprezo
q~e ~a1s sofr=~~aJ~~~\; 0 's que atraem a compaixão e_ am orosa simpatia cl~
sao esses esdp _ d Espírito de Cristo, porqu e Êle veio para salvar os q, te
nosso Salva 0 1, o
estão perdidos . . .
está sempre pronto a cond enar . e persegun sem compai xão
O mun do caem mas .
o Amor d e C risto es t a, sempre JUn . t o d aque les que
aque 1es qu e , _ . . • · · t ct· . .
recisam de compaixao e de 1u~t1ça . E por isso que as mais ex raor marias
p •testações do Amor de Cristo semp re se expressar . am nas al mas mais
mam . f . . . d d
infelizes e desgraçadas, nas que mais so reram as m1 ut1ças o mun o.
Compreenda-se que o auxílio de Cristo não se dirige às cond ições ma-
teria is nem pode alterar o destino traçado pelo ho mem, ma s penetra-lhe a
alma ~ ilumina-lhe a consciência de forma extraordin ária. Costuma-se dizer
que o melhor dos mestres é o sofrimento. Só se começa a vêr a realidade
quando se passou por uma grande provação e um grand~ sofri men_to. Antes
de sofrer só vemos as nossas ilusões e as nossas fantasias, nao vemos,
e não podemos vêr a Realidade das coisas, também porque não quere-
mos vê-la.
Só vemos alguma realidade e avançamos para a Grande Realid ade
quando passamos por provas, quando somos sácudidos pelo sofri mento . A
dôr aumenta a consciência e permite vêr a realidade que an tes não quería-
mos , de forma alguma, enxergar.
A vida calma, comodista e mecanizada, que todos procuramo s, amor~
tece-nos a consciência e nos conserva estacionários; então caímos nos des-
vaneios dos sonhos e da fantasia. Mas os sonhos e fantasias não são mais
do que o abandono da consciência e a inércia dos poderes positivos d a alma
humana.
Temos m&fo das pro_vas e do sofrimento; temos mêdo de ser acorda dos
do nosso soflho de fantasias, qu~ queremos. conservar a todo custo.
Bem diz o Evangelho:
"Acorda, tu, que dórmes; levanta-te dentre os mo rtos, e Cris to te
alumiará".

* * *
"Tudo o que ligarei sob
cle1ligares sobre a terra ser·a~ de',e,. a dt~rra séerá ligado no céo, e tudo o que
' · · 19a · o no e o".
, Aqui aponta Cristo a inv . , I .
~to terrestre sôbre as condiçõesª~tave lei que. ~stabelece os efeitos de cada
e um emprego de fôrças es irit tn!er~as e esp1ntuais do homm . Cada ÁTO
se c_oncretizam e se define~ uais, e uma expressão de fôrças internas que
destm~. ~om cada áto est;b~!~!a ndo a fazer parte do registro do nosso
!es. pro1etarao no nosso futuro· estambols no corpo etérico novos impulsos que
nossas condiçõe . . , e ecemos nov f ,.,
ritual pod t s psiqmcas e mentais N h os ~tores que modificara?
. e ornar-se efetivamente . en uma força psíquica ou esp1-
· n te
operante , Ou tornar-se positivame

- 126 -
. .
atuante, enquanfo . não é "ma_terializada" por um ÁTQ. 0 homem e o pro-
duto dos seus atos, nem ma,s, nem menos .
Considerados espiritualmente, os nossos átos pode d . .
sôbre as o
nm pro . U~tr
nossas condições interna s _ podem ligar - s mat s intensament dois efei--
to S
. - t d . . r-nos delas e f
d esl,ga . e
• 5 condiçoes terres res, ou po em
fação e expansão da nossa consci ência superior . avorecer a ltber-
Todo áto egoísta, injus to, infrat·ernal ' perverso' maldoso e desv1.rtuado,
• · 'd · ele escravi dão do _ •
raa
1 O ind1v1 uo a um novo compro1111 sso 1 O
s de tê-lo resga tado integ ral~ ente quaC nal P d?dera
11-ºbertar-se ·senão depoi· d · • .víd uo. Cada · a' t ac
d a 1vlda,
aumenta os comp rom1s sos, e pren e mats o md1 o essa espe-
cíe limita J t ·
rerrm ge . af c?n~c1e~c1a , .ª?
• A •

mes1:1 0 tempo que provo


prrigosas as orças 111 e_nfot es _ as v1tt"'ma s d~sse~ átos. Se com os nosso
ca reações
s
.M~s por~ocarmos_ a manis eta~ao de fo~ça s "mf_e n ores naqueles osa. que nos ro-
deiam, nao podei emos escapai da sua mfluencia, semp re perig
Por outro 1.ado, todo áto altruísta, justo, fraternal , e caridoso estabelece
condições supen ores na alma humana, ·desliga e liberta a consciência per-
mitindo que e)a se expa nda e alcance uma m,ais alta expressão. '
Quanto mais expre ssam os egoísmo em nossos átos, mais Jigam os a nossa
to
alma às condições terre~tres e mais restringimos a consciência. Quan
mais expressamos Altruísmo e Amor nos nossos átos mais desligamos nossa
-
alma das condições terrestres, e mais Jibertamos a consciência , que se expan
dirá proporcionalmente. ·
Se andamos em busca da Libertação Espiritual, comecemos por obser -
A
var atentamente os nossos ÃTOS, porque DÊLES DEPE NDE A NOSS
ESCRAVIDÃO OU A NOSSA LIBERTAÇÃO.
* * *
"Ainda vos digo mais, que se dois . de vós sobre a terra conco rdarem
em pedir alguma coisa , ser-lhe-á feita por meu Pai, que está nos céos.
eu,
Pois, onde dois ou três estão congregados em meu nome, aí estou
no meio deles".
Neste trecho indica Cristo· o extraordinário poder das energias espi-
ias
:itu_ai_s humanas, conju gadas para qualquer _fim. Aquil o que as _energ
individuais não teriam possibilidade de realizar pode ser conse gmdo pela
em
conjugação de energias de dois ou mais indivíduos, desde que entre ~
r~
concordncia e harm onios a deter mina ção. Forma-se então nos p_Ianos inte
.
nos uma Corrente Coletiva uma EGREGORA, .que, em deterrn mada s. con,-,
~
dicões, pode torna r-se ext;e mam ente poder osa. Nas "correntes cole!~vas
eS tá O segredo de tôdas as grand es realizações
. Essas co rr~nte s. de torç~~
Ps· · s conjugadas são tanto mais po d erosas quanto ma10r fo r o nu-
. iquica
mero de pessôas empe nhad as nos mesmos propósitos e absolutamente con-
cordantes.
· · f · ·1 de estabelecer-se.
· Essa· harmonização de fôrças, porém, não est act nd
Uma das coisas mais difíceis de se conseguir ne e mu º é que dois
ou

- 127 -
. . , çam entre si uma completa concordância e harin on1,.
três rnd1v1cluos esta 1)e 1e , .
zem suficientemente as suas fôrças ps1qu1cas,-
. t do d e seJ)arati smo e de ego1smo dos homens neste estad
E tal o es a . , ·1 t .
d . que es teJam .
dtspost o
_ ; xtremamente d1f1c1 encon rar-se 01s . . , os
de evoluçao, qu e e e . - d
·d . 11a conJugaçao completa . e suas energias para um fim ttni·c
a conco1 a, • b f· · p , o
e determinado, mesmo que se1a para seu ~ne 1pc1 o comum . _ orem, 0 que
. t bservar é que uma Corrente Coletiva 0 0 E ou NAO, contar corii
impor a o F"" d C . t C
0
APOI O e AUXíLIO direto _das orç~s . . e ,~1s o . on tara e~~ .º Seu
Apoio e Auxílio se fôr _ organ1zad. .a e d1ng1da EM SE U NO·ME , isto é,
se a sua fin alidade estttrer de acordo com o Seu Pl ano e o Seu T rabal h,1
de libertação e de sal vação .
Natural mente, as Correntes Coletivas que contam com o Apoio e a Pro.
tec ão das Fôrças de Cristo constituem os SEUS INSTRUME NTO S de ação
re~·ene radora e libertadora. Em todos os tempos têm-se constituído cor.
re~tes superiores, e POR MEIO DELAS tem Cristo realizado o Seu Tra.
balho no mundo. Dessas Correntes depende o avanço do Seu Pl ano, que
estaria muito mais avançado e desenvolvido se essas correntes fosse m em
maior número e mais poderosas. Não há nada mais importante para o
mundo do que a formação de novas e mais poderosas corren tes col etivas.
EJ\1 NOME DE CRISTO. O seu Plano de libertação só poderá realizar- se
com a livre e €xpontânea colaboração de homens de bôa von tade, dispostos
a oferecer as suas energias harmoniosamente conjugadas, altruísticamente.
para o Bem Coletivo.
A nossa Fraternidade foi organizada com essa única e excl usiva fina-
lidade superior. Constituímos uma congregação de indivíduos que devem
dispor-se a oferecer as suas energias espirituais, a sua vontade educada,
~ua imaginação criadora, para a formação de uma CORRENTE COLET IVA
que sirva de instrumento de expressão das Fôrças de Cristo em todo O am-
biente social, dentro e fóra da Fraternidade.
Não sµstentamos idéias pessoais e particulares. Não te mos pretensões
nem intere~ses mundanos. Não esperamos fama, nem poder, nem gran-
de_zas. Nao esper~n_ios nem mesmo o reconhecimento de que m quer que
se1a . Esperamos unicamente merecer a aprovação de Cristo, isso nos basta .
Cada um ~os nossos Irmãos da Fraternidade é um élo da nossa Cor-
~en~ti; eC~~;R~;~~u;_~, pode ser um élo forte , ou fraco , de acôrdo com
p 1 . , a sua BôA VONTA'DE e a sua DEDI CAÇÃO.
ciente e º- qu,e foi e~~osto, compreende-se que, para uma coo peracão efi-
' nao e necessana grande capa ci'd a d e tn · t I · ' 1
a capacidade de SENTIR e ectual, mas é indispensave
E NOBREMENTE OS INTe Ede AMAR, 0 desejo sincero de SERVIR FIEL
. RE:SSES COLETIVOS
E com o Coração que 8 t , ·
e a mais segura colab _ e pres ª ª Corrente da Fraternidade a melhor
estaria comprometido eorpaç~o,d_e sem ela todo serviço intelectual ou social
1cado
Sem Amor por todos reJu e o t d 0 . .,
se conseguirá estabelece P ~. u 5' que interessa à Fraternidade, na;
COLETIVA, nem se poJe ~ma igaçao positiva com a nossa CORRENT
ra esperar dela nenhum apoio efetivo.

-128 -
"Senhor; quantas vêzes pecará meu irmão contra mim, que hei de
perdoar? Será até sete vêzes? Respondeu -lhe Jesus : _ Não te digo que
até sete vêzes, mas até sententa vêses sete".
É cla ro que com esta resposta quer dizer Cristo qu e devemos pe r doar
. f,. f N~
sempre, se1a º. 9ue or que nos aç~m. . ao há nada mai s perigoso para
a evolução esp1ntual do que. o resenttmento, o ód io e o desej o de vingan a .
Quan do a alma humana vibra .ness~s estados emociona is, começa a \r-
verter e degenerar as s~as próp n.as forças e, se pe rsiste nisso, caminha i~va-
riàvelmente pa ra a rum a psíquica e mental . Nesses estad os emocionais
a consciência des..ce aos P!anos mais baixos do mu ndo de desejos, ond e é
envolvida pelas forças des mtegrantes de repul são, e as consequ ên cias se rão
desastrosas .
Nessas condições já não se pode raciocinar com lógica e bo m senso
a consciênc ia desi ntegrad a já não pode controlar- se e dominar a situacão'
e o indiví duo é arrastado a excessos e violências de tôda ord em . Tõda~
as loucuras humanas são consequências do desencadea mento dessas fô rças
inferiores descontroladas. Guarda~ ressentimentos, od iar e desejar vingança
é despertar essas fôrças demoníacas da natureza inferio r, é abandonar a
consciência e a razão às fôrças da fatalidade.
"
Perdoar é, pois, a única forma de garantir-se e manter-se em segurança.
Os que não aprendem a perdoar arriscam-se a consequências fa tais e im-
previsíveis.
O desenvolvimento espiritual e a expansão da consciência tornam-se
impossíveis quando o indivíduo se abandona às fôrças inferiores de repulsão .
Dominada por essas fôrças r,epulsivas e desintegrantes a consciência cami-
nha ràpidamente para o aniquilamento.
Assim como o Amor, a Amizade, a Simpatia e o Perd ão libe rta m a
consciência e lhe permitem expandir-se e iluminar-se; o resentimen to, o ódio
e a vingança a aprisionam , a restringem, desintegram-na e a arruinam se-
guramente.
i' PERDOAR É UM BEM QUE SE FAZ A SI MESMO ; é por isso que
Cristo aconselha que se perdõe sempre.

* * *
Na pará bola seg uinte, do servo a quem fo i per~oada a dívida, e que
de~ois nã.o qu eria perdoar a outro servo que lhe_ devia alg~, ~presenta-n~s
Cnsto um grande ensino espiritual e uma ternvel advertenc1a. Se nao
queremos perdoar aos que nos devem, também não po~eremos ser perdoados
das nossas dívidas espirituais . Quem não perdôa, nao pode ser perdoado,
essa é a Lei Espiritual.
"Assim também meu Pai Celestial vos far á, se cada um de vós_, e.lo
intimo do coração não perdoar a seu irm ão". , -:
• 1.
1•
/1
-129 - l
CAP íTUL O 19

"t licito I um homem repudiar 1ua mulher por qualquer causa?"

•- sexual estabele ce entre o homem e a mulher. um ,,


poderoso 1aç
A uma0 . . d 1 . " 6 . Os uesti 0
. . ue como diz Cnsto, fazb os e 01st· uma s carne nos
ps1qmco q , d b
de ambos se entrelaçam, . para o ,:111 ev_o 1u ivo _ e ª!11 os, s~ soube rem res.
•ta essa ligação psíquica . Se esse vmcu)o nao for .respeita do, se houver
pe1 . r . . d d. 'd
• terferência de outros laços sensuais, pro uz-se nos rn 1v1 uos profunda
m · · t ' t . N s
perturba ções psíquicas,. emo510n~rs! e a e men ais . . a ma10na ~os casos
a evolução espiritual fica tao seriamente comprometida que, pràt,camente 1

já não se pode avançar, e começa-se a retrogra dar.


A ligação psíquica estabelecida pelas relações sexuais é muito mais
poderosa do que se imagina, e se essa ligação não se apoia num sentimento
de amor real, de simpatía e de amizade, causará fatalmente profundas desor-
dens psíquicas, às vêses de consequê_ncias desastro sas. Na relação sexual
há uma troca considerável de energias entre o homem e a mulher, e se não
existe .entre ambos um sentimento superior de amizade e compree nsão, as
energias trocadas constituirão elementos perigosos de perturbação psíquica
e de degeneração para ambos.
O casamento é o mais sério dos compromissos humanos e o de maiores
consequências espirituais, e no atual estado da evolução o casamento deveria
ser indissoluvel. :Êsse seria o ideal, de grande vantagem, sem dúvida, para
a evolução normal do homem e da mulher.
Só a infidelidade pode justificar o divórcio, declara Cristo. A mulher
infiel transmite ao companheiro de matrimônio as suas perturbações psíqui-
cas, e nisso se baseia o seu direito de repudiá-Ia.
* * *
"Se tal é. a condição do homem para com a sua mulher1 não convem
casar. Mas ele respondeu: - Nem todos podem aceitar este conceito, mas
tomente aqueles a que·m é dado".
O desenvolvimento espiritual depende essencialmente da orientacào su-
perior d.as energias criadora.s. . Uma parte das fôrças geradoras ~onstrói
e aperfeiçoa o cerebro, o mais importante dos nossos instrumentos de mani-
festação. O. d~sperdício contí~uo e desregrado dessas energias abate de
tal for~a a v1taJ1dade e a capacidade cerebral que torna o indivídu o incapaz
devolui~ e desenvolver as suas capacidades superiores. O esgotamento
produzido pelos ex~essos sexuais causa a mais terrível depressã o orgân ica
e reduz tod~ capacidade de resistência. O organismo se enfraqu ece e fica
exposto a todas as desordens e infecções. A capacidade cerebral se reduz
de tal forma que o indivíduo vê-se incapacitado de dirigir seus pensamentos
ou de do mma- ·
· , Jos• o sistema nervoso se altera se perturba e perde o sell
poder de coordenação. '

- 130 -
,
Sob o ponto. de- vista superior , a função sexua 1 so tem uma t·inalictacte
é uma f'
legítima, a procnaçao, e o casamento não a co .~cença legal ou social para
todos os excessos e perversões. Se há um
mot;v~ d~e ~eva se_r .evitada a
todo custo é fazer-se da função sexual um
casam ent o t
a~er v1c10s0 e de
perversão. No atu~J estado de evolução, 0 a procria ão 0 , mpreg? natural
e respeitoso d~ funçao sexual, tendo por fim al social e çh ' e cam
O
mh o nor.
mal e conven iente. É um dev er esp iritu uma no · O respe1·to
. 'd ent o é '
uma das qu t~
ao compromisso assumi o no cas am
o homem e a mulher li gam - se pel o áto sexu al e ~ssa ~~ oe~aofun da~ enta is .
' igaç persiste toda
a vida , e ainda depois da mo rte .
* * *

"Pois ha eun uco s hque nasceram assim• ha outros' a que· m- os homent


.
· ,• e ou t ro! • am eun
f ,zer ' ucos, por causa do rein do

f,aeram tais ª. que se 0 9
~éos. Quem pode aceitar isto, ace ite- o".
ho das traduções do Evan-
A palavra "eunu~o" empregada neste trec do trecho, não foram ajus -
ação
gelho de Matheus, assim como a própria red o falsa e abs urda . Nenhum
tadas ao caso, provocando uma interpretaçã trecho. Eunuco que r dizer
êsse
outro Evangelho menciona essa palavra e
essa palavra tivesse no passado
"castrado", ou impotente, -e é possível que De qualquer maneira , nes te sen-
um sentido mais amplo, que hoje não tem. pregada, porque não se poderia
tido não poderia jam ais ess a palavra ser em s devesse o homem castrar-se
admitir que par a alc anç ar o reino dos céo é um bárbaro êrro de traduçã o.
o"
ou tornar-se impotente. A palavra "eunuc
que o Eva nge lho que r dec lara r, com abs oluta razão, é que para al-
O
çar o rein o dos céo s o hom em dev e torn ar-se CASTO. Confun dira m a
can
tidade, a retenção das fôrç as ge-
palavra "casto", com "ca stra do" . A Cas
um dos grandes segred os da evo -
radoras, para fins sup erio res e espirituais é ação do "corpo esp iritual " de-
lução e da regeneração individua]. A form itamento das fôrças criadoras .
ove
pende, em grande parte, do inteligente apr tidade é indispensável ao Aspi-
Sàbiamente compreendida e praticada, a Cas da realiz,ação. . Por ém, com -
o
rante, se quer realmente avança_r no caminh t:mente ~ castidade abs oluta,
olu
preenda-se bem, que não nos referim~s abs nao poderia adota r sem gr~ves
que a grande maioria, mesmo dos Asptrantes, irante deve guardar-_se cm_da-
Asp
prejuízos. Insistimos em ded ara r que o completa, enquan to nao estiver
dosamente de ir ao extremo da castidade
preparado para isso .
* * *
"D eixai os meninos e não os impeçais · de v,·rem a mim,· porque dos
tais é o reino dos céos".
os muito imp ~rta~,t~ s · . Ref~re-se
Êste trecho tem dois sentidos, · amb a edu cac ao tnfa n t1l pai a os
· · mente à conveni ência de ori entar-se . . :. . are a as
pr~me1ra ~:fJ;;l~s ~L~e C~isti~nismo
pr_mcípios básicos do Cristianis_m o •, . Por extra~~ 1
as
crianças compreendem muito mais fact1mente
-1 31 -
ltos J.á afa stad os da simplicidade e bôa fé da criança, e cheio
do que os a d u , s
de prejuízos mundan os . d
_ , d • ·n portante para o mundo do que e ucar-se a crian",a
Nao ha na amai s 1 1
. , .
nos prmc1p1os c11s t-os
.· conse rvand o-se ne1as a b"'oa f'e, a stmp . . 1·.
1c1dacle \
.a , d'
t . l'd de a sin ceridade e o despren ,men o. .
1
t A d
e ucaçao
-
mo
d
erna
, a
não
1~ª
u, ~ ,? d ' ,., ,, cnq ue a ori entaç ão das crtanças se afa sta cada v'
e mais e uc açao ' 11 t . 1• .... . er""
.. d C . •.
mais e ns,o. N() meio dos adultos descrentes ,
d . t
ma ena 1sta,), in capaz
no C11··st,·a 111·smo mais· do. que,. uma A ~ )

, ca pa e tnç· cress es mesqu1nh n1, a,



L ,.
de ver ,
.
crianças be 111 cedo ·
perdem a sua bo a fc, él sua con i1anca, o se u sen timent
, 0
de fraternidad e humana.
o segundo sentido dêsse trecho, e o mAai s ,im po rtan te ,_ cliz re~pe it() él r)
estado me~1ta l dos indivíduos simples e de l~oa-k, cJo:" hun;11:J es e rn gênu 0 s,
que. como crianças grandes, estã? em realtd acl~ _rn ~1 ~ pr~x1 mas de Cri_~t0,
mas poderão ser afastadas e desviadas por sugestoes e en sin os espec ulativrr,;
e interesseiros.
Hoje em dia um grande número de escolas e de ensin os, de livro s e
de "mestres" não fazem outra coisa do que sugestiona r e desviar um núme ro
imenso de almas simples e ingênuas da Realidade Cristã, para expl orá-las,
deixando-as depois desorientadas e confusas, num círcul o de idéias incom-
preendidas e falseadas, que acabam por levá-las à mais· absolu ta confusão,
às mais terríveis desilusões e à descrença total. Os que expl ora m a ir ~e-
nuidade dessas almas simples e procuram desviá-las dos en sin os do C~is-
tianismo~ assumem terrível responsabilidade, que não deixará de produzi r as
mais graves consequências.
'
* * *
"Um ~a que é bom; mas, se queres entrar na Vida, guarda os man-
damentos".
Quando Cristo mencionou que só há um que é Bom , referia-se a Deus-
Pai, nosso Supremo Bem, a _quem tudo devemos.
A maneira corno Cristo se expressou sôbre a Vida, mostra que Êl e não
considera a vida física, terrestre, como a "verdadeir a vida" . A "consciên-
cia" que o homem comum manifesta na terra não é expressão de urna Vi1.fa
Real; é um sonho temporário, uma fantasia ilusória, que dura um oouco
de tempo, enquanto a máquina, o instrumento físico, puder fun cionar. ·
Durante algun s anos vivemos uma vida que nos parece real porque
t?d?s :,m nosso redor sonham da mesma maneira e estão presos às mesmas
lim1ta_çoes_. Estamos,presos a um c~rpo físico qu~,.. nos limita e cercêa, que
no: . faz. sofre r e_ pa~_,ar _por uma serie de ex penencias amargas, que nos
~~JJ~~~ ª uma 01 gam:aç~o falseada ~_cheia de fanta sías, chamada "soeie-
co. -~ }: md cohnseqw~ncia das condtçoes de atraso espiritual e da pouca
nsc1 enc1a a umarndade em geral s , . b .
das coisas. Só vemos f ·t '_ 0 pei ce emos o exterior, a aparenc1a
A •


hzados aceitamos cegamente os e e, os e nao as causas
tôd~s r _ ·
eomo ·md'1v1'd uos h'1pno-
alma desde a infância e / s sugeS toes que o mundo nos mete na
' represen amos o nosso pape) no palco terrestre,

- 132 -
orno autômatos, como máquinas. A quasi totalidade
cacordar desse sonho hipnótico, até O momento de de1xar . não chega nunca a
E novament e º. pa 1co
deste mun d o. m raros mome ntos temos um a va a im r _
dade desse sonho , dos absur dos e ~ncoerênci as des1a vida es~ao da 1rreali-
Jogo adorm ecemos n~vam ente, e continu amos a sonhar . O

as, em geral,
acordar para a Reahd ade, e a gra nde maioria so nha t - f sabemos como
nem mesmo pode admit ir qu e "do rm e", e que tudo <)aoque ª errAadamente na-o
que
d h · ve e sente
·
passam de f 1.guras os seus so n os e fan tasias .
Diz o Eva ngelho : - "Aco rda tu que dorm es • leva 11 t t 1
mortos ; e Cristo te alumi ará" . '' a- e centre os
mai s ou menos bem' enquanto O rn · d' 'd
Enquanto tudo corre
'd Ih ' act , mai s firmem ente continuara' e"'le ad 1v1 uo•d tem
f, ·1 · •
e e
·sa úde e a v1 . a d . perceber, por um momento siquer que suaormec1 ·d
o e
t
sonhando, sem po e1
- passa de um son h o d e 1·1 usoes, que mais dia ou menos di· a t er-,
restre nao
- ' v1 a
· ar f a t a Imen t e .. Q ~anto mais · o "sonho" é bom, agradável , cômod , era o,
de termin
menos o homem tem mteresse em "acord ar", e certam ente se zangar á se
alguém tentar chamá-lo à Realid ade.
Porém, quand o as coisas correm mal, quando o sonho se transform a
em pesadêlo, quand o surge o sofrimento, então o homem se desespéra,
luta
por sair do sonho mau, e nêsse esfôrço "desperta-se um pouco para a Rea-
lidade". Com o sofrimento expande-se um pouco a consci ência, e o hom em
começa a despe rtar-se para a Vida Real. É por isso que o sofrimento e
a dor são uma bençã o. Mas a humanidade detesta a dor e o sofrimento,
porque a obriga a despe rtar-se do sonho de ilusões , que obstinadame nte
pretende manter, a todo custo.
Declara Cristo que, para entrar na Vida é preciso "guarda r os man-
damentos", isto é, OBED ECÊ- LOS. Para despertar a Consc iência Superior,
a Verdadeira Vida, é preciso,, em primeiro lugar, RECON HECER QUE SE
DORME e que se sonha ; então pode-se dirigir e orientar o sonho terrestre,
DE ACôRDO COM UM PADRÃO SUPERIOR . É o esfôrç o persistente
em manter-se dentro desse padrã o que acaba por "aco rdar" completamente
o indivíduo . Então começa-se a "viver" a Vida Real. Se mesmo _no
sonho
da vida aceitamos e susten tamos um padrã o superior, e .~ ~ obnga mos ª
10

cumprí-lo com firme determinação êsse esfôrç o da consci enci a em. r_nanter -
' . ' t da Consciência Esp1ntual, e
se numa condição superi or força o desper ar •ct d
- maravilhosa capac1 a e.
nova
entao, num belo dia, surge no homem uma a de vêr e sen t tr e · Realidade
a d ver e entender profundamente as coisas, a ,
e
A

, " dado" ple-


fóra e acima de qualqu er sonh o . Daí para diante·sas es tar~ acor l ) sa-o .
A tais como e as
namente acordado; já não dorme hmais, - s engana com apa rências•, sabe
e ve as co t
Já nao- se ilude com nenhum son o; nao . e ·dadeira que nem a morte
que entrou na Realidade, que vive uma Vida ver '
poderá mais interromper.
* * *

133
"Não matarás, não adulterarás, não furtarás, não dirás falso t st
munho, honra a teu pai e a tua mãe, e amarás ao teu proximo co e e-
• li
ti mesmo . a ""ª
Aqui recomenda Cristo apena~ seis preceitos, co~ os guai_s pode-se che
gar à Vida e à Consciência Supenor . Ce_rta~e_nte, e o pri meiro passo séri;
Ue O Aspirante há de dar. ·ctQuantot mais senamente atender a êsses p
q · · 1t ' re.
ceitos, tanto mai s segura e ràpt a~en e organ~~ar~ e comp e ara .° seu "corpo
espiritual " e alcançará a expansao da consc1enc1a e o Entend imento Espi-
ritual .
Tenha-se em vista que essa regra de vida é o prepa rativo indispensável
e a única maneira de se estabelecer o estado de alma que permiti rá a forma-
ção do "Corpo espiritual" , que se organizará com as próprias fôrças in ternas
do Aspirante. Cada um desses preceitos se refere a um aspecto absoluta-
mente determinado das fôrças psíquicas e espirituais . É êsse conjunto de
esforços determinados que prepara e organiza as fôrças da alm a humana:
que estabelece e confirma a vontade, que a torna positiva e expansiva.
De nada adiantaria a observação de alguns destes preceitos e o descuido
de outros . O esfôrço na observação de alguns desses preceitos, pro~uziria
apenas um estado anímico de desiquilíbrio e anormalidade, que impediria
fatalmente a expansão das faculdades superiores do indivíduo. Compreen-
da-se que embora todo esfôrço para a realização espiritual produza sempre
o seu justo resultado e constitúa um penhor de maiores possibilidades fu-
tu ras , contudo a vitória real depende de urna aplicação total e inteli gente,
do aproveitamento de tôdas as energias di sponíveis, sàbiamente concentradas
e dirigidas. Ao construtor não lhe bastaria al guns materiais, com falta
de outros. Não lhe adiantaria ter apenas tij ólos e telhas , se lhe falta ssem
madeiras, areia e cal. Para poder construir algo proveitoso é preciso con-
tar-se com todos os materiais necessários, e na quantidade requerida .
* * *
''Se queres ser perfeito, vai vender tudo o que te·ns, dá-o aos pobres,
e teráa um tesouro nos céos; depois ve,m seguir-me".
Ainda Cristo apresenta uma classificação especial e mais elevada de
Aspirantes. Os seis preceitos anteriores podem garantir a expansão da
consciência espiritual, da verdadeira vida, mas isso ainda não faz do Aspi-
rante um discípulo perfeito, em condições de seguir a Cristo no seu minis-
tério. Para servir no Ministério de Cristo e participar do trabalho superior
da evolução é preciso estar completamente livre de todos os interêsses pes-
soais e de todo egoísmo; a única maneira de provar-se êsse desin te resse é
aceitar a pobreza, dando aos pobres tudo o que se tem. Enquanto o Aspi~
rante se preocupa com posses materiais e prende-se a interêsses mundanos
não poderá libertar-se .
.o discípulo de Cristo, o homem perfeito não se preocupa absolutamente
s
co~ •go me~mo • . E~trega-se total e completamente nas Mãos de Cristo, que
da, para diante cuidará de sua vida. Essa confiança absoluta deve ser

- 134 -
demonstrada por átos, porque como bem ct·12 .
que não se manifesta por átos é vã". Eltpha s Levy: "Toda intenção
Como aconteceu com o moço que p
seis preceitos da Vida Superi or mas nã~o~u~ou 1
ª Cristo, que aceitava os
interêsses materiais, assim acont~ce com m -~ 8 capa~ de desprender-se dos
a uma relativa perfeição e superio ridade ui J
asp,ran t~s • Podem chegar
uma regular expansão de consciência pode~º 1m cumpri r. a Lei e akança r
<1inda estão demasiadamente presos à~ condiç "' ª ca~ç~r ~ Vida Superio r, mas
podem, nessas condições, tornar-se "instru ~:s : .8m eress~s terrest res . Não
no Seu Trabalho Superior . Os la os de . n ;> conscientes de Cristo" ,
siado fortes e a falta de absolu ta Jonfian ;nteresse.s t0m~ndanos são de~a.
dê~se mais alto grau de perfeiç ão . ç em CnS impede a conquista

* * *

, "Em verdade vo~ digo q~e um rico dificilmente entrará no re·ino do.
ceos. Tambem vos digo que e mais facil um camelo passar pelo fu,ndo de
uma agulha, do que entrar um rico no Reino de Deus".
O reino dos céos, como disse Cristo anteriormente está "dentro " do
homem. Não é, portanto, um lugar, é um estado de c;nsciência. Encar-
nado ou desencarn.ado , teremos o céo que tivermos alcançado com a nossa
consciência, e se aqui na terra não · expandimos a consciência e não esta-
belecemos êsse "reino dos céos" dentro de nós, também não o encontraremos
depois da morte. É por isso que a reencarnação é absolutamente neces-
sária, e sem ela o nosso Espírito estaria condenado ao estacionamen to
eterno. Mas o "reino dos céos" devt: começar na terra, enquan to vivemos
no corpo material, que nos proporciona sempre novas possibilidades de ex-
pansão da consciência. É com os éteres superiores do corpo vital, que
também fazem parte do mundo físico, que podemos organizar o "corpo espi-
ritual" e expandimos a consciência. ·
Há duas espécies de riquezas q~e ~ home~ comum a~pira_: . .riq~eza de
bens materiais, representada pel_o dmhear~, e nqueza de mtehge_nct-a ~ de
conhecimentos. Ambas essas nquezas, ~ao ?em. munda nas, est~o. inhm:-
mente ligadas e convergem para uma umc~ fmahdade, o predom m10 e d -
senvolvimento do Eu Pessoal, do personalismo•
i uezas mundanas sejam monetá rias, esejam in-
1am r q
Aqueles que acumu t am "ncos e 1u am . ,, t' por conserv ar garanti r

t eIec t u~1s, sorvidos elo interêsses mundanos e
aque 1es 9ue se . orn
suas nq~ezas, serao dom~~ad_?s e ab d , irievitàvelmen te ao interêssal. es
personalistas. Sua consc1enc1a se pren era d. se ara a vida espiritu
m~teriais e nunca poderá li_bertar-se e expa~ •;í es~ará também o teu co-
D1sse Cristo: - "Onde estiver O teu tesour ' de estiver O maior interêsse
ração" . Isto quer dizer simplesmen~ que a º:ima e a sua consciência .
do homem, o seu tesouro, ai estará pr · sa su ir-se, . .. d quistar uma
. ,. .., de expand nao po e con 111

Uma consciência presa nao po 0 "seu reino dos céos" .


condição superior, não pode formar
- 135 -
. da as monetárias ou intelectuais, são perigosas ' por,
As riquezas mun 11 , , t· t
• evitàveJm ente, os peores sen 1men os : o orgulho
qu~ despertam , ~ua:ip1~ro a desconfiança, a invéja, a hipocrisia, alérn ,da
vaidade o a111 01 p , d b s e
facilitar' tôdas as tentações e to os os a uso . " . , . ,,
Mas é preciso não confundir pobreza com ~1s: r1 ~ . Ser pobre ,
. d ' t baJl,o J,onesto que lh e garanta a subs1stenc1 a, sem ambiçõese,
viver o seu ra . . t ~ d f· •
sem preocupar-se com acumular d111he1ro, ~eb1?11.dprde enso~~ t el tear rico . A
ambição e a avareza arruinam toda a poss1 1 1 a e esp1ri ua .
* * *
"Aos homens isso é impossivel, mas a Deus tudo é poss.ivel" .
.Mais uma vês confirma Cristo a terrível verdade: - Não há sal vação
para a consciência terrestre, mundana, relativa e egoí~ta. Essa con sciência
mundana não pode subsistir; só existe durante a vida terrestre. O que
subsiste é o Espírito do homem, o seu Ego Superior, o seu Eu Divino: o
Deus eterno do homem.
Se o Eu Pessoal não fôr sacrificado durante a vida terrestre, terá de
sê-lo inevitavelmente depois da morte, mas, de qualquer maneira, não po-
derá subsistir. O grande segredo da verdadeira· espiritualidade chama-se
"Sacrifício'' do eu p_essoal, mundano e egoísta, para_ que o Eu Divino do
homem possa revelar-se e manifestar-se no seu -interior. São Paulo revelou
êsse mistério quando disse: - "Já não sou eu que vivo; é o Cristo quem
vive em mim". Com isso declarava São Paulo que o seu "eu mundano
e egoísta" já não existia. ~le o havia sacrificado, para que o seu Espí-
rito, o seu Cristo Interno, pudesse manifestar-se livremente e di rigir o seu
destino, na terra e na eternidade.

