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03/07/2020 O 2 de julho – Guerra de independência na Bahia  – Conexão Política

O 2 de julho – Guerra de independência na Bahia 

ARTIGO

O 2 de julho – Guerra de indepen


Bahia 
Então o Brasil nunca teve guerra? A Bahia que o diga!

Publicado 6 minutos atrás em 03.07.2020


Por Julliene Salviano

Então o Brasil nunca teve guerra? A Bahia que o diga! Não é para menos que e
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baianas comemora-se o 2 de julho com um feriado. O feriado estadual celebra

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das tropas baianas que expulsaram os portugueses de Salvador em 2 de julho


seja, a independência.
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Por conta da Conjuração Baiana (1798), o sentimento de independência em re


Portugal estava arraigado na população. E ao contrário do que se a rma, a ind
não foi pací ca. Esta só ocorreu ao custo de muitas vidas e batalhas por terra
forma que o próprio Hino do estado a rma “ter o Sol que nasceu ao 2 de julho
mais que o primeiro”.

A Revolução liberal do Porto, de 1820, ocasionou a convocação das cortes. Est


o retorno imediato do Rei D. João e de toda a corte para Portugal. Primeiro qu
mandar o lho em seu lugar, mas a ideia foi rejeitada pelo mesmo, pois, sua e
princesa Leopoldina Habsburgo o encorajou a permanecer no país. O soberan
contra gosto, atendeu ao “pedido”, mas deixou em solo brasileiro seu lho D.
nora D. Leopoldina. As cortes passaram então a exigir o retorno imediato de D

Em 9 de janeiro de 1822 ocorre o “Dia do Fico”.  Como consequência, em 11 de


2.000 homens da principal guarnição militar portuguesa na cidade do Rio de J
o comando Tenente-General Jorge de Avilez de Souza Tavares, ocuparam o M
Castelo, no centro do Rio. Queriam forçar o “insolente” príncipe a retornar pa
Acentuou-se a cisão entre portugueses e brasileiros.

A Bahia dividiu-se, haviam con itos entre brasileiros e portugueses. O local p
açúcar e de tabaco do Recôncavo, dominada pelos grandes latifundiários escra
desde cedo se manifestara pela causa brasileira, sob a liderança da vila de Cac
capital Salvador, estava ocupada pelas tropas do Exército português.

As vilas do Recôncavo baiano, sob a liderança da vila de Cachoeira, em cuja C


Municipal se instalou um governo interino, mobilizaram-se para expulsar as t
portuguesas entrincheiradas em Salvador. O processo foi marcado por diverso
incidentes em Salvador, entre os quais o assassinato, por soldados portuguese
abadessa do Convento da Lapa, Sóror Joana Angélica de Jesus.

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D. Leopoldina já havia alertado D. Pedro, muito anteriormente, que chegaria o


que seria necessária a independência.

No dia 2 de setembro de 1822, na Quinta da Boa Vista, a regente D. Leopoldin


Independência do Brasil (D. Pedro estava em São Paulo). 
A Mártir da Independência

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Em fevereiro de 1822 os ânimos entre brasileiros e portugueses estavam muit


As tropas portuguesas estavam de prontidão, os marinheiros percorriam as ru
provocações. Na madrugada do dia 19 ocorreram os primeiros tiros, no Forte d
Pedro, para onde acorreram as tropas portuguesas, vindas de São Bento. Salva
transformou-se numa praça de guerra, e confrontos violentos ocorreram nas M
Praça da Piedade e no Campo da Pólvora.

As tropas portuguesas tomaram o quartel onde se reunia o Batalhão 1.º de Inf


marinheiros portugueses festejaram a vitória, invadindo casas e atacando pes
grupo de soldados tentava arrombar o portão do Convento da Lapa, onde, sup
haviam se refugiado alguns revoltosos. Enquanto a Soror Joana Angélica orde
irmãs que fugissem pelos fundos, a m de proteger a clausura e integridade d
abadessa se colocou como último obstáculo entre o convento e a tropa lusitan
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Ficando conhecida como a autora da famosa frase: “Para trás, bandidos! Resp
de Deus! Só entrarão passando por cima do meu cadáver!”, ela morreu aos 60
atingida por um golpe de baioneta quando resistia à invasão pelas tropas port
tornando-se, assim, exemplo de bravura e a primeira heroína da independênc
A porta testemunha do sacrifício da freira está preservada e continua sendo a
foi atacada pelos soldados até hoje.

A destemida
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Maria Felipa, pescadora, descendente de negros escravizados vindos do Sudão


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Ilha de Itaparica, citada no romance O Sargento Pedro, de Xavier Marques. Na

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independência do Brasil na Bahia ela comandou um grupo com cerca de 200 p


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entre índios tupinambás e tapuias, e 40 mulheres, lutaram contra os portugue
atacavam a Ilha de Itaparica. Segundo relatos, esse grupo liderado por ela que
de 42 embarcações portuguesas. Mas, segundo ensinam nas escolas, não teve

Ela quase não é lembrada pela história o cial ensinada nas escolas.