* * *
_ "Em _verdade vos digo que vós que ~e seguis.tes, quando na regene-
raçao o Fdho do homem se assentar no trono d,a sua gloria, sentar-vos-eis
tambem em dôze tronos, para julgardes as doze tribus de Israel".
Só pela "regeneração" o Espírito do homem poderá assentar-se no seu
tr_ono de glória, isto é, poderá reconquistar os seus poderes divinos, per-
didos n~ passado remoto, quando abandonou-se à sua própria criação, o
personahsmo egoísta .
~ . . se~ "trono. de glória" é o CORPO ESPIRITUAL, veículo de uma
~ºPe mis~{encia Supen~r, com a qual o Espírito Humano poderá libertar-se
tvamente,. . Libertado das ilusões terrestres e da roda dos renasci-
mentos, 0 _Espinto Humano pode dominar e reger as doze fôrças cósmicas

_!e~ed~:~:~
que _org~mzaram e sustentam a sua constituição física, torna-se senhor do
e colaborador consciente das Inteligências Superiores, de Cristo

* * *

-136 -
~
s irmãos , irm as, - .
"Todo aqu ele que tem deix ado casab, pae , mae filh os
d erá mui tas vêse s mais e Í, erdara,
ou terras, por cau sa . o meu nom e, rece ,
·J eterna" •
a v1 a
açõ.es terr estr.es são ilu sóri as e pass a ge1r ,· a s, e so, tem al-
A

Tôdas as situ
o enqu anto ,vive mos nest e mund o · e orn o uma escola o
.
m valo r re lativ
.
o esta proporciona. ao hom em u ma se, ri.e d e exp e-
g ll '
und o, orga mza do com
I11 't .
·1'

ênc1 as nere
r ••

ssa1 ias e u eis, enq uan to . a sua consciênc,·a rud,· ment ar e 11m1 . •
-
) . .. exis tênc ia p , .
111te alca.nça. r o ob jetiv.o real da . orem, ass im
tada não lhe . pen. , . - end er a IA assi.m
corn o a cnança Ja nao ptJ'bec1sa de ca rtilh a, depo is de apr er,
· gos , con ven cion alism os e in terêsses
também precrsam os nos I erta r dos ape
ater iais , p~1: a pod e rmo s nos de di car aos interêss es sup eri ores do nosso
111
próprio Esp 1n to.
devem ser atendidos, cri-
Os deve res fam il iare s e as obrigações sociais
em ser cumpr idos, e nenhum
teriosam ente. s>s . coi:npromissos morais dev
seus deveres e obr igações, mas
Aspirante poderia JUSttficar-se aba ndo nan do
deve, o mais cêdo possível,
se quizer real mente pro gre dir espiritualmente
rêsses mais altos. Isso não
libertar-se dêles, par a ded icar -se aos seus inte
e os bens de fa mília, mas deve-
quer dizer que deva aba ndo nar sua família
ora continúe a cumprir sua s
libertar sua alm a de ape gos e ilusões, e emb
identificará com as condições
obrigações, com o mai or respeito, já não se
se deixará absorv er por essa s
em que o destino lhe obr igo u a viver, já não
coisas, não se dei xar á esc rav isar por elas .
IDE NT IFIC AÇÃO. Com
O grande per igo do homem comum chama-se
a e relativa se identifica com
a maior facilidade a sua consciência limitad
s as coisas, e depois i á não é
tudo, com tôd as as circurrstâncias, com tôda
O hábito é id.entificaçã o, e
capaz de libe rtar -se dela s sem sofrimento.
tôda vida hum ana é um a série de HÁBIT
OS. Vivemos não pela razã o,,
acôrdo com uma qua ntid ade de
pela lógica, pela inteligência, mas sim de
itos mec ânic os, que form amo s sem nem mesmo percebe r, que fi xamos
háb
em não é realmente um sêr
e cristalizamos em nos sa "má qui na" . O hom
, por que se iden tific a e se ape ga a tudo o que é material e ilus ório .
livre
s, mãe s, irm ãos , filh os, são FOR MA S, e a essas formas nos apeg~mos
Pae
superiores . Com elas nos 1den -
e por elas aba ndo nam os tod os os interêsses
a ponto de não pensar no ut~a
tif!camos e por elas nos deix amo s absorver,
e manter a ~odo cus to os ha-
c?isa, vivendo exclusivamente par a conservar
, nos cau sar ao, fatat,me nte, as
b1t~s e ape gos que formamos, e que, . afina]
e des gôs tos. O nos so gra nd ~, enga no. e q~e nos
?1ª 18 terr ívei s des ilus ões
com o seu per sonalismo ' ~om
identificamos, ape nas , com as sua s formas ,
º~ seu "eu mundano", e nos esquecemos, Vem ou não podemos perceber, que eles
os neles apenas as formas, que
sao Espíritos que evoluem como nós .
a nos identificamos com elas
nos parecem a única rea lida de. De tal form
ndo elas sofrem_; por _elas_ nos
que sentimos O que e]a~ sentem, , sofremos qua
eram os, nos sentimos mfehzes,
abalamos, nos des íqu ilib ram os, nos des esp
desorientados e desgraçados.
- 137 -
, . 11 1 nos apegamos e nos identificamos com as 11
Peo r au~d~ qua 3cso terras dinheiros, muitas vêses por fôrça d0 º.ssas
matena1s cas ·, ' s1
posses ,1• ' que espéra um patrim.ônio e uma herança. Deixa ~ nte.
rêc::ses de fam, ,a, . . l 'b r ess
, 'dentificações é o pr1me1ro passo para a 1 ertação es Ptrttu . . es
egos e essas 1 . d - ,
.a P. · , uestão de entendimento e e compreen sao. E preciso 1. a,1
e isso e uma q . . h . 1be
• - 0 da forma e reconhecer que nen uma garantia teremo r,
tar-se da ,1usa ' 'd- s ne~s
··estado de identificação" e de escrav1 ao. ,e
e 0111p1
·eenda-se que não se trata .
de,.. abandonar ª. fa mília, mas "lt'bertar
t • .
. t a,nente . dela'' ma ena1s, d para poder-se -
se ,n ern . . , dos seus interessesO .. 1
e o oroso dos en 1
, entã1J
.· t, -la e auxilta-la realmet1te. mais comum. t
01 ren a t· d d f ,. ga n,Jt;
, i1naginar-se que a defesa e garan ia os m eresses a am 1lia justifi
A


abandono dos interêsses ,:spin • ·t ·
~~is. O~ q ue pensam 9~:
cuidados materiais poderao auxiliar . mmto as suas fam ,ltas, estao C()mpleta.
apen~s com caStu<;'J

mente engana.dos.
É lógico e compreensível que quanto mais estivermos apegados e iden.
tificados com os nossos familiares, menos podemos nos preparar espiritual.
mente, e menos capacidade teremos · de auxiliá-los realmente em suas necc:~-
sidades superiores. (

* * *

"Porem, muitos que são primeiros, serão os ultimos; e muitos que são
os ultimos, serão os primeiros".
' \

O avanço espiritual depende de uma decisão séria, que só se toma. em


geral, depois de sofrer-se muito e de desiludir-se das coisas dêste mundo.
Enquanto as coisas correm bem, enquanto temos saúde e a sorte nos é favo-
rável, não nos resolvemos nunea a tomar essa decisão, e nos deixamos levar
pelas circunstâncias. Nossa consciência adormece e somos incapazes de
reagir, mesino que tenhamos algum conhecimento, mesmo que já tenhamos
alguma sabedoria e tenhamos entrevisto a grande verdade.
É por_ isso que mu!tos que hoje já entenderam , já chegaram a perc_e·
ber a ~ea_hdade dos. ensmos esotéricos, que são hoje os primeiros, pod~r~t1
-ser os ult1mos ? ~e libertarem, porque talvês não tenham coragem de dec1d1r·
se ª fazer O ~lttmo esfôrço de libertação. Assim os primeiros a compre-
enderem poderao ser os últimos a se libertarem.
Poré.md, mm·tos ta 1ves
" que hoje parecem · -
ser os· últimos os que nao che-
gara m am a nem mesm
cesso de ·sofrimento e
derosa reação es i •t
if '
ª p~rce~er qualquer realidade supenor, •
la deSilusao provocada, poderão despertar urna P
1 ex·
pe O _
0

liberdade, e serã~ r~~a ~ n~ma suprema decisão conquistarão a su~ _ple~a


. primeiros a entrar na realidade da vida espmtua ·
M u1tos que hoje sofr . de
materialistas e descrentes em e parefem "decaídos'', longe da espirituahda ~
da prova amarga chega ' podem, Justamente por estarem no último degra
- e por uma dec1sao . ,., coraJ·osa
·.'
- a Cristo
ab raçarao · rern
def · ponto ct e reaçao
· •t· ao
' m1 ivamente. '

-138 -
,
CAPíTULO 20

"Pois o reino dos céos é semelhante a u . .


1 • t b h
l· d m .propr1etar10
. a,, .
adruga da a assa anar ra a a ores para a sua v·1n h que sa iu de
"'
Nessa maravilhosa parábola esclarece Cristo a . . .
Jeis espirituais. A realização espiritual não depend;~s ettraordmaria das
nha trabalhado . Não ~ o tempo determinado por a~ e~po gue se te.
ri.ai que
garante a realização espiritual . Muitos fo ra 111_Ü'>S he vida mate-
outros sómen te mais · tar d e; outros a, última hora. mas tod e am ados cêdo ,
e b - , · , os os que aten
derem ao ehama do r ce erao uma unica paga, um mesmo valor . .·
zaçao
* espiritual · · - ª rea/1-

A "realização" é uma questão interna. Depende de uma decisão da


vontade, que s~ P?de tomar a qualquer tempo e que é tão valida como se
0 fôsse nas pnme1ras horas.
Estamos agora no final de uma época; estamos terminando a Énoca
de Piseis. Vivemos as últimas horas de um grande Dia Mundi al, e a'a-ora
muitos estão sendo chamados para o trabalho superior. Estamos receb;ndo
a última oportunidade dêste grande dia que chega ao fim, e se atende rmos
ao chamado ainda poderemos receber a maravilhosa recompensa, que será
igual para todos os que trabalharam.
Os que estão agora neste mund o e se ree ncarnarem nestas próximas
gerações viverão as últimas horas deste pe ríodo evolutivo e terão ainda es ta
última oportunidade de tomar uma decisão e definir-se .
Grandes transformações se preparam e o mundo terá de passar por
terríveis provações. Para muitos virá a prova culminante, que lhes des-
pertará a vontade e lhes abrirá as portas da vida espiritual .
* * *
"Não é licito fazer o que me apraz do que é meu?"
O verdadeiro Senhor do homem é o seu Espírito, Je só êl e tem o direito
de fazer de sua criatura o que tenciona. Se êle no~ concede a liberdade
de agir e nos sustenta é porque assim J·ulga conveniente, mas a qualquer
.... · h ana para
tempo pode retomar os seus direitos e chamar a consc1enc1a um
i'
a sua Realidade Espiritual. h 1
',, !
Porém 1·amais o Espírito Humano forçaria a consciência do omei5n
. ' - ode forçar a con · : •l , 1
amda não amadurecida e preparada. Como n_ao se P . , sua capa-
J •
c!ência de uma criança, e exigir dela_ um enten~imento ~~~en~~:do a cons- ·;r .
c1dade, assim o Espírito Humano nao se .manifes!a se de estabilidade,
ciência do homem alcança um grau superior de firmeza e
que a grande maioria ainda não atingiu· • de cons-
. . "sse orau supenor
. ~uitos há, entretanto, que j~ atingiram ~ ach~r conveniente, a qual-
c1ênc1a, e destes o Espírito podera fazer O qu
quer tempo .
- 139 -
com os primeiros apóstolos , e depois com São Paulo
Como aconteceu, dias de hoj e co rn mu itos homens cuja co nsci0nci·a'
vem acontecendo ate os
·111a da ma ssa co mum .
elevou-se acl
De um momento para 0~1tro , sc 111 gu c º. mun do co111 p ree 11 ci a por que
d. 'd s d ei· xa rn d e viver para s1 _mesmos , pa ra tornarem-se in str '
1 o, eIo se u e ri.ac.lnr e sen hor.
A •

e~ses 111 tVI uo


- t ~ . ,scientes do seu prop1 ' · -·t
, .·,o E sp11 LI~
men u~ L 01 '
* * *
"Eis que s,u bimos a Jerusalem, e o Filho do Ho·~em. será entregue aos
. •pa,·s· •~cerdotes e aos escribas; e_les o condenarao a morte e o entre-
pr1nc1 ,lllG • d· . . ·f· d·
• .
garão aos gentios, para ser escarnecido, açoita o e cruc1 1ca o, e ao terce1ro
dia ressuscitará".
A libertação final e a ressurreição depend em ele um Sacr if ício, bem
sim bolizado pelo Sacrifício do Cristo Cósmico, noss~ Salvad?r. . As 9uas
cl;tsses superiores do mundo, a dos sacerdotes e .dos mtelectua1s, 1ulgarao o
homem cuja consciência espiritual se despertou, e não po~endo C?mpreend!-
lo o condenarão fatalmente. Os senhores do mundo nao admitem e nao
toleram a Verdade manifestada e compreendem bem que a única forma de
apagar _essa verdade é destruir o seu instrumento de manifestação.
Depois, entregam o condenado ao escárneo, aos açoi tes da multi dão
ignorante e céga, que acabará por levar o Aspirante à Crucificação, ao Sa-
crifício Total, que poderá não ser a morte do corpo físico , mas será defi ni-
tivamente _ a morte da personalidade. Mesmo que continue a viver em
seu corpo físiGo por muito tempo ainda, como homem estará realmente
morto . O que viverá nele será o Espírito libertado, plenamen te consciente
e resuscitado. ·
* * *
"Mas, o que quizer tornar-se grande entre vós, será esse o que vos
11
sirva; e quem quizer ser o primeiro entre vós, será esse o vosso servo •
Só uma coisa pode interessar o homem espiritual mente orande :- o Ser-
viço Altruísta, amoroso e desinteressado que presta aos seu; semelhantes.
A fôrça espiritual de um homem cresce na proporção que é empreoada ctesin-
t: r~s~adame_nte, a serviço_ da humanidade. Espiritual mente não há
outro pri-
vileg10_,Ase_nao o . ~e serv~r, e de _servir por amor. Aquele que despe rta sua
Co;11sc1enc1a ~s~1ntual nao poderia agir doutra forma. O homem só pode
ag1r mal, ego1stJc~mente, enquanto é restringido e limitado pelo personalismo
terrestre. ~,ma ~ez despertada a Consciência Espiritual O homem sabe que
. " um mstrumento
se~ to rnou . consc1·ente d e C ns
· to " no mundo· sabe que Jª ·'
oao vive para s1 mesmo" mas ara o B l '
seu conhecimento e tôá ' P ~m e e todos; sabe que deve pôr todo
mana; torna-se Altruí~t:s as sua~ ,cai:actdad~s a serviço da regeneração hu-
. , ' porque Jª nao lhe e possível ser eaoísta .
Entre os d1sc1pulos de C · t ~ , , • , . b . _
mais aJta sem serviço . n~ º, nao ha _µnv_1leg10 mundano, não há pos1çao
'ef O
que a consciência se p~ q~e e so. na . aph~açao de suas próprias capacidades
n e e atinge maiores alturas espirituais.

140 -
111 aplicação não há EXPANSÃO , assim como um
5eolve . _
sem exercício s. museu 1O nao se
descnv · ·1 · d
. Julgar-se prtvt e. .g,a do:. e pt·e t en.d,er _s upfe!1ondad
· ·
es espirituais sem aplicacão
. i·ço sem emprego e suas pt opnas orcas
e se1v ,
das
.
leis esp111
. ··t •
ua1 s .
S .· , e capacidacle e· to1.tce e 1.a 11, 0 _
ranc1a
A •

. , . f, . e1ta o mes
d ,
mo que pretende r s ti . ta t>sem
ciecficar-se aos exe1c1c1os 1ts1co~ dqu e e~envolv em os múscu loser. aE,e note-se
· .
lJelll • 0
serviço
-
que se prcs a 11a e ser impessoa l des interessado lt .
~ • d
. ue a não ser assim , tu o o qu e se fi. ze r aumen' tará ain da ma·is e a ru1sta
po1q . p ·
e O Personali smo ._. ou~o b11np 01t·ta qu e s~ trabalh e muito, que se faça o e0 01.smo'
n a ran-
~ esfo rços se nao se e a so 1u ·am entc smcero e des in teressado
c1rs . 'A • , • _ , . O que b
se
faz por rnteres~e pesso a 1, po1 ego1smo , por vaidad e, nao é um "exercício
esJi ri tual ", e nao produz nenhum resultado superior .
1
Ser~ ir é .,\rabalhar ~omo o "servo~', sot~len te pa ra .obedecer e agraJ ar
,, 0 seu Senho1 , m~sm_o sabendo que nao sera nunca mais do que um servrJ
.
É êsse abandono de s1 mesmo, para servir os interêsses superiores de todos
é essa dedicação amorosa e sincera _que_ permjte a _expansão das fôrças espi~
ri tua is e o desd obramen to da consctencia. E entao que o homem se torn a,
rea l e verdadeiramente, um "super-h omem" e liberta-se definitiva mente c! a
relatividade.
* * *
11
É assim que o Filho do ho,m em não veio para ser serv id-0., mas para
servir e dar sua vida em resgate de muitos".
"
Já vimos que o Espírito do homem é tríplice em sua manifestação . Seus
três aspectos são chamado s na Filosofía Rosacruciana: Espírito Humano.
Espírito de Vida e Espírito Divino. Presentemente, só o Esp írito Humano.
D primeiro aspecto, está manifest ado, e constitue a consciência individua l r
separada de todos os demais, que envolvida pelas ilusões da forma, cria
e expressa a Persona lidade. Êsse primeiro aspecto se caracteriza pelo "se-
paratismo", pelo "egoísm o", e desenvolve-·se nas regiões da Mente Abstrat~.
-0nde tudo tende à separaçã o e à diferenciação. Nesse estado não pod~r'.a
,o homem chegar à unificaç ão espiritual, que é o segundo passo necessan o
,d'a Evolução. · . .
O segundo aspecto do Tríplice Espírito é chamado na te rmrnolog1a evan-
gtlica - o "Filho do homem" e começa agora a desperta r-se e dese~vol-
ver-se; caracter iza-se pelo Altrwsm' . o, pelo Amor, pe la ded·icaçao - aos tn ~te-
rtsses coletivos da humanid ade. O "Filho" do homem, o segund asdpe~to º_
, . .
d0 T npltce Espírito, é uma expressa- o d o E spin ° ·
, ·t de Vida em que e1xa
,
<l'e existir a "separat ividade" . · cto do Esp írito
Lenta, mas seguram ente, a influência d~sse segu~do ~sp~ que começou
·d o homem vai-se desperta ndo nas raças mais avança as, isc e •reio do Gól-
.a atividade interna e diréta do Cristo Cósmico· Desd~ .° . ac;~ 'reaeneracão
_gota a influência poderos a de Cristo tornou-se O fator asttceo de ho~ens v·em
e l'b - da
, con sciencia
·~ . humana,
1 ertaçao e um número crescen
. altruísta desse sen t·1-
1
sentindo os efeitos desse impulso interno para º. amt ºct os os int~rêsses mate-
• - 111 esn10
n!e~ t o de unificação que se impoe, •
contia 0
na1s e contra tôdas as ilusões.

- 141-
or
seg un do asp ec to do Es pír ito do ,homem .s~rge como um servidnei~
Êsse altru1sta e _unificadora· _Nad~ ofe

tod a su a ex pre ssã o é aAmo ros a, sao
porque as as suas capacid ades e poâe1 es re~
oís ta· tud o o qu e tem tod · 1t f · ressão
de eg
' ' or em sua ~a is . a ª e pe r e1t a exp
cidos ao bem de todos. É o eAm reg en era , qu e ilu mi na e que salva. '
que transforma , que renóvà, qu
* * *
ais qu e vo s faç a? Re sp on de ram: Senhor, que se n~ abran,
"Que desej
os olhos". sic o
est á ch eio de cég os : cé gos que não vêm o mu nd o fí
O mu nd o
rea lid a_d ~ esp iri !~a l. Re cu pe ~a r a ~is ão do mu~ct~
cégos que não enxergam a contmua espintuaJmente cego; e ne sse sentido
fí sico pouco importa, se se
oue devemos examinar êsse
trecho do Ev an ge lho .
a um a esp an tos a e
, im en sa ~ealidade que nã o vemos
· Vivemos em me io
os esp iri tua is ain da nã o se ab nr am , ma s que se abrir ã~
porque os nossos olh to Int ern o" , se so ub erm os pedir -lhe.
so b a influência do no sso "C ris
me nte , um de tal he im po rta nte : era m dois os cég os que
Note-se, primeira e for tem ente; nã o se amed rontaram
isto, com ins ist ên cia
se dirigiram a Cr qu e gr ita va pa ra que se ca lassem. Con-
dia nte da mu ltid ão
nem se calaram un ifi ca nd o as su as vozes e os seu s des
e.
nd o e im plo ran do ,
tinuaram clama de Cr ist o, que pa ro u e ate nd eu-os . Vê 'er
.se
_ios , e assim ch am ara m a ate nç ão pod
ma is um a vês co nfi rm zid o o princípio rea liz ad or e o im enso opo -
nesse relato sej o int enso, ca pa z de vencer tôd as as pod e
da s vonta de s un ifi ca da s, nu m de s que
e dif icu lda de s. É a un ific ação dos desejos e da s vo nta de
s1ç~es esp iritualmente cé go s.
ab nr os olh os da qu ele s qu e são

C A P íT U L O 21
m co mo Je su s lhe s ordenára; tro ux eram a
. "In do ~ discí~ulo s, fiz era
eles as capas e fº1zeran:w-no mon a .
t r''
nti nh o, pu ze ram so bre
Jumenta e o Jume ·
so tre ch o q h· I - ia
Vê-se na de scriçã o ct'este cu rio ue a a go qu e na o se po der
d . ·
lógicamente aceitar que Jes us pu esse b mo nta r '. ao mes mo te mp o, numa Jll·
. ., .
menta e num jumentinho · A qw so ca e uma mt erp ret aç ão sim bólica
tre é de na t ureza anim .
O homem terres d al, e tor no u- se hu mano com o
relativamente recen te . .ª
acréscimo em seu ínt eri o
u acr ma e d: m. no vo el: ~e ~t o,
MENTE, que O elevo . sim ple s am ma hd ad e. A su a natur eza a:11-
t
mal, mais antiga , é aqu i· . b la JU· men t a, e a mente , mais recen e·
sim o1JZ ada pe
. - .
e mais nova, é O jumentinho.
.. ,
. O Es~írito Humano cavai ga realmente uma du pla constituiç ão : uma ne·
gati~a, mais antiga, formad I s co rpo ~ . inf eri ore s, dens o, vit al e de
a~ n~ : os seu
~.eseJ os; outra, _muito nova ª me nte , po s1f lva, ma s qu e po r ser dema•
._,ad_o fraca, na o po de ser '
p 1
den am e_n te uti liz ad a pelo homen~ comum. Em
reahd'ade, a mente hu ma na
e em as1 ad o fra am· d a, e o homem comum na"o
sab~e e não. pocfe empregá-Ia É , . ca ·
Juc
ele vo u h ª ult im a aq uis içã o no tra ns cu rso da evo de
·' ao, e foi ela que O

orn em acimae d o anim · al, ma s o seu tempo

142 -
- é ainda tão curto que,. dpràticamente, está simplesment
I a0
evouÇ
. ntar. Apresen
, .
· da to. as caractenst1cas
t a am .e em estado
dos anima·is Jovens· , .
e 10
rud1me , . f .1 • ,
. 'ta incontrolaveJ, m anti e trresponsave]. A grande maioria d h' -
q~,e ~a em realidade, a suad mente, não. sabe como control a-, 1a e 1ng1 .. fa osd . ~~ens
n,10 u ' ..
não pode utilizar os seus po _eres menta1~ . A sua capacidad'e de dom íni(;
tal é tão pequena que nao suportaria nenhum esfô rço real T
men d d e tal h ' h · · · em-se
falado muito odpo er nt~ dn d 'de a . OJe na liter~t~ ra espiritu alista e men-
e quan► I • a e e • ensinos e de pratica s para a co .. t
nqu1s a do.
1alista uma gran • .
"go erroneo ,. ·
O d er da mente, _ mas h a nisso muita,
coisa
.
equivocada e um empre ·
/1 •
de termos, que nao corresponde a realidade.
o que o homem tem emp~egad~ até o presen te não é o seu poder mentnl.
mas unicame~te o seu mecanismo mtelectuaJ, produto do seu corpo vital, ~
a fôrça emocwnal que lhe fornece o "corpo de desejos".
A mente, ainda fraca e desorganizada, está tão presa ao "corpo de de-
sejos" que é incapaz . ~e atua.r separadamente. É por isso que o homem
comum tem enorme d1ftculdade em controlar-se, e deixa-se arrastar com a
maior facilidade pelos impulsos emocionais do seu corpo de desejos, mesmo
contra todo raciocínio, contra a lógica e a razão. A mente, mais nova e
mais fraca do que o corpo de desejos, não pode controlar a situaçã o e acom-
panha os impulsos emocionais, sem poder fazer nenhuma reação positiva .
É o que acontece com o homem comum. Enquanto a ment€ depender do
corpo de desejos não pode emancipar-se ·e atuar livremente, não pode colaborar
de maneira efetiva para a evolução · do homem da mesma forma como o
"jumentinho"; dependendo ainda da "jumenta" não pode prestar um ser-
viço útil.
Deve a mente Iibertarse do domínio do "corpo de desejos", deve pro-
curar seu próprio alimento e crescer; então se tornará um poder real ~ utili-
zável, capaz d'e dominar toda a natureza inferior e conquistar a mais alta
sabedoria.
A verdadeira evolução espiritual do homem começa com a emancip ação
0 pode r
da mente. É o primeiro passo necessário e. indispe nsável. Entã·º· .
, · , ssa ser utilizado _ em
.
mental pode ser empregado mesmo que de m1c10 so po Ih as questoe s ma1~
'
pequena escala mas será suficiente para esc1arecer- t Ih
e
os
. d ~solver
me10s e r~
· ' t - de tempo .
importa ntes, a sua verdadeira situação, e apon ar- e
os seus problemas imediatos. Daí para diante tudo é uma queasi·sª :ltos arau;
, t' gir os· seus m ~
para que a mente cresça e se d'esenvolva, ate a m
de capacidade. ·1 do
- d O Espírito de Vic a,
a açao -o do
Com a emancipação da mente começa .. •ando-s e a fo nnaça
. Interno, sôbre toda a natureza e1O . hom em,d finitivam
ensto A •
in1c1
ente •
a consc1enc1a e
corpo esp1ntual ", que ltbertara
" • • • r

* * *

14:3 -
"Jesus entrou no templo, expulsou todos os que ali vendian, e
pravam derribou as mesas dos cambistas e as cadeiras dos que ven~~"'·
·as pombas e dis,se-lhes: - "Está escrito: A minha casa será chamada 'ª"'
· coYl·1 de sa ltea dores".
.de 0 ,racão; 'vós, porem, a fazeis
ca$a

Disse São Paulo: "N ão sabeis que so is templos do Altíssimo, e qu 0


e
Espírito San to habi. ta em vós.?" . O co rpo h umano e' o temp Io e a casa 1
Espírito . Por "corpo" entendemos toda a constituição humana, todos co os
seus veículos d'e expressao,
.
. Ius1ve
- mc a a 1ma .
Qua ndo o "C risto-Intern o" começa a opera r na consti tuição human a se
pri meiro áto é a eliminação _im~diata e rápida de todos os eleme~tos ps'íqu i~
co~ inferio res, ego ístas e mesqumhos, que a transforma ~ num covil de sal tea-
dores e de ladrões. São êsses elementos inferiores, c~1ados e adm i~idos peln
homem, que o roubam e se alimentam das suas mais sagradas forças que
assal tam e exploram os seus melhores ideais, que perturb~m e prejudicam
3 sua constituição anímica, que arruinam a sua vontade, tiram-lh e a paz e
aniqui lam-lhe a confiança.
Sob a ação pervertida desses elementos o "templo do Espírito" , a
alma humana, se desmoraliza, se desorganiza e se arruina. Só com o auxí-
lio do "Cristo-Interno" é possível limpar-se a alma e regenerar as suas fun -
ções, transformando-a num templo de verdadeira espiritualid ade . No di a
em que nele penetrar a autoridade e o poder do nosso Cristo haverá a ex-
pulsão desses antigos elementos inferiors, e reinará então em nossa alma a
paz, aquela Paz Sagrada- que deve reinar num verdadeiro temp lo dedicado
à Espiritualidade.
* * *
"Em verdade vos digo que se tiverdes fé e não duvidardes, fa reis nã o
só o que foi feito à figueira, mas até se disserdes a este monte: Levanta-te
e lança-te no mar, isso será feito; e tudo o que com fé pedirdes em vossas
oraçõ,e s, haveis de receber".
Importa que se compreenda bem o que é a Fé, capaz de realizar tôdas
.as maravilhas. A· Fé é realmente a "vara mágica", a chave miste riosa. o
único meio de tôdas as realizações. Ter fé é colocar-se na condicão aní-
mica apropriada , em que as fôrças ultra-potentes do Espírito possa~ cana-
lizar-se através de si mesmo, e na direção desejada. Então, tudo se torna
possível. -
Ter Fé é focalizar firmemente a Vontade, é sustentar uma ict'é ia deter-
minada, com a mai s absoluta firmeza , sem admitir mais nenhuma dúvi da.
Aquilo que se afirma positivamente nesse estado de alma se rea li za, segura-
mente . A Palavra de Fé é o maior poder que o homem pode emp regar, e
não há nada qu e resista a êsse poder divino do Espírito do Homem.
D~spe~t~ r êsse . . im enso Poder é o grande segredo d'o Esoterismo Prático,
,e a mai s se na de toda s as questões. .
. A Fé se desperta com a emancipaçâ o da mente, pois a base desse ma-
ravilhoso' Poder é a fô rça mental. Pequena e fraca a princípio, a Fé cresce

- 144 - .
Entendimentod Espiritu al e. o treinanie n to esot · ·
coll 1 0· d
damente e ava!1~an o e conquista em conquista er!co, aumentando rà .
ealização Esp1ntu al . . , ate a plena e com peta I pi-
R •
É a fé que ena e a 1,menta o "corpo psíquico" :
ue aarante o seu desenvolvimento e a sua lib~r~ v:icuto ?º Cristo-Interno
qn átos que vence b·1·todos os obstáculos internos e açato · E a fé manifest~
er , • t ex ernos , que transform. a
regenera e es a 11za.
· , · o " pod er. u~a f e·" po d.e_ ser mal empre ado
que No 1mc10, '
.
se desenvolveu o En_tend1mento Esp1ntual, e então pfcte t~ quando ainda não
deixa arrasta r pelo egoísmo. A fe' ma 1 dr~~r-_se um perigo,
e O indivíduo se1 t· líJCY1da 1·
s ..
ara fin s ma e~o os cons ~tue o que se convencionou chamar t-i } ap_ 1cada
~ra". Não ha na~a mais perigoso do que desenvolver-se a de_ mag, ~ _ne-
n1al. A degeneraçao das fôrças espirituais libertadas prod fe e ª_Pltc.a-la
. "' · b - por arruma . uz as mais dolo-
rosas consequenc1as, e aca arao r o indivídu o , ·se f"or 1evada a
.
extremos. Ant es d e a 1can_çar-se. o Entendimento Espiritual, tôda tentativa
de emprega~ .º poder da fe termina desastrosamente. Guiado pelo Enten-
dimento Esp1ntual pode-se emp!egar o poder da fé sem perigo, porque então
não poderá ser .e~preg~do ~enao para espalhar o Bem. Orientado pelo En-
tendimento Esp1rtt~al nmguem empregará jamais o poder da fé em assuntos
de interêsse e~clusivo _e pessoal , porque sabe que não deve preocupar-se con-
sigo mesmo, Já que _vive pela fé em seu próprio Espírito, que zela pela sua
vida e pelo seu destino. Todo emprêgo de fôrças em interêsses pessoais é
uma demonstração de falta de confiança em seu próprio Espírito Interior.
O homem que se preocupa d'emai s consigo mesmo, que teme o futuro e por
isso procura proteger-se, que luta para "defend er-se", prova que não tem ainda
absoluta confiança em seu Espírito, que ainda não sabe contar com o auxílio
espiritual, que ainda não se libertou do personalismo.
A primeira demonstração de verdadeira fé é a confiança absoluta~ a
entrega do próprio destino nas mãos do seu próprio Espírito, do seu Cristo
Interno despertado, e isso só é possível quando o indivíd'uo emancipa a sua
mente e alcança o Entendimento Espiritual.
É por isso que aqueles que contam com o seu Espírito, que despert~ram
o Entendimento Espiritual, não empregam n~~ca o poder da sua Fe. em
assuntos do seu exclusivo interêsse, para modificar ou alterar as determina-
ções sempre sábias do seu próprio destino . .
. Contudo, o homem superior tem o direito de empreg~r êsse Pode~,lh~~
criar com a sua Palavra de Fé tudo o que é bom e conveniente, de es~
o Bem, de auxiliar os seus semelhantes, de esc arecer e en sinar ' de onen tar
J
e de curar.
* * *
• li

,,..... "d d f estas cossas ·


.... en, eu vos direi com que autora a e aço
. . ravisada aos interêss~s
matej~f!lª's a mentalidade mundana, _ego1sta ~ escas razões superiores do
E . riai s, poderá compreender a maneua de agir e .' '.
1

spirito do homem que alcançou a sua emancipação·

-145 -
. O homem comum , mesmo o mais inteligente e culto, levado
hdade mundana, encara tôdas as questões pelo único prisma u pela rnenta,
sível, o_ da sua "personalidade", presa Ih~ é Po~
aos. interêsses terrestre sqee soc1a·
_ J,

Nao pode compreender, e nao admite, que haja razões ma· is .


po~ isso não pod_e concor?ar com as_ ~tit~des e opiniões d'o ho~! altas, e
gmado pelas razoes supenores e esp1ntuars. É por isso que mu·t 1
que é
se verá em choque com interêsses e opiniões mundanas, e com iss Oas Vêses
tará críticas e animosidades no meio social em que vive, e terá de desper.
toda sua habilidade em evitar que essas animosidades se transto:~ipregar
ódios. em e111
Muitas vêses, talvés, será chamado a explicar as razões da sua concl t
d'as suas atitudes, e com que autoridade faz coisas em desacôrdo comuas a,
normas e opiniões estabelecidas, e não lhe adiantaria nada dar explicações,
porque nem mesmo seriq compreendido. ·
O homeín comum, mundano, guia-se por hábitos, costum es, tradições
interêsses _pessoais, e não pode compreender que alguém possa agir po~
outras razoes.
Aquele que é guiado pelo Entendimento Espiritual agirá, mui tas vêzes,
contra tôdas as expectativas e opiniões mundanas, mas sempre de acôrdo
com interêsses superiores, absolutamente determinados.
* * *
"Em verdade vos d,igo que os publicanos e meretrizes entrarão primeiro
do que vós no reino dos céos".
Publicanos e meretrizes eram considerados como os maiores pecact'ores,
aqueles que viviam tão desviados da Lei que eram tidos como indignos de
todo auxílio divino. A sociedade os considerava como espiritualmente con-
denados, desprezava-os publicamente, e essa condição era uma maldiçã o.
Entretanto, contrariando toda opinião social e mundana, declara Cristo
que êsses desgraçados entrariam no reino dos céos antes daqueles que con-
tam com a aprovação social e se consideram, por isso, salvos e garantidos,
ostentando uma falsa obediência aos preceitos da lei, que, em realidade não
respeitam e não obedecem.
Com a mais apurada e astuciosa arte, o homem comum sustenta uma
aparência de dignidade, de respeito e de religiosidade, com o único intuito
de satisfazer cqstümes e exigências sociais, e ser considerado um homem
de bem. O que · lhe interessa, unicamente, é salvar as aparências e conser-1
var uma bôa fama. esses são chamados, prometem respeitar a lei, cu~ -
prem suas "obrigações" sociais do culto tradicional, tomam uma aparência
de piedade, mas no íntimo continuam sempre materialistas, interesseiros e
egoístas.
Muitos recebem honrarias e 1ouvores da sociedade são considerados
·grandes homens, superiores e até santos e assim se c~nsideram. Presos
aos preconceitos sociais, esforçam-se por 'conservar a bôa fama, e com is:º
sentem-se felizes e orgu1hosos. tsses são chamados, prometem que entraraº

-146 -
110
trabalho-superior, mas , em realidad e
,. , nunca atende
E cpmto.
~ m ao charnac\o do seu
Porém , o pecador declarad o, aquele qu
reconcei tos e hábitos tradi cionai s, que -á ; rompeu francam ente com
11 .1 11 0 se esforça
aos olhos d o mun d o, qu e a \)an d ona a hipoc ri sia por parecer bom os
t 1 • . -
se importar com as a sas op1111oes e preconceitos êsses e age com e
: 1 anqu_eza , sem
rados para atend er ao chamad o espiritu al embora :1• •• , • estao mais prepa.
infelizes , con d ena d os pe 1a soc1.ed ade, não' podendoue, tn. t1c10 se neguem . Os
Jnuvores debaixo das críticas e condenações dos secon ar com as honras e
' l'd d . que
<1 conhecer amarga s rea I a es, , preconc
, useb·semelha ntes , chegam
os homens d
soc-iedact'e, não poderiam nunca compreender . 1
os, aprovados pela
o pecador pode arrepender-se, e então sua experi ência .
da realidade, conquistad?s através de duras provas, lhe ser~i ;ã co~hecim:nto
ajuda no trabalho superio r. 0
e prec to')a
* * *

"PoisbJ_oão veio a vós. no chaminho da justiça, e não lhe destes crédito,


mas os pu 1,canos e meretra zes 1 'o deram".
João é o símbolo do Amor, que procura orientar os ho mens e chamá-los
ao caminho da justiça, porque é necessário, antes de tudo, que o homem se
decida a ser justo, que aprend'a a ser justo. Porém, a maioria dos homens
não leva o Amor a sério, mesmo porque é incapaz de cultivá- lo e de sentí-lo .
Não atende os conselhos do seu coração, e embora sinta impulsos melhor".:s,
nega-se a atendê-los, ou desvirtua-os. Levado pelo frio raciocínio, materia-
lista e preconcebido, abafa o homem comum os sentimentos mais nobres do
seu coração , e às vêses envergonha-se dêles.
Os que sofrem a reprovação social, que romperam com os preconceitos
mundanos e sofrem as consequências são, em geral, os que mais fàcilmente
respondem à.voz do Amor e podem avaliar o seu justo valor . Os que pecam
e sofrem aprendem a dar valor ao amor, e quand'o recebem uma expressão
amorosa e bôa, sentem-se profundamente tocados e agradec idos.
Grandes pecadores, tocados pelo Amor, tornaram-se santos, e deram
exemplos excepcionais de espiritu alidade .
* * *
"Havia um proprietário que plantou uma vinha, cercou-a comd uma
sébe, ~avou ali um lagar, edifico u uma torre e arrendou-a a uns lavra ores,
e partiu para outro país".
. · -
A vinha cercada , com um lagar e a torre, sao ªdrniráveis àsímbolo s dos
Consciência
corpos do homem, constru ídos pelo se~ Espírito e entrefues tempo. Mas,
terre~tre e à Sub-Consciência, por arrendamento, durant\~u~
depois que f:sses "arrend atários " se apossam da cons ç
1
f~n
humana, consi-
cti·reitos do seu
clera m-se
, donos '
exclusi.vos dela, e negam-se a reconhecer os

- - 147 -
Espírito, procurando liminar todos os impul sos espirituais, enviados pelo
"senhor e criador" . selt
Por fim, como aconteceu com Jesus, apoderam-se do Filho do pro .
Prie.
tá rio do Cristo Interior, e o matam .
' A Cons ., .
É O que vem acontecendo com a humanidade em geral.
·"' nc~a apo . eran.1-~e a cons I mçao umana , ecienc1a
· d d t't · - h don .
terrestre e a Sub-Cons~1e os imp 11 -
nadas peJo egoísmo e mteresses. mater1a1s, 'fnegam -se a atender 1
t - d E , · de Vida, ll sos
espirituais, e acabam po.r arrum~r a mam es açao o ~p tr~to terrest re ~ 0
Cristo Intern o, mas com isso arrumam-se, porque a Consc1 enc1a
poderá subsistir sem o "corpo espiritual", que deveria fo rma r-se com ~ao
frutos da vinha", isto é, com as fôrças que o homem deveria transfo rma r°s
devolve_r ao seu Espírito, como co_ntribuição pelos bens que recebeu par!
"administrar".
Não somos senão administradores de uma propriedad e que, em reali.
dade, não nos pertence. Recebemos do nosso Espírito uma constituição psí.
quica e física, por êle criada e posta a nossa disposição durante o período de
uma vida terrestre, e embora a maio~_ia dos homens não o possa reconhecer,
temos obrigações a cumprir para com o nosso Espírito, que não poder ão ser
abandonadas. sem graves consequências.
* * *
"A pedra que os edificadore-s rejeitaram, essa foi posta como pedra
angular".
O Espírito Interior é a base e o fundamento da vida humana; é o criado r
e sustentador de tôda existência. Se as razões espirituais da existência são
rejeitadas, se o homem se nega a reconhecer e considerar as necessidade s de
sua natureza superior, se se abandona ao materialismo e às ilusões do mundo
fenomenal, torna impossível a expansão da sua consciência, e perde assim
tôda garantia de libertação espiritual.
Sem a "pedra angular" do seu próprio Espírito tudo o que edificar estará
invariàvelmente condenado à destruição . e à ruína. Por mais que se julgue
seguro , por mais que procure convencer-se de sua grandeza ou de sua supe-
rioridade, por mais que se ilúda, mais cedo do que pensa terá de · defron
tar-
se com a ReaJict'ade, e então, todo o seu castelo de ilusões e de fantasias se
desmoronará fragorosamente.
A "pedra angular" é a garantia de qualquer edificação. Por mais belo.
imponente e vistoso que seja o edifício, êle terá seus dias contados, se não
estiver assentado sôbre uma legítima "pedra angul ar".
. Os homens rejeitaram a "pedra angular", 0 seu próprio Espírito, e edi-
ficaram um mundo falso, de aparências, de fantasias e de sonhos, e desse
sonho tr!nsformado em pesadêlo, cheio d'e sofrimentos e de dores, mesmo
assim, nao quer.em acordar.
* * *

-148 -
1 r •

se-á em d
"Aq uele que cair sob re esta pedra far- pe aços; mas aquel~
t ,obre quem ela cair, será red uzi do a pó.
_
Com a morte começa a separação e des int r~çao . dos vários veíc ulos
ano s. Per de- se o corpo fí sico , depois O v~~
1111111 chegar ~ ~i, s tarde o co rpo de
rlesejos, e por fim , a mente cot1creta . Ao O " tempi o" com rte com eça a consti
. icão humana a fazer-se em pedaços. eça a desmoronar--
,u , a.
se, peç a por peç
pa ra " não cair sôb·tre. ess a pedra angula r" , so"b re o seu próp . E , .
- em pedaços , e, precrso . no sp1nto,
evitar que sua cons t I mça o dse faça . que h
e . 'd " um ~on. t o . e apo... io" e de estabi lida e
ct· ond e o ornem
trnha const1tm .º ' ~ a sua cons-
ciência possa , fixa r-se, 1mped111do assim O pro cesso de sepa ra.çao · t
e des m
1 . t ern os. c.ss ~
e pon to de apô io êss f, . . · e.
o-ra ção dos ve1cu os m ual . ' e re ugio da consciên-
t ia, é o "corpo psíq uic o", ou esp irit
angula r O Espírito que ca·
Peor, porém, é o cas~, quando é a pedra
ição human~ se aniquil;, e nad~
s8bre a consciência. Ent ao toda a constitu
mais se aproveita.

C A .p í T U L O 2 2

rei que celebrou as bôdas de


"O reino dos céo s é sem elh ant e a um dos para a fésta, e
seu filho. Env iou os seu s servos a chamar o,s convida
• li
estes nao qu1.zeram var .
- •

s avançados estã o send o cha-


Assim está realmente acontecendo. Os mai
bôdas de Cristo, mas, com raras
mados par a o "reino dos céos" e par a as
sideram mais importa ntes os seus
exceções, ninguém ace ita o convite. Con
s, os seu s inte rêss es mes qui nho s, os seu s prazeres e as suas ilusões .
negócio
tra os enviados do Senhor, e os
Outros, ainda mais bár bar os, revoltam·-se con
aniquilam.
* * *
reuniram todos os que encon-
"Indo aqu eles ser vos pel os cam inh os,
u chefa de convivas".
traram, maus e bon s, e a sala nup cial fico
inho
· . par a as bôd as de Cnst · ·ct o a todo
· o e, d'1ng1 _ s·, o _Cam 0
vite
maus~" to~o-s sao chamados ª
HOJe, o con
iação está abe rto par a tod os; bon s ou
da Inic
da Consciencia ·
Entendimento Espiritual e à emancipação CORPO
" t pcial" ' o•tal
ar-s e com a ves e nu
Basta "ac eita r o convite" e pre par es superiores do corpo vi ·
ESPIRITUAL, que se org ani za com os éter
1/ • •
,, t t • 1
• .. ~ 1

,..
* * * J' ..... 1

149 -
"Mas entrando o rei para vêr os convivas,
notou ali um h
não trajava vést e nupcial e per gun tou- lhe: -
Am igo com o entr ast: nie~ que
ves te nupcial? Ele porem emu dec eu. Então
o rei diss e aos servos·ªqu, se"'
de pés e mãos, e lançai-o nas trevas exte rior
es; ali haverá choro· - Atai- 0
de den tes" .
e 'ª"9e,
Com a form açã o d o "c?r_P? espi r~t~ al" ª.
das ]imi taçõ es terr estr es e m1c1a a vida es S:on sci ênci a hum an a se li
piri tual e perm anen te li db--rta0

seu Cris to, a o E spír ito de Vid a, des pert ad


o e m seu inte ri o r. ' ga O ao
Tod o o proc esso de evo luçã o espi ritu al
se bas e ia na fo rrnacão
"co rpo psíq uico " que o hom em dev e apre nde 1
r a form ar pel o pod er de su~e re
Os c_orpos inte rn os que os Pod eres Div in o s
lhe ~rop o r~io narn não poctee.
ser man tido s e con serv ado s sem um pon
to de ap o io e fix ação . o co. tn
fí s ico o fere ce êsse pon to de apo io dur ante
a vida terr estr e, mas , ao percte'tº
corp o físic o, é prec iso que haja um novo
ponto de apoio, préviam ente pre~
para do, para se gara ntir a con tinu idad e da
con sciê ncia e a con se rvação do
corp os. Sem êsse nov o pon to de apo io, todo 5
o edif ício se desm oron ará.
A form ação dess e corp o espe cial , etér ico,
no qua l o hom em perp etuar.:í.
a sua con sciê ncia e se libe rtar á das limi taçõ
es mat eria is, é o gran de mi stér io
do Cris tian ism o.
Cer tas prát icas ocu ltas , espe cial men te de orig
em orie ntal , fo rçam o des-
lor.a men to da con sci ênc ia par a o "co rpo de
dese joso s", mas nest e caso o pr<l-
tic-ante, emb ora mai s ou men os con scie nte
dos plan os que pen etra , enco ntra -
se imp ossi bili tado de agir por sua con ta ,
"é atad o de mão s e pés" , send o
dom inad o por corr ente s e fô rças natu rais
daq uele s plan os, que emp rega m
com o inst rum ento de sua fata lida de. Nes
sas con diçõ es o indi vídu o não pode
ter nen hum a libe rdad e de ação , e aca hará
por sofr er terr ívei s reaç ões , de
con sequ ênc ias des astr osa s. Não pod end o
equ ilibr ar-s e no amb ient e astr al.
será viol enta men te dev olvi do ao corp o físic
o, às "tre vas exte rior es" , ond e
con tinú a a hav er chô ro e ran'g er de den
tes. Cad a vês que o hom em se
reen carn a é lanç ado tam bém às "tre vas exte
rior es", volt a à con sciê ncia exte-
rior , sup erfi cial e mun dan a.
Tod a tent ativ a de pen etra ção nos mun dos espi
ritu ais, sem o "co rpo <:'s pi-
ritu al" oro- aniz ado e libe rtad o, é des astr osa
b .
* * *
"Pois mui tos são chamado-s, mas pou cos os esco
lhidos".
Alg uma s vêse s na vida mui tos sent em o cha
mad o do seu Esp írito , mas
são raro s, mui to raro s, os que se reso lvem
a aten der êsse cha mad o e pen etrar
reso luta men te no Cam inho da Pre para ção .
Par a ser esco lhid o é prec iso que
se este ja prep arad o, essa é a que stão . Êss
e cha mad o não vem de fóra . Vem,
cert ame nte, de den tro.
Tod os a_queles qu~ ~e~ tem inte nsa curi osid ade
sent em atra çao pelo M1s teno , que têm sêde
e dese jo de aprende_r , que
de con hec ime nto, estã o "ouv indo ª
voz do seu próp rio Esp írito ". Hoj e são mui
tos os que ouv em essa Voz que
os cha ma para o mist ério , para o tran sce~ den
tal, par a o extr aord inár io • p n-

-15 0 -
, 111
..
não basta ouvir essa ·Voz; é preciso "e n t en de-la"
t t t
re ão' escolhi'd os, en re an o, aqueles que atende d e obedecê-la S,
t· .
se reparado dev1'd amen te. A mesma Voz que chan o ao. cham ad'o i~erem seo
ma onentará o aspirante no
f;minho da prepa ração .
* * *
"É licito ou não pagar o tribu to a César~"

Neste mundo temos obrigações e deveres ' qu e o e1es t,no .


.
e as, c1rcun
. - T d . r o nosso tribut o a s-
tância s nos tmpoe m_. emos e paga O nd
direito de viver nele . O dEspírito é O primeiro a reconhecer q mu o, para ter-
11 os O t 'b ue o
,
homem ' deve paga r o seu n uto, eve cumprir as suas ob . _ os seus
deveres, deve respeitar as autor idade s deste mundo e obedecreigaçoes e orclPn s
· ·t· • ser r aas suas d ~ . , .·
De forma a 1guma o h omem se J ustt 1cana nem poder ia prova o espm
' Foi a fa lta d~
tualmente :e se nega~ se .ª paga r o s~~ tribut o ao mund o .
sos espi-
comp~·eensao dess~ rnme1_r~ d_ever esp1ntual que levou muito s preten sos ele
ritual.1sta~ a condtçoes d1f1ce1s. e desas trosa s. Exaltados por exces
onceitos
!magmaça?,, ~ crendo-se sup~nores a t?do mundo,_ liv~es de "prec s
1gnoran_tes , J~lgaram pode r isentar-se das suas obngaçoes e deveres sociai
am-se a
e morais. Viam em, tudo falha,~, preconceitos, ignorância , e negar te 0
tamen
"dar a Cesar o que e de Cesa r , e o mundo cobrou deles violen
que não quizeram paga r por bem .
justi-
Por mais alto que estej a um homem na escala evolutiva, jamai s se
ndo. A
ficaria, deixando de cump rir os seus deveres e obrigações neste mu
Cesar o que é de Cesa r; ao mundo o que é do mundo.
* * *
Deus vos
"Quanto à ressurre1çao dos mortos, não te·ndes lido o que
de Jacob?
disse: - Eu sou o Deus de Abrahão, o Deus de Isaac, e o Deus
Ele não é Deus de mort os, mas de vivos".
u~-
A seita dos-Sadúceos, em oposição a dos Farizeus, não admi tia a ressus1-
excl
reicão dos mortos e a etern idade da alma humana . Era constitu ída
da filo-
vari,ente da classe mais rica, influenciada largamente por princípios
sofia helênica.
Cristo, porém, confirma, positivamente a ressurreiçã_o, d~claran do
que
posSuem
Deus governa um Universo de sêres q_ue vivem realmente, isto e que
uma consciência positiva compléta livre e permanente. Se ºª? . terreS t re
houvesse
para o homem comum a' possibilid~de da ressurreição a existênci~
ma ª lll~~~
não teria nenhuma significação e toda a questão espiritual se redu: 55 1
fantasia inútil e nem mesm o Deus preci saria existi
. ·t
r,
l
desde
ente
_que
incon
~~-º
,uen
P ª ª• :~
1es. 111
d , • ' A efêmera
e um Deus de "mor tos" isto é, de sêres esptrt ua m
possibilitados de "ress us~it ar" ' portanto incapazes de evolmre.nhttrii 'a- siITTti~
;,
'd a terrestre não passa ria de um capricho da na t ur eza '
· se111 n
v!
ficação reaJ. materialismo ''científico", 11 1
Assim viviam os Sadúceos, no mais cras~o só pensando em
cumprindo a Lei Mosaica por simples formalismo , mas

- 151 -
, '
• 1
1 . 1

.I
acumular nquez . a terrestres e gozar a vida mundana, da maneira ma·
s d h is ag
dável Ainda hoje a mentalidade mun an_a ~compan a, em grande e:xten/ª'
o ponto. · de vis . ta dos sadúceos e o matenaltsmo extendeu-se largame t . ao
, n e co '
0 avanço da ciência moderna . . , . . 111
,
Porem o que · 111 porta considerar . e o sentido intern o dessa de"I
1
. t
.
' 0 trabalho de Deus se reahza e se confirma através da
. '- arac
e
de ns o. ·ram dentre os " mor t os ,, , daqueIes d
que se espertaran, pa es
; a ()
q11e1
que res Surgl . h
·ra Vid'a . A vida que o omem con hece com sua consci.ência rat a
ver dade 1relativa lnmtada
• • •
e restnng1 'd a, nao - e; a ver d a d eira
· V I'd a . Cad a .er-
1
res re e , D d E
t errestre é uma oportunidade que eus conce e ao sp1,n.to Human o pvida
conquistar essa Consc1enc1a ..... · mais · a lt a, m · depen den_te da c~ns t·t 1 u1·çao
- fí sicaara_
a liberte para a Eternidade, para que comece a vJVer a V1da Espi ritual > real
e permanente.
* * *
"Amarás o senhor teu Deus, de tod'o o teu coração, de toda a tua alma
e de todo o teu entendimento. Este é o grande e prime iro mandamento. 1

O segundo, semelhante a este, é: - Amarás ao teu proximo como a ti


mesmo. Destes dois mandamentos depende toda Lei e os pro,f étas".
Amarás ao senhor teu Deus. Note-se bem que o Evangelho de Matheus
emprega um adjetivo possessivo de imensa significação aqui, o adjetivo TEU .
Em cada homerri existe verdadeiramente um Espírito, um Deus interno 1
que lhe pertence exclusivamente, o ~eu Criador, o seu Deus. O hom€m é a
criação do seu próprio Espírito, uma Entidad,e Divina, parte do grande Deus
Universal. ·Dentro do homem reside o seu D•eus, o seu legítimo Senhor, que
não só o criou como o sustenta em todos os momentos de sua exis tência e
não poderi~ nunca afastar-se dele, porque o ama divinamente.
Embora a consciência humana não possa ainda sentir e perceber a "di-
vina presença" do seu próprio Espí-rito, ele sempre está presente, suportando
tôdas as condições e sofrendo com o homem tôdas as situações.
Cada ~xistência terres!~e ~ u_ma te~tativa que faz o Espírito Huma!lo
para conquistar uma Con~c1enc1a hvr~ ..e 1~dependente, que possa imortalizar-
~e com E'.le. O homem e essa consc1enc1a, que deve ligar-se ao seu Criador
e ~~ortalizar-se, ou ~ere_cer. :º_rém, a c?~sci!n~ia se desperta numa consti-
tu1çao terrestre, restrmg1da e hm1tada, suJe1ta a influência do ambiente mun-
dano, às sugestões e preconceitos da mentaliciade materialista e falsa cio
mundo que o cerca desde o berço.
Brota a consciência num organismo ainda incompleto neo-ativo e incle-
f eso, extremamente sensíve1 ao ambiente, e lentamente se co~plcta sem poder
rscapar um momento , da influência pesada da mentalidade mu~ct'ana. Ao
c?nt1pletarem-se os v~1culos de expressão do homem o que só ocorre aos
vm e e um anos mais ou me .... . '
pelas ilusões e f~nta • d nos, ª sua consc1enc1a já está tão dominada
1

1, ouvir a Voz do seu


.... .
J~ª~ -t
111 nd0
du , qu~ não lhe é mais possível nem mesmo
p1n o, o seu Cnador e do seu 'Deus
A consc1enc1a humana é li ·
forçá-la ou impedir a sua libe dvrJ., . e ~em mesmo o Espírito interno pode
r a e, nao pode obrigar a consciência terres-

- 152
, tre a
obedecê-lo.
. · - h
Êsse é o problema .
crucian te d o Espírito
a const1tmçao u!11ana, para que nela
urn I e-- le tem necessidad e, a fim de to, brotasse unia consc1 H ~n1 an0 . C .
ua
q ta e indepen en e .
r::, d t M 1 nar-se ê . riou
as , a consci ên . uma Entidad nc1a livre li
pi~ ar pela influência mundana , identi fica ei a terrestre deix a-e Espiri tual ~on a
11 1
~ :scrava das condições externas, das il~ : õ~~m as condi çõe:ete~~olve r e d~:
y
soderá ouvir a o z do seu Criador ' e qu and o d a f orma, e assim st~e.s,. torna _
a ouve não lhe l' , d1f1 c1 lrnl'nte
p se a atende-la.
nega- , . . e a maior valor .
Essa é a tragedta do Es pírito Human o ,
•-:, rici·a terrestre dentro da constitui ção que' cri q_ue tein de su 1·eitar -,se a, u
c1e ou e
ve não o atend e, e nem mes mo o conhece . , essa con sciênc·a _>ns-
1 nao ,,
ou ,
No segundo grand~ mandamento se ensin a
(;eu próximo, como a s1 mesmo . Aqui há duas que_ o h?mem deve amar a
· erar Na pnmeira,· · , coisas 1mp t ()
d : . que e preciso- notar bem, recomendaorantes a consi , -
. t , l -se que amemos
D proxuno, 1s o e, aque es que estao perto de nós
estão a qualquer rhomento en1 contacto conôsco Ê que nos rodeiam, que
O
que temos· de treinar o amor e aprender a ·amar · 0 com ~osso próxim0
em "Amor à Humanida de", mas O nosso amor p·ela huve-s:dmduitas vêses falar
' · N- umam a e deve come ça r
P elo amor ao proxcmo. ao se aprende a amar sena - o "ex •t d ,,
erc1 an o o amor
·t
e só se po de exerci ar o amor com aqueles que nos rodei·am · O amor, comor
,. ·d ~ h umanas, desenvolve-se com ·0 . É somen
todas as capac1, aues . O exercíc 1 , te
com o n~sso prox1mo, com aqueles que, estão em contacto conôsco que pode-
mos "tremar" o amor. ·
A mais triste r~a!id'ade deste mundo ~ que o homem ainda não aprendeu
a amar. Confundimos Am~r com "dese10" e com "apego". O amor ter-
restre é tão mesclado de interêsses .pessoais e mesquinhos, tão exclusivista,
que perde suas principais caracterís ticas, que são a impersonalidade, a dedi-
cação e o altruísmo . O amor terrestre é absorvente, apegado, ciumento.
escravisador. Amamos · aqueles que correspondem ~os nossos interêsse~~que
nos agradam, que estão de acôrdo conosco, que aceitam os nossos capncho~.
que nos louvam e nos considera m.
Com ·a maior facilidade deixamos de amar e passamo,s a_té a odi~r, nd1
rnuit~:
vêses por uma insignific ância qualquer, po.r um amor propno ofe do, e ª
por uma desconfiança sem nenhum fundamento· .
O. 0 que é o Amor. E po r
. Prova-se com isso que não sabeJ?1os nem m~SJ1! mor e todo ensino
0
isso q_ue todo o Cristianismo se baseia ne~se prmcipi 9 , Aama'r e estimulá- lo
de Cn~t? tem por principal finalidade ensinar O homem ª
ª corng1r essa sua maior deficiência. . 0 pouco amor
que ofe rece
nd0
Em realidade o homem só ama a si mesmo, ~10 êsse pessoal. Qu~
ao~ outros tem se~pre un1 fundo de egoísmo,. de ,~r~arás ao teu próximo,
Cn st0 mencionou êsse segundo mandamento · - de todos os problemas_
como a ti mesmo" sabia bem que aí estava a chave próximo, como nos
a sl
uma
'
humanos. Quando o homem apren er a d amar o seu
. ,., fàcilm ente, e terei
rnesm 0 t" _ 8 e resolverao
d segurança.
, odas as questoes humanas
nova idade de ouro, de paz, de felicidade e e

_ 153 -
qu ai q~e~~~~,~~~ã~eve ~~: ~~ :i
phe; ~;~s~a ni~e- sólel~ect~or pode_rá chegar
desenvolver-se a ~apacidad'e de amar, com absolu to pem en'h~m pnmeir_o luga~
Ser~ 0 desenv olvimento dessa capac idade não há mai~res e d_~t_e~minação
ma10r demonstração de qu e se aprende u a amar é eh egarposs1 tltdades. A.
a amar t·
noss
os
· ·
1111 111
·
1gos, aqu eles que não nos amam , como dizem com . ª e os
-os Evangelhos. muita razão

P ara ap rende r a amar prec isamos tre in ar com o nosso próxim o te 1


qu e nos exercitar em expa ndir os nossos sentimentos e externá-los ~m ~1° c;
<le am or, de a mi zade, de sim patia e altru ísmo. ª oc;
* * *
"Na cadei ra de Mo,isés se assentam os Escribas e, os Farize us Faz .
observ ai pois t~do quanto ele,s vos disserem, porem não os imite i~ nas :~a:
obras, porqu,e d1ze,m e não fazem".
A _"cade ira de Moisés" representa o govêrno do mundo, que, há muito
tempo Já, não está mais nas mãos de Homens Superiores e Livres, de Inicia-
d os, que Moisés representa. Tomaram conta do mundo os "escrib as" e os
" f a rizeus ", os intelectuais e os sacerdotes de tôdas as seitas. Conhecem
bem a letra da Lei e todos os preceitos da religi ão, sabem argumentar e
·d iscutir , sabem falar largamente, procuram convencer a todo mundo, mas
nunca se convencem a si mesmos. Não exageramos absolutamente e nem
deseja mos dizê-lo como crítica, mas podemos afirmar, categà ricamente, que
não poderi am, d'e forma aJguma, empregar os métodos que empregam se esti-
vessem convencidos, isto é, conscientes, dos princípios que pregam , teórica -
mente . Aconselha Cristo, muito sàbiamente, que se faça o que êles dizem ,
mas não o que êles fazem , porque êles mesmos nunca cumprem a Lei e os
princí pios que ensinam. O que dizem é certo, porque repetem mecânica-
mente as palavr as da Lei, que aprenderam , mas não "entenderam " . Por
isso "dizem ", ensinam, mas não fazem. Nos tristes tempos que atraves -
samos essa terrível verdade é tão francamente manifesta que já não se pro-
cura salvar nem mesmo as aparências.
O intelectualismo só tem uma intenção, criar um Personalismo, é o seu
único objetivo real, embora pareça às vêzes dedica r-se aos inte rêsses supe-
riores da humanidade. O sacerdócio não passa de profi ssão rend'osa, e o
que se defende não são mais os interêsses espirituais da humanidade, mas
-sim os interêsses muito ·particulares das castas e das seitas, os privil égios e
as honras mundanas .
* * *

"Atam fardos pesados e põe-nos sobre os hombros dos homens, eatre-


tanto eles me-smos nem com um dedo querem move-los".
Indiscutivelm ente, Cristo diz uma terrível realidade. Os escribas e fari-
zeus, .dirigentes . d'o mundo, criaram sempr e todos os pesados fardos,., de pre;
-conceitos e de temores, de regras e imposições, de deveres e obrigaçoes, qu

- 154 -
. ,
r
., '1

1 1 '

am qu e acab runh am e esma gam as almas humana


que . s. Mas, protegid os
preo cup ·ivil égios, pela s tr adi ções e fal sos direitos
dom int;v oca m sem razã o,
pel?5d ptpela admiraç ão e fan ati smo das mas sas que
de aju da~ : ~eu bel_praz er,
e .ª1~~ 1: ente se esquivam os escr ibas e fa ri zeus e a
ha~_ o·ar os pesad os fardos que cri am, nem mes
1 mo com um dedu0man ,dad
, corno bem
cai 1e::,.
diz Cri sto . * * *

"Praticam, pore·m , ~od a! ~s suas obra s par·a se•re·m vistos elos h


as suas f imb . P e gostome ns~,
. largam os seu sb f1lacteraos de alon. gam
• f

. raas a m d0
a uete s, as pram e n as cade i ras nas sina . ,
Po,s
. e,·ro lugar nos anq h goga s das
Prun d m e ama dos - mes tres pelo s h ome ns .

ões nas praças e e se1·e
11

sau dac
J
• ,

Havia certame nte, f raz· ão para · que Cristo não ·fosse abso luta men t e apre-
' · d aqu eles tempos , que por fim O conde
·ado pelos escr ibas e anzt eust t o, e, que em todo s os tempos e aindnara m·
c1 . t
an a h .
O que é preciso. no ar,
en re ' OJe)
e .t
continuam a od iar a ns o e a con ena - o. Há
d ' l uma coisa que os escr'b
sôbre a sua situação . ~-s~~
e fa ri zeus não ~dmit~m, é que se diga a verdade
é O trech o mais pen gos o do Novo Tes tam
ento , e por causa dêle fo ram os
leitura proibida dura nte sé-
Evanaelhos proscritos e con den ado s, sendo a sua
De uma coisa podemos esta r
culos0aos povos que se con side rava m cristãos .
não perdoam essa críti ca
seauros, é que aind a os escr ibas e farizeus de hoje
mente, faze m tudo o que
e/ Cristo, e se ago ra nào podem condená-lo publica
e desviar dela a atenção
lhes é possível para disf arça r, encobrir, ridicularizar
do mundo. J\,\as ela con tinú a tão verd ade
ira há dezenove sécu los atr fts
como hoje. ica:
Vejamos dest acad ame nte cad a trecho dessa Crít
homens : para conq uistar
- Tudo o qué fazem é para serem vistos pelos
far7J.a e honras mun dan as. ·
r os seus rótulos de
- Par a alar gar os seus filactérios; para aumenta
preconceitos e de san tida de.
-se com belas vestes, im-
- Par a alar gar as sua s fimbrias; para ostentar
pressionantes e priv ileg iada s . .
- Gostam do prim eiro luga r nos ban que tes. . .
as; hoje , dos lugares de
- Gostam das prim eira s cad eira s nas sinagóg
honra nas igre jas ... ras e homenagens po-
- Gos tam da s sau daç ões nas praç as; das hon
-
pu lares. t los homens . quersem q ue
res, pe ser o~ivido e obe-
- Gostam de sere m cha mad os - me.s eita das , querei11
as suas pala vras seja m con side rada s e resp
decid os, e .o exi gem , por bem ou por mal •
* * * só um é o
d "mestres", porque
"Mas vós não queirais ser chama os
, ao avanço espi-
vosso ~Aestre, e todos vós sois irmãos"· 1 . t a-sr
obstacu osa cois
'd d - o terríveis·abe al gum a orn
O orgu lho intelectual e a vai a e sa
s
ritu al. Qua ndo o homem se conv ence de que
_ ] 55
orgulhoso e só pensa em exibir-se e explorar os seus conhe •
grande problema deste mundo é que todos pretendem ser mest cimentos. o
cura~ aparentar que sabem tudo, ninguém quer sincerament:es, todos Pro~
sua ignorância. No campo do espiritualismo especialmente todreconh_ecer a
, 'b'ios quan d o 1eram a 1guma coisa
sa · e tomaram' '
simplesmente coos hse Julg
. a111
superficial de alguma coisa. A maior parte dos estudantes con te;ta~cimento
nas com o suficiente para mostrar que é capaz de discutir e dar O ~e .~Pe-
Muitos nestas condições, com um pouco mais de desembaraço e pf/nioes ·
dade, levados por uma vaidade que se expande com os apa rentes susconali~
a 1cança d os, arvoram-se em " mes t res ,, e es f orçam-se por conqu istar act essas
·
· dores e seguidores. Entretanto, o conselho de Cristo é que não se pre~~rt
sr mestre ou guia de outrem, porque só essa pretensão atesta absoluta incorn~
preen~ão e inca~acidade espiritual. Só a mais crassa ignorância das Leis
Supenores, a vaidade e o orgulho intelectual, o personalismo mais acentuado
podem levar um homem a essa infeliz e perigosa pretensão . Muitos estu-
dantes têm-se desencaminhado fatalmente, por essa razão. Com prenda-se
que aqueles que se arvoram em "me~tres" e pretendem guiar os outros à sua
maneira, assumem uma terrível responsabilidade e responderão por todos os
prejuízos espirituais que a sua intervenção e suas sugestões puderem causar
aos que o seguem. ·
No Esoterismo Cristão não há "mestres"; há Instrutores e auxiliares.
Os mais experimentados e esclarecidos instruem, isto é, ensinam a Doutrina,
como irmãos mais velhos, sem procurar nunca forçar opiniões próprias . Ja-,
mais procuram restringir ou afetar o livre arbítrio, a absoluta liberdade~ da-
queles que o ouvem. . O Instrutor é apenas um expositor da Doutrina, e todo
o seu esfôrço sé concentra em tornar-se um instrumento consciente e inteli-
gente, .tão perfeito quanto possível, de exposição da Doutrina Cristã. Seu
trabalho será tanto mais perfeito e útil quanto mais IMPESSOAL e DESIN-
TERESSADO êle fôr.
O Esoterismo Cristão não se discute, não admite especulação intelectual,
não se pode forçar, não se impõe pela. fôrça de argumentos. O Ins~~ut?r
esotérico não poderia ter orgulho ou vaidade, porque sabe e tem consc1enc1a
de que não lhe seria absolutamente conveniente esc?n?er a sua pobreza ~om
penas de ·pavão . O Instrutor sabt que, ou oferecera hberalmente a Doutnna,
tal como ela é, ou nada de valor terá para dar.
O Esoterismo Cristão é UMA LEI ESPIRI.TUAL, é um plano de evo•
lução, é UM MÉTODO DE DESENVOLVIMENTO, é uma "Regra", que
há de ser livremente compreendida e aceite, e expontâneamente seguida, para
que produza resultados reais.
O único lgítimo Mestre do h9mem há de ser a sua própria Luz Espiritua~,-
Como diz o Evangelho, os homens serão finalmente "ensinados por Deus,,,'
· pelo seu DEUS INTERNO, pelo seu próprio Espírito Ressuscitado, e entao
serão conduzidos seguramente para sua própria libertação.
* * *

- 156 -
' 1
,r,
1 1

"Mas o maior dentre vós será o servo de tod os ,, .