A Guerreira da Independência 

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Os partidários brasileiros reuniram-se na cidade de Maragojipe, em novembro


decidiram então que todos cariam do lado de D. Pedro contra a coroa portug
Proclamaram uma Junta Conciliatória e de Defesa, para governo da cidade, em
permanente, recebendo a adesão de muitos portugueses. Dentre esses brasile
destaca-se Maria Quitéria de Jesus, nascida em Feira de Santana/BA.
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Em setembro de 1822 a fazenda onde morava recebeu a visita de um emissário
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recrutar voluntários para engrossar as leiras das tropas. Ele descreveu a tiran
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Portugal e a humilhação em submeter-se a ser governado por esse. Descreveu
e a felicidades que o Brasil poderia alcançar com a independência, falou das v
Imperatriz Leopoldina e dos serviços prestados por D. Pedro ao país. “Senti o
ardendo no peito”, disse Quitéria. Já seu pai preferia ser um súdito pací co do
vencedor.

Ela fugira da fazenda em que morava com a família e fora procurar a irmã Jose
casada e vivia numa pequena instância. Esta, por sua vez, correspondeu ao pa
da jovem, dizendo: “Se não tivesse marido e lho, por metade do que você diz
juntaria às tropas do Imperador”. Ela emprestou-lhe as roupas do marido José
para que se disfarçasse. Assumindo a identidade masculina sob o pseudônimo
Medeiros, alistou-se no Batalhão de Voluntários do Príncipe, que estava estac
Vila de Cachoeira. Atuou no regimento de artilharia e foi alçada à posição de
pelo general Pedro Labatut. 

Segundo Maria Graham (que demonstrou grande interesse pela jovem guerrei
diário), consideram que por seu aspecto físico mais fraco ela deveria combater
infantaria. Em determinado momento o disfarce masculino foi revelado e foi o
que dessem a Maria Quitéria fardas de cadete com dois saiotes de camelão (te 
de pelo de cabra ou lã) ou semelhante e uma espada.

O comandante José Joaquim de Lima e Silva, relatou ao imperador as façanha


em ofício de 24 de julho de 1823:

“Ao grito da Pátria em perigo, desamparou seus Pais, assentou praça de Solda
em armas para sua defesa. Esta mulher tem-se distinguido em toda a campan
indizível valor, e intrepidez. Três vezes que entrou em combate apresentou fe
grande heroísmo, avançando de uma, por dentro de um rio com água até os pe
uma barca, que batia renhidamente nossa Tropa. O General Labatut conferiu-
honras de 1º Cadete, e como tal tem sido considerada no Batalhão nº 3 do Exé
Paci cador”

Chegou a Salvador, em abril, a esquadra real comandada pelo Almirante Escoc


Cocharme, bloqueando o porto. Sem alimentos e cercados os portugueses bat
retirada na madrugada do dia primeiro. Já em 2 de julho de 1823, quando o ex
INÍCIO na
libertador entrou em triunfo ÚLTIMAS
cidadeBRASIL MUNDO Maria
de Salvador, COLUNISTAS
Quitéria eEQUIPE
seusEDITORI
com

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de batalha foram saudados e homenageados pela população. Durante a batalh


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150 mortes do lado brasileiro. Teve guerra no Brasil? Parece que não!

Após a guerra, em agosto, ela desembarcou no Rio de Janeiro e recebeu do Im


comenda da Ordem Imperial do Cruzeiro,  que também lhe concedeu um sold
de alferes.

“Querendo conceder a D. Maria Quitéria de Jesus o distintivo que assinala os S


Militares que com denodo raro, entre as mais do seu sexo, prestara à Causa da
Independência deste Império, na por osa restauração da Capital da Bahia, he
permitir-lhe o uso da insígnia de Cavaleiro da Ordem Imperial do Cruzeiro”, d
Pedro I.

Maria Quitéria casou-se com Gabriel Pereira e teve uma lha, Luísa Maria da C
Morreu em 21 de agosto de 1853 em Salvador. Foi enterrada com uma lápide a
igreja matriz da Freguesia de Santana do Sacramento. Quitéria é quase a “Mu
brasileira, uma guerreira que disfarçada de homem lutou por seu país, que inf
como parece ser tradição nossa, tem pouco ou nenhum valor nacional. 

É reconhecida, a ser primeira mulher numa unidade militar das Forças Armad
Brasileiras. Desde 1966 é a patrona do Quadro Complementar de O ciais do E 
Brasileiro. Em 26 de julho de 2018, teve seu nome incluído no Livro dos Herói
Heroínas da Pátria, junto a Sóror Joana Angélica e Maria Felipa de Oliveira. 

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Gestora Pública, paisagista e assessora de imprensa.

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