Só há uma prova de superioridade real , 0 SE RVI ÇO 1
. e desinteressado qu e se presta aos out ros para - . d f\'\P ESSOAL, aino-
ios própria Luz e entrar no Caminho da Real ização ª1~~-los a encontrar a
0
1
~~t ª81 não há desenvolvimento e superioridade sem A.LT Rªuº·shá serviço .espi-
11 LI , •• , , • • • f d I MO S · é
naior pnv1 eg10 e a umca orma e s.e avançar no Cam .in ho ·Esp1r· .erva
o l ct·· - · • 1t \ .
ua
Aqueles que se 1spoem a servir os seus irmãos êsses au t
·a Luz e conquistam uma Autoridade Espi rituat' que se imm: n am ª.sua pr6-
pr ) Imen t e, os ma101
· . • , ' poe por s1 mesma
es, e 111nguem pod erá contesta O ., .
Serão natura
.. :. les as coisas não caminham · ' r seu d1re1tn
Sen1 e
* * *
"Quem se exaltar será humilhado; e quem se hu milhar será exaltado." .
· Toda ex~Itaçã<: é ex~ress~o do PERSONALI SMO e do Egoísmo, e
tôdas as mamfes!açoes ego1stas reduzem o poder espiritual do homem. Sã o
expressões negativas que humilham espiritualmente e colocam o homem numa
falsa posição, na qual não poderá sustentar-se e da qual cairá inevità-
velmente.
O desejo de ser grande, de ser importante, de ser maio r do que os outros
é uma expressão essencialmente egoista do corpo de desejos e se a mente se
subordina a êsse desejo o poder espiritual. do indivíduo é hum ilhado e anul ado.
O orgulho e a vaidade são expressões do Personalismo Egoísta, que impedem
a manifestação do poder espiritual, e acabam arruinando-o.
Humilhar-se é reduzir e anular o Personalismo, é vencer o egoísmo, é
libertar-se dos impulsos das fôrças repulsivas do corpo de desejos, é liberi:ar
a Mente da escravidão dos desejos; então a fôrça espiritual do indivíduo se
dinamiza e se exalta, dando-lhe poder e autoridade, incontestáveis ..
O grande trabalho do Aspirante é reduzir e anular o Personahsfl!o, para
que a sua Consciência Espiritual possa desp~. .rta~ -se e c.resce~. N ao pode
haver verdadeira espiritualidade , não há consc1enc1a sup~nor, nao P?,de haver
~oder espiritual, enquanto O homem se conserva escrav1sado pelo persoíla-
ltsmo" terrestre.
* * *
"Mas ai de vós Escribas e Farazeus• ' ·ta s, porque fechais aos
h'apocra - ho-
, • d · ais entrar os que
me~• o reíno dos céos; pois nem vos entrais, nem e,x
estao ent,rando". .
• • 1 Ambos pretendem gwar
Tenível advertência aos Escrtbas e Fanzeus · t ara onde ; tarnbérn
0 _ mundo, mas em realidade não sabem absol~ta~encinfunto que continuem
nao lhes importa saber para onde o mundo camtn~ ' ~ Para isso empre-
os seus privilégios a sua autoridade e a sua dommaçaof.t ' sntas controvérsias,
. . ' . . .
g~m todas as armas e tôda hab1hdade.
e 0 m os seus so '
h. crisia religiosa Ievan am
t
discussões com o materialismo intelectual e ª •P~ .. e, 1·a humana, impedem
,'
uma ternvel barreira ao desenvolvamen

°
t da conscaen
bô f, dos simples, aca ª
b ndo
ª livre expressão do pensamento, perturbam ªh a-nse
. a dos orne •
por arruinar a bôa vontade e a con iançf

-157 -
O oraulho
º intelectual e a hipocri sia dos pretensos "guias" emba.
. chegar ao en_t enc1·•·tm e~to es p1ntua]
.. iacarn
'as mentes simples, que _p~denam , não fôsse
a massa de idéia s sof1 st1 cadas, fal sead as e rnteresseir as, que sao im post
. , . as
como coisa sena .
A bôa fé e a in g~nuidad~ das almas human as s~o. b~rbaramente exp\o_
radas pelo intelectuali smo vaidoso e pela pseudo-relt g1os1dade, que fech
,
realmente para elas as P?rtas do ce? .. N ao
- f,. t .
osse a pre ~n~to~a e falseada
ani
intervenção do intelectualt smo materialista e da falsa rell g1os1dade, muito
encon trariam , com maior facilidad e, o caminho da verd ad eira espiri tualidacl1: ~
* * *
"Ai de vós Escribas e Farizeus hipócritas.! porque rodeais o ma, e a
terra para fazerdes um proséUto, e depois de feito o tornais em dobro mais
filho da Gehenna do que vós".
Para conseguir prosélitos, para fazer adeptos, o intelectuali smo e a
pseudo religiosidade desenvolvem todos os seus esforços. Com refinad a
astúcia e habilidad'e lançam suas rêdes de idéias, de sugestões, de propagand a,
de exal tacões sôbre o mundo, e colhem muitas almas.
> '

Mas as almas simples, de bôa-fé e esperançosas, ainda inexperien tes , apa-


nhadas no torvelinho dessas idéias, dessas sugestões e dessa propaganda,
desses preconceitos e imposições, perdem a sva liberdade e a capacidade
intuitiva de se encaminhar para a verdadeira espiritualidade . Tornam-se
maníacos, fanáticos na defesa das falsas idéias e princípios preconcebidos
que lhes incutiram sistemàticamente. Tornam-se instrumentos cégos dos seus
"guias", os escribas e farizeus, e mais do que êles, entregam-se às fôrças
da fatalidade.
-
Gehenna era um lugar do vale do Hinnon, em que se oferecia sacrifícios
humanos. É bem o símbolo de um estado em que já não há consciência e
a alma se embrutece, se sacrifica e se destroi.
* * *
"Ai de vós guias cégos, que dizeis: - Quem jurar pelo santuario nada
é; mas quem jurar pelo ouro do santuario, fica obrigado ao que jurou".
Pouco interessa ª?s Escribas e Fa_rizeus que os homens aprendam real-
mente, o~ levem a séno, as suas doutrmas, pois não dão o menor valor aos
comprom1ssos_ assumidos ~em nome do Santuário e dos seus Princípios" .
.l\1~s, 0 que nao t?leram,. nao }dmitem e não perdoam é que se deixe de cum-
pnr os compromisso~ feitos em nome dos interêsses do santuário" do seu
ou ro, dos seus negócws. '
. , ~ouco 1h es importa que se abandone ou se esqueça os compromissos dott·
t rmanos que se viva como se · t e
garantir' os interêsses f . qmzer, contanto que se continúe a susten a~
telectualismo e das 1· l~~nce1ros das vastas organizações, que fazem do tn-
re igioes grandes negócios .
* * *

- 158 -
,, Ai cÍe vós, Escribas e - Fariz.eus hipocr't !
d e cOfflinho, e tendes negligenciad~as porque dizimais h
o ell !OqueOsão a justiça, a mise,ricordia e a t,·d· º,-~dPd·receitos mais imª ortelã,
da Lei, . e 1 ·a e". port antes.
·ês coisas. os• Escribas ~ Farizeus não sab erao
e os ~
nu nca: o que é .
. T t que é m1senco r 1a e pet·d ao,
, d'
o que é tealdad
se resolveriarne. a Mesrn:) que chegas;~s-
co1º11preender.
at1ça, , . t nunca
estas , coisas, res pe1t, 1 , ,m
··bas e fanz eus so e JU S o o~ que lh es interessa · N~ ~as. Para os
e"c11 - ao tera 0 · ,
e~ nunca perdoarao aos - • nao conco rda rem com os seus .mt mise
que .. ricórd ia
res Nunca se rao 1eat s a um. princípio senão enquanto lhes eresses parti-
convenh
cu a .
l
Sabem usar· dlargamente
d· d 1· muitos"
" de " temperos" ' co m que encobrem "' ª ·
,argo e a rum a e os a 1mentos mentais e emoc· . o goste,
~::rig'am outros a ingeri r. 10nais que olerecem e

* * *
,
. cegos.
"Gu1as . e engulis um camelo" .
. um mosquito
' que coais
. .c o~1 r~quint_e e ar~e. os escr_ib~s ~ _farizeus sabem dar exageradas im -
portancias as coISas m1n1mas e ms1gmficantes. Com fin a subtileza sabem
tratar das minúcias e ' particularidades mínimas, das pequenas coisas, que,
em realidade não têm nenhuma importância, mas nem siquer tocam nas gran-
des questões, realmente sérias e importantes. Não admitem, e criticam
ásperamente as falhas mínimas, mas não vêem nunca as grandes f alhas e os
grandes problemas. O seu método sempre foi o mesmo. Sabem disfarçar
habilmente o seu abandono dos grandes problemas da al ma, para discutir
interminavelmente as coisas insignificantes e se~ nenhum valor real.
Procuram unicamente "salvar as aparências", com excessivos e ~xage-
rados cuidados nas pequenas coisas. Para impressionar os seus s~gmdores
d atenção pequenas cmsas,
das, importante ma1s-
e despertar admiração cuidam com - muita ·1 e tem rea
O
temem e evitam sistematicamente tratar aqui que e
mente valor.
* * *
aos homens, mas
st
"Assim também vós exteriormente pareceisd i~ o ·S
· cheios
or dentro estais · ' e de iniquida e ·
• de h.1pocr1s1a
na_- constitue
. 0
P ,. . parecer 1usto or-
EspiJ!i tualmente nada valem as aparencias · considerem 1uS!os, P"
h . os outros nos . QUE SEJw
nen uma garantia . Pouco importa que O que im porta e o eus.
que se enganam com as nossas aparê cias·n a aprovação do nosso
MOS
I t REALMENTE JUSTOS, que contemos com .
·1O espec1al-
n erno, do nosso Espírito. O homens em ge ral rn ut n,un do' não
.., -oe do
. l:.sse é o grande problem~ • . s tam com a opin•a
. mente os escribas e farizeus so se _impor
com a opinião de Deus a seu respeito·
_ 159 -
ÇAPiTULO 24

, "Declara-nos, quando sucederão estas coisas, e qual o sinal de tlla


~inda e do fim do mundo?"
A segunda vinda de Cristo e o fim do m~ndo tem do is sen tidos. Êle
mesmo prometeu que voltaria antes do fir_n do ~undo, r:ara. c_om pletar sua
obra de salvação, mas nessa segun?~ manifestaçao ~ le na~ vi ra fisicamente,
isto é, não empregará um corpo f1s1co . Êle voltara no corpo espiri tual "
etérico O mesmo que lhe foi oferecido por Jesus de Nazaré, e se conserv~
d esde ~ crucificação. . Hav~rá um. :'fif!I do mundo" , dest: mu n~o criado pel~
ignorância, pela fanta sia e 1!1co11s~1enc1a humanas , mas nao o fim do planeta
o u da vida terrestre. 1'~as, isso amda vem longe.
Num sentido mais profundo e espiritual, há um fi m do mundo para todo
homem , quando chega a Morte. O homem é cha~ado "microcósmo", 0
pequenq inundo , e êsse mundo pequeno começa a desmtegrar-se e a destruir-
se com a Morte .
Os veículos separam-se e se desintegram, em seus respectivos planos.
Perde-se o corpo físico; depois o vital; mais tarde o corpo de desej os e a
mente concreta. Finalmente, só resta o Espírito Hu,mano, que guarda o
extrato de tôdas as experiências passadas. Do homem terrestre nada mais
resta, senão um ·aglomerado de registros mecânicos, que se dissolvem ten-
tamente. O microcósmo desmoronou-se,. e -jamais será reconstituido. Quem
volta para a reencarnação é o Espírito Humano, com um pouco mais de ex-
periência do que antes. Construirá uma nova série de veículos, novos cor-
pos, um "novo mundo", no qual fará urna nova tentativa. Em cada reen-
carnação um novo mundo se forma, um novo microcósmo, para expressar um
novo homem.
* * *
'Vêde que -ninguem vos engane. Pois muitos virão em meu nome, di-
1

zendo: - Eu sou o Cristo, e enganarão a· muitos".


E' preciso que -se compreenda bem que Espiritualidade é uma questão
interna; é um desenvolvimento de capacidades, um desdobramento de cons-
ciência. De fontes externas podemos receber algum auxílio, instrução e es-
clarecimentos, mas o crescimento espiritual vem de dentro em resposta c10
preparo e esfôrço prático, à aspiração e à fé. _ '
. A mais ingênua e fatal demonstração de incompreensão das leis supe-
n ores é esp~rar-se ~arantia e salvação de qualquer fonte externa. . Até ago-
ra a humamdad.e. nao. ten:i feito outra coisa. Espera sempre que outros lh_e
g.a~antam a esp1ntuah~ade e que a salvem. Sua esperança está sempre dt-
ngida ~ara fóra de s1_ 1!1._esma . . Cada homem põe sua esperança em mes-
tres, ~mas, escolas, reltg1oes, seitas, sociedades santos anjos ou num Deus
Extenor, e até em espíritos de mortos. Ness; sentid~ tem sido o hornent
enga~a~o, e tem-~e enganado a si mesmo.
Vede que mnguém vos engane" disse Cristo· "muitos virão em rneu
nome e enganarão a mui·tos " • 0 nosso ~ '
tempo se caracteriza pela enor
me

-160 -
r
. uantidade
qantias de salvaça
de sa !va
o
do
a
re
tod
s qu
os
e
aq
su
ue
ão
rg
les
em
as
qu
por tôda
e
su
qu
as
·
izd~rem
.
parte._ Toct'os pron t
_aceitar os seus en1sin e _em ga-
os
reu s conselhos ," a d su a ori en taç
' ire tn zes-. · . O 1:1und o es tá os che io
s , d me str es , de gu ias , de se ita s
de "salva ores , e , de fil os of
olas, de c
· en tro s, tod os ga ran tin d'o ''ma . ~,hma ,s seitas u lta dos", a ~:~~
de esc çã o . . . ravi oso s res
dadeira espiritualidade , a sa lva
prnn ete - t udo
"Muitos virão em me.u nom is .e" ...oís ta 1 rao M os ·ho · · e exp lorarã .
o as
d ne ira ma eg m
as humanas, -a ma e
· · · cúas
po r mu lo d _ens . s~ deixarão
ªl 111 se r en ga na do s,
enga nar, e go sta ra ? de el en ga no enq uanto na~o f ore ª mf eh c1dade, não
ma ·1s do que
oderão esc ap art· de sse ter rív m
· , ve,.. r a' rea lid ad e.
P zes de
conscr enc1as re1a 1vas, mc ap a
•A •

"rE
_ único Mestre, 0 CRJSTO -IN RIO~ , des.
Há um único Salva do r enaum scido e de sen vo lvi do e n
perta do dentro do home m, o ho me m qu ize r de pe
: :~ ~ Lmu cto rnt~rno.
, se
Só êsse Cr isto pode rá salvá-lo edecê-LO se tiv er ab so luta a- of_1an em seuNÊtnt
ca LE
e-
ac eit á-L O e ob con
ríor se quizer '
'
~m o, da su a Co ns ciê nc ia Superior desp~rta d'a d~
,~ ' _de ~e ntr o. de si me do seu co raç ão, que virá a salvação ' es~a e
,
na gr ut a
seu ~n sto nascido do ra Verdade.
a te rn ve l ma s co ns ola isto.
umas exteriores .. . ", disse Cr
1

nã o vir á co m mo str as alg


"Meu reino
* * *

gu es à tri bu laç ão , e. vo s matarão; sereis od iados


"Então sereis en tre
a do meu nome".
por todas as nações, por caus deiros
pr fm eir os tem po s do Cr istianismo a história dos verda vio -
Desde os e de
d'e am ar gu ra s, de perseguições, de sofrimentos
cri stãos foi ch eia
co nt ra os Cr ist ão s os esc ribas e farizeu s de tod o o
lências. Er gu era m- se s, os .cr ist ão s, caluniados e condenados em
tôdas
o, fo ram êJe
mundo, e po r iss
va m os so fri me nto s e a morte; o Cr istian ismo
as nações . Mas, nã o im po rta
ex pa nd ia- se en tre o po vo e chegava ocultamente até
conquistava os co raç õe s
o trono dos reis. c~n -
to, :no u um a fô rça ma ior , e já nenhuma _violên cia podia 0-
Quando se am, os escriba~ e fanzeus_, r.n smo, mas.
m_to ast uc1
be nd o pe rig o qu e co rri
tê-Io, perce O
.di ferente: - adenram ao Cn
st1 am
samen te, ad ota ram um a tát ica
cristãos.
no íntimo, nunca se fizeram dep ois; em
nã o co ns eg uir am pe la gu err a declarada cons eg ui ram espeet.Ila -
O que as controv érsi as, com a a a s1m-
uco tem po co m os so fismas com A · pu rez 'd face
muito po ,
risia e a fra
' ,
ud e. rru ma ram ª
çao intelectual com a hipocCristianismo primitivo, qu e. desap
.
~
areceuve ªu· n,·ca-
rid ad e do · f · qu e ser
plicidade ' a si~ce ud o-C ~IS tan ts~ :
0
m
' ais sórdid'os inte-
uíd o po r u~ rse
da Terra, sendo substit ma ten ~h sm o e di_s!ª ~j Oª elos atuais escribtia ras
~ente de ca pa ao
sti an
ma
ism
is
o
cra
po
sso
pu lar , do mm ado e dl flt do Verdadeiro Cris -
·
resse? . O cri a so mb ra, um a esc ura som ra
e. fanzeus, é ap en as um
vir.
íllsmo, que ain da es tá pa ra
* * *

161
e.
"Nesse tempo muitos hão de se esca.ndalizar e trair-se uns aos 0
e uns aos outros se odiarão; hão de se levantar muitos falsos profé~tros,
a mui~ engandosarãoh; e por11se multiplicar a iniquidade, esfriar-se-á O ª~o:
na maior parte omens .
Podemos admitir que estamos vivendo os trist~s dias destas profec·
Os povos de todo mundo estão realmente escandal izados, e já não conft:~
em coisa alguma. Começam a_ co~preen der q~e sempre fo ~am en ganados
e desviados da realidade , por mteresses mesqumhos e desvirtuad os. At.
mesmo os escribas e farizeus já não se entendem, traem-se un s aos outros e
se odeiam. Começa a reinar nas almas humanas a dúvid a, a descrença ~
mêdo, a confusão , o desespêro. Ninguém se sente em paz e segurança, n'ern
o indivíduo , nem as nações.
Como seria de se esperar, surgem por tôda parte os expl oradores da
situação, os falsos profetas, os falsos mestres, com propagan das retumban -
tes e extraordinárias panaceias para todos os males, e conquistarão fama e
fortuna. Enganarã o a muitos, como disse Cristo. .
E, com o crescer dos êrros e dos maus exemplos, das iniquidades,
esfriar-se-ão, na maior parte dos homens, os sentimentos mais nobres e me-
lhores. Desgraçadamente, a humanidade se encaminha cegamente para ct'ias
sombrios.
* * *
"Todavia, quem perseverar até o fim, esse será salvo".
Saber perseverar, eis a grande questão. Manter-se firme na fé em se u
próprio Espírito Interior, na e'sperança mais absoluta da sua própria liber-
tação, e na prática permanente do altruísmo, sem se deixar impressionar por
coisa alguma que possa acontecer, eis o que é preciso fazer.
Acontecerão, seguramente, coisas impressionantes; haverá casos assom-
brosos e exemplos terríveis por tôda parte. Até os mais prevenidos pode-
rão sentir abaladas a sua fé e confiança. As provas serão demasiado duras,
mas o auxílio espiritual aumentará proporcionalmente, e aqueles que pude-
rem perseverar até o fim, êsses conquistarão a Vitória. ·
O que importa a todo Aspirante é que não se impressione com coisa al gu-
ma que aconteça no mundo, que não se deixe abalar, que não se desvie, qu e
não se afaste do Caminho Real.
* * *
"Será pregado este Evangelho do reino por todo O mundo, em teste-
munho a todas as nações, e então virá o fim".
_Yê-se, por _estas palav_ra~ d~ Cristo, que antes da transformação mundial
previ st a os ens~nos do Cnsha~1smo _se~ão espalhados por todo o mundo e,
naturalme_nte, nao ~e trata aqm do cnshanismo popular e sectário que conhe-
ce!11os hoJe, excJusiv~s~a, cheio de egoísmos nacionais, supersticioso e interes-
sei{º· Nessas condiçoes o cristianismo popular jamais poderá espalhar-s e
pe O mu nd o e conquistar tôdas as nações e todos os povos para Cristo.

- 162 -
Trata-se aqui do Verdade iro Cristianismo, que só agora começa sua
obra reden_ t~ra exter~a, e que , c9 m o correr do tempo se espalhará por todo
mundo, umf1cando todas as naçoes e todos os povos, nos mesmos princípios
de Compreensão, de Amor, de Fraternidade e Altruísmo .
Qualquer obse rvação das cond ições atuais do mundo provará entretanto
que aind"a ~st_a_mos I?nge disso. A uni~icaçã~ ~os .povos e naçõe; dependerá
de uma Reh g1ao Universal, do Verdade iro Cristianismo, apresentado ao mun-
do pela Filosofia Rosacrucian a. Dentro de mais alguns an os os princípios
funda mentais da Filosofia promun gada pela Sublime Ordem dos Rosacruzes
~ervi rão de base à fo rmaç_ão ?ª Religião Un!ve~sal, que .o.rientará segura-
mente todos os povos e rea ltzara a Paz, a Concord1a e a Umf1cação Fraterna l.
* * *
"Então se alguem vos disser: - Eis aqui o Cristo! ou: Ei-lo ali! não
acrediteis, porque se hão de levantar falsos Cristos e falsos profétas, e
mostrarão tais sinais e milagres que, se fôra pos-s ivel, enganariam até os
escolhidos. Vêde que, de antemão vo-lo tenho declarado".
A advertência de Cristo é clara e insofismável. Êle não virá com nenhu-
mas demonstrações exteriores. Não virá com sinais e prodígios, com mila-
gres e fenômenos, mas muitos falsos Cristas e falsos profetas farão demons-
trações, prodígios e assombros, e enganarão a muitos. Observemos atenta -
mente a advertência de Cristo, e compreendamos que o trabalho redentor e
sal vador de Cristo só pode realizar-se dentro do homem, em sua alma, e não
tem nenhuma relação com fenômenos exteriores, com prodígios e sinais fisi-
cos1 que tanto encantam e atraem os curiosos, supersticiosos e ignorantes.
Nesses últimos tempos, declara Cristo, aparecerão muitos homens capa-
zes de realizar sinais e fenômenos , prodígios e milagres. Isso quer dizer
que muitos conseguirão exteriorizar fôrças psíquicas e realizar coisas assom-
brosas, mas essas manifestações nada terão que ver com o Trabalho Reden-
tor que Êie realiza. Pelo contrário, muitos serão desviados da verdadeira
espiritualidade por êsses falsos cristos e falsos profétas, instrumentos de
fô rças psíquicas sem nenhuma orientação superior, sujeitos à correntes de
desej os inferiores, que desorganizam e arruinam as consciências.
. O mundo já está cheio de fenômenos e de prodígios. O psiquismo e a
baixa-m agia se alastram por tôda parte, pelo que podemos. afirmar que esta-
mos, real mente, no fim dos tempos. Um número incalculável de pessoas é
atraída e encantada por êsses fenômenos e prodígios exteriores e fanatiza-
se P?r essas exibições extranhas, que nada têm de "espirituais" . Chega-se a
considerar êsses indivíduos que exibem fenômenos psíquicos como mestres,
profétas e guias, e muita gente os acompanha cegamente, na mais deplorável
inconsciência .
Êsse é o grande perigo d'os nossos tempos, e, pelas palavras de Cristo,
Podemos
tacta adm1tir
· · que, nesse sentido, as coisas se tornarao
- at~
· da ma1~· exa1-
].a. estamo
s e absurdas. Com o alastramento do psiquismo e da ba1xa-mag1a: que
fe • s observando com o abandono das consc1enc1as
..,. . as
, corren t es m-
.
r1ores d
nha e esvirtuadas ' dos planos mais baixos do mundo de , d .
eseJOS, cam1-
.
. mos, sem dúvida, para um perigoso período de provações, de confusões,

- 163 -
,os e de loucuras . Não es tam os cxa ge rand
. - de desespc l
• cl'o, O
de deso nentaça o, .. entram os nesse perio e por t o d o 111u ncl o at ll ada,.
af írma111 0s apen as que F1, ,cro de in feli zes vít imas cl êsse psiqui smo n," '.~11ci 11 t,'.l
de form a a 1a,•n1antc . o 111111
. a alllla e ,1 ,11 c11 tc t l os 111

co nsc 1. cntes que se'''" ' rgr>~
. o,
ue acaba por .:l rru 111a, . e1e1xa111
q I
rnvo ver eI11 ·suat- malhas.
*
. cada ver aí se juntarã o os corvos".
"Onde estiver o '
. t
o que cai ac e1'"' .· 2 a <> (JS iqui s111 0 vul gar111 c11te cha rnacl () "es pír ití sm ,, .
t . ' . 0
J«1cidad e cf c relacionar-se co m os mortos , p ortantq c,m , ,. .,' 1
,sua pretensa,. N -cai se tra ta aqui de ca davercs
• •f • ·
1s1 cos, mas de " cac J'avere') 1
P" . < ··-
dá\' eres . l ao . . , .· . 1-1 ban cJ "
.. . , ·~ da morte ft s1ca o Esp111to um an o
r
a ona 1q11 -
crn p(> vit 11,,
cos 0 ~poi s . " .
( >
· · - tarde O "c0 rpo de desejos infenor , os quai s, como ca dáe ver es, <;e rle), '1 '
e ma1~
tcgram lentamente nos seus res~ect1.vos p1a~ os . S~o ~ .. 1
es_ses e em:nto s psíguicr 1\
êsses cadáveres, conservando amda os registro s mfen or~s e força s mais bai-
xas do hom em fa lecido, que podem ser atraído s e se manifes ta m nos traha lh,i"
de baixo-psiquism o e magia necromântica, galvan izados pelas c0rrente<; ½i:.
form am os seus praticantes. Como cadáveres, êsses elem entos não cont;~
1
mais do que os resíduos mais inferiores acumul ados pelo homem duranti: '.t
Yid a terrestre, e sua aproximação e manife stação através de uma correri-
psíquica produz fatalmente os mais deletérios e perigos os efeitos sôbrr 1"
pessôas que se entregam à sua influência e estão dentro do seu raio de ar.~
~ão se faz, em ge ral , a menor idéia dos perigos que se corre em frequen t.:ir
os meios de baixo-p siquismo, em que êsses elementos inferi ores atra ídos por
correntes negativas e inconsciêntes, manifestam sua influ ência ne fasta _
perversa .
Êsses . e_lementos em desintegração não são o individuo fa lecido, nãn , ã
0
seu_ ~sp mto, a sua Consciência. São apenas partes aban don adas da ,~.:
consntmção, que se desintegram, como se desinte grou o corpo físico D~s~~'
elemtnto
t í s em d'esinteg ~ -
. raçao nao se pode esperar nada de superior. · Sua aç:'1•
b ranc~men te baixa e degeneradora sôbre o ambien te em que atuam e en'-
ora SE:1 am , em pa rte contido · d'd '
\ 1;a~ que fazem t. d S e líll~e 1 os, sua ação psíq uica sôb rt' J S rc---
r.aniftst ar á se us ff!~/ ctª co.r~ente e uma terrível realid ade, qu e em ti ~_. ."
Ar rísca-sc- a saúd e ~ os, eletenos. Não se licta com " cact áveres " sern pt'rL., '
0 co rpo e da
. alma
A ma11;r desgraça cs . .· , . .
qU{- ~t ala ~tra pu r tf Pll itu al dos nossos tempos é esse ba ixo-psiqw 5t111 ·
Iª pat rt1e' com '·1 parenc1as l"' cl'i sf<trc1.". 'S de
(1u cic
nr,·
i,1ca, pr<J mtteJ(nu< A •

roi~.'.l re 1,g11h.
· · 1
p,,r r1t·n l t, > tt<. o o C
, ,. r l r a!:> qualida d, , ·JU e () eg o ís 111 0 human o prete nde t' JCJ b·..n 'i,1
"-dg1 ad i) a ~ , , <.:s n1elh o rps \ . • l
. ,ua C,m~c iência . e <11 n11n ar o qu f' o homem tcn1 de 111 ai--.
Dl béi1 ..,; q de~sa . f ..
da rt ah dad d in lu ê11ua ava !-i .. I·
humana !-.· l· 'J _l> 1m1 sc·nso l ' <l 'l : s~ ant~ e d u 111i11 J d ü 1:1 perde-se a noç;1-n
,~:~.\ ª;
A consci&~c i:tr~1} 1 1; j)l' rd e-s t· ; 1
ª'!
completa llll'ílt(; lctq l1 ..t{) se !-. e 11t 1·
as qu ali_d~des 111 a is nob res_ d_a _al ni .1
d o que e Ju sto e do que e 1nJu stº·
. . ' e IVre ,d>
> •
se u própri u des1· uc e: incapaz de cn\ e 1..:111 pouco tempo está escravisada ta~ (1
111 <>. Os
sen tim entos t regar O seu livre arbítrio e de dirigir 0
, lUm anos se pervertem, e já não se é capaz
- JG4 _
de perceber o qu.e é bom e ~ que ~ mau , o 9ue é dire ito e O que é errado.
Perde-se o respe 1to e ª. conAs1de raçao por todos os va lores morai s, e não se
vê nada mais do que os mtcresses mesqui nhos, as vaidades e prete nsões
absur-
das e fa lsas do acanhado círc ul o de psiquismo a que se entrego u a con s-
ciência e a alma.
Cristo empregou neste caso um curi oso e extrao rdinádo símbo lo. As-
sim c~mo os "co_rvos" vi_ ve1~1 de "cad áveres", aqueles que se entregam à in-
fl uêneta dos cadavres ps1qu1cos se asse melham a "co rvos hu mano s" alime n-
ta ndo-s e de elemen~os em ct'ecomposição do mund o invisíve l, to r~an do-se
incapazes de aproveitar qualquer _o utr~ alim ento vivo, sau dável e superior.
Como os corvos, acostumam-se a mgenr restos em decomposição, e com êles
al imenta m a ·s ua alma. E' o que o psiquismo faz entre os homens; oferece
idéias morta s, cadáveres e restos em decomposição, com o alim ento aos seus
<ldeptos, inconscientes e fanatizados.
* * *
1
'Logo depoi s da tribulação daqueles dias o sol escurecerá, a lua não
dará sua claridade, as estrelas cairão do céo, e as potes tades do céo
abaladas". serão
Encar ado êste trecho mater ialme nte, dá Cristo a enten der que terem
os
de passa r por terrív eis acont ecime ntos sísmic os, de conse quênc ias
inca IC1.1 lá-
ve is. Porém , no sentid o espiri tual e psicol ógico essa descri ção simbo
liza uma
série d'e fenôm enos que se proce ssarão na alma huma na, antes que
surja o
F il ho do Home m , antes que possa manif estar- se o Espíri to in terno,
a Cons-
ciênci a Super ior, no mund o intern o do homem. O Sol e a Lua rep
resen ta m
as duas fôrças básic as, positi va e negati va, que susten tam a cons tit
uição áo
ho mem terres tre. As estrel as e potest ades repres entam as fôrças
cósmicas
que dirige m e contro lam o destin o human o. Ao manif estar- se no Aspir
ante
a Consciência Crísti ca, tôdas essas fôrças que se comb inavam
para consti -
tu irem a consc iência terres tre são "abal adas" , isto é, sofrem uma transf
orma-
ção radical , sob a influê ncia regen erado ra e recon struto ra da Supra
-Cons.-
citnci a. O " mund o huma no" é recon struid o, exalta do e envolv ido pelo
Mu n-
do Divino.
* * *
"Então aparecerá no céo o sinal do Filho do Homem, e todas as tribus
da terra se hão de lamentar, e verão o Filho do Homem vir sobre as
nuvens
ôo céo, com poder e grande gloria".
Ao man ife sta r-se a Consc iência Superior, o F ilho do Home m, no c~
interio r do homem como todo O se u pode r e a utor idade , todos os ele1_u u
entos
psíqui cos inferiore~ "a s tri bus da terra " , hão de lam entar- se, presentin
f in_al do se u reinad o de egoísm os.
do 0
Dura nte muito tempo êsses eleme ntos
Ps iquicos fo ram os senho res da con sti tui ção terres tre que era O
ª. manifestação da Con sciência Super ior todos_ ês~es elementosho,~em . ~om
sao do mm a-
cl?s e organiz ado s, e postos a se u servi<~·o . Ja nao poder á haver
elementos
chscord antes e rebeld es.
* * *

16G -
. com gr~nd e tromb eta., os quais a ·,, t ~
. , eus anJOS 1
"Ele enviara s de uma a outra extrem ,'d a de dos céos".. n ara 0 o,
uatro ventos, .
e
scolhidos dos q · ·t · 1
_ . . d ) 11 0 111c111 n" gc co m rnrças esp 1rt ua, s pot ero sas crini
o Esprrrf o .( d .
ela Sua Jmagin açao - I S ' e1en,
. ena os p ... e pe a ua Vontad e aq . ~n.
tos supenores " . ,, A tromb eta qu e usa rc:11. represe nta bem r, , u1 11,
se ni.
bolíza das Por . . anJOS 0. der do 80 111 , das v1'b raço- es, e1a p aIavra criad orau me,, ,
de açao - es 1)1ntual
, ' P111 .dos "dos quatro ven tos " , ,s
O
· t o e,
' reun ·ir á os ele ·
. 11 tara os esco I
co m e es cons t·1tu1r.
A.1u AI mtnt,,,
., ·iores dos cteres d'o corpo vital , para
: • o nov "
Homem, do Super- Hornem.
0
s11r~ 1_ ,, c0rp,,
espintual do novo
* *
"Em verdade vos digo que não passar á esta geraçã o, sem que todas
essas coisas se cumpram " .
Esta geração significa aqui o atual ~stado ~e evoluç ão e121 que se enc0 n_
tra a humanidade, desde a vmd_~ d~ Cristo .. E nesta geraça o, neste estad,)
atual de evolução, que a Consc1enc1a Super~or. deve desper !ar-se no homem ,
e como já temos verificado por todos os sinais e acontec1mentos, podemo~
afirm ar que estamos chegando ao fim dos tempo s predit os, estamos realment1..
às portas do Templo da Realidade.
A espiritualização da human idade avanç a a largos passos , sob a infl uên-
cia poderosa e irresistível do Cristo Cósmico, e, não obstan te tôda aparênci::
contrária, em tudo o que acontece penetr a a Sua Mão amoro sa e salvadora.
Não devemos nos impressionar com as aparên cias horrív eis e dolorosas qut'
os atuais acontecimentos aprese ntam às vêzes. No cáos e na aparente dt -
sordem que vemos por tôda parte, na decadê ncia das velhas instituições, d::i
moral preconcebida e hipócrita, dos hábito s e costum es munda nos, é que , ,:
demonstra a maravilhosa atividade do Espíri to de Cristo , transformando i
mentalidade do mundo, e facilitando o desper tar da Consciência Superior.
Nas co_ndições em que vivemos não há outro meio, e embor a 0le pos~J
parecer ternvel e tenha de ser doloroso em muitos casos devido às condicõe3
aves~as criadas_ pelo homem, é absolu tamen te sábio, e alusta rá, com segu~arr-
ça, todas as coisas, a seu devido tempo.

* * *
"P assarao
- o céo e a t
- passar
.
S0 pode prevalecer
erra, mas nao ão as minha s palavras " •
.
9ue _só Êle é real e eter e cons,:rva~-se a9ullo ,.
que se apoia no Esp1nt ~, ~w i ~
ilus~e se fantasias ue no. Nao ha_ realida de e garan tia de conservaç~~ na:,
O cto e a ter ra re q . 0 homem ena, afasta do da sua Realicfade Esptr!tual.
~ornem , pela conscf[:;ien~am aqui todo mundo exterio r e interior criad? Pt' h'
h sse mundo ilusório ª err~st re e relativa domin ada pelas ilusões da tonna.
1
om:m se apegue a êpleassara, deixar á fata lmente de ex istir por mais que ('
graçao d
seu E , ~ mundo internoe o q ueira · '
salvar. Com a morte começ · t
a a desin e-
Ssp1nto. ' pessoal, co nstruid o sem a Palavr a e o Apoio d i)
. o quando a C .
' ª começa a fo supeno .
e ouvida ent ~0 0 nsc1
ência
r se desper ta e a Palavr a do Espírit o
rrnar-se dentro do homem as bases de uma rea-

- 166
. de que não passará,' qu e não poderá ser d . .
l1cia írito que cons troem e organ izam o ,, est, Utda São essa P
dP ;; ~cni a eternidade co nsciente. corpo espirit ual'' , ques alavras
1
ao por outro lado, essa declaração de Cri~t . . . garantc.' 1n
. ' 0 s1gn 1f1
ca
eraçãn humana es tá sen d o seguramente exe t que o seu pi
rrgen a falhar. e conti nuarfl até m esm o d~pois cu ado ; não poderá deª~º cte.
;d f! 111 ~~ sti r como é atualmente. ' que O mundo tenha d _nrn, .:t
de e;xt, ,., . . e1xado
Os Evangelhos sao a pnme1ra exposição da PALA
icio e nêles se esboça o seu Plano de Salvaç ã ~RA DE CRISTO ao
nH"sin~bolismo evangélico co meça a influ ência de eº·. t om o Entendimento
do ...
:: · 1or íssn que ~
- , d . .
, ao 1ta_na a 1~a1s _impor tante, nada mais
ris o dentro e1o
h0mem
\ 1 ~rio d'o que ess es ltvros 1111 sten osos, dos qu ais de ~oderos0 e extraor
~~ r\e da Humanidade e do Mundo. pen e, em realidade, a
~\
Porém, essa prim eira PALAVRA DE CRI STO fo i à .
~·MBOLOS IMAGENS ' necess
!;ida por ~I e , e a sua cor réta interpretanamente .. d ve-
de um esfôrço consciente, de bôa vontade, de confiança e de s,·n ceç?dº d epe nric
(Tera! a leitura· dos Evange Ih os e o seu estudo produzem no homem ri a e
· f:. , m
~ · ·t 1 • f
mocão esp1n ua mais ou menos pro unda, embora não possa aindauma1 c0-
ç;u' o seu sep tido real. A PALAVRA DE CRISTO penetra na alma huª;~;
como um balsamo, como a~go extranho que alivia e consóla, um sentirnent()
in usitado, que sobrepassa toda a compreen·são. Mesmo que não se conheca
ainda o significado. super~or .dos seus símbolos, presente-se, adivinha-se qua-
se, a grandeza e a 1mportanc1a de algo que se encobre debaixo dessas fiO'uras,
ao mesmo tempo simples e grandiosas. º
Porém, há homens e mulheres que sentem, desgraçadamen te, uma aver-
são instintiva pelos Evangelhos. A Palavra de Cristo queima-lhes a com--
ciência como brasas e essa é a maior prova de que suas condições espirimais
não são bôas, e que estão em perigo espiritual. Correm o risco de afasta,.
rem-se dem asiadamente da influência do seu próprio Espírito, prejudicanàt)
sêriamente sua própria evolução ·normal. . . . .
No campo do psiquismo e da baixa-magia e~contram-s~ _muitos md1v1-
duos francamente desviados e contrários aos ensinos evangehcos) que pr~-
curam desacreditar opondo-se assim à Palavra Salvadora de Cr1st0, que re~~-
lem e combatem sistemàticamente, impelidos cegamente, pela fô rça repulSiva
e <1egenerado ra de correntes egoistas e perversas. . e até
Grande parte dos ensinos e doutrinas que se oferecen: ~º):~~r~~. s:íü
~:~mo aproveitam-se de citações evangélicas, para 1~1elhor ~~Preciso qut' s(!
s· 1-~camente opostos e contrários às Palavras de Cn st0· iuitos ctos en-
l ~
oJnos
ª obse rvar essa peri gosa realidade dos nossos tempos. ·ta propaganda
n~ ..qu · e se apresentam hoje com rnwtos .
a tra f1VOS~. e CO íll tnUl
essoas de boa .. f ,
t!
dao 1em servido senão para a fas tar a muitos estudantes e p
<i s Evangelhos e das Pa lav ras de Cristo. terrí vel luta, que as
rna No mu ndo atu al se processa nes tes tempos umr
e i~s~s huma nas não percebem, e nem mesmo o~ es u ara a conquista das
dantes desprevenidos

alrna~e~uos. Duas correntes de idéias se degla~lr~ia pe perve rtido, e a d'ue


se a . umanas : a do Egoísmo mundano, .matena i consciência humana as
Poia na Palavra de Cristo e procura Itbertar ª

-167 -
. grande trombeta, os quais ajuntarão
• , anJOS com •d d d ~ ,, os
"Ele enviara seu 5 d uma a outra extrem1 a e os ceos .
.d dos uatro ventos, e
escolhi os q om fôrças es piritua is pode rosas, com eleme
~-º
o E~pírito h~111 ~~;aª§~ac Imagi nação e _pela Sua Vontade, aqui sir~~~
tos superiores ~, 'ª?º·, 1 A trom beta que usar~ representa bem . o seu lllci'>
holízadas por an1os · d _ d0 som das vibraçoes , da Pa lavra cri ado ra .
· ·1ual · o Pº_'de, "dos qua '
tro ventos " , 1· s to é' , reun · á os element< .
ir
de ação esp1n . "I t·t .
. t , os esco 11d'o li os
corpo vital, pa ra com e es cons 1 u,r o novo "corp,J
i~
A_.1u11 ara ~ . s
superiores dos cte1 e,HOmem do Super-Homem.
espi ri tual " do novo '
* * *
"Em verdade vos digo que não passará esta geração, sem que todas
li
essas coisas se cumpram ·
a.eração sicrnifica aqui o atual estado de ev_olução em que se encon-
E sta- b O
tra a humanidade, desde a vind_~ d~ nsto..
c· E' nes t a geraçao,
- neste estadr)
atual de evolução, que a Consc1enc1a Super~or. deve desper_tar- se no homem,
e como já temos verificado por todos os sma1s e ac?ntec1mentos, pod'emo<;,
afir mar que estamos chegando ao fim dos tempos preditos, estamos realmente
às portas do Templo da Realidade.
A espiritualização da humanidade avança a largos passos, sob a influên-
cia poderosa e irresistível do Cristo Cósmico, e, não obstante tôda aparênci-1
contrária, em tudo o que acontece penetra a Sua Mão amorosa e salvadora.
Não devemos nos impressionar com as aparências horríveis e dolorosas que
os atuais acontecimentos apresentam às vêzes. No cáos e na aparente de-
sordem que vemos por tôda parte, na decadência das velhas instituições, da
moral preconcebida e hipócrita, dos hábitos e costumes mundanos , é que ., e
demonstra a maravilhosa atividade do Espírito de Cristo, transformando :1
mentalidade do mundo, e facilitando o despertar da Consciência Superior.
Nas co_ndições em que vivemos não há outro meio, e embora êle possa
parecer ternvel e tenha de ser doloroso em muitos casos devido às condicões
' >

aves~as criadas_ pelo homem, é absolutamente sábio, e ajustará, com seguran-


ça, todas as coisas, a seu devido tempo.


* * *
"Passarão O céo e a terra, mas não passarão as minhas palavras".
;.óf
que o e 1°d~ prevalecer e conservar-se aquilo que se apoia no Espíri to, po,-
e e real e eterno · N-ao hª.· rea l t'd ade e garantia de conservaç~-~ nas
ilusões e fanta sias
O céo e a t que O homem ena, afastado da sua Realict'ade EspJr!tual.

erra representam aqui• todo mundo exterior e interior cnad? pe 0
1
homem, pela consciê . t
E:sse mundo ilu só • nc,a erre st re e relativa, dominada pelas ilusões da tonna.
no passará d · , f .
h om~m se apegue a êle e ' ~ixara atalmente de existir, por mais q~e 0
graçao do mu ndo inte O
queira salvar. Com a morte começa a desinte-
seu Espírito. rno, pessoal, construido sem a Palavra e o Apoio do
é . ~ó quando a Consciência S . .
ouvida, então começa a f 0 upenor se desperta e a Palavra do Espínto
rmar-se de nt ro do homem as bases de uma rea-

- 166 -
liL
1
Jd , 11· 1 1. l,lP P·1 ~s.,ra. que não poderá se r dest ru 1da •
<l r ,p, r. t i) 4ur constróem e ora anizam
. b O "corpo . Sao essas Pala vr.1~
esp1ntual" · qu e garantrm
a cterm d a d e consciente.
J n h 1) 1lll lll
Pt'r nu tro lado, essa decl aração de Cristo significa
O
rq.:enrração human a está sendo seguramente executado · n1~e dse~ plano <1r
:i lguma falhar. e continuará até mesmo depois que O ' mund~º teer~ de ~orma
de existir como é atua lmente. n ª deixado
Os E va~gelhos são a pri meira exposição da PALAVRA DE CRISTO ao
mundo, e neles se esboça o seu P lano de Salvação. Com O E te d.
. b r ·r . .. . n n 1rnento
d~ S1m . o ismo ev_an g~ 1co come~a _a mfl uenc1a de Cristo dentro do homem .
E_ ~o_r 1s~o que ~ao ha_ nada n:1a1s _importa nte, nada mais poderoso e extraor•
drnano do q ue ~sses hvros m1 stenosos, dos quais depende, em realidade, a
sorte da Hum anid ade e do /\lundo .
Porém , essa primeira PALAVRA DE CR ISTO foi, necessàriamente. ve-
lada por ? íMBOL~S e IMAG ENS, e a sua corréta interpretação depende
de um esforço consciente, de bôa vontade, de confiança e de sinceridade. Em
ge ra l a lei tura dos Evangelhos e o seu estudo produzem no homem uma co -
moç ão espiritual mai s ou menos profunda, embora não possa ainda alcan -
Ç,'H o seu sentido real. A PALAV RA DE CR ISTO penetra na alma hu mana
C()m o um bálsamo, como algo extranho que al ivia e consóla, um sentimento
i11 11 sitado , que sobrepassa tôda a compreensão. Mesmo que não se conheça
ai nda o signi ficado supe rior dos seus símbolos, presente-se, adivin ha-se qua-
se, a grandeza e a import ância de algo que se encobre debaixo dessas fi guras,
ao mesmo tempo simples e grandiosas.
Porém, h:í homen s e mulheres que sentem, desgraçadamen te, uma aver-
são in stin tiva pelos Evangelhos . A Palavra de Cristo queima-lhes a con~-
ciência como brasas e essa é a maior prova de que suas condições espirituais
não são hôas. e qu e es tão em perigo espiritual. Correm o risco de afasta-
rem-se dema siadamente da influ ência do seu próprio Espírito, prejudicando
sr ria men te sua própria evoluç ão norm~I. . . . . .
No campo do psiqui smo e da ~a~xa-mag1a e_nco ntram-s~ _mmtos md1v1-
duos fr ancam ente desviados e con tranos aos ensinos evangelt~os, que pr~-
curam desacredi ta r, opondo-se assi~ à P~lavra _Salvadora de Cr~sto, que repe-
lem e combatem sistemàticamente, 1mpehdos cegamente, pela força repulsiva
e clege neradora de correntes ego is tas e . perversas. .
Grande parte dos ensinos e doutrinas que se oferecem hoJe, ~ que a_té
mrsmo aproveitam-se de citações evangélicas, para rt_1elhor ir~pres~10nar, sao
francame nte opostos e contrários às Palavras de Cnsto. E pr~c,sodque se
saiba observar essa perigosa rea lI·ct a de dos nossos
. tempos · Mmtos
·t os en-
aganda
sinos que se apresentam hoje com muitos atrativos e com mmª pr~p b"a 0

não têm servido senão para afasta r a muitos estudantes e pessoas e
dos Evangelhos e das Palavras de Cristo. uma terrível luta, que as
No mundo atual se processa nestes tempos t dantes desprevenidos
massas humanas não percebem, e nem mesmo 0 ~ es u ara a conquista das
e ingênuos. Duas corrente~ de idéias se de~l:r1~fi~ta ~ pervertido, e a q.ue
al mas humanas : a do Ego1smo mundano, _ma a consciência humana das
se apoia na Palav ra de Cristo e procura libertar

-167 -
. _ rma Uma e, ia e sustenta o Personalismo e o Material ismo
1lusoes da fo R. alidade Espiritual e procura despertar a Consciência Supe'-
outra apon 1a a e
rior do homem. * * *

"Pois assim como foi nos dias de Noé, assim será a vinda do filho cio

homem".
A história de Noé e do dilúvio de~crevem _ ~imbólicam~n!e o final da
época anterior à nossa, em que a humanidade v1v1a em cond1çoes bem dife-
rentes das de hoje.
Na antiera Atlantid'a vivia o homem nu ma densa e pesada atmosféra de
neblina. Co~1 o calor in terno da terra, tôda a água flu!uava em forma de
vapor denso que envolvia todo o nosso globo. A humant ~ade absorvia êsse
vapor quente, por meio de guélras, semelhantes a ~os pe1xes, Só no fina)
dêsse período começaram a desenvolver-se os pulmoe?, e quando chegou 0
dilúvio todo o vapor em suspensão condensou-se e c_am em forma de água,.
deixando a atmosféra limpa e clara, como a temos hoJe. Uma pequena parte
da humanidade, que havia desenvolvido suficientemente o aparelho respira..
tório, poude começar a respirar o ar livre, e conseguiu subsistir nas novas
condições; mas, a maioria não poude fazê-lo, e pereceu, porque os seus pul-
mões ainda insuficientes não puderam funcionar e absorver o ar puro.
No desenvolvimento e preparo do aparelho pulmonar foram os mais
avançados da humanidade daquela época auxiliados e orientados pelos Guias
Superiores da Evolução, mas a grande maioria não quiz atender aos conse-
lhos dêsses mais avançados, e pereceu, quando chegou o dilúvio.
A "arca" de Noé é um perfeito símbolo da caixa toráxica, que protege
os pulmões, com suas costelas em arco, como os vigamentos de um barco.
Diz Cristo que "assim como foi nos tempos de Noé, será no tempo do FiJbo
d'o homem". Assim como naqueles tempos foi a formação de um novo ór ~
interno que permitiu que a humanidade subsistisse na face da terra, algo se-
melhante acontecerá na próxima transformação das condições te~.tre
quando o Filho do homem se manifestar.
~?~º. na vêz ~nterior, s~rá_ uma NOVA ORGANIZAÇÃO INTERNA
p~rm1hra a humanidade subsistir nas novas condições que se prepar&DL
rem desta vêz não será um órgão físico que se preparará, mas UM
CORPO PSIQUJCO, constituído de êter, um "corpo espitituar', que J'
~a a formar-se nos mais avançados. Os Aspirantes à Vida Superior
m~truções espe~iais ~ara acelerar o desenvolvimento dêsse novo
:.:• e a p~inc1p~J finalidade do Cristianismo Esotérico e &a P
ana é mstru1r e preparar os Aspirantes para essa con~

......... ......,,.,...............
,
~lo é poaaivel predizer quando vir
• • •

Y:ir4. telll l.t6Ylda, • •anhàri delp


aconteceu nos te111po1
pode-se tão so mente calcul ar apr oxi
· d. ~ •
madamente pel . .
Fva ncrclho s m 1ca m, que nao . , os sinais que os
. b e,
por isso que 1 isto· .J
est am os mu i to longe des ta tra f
ns _ ·
rcco mcnc, a que se v1g • •
1 e,
• , orm
1sto e, qu e tenhamos cuidadaca o. E'
nos preparemos. o e
O que se deve notar bem são os têrm
os cm preaac
~ua advertência. E , o " vosso sen11or ,, . , 0
l os por Cristo
nessa
qu e vira , o '' vosso Es pír ito " , "vo sso
Criador", confirmanclo dessa forma que 0
a questã o é int erna, refere-se a um
processo interior.

* * *
"Quem é, pois, o ser vo fie l e pru
den te, ao qual o seu senhor confio
a direção da sua cas a, para qu e a tem u
po dê a tod os o sustento? Fel iz aq
servo a quem o seu sen hor , qu and uel e
o vier, achar assim faz e·ndo" .
Ma is uma vêz esclarece Cristo a verdad
eira condição do homem em re-
laç ão ao seu próprio Espírito. A cas
a que o homem adm inistra e dirige
o seu corpo físico. Êle não é "dono" é
do seu corpo, mas deve dirigi-lo fiel
e prudentemente, enquanto o seu amo,
o Espírito interno não pode ma ni fes -
tar-se. Porém , a humanidade há muito
perdeu quasi completamen te o senso
dessa realidade, e já quasi não tem noç
ão da sua responsabilidade espiritua1.
A consciência terréstre não encontra
nenhuma instrução, nenhuma orien taç
superior, e lev ada pela mentalidade ma ão
terialista e egoísta que a domina não
rhega nem mesm o a perceber as suas con
dições reais de simples "depositário"
de uma constituição que não lhe
pertence d'e fáto , e que do uso que
fize r terá de dar contas sevéras. del a

* * *
"Mas, se aquele servo, sen do mau,
demora-se, e começar a espancar O· disser no seu coração: - Meu senhor
S seu s com pan he·iros, a
com os ebrios, virá o senhor daquel comer e beber
e servo no dia em qu e est e o não esp
e .na hora em qu e não sabe, e corta- éra
lo-á ao meio e po--lo-á com os imp
ah haverá choro e ranger de d·entes". ios;

O que interes sanot ar é o cas tig o aplicado ao servo


t~do ao meio" e pos to entre os ímp mau, que foi "cor-
ritual com o seu Espírito foi
ios . Isso quer diz er que a ligação espi-
cortada, e nessas condições não houve
~enhuma pos sibilidade de sal vaç ão, mais
e foi pos to entre os ímpios . Co mp ree
, e-se portanto, que os ímpios são os n-
s~a nat ureza sup erior. A pal avr a " ímp "co rtados ao me io " , des liga dos da
P~: da~e . Como " reli giã o" significa reli io" que r dizer - sem re ligião, sem
'g1ao' e aq ue1e que perd eu o con tac to gaç ão, vê- se, que -
. Esp1. ímp. .
io , sem reli-
com o se u pro pno rtto
P' t Em casos ex trem os de deg en era
ção , a consciência humana per de com
v~\ arnen te o contacto com o Espírit
o -
mente condena da, ain da ant es da mointerior , e nes se caso est á irre me dià -
rte .

- ]69 -
CAPíTULÜ 25

. , ·S será semelhante a dez virgens que, tomando


'no dos ceo . ,,
"Então o rei . contro do noivo .
adas sa,ram ao en
as suas lamp ' . . ns é mais uma admirável figura simbólica A
A parábola das ~~z
virgens representam
a;~!thumanas, umas néscias, descuidadas e i~pre~
·am e nunca procuram armazenar suficiente e
,nca se prepa, . d . ·t 1·ct d
videntes, que nL •A eia ara enfrentar a noite e esp1n ua I a e que atrao.
nh ecimento e expenen d ies e cuidadosas, esforçam-se por aprender e ad ~
ve~s~mos; º.~tr~s, P~~ !~ando-se assim para a manifestação da .Consciênci~
qumr. expenencia , P
1
J em unir-se espiritualmente. Compara Cristo a união
Superi or, com q~a co,~v o Espírito interior a uma "casamento", e realmente
~A

1
d~ Ah~ Jei~~,~~~~~; ~nais perfeita analogia. A alma humana rep.resenta O ele~
n;:io P feminino
mento . . , e so, se completa unindo-se ao elemento masculino e positivo
,
o Espírito.
Note-se que a parábola fala de "dez" virg~~s, ma~ de um só ~oivo,
querendo com isso indicar. ue na natureza esp1ntual dos homens nao há
9
separação: somos todos u111f1cados.
* * *

"Em verdade vos digo que não vos conheço".


Aqueles que imprudentemente se descuidam do preparo espiritual ou que
pensam deixar para a última hora qualquer esforço, ou esperam que outros
lhes forneçam o que lhes falta, no último momento, cometem um terrível en-
gano, porque o crescimento espiritual e o entendimento não são coisa de um
dia, nem se pode receber de outrem .
. Muitos só tar?i~~1ent~ ba!em à~ P?rtas do Templo, quando já não há
ma1~ te~po; quando Ja esta? tao pre1ud1cados que são incapazes de qualquer
reahzaçao. Nesses casos nao podem ter outra resposta senão a que as vir-
gens imprudentes receberam.
O Espírito não pode "conhecer" as consciências humanas que nunca
procuraram conhecê-lo.
* * *
''P . , .
ois e assim como um ho · d , h
os seus servo Ih mem que, parhn o para outro pais, e amou
outro dois e : e t es entregou os seus bens; a um deu cinco talentos, . a
viagem". ou ' 0 um, ª cada qual segundo a sua capacidade; e seguiu

Nesta admiravel paráb 0 I .


mesma questão A ._ ª procura Cristo apontar mais um aspecto d.1
aspectos, que precisa
· s questoes espi n·tuais
· - -complexas
sao , , ·
e apresentam vanos
compreendido. Seri;1 te•rrfonside~ados, para que o assunto seja amplamente
~oh um único aspecto. nu I e pengoso examinar-se uma questão espiritual

- 170 -
Qua nd o o Esp írit o Hum ano se enc arn a
cionar dire la men te sôb re a con s tituição terres[r 0
. t d
cirnc1a terr cs re, o 110111cm , que surge nes ._
/eqm ª . mut1cio não pode fun -
. ue ena e depende d
RE FLEXO LI VRE. A êsse " refl exo " a essasa con ft ! _ a con s-
, . ,
· mag e
._ sm, uiça o com? um SEU
d'ana, o Esp 1nt o ent reg a a sua pro prie' dad e , os seus p , ,ou consci'' ·
. encia rnun -
fôrça d as sua s cond 1.çoe -
s atu ai
.
s deve ' ,
conservar-se afastad rop rios ta 1ento s e po
· d· , t '
terv1r ire ame n te, nem res t n·ng1·r a consciência terr sem poder 111 r
.
estr e queo,crio u. -
Como os Esp í ritos Hum ano s pos sue m dife
· - · d · rentes graus de e .,.. •
suas cna çoe s am a trnpe r fe1ta
·
s, ,
so podem exp ressar um grau 1• ·t d c,a xpe nen
de cap ac1·ct a d~ e de t a 1en t os. E· assi·m que 1
mie ª 0 e
d'
cad a constituição terrestr
tad'a à cap ac ida de cria dor a do ~s~ ír!t o Hum
se exp ress a dep end e des sa constttu1ça
riência~ e mai or cap acid ade cria dor a a con
ano , ~ .ª con
o. Se o Esp ,nto tinha maiores expe-
sciê ncia qu! ~:1~
, I' ·_

sciência terrestre pode expan dir-


se mais_ e exp ress ~r- se melhor , -~os. melhor
es,
Se, porem : a cap aci dad e e expenenc1a do Esp i_nstr,umentos em que surg iu.
1nto e menor, a sua criação é
def iciente e lim itad a, e a consciência terrestr
e apr ese nta as corresp ondente s
limitações e deficiências. De qualquer form
a, com muitos ou poucos talen-
tos rece bid os, deve o homem, a consciência
os tale nto s rece bid os pro duz am rendimentos terrestre trabalhar, para que
, e possa ent reg ar ao seu Es-
pí rito qua ndo Éle che gar , êsses mesmos tale
ntos aumentados e as capaci-
dad es mel hor ada s.
Not a-se nes sa par ábo la que os servos fiéis
dob rara m os seus talentos,
neg oci and o com out ros ; isto significa que,
em cada vida terrestre, o Esp í-
rito Hum ano esp era dob rar as suas capacidade
s e talentos , por meio da cons-
ciência terr estr e, mas não pode forçá-la , nem
exigir nada dela . Tudo depen-
de de como ess a consciência terrestre se enc
aminhará.
De todo O reg istr o da vida na terra. o Espírito
"ex per iên cia" , que aum ent ará sua c~pac1dad ,.º Homem Real, extrai a
e de cna r no futuro uma cons-
tit uição mais per feit a, um homem mais complet
o.
Vê-se, pois, que como servos e criatur~s
do nosso Esp_írito , esta_rnos
em pre gan do Sua s cap acid ade s e talento~, e
1untando .o material _q u: ha ~e
aum enta r a Sua experiência , par a que Ele
possa_ realizar uma cna çao mais
cap acit ada e melhor dot ada , numa nova opo
rtunidade futura.
Se conseguimos por um esfôrço consciênte
'
e dedicado, "dobrar os ta-
lent os recebido s" , con · d
quistaremos a mawr as r:co mp ensas,.,,' BEN O DIREITO
DE PA RT ICI PA R PER MA NE NT EM EN TE 1 S E e~-
O
DE OL?_OS SDOR · nos id;n
PAC IDADES ESP IRI TU AIS DO NOSSO SEN
HOR E CRI~ ' . -
tif icar emo s com Éle, par tici.pan do e1e tOd as Suas capacid ade s sup eno res
as
e da Sua Ete rnid ade .
.- . . , 11 a Consciência Divin~ , .co~n
A consc1 enc1a terres tre fund;':, -se
,
~0 o Es-
pírito do Homem , e mais uma vez reso 1've-s·e O Mistério do Cnshamsmo.

• * *

- 171
tem dar-sc-lhe-á, e terá em abu ndancia.
"Porque a todo o qu:cm s;r-lhc-á tirado". , ft1as,
- tem até o que
ao que nao ' , .
i rtJWJtrlS do acrcsc1mo e1e a1gumas pa 1avras pa
... ~ t -ccltn dt'pcnc e • ,. . 1 , ra
J:.slt f t~111c11tc co111p1 cc11s 1vc .
i
trnna1 -S(' pe, c.t • t i) nqur lc que IL' lll ENTEND IMENTO, ou Consciênci
"PMque ª ~H_.< ', tcdt l' llt ab und ân cia todos os bens; mas ao q a
• • 1 d:l1 -sc- 11 ll-,1, l Ih ,. t· d " ' ue
r spmtu:t '.: 'NOI M t;N TO , :tté O qul' tem ser- c-c1 Jra o .
ntio tt'Jll .I N 1 E. , t F S})ll. ttual
. ·
ck, pende d e um dcsenvo 1v1mento de cons
O I· ntcn< 1m1r11 o , . . l" - h , -
. f ar;) d() "cort1o csp1ntua , sem o que nao avera possibili·
' ·11CJ 3 e da ()l ll1 'nl
l tt. • • var se e O aran tir nenh uma
. Sem .
das f acu ld ades pessoais.
0
ci:tdc de c~n-~c~ 1:, ·; a C~~1sciência Superior despertada caminha-se invària-
"Cl)I Pºt cspira••·su Lttila vêz para O fra casso. Perde-se nova mente tudo o que
, l'lmcn e, 111 ,
~C' iuntou. e srrá preciso reco meça r de novo.
· Cada vida é uma oportunidade . . . Mais uma tentativa.
"Ao servo inutil, lançae-o nas trevas exteriores; ali haverá choro e
ranger de de ntes".
Por "trevas exteriores" os Evangelhos indicam simplesmente a condição
da consciência terrestre do homem comum, limitada aos cinco sentidos físi-
cos. O homem vive NA SUPERFíCIE DE SI MESMO, sua consciência
é superficial, só tem conhecimento do exterior do seu mundo. Nenhuma
consciência tem da sua natureza interna, psíquica e espiritual; sofre, apenas
os seus efeitos. Embora empregue a Mente, a Imaginação, o Pensamento,
é 1ncapaz de orientá-los acima e além dos conceitos materiais e ilusórios.
!\!ão é capaz de elevar-se acima do raciocínio concreto, baseado nas coisas
do mundo fenom enal.
. Êsse estado de consciência exterior é, portanto, de ilusões de materia-
hsmo,, de fantasias, de ignorância, de trevas espirituais. E ~essas trevas
have!a certamen te chôro e ranger de dentes, isto é, haverá sofrimento e de-
sesperos.
O servo inútil, o que não quer pôr seus talentos a render o que não
se es!?rç~ e não _procura entender e progredir êsse não pode 'tormar u~
~º;~;~ 1
ª supenor, e tem de ser lançado no~amente às trevas exteriores..
, rea 1mente, lançado às trevas
encarnação o Espírito Humano e,
exteriores nova
dêste mu d'
n o.

* * *
•Qv•4o vier o Filho d0

=~
•• eatlo • .... nta,,
• IJ• 41eate dele
1
':.t,._
Com•
caltr1toe;
Homem na sua gloria, e tocloa • aajal _ .
no trôno da aua gloria
:0:Z'::•;!
Toclaa •• na1i 11 • li
;a._n• doa outro,; como o pastor
e •• • •ua direita, fflN OI
se,•• -•
e.._ i
despertar da Cona ·ê ·
• Qpaci~
~ o e cli . superiores come~~~c~a f Esp_iritual, a Filho do homem,
wno, atabeJecendo uncionar e o homem se toma W'Q.
sua relação consciênte com todas as
-172-
·as espirituais, que o a ux iliaram e suste ntaram durante t d _
cia'ssada. As naç ões reu nidas representam as forças e elen, ºe tª ª evoluçao
P ~· d · · . - . n os que co ns-
tituem o seu mun __ o 111 tc no r , _dsaod chAarnad as diant e dele e separadas. de
acôrdo ~~ 111 sua_ 011gem e qu a 11 a e. s ~velhas re presentam suas cria,-cões
nas rccr1ocs mais alta s do corpo de deSCJOS . Os cabritos represe nta ,
. f .
criaçõesb 111 eno_res, man 1' f cs t a d a_s na s reg1·-ocs 111a1.? baixas el o corpo de mcl esc-
as
jos. pck~s .sentim entos e c_11~ oçocs peo r~s. As cri ações melh ores são post.1.s
à sua d1Tefia. do lado pos1t1 vo ,.,_c ~o nst1tu c1~1 os elementos qu e poderão pre-
valecer . e a~om p.111ha r a S:onsc1c11 c1a Superi_o r ao passo que as criações psí -
quicas 1nfenores_, os ~abrrfos. se rão pos tos a sua es qu erda, do lado negativo .
e terão de ser d1 ssolv1das .
* * *
"Então dirá o Rei aos que estiverem à sua direita : Vinde benditos de
meu Pai, possui como herança o reino que vos está destinado desde a
fundação do mundo".
A Consciência Superior, o Cristo Interno do homem será o Rei do seu
mundo in te rior, e nele reinará como supremo senhor, junto com tod as as
suJs criações superiores. A consciência terrestre é também urna das poten -
c ias do mundo humano, é um dos elementos que também entrarão na separa-
ção ou classificaç ão. será uma ovelha ou um cabrito, será colocada à direi ta
0 11 à esque rda , será conse rvada ou eliminada, prevalecerá, ou NÃO 1

Po r êste maravilhoso trecho declara Cristo o supremo poder da Ca ri-


dade e do Amor Altruísta. São êsses ÃTÜS DE CARIDADE que exterío-
rizam , que criam elementos superiores no mundo interno do homem e es tabe-
lecem as condições anímicas que tornam possível a expressâo da Consci -
ê ncia Superior, quando o "corpo espiritual " estiver suficientemen te orga-
nizado .
* * *

"Pois tive fome e destes-me de comer; tive sêde, e destes-me de beber;


era forasteiro e recolheste-me; estava nú e vestiste-me; enfermo e visi~
• li
taste-me; preso, e vieste ver-me .
A chave de todo desenvolvimento espiritual é o Amor. o Altru ísmo .
111;\nífes tado em átos. São os átos que EXTERIORIZAM as criações, q~e d~o
corpo e sub stância aos elementos psíquicos, transfo rmando-os em realidades
podero sas fora do homem .
Diz E lipha s Levy , com razão: - T oda intenção que •~ão ,~e mani festa
por átos é vã , e a palavra que a ex prime é uma palavra oc10sa .
O amor e O a ltruí smo qu e não se traduzem P?r .átos não _têm nenh um
valor espiritual, porque os element os nã_o são ex ten on zactos , nao se concre-
tizam não têm nen hum a rea lidade ex terior.
Só podemos con tar rea lmente com aquilo que_é ext~r iorizacto e r~gistrado
pelo éter refl etor e isso só é poss ível quando e ~1an1festado por atos . As
melhores intencõ~s as mais belas idéias , só poderao transformar-se em ele-
. '
- 178 -
. . real e efeti va quan do são trad uz idos Por
d influ.encia · f · ·d -
.
tos psíquicos e ·t al mente som os e1ass1 1ca os nao pelas nos
csp1 ~1 u mas pelos. átos que ltexec utamos. Pouc o _sas
T!1teo: . Ê por isso que pretensoes, , sábi- · t
· • r. 1rn~
.1 • . . __
os 11sto s ou a ruis as . essa s ·unag·ina
opin1 0es. ou ' 1 ,.
,•de" iac; . 111
aginem os 110 11 , .e, nenh uma
1 .' - ai in f
1 ,. .
uenc ,a exer cem sobr e as ,
nrta que ntis·o 11f1cam (1e re .
_ " h . . nos,
r
cfir s" na?~ sib r . . , São apenas / antas1as . sem
,, .
nen um a fo rça real
OS. '
sa~ cn11d 1~0rs ~'!'ollll~~ .TRADUZ IREM EM AT 't 1 . ·
f. \.'Ql 'A~ TO \ A b . aq ui que a ,alm•ra e, um a o, e . e os rna1s impo rtante ,.
· · r ar 1 , · tran1
De'emos• lem ,t a palavra cria elementos ps1q wco s. que se regi,
'
( llmo todos os pass ª os.a t,Jo a in !lui r pode rosa men te sôbre toda a cnn~tituic•ã o
no éter refle tor,
intern a do homem .
* * •

vêses o fizestes
"O Rei responderá: . E~ verd.ade v~ digo que quantas
a um destes pequeninos, a mim o fizestes .
írí.to inter ior, um
Em cada um dos noss os semelhan tes resi de um Esp
ona]Jcfa?e, que ta:.
sêr divin o, embora encoberto pela más cara de uma pers
Pers on~ hdade, e. 1ã
vez, não nos seja agra daveJ. Pode mos não _gostar da
pers onaI1dade esta u~
amá -la mas não devemos esquecer que atra s dess a
de expr essa r-se e
Espírit~, que sofre, que ama , mas que se vê impe dido
e, e, se causamos ao
dirigir o homem . É. êle que, em reali dade, sent e e sofr
men te o seu préprio
homem qualquer sofrimen to, estamos atingind'o dire ta
as ener gias ínferfo res
Espírito interno, ao mesmo tempo que desp erta mos
do seu corpo de desejos e da sua personaJi dade egoí sta,
que aind a é incap az
de controlar.
de, êsse s Espirit'S.
. Peque~inos, inexper!ê~ tes e fracos são, em realida
stre é ain da pequen.1.
ru1a capacidade de domm10 _de s~a co_ns titu ição terre
e que nao podem, portanto, 1mped1r a livre expressã
o das ener2"ias infer iores
lida de~" se jam r0r-
do c?rpo d~ dese jos. Pouc o importa que suas "per sona são
O ex terior,
s; ,1s
tes, 1mpress1?na_ntes! do,m_ inadora? ; sã_o apen as mas cara
das que não pe r~e-
fa chadas, c:1aç oes iluso nas de 1magmaç ões deso ri enta a-
b:m ª realidade . Qua nto amaior é· of "persona l ismo " a f;nt a ~ia a exalt • ·
' ~ ,
çao mundana mais pequ e, n e mais raca e, a exp ress ão da reali dade md1-
vid 1 .. ' erior.
ua ' mai s o homem esta afas tado do seu Ego Sup
A grandeza real de u · d'!v 1 'd
~ar em átos os im uls mm uo depe nde da sua capa cidade de exp re~-
s do seu E rro do seu ·~ Esp1-
rito Di sso depe d p osEe sentimentos supe riore º '
n e O nten dime ntO. e a p ena realizaçã o da Consc1~1K 1·a
l
.)u pe:: rírJr. Atra vés do A
1.. •

prrs~a e se consolida n: or, º? .~1t :u smo e da CariExp


1 1 dade o Espírito se ex-
Al truísmo e a C ~~nscie,n c,a do homem. ress ando em átos 0
A_m(Jr, <)
O seu próprio Esp írito que o homem rna-
~ift a ao rn undu. t<>r a ~nc acl: e
st
1nstn t
t re: \u.: t ~ ·1 • '
P ntua lmen te e
n -se um
. tmen o co nsc iênte do seu Cristo I nterno,
·I º~ Entendim ento E ~e. ~pro x11 na mais ela Realidad
sp i n tu al princ ip ·
e.
·to
Pl:
(J 1::. !)píri to 1
ª o reco nhec imen to e o respe t
Pn•cisa 1111 ~ lJ U<: hab ita d eiiti·<J d e nós c o i 11
I t s
' e ce ntro dos nossos semelhan e ·
)<·
-~ ver ai~•111 li a fo rm a ,
' perce ber a rea lidad e a trás da máscara,
0

- 174 _
Ego atrás da per~onalid ade. Se a " per,s~n ali~a?e " é desA agradavel, brutal,
ot; abjéta; atra~ dela se oculta um E~p1n to d1vmo, um se r superior, irmão
do nosso Espínt o, qu~ _merece e precisa de todo o nosso am or, do no sso
respeito, do nosso aux I llo.
Não se pode amar a personalid ade, ego ísta, ast uciosa, interessei ra, ma-
terialista e falsa, mas não devemos deixar de considera r o Ego real , apri-
sionado a essa forma que é ob rigad o a suste nta r, impossib ilitado de exp rt~s-
~ar-se sofrendo tod'as as lim itações que a " personali dade" lhe impõe. Com
~s~e ;econhecimento nasce o ve rdadeiro Amor, capaz de expressar-s e em
átos de respeito e de caridade, em qualquer ciscunstância.
Aquilo que se fa z produz sem pre um resultado correspondente. O me-
nor áto de amor é como uma semente milag rosa que se planta no terreno da
alma. mas só se co lhe o que se planta.
Tudo o que faze mos aos nossos semelhantes é ao seu Espírito que o fa_
zem os, porque é Êle que, em realidade, sente e sofre.

* * *

"Em verdade vos digo que quantas vêzes o deixastes de fazer a um


destes mais pequenino s, a mim o deixastes de fazer".
Por toda parte o hom em sofre. Sofre as consequências áe suas ilusões
materiais, de sua ignorância , dos seus erros, da sua falta de domínio próprio.
O '' personalismo" egoísta e desvirtuado provoca toda espécie de circun- -
tâ ncias infelizes, de chóques e de reações repulsivas. Mas, quem mais sofre
é o espírito de cada indivíduo, que não é ouvido nem atendido, não obstante
todos os seus esforços em orientar e esclarecer a personalidade.
Quando vemos alguem sofrer, não importa a causa ou o motivo , o que
devemos considerar é que o seu Espírito sofre e precisa de amor, de sim-
pat ia e de estímulo.
Não concordamos com os erros e desvios da personalidade. Não po-
demos aprovar as faltas e desvirtuamentos, os egoismos e perversidade do
homem, mas devemos considerar que atrás de tudo isso há uma Vítima
Divina , o Espírito do homem, incapaz de controlar a sua propria criação.
Com os nossos átos de Amor e de Caridade podemos reforçar e rean ima r
a~ fo rças superiores de reação dos nossos semelhantes, então pode ser pos-
sivel que os seus Egos voltem a tomar o controle da situação. Com a volta
ao re lativo equ ilíbrio e à razão poderão despertar a sua Consciência Su-
perior.
O Amor, o Altru ísmo e a Caridade são a maior fôrça de todos os mundos,.
e : ertamente hão de regenerar a humanidade. São a fôrça espiritual em
aça?, man ifestando-se através de cada indivíduo que a expressa em átos. Ê
~s~im que o homem pode torn ar-se rea lmente um instrumento consciênte de
r~s t? no mundo, para sua própria salvação e poderoso auxílio ao seu
prox1mo.

- 17G -
e A p í T U L O 26

• am os principa is sacerdot es e anciãos do P


"D epois se reunir d C . h d ovo "
d mo sacerdote, chama o a,p as, e eliberaran, p o
teo da casa o su .d ,, rende,
pa . traicão, tirar~lhe a v1 a .
a Jesu s, a J • • , •

se descreve si111ból1 ca111 c11tc


. o m1
. c10 ci o proces so el e reaça~.
Neste trcc 110 , , 0
· , cnto s inferiores do corpo <.1e e1eseJOS, contra a Consciência. E(s-
de todos os e1c111 • d A . t ,
. . , ·.,, definitiva me nte af irn ia a no spira n e.
p1ntua, p . ·- 1 t
e anc1aos e o povo represen am os element _
.· ci·µaí s sace"rd otes . , _ • , I ) ')
OS pl 111 ., influentes orientam e 1
e
T) .
11n gem a r ersona l1dade S;
mais ct' :,
. po er . ~. ~ aso . . . ' <.jU C
. , . • , r111
os elementos psíquicos mais antigos e pod erosos, qu e determin am a C() t1dutrl
e exterior. Ao sen tirem -se ameaçad os de perd er o poder e au tr;_
a
,
d o 110111 111 d · e ·" · s ·
ridade. reunem-se e planeja,.n anular e. est~u 1r a o~s~1enc1a uperior. '.'Cai-
phas'' significa _ esquadnnhador; s1dmbolls~ ª. a~tud~1ap mental ,.descrav1s ada
ao desejo. Como elemento mais eleva o e pr1nc1pa a ersona 11 ade, di ri~:
a reação de todas as forças infer~ores e chefia o ataque, sempre à traição. A
astúcia nunca age de outra maneira. .
O Espírito humano será sempre traído pela personali dade , que jama i~
{'Onco rdará em submeter-se à Consciência Superior, e esta, por fim s~ e~-
tregará ao Sacrifíció Total, para salvar a consci ência humana.
* * *
"Estando Jesus em Bethania, .na casa de Simão, o Leproso, chegou-se
a ele uma mulher que trazia um vaso de alabastro, com precioso perfume,
e lh'o derramou sôbre a cabeça, quando ele estava à mesa".
Serão sempre as mulheres as mais capazes de reconhecer e consid~rar
as manifestações de uma Consciência Superior.
Com seu corpo vital positivo, a mulher é mais sensível à realidade ~spi-
ritual, e responde mais fàcilmente do que o homem aos impulsos da su.1
natureza superior. No Aspirante essa mulher representa a Alma, fem inina
em . sua expressão, capaz de reconhecer a superiori dade do Cristo Interno.
e di sposta a derramar sôbre Êle a essência dos seus mais preciosos senti-
mentos .
. Notemos aqui que Jes us-Cristo estava em casa de um leproso, e sentav -
3

~e ª s~a mesa. Embora não diga o Evan ge lh o qualquer coisa a respei to dJ


cu ra _de:s~e. leproso, vê-se que Jes us Cristo es tava ao seu lado e partici p.:iva dt>
seu crm v1v1 0 · Se1· a q uai f or~ . hLH11 ern
a c1rcu11 stanc 1a e co ndição o Espírito do· 1sor
• . •
A

est: .. ·
ª sem
ve ndo r s
pre em se u la·, , em se · ·
• u 111tenor sentac • à sua
to ' ml'sa 1stn L', a J -
. f
) mc.:smos c: le111,.. t os,. so ' . ~ , ,
'- 11 rendo as mes mas pena s.
* * *
"Então um dos doz . h . . .
-sacerdotes e lhe, d' . ~, e amado Judas lscariotes , procurou os principais
l~ed Pesaram trinta "m•e. , dQue me quereis dar, e eu vo-lo entregarei?". Eles
"' ade oe as de prat··
D es de então Judas buscava opo ,tu-
ª·
parao entregar" .

- 17G -
J~ vimos que pa ra a criação do homem t 1
· · Do z.e Fo
necessanas_ . rças C, r_1a
· d oras , que os ' Apóstol
a como o co nhecemos, foram
essa criaçao ps1qmca e f1s1 ca só poderia ser ~s representam. Porém
~ra a realização de uma final idade do Espírito ~mt ~n strumento temporário'
P · L.1vre, Ind epen d en te. Uma 'vêz conq m enor
Consciência . t ct' a con quis
· ta de urna'
ce~sa a necess1.'d a d e d essa · - e O Espírito uis ª a essa e
cnaç~o, ....
Humano co onsc1:ncia,
cnnsciênte, ten111na esta etapa de evolução terrestre . . . mpleto, hvre e
superior de atividades. ' e inicia um novo ciclo
Para libertar o Es píri to Humano da Roda dos Renasc· t
Forças criadoras deve retirar-se do conjunto rompendo ime~ os, uma dessas
representa essa fôrç a derivada da Oita~a Casa do zªosds.~m O Eequilíb.r!º ·
Jaudas ,.,. A t . t
Casa da morte. s rm a moedas de prata representam os t · t
iaco, scorp1ao
'
signo, ou os t nn · t d· S nn a grau~ do
a ias que o oi leva em percorrê-lo. ~
O signo de .Esc~rpi_ão ~ também representado por uma Águia. No ho-
mem c0t~ u111, a rnfluenc1a desse signo produz finalmente o desiquilibrio das
forç as criado ras _e. a morte, porém não há libertação da Roda dos Renasci-
mentos. e o Esp1nto Humano terá de voltar à terra.
. No Aspirant~ _à V_ida Superior a ação dêsse signo rompe o equilíbrio
cri ado r, e o_ E~p1nto hberta-se em plena consciência e remonta às alturas,
como uma Agu1a que escapa para sempre da prisão.

* * *
"Ide à cidade ter com certo homem, e dizei-lhe que o mestre diz:
O meu tempo está proximo; em tua casa celebrarei a pascoa com meus
discipulos".
O Evangelho de Lucas, mais explícito neste ponto, diz: Ao entrardes na
ci dade encontrareis um homem trazendo um cântaro de água, etc . . . Foi
na casa dêsse homem que se realizou a última ceia do Senhor.
Êsse homem carregando um cântaro é o símbolo do signo d'e Aquario,
a décima primeira casa do Zodíaco, a Casa da Amisade.
Na última ceia na Casa da Amisade, sob influência do signo positivo
de Aquário , firmou:se o pacto de solidariedade dos d'iscípu~os, _e entrego~-
lhes Cristo as chaves de todo o simbolismo e de toda Realtzaçao. O mats
augusto Mistério do Cristanismo foi-lhes revelado, e com êsse conhecimento
pude ram mais tarde alcançar a plena Realização Espiritual.

* * *
"Estando eles comendo, tomou Jesus o pão, e, tendo dado, graça,,
partiu-o e deu-o aos discipulos, dizendo: - Tomai e comei; e 5te e O meu
corpo''.
A última ceia foi ara os discípulos uma revelação. ~e todos º.s _e~i-
8ód'ios dos E lh p,.. t é O mais importante e o mats extraordmano.
vange os es e l - spirituais e ma
Nele o Cristo Cósmico revela a Sua Identidade, as re açoes e -
teriais que mantem com toda a humanidade.

-177 -
al do nosso P lan eta ' Crist .
0 Gu ia Es.pir itu V 1 o
Es pír ito da alm T erra , eg eta , qu e nu tre e sus te
eorn o_ 1 , cci cnt e co m o Re mo
mai s imp ort an te e co m 1~ta
está relac1_.? ~ad o c;~
es ter r
res
.
.
·ca
0
l e
tr igo
ver
,
da
0
d
pão
eir a
,
me
com o o
nte um p ouco do Co rp o ele cf to
1odos os se, e o ho mem in ge re pa ra cons titu
ir o isto,
o _d o l1 0111 e111 , e ~li m ent os qu tod0se.
alin:i ent ire ta ou in d ire tam en te, provém
Ve ge ta] d
e s1111 bo li za todoDs oosR ein o
. ' d e ou t ros se" res nao se .o
_
o terrestre . ma s qu ando in ge re a car ne . sep aradisata1,_
cor P Iwmem, C d J h
e e ov ' o sp
á E ,. rito
alimento do C0 . de Cr isto ma s do orprno ívo ra afé ta esp ecia lmente O corp;
menta do ' P:ções A a'lirn entação ca nte e d'o minador ·
11
nd o-o ma is for te, ma is · ex ige ·
das raç~ss ed o ho n ~
1 111 ,
tor na d ani ma1 s sac n·f1c
· ados nã 0
de dese1o se alim en tar co m car n es e t·t , '
. 0 hom em " . • as raç as, as reli -
t
E nq ua n o ert ar: se da influencia sep ara tis ta qu e co ns J UJU
pode rá lib _ . , .
oes . . _ .
giões, e as naç n f,ct .
r iss o que a . ahm ent ~~ ao vcgetar~ana, q_ue na ~ ca~sa . sac
É po
iro req ~1s 1to pa ra a h? e~ t~ç ao "da infJue n_c1_a d ~, Je, wva,
sofrim entos, é o prime qu e co nst itw ra o corpo esp1rdual do ho-
e ap erfeiçoam ent o do cor po v1t aJ,
mem avançado. o vital e o de desejos. O corpo
usa do trê s co rpo s: o físi co,
O homem tem co rpo vitaJ ge ra a Inteligência;
n
nsc iên cia ind ivi du al; o
físico ge ra a Co
, ou Em oç ão . · O co rpo físico é cri
açã o
ejo s ge ra o Se nti me nto
corpo de des Hu ma no , o Pa i; o co rpo _vital
é criãd o
ele vad o asp ect o do Es pír ito
do ma is
o Fil ho , ou Cr ist o Int ern o; o ter cei ro asp ect o, o Es-
pelo seg un de aspect o,
ejos.
pírito Santo, cria o corpo de des
era o seu corpo, afirmou ap en as do
Lw
Quando Cristo de da rou que o pão ab sor ven
me nta mo s est am os lite ral me nte
realidade, e toda vêz que nos ali ico , o atu al Re ge nte do no sso pla neta
Co rpo d'o Cr isto Có sm
um pouco do lução.
e Guia Espiritual da no ssa evo
gra nd e cor po , viv o e sen sív el, qu e nã o só ser ve de campo
A Te rra é um me smo como ali me nto , com que sus
-
com o for nec e pa rte de si s
de evolução, ali me nto
os os cor po s nel a cri ado s. Nã o po de ría mo s viv er sem
tenta tod
nec e, e dev eri am os ser gra tos ao Es pír ito da Te rra , que
que a Te rra nos for rpo.
nos sustenta com o seu pró pri o Co
* * *

"T0
todos· 0
por r:.urtosq
~ª=
d0 0
e e
c~l ix, ren deu gra
5te e.º ,!"eu san gu e, o san gu e da aliança, qu e é der
, para rem,ssao de pecados".
bei dele
ças e de u-l ho s, diz en do : - Be ramado

,
mais ele vad o d t d . a sei va qu e o sus ten t?, e
O pro ~ 0 0 remo veg etal é
o san gue vegetal ani mal
a influência inf~rior. O san gusee de sua
ano é afe t~d'~u r~laes hvr e de tod ga-
eAhum
fo rça emocional e apa p. correnN tes do, corpo de deseJOS e ca rre aça
d0 ,
ixo nad a - e um ele me nto pu ro e des em bar
su·,1 ei·tO como est á , · · ao -

ntos ps1quicos
, •

nt e fJ
cnados pe1O homem e elo a con sta . in uencia de tod os os eleme
A •

A seiva d v1d . .P animal.


ple ta e a e1r
o
a
'se
qu
f
e
se con cen tra na uv a é de tod as a mais coms-
mesmo qua nd
erm enta e consti·tue o vin ' ho, ain da conserva sua

- 178 -
Jreciosas qualid ades. .. É um fortif icante co mpl t O e um dos
I
entos. N a
.
t ura Imcn t e, nos refe ri mos aqu i ao . h
e me Ih ores ali-
111 te
preparado. A quan tidade de á lcool na tural dov m_ohOpu ro e ,honestamen
só poderia prej udica r quand puro _e pequena, e
o tomad o em qua nt_vlmd e excess
li ic a iva · oeve;nos
'
esclarecer que
~
nao acons e 10111 0s o uso do vinho a· .
1 mai s quand o s t t
. i a ta 1vez ma 1 prepa rada . cuja ori gem ' se inde ca h e ra a
de bebtc scon ece, e ca rregad a
com ct ose artific ial c.l'e álcoo l .
d
O A~pira nte à Vida Super ior el eve saber qu e nüo lhe convém
on~
nenhuma bebida al coólica, mes mo que a dose de álcoo l sej a peq ue~a .usz~
rl'.·m usar-s e o suco de uva , não f erm entado.
Todas asÊ l seivas vege tais são ' . em realidade ' o sangue de e íl·S to, e na
. . e . e o declarou, • referindo-se ao vinho . É de extrema 1mpor
ultnna eia · -
idade possível de sucos
ta11 c1a _que se_ apro~ e1te na a 11mentação a maior quant

A •

em
\'egeta ~s. HoJ~, fehzt1_:ente, já se começa a compreender a grand e vantag
q t_1~ h_a na altme ntaça o veget ariana , e no emprêgo dos
sucos vegetais, e a
C1e~c1a vem demo nstran do as suas excepcionais qualidades nutriti
vas, revi-
ta
gon zante s e regen erado ras de todo o organismo. Porém, o que mais impor
veO'e-
comp reend er é a imens a importância do " Sangue de Cristo", dos sucos
tais , na purifi cação e regeneração dos veículos internos do homem.
.:-i

A alime ntaçã o veget ariana e o emprêgo de sucos vegetais dimin ui e


elimina as exalta ções sanguíneas, õs seus excessos e impurezas, acalm a extra-
io
ord inària mente o estad o emocional, aumenta em larga extensão o domfn
i-
própr io. O estad o de saúde melhora, em todos os sentidos, e muitas enferm
dades curam -se naturalmente, simplesmente com o regime vegetariano.
Isso leva realmente à remissão de muitos pecados e faltas , porque a
do
maior parte dos excessos e extravagâncias, dos descontroles e explosões
pela
tempe ramen to deve-se aos estímulos excessivos e irritações produzidos
os de-
alime ntaçã o carnívora. A carne é um poderoso estimulante de todos
.
sejos e inclinações inferiores. Ingerir corpos de animais animaliza o homem
e
porqu e não é sàme nte o corpo físico ,que se absorve, mas também uma grand
e a
parte das força s psíq~i~as dos animais. A fornla _adot~da ~e usar-s
carne é um crime espiritual , e as suas consequenc1as tem sido fun estas.
r
Dessa s conse quênc ias a hum_ani?ade não se libertará, ~nquanto não aca?a
or.
com êsse crime contr a os amma1s, e contra a sua propn a natureza supcn
* * *
"Ten do canta do um híno, sairam para o monte das oliveiras•.
Talve z tenha sido êste um dos pontos menos observados e menoAs c.om-
a
preendid os. Em parte alguma dos Evangelhos se_ faz qualquer referencia
va~
qua lquer ritual ou prática em conjunto, mas aqui se_declara ~!e. ~~nta P? 1
·untos e certam ente êsses "cantos" deviam ser ensinados e · ,ngi_ os
tri sto' Sem dúvida eram orações cantadas, portant? . com ;el~t a~ pro-
prias. · Entra mos aqui no domínio do O:c~iltisn:o
0
Pr_ª!'': a: ~e p 2 ;~~
oes d1ng1d ' q
~g;~
, . d . -o dos sons ritmicos, das v1braç vital e denso
d omrn10 e Jreça . . . .. 0 ·
resultados imedi atos e positi vos sobre o corp

- 179 -
r . te O ca nto, pro du zem vibrações ri tn1ica
, .
1 A 111 us1ca e, cs11ec1 é\ 1,ncn,di,·. úcs do co rpo v1. ta 1, e po d'em prod s, q
afetam profun d an ,ente . asdos co1 " . t...anct. 'd
uzi·. lle
1 de extr ema imp or t est
. ·cos dete rmina ' a ao esenvolvin, a.
dos ps1q m . , . ,,.en t
espi ritual. . . •tnl OS levam ao tran se h1pn ot1co,
e algumas s .
Certas 111 elod1 as e 1 1
. ui snw mal compree ndi•d o, ~mp rega
baseadas nu m psiq d ' ptos êsse esta do neg ativ o e altam m-n os largamente e1tas,
. · seus a e , ente imp ress 1·0' ~ara
ct11
l) ro duzi r dero L ·i ·ai· da harm on1.zaça- o e sens1·b·1· -
1 1zaç ao do corpo v·nave1
Como po so aux t t d t ·
.
. • a O can o s t 11t e pre fora m emp rega os nos g rupos organizados de a1 a t
musJC _ e ., . d.
Cert os sons e melo ias pro1•e t am ll1 • t
ar açao eso tcnc a. . . lt ensamente as fopre.
p , .. - a razão de prod1g1osas a eraçoes - . b. rças
s1qmcas e sao . . . no am tente etéric r
P . A, - cant ada . d
físico. oraç a 0 é mwt
.
o mai
d
s exp ress iva, po erosa e influ ?.nt- e
t . .
u e 1ança no am biente psíquico po eros as corr en es, CUJO efeit . e
,
porq o é inie
di,1to.
* * *
"Ferirei O pastor, e as ~vel has fica~ão_ ~isp e rsas
; mas , de pois que eu
ressuscitar, irei adiante de vos para a Gahle1a •
Mais cedo ou mais tarde chega à _ Consciência Sup
máxima. Ela não é dêste mundo e deve sacr ifica r-se erior A sua prova
, para in iciar a Vida
Espiritual. 'Desde que se desperta no h?mem ela e~tá
lhe resta apenas um período de prep aro final , e dep ois b;~ ciênte de que
o ul timo pass o para
a conquista de sua completa liberdade. 1

Jamais a Consciência Superior pod erá harm oniz a r-se


egoista e exclusivista dêste mundo, nem nun ca pod erá com a mentaliàade
sujeitar-se a ela. Mes-
mo em permanente estado de chóque, po"d
erá, dura nte
ter-se em relativo equilíbri o e paz, mas cheg ará o mom algu m tempo, man-
ento em que já não
pode rá escapar às reações do ambiente mundan o,
cuj as forças repulsivas
vão-se acumulando lentamente. Por fim, cheg a o mo
men to em que, como
hom em, não lhe será possível evitar o choque brut al
cipe dêste Mundo. e a in tima cão do Prín-
,
* * *
"Disse-lhe Pedro: - Ainda que seja s para todo s
nunca o serás para mim". uma pedra de trop~o,

. Pedro sif!Ibo liza aqui toda s as capa cida des hu ma nas de resistência,
d iante da reali dade
çad . es · ·t ua l• p ode
ptn pare cer ao homem mes mo muit· o av·an- ~.
e c~p, aq~de ed capaz de resistir por si só à prov
c1 a e só a fina l ~as a su a resistênc ia
momentaneam ente são reai.s ~uando ap oiad as pela Con ' . . Se
I
SÍ$tê ncia. Ben ct· heCf~lta esse apo 10, desa pare ce a sciê ncia ~upe not. re-
sua capa cida de de
si mesma a c~ns~·s__e . rtS to: - " Sem mim , nad a pod 0
eis fazer".
da ment alidad tencia hum ana não saberia resis tir aos choquesEntr e
egtt~ e~
reaço
. e
Propósito s. Dianmun dana
te da , e ac~ b an•a tra indo .
todo s os seus ma•~ · levad os
da reprovaçã o e d queda fin al de toda s as ilusões e fan tasias,e dia . nte
.
mcent o, a consciênc1~a ctonden ação social, diante da deg
ons cienc
·-- 1a
· Superior. 1umana · rada cão e do sofrt1-a
so pod e man ter-se enq uan to ' é apoi·a da pe

- 180 -
É bom notar-se aq ui o que o próprio Evan Ih
O
ela boca de Pedro: Cris to e O Cristi anism o s~e de Matheus insinua
P. E ao uma pedra de.. t.'o peço
para to do hornem com um . nquanto O hornern fô .
Jidadr não encontrará nos ensinos de Cristo senão ; rncapdaz d~ ver a Rea-
ma pe ra de tropeço.
* * *
"RepHcou-lhe Pedro: Ainda que me sejas necessario morrer contigo d
nenhum modo te negarei. Todos os discipulos disseram O mesmo". ' e

Nestes últimos momentos da suprema . . prova dá ainda a consc1enc1a... .


. ct · d - .
human a a ~i e1r~ eira_ cmo nstraçao _de 11~genua pretensão. Julga-se ca az
p te
de enfrentai a s1tuaçao e manter-se firme JLmto à Consciência Superio r nes
• ·
u 1t11110 passo.

. lsso ~ acon~ec~, em geral , co1:~ todos_ os di_~cípulos, com todos os Aspi-


1 antes. Embo1 a mformados e cientes da realidade dura que se ap roxi ma
não 9t~erem admi tir que no momento em que se desencadearem as forças d~
opos1çao mundana, e se virem diante da brutalidade dos acontecimer,tos,
senti r-se-ão fracos e incapazes de acompanhar a Consciência Superior. Essa
é a últ ima prova necessária, para eliminar deles todas as pretensões que
aind a restam, as últimas vaidades e idéias próprias.
O Sacrifício final não cabe ao "homem", à consciência terrestre, que
sempre falhará . É a Consciência Superior, o Cristo interno do homem (]Ue
há de sacrificar-se pelo homem, para poder salvá-lo.
* * *
- "Pai meu, se é possivel, passe de mim este cálice; todavia não seja
como eu quero, mas como tu queres".
Por estas palavras vê-se o estado angustioso da Consciência Superior,
nestes momentos supremos. Ter que sofrer como homem, com sua extrema
srnsibilidade divina, as mais terríveis condições e os mais bárbaros trata-
mentos , é coisa impossível de avaliar-se. Não é sem an_gustia e _so~rimento
que Êle enfrenta essa suprema prova, _che~ando, ~ pedu ao Pai, a Cons-
ciência Divina mais elevada, que lhe retire e~~e. calice de ª!11argura, embora
saiba que para isso Êle assumiu a responsab1hdade do destino do homem, e
que essa é a Sua Missão. D~:ºº~ ainda ? mais sublime exemplo de sub-
missão, de humildade, de obed1enc1a ao Pai Interno.
* * *
"Depois voltou para seus discípulos, e encontra_n~o-os d~rm,i,~do, per-
...•em ao menos uma hora pudeste v191ar comigo. · ~ · ter
gun t ou a Ped ro: - ~ · . f se angustia a consc1enc1a -
Enquanto a Consciência Supenor s? re e de vigiar ' Não é capaz de
d e se mostra incapaz · . .
restre, o homem, or!11eA A • , ntos su remos, cansa-se tàctlmentc e
perceber a importanc1a desses mome I enpte com a consciência humana.
A sim acontece rea m ·
abandona-se ao so~.?· . s
A

. . ·ia se angustia e se prepara para a


Enquanto a Consc1enc1a Supenor v1g ' , repouso e clescanço, sem mesmo
prova final , a consciência terrestre procura

- ]81 -
poder avaliar os lcr ri v~-i~ ,~~):1;~;º~,/;~a l~~edfªssa o seu Cristo interno. e
abandona-o para dor11111 ,
* * *

. ara qu e não entreis em tentação; o espirito na ve d


"Vigiai e ora,, p , ,, r ad~
, pronto, mas a carne e fraca .
es t a
. . são as duas reco mcn d açocs
- d C .
t· e n sto, os
. . .
1'1rz1m e orm, ,
• L . • _
t . doi s eu,'dad0'\
s ún icos meios de man cr-se 1rme no cam inh o da R 1•
essenc,a,s' sao o, ea iza-
ção
VfGIA R. quer di ze r - OBSERVAR-SE A SI MESM O, Al'E NTA-
MENTE. para manter-se "_d~sper,to", para perceber a suas ~~oprias condi-
ções. a todo momento. V1g1ar e_ ma_nter-se alerta e consci ente em trJd'o
tempo. acompanhando as expressoes ~nternas e _externas, para conduzir-se
semp re de acôrdo com o Id~al Su~enor. Se deixa um mo~ento de vigiar
e estar alerta: se "adormece e deixa de estar plenamente consciênte" , 0
Personalismo e a natureza inferior de desejos tomam novamente as rédeas,
0 ind ivíduo recai fatalmente no estado de consciência relativa, no son ho de
il usões e de fantasias de sua propria criação material. Em realidade a cons-
ciência terrestre é fraca, e só pode manter-se firme se fôr vigilante e füme.
Se souber vigiar-se e observar-se o Aspirante poderá manter-se: ''desperto",
perceberá em tempo as insinuações e astuciosos artifícios da sua na tureza
de desejos, poderá dominá-los e orientá-los pela ORAÇÃO, isto é, voltando-
se para o seu proprio Espírito, para a Consciência Superior, invocando o ~eu
a~xílio e o seu apoio. Se nos momentos críticos de tentação nos apegamos,
sinceramente, à Consciência Superior, ela eliminará os impulsos inferiores,
fazendo retornar o equilíbrio e a paz.

* * *

está "Agdoora d,0drmi· e d!scançai; está proxima a ho·ra e o filho do homem


sen trai O nas maos d·e pecadores".
Esta simples e ext h d _ .
e dolorosa ·t - ran a ec 1araçao de Cristo esclarece toda a amarga
s1
esta última h uaçao em que , ·to H umano se encontra nesta atua t epu,
o Espin , , ' rt ·
ora, antes da prova final. .
. Duran te toda esta é . . .. . . . '.l
c_oisa do que "dor . ,, poca a consc1 enc1a humana não tem te1to outr.
!idade superior N::~ ~ ~o nhar, procurando a todo transe escapar da rr,1-
~ contac~? co n; 0 set ultim~ fase da evolução ela decaiu e quase pe~deu
t!~iconsc1enc_ia_s humana~ropn o .Senhor e Criador. O materialismo dominot~
as materiais . o eg • e ª vicia tornou-se um sonho de ilu sões e de fan
quecer qt a 01s010 e os · t .. e'--
mas ' 1 se completame t in eresses mundanos fizeram o homem ~
perdemo s a nossa alma.n e' a real 1'd a ct e esp1ntual.
· • .
Conquistamos o íl1 ttndo '

- ] 82 -
Enqua nto isso a Consc iência S11pcrinr vai -e-e f . d
n,cm . e sofre toüas as con d.1çoes - ,") o, ma n o den t . d' 1
-l

. 1 , dêsse sonh o mati d . to . o 10-


ue, afma ,
· 1 . l • se m po er m terv
q LSSC u t11110 cs ta üo per so nali sta e materia l· t tr , por-
. • . ~ is a eIeve -se co mpl t
deve at111g1r o seu c 111113 x. "'rls ês te es tado é ,1 e, pe ' e ar ,
. . ' '- rman ente trai ç~
E~pín1 o Inte11o r. qu_c ~ofr e, aba 11 do11ad.o na s mãos de cada homem t ~o ao
a ,upo1tar o matcn ahsmo cra sso, os ego ísmos e necad'oc-
. . d ,, f '. 0 )ri gacl n
misénas, que rem am nes ta esgraça da época . ,1 , os so rt men t0~ e

* * *

"O traidor lhes havia dado um sinal, dizendo: - Aquele a quem eu


beijar, esse é que é; prendei-o. No mesm o instante chegou -se a Jesus e
disse: - Salve, Mestr e! e o beijou".
Vivem os numa época extran ha e irresponsável, pois assistim os a todo
insta nte essa cêna de falsida de e de traição . Procla mando a todo momento
o no~so amo r a Cristo, e com o seu nome na boca, vivemos a tra i-l o barbara-
mente. na ma is ingênu a inconsciência e irresponsabilidade.
Vivemos a declar ar que somos "cristã os", que Êie é o nosso Mest re;
exibimos nas mãos os Evangelhos; citamos as Suas palavras em qua lquer
ocasiã o. mas vivemos traindo, da forma mais bárbar a os seus ensinos e os
seus conselhos, que não procuramos compreender realmente e não levamos
a sério . O cri stianismo dos nossos d'ias é uma tremenda e pavorosa tra ição
a Cristo . A vida de cada homem que se diz cristão é uma traição pe rma-
nen te, porqu e em realidade não se respeita e nem siquer se procura com-
preend er a Cristo . Se Êle é uma Verdade Presente, se Êle está conosc o, se
Ê le vive " dentro de nós, então seguramente deve sentir imensa compa ixão
pela nossa pre tenciosa e v~idosa man.eira de pensar , pela nossa hipocr isia
e fin gimento , pelas nossas imensas tolices .
Afina l, precis amos admitir que Cristo não é tol o, como o nosso Espiriro
interi or també m não o é.
O Cristia nism o atual não é mais d'o que um disfarce . O que nos salva
é: a inconsciência em que vivemos . Nem siquer perceben~os a in~oerên cia
d<i s nossas pretensões "cristã s" e a falsidade da s n_ossas atitudes, d1 an te :-~
ensinos e co nselho s de Cristo . Qualqu er observaçao, qualquer comp~r3ç J0,
l")~
entre as normas atuais e costumes dos nossos tempos com o_s t.~n~mos de
Cristo evidencia rá im ediatament e qu ão distant es es tamos dos pn nc,pivs cns-
tãos, qu e aparentamos co nh ece r e obedecer .
Tal corno fez Jud as, tamh c: m a nossa hu111a11 id'al~e _" crist ã" _v,ern trJ~n d~
0 ~eu Mestre há muito tempo . Toda a no ssa co11 d1ç.1ll de hoJe , todos . os
prob lema s e 'm1.sc. na
. , , t
s dos nossos ernpos., '-1 co. nfusão
, e a. .desord
. . em . . socia
. .l,
· f 1 - da s ma ssas des protegidas , os pnvtlc g1os e 1n iust1 •
a ego ,s ,ca ex pl ? r,~çao o, toda parte os in terêsse s 111csqui11hos e brutais
ças que se mu t1p ,cam p r ' f ·ct d
d onstra in so ti smave lmcnte, a a 1s1 a e (1o nosso
que tudo rege m, tu d O en~ '
atual "cristianismo ", que nao passa de uma .
P
aródia e fal sificação do Cris-
tianismo de Cristo.

-183 -
. as ain da não termin ou e repéte-se na his
O cr~m: de Judf a á ainda até que apr endamos a respei t~ria da hum ..
nidade cns ta, _e _con mlu ~r no Sal ~ad or. tar e ama a
Cri sto, nosso umco e eg1 li ra

• • •
"Um dos que estavam com Jesus
ext end eu a mã o, puxou da espada
no servo do sum
e,
dando um go1pe o sacerdote, dec epo u-lh e uma
orelh
Então Jesus lhe dl·sse· _ Embainha a tua espa da; poi·s t odos
, · os que ton,a ª·
a espada, morrerão à espad~" • rn

0 mai or engano do pseudo-cristianis


. ,. -se e defender-se pela força e pelmo ?º~ n?ssos ten:ipos. é pretender
impor .
cristianismo é uma h1s . . ,. . d a v10Jen· c1a . A h1stóna do nosso
tóna de v10 lencia, .e conqms tas_, d. e sangue _e de mor
Com a capa de cristianismo têm-se prat~c te.
ado as matores_ barbandad'es e os
maiores crimes, não obstante a declaraçao
:or ma l de Cristo de que os que
empregam a espada, pela esp~da perece
ensinados por Cristo, tem-se criado uma ~ª?·. C_5>ntra todos os princípios
c1v11tzaçao que nad a tem de "cris-
tã" . Vivemos na ilusão de que caminh
amos par a o Cristianismo , mas , em
realidade, o problema espiritual do mund'o
Estamos em plena época do Anti-Cristo, se torna cad a vês mais cruciante.
denunciado pelos Evangelhos, e o
futuro nos parece muito sombrio.
Até há pouco se alimentava uma espera
nça ingênua numa intervenção
divina externa, que talvês pudesse corrigir
a situação. Hoje já não se acre-
dita em mais nada, e os que ainda crêem
em algo depositam sua espera nça
na intervenção de entidades extran
has de um psiquismo degenerado e su-
persticioso. Chegou-se ao absurdo de acr
editar-se e confiar mais em espí -
ritos de mortos do que em Deus.

* * *

d:~~ . "Acaso pensas que não posso rogar a


ne ste mo?'ento mais de doze leg iõe s
P •nam as escr1turas que dizem que
meu Pai, e que ele não me man-
de anjos? Como, pois, se cum-
assim dev e aco nte ce,,?"
Voltem os. agora a0 · t ·
que o Cn.sto mte rn m eno r do homem nesse momento cru · t 11
c·1a t O , . '. c1an e ei
errestre e ga rse Ih entrega ao ulti mo sacnfí cio Par a salvar a conscie ,,. -
n
com absolut d .r~n ir- e ª continuidade, · f
o Ego deve sacrificar-se, e O az
e evitar êss a ec1sao . . .e des pren ct ime
· nto · n der-se
. Ele poderia proteaer-se, dete
fo rcas n1a1·se sac d
nhc 10
'
se 0 ·
quizesse. Pod eri a chamar em º seu soc
Sal·vad or do po erosas d mundo espirit orro as
11omem ° . .. .
. . -
ual mas se o fizesse nao sené· l. o
1 condenada. ' e ª consc 1enc1a terr' estre ' est ari a irre .
med1ave1mr nte
1
* * *
- 184 -
"Levantando-se o su mo sac erdote perguntou
' . .... d
é O que este s depõem contra ti? · - •~a a respondes) Q
· ue
Diante das acusações e do julg am ento o Cri
· sto Intern o d'
dizer. Dia nte d a menta l't d a d e mundana, materialista e na a tem a
falseada
qua lquer resposta e qua lquer explica ção. Qua , sen·a tnuh
. .l
ndo com
0 Jul gamento d eve o A ~pn .
an te a V'd
t ~
. saber queeçadem a Acusaçao
supenor -
ta rá responde r ou exphca r, porque nao será com nada lhe adian-e
preendido e já está de an te-
mão conden ado. A mentalidade mundana não
aceitará explicação alguma,
e se faz alg um a per gun ta, fá-lo apenas
para encontrar novos motivos de
conden açã o. Estamos diante de um julgamento
, em que o réu , a Consciên-
cia Su perio r. j á está co ndenada, porque o mu
ndo não pode suportá-la. Mas ,.
nisso está a suprema consagração e a vitória
final de Cristo, que não se de-
fe nde e se entrega ao julgamento do mundo,
sem uma palavra de queixa ou
de repree ns ão.
O primeiro julgamento é feito pelas autoridade
s religiosas, que susten-
tam e controlam os preconceitos e superstiçõe
s. São os primeiros a julg ar
e a condenar, esquecidos sempre das palavras
de Cristo: - "Não julgueis >
para não serdes julgados. Não condeneis,
par a não serdes condenados" .
Ao procurar libertar-se da escravidão dos pre
conceitos religiosos, da domi-
nação prepotente dos farizeus que dirigem as
massas supersticiosas, o Aspi-
rante deve sab er que será fatalmente condenado
.

* * *

"·Então com eço u a praguejar e a jurar: -


Não conheço ess e homem.
Imediatamente o gal o cantou. Pedro lem
brou-se das palavras que Jesus
proferira: - An tes de cantar o galo, três
vêses me negarás; e saindo dali
chorou amargamente".
A consciência terrestre é fraca, e fraca será até
o fim . Diante das acusa-
çõe s e da condenação do mundo se· acovarda,
abandona a Consciência Supe--
rior e a nega , mas logo compreende o seu erro
, recorda-se das suas prom essas
de lealdade, e arrepende-se amargamente .
O "ga lo" sempre foi considerado um sí_m _bolo
da "Voz'_' que ~esperta o
homem do sôno de ilusões e fantasias matena
1s em que esta enten ado, para.
as realidades da Vida Espiritual.
o ... · t estre só se espera êsse arrependimento, êsse reco
. ta ~onsc1enc1~ ei~ fraqueza e da sua incapac nhe--
c1men o e sua pro pr idad e. Ê êsse arrependi-
menta que salva, porque e 1mm 1· . a do Asp iran te os último s obs táculos à açã o
livre, libertadora e salv ado ra, do seu Cri st º Inte
rno .

- ]85 -
e A p f T U L O 27

eda s de prata no santuario, ra&J


"J U das, dep ois de 11 arr eme ssar as mo vir1-

rou-se e foi enfo rca r-se .


• • •

s dec1s1va da constitui'r•
A

_ . qLt" Jud as rcprcscntr1 J a forç' la'b mai 1 d · "ªº


J;:i vim os )J11l"'lll Ela ca usa ra, o e csc qu, 1 no ma e a esmtegração d
· f'
. . 1 1O 11 os
ou li'b er.
csp rntu a cl os c<f(' cx,. 1 rcss ão ' rete ndo -o na rod a dos renascimentos
SPII' - Vl'JC LI , ''

t;ind <)-n ddi niti v;im c ntc. •

pro vas... det erm ina ?º pelo Destino


•A

P.1 ",an dn O tempo de cxp cri c11 c1as e ~e te mundo'


c!JL' na O m<Hncn t() do Ego
abando nar 111a1 s uma ':cz o cen~no dês.se de uma'
01c dep ois de alg um tem po, ou cnt ao, par a libertar I"
-~ \'nlt r1r r1 e "e o , · ·t a Mor-
par " a 'scm•pr_e, ~e co nsegui·u orga ni· za i o s u orp esp1n ua , que
,
,-Cz péu
te não pod e at111gll'.
, Judas abandona
Com a devol ução das moe ci.as de prata ao templo Com a formação do0
preço da traição; condena-se a s1 mes
mo ~. . d~stróe:se:
''corpo espiritual" e o des pertar da Con
sc1en.c1:1 Cn shc a paga-se ao mundo
resga ste, devolve-se ao mundo o preço ?ª tra1çao, e anulam-se as forças fataia
0
que retinham o homem preso aos renasc
imentos.
* * *
edas, disseram: - Não é licile
0s principais sacerdotes, tomando as mo
11

ço de sangue".
deita-la s no tesouro sagrado, porque é pre
em que vivemos, enquan»
Enquanto perdurarem as condições evolutivase tiver de reencarnar-se ,•
o Espírito Humano precisar de um cor
po físico
ntêm-se latentes no "átomo
domínio e o poder das forças da Morte ma er- se aos planos superiores.
mente" do corpo fís ico, e não podem recolhse "átomo semente", con ~.......
garantia de poder reencarnar-se depende dês stituição de cad a novo corpa;
con
d'e vida em vida, e que serve de núcleo de
* * *
compraram com ela s o
uDepois de deliberarem em con selh o,
a os forasteiros".
do oleiro, afim de servir de _cem iter io par
rnação os "átomos
_ Enquanto houver necessidade de reenca
sao conservados .~uma região psíquica
for ma da pelas forças que
lho - Campo do Oleiro,
morte. Ess a reg 1ao é cha mada no Evange ou a forma dos vel
ro
Jembrar que neJa também se modela o bar ' '
co'- ·" Ar1 se_ c~~servam os modelos de tod as as formas e se prepara o
co.
ou arquetipo que constróe cad a corpo físi
Como u 'té 1· museu, essa região
modelos das m cerni ~s~, ou melhor dito, um os constróem-se QS
turos veícul f~;r:1ªs ti icas, e por êsses model
os tSicos, nas sucessiva encarnações.
s
Neste mundo s t
po do . om~ s odos fora steiros, sem pre estamos de p
no Cam ois di5
01
eiro deixamos o modêlo da nos sa forma, dep
* * *

-1 86 -
"És tu o rei dos Judeus? Respondeu-Ih
. e Jesus : - Tu o dizes"
Pilatos representa no drama do Evan Ih ·
0 0
ric.t'ade cívil. que não se sujeita ao poder g_ee,· . poder temporal e a auto-
. i .. . , !ªtoso mas p rocura e aceita n
apoio e este. para cnn"crvar o seu poder social.º ·
Para acentuar ainda mais a separação e c1 1• •
1 ' e vergenc,a .
que se mpre_ ex,s-
tiram, entre os poc eres. _mundanos, o temporal e O reli ioso' ..
0 goyernador da Jud eia era romano e não judeu. g A ';;~se que Pilatos,
é•poca um protetorado do Impéri o Roman o. Diante de p)~ 1ª er~ naquela

ção foi a de que Jes us pretendia ser O "rei" d'os Jude ªsºs sª bmaior a~u!\a-
1

por t an to, que espe1·ava 1evan tar um movim u · du entendia-se


• ento de libertação J dé. '
pulsar os romanos e proclamar-se Rei. Com essa acusaça~o espªe u ia, dex-
. d' - d ravam es-
pertar a in 1gnaçao o governad or romano e a im ediata condenação do ré~.
~ssim !e~11 aconte:ido sempre em nosso mundo pseudo-cristão. Quando
o poder reltg1oso se ve ameaçado em seus interêsses e privilégios por uma
n?va expr~ssão da Verdad~, julga e condena sem piedade, mas procura ha-
bilmente disfarçar a brutaltdade das suas intenções, atirando sôbre a vítima
o poder temporal , para que êste a destrua.
Também no mundo interior do homem acontece algo semelhante. As
forças emocionais e sentimentais pretendem controlar e dominar o homem;
os hábitos, costum es, trad ições, de fundo sen ti mental , uma vez fixados, não
admitem modificações e alterações, e revoltam-se sistemi(ticamente co:-?tra
tudo o que lhes pareça interferir com o_s seus direitos adquiridos.
A razão e o bom senso não podem concordar com as imposições e pre-
tensões sentimentais e emocionais, mas acabam por aceitar as suas determi-
nações e curvar-se às suas exigências.
* * *
1
'Estando, pois, o povo reunido, perguntou-lhe Pilatos: Qual dos dois
~,- ... reis que vos solte, Barrabaz, ou Jesus chamado Cristo?"
Barrabaz significa - " filho da vergonha". Era um ladrão e salteador.
A mentalidade egoísta que domina o mundo admite tudo e aceita tudo.
s que a Verdade se manifeste em liberdade. Prefere todas as verg~-
condições que prevalecem no mundo, prefere suportar assaltos e cn-
•ergonhas e baixezas, roubos e prejuízos, contanto que a Verdade
areça e não se manifeste. Se há uma coisa que .a mentaltdade mund3~a
realmente é que a Verdade seja exposta publicamente, para que nao
a abaixo O seu poder, a sua autoridade sôbre as n~assas ~urnanas. _É
a todos tran se, que a Verdade não possa manifesta~-se,_ que ~e1a
f~da antes que as massas humanas possam ser e_sclarec1das, -. ~•sso
ga;antia de continuidade do seu reinado, do remado dos e~c~1ba~ e
, e assim também continuarão a prevalecer os seus mesqum os m-

* * *

187 -
. .
"Os pr1nc1pa1.s sacerdotes e anciãos
J
persuadiram a multidão que e
,, sco-
aba z e fi zesse morre r a esus .
lhesse a Barr
e •tos os costumes e tradições, como " autoridades" do po
Os preconqcu~ é 'pr~ferível escolher a Barrabaz, o filh o de suas prop yo,
convencem-no
h que deve condenar a Ver d a d e, que nao -
encontra nunca umanas.
vergon as, edefenda Assim tem sido sempre º.ª história do cri stianismo ast?
voz que a · , . t e
o presente, e assim se ra ainda, por a 1gu m empo.
Porém , 0 mesmo acontece no rei no interno ?'º homem, em sua propria
1 a Dia chega em que todas as forças ego1 stas da alma humana os
am. · 1tar-~e _con t ra
senho res d9 homem, parecen7 .revo . a Ver dd . · que' se
a e mtenor
desperta. Instigadas p~los hab1tos, trad1çoes e costumes, que ~e!e se assen-
tam com poder e autondade, levantam-se contra a Verdade Espiritual, contra
a manifestação do Cristo dentro do homem, e preferem escolher a Barrahaz
0 fil ho d'e sua vida vergonhosa de pretensões mesquinhas e interêsses egoís~
tas. Compreenda-se que o "Eu Mundano", egoísta e exclusivista, jamais
poderá concordar com a Consciência Superior, e procurará destruí- la a qual-
quer preço.
* * *
1
'Vendo Pilatos que nada conseguia, e que, ao contrario, o tu multo
aumentava, mandando vir agua, lavou as mãos diante da multid'ão e declarou :
- Sou inocente deste sangue; isto é lá convosco".
Como sempre aéontece no mundo, o poder temporal, embora reconhe-
cendo a inocência de Jesus, lava as mãos e o devolve ao poder religioso,
que o condenou. O poder temporal não se envolve em questões de ordem
religiosa ou ideológica. Só se interessa pelo bom andamento dos trabalhos
sociais, pela ordem e pela disciplina, pelo melhoramento das condições de
vida material, pela organização e defeza dos interêsses sociais e coletivos.
No mundo interno do homem o "corpo vital" é o poder temporal, e o "corpo
de desejos" é o poder religioso. Dedicado à conservação manut~nção e defesa
da co.nstituição~ l~tando se~pre por reequilibrar a situação, reconstituir 0
organismo e eltmmar as toxinas acumuladas, o "corpo vital" procura fazer
frente aos desgastes produzidos pelas emoções e desejos desordenados. Em-
b?ra p~ocure manter-se afastado da influência d'o corpo de desejos, o cDrpo
vital nao consegue escapar dela, sendo continuamente afetado.
Qua nd0 0 poder e a autoridade da fô rça emocional estão ameaçados
com O ~parecimento da Consciência Superior proc uram apoio e proteção 0 .0
corpto . vital, mas êste não pode envolver-se' nessa luta de interêsses sentt-
men ais que se exp . a
ressam ac11n do seu plano.
* * *
"Tod 0
f ilhos". povo disse: - O sangue dele caia sobre nós e sobre os nossos

Com es tas profética ,


e também a do "C . s palavras definiu -se a missão d'o Cristo C~srn~cao,
rt Sfo Interno" do homem. Sô bre a humanidade inteir '

- 188 -
~

a partir da Cruxif ic:-lçãn, ca iu o Sangue de e-· t


J I - i 1s o, como uma B -
penh or seguro (1e sa vaçao. ~ ce i~and o a responsabilidade ençao e um
do _S ~ngur do J~1sto e do Vcrdacl e1ro, a humanidad e selo do derra mam ~nto
esp iritual e acc1to u toda s as con se quência s ela reaç - . u O seu co111 pro1111~so
• ao I egeneradora e
cador_a d o Sangue d. e e n sto. \oi assumido a responsabilidad · f'
pun t-
crifícw que O autori zamos a agir de nt ro de nós. e do seu Sa-
* * *
.........
"Despindo-o, vest iram-lhe um manto ca rm e.z im. Em seg ·d t
,. d . h I a, e~ndo
uma coroa e esp,n os, puzeram- he na cabeça, e uma cana nau,mão d. •t .
· Ih an do-se d.1an t e de 1e, escarneciam-no,
e aJoe · are, a,
dize ndo: - Salve, rei dos judeus!"
A .essa condição cheg~ realmente a Consciência Superior, 0 Crístü in-
terno do hom_ef!l, D~srespe1tado, traído, inju riado, escarnecido, bárbaramente
maltratado, nd1culanzado, o Cristo interno, tudo suporta. Em realidade. em
que situação fica uma Consciência Superior, o Entendimento Espiritual,
quando se desperta nas misérias dêste mundo?
A Consciência Superior despertada é um permanente sofrimento e agonia.
e não obstante todo o seu Amor, todo o seu Sacrifício, todo seu esfôrço em
Auxiliar, nunca será compreend'ida, e acabará sendo traída e condenada pela
mentalidade inferior e -materialista que governa êste mundo. A Verdade, a
verdadeira Luz, não pode ser compreendida e apreciada neste mundo de
trevas e de ilusões, de fantasias e tolices. É ridicularizada, escarnecida, des-
respeü ada e injuriada. A vida do homem comum é uma negação da Verdade.
As atitudes pseudo-religiosas e suas ingênuas afirmações de espiritualidade
não passam de escárneo, que se perdoa, tamanha é a inconsciência do ho-
mem comum, mas que, às vêzes, se torna perigosa. Da inconsciência à lou-
cura a distância é pequena. É por isso que há tantos loucos neste mundo
Enq uanto não se desperta a Consciência Superior o homem é apenas
UMA PERSONALIDADE terrestre, um foco de consciência relativa domi-
nado pela ilusão da forma, dirigida pela astúcia e pelo egoismo. Subordi-
nada ao desei o e limitada aos sentidos fí sicos não pode, por si mesma. ele-
var-se acima · das fantasias e pretensões de uma existência materialista. O
homem pode sonhar, forjar as mais extranhas fantasias, imaginar um céu
de maravilhas; pode sustentar e defender essas fantasias, pode. talvez lutar
f'01' elas, fanatiza r-se e matar, por causa delas, por cau~a dos seus sonhos e
do~ seus delírios religiosos. Mas, a Verdade nada tem a vêr com isso.
Toda vez que a Verdade se apresenta ao mundo é invariàvelmente des-
considerada, traída e conde nada pela mentalidade mundana, que não pode
suportá-la. Mesmo assim, a Verdade se sacrifica continuamente, através de
cada homem que se desperta para a Consciência Superior.
Cada Aspirante à Vida Superior que atinge a Realização torna-se um
instrumento consciênte da Verdade, que deve nele sacrificar-se. Nesse sa-
iffcio está a garan tia de li bertação definitiva da cor.sciência terrestre.
A Verdade Espiritual conquistará e salvará a humanidade pelo Sacri-
'cio.

-189 -
,, Ao sairem encontraram u~, hom em ciri
neu , cha ma do Sim ão, a que"'
obrigaram a levar a cruz. de Jes us .
Do julg ame nto cm dian,t~ a mar ~ha do Asp
i~an.te se torn aria insuporta-
vc I sr n ao 110u vcss c um r1 uxili o supe11 or, que o a1u das se a tran
_.
cruz até· 0 últim o-- sac nfic
. ', . " .. . - ,, spo rtar a sua
1 0. Stm ao. que r d·1z~r .. - ouv in · d .
o com acetfa.
,cio, e cnUw confi rma -se a únic a man etra
de con ttnu ar ª. ~ar cha , qu~ é abso-
1111ª sub mis são à Voz de Cri sto , qu~ o
sus ten tará ~ aux11tará ~té o final.
Par a que a Con sciê nc ia Sup erio r pos
sa ~~n_firmar-se ~ libe rtar -se defi-
nitivamente é preciso que se subm eta ao sacn
f1c10. Só assi m o homem dei-
xar á de ser um simples homem , par a torn
ar-s e um Sup er-H ome m, um Ho-
mem divin izado.
* * *
"Ch ega dos ao lugar cha mad o Gól got a, que
que r diz er ~ug ar d~ caveira,
der am- lhe a beb er vin ho com fel; e ele, ten
do- o pro vad o, nao o qu1z beber''.
O Cristo i~terno nasce, des env olve -se · e
com plet a-se no cora ção do
homem, e qua ndo che ga o mom ento da sua
con firm açã o, sob e ao cérebro,
o lug ar da caveira, e ali real iza- se o mis
teri oso pro ces so da Cruxificação
Esp iritual. As forç as cria dor as acu mu lad
as sob em ao cére bro , põem em
vibr açã o especial a glân dul a pineal, e esta
bele ce-s e a liga ção psíq uica com
o org ão pitu itár io, form and o essa s forç as
irra dia nte s e lum ino sas uma Cruz,
atra vés da qual a Consciência Sup erio r, o
Cri sto inte rno , se des liga defini-
tiva men te de todo s os laços mat eria is e
terr estr es. A Cru xifi caç ão é o
ultimo pro cess o de libe rtaç ão da Con sciê ncia
Sup erio r des per tad a e confir-
mad a no homem. Com ela term ina prà tica
men te o pro ces so evolutivo do
hom em nes ta pres ente fase ; o seu des tino
terr estr e term ina e já não lhe será
nec essa rio reen carn ar-s e, salvo em mis são
esp ecia l, por sua livr e von tade .
Cos tum ava -se dar aos con den ado s à cru xifi
caç ão vin ho com fél, par a
que amo rtec esse m a con sciê ncia e não
sofr esse m em tod a exte nsão os
hor rore s-~º ~ar tíri o. _Com a Con sciê ncia Sup erio r não
pod e hav er redução
de co!:sc1~nc1a; é prec iso que o pro ces so se
consc1enc1a. real ize em tod a a exp ress ão da

* * *
"Depois de o crucificarem, rep
sortes; e sentados ali o guardavam". artirão entre si as suas ves tes, cleitanclo
, Com a Cru xifi caç ão Mís tica aba ndo na a
Con sciê ncia Sup erio r os ultimos
res,~~os que ~inda. a pre ndi am às con diçõ
es
con àção superior de vida , o Asp iran te já não terr estr es. Pas san do a uma
pre cisa de cois a algu ma deste
: ~ ~' e aba ndo na tudo qua nto per tenc e
ao plan o terr estr e. A mentali-
vilmen:;râst~e,dO muo d o, se apr ~ve ita ime diat
ame nte da oca sião , e se apo ssa
sua s opini~esu O qua nt? per tenc ia ao Sac rifi
cad o, sua s idéi as, seu s trab alho s,
como coisas ~uS:sus ~ s m~~' que reta lham e
deit am sort e, e dep ois os exibem
aparências. As.sim f icam ap~ nas com as vestes, com o exte rior
Cristo. A mesma me~:Ur~câ,ntec1do sem pre , com. as
; ass im aco ntec
com sua s vestes. . . ª 1 ª e que o sac rific ou hoj e se exibeu com Jesu s.
e e se enf •

-1 90 -
"Puzeram-lhe sobre a cabeça a sua acusação escrita:
Rei dos Judeus". ES t e é Jesus, o
O Evangelho de João, mais explícito neste trecho diz que t b
· h b · I · ' na a o1eta
estava escrCit~, _cm_ e rad1cot'· at1m e greg~: - Jesus Nazareno, Rei dos u-
deus. 0 . nstianismo es rnava-se especialment~, e em primeiro lu ar às
raças mais avançadas, as que fa1av_am o hebráico, o latim e O greio. A
Europa tornou-se o campo de evoluçao desses ramos mais avançados da s ra-
. L d . d .
ças brancas ~nanas. . ogo ep.ois a destruição ?e Jerusalem por THo,
70 anos depois ele Cristo, a maior parte do povo Judeu sobrevivente refu-
aiou-se na Europa.
b
As iniciais desse dístico pregado sôbre a Cruz forma o místico símbolo
I-N-R-I, trad uzido pelos Rosacruzes - "IGNE NATURA RENOVATUR
INTEGRA", "pelo fogo se renova toda a Natureza". Sob outro aspecto,
simbolizam as funções naturais dos éteres do corpo vital em hebráico: IAM,
NOUS, RUACH e IABECH. Nestes quatro éteres incluem-se todas as
funções do homem terrestre.
* * *
"Então foram crucificados com ele dois salteadores, um a sua direita,
outro à esquerda".
Os dois salteadores e ladrões, que foram cruxificados aos lados de
Cristo simbolizam as duas energias básicas do Mundo de Desejos, e do
corpo de desejos do homem, as forças d'e Atração e de Repulsão. Dur3nte
toda a vida terrestre ambas sustentaram egoisticamente a Personalidade, à
custa das forças espirituais e superiores do Espírito Humano. São cnnsi-
deradas salteadoras e ladras, porque se apossaram e se alimentaram das
forças do Espírito, que dominaram pela violência, sem nunca reconhecerem
os direitos legítimos d'o seu Dono. Porém, essas forças de Atração e de
Repulsão manifestam-se de maneiras diferentes. A Atração procura juntar
e reunir, para crescer e garantir uma superioridade que, embora egoísta e
terrestre, proporciona ao homem uma base de experiências harmoniosas, de
resultados melhores. As forças de repulsão, inferiores e destrutivas, cons-
tituem o veículo inferior de desejos, o qual propo.rciona as mais duras e vio-
lentas experiências. O veículo superior de desejos, colocado à direita cfe
Cristo, é representado pelo "bom ladrão". Ele se salva e se conserva, uni-
do à Consciência Superior, depois da Cruxificação, ao passo que as forças
de repulsão, o "mau ladrão", colocado à esquerda de Cristo, são definitiva-
mente abandonadas.
Na vid'a terrestre vive o homem constantemente impulsionado pelas forças
do seu Corpo de Desejos, as forças de Atração e de Repulsão, e elas agem
realmente como assaltantes e ladras; roubam do homem a paz, a estabili-
dade, o equiJíbrio, a paciência, causando-lhe todos os transtornos, todos
os prejuízos e todos os sofrimentos. A parte superior do corpo de desejos,
a ~orça de Atração, pode acompanhar a Consciência Libertad·a, e por isso
Cristo prometeu ao bom ladrão, que estaria com Ele no paraizo após a
cruxificação.

- 191 -
"Do mesmo modo 05 principais sacerdotes com. os escribas e anci ~
escarnecendo, di%iam : - Ele salvou aos outros, a . s1 mesmo não se aos,
• Rei de Israel é elef Desça agora da cruz, e cre•remos nele C Pode
sa 1var, . Ih b . · onfia
em Deus; Deus que o hvre agora, se e quer em, pois, disse: - Sou
filho de Deus".
Nestas desgraçadas palavras dos gui as do povo, dos farizeus e escrib
d os poderes tradicio nai s 9ue gove rnam es te mundo, se patenteia toda misé:~
e materialismo da mentalidade terrestre.
o homem com um não com~reende a espiritu~lida9e senão_ como um meio
de obter maiores ~antag: ns, mais poder, mai s sa~!sfaç?~s. e,,ma1ores benefícios
eo-oístas e pessoais . N ao pode co mp reender o sacnf1c10 do homem avan-
\'~do, em que se desenvolveu a Consciência Crística, e procura libertar-se do
Egoísmo e das ilusões materiais. Para a mentalidade mundana não é admis-
sível que alguém se entregue a um Sacrifício dos interêsses materiaís e terres-
tres, por algo espiritual que, para ela, não tem nenhuma realidade e lhe
parece fantasia.
Diante do Homem superior, em vias de realização espiritual, o mundo
ri-se e escarnece. Chega a zombar da confiança e da fé em Deus; que ele
manifesta por átos de Amor e Caridade. Declara que se Deus não lhe
concedesse benefícios e vantagens, é porque não o ama. Julga que a sua
espiritualidade não passa de jatância, de pretensão e fana tismo estúpido,
e por isso Deus 0 abandona.
1

As sim é a mentalidade mundana, céga para as questões espirituais,


egoísta e materialista. Por mais que se julgue "religiosa", inteligente e
capaz, nada percebe das realidades espirituais. Zomba, escarnece, e con-
dena todo esforço do homem que deseja avançar no caminho da espirituali-
dade, e se ele chega à Realização, e se declara "Filho de Deus", então será
fatalmente sacrificado.
* * *

#Desde a hora sexta até a hora nona houve trévas sobre toda a terra".
Assim como o Sol é a luz do mundo o Cristo Cósmico é a Luz Espiri-
tual da Humanidade e o Cristo-Interno será' a Luz do mundo interno do homem.
Na Cruxificação do Cristo Cósmico uma onda tremenda de Sua Po-
tente · ·
cões Lu 2 E. spmtual ·
inundou a Terra, e esse excesso de luz afetou as con d'•-
• t ~atenais e ofuscou os orgãos de visão de todos os viventes em larga
ex ensao. O excesso de luz que ofu sca parece trévas. '
ment~ d~esmo_ ~c?ntece no mundo interno do homem, quand'o chega o mo-
se ofusca~a~niicto da. Consciência Superior. Todas as faculdades hu~an~s
Superior · d e parahzam momentâneamente quando a luz da Conscaência
mun a toda a constituição humana. '

• • *

-192 -
''Deus meu, Deus meu, porque me desampa raste?"
Nc~sc momento
.. . . supremo, nesse
, extremo sacrifício , por um ms
· t an te
e
sente-se a onsc1enc~a terrestre so, parece-lhe estar completamente abando~
nada . Tud o o qu~ . .e ~essoal no homem parece desvanecer-se; estabelece-se
nêle um Grande S1lencH?:.. Ê o momento supremo em que a Consciência se
libe rta, atravessa as reg,oes do Mundo de Desejos e surge no Plano Mental
Con cre to, onde se liga definitivamente com o seu EU SU PER IOR.
Essas patéticas palavr_as d'e Cristo na _cruz podiam ser repetidas por
todos os homens, com mais absoluta propriedade. A consciência terres tre
sente-se verdadeiramente DE SAMPARADA PE LO SEU DEU S, incapaz de
sentir e de perceber o seu Espírito e seu Criador. É a nossa condição nesta
presente f áse evolutiva.
* * *
"O véo do santuario rasgou-se em duas partes de alto a baixo, tremeu
a terra, fenderam-se as rochas, abriram-se os tumulos, e muitos corpos de
santos já falecidos foram ressuscitados; e saindo dos tumulos depois da
ressurreição de Jesus, entraram na cidade santa e apareceram a muitos".
Com o Sacrifí cio do Cristo Cósmico as condições espirituais da hu ma-
nidade modificaram-se profundamente. Sob a influência interna e di réta
d'e Cristo "rasgou-se o véo do templo", que impedia a entrada no Cami nho
da Iniciaç ão , com exceções de ra ros indivíduos preparados especialmente e
em cond ições muito especiais. An tes do sacrifício d~ Cristo a Iniciação não
es tava aberta para todos. Para a humanidade comum não havia, ainda
possibili dade de despertar-se a Consciência Superior e atingir a Libertação.
Sob a influênci a diré ta do Cristo Cósmico despertou-se na humanidade o
gerrnen do Espíri to de Vida, o seu segundo aspecto divino, que antes. estava
simplesmente laten te, como uma semente que não encontra campo favorável
para desen volver-se. Alimentada pelo Espí rito de Vida surge a Consciência
Espiritu al fo rma-se o "corpo espiritual " da ressurreição.
Os fenomenos mencionados confirmam a ação de Cristo nos mundos
espirituais, libertando aq ueles que já estavam suficiêntemente evoluídos, ma s
de pendia m de um último auxílio inte rno para a libertação fina1.

* * *
"Estavam ali muitas mulheres observando de longe, as quais desde a
Galileia tinha seguido a .J esus pa;a o s~rvir; entre elas se ach~ va Ma ria
1
Magdalena, Maria, mãe de Tiago e de Jose, e a mulher de Zebedeu .
. Em todos os tempos a mulher sempre d~monstr~u. ser mai? sensivel ~~
vibrações do mundo espiritual. Seu corpo vital P?S!tivo perm ite-lhe sentu
a realidade e ouvir mais claramente a voz da Intu1çao. Em tod~s. os tem-
pos fo i a sensibilidade da mulher que sustentou o senti mento rehg~oso e a
esperan ça do mund o em al go superior, e a ela devemos todos os 1mpuls?s
melh ores, que têm permiti do à humanidade conservar e mel horar o padrao

190 -

., ak tnotAvcl, entretanto, que embora Cristo tenha sem
moral da s,)cH d,< · -11,crl's f lc não chamou nenhuma delas para aux·alPirt
·1· I1) 1,n, mu
~ido aux, ,;ic
.. , . .d d
. ·stér in nem deu-lhes maior auton a e em Seu Serv·
ar
. '•1rt 11H'l1 te O Sl'II !ll 111 L ' • • IÇo.
dlll . s \\ã c tcncc;tre. numa feita, chegou a dizer: - Mulher que
À "'ª' 'ª: '~'ª 1 1)l(ltigo'? mas atendeu ao seu pedido, e transformo
1
tcnh ) eu q_m1 ' l 1 ...\ hthlas ele Cana. Maria Magda lena, cortezã famosaufo~
1 • t
.,..1)tl. i u... e ';tuxiliada de 111:tneira • excepc10na
crua em v111 111, t
ªr,1r I·.lc ILLL
,1- .
d 1 . , pois
f
,.. rans ormou-a 81...,
...,..
1
..
r - .L~a'
1:;anta . I ou a mulhci adúltera do rigor ,,.. a e, mosaica, · que a conden-..•••
~• ··t \ .,.. 1ta\'a mulhc1 cs nas suas reun10es, e ensinava-as, mas não ,._
a 11101 e. , -\l~ d ·t· ·- "'...,
mou nrnlrnma pai a O aposto lado, nem. as a rm 1a nas reurnoes reservactaa,
('íll qu e '
só comi)atcciam os Doze. , É importante
6
A
tambem notar .. se m. IMA
) ,,_ l'V9"
uatro evangelhos não se menciona uma s ves q.ue ~ guma mulher tiveta
;e dirigido a Cristo, para tratar de assuntos doutrmários. Só se sabe ....
elas gostavam de ouvi - o .
, 1 ,,
* * *
"À tarde veio um homem rico de Arimathéa, chamado JOlê, ... •
tambem discipulo de Jesus; ele foi a Pilatos e pediu o corpo de Je1aa. 1 g
Pilatos mandou que lho entregassem".
Por aqui se vê que além dos Doze Apóstolos, que O seguiam
mente, Jesus contava com outros discípulos, que aceitavam e ac:omtpa1111atwa11
o Seu ensino, reservadamente. Embora isso seja pouco observado e
mente notado, é preciso considerar que Jesus esteve relacionado durante
o tempo, durante o seu ministério, com muitos indivíduos de avançada
ritualidade, que O acompanhavam no Seu trabalho, embora isso nãe
mencionado nos Evangelhos, por varias e importantes razões. Nem
Sua ligação com a misteriosa Ordem dos Essênios é mencionada DOS E
gelhos, mas foi entre eles que Jesus se preparou e estudou antes e
ministério, durante dezoito anos, dos doze aos trinta, periodo em . .
Evangelhos silenciam completamente.
Mesmo durante os três anos que duraram as suas atividades
nunca esteve afastado dos Essênios, que, discretamente, prestar• 1.1
ordinário auxílio.

"Senllor, lembramo-nos de que .aquele ••IMllteiwo. 1lr:ll


.,_••: • Depoia de tr61 dia,, re11uaclt1rei".
O grande receio da mentalidade mundana ê que a Verdacll
p. mesmo depo.is que a julgam morta e enterrada. Para ftllllna
vel ressurgimento, procuram cercar-se de todu 11
••ndar selar a porta do túmulo e guardA-lo com a fólçac
.
llu, aãodo • pode nunca reter a Verdadt e
quan parece morta e dl8trulda.
lm,..
l!lplrJto 6 • Verd,de, dentro do homem_ •
~ - - • IDOrto e eaterrtcto Doe .,....t"',11
1in·olu\·,io. neste quarto Período Terrestre deve ressur ir d
tar-se novamente. g os mortos, e liber-
Os Espíritos Humanos já passaram os seus três dias d
tamento, e entram agora no quarto dia da Ressurreiça~o Ceomorte ~ sepul-
cnsto. , · comeVço ut o preparo para o Grande Despertar,
. eosm1co · mque a vmda do
se com-
p etara
1 com a 5 ua o 1 a, ao som da trombeta do Anjo sob a 'b -
potentes e libertadoras da Sua Voz e do Seu Amor. ' s vi raçoes

CAPíT:ULO 28

"No f im do sábado, ao alvorecer do primeiro dia da semana1 Maria


Magda lena e a outra Maria foram ver o sepulcro. Eis que tinha havido
um grande terremoto, pois um anjo do senhor descera do céo, e chegando-se
ao sepulcro, removera a pedra, e sentara-se sobre ela".
Novamente se verifica que as mulheres, melhor do que os homens, sabem
conservar e alimentar uma esperança. Embora ainda apegadas a um con-
ceito formalista de espiritualidade, sentem que vai acontecer algo superior,
c1ue não podem definir. Encontram a pedra do t úmulo removida, e um Anjo
do Senhor sentado sôbre ela. O Anjo do Senh or que há de remover as
Pedras dos túmulos humanos já está em atividade, em seu trabalho redentor,
à ordem do Cristo Cósmico, que, como Lazaro, ordena : - Sai para fóra !
Estamos entrando no Grande Dia da Ressurreição, e, um a um, os Es-
píritos Humanos serão despertados do longo sôno de inconsciência espiritual,
para a Luz da Consciência Superior, para a Verdade e para a Vida Eterna.
"Â sua aparência era como um relâmpago e a sua veste branca como
a neve".
O autor não pôde encontrar melhor comparação. Descreveu o Anjo
Libertador como o "relámpago", a força tremenda e fulgurante do raio,
símbolo de uma potência incontrolável, revestida da mais alta pureza, que
o branco da neve representa.
* * •
"Mas o anjo disse às mulheres: - Mão temais vós, porque sei que
procurais a Jesus, que foi crucificado. Ele não está aqui, porque ressuscitou,
como disse; vinde e vêde o lugar em que ele jazia. Ide ~epressa di~er aOI
teus discipulos que ele ressuscitou dos mortos, e vai adiante de vos para
a Galileia; lá o vereis. Olhai que vô-lo tenho dito".
. Há algo misterioso no desapareciment? do corpo de Jesus, e. q~e, por mo.
tivos superiores nunca foi revelado antenormente. A ressurre1çao de Jesus
foi espiritual, e não física. Cristo ressurgiu no CORPO ESPIRIT UAL,
constituido dos éteres superiores d'o corpo vital de Jesus. Mas, p~r ra~ões
superiores que se impunham, o corpo físico devia desap_arecer, e foi por isso
rapidamente dissolvido, sob a influência de tremendo impacto de vibrações
<'Spirituais que o reduziram a pó impalpável.

- 195 _.
Até ago, a a mentalidade hum~na n.ã~ poderia ter comp~e~nd ido outr
. - e ; fôssc de ordem f1s1ca. Se o corpo f1s1co de Jes a
rcssurrc1çao qu 11 º 0 ·' • - t 1 h" t' · Us
,. · • t · a(i () e c,,ti-assc cm dcco111pos1çao na ura, a ts ona de Cr,·st
fosse cnco11 1
'' ea a1ea11 ça1··a
' '
() 11 rcstígio que alcançou, e o
e nshantsmo
• • • talves não eh o
A

111111 1, , , h . • d . e.
asse nunca a afirmar-se no mundo. Ate OJC am a a quas1 totalidade do
g "d .· _ -) se e, 1ca, 1ta e se prend e à ingênua esperança de um a RESSUR
mun n c11s 1éH , ' . '. , . d t' · d · . . ·
REIÇÃO FíSICA e ne ~s~ _un1 co fa to s~ apo ia to o.º pres tgto. o cnshantsmo
popu la 1.. e a ,sua poss,btl icla dc de ag i adar e• atrair 1· a mentahdade mundana
do ocidente, com todo o seu ego ísmo e maten a ismo.
o arande so nll o da humanidade cri stã é uma ressurreição FíSICA, quan-
do Cristo voltar pa ra ina ugurar o Seu Reino ete:n o NEST E MUN DO. Com
a mais infa ntil in o·enuidade adm ite-se e acredita-se qu e todos voltarão a
viver como antes, ~om os seus corpos físicos refeit~s pelo p~der d'e Cristo,
numa terra regenerada e eterna, em qu e nin guém ma1 s morrera, e onde todos
serão completamente fe li zes MATERIALMENT E.
A humanidade que se diz cristã não percebeu ainda as palavras de Cristo:
- O MEU REINO NÃO É DESTE MUNDO.

*. * *

"Não temais; ide avisar aos meus irmãos que se dirijam à Galileia, e
lá me hão de ver".

As primeiras pessôas que viram a Cristo ressucitad o for am mulheres.


Exaltadas e sensibilizadas como estavam pela grande nova e pela certeza da
ressurreição do Mestre, e sob a influência de Jesús, nelas concentradas. des-
pertou-se-lhes a clarividência e puderam vê-lo em seu "corpo espiritual" e
dele receberam mais uma recomendação.
. O que é preciso notar aqui é que, depois da cruxificação, os éteres supe-
nores do corpo vital de Jesus foram-lhe devolvidos, e empregou-os depois,
em_ to,das as manifestações às mulheres e aos discípulos Já vimos que esses
dois e_teres superiores constituem o "corpo espiritual" , no qual a Consciência
Superior se assenta e se manifesta.
O "c~rpo espiritual" d'e Jesus foi conservado e é guardado para a pro-
xima manifes tação de Cristo, QUANDO ELE TIV ER DE VOl TAR. Será
.aesseE "corpo espiritual" que Ele voltará no ar como dizem os Evan2elhos,
e a te s.e ,~euni~ao
. .ft . •
· - ' '
to_dos os homens que houverem ..,
constituido os seus "corpos
-.,1r1tua1s étencos, iguais ao de Cristo.
Nessde Corpo Espiritual a Consciência Superior do homem se projetará
mun
_.._. deve os espiritua·s
. 1 , d epo1s
· do processo d~ esp1ntuahzação
. . . • .,
e ltbertaçao,
~- 1
rea izar-se em cada ind ivíduo.
Assim se revela o " i ,, .
segrec o , encoberto pelo simbolismo evangéhco.

-196 -
"Partiram os onze discipulos para a Gar1e·
. , d • aa, para o monte J
lhes des1gnara; e ven o-o, adoraram-no mas alguns t ' que esus
, avera m as suas duvidas"
Vemos que a referência a um monte na Galiléia ind· . •
binado reunir-se numa Escola Superior e lá os discípuloica qtue haviam com-
. é
tacto d1r to com Jesus e rece b eram os ultimos
' s re ornaram O con-
ensinos e conselh
, d b os.
Mas, e e o servar-se a curiosa menção de que alguns do d' ,
tiveram as suas dúvidas, mesmo depois de assistirem a manifetasç_ tsctpu_1~s
tua1s _ e Jesus. N
· d . ess~ sen t·d E
1 o o vange lho ~e .Matheus é admirável oes na
esp1r1-
ex-
r ressao da sua smcendade.. Realm ente, , os d1sc1pulos
.
mesmo grau d e d esenvo 1v1111ento e de entend imento.
não estavam tod os no

~ela própri~ _de~crição evang_élica só três pud eram alc<lt:1Ç<\r os graus


supenores da I111c1açao: Pedro, Tiago e João. Embon, todos fôssem clari-
videntes, em maior ou menor grau, os demais discípulo~ não estavam prepa-
rados para compreender, em toda sua extensão, a Missiio e o Sacrifício de
Cristo. Vê-se por aí que nos primeiros graus de iniciaç ão e de clarividência
o Aspirante não tem todo o conhecimento, nem pode entender todas as ques-
tões espirituais.
Com exceção dos três Apóstolos - Pedro, Tfa~o ~ João - os demais
teriam naturalmente as suas dúvidas, porque lhes faltava ainda maior capaci.
dade de entendimento. Essas dúvidas existem sempre em todo Aspirante,
mesmo depois de passar pelos primeiros graus, e só gradualmente elas serão
eliminadas, à proporção que avança e adquire maiores capacidades de rea-
lização.
O processo da Iniciação compreende nove graus chamados Mistérios
Menores, e quatro Mistérios Maiores, sendo portanto treze ao todo; só gra-
dualmente o Aspirante poderá conquistá-los. A Natureza não dá saltos, e
o desenvolvimento .espiritual tambem acompanha essa mesma LeL Todo o
processo iniciativo exige muito tempo para se completar, embora os graus
Menores possam ser conseguidos numa só vida.
Jesus aproximando-se disse-lhes: - Foi-me dado todo o poder no céo
11

e na terra".
Desde a Cruxificação o Espírito do Cristo Solar assumiu a direção e a
responsabilidade da evolução espiritu~l. da Humanidade e do N\undo; tor-
nou-se o Supremo Guia e Regente Esp1ntual da Terra.
Ê preciso que compreendamos que o nosso Mundo e a Humanidade !êm
um Govêrno Espiritual, que acompanha e zela atentament~ pelo seu ~e~t-no.,
observando todos os acontecimentos, para tomar as medidas. neces~anas a
bôa marcha da evolução. Individual e coletivamente a Humamdade : obser-
vada, guiada e dirigida espiritualmente, passo a passo, por êsse G?verno Es-
piritual dirigido por Cristo no encaminho do Seu Plano de Salvaçao, em que
tudo foi sàbiamente previsto' · dO ao acaso· nada
e calculado. Na da f 0 1· deixa '
foi, nem poderia ter sido esquecido. . . ,
O Destino da Humanidade está completamente nas Mãos de Cn º' e ª st
1
~ua direção foram entregues todos os po d er es esp irituais e terrestres. sso

- ]97 -
. , ) llnicn Oovêrno verdadeiro da humanidade e do Mundo per
quer l i1zr1 qm < , • p d d' - •
tcnce a Cristo, e nada escapa de Sua Sa h1a e 'd oderos_a 1reçao. _
1
Pouco importa qur o l\\u11do e a f-- uma~1. a e na~ possa e nao queira
ainda acreditar e adimitir isso. O Plano de Cristo co!1tm~ará a desenvolver.
se com a mais absolu ta segurança, e chegará, por ftm , a plena realização
para nossa eterna fe li cidad e. , . .. . _ '
Convém lembrar aq ui que o Esp1r1to de Cnsto nao está Só neste gigan-
tesco trabalho de rege neração e de salvação. Ê]e conta com tôdas as Inteli.
gências Es pirituais e com tôd'as a_s fôrça.s _d~ Natureza terrestre, _além de unr
grupo crescente de homens evolu1dos e m1c1ados, os nossos Irmaos Maiores.
* * *
"Ide, pois, e fazei discípulos de todas as nações batizando-os em nome
cio Pai, do Filho e do Es,pírito Santo; instruindo-os a observar todas aa
coisas que vos tenho mandad'o".
Todo legítimo Cristão e todo Aspirante à Vida Superior tem uma missão
a cumprir. Deve tornar-se um colaborador e auxiliar expontâneo de Cristo,
um instrumento consciente do seu Plano no mundo.
Sua ordem é para que se ensine, que se transmita o seu Evangelho, que
se instrúa, que se prepare discípulos, que se mostre o Caminho, que se
aponte a Verdade, que se demonstre a Verdadeira Vida.
Batismo quer dizer "purificação", e a recomendação de Cristo para que
se batize, em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, significa que se
purifique as consciências e as almas humanas, despertando nelas o Entendi-
mento da Realidade Espiritual que cada homem possue dentro de si mesmo.
BATISMO, ou "purificação" só se efetúa quando o homem abre sua cons-
ciência à Luz do seu próprio Espírito, do seu 'Deus Interior, e para isso é
il)reciso que seja instruído e ensinado.
Entretanto, é preciso considerar que não hasta SABER, é necessário FA-
R. O cristianismo teórico nada vale; é torno um tesouro enterrado> que
ninguém aproveita. Cristo recomenda que 1te instrúa, para que o homem
iuve tudo quanto 2le tem mandado fazer.
O grande mal do nosso cristianismo atual é ter-se mantido como teoria
• Todos se julgam cristãos, pensam que conhecem o cristianismo,
em os seus princípios, interpretam os seus ensinos escrevem sõbre êle, e,
rocuram ensind-lo aos outros mas . . . o que ninguém procura fuer
~LO, observá-lo e obedecê-lo.
~an consequência, para o cristão comum não há realização espiritual.
,teapertar da Consciência Superior.
• • •
. . lu ...,., COIIVOICO tocloa OI clla1, •M O ..... ele fflU...,,,
eata categórica aflrmaçlo de Cristo termina o Sv~
·0 do Oólgota O l!1p{rlto SOiar de Cristo H ~
mtmantflade, lt1ou.ae • elá "polo llftllle.., e ctera azJil
\
seJ· a toda redimida e salva. Desde o seu Sacrifício ,.. t com
a humanidade ...on
· .. t d' , · ,1. . . a
0 mais p~ueroso e ex raor mano aux1 10 esp1ntual diréto.
Hoje temos real
e verdadeiramente, UM DEUS ENTRE OS HOMENS , ligado ao nossd des..
tino permanentemente e que nos salvará seguramente a todos. Sob sua amo-
rosa influência se despertará e se desenvolverá dentro do homem a Consciên-
cia Superior, o CRI STÇ)-I~TERNO, que lhe permitirá vencer a natureza
inferior, o egoísmo e as tlusoes da forma.
A Humanidade já não es tá abandonada ao seu destino, à rigidez da Lei.
Acima da dura e _invariáve l Lei de_ Con_seqüência, que decreta que cada homem
colhe O que semera, temos uma Lei mais alta, a da Graça, do Amor, do Perdão
e da Caridad e. ,
Essa Lei da Graça está à disposição do Homem, a todo momento, para
aliviá-lo, para auxiliá-lo, para salvá-lo. Ela não se impõe e não obriga, mas
se oferece liberal e amorosamente a cada homem que queira aceitá-la. O
homem é livre de aceitá-la ou rejeitá-la, mas, enquanto se conservar afasta-
do do Caminho de Cristo não poderá conhecer a Verdade, e não terá verda-
deira Vida em si. Afastado do Caminho de Cristo não poderá receber os
benefícios da Graça, e continuará sob o regime da antiga Lei do ''olho por
olho, dente por dente".
Como uma criança rebelde, que não quer ouvir os conselhos dos seus
pais, a humanidade continuará ainda durante algum tempo em sua teimosia,
mas por fim compreenderá o seu êrro, ~ se lançará nos braços de Cristo, o
seu Divino Amigo, o seu único Salvador.
A dôr, os sofrimentos, as desilusões, farão a humanidade compreender
que o caminho do transgressor é muito duro, e que sob a Lei de Conseqüên-
cia continuará num círculo vicioso, do qual ninguém se salva.
Só a Consciência Superior despertada no homem alcança o Entendimento
Espiritual que lhe permite perceber suas próprias condições e necessidades
reais. Com sua Consciência Espiritual despertada, apoiada e sustentada
pela Luz do Cristo Cósmico, o homem conquistará sua Libertação Espiritual.
Cristo está real e verdadeiramente conosco todos os dias e jamais poderá
afastar-se de nós. A Luz da _sua Eterna Presença interpenetra e rodeia toda
a Terra, e como disse São Paulo: "nele vivemos, nos movemos e temos a
nossa existência".
Do centro da Terra, onde êle se ~ncontra, sua potente Luz Espiritual se
expande para toda a periféria, interpretando tôdas as almas humanas. En..
tretanto, a Sua Luz e o Seu Poder não se impõem, e não obrigam. Os ho-
mens são livres de aceitá-los ou rejeitá-los. Nenhum poder espiritual pode
impôr-se ou obrigar os homens, contra sua livre vontade.
Assim como para receber e apreciar a irradiação de uma estação emissora
o homem deve construir um aparelho que possa sintonizar, na respectiva onda,
assim a recepção d'a Onda Crística depende de um aparelho de recepção
especial, que o homem deve construir dentro de si mesmo. Todos possuimos
o germem desse maravilhoso aparelho espiritual de recepção e transmissão,
e podemos desenvolvê-lo completamente com o material psíquico que todos

-199 -

,
•. x•ra r Jn~ri
•· aparelho é o " co rpo espiritua l". o c.tn ...
- ~ ,, ,- ,
l
r e, ·a•·• a.;; ,t.zt , mencion a~~ nos Evange! hos." e do - ~
qual
1 •--= - .-- .. •~e - , pi · i•ual e reumao com o nosso ~l\·ad9r
; - - ._ ~ r ,,1 ~ r • ;l,._;I \. 1 • O
.. • • -.: • - 1 l... 1... •
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nda Sua Luz e~ :u mor,_ e a .': e_ evernns O a\ranço


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• l' .--: ~ _ ~ _ . · . reali zam os nestes uh.imos dois m1len10s . Em nenhlh..,. ..
·-- - a 1 qul - . "d . d" l ~-
~:,~- '"ª hi --·/na humana realiz ou-se ~afoJ !ªP! ad _e rad1caC ~ran~formação
t.1-- ª . , . .,. P, d,1 is mil anos. sob an uenc1a u e,a e ns,o. Quando
e .- rt '- ,t. u 111 '
nt1c rt:: .,t... nn. ... . a 1.:.;,c:e a,·anco não que remos. em• a b so 1U ,tO, s1gn111ca
- ·.i·
r prcw~rw.
, • o•~~.
- _G ,e, G ;-•el·
_ • r•- -· uai e científ•c apenas. mas a espan,os a revolução ~ _
,t t-~ , d ·'-=I .• ,- ~
h, -"'·anc~ r o campo da consciência. a lJ osot1a, da Religião.
.
dos
~:1. ~; iumar.")S . da liberd ade de pensame ~to. Há quasi dois mil ~nos que
,i,·er: --s ei!i piena re,·clução social. que va1 se ace!eran do progn:ssn·amen~
sob ~ ~!::pulso poderoso e irresistí,·el do Espírito de Cristo. Não obstante
iôd'a a ::;p ~sição brulal e maniiest a do egoísmo mundan o ~ ~o materialismo
ir.te:esse ::- 1 que go,·emam a mentalid ade terrestre , o Esp1nto de Fraterni-
G<ide. de .-\mo r e de Altruísm o. Yai- conquistando os corações humanos . e não
\-e~ :cr:ge o dia em que a Humanid ade inteira compree nderá que deve uni&ar
ccT.~:eramen~e os seus esforços e cooperar conscien temente na realiza\ão do
?:ano de Libertação do ::.iosso Salvador.
Vn--emos numa época de transcen dental i mponân cia nos destinos da
h~anid ade~ em que se chóca~ dentro e fóra do homem. duas poderosas
::orre:1~es: a do EGOíSi\ \O e a do ALTRlJ íS~\O; a do .~"\;TI-C RISTO e a de
CRISTO. Só ,·ernos dessa luta os seus efeitos, em tudo o que vem aconte-
cendo no mundo, e em rudo o que acontece dentro do hom~ e de uma
.roisa podemos ter absolut a certeza, é que a Corrente do .Amor e do Alb uismo
tem a Yitória assegura da. Sob o impulso constant e e irresistív el de Cristo
a humanid ade se desperta rá gradualmente para a Realidad e Espiritual, e
compreenderá que, para sua própria felicidad e, para sua garantia e mais
rápida libertação deve abandon ar os impulsos cégos do EaoiStllO m a ~
que a mantém escraviz ada a fantasma s e falsos deuse~ criados pela saa
própria ignorância.
. Se os cristão~ pudessem compree nder realment e O que significa: -
Eis q1;1e Eu ~stare1 ~onvosco todos os dias~ até o fim do murwlo, certamente
as coisas senam m~1to dife~entes. Alas, o nosso mundo não pôde ainda COlll-
preender esta ternvel reahdade , não percebe a grandez a desta afinnaÇlo.
~ t e lhe faltam .ª Consciência e o Entendim ento Espiritua l. A idéia que.
. t se faz de Cnsto é tristemen te falsa e material ista Os Evan ~ sio
~.A ~~retad os ao pé da letra, e não se faz nenhum esfôrço
~ rea1mente
sincero em etltm-
e apoios a . :_ Procura s . . e:-~
- e nos ensinos de Cnsto apenas con1u •~-
O le .. opmioes . eg~istas, interesse iras e pretenci osas.
será nun~~t•~~ c;!s:~•s mo é apenas, e unicame nte, Amor e Altnaismo. Nlo
a principal razão g 10• uma especula ção, uma profissã o rendosa. Essa i
n.-n p
--.av. rocura-sepelaao qual
co t ánão.
se tem interêsse em entender .se o Cris~·'
seu legítimo signifka do. n r no, torcer e encobrir , com hãbeis sofisma~

- 200 -
a coisa do que tornar
.A~ c?rrent~s. ps~u?o-relig_iosas não tem feito outr massas, porq ue com-
cnstianism o. mm!e1lg1vel ~ mcompreensíveI para
0 as
os seus vastos interêsses
preen~e_ram ha mui to o perigo que representa para justo entend imento dos
ma~ena1 s e seu domínio das consciências.s humanas
o
ensm os evangélicos por parte dos rovo
consciências huma-
Mas, o traball10 de c11vagcli1açfio e iluminação das obstante as dific ul-
nas continúa triunfante e caminha a largos pass os, não
s poderosas correntes pseudo-
dades e obstáculos que procuram criar essa homem comum.
religiosas, que ainda d'n111i11.1111 a 111 c11ta lid adc do

antes de encerrá-lo
Chegamos ao fim do 11osso trab alh o, e queremos, ssário, para que nã;
nece
prestar ao leitor um esclareci mento que j ui gamos tado e f ai sarnente com-
r<'ste. talv ez, a possibi lidad e de ser êJe mal
interpre
ituado a raciocínios rápidos
preendido por algum estudante não prevenido, hab
e superficiais. e, que por fôrça dos
Que remos nos referir à crítica, aparent emente fortigados a fazer, inter-
próprios têrmos do Evangelho de Matheus fom
os obr
ari zeus". Devemos decla-
pretancfo, as referências feitas aos "escribas" e "f atingir nenhuma organi-
rar que com essa interpretação não tencionamos Como no próprio Evan-
zação religiosa ou poder público em particular. sem preconceitos e ne~se
gelho de Matheus, os assuntos foram analisados São Pau lo, quando disse
caso consideramô-los justos. Lembramo-nos de sujeitos aos governadores
em sua cart a a Tito : "Adverte-lh~s que estejamjam prontos para tôda bôa
e às autoridades, que sejam obedientes, que este questionadores, mas que
bra, que não digam mal de ninguém, nem sejamcom todos".
jam socegados, mostrando tôda mansidão par a o nosso mundo é
Mas, não seria possível deixar de reconhecer queincapaz de elevar-se
,
vernado por uma mentalidade imperfeita, relativa erialism o preconcebido
· a dos acanhados e limitados conceitos de um mat a êsse poder mental,
,
exclusivista. Vivemos sujeitos à essa mentalidade
· do pela pró pria ignorância humana, nesta
present~ __f ~se inter~~d'iária,
confusão, de incertezas, de incompreensão, nes
ta Babrlom a que ed1f1camos
inconsciência das Realidades Espirituais. de~virtuado, prepo-
Temos sido instrumentos cégos desse Pod er Mental
O PRINCIPE DESTE
te, egoísta e mesquinho, que Cristo chamou -
vés de tod_os os homens ..
NDO, e que pro cur a dominar e expressar-se atracult os ou ignorantes, ou
escribas ou farizeus, crentes ou descrentes,
.
esmente estudantes de espiritualismo. vas , que o Asptrante
e desse PODER MENTAL, desse Pod er das Tré
nte, para que a sua
de. li~r tar- se, pelo seu esfôrço consciente e i~teli~e . .
mt: nor .
nc1a Espiritual pos sa des per tar-se em ~eu rtaç essita o Aspirante
Para ser bem sucedido nesse esfôrço de hbe itosao osnecEva ~~elhos. Essa
·entação e de método. Par a isso f aram escr sa ser utJI aos _nos:05
bém a razã o de ser deste livro. Que êJe taposd'a mais alta Reahzaçao.
se Amigos da Fra tern idad e, em sua conquis
* * *
- 20 1-
DESPERTA TU, QUE DORMES!
LEVANTA-TE DENTRE OS MORTOS
E CRISTO TE ALUMIARÁ

AINDA UMAS PALAVRAS DE ADVERTeNCIA

Ao finalizar, precisamos di zer ao nosso q~erido leitor algumas pala.


yras de advertência, para que êle não corra o risco de tornar inútil, ou de
menor valor todo es tudo fe ito das páginas desta obra .
A tendência natural e diríamos, quasi fa tal , da maioria dos estudantes
do esoterismo é manter-se na "letra" dos ensinos, perdend,b de vista 0
"espírito''. isto é, o senti do real super~or! sem o que ~odo estudo será inútil.
o que é preciso é apre nder-se,.,a rac10c1~~r com lógtc~ e bom se~~o, num
esfôrço sincero e honesto. Entao a Intmçao, o Entend1mento Esp1ntual, se
desperta e ilumina a mente.
Esta obra não foi escrita para satisfazer simplesmente o gôsto pela
especu lação intelectual , nem poderá auxiliar aqueles que se contentam em
examinar superficial mente as coisas, em busca apenas de confirmação para
suas id'éias preconcebidas.
Em certo sentido, o estudo do esoterismo cristão exige que o estudante
se emancipe previamente de opiniões preconcebidas, de idéias pessoais, deri-
vadas de sua experiência relativa e limitada. A intuição e o Entendimento
Espiritual não podem desenvolyer-se numa 'mente dominada por idéias fixas.
por preconceitos e prejuízos, baseados numa lógica materialista e falseada
por interêsses pessoais de tôda ordem.
E preciso compreender-se inicialmente que espiritualidade não é "ima-
ginação". Podemos imaginar tudo o que quizermos; podemos imaginar uma
espiritualidade muito a nosso gôsto; podemos imaginar que somos espiritua•
listas, e até que somos santos e perfeitos, que já sabemos tudo, mas tudo
isso não tem nenhum sentido real. A Imaginação é uma das mais preciosD
faculdades do Espírito Humano, mas não aprendemos ainda a empregá-la. O
que chamamos de imaginação não passa de "fantasia". A fantasia não é
mais do que o aspecto negativo e materializado da imaginação. A fôrça da
Pers?na~idade se apoia tôda nessa Fantasia, que a alimenta e sustenta, ~
o pnmetro grand'e passo no Caminho Real é a eliminação dessa PersonaJi...
dade, e para isso é preciso deixar de alimentá-la transformando a Fan ·
em Imaginação Criadora. '
* • •
Uma vês bem compreendido êsse primeiro ponto deve o Aspirante e
centr~r t~da fôrça da sua Imaginação no Ideal de Libertação Espiritual.
lmagmaçao deve conceber o novo CORPO ESPIRITUAL,
desenvolvê-lo, com a mais absoluta confiança e determinação.

- 202 -
J)()n:•rn. _c1 capacidade criadora depende da energia que A ·
· · - E t . o sp1rante puzer
à sua (i 1~po~1çao._ nquan o a ener~,a criadora se escoar descontrolada pelos
órgãos _e e. ~erac• ao,Apouc~ ?LI qu_asd1 nada. r~stará dela para a formação do
Corpc_) Esp1ritua 1. t . s cd~e1g1as ena_ oras sa biamente acumuladas fornecerão à
Imaginaçao o ma e~ta 1 e co!1struçao com que o Corpo Espiritual poderá ser
construído. A castidade rac10nal é, portanto, o segundo ponto importante da
q uestão. Queremos, en tretanto, chamar a atenção do Estudante para 0
·
expõe a F1loso · Rosac ru c1ana
f 1a · s ôb re esse
" que
ass unto de vital importância. Não
se trata aqui de ''cas tidade abso luta", mas de castidade racional. .esse é 0
segundo ponto.
P~ra levar a efe i_to êsse trabalh o interno d~ criação do Corpo Espiritual
é preciso que o Asp1ran te tenha VONT AD E, isto é, que saiba QUERER·
querer d'efinitivamente, resolutamente, concentradamente, sem desanimar-se:
nem esmo recer nunca, sejam quais forem as circunstâncias, aconteça o que
acontecer. É preciso que todos os átos de sua vida confirmem essa VONT A-
DE. T'udo o que se fizer ou se tiver de fazer deve ser dirigido e orientado
para o Ideal de Libertação, para o trabalho de criação interior. Deve dis-
pôr-se a "dar tudo o que tem", empregar tôdas as suas capacídaáes, todo o
seu talento, tôda sua inteligência, na conquista do seu tesouro interno. É
preciso não confundir "desejo" com VONTADE. O desejo é apenas um
impulso emocional, que brota ao sabor dos interêsses da Personalidade. O
homem vive unicamente para satisfazer "desejos", os muitos desejos, que se
apossam de sua alma e exigem satisfação, dispersando barbaramente suas
mais sagradas energías, desperdiçando-as da maneira mais irracional.
A Vontade é uma, única, fixa e determinada. Concentra-se num único
fim proposto, e caminha para êle resolutamente, vencendo um a um os
obstáculos que surgem, sem se desviar do Alvo , sem nunca perdê-lo de vista•,
sem nunca desanimar-se. Essa persistência, que nunca admite o fracasso,
que avança sempre, aproveitando tôdas as oportunidades e tôdas as circuns-
tâncias, por menores que sejam, é o que podemos chamar de VONT ADF.. É
preciso considerar que a VONTADE Só se confirma por ATOS.
* * *
Resta ainda um terceiro ponto, ~ambém essencial para o trabalho de
Realização.
É pela PALAVRA: que exteriorizamos a Fôrça Criadora, que libertamos o
material de construção que formará o Corpo Espiritual. Por Palavra ~nten-
demos aqui a ORAÇÃO, inteligentemente empregada. O que o _Aspirante
preparado afirma positivamente na Oração Científica torna-se realidade. O
"corpo espiritual" é real e positivamente concebido, ~asce, cresce e. desenvol-
ve-se pela Oração, pelas afirmações firmes e determinadas do Asptrante. A
Oração Científica pod'e expressar-se de duas formas: pela "palavra falada"
e pelos "átos executados". Todo áto executado para confirmar um ideal ~
também uma oração, porque exterioriza uma preciosa quantidade de energia
criadora que desenvolve o ideal a que é diri~ida. Costuma-se. ?izer que
quem trabalha, óra. Canalizar tôdas as energias do trabalho f1s1co e dos

- 203 -
átos em direção ao Ideal de co n~trução do Corpo Espiritua l é um dos segredo~
do sucesso.
P or ºlitr o lado ' é preciso co nsid erar · que
·
tôda palavra emitida em senti..
f orças
" d·tsso 1~en tes,_ que pro.
do contrário ao do Id ea l pn) pos to cxtcn o:1za
curarão destrui-lo e aniquil á- lo. _E_m rela~ao ªº. Ideal de L1bertaçao Espiri.
tual a palavra tem um efeito dec1 s1vo, muito n!a1s d? que em qualqt~er outra
questão. Tôd a palavra q~e conc? ~re para altm ~nta-lo e_ desenvolve-lo. em-
prlgac.fa portant o e~ senti do pos_1t1vo..! aumentara gradativamente o seu _po-
tencial e a sua capac idade de realizaçao, ao passo. que ca_da pal~v~a negativa,
isto f. contrári a ao Ideal, será um elemento de dtssoluçao e eliminação, que
procurará destruí-lo.
Como o Id eal Superior se assenta sôbre o Amor e o Altruísmo, tôda
palavra que exp ressa êsses sentimentos P?de ser consi~e_rada "posi~iva". ao
passo que tôda palavra que expressa sentimentos contranos, de ego1smo, de
exclusivismo e aversão são "negativas".
São, portanto, positivas as palavras que expressam: CONFIANÇA e FÉ,
ESPERAN ÇA, CARIDADE, ENERGIA, PRU DÊNCIA, TEMPERANÇA e 1

JUSTIÇA. É com êsses sentimentos superiores que se alimenta e se desen-


volve o Ideal Superior. Que o Aspirante tome bem nota que desses senti-
mentos expressos por palavras depende o seu sucesso.
Entende-se por palavras "negativas" as que expressam sentimentos de
ORGULHO, AVAREZA , LUXURIA, COLERA, PREGUIÇA, GULA e INVE-
JA. Da mesma forma é preciso evitar todos os demais átos que expressem
êsses sentimentos. Todos êsses sentimentos expressam energias inferiores e
repulsivas, que dissolverão invariavelmente qualquer impulso melhor que
procure afirmar-se na alma do estudante. Enquanto expressar essas energias,
por palavras e átos, não haverá para o estudante nenhuma possibilidade de
construir em seu interior um elemento positivo de garantia e segurança.
O homem é e será sempre o único construtor do seu próprio destino. O
Ideal Superior de Libertação é uma "construção", que há de ser feita com
ciência e arte, juntando-se elemento por elemento, mas é preciso considerar
que o mais importante é que o edifício seja construído sôbre a "rocha", e
não sôbre a "areia". Por mais belo e magestoso que seja o edifício, êle só
terá garantia e segurança se estiver construido sôbre a Rocha da Verdade,
isto é, se tiver como base a Realidade do Cristo Interno do Homem, do seu
próprio_Espírito. Tudo o que se fizer sôbre a "areia" movediça e falsa das
pretensoes humanas, dos desejos e fantasias estará condenado ao desmoro-
namento e à ruína. '
. O primeiro trabalho que o Aspirante há de realizar em si mesmo, é essen-
cialmente EDUCATIVO. É preciso reeducar-se, e para isso deve compreetl·
der que por melhor que tenha sido a sua educação mundana ela terá profundas
,e graves falhas, porque lhe_ f~ltam conhecimento e orientação espiritual. A
'edúC<tção mundana é materialista, egoísta, exclusivista. Parte de uma b
falsa e abs?lutamente contrária aos interêsses superiores do Espirito Humano
J>rocura criar e desenvolver na criança uma Personalidade apenas, cheia
-204-
~lusões e de_ fantasias materiais, e oísta e .
imensa de interêsses mesqu inhos g a. t gretenc,osa, apegada a uma c,érie
tôcfa espécie. O que cara~teriza ,0 ' h , ras a a por desejos desordenados de
"
como consequenc1a .
da falta de e omem 1 •
atual é a falta
• de do mm,o
, · prorno,
, .
0
d ade é uma criação artificia l, exterii ,~ ~i~~en"/ ~e s, mesmo. . A Personali-
trm de real, e, que. portanto, não ~de subsfs~r·ª 1~a, que em s1 ~~sma na~?
~uetentada e al(mentada pela fantata e egoísmo; ~/P~~~:a,'tci~~e ;~~cc~~a'
Enquan
1
to se cn~ e ~e desenvolve a Personalidade, a essência é relegada a~
aba: d?no. Os mteresses superi ores do Homem Real, da individualidade ela
e"senc1 a, permanecem desconh ecidos e abandonados. '
Cre~10s que nada poderia ser mais ajustado e conveniente no enc(>rra.
me~1to desse nosso trabalho do qlfe a citação do maravi lhoso Capítulo 15 da
Ep,stola I de Pau lo de Tharso aos Coríntios, sôbre a Ressurréição.
"També':1 vos notifico, irmãos, o evangelho que já vos tenho anunciadl),
o, qual . tambe m recebestes, e no qual também permaneceis. Pelo qual tam-
hem soi s salvos se o retiverdes tal como vo-lo tenho anunciado; se não é que
crestes em vão.
Porque primeiramente vos entreguei o que também recebi: que Crísto
morre u por nossos pecados, segundo as Escrituras, e que foi sepultado, e que
ress uscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras, e que foi visto por Cephas,
~ depo is pelos Doze. Depois foi visto uma vês, por mais de quinhentos
irmãos, dos quais vive ainda a mahr parte, e alguns dormem já também. ~e-
pois fo i visto por Tiago, deoois yor todos os apóstolos_. E por dérradeuo
de todos foi visto também por mim, como por um abortivo. ~orque eu sou
D menor dos apóstolos, que não sou digno de ser chamado apostolo, porque
persegu i a igreja de· Deus. . _
M pela graça de Deus sou o que sou; e a" sua graça _par~ comigo nao
. _ as, alhei muito mais do que todos eles; todavia. nao Aeu, mas_ a
foi va, antes trab , . o Assim quer seja eu quer se1am eles, assim
graça de Deus que esta_ co~tg .
re amos e assim haveis cndo. .
p g . ressuscitou dos mortos, como dizem alguns
Ora, se se prega que _C!ts~ tos? E se não há ressurreição de ~1or:
de vós que não há res,:wrre1çao ·te mor E ~e Cristo não ressuscitou,, log~ e va
tos também Cristo nao ressusc: ou. fé E assim somos tambem alh~dos
a ~,-ossa preaação, e também é va a vt~fs~a o· s de 'Deus que ressucitou a Cnsto,
ae D e us '. pois tes 1 a1cam - essuscitam.
b {
falsas testemunhas verdade, os mortos nao} 1
se
ao qual porém nãc ress uscitou ~e, n t bém Cristo não ressusutott E. -
Porque se os mortes não ress usc1tamf,,
·t vã a vossa e,
ª;1aind'a permaneceis nos vossos peca
Cristo não ressusc' ou, é . Cristo estão per ct·ctos
1 • d
dos. E também cs que dormiram em . omos os mais miseráveis de to os
e111 Cristo só nesta vida, s
Se esperamof d que
. f ·to as primícias os
-Os homens. . itou dos mortos, e fo1 e~em, a ressurreição -t~~s
Mas agora Cns!o ressusca morte veio _por um hfodos morrem em A
dormem.Porque, assim como Porque assam como
mortos veio por um homem.
-
'>O:-> -
_. t
• todos s"'ra-<) vivificados em Cristo.· Mas, cada um por sua ordem: Cristo'
assim . , , '-- - C · d
as primícias, depois os que sao. de nsto, na su~ vm a. .
Depois virá O fim, quando tiver entregue o remo a J?eus, ao Pai, e quando
,iquilado todo império, ed tôda potestad e e força. d Porque convém
1lOUV er ªJ . . . d b .
que reine até que haja posto ~ _to os os _inim igos e a1xo e seus pés.
Porque tôdas as coisas_ su1e1_t~u debaixo dos seus pés, porém quando diz
que tôdas as coisas lhe estao su3e1tas c~aro está que excetua _Aquele que lhe
sujeitou tôdas as _coisas. E? _qua~d? todas as c?1sas lhe e~hverem sujeitas,
então O mesmo FJ1ho se su1e1tara Aquele que todas as coisas lhe sujeitou
para que Deus seja tudo em todos. · '
D'outra manei ra, que farão os que se batizam pelus mortos, se absolu.-
tamente os mortos não ressuscitam? Pois, por que se batizam pelos mortos?
Por que estamos nós também a tôda hora em perigo? Cada dia morro
pela vossa glória, a qual tenho em Cristo Jesus, nosso Senhor.
Se, corno homem, combati em Éfeso contra as bestas, que me aproveita
se os mo rtos não ressuscitam? Comamos e bebamos, que amanhã morre-
remos.
Não vos enganeis; as más conversas corrompem os bons costumes. Vi-
giai justam ente e não pequeis; porque alguns ainda não têm o conhecimento
d e Deus ; di go-o para vergonha vossa.
Mas alguém dirá: como ressuscitarão os mortos? E com que corpo virão?
In sensato! O que tu semeias não vivificará, te primeiro não morrer. E
quando semeias, não semeias o cr,rpo que há de nascer, mas o simples grão,
como o de trigo, ou de outra qualquer semente. Mas, Deus dá-lhes o corpo
como quer, e a cad'a semente o seu próprio corpo.
Nem tôda carne é uma mesma carne, mas uma é a carne dos homens e
outra a carne dos animais, outra a dos peixes e outra a das aves.
E há corpos celestes e corpos terrestres, mas uma é a glória dos celes-
tes e outra a dos terrestre s. Uma é a glória do sol, e outra. a da lua, e outra
a glória das estrelas, porque uma estrela difére em glória doutra estrela.
Assim também a ressurreição dos mortos. Semeia-se o corpo em corrup-
ção; ressuscitará em incorrupção. Semeia-se em ignomínia, ressuscitará em
glória. Semeia-se em fraqueza, ressuscitará com vigor. Semeia-se o corpo
animal, ressuscitará o corpo espiritual. Há corpo animal e há corpo espiritual.
Assim está também escrito: O primeiro homem, Adão, foi feito em
vivente; o segundo homel\t, o Senhor, é do céu. Qual o terreno, tais são ta
bém os cel_estiais. E assim como trouxemos a imagem do terreno, trare
também a unagem do celestial. Porém digo isto, irmãos; que a carne e o
gue n~o podem herdar o reino de Deus, nem a corrupção herda a iru::!l~!'J!~~
Eis que aqui vos digo um mistério: Na verdade nem todos dormrr-.,i
.mas todos seremos transform ados.
Num momento, num abrir e fechar de olhos, ao som da úlüma Ir
~ .a trombeta soará, e os mortos ressuscit arão incorruptlveis, e
tlanstor_mados. Porque convém que êste corpo corr.uptivel
~K>rruptibdidade, e que !$te a>rpo mortal se revista da t mo
E quan~o êste corpo corruptível se revestir da incorruptibilidade e êste
corpo m~rta se revestir da imortalidade, então cumprir-se-á a pala;ra que
esta escnta: Tragada foi a morte na vitória.
Onde ~st!, ó. morte, o teu agui lhão? Onde está, 6 inferno, a tua vitória?
Ora, o agu1Ihao da morte é o pecado, e a fôrça do pecado é a lei. Mas graças
a Deus que nos dá a vitória por nosso Senhor Jesus-Cristo.
Portanto, meus amados Irmãos, sêde firmes e constantes, sempre abun-
dantes na obra do Senhor, sabendo que o vosso traba1ho não é vão no Senhor".

* * *
fste trabalho que vamos encerrar aqui foi feito por Amor, e entregamo-
lo aos nossos Irmãos e Amigos da Fraternidade Rosacrucíana São Paulo
como penhor de Amizade e ·de Gratidão. Esperamos que êle seja útil, e cer-
tamente o será, a todos aqueles que aspiram o Entendimento Espiritual e a
Realização, que constituem o Alvo mais alto da nossa Coletividade, a sua mais
alta fin alidade.
Nossa gratidão e todo o nosso reconhecimento aos grandes e gen~rosos
Amigos que contribuiram para a publicação desta obr~. . E~a pertence a Fra-
ternidade e a renda proveniente de sua venda revertera mte1ramente em faVOf
dos seus interêssses coletivos. ,

